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Edição 2014/1 Ano 5 - N. 12 IERGS - Instituto Educacional do Rio Grande do Sul
TALENTO X FORÇA DE VONTADE O que parece mais propício: investir na força de vontade ou confiar no talento? Pág 08, 09 e 10
As mídias sociais evoluíram “Não desperdice esse potencial”
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Internet Um risco à segurança empresarial
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De olho em você “Qualificação profissional pode ser o passaporte para o mundo”
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índice 04 | Entrevista 05 | O Perfil da Inovação 07 | Mercado educação: realidade ou história?
08 | Talento X Força de Vontade 11 | As Mídias Sociais Evoluíram 12 | Internet: um risco à segurança empresarial
13 | De Olho em Você 14 | Notas
Editorial
As pessoas mudam e o mercado muda com elas. É dessa forma que novos e antigos gestores enfrentam desafios bem específicos no dinâmico mundo dos negócios. Nos deparamos com as constantes responsabilidades e com os conceitos de liderança, planejamento e investimento, que insistem em se renovar.
mente, a concorrência não perderá tempo.
O que parece mais propício: investir na força de vontade ou confiar no talento? São essas questões que o IERGS levanta na nova edição da Revista Informação. Há uma competição feroz no mundo e as barreiras políticas, geográficas e de logística já são totalmente transponíveis. Certa
Para sobreviver no universo dos negócios é dever básico ter qualidade e competência. Afinal de contas, o mercado de trabalho também não escapa aos ventos da mudança.
Em um panorama globalizado, novas ideias surgem a todo instante e devem ser acompanhadas com atenção. Mesmo com a ascensão da tecnologia, o capital humano é o grande diferencial do século. Aproveite.
Boa leitura.
EXPEDIENTE Revista Informação Business IERGS – Instituto Educacional do Rio Grande do Sul Diretoria Geral: Saul Hoegen Diretoria de Pós-Graduação: Silvana Hoegen Jornalista: Jonas Amar (MTB/RS 14.065) Arte : Guilherme Vargas Mídia: Diogo Luz Pinto Marketing: Danielle Siqueira comunicacao@iergs.com.br
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EN tre vis ta Sandro Roncato tem 38 anos e está entre os grandes nomes de empresários do ramo artístico no Brasil. A carreira iniciada no RS o levou a São Paulo e à sua própria agência de carreira, responsáveis por bandas de renome nacional.
Como iniciou o investimento na carreira? Comecei a investir no ramo artístico em 2004, quando abri a primeira produtora de shows. Os trabalhos iniciais foram com eventos corporativos, mas, em 2007, passei a atuar diretamente como gerenciador de carreira artística.
A transição para o ramo artístico foi automática ou uma estratégia de mercado? Foi automático porque o mercado passou a absorver o trabalho. Comecei como músico aos 16 anos em Porto Alegre. Depois fui convidado por amigos a trabalhar como roadie (montagem de equipamentos), quando conheci várias pessoas ligadas ao mercado musical gaúcho. Fiz muitos eventos como diretor de palco no Rio Grande do Sul e, a partir de 2000, comecei a fazer a produção de pequenos artistas e eventos para cidades do interior.
Quantos artistas já foram gerenciados por você? Trabalhei diretamente com muitos artistas, desde o início. Entre eles JahMai, Maria do Relento, Cidadão Quem, Nei Van Sória, Hard Working Band, Nenhum de Nós e Papas da Língua, com quem fiquei por dez anos. Atualmente trabalho com a banda Nego Joe, Serginho Moah e Eleven All, que são artistas ligados diretamente ao escritório. Mas também represento outros artistas no RS, como Wilson Sideral, Armandinho e Joel Carlo.
Quais são as principais competências para um empresário nessa indústria? Sandro Roncato
Ter conhecimento. É preciso saber onde o estilo do artista tem mais abertura e conhecer o mercado. Saber sobre outras áreas é fundamental, além do artístico, o conhecimento jurídico e administrativo é essencial.
É um tipo de área fácil de atuar? A rotina do empresário consiste no trabalho do dia a dia, criando oportunidades, parcerias e propostas para futuros shows e eventos. Dificilmente alguém dessa área viaja junto com o artista, por exemplo, pois o show é o resultado final de uma negociação. Quando o show acontece, provavelmente o empresário já está com muitas outras oportunidades em andamento.
Certamente é um mercado de altos e baixos. É preciso estar preparado para essa realidade? Falta certa visibilidade para o que consideramos música de verdade. Não temos um apoio tão intenso como antigamente e os estilos muito populares tomaram conta do mercado. Investimento é somente uma das ferramentas para que você consiga mostrar a sua música ao público, considerando a necessidade de desenvolver um trabalho bom, bem gravado e bem produzido. Depois disso, vem o trabalho de divulgação e parcerias. Mesmo assim, não há garantias.
Quais as grandes dificuldades na carreira? Creio que seja no início mesmo. Quando tu encontras um produto que realmente acredita, toda a dedicação vale à pena. É preciso que cada dia faça você acordar com vontade de colocar o produto para frente.
Um momento importante da carreira? Certamente foi ver a banda ‘Nego Joe’ com duas músicas em novelas da Rede Globo e reconhecida nacionalmente e isso com pouco tempo de carreira, mais ou menos cinco anos de estrada.
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O PERFIL DA
INOVAÇÃO Jovens trabalham para incluir suas ideias no mapa das empresas com alto potencial de crescimento. Na falta de dinheiro, eles têm o essencial: capital humano Nos anos 80, um grupo de jovens inovadores do Vale do Silício começou a transformar suas ideias em milhões de dólares nos Estados Unidos. Desde então, outros seguidores tentam repetir a fórmula pelo mundo. Geralmente subsidiados por universidades, polos de tecnologia vêm se espalhando no Brasil, a fim de concentrar esses jovens empreendedores e fomentar a inovação tecnológica. Em Alagoas, São Paulo, Minas Gerais e também no Rio Grande do Sul se multiplicam a criação de startups, cheias de qualificação, técnica e boas ideias.
mesmos conceitos filosóficos - garante Hoffmann. O mesmo parque já reuniu dezenas de novas empresas em mais de dez anos de criação, oferecendo infraestrutura e conhecimento para otimizar os investimentos iniciais das startups. Nesses ambientes, as empresas iniciantes pagam menos por aluguel, telefone, Internet e ainda desfrutam de espaços comuns, como laboratórios, sala de reuniões e refeitórios, além de palestras e workshops.
Carlos Hoffmann é um desses empresários visionários. Formado em ciências da computação, há cinco anos o fundador da Polis Tecnologia iniciou sua própria startup na incubadora da Tecnosinos, na cidade de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos. - Nosso objetivo sempre foi o de ser uma fornecedora de soluções completas em softwares, mas precisávamos de outras experiências com serviços de interação, gestão e administração. A incubação é importante por isso, por causa da relação com outras empresas inovadoras e que estão baseadas nos
A participação do governo para estimular iniciativas inovadoras como essas é de extrema importância. Foi a partir de um edital da Agência Brasileira de Inovação (Finep), que nasceu a GetWay Tecnologia. A startup gaúcha atua com big data (armazenamento e interpretação de grandes volumes de informação) e hoje é uma das grandes
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referências do mercado. Entre suas conquistas, está o prêmio de empresa mais inovadora da América Latina, em concurso promovido pela IBM. Fundador da GetWay, Guilherme Masseroni diz que a empresa ganhou nova dimensão com o aporte de investidores de peso. Para o técnico, isso trouxe a credibilidade necessária para conquistar novos clientes. - Via de regra, os empresários querem apostar em negócios que tenham real potencial de faturamento, e uma startup é uma hipótese de negócio - conta Masseroni.
negócio falha. Já vi projetos bons não funcionaram em Porto Alegre e darem certo em outros lugares - explica Remus. Uma boa ideia precisa de qualificação técnica, mas também de aporte financeiro. As incubadoras atuam agindo como aceleradoras no processo de amadurecimento das jovens empresas. Assim, cria-se o ambiente favorável para dar continuidade aos negócios, em uma mistura equilibrada de capital humano e dinheiro.
DÊ O START
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Se você tem um projeto procure ajuda. O caminho mais usual é o das incubadoras.
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Existem várias outras entidades de apoio, como Anjos do Brasil, Ashoka, Amprotech, Artemisa, Brasil Junior, Endeavor e Sebrae.
A Associação Brasileira de Startups já estima em dez mil o número de empresas ativas no país atualmente. Vocação para inovar o Rio Grande do Sul tem, mas outros estados a busca por parceiros de fora parece ser mais espontânea. O diagnóstico é de Diego Remus, sócio da Startupi, empresa que atua na promoção da interação entre projetos inovadores e investidores potenciais.
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- Às vezes, mesmo uma boa ideia pode não emplacar. Se o mercado não conseguir assimilar a proposta, o
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Caso já tenha um produto e quer melhorar o negócio, o caminho é contatar uma aceleradora. Nesse caso, empresas privadas são maioria: WOW e Microsoft, por exemplo.
4 Financiamento público pode ser o grande investimento que sua ideia precisa. O governo oferece incentivo através do programa Startup Brasil.
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Mercado educação:
realidade ou história? A perspectiva é positiva e balanços mostram que arriscar na educação tem perigo reduzido A consolidação do mercado de educação certamente é uma realidade no Brasil e sequer completou dez anos. Passamos do estágio inicial de abertura de empresas e, em cinco anos, já vemos o mercado crescer com grandes redes se formando. Segundo analistas, a atual etapa é chamada de “foco”, caracterizada pelas grandes fusões. Somente no começo de 2010, a multinacional Kroton passou a controlar no País as redes de universidade Unopar e Uniasselvi. Aquisições também aconteceram no grupo Abril e em outras instituições ligadas ao ensino fundamental e médio, além do ensino de línguas. Essas meganegociações inauguram um setor fortemente consolidado. Na bolsa de valores, a educação tende a ser uma opção bastante viável a investidores. Especialistas dizem que as ações dessas companhias ainda não estão precificadas, o que faz com que os resultados comecem a elevar a expectativa do mercado em relação ao setor. Tudo isso mostra que o setor de educação no Brasil tem, pelo menos, mais cinco anos de puro crescimento. E a fatia que mais se beneficia é a do Ensino Superior. - As companhias de ensino começaram a ganhar força nos últimos anos, após o início de programas como
o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Educa Mais Brasil e ProUni – defende o analista Mário Bernardes, Banco do Brasil Investimentos. Aos 27 anos, Ricardo Figueiró Cruz tem aproveitado o momento aquecido na educação nacional. Formado em Processos Gerenciais e Administração, pela faculdade IERGS/UNIASSELVI, ele dá andamento na sua primeira especialização de Gestão e Tutoria, e em outra graduação, a de licenciatura em História. Para o futuro professor, o mercado da educação estimula os novos estudantes e trás melhores perspectivas profissionais. - É importante saber que a educação está crescendo. Isto representa a valorização do mercado e parece contribuir com uma política de qualificação e reconhecimento do profissional do magistério – aponta o estudante. Cruz faz parte de uma estatística bastante positiva, de acordo com o senso do Ministério da Educação. O total de alunos matriculados na educação superior brasileira ultrapassou a marca dos sete milhões e 200 mil, no balanço de 2013. Somente as instituições particulares foram responsáveis por 73% do total de matrículas, movimentando um setor que é positivo para toda a sociedade brasileira.
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SENSO DA EDUCAÇÃO 2013
7.037.688 Total de estudantes no ensino superior
1,08 milhão de estudantes na Rede Federal de Ensino (crescimento de 5,3%)
31.866
cursos oferecidos
2.416
instituições de ensino
Tecnológicos Aumento de 8,5%
Bacharelado Aumento de 4,6%
Licenciatura Aumento de 0,8%
Cursos EAD
Representam 15% do total de matrículas na graduação
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TALENTO X FORÇA DE VONTADE As qualidades natas certamente são valiosas e relacionadas a episódios de sucesso. Contudo, se não forem exploradas à base de novos desafios, o talento pode se tornar limitação
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e o talento é uma faculdade natural que poucos possuem, há quem defenda que ele pode ser desenvolvido pouco a pouco, com tempo e persistência. Certo ou errado, esforçar-se é tão necessário para manter, quanto ampliar uma aptidão pessoal. Mas onde terminaria o talento e começaria a força de vontade? Para Andrea Mazarem, psicóloga especializada em recursos humanos, a questão é exatamente ao contrário. Segundo a professora convidada dos cursos de Pós-Graduação do IERGS/UNIASSELVI, a força de vontade, assim como a determinação e o autoconhecimento, é essencial para desenvolver grandes talentos.
- É a diversidade de potencialidades que agrega valor e contribui para o alcance dos resultados. Talentos complementares acabam sendo diferenciais competitivos que sustentam as competências organizacionais – destaca a professora Andrea. O grupo gaúcho Vonpar S/A fomenta todo um planejamento interno específico para o desenvolvimento de pessoas. O setor apoia seus líderes na gestão, processos e estrutura de políticas locais. Inclusive para o aperfeiçoamento de novos talentos, a companhia oportuniza estágios, o Programa Aprendizes e o Projeto Pescar, que atua na formação de jovens com ênfase em atendimento ao cliente e vendas. Gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Vonpar S/A, Roberta Schaurich destaca que o autoconhecimento e a maturidade profissional oferecida pela empresa já formou cerca de 200 jovens desde 2003. Somente no Projeto Pescar, a empregabilidade teria atingido a média de 70% na companhia. - Nosso papel é o de oferecer suporte, ferramentas e programas que ajudem no desenvolvimento dos nossos colaboradores. Já o aprendizado de adultos ocorre de forma mais intensa na prática, portanto, é fundamental a atuação dos líderes. Eles agem na formação,
no acompanhamento e, principalmente, no feedback e proposição de desafios e metas que sejam adequadas para que tenhamos pessoas preparadas e engajadas – menciona Roberta. Fundada em 1948, a franqueada da multinacional Coca-Cola soma mais de quatro mil colaboradores, delimitados nas fábricas das cidades de Santo Ângelo e Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e em Antônio Carlos (Santa Catarina). Somam-se à estrutura da empresa outros cinco centros de distribuição em Blumenau, Joinville e Chapecó (SC) e Farroupilha e Pelotas (RS). Dentro desse universo de trabalhadores, os programas de captação de talentos são fundamentais para a manutenção e qualificação das equipes. Iniciativas como estas investem em práticas sociais importantes, promovendo competências e descobrindo grandes talentos em potencial. - Nós atuamos fortemente no desenvolvimento das nossas lideranças. Oferecemos subsídios para a formação superior, pós-graduação, cursos técnicos e carteira de habilitação, tudo para alavancar a carreira de nossos talentos - destaca a RH do Grupo Vonpar. A preocupação com a qualificação deixa marcas também na sociedade. A Vonpar disponibiliza o programa “Coletivo Coca-Cola”, que capacita jovens para o mercado do varejo, através de aulas sobre organização de pontos de venda, estratégias de marketing e merchandising. Entre as comu-
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Roberta Schaurich, Grupo Vonpar S/A
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Projeto Pescar, Grupo Vonpar S/A
nidades beneficiadas, algumas são de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas e São Leopoldo, além de Florianópolis, em Santa Catarina.
vontade de aprender, fica mais fácil definir a meta de carreira e se tornar um grande talento, resultado de muita força de vontade.
Para a psicóloga Andrea Mazarem, programas de captação são ações positivas, pois ajudam a diagnosticar talentos nas empresas, e também reforçam a identidade profissional dos próprios colaboradores.
RAIO-X O talento existe, mas pode prejudicar. Chegar onde se quer depende mais de cada um do que das qualidades com que se nasce.
- Por causa de iniciativas como estas, as empresas investem em práticas sociais importantes, desenvolvem competências particulares e descobrem grandes potenciais. Muitas pessoas que conquistaram a oportunidade de mostrar e melhorar os seus talentos, hoje, contribuem significativamente para o crescimento das organizações – reforça a psicóloga.
Nosso DNA nos faz seres diferentes uns dos outros. Mesmo com talentos naturais, muitos não chegam a lugar nenhum sem motivação.
O investimento no capital humano tende a ser respondido com engajamento e motivação, o que melhora o resultado das atividades. Com energia e
Além de todo o talento, ainda é preciso buscar qualidade de vida e estratégias para administrar a própria carreira.
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A busca pela maximização dos resultados forma profissionais mais autônomos, aptos e com novas aspirações particulares.
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As mídias sociais evoluíram não desperdice esse potencial Internet usam redes sociais. Quando se leva em conta os usuários de todas as idades, são 78% acessando algum tipo de rede social.
Pesquisas apontam que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo utilizam redes sociais e o brasileiro é um dos que mais acessam. É preciso aceitar que elas são uma realidade necessária, mas com riscos altos
- Estamos falando de um meio que não só apresenta uma audiência massiva, como também com alta dedicação de horas do consumidor médio – garante Gabriel Borges, sócio da agência de comunicação Ampfy, que, ao lado da consultoria de pesquisa The Listening Agency, preparou um estudo de mais de 80 páginas chamado Brasil com “S de Social”.
A Internet evoluiu. E muitos gestores buscam orientações sobre como utilizar as possibilidades que surgiram com a rede mundial de computadores. Poderosas no relacionamento das empresas com seus clientes e consumidores, as mídias digitais tornaram-se ferramentas essenciais no mercado corporativo. Para o bem ou para o mal, as marcas estão lá. Contudo, algumas companhias ainda falham ao não definir políticas voltadas às novas plataformas de relacionamento. - A mídia costumava existir através dos meios convencionais de comunicação. Hoje, tudo dever ser mais pró-ativo, mas antes, é preciso implantar uma cultura digital nas empresas, que as façam perceber que o cliente tem voz e que ele cobrará um posicionamento através das redes. – alerta Aline Nunes, analista e empresária da Agência DNA, de Porto Alegre. Professora convidada do curso de Marketing Digital do IERGS/UNIASSELVI, Aline também defende que as redes sociais contribuíram para democratizar a publicidade mundial. Para ela, a pequena empresa ganhou o direito ao marketing digital, porém está sujeita aos mesmos erros e perigos que existem na rede.
- O brasileiro viciado em mídia social já virou um novo símbolo nacional – destaca Borges.
Por outro lado, o público está aprendendo os benefícios da Internet. As redes sociais vêm funcionando para a resolução de problemas e as empresas precisam se mostrar ágeis nesses casos. Há certa vulnerabilidade e exposição nas redes. Não responder ou dar satisfações representa falta de agilidade e de preocupação com o usuário. Quem peca é toda a instituição. - A comunicação não pode esperar. As pessoas não esperam mais. É preciso que o perfil da empresa seja voltado para uma cultura digital. Quem trabalha com a Internet precisa conhecerbem os processos internos, representar a companhia e refletir isso na rede – comenta a analista da DNA. Uma pesquisa Ibope/YouPix de 2013 mostrou que 92% dos jovens consumidores do Brasil que acessam a
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Não haver uma política de mídias sociais é um dos erros mais comuns das empresas. Infelizmente, a esmagadora maioria das companhias não possui uma diretriz sobre o assunto ou relega a profissionais despreparados. Ao estabelecer regras on-line durante e fora o expediente, as empresas se educam sobre problemas em potencial e também criam planos de contingência para quando algo der errado. - Existem empresas que realmente não precisam estar nas redes sociais. Mas as que estão precisam entender que a Internet é mais uma seção da empresa, que precisa investimento e planejamento adequado e profissional – relembra a professora Aline Nunes. Parte do trabalho de estar presente na Internet é entender os benefícios da rede como forma produtiva de trabalho e não como perda de tempo. Conhecimento analítico também é fundamental, já que a Internet proporciona uma infinidade de dados mensuráveis, que podem ajudar a traçar estratégias de marketing e posicionamento, desde que trabalhados por profissionais.
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Internet
um risco à segurança empresarial Os computadores das empresas são instrumentos de trabalho, mas é natural que as pessoas os utilizem para momentos de pausa e descontração. O problema é o exagero e o risco que isso pode gerar à segurança de dados corporativos
As tecnologias da informação são ‘vias de duas mãos’ no universo corporativo. Elas modernizam produções, armazenamentos e transmissões. Por outro lado, todas essas alternativas também ampliam o acesso a conteúdos, nem sempre permitidos. Muitas empresas bloqueiam completamente o acesso às redes sociais, enquanto outras restringem as possibilidades da Internet de alguma forma. No quadro geral das proibições, os programas de compartilhamentos aparecem entre os temores das companhias, assim como jogos on-line, vídeos e serviços de mensagens instantâneas. Contudo, a busca pela segurança também vira possibilidades de negócios. A startup NetEye, especializou-se no desenvolvimento de softwares, capazes de monitorar todo o parque empresarial de computadores. Fixada no polo tecnológico de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, a empresa usa a própria tecnologia para aumentar a segurança em rede.
- O software NetEye foi desenvolvido para gerar dados importantes que, instantaneamente, mostram o grau de segurança das companhias. Ele cria um histórico detalhado da utilização de cada computador, sites visitados, acessos indevidos, cópias de documentos e liberação de licenças – explica Fabio Santini, diretor técnico da NetEye.
Através de plataformas tecnológicas como essas é possível definir regras que bloqueiam websites e dispositivos móveis e ainda gerar alertas sempre que houver a tentativa de quebra dessas definições. Francisco Daudt, gerente de qualidade da Redebrasil Gestão de Ativos, leva a segurança muito a sério. Para o grupo gaúcho não se trata apenas de
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precaução, mas de um pré-requisito exposto nos contratos dos seus clientes. A empresa trabalha com recuperação judicial e extrajudicial, atraindo importantes clientes de 15 estados brasileiros, das áreas bancárias e de seguros. - Nós trabalhamos com dados pessoais de milhares de pessoas e não podemos correr o risco de vazar essas informações por falta de segurança. Este é um item fundamental para desenvolvermos nosso trabalho e conquistarmos a credibilidade que possuímos hoje no mercado brasileiro – garante Daudt. No mundo dos negócios, a informação pode ser a moeda de investimento que muitos buscam. Nem por isso se deve baixar a guarda. Investimentos em tecnologia da informação e em políticas internas garantem às empresas a confiança e a credibilidade necessária perante seus clientes. Soluções tecnológicas devem ser continuamente atualizadas e ajustadas às necessidades específicas de cada cliente, gerando proteção dentro e fora da companhia.
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De olho em você
Cristiano Santos Foto: Alessandro Quevedo
Qualificação e perfil profissional chamam atenção de empresas de todo o mundo. Eles estão de olho e querem contratar O web developer Cristiano Santos trabalha no desenvolvimento e gerenciamento de conteúdo on-line para a multinacional DELL, na sucursal em Porto Alegre. A empresa está entre as líderes mundiais no ramo de hardware e emprega mais de 100 mil funcionários espalhados pelo mundo. Essa diversidade de trabalho e colaboradores deixa as qualidades profissionais de Cristiano visíveis para seus colegas de vários países. Seguidamente, o profissional recebe propostas de trabalho para atuar dentro e fora do Brasil. - O mundo está mais globalizado e as empresas não procuram profissionais apenas em sua região. A barreira geográfica já não é mais um impedimento para contratações e, para a maioria dos bons profissionais da minha área, esta é a realidade – reconhece Cristiano. Diretores e recrutadores estão mesmo de olho em novas culturas. Alguns de companhias brasileiras vêm percorrendo a Europa em busca de mão de obra que preencha o quadro de funcionários aqui no País. Só na Espanha, em cinco anos, as empresas brasileiras mais que dobraram a contratação de europeus altamente qualificados, conforme o levantamento 2013 do IESE – Instituto de Estudos Superiores de Empresa.
Desde que a crise econômica e
as recessões na Europa secaram investimentos no mercado local, as empresas brasileiras têm ido ao continente atrás da mão de obra que sobra nos países europeus e falta no Brasil. - Contratamos espanhóis, brasileiros, colombianos, chilenos, centro-americanos. Cada dia, essa escassez de talentos nos faz ampliar ainda mais a nossa busca – disse em entrevista Walter Bayly, CEO do Banco de Crédito do Peru. A via de duas mãos é real. Profissionais brasileiros aproveitam as oportunidades estrangeiras, principalmente por não encontrar no País um mercado que possa absorver a demanda específica. E é preciso ficar atento. - Os recrutadores estão ativamente nas redes sociais atrás de talentos de qualquer parte do mundo. Estas empresas não esperam receber currículos impressos como antigamente e atividade on-line é importante pelas possibilidades de mostrar o teu trabalho e o teu diferencial. É esse o profissional que as empresas procuram – diz Cristiano Santos. Muitas empresas têm se tornado globais, através de fusões e aquisições o mundo empreendedor caminha para o mesmo estereótipo buscando profissionais capacitados e com perfil internacional.
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Países que mais enviaram estrangeiros ao Brasil em 2013: EUA - 4.021 Reino Unido - 2.320 Filipinas - 2.320 Alemanha - 1.639 Portugal - 1.474 Autorizações concedidas por nível de escolaridade: Superior - 15.664 Ensino Médio - 11.961 Mestrado - 922 Pós-graduação - 439 Doutorado - 161
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Notas O sucesso vem com derrotas Não é sempre que o sucesso vem fácil. Na maior parte das vezes, ele só dá as caras depois de muito esforço e muitas tentativas fracassadas. A regra é bem ilustrada por uma frase de Wiston Churchill: “o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”.
Duas dicas para empreendedores recuperarem o ânimo Muitas vezes, a frustração surge por percebermos que as coisas não acontecem exatamente como queremos. Então, use uma técnica de coaching e se faça três perguntas. Nas respostas podem surgir soluções escondidas.
1. Você tem humildade para aprender com o público impactado pelo seu negócio? 2. Você se considera um criador do futuro? Explique como ele pensa?
Chefe ruim também é bom Ter um chefe bacana nem sempre é condição imprescindível para a sua evolução profissional. Às vezes, um chefe ruim é até melhor que um bom. “Um chefe ruim pode ser um excelente professor”, diz Claudio Garcia, presidente da LHH/DBM para a América Latina. “Ele tira as pessoas da zona de conforto e as faz lidar com o diferente”.
Brasil é o 4º mais citado por executivos Pesquisa realizada com CEOs de todo mundo aponta que 42% estão otimistas com relação ao País. Segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers, executivos foram convidados a apontar os três países, com exceção do próprio, mais importantes para suas perspectivas de crescimento neste ano. China (33%), EUA (30%), Alemanha (17%), Brasil (12%) e Japão (7%) foram os cinco mais citados.
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3. Você já descreveu as 15 principais características de um líder sustentável? Qual delas descreve você como um empreendedor? Outra dica é a técnica do comprometimento e atitude. Liste 108 coisas que você pode fazer por si mesmo em 108 dias. Deixe a lista em um lugar visível e comemore cada item cumprido. Quem garante é Flávia Lippi, especialista em business mentoring e diretora-presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi (IDHL).