Informação Negócios | IERGS 2016

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Editorial Oportunidade: esta parece ser a palavra-chave que une as matérias da edição 2016 da revista Informação Negócios, do IERGS. As oportunidades para empreender e crescer existem, mas é preciso perceber que elas também se adaptam às realidades impostas pelo mercado. Boas ideias, trabalho e a busca constante por aprender formam um campo fértil para evoluir enquanto profissional e empresa. De qualquer maneira, as realidades econômicas são cíclicas e podem estar lhe dizendo que é hora de pensar diferente. É isso que você vai acompanhar nas próximas páginas: olhares diferentes, com novas perspectivas sobre a atuação empresarial. O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo e não é por acaso. Isso também deve servir de motivação para encarar os desafios e colocar em prática as ideias de negócio. Existem empreendedores por necessidade e por oportunidade, mas em ambos os casos, o conhecimento é a chave que os guia ao sucesso. Boa leitura.

EXPEDIENTE Revista Informação Negócios IERGS – Instituto Educacional do Rio Grande do Sul Diretoria Geral: Saul Hoegen Diretoria de Pós-Graduação: Silvana Hoegen Jornalista: Jonas Amar (MTB/RS 14.065) Arte: Alice Fogliatto Marketing: Danielle Siqueira comunicacao@iergs.com.br


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IERGS - Você investiu no seu negócio próprio nos anos 80 e precisou encerrar. O que ficou dessa experiência? Carmen Flores - Fechei para não falir. Não estava bom, não dava mais lucro. Comecei a tirar tudo para pagar as contas e fechei a loja. Voltei a trabalhar de empregada e foi muito tranquilo. Às vezes as pessoas insistem em algo que claramente não está dando certo. Em cada momento de derrota, tu consegues te erguer com mais força e mais firme, desde que não tenha ódio e raiva. Fiz exatamente o que tinha que fazer: fechar. Após seis anos na antiga loja 7200, como foi o processo para sair e relançar a sua empresa? C.F. - Eu fui garota-propaganda, vendedora e gerente, trabalhando da manhã à noite. A ideia da propaganda com o endereço da loja e comigo surgiu do antigo dono, mas perdi meu emprego por dar uma ótima dica profissional a ele. Disse para vender a marca, já que não estava dando lucro. Pouquíssimo tempo depois ele me deu duas notícias: “vendi a loja e você está desempregada” [risos]. No fim, deu tudo certo mais uma vez e relancei meu negócio. Após transformar seu nome em franquia, por que voltou a ser lojista? C.F. - Os lojistas que possuem a franquia Carmen Flores têm total autonomia nos negócios. Mas eu sentia falta de mostrar como fazer, de dar exemplo. Por isso decidi voltar às origens e montar uma loja Carmen Flores como eu realmente gosto. Decorei tudo pessoalmente e deixei com a minha cara. E isso serviu também de modelo de atendimento aos outros lojistas. É um momento de graça para mim. Foi uma estratégia empresarial expandir os negócios para a prestação de serviços de beleza e saúde? C.F. - Organizei o “Mundo dos Sonhos Carmen Flores” como uma inspiração para minha filha [Maribel], que é especialista em Psicopedagogia. Hoje é um espaço de design de interiores para crianças. Ela também me inspirou a dar início a outros negócios de estética, beleza e saúde. Fiz tudo por ela.

Sou extremamente carinhosa com meus funcionários, mas também exijo muito deles.

ENTRE VISTA

Natural de Rosário do Sul, há mais de 30 anos Carmen Flores transforma sua imagem e seu nome em marcas reconhecidas no mercado gaúcho de móveis. Em meio à expansão da sua franquia, a empresária retoma suas origens no varejo e aposta em novos ramos da prestação de serviços e projeta desvincular seu rosto do império que construiu.

Em qual área você se identifica mais: administração, recursos humanos ou vendas?

C.F. - Eu sou vendedora nata. Meu cliente não sai sem comprar. Hoje tenho uma equipe nova e estou treinando essa turma. É assim que consigo ver os funcionários destaques. Tu sentes a garra das pessoas e isso me dá uma felicidade enorme. Isso me lembra muito a mim mesma quando comecei. Quem importa mais: o cliente ou o funcionário? C.F. - O funcionário, sem dúvida. Para ter sucesso nos negócios, tu precisas ter um bom profissional. Sem funcionário bom, tu não tens cliente. O empresário que não pensar assim está fadado à falência. Teu funcionário tem que ser teu parceiro, teu amigo. Ele precisa gostar de você, gostar da empresa e da marca. Todo empresário arrogante não vai dar certo. Também tens que conhecer o público e respeitar o concorrente. É preciso ser humilde. Há envolvimento seu nas questões de marketing e propaganda da marca Carmen Flores? C.F. - Me envolvo diretamente. Desde o início do meu trabalho eu cuido disso. Hoje é uma preocupação desvincular a rede e a marca da minha figura pessoal. Venho trabalhando a marca sem a imagem, mas ainda assino os comerciais. Também por isso encerramos o programa de televisão que produzíamos.

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porque a marca Carmen Flores ainda é dependente da minha imagem, e isso ainda é muito delicado atualmente. Quando conseguirmos desvincular, provavelmente vamos planejar isso. On-line ou off-line? C.F. - Ainda acredito no toque, no ser humano. O produto que eu vendo, tu precisas sentar nele. Se não deitar na cama para ver se o colchão é bom também não vai funcionar. Comprar na Internet é muito frio, impessoal. A tua casa é tudo de importante e precisa ter o conforto que tu queres. Você se considera uma chefe pulso-firme? C.F. - Com certeza eu sou uma chefe pulso-firme. É preciso ter uma coordenação. Sou extremamente carinhosa com meus funcionários, mas também exijo muito deles. Eu tenho obrigações, mas parte delas é dar atenção e carinho. Eles são meus amigos. O que lhe traz felicidade hoje? C.F. - Ser mulher e ser respeitada pelas pessoas, me manter de maneira honesta e tranquila, fazer um trabalho sério. Acho que a felicidade está em cada momento. Eu realizei muitas coisas boas e isso me conforta muito. Por isso lancei uma autobiografia, “Rompendo barreiras, derrubando preconceitos”. Me sinto muito realizada, pois são raras as mulheres que conseguem se destacar de verdade. O potencial está dentro da gente. Eu acredito muito no pensamento positivo.

Há planos de expansão da marca para fora do Estado? C.F. - Eu gostaria muito, mas não tenho essa pretensão agora, exatamente

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PLANEJAMENTO

Sempre há oportunidade para crescer

Planejar é fundamental para se perceber as opções existentes no mundo dos negócios, seja em tempos frutíferos ou conflituosos. Há 83 anos em Porto Alegre, o grupo Imóveis Crédito Real atua com patrimônio e projetos imobiliários, sempre focado em planejamento estratégico, endossa o diretor superintendente Carlos Eduardo Ruschel. Com destaque na ampliação territorial e de serviços, quatro novas diretrizes de gestão passaram a integrar o planejamento do grupo: expansão regional; atendimentos full service para todas as necessidades dos clientes; aumento de tecnologia e investimento digital; e segmentação dos negócios. “É preciso manter o foco no destino, independente do caminho que se vai percorrer. O mercado tem nuances no cenário político e econômico e situações extras que podem abalar o planejamento das empresas, mas nós estabelecemos um degrau acima disso, com metas a longo prazo e onde a gestão pode se adaptar, sempre mirando o objetivo”, ratifica Ruschel.

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A previsão de crescimento do grupo não descartou um cenário de vicissitudes. As vendas do setor sofrem influência direta do contexto político e uma economia frágil gera insegurança a quem trata com negócios imobiliários. Nas locações, o diretor superintendente assegura que o volume de desocupações pode se tornar bastante elevado e a qualificação técnica profissional, por exemplo, ainda é uma dificuldade, de acordo com as reais necessidades de trabalho. É preciso manter

Tempos de adversidades são oportunidades para se repensar o negócio, avaliar o caminho percorrido até o momento e buscar novas formas de fazer a empresa seguir em frente. O importante é colocar a criatividade para funcionar e entender que crises talvez sejam brechas importantes para crescer.

o foco no destino, Há estímulos que independente do ajudam, mas é na competência administrativa que caminho que se está a oportunidade para vai percorrer períodos de turbulência, alerta o professor-tutor de Administração do IERGS e membro do Conselho Regional de Administração do RS (CRA-RS), Cezar Augusto de Oliveira. “É através de planejamento estratégico que o administrador aplica a gestão. Ele enxerga cenários pessimistas, realistas e otimistas, seja em uma análise interna da organização, com pontos fracos e fortes, seja em análise externa, como ameaças de legislação, economia, análise política ou concorrência. A crise é um momento para substituir angústias e medos por correções de rumos e ações positivas”, garante.


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Por vezes, decidir antes o destino pode ser mais eficaz que estabelecer os caminhos que levam a ele. Existem possibilidades que nem sempre são previsíveis, mas que no fim das contas, acabam por chegar ao objetivo. Assim, a decisão de gestão torna-se mais maleável. Em tempos de dificuldade, alguns ficam paralisados com medo do que está por vir, mas empreendedores criativos driblam os reveses do momento e aproveitam para crescer. Quando o cenário for desfavorável, lembre-se:

A concorrência vai se esconder e estagnar

Durante a crise, investimentos são cortados, projetos são paralisados e a expectativa do que está por vir simplesmente congela a maioria das empresas. Recusar-se a agir dessa forma já será um diferencial para a organização. Chegar com tudo e mostrar para o mercado que se está com ânimo para inovar e criar soluções para os problemas é estar completamente na dianteira.

Os negócios não param, se transformam

Neste momento, os pequenos clientes realmente não têm muita opção a não ser reduzir gastos e tentar equilibrar as finanças. Mas os clientes mais rentáveis, aqueles que costumam gastar mais, mantêm suas operações e realmente gastam menos, mas não deixam de gastar. Pois é neles que se deve focar, a fim de manter o fluxo de caixa em dia e passar pela crise sem maiores apertos.

A crise traz novas necessidades

O mercado está em retração, mas as pessoas não param de viver e as empresas não param de produzir. Nesse cenário sempre surgem novas necessidades, talvez um pouco modestas, mas que podem se transformar em grandes oportunidades. Muitos negócios lucrativos são descobertos durante as crises, então se mantenha atento ao comportamento dos clientes e às novas necessidades deles.

As falhas do mercado se tornam mais aparentes

Quando a crise se instala, os defeitos das empresas começam a aparecer com mais frequência e força, seja um atendimento deficiente, a falta de produtos ou uma qualidade insatisfatória. Saber detectar esses gaps é aproveitá-los para melhorar o negócio e ainda estimular as vendas com inovações que a concorrência sequer tinha sonhado em inventar.

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Eu

compartilhar

INSTAGRAM pode ser o diferencial para impulsionar bons negócios Com mais de 400 milhões de usuários, mais de 80 milhões de fotos compartilhadas e com algumas postagens que podem valer pequenas fortunas, a rede de compartilhamento de vídeos e imagens Instagram ganhou fama mundial e tornouse mais uma possibilidade comercial para empresas grandes e pequenas. “Embora marcos como este sejam importantes, o que realmente nos anima é a forma como a comunicação visual faz o mundo parecer um pouco menor para cada um de nós”, anunciou em seu blog a companhia pertencente ao Facebook. O Instagram virou febre, revelou planos de expandir as ofertas para anunciantes e abriu possibilidades globais de marketing na rede social. Sem dúvida, já é uma ferramenta útil para empreendedores faturarem mais. Quem aproveita a boa fase digital tem ótimas perspectivas. A @Pandorga desfruta desta maré alta desde 2010, movimentando os produtos e valores da loja de Porto Alegre entre seu público, super conectado em moda e design. “O Instagram é a principal ferramenta de comunicação da Pandorga. Tem mais audiência comparada ao Facebook, mais views e mais interação, portanto é mais significativa. O estilo do Instagram combina mais com o conceito da loja, de vida criativa. É vida real. Todas as funcionárias têm acesso e fazem postagens. É uma ótima ferramenta de venda”, revela o sócio Gabriel Vanoni (@gbvanoni). Este novo território on-line trouxe novas oportunidades também para @GiovanaLiel, idealizadora da @Cangote, marca gaúcha de lenços e echarpes. “O Instagram é orgânico e diferente do Facebook, que precisa de maior impulsionamento nas postagens. O contato é mais real, direto e interativo. É um canal de vendas e uma forma de mostrar a empresa mais humanizada, mais perto das pessoas. É nossa principal ferramenta de comunicação”, comenta a empresária. Efetivamente, o Instagram não é uma plataforma fácil para as empresas se promoverem. Produzir conteúdo visual de

alta qualidade, atraente e exclusivo exige tempo e esforço. Mas se você decidir investir, o Instagram pode se revelar uma plataforma eficiente, gerando interação valiosa com os usuários e potenciais clientes. Gilson Filho, professor convidado de Marketing Digital da PósGraduação IERGS, alerta que as redes sociais acabam trazendo muitas características de outros meios de comunicação em massa. Porém, um dos principais pontos de atenção que as empresas devem ter, segundo o especialista, é tratá-las como um meio de nicho. “As pessoas cada vez mais exigem uma comunicação personalizada, que fale a sua língua e que atenda aos seus desejos e anseios de consumo, e não uma propaganda generalista como estamos acostumados a ver nos meios tradicionais”, reforça. “É justamente a qualidade do conteúdo que será um diferencial para o consumidor que curte e segue essas marcas na internet. Aspectos como utilidade ou entretenimento garantem que seu conteúdo seja bem recebido, independente da plataforma”, conclui o professor. O @MemorabiliaHandcraft explora a rede para divulgar seus produtos personalizados de decoração e conforto. Também de Porto Alegre, a loja transformou a conta em uma vitrine exclusiva para seu público. “Uso o Instagram como estratégia de branded content onde mostro através de conteúdos o que é a marca e o que ela faz. Quase que diariamente faço postagens com os produtos da Memorabilia, além de cursos e outros conteúdos. São todos estrategicamente pensados para o melhor horário, tipo de texto e até qual hashtag usar. No nosso caso, o Instagram é mais voltado para divulgação da marca”, garante a empresária Sabrina Tentardini. Muitas empresas, pequenas e grandes, estão usufruindo da inserção do Instagram para cativar e fidelizar clientes. É uma ferramenta simples de ser usada e que combina duas forças da tecnologia: o mobile e as imagens. Mas para ter sucesso na rede é preciso conquistar.


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FOTOS

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Escolha bem as imagens

A imagem deve falar mais do que as palavras, pois é a protagonista e precisa passar uma mensagem por si mesma. Cuidado com imagens que tenham piadas de mau gosto ou apelativas. Se a ideia for mostrar o dia a dia da empresa, cheque se a imagem está bem feita, é de bom senso e não abusa dos filtros. E não tire fotos que mostrem um local bagunçado.

Faça um planejamento

Não basta criar uma página e colocar fotos bonitinhas de vez em quando. Assim como outras redes sociais, é preciso ter uma estratégia para usar o Instagram. Tenha um objetivo, veja se quer levar tráfego para o site, se quer gerar consciência sobre a marca ou estimular a participação dos usuários. Faz parte do planejamento montar um cronograma de postagens e pesquisar o que é dito sobre a marca e os concorrentes. Estabeleça métricas para avaliar o resultado do uso, como comentários, sarcasmo ou se é de forma positiva. Ainda é possível acompanhar o engajamento, o aumento de seguidores e que tipo de conteúdo agrada mais ao seu público.

Incentive a colaboração

Incentivar que os usuários postem fotos com seus produtos é uma maneira que as empresas encontraram para espalhar a marca no Instagram. É possível incluir as imagens no e-commerce e até oferecer brindes no ponto de venda para quem usa uma determinada hashtag, por exemplo. Deve-se contar com a colaboração para contar histórias e não ficar só com venda de produto. Atender a todos é essencial, pois também é relacionamento. As pessoas interagem e não se pode deixar ninguém sem resposta.

BIBLIOTECA

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VÍDEO

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GESTÃO DE PESSOAS: Competência para motivar e mudar o desempenho individual

RH: todo trabalhador conhece a sigla com as iniciais de Recursos Humanos. Apesar disso, nem todo chefe sabe lidar com temas que envolvam seus subordinados ou lhe falta coragem para fazê-lo, empurrando a responsabilidade aos colegas do RH. Pode não parecer óbvio, mas resolver conflitos, comunicar demissão, selecionar profissionais e identificar necessidades de treinamento são tarefas do gestor, exatamente quando se comunica uma promoção ou um aumento de salário. Executivos, supervisores, gerentes ou responsáveis de setor devem ter em mente que a função de gerir o capital humano da empresa é também atribuição deles. Para a especialista em Gestão de Marketing e de Gestão de Projetos, Andrea Guerreiro de Souza, gerenciar pessoas demanda conhecimentos amplos, que são capazes de transformar o desempenho individual dos funcionários da empresa. “Fala-se muito em equipes de alta performance, o que significa dizer que não basta ser chefe, é preciso ser líder: alguém capaz de mobilizar outras pessoas, inflamar suas paixões e inspirar o melhor dentro de cada um. Para atingir metas desafiadoras e buscar resultados efetivos, quem ocupa posição de liderança precisa entender muito de Gestão de Pessoas. Para liderar, é preciso desenvolver competências gerenciais, técnicas e comportamentais. O líder deve ser capaz de enxergar cada indivíduo, aprimorando aquilo que se apresenta como deficiência e desenvolver seus talentos, potencializando seus pontos fortes”, reforça a professora convidada da Pós-Graduação IERGS. O verdadeiro motor que dá vida às empresas são as pessoas e geri-las de maneira eficaz é saber precisar as necessidades de pessoal, contratar, atrair, reter, motivar e avaliar seu empenho e desempenho. É preciso até saber demitir. Quando Adriana Barcarolo Fontoura decidiu especializar-se em Gestão de Pessoas com Ênfase em Coaching, parte do objetivo foi aplicar os conhecimentos na própria carreira, mas também compreender melhor os rumos profissionais de colegas e equipes. “Busco saber mais sobre o comportamento das pessoas e sobre como me comportar diante cada um e diante certas situações que ainda não conheço. Busco crescimento profissional, pois quero ser gerente e atuar na diretoria”, prevê a futura especialista.

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Talentos profissionais existem. O que é preciso é saber como identificá-los e desenvolvê-los. Gerar um clima motivador é aprender a tratar gente como gente. Afinal de contas, resultados duradouros só são possíveis com pessoal motivado e engajado, comprometido com a empresa e com o trabalho. “Instrumentalizar-se por meio de cursos é um meio eficaz para profissionais atuantes nas mais diversas áreas adicionarem velocidade ao seu processo de autodesenvolvimento. Afinal, quem tem pretensões de ascender a posições de liderança, precisa desenvolver competências e manter-se atento às mudanças do ambiente organizacional”, promove a especialista Andrea. Especializar-se na gestão de pessoas é ir além dos conhecimentos técnicos da administração, dos negócios e até da própria gestão. É trabalhar o investimento humano, o marketing pessoal e a cultura organizacional. Gestores têm de gostar de pessoas e ter talento para lidar com elas, pois gente é o ativo mais importante nas organizações, é o propulsor que as move e lhes dá vida.


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para ajudar na gestão de pessoas Parte dos desafios do líder moderno é aumentar o desempenho da equipe sem subir a folha de pagamento. A ferramenta para ajudar a chegar lá pode ser a gestão de pessoas.

Conheça a sua equipe Saber quais são os pontos fracos e fortes das pessoas que trabalham com você é o primeiro passo. Assim, pode-se atribuir tarefas específicas conforme as habilidades de cada um e elevar o desempenho do time como um todo.

Tenha confiança nos seus funcionários É preciso ter fé no trabalho da sua equipe. Confiança faz com que as habilidades e talentos apareçam.

Saiba delegar Você não precisa se envolver em cada detalhe dos projetos e atividades que comanda. Se todos estiverem bem alinhados com os objetivos a serem alcançados e bem preparados para exercer suas funções, os resultados serão alcançados.

Estimule a participação Essa postura fará com que ideias inovadoras surjam e problemas possam ser resolvidos mais facilmente. Premie as melhores ideias com um vale-presente ou um convite para um almoço especial, por exemplo, para aumentar o engajamento.

Esteja presente Você nunca deve se isolar de sua equipe. É importante para o funcionário ter uma troca constante com o líder. Seja acessível, retornando prontamente as sugestões e críticas levantadas.

Aposte nos feedbacks Você deve ser franco e justo com os seus funcionários. Reúna-se com frequência com cada um deles para mostrar o que você está pensando sobre o trabalho desenvolvido até ali. Elogie o desempenho satisfatório e mostre os pontos que ainda devem ser melhorados.

Comemore as conquistas Se a sua equipe alcançou uma meta ou solucionou aquele problema que parecia impossível, é preciso celebrar. Você não precisa fazer nada extravagante. Pode apostar em um café da manhã ou happy hour. Até um elogio formal, com cópia para toda a empresa, pode ser uma maneira eficaz de agradecer o esforço do seu time.

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COMUNICAÇÃO CORPORATIVA A visibilidade que vai além dos produtos e reforça valores institucionais e sociais da empresa

Divulgar o produto final é importante, entretanto, é apenas uma das alternativas que existem no processo de comunicação empresarial. O empresário Rafael Terra construiu a Fabulosa Ideia acreditando em um cenário como esse. “Comunicação empresarial é sobre reputação e diálogo. A marca hoje não é mais o que ela fala que é. Ela é aquilo que o consumidor diz que ela é. Ou seja, comece esta comunicação entendendo seu consumidor, se inserindo numa troca e por final repita seus valores embalados em conteúdo relevante, lembrando que relevância é ajudar o outro dentro de um contexto”, explica Terra. Comunicação empresarial é um conjunto complexo de atividades que reforça a imagem da empresa junto a todos os públicos que lhe interessam, dentro e fora dela. “Comunicar é bem mais do que veicular anúncios. A comunicação empresarial de hoje deve falar de si e falar com as pessoas, mostrar seus produtos, seus valores, aquilo que defende e acredita ser a diferença que faz no mundo”, esclarece Poliana Lopes, jornalista doutoranda e mestre em Processos e Manifestações Culturais.

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Para Lopes, que também é professora convidada da especialização IERGS em Marketing Digital, é preciso observar as demandas dos clientes, não apenas as do produto. “Comunicar não deve ter como único objetivo o de vender e lucrar. Em tempos de relacionamento, nos quais as pessoas querem ser amigas das marcas, este carinho é o start de um negócio”, diz.

A comunicação empresarial de hoje deve falar de si e falar com as pessoas, mostrar seus produtos, seus valores, aquilo que defende e acredita ser a diferença que faz no mundo

Faz sentido que empreendedores pensem em publicidade para aquecer os negócios, afinal de contas, é necessário destacar-se para marcar presença na lembrança de clientes e consumidores. Embora as vias de comunicação sejam múltiplas, a concorrência também é. E ela está em todo o lugar, do impresso às redes sociais.

Diversos instrumentos podem ser empregados, conforme cada caso definido ainda na fase de estratégia. Estão entre as possibilidades as publicações customizadas, revistas, jornais, livros institucionais e murais internos, publicações comemorativas, relatórios anuais e folders, além de apresentações e e-mail marketing para público interno e externo, assim como press release, press kit, mídias sociais, blog corporativo e uma infinidade de outras ações. Todos esses recursos informam o público interno e consolidam uma reputação positiva da empresa com os atores externos, conquistam qualidade e parceiros mais fiéis, estimulando as relações do mundo atual, onde todos estão conectados. É dentro dessas atividades que se encontram os trabalhos de relações públicas e assessoria de imprensa. Vale lembrar que uma boa reputação não é resultado de sorte nem construída da noite para o dia, mas sim com planejamento estratégico e políticas de comunicação. Internamente, a comunicação corporativa ajuda a formar uma comunidade que abrace a marca. Externamente, as ações constroem a identidade e moldam os valores sociais da corporação.


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QUER CRESCER? Estude, estude e estude Há princípios básicos que norteiam o investimento no mundo dos negócios, sejam eles de porte pequeno, médio ou grande, e independem da área de atuação. Se o aporte for desde o alicerce, na criação e formação de uma empresa, por exemplo, é aconselhável cercar-se de boas assessorias especializadas. Aí entram os conhecimentos contábeis, jurídicos e administrativos. Depois é preciso prestar atenção nas necessidades propícias do seu ramo, pois vão exigir ainda mais sabedoria. Nesses casos somam-se as perícias em Marketing, Vendas, Recursos Humanos e uma infinidade de outros domínios. Mas o universo profissional é feito também de outras lideranças. Gestores, técnicos, supervisores e encarregados movimentam cenários que não são, propriamente, estáveis. Nem as carreiras são. É preciso reciclar conhecimentos, abrir-se a novas possibilidades e vislumbrar diferentes metas e destinos. Sejam quais forem as opções, todas elas perpassam os estudos. Para o professor-tutor em Educação a Distância Carlos Alberto Pires Flores, a educação continuada não é opção, mas exigência de mercado. “Quando questionei uma turma de alunos sobre o motivo da sequência nos estudos, 80% justificaram que seu superior hierárquico condicionava à educação continuada o

das, através da concepção e execução de estratégias e processos comerciais adequados aos diversos contextos organizacionais”, destaca o pós-graduando Igor Rodrigues Antunes, da Pós-Graduação Semipresencial IERGS.

preenchimento de cargos na empresa. Uma aluna chegou a dizer que foi promovida após informar ao seu superior que estava se qualificando. Não é em vão que chamam a graduação de ‘curso superior’ e a pós-graduação de ‘especialização’. Que empregador não gostaria de ter funcionários ‘superiores’ e ‘especiais’?”, pergunta-se o professor convidado da Pós-Graduação IERGS. Exatamente para esse público ativo que as especializações vêm reformulando suas técnicas de ensino e aprendizagem. “Tenho facilidade de acessar a internet e muita falta de tempo. Estudar a distância se tornou uma forma rápida, prática e de baixo custo para adquirir conhecimento e de me especializar. Optei pela Pós em de Gestão em Vendas para me qualificar profissionalmente na compreensão estratégica empresarial e mercadológica, para maximizar os resultados das minhas ven-

Formatos não faltam: especializar-se em uma modalidade presencial já não demanda mais do que uma noite por semana na rotina profissional. Se a agenda pode causar conflitos de assiduidade, já há especializações perfeitamente adaptadas à modalidade semipresencial, onde o profissional-estudante reserva apenas uma noite por mês às análises do curso. Aos engajados em trabalhos remotos, com rotinas de viagens ou que desejam evitar grandes deslocamentos, as especializações on-line crescem ao mesmo nível em que beneficiam cada vez mais áreas de atuação. A educação a distância é mais adequada àqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, tem a melhor combinação entre estudo e trabalho e promove interatividade entre estudantes, professores e técnicos de apoio. Aos que já compreenderam a importância do conhecimento na gestão profissional, o esforço diário pode ser muito bem recompensado na velocidade de um click.

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GESTÃO SUSTENTÁVEL COMO RENOVAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

Trata-se de uma nova mentalidade que abre caminho para conquistar uma parcela importante de seguidores, que têm desejos e anseios por novos negócios assumidamente mais responsáveis com o meio ambiente e com a sociedade.

A Insecta Shoes entendeu essa pretensão. A marca gaúcha estabelecida em Porto Alegre produz calçados ecológicos e veganos, elaborados a partir de vestimentas sem procedência animal. Com forte apelo de conscientização, as gestoras da ideia, Pam Magpali, Bárbara Mattivy e Laura Madalosso, associam a oportunidade empreendedora ao desenvolvimento sustentável. “Nosso papel é incentivar a conscientização do consumo através do conceito do produto e das mensagens que nossa marca carrega. Queremos tornar claro para as pessoas que é possível criar e produzir calçados belos, inovadores e confortáveis com o menor impacto socioambiental para o planeta.

Queremos que cada vez mais pessoas e empresas se engajem e trabalhem em favor do meio ambiente. Desejamos que o mercado e as relações comerciais sejam protagonizados por empresas preocupadas com a sustentabilidade. Nosso grande objetivo é crescer para levar adiante nossa mensagem, e o produto é a materialização desta mensagem”, reforça a empresária Bárbara Mattivy.

Nós temos muito mais um marketing verde do que empresas verdes

Problemas ecológicos, poluição das cidades e rios e o lixo descontrolado têm inspirado pessoas a repensarem suas relações com a sociedade e o mundo. A emergência destas e de outras disfunções criam um cenário preocupante, mas fértil para mudanças nos atuais modelos de produção, consumo e no relacionamento do homem com o meio ambiente.


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Na nova economia que se desenha, as companhias podem repensar sua posição na sociedade, adotando a formação de uma consciência ambien-

Desejamos que o mercado e as relações comerciais sejam protagonizados por empresas preocupadas com a sustentabilidade

O setor produtivo pode enxergar a economia verde como uma alternativa de desenvolvimento sustentável e repensar seu modelo de produção. A marca Colibrii acredita e aposta nesse modelo. Sediada em Porto Alegre, a empresa reaproveita material têxtil, transformando-o em itens decorativos e de uso pessoal, com a co-criação de artesãs e costureiras de comunidades carentes da capital gaúcha. “A Colibrii existe para aproximar realidades diversas e, com isso, gerar mudanças. Acreditamos no compartilhamento de conhecimentos para criar um produto com significado. Além disso, nosso foco como pilar ambiental da sustentabilidade está na ressignificação de materiais, tanto de doações, como de parcerias com empresas que geram esses resíduos. Vemos a importância de se trabalhar a sustentabilidade na sua abrangência, de maneira a valorizar a produção local e assim desenvolver a economia, repensar o descarte de materiais e promover o impacto social através da geração de renda, empoderamento e valorização do trabalho feito à mão”, orgulha-se Alice Meditsch, diretora da Colibrii.

tal ou tornando-se realmente verdes. Para o doutor em Biologia, professor Marcus Hübner, isso ocorre quando uma empresa está comprometida com o equilíbrio dos três principais alicerces da sustentabilidade: o viés econômico, o social e o ambiental. “Na sua maioria, em contexto nacional, nós temos muito mais um marketing verde do que empresas verdes. Adotam-se pequenas ações sustentáveis, usadas para divulgar uma ideia ambiental. No entanto, no processo como um todo, ainda existem problemas na utilização de recursos hídricos, ou no gerenciamento de energia

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elétrica e o viés social estende-se apenas a colaboradores e não à sociedade onde se está inserido”, explica o professor coordenador da Pós-Graduação IERGS. Uma empresa verde está comprometida com os mecanismos de desenvolvimento limpo, a fim de baixar sua taxa de desequilíbrio ambiental. Isso envolve sistemas de captação da água da chuva e redistribuição para limpeza e sanitários, uma iluminação à base de lâmpadas de LED, instalação de gerador solar fotovoltaico, design inteligente dos espaços internos e externos e diminuição no uso de plástico e petróleo, entre outras possibilidades. Economia mais limpa pressupõe que crescimento e responsabilidade ambiental trabalhem juntos, fortalecendo o desenvolvimento social e a qualidade de vida. O mercado evolui de maneira ousada e inovadora e com ele também crescem as empresas que ajudam seus consumidores a diminuírem suas pegadas ecológicas, reduzindo riscos ambientais e a demanda sobre recursos escassos.


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EMPRESA SAUDÁVEL

A receita pode estar na Internet Ser empreendedor não é fácil, por isso toda a ajuda é bemvinda, sobretudo se estiver disponível de forma rápida, gratuita e de preferência on-line. Portais, sites e redes sociais de empreendedorismo oferecem diferentes possibilidades no trato com algumas tarefas diárias que, dependendo da situação, podem ser pequenos milagres na administração de uma empresa. As dúvidas são muitas, mas as soluções também são. O administrador Daniel Martin, professor-tutor da faculdade IERGS/ UNIASSELVI, reconhece os benefícios de quem busca conhecimento, mas alerta para as pressões de um mercado onde quase não se aceitam erros. “Somos o resultado de nossas ações. A velocidade com que tomamos as decisões e o nível de assertividade delas denunciarão inevitavelmente a qualidade do tempo que dispomos. À medida que temos mais recursos para aprender, paradoxalmente temos menos chances para acertar. Precisamos, portanto, explorar o conhecimento existente. Mesmo que dinâmico e tecnologicamente acessível, prossegue sendo raro, pois somente é acessado pelos poucos que se lançam na estrada do conhecimento”, reforça o administrador. Força de vontade, experiência e até traços profissionais são peculiaridades que podem ser ampliadas com algumas ferramentas disponíveis na web. E a veia empreendedora faz a diferença. Aproveite as facilidades e o conhecimento mundial que a Internet proporciona.

ContaAzul Para quem quer gerir bem sua empresa Software de gestão para micro e pequenas empresas, que inclui funções como controle financeiro, de vendas e de estoques. O serviço permite integrar a conta bancária e importar informações, emitir boletos e notas fiscais eletrônicas, enviar recibos, proposta e contratos e ver relatórios do seu negócio.

Agendor

Para quem precisa olhar bem para as vendas

A ferramenta é um CRM, um sistema que gerencia o relacionamento com os clientes, e opera de forma totalmente on-line. O empreendedor tem o histórico dos seus consumidores, análise de resultado comercial e acompanha o desempenho dos seus funcionários nas negociações.

Contabillizei Para quem quer gerir bem sua empresa Direcionado aos empreendedores que buscam cumprir obrigações legais e financeiras da sua empresa, mas por preços reduzidos. O serviço de contabilidade on-line permite importar e exportar notas fiscais e também gerar e pagar guias de impostos.

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Qipu Para quem é MEI e quer simplificar a rotina Especial para o microempreendedor individual. Resultado de uma parceria entre o Sebrae e o Buscapé, ele propõe não apenas acabar com a inadimplência, mas também permitir que os MEIs tenham condições de gerir seu negócio próprio. Ajuda a controlar as obrigações das microempresas, mandando alertas sobre contribuições fiscais, arrecadação e os benefícios que o empreendedor tem direito.




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