4º Trimestre de 2011
Aprender para trabalhar, trabalhar para aprender “A formação do caráter é a obra mais importante que já foi confiada a seres humanos.”1 “Restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma para que se pudesse realizar o propósito divino da sua criação – tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida.” 2 A fim de alcançar esse objetivo, o Senhor elaborou um dos meios mais eficazes: a colportagem. “Na verdade, a melhor educação que os jovens podem obter é entrar na colportagem e trabalhar de casa em casa.”3 “A educação obtida por este meio prático, pode, apropriadamente, ser chamada educação superior.”4 Em cada casa, encontro minha sala de aula, onde aprendo lições práticas, pois “é na água, e não na terra que aprendemos a nadar.”5 Através de um alegre sorriso, do aperto de mão caloroso, por meio de um vestuário simples e asseado, bem como na simplicidade das maneiras e linguagem pura, compartilho da Água da Vida. Ali aprendo a me aproximar das pessoas como alguém que lhes quer bem, exercendo aquele tato – fruto de um amor altruísta pelo semelhante que evita suscitar preconceitos – buscando, ao mesmo tempo, despertar o sincero desejo em sua alma de algo melhor a fim de tomar uma decisão ao lado de Cristo, abraçando o “mensageiro silencioso”6. A obra de salvar almas está relacionada com o desenvolvimento do caráter. “A verdadeira educação é um preparo missionário. … somos chamados ao serviço de Deus e de nossos semelhantes; e habilitarnos para essa obra deve ser o objetivo de nossa educação.”7 Para obter esse preparo, “nossas escolas foram estabelecidas pelo Senhor...” onde os jovens “se prepararão para entrar no campo... [dentre os diversos ramos da obra] como colportores...”8 A força motivadora para entrar nesta escola é o amor. “O amor... é o fundamento da educação verdadeira.”9 Quando tudo o que faço visa ao bem estar dos outros, encontro a felicidade. Ao ver o fruto de Seu penoso trabalho, Cristo “ficará satisfeito”10. O mesmo se dá conosco quando auxiliamos os outros.
“Tenho visto que as pessoas que vivem para um objetivo, procurando beneficiar os outros e ser-lhes uma bênção, e honrar e glorificar a seu Redentor, são as pessoas verdadeiramente felizes na Terra, ao passo que o homem desassossegado, descontente, e que busca isto e experimenta aquilo esperando achar a felicidade, está sempre a queixar-se de decepções. Está sempre sentindo uma falta, nunca satisfeito, pois vive para si unicamente.”11 Veja alguns depoimentos de jovens que decidiram viver para beneficiar os outros:
Referências: 1 Educação, 225 2 Educação, 15-16 3 O Colportor Evangelista, 32 4 O Colportor Evangelista, 33
10 Isaías 53:11 11 Nossa Alta Vocação – 27 de Fevereiro 12 O Colportor Evangelista, 37 13 O Colportor Evangelista, 14
5 Obreiros Evangélicos, 495 6 O Colportor Evangelista, 8 7 A Ciência do Bom Viver, 395 8 O Colportor Evangelista, 30-31 9 Educação, 16
Priscila: “Por três semanas insisti em uma mesma casa, e na quarta consegui entrada. Apesar dos problemas de saúde ali encontrados e do seu interesse na prática dos oito remédios de Deus, a dona decidiu não ficar com os livros. Mesmo assim, nos tornamos grandes amigas. Semanas depois, ela decidiu ficar com os livros e toda semana a visito. Desde então, tenho aprendido grandes e novas lições ao compartilhar a verdade com ela.” João e Cleyton: “Chegamos na casa da dona Silvana, que se demonstrou muito interessada, porém, disse que ligaria para o esposo, o qual lhe pediu que o esperasse pois já estava chegando. Assim que abriu o portão, abriu também os braços e nos disse: 'Missionários, eu estava esperando por vocês! Orei de manhã pedindo a Deus que enviasse anjos em minha casa.' Apresentamos os livros e ele adquiriu toda a nossa coleção. Hoje, somos amigos e estudamos a Bíblia juntos.” “A colportagem é o meio mais bem-sucedido para salvar pessoas. Não quereis experimentá-lo?”12 Enquanto prossigo em meus estudos, vou trabalhando pela salvação das pessoas, e enquanto vou trabalhando, recebo a formação que aos olhos de Deus é digna do termo “superior”. As inscrições estão abertas, e o Senhor lança o desafio: “Quem sairá agora com nossas publicações?”13
José Freitas Aluno do IEST