Revista Oriente Ocidente N.5 - INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU (IIM) - 2002

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ISSN 1680-7855

EAST WEST

Notícias do IIM • nº 5 Janeiro/Fevereiro de 2002 IIM •

Prémio Internacional de Pintura Exposição e Prémios

Prémio Identidade Identity Award

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Newsletter of IIM • nº 5 January/February 2002

II Encontros Internacionais de Macau

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II Encontros Internacionais de Macau Nuno Rogeiro fala de terrorismo pós-moderno

Abriram os II Encontros Internacionais de Macau, que este ano decorrerão de Fevereiro até ao dia 11 de Setembro (fecho simbólico) e subordinados ao tema genérico “O Estado e a nova ordem internacional depois de Setembro de 2001.” A intenção dos Encontros do corrente ano é congregar um corpo de especialistas que avaliem o estado actual do mundo na sequência das repercussões provocadas pelo atentado de 11 de Setembro, enfocando especialmente o terrorismo, o estado e os novos poderes, a globalização, os “media”, a economia e o esboço da nova ordem mundial que desponta. Resultará das diversas intervenções uma análise socio-política global, que se pensa divulgar posteriormente em livro onde se reunirão os principais contributos destes Encontros. À conferência do Dr. Nuno Rogeiro, que abriu os Encontros no passado dia 18 de Fevereiro, seguir-se-ão várias outras a anunciar oportunamente, e que atrairão a Macau um conjunto de oradores, em que se confirmam já os nomes de Rui Machete, Miguel Beleza, Jaime Nogueira Pinto, Herbert Yee, Luís Leitão Tomé, Pedro Pinto e Paulo Rangel. Além dos conferencistas de Macau – Gary Ngai e Liu Bolong – estão contactados, e em espera de confirmação, outros dos Estados Unidos de América, República Popular da China, Portugal e União Europeia.

O terrorismo pós-moderno Os II Encontros Internacionais de Macau abriram com a intervenção de Nuno Rogeiro intitulada “A Ronda da Noite: o choque do terrorismo pós-moderno e as respostas da comunidade internacional”. O autor referiu que os atentados de Setembro de 2001 tomaram de surpresa um mundo “civilista-economicista-pacifista”, embrenhado na aventura da produção e consumo, e que precisou de reagir à emergência, com todos os meios possíveis, criando a sensação de um quadro de mercadores burgueses armados à pressa, como em “A Ronda da Noite”, a famosa pintura de Rembrandt. A exposição abordou de seguida as diferenças entre o terrorismo “tradicional” e “pós-moderno” (para utilizar as categorias de Walter Laqueur), explicando a fundação, organização, estrutura e objectivos da Federação “Al Qaida”, e estabelecendo um q u a d ro d e h i p ó t e s e s s o b re a s u a sustentabilidade e continuação estratégica, bem como o seu impacte na região sudeste-asiática. Focou ainda a discussão actual sobre uma nova tipologia do terrorismo (em sociedades abertas, em sociedades fechadas, expansionista ou autóctone, etc), e a relação deste com formas não-convencionais de conflito, como a guerrilha, e modalidades violentas de contestação social.

Por fim, procurou enquadrar, referir e definir o conjunto de acções de resposta – militares e policiais, jurídicas e financeiras, políticas e securitárias, unilaterais, bilaterais e de cooperação internacional – ao acto de Setembro, desencadeadas pelos actores da comunidade/sociedade de Estados, ligando-se este tema a dois problemas correntes: o da “Intervenção militar por motivos humanitários”, e o do estabelecimento do Tribunal Penal Internacional. A conferência decorreu no Auditório do IIM, e concitou a curioridade e o interesse de um vasta e representativa audiência residente na RAEM, salientando-se figuras públicas como o Cônsul Geral de Portugal em Macau, Dr. Carlos Frota, o Presidente do Centro Cultural de Belém e Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Oriente, Prof. Fraústo da Silva, a Presidente do IPOR, Dra. Paula Laborinho, e quadros superiores e profissionais liberais das áreas da segurança, da advocaria, do ensino e da comunicação social. Seguiu-se debate muito participado. Os II Encontros Internacionais de Macau são uma organização conjunta do IIM com o Instituto Euro-Atlântico (Lisboa).


2nd International Meetings of Macau Nuno Rogeiro speaks about post-modern terrorism The 2nd International Meetings of Macau have begun. This year the events will take place between February and September 11 (a symbolic closing date). The general theme of the Meetings will be “The State and the new international order after September 2001”. The intention of this year’s Meetings is to bring together a body of specialists to evaluate the current state of the world in the sequence of the repercussions of the September 11 attacks, with a special focus on terrorism, the state and the new powers, globalization, the media, economy and the efforts of the new international order that dawns. The outcome of the several participations will be a social-political global analysis to be published in a book that will collect the main contributions to these Meetings. Following the conference of Dr. Nuno Rogeiro, which opened the Meetings on February 18, there will be several others that will be duly announced and that will bring to Macau a number of speakers from the United States of America, the People’s Republic of China, Portugal and the European Union. O Consul Geral de Portugal em Macau, Dr. Carlos Frota, e o Presidente do Centro Cultural de Belém, Dr. Fraústo da Silva, na conferência do Dr. Nuno Rogeiro. The Consul General of Portugal in Macao, Mr. Carlos Frota, and the President of Cultural Center of Belém, Mr. Fraústo da Silva, in conference of Mr. Nuno Rogeiro.

Post Modern Terrorism The II International Meetings of Macau opened with Nuno Rogeiro’s intervention “The Night Watch: the shock of post modern t e rr o r i s m a n d t h e r e s p o n s e o f t h e international community ”. The author said that the September 11 attacks have taken by surprise a “ civilisteconomicist- pacifist” world, tangled in the adventure of production and consumption, which was forced to react to the emergency with all the possible means giving the impression of a scenario of bourgeois merchants armed in a haste, like in the “Night Watch”, the famous painting by Rembrandt. The presentation approached, then, the differences between “ traditional “ terrorism and “ post modern” terrorism (to use Walter Laqueur’s categories), explaining the foundation, organization, structure and objectives of the “Al Qaida” Federation, and establishing a framework of hypothesis regarding its sustainability and strategic survival, as well as its impact on the South East Asian region. It also focused on the current debate on the new typology of terrorism (within open societies, within closed societies, expansionist or local, etc), and its relationship with non conventional forms of conflict such as guerrilla warfare and violent modes of social protest.

Finally, it sought to find a framework and to define the set of response actions – military and police, juridical and financial, political and pertaining to security, unilateral, bilateral and pertaining to international cooperation – to the September act, that were set in motion by the actors of the community/society of States, from the perspective of this theme’s connection to two current issues: that of “military intervention for humanitarian reasons”, and that of the creation of the International Penal Tribunal. The conference took place at the IIM Auditorium, and attracted the curiosity and interest of a vast and representative audience of residents in the MSAR, with the presence of public figures such as the Consul General of Portugal in Macau, Carlos Frota, the President of the Belém Cultural Center, and Chairman of Orient Foundation, Fraústo da Silva, the President of IPOR, Paula Laborinho, and Senior Officials and professionals of the areas of security, law, education and the media. The conference was followed by a lively and highly participated debate. The II International Meetings of Macau are a joint initiative of the IIM and the EuroAtlantic Institute (Lisbon).

Cartaz efectuado para os II Encontros Internacionais de Macau, design gráfico de Victor Hugo Marreiros Poster of II International Meetings of Macau, design by Victor hugo Marreiros EASTWEST


Terror e contra-terror Porquê “A Ronda Noite” como título de uma comunicação sobre terrorismo? A liberdade de docência, como se diz no meio académico, permite estas divagações... O quadro de Rembrandt, sobre a companhia do capitão De Koch, mostra-nos burgueses efeminados, elegantes, com peso a mais, subitamente armados para a guerra. Nota-se nos gestos e nas atitudes que as alabardas, os bacamartes, as espadas, estão empunhados de forma delicada ou desajustada. Alguém disse um dia que, em vez de uma composição marcial, Rembrandt pintara um bailado. Este quadro sempre me fascinou, e fez correr rios de tinta, dos críticos de arte aos músicos populares, chegando a inspirar uma composição dos King Crimson, em “Starless and Bible Black”. No fundo, usei a tela como metáfora para a impreparação das sociedades ocidentais – economicistas, mercantilistas, civilistas, consumistas e “istas” noutras áreas do conforto e da paz – face ao aparecimento do terrorismo nas suas vidas, sobretudo na dimensão pós-moderna e catastrófica. Mas a impreparação dos atacados é a mensagem essencial do 11 de Setembro? A mensagem essencial é a da imprevisibilidade histórico-estratégica, muito provavelmente. Mas tem de se reconhecer que, dos serviços de informações à estrutura de emergência civil, estávamos tão mal apetrechados como os mercadores de Rembrandt. Daí o passar de culpas, durante alguns meses, na sociedade americana. Um dos mais recentes estudos sobre o 11 de Setembro, editado pela equipa do CFR/”Foreign Affairs”, chama-se, significativamente, “How Did this Happen?”. “Como é que isto aconteceu” é a pergunta normal de um pós-traumatizado. O “terrorismo pós moderno” é passível de definição teórica, ou existe como facto? A expressão foi usada por um analista tradicional desta área, Walter Laqueur, no seu primeiro grande ar tigo sobre as consequências do fim da Guerra Fria sobre o fenómeno terrorista. Penso que o texto é actual, ou actualizável, e insiste na ideia de que os grupos terroristas, em geral, foram também orfãos da Guerra Fria, e da distensão momentânea nas relações internacionais, da Europa à Ásia. Não nos esqueçamos de que os últimos dez ou doze anos viram, para além do fim da divisão da Europa, a esperança ou a realização de acordos de paz e profundas reformas políticas em meios conflituais, em Angola e em Moçambique, no Camboja e no Médio Oriente, no Irão e na Colômbia, na África do Sul e nos Balcãs. Muitas tensões regressaram entretanto, e se calhar multiplicadas, mas durante algum tempo os terroristas perderam as suas bases territoriais, os estados de apoio e acolhimento, os santuários, e a própria lógica da “violência purificadora”. ORIENTEOCIDENTE

Ora esta desestadualização, ou a passagem de “serviço público” a iniciativa privada, caracteriza também a pós-modernidade do terrorismo, exilado para as velhas catacumbas da clandestinidade, do nomadismo, da extra-territorialidade. Esta d e s l o c a ç ã o p ro v o c a , ó b v i a m e n t e , imprevisibilidade, indetectabilidade, dúvida, adicionando níveis elevados de “stress” ao sistema internacional. Mas disse na sua conferência que o terrorismo se separou do patrocínio nacional, ao mesmo tempo que se internacionalizou... A ideia de uma “Internacional Terrorista” não é nova: existiu pelo contacto entre grupos radicais com causas comuns (por exemplo, o fim dos impérios, ou de um determinado sistema social, ou de uma clique governante, ou de uma etnia apercebida como causa de todos os males), e chegou a proporcionar teses semi-conspirativas, como as de Claire Sterling. A ascensão de grupos como a “Al Qaeda”, verdadeiras federações de descontentes e maximalistas de dezenas de países, ou revelações recentes sobre contactos entre o IRA e a FARC colombiana, ou entre o IRA e a ETA, podem apontar decisivamente para essa “internacionalização”, que é capaz de criar alguns problemas ao sistema de organização celular dos mesmos grupos. Por outro lado, a “internacionalização” revela a necessidade de grupos em crise se associarem, às vezes até a interesses delinquentes comuns, se bem que sob forma de criminalidade altamente organizada.

da Técnica na actividade terrorista se alia ao alargamento do campo de batalha, onde os alvos já não são só indivíduos, ou símbolos do “aparelho repressivo” dos governos, mas também grupos populacionais, cidades, regiões, quiçá países inteiros. O uso de armas de destruição maciça, a possibilidade de desencadear catástrofes, com agentes químicos e biológicos, é, como se sabe, algo que já saiu há muito dos enredos da ficção apocalíptica. Há também um terrorismo de Estado “pós-moderno”? Como sabe, o Terror enquanto sistema – como muitos outros elementos da semântica política actual – é um conceito saído do regime convencional da Revolução Francesa, e sobretudo da experiência de eliminação em massa de 1793. Ou seja: o primeiro “terror” foi exercido por um Estado revolucionário, aliás em nome do progresso e do esclarecimento. Mas há uma dimensão que me interessa mais salientar, no âmbito pós-moderno: o facto de os grupos terroristas cumprirem uma velha regra, a de provocar os governos a uma resposta tão violenta, cega e expandida, que o anti-terrorismo acaba por ser já não oposto do Terror, mas a continuação da sua lógica. É esta tentação de vingança que precisa de ser evitada pelas sociedades decentes. O combate ao terrorismo não pode, parafraseando S. Paulo, fazer-nos ganhar o mundo, mas perder a alma.

Por isso a “internacionalização”, afectando a rigidez celular, facilita a detecção e infiltração dos grupos radicais? Uma parte da doutrina, e se calhar a prática, dizem que sim. Qual a relação entre terrorismo “pós-moderno” e “catastrófico”? Como têm investigado Richard Betts, Bruce Hoffman, Roy Godson e outros, há uma dimensão de recurso aos bens da t e c n o l o g i a ( d o c i b e r- e s p a ç o à miniaturização, do optrónica às comunicações encriptadas) que separa também os “pós modernos” dos outros, se bem que o anterior patrocínio de estados tivesse fornecido a grupos “clássicos” alguns meios de ponta não desdenháveis. Há no entanto a realçar que esta invasão

entrevista

Terror and counter terror INTERVIEW with Nuno Rogeiro *Talking to Nuno Rogeiro about “The Night Watch: The shock of post-modern terrorism and the response of international community”.

com Nuno Rogeiro


Why did you use “The Night Watch” as the title of a speech about terrorism? Freedom of teaching, or libertas docentia , as we say in academia, allows these metaphorical digressions. Rembrandt’s painting, depicting Captain De Koch company, shows us somewhat effete, overweight, elegant Lowlands traders, suddenly equipped for war. We can see their less than martial gestures and general attitude, holding muskets, swords, spears in a delicate, odd way. Someone once said that the picture looks like a ballet scene, and legend tells that, because of that, the Dutch master was never paid for it.. This is a painting that always fascinated me, and was the origin of lots of debate, from art critics to popular musicians. It even inspired a song in King Crimson’s “Starless and Bible Black”. I used the “Night Watch” as an image for the general state of unpreparedeness of western societies – civilian ruled, market-oriented, peaceful, leisure prone, “economicist” - facing the terrorism threat, specially in its “post modern” and catastrophic mode. But so, for you, the essential message of September 11 is the fact that the attacked were not prepared? If there is only one “essential message”, I would choose the strategic and tactical unpredictability of international relations in the post-Cold War world. But we have to recognise that, from the intelligence community to civilian emergency and “home defence”, the so called “West” was at least as unprepared for real war, as were Rembrandt’s bourgeois. This led to a complex mechanism of guilt allocation, for example in the US system. And a most recent collection of essays on “911”, edited by the veteran, non-emotional team of CFR/”Foreign Affairs”, was particularly revealing, being titled “How did this happen?”. ‘How did this happen’ is the most common question of posttraumatised, caught by surprise victims. What you call “post-modern terrorism” can be theoretically defined, or merely can see as “fact”? I didn’t coin the expression, unfortunately for me. It was used by a veteran author, researcher and analyst of these matters, Walter Laqueur, in his first major essay on the consequences of the end of the Cold War on international terrorism and its structures. The Laqueurian observations are still very relevant. His piece insists that terrorism, as a whole, was also a victim and is an orphan of the Cold War, and of the relative release from tension seen everywhere, in East-West and North-South relations. Let’s not forget that the last ten to twelve years witnessed, besides the end of Europe’s division or “ideological civil war”, the delivery of vast political reforms, and the hope for or the signing of peace in several conflict areas, from Angola to Kampuchea, from the Middle East to Timor, from Iran to Colombia, from South Africa to the Balkans. Many tensions and violence returned since, maybe even multiplied, but during a significant period most terrorist groups used as parts of a State sponsored “indirect strategy” lost their

sanctuaries, territorial bases, bureaucratic patrons and military and logistical suppliers. They even lost, in a sense, the logic of “purifying violence”. This “de- statism” movement, equal to the transition of “public service” to “private enterprise”, characterises the post-modernity of terrorism, that was thrown back to the underground, the swamps of clandestinity and pariah-like qualities. Like a violent NGO, terrorism became nomadic, unpredictable, less “rational”, and also more difficult to detect, causing more doubts and stress at the level of the international system. But you mentioned, during your keynote speech, that post modern terrorism is more “international”... Yes: less national, and so more international. A c t u a l l y, t h e i d e a o f a “ Te r r o r i s t International” is not new: it existed before, at least as a common cause of radical groups (against empires, certain social systems, trans-national government elite, or even an ethnic group perceived as the origin of all evil), and even gave way for semiconspirational thesis, like the ones written by the late Claire Sterling. In a way, internationalisation is made easier by the discovery of an accepted common enemy (these days, the “remaining superpower”, an easy to explain target), and by the weakness and loss of sponsors from major national groups, that need to associate, federate, get help, even if that somewhat endangers a strict cell-based organisation. The ascent of groups like “Al Qaïda”, a true federation of alienated, radicalised, extremely discontent elements of dozens of countries (not only Arab ones), or recent revelations (still to be fully understood, and maybe even proved beyond any doubt) about the co-operation between the Irish IRA and the Colombian FARC, point all in that direction. It should also be stressed that the Bin Laden network had a large multinational support network, from banking and financial operations in Europe, to recruiting outfits in Africa and Asia, to training camps in Kashmir, Afghanistan and maybe two or three other regions. Another dimension of internationalisation is given by the co-operation, or “technical division” of work, between hardcore “political” terrorist groups and organised crime interests. This is a controversial and different issue from the resource to common crime by terror groups, in order to get a financial basis. Also the feeding of terror by international arms traders is an international issue, that will maybe be better known – with more than mere intelligence leads, that is, evidence that can be sustained in court after the recent arrest of mr. Sanvijah Ruprah in Belgium. So you believe that “internationalisation”, in the measure it affects cellular rigidity, can make infiltration and dection of terrorist groups easier? Both analysts and field actors believe so, but that is a rather complex subject to be touched in one sentence.

What’s the link between “post modern” and “catastrophic” terrorism? Researchers like Richard Betts, Bruce Hoffman, Roy Godson and others, have been touching the subject of the global use of technological goods (from cyber-instruments to miniaturisation, from optronic new products to advanced encrypted communications, from “intelligent” weapons to surveillance chips) by terror networks. That may also separate “post modern” from the other terrorists, although in the past state sponsorship also served to supply reasonably advanced hardware. We should understand that this intrusion of technique in the terrorist modus operandi allies itself with the enlargement of the battlefield, with targets growing from single individuals, or symbols of “state repression”, to entire population groups, cities, regions, maybe countries. This is why there is a big debate about the access of terror groups to weapons of mass destruction, and the possibility of catastrophic action against civilian targets, with NBQ agents, something that before would mainly be the stuff bad fiction was made of. Is the “Al Qaïda” network relevant to an Asian security discussion? The presence of US Special Forces in the Philippines, for what some critics call “Apocalypse Now – The Sequel”, seems to indicate so. Other sign is the appeal of a certain interpretation of the Bin Laden call to arms, among certain groups in Malaysia, Singapore, Indonesia and, of course, the Uighur nationalist movement in China’s Turkestan. Is there also a “post modern” state terrorism? The Ernst Jünger novel “Heliopolis”, written in the fourties of last century, dealt partly with that (and also with CW terrorism). As you know, terror as a system – as many other concepts from contemporary political semantics – is an historical experience, inherited from the Convention Regime of the French Revolution (and specially the 1793 experience of mass elimination). By other words: the first, primeval modern “terror” was exerted by the State. And a revolutionary State, acting in the name of progress, enlightenment and the struggle against the “altar and throne society”. This is well known, and was not a point in my brief analysis. But there is a dimension that should be stressed, in the “post modern” experience: the fact that terror groups keep obeying an old rule, provoking weak governments (and maybe even secular and traditional constitutional systems) into a security terror response that is expected to be so violent, blind, undiscriminating, unbalanced and widespread, that counter-terror policy becomes, not anymore the opposite of Terror, but its continuation, and specially the continuation of its logic. This temptation to transform response into vengeance is the worst demon to be feared by decent societies. The struggle against terrorism cannot, to paraphrase St. Paul, make us gain the world but loose our soul. EASTWEST


Exposição das obras

Prémio Internacional de Pintura Foi inaugurada no dia 31 de Janeiro a Exposição das obras seleccionadas para o “Prémio Internacional de Pintura 2001”, organizado pelo IIM. A Exposição encerrou no dia 10 de Fevereiro, vésperas do Novo Ano Chinês, e foi unanimemente apreciada pelos presentes à sessão inaugural, – pelo critério expositivo, valorização individual das obras e atmosfera geral. Durante o período em que esteve patente, a exposição foi visitada diariamente por numeroso público, incluindo grupos de turistas e turmas escolares. Realizada no dia inaugural, a sessão de abertura abriu com uma introdução do Secretário do IIM, Luís Sá Cunha, e com uma apresentação do Presidente do IIM, Jorge Rangel. Procedeu-se à entrega dos prémios e distinções, confiada a algumas das entidades oficiais presentes, nomeadamente a Presidente do Instituto Cultural, Dra. Heidi Ho, a Presidente do Instituto Português do Oriente, Dra. Paula Laborinho, a Administradora do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Dra. Isabel Jorge, o Director do Centro de Actividades Turísticas, Dr. Arnaldo Martins, e o Arquitecto Carlos Marreiros, Presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, Membro do Conselho Consultivo de Cultura do Governo da RAEM e Curador da Fundação Macau. Simbolicamente, foi entregue a uma representação dos artistas de Macau o tradicional “corte de fita”, seguindo-se a visita à exposição. No final, e durante cinco horas, foi debatido por alguns dos artistas participantes o futuro deste Prémio Internacional, com vista a institucionalizar em Macau, com repercussão internacional, uma grande mostra bienal. A Presidente do Instituto Cultural do Governo, Dra. Heidi Ho e o Arquitecto Carlos Marreiros (Presidente do Círculo dos Amigos da Cultura) entregam os 1º. Prémios a Jorge Smith e Konstantin Bessmertny. A Dra. Isabel Jorge, Adminstradora do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a Dra. Paula Laborinho, Presidente do Instituto Português do Oriente, entregam os prémios a Denis Murrell e Ung Vai Meng. The President of Government Cultural Institute, Ms. Heidi Ho and the Architect Carlos Marreiros (President of the Circle of Cultural Friends) hand over the 1st Prizes to Jorge Smith and Konstantin Bessmertny. Ms. Isabel Jorge, the Board Member of the Institute for Civic and Municipal Affairs and Ms. Paula Laborinho, President of the Portuguese Institute of the Orient, hand over the prizes to Denis Murell and Ung Vai Meng.

International Painting Award Exhibition of the works The Exhibition of the works selected for the “ International Painting Award 2001” was opened on January 31. This award was organized by IIM. The Exhibition closed on February 10, the eve of the Chinese New Yea, and was unanimously enjoyed by all those that attended the opening session due to the high standard, individual value of the works and the general atmosphere. During the period it was opened, the exhibition was visited daily by a vast number of public, including tourist groups and school groups. The session at the opening day was inaugurated with an introduction by the Secretary of IIM, Luís Sá Cunha, and with a presentation by the President of IIM, Jorge Rangel. The awards and prizes were bestowed by some of the official entities at the opening session, namely the President of the Cultural Institute, Heidi Ho, President of the Portuguese Institute of the Orient, Paula Laborinho, the Board Member of the Institute for Civic and Municipal Affairs, Isabel Jorge, the Director of the Tourism Activities Center, Arnaldo Martins, and architect Carlos Marreiros, President of the Association of Architects of Macau, Member of the Cultural Council of the Government of the MSAR and curator of the Macau Foundation. In a symbolic gesture the “ ribbon cutting” ceremony was performed by a group of Macau artists. The exhibition was then visited. At the end, and during five hours, some of the participating artists discussed the future of this International Award, with a view at institutionalizing in Macau, a great biennale show with international repercussion.

ORIENTEOCIDENTE


Identity Award Em nova iniciativa, e na sequência de outros prémios já instituídos, o IIM anunciou publicamente durante o mês de Fevereiro um novo prémio – o “Prémio Identidade”.

In a new initiative, and following other a w a rd s a l r e a d y i n s t i t u t e d , I I M h a s announced publicly during the month of February the creation of a new award – the “ Identity Award”.

O Regulamento e o “poster” foram distribuídos pelas mais representativas instituições de Macau e nos orgãos de comunicação social, proclamando que a vocação do Prémio é “distinguir a personalidade ou instituição que, pela sua acção, obra e exemplo, contribuam, activa e significativamente, para a identidade de Macau”.

The regulation and the poster were distributed among the most representative institutions of Macau and in the media, announcing a prize which aims at “rewarding the personalities or institutions that have contributed actively and significantly towards the identity of Macau”. According to the regulation, the award covers in general “ those personalities, individual or collective, who have been contributing significantly towards the construction of factors of the Macanese identity in the field of Culture in general, in Arts, Thought, Anthropology, Juridical Sciences and Education and Teaching”.

Segundo o Regulamento, o prémio contempla em geral “aquelas personalidades, individuais ou colectivas que, nos campos da Cultura em geral, nas Artes, no Pensamento, na Antropologia, nas Ciências Jurídicas e na Educação e Ensino, venham contribuindo relevantemente para a substanciação dos factores de identidade de Macau”.

The award will be the decided by IIM’s Board in a general meeting of its social bodies and will be granted after analysis of written proposals. The award will be announced annually until March 31. The regulation may be requested by all those interested, at the headquarters of IIM.

O Prémio será assumido e atribuído pelo corpo universal dos orgãos dirigentes do IIM, em assembleia dos seus corpos sociais e com base em propostas escritas fundamentadas. Todos os anos, o prémio será anunciado até ao dia 31 de Março. O Regulamento pode ser pedido pelos interessados à sede do IIM.

Prémio Identidade

Prémio Jovem Investigador

2002

Em observação do Regulamento, a Direcção do IIM procedeu durante o mês de Fevereiro ao anúncio público do Prémio Jovem Investigador 2002, prémio criado no ano 2000 com o objectivo de estimular o espírito de investigação científica e de inovação nos jovens dos estabelecimentos de Ensino Superior de Macau. Tratou-se de aviso público aos interessados em concorrerem com os trabalhos que desenvolvam durante o corrente ano, com a reedição das regras do Regulamento. O IIM endereçou o Poster/Regulamento às instituições de Ensino Superior da RAEM, distribuindo-o ainda por outras instituições e lugares públicos de Macau. Young Researcher Award IIM’s Board has publicly announced, during the month of February, the Young Researcher Award, which was created in 2000 with the purpose of stimulating the spirit of scientific research and innovation among the students of the Universities and Institutes of Macau. This was a public notice to all those interested in introducing their research works that are developed during this year, to be presented to a qualified juri until the end of the year. IIM has sent the poster/regulation to the Universities and Institutes of the MSAR and has also distributed it among other institutions as well as in certain public areas of Macau. EASTWEST


Melhorias na sede Durante o mês de Fevereiro operou-se uma alteração qualitativa numa das salas das nossas instalações, agora transformada em sala de Actos Solenes do IIM. A responsabilidade do “design” e o acompanhamento da execução foi do Arquitecto Carlos Marreiros, de que resultou um novo espaço com a distinção estética que é timbre dos trabalhos daquele nosso consócio. Nas paredes, revestidas a madeira, estão engastadas obras da sua autoria, com relêvo para o painel constituído pelo políptico “E aqui estamos!”, biombo concebido para a Exposição da Comissão Nacional dos Descobrimentos – “Biombos dos Portugueses”. O novo espaço está vocacionado para reuniões de sócios e assembleias gerais, para desdobramento do auditório em grandes conferências, para “brainstorming” internacionais, e palestras, video-conferências e conferências assistidas por televisão, computador e internet.

Improvements at headquartes During the month of February there was a qualitative alteration at one of the function rooms at our facilities, which will now be used for IIM’s solemn occasions. The design and the follow up was done by architect Carlos Marreiros. The new space is imbued with the aesthetic hallmark of our member. The wood paneled walls display several works by Carlos Marreiros, particularly the panel “Here we are!”, which is a screen created for the Exhibition of the National Commission of Discoveries on “ Portuguese Screens”. The new space will be used for members general meetings, for the extension of the auditorium during large conferences, for “brainstorming” sessions, presentations and videoconference, television, computer and internet assisted conferences.

Novos Sócios

New Members

Durante este período, o IIM viu o seu corpo de sócios enriquecer-se com duas novas inscrições, que saudamos:

During this period, IIM saw its membership enriched by two prominent personalities from Portugal:

A do Dr. José Miguel Júdice, Bastonário da Ordem dos Advogados de Portugal, e a do Dr. António Martins da Cruz, Embaixador de Portugal em Madrid.

That of Dr. José Miguel Júdice, Dean of the Order of Lawyers of Portugal, and that of Dr. António Martins da Cruz, Ambassador of Portugal in Madrid.

ORIENTEOCIDENTE

“E aqui Estamos” Pintura de Carlos Marreiros “And here we are!” Painting by Carlos Marreiros “Termos Culturais” Pintura de Jorge Smith “Cultural Terms” Pianting by Jorge Smith


Património artístico Barco (galeão) Escultura de Maria Leal da Costa Boat (galleon) by Maria Leal da Costa “Memória distante do banco do rio” Pintura de Konstantin Bessmertny “Distant memory of the river bank” by Konstantin Bessmertny

Durante os dois primeiros meses deste ano de 2002, o património artístico do IIM foi acrescentado com cinco obras de arte que muito vêm enriquecer as existências materiais da nossa instituição. São obras que estão já a ser integradas e em mostra nas instalações do IIM, e que damos a conhecer aos nossos sócios: 1 Pintura de Konstantin Bessmertny, concorrente ao “Prémio Internacional de Pintura 2001”, e que obteve o 1° Prémio (ex aequo), intitulada “Memória distante do banco do rio”. Acrílico e colagem sobre tela, 2001, 200x160 cm; 2 Pintura de Jorge Smith, 1° Prémio do “Prémio Internacional de Pintura 2001” (ex aequo), intitulada “Termos Culturais”. Acrílico sobre tela, 2001, 180x180 cm; 3 Barco (galeão) de Maria Leal de Costa (2001) 85x45x27 – Pedra: encarnado negrais e mármore. 4 Barco (junco) de Maria Leal da Costa (2001) 94x74x39 – Pedra: encarnado negrais e lióz. 5 “E aqui estamos!” – acrílico sobre madeira de Carlos Marreiros. Políptico montado como biombo, para a exposição “Biombos dos Portugueses” da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Esta exposição, que foi mostrada em Macau no Clube Militar (11/6 a 2/7 de 2001), integrou aquela obra do artista local Carlos Marreiros, que assim foi acrescentada às recriações dos biombos, (namban por suposto), dos consagrados artistas portugueses Graça Morais, Carlos Carreiro, João Vieira, António Palolo, António Viana, Pedro Proença e José de Guimarães. O políptico “E aqui estamos!”- que é narração do estabelecimento e eternidade da urbe macaense e da alma lusíada aqui, constitui o painel de fundo da parede principal da nova sala de actos solenes do IIM. Artistic patrimony During the first two months of 2002, the artistic patrimony of IIM included another five works of art that will enrich the assets of our institution. These works are already on display at the installations of IIM. Here is the list: 1 Painting by Konstantin Bessmertny, entrant to the contest of the “International Painting Award 2001”, who was awarded the 1st Prize (ex-aequo). The title of the work is “Distant memory of the river bank”. Acrylic and collage on canvas, 2001, 200x160 cm; 2 Painting by Jorge Smith, 1st Prize of the “International Painting Award 2001” (ex.aequo). The title of the work is “Cultural Terms”. Acrylic on canvas, 2001, 180x180 cm; 3 Boat (galleon) by Maria Leal de Costa (2001) 85x45x27 – Stone: red stone and marble. 4 Boat (junk) by Maria Leal da Costa (2001) 94x74x39 – Stone: red stone. 5 “And here we are!” – acrylic on wood by Carlos Marreiros, set as a screen for the exhibition “Portuguese Screens” of the National Commission for the Celebration of the Portuguese Discoveries. This exhibition, which was shown in Macau at the Military Club from June 11 to July 2, 2001, included works by local artist Carlos Marreiros, and other famous Portuguese artists Graça Morais, Carlos Carreiro, João Vieira, António Palolo, António Viana, Pedro Proença and José de Guimarães. “ And Here We Are!”, which is a narrative of the establishment and identity of the Macanese city and its Lusitanian soul, is now the background of the main wall of the new function room of IIM headquarters. EASTWEST


Inéditos sobre a Embaixada de Manoel de Saldanha

Foi já recebido no IIM, durante o mês de Fevereiro, o resultado do trabalho de investigação da Dra. Anabela Monteiro, sobre as cartas inéditas que o Embaixador Manoel de Saldanha escreveu durante a sua estada em Cantão, entre os anos de 1667 e 1669. São cerca de 56 documentos, na sua maioria “provisões”, que se encontram nos Historical Archives of Goa, e que permitem leituras interessantes da mecânica de relações e poderes em Macau e entre as instâncias portuguesas do sudeste asiático, no Sec. XVII. Além da transcrição das cartas, o trabalho inclui uma introdução sobre a situação político-económica e social de Macau após 1641, um esboço da figura de Manoel de Saldanha e a contextualização da embaixada, suas razões e objectivos, despesas, percurso e resultados. Este trabalho será dado à estampa durante o corrente ano, na nova colecção “Suma Oriental” do IIM, reservada a trabalhos de investigação sobre a história do Oriente.

Unpublished Materials regarding the Embassy of Manoel de Saldanha IIM has already received, during the month of February, the result of an investigation by Dr. Anabela Monteiro, on the unpublished letters that the ambassador Manoel de Saldanha wrote during his stay in Canton, between the years of 1667 eand1669. These are around 56 documents, mostly provisions, that are part of the Historical Archives of Goa, and that allow for interesting views of the mechanism of relations and powers in Macau and the Portuguese institutions of Shout East Asia. Apart from the transcription of the letters, the work includes an introduction on the political-economical and social situation of Macau after 1641, a sketch of the character Manoel de Saldanha and the context of the embassy, its reasons and objectives, expenses, course and results. This work will be printed during this year, in the new collection “Suma Oriental” of IIM, that is specially reserved for works of research on the history of the East.

Jorge Rangel, Chui Sai On (Secretário do Governo de Macau) e Costa Antunes brindam pelo sucesso da candidatura. Jorge Rangel, Chui Sai On (Secretary of Government of Macau) and Costa Antunes, toasting to Macau’s successful bid. ORIENTEOCIDENTE

Conferência da PATA de 2005 em Macau

PATA 2005 Conference in Macau

A proposta do Turismo de Macau para organizar a Conferência Anual da PATA (Pacific Asia Travel Association) de 2005 foi aprovada por unanimidade e aclamação na última reunião do Conselho Directivo desta organização internacional de turismo, realizada em Kuching, Sarawak (Malásia), em Janeiro.

The proposal of Macau Tourist Office to organize the Annual Conference of PATA (Pacific Asia Travel Association) in 2005 was approved unanimously and with acclamation at the last meeting of the Board of Directors of this international organization of tourism, held in Kuching, Sarawak (Malaysia), in January.

O Presidente do IIM, Jorge Rangel, foi convidado para integrar a delegação oficial de Macau, tendo, na qualidade de membro vitalício daquela organização, usado da palavra em defesa da candidatura de Macau, reforçando a proposta formalmente apresentada pelo Director dos Serviços de Turismo, João Costa Antunes.

The President of IIM, Jorge Rangel, who was invited to participate in the official delegation of Macau, in the capacity of life member of the organization, has addressed the meeting to defend Macau’s proposal, formally presented by the Director of Macau Government Tourist Office, João Costa Antunes:

Este importante evento dará grande projecção à promoção turística de Macau.

This important event will contribute greatly to the tourism promotion of Macau.

Também em 2005 Macau organizará um grande certame desportivo regional, os Jogos da Ásia Oriental.

In 2005 Macau will also organize a major sports competition, the East Asian Games.


Bulletin of Portuguese/ Japanese Studies Saiu mais um número, o Volume 3, do “Bulletin of Portuguese/Japanese Studies”, dirigido por João Paulo Oliveira e Costa e no âmbito das actividades do Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa. Do Volume 3 desta publicação, que tem o apoio do IIM e se vem afirmando com qualidade e regularidade, destacamos, como é habitual, à curiosidade dos nossos leitores, os temas que mais directamente tocam e enquadram a história de Macau, v.g. “The Japanese diaspora in the seventeenth century” (Madalena Ribeiro), “VOC Strategies in the Far East 1605-1640”, (Ernst van Veen), “Jesuit building in China and Japan” (Sofia Diniz). No final inclui-se uma “Bibliography of Luso-Japanese Studies” (Ana Fernandes Pinto) com várias referências a edições publicadas em Macau, v.g. da Fundação Macau e do Instituto Cultural de Macau (“Revista de Cultura”).

Bulletin of Portuguese/Japanese Studies Another issue is out, Volume 3, of the “Bulletin of Portuguese/Japanese Studies”, directed by João Paulo Oliveira e Costa and published by the Overseas History Center of Universidade Nova de Lisboa. In Volume 3 of this publication, which is also supported by IIM and has been conquering a position both for regularity and quality, we highlight, as usual, for the benefit of our readers’ curiosity, the themes that concern the history of Macau and provide it a framework, v.g. “The Japanese Diaspora in the seventeenth century” (Madalena Ribeiro), “VOC Strategies in the Far East 1605-1640”, (Ernst van Veen), “Jesuit building in China and Japan” (Sofia Diniz). At the end there is a “Bibliography of Luso-Japanese Studies” (Ana Fernandes Pinto) with several references to editions published in Macau, v.g., by the Macau Foundation and by the Cultural Institute of Macau (“Review of Culture”).

Jovem estilista Macaense premiado

Professor Rui Martins distinguido pela RAEM

Paulo Senna Fernandes, jovem estilista macaense, recebeu o prémio “First Excellence Award”, no concurso internacional “China Youth Fashion Styling Contest”, realizado em Dalian, RPC. A participação neste evento, que contou com apoios e patrocínios de diversas entidades de Macau, incluindo o Instituto Internacional de Macau, permitir-lhe-á agora desenvolver mais as suas actividades no mundo do “design” da moda. Young Macanese stylist was awarded prize Paulo Senna Fernandes, a young Macanese stylist, was awarded the “First Excellence Award”, of the international contest “China Youth Fashion Styling Contest”, which took place in Dalian, PRC. The participation in this event, which had the support and sponsorship of several entities of Macau, including the International Institute of Macau, will now allow him to further develop his activities in the world of fashion design.

Professor Rui Martins awarded by MSAR O Professor Rui Martins, que tem exercido nos últimos anos o cargo de Vice-Reitor da Universidade de Macau, acabou de ser distinguido pelo Chefe do Executivo da RAEM, Dr. Edmundo Ho Hau Wah, com o “Título Honorífico de Valor”.

Professor Rui Martins, who has been in the p a s t y e a r s t h e Vi c e - R e c t o r o f t h e University of Macau, was just awarded by the Chief Executive of the MSAR, Edmund Ho Hau Wah, with the “Honorific Title of Valor ”.

Este título é destinado a “residentes da RAEM, por actos relevantes para o prestígio, desenvolvimento ou progresso social da RAEM”.

This title is awarded to “residents of the MSAR, for acts that are significant to the prestige, development or social progress of the MSAR”.

Enviamos ao nosso estimado sócio Dr. Rui Martins as nossas felicitações.

We send our most sincere congratulations to our dear member Dr. Rui Martins. EASTWEST


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3 Poemas de Yao Jingming (do livro “A Noite Deita-se Comigo”, edição da “Pedra Formosa”, patrocinada pelo IIM)

Caminhar Os contornos da noite Revelam-se na vidraça Os gestos trabalham Nos flancos do corpo

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No silêncio da semente Fico mais dentro do coração Aprendo a caminhar na solidão Quando os pés ainda se consolam um ao outro

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No rosto do instante

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Na totalidade da noite O que ganha A luz frágil da lâmpada?

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No tremor misterioso A luz nada disse

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Irradiando sombras leves No rosto do instante

Anoiteceu Uma bala furou o corpo Caiu o céu Anoiteceu tanto amanheceu

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ORIENTEOCIDENTE, Notícias do IIM – Instituto Internacional de Macau, Número 5, Janeiro/Fevereiro de 2002 • ISSN 1680-7855 Editor Luís Sá Cunha Produção IIM Design Gráfico victor hugo design Impressão Tipografia Hung Heng Macau Tiragem 1.500 exemplares IIM

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EASTWEST, IIM Newsletter Published by the International Institute of Macau, Number 5, January/February 2002 Editor Luís Sá Cunha Production IIM Graphic Design victor hugo design Printing Tipografia Hung Heng Macau Print Run 1.500 copies


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