Maio 2014 / Edição 724 / www.impactoevangelistico.net
A revista que constrói a sua vida
evangélico PUBLICAÇÃO OFICIALL
Literatura
Os Profetas Menores
MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL
Testemunho
O homem que perdeu seu nome Herói da fé
Soldado de Cristo
Inconexão
O medo de estar sozinho maio 2014
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MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
2 Impacto evangélico
EDITORIAL
Aceitando a vontade do Senhor Rev. Gustavo Martínez Presidente Internacional do M.M.M.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”. Mateus 7:21.
A
mado leitor, aquele que não obedece e
prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se
aceita a vontade de Deus não é apto, não é
é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como
digno do Senhor. Fazer a vontade de Deus
eu quero, mas como tu queres”. Ele sabia que tinha vindo
é muito importante e está acima de todas as exigên-
com uma missão, um objetivo; e ninguém outro po-
cias que podem ser realizadas. Lembre-se que Jesus
dia fazê-lo, Ele pôde se submeter e, fazer exatamente
disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo…”
o que o Pai queria, e por isso pôde dizer: “Está con-
(Lucas 9:23).
sumado”. Ele redimiu a humanidade, Ele se tornou o
Se alguém quer ser cristão, significa estar de acor-
sacrifício aceitável diante do Pai.
do com Deus, significa deixar de ser um mesmo, sig-
O Senhor em uma ocasião disse: “Ninguém, que lança
nifica morrer a nosso eu. João Batista disse: “É necessá-
mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”
rio que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). O apóstolo
(Lucas 9:62), aqui é preciso ir para diante, não impor-
Paulo disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais
ta o que nos espera lá no caminho, não importa o que
eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20).
o amanhã nos trará, mas esse caminho é sem retro-
Às vezes se veem pessoas nos retiros espirituais
cesso.
saltando, pulando e com muito júbilo. Mas elas se-
Vamos fazer a vontade de Deus ou vamos seguir
guem sendo indiferentes, carnais, mundanos; mesmo
com nossa vontade? Fazer nossa vontade parece me-
o líder está conforme com os poucos que assistem a
lhor porque não temos problemas, ninguém vai nos
sua congregação; mas não passa noites inteiras, nem
rejeitar, ninguém vai nos criticar e ninguém vai nos
semanas inteiras, em oração e jejum clamando a Deus,
estorvar; mas se decidimos fazer a vontade do Pai, ali
porque há um conformismo, há uma ladainha. É pre-
começa a luta, haverá muitos problemas, ali começa o
ciso fazer a vontade de Deus.
calvário, ali começa o inferno, ali começa o difícil, ali
A Bíblia nos fala em Mateus 26:38-39, quando Jesus teve de enfrentar sua própria vontade, lemos: “En-
tão lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. E indo um pouco mais para diante,
realmente se sabe se seguimos a vontade de Deus ou retrocedemos. Que Deus nos ajude, irmão! É livre de escolher hoje a quem servir
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MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL www.impactoevangelistico.net América • Europa • Oceanía • África • Asia
evangélico
Diretor Fundador: Rev. Luis M. Ortiz Maio 2014 / Edição N° 724 (USPS 012-850) PUBLICAÇÃO OFICIAL DO MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL O World-Wide Missionary Movement, Inc. é uma igreja sem fins lucrativos, com uma visão para fundar novas igrejas nos Estados Unidos da América e seus territórios e também com uma visão missionária para fundar novas igrejas onde Deus abre novas portas em todo o Mundo. PUBLICAÇÃO MENSAL POR: Movimiento Misionero Mundial, Inc (Movimento Missionário Mundial, Inc.) San Juan, Porto Rico Washington, D.C. Postagem Periódica pagada a: San Juan, Porto Rico 00936
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OFICIAIS DO M.M.M. INC. Rev. Gustavo Martínez Rev. José Soto Rev. Rubén Concepción Rev. Rodolfo González Rev. Álvaro Garavito Rev. Margaro Figueroa Rev. Rómulo Vergara Rev. Humberto Henao
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4 Impacto evangélico Av. Los Frutales 344 - Lima 03 - Perú
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Declaração Doutrinária O Movimento Missionário Mundial adere às doutrinas fundamentais da Bíblia, tais como: n
• A inspiração das Escrituras Sagradas: 2 Timóteo 3:15-17, 2 Pedro 1:19-21. • A Divindade adorável em Três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo: Mateus 3:16-17, 17: 1-5; 28:19 João 17: 5, 24, 26, 16:32, 14:16, 23, 18:05, 6, 2 Pedro 1:17,18; Apocalipse 5. • A salvação pela fé em Cristo: Lucas 24:47, João 3:16, Romanos 10:13, Tito 2:11, 3:5-7. • O Novo Nascimento: João 3:3, 1 Pedro 1:23, 1 João 3:9. • A Justificação pela Fé: Romanos 5:01, Tito 3:07. • O Batismo nas águas por imersão, segundo ordenado por Cristo: Mateus 28:19, Atos 8:36-39. • O Batismo no Espírito Santo, subseqüente à salvação, falando em outras línguas, segundo: Lucas 24:49, Atos 1:4, 8, 02:04. • A Cura Divina: Isaías 53:4, Mateus 08:16, 17, Marcos 16:18, Tiago 5:14, 15. • Os Dons do Espírito Santo: 1 Coríntios 12:1-11. • Os frutos do Espírito Santo: Gálatas 5:22-26. • A Santificação: 1 Tessalonicenses 4:03, 5:23, Hebreus 0:14, 1 Pedro 1:15, 16, 1 João 2:6. • O Ministério e a Evangelização: Marcos 16:15-20, Romanos 10:15. • O dízimo e a Sustentabilidade da Obra: Gênesis 14:20, 28:22, Levítico 27:30, Números 18:21-26, Malaquias 3:7-10, Mateus 10:10; 23:23. • A ascensão da Igreja: Romanos 8:23, 1 Coríntios 15:51 - 52, 1 Tessalonicenses 4:16-17. • A Segunda Vinda de Cristo: Zacarias 14:1-9, Mateus 24:30, 31, 2 Tessalonicenses 1:07, Tito 2:13, Judas 14, 15. • O Reino Milenar: Isaías 2:1-4, 11:5-10, Zacarias 9:10, Apocalipse 19:20, 20:3-10. • Novos Céus e Nova Terra: Isaías 65:17, 66:22, 2 Pedro 3:13, Apocalipse 21:1.
sommario
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Como alguém pode estar sozinho em algum momento neste mundo barulhento tendo pessoas em todos os lugares? No entanto, pode-se estar rodeado de pessoas e se sentir muito sozinho.
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Revista Impacto Evangélico
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Trata-se de um hino que transmite uma comovedora mensagem sobre o encontro com o Todo-Poderoso. É uma bela ode cristã sob a autoria da crente Carrie Elizabeth Ellis.
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A imprensa nacional e internacional deu amplia cobertura à marcha de milhares de peruanos contra o projeto de lei de união civil no Peru.
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Ulrico Zuínglio dedicou toda sua vida à divulgação do Evangelho e se tornou o principal motor da Reforma na Suíça.
42 43 44 45 Ele foi sequestrado por uma ocultista quando foi uma criança. Vários anos depois, ele escapou da sua captora e percorreu toda a Colômbia em busca da sua mãe e sua verdadeira identidade. Essa aventura o levou a novas vicissitudes até que finalmente encontrou o caminho para Deus.
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“Aquele que não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor… porque nosso Deus é um fogo consumidor.” 1 João 4:8; Hebreus 12:29.
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O medo de
ficar sozinho
Como alguém pode estar sozinho em algum momento neste mundo barulhento tendo pessoas em todos os lugares? No entanto, pode-se estar rodeado de pessoas e se sentir muito sozinho. Vivemos em um tempo em que o mundo eletrônico nos constrange, e muitas vezes pensamos: “estou só a um telefonema de um amigo”.
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Dr. David Jeremiah
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O
enorme desafio em nossa cultura atual é que parece que estamos tecnologicamente mais conectados, mas mais sozinhos do que nunca na história. Uma famosa atriz confessou: “A solidão é o que menos gosto da vida, o que mais me preocupa é simplesmente estar sozinha, sem ninguém para amar ou alguém que cuide de mim”. O diretor de um grupo musical disse que: “a solidão é o que mais assusta no mundo inteiro”. Desconexão, esta é a única maneira de descrever um mundo no qual a maioria das pessoas vive em cidades ou subúrbios impessoais, onde a internet substitui a conversa cara a cara, onde o trabalho dura em média apenas dois anos, onde as pessoas vão de casamento em casamento e se mudam de um estado para outro. Caso você se pergunte se estamos realmente em um mundo desligado, aqui está uma pequena amostra das estatísticas: Os gurus das estatísticas dizem que para o ano 2009 os adultos na América do Norte passavam uma média de 12 horas por semana on-line, o que era o dobro das horas que passaram em 2005, atualmente o número é muito maior do que era no ano 2009. Ao início do ano 2009, o estadunidense médio, usuário de um telefone celular, enviava e recebia uns 400 textos por mês; o adolescente estadunidense médio recebia uns 2300 textos por mês. Também é verdade que atualmente mais pessoas vivem sozinhas. Isto me surpreendeu, em 1950 menos de 10% dos lares estadunidenses consistiam em uma pessoa; em 2010, 27 % 8 Impacto evangélico
dos lares nos Estados Unidos consistem em uma pessoa. Um jornal de Los Angeles informou que há um medo e fobia crescente, que faz parte de nossa desconexão. Chamase de “nomofobia” que é o medo de ficar sem celular. Ao ler a Bíblia, descobrimos que essa desconexão foi o primeiro do que Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele” (Gêne-
sis 2:18). O primeiro homem precisava estar com alguém e a Bíblia narra as experiências de muitos outros. Lembro-me que Agar foi envolta em problemas domésticos e acabou no deserto, como vemos em Gênesis 16. Essa é uma das experiências de maior solidão, ela estava sozinha. Davi também sentiu uma enorme desconexão, e não só a sentiu, mas a expressou. Estas são apenas duas das suas expressões, no Salmo 102:7, Davi descreve: “Vigio, sou como o pardal solitário no telhado”, e aquele que eu acho que é o versículo de maior solidão na Bíblia, Salmo 142:4,
diz: “Olhei para a minha direita, e vi; mas não havia quem me conhecesse. Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma”.
Se eu tivesse que escolher o personagem que ilustra o que significa “se sentir desligado”, mais do que qualquer outro na Bíblia, esse seria o apóstolo Paulo. É impressionante que ele vivesse uma jornada tão incrível, e inclusive ele conhecia tantas pessoas pelo nome. Na carta aos Romanos, por exemplo, ele menciona pelo nome trinta e cinco pessoas diferentes, depois de conhecê-las e sabendo algo sobre cada uma delas. Em 2 Timóteo 4, ele menciona dezessete pessoas pelo nome, e se você voltar para o capítulo 1 adiciona outras dois. Assim, nesta breve carta, ele menciona pelo nome dezenove pessoas. Paulo não é apenas um preso, não é uma pessoa que não gosta de estar perto de outras pessoas e que sofreu solidão. Não. Ele é uma pessoa muito sociável. Mas nós encontramos um homem sozinho e começa-
CAPA mos a entender algo da desconexão, do isolamento. Paulo foi acusado de sedição, ele teve que comparecer perante o César e acabou em prisão. Em 2 Timóteo 4:06 lemos: “O tempo da minha partida está próximo”. Não está falando de sair de Roma, ele está falando que está perto da morte, sabe que está a apenas alguns dias da execução da sentença. Enquanto aguardava a execução, ele estava desligado e sozinho. Foi detido na prisão Mamertina em Roma. O lugar onde a prisão é situada é difícil de descrever. Sabemos que Paulo teve que se despir completamente, e foi deixado em última instância apenas com sua túnica, havia pouca comida disponível, a própria prisão era um lugar terrível, não havia desaguadouros, havia um pouco de palha como cama e, às vezes, os prisioneiros eram comidos pelas ratas. Paulo estava isolado e sozinho, o homem que gostava de estar com as pessoas, passando seus últimos dias sozinho. Paulo ilustra a desconexão que temos em nossa cultura atual, nós vivemos em um mundo solitário. Talvez seja um divórcio no topo da lista de desconexões. Nada isola mais uma pessoa que o rompimento de um casamento. Algumas mulheres falam sobre o rompimento total que ocorreu quando o marido as deixou, e com ele todos os amigos, a família, tudo some. Uma mulher narrou uma vez que ela nunca se sentiu tão sozinha na sua vida, como nos dias seguintes ao fim do seu casamento. As famílias de militares sabem de isolamento, quando eles perdem um dos
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g seus filhos na guerra, frequentemente, eles não recebem nenhum aviso por semanas informando o que aconteceu; às vezes, eles não são sequer autorizados a se comunicar por um período de tempo. Na física existe a comumente chamada de segunda lei da termodinâmica, a lei da entropia, e diz que as coisas que são isoladas terminam se deteriorando. A entropia opera no reino espiritual, bem como no físico. Os cristãos que estão isolados de outros cristãos também se deterioram, “não é bom que o homem esteja só”, às vezes, a desconexão é simplesmente isolamento. Aqui temos Paulo isolado na prisão. Paulo não está simplesmente sentindo a desconexão do isolamento, mas também está sofrendo um tipo diferente de solidão, que pode ser chamada de desconexão da infidelidade. Ler os últimos versículos do capítulo 4 da Segunda Carta a Timóteo é como ler uma litania de deserção e separação. Dos dezessete amigos que 10 Impacto evangélico
Paulo alude, seis são mencionados como se estivessem em outro lugar. Observe em sua Bíblia e perceberá que Crescente está na Galácia, Tito está na Dalmácia, Tíquico está em Éfeso, Carpo está em Trôade, Erasto está em Corinto, e Trófimo está em Mileto. Dos dezessete amigos, seis estão simplesmente em outro lugar sem nenhuma outra explicação, na verdade, dois dos amigos de Paulo procedentes da Ásia o abandonaram anteriormente segundo o capítulo 1. Em 2 Timóteo 1:15, lemos: “Bem sabes isto, que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Figelo e Hermógenes”.
E quando chegamos ao versículo 10 do capítulo 4 nos é apresentado um homem chamado Demas, Paulo diz: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica...”.
A partida de Demas foi muito dolorosa para o apóstolo. No versículo 16 do capítulo 4, continua-se falando do caso de solidão de Paulo, e disse: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não
seja imputado”. Às vezes sofremos
a desconexão do isolamento e outras a desconexão da infidelidade. Sabemos que aqueles que mais queremos podem acabar nos lastimando profundamente. E depois, Paulo diz que há mais uma coisa a acrescentar a sua desconexão total e absoluta na prisão. Eu chamei esta fase de desconexão da interferência. Encontramos um homem chamado Alexandre, Paulo disse: “Alexandre, o latoeiro, causoume muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras” (vv. 14-15). Alexandre se
tornou um Judas contra Paulo. Observe novamente esta passagem e verá que temos um homem desiludido. Não é assim como queremos que acabe a vida de Paulo, o homem que nos deu o Novo Testamento, em muitos aspectos, uma grande parte do livro; este homem que foi o grande missionário, o evangelista que estabeleceu igrejas em toda a Ásia Menor, está terminando a sua vida em um calabouço
CAPA
horrível, privado de amigos e sendo tratado como um inimigo por Alexandre. A decepção faz parte da solidão que enfrentamos e faz parte da liderança, às vezes é difícil, mas faz parte do chamamento. Alguém disse que você não pode se preocupar com o que os outros fazem; você só deve se manter enfocado em não abandonar o Senhor e não se abandonar. Lembro-me de ter lido um comentário de um pastor, que disse: “Muitas vezes a multidão não reconhece um líder, senão quando já foi embora, e, em seguida, levantam um monumento com as mesmas pedras lançadas contra ele durante a sua vida”. Quais pistas podem-se descobrir nesta passagem? Nesta passagem da Bíblia (2 Timóteo 4) pintamos o quadro do lugar onde está Paulo, agora observe o que ele fez em termos desta situação, ao fazê-lo vamos descobrir quatro coisas sobre estar desligado e que podemos transferir as nossas próprias vidas.
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g 1° PRECISAMOS DE COMPANHEIRISMO
Aqui aprendemos que Paulo está dando um alerta, ele está dizendo: “quando estamos sozinhos precisamos de companheirismo”. E lemos: “Procura vir ter comigo depressa... Toma Marcos, e traze-o contigo... Procura vir antes do inverno” (vv.
9, 11, 21). Muitos consideram Paulo como um paladino do Evangelho, mas aqui ele está desligado e sozinho, e pede para seus amigos irem visitá-lo. Ele incentiva Timóteo a trazer Marcos, o mesmo Marcos que já tinha abandonado Paulo em uma ocasião, mas agora ele tinha sido restaurado. Paulo também queria estar com Timóteo e o exorta a vir. Estou dizendo isso, simplesmente porque eu passei minha vida como pastor com mais pessoas do que você poderia se imaginar e que dizem: “Oh pastor, eu não preciso de ninguém, simplesmente eu tenho a Deus”. Isso não é verdade, você precisa das pessoas. É verdade que precisamos de tempo para estar sozinhos, mas Deus não nos criou para viver a vida a sós. “Não é bom que o homem esteja só...”. Paulo clama por seus companheiros, não está disposto a passar seus últimos dias a sós com Lucas como parceiro. A Bíblia está cheia de lembranças do fato de que as pessoas precisam de pessoas. Encontre o jeito de se conectar com outras pessoas e descobrirá que a sua saúde mental, espiritual, emocional e física vão se elevar na direção certa. 2° PRECISAMOS DE COMPAIXÃO “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo...” (v. 13).
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Não só precisamos de companheirismo, mas também precisamos de compaixão. Quando ministrarmos aqueles que estão sozinhos, não é simplesmente uma questão de estar com eles, mas também é uma questão de perceber quais são suas necessidades e tentar resolvê-las. Aqui temos Paulo, nesta prisão gelada, e sabe que não pode sobreviver ao inverno se não tem algo para se abrigar, então pede sua capa. Paulo estava em Roma e ia ter frio, e quer seu abrigo. Quinze séculos após a experiência de Paulo em Roma, William Tyndale, o grande tradutor da Bíblia teve uma experiência semelhante na Bélgica, enquanto ele estava em prisão. Em 1535, ele escreveu a seguinte carta ao governador do castelo onde ele foi preso, ouçam estas palavras e vejam se isso não lhes soa familiar, Tyndale escreveu: “Eu imploro ao Senhor que, se eu vou ficar aqui no inverno, lhe solicite ao comissário a gentileza de me en-
viar minhas coisas que ele tem, um gorro mais grosso, porque tenho terríveis dores de cabeça por causa do frio, também um casaco mais grosso, porque o que eu tenho é muito fino e também uma das minhas camisas de lã”. Alguém que você conhece é sozinho e precisa de alguma ajuda, talvez precise de um pouco de comida, ou passar um momento tomando café ou almoçando, ou qualquer coisa. Mas não é simplesmente uma questão de estar com alguém, também é questão de se interessar por aquela pessoa quando você está com ela. 3° PRECISAMOS CORAGEM DA PALAVRA DE DEUS
No mesmo contexto lemos que precisamos de coragem. No versículo 13 Paulo está dizendo a Timóteo: “Quando vieres, traze... os livros, principalmente os pergaminhos”. Se eu estou sendo forçado a ficar sozinho, pelo menos, deem-me meus livros e especialmente a Bíblia. Algo acon-
CAPA tece quando se está consignado a ficar sozinho, seja no hospital ou em outro lugar, e se apresenta a oportunidade do estudo e da meditação prolongada, simplesmente entramos na Palavra de Deus e antes que se saiba o tempo passou e nem sequer o notamos. Eu tive câncer anos atrás, se você já teve a doença ou viveu com alguém tão doente, a pessoa pode tentar pensar em outras coisas, mas é muito difícil não pensar no assunto. Porém, quando se supera o escolho, a pessoa pode se perder no estudo da Palavra de Deus, é como uma ilha de alegria no meio dos desafios. Eu posso ver Paulo nas poucas horas de luz que tinha pela abertura de sua cela devorando as Escrituras e através de suas circunstâncias angustiantes encontrar a alegria na verdade de Deus. Quando se fez isso, começa a tropeçar com passagens bíblicas, por exemplo, a Carta aos Hebreus 13:5-6, aqui diz: “Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem”.
4° PRECISAMOS DE CRISTO
Quando estamos desligados precisamos de companheirismo, e precisamos de compaixão, e precisamos de coragem da Palavra de Deus. Mas aqui está o pináculo do que precisamos, precisamos de Cristo. Observe o que Paulo diz nos versículos 17 e 18: “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão. E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém”.
Jesus Cristo estava com
Paulo, e estará lá para nós quando clamarmos a Ele em momentos de solidão. O próprio Jesus experimentou isso quando percebeu que seus discípulos o abandonariam, lemos as suas palavras em João 16:32, e diz: “Mas não estou só, porque o Pai está comigo”.
Ao meditar sobre os desafios de estar desligado, podese dizer que “A desconexão é o título da vida”. Toda a vida é uma questão de desconexão. Por exemplo, começamos a vida no útero seguro e acolhedor da nossa mãe, então um dia você é desligado, e lançado ao mundo. Então, estamos em casa aos cuidados dos nossos pais e do amor ininterrupto de nossa mãe. Após, nesses primeiros anos começamos o longo processo de desconexão, primeiro é o jardim de infância por algumas horas, cada semana, depois é até o meiodia. Depois o dia no qual todas as mães observam que suas crianças se tornam escolares de primeiro grau e agora estão gastando mais tempo significativo com outra pessoa que não é você. Em seguida chegam os dias de escola, e não são apenas as horas que a escola nos desliga de nossas crianças, são todas as atividades sociais e físicas que nos separam algumas semanas. Em seguida chegam os dias de faculdade. Depois chega o casamento. Os nossos filhos seguiram realmente o mandamento bíblico, você sabe qual é? Deixar o pai e a mãe. Mas certamente qualifica como desconexão. Depois do casamento, as coisas continuam sua marcha por um tempo e, em seguida, em algum momento no final do caminho se produz a morte; isso também é muito difícil. A morte é uma
terrível separação, não há nada como ela, não há jeito de descrever essa separação. E depois, há outra separação final, a Bíblia diz que se nós não recebemos a Jesus Cristo em nossa vida, após a morte vamos estar totalmente e para sempre separados de Deus. Lembre-se que a primeira coisa com a qual Deus não estava satisfeito foi com que o homem esteja sozinho, Ele disse: “Não é bom que o homem esteja só...”. E Adão e Eva tiveram que ficar sozinhos depois de estar juntos por causa do seu pecado; eles estiveram juntos como marido e mulher e, em seguida, pecaram e foram separados de Deus. A desconexão no Jardim do Éden, eventualmente, levou a uma desconexão mais profunda que aconteceu quando Jesus morreu na cruz, e o ouvimos exclamar na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46). Jesus ficou desamparado do Pai, para que não tenhamos que ser desligados de Deus, porque somos pecadores e não temos nada para oferecer a Deus, estamos condenados à morte, a Bíblia diz: “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Isso é desconexão. Mas Deus veio a este mundo e enviou seu Filho para a cruz, quando ele foi para a cruz sofreu nossa desconexão por nós para que pudéssemos nos conectar com Deus para sempre. Há alguma razão para que você ainda queira ser uma figura solitária em um mundo que tem como fim estar unidos? Se você colocar a sua confiança n’Ele hoje, pode conhecê-lo de uma maneira pessoal, pode fazê-lo desde onde você está, não há necessidade de esperar, pode fazê-lo hoje; faça-lo, conecte-se com Deus hoje u maio 2014
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¿Por que as pessoas se isolam? Um dos isolamentos mais populares é a solidão física. O propósito ainda não é considerado insalubre, e de fato pode ajudar a conseguir uma melhor concentração. É possível apreciar muitas pessoas muito treinadas que conseguem alcançar altos níveis de concentração sem importar as circunstâncias externas que se apresentem. Essas pessoas preferem viver afastadas da sociedade, e sem interação com o mundo físico. Por outro lado, as doenças contagiosas também podem ocasionar um isolamento da pessoa, com o propósito de não contagiar os indivíduos do meio externo. Porém, os sintomas da solidão emocional costumam refletir o estado emocional e mental de um indivíduo e costumam implicar uma evidente retração do indivíduo perante as redes sociais.
A falta de comunicação na família é uma causa da cultura de adição cibernética às tecnologias. Essas adições se apresentam normalmente em pessoas entre os 5 e os 15 anos de idade, gerando um caldo de cultura para outras adições como as drogas, o álcool ou o tabaco.
Solidão por causa da tecnologia
¿Adição que caracteriza esta época?
A adição tecnológica é a adição às redes sociais, aos jogos eletrônicos e à navegação cibernética. Atualmente, os jovens priorizam o contato com os aparelhos eletrônicos, como laptops, tablets, smartphones, televisores ou os fones de ouvido. Eles se isolam. Isso fez com que não haja autoridade nem amor na família, porque não há comunicação. Esta se perdeu pela invasão dos aparelhos eletrônicos no seio familiar e isso faz com que essa desumanização leve um jovem a procurar a felicidade artificial, porque a felicidade natural não existe mais. Então o refúgio são as adições. Neste caso das adições electrónicas ou da adição tecnológica se chega ao ponto de não ter nenhuma comunicação e contato com seu ambiente familiar.
“Que meus filhos tenham o que eu não tive”. E lhe dão tudo o que querem. Isso se denomina “saciamento”.
As crianças de cinco a quinze anos de idade começam porque os próprios pais, por sua ignorância, seguem três princípios
“Que meu filho goze o que eu não gozei”. Por isso, todos os fins de semana eles saem para celebrar, vão a discotecas e acampamentos, bares, etc., esta situação se tornou um hedonismo. Esses são os três antivalores. .
Solidão de tipo: Isolamento infeccioso
Solidão de tipo: Isolamento produtivo
Existem vários tipos de solidão e, em muitas ocasiões, podem estar relacionadas com a eliminação de distrações, a meditação, uma doença contagiosa ou a rejeição de certos hábitos sociais.
14 Impacto evangélico
Solidão de tipo: Isolamento emocionall
Em Gênesis 2:18, lemos: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”. No Salmo 102:7, Davi descreve: “Vigio, sou como o pardal solitário no telhado”. No Salmo 142:4, Davi diz: “Olhei para a minha direita, e vi; mas não havia quem me conhecesse. Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma”. Em 2 Timóteo 1:15, lemos: “Bem sabes isto , que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim ; entre os quais foram Figelo e Hermógenes”. Em 2 Timóteo 4:16, Paulo disse: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa , antes todos me desampararam . Que isto lhes não seja imputado”.
“Que meus filhos não sofram o que eu sofri”. Assim eles facilitam tudo e o rapaz não estuda mais porque os pais compram os professores, compram as qualificações e lhe ensinam o comodismo; por um lado temos o “saciamento” materialista, e pelo outro lado o comodismo, ou seja o mínimo esforço.
A Solidão
No Salmo 27:10 lemos: “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá”. Em Hebreus 13:5-6 que é uma citação do Antigo Testamento, lemos: “Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem”. Observem o que Paulo diz em 2 Timóteo 4:17-18: “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me , para que por mim fosse cumprida a pregação , e todos os gentios a ouvissem ; e fiquei livre da boca do leão. E o Senhor me livrará de toda a má obra , e guardar-me-á para o seu reino celestial ; a quem seja glória para todo o sempre. Amém”.
Alucinações La solidão é um confinamento ou isolamento realizado por certas pessoas para a sociedade e todo seu ambiente externo.
Depois de um isolamento bastante prolongado, o ser humano tende a imaginar situações, escutar vozes, ou falar sozinho para inventar uma própria companhia. As alucinações demoram um pouco em chegar, mas sempre se encontram presentes depois de umas longas semanas de solidão.
Ansiedade
Sintomas mais comuns da solidão
Solidão de tipo: Isolamento voluntário
A ansiedade, claro que aumenta. O estado de nervosismo e os próprios monólogos também são cada vez mais frequentes. Em muitas ocasiões, a pessoa perde a noção do tempo e experimenta uma importante ansiedade que jamais sentiu.
Distorções da percepção Embora os jovens costumem se adaptar melhor ao isolamento do que as pessoas maiores, todos (cedo ou tarde) experimentam uma distorção do tempo e do espaço. O tempo se detém no momento em que se experimenta o isolamento e costuma se perder mesmo a noção da data em que vivemos.
Depressão e agressão Embora a depressão possa ser uma das principais causas do isolamento, esta costuma ser ainda mais fomentada na retração. Uma pessoa solitária e isolada costuma ser mais depressiva e agressiva do que uma pessoa vinculada com outros círculos.
A solidão deteriora a saúde humana Uma equipe de psicólogos da Universidade do Arizona (UA) estudou recentemente o fenómeno da solidão e os efeitos desta na saúde individual, com interessantes resultados. Facebook e Twitter teriam o mesmo efeito, ao fomentar relações superficiais que aumentam o isolamento. A solidão deteriora a saúde humana porque propicia os maus hábitos de saúde, um consumo maior de medicamentos e um nível mais alto de estresse. Além disso, os efeitos nocivos da solidão podem se incrementar mediante as redes sociais da Internet, como Facebook, que favorecem as relações superficiais e, em consequência, os sentimentos de isolamento e de solidão. Essas são as conclusões obtidas em investigações realizadas por cientistas estadunidenses, que também assinalam que a solidão se cura, unicamente, com relações pessoais estreitas e de qualidade.
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REMINISCÊNCIAS da
OBRA
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IMAGENS
1. Gloriosos batismos no Panamá, década de 90, a Obra de Deus continua se estendendo. 2. Confraternização de Jovens no Panamá, final da década de 90.
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3. Batismos nas águas na década de 80.
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4. Rev. José Soto em uma atividade internacional no ano 1999. 5. Rev. Soto pregando no Templo do Parque Lefevre, Panamá (2003).
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A marcha foi multitudinária e uniu as igrejas cristãs no Peru.
Em defesa da família A imprensa nacional e internacional deu amplia cobertura à marcha de milhares de peruanos contra o projeto de lei de união civil no Peru.
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o sábado, 3 de maio, mais de 50 mil peruanos saíram às ruas de Lima e marcharam contra o projeto de lei que pretende legalizar as 18 Impacto evangélico
Pelas ruas de Lima, capital do Peru, milhares de pessoas se movimen
uniões homossexuais no Peru atentando contra a família e o casamento consagrado pela Palavra de Deus. Todos os meios de comunicação tanto nacionais quanto internacionais deram cobertura a esta manifestação e lhe dedicaram um importante espaço. “Foi uma marcha massiva contra a união civil gay em Lima”, informou o jornal “Correo”, um dos de maior circulação nacional, enquanto o jornal “La República” assinalou que “uma multidão de pessoas marcharam contra o projeto de união civil”. “Os assistentes percorreram algumas avenidas principais de
Lima, como as avenidas Brasil, 28 de julio e La Peruanidad”, destacou RPP, a emissora mais importante do país. A multitudinária convocatória, que teve lugar desde as 2h da tarde, reuniu diversas organizações sociais e religiosas que defendem a família, como o Movimento Missionário Mundial. A participação do MMM foi encabeçada pelo Supervisor Nacional da obra no Peru, Rev. Luis Meza Bocanegra, que esteve acompanhado pelos oficiais nacionais que hastearam a bandeira do país ao longo de toda a avenida. Este ato foi saudado por outros milhares de vizinhos e
ATUALIDADE
ntaram em defesa da família e contra um projeto de lei que pretende legalizar a união civil.
transeuntes que testemunharam o percurso. Durante todo o trajeto, as diversas plataformas mediáticas
de “Bethel Televisión” e outros meios de comunicação informaram o fato. A imprensa secular também se fez presente e informou o acontecimento, que também se realizou em outras cidades do interior do país. Ao final do tramo se organizou um grande comício, onde cada representante se pronunciou contra esta proposta de lei, que atenta contra a família e as leis divinas. Cabe lembrar que a união civil não matrimonial entre homossexuais é desaprovada por seis em cada dez peruanos (61%), segundo uma pesquisa de Ipsos Peru u maio 2014
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Os livros (VII) apócrifos
Penúltimo fascículo da obra fundamental sobre a invalidez da Versão Popular da Bíblia. Rev. Domingo Fernández Dr. César Vidal Manzanares
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ossivelmente uma das mais ferozes batalhas travadas pelos teólogos e pastores cristãos durante os dois últimos anos é a luta contra o liberalismo teológico. Nascido, junto com o liberalismo político e econômico, no final do século XVIII, seu intuito foi criticar o texto da Bíblia e mostrar tudo aquilo que fosse considerado como falta de verossimilitude ou de autenticidade. Como era fácil a supor, a tentativa de julgar a Palavra de Deus, em vez de permitir que fosse ela mesma a que julgue a vida das pessoas, teve consequências penosas. Não só se começaram a negar aquelas doutrinas bíblicas que 20 Impacto evangélico
foram consideradas faltas de base real (a divindade de Cristo, o seu sacrifício expiatório, etc.), mas também se insistiu em que as Escrituras não eram infalíveis e que elas contêm erros e mitos. Como forma de fundamentar semelhantes afirmações, recorreu-se ao argumento de que não era possível acreditar no nome dos autores dos livros sinalados na Bíblia. As consequências do liberalismo teológico não se fizeram esperar. Nas igrejas evangélicas, onde entrou, marcou o início de uma agonia que terminou, em geral, com a morte espiritual de muitos adeptos. No caso da Igreja Católica, depois de uma breve luta inicial, o liberalismo teológico foi incorporado no seu seio. Se para o protestantismo a negação da Bíblia significou um golpe mortal, para a Igreja Católica podia até ser benéfica. Na verdade, se as Escrituras não forneciam dados confiáveis, então era ainda mais necessá-
ria uma guia teológica extrabíblica, como era a autoridade do Papa. Nesse sentido, não é de estranhar que, durante décadas, a teologia liberal – referida nas Escrituras – fosse ensinada nos seminários católicos e seja parte substancial das notas e comentários em suas edições da Bíblia. Os vestígios do liberalismo teológico – contra o qual lutou no início do século XX o agora tão injustamente caluniado movimento fundamentalista – se fazem sentir uma e outra vez nas notas e introduções da VP e, portanto, ajudam a minar perigosamente a fé nas Escrituras como a Palavra de Deus, e a preparar o caminho para a aceitação futura de uma autoridade espiritual não fundamentada na Bíblia. Segundo a VP, o Pentateuco não foi escrito por Moisés As Escrituras são muito claras ao momento de afirmar que os primeiros cinco livros da Bíblia - os chamados de Pentateu-
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HISTÓRIA
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g co - foram obra de Moisés. No mesmo Pentateuco se afirma que Moisés foi quem o escreveu (Ex. 17:14; 24:4; 34:27; Nm. 33:1-2; Dt. 31:9 e 22) e este testemunho é repetido em outras partes do Antigo Testamento (Js. 1:7-8; Jz. 3:4; 1 Rs. 2:3; 2 Rs. 14:6; 21:8; 2 Cr. 25:4; Ed. 6:16). Como se isso não bastasse, o testemunho de Jesus (Mt. 8:4; Mc. 7:10; 10:5; Lc. 20:37; Jn. 5:47; 7:19, etc.) e dos apóstolos (At. 3:22.; 15:5-21, etc.) é unânime a este respeito: o autor do Pentateuco é aquela pessoa que a Bíblia apresenta, ou seja, Moisés. Apesar de tal evidente afirmação, a VP o nega e observou que o Pentateuco não foi concluído no século XV A.C. (o século de Moisés), mas um milênio depois. “Baseados nestes e outros indícios, os estudiosos modernos da Bíblia, na grande maioria, consideram que o Pentateuco não foi escrito de uma só vez, mas a sua redação final se situa no final de uma longa história. No início dessa história destaca a figura de Moisés, o libertador e legislador de Israel, que marcou com um selo indelével o espírito e a trajetória histórica do seu povo. No final do processo é situado o Pentateuco na sua forma atual. A sua versão final pode se localizar, com razoável certeza, no tempo de Esdras (século V A.C.). Entre esses dois limites se encontra o trabalho dos autores inspirados que guardaram, ordenaram e escreveram as histórias e as coleções de leis, muitas das quais tinham se transmitido oralmente através dos séculos. Por tanto, reconhecer a paternidade mosaica do Pentateuco não equivale a afirmar que Moisés foi o 22 Impacto evangélico
“Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17, 16-17)
autor material de cada um dos textos, mas que o legado espiritual de Moisés foi acolhido pelo povo de Israel como uma herança viva. Esta herança foi transmitida fielmente, mas também se ampliou e enriqueceu através dos séculos” (p.20 da VP 1995). Segundo a VP, os livros não foram escritos pelos profetas. Ao igual que Moisés, os profetas constituíram um dos alvos preferidos da teologia liberal. Não só se insistiu várias vezes no fato de que eles não foram os autores dos livros da Bíblia que levam seu nome, mas também se ques-
tionou -como já vimos- que as profecias messiânicas se cumprissem em Jesus ou fossem mesmo messiânicas. Como veremos nas seguintes páginas, a VP também descreve esses pontos de vista, e não só nega a autoria de alguns dos livros proféticos, em todo ou em parte, mas também anota as profecias messiânicas de tal maneira que percam sua essência. a) Isaías não escreveu todo o libro de Isaías: A teologia liberal insiste em que o libro de Isaías só foi escrito por este profeta parcialmente. Segundo a mesma, enquanto os primeiros capítulos, em todo o em parte, podiam se atribuir a ele, a partir do capítulo 40 nos encontraríamos com a obra de diferentes autores do século VI A.C., ou seja, posteriores ao menos em dois séculos a Isaías. O Novo Testamento nega rotundamente
HISTÓRIA
esta possibilidade e assim atribui a Isaías textos cuja autoria a teologia liberal nega (Mateus 3, 3 cita de Isaías 40, 3: Lucas 4 de Isaías 61, 1 ss; Mateus 8, 17 de Isaías 53, 4; Mateus 12, 17 de Isaías 42, 14). Mais uma vez se impõe a disjuntiva de eleger entre o testemunho da Bíblia e o da teologia liberal, mais uma vez a VP se mostra a favor da última. “A segunda seção do libro de Isaías (caps. 40-55) se abre com uma mensagem de consolação para os israelitas deportados na Babilônia (40:1). Não ouvimos mais palavras de julgamento e de condenação, mas agora o profeta anuncia aos exilados, em nome do Senhor, que logo seriam devolvidos à pátria de onde tinham sido banidos” (p. 857). “A terceira e última parte (cap. 56-66) contém mensagens proféticas sobre vários
temas: advertências sobre o verdadeiro jejum (58:1-12) e as dissertações dos sábados (58:13-14), críticas aos governantes ruins (56:9-12), acusações de falsa adoração e de perversões morais e religiosas (57:4-5, 9; 65:4; 66:3). Isto sugere que os destinatários destas mensagens proféticas não eram mais, como na segunda parte, os deportados na Babilônia, mas aqueles que tinham retornado à sua terra natal e lutavam por reconstruir a nação em meio de dificuldades internas e ameaças externas” (p. 858). b) Daniel não foi escrito por Daniel: Dentro dos textos cuja autoria foi negada especialmente pelos autores liberais se encontra o livro de Daniel. O próprio Jesus o atribui a Daniel, um profeta do século VI A.C. (Mt. 24:15). Em contraste,
a teologia liberal insiste que foi escrito no século II A.C., por um autor desconhecido. Portanto, as suas profecias não são essas porque a obra foi escrita mais tarde. Escolhendo entre o ensino de Jesus e a teologia liberal, a VP escolheu a segunda opção. “No que se refere à data de composição do livro, as opiniões estão divididas. Alguns pensam que foi escrito durante o exílio na Babilônia, e outros que foi na época dos Macabeus (ver a Tabela Cronológica). Em favor dessa segunda data, as referências estão bastante evidentes à profanação do Templo de Jerusalém pelo monarca helenístico, e a subsequente perseguição dos israelitas (9:27, 11:30-35). Mas essas alusões claras contrastam de um jeito notável com a vaga referência a sua morte (11:45), que aconteceu em 164 A.C. Isto sugere que a versão final do livro teve lugar pouco antes da morte de Antíoco IV, ou seja, por volta do ano 165 A.C.” (p. 1098 ). c) Zacarias não escreveu todo o livro de Zacarias: Como é o caso de Isaías ou Daniel, a autoria de Zacarias também foi negada pela teologia liberal que atribui a segunda parte do livro a um autor desconhecido e do século IV A.C... Mais uma vez, a VP seguiu as orientações do liberalismo teológico. “Assim, muitos intérpretes consideram que a segunda parte do livro foi escrita em uma data posterior, talvez depois da passagem triunfante de Alexandre o Grande através das regiões costeiras da Síria, Fenícia, Palestina e Filístia, ou seja, após o ano 330 A.C.” (p. 1205) u maio 2014
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Os Profetas Menores
Escrita pelo erudito bíblico americano Charles Lee Feinberg, que se especializou na investigação profunda do Antigo Testamento, esta obra é um estudo minucioso de uma parte pouco difundida das Escrituras.
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a obra “Os Profetas Menores”, o doutor Charles Feinberg mostrou possuir uma desacostumada combinação de talentos, que contribuíram a uma extraordinária excelência no ensino de laicos cristãos que amam a Bíblia de todo coração. Seu profundo conhecimento do hebraico bíblico, adquirido em sua preparação original, acompanhado de um domínio total do grego do Novo Testamento, o capacitaram para realizar um minucioso estudo das Sagradas Escrituras nas línguas originais. Com um estilo lúcido e claro, comunica a mensagem das Escrituras em uma forma simples, mas persuasiva. 24 Impacto evangélico
Charles Lee Feinberg nasceu em 12 de junho de 1909, e foi uma das autoridades mais destacadas dos Estados Unidos em história judaica, línguas e costumes do Antigo Testamento e profecias bíblicas. Criado em uma comunidade judaica ortodoxa, ele iniciou o estudo do cristianismo em 1930, formou-se com honras de licenciado em ciências da Universidade de Pittsburgh e serviu ao Senhor através de um vasto trabalho intelectual que esteve concentrado em esquadrinhar a Palavra de Deus. Oseias exerceu seu ministério durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias de Judá, e no período de Jeroboão II, filho de Joás de Israel. Se compararmos as datas, notaremos que Oseias viveu muito mais do que Jerobão II. Porém, não é necessário afirmar que seu ministério começou desde o primeiro ano do reinado de Uzias até o último de Ezequias, o que significaria um período de aproximadamente um século (devemos nos lembrar que o reinado de Jotão se sobrepõe ao de
Uzias, seu pai, que era leproso). É provável que Oseias profetizasse durante um pouco mais de meio século. Alguns afirmam que ele o fez durante setenta ou oitenta anos. Feinberg, que conseguiu sua licenciatura, mestrado e doutorado em teologia no Seminário Teológico de Dallas entre 1934 e 1935, foi sempre um servo perseverante do Todo-Poderoso. Assim no começo de sua missão evangélica, em Dallas, cidade situada no estado estadunidense do Texas, difundiu o credo do Senhor em uma emissora radial e se desempenhou como pastor de uma igreja evangélica desde 1936 até 1940. Além disso, obteve um mestrado em Antigo Testamento da Universidade Metodista do Sul e um doutorado em arqueologia e línguas semíticas da Universidade Johns Hopkins. Amos, cujo nome não aparece em nenhuma outra parte do Antigo Testamento além de sua profecia nasceu em Judá o reino do sul, em Tecoa. Não era filho de profe-
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LITERATURA
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g ta nem era profeta de nascimento; mas era pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Não era de família nobre, endinheirada nem de influência, mas tinha se dedicado ao pastoreio na região agreste de Tecoa, situada a dezoito quilômetros ao sudeste de Jerusalém e a nove quilômetros ao sul de Belém. Ele tomou suas figuras e imagens, belas e abundantes a partir da vida rústica. Seu livro é caracterizado por sua beleza de expressão e seus pensamentos elevados. 26 Impacto evangélico
“Os Profetas Menores”, uma das obras-primas de Feinberg, nos fornece um extraordinário legado cristão para todo aquele que ama a Bíblia de todo coração. Em um texto dividido em cinco partes, o autor expõe uma série de dados úteis e enriquecedores que revelam seu profundo conhecimento do hebraico bíblico. Da mesma maneira, Charles Feinberg demonstra que domina muito bem a arte da comunicação. Com um estilo lúcido e claro, compartilha a mensagem das Es-
crituras em uma forma simples, mas persuasiva. Os burlões e cépticos perguntaram como Jonas pôde pregar a um povo que nem sequer conhecia, e, contudo ele fez entender seu pregão. Pôde conseguir facilmente que os assírios o entendessem. Havia então uma língua de uso geral, assim como ocorre na atualidade. O aviso do juízo era em si mesmo uma mensagem de graça. Era concedido um período de quarenta dias durante o qual eles devem se afastar dos
LITERATURA
seus maus caminhos e se dirigir para Deus. Quarenta é o número empregado nas Escrituras com relação às evidências. Nosso Senhor disse que Jonas tinha sido um sinal para os ninivitas. No prefácio desse livro, o autor afirma que sua obra tem a finalidade de satisfazer uma verdadeira necessidade de material sobre os tão desatendidos profetas menores e os situa em um marco apropriado em relação a Israel. A este respeito, Feinberg assegura que é assombroso como
as mensagens desses homens de Deus são oportunas e aplicáveis em uma época tão peculiar como esta. Além disso, ele adiciona que qualquer um que desejar ter um bom equilíbrio sobre a verdade do Criador, deverá ponderar com cuidado os livros desses profetas. O nome “Sofonias” significa “O Senhor esconde”, ou bem, “aquele que o Senhor esconde”. Além disso, não se sabe definitivamente nada sobre a vida do profeta. A genealogia que aparece ao princípio da profecia apresenta quatro gerações. Nenhum outro profeta leva tão atrás sua genealogia. Não é costume no Antigo Testamento apresentar a ascendência de um homem além de seu avô, a menos que seja com um propósito especial. Sofonias era de sangue real, tataraneto do piedoso rei Ezequias. Os argumentos que foram apresentados contra desse ponto de vista não são convincentes. Este profeta ministrou aproximadamente durante meio século depois de Naum. O leitor, segundo Charles Feinberg, descobriria muito rápido que as páginas de “Os Profetas Menores” contêm uma série de referências cruzadas que foram cotejadas e recopiladas cuidadosamente e são essenciais para qualquer estudo bíblico centrado no Antigo Testamento. A obra, que apareceu primeiro em cinco volumes entre 1947 e 1952, teve o propósito de despertar no mundo evangélico um amor duradouro a Israel, o povo escolhido pelo Todo-Poderoso, e de fazer com que seja cheia de fervor missionário por sua salvação. O nome de “Zacarias” significa “o Senhor (Jeová) se lembra”. É o grande profeta dos dias da restauração do cativeiro babilônico. Junto com Ageu e Malaquias, é um profeta posterior ao exílio. Nasceu na Babilônia no seio de
uma família sacerdotal que voltou a Jerusalém desde a Babilônia, quando cerca de 50.000 exilados viajaram de volta a sua terra durante o reinado de Ciro. Provavelmente seu pai morreu jovem; por isso, é nomeado filho de Iddo, que era seu avô. Da mesma forma que Jeremias e Ezequiel, Zacarias era profeta e sacerdote. A tradição judaica o considera um dos da Grande Sinagoga, uma congregação responsável, aparentemente, da reunião e preservação das escrituras sagradas. Depois de toda uma vida dedicada a difundir as boas novas, o doutor Charles Feinberg, sábio de lucidez concisa, foi para o reino de Jesus Cristo em 22 de agosto de 1995. Durante sua vida, ele evidenciou ter um ardente interesse e uma sincera preocupação com o crescimento espiritual de seus irmãos na fé evangélica. Com muita frequência, ele passou da interpretação à exortação como em “Os Profetas Menores” e conseguiu persuadir do dever de aceitar com amor a vontade revelada pelo Deus nas Sagradas Escrituras. Malaquias é o último da grande série de profetas que predisseram a vinda do Messias durante mais de mil anos. Não se sabe nada sobre a história pessoal desse profeta. Alguns pensam que Malaquias, que quer dizer “meu mensageiro”, não é sequer um nome próprio. Geralmente, os críticos liberais afirmam que originalmente o livro era anônimo. Dado que o hebraico (e também o grego) tem uma mesma palavra para “mensageiro” e “anjo”, vários padres da igreja consideravam que o profeta era um anjo encarnado. Este profeta ministrou na época em que Neemias era governador. É evidente que seu ministério teve lugar após o cativeiro: o templo estava reconstruído u maio 2014
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Face a face
Trata-se de um hino que transmite uma comovedora mensagem sobre o encontro com o Todo-Poderoso. É uma bela ode cristã sob a autoria da crente Carrie Elizabeth Ellis.
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e a música é a arte mais direta porque entra pelo ouvido e vai para o coração, os hinos compostos por Carrie Elizabeth Ellis tinham a particularidade de penetrar até a alma do crente para enchê-la de gozo e esperança. Um de eles, “Face a face”, é um precioso louvor que trata sobre um dos maiores anelos de todo cristão: ver o rosto de Deus. Aquele desejo, que para muitos é uma loucura, é uma promessa inegável registrada nas Escrituras. Carrie E. Ellis nasceu em 22 de janeiro de 1855 em uma pequena comunidade chamada Walden, no norte do estado estadunidense de Vermont. No entanto, em 1863, sua família 28 Impacto evangélico
se trasladou a Vineland, uma cidade situada no condado de Cumberland, no estado de Nova Jérsei, onde ela viveria a maior parte de sua vida. Nesse lugar, onde só se ensinava educação primária, destacou de forma prematura graças à versatilidade para a escritura e a composição. O dom para a escritura de Carrie foi alentado por um casal local que liderava uma sociedade literária para jovens da comunidade. Devido às belas canções que compunha todas cheias de significado e profundidade espiritual, Ellis não tardou em ser reconhecida como uma mulher de fé amplia por todos os habitantes de Vineland. Depois de algum tempo, em 28 de maio de 1883, à idade de 28 anos, contraiu núpcias com Frank A. Breck, um cristão profundamente comprometido com a Obra do Todo-Poderoso, e adotou o sobrenome de seu esposo. Ela teve cinco filhas e cumpriu perfeitamente com seu
trabalho de mãe. Embora as tarefas domésticas fossem árduas, ela sempre encontrava a forma de estar a sós para seguir escrevendo canções. Essa era sua paixão, a forma de como podia falar com Jesus Cristo e comunicar aos outros a razão de sua esperança. Anos mais tarde, quando beirava os 59 anos, mudou-se para a cidade de Portland, no estado do Oregon. Nesse momento, sua prolífica pena estava em seu período de maior atividade e protagonismo. No entanto, anos antes, em 1898, Cristo deu como “presente” a Carrie a letra de um maravilhoso hino que seria intitulado “Face a face”. Assim em certa ocasião, a senhora Breck enviou alguns de seus poemas a um compositor de hinos evangélicos, chamado Grant Colfax Tullar, com a esperança de que ele eleja a música adequada. Para sua surpresa, quando os versos de “Face a face” chegaram às mãos de Tuller, ele
MÚSICA FACE A FACE
1 Quando almejo ver a Cristo! Ver-lhe o rosto, que prazer! quando enfim no lar eterno poderei para sempre o ver! Coro Face a face eu hei de vê-lo, quando vier em glória e luz; face a face lá na glória hei de ver meu bom Jesus! 2 Muito ao longe já o avisto, vejo como por um véu mas desejo em breve vê-lo face a face lá no céu. 3 Oh! Que encanto estar com Cristo Onde já não há mais dor! livre de qualquer perigo desfrutando seu amor! 4 Face a face, que alegria há de ser viver assim, vendo o rosto tão querido de quem morto foi por mim!
acabava de terminar a música para uma canção com palavras que não lhe agradavam em absoluto. Por outro lado, a letra do hino composto por Carrie se ajustava perfeitamente à música que Tuller tinha composto. A mão de Deus tinha obrado. Desde que foi publicado, “Face a face” apareceu em mais de 160 hinários. Carrie Elizabeth Breck, que atingiu seu maior esplendor
POTENTE POETISA
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arrie Elizabeth Breck, que acostumava escrever seus poemas com uma de suas cinco filhas entre seus joelhos, compôs mais de dois mil hinos de congregação. Algumas das composições mais conhecidas de Breck, uma cristã que desde muito pequena teve Deus como seu Salvador e que nunca duvidou em aceitar que não contava com um grande dom musical, são “Todo o mundo deveria saber”, “Cravado na cruz”, “Ajuda alguém ao dia”, e “Nunca desista da confiança” e obviamente a reconhecida “Face a face”u
musical em 1910, nunca gozou de uma saúde de ferro, porém; mesmo em seus dias de maior debilidade física, ela sempre teve a seu lado um caderno, um lápis e uma Bíblia pronta quando o Senhor tivesse de lhe dar como presente um “novo cântico”. Carrie, que sempre foi uma fervente seguidora de Jesus Cristo, foi ao encontro do Todo-Poderoso em 27 de março de 1934 u maio 2014
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Soldado de Cristo
Ulrico Zuínglio dedicou toda sua vida à divulgação do Evangelho e se tornou o principal motor da Reforma na Suíça. Seu amor e respeito pelas Sagradas Escrituras é um valioso exemplo para todos os crentes. Johan Pérez Landeo
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onsiderado o terceiro homem da Reforma, a poucos passos atrás de Martinho Lutero e João Calvino, Ulrico Zuínglio ocupa um lugar preponderante na história do cristianismo. Apaixonado pelas Escrituras e de zelo inabalável pela sã doutrina, apesar da imensa pressão à qual ele foi submetido pela Cúria Romana, Zuínglio estava tão firme como uma rocha em favor dos verdadeiros ensinamentos da Bíblia. Ele era um homem de princípios, que não procurou outra honra que ser reconhecido como um recruta do Exército de Deus. 30 Impacto evangélico
“Eu não quero ter outro nome que o de Jesus Cristo, de quem eu sou um soldado”, disse este gigante da fé. Ulrico Zuínglio nasceu em 1 de janeiro de 1484, na cidade de Wildhaus, antigo município do cantão de St. Gallen localizado no distrito de Toggenburg, uma região histórica da Suíça. Procedente de uma família de agricultores abastados, ele recebeu uma boa educação. Criado entre uma beleza natural deslumbrante, ele ficou desde muito pequeno impressionado com o sentimento da vastidão, o poder e a majestade de Deus. De boca da sua piedosa avó, Ulrico ouviu histórias bíblicas entretidas que despertaram nele uma grande curiosidade de saber mais do “grande Livro”. EVANGELHO REVELADO Convencido de seu enorme potencial, seu pai o enviou a estudar na cidade de Berna, à melhor escola na Suíça. A in-
teligência e o discernimento daquele menino de treze anos não passaram despercebidos pelos frades que fizeram esforços muito enérgicos para seduzi-lo a entrar em um convento. No entanto, o modo em que eles viviam, a sua fé, a pompa das suas cerimônias e o adorno ostentoso dos seus templos, fez com que Ulrico desistisse de qualquer oferta. Mais tarde ele foi para Basileia. Foi nessa cidade onde ele ouviu pela primeira vez o Evangelho de Deus. Seu professor Thomas Wyttenbach, professor de línguas antigas, foi levado, no seu estudo de grego e hebraico, ao conhecimento das Sagradas Escrituras, e através dele a luz divina espalhava as suas ideias nas mentes dos seus alunos. O catedrático afirmou que a morte de Cristo era o único resgate do pecador. Estas palavras foram para Zuínglio como o primeiro
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HERÓIS DA FÉ
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g raio de luz que, como tocha, iluminou sua alma. Em 1506, ele foi ordenado ministro de Jesus Cristo e foi nomeado pastor de Glarona, uma igreja alpina não muito distante do seu vale natal, onde passou os próximos dez anos. Em paralelo ao seu trabalho pastoral, ele se empenhou ansiosamente na leitura e no estudo da Bíblia em sua versão grega. Ele leu e analisou os escritores clássicos e os tratados dos pais da igreja, bem como os ensinamentos de muitos humanistas, especialmente de Erasmo de Rotterdam e Pico della Mirandola. Ao examinar as Escrituras, mais claras lhe resultavam as verdades do Senhor. Ele se submeteu à Bíblia e a reconhecia como a Palavra de Deus, e a única regra suficiente e infalível. Ele tentou fazer uso de toda a assistência possível para obter o conhecimento correto e completo dos seus ensinamentos, e invocou o Espírito Santo, que, segundo ele, queria revelar a verdade a todo aquele que a investigasse honestamente e em oração. “As Escrituras provêm de Deus, não do homem. E esse mesmo Deus que brilha nelas o fará entender que as palavras vêm d’Ele”, dizia Zuínglio. Em 1516, Ulrico Zuínglio se mudou para a cidade de Einsiedeln, onde serviu por dois anos o seu segundo pastorado. Foi neste lugar onde iria exercer como reformador uma influência que seria sentida além dos seus Alpes natais. Em Einsiedeln, ele começou a pregar contra as indulgências. Muitos dos que o ouviram recebiam com desagrado este 32 Impacto evangélico
ensinamento. As pessoas não podiam entender o perdão gratuito oferecido a eles por meio de Cristo. A Graça de Deus era um conceito completamente novo para eles. Outros, no entanto, receberam com alegria a boa notícia da redenção através de Jesus Cristo. O PROGRESSO DA REFORMA
No momento menos esperado, os líderes eclesiásticos lhe deram a tarefa de ser o novo pregador da catedral de Zurique, naquela época a cidade mais importante da Confederação Suíça. No entanto, antes
de realizar a sua nova função, seus superiores lhe deram instruções sobre os seus deveres: exortar e admoestar os fiéis a pagar os censos e devia multiplicar as rendas procedentes dos doentes, das missas, e em geral de todo ato eclesiástico, entre outras coisas. Depois de ter expressado a sua gratidão pela honra conferida ao ter sido convocado a tão importante função, Ulrico começou a explicar o plano de trabalho que pensava adotar. “A vida de Jesus foi por muito tempo escondida do povo. Tenho a intenção de pregar sobre todo o Evangelho de Ma-
HERÓIS DA FÉ outros lhe jogaram insolências e ameaças. Mas Zuínglio suportou tudo com paciência, dizendo que “se desejamos acercar as pessoas a Jesus Cristo, é necessário fechar os olhos perante muitas coisas”. Em 1519, ele caiu gravemente doente. Sua situação era tão delicada que tinha se perdido toda esperança de se salvar e se divulgou em muitos lugares o boato de que ele estava morto. Mas a fé de Ulrico nunca vacilou e esta prova seria mais um testemunho do poder do TodoPoderoso. Quando voltou à vida depois de ter visto as portas de seu sepulcro, ele se preparou para pregar o Evangelho com mais fervor do que nunca, e suas palavras foram cobertas com um novo poder.
Ele era um homem de princípios, que não procurou outra honra que ser reconhecido como um recruta do Exército de Deus. “Eu não quero ter outro nome que o de Jesus Cristo, de quem eu sou um soldado”, disse este gigante da fé.
teus, limitando-me à fonte da Sagrada Escritura, examinando-a e comparando-a com as próprias Escrituras, procurando sua inteligência através da oração ardente e constante”, disse ele, sem rodeios. Embora alguns dos eclesiásticos desaprovassem este plano e tentassem dissuadi-lo de adotá-lo, Zuínglio permaneceu firme. Mas, mesmo que ao princípio o seu trabalho fosse bemvindo com entusiasmo, a oposição chegou ao fim. Os frades decidiram dificultar seu trabalho e condenar seus ensinamentos. Muitos o atacaram com provocações e sátiras;
Em 1523, após ter sido separado da igreja tradicional, Zuínglio apresentou os principais ensinamentos da Reforma: a salvação é só obra da Graça e não das obras do cristão, e as Sagradas Escrituras são a única regra de fé e moral. Também removeu dos templos as imagens dos santos, aboliu a missa, as procissões, os sacramentos – exceto o batismo – e instaurou a leitura pública da Bíblia. FIEL ATÉ A MORTE
Com coragem e louvável fervor, Zuínglio, que já tinha se casado com a viúva Anna
Reinhart, difundiu o Evangelho entre outros cantões suíços. Com a Bíblia na mão, ele conseguiu propagar o seu ensino nos cantões de Berna, São Galo, Constança e Basileia, que formaram uma liga de cantões protestantes e procuraram o apoio dos príncipes alemães que se opunham aos Habsburgos, aliados, ao mesmo tempo, dos cantões católicos da Suíça. De todas as suas publicações, a principal foi “Commentarius de vera et falsa religione” (Comentário sobre a verdade e a falsa religião) escrita em 1525. Esta obra contém os princípios da doutrina evangélica em 29 capítulos. Além disso, em colaboração com Leo Jud, um renomeado reformador suíço da época, traduziu a Bíblia entre 1524 e 1529 para um alemão com marcadas características suíças. Esta tradução é agora conhecida como a “Bíblia de Zurique”, a tradução protestante mais completa e antiga. Em 1529, a hostilidade entre os cantões terminou em um conflito armado que finalizou com a vitória dos cantões montanheses em Kappel am Albis. No entanto, dois anos depois, no mesmo lugar, um novo conflito foi resolvido com a derrota dos reformistas. Em 11 de outubro de 1531, aos 47 anos, Ulrico Zuínglio deixou de existir. Ele caiu em batalha como o bom soldado de Cristo que sempre foi. Seu corpo foi esquartejado e queimado, mas o seu forte compromisso com a autoridade das Escrituras e a sua diligente propagação da reforma evangélica o elevou à condição de herói da fé u maio 2014
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O homem que perdeu seu nome
Ele foi sequestrado por uma ocultista quando foi uma criança. Vários anos depois, ele escapou da sua captora e percorreu toda a Colômbia em busca da sua mãe e sua verdadeira identidade. Essa aventura o levou a novas vicissitudes até que finalmente encontrou o caminho para Deus. Marlo Pérez Fotos: Archivo familiar
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ma criança foi raptada!” Essa surpreendente notícia se divulgou nas aldeias do município de Aguadas, no departamento colombiano de Caldas, numa manhã de 1985. Uma mulher de 50 anos tinha desaparecido levando o filho de Nuria Acebedo Arias, que o deixou com essa mulher por alguns minutos enquanto fazia uns negócios. Uma enorme onda de comentários e especulações inundou a região. Alguns questionaram a irresponsabilidade da mãe e outros denunciaram a existência de uma máfia or34 Impacto evangélico
ganizada que sequestrava às crianças. A mulher desesperada relatou o incidente à polícia e, também, começou a sua própria busca incessante que durou meses, mas sem sucesso. Seu filho de apenas três anos tinha sumido. A sequestradora acabou por ser uma ocultista e tinha fugido espavorida da cena, enganando a criança com doces, e viajou por horas até o departamento de Caquetá, onde se escondeu. A mulher começou a viver com o pequeno até que alguns meses depois, ela conheceu um marinheiro com quem iniciou uma relação sentimental. Até esse momento, a criança não tinha nome nem sobrenome. Quando a sequestradora formalizou a sua relação com o seu namorado, eles decidiram inscrevê-lo como o seu filho, com o nome de Víctor Hernando Marín Arenas. Esses eram os sobrenomes dos supostos pais e a certidão de nascimento consignava como data de nascimento 18 de julho de 1983.
Com essa nova identidade, ele foi trasladado para Cartagena del Chairá e mais tarde para Río Negro no mesmo departamento. Os habitantes desta área são conhecidos por sua tendência aberta à bruxaria e ao espiritismo. Por esse tempo, a violência prevaleceu na região colombiana por causa da insurgência das guerrilhas. Os confrontos entre o exército colombiano e as forças insurgentes era algo habitual. A violência também foi cotidiana na casa que abrigava a criança. Ele recebia um tratamento cruel sem nenhuma razão. A mulher que agiu de mãe inventava punições para atormentá-lo por qualquer coisa. Maltratá-lo se tornou sua diversão. Ela o enviava para fazer tarefas e a criança tinha que vir antes que um palito de fósforo se apague ou antes que a água ferva. Se ele demorava, o ajoelhava em grãos de milho ou tampas. Quando ele tentava escapar de suas garras era pior. Muitas vezes o pendurava com uma corda
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g e, outras vezes, puxava do seu cabelo com extrema crueldade ou colocava sua cabeça debaixo da água até quase afogá-lo. - Agora eu entendo que era o demônio que me atormentava sempre – lembra ele. Nesse lugar, Víctor Hernando Marín Arenas, também conhecido como Tato, viu morrer um menino que conheceu com o nome de “Jorgito”. Ambos foram submetidos a ultrajes físicos e psicológicos, até que seu pequeno companheiro morreu por causa de uma doença rara e por falta de cuidados médicos. - Eu acho que foi parte de uma oferenda a Satanás, pelos pactos que a mulher fazia. Eu era o seguinte, garante muitos anos mais tarde.
(…) depois de cinco tentativas, Víctor Hernando Marín Arenas um dia finalmente escapou das garras da feiticeira, e se embarcou em uma das aventuras mais intensas para qualquer criança de sua idade. Ele percorreu muitas aldeias com o único propósito de evitar que a sua sequestradora não pudesse encontrá-lo. Ele andava de um lado para o outro, percorreu as ruas vendendo cigarros e doces, dormiu em parques (…).
A mulher usava cocaína quase todos os dias e fazia muita bruxaria. As pessoas a consultavam; e ela fazia seu trabalho com charutos de Havana. Em suas alucinações, Satanás a usava. Aquela casa tinha uma atmosfera diabólica. O ESCAPE
Aos oito anos e depois de cinco tentativas, Víctor Hernando Ma36 Impacto evangélico
rín Arenas um dia finalmente escapou das garras da feiticeira, e se embarcou em uma das aventuras mais intensas para qualquer criança de sua idade. Ele percorreu muitas aldeias com o único propósito de evitar que a sua sequestradora não pudesse encontrá-lo. Ele andava de um lado para o outro, percorreu as ruas vendendo cigarros e doces, dormiu em parques e jardins, dificilmente se
alimentava e viajou de maneira clandestina em dezenas de ônibus interprovinciais. Aos 10 anos, ele já conhecia várias cidades colombianas, como Doncello e Florencia em Caquetá até Bogotá. Depois, ele veio para Cali, no Valle del Caucay, finalmente chegou a Palmira. Neste último e desconhecido lugar, ele conheceu um homem que teve pena dele e o cuidou
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como o pai que nunca teve. Três meses depois, este homem o levou a uma delegacia de polícia para que cuidassem dele. Enquanto um grupo policial tentou procurar sua verdadeira família, a criança ganhou a confiança de todos. Ele era diligente nas tarefas que assumia voluntariamente. Ele fazia as camas, engraxava os sapatos, fazia algumas tarefas e as pessoas começaram a gostar dele.
Neste orfanato, ele recebeu uma boa educação que o ajudou a mudar seu vocabulário de rua, mas também começaram as suas alucinações. Obscuros personagens noturnos invadiam seus sonhos e os tornavam pesadelos. As lembranças de sua infância terrível na casa da feiticeira o invadiam constantemente. Ele sentia como se um rebanho de animais entrasse dentro dele. Devido a estas lembranças, ele sofreu desmaios e convulsões.
No entanto, ele não poderia ficar por sempre lá. Depois de alguns meses, ele foi transferido para um refúgio para menores, chamado Nuestra Señora del Palmar. Ele permaneceu lá os seguintes seis anos da sua vida, com outras crianças que não conheciam o alfabeto e a tragédia de viver sem família própria. Neste orfanato, ele recebeu uma boa educação que o ajudou a mudar seu vocabulário de rua, mas também começaram as suas alucinações. Obscuros personagens noturnos invadiam seus sonhos e os tornavam pesadelos. As lembranças de sua infância terrível na casa da feiticeira o invadiam constantemente. Ele sentia como se um rebanho de animais entrasse dentro dele. Devido a estas lembranças, ele sofreu desmaios e convulsões. A busca Aos 16 anos, Víctor Hernando Marín Arenas foi selecionado para ser adotado por uma família rica e sem filhos. Embora esta fosse uma oportunidade para deixar o refúgio de crianças e viver confortavelmente, ele desistiu porque sentiu que seus novos pais se oporiam à procura de sua família de origem. Um ano depois, ele começou a trabalhar como conselheiro na mesma instituição que o abrigava e conseguiu poupar dinheiro suficiente para viajar para Río Negro, interrogar a mulher que o sequestrou e perguntar sobre o paradeiro de sua verdadeira família. A sequestradora não estava, mas um dos seus parentes lhe deu o número de telefone e o endereço de sua verdadeira mãe. Quando voltou para o albergue, ele decidiu fazer a chamada crucial para o número de tele-
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g fone fornecido. Discou com as mãos trêmulas, o telefone tocou e do outro lado da linha atendeu uma voz feminina: era sua verdadeira mãe. “Eu sou seu filho”, disse ele, e ela não parou de chorar de emoção a partir desse momento. - Disseram-me que você estava morto – respondeu a mulher. Dias depois, a mulher veio ao refúgio para reconhecê-lo após treze anos. A reunião foi incrível. Havia tal semelhança física entre os dois, que parecia o produto de uma clonagem, como disse a diretora da instituição. Tanto a mãe quanto o filho voltaram para casa, no município de Aguadas, no departamento de Caldas. Começava um novo futuro que não estava livre de dificuldades. Apenas Víctor Hernando Marín Arenas chegou a sua nova casa, encontrou as carências familiares e a pouca chance que tinha de prosseguir os seus estudos superiores. Ele conheceu seus oito irmãos mais novos e percebeu que havia uma disputa entre a mãe e sua tia, pelo amor de um homem que era, de fato, seu pai. Ao encontrar essa dura realidade, as suas esperanças de encontrar um lar estável e seguro se derrubaram e caiu no mundo das drogas. Ele havia encontrado sua família, mas parecia mais órfão que nunca. No final do ano, ele se alistou no quartel do exercito em Manizales. Ao termo de suas atividades em 2001, se envolveu no futebol, até que sofreu uma lesão. Então, a música, a pintura e o teatro se tornaram sua rota de fuga para continuar caminhando pela vida. Mas a tentação 38 Impacto evangélico
HISTÓRIAS DE VIDA do dinheiro fácil através do narcotráfico voltou a se apresentar. A REVELAÇÃO
Uma vez aos 7 anos, Víctor Hernando Marín Arenas pegou o dinheiro que o marido da feiticeira tinha roubado de um guerrilheiro. Quando este homem o percebeu, o ameaçou de morte e um domingo à noite o levou para a floresta, pegou um revólver calibre 38 e apontou para sua cabeça. Então, vieram duas pessoas, em seguida, ele escondeu a arma e colocou sua mão no ombro dele. Quando os dois personagens sumiram, o homem novamente apontou com a arma, mas esta vez não pôde disparar. - Esses dois personagens foram dois anjos de Deus que vieram em meu socorro. Tenho certeza – diz ele.
Quando voltou para o albergue, ele decidiu fazer a chamada crucial para o número de telefone fornecido. Discou com as mãos trêmulas, o telefone tocou e do outro lado da linha atendeu uma voz feminina: era sua verdadeira mãe. “Eu sou seu filho”.
Essa era a origem de muitas revelações. Vários anos mais tarde, e ainda vestindo o uniforme militar, muitas outras revelações o perseguiram como uma sombra. Aos vinte anos, ele procurou respostas em igrejas e pastores, até encontrá-las na boca do pregador colombiano Enrique Gómez Montealegre, através de uma emissão do Centro Missionário Bethesda. Sua aproximação com o reino dos céus se tornou realidade nesse momento. As revelações reforçaram sua fé e começou a ler a Bíblia. Depois de alguns meses, ele se mudou para Buenos Aires, Argentina, para estudar em um instituto teológico de prestígio em 2002. Dois anos depois, ele conheceu a sã doutrina que prega o Movimento Missionário Mundial e se estabeleceu na Capital Federal. Agora é um homem totalmente entregue a espalhar a Palavra u maio 2014
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Ensinamentos e sermões dos mais renomeados pregadores, que expõem a verdade do Senhor com seu testemunho puro e consagrado a Deus. A Bíblia diz: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna… E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 5:39; 8: 32.
DEVOCIONAL
Amor e fogo
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“Aquele que não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor… porque nosso Deus é um fogo consumidor.” 1 João 4:8; Hebreus 12:29. Rev. Luis M. Ortiz
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as Sagradas Escrituras há duas declarações em relação a Deus que parecem ser contraditórias, e é impossível que se refiram a uma mesma pessoa. A primeira é “DEUS É AMOR”, a segunda é “DEUS É FOGO CONSUMIDOR”.
A primeira vista parece impossível conciliar estas duas afirmações. É fácil entender a primeira declaração de que “Deus é Amor”, mas é algo difícil entender a segunda de que “Deus é Fogo consumidor”, e é ainda mais difícil entender que Deus seja Amor e, ao mesmo tempo, seja Fogo consumidor também. Sem dúvida, a manifestação por excelência do amor de Deus é ter enviado seu próprio Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, a este miserável mundo de pecado e de maldade, a dar sua preciosa vida em resgate pela corrompida e perdida humanidade. O texto sagrado diz: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo ainda pecadores”
(Romanos 5:8) Também diz: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai; que fôssemos chamados filhos de Deus” (1 João 3:1). A Escritura também afirma: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João
3:16). Assim, é bem claro, é bem compreensível a verdade de que Deus é Amor, o que para alguns resulta difícil de compreender é a outra verdade de que Deus é Fogo consumidor. Se Deus é Amor, como pode ser ao mesmo tempo Fogo consumidor. Há muitas razões de porque isso não é compreensível para alguns, mas uma das mais generalizadas são os falsos conceitos que muitos formaram acerca de Deus, conceitos que eles mesmos formaram, ou conceitos que fizeram ou levaram as pessoas a formar as crenças e religiões que professam. Muitos têm um conceito muito leviano acerca de Deus. Para eles mesmos um conceito muito convencional, se Deus existe, está lá no ignoto espaço, e
Deus lá e eles cá. Eles dão a Deus a forma, a modalidade que eles apetecem e pretendem fazer de Deus seu brinquedo, e com certeza eles adotam a ideia de que Deus, ou aquele Deus formado sob o conceito deles, tem que responder a todos seus caprichos; todos seus desejos bons ou maus. E não conforme com tudo isso, as pessoas pretendem mesmo castigar Deus quando sentem que Ele não responde como deve, ou não vão à Igreja, ou não vão à missa, ou não dão esmola, ou não fazem suas devoções em represália a seu Deus. Fazem mais ou menos, como aqueles que tendo trazido a seu santo as frutas, o dinheiro, o rum e o tabaco; e vendo que seu santo não lhes concedeu o que pediram, retiram as frutas, o dinheiro, o rum e o tabaco, e o põem de boca para baixo e o destroçam duramente; o santo tem de suportar tudo isso, porque por isso é santo. E querem levar todas essas ideias disparatadas para Deus. Para eles Deus é Amor, mas não para aceitar tudo o que representa ou o que oferece esse amor, a salvação da alma, o arrependimento; porém, para eles esse Amor de Deus significa suportar, tolerar, fazer vista grossa, ignorar seus pecados, suas impiedades, suas injustiças, seus vícios, etc. E quando se diz que Deus é Fogo consumidor, as pessoas se sentem alarmadas, ofendidas e agem com violência. Esse Deus segundo o conceito deles é um deus boneco, um deus estátua, um deus inútil; é certo que Deus é Amor, mas aqueles que menosprezam, desprezam, ou recusam esse amor se colocam fora do alcance desse amor, e por esse mesmo grande amor que eles recusaram, Deus deve excluí-los e puni-los, pois o pe-
cado será finalmente julgado, castigado, e excluso da criação do universo e só existirá no lago de fogo ardendo com enxofre para morar sempre com o diabo, os demônios, e todos os mortais que não creram, nem obedeceram ao Evangelho, recusando assim o grande amor de Deus manifestado na cruz do calvário, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Se Deus deixasse que os pecadores fossem ao Céu, o Céu deixaria de ser Céu. Deus, em seu amor para conseguir um novo início na raça que tinha se corrompido no máximo, destruiu o mundo com um dilúvio. Deus, em seu amor por arrancar a maça apodrecida do barril, destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra. Deus em seu amor abriu o mar Vermelho em seco como rota para o povo de Israel, e os que recusaram esse amor pereceram ali mesmo. Deus em seu amor enviou seu Filho ao mundo, os que lhe aceitam são salvos, os que lhe recusam já estão condenados. Meu amigo, Deus é Amor e é Fogo, amor perdoador e fogo consumidor. Não há nada de contraditório em isto, Deus é santo e justo, e não dará por inocente ao pecador. Você determinará se acolhe seu amor, ou se expõe a seu fogo; o que fará? Meu amigo, é melhor que aceite seu amor. Se não aceita nesses momentos seu amor, terá um dia que aceitar forçosamente sua ira e sua justa indignação. Deve aceitar nesses instantes seu divino amor, manifestado em Cristo Jesus, pois muitos o deixaram para amanhã, e amanhã se encontraram com a ira e com o juízo de Deus. Amigo, receba e aceite nosso Senhor Jesus Cristo como seu grande Salvador pessoal. Amém u maio 2014
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O lixo do mundo «A causa de Deus é confiada aos homens. O próprio Deus confia nos homens. Os homens de oração são os vice-regentes de Deus, aqueles que fazem o seu trabalho e realizam os seus planos.» E. M. Bounds. Por que não chega o Avivamento E. Leonard Ravenhill Capítulo 17
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O
que é o lixo do mundo? (1 Coríntios 4:13). É a traça social da qual nasce o sindicato do crime? É o gênio do mal operando nas esferas internacionais? É a Babilônia? É Roma? É o pecado? É uma legião de espíritos malignos que utilizam este título repulsivo? O que é...? Um milhar de hipóteses sobre esta questão poderia trazer
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um milhar de respostas diferentes, todas equivocadas. A verdadeira resposta é a própria antítese do que poderíamos esperar. Este «lixo do mundo» não são homens nem demônios. Não é o mal, mas o bem – e não apenas o bem, mas o melhor de tudo. Não é material, mas espiritual; não é de Satanás, mas de Deus. Não é a Igreja, mas um santo. Não é apenas um san-
to, mas o mais santo entre os santos. Nós os apóstolos - diz Paulo – somos «o lixo do mundo» (1 Coríntios 4:13 RV 1909). Então, para adicionar injúria ao insulto, eleva a calúnia e aprofunda a humilhação, acrescentando: (Nós os apóstolos somos) «como a escória do mundo» (1 Coríntios 4:13 RV 1960). Qualquer homem que se chamou de «lixo da terra» não tem ambições e, portanto, não tem que ter ciúmes de nada. Sem reputação atribuída, então, não tem que lutar contra ninguém. Não tem posses; portanto, não precisa se preocupar. Ele não tem direitos; portanto, não tem razão para sofrer injustiças. Estado abençoado! Considera-se morto; portanto, ninguém pode matá-lo. Em tal estado de mente e de espírito, alguém pode se maravilhar de que os apóstolos transformarão o mundo? Que os crentes ambiciosos de hoje considerem esta atitude apostólica frente ao mundo. Que o popular evangelista vivendo ao estilo de vida de Hollywood reflita sobre os seus caminhos. O que foi difícil para Paulo mais do que as cento e noventa e cinco chicotadas, os três apedrejamentos e os três naufrágios, era a crítica contenciosa e carnal das pessoas de Corinto. Esta igreja foi dividida por rivalidades carnais - e por dinheiro. Alguns subiram para as alturas da fama e foram os primeiros comerciantes da cidade. É por isso que Paulo lhes diz: «Já estais fartos! já estais ricos! sem nós reinais!... » (1 Coríntios 4:8). E no versículo 9-11 diz: «Pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo... fracos... vis... estamos nus... e não temos pousada certa».
Não foi difícil para Paulo, depois de tudo isso, se declarar o menor de todos, mas, em seguida, Paulo dirige toda essa verdade contra aqueles cuja fé tinha perdido seu foco. Estes coríntios estavam cheios, mas eles não eram livres (um homem que escapou da sua cela não é livre, mesmo que ele tenha podido jogar fora sua cadeia). Paulo sofria porque eles tinham abundância e ele nada; ele se queixa que sua fortuna lhes trouxe magreza de alma. Eles tinham conforto, mas não cruz; eram ricos, mas não traziam o opróbrio de Cristo. Ele não lhes diz que não são cristãos, mas que estão à procura de uma forma covarde de ir para o céu. Por isso, acrescenta: «Quisera reinásseis». Se eles governassem, seria porque Cristo teria vindo: o Milênio teria começado. E Paulo termina: «Para que... nós viéssemos a reinar convosco!».
Mas, quem quer ser humilhado, desprezado, desacreditado? Essa verdade é revolucionária e perturba todo nosso corrompido ensino cristão. Quem é feliz sentindo-se néscio? É fácil ver nossos nomes pisoteados como coisa ruim? O regime ateu rebaixa os homens, Cristo os sobe. O verdadeiro Cristianismo é muito mais revolucionário do que este sistema (mas sem ser sangrento). Os seus tratores tentaram invadir as montanhas da riqueza e encher os vales da pobreza. Eles pensaram que através da educação poderiam «endireitar os caminhos tortos», mas uma Ata parlamentária ou uma mudança política não pode trazer o Milênio. Paulo disse sobre o apostolado: «Pobres, mas enriquecendo a muitos» (2 Coríntios 6:10). Fe-
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g lizmente o saco de Simão, o Mago, não atrai a atenção do Espírito Santo. Se nós ainda não aprendemos a lidar com as «riquezas injustas», como nos serão confiadas as riquezas verdadeiras? Assim, Paulo, um homem social e materialmente na bancarrota, listado entre o «lixo do mundo», conseguiu entender que, como lixo, devia ser pisoteado pelos homens. Mesmo quando ele podia responder aos filósofos epicuristas na colina de Marte, porém, por amor a Cristo, estava disposto a ser tratado como um louco. Quanto a Jesus, o antagonismo do mundo foi fundamental e perfeito. Irmãos, isso é o que nós escolhemos? Existe alguma coisa que nos irrite mais do que ser classificados entre os iletrados e ignorantes? No entanto, um pescador humilde escreveu o Apocalipse, que ainda desconcerta os estudiosos. Hoje estamos sofrendo uma praga de ministros que estão mais preocupados com encher suas cabeças do que acender seus corações. Se um pregador tem inclinações pela cultura, que obtenha seus graus antes de entrar no ministério, porque quando estiver envolvido nesse trabalho tão importante, 24 horas por dia não serão suficientes para levar os nomes do seu rebanho perante o Grande Pastor e preparar sua comida. O fato é que as coisas espirituais devem ser discernidas espiritualmente (não psicologicamente). Nem Deus nem os seus juízos mudaram. Ainda sua prerrogativa é «ocultar estas coisas aos sábios e entendidos, e revelá-las aos pequeninos» (Mateus 11:25). E as 44 Impacto evangélico
crianças, os irmãos, não têm intelectos colossais. A igreja desta hora se envaidece em cada momento com os altos títulos de seus ministros, mas pare um momento antes de se envaidecer na carne. Estamos vivendo um tempo muito baixo em nascimentos espirituais. E o diabo não tem medo, irmão Apolo, da sua avalanche de palavras eloquentes. A linha de demarcação entre o mundo e o Cristianismo é muito diferente e significa descrédito. Os peregrinos de John Bunyan, passando pela «Feira de Vaidades», foram todo um espetáculo. Seu vestido, palavras, interesses e senso dos
valores diferiam inteiramente das pessoas mundanas. Assim são as nossas vidas hoje? Durante a última guerra, um general britânico afirmou: «Precisamos ensinar a nossos homens a odiar, porque se eles não odeiam não lutam». Ouvimos sempre (embora não suficiente) sobre o amor perfeito, mas também precisamos conhecer o «irar-se e não pecar». O crente cheio do Espírito odeia a iniquidade, a injustiça, a impureza e lutará contra todas estas coisas. Porque Paulo odiava o mundo, e o mundo odiava Paulo. Nós precisamos também desta disposição à oposição.
DEVOCIONAL estar tão longe de Deus como uma mãe «Mau-Mau» vestida de grama. As nossas cidades estão submersas na impureza. Um cristão que enche seu cérebro, noite após noite, com histórias de televisão, terá um cérebro seco e uma alma na bancarrota. Seria melhor pedir a Deus para tirá-lo deste mundo, se ele é tão apaixonado por esta idade licenciosa, a cegueira do pecado não tirará lágrimas de sua alma. Todas as ruas de nossas cidades são um rio de embriaguez, divórcios, trevas diabólicas e condenação. Se você tomar uma posição contra tudo isso, não se surpreenda, irmão leitor, quando o mundo o odiar. «Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu» (João 15:19).
Stanley escreveu sua África escura e o general Booth sua Inglaterra escura em meio das mais esmagadoras oposições. O primeiro viu as altas e impenetráveis florestas com os seus ferozes leopardos, as sutis serpentes e os habitantes das trevas. Guillermo Booth viu as ruas da Inglaterra como Deus as via, com sua concupiscência, pecado, jogos, prostituição e levantou um exército de Deus para combater estas coisas. As nossas calçadas de em frente são agora os nossos campos missionários. Ignore a cultura e as boas maneiras, porque uma senhora bem-educada e de palavras suaves pode
Paulo declara categoricamente: «O mundo está crucificado para mim» (Gálatas 6:14). Isto está por fora do alcance dos cristãos do século XX. O Gólgota foi testemunho de multidões que vieram ver a humilhação dos criminosos que foram executados lá. O local da crucificação foi um carnaval de zombaria e desprezo. Mas, quem foi na manhã seguinte para ver as vítimas? Somente as águias e os abutres para arrancar seus olhos e destroçar suas costelas. O espetáculo teve que ser nojento. Do mesmo jeito, Paulo, crucificado para o mundo, era repugnante para o mundo. Nós poderíamos repetir internamente, com os lábios trêmulos, esta frase: O mundo está crucificado para mim? Somente quando estivermos «mortos para o mundo», com toda a sua pompa e prazeres fugazes, seremos capazes de sentir a liberdade que Paulo conheceu. O fato é que nós, os seguidores de Cristo, respeitamos o mundo, suas
opiniões, elogios e títulos. Um crítico moderno disse que os crentes têm «o ouro como nosso Deus e a ciência como o credo». No entanto, neste mesmo ano de graça conheci alguns crentes em ambos os lados do Atlântico que usam roupas de segunda mão para poupar seu dinheiro para a obra de Deus e, como Paulo, são néscios por amor ao Evangelho. Este homem abençoado por Deus, para quem o mundo foi crucificado, era considerado «louco». No entanto, Paulo apresentou a sua mensagem de tal modo que outros procuraram sua morte porque o seu «negócio estava em perigo». Estes apóstolos abençoados, com seu santo e saudável desprezo do mundo, como nos envergonham! Como disse certo poeta: Eles seguiram o caminho que sobe até o Céu com grandes perigos, angústia e dor. Oh Deus! Dai-nos a graça, Espírito e zelo a fim de segui-los com igual fervor. Logo virá o «adeus para a mortalidade e as boas-vindas à eternidade». Portanto, eu quero que você, caro leitor, tenha um serviço dedicado para Aquele que sacrificou tanto por nós, para que também nós possamos terminar a nossa carreira com alegria. «O despertar não é um maior milagre do que uma colheita de trigo. O despertar vem do céu quando as almas heroicas entram no conflito determinadas a vencer ou morrer, ou se for necessário, vencer e morrer. ‘O Reino do Céu gera forças e os corajosos o arrebatam’.» Carlos C. Finney u maio 2014
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A confiança de Policarpo
Policarpo foi pastor em Esmirna, que é conhecida hoje como Izmir, na Turquia. Provavelmente era o pastor, “o anjo” da Igreja em Esmirna, quando as cartas às igrejas foram dirigidas nos capítulos dois e três do Apocalipse.
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olicarpo, foi queimado como mártir em 155 d.C. Pouco antes de sua morte, exclamou: “Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?” Ireneu, um famoso discípulo de Policarpo, escreveu que ele sendo jovem tinha conhecido e estado em contacto com o apostolo João. Policarpo foi o último dos pastores viventes que conheceu algum dos apostoles do Senhor. Foi como o elo entre a Igreja Apostólica e a Pós-Apostólica. Foi a maior figura do segundo século do cristianismo na Ásia Menor. Foi um grande defensor da 46 Impacto evangélico
sã doutrina, lutou contra os valentianos que eram grupos segredos que reclamavam ser salvos exclusivamente por meio de seu misterioso conhecimento espiritual, combateu contra os gnósticos que diziam que a encarnação, morte e ressurreição de Cristo, foi um fenômeno imaginário que só tinha valor mitológico. O martírio do fiel e valente Policarpo se produz em 155 d.C. Este documento é reconhecido por todos como autêntico. A seguir, um extrato desse relato: “Quando Policarpo soube que o buscavam, no queria fugir da cidade, mas para atender seus irmãos, aceitou ir para a uma granja perto da cidade. Ali dedicou tempo para orar pelos irmãos e as igrejas, como era seu costume. Enquanto orava, ele teve uma visão, e viu que sua almofada ardia baixo sua cabeça. Depois, ele disse a seus irmãos que estavam com ele que isto significava que teria de ser queimado vivo. Mais tarde, os perseguidores chegaram e Policarpo estava em
uma habitação alta, desde a qual podia ter escapado, mas não quis fazê-lo, dizendo: ‘Seja feita a vontade de Deus’. Policarpo baixou as escadas e cumprimentou seus perseguidores, que ficaram impressionados por sua tranquilidade (CONFIANÇA EM DEUS) e se perguntavam entre si, por que prender tão venerável ancião. Policarpo ordenou que os irmãos lhes dessem algo de comer, e lhes pediu permissão para orar por uma hora. Estava tão cheio da graça de Deus que esteve duas horas orando, e alguns de seus perseguidores se arrependeram de receber a ordem que lhes foi designada. Quando terminou de orar, o montaram em um asno, e o levaram perante o chefe da guarda da cidade, e ele o montou em sua carruagem, e o sentou entre ele e o seu pai, para ver o procônsul. Entre ambos começaram a tentar dissuadi-lo da fé cristã, e lhe diziam: ‘Que mal há de dizer que Cesar é o Senhor?’ Policarpo. Ficava em silêncio (CONFIANDO EM DEUS), mas frente à insistência deles, lhes disse: ‘Não
REFLEXIONES
farei o que vós estais me aconselhando’ Quando notaram que era inútil tentar fazer com que mude de ideia, encolerizados, entre ambos o lançaram da carruagem, ferindo-se nas pernas. Ele não voltou para sua casa, mas seguiu para a arena (CONFIADO EM DEUS) lugar onde o povo rugia. Quando Policarpo entrava no coliseu, ouviu uma voz do Céu que lhe dizia: ‘Sê forte, Policarpo’. Alguns cristãos que estavam por perto ouviram a voz. Foi apresentado perante o procônsul romano Statius Quadratus. Pediulhe que se identificasse, e isso fez, e o procônsul fez outro esforço para que mudasse de ideia dizendo-lhe: ‘Amaldiçoa o Cristo e vos
deixarei ir’. Policarpo respondeu (COM PLENA CONFIANÇA EM DEUS): ‘Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?’. Convence o povo – sugeriu o procônsul. Policarpo respondeu: ‘A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles’. O procônsul contestou: ‘Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de ideia’. Ao que Policarpo respondeu: ‘Pode chamá-
las. Para nós, é impossível mudar de ideia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça’. –‘Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de ideia’ – replicou o procônsul. –‘Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres’, - respondeu o ancião Policarpo. Pasmado, Statius Quadratus enviou seu heraldo ao centro do coliseu para proclamar três vezes: ‘Policarpo se declarou cristão’. O povo enlouquecido começou a vociferar demandando que Policarpo fosse queimado vivo, e a demanda do povo foi escutada. Centos de pessoas começaram a reunir madeira, lenha e tudo o que pudesse ser usado como combustível. Quando a fogueira estava pronta, Policarpo tirou sua roupa, incluindo suas sandálias. Iam a cravá-lo na estaca, mas ele disse: (CONFIADO EM DEUS) ‘Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos’. De modo que não o cravaram, simplesmente ataram suas mãos atrás as costas. Então levantando seus olhos ao céu, disse: ‘Dou-te graças que me considerou digno deste dia e hora… te louvo, te bendigo e te glorifico por meio de Jesus Cristo… Amém’. Quando ele disse amém, termi¬nando sua oração, os homens da pira acenderam o fogo, e uma imensa chama apareceu”. Essa é a história do martírio de Policarpo. Um grande exemplo de uma fé robusta no Senhor u maio 2014
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Um relatório superficial do trabalho que a Obra do Movimento Missionário Mundial desenvolve pelos caminhos da América e ao redor do mundo. A Santa Bíblia diz: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo… E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:46, 47.
EVENTOS
Batismo nas águas no Peru Três mil peruanos se converteram desde o mês de março em uma cerimônia impressionante. A Obra de Deus segue crescendo no Peru.
A
segunda-feira, 31 de março, marcou o início de uma nova etapa para cerca de três mil peruanos que foram submergidos sob as águas 48 Impacto evangélico
do batismo, durante uma cerimônia impressionante que o Movimento Missionário Mundial organizou em Lima, Peru. Durante o batismo, o Rev.
Rodolfo González expus uma memorável mensagem citada no livro de Romanos 6: 1-11, na qual explicou a alegoria entre a morte de Cristo e o renascimento es-
piritual do crente através do batismo, bem como sua ressurreição e a nova vida. O batismo é uma confissão pública da fé em Cristo e o compromisso de ser sempre fiel a Deus, depois de receber durante vários meses o ensino dos princípios fundamentais do cristianismo e de¬monstrar uma vida de entrega e consagração ao Senhor. Esse multitudinário batismo se realizou no Centro de Recreação das Forças Arma-
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EVENTOS
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das ao sul da cidade, onde três mil irmãos dos 43 distritos da capital (Lima) se aproximaram de ditas instalações, situadas na margem do mar. Uma vez que os aspirantes desceram a amplia piscina do centro de recreação, iniciou-se o serviço espiritual com a presença do Presidente do MMM-Peru Rev. Rodolfo González, o Supervisor Nacional Rev. Luis M. Bocanegra, a Junta Nacional de Oficiais e outro tanto dos 24 presbitérios da cidade.
Uma hora depois, os milhares de aspirantes vestidos de branco desceram à piscina, empapados por glória de Deus e por sua santa unção. Entre as multidões, houve pessoas com deficiência física e muitos adultos maiores. Uma delas beirava os 104 anos. Passado o meio-dia, os irmãos, pastores e parentes dos batizados presentes celebraram com regozijo e alegria esta nova colheita para a igreja do Senhor u maio 2014
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Confraternização especial em Trujillo Alto Como parte da celebração da Segunda Confraternização do ano em Porto Rico, reconheceu-se o Rev. Jorge Álvarez, uma persona muito especial nesta Obra.
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sábado, 15 de março, foi um dia de muito gozo para a Obra do Movimento Missionário Mundial em Porto Rico, já que como parte da celebração da Segunda Confraternização do 52 Impacto evangélico
ano, reconheceu-se um homem muito especial nesta Obra: servo dedicado, ungido, cheio do Espírito Santo, servidor, amigo, irmão, companheiro, pastor e padre, Rev. Jorge Álvarez. A atividade, auspicia-
da pelas igrejas da Zona 3, que o Rev. Federico Cabrera preside, teve lugar nas instalações centrais da Obra na cidade de Trujillo Alto e também contou com a presença do Rev. Rubén Concepción e o Rev. Margaro
Figueroa, Secretário e Diretor Internacional, respectivamente. A mensagem cheia do poder de Deus foi trazida pelo Supervisor Nacional de Porto Rico, Rev. Luis Ayala, depois da qual se fez o reconhecimento desse homem de Deus, por seus 20 anos como integrante da Junta Internacional de Diretores do Movimento Missionário Mundial, função que desempenhou de 1994 a 2014. Como parte do reconhecimento, presentou-
EVENTOS
se um vídeo especial de toda a trajetória cristã e ministerial do Rev. Álvarez, além de outros de saudações especiais. Depois se fez entrega de vários obséquios, incluindo uma revista especial completamente dedicada a sua vida, e o reconhecimento como embaixador da Obra do Movimento Missionário Mundial de Porto Rico no mundo inteiro. À atividade também assistiram as filhas do Rev. Álvarez: Irene, Liamara e Vanessa u maio 2014
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Convenção Nacional no Panamá Foram quatro dias em que o Espírito de Deus se manifestou no meio de seu povo, onde milhares de irmãos de todo o território panamenho se reuniram para louvar o nome do Senhor. O Movimento Missionário Mundial celebrou sua Vigésima Quinta Convenção Nacional, de 1 a 4 de março, no Teatro Anayansi do Centro de Convenções ATLAPA da cidade do Panamá, República do Panamá. Cabe destacar a presença do Rev. José Arturo Soto Benavides, Vice-Presidente Internacional; Rev. 54 Impacto evangélico
Rubén Concepción, Secretário Internacional e Supervisor Nacional da República Dominicana; Rev. Margaro Figueroa, Oficial Internacional, e sua amada esposa, a Irmã Edith de Figueroa. Também estiveram presentes o Rev. Manuel Zúñiga, Supervisor Nacional da Costa Rica; Rev. Marvin Cooper, Presbítero na Costa Rica, e sua amada esposa, a
Irmã Rocio de Cooper; e o Rev. Carlos Guerra, pastor em La Valencia de Heredia. O culto de abertura se iniciou à 1 da tarde, com um ato protocolar, em que a Irmã Rosalba de Asprilla entoou as gloriosas notas do Hino Nacional do Panamá em companhia de todos os presentes. Depois, o Rev. Alcides Ramea, Supervisor Nacional e anfitrião, deu
palavras de boas-vindas às visitas internacionais, presbíteros, pastores e irmãos da convenção. O Rev. José Arturo Soto foi o encarregado de expor a poderosa mensagem da Palavra e instou o povo de Deus a seguir guardando os princípios cristãos. Durante o segundo dia de convenção, em horas da manhã, a mensagem da Palavra de Deus esteve a cargo do Rev. Margaro Figueroa de Porto Rico, que dissertou sob o tema “A armadura do cristão”. No culto vespertino, o Rev. Manuel Zúñiga esteve a cargo da mensagem, pregando sob o tema “Estamos seguros em nossa Salvação”.
EVENTOS Durante o terceiro dia de convenção, em horas da manhã, levou-se a cabo a Reunião de Obreiros na Igreja Central de Parque Lefevre, enquanto a congregação em geral se reuniu para celebrar o Culto Juvenil que esteve presidido pela Diretora Nacional de Jovens, encabeçada pelo Rev. Julio Klinger. O Rev. Marvin Cooper esteve a cargo da mensagem da Palavra. A Irmã Daisy Elid Soto, Vice-Presidente Nacional Juvenil, anunciou a Terceira Conferência Nacional de Líderes que se levará a cabo de 23 a 24 de maio na Igreja de Parque Lefevre e pediu para todos os líderes da Zona, presidentes jovens das igrejas locais de todas as províncias do país, que não faltem a essa atividade que será de muita bênção para a juventude. No serviço da tarde do terceiro dia, a pregação esteve a cargo do Rev. Rubén Concepção, que intitulou a mensagem: “Vem, Vinde”. Pediu para o sedento que procure a Cristo, pois ele sacia a sede do ser humano. A glória de Deus desceu no meio da mensagem e teve batismos no Espírito Santo no meio da pregação. O quarto culto da convenção foi muito especial porque primeiramente se realizou um ato protocolar onde se entregaram placas de reconhecimento a pastores que serviram como presbíteros por um espaço de tempo determinado dentro da Obra de Deus. Também o Rev. José A.
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g Soto entregou uma placa de reconhecimento, pelo grande trabalho ministerial realizado, ao Rev. Melvin Bryam e à Irmã Ana Felipa de Bryam, que tomaram a decisão de entregar em vitória o pastorado da Igreja de Chorrillo. Também foi entregue um obsequio ao Rev. Margaro Figueroa, como lembrança do Nono Congresso Mundial 50 anos, já que ele não pôde assistir por motivos de saúde. Celebrou-se o culto de Promoção de Obreiros que fazem parte da evidência do avanço da Obra neste país. Nesta ocasião, 15 novos Pregadores Laicos entraram às filas do ministério. Também 9 obreiros laicos foram promovidos a Pregadores Licenciados e 5 licenciados foram promovidos a Ministros Ordenados. No último dia, o Rev. Carlos Guerra pregou sob o tema: “A mensagem que ninguém quer ouvir”. O reverendo Guerra falava sobre a realidade do evangelho “light” que está sendo pregado atualmente em muitas igrejas, onde não se ensina mais sobre o arrependimento dos pecados e sobre a santidade, para que ninguém se senta incômodo. Os meios de comunicação realizaram um trabalho especial durante este magno evento, transmitindo através do Canal 55 de Cable and Wireless, por Bethel Televisión, os sites: www.victoriacristiana.tv, www.oasisdesantidad.org e www.radioalegria.org u 56 Impacto evangélico
EVENTOS
Seminário Nacional de Obreiros nos Estados Unidos A Igreja do Movimento Missionário Mundial nos Estados Unidos realizou, de 11 a 14 de março, um Seminário Nacional de Obreiros na cidade de Dallas, Texas.
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Rev. Humberto Henao, Oficial Internacional da Obra do MMM foi o expoente principal do seminário e desenvolveu o tema: “Ética ministerial”. Esta capacitação é necessária para o desenvolvimento da igreja local e também para contribuir para o desenvolvimento desta grande nação através do projeto VISÃO USA. As palavras e conselhos finais do Rev. Humberto Henao para todo o corpo ministerial do MMM nos Estados Unidos foram: “A Obra na qual Deus nos trouxe é uma de caráter, de princípios, de convicções, de santidade e de pureza, assim é a Obra do Movimento Missionário Mundial para a glória de Deus” u maio 2014
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Confraternização de Cavalheiros em Zurique Nesses dois dias de confraternização foram compartilhados testemunhos vivos do poder de Deus, nos quais os irmãos viram o poder de Jesus Cristo, que foram de grande inspiração.
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Movimento Missionário Mundial em Zurique, Suíça, realizou de 1 a 2 de março a Quinta Confraternização de Cavaleiros sob o lema: “Convicção”. A obreira em Zurique, Irmã. Ruth Suerio 58 Impacto evangélico
recebeu com muito prazer as visitas do Rev. Jimy Ramírez, Presbítero responsável pela Obra na Suíça; Rev. Hugo López, Presbítero na Zona A da Itália e pastor na cidade de Busto Arsizio, Itália; Ramón Orte-
ga, pastor na cidade de Turim, Itália; Moisés Romero, pastor na cidade de Biella, Itália. Além dos mencionados estiveram os pastores da Suíça: Irmão César Gonzales e sua esposa, Irmã Rafae-
la Gonzales, da cidade de Languental; Irmã Elizabeth Vanegas da cidade do Ticino; Irmã Mercedes Lechón da cidade de Basileia. Também estiveram nos Campos Brancos de Laussanne, Olten, Wintertur, Solothour, Buchs e Luzerne. No dia 1 de março, na manhã, iniciou-se a grande festa e os irmãos, crianças, adolescentes, jovens, damas e cavalheiros de diferentes cantões da Suíça e da Itália se encontraram para celebrar juntos e em harmonia. A pregação do sábado na manhã esteve a cargo do
EVENTOS
pastor Ramón Ortega, com o tema: “Na crise, só louve a Deus” (2 Reis 6:24). E na tarde, a mensagem foi encarregada ao Rev. Hugo López, sob o tema: “Determine suas convicções” (1 Reis 21:2). Testemunhos vivos do poder de Deus foram compartilhados, nos quais os irmãos viram o poder de Jesus Cristo, que foram de grande inspiração. Ofereceram-se coros, louvores e adoração a nosso Criador com as crianças da Obra de Genebra. O Espírito Santo se fez sentir em todos os visitantes.
No dia domingo, 2 de março, a mensagem da Palavra de Deus foi compartilhada pelo Rev. Hugo López, com o tema: “Profetas com uma mensagem transformadora” (Jeremias 1:9). Assim culminou a cerimônia de uma maneira vitoriosa e poderosa no Senhor. Deus em sua misericórdia nos visitou em cada culto com sua preciosa presença através da poderosa Palavra que o Senhor nos deu, onde houve sanidade, restauração, libertação e firmeza no povo de Deus u maio 2014
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Igrejas nascentes no Sri Lanka As igrejas de Batticaloa e Badulla foram visitadas pelo pastor Sharon Devaprassannam, Tesoureiro Nacional do MMM na Índia.
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pastor Sharon Devaprassannam, Tesoureiro Nacional do Movimento Missionário Mundial na Índia, visitou as igrejas nascentes 60 Impacto evangélico
no Sri Lanka entre 15 e 22 de março. As igrejas estão localizadas na Província Oriental do Sri Lanka, Batticaloa, e na Província Central, Badulla. O
irmão Thiruchelvam (em Batticaloa) e o irmão Dhinagaran (em Badulla) são os obreiros nativos que estão a cargo das igrejas nesses lugares. Durante esta visita
missionária, cinco novos membros foram integrados à igreja de Batticaloa. Os novos irmãos foram batizados nas águas em 15 de março. Foi um serviço de batismos que se realizou no oceano a 40 km. da igreja. Adicionalmente, uma porta nova se abriu para realizar outro serviço na cidade de Batticaloa onde entre 15 e 20 crentes se reuniram para adorar ao Senhor. A igreja em Badulla
EVENTOS
está sendo pastoreada pelo irmão Dhinagaran, que junto ao pastor Yogendran está trabalhando ferventemente para engrandecer a Obra. Esta igreja está localizada nas colinas, área onde os
crentes vivem em condição de pobreza e trabalham por um salário mínimo; no entanto, eles são ricos na Palavra de Deus. O irmão Dhinagarn tem uma pequena pro-
priedade que doou para a Obra de Deus. A construção do templo nesse lugar está a ponto de começar e ao finalizar a atividade se fez uma oração especial por esse projeto u
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Convenção Nacional de Jovens no Equador Desde o primeiro dia, a gloria de Deus se desbordou por todo o recinto. Os temas tratados foram de grande ajuda e de edificação para o povo do Senhor.
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Movimento Missionário Mundial no Equador celebrou, de 3 a 6 de abril, a décima nona Convenção Nacional de Jovens no Seminário Teológico Sul-Americano Acampamento Nazareno, Quito, capital da República do Equador. O evento contou com a visita do Rev. Humberto Henao, Oficial Internacional do MMM, que compartilhou a mensagem de 62 Impacto evangélico
Deus. Também estiveram a Junta Nacional e demais pastores acompanhando os jovens da nação equatoriana. A juventude se congregou de diferentes partes do país, das regiões da serra, costa e oriente. E a atividade começou com o lema: “CONSERVA-TE A TI MESMO PURO” (1 Timóteo 5:22). Os temas foram: “Formados à maneira de Deus” (Gênesis 37:2; 41:46; 50:26), “O perfil do jovem cristão” (I Parte), “Convicções cristãs” (Daniel 1:1-8, 17-18; 3:824), “O perfil do jovem cristão” (II Parte), “O que fazemos reflete o que somos” (2 Reis 5:16), e “Cinco passos para obedecer a Deus” (Rute 3:1-5) u
EVENTOS
Confraternização no México Com uma assistência de cento e cinquenta pessoas, realizou-se uma grande confraternização em Ciudad Victoria, México.
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o sábado, 15 de março, realizou-se uma confraternização da Zona 4 do Movimento Missionário Mundial em Ciudad Victoria, Tamaulipas, México. Estiveram presentes as igrejas de Matamoros, Monterrey, Cadereyta, Victoria, Reynosa e Tampico. Contamos com uma assistência de cento e cinquenta pessoas. O Presbítero, Rev. Anthony Sosa, pregou sob o tema “As lutas no serviço ao Senhor” (Êxodo 3:11). As almas foram tocadas através da Palavra de Deus, e o Espírito de Deus esteve presente nessa gloriosa confraternização u maio 2014
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Outros Eventos PORTO RICO
EQUADOR
EL SALVADOR
HOLANDA
INSTALAÇÃO DE PASTORES NA IGREJA DE DORADO
GLORIOSO RETIRO DE PASTORES EM GUAYAQUIL
CONFRATERNIZAÇÃO DE JOVENS NA IGREJA DEL PINO
PRECIOSO CULTO MISSIONÁRIO DE CRIANÇAS
A Igreja do Movimento Missionário Mundial na cidade de Dorado, Porto Rico, instalou os novos pastores dessa congregação na quinta-feira, 13 de fevereiro. Ali se apresentaram o Rev. Jimmy Rios, Diretor Nacional, e a Irmã Norma Santiago, Tesoureira Nacional, bem como o Presbítero da Zona 4, Rev. Dão Moyeno, pastores, obreiros, e líderes, entre outros. Depois, o Rev. Jimmy Rios pregou sob o tema: “O conhecimento da verdade traz liberdade”, baseado no livro de João 8:31-32. Ao culminar a mensagem, iniciou-se a cerimônia de instalação, com o Irmão Edwin Maldonado e a sua amada esposa, Irmã Rosa E. Benítez, como os novos pastores dessa congregação.
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O Retiro de Pastores do Movimento Missionário Mundial se realizou de 12 a 14 de março na cidade de Guayaquil, Equador. O lugar da reunião foi o estádio Santa María Eufrasia. O Presidente Internacional Rev. Gustavo Martínez, o Vice-Presidente Internacional Rev. José Soto, o Supervisor Nacional do Peru Rev. Luis Meza, o Presbítero no Peru Rev. Eugenio Herdades, com a Junta Nacional e também os pastores do país assistiram à cerimônia de retiro, acudindo ao chamado para receber novas bênçãos e fortalecer a fé.
O Movimento Missionário Mundial na República de El Salvador celebrou no dia 12 de abril uma confraternização de jovens em nível nacional na Igreja Central Del Pino. A ministração esteve a cargo dos jovens das diferentes igrejas. Iniciou-se com o testemunho do obreiro Carlos Balmore Mejía. Depois se ministraram todos aqueles que renovaram seus votos com Deus, imediatamente depois os grupos de jovens das igrejas participaram com cânticos e lições objetivas. Após o recesso se ofereceram dois aulas: "A batalha de todo homem jovem" e "A estima da mulher".
Em 23 de fevereiro, as crianças da Igreja de Almere, Holanda estiveram a cargo do Culto Missionário e participaram nas diferentes atividades do dia. Nesta ocasião, o Pastor Stanley Martis ensinou sob o tema: “Qualidades importantes para o missionário”. Todo o povo foi ministrado de uma maneira especial. As crianças e os pais foram abençoados pelo Senhor. Agradecemos a Deus por permitir eventos tão belos na presença do Senhor.
REFLEXÕES
A família cristã 1The Master Plan of Teaching, por Matt Friedeman (em inglês), cita este estúdio nas páginas 214 e 215. Fonte original: Leonard Ravenhill, America is Too Young to Die (Minneapolis: Bethany Fellowship, 1979), p. 112.
Até que ponto o fato de nós procedermos de uma família cristã nos condiciona? Um estúdio sobre os descendentes de Jonathan Edwards e os de Max Jukes ilustra a possibilidade de que isto tem uma grande importância. Estes dois homens eram contemporâneos.
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onathan Edwards foi um teólogo, pastor congregacional e missionário para os nativos americanos durante a época colonial, maiormente conhecido por seu sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado”. Quando se fez o estúdio, ele tinha 1.394 descendentes de seu casamento com Sarah, também cristã. Entre estes descendentes havia 100 pregadores e missionários, 100 advogados, 80 servidores públicos, 75 oficiais do exército e da marinha, 65 professores universitários, 60 escritores proeminentes, 60 médicos, 30 juízes, 13 reitores de universidade, 3 senadores dos Estados Unidos, 1 vice-presidente dos Estados Unidos e 295 graduados de uni-
versidade, alguns dos quais chegaram a ser governadores e ministros enviados a outros países. Max Jukes era ateu declarado e levou uma vida ímpia. Dos 540 descendentes que se conhecem, 310 morreram na indigência, 150 foram delinquentes, 100 foram alcoólicos; 7 foram assassinados e mais da metade das mulheres exerceram a prostitución.1 Ainda que ninguém possa garantir que toda pessoa que se criar em um lar cristão seguirá a
Cristo e levará uma vida piedosa e frutífera, a Palavra de Deus realmente pode nos assegurar que quem seguir os desígnios de Deus para o lar, experimentará suas bênçãos. Nesta unidade sublinharemos que Deus tem um plano para a família. Aprenderemos que os filhos são uma bênção entregada por Ele e que os pais têm a responsabilidade de criá-los e educá-los. Uma causa de problemas em muitos casamentos e muitas famílias é o dinheiro. Se as famílias aplicassem princípios bíblicos para a gestão do dinheiro se evitariam muitos dos problemas que destroem lares e se confiaria mais em Deus para a satisfação das necessidades. A boa comunicação é essencial para uma sã vida familiar. Esta começa com nossa decisão de escutar. Quando você ensinar esta unidade, adapte as seções para que reflitam a situação em que se encontram seus alunos na vida. Ajude-os a aplicar a Palavra a essa situação u maio 2014
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ESCREVEM-NOS... MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
cartas@impactoevangelistico.net ERNESTO ROCA LEÓN Muitas bênçãos. Vão em frente sem parar, que já têm sua recompensa. De Lima, Peru.
Agradeço a Deus pela revista, é muito edificante para minha vida; eu a leio pela internet, mas desejaria receber a revista e gostaria de saber o que tenho de fazer, eu desejo tê-la em casa para poder compartilhála com minha família e amigos, gostaria de saber os passos a seguir. Muita obrigada antecipadamente, Deus siga abençoando esta obra. Da Espanha.
MARÇO 1-4 19-22
MAIO 3-5 20-25
Saudações. Estou encantada com sua revista, é uma bênção para mim, muito bem redigida e atualizada. Deus os abençoe. De Camuy, Porto Rico.
MARÍA CROES Saudações. Meu nome é María Croes, estou impressionada com a revista “Impacto Evangelístico”. Eu sou de Aruba, congrego na Igreja Pentecostal MMM. Quero por minha própria iniciativa distribuir essa revista em meu país, mas aqui ninguém a tem, por isso gostaria que me dessem algumas indicações. De Aruba.
SONIA MIRANDA Eu gostei da revista e do sítio web. É uma grande bênção! Da Carolina do Norte, Estados Unidos.
CLAUDIA Cada vez que posso ler a revista resulta ser uma grande bênção para mim. Do Chile.
CONVENÇÃO PORTO RICO CONVENÇÃO COLÔMBIA
CONVENÇÃO PANAMÁ CONVENÇÃO HONDURAS
ABRIL 16-20 CONVENÇÃO GUATEMALA 17-20 CONFRATERNIZAÇÃO NACIONAL AUSTRÁLIA (SIDNEY)
EVA N. RIVERA
Graças a Deus por sua grande misericórdia que nos tirou deste mundo mentiroso, nos fez abrir os olhos, agora só fica lhe pedir todo o tempo por nossa vida espiritual e que nos mantenha firmes para não voltar atrás. Da Venezuela.
JANEIRO 1-4 7-14
FEVEREIRO 7-9 CONVENÇÃO PARAGUAI (ASSUNÇÃO) 13-16 CONVENÇÃO ARGENTINA (BUENOS AIRES) 20-23 CONVENÇÃO BELIZE
KATHY C. V.
JENNY JIMÉNEZ
AGENDA GLOBAL 2014
JUNHO 25-29 17-20
ALIAN ZAMORA HERNÁNDEZ Bênçãos, meus irmãos. Muito lindo é o trabalho que vocês fazem. Eu lhes conto que pôde ver seu sítio web e é precioso, e tem muito material de edificação. Eu queria saber se existe alguma possibilidade de que vocês possam me enviar em Cuba todos os números da revista “Impacto Evangelístico” em formato digital. Rogo-lhes que considerem minha petição, tal vez todas as revistas em formato PDF possam entrar em um CD e este possa ser enviado por correio postal. Por favor meus irmãos, perdoem este atrevimento, mas a verdade é que resolvi lhes escrever porque gostaria de ler seus textos e compartilhá-los com outros, eu não tenho forma de lhes pagar e eu sei que tudo isso tem um custo. Peço-lhes perdão novamente por meu pedido e se não é possível receber tal ajuda, então não há problemas, mas ao menos não deixem de me responder. Deus siga abençoandoos muito. De Cuba.
CONVENÇÃO JAPÃO CONVENÇÃO PERU (LIMA) CONVENÇÃO ÍNDIA CONVENÇÃO DE JOVENS E OBREIROS COLÔMBIA
JULHO 3-6 CONVENÇÃO BOLÍVIA (SANTA CRUZ) 8-11 CONVENÇÃO ESTADOS UNIDOS (BIRMINGHAM, AL) 8-12 CONVENÇÃO COSTA RICA 9-12 CONVENÇÃO ANTILHAS HOLANDESAS CURAÇAO) 24-27 CONVENÇÃO MÉXICO (GUANAJUATO) AGOSTO 3-6 CONVENÇÃO EL SALVADOR 5-9 CONVENÇÃO VENEZUELA (BARQUISIMETO) 7-10 CONVENÇÃO ESPANHA 14-17 CONVENÇÃO ITÁLIA 14-17 CONVENÇÃO GUIANAS, SURINAME E TRINIDAD (SURINAME) 14-17 CONVENÇÃO EQUADOR (GUAYAQUIL) 27-30 CONVENÇÃO ÁFRICA 28-31 CONVENÇÃO HAITI SETEMBRO SÁBADO 27 DIA MUNDIAL DAS MISSÕES OUTUBRO 10-12 CONFRATERNIZAÇÃO NACIONAL CANADÁ 23-25 CONVENÇÃO REPÚBLICA DOMINICANA 23-26 CONVENÇÃO ILHA MAURÍCIO 26-28 CAMPANHA MADAGASCAR 30-2 (NOV) CONVENÇÃO CHILE (SANTIAGO) NOVEMBRO 7-10 CONVENÇÃO URUGUAI (MONTEVIDÉU) 27-30 CONVENÇÃO NICARÁGUA
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DEZEMBRO 4-7 CONVENÇÃO BRASIL (MANAUS)
n Eventos realizados
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