Agosto 2014 / Edição 727 / www.impactoevangelistico.net
A revista que constrói a sua vida
evangélico PUBLICAÇÃO OFICIALL
MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL
Testemunho
O prisioneiro da cela n.º 4
Heróis da fé
Tertuliano, cristão fervoroso
A verdade sobre o
Hamas
O grupo islâmico que se opõe ao povo de Israel
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MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
2 Impacto evangélico
EDITORIAL
Vinde com todo o vosso coração Rev. Gustavo Martínez Presidente Internacional do M.M.M.
“Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente com todo o vosso coração; porque vede quão grandiosas coisas vos fez”. 1 Samuel 12:24.
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osso serviço para Deus deve ser único,
não é real. Deus habita no meio dos louvores, assim
exclusivo e aceitável. Romanos 12: 1 diz:
quando uma pessoa louva a Deus o céu se abre, os
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus,
demônios fogem, há liberdade, há restauração e há
que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e
vida. Quando uma Igreja louva e adora a Deus, nen-
agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Um serviço
hum demônio pode destruí-la. Quando as pessoas
com entendimento, com sabedoria, um culto acei-
louvam, a presença de Deus se move, sua presença
tável que não será rejeitado, mas que será tido em
cai como o orvalho e coisas maravilhosas acontecem.
conta porque esse é o culto que Deus deseja. Isso é o
É uma pena que às vezes mostramos mais inte-
que Deus deseja que nós lhe ofereçamos.
resse em servir os homens, mas não mostramos o
Deus quer um culto onde esteja comprometido
mesmo interesse nem coragem para servir a Deus.
todo nosso ser, um culto com todo nosso entendi-
Para servir os outros sempre haverá vontade, temos
mento, com toda nossa entrega. Em João 4:23, lemos:
interesse de correr atrás daquilo que nos beneficia
“Porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. O Pai quer
humanamente. As pessoas madrugam para cumprir
adoradores que o adorem em espírito e em verdade,
um compromisso com o homem, mas o dia que não
porque há pessoas que o adoram, mas não realmente.
têm de trabalhar ou estudar, naquele dia não ma-
A Bíblia diz que houve pessoas que adoravam
drugam e para o Senhor não temos tempo. Trabalha-
a Deus, mas não de coração perfeito, o que signifi-
mos duro porque estamos atrás de uma recompen-
ca que lhe ofereceram um culto desagradável, não
sa, atrás da aprovação de alguma pessoa. Mas você
lhe deram a glória que Ele deve receber. Deus disse:
deve lembrar que Deus nos recompensará mais ain-
“Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca,
da. Vamos atrás da recompensa que acharemos lá,
e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afas-
no Reino dos Céus. Queridos irmãos, nós devemos
ta para longe de mim” (Isaías 29:13). Você pode fingir
servir a Deus realmente com todo nosso coração.
que serve a Deus, mas para que serve esse louvor, se
Amém
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MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL www.impactoevangelistico.net América • Europa • Oceanía • África • Asia
evangelico
Diretor Fundador: Rev. Luis M. Ortiz Agosto 2014 / Edição N° 727 USPS 012-850) PUBLICAÇÃO OFICIAL DO MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL O World-Wide Missionary Movement, Inc. é uma igreja sem fins lucrativos, com uma visão para fundar novas igrejas nos Estados Unidos da América e seus territórios e também com uma visão missionária para fundar novas igrejas onde Deus abre novas portas em todo o Mundo. PUBLICAÇÃO MENSAL POR: Movimiento Misionero Mundial, Inc (Movimento Missionário Mundial, Inc.) San Juan, Porto Rico Washington, D.C. Postagem Periódica pagada a: San Juan, Porto Rico 00936
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4 Impacto evangélico
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• A inspiração das Escrituras Sagradas: 2 Timóteo 3:15-17, 2 Pedro 1:19-21. • A Divindade adorável em Três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo: Mateus 3:16-17, 17: 1-5; 28:19 João 17: 5, 24, 26, 16:32, 14:16, 23, 18:05, 6, 2 Pedro 1:17,18; Apocalipse 5. • A salvação pela fé em Cristo: Lucas 24:47, João 3:16, Romanos 10:13, Tito 2:11, 3:5-7. • O Novo Nascimento: João 3:3, 1 Pedro 1:23, 1 João 3:9. • A Justificação pela Fé: Romanos 5:01, Tito 3:07. • O Batismo nas águas por imersão, segundo ordenado por Cristo: Mateus 28:19, Atos 8:36-39. • O Batismo no Espírito Santo, subseqüente à salvação, falando em outras línguas, segundo: Lucas 24:49, Atos 1:4, 8, 02:04. • A Cura Divina: Isaías 53:4, Mateus 08:16, 17, Marcos 16:18, Tiago 5:14, 15. • Os Dons do Espírito Santo: 1 Coríntios 12:1-11. • Os frutos do Espírito Santo: Gálatas 5:22-26. • A Santificação: 1 Tessalonicenses 4:03, 5:23, Hebreus 0:14, 1 Pedro 1:15, 16, 1 João 2:6. • O Ministério e a Evangelização: Marcos 16:15-20, Romanos 10:15. • O dízimo e a Sustentabilidade da Obra: Gênesis 14:20, 28:22, Levítico 27:30, Números 18:21-26, Malaquias 3:7-10, Mateus 10:10; 23:23. • A ascensão da Igreja: Romanos 8:23, 1 Coríntios 15:51 - 52, 1 Tessalonicenses 4:16-17. • A Segunda Vinda de Cristo: Zacarias 14:1-9, Mateus 24:30, 31, 2 Tessalonicenses 1:07, Tito 2:13, Judas 14, 15. • O Reino Milenar: Isaías 2:1-4, 11:5-10, Zacarias 9:10, Apocalipse 19:20, 20:3-10. • Novos Céus e Nova Terra: Isaías 65:17, 66:22, 2 Pedro 3:13, Apocalipse 21:1.
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Desde sua aparição em 1987, o Hamas pretende destruir o Estado de Israel porque este lhe nega o direito de existir. Dentro de suas ideias fundamentalistas, tsó a Palestina deveria ocupar o território entre o rio Jordão e o Mediterrâneo...
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Revista Impacto Evangélico
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Escrita pelo reverendo George Duffield Jr., esta ode cristã dá esperança a todos os que a cantam. O louvor ressalta a vitória prometida para todo aquele que não desfalece na fé em Deus.os.
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A Organização Mundial de Saúde definiu o termo “saúde” como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Esta definição foi criticada por ser excessivamente otimista.
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É talvez o mais conhecido de todos os escritores cristãos dos primeiros séculos. Tertuliano foi um dos mais hábeis apologistas da igreja primitiva. Homem de inesgotável fé, servindo a Deus com zelo e decoro até o final de sua vida.
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Foi o terror das estradas entre a Nicarágua e a Costa Rica. Com uma metralhadora na mão, ele assaltou centos de pessoas sem nenhuma consideração até que foi preso. Foi na prisão onde conheceu a Palavra de Deus.
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Eventos em: Costa Rica, Índia, Colômbia, Filipinas, Porto Rico, Chile, Panamá, Espanha, Bélgica, Itália, México, Finlândia, Curaçao.
Letras
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“E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane...” Mateus 24:3-51. Agosto 2014
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O verdadeiro
rosto do
Hamas Desde sua aparição em 1987, o Hamas pretende destruir o Estado de Israel porque este lhe nega o direito de existir. Dentro de suas ideias fundamentalistas, só a Palestina deveria ocupar o território entre o rio Jordão e o Mediterrâneo. É por isso que o Hamas ataca sistematicamente o povo israelita, que pretende destruir.
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embaixador de Israel no Peru, Modi Ephraim, disse que um israelense só tem quinze segundos para salvar sua vida. Quinze segundos para não morrer por um foguete lançado da Faixa de Gaza pelo grupo Hamas. Não importa se está em um café, em casa ou na escola. Essa é a realidade que o 70% dos israelenses vive, como consequência dos ataques sistemáticos do Hamas. Há mais de três décadas que esses problemas se repetem, quando o grupo Hamas, cujo nome significa Movimento de Resistência Islâmica, apareceu e sua origem se remonta aos primeiros dias da Intifada ou levantamento palestino de 1987 contra a presença israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Depois da primeira Intifada palestina, o Hamas surgiu como o principal opositor aos acordos de paz de Oslo entre Israel e a Organização para a Liberação de Palestina (OLP). A ata de fundação do Hamas define a histórica Palestina —incluindo o território atual de Israel— como uma terra islâmica, e descarta um acordo de paz permanente. O texto está cheio de ataques contra o povo judeu, razão pela qual foi acusado de ser antissemita. O Hamas insiste em que os milhões de palestinos refugiados que abandonaram suas casas desde 1948, ano da criação do Estado de Israel, devem voltar para suas terras. Para Israel, isto implica uma ameaça para sua existência como Estado. Para Israel, os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, a União Europeia e mesmo o vizinho Egito, o grupo islâmico é uma “organização terrorista”, de8 Impacto evangélico
vido a sua longa história de ataques contra zonas israelenses e seu propósito de destruir esse Estado que está explícito em sua ata de fundação. Mas para seus seguidores, é um movimento de resistência legítimo.
O professor Dennis Prager afirma que o conflito no Oriente Médio é visto como um dos problemas mais complexos do mundo, mas, realmente, é muito simples. Os israelenses querem viver em paz e estão dispostos a acei-
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TERROR DESDE A CADEIRA DE RODAS
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os fins dos anos setenta, um aluno tetraplégico de uma escola de Gaza, o xeque Ahmed Yassin, criou um movimento social na Faixa que, além de advogar pela destruição de Israel, leva sua luta a outros aspectos mais sociais como a “relaxação” dos costumes tradicionais, a pobreza, a corrupção e a influência estrangeira. Yassin, conhecido pela imprensa como “o terrorista em cadeira de rodas”, foi detido e encarcerado por Israel em 1984 depois de encontrar armas em sua casa e descobrir que preparava uma sublevação em Gaza. Durante sua estância na prisão, sua fama se tornou maior e seus seguidores, que controlavam já uma grande parte da rede social e religiosa da Faixa, consolidaram a organização obtendo cada vez mais fundos entre empresários e xeques petroleiros do Golfo. Finalmente, em 1987, e durante o estouro da Primeira Intifada, Yassin saiu do cárcere e o Hamas nasceu de maneira oficial com seu primeiro comunicado, emitido em dezembro desse ano.
tar um Estado palestino a seu lado. A maioria dos palestinos não quer que Israel exista. Desde que o estado israelense se criou em 1948, seus vizinhos tentaram destruí-la muitas vezes. Essa é a causa do conflito.
MISSÕES DO HAMAS
Desde seus começos, o Hamas teve dois braços com objetivos diferentes: por um lado o braço militar, as Brigadas Qassam, encarregadas da luta armada contra o Estado de Israel, cuja existência é clandestina; por
outro lado, o braço político, cuja missão é fornecer ajuda à comunidade em assuntos sociais e religiosos. Apesar das numerosas operações israelenses e das drásticas ações dos palestinos que
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TÚNEIS TERRÍFICOS
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s Forças de Defesa de Israel (FDI) estão publicando imagens arrepiantes dos terroristas do Hamas que se infiltraram em Israel. Este tipo de operação comprova que o Hamas representa um perigo claro e presente para os israelenses ao longo da fronteira com Gaza. Os túneis estão desenhados para se infiltrar nas comunidades próximas à fronteira. Gaza está a um quilômetro de distância e alguns de esses túneis têm mais de uma milha de longo e 60 metros de profundidade com múltiplas saídas. Isto demonstra
que o Hamas esteve planejando isto durante muito tempo. “Não posso imaginar nada mais aterrador que a terra se abra de repente”, disse o capitão Dan Gordon. “E quase uma cena de um filme de zumbis de grau B e os mortos saem caminhando, mas não são mortos. Eles estão caminhando e estão armados com metralhadoras, mísseis antitanques, granadas e alguns milhares de munições, tranquilizantes e algemas; e vêm por você e por seus filhos” relatou para uma agência de notícias.
g apoiam a pacificação, o grupo extremista respondeu repetidamente às negociações de paz com insistentes ataques. Israel realizou três campanhas militares contra o grupo extremista palestino: em dezembro de 2008, novembro de 2012 e recentemente em julho de 2014. As duas primeiras campanhas israelenses afetaram seriamente a capacidade militar do Hamas, mas o grupo conseguiu renovados apoios em 10 Impacto evangélico
Gaza e na Cisjordânia por ter enfrentado Israel e ter sobrevivido no intento. Desde 2005, a facção islâmica adotou uma nova dimensão: a participação ativa dentro do processo político palestino. Depois de boicotar as eleições durante muitos anos, participou pela primeira vez, em 2006, nos comícios parlamentares palestinos. Com o nome Partido Câmbio e Reforma, o grupo conse-
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g guiu uma vitória esmagadora, assegurando uma maioria no Conselho Legislativo Palestino. Quando o Hamas chegou ao poder, o grupo se negou a aceitar todos os acordos anteriores assinados com Israel, bem como a reconhecer a legitimidade desse Estado e a renunciar à violência. QUAL É SEU APOIO?
O Hamas tem um orçamento anual de 70 milhões de dólares, segundo o Conselho das Relações Exteriores. Grande parte de seu apoio financeiro provem de palestinos expatriados, doadores privados no Médio Oriente e organizações muçulmanas de beneficência no Ocidente. Recebe uma considerável ajuda econômica —bem como armas e treinamento— do Irã. 12 Impacto evangélico
DO ISLÃ AO CRISTIANISMO
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osab Hassan Yousef é filho do xeque Hassan Yousef, um dos fundadores do grupo Hamas. Muitos o consideram um traidor porque não seguiu os passos de seu pai e, nomeadamente, porque mudou de religião desde 2008. Agora é cristão, crê em Jesus Cristo e se dedica a pregar pela paz. Antes, aproveitando seu status político e religioso, ele trabalhou por dez anos como espião para Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense, entregando informação segreda sobre os movimentos da Palestina contra Israel. No Ocidente, Mosab é um herói, e um exemplo que, seja qual for a circunstância, sempre é possível evitar a guerra e encontrar um caminho de paz.
OS OBJETIVOS DO HAMAS
O
objetivo do Hamas é ser um estado palestino fundamentalista islâmico. Seu manifesto original advogava pela destruição do Estado de Israel e pedia o levantamento do “estandarte de Alá sobre cada canto da Palestina”. A negativa do Hamas em reconhecer o Estado de Israel é uma razão pela qual foi excluído das conversações de paz. Mark Regev, porta-voz do primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse: “O Hamas é um inimigo da paz. Dedica-se a destruir o Estado de Israel; diz-se que qualquer palestino que negocie a paz com Israel é um traidor”.
CAPA CRISTÃOS ENTRE DOIS FOGOS
Embaixador de Israel no Peru, Modi Ephraim.
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m meio ao grave conflito palestino-israelense em Gaza, a situação dos cristãos palestinos é especialmente preocupante. É uma minoria em meio a um ambiente claramente islâmico liderado pelo Hamas, vivem sua fé com falta de apoios em ambos os lados. “A maioria dos cristãos no Ocidente não conhece a realidade. Não sabem quem está ocupando quem, quem está oprimindo quem, quem está confiscando a terra de quem, quem está construindo muros e quem está tentando separar uns dos outros”, explica Alex Awad, um pastor da Igreja Jerusalém Oriental. “Os meios de comunicação não explicam a histórias em sua totalidade, para a pessoa comum poder entender as causas e os efeitos”, explica Awad. Contabiliza-se que em Gaza vivem uns 1.000 cristãos palestinos. A maioria de cristãos é neutral. Apoiam todos os que estão em perigo, incluindo os muçulmanos.
XENOFOBIA NA ALEMANHA
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a Alemanha, o Departamento de Proteção à Constituição realiza investigações sobre um pregador muçulmano que em um vídeo pede assassinar judeus. O cargo contra o clérigo berlinense: incitação à xenofobia. Também na capital alemã, um turista israelense é agredido verbalmente enquanto passava perto de uma manifestação de protesta contra a ofensiva israelense em Gaza. A Polícia conseguiu mal evitar uma agressão física. Em Hanôver, um deputado alemão foi ferido porque portava uma bandeira israelense em uma manifestação. Também ocorreram distúrbios na cidade de Essen. Durante manifestações de solidariedade com os palestinos em várias cidades alemãs, neonazista, junto com imigrantes de origem árabe e manifestantes pacifistas, lançavam as mesmas consignas antissemitas que foram ouvidas durante o regime nazista na Alemanha. Também em outros países da Europa ocorreram casos similares. Na França, por exemplo, atacaram-se sinagogas e saquearam negócios judeus. Isto é um escândalo para qualquer Estado de direito. Na Ale-
manha, o país responsável do Holocausto, o país que considera, por essa razão, o direito de existência de Israel como parte de seu fundamento como Estado, isto é muito mais do que um escândalo: é uma vergonha. É uma vergonha, apesar da existência de uma causa real e concreta: a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, a política de assentamentos e o giro à direita na política de Israel. Há sim boas razões para criticar a política israelense. Mas, tendo em conta a violência verbal e física nas ruas da Alemanha, este não é o momento de expor discursos acadêmicos sobre as sutis diferenças entre crítica justificada e o antissemitismo. Desde que as sinagogas são atacadas, quando alguém é fisicamente ameaçado por ser judeu, quando se exige publicamente que os “Judeus sejam levados à câmara de gás” nas ruas alemãs, então só há uma solução: repudiar o antissemitismo e opor resistência energicamente. Isso é algo que não só devemos fazer por nossa história, mas também pelo futuro de nossa democracia.
Desde sua vitória eleitoral em 2006, também teve financiamento público. O Hamas goza de um amplio apoio da população em geral em Gaza, graças a seu programa de bem-estar social. Segundo o Conselho das Relações Exteriores, “seu trabalho neste âmbito ajuda a explicar sua grande popularidade”. As Forças de Defesa de Israel, porém, acusaram o Hamas de converter Gaza em “uma base frontal para o Irã, obrigando os cidadãos israelenses a viver sob condições insuportáveis”. Israel também acusa o Hamas de usar pessoas civis em Gaza como “escudos humanos”, e escolas e hospitais do território como instalações para encobrir material militar u Agosto 2014
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A guerra sem fim MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
Trás duas décadas de negociações intermitentes, Israel e a Autoridade Nacional Palestiniana fracassaram em seu objetivo de conseguir uma solução definitiva para o conflito. A última ronda de negociações diretas se realizou no ano 2010. O Hamas não participou em nenhum diálogo com representantes hebraicos: a organização islâmica nega a Israel o direito de existir e rejeita abertamente os Acordos de Oslo de 1993.
Mar Mediterrâneo 1 3
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1948 1948 -- 1949 1949 GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
O período compreendido entre a declaração do Estado de Israel e a Guerra dos Seis Dias
Cairo
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1956 - 1957
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GUERRA DO SUEZ
Apesar de que implicou a independência de Israel, não significou o final das hostilidades entre este país e seus vizinhos árabes. Durante toda a década de 1950 aconteceram ataques por parte de grupos apoiados principalmente pelo Egito.
EGITO
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Junho 1967 GUERRA DOS SEIS DIAS
Enfrentamento entre a Síria, Egito, Jordânia, Iraque e Israel.
B
Y
A
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1967 - 1970 GUERRA DE DESGASTE
Foi uma guerra limitada entre o Egito e Israel. Foi iniciada pelo Egito em um esforço por recuperar o Sinai.
“Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho... Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.”, Jeremias 31:10, 35 e 36.
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Outubro - 1973 GUERRA DO YOM KIPPUR
Também conhecida como Guerra do Ramadã ou Guerra de Outubro, foi um conflito armado entre Israel e os países árabes do Egito e a Síria, que teve lugar durante outubro de 1973.
Se amanhã Israel abandona suas armas e anuncia que não combaterá mais, ¿o que aconteceria?
R
ake
¿
TIBESTI
Emi Koussi 3415 m
Produz-se a destruição de Israel e da povoação hebraica.
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A
Março - 1978 OPERAÇÃO LITANI (Líbano)
É o nome em código da invasão que as Forças de Defesa de Israel realizaram em 1978 no sul do Líbano até o rio Litani, com o fim de deter as bases palestinas que realizavam infiltrações guerrilheiras contra Israel.
E se os países árabes que rodeiam Israel anunciam que não combaterão mais, ¿o que aconteceria?
C H A D
Haverá paz no dia seguinte.
Em conclusão podemos dizer que é um problema simples de descrever: um lado quer que o outro morra, e se morre haverá paz.
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Junho - Sept. 1982 PAZ NA GALILEIA (Líbano)
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S U D A N
Foi um conflito armado que iniciou em 6 de junho de 1982 quando as Forças de Defesa de Israel avançaram para o sul do Líbano com o objetivo de expulsar a OLP do país. O governo de Israel respondeu à tentativa de assassinato do embaixador israelense no Reino Unido, Shlomo Argov, por parte do grupo de Abu Nidal. * (OLP) Organização para a Libertação da Palestina
Abril 1996
VINHAS DA IRA (Líbano)
Omdurman
* (OLP) Organización para la Liberación de Palestina
É o nome em código utilizado pelas forças armadas israelenses para fazer referência à campanha que realizaram contra o Líbano durante dezesseis dias, de 11 a 27 de abril de 1996, com o objetivo de acabar com os ataques do Hezbollah contra o norte de Israel
Khartoum
Wad Madani
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LÍBANO
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Beirute
Líbano
Damasco
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ISRAEL
Baalbek
Beirute
Tel Aviv
Sídon
Jerusalém Amã
JORDÂNIA
Tiro
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Faixa de Gaza
Superficie 385 km² 11 km de fronteira com o Egito 51 km de fronteira com Israel 40 km de costa no Mediterrâneo Povoação 1.500.202 hab. Gentilício Gazita Países Palestina Língua Árabe Quilômetros 0
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OPERAÇÃO BARREIRA PROTETORA
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OPERAÇÃO CHUMBO FUNDIDO
ERITREA
Foi um conflito armado assimétrico entre as Forças de Defesa Israelenses e o braço armado da organização xiita Hezbollah, considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e mais quatro países, e que opera no território1700 libanês e sírio..
Kassala
Nov. 2012
8 de dezembro – 9 de janeiro
Julho-agosto 2006 2ª GUERRA DO LÍBANO
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Foi uma ofensiva militar aérea, terrestre e marítima, precedida por uma campanha de bombardeio aéreo sobre a Faixa de Gaza. Foi dirigida contra objetivos da infraestrutura da organização Hamas, principalmente portos, quartéis de polícia, depósitos de armas e os túneis subterrâneos que comunicam a Faixa de Gaza 1900 com o Egito. 1800
Asmera
OOPERAÇÃO PILAR DEFENSIVO
Os objetivos da operação foram deter os lançamentos de mísseis desde a Faixa de Gaza para o território israelense, que tinham aumentado fortemente nos dias prévios à incursão militar, e limitar as capacidades de organizações militantes palestinas como o Hamas.
Sana
YEMEN 2000
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REMINISCÊNCIAS da
OBRA
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IMAGENS 1. O pastor Guerra junto aos Irmãos Ortiz, na década de 90. 2. O Rev. Carlos Guerra junto a sua esposa, a Irmã Norma de Guerra, era o ano 2003. 3. O pastor Guerra em uma das atividades da Obra, década de 90. 4. Velando pelo trabalho com indígenas, final da década de 90.
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Saúde e Cristianismo
A Organização Mundial de Saúde definiu o termo “saúde” como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Esta definição foi criticada por ser excessivamente otimista.
S
e a definição da OMS é tomada em todo o seu rigor, quem poderia realmente dizer que é saudável? Quem pode desfrutar de um bem-estar “completo” em todas as áreas da vida? Talvez fosse melhor propor uma concepção mais realista de saúde, ao invés de uma definição praticamente inalcançável. A pesar de que também é possível que o que a OMS pretende seja sempre tender a um ideal que, certamente, não existe nem se atingiu. A fé cristã vê a vida como 18 Impacto evangélico
(Extraído do site: http:// www.protestantedigital. com/)
BEM-ESTAR é algo que contradiz o plano original para o homem e, ainda hoje, continua estorvando a ânsia natural de viver que se encontra na alma da criatura humana. É verdade que os desejos de Deus foram truncados prematuramente pela rebelião do homem e, desde então, a humanidade está sofrendo suas consequências dolorosas. Porém, a luta da medicina moderna contra a doença e o sofrimento, permanece absolutamente legítima. A humanidade tem o dever moral de obter para si, os mais altos níveis possíveis de saúde e de vida plena.
um dom que deve ser vivido ao máximo. Isto se aplica também, evidentemente, à saúde física. O homem foi criado por Deus para viver, não para ficar doente e morrer. No objetivo inicial do Criador não tinha lugar para nenhuma forma de mal. A partir desta perspectiva, qualquer tipo de doença
No entanto, isso não significa que você deve cair em uma sacralização da saúde ou nas antigas abordagens de epicurismo, que considerava a busca do prazer e o bem-estar físico, como o fim supremo do homem. É verdade que a saúde deve ser considerada como um bem, mas não é o bem absoluto. O crente deve aprender a aceitar as limitações próprias de sua natureza presente. Também o amor fraterno, a solidariedade com os necessitados ou a entrega pelo reino
de Deus e a proclamação do Evangelho podem exigir que sejamos capazes de expor nossa segurança pessoal, de arriscar a saúde, ou até a vida. (1 Jn. 3: 16). Admitir e aceitar a doença, quando já se procurou todos os recursos espirituais e médicos para curá-la, é um sinal de maturidade porque significa reconhecer a condição humana e saber enfrentar a realidade do mundo no qual vivemos. Não há necessidade de se sentir fracassado quando se perde a saúde. Para o cristão, a própria doença pode ser uma verdadeira escola de maturidade e um descobrimento da verdade u Agosto 2014
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Os Livros (X) apócrifos
No seguinte artigo, os autores analisam detalhadamente as posturas das pessoas que defendem os livros apócrifos. Em grande parte, descobrem as intenções de aqueles que pretendem tergiversar a Palavra de Deus. Rev. Domingo Fernández Dr. César Vidal Manzanares
O
s critérios seguidos por Westcott e Hort podiam ser errôneos e, certamente, seu resultado é lamentável. No entanto, dito resultado não foi casual. O trabalho começou a partir de algumas posturas teológicas claramente estabelecidas que se desejava impor de qualquer forma. I. Westcott e Hort defendiam uma teologia antibíblica. A teologia de Westcott e Hort encaixava perfeitamente no molde do que poderíamos denominar de teologia liberal. Em harmonia com ela, ambos os autores negavam a inspi20 Impacto evangélico
ração e inerrância das Escrituras e também as doutrinas mais importantes da Escritura como a da divindade de Cristo ou a de seu sacrifício expiatório. a) Negaram a inspiração da Escritura. As referências de Westcott e Hort contra a crença na inerrância e inspiração da Bíblia não são escassas em seus escritos. Em 1851, Hort afirmava qual era segundo seu critério a “heresia ortodoxa comum: a inspiração”. Sete anos depois indicava como o que o separava fundamentalmente dos evangélicos era a crença deles na autoridade da Bíblia: “Os evangélicos me parecem pervertidos... Temome que as diferenças mais sérias que existem entre nós (giram) sobre o tema da autoridade, especialmente a autoridade da Bíblia”. Este ponto de vista ficou refletido em suas obras de exegese bíblica ao negar, por exemplo, que as palavras dos profetas estiveram inspiradas (“eles –os profetas– eram Seus mensageiros, inspirados por Seu Espírito, não em suas palavras senão só
como homens...”). Ou ao insistir em que se era importante crer em Cristo, não o era crer algo concreto sobre Ele (“‘a fé é ‘em Cristo’ e não em nenhuma afirmação acerca de Cristo”). Em 1860, Westcott e Hort reconheciam em sua correspondência que não aceitavam a infalibilidade das Escrituras. Se o primeiro afirmava: “rejeito a pa-
HISTÓRIA
lavra infalibilidade das Santas Escrituras de maneira contundente”, o segundo lhe respondia em uma carta “Me alegro de que adote a mesma base provisional sobre a infalibilidade que eu adoto”. Com certeza, dita postura era concebida como algo que devia se estender para o resto das pessoas. Em 1862, Hort assi-
nalava a necessidade de que “o clero inglês não seja obrigado a manter a absoluta infalibilidade da Bíblia”. b) Negaram a divindade de Cristo. Westcott e Hort procuraram limitar na medida do possível suas afirmações heréticas a sua correspondência privada e não deixar que se traspassem em suas obras mais conheci-
das. Apesar de tudo, não faltam referências heterodoxas nas mesmas. Comentando sobre João 1:1, Westcott assinala que: “a preexistência do Verbo não é afirmada de maneira clara” e acrescenta “Porque o Verbo era pessoalmente distinto de Deus e só essencialmente Deus podia lhe dar a
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MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
g conhecer”. Dessa maneira minimizava a clara afirmação de Deidade que sobre o Filho o evangelista João formula. Encontramos uma conduta similar em seu principal companheiro. No texto de I Pedro 1, 3 onde Jesus é denominado de “Senhor” Hort assinala: “Em todo este uso primitivo kyrios provavelmente não representa Adon, senão o próximo equivalente aramaico Mar em ocasiões aplicado aos mestres pelos discípulos” Em outras palavras, Pedro não só teria afirmado a divindade de Cristo, mas que limitou a considerá-lo um mestre. Da mesma maneira, com Apocalipse, Hort não só assinalou que Cristo não podia ser o Alfa e a Ômega (“toda a analogia bíblica está contra a atribuição de kyrioshozeós com ou sem pantókrator a Cristo”), mas que, além disso, referindo-se a Apocalipse 3:14, insistiu em que, segundo a interpretação ariana, Cristo podia ser alguém criado (“As palavras sem dúvida podem ter o significado ariano da “primeira coisa criada”). Para Hort, a evidência bíblica não só era contrária a ver a Cristo como hozeós (Deus), mas que possivelmente tinha sido um ser criado. Não é preciso dizer que os textos sobre a divindade de Cristo são muitos e repetidos na Bíblia, apesar de que Westcott e Hort –e a VP– fizeram não pouco por suprimir sequer alguns deles. Nesta insistência por desviar os textos da Bíblia que afirmam claramente a divindade de Cristo, Westcott chegou a afirmar que Ele nunca tinha dito que era Deus, senão que se limitou a tentar que os homens vejam Deus nele: “Nunca fala de si mesmo diretamente como Deus 22 Impacto evangélico
(comp. v.18), senão que a finalidade de Sua revelação foi levar aos homens a que vejam Deus nele”. c) Negaram a Ressurreição corporal de Cristo. Da mesma maneira que questionava claramente a divindade de Cristo, Westcott tinha suas objeções à crença na ressurreição corporal do mesmo. Assim, comentando o texto de João 2, 19, onde Jesus profetizou sua própria ressurreição, Westcott escreveu: “a ressurreição de Cristo foi o que o Templo se levantasse de novo, a completa restauração do tabernáculo da presença de Deus aos homens, perpetuado na igreja, que é o corpo de Cristo”. Se houvesse alguma dúvida de qual era seu ponto de vista, Westcott afirmou também que o corpo de Jesus se dissolveu na terra: “A vida de Cristo não foi sem fim ou eterna só. Foi essencialmente indissolúvel (akatályptos). Apesar de que a forma de sua manifestação mudou e de alguma maneira morreu na te-
Em harmonia com ela, ambos os autores negavam a inspiração e inerrância das Escrituras e também as doutrinas mais importantes da Escritura como a da divindade de Cristo ou a de seu sacrifício expiatório.
rra, porém Sua vida permaneceu sem mudança mesmo através de sua dissolução na terra”20. Não é preciso insistir demais em que esta afirmação é insustentável biblicamente pelo fato de que o corpo de Jesus não viu a corrupção (Atos 2, 22-38) em cumprimento da profecia do Salmo 16, 8-11. d) Negaram a doutrina da expiação. Enquanto negavam doutrinas como a inspiração e
inerrância da Bíblia, a divindade de Cristo ou sua ressurreição corporal, Westcott e Hort manifestaram uma autêntica repulsão ao ensinamento bíblico sobre o sacrifício expiatório de Cristo. Em 1856, Hort manifestou suas críticas ao livro de Campbell sobre a expiação, já que “desgraçadamente não conhece nada salvo a teologia protestante”. Um ano depois, em 16 de novembro de 1849, dizia em uma carta o horror que esta doutrina lhe produzia: Em outras palavras, a passagem era espiritualizada de tal maneira que a referência à ressurreição fosse suprimida apesar de que como assinalava João 2:22, os discípulos entenderam que a profecia de Jesus se cumpriu quando ressuscitou entre os mortos. “Finalmente as misteriosas palavras de são Paulo “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” TRABALHEI TÃO ARDUAMENTE EM VÃO PARA APREENDER EM CERTA MEDIDA O QUE É ESTA IDEIA, QUE ESPERO QUE APROFUNDARÁ E AMPLIARÁ AS NOÇÕES QUE JÁ ME DEU. Sou bastante consciente no que escrevi, eu pronunciei só poucas objeções à crença corrente, mas assim tem de ser; A LINGUAGEM NÃO PODE DEFINIR COM CUIDADO O ARREBATO DE HORROR ASSUSTADOR QUE SE MISTURA COM MEUS PENSAMENTOS QUANDO OUÇO QUE SE AFIRMA A NOÇÃO POPULAR”. A passagem acima não deixa de ser muito revelador. Não só Hort era incapaz de aceitar o ensinamento de Paulo sobre a expiação, mas que, além disso, a única menção da mesma lhe provocava um arrebato de horror assustador. Tratava-
HISTÓRIA
se, sem dúvida, de uma reação muito distinta à de um cristão convencido de que foi redimido pelo sangue precioso de Cristo (1 Pedro 1, 19). e) Se manifestaram favoráveis ao catolicismo e opostos à teologia evangélica. Contudo, se a teologia de Westcott e Hort era radicalmente oposta à bíblica, não é menos certo que resultava suspeitosamente favorável ao catolicismo. Em 1848, depois de ofender o “fanatismo dos bibliólatras” (como definia os que criam na inspiração das Escrituras), Hort assinalou: “o ponto de vista puramente romano me parece mais próximo e mais plausível ao momento de conduzir à verdade que o evangélico” e “o protestantismo é só um parêntese temporal”.
Não é estranho por isso que este mesmo autor pudesse assinalar: “As doutrinas positivas dos evangélicos me parecem pervertidas além de carentes de verdade. Temo-me que existem diferenças muito sérias entre nós sobre o tema da autoridade, e especialmente da autoridade da Bíblia”. Paralelamente, Westcott chegaria a escrever em 1865 que as supostas aparições da Virgem em La Salette tinham de ser aceitas como procedentes de Deus, isto é, “Deus revelando-se, agora, não de uma, mas de muitas formas”. Guiado por uma devoção mariológica certamente suspeitosa para um ministro protestante, Hort chegou a visitar algum templo dedicado à Virgem
A teologia de Westcott e Hort encaixava perfeitamente no molde do que poderíamos denominar de teologia liberal.
com propósitos espirituais. Em nenhum caso, Westcott e Hort parecem ter sido tão ingênuos para pensar que posições como as mencionadas nas páginas acima podiam ser admitidas no seio de uma igreja de ensino bíblico ou podiam resultar toleráveis para um crente ortodoxo. Até que ponto Hort e Westcott eram conscientes de que sua heterodoxia ficou manifestada na confissão que em 1855 realizou este último ao dizer que se sua posição frente à Bíblia tivesse sido examinada, “teria sido considerado seguramente um herege”. De qualquer jeito, há poucas dúvidas de que a bagagem teológica dos dois amigos não parece a mais adequada para se dedicar a revisar o texto grego do Novo Testamento u Agosto 2014
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Algo mais valioso que o ouro
El carácter, perseverancia y resistencia de Eric Liddell, un destacado atleta escocés campeón olímpico en 1924, es un claro ejemplo a seguir. Su historia fue narrada por Janet y Geoff Benge a través de un magnífico libro que forma parte de la serie “Héroes cristianos de ayer y de hoy”. Johan Pérez Landeo
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ma chuva de aplausos invadiu o estádio. O ruído foi ensurdecedor. Chegou-se a dizer que se tinha ouvido por todo Paris. Eric Liddell tinha feito o impossível e as massas foram testemunhas disso. Nesse instante as pessoas elevaram sua voz e celebraram com ele a vitória. Finalmente, depois de vários minutos, o ruído parou o suficiente para ouvir o anúncio oficial que não somente tinha ganhado a corrida, mas também bateu um novo recorde por duas décimas de segundo. A multidão enlouqueceu de novo. Alguns dos membros do 24 Impacto evangélico
time olímpico britânico baixaram até as pistas e levaram Eric nos ombros. “Algo mais valioso que o ouro”, a obra de Janet e Geoff Benge, nos relata a biografia de um dos atletas cristãos mais reconhecidos do século vinte. Tudo começou na China, na cidade de Tianjin, em 16 de janeiro de 1902, quando o casamento de missionários escoceses formado pelo reverendo James Dunlop Liddell e sua esposa teve seu segundo filho, que batizaram como Eric Henry. Quando ele tinha seis anos, seus pais o enviaram junto com seu irmão Robert a Eltham College, a uma escola na Inglaterra para filhos de missionários. Seus pais e uma irmã mais jovem permaneceram na China, apesar de que eles voltaram anos depois para a Escócia. Quando o pequeno Eric Liddell tinha quatro anos, era um menino feliz. Morava em um complexo habitacional que a Sociedade Missionária de Londres
possuía em Siao Chang, na grande planície do norte da China. Com seu irmão Robert de seis anos e sua irmã Jenny de três, ele perambulava livremente pelo recinto. Ali havia quatro casas grandes e duas escolas, uma para meninos, outra para meninas e uma igreja. O pai de Eric pregava na igreja e sua mãe Mary ajudava a ensinar na escola. Como era enfermeira, a mãe de Eric também cuidava muitas crianças nativas quando ficavam doentes. Em Eltham, Eric se tornou capitão dos times de críquete e rúgbi do colégio, e começou a ser reconhecido como o jovem mais rápido da Escócia. Depois, com a passagem do tempo, decidiu se dedicar exclusivamente ao atletismo e marcou um objetivo em sua mente: os Jogos Olímpicos de Paris em 1924. Era especialista nos 100 metros, mas quando soube que a final da prova se disputaria um domingo, renunciou a disputá-la por motivos religiosos: o domingo é o Dia do Sen-
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LITERATURA
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g hor. Então, ele decidiu competir em outras duas distâncias, os 200 e os 400 metros. Como não era sua especialidade, treinou duro para chegar o melhor preparado possível. O dia posterior à cerimônia de inauguração era domingo, mas não um domingo qualquer senão o dia em que Eric tinha recusado correr. Harold Abrahams, um estudante da universidade de Cambridge, alinhou-se com seus adversários para tentar se classificar à final dos 100 metros rasos pela Grã-Bretanha. Enquanto isso, Eric Liddell não era visto em nenhuma parte. Estava na igreja de Scots Kirk, no outro extremo da cidade. Enquanto se estava realizando a corrida dos 100 metros, Eric apresentava uma de suas palestras à congregação. Quando saiu da igreja se informou a boa notícia de que Abrahams tinha passado à final. Segundo testemunhas presenciais da época, um massagista estadunidense entregou ao escocês, pouco antes de começar a corrida, uma nota com um texto do livro de Samuel: “Honrarei aqueles que me honram”. Efetivamente, Liddell ganhou a corrida, levou-se a medalha de ouro e bateu o recorde do mundo, com uma marca de 47,6 segundos. Além disso, ele conseguiu o bronze nos 200 metros. Captou a atenção do público e dos meios por seu jeito de correr: com a cabeça para trás e com a boca muito aberta. Graças a sua vitória, e ao seu recorde, que esteve vigente por quatro anos, ganhou-se um apelativo que jamais o abandonaria: o Escocês Voador. Em setembro de 1932, Eric voltou para Tientsin, pronto para o início do novo ano escolar. Esperavam-no suas antigas responsabi26 Impacto evangélico
LITERATURA lidades. Seria, mais uma vez, tutor de um grupo de rapaces e diretor da escola dominical da Igreja Union Church. Também aceitou outras novas ocupações. Foi nomeado secretário do colégio anglo-chinês e presidente do comitê de esportes. Além de ser um ministro ordenado, aceitou alguns convites para ensinar nas igrejas. Escrevia longas cartas a seus pais uma vez por semana. Como seus pais não voltavam para a China, eles queriam saber tudo o que ele fazia e como se encontravam seus antigos amigos. Segundo o relato de Geoff e Janet Benge, após os Jogos Olímpicos de Paris, em vez de se dedicar a desfrutar da glória esportiva, Liddell decidiu seguir os passos de seus pais e se tornar missionário cristão. Então, voltou para sua Tianjin natal, onde se converteu em professor em uma escola anglo-chinesa. Além dos valores cristãos que praticava para seu próprio deleite, ele também tentava inculcar nas crianças chinesas sua paixão pelo esporte. Em 1934 se casou com a canadense Florence McKenzie, que como ele, era filha de missionários. Com ela teve três filhos. Eric suspirou profundamente. Tinha chegado a Canadá justo no momento em que se informou a pior das noticias. Em 3 de setembro de 1939, a Grã-Bretanha e a França declararam a guerra a Alemanha, dando assim o início à Segunda Guerra Mundial. Sete dias depois, Canadá declarou também a guerra à Alemanha. Eric sentiu, sentado à porta, o cálido sol da tarde, que toda sua vida tinha estado marcada pela guerra. A rebelião dos “Boxers” se produz na época de seu nascimento; a Primeira Guerra Mundial teve lugar quando ele assistia ao instituto, a guerra entre a China e o Japão se
desenvolveu durante a maior parte de sua vida de casado... E agora estourava uma nova guerra na Europa. Em 1941, segundo a obra dos Benge, o Governo Britânico recomendou a seus súbditos que abandonassem a China: uma cruenta guerra civil tinha estourado. Foi nesse momento que Florence decidiu partir para Canadá com seus filhos e Eric ficou na China para continuar com seu trabalho evangelizador. Concretamente, em uma missão em uma paupérrima comarca onde seu irmão Rob Liddell já trabalhava como
“Nesse mesmo instante, Eric compreendeu a enorme responsabilidade que tinha de assumir. De algum modo, os mil oitocentos reclusos do campo, separados de suas famílias, amigos e países, teriam de buscar uma maneira de colaborar para formar uma comunidade. Teria de ser uma comunidade na que muitas pessoas realizassem diversas tarefas que nunca imaginaram ter de fazer”.
médico. O trabalho era ingente e tudo se complicou quando em 1943, a missão foi desmontada e Liddell ingressou em um campo de prisioneiros. Ali se converteu em um líder, ajudando os anciões, entretendo os jovens e lendo a Bíblia aos outros. Nesse mesmo instante, Eric compreendeu a enorme responsabilidade que tinha de assumir. De algum modo, os mil oitocentos reclusos do campo, separados de suas famílias, amigos e países, teriam de buscar uma maneira de colaborar para formar uma comunidade. Teria de ser uma comunidade na que muitas pessoas realizassem diversas tarefas que
nunca imaginaram ter de fazer. Teriam de preparar comidas, bombear água e lavar roupa à mão. Eric suspirou. Aquilo seria uma experiência bastante dura para muitas pessoas acostumadas a ser servidas por seus criados chineses. Eric empurrou suas bolsas contra a parede e se dispôs a sair. Em 21 de fevereiro de 1945, Eric Liddell escreveu uma carta a sua mulher, na qual lhe dizia que estava por sofrer um ataque de nervos. Precisamente, esse mesmo dia, Eric morreu de forma repentina. Aparentemente um tumor cerebral, que empiorou devido às más condições do campo de prisioneiros, acabou com sua vida. Sua morte foi muito sentida no Reino Unido. Em 2008, com motivo dos Jogos de Pequim, o governo chinês revelou que Liddell teve ocasião de sair do campo de prisioneiros, por um acordo entre os chineses comunistas e o governo britânico. Contudo, isso jamais ocorreu, já que renunciou a sair para que, em seu lugar, uma mulher que estava grávida pudesse ser liberada. O funeral de Eric Liddell se celebrou em 24 de fevereiro de 1945, três dias após seu falecimento A. P. Cullen dirigiu o serviço religioso. Seguramente nenhuma outra pessoa, além da família Liddell, conheceu-o tão bem e por tanto tempo. Ele tinha sido professor do colégio Eltham em Londres, e o conhecia quando Eric tinha dez anos e estudava ali. Mais tarde, os dois foram professores na escola anglo-chinesa. Anos antes, Eric tinha confessado que gostaria que em seu funeral se cantasse o hino “Minha alma, repousa tranquila”. A congregação cantou o hino suavemente enquanto os escolares formaram uma guarda de honor perante os que portavam o féretro u Agosto 2014
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Avante, ó crentes Escrita pelo reverendo George Duffield Jr., esta ode cristã dá esperança a todos os que a cantam. O louvor ressalta a vitória prometida para todo aquele que não desfalece na fé em Deus.
C
onsolo, força e segurança. Esses são os benefícios que todo filho de Deus recebe quando canta ou lê os belos versos do hino “Avante, ó crentes”. As palavras deste cântico espiritual belo, escrito em meados do século XIX pelo reverendo George Duffield Jr., trazem à mente a difícil caminhada do cristão e da batalha contínua que deve enfrentar contra inimigos poderosos, como os governadores das trevas, mas também ressalta que se o crente permanece em Cristo e não desfalece, já tem a vitória garantida. George Duffield Jr. nasceu na prefeitura de Carlis28 Impacto evangélico
le, Pensilvânia, no nordeste dos Estados Unidos, em 12 de Setembro de 1818. Desde criança, George foi educado de acordo com as Escrituras, porque seu avô e seu pai eram grandes ministros do Evangelho. De coração sensível e uma obediência louvável, ele teve sempre claro o que aconteceria com ele no futuro: seria um servo de Jesus Cristo. É por isso, que ele fez cursos na Universidade de Yale, onde se graduou em 1837, e depois, fez o mesmo no Seminário Tecnológico Union (Nova Iorque), em 1840. No mesmo ano, com só 22 anos, casou-se e foi ordenado pastor. Seu ministério começou no Brooklyn, e depois se trasladou para diferentes cidades americanas. Entre o inverno de 1857 e a primavera de 1858, ele exerceu seu pastorado na Filadélfia. Nesta cidade, Deus estava realizando um extraordinário avivamento espiritual. Uma de suas maiores ferramen-
tas para esse despertar, foi o pregador Dudley A. Tyng, conhecido por seu zelo evangélico, suas convicções inalteráveis e sua paixão pelas almas perdidas. George Duffield foi amigo próximo do pastor Tyng, que morreu pouco depois. Dudley A. Tyng tinha ido para o estábulo para ver como funcionava uma máquina para debulhar milho. Em um descuido, uma das mangas de sua camisa ficou presa no aparelho, causando-lhe a amputação de um braço e dias depois morreu, em 19 de abril de 1958. Pouco antes de ir com o Senhor, quando foi perguntado se ele tinha alguma mensagem para seus seguidores, o pastor Tyng, tirando força de seu organismo aflito, respondeu: “diga-lhes que sigam avante com Cristo”. Essas simples palavras penetraram muito no coração de George Duffield Jr. e foram o principal insumo para a composição posterior do
MÚSICA AVANTE, Ó CRENTES
1 Avante, avante, ó crentes, Soldados de Jesus! Erguei seu estandarte, Lutai por sua cruz! Contra hostes inimigas, Ante essas multidões, O excelso Comandante Dirige os batalhões. 2 Avante, avante, ó crentes, Por Cristo pelejai! Vesti sua armadura, Em seu poder marchai! No posto sempre achados, Fiéis permanecei, Em meio de perigos Seguindo o grande Rei! t3 ¡Avante, avante, ó crentes, A passo triunfal! Hoja há combate horrendo, Mui cedo a paz final! Então, eternamente, Bendito o vencedor, No céu glorificado, Com Cristo, o Salvador! 4 ¡Avante, avante, ó crentes Muito pouco durarão A luta e batalha; A vitória está chegando. Todo aquele que vencer Coroa será dada; E com o Rei da glória,
hino chamado de “Avante, ó crentes”. De fato, no funeral de seu amigo, ele pregou uma mensagem baseada em Efésios 6: 14 e no final da mesma, ele leu o cântico que ele tinha composto em memória de seu companheiro de fé. O hino foi rapidamente recolhido por editores congregacionais, e depois apareceu em “O Livro dos Hinos” e no suplemento de “A Igreja Sal-
TRABALHO SOCIAL
A
pesar de que ele geralmente seja lembrado mais por seu hino “Avante, ó crentes”, chamado da coroa de seu trabalho em nome do Senhor, George Duffield Jr. foi diretor da Universidade do Michigan durante sete anos. Ele também foi diretor do jornal cristão “O observador” e, talvez o mais notável, de seu legado pessoal, foi realizar um intenso trabalho de evangelização, e vários projetos sociais para os necessitados. u
mista”. Agora, é cantado em milhares de igrejas ao redor do mundo, com muito entusiasmo para aqueles que o cantam e os compromete a renovar seus esforços como soldados fiéis do Senhor. O servo George Duffield Jr. deixou de existir, com a idade de 69 anos, em 6 de julho de 1888, na cidade de Bloomfield. Ele foi enterrado em Detroit, no estado do Michigan u Agosto 2014
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Cristão fervoroso
É talvez o mais conhecido de todos os escritores cristãos dos primeiros séculos. Tertuliano foi um dos mais hábeis apologistas da igreja primitiva. Homem de inesgotável fé, servindo a Deus com zelo e decoro até o final de sua vida. David W. Bercot
S
eu nome era Quintus Septímius Florens Tertullianus, mas foi conhecido como Tertuliano. Ele nasceu em Cartago, a Tunísia hoje, perto do ano 160 depois de Cristo. Seu pai era um centurião romano. Foi advogado e seus escritos revelam seu conhecimento do Direito Romano, também falava grego e latim. Tertuliano, como os jovens das classes mais altas de seu tempo, divertia-se no circo romano, vendo como os gladiadores se matavam e vários criminosos eram devorados por animais selvagens. Quando ele viu que os cristãos, sem causa 30 Impacto evangélico
alguma, eram condenados à morte no circo, Tertuliano ficou profundamente comovido e se converteu ao cristianismo, possivelmente perto do ano 197. A partir desse momento, Tertuliano começou a escrever em defesa deste grupo desprezado chamado de “cristão”, ao qual agora ele pertencia. Quando Tertuliano aceitou Cristo, abraçou a fé com grande ardor. Depois, ele se casou com uma jovem cristã e se estima que no ano 200, ele foi ordenado diácono na Igreja de Cartago. Seus escritos foram encontrados entre 197 e 218 e mostrar sua enorme erudição. Tertuliano foi o primeiro grande escritor do cristianismo latino e um das maiores e mais originais personalidades da Igreja antiga. Os poucos dados sobre sua vida provêm de algumas referências em seu trabalho e autores posteriores. Ele recebeu uma educação completa em direito, filosofia e retórica. Viveu por um tempo em Roma, onde, provavelmente,
exerceu a advocacia e se interessou pelo cristianismo, apesar de que sua conversão ocorreu em seu retorno a Cartago. A partir deste momento, ele demonstrou uma notável atividade polêmica contra os pagãos e hereges e em defesa do cristianismo através de muitos escritos. FIGURA DE LIDERANÇA
Tertuliano se tornou uma figura proeminente na Igreja da África do Norte. Em seus escritos, ele produziu uma prosa latina original e desenvolveu o vocabulário usado mais tarde pelo pensamento cristão. A biografia de Tertuliano é muito menos conhecida do que o desenvolvimento de seu pensamento, testemunhado por cerca de trinta obras doutrinárias, apologéticas, ascéticas e morais. Foi de ascendência africana, e filho de uma família pagã. Ele foi educado em Cartago, animado centro cultural, onde recebeu uma educação que tinha de ser tanto literária quanto jurídica. Sua in-
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HERÓI DA FÉ
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g teligência, aberta à verdade e à beleza, e esquisitamente dialética, facilitou tanto sua retórica e uma esplêndida erudição quanto a utilização dos melhores recursos jurídicos. Em suas obras se encontram algumas testemunhas sobre seus desvios de juventude: Tertuliano admite ter sido pecaminoso, frequentador de espetáculos imorais e adúlteros. Não nos diz, ou pelo menos não tão claramente, como ele se converteu ao cristianismo: deve ter acontecido pelo ano 197, talvez durante uma estadia em Roma ou depois de seu regresso a Cartago. Certas alusões do autor permitem acreditar em uma possível influência intensa sobre ele da heróica serenidade dos cristãos no martírio. Tertuliano se casou, e pediu para sua esposa, em um texto dirigido a ela, que não realizar um segundo casamento; e isto representa uma das características de sua ideologia rígida. Tertuliano usou o fervor de sua alma e a lucidez de sua mente em uma série de obras que brilhantemente mostra suas habilidades como um polemista, doutor e moralista sobre um aspecto formal de tipo acadêmico cheio de meios expressivos. Sua mensagem está caracterizada por seu rigor moral e ênfase na superioridade da revelação e da fé sobre a razão. Seus escritos também estabeleceram a tese importante de que as Sagradas Escrituras só poderiam ser interpretadas por membros qualificados da igreja. INCISIVOS PENSAMENTOS
Os escritos de Tertuliano também refletem toda a paixão de sua alma. A doutrina cristã se expressa nelas com muita força. 32 Impacto evangélico
No último período de sua vida, ele expressou uma atitude extremamente rigorosa. Ainda assim, os escritos de Tertuliano exerceram uma influência incalculável sobre a formação do pensamento teológico. Ele escreveu pelo menos três livros em grego, aos quais ele se refere, apesar de que nenhum sobreviveu. Seu principal estudo foi a jurisprudência, revelando seus métodos de raciocínio que são notórios vestígios de sua for-
mação jurídica. Ele brilhou entre os advogados de Roma, conforme relatado por Eusébio. Suas obras abrangem todo o campo dos apologistas teológicos de seu tempo contra o paganismo e o judaísmo, polêmicas, organização, disciplina e moral, ou a reorganização completa da existência humana sobre uma base cristã; elas desenham um quadro completo da vida e do pensamento religioso de sua época. O tom geral é austero
HERÓI DA FÉ
Os escritos de Tertuliano também refletem toda a paixão de sua alma. A doutrina cristã se expressa nelas com muita força. No último período de sua vida, ele expressou uma atitude extremamente rigorosa. Ainda assim, os escritos de Tertuliano exerceram uma influência incalculável sobre a formação do pensamento teológico.
e sua finalidade é prática, eles estão cheios de vida e frescor. Em sua empresa de fazer a língua latina um veículo para suas ideias, o autor é rápido, preciso e direto. Ele também é poderoso e ousado, exigente, não roga a atenção do leitor. Com referência à literatura e costumes antigos, ele é um mestre do engenho, sendo sempre original. Ele sempre foi comparado a um fluxo fresco da montanha, tumultuado, que se abre caminho.
Entre os escritos apologéticos, o Apologeticus, dirigido aos magistrados romanos, é a defesa mais incisiva do cristianismo, e dos cristãos, já escrita até então, contra as afrontas dos pagãos e um dos grandes legados da Igreja antiga, cheia de entusiasmo, coragem e vigor. Primeiro, ele proclama claramente o princípio da liberdade religiosa como um direito humano inalienável e exige um julgamento justo antes de condenar os cristãos à
morte. Tertuliano foi o primeiro em quebrar a força dos rumores tais como que os cristãos sacrificavam crianças na celebração do Jantar e cometiam incesto; assinalou a prática de tais crimes no mundo pagão, demonstrando, graças ao testemunho de Plínio, que os cristãos estavam comprometidos a não cometer o assassinato, adultério ou outros crimes; também argumentou a desumanidade dos costumes pagãos, como engordar a carne dos gladiadores para se gabar. Apesar de estar totalmente familiarizado com a teologia grega, Tertuliano era independente de qualquer especulação metafísica. Ele conhecia as apologias gregas, mas marcou um contraste direto. Tertuliano desprezou a filosofia grega e longe de considerar Platão, Aristóteles e outros pensadores gregos citados precursores de Cristo e do Evangelho, Tertuliano os considerou patriarcas dos hereges. Tertuliano escrevia sempre sob a pressão de uma forte necessidade do Senhor. Durante a vida de Tertuliano, já se estruturavam cada vez mais a idolatria e o paganismo que prevalecem na sociedade. A este respeito, Tertuliano dizia: “O Senhor leva verdade não costume por sobrenome”. E ele dizia também, “a essência do cristianismo é a humildade, paz e pureza; enquanto os espetáculos públicos e eventos esportivos só incentivam paixões selvagens e furiosas, a luxúria e a ira” e “a linguagem licenciosa é condenada por Deus, o que o homem não deve dizer, também não deve ouvi-lo”. Segundo Jerônimo, Tertuliano morreu muito velho, cerca do ano 220, apesar de que muitos acreditam que ele morreu como um mártir da fé a uma idade desconhecida u Agosto 2014
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O prisioneiro da cela n.º 4
Foi o terror das estradas entre a Nicarágua e a Costa Rica. Com uma metralhadora na mão, ele assaltou centos de pessoas sem nenhuma consideração até que foi preso. Foi na prisão onde conheceu a Palavra de Deus. Fotos: Roberto Guerrero y Arquivo da família
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anilo Ojeda Sosa tinha várias semanas no presídio de Nueva Guinea e passeava pelo pátio do cárcere quando um grupo de pessoas começou a repartir pão e bebidas entre todos os presidiários. Imediatamente os reconheceu. Eram os mesmos cristãos que Daniel tinha assaltado há alguns meses em uma das estradas fronteiriças entre a Nicarágua e a Costa Rica. Envergonhado tentou de esquivá-los, mas os homens lhe falaram de tal modo que não teve mais saída que receber os alimentos. Este episódio seria a primeira aproximação de Deus, 34 Impacto evangélico
após uma vida de violência e privações que o levou pelo caminho do roubo. A carreira delitiva deste homem tinha se iniciado quando ainda era um adolescente no município de Juigalpa, departamento de Chontales, na Nicarágua. Realmente, ele sofreu de fome e de necessidade desde que nasceu em 1973. Cinco anos depois foi abandonado por seu pai que sumiu fugindo das guerrilhas e das responsabilidades do lar. - Nunca soube o que significava um pai que me abraçasse ou me dissesse uma bonita palavra – lembra Danilo trinta e cinco anos depois. Sua mãe, que teve vários amantes e muitas carências, quase não tinha para lhe dar de comer. Junto com seus três irmãos, muitas vezes, ele teve de ir domir sem ter ingerido alimento algum durante todo o dia.
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HISTÓRIAS DE VIDA
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g Aos doze anos, ele começou a transitar pelo espinhoso caminho da delinquência. Primeiro começou a subtrair frutas dos hortos próximos de sua casa, junto com um grupo de amigos experimentando no roubo. Pouco depois, ele roubava em casas de bairros como Jerusalém e Nueva Guinea. Mas, isso não bastava, à medida que ele crescia, Danilo sentia a necessidade de obter mais dinheiro. Então, ele observou as incontáveis cabeças de gado que pastavam pelas pradarias do lugar. Touros, vacas e bezerros eram roubados à noite para ser levados aos matadouros. MENSAGEM DIVINA
Aos 16 anos, Danilo ingressou a uma quadrilha de jovens chamada “La Pandilla del Gallo”, onde começou a ser conhecido como o “Chino”. Em seu primeiro assalto a mão armada, ele foi lançado como isca para deter um auto que transitava por uma estrada. O veículo não levava dinheiro nem mercadoria, mas doze crentes evangélicos. Não importou nada, os despojaram sem consideração de seus poucos pertences e os abandonaram em uma rua deserta e escura. Oito dias depois, todos os integrantes da quadrilha foram arrestados e trasladados a uma delegacia, onde vários golpes dissuasivos os fizeram confessar. Danilo Ojeda Sosa foi o último golpeado e sofreu a fratura de várias costelas durante os interrogatórios. Pouco depois foi trasladado para uma penitenciária onde devia esperar o processo penal. Foi ali que voltou a ver suas vítimas cristãs, entregando pães e 36 Impacto evangélico
refrescos a todos os reclusos, mas, nomeadamente, lhes falavam da Palavra de Deus. - A atitude dos irmãos me impressionou. Havia tanta bondade. Foi uma experiência que nunca esqueci – lembra Danilo. No processo judicial, ele saiu livre porque era muito jovem, enquanto seus demais companheiros foram sentenciados. Na rua, sozinho, sem
cúmplices, Danilo manteve a decisão de seguir com seu jeito de vida e teve que conformar uma nova quadrilha. Isso porque quando esteve na prisão dois experimentados delinquentes o aconselharam a melhorar seus procedimentos delitivos para não cair novamente na prisão. Foi assim que na mesa de uma cantina, enquanto consumia licor, começou a planejar sua nova estratégia maligna.
HISTÓRIAS DE VIDA
A QUADRILHA
Danilo Ojeda Sosa procurou seus “yuntas” (amigos), formou a nova quadrilha em poucos dias e se nomeou chefe. Conseguir as armas não foi problema porque depois que a guerra civil na Nicarágua terminou, vendiam-se metralhadoras e fuzis em grande quantidade no mercado negro. Seu plano era assaltar a cada oito dias e se esconder. Os primeiros assaltos fo-
ram feitos nas estradas que uniam as cidades de Nueva Guinea e Manágua, a capital da Nicarágua. As vítimas eram motoristas de caminhões de carga pesada, inocentes passageiros e ocupantes de todo tipo de unidades particulares que transportavam algum objeto de valor. Em uma de suas malfeitorias noturnas, a quadrilha do “Chino” interceptou o veículo de alguns diplomáticos norue-
gueses, que foram despojados de seus pertences, exceto uma pequena câmara fotográfica que registrou os delinquentes. Algumas semanas depois, um grupo de cidadãos chineses sofreu um assalto. Essa foi a gota que transbordou o copo. A Polícia nicaraguense começou uma perseguição contra a organização delitiva que aterrorizava as estradas do país centro-americano.
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g As operações das forças da ordem foram incessantes. Em uma dessas intervenções, vários agentes policiais vestidos de civil quase capturam a quadrilha. Estavam escondidos em um veículo que servia de isca para que os assaltantes caíssem na armadilha. Quando os delinquentes se aproximaram, começou um tiroteio tão intenso que todos fugiram espavoridos. Danilo Ojeda Sosa se lançou entre uns matagais, escapou do lugar e caminhou durante toda a madrugada. No dia seguinte, ele comprovou que nenhum de seus comparsas tinha sido afetado. - Dou graças a Deus, por ter me protegido e saído com vida dessa situação – diz ele. Alguns meses depois, um de seus companheiros foi capturado com certos objetos roubados. Danilo Ojeda Sosa entendeu que sua liberdade estava em perigo e decidiu partir para a vizinha Costa Rica, e se instalar em uma de suas cidades fronteiriças. Desde ali organizou outras malfeitorias que terminaram em meio de tiroteios e perseguições policiais. A estas alturas, Danilo começou a sentir um vazio na vida. Ele quis comprar um imóvel e ter a família que sempre sonhou, mas não era nada fácil, pois o dinheiro não era suficiente. Então pensou abandonar a delinquência, mas antes pretendeu realizar o último e maior assalto que jamais tivesse realizado na Costa Rica: o Banco Nacional. Para conseguir isso, realizou um estudo exaustivo da infraestrutura 38 Impacto evangélico
da entidade, o movimento dos agentes de segurança, suas câmaras de vigilância e a distancia entre a delegação policial mais próxima. Ao perceber que não contava com suficiente pessoal e armamento para cometer o assalto, voltou para a Nicarágua para juntar o necessário. Tinha pouco dinheiro para adquirir as armas, de modo que
decidiu executar dois assaltos prévios para conseguir fundos. Foi ali que caiu na prisão. O “Chino” foi detido em plena luz do dia muito perto de seu próprio domicílio e quando menos o pensava. A Polícia o tinha identificado com a ajuda de numerosos testemunhos. Quando ele viu os agentes rodeando sua moradia, escapou pelas janelas,
HISTÓRIAS DE VIDA
mas foi alcançado e arrestado a um quilômetro de distância. Com 19 anos de idade e totalmente ensanguentado e golpeado durante a perseguição, ele ingressou a uma penitenciária na cidade de Nueva Guinea, depois foi trasladado ao cárcere de Las Colinas em Juigalpa e posteriormente confinado no presídio de Cuisalá, onde ocupou a cela n.º 4. Ali conviveu com 700 réus que se encontravam em um amontoamento terrível. Sofreu a má e escassa alimentação e viu como muitos de seus companheiros de cela ofereciam seu corpo para obter algo de dinheiro. Um dos presidiários não aguentou mais essa
situação tão deprimente e se enforcou. ENCONTRO DIVINO
Semanas depois, Danilo Ojeda Sosa foi condenado a sete anos de prisão e, então, voltou a lembrar os cristãos que tinha assaltado há alguns anos. Estava pensando neles em sua cela n.º 4 quando um homem sentenciado a trinta anos o visitou para convidá-lo a um serviço evangelístico que se realizava na prisão. Danilo não tinha muita vontade de acudir, mas foi quase resmungado. Uns dias depois, em 8 de outubro de 1993, o convidaram novamente e ali mudou tudo. O poder de Deus pôde
mais que todos os vícios da terra. Durante o tempo em que durou a mensagem do pregador, Danilo Ojeda Sosa esteve chorando junto a outros 40 reclusos. - Ao me entregar a Cristo, minha forma de pensar e atuar mudou completamente. Nunca mais voltei a ser o mesmo – diz ele. Três anos e meio depois, Danilo saiu do cárcere e teve a oportunidade para refazer sua vida. Já reincorporado à sociedade se casou, teve três filhos e se integrou a uma igreja evangélica. Atualmente é pregador da fé no cantão de Esparza, na província de Punta Arenas na Costa Rica. (VTS) u Agosto 2014
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Ensinamentos e sermões dos mais renomeados pregadores, que expõem a verdade do Senhor com seu testemunho puro e consagrado a Deus. A Bíblia diz: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna… E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 5:39; 8: 32.
DEVOCIONAL
Sua iminente volta O “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores... E “este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Mateus 24:3-51. Rev. Luis M. Ortiz
40 Impacto evangélico
s discípulos se aproximam de Jesus e lhe perguntam: “Dize-nos,
quando serão as coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo” (v. 3).
O Mestre menciona respostas com sinais que indicariam a proximidade de sua vinda. Dos versículos 4 ao 6, o Senhor começa dizendo que devem ser vigilantes para não ser enganados, que falsos Cristos se levantarão. Também fala
das guerras e dos rumores de guerra. Jesus diz: “Não vos assusteis”. A verdade é que sempre houve falsos Cristos e sempre houve guerras e rumores de guerra. Por isso o Mestre diz: “Mas ainda não é o fim”.
Dos versículos 7 ao 8, o Senhor nos oferece novos sinais, e afirma que “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá pestes e fomes e terremotos em vários lugares”.
Antigamente, só os exércitos regulares lutavam nas guerras, mas a população civil ficava em seus lares. Agora vivemos no tempo quando as nações beligerantes se põem em pé de guerra, desde a criança até o ancião, incluindo mulheres. Levanta-se toda a nação e a guerra é nação contra nação. Também o Senhor menciona as pestilências. E com frequência aparecem novas pestilências e pragas no mundo; a fome que atualmente afeta muitas partes; os terremotos que estão à ordem do dia, cada vez mais frequentes e mais intensos. E é aqui, quando o Mestre declara que estas coisas são o princípio do fim. Dos versículos 9 ao 14, Jesus oferece novos sinais dizendo que “Vos hão de entregar
a serdes atormentados, e matarvosão”. O Senhor fala aqui do
aborrecimento, dos escândalos, dos ódios, da traição de uns aos outros. Que haverá falsos profetas que enganarão a muitos; que a causa da maldade, o amor se esfriará. E apesar de todo este ambiente ruim, o Evangelho será pregado em todo o mundo. Notamos que estes sinais mencionados aqui são características desta época em que vivemos e a exortação do Sen-
hor é necessária, no verso 13, quando diz: “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo”.
Dos versículos 15 ao 22, o Mestre se refere a sinais ligados diretamente ao povo de Israel e em seu próprio território, referentes a seu aparecimento nas nuvens que é a segunda fase de sua chegada, sendo a primeira o Levantamento da Igreja. O Senhor fala de uma grande aflição, “como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver ”. A tal ponto que “serão abreviados aqueles dias”.
Os acontecimentos de toda índole mantêm o mundo em consternação e em tensão. É porque o Senhor está fazendo que estas coisas aconteçam com marcada rapidez, abreviando assim os dias do fim. Porque “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”.
Depois dos versículos 23 ao 27, o Senhor assinala que nesses dias finais muitos reclamarão ser Cristo, e que estes “farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora enganariam até os escolhidos”. Exor-
ta-nos a não fazer caso de tais reclamações e anúncios. Porque sua vinda não será com anúncios dessa natureza, mas será repentina. A política, a ciência, a moral, em resumo, tudo no mundo está em crise. As nuvens negras da crise mundial pressagiam a
O Senhor oferece alguns sinais para saber o tempo de sua vinda. Fala da pobre condição moral no mundo. Fala da infidelidade e apostasia de muitos crentes, o que é uma triste realidade.
Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo por segunda vez. Dos versículos 28 ao 31, já o Senhor fala enfaticamente do sinal de sua vinda. E toda a criação é afetada pelo glorioso aparecimento do Senhor nas nuvens do Céu, pois, “o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu a sinal do Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra dos céus”.
Dos versículos 32 ao 51, o Senhor oferece alguns sinais adicionais para que conheçamos melhor o tempo de sua vinda. Fala da figueira, do povo de Israel reverdecendo e florescendo, o que é um acontecimento atual. Fala da pobre condição moral no mundo, como nos dias de Noé. Fala da infidelidade e apostasia de muitos crentes, o que é uma triste realidade. O Mestre admoesta dizendo:
“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas... Mas daquele dia e hora ninguém sabe...”. Velai
e orai, para que sejais considerados dignos de escapar das coisas que sobrevirão à redondeza da terra. Meu amigo, você está preparado para se encontrar com o Senhor? Se não está, triste e eterna será sua perdição. Mas você tem a gloriosa oportunidade de se preparar, nestes instantes, mediante o arrependimento de seus pecados e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, que é seu Salvador. Aceite nosso Senhor neste instante. Âmen u Agosto 2014
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Conhecido no inferno Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?”.
Atos 19:15
Por que o Avivamento não chega E. Leonard Ravenhill Capítulo 20
V
ejam Paulo em Éfeso (Atos 19): sete homens estão tentando usar uma fórmula religiosa sobre uma vítima do tipo da de Gadara (Mateus 8:1-34), mas usar termos teológicos ou versículos da Bíblia contra homens possuídos pelo demônio é tão ineficaz como lançar bolas de neve contra o rochedo de Gibraltar com a esperança de derrubá-lo. Um só homem controlado pelo demônio foi 42 Impacto evangélico
um pugilista capaz de dar uma boa surra aos sete filhos de Esceva que fugiam pelas ruas descamisados e envergonhados. Por isso, os sete fugitivos, feridos e temerosos, estiveram obrigados a contar a história. Deste modo, Deus tornou sua loucura em glória para Cristo, pois o nome do Senhor foi grandemente temido e engrandecido. Muitos espiritistas daquela época foram convertidos; judeus e gregos foram salvos. E em uma fogueira
pública destroçaram e queimaram livros de falsos cultos por um valor de 50.000 peças de prata. Escutai o testemunho do demônio: “A Jesus conheço, e sei quem é Paulo; mas vocês, quem são?”.
Este é o maior louvor que a terra ou o inferno podem conceder a uma pessoa: ser considerado pelo inimigo como identificado com Jesus. Como o apóstolo conseguiu isto? Por que os demônios conheciam Paulo? Conside-
DEVOCIONAL rai por um momento a história de Paulo. Deus e Paulo estavam em termos muito íntimos. Tinham-lhe sido concedidas grandes revelações. Suas palavras cheias de poder do Espírito de Deus quebraram os grilos da alma de uma moça atada pelo demônio, que era usada pelos homens como adivinha. Em Corinto, a cidade mais corrompida do mundo greco-romano, este poderoso Paulo cavou alicerces no “Pântano do Desalento” e às mesmas portas da corte diabólica estabeleceu uma Igreja. Mais tarde arrebatou almas perante o mesmo César: membro de sua própria corte. Perante os reis, Paulo se sentia como em sua própria casa, pois disse: “Tenhome por venturoso, ó rei Agripa”. Paulo transtornou a capital intelectual do mundo (a colina de Marte), falando-lhes de uma verdade, a da ressurreição, que confundiu seus cultos ouvintes. Enquanto Paulo viveu, o inferno não tinha paz. Mais de uma vez Paulo usou a expressão: “Estando persuadido”, e aqui radicava seu segredo. Sua arma de batalha era a Palavra do Senhor; sua fortaleza, a fé nesta Palavra. O Espírito avisava Paulo sobre a próxima estratégia do adversário, cujas maquinações não lhe eram ocultas; por isto, o inferno sofria derrotas. Quando uns homens ímpios quiseram assassinar Paulo, um garoto descobriu o complô e os homens e os demônios fracassaram. Quando Paulo foi à cruz, o milagre da conversão e regeneração aconteceu; mas mais tarde, ocorreu o maior milagre, o de sua identificação com Cristo. Este é, eu acho, o maior argumento do apóstolo. Ser morto e viver ao mesmo tempo. Paulo acrescenta: “Mas eu não vivo”. Paulo não lutou mais com a
carne (nem com a sua nem com a de nenhum outro), lutou “contra principados, contra potestades, contra governadores das trevas deste século, contra hostes espirituais da maldade nas regiões celestes”. Isto
não esclarece por que o demônio disse: “A Paulo conheço”. Paulo tinha estado lutando contra os poderes do demônio. No último momento de sua peregrinação na terra, Paulo declarou: “Lutei a boa batalha”. Os demônios podiam ter afirmado amém, Paulo era bem conhecido no inferno. Outra âncora na qual ele tinha sujeitado sua alma era a ira de um Deus santo contra o pecado. “Sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens” (2
Coríntios 5:11). Paulo amava seu Senhor, e aborrecia o pecado. Por isso, seu lema era: “Uma coisa faço”. Ele não tinha interesses pessoais, não tinha ambições, não tinha por que se tornar popular e apreciado para que as pessoas o convidassem a pregar ou comprassem seus livros. Não tinha ambições e, portanto, nenhum motivo para sentir inveja. Não tinha reputação e, portanto, carecia de motivos para pelejar com outros. Não tinha posses e, portanto, não tinha necessidade de se preocupar. Não tinha direitos e, portanto, não podia ser agravado. Ele já tinha sido quebrantado, de modo que ninguém podia quebrantá-lo. Ele era o menor entre os menores, de modo que ninguém podia humilhá-lo. El tinha sofrido a perda de todas as coisas, de modo que ninguém podia lhe defraudar. Isto não explica por que o diabo dissesse: “A Paulo conheço”? Por causa deste homem, cheio do ciúme de Deus, o inferno sofria muitos desgostos. Havia ainda outra âncora à qual o espírito deste santo ho-
mem se achava unido, e era a eficácia do sangue de Jesus e seu poder para salvar plenamente. “TODOS pecaram, e estão destituídos da glória de Deus” —disse ele—, mas Cristo é poderoso para salvar eternamente TODOS os que vêm a Deus por Ele. Para Paulo, não havia redenção limitada. Era zelote e queria sê-lo. À luz de um inferno eterno, que valor tinham as coisas perecíveis? E, em nosso tempo, que valor têm as honras humanas? Agora mesmo, os homens estão no vértice do grande torvelinho da iniquidade que finalmente os levará ao inferno eterno. É isto verdade? Paulo estava convencido de que isso era assim. Outra âncora na que Paulo estava assegurado era: “desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.” (2 Coríntios
5:8). Nada de estado intermediário! Da vida terrena à vida eterna. Ante o pensamento da eternidade, a linguagem não é suficiente e a imaginação não dá para mais. Paulo podia escrever sobre seus açoites, prisões, jejuns, cansaços, dores, etc., como uma “leve tribulação momentânea”, recompensada pelo fato de: “Assim estaremos sempre com o Senhor”.
Os demônios gastavam todas suas munições em vão quando tentavam atacar Paulo. Parece estranho que um deles dissesse: “A Paulo conheço”? Vivendo uma vida direita, ele não se preocupava com o que aconteceria depois. Paulo tinha sido feito tão semelhante à imagem do Filho que podia dizer: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei” (Filipenses 4:9). Parece estranho ainda que um demônio dissesse: “A Paulo conheço”? Para mim, não! u Agosto 2014
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Rumo fixo porto seguro
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esus morreu e derramou seu sangue para nos salvar e nos abrir as portas dos Céus, a Bíblia nos diz: “Por-
“E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra... E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus... Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6: 5-8). Rev. Manuel Zúñiga
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que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus... Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 3:23;
6:23). Jesus disse que os últimos tempos seriam “como foi nos dias de Noé... Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em ca-
DEVOCIONAL samento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos...”
dores, dos quais eu sou o principal” (1
(Mateus 24:37-39).
Timóteo 1:15); porque o sangue de Cristo foi a fiança, que Jesus pagou, para nos liberar.
CARACTERÍSTICAS DESSES DIAS
A ARCA DE NOÉ
•A DEGRADAÇÃO, a principal característica dos dias de Noé. “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração”
(Gênesis 6:5-6). •A VIOLÊNCIA, outra característica dos dias de Noé. Em todo o mundo, por causa de viver no meio da maldade, as pessoas se ferem muito e mesmo se matam; há guerras em diferentes partes, a Terra está cheia de discórdia, há inveja e brigas. • EXISTE UMA GRANDE QUANTIDADE DE INDIFERENÇA A DEUS. Esta característica está atingindo muitas pessoas nas Igrejas. O Senhor diz que nos dias de Noé “casavam e davam-se em casamento”
(Mateus 24:38). Ele não diz que o casamento é um pecado, aqui ele está falando da indiferença que os homens e as mulheres dão às coisas de Deus; não vivendo nem se ajustando à vontade de Deus, mas dando lugar a seus interesses pessoais e carnais. • O ORGULHO, outra característica que leva os homens à condenação, porque o homem não gosta de se enfrentar à realidade de que ele é um pecador. Jesus não pode salvar a nenhuma pessoa que não reconheça que é um pecador perdido. A Bíblia diz: “Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5:32); e o apóstolo Paulo disse: “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os peca-
Como é possível que de toda essa geração, somente um homem achou graça aos olhos de Deus. “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6: 8). Noé construiu um barco, porque Deus o ordenou, mas as pessoas zombaram dele, bem como hoje zombam desta pregação. A ARCA nos fala de Cristo, lugar de escape, lugar de refúgio frente ao julgamento de Deus. Na arca não vamos achar duas coisas muito importantes para todas as embarcações: NÃO HAVIA FECHADURA NA PORTA, e NÃO HAVIA LEME. Noé não era o encarregado de fechar a porta, foi Deus que fechou a porta e a selou. Essa arca não tinha pregos, nem aço, nem leme, nem radar, nem motor, nem velas, nem GPS (sistema de posicionamento por satélite), nem quebragelo, entre outras coisas. Uma arca que tinha mais de 100 metros de comprimento, 23 metros de largura e 14 metros de altura; ela foi feita para resistir a maior tempestade que existiu na face da terra. As ondas do mar viraram barcos de aço; com toda sua tecnologia, com máquinas poderosas e com toda sua equipe, se quebraram e terminaram no fundo do mar. Esta arca nunca iria estar à deriva nas águas, porque nos planos do Senhor ela tinha um rumo fixo e um porto onde iria chegar. E a Bíblia diz que Deus abriu as cataratas dos Céus e quebrou as profundezas da Terra, água acima e água abaixo, correntes de todos os lugares,
ondas muito altas; apesar de que ela não tinha motores, não tinha vela, nem tinha leme, Deus era o único que levaria a arca. E a arca começou a flutuar na água, movendo-se para um lado e para o outro, mas o interessante era que nem as correntes nem as ondas a desviavam do seu curso e a arca avançava, como se fosse um navio com máquinas. A arca avançava na direção que Deus lhe deu. A arca encalhou sobre os montes de Ararat (Gênesis 8:4), na Armênia. CONCLUSÃO
Caro irmão, não tenha medo do vento da prova ou da tempestade, você não vai afundar, há um porto seguro, o Senhor não pede permissão ao diabo para avançar, não! Ele avança, Ele é Deus, sua Igreja passou períodos imperiais que quiseram vê-la desaparecer, mas foram os impérios que desapareceram e a Igreja permanece triunfante, está escrito: “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela (a Igreja do Senhor)” (Mateus 16:18). Se o diabo levanta as ondas, este barco vai para um porto seguro, porque a Igreja fica com medo? O Senhor pensou em tudo, ele disse: “Vou preparar-vos lugar” (João 14: 2), chegaremos a porto seguro. No meio deste mundo perturbado e cheio de tempestades, a Igreja avança como se estivesse em um mar calmo, e não existe nada nem ninguém que possa impedir que a Igreja avance com o Senhor. Caro irmão, apesar de que você pode pensar que o barco vai afundar, lá vai estar Jesus, Ele é Deus, Ele é Deus Poderoso. Ele diz: “Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (Lucas 12:32). Va-
mos com rumo fixo, vamos até porto seguro! u Agosto 2014
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Um relatório superficial do trabalho que a Obra do Movimento Missionário Mundial desenvolve pelos caminhos da América e ao redor do mundo. A Santa Bíblia diz: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo… E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:46, 47.
EVENTOS
“A fofoca é pecado” Mais de três mil pessoas se reuniram no distrito caribenho de Guápiles para celebrar a Convenção Nacional do Movimento Missionário Mundial (MMM), na Costa Rica, onde anunciaram os novos avanços na Obra no mundo.
A
grande convenção começou com um anúncio importante para o Movimento: A Obra continua avançando no mundo inteiro. O Rev. José Soto revelou que o missionário peruano Yuri Salgado estabeleceu um templo do MMM em Kiev, Ucrânia, onde um grupo de irmãos está disposto a trabalhar na divulgação da Palavra de Deus. Estes irmãos estavam esperando o irmão Salgado com um local, as cadeiras e até o púlpito. “Há uma porta aberta para continuar a Obra na Ucrânia”, comentou o Rev. Soto du46 Impacto evangélico
rante o sermão que abriu a convenção. Proximamente também se planeja levar a Palavra de Deus à Rússia com o apoio de outros missionários da Obra. O Rev. Soto, Vice-Presidente Mundial da Obra, desenvolveu o tema “É possível vencer as tentações?”, com base nos versículos 1-14 da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios. “Há muitos crentes que acham que a fofoca não é um pecado. Nenhuma pessoa que fofoca foi espiritualmente de sucesso. Normalmente, elas estão
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g sem rumo no caminho e seguem toda a vida nessa mesma situação. A fofoca não é de Deus, irmãos”, disse ele. Soto recomendou que todas as pessoas devessem tomar cuidado com o orgulho. A altivez do espírito é negativa porque produz uma ruptura e uma desonra. “O contrário disso é a humildade, a mansidão”, agregou ele. Mais tarde, ele também falou da pornografia e do dano que representa no lar, tanto nos pais quanto nas crianças. A convenção iniciou na quarta-feira, 9 de julho, no centro esportivo Rogelio Alvarado de Guápiles, 48 Impacto evangélico
na província de Limón, e terminou ao meio-dia no sábado, 12 de julho, com a pregação do Rev. Rubén Concepción, que desenvolveu o tema “O significado da reconciliação”. Dur ante a convenção, quatro irmãos foram promovidos a pregadores leigos, 10 pregadores leigos a pregadores licenciados e seis licenciados a ministros ordenados. A forte chuva que caiu incessantemente sobre Guápiles durante os quatro dias da convenção nunca foi impedimento para que centenas de pessoas viessem até o centro esportivo deste distrito do Caribe costa-riquenho para assistir
EVENTOS
aos serviços. Delegações do Peru, Panamá, Nicarágua, Colômbia, Cuba e Guatemala assistiram também. Cabe ressaltar que, no próximo ano, a igreja do MMM na Costa Rica comemorará seu quinquagésimo aniversário. A partir deste país, a Obra fundada pelo Pastor Luis M. Ortíz se espalhou por todos os países da América Central u Agosto 2014
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Convenção Nacional na Índia A Décima Primeira Convenção Nacional do Movimento Missionário Mundial na Índia se realizou, de 25 a 28 de junho, no Templo Christhukula Ashramam, Tiruppattur.
A
festa espiritual se inaugurou na quarta-feira, 25 de junho. O primeiro serviço esteve a cargo do Rev. Álvaro Garavito que pregou o tema: “Estando na presença do Senhor”, que se baseou na vida do homem paralítico no tanque de Betesda. Na manhã do segundo dia, o Rev. Gustavo Martínez pregou sob o tema: “Passos para uma 50 Impacto evangélico
vida vitoriosa”. A mensagem se baseou na vida de Ana e os assistentes entenderam a necessidade de se entregar a Deus para ter uma vida espiritual frutífera. À noite, o Rev. Álvaro Garavito pregou sob o título “A convicção de ter uma determinação”. Ao final do serviço muitos dos assistentes demostraram a determinação de subme-
ter suas vidas ao Senhor. No terceiro dia de manhã, o Rev. Gustavo Martínez pregou sobre a vida do apóstolo Paulo e exortou a congregação e, especialmente, os pastores a permanecer no fogo de Deus. Durante o serviço missionário, 25 irmãos e 15 irmãs foram promovidos a pregadores leigos, 13 pregadores leigos a pre-
gadores licenciados e 6 pastores licenciados a ministros ordenados. À noite, realizou-se um serviço especial para as famílias. Durante o culto, a Irmã Carmen Valencia pregou sobre a vida de sucesso de uma mãe: Joquebede, e culminou o
EVENTOS
serviço com palavras proféticas para as famílias e os servos de Deus. No último dia se realizou o fim da atividade com um serviço de manhã, no qual o Rev. Gustavo Martínez pregou sob o título “Sem obediência não há chuva”.
g
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EVENTOS
g Durante a mensagem, ele enfatizou que sem obediência não há bênçãos do Espírito Santo. As mensagens foram interpretadas de espanhol para inglês e depois para tâmil. O Rev. Samuel David Mejía interpretou de espanhol para inglês e os pastores Sam Jacob, Supervisor Nacional do MMM na Índia, e Sharon Devaprassannam, Tesou-
reiro Nacional do MMM na Índia traduziram de inglês para tâmil. Houve delegações, pastores e crentes que vieram de Nova Deli, Madhya Pradesh, Ilhas Andamã e Nicobar, Bengala Ocidental, Tamil Nadu, Karnataka, Kerala, Orissa, Andhra Pradesh e Mumbai para assistir à convenção, bem como delegações de Omã, Kuwait e Sri Lanka u Agosto 2014
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Evangelização na floresta úmida de Vaupés Autoridades civis e militares reconhecem o louvável trabalho do MMM em Vaupés, Colômbia. Os resultados para o avanço do Evangelho na povoação são importantes. 54 Impacto evangélico
O
Movimento Missionário Mundial está realizando, desde o ano passado, gloriosas atividades evangelísticas na cidade de Mitú, capital do departamento de Vaupés, República da Colômbia.
Em Mitú pastoreiam o Rev. Eduard Sánchez Mosquera e sua esposa Martha Medrano. Em alguma das confraternizações assistiram líderes e pastores das comunidades indígenas e os governantes de Mitú.
Também estiveram reunidos o coronel das forças armadas, o governador e o representante da Câmara por Vaupés, com suas famílias. Os cultos se realizaram no Templo e no Estádio Cuervo Araoz. Trabalhou-se dirigindo a atenção às crianças, adolescentes, jovens e adultos. A cidade foi comovida e os resultados já se veem. No transcurso das atividades, o prefeito da ci-
EVENTOS
dade fez entrega das chaves da cidade à Obra do MMM, em um ato de reconhecimento ao trabalho local da Igreja, dos pastores e do presbítero Rev.
Luis Vergara da Zona 42. Aleluia! O MMM está levando o Evangelho a essa zona que faz fronteira com o Brasil e onde existem 256
comunidades indígenas que falam 26 dialetos. Aqui existem 90 igrejas. São comunidades que preservam sua história, aprender a língua é um desa-
fio, é a floresta úmida, e só existe uma forma de se deslocar. Não existe transporte terrestre, não há mulos, só remar com canoas. Eles chamam as pessoas da cidade de brancos. Os habitantes se alimentam de peixes do rio, de vermes, de serpentes, de rãs, etc. Para se-comunicar com eles, deve-se levar um intérprete. Os resultados, os frutos do trabalho, veem-se depois de muitos anos. Eles adoravam o sol, a serpente e a água, e fazer com que conheçam a Jesus Cristo é um desafio. Eles aprendem que Deus criou a serpente, a água. A Obra de Deus tem 70 líderes indígenas (há 20 pastores reconhecidos oficialmente), muitos deles não conhecem a cidade, e são nomeados como líderes porque pastoreiam o lugar. Traduziram-se Bíblias para sua língua. É muito difícil poder visitálos u Agosto 2014
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A Obra nas A Filipinas cresce A Primeira Confraternização do MMM nas Filipinas se realizou com a assistência de numerosos irmãos de diversas cidades. 56 Impacto evangélico
promessa do Senhor escrita no livro dos Salmos 37:5, que diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará”, se faz palpável em sua Obra a cada dia. Desde maio se abriu um novo lugar de pregação na cidade
de Bulacan, exatamente na localidade de San Jose del Monte, a área mais povoada da cidade. Mais uma vez, durante o mês de junho, fez-se evidente a graça de Deus na Obra do MMM nas Filipinas. No dia 12, dia na-
EVENTOS
cional de independência, realizou-se a primeira confraternização no país, com a assistência de numerosos irmãos de Bulacan, Manila e das crianças de Cidade Quezon. Durante o mês se deu início à Escola Bíblica para
crianças na cidade de Bulacan. A cada sábado, mais crianças chegam para conhecer a Palavra e o grande plano de salvação dado à humanidade através do sacrifício de Jesus Cristo. Também se desenvolveu a primeira atividade de
impacto com crianças de lugares de difícil acesso na cidade de Antipolo. Ali, os membros da Igreja do MMM levaram a mensagem da Palavra de Deus, ensinando e lembrando o dito por Jesus, em João 14:6, “Ako ang daan, ang
katotohanan at ang buhay, Walang makakapunta sa Ama kundi sa pamamagitan ko”. Apesar das dificuldades, a Obra nas Filipinas continua e, conforme os dias passam, mais irmãos chegam aos templos u Agosto 2014
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Oficiais internacionais visitam Porto Rico Durante esta visita proveitosa foram discutidos e aprovados importantes projetos para a Obra nacional e internacional, sabendo que Porto Rico é o berço e sede do MMM.
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s oficiais internacionais do Movimento Missionário Mundial excursionaram várias áreas da Obra, em Porto Rico. O Supervisor Nacional, Rev. Luis Ayala, convocou diversas áreas 58 Impacto evangélico
para ter cultos unidos, onde os expoentes da Palavra de Deus foram os Oficiais Internacionais Rev. Gustavo Martínez, Presidente Internacional; Rev. José A. Soto, Vice-Presidente Internacional; e Rev. Rodolfo Gonzá-
lez Cruz, Tesoureiro Internacional. Na terça-feira, 10 de junho, as igrejas da Zona 1 se reuniram no Centro Evangelístico Metropolitano em Trujillo Alto. Ali, o Rev. Soto testemunhou o anda-
mento da Obra no Japão e na Europa, sendo os países mais recentemente alcançados a Dinamarca, Finlândia, Romênia e Ucrânia. A exposição da mensagem da Palavra de Deus foi dada pelo Rev. Gon-
EVENTOS
Convenção unida de Cavalheiros e Damas
A
primeira Convenção Unida de Cavalheiros, Damas e Jovens do Movimento Missionário Mundial em Porto Rico teve lugar na cidade de Trujillo Alto, no Centro Evangelístico Metropolitano do dia 17 a 19 de julho. Esta grande convenção
zález Cruz, que depois de dar parte a sua esposa, a missionária porto-riquenha Irmã Rita Vasquez de Gonzalez, e de testemunhar sobre a Obra no Peru, pregou sobre a importância dos relacionamentos
foi respaldada pelo Rev. Luis Ayala, Supervisor Nacional, juntamente com todos os membros da Junta Nacional, além do Rev. Ruben Concepción e Rev. Margaro Figueroa, Secretário e Diretor, respectivamente, da Junta de Diretores desta Obra u
conjugais (1 Coríntios 7). Naquela mesma noite, as igrejas das Zonas 4, 8 e parte da Zona 5 se reuniram no templo da Igreja de Manatí, para receber a mensagem da Palavra de Deus, que foi dada pelo Rev.
Gustavo Martínez, que falou sobre o tema “Passos que eu devo seguir para ter frutos em minha vida” (1 Samuel 1: 2-18). Na quinta-feira, 12 de junho, foi o turno da convocatória das zonas 2, 3 e
parte da Zona 5. As igrejas se reuniram no Templo do Centro Evangelístico Pentecostes do bairro de Celada de Gurabo, presididas pelo reverendo Federico Cabrera Sandoval. O Rev. Soto trouxe belas palavras de testemunha para o desenvolvimento da Obra em geral e na Europa, região que ele supervisa, depois ele leu as Escrituras em Êxodo 15: 22-27, pregou sobre o tema: “Quando o povo cai em dúvida e descrença”. Mais uma vez, o Rev. Ruben Concepción e Rev. Margaro Figueroa participaram nesta adoração unida. Os Oficiais internacionais expressaram sua alegria e satisfação com o desenvolvimento da Obra em Porto Rico e seu desejo de continuar a apoiá-la u Agosto 2014
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Confraternização Nacional de Jovens no Chile El Movimiento Misionero Mundial organizó una Confraternidad Nacional de Jóvenes que se realizó en Chile el pasado mes de julio.
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Confraternização Nacional se realizou no templo central do Movimento Missionário Mundial no Chile, localizado em Santa Rosa 377, Santiago. O evento contou com a assistência de irmãos de todas as regiões do 60 Impacto evangélico
norte ao sul do país, incluindo visitantes do Panamá, Colômbia, Equador, Peru e Argentina. O Rev. Ismael Parrado e sua esposa, a Irmã Marta de Parrado, missionários colombianos predicaram a Palavra do Senhor u
EVENTOS
Batismo nas águas no Panamá As igrejas de Parque Lefevre, 24 de Dezembro, Chepo e Terra Prometida participaram deste batismo.
U
çm batismo organizado, em 20 de julho, pelas Zonas 1 e 2 da Obra do Movimento Missionário Mundial no Panamá se desenvolveu nas ribeiras do rio Cabobré, no corregimento de San Martín. Irmãos das igrejas de Parque Lefevre, 24 de Dezembro, Chepo e Terra Prometida participaram desta cerimônia. O Rev. Mariano Smith,
pastor da Igreja do Chorrillo, foi o encarregado de presidir o formoso sacramento. Depois, a irmã Adaluz Simiti entoou gloriosos louvores para exaltar o nome do Senhor. A meditação da Palavra do Senhor foi exposta pelo Rev. Luis Cordero, pastor da Igreja Central do MMM no Panamá, na qual ressaltou a importância do batismo na vida do cristão.
O Rev. Epifanio Asprilla, presbítero da Zona 1, parabenizou a Igreja em geral por levar mais de trinta almas às aguas batismais e assim obedecer à Santa Palavra do Senhor em Marcos 16:15-16, que diz: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” u Agosto 2014
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Batismos nas águas na Espanha Um batismo unido se desenvolveu com uma assistência de mais de trezentas pessoas das diferentes igrejas de Barcelona, Terraza, Mollerussa, Reus e Hospitalet.
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o sábado, 5 de julho, o Movimento Missionário Mundial realizou um glorioso batismo unido na Zona Norte da Obra da Espanha. Um total de vinte irmãos desceram às aguas. O Rev. Carlos Medina, Supervisor Nacional do MMM na Espanha, presidiu o serviço realizado no povo de Solsona, província de Lérida. Mais de trezentas pessoas assistiram massivamente a essa atividade das diferentes igrejas de Barcelona, Terraza, Mollerussa, Reus e Hospitalet u 62 Impacto evangélico
EVENTOS
Quarto aniversário da Igreja de Antuérpia No mês de maio, a Igreja do Movimento Missionário Mundial com sede em Antuérpia, Bélgica, celebrou seu quarto aniversário nessa cidade.
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ste ano, o Senhor marcou no corzão da congregação o lema: “Sobre a tua palavra, lançaremos a rede” (Lucas 5:4-6). À celebração assistiram irmãos de Bruxelas, bem como das congregações estabelecidas em Tilburgo, Almere, Amsterdã e Roterdã nos Países Baixos. No sábado, 24 de maio, celebraram-se dois serviços. No primeiro, a portadora da mensagem
de Deus foi a Irmã Ruth Paisible de Tilburgo, encarregada da supervisão
das igrejas nos Países Baixos, que expôs o tema “O coração, um órgão vital” (Provérbios 4:23). Durante o segundo serviço, o Rev. David Echalar, Supervisor da Zona B da Europa, compartilhou a mensagem da Palavra de Deus com leitura em Apocalipse 13:1-4 e Daniel 7:1-7, comparando o poder em um servo de Deus e em um instrumento do inimigo. No último serviço da atividade, realizado no domingo, 25 de maio, o Rev. David Echalar expôs a mensagem de Deus sob o tema “¿Estás zangado?” (Mateus 5:21-26). Através dessa mensagem, Deus exortou seu povo a usar o domínio próprio, e a não permitir que o inimigo se assenhoreie através da ira u Agosto 2014
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OUTROS EVENTOS
Outros eventos ITÁLIA
MÉXICO
FINLÂNDIA
CURAÇAO
CONFRATERNIZAÇÃO DA IGREJA EM TURIM
RETIRO DE PASTORES EM VALLE DE CHALCO
VIAGEM MISSIONÁRIA
CONVENÇÃO NACIONAL NO CARIBE HOLANDÊS
Em março, as Igrejas da Zona 2 e algumas da Zona 1 se reuniram com seus respectivos pastores para celebrar o Terceiro Aniversário e Confraternização da segunda Igreja do MMM presente na cidade de Turim, pastoreada pelo Irmão Ramón Ortega e sua esposa a Irmã Leither Mendoza de Ortega. No primeiro serviço, o Pastor Ramón Ortega expôs a mensagem de Deus sobre o tema: “O tempo de Deus” (Salmos 37: 9). No culto da tarde, a pregação foi realizada pelo Rev. Hugo Lope. No segundo dia tivemos a visita do Pastor Galo Fiori, que pregou sobre o tema: “Uma família sem convicção” (Atos 5: 1-11). O terceiro dia, o Pastor Estefano da Igreja de Monza foi o portador da mensagem baseada no livro de Efésios 5: 21-28, sob o tema: “A Família”. Na sexta-feira, o Pastor Jimmy Roca do Peru (que esteve percorrendo o continente europeu com o Rev. Rodolfo González Cruz) foi o portador do tema: “O Evangelho é para todo o mundo” (Atos 13: 1-12). No sábado, o portador da mensagem foi o Pastor Ramón Ortega que pregou o tema: “O tempo de Deus”.
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O Rev. Alejandro Roblero González, Supervisor Nacional nessa nação, e o grupo de Obreiros da Zona 1 gozaram de um edificante retiro espiritual no país que começou na quintafeira, 1 de maio, e terminou no sábado, 3 de maio. Os obreiros do Senhor chegaram, desde diferentes partes da Zona Central do México, à capital mexicana para ter momentos especiais com Deus.
Edificante e glorioso foi o percurso missionário, em maio último, do Rev. José Arturo Soto B. (Oficial Internacional e Supervisor Missionário do MMM na Europa) e o Rev. Carlos Medina (Supervisor Nacional da Obra na Espanha), pela Suécia e Finlândia. Eles aproveitaram a viagem para inaugurar um local de culto na Ilhas Alanda, na Finlândia.
O MMM celebrou sua Décima Segunda Convenção Nacional no Caribe Holandês (Curaçao, Aruba, Bonaire e São Martinho), de 11 a 13 de julho, com o tema: “Uma Razão para Avançar”. Estiveram presentes os Oficiais Internacionais, o Rev. Alvaro Garavito e o Rev. Rómulo Vergara; o Supervisor do Caribe Holandês, as Guianas e Trinidad, e o pastor local, o Rev. Clemente Vergara e sua esposa a Irmã Gladys Vergara. A Obra está avançando na área do Caribe e as Guianas. As delegações que chegaram a esta atividade foram: Aruba, Bonaire, São Martinho, Guiana Inglesa, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, entre outros. Em 12 de julho foi realizada a gloriosa reunião de Obreiros com a presença do Rev. Álvaro Garavito, o Rev. Rómulo Vergara; e o Rev. Clemente Vergara.
AMENIDADES
O que acontece com a evolução das plantas?
Surpreendentemente, o livro “A Origem das Espécies” de Darwin quase não mencionou a evolução das plantas. Ao fim e ao cabo, depois de tudo, as plantas representam a metade dos organismos que vivem na Terra.
O
livro The Origin of Species (“A Origem das Espécies”) de Darwin quase não fala sobre a evolução das plantas, a pesar de que estas representam a metade dos organismos que vivem nesta Terra. No entanto, nem a mutação nem a seleção natural, os mecanismos supostamente mais importantes da evolução para o desenvolvimento de novas espécies, foram capazes de explicar por que as plantas aparecem de repente no registro fóssil. Também não, por que a maioria delas permaneceu essencialmente igual do passado para o presente. É claro que Darwin estava consciente do problema e,
por isso, quase não abordou o tema. Anos mais tarde, ele confessou a seu bom amigo, o botânico Joseph Hooker, que o súbito aparecimento de plantas com flores no registro fóssil era um “abominável mistério”. Na verdade, para os evolucionistas, praticamente tudo o que tem a ver com o aparecimento de plantas é um “abominável mistério”. Atualmente, na Terra existem 375 mil espécies de plantas, e a maioria permaneceu substancialmente igual desde sua aparição no registro fóssil. O geneticista e biólogo Jerry Bergman diz: “Um dos mais graves problemas do neodarwinismo é a completa falta de evidência no registro fóssil para apoiar a evolução das plantas. Em geral, a evidência fóssil de plantas pré-históricas é realmente muito boa; no entanto, no abundante registro fóssil de plantas não se descobriu nenhuma forma em processo de transição que seja convincente” (“The Evolution of Plants: A Major Problem for Darwinists” [A evolução das plantas: um grande problema para os evolucionistas], Technical Journal, 2002, edição
online, ênfase adicionada em todo o texto). Portanto, o princípio evolutivo da “sobrevivência do mais apto” não pode ser aplicado igualmente para as plantas. Isto é em parte porque a maioria das plantas, ao contrário dos animais, têm clorofila, e não tem de matar ou competir para poder comer, porque elas podem produzir seu próprio alimento através do processo da fotossíntese. Portanto, a ideia de que as plantas têm de lutar com outras plantas para sobreviver, não é aplicável em geral. Alguns anos atrás, o botânico eminente E. J. H. Corner fez esta admissão surpreendente sobre a origem e o desenvolvimento das plantas, que ainda é válida: “Existem provas abundantes que podem-se usar em favor da evolução a partir da biologia, a biogeografia e a paleontologia, mas eu ainda acho que para aquele que não tem preconceitos, o registro fóssil das plantas favorece e apoia uma criação especial”. Cujo autor é Deus. “No entanto, se pudéssemos encontrar outra explicação para esta classificação hierárquica, esta seria o golpe de misericórdia (a morte) para a teoria da evolução. O senhor pode imaginar como uma orquídea, uma lentilha d’água e uma palmeira podem resultar do mesmo antepassado, e que provas temos dessa hipótese? Os evolucionistas devem estar preparados para dar uma resposta, mas eu acho que a maioria de seus argumentos se desmoronaria perante um questionamento” (Contemporary Botanical Thought [Pensamento botânico contemporâneo], 1961, p. 97) u Agosto 2014
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ESCREVEM-NOS... MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL América • Europa • Oceanía • África • Asia
cartas@impactoevangelistico.net JENNY JIMÉNEZ Graças a Deus por sua grande misericórdia que nos tirou deste mundo mentiroso. Ele abriu nossos olhos e agora só devemos pedir o tempo todo por nossa vida espiritual e nos agarrar forte para não voltar para trás. De Caracas, República Bolivariana da Venezuela.
ANANI ESPEZUA MONTES DE OCA Caros irmãos, exorto-os a oferecerem a revista também nas bancas de jornais ou em alguns locais estratégicos. Eu acho que isso faria uma grande diferença e as pessoas poderiam comprá-la. Deus os abençoe. Des Lima, República do Peru.
NELY MARTIARENA Deus abençoe enormemente toda a equipe de “Impacto Evangélico”. É um grande trabalho, pois através da revista conhecemos o avanço da Obra em todo o mundo. Dou graças a meu Senhor por fazer parte desta bela Obra elaborada para estes últimos tempos. Vocês estão em nossas orações. Um abraço fraterno. De Formosa, República da Argentina.
Deus os abençoe irmãos do Movimento Missionário Mundial. Eu acho que seu site e os temas que vocês apresentam são muito interessantes o, porque eles são de muita bênção. Gostaria de saber se vocês têm material adicional para o ministério de jovens e adolescentes, pois minha esposa e eu servimos como pastores nesses grupos e gostaríamos de receber apoio sobre diversos temas, jogos, exercícios para motivar os jovens e adolescentes em sua vida espiritual e, também, em sua vida secular. Aguardo sua resposta e que Deus os abençoe. De Juárez, Nuevo León, México.
Saudações e sucesso em todo o trabalho da equipe da revista “Impacto Evangélico”. Eu li a primeira revista (pequena naquela época), no ano de 1984, depois a assinei e a recebia mensalmente. Alegro-me porque agora eu posso acessá-la a qualquer momento através da internet. Parabéns pela forma tão inovadora de trazer a revista para o mundo inteiro. Da Cidade da Guatemala, República da Guatemala.
CONVENÇÃO PORTO RICO CONVENÇÃO COLÔMBIA
FEVEREIRO 7-9 CONVENÇÃO PARAGUAI (ASSUNÇÃO) 13-16 CONVENÇÃO ARGENTINA (BUENOS AIRES) 20-23 CONVENÇÃO BELIZE MARÇO 1-4 19-22 ABRIL 16-20 17-20
CONVENÇÃO PANAMÁ CONVENÇÃO HONDURAS CONVENÇÃO GUATEMALA CONFRATERNIZAÇÃO NACIONAL AUSTRÁLIA (SIDNEY)
JUNHO 25-29 CONVENÇÃO ÍNDIA 17-20 CONVENÇÃO DE JOVENS E OBREIROS COLÔMBIA JULHO 3-6 CONVENÇÃO BOLÍVIA (SANTA CRUZ) 8-11 CONVENÇÃO ESTADOS UNIDOS (BIRMINGHAM, AL) 8-12 CONVENÇÃO COSTA RICA 9-12 CONVENÇÃO ANTILHAS HOLANDESAS CURAÇAO) 24-27 CONVENÇÃO MÉXICO (GUANAJUATO) AGOSTO 3-6 5-9
HELDYN GUEVARA REVELO
HÉCTOR ROLANDO SANTO
JANEIRO 1-4 7-14
MAIO 3-5 CONVENÇÃO JAPÃO 20-25 CONVENÇÃO PERU (LIMA)
JUAN ORNELAS
Muitas bênçãos para meus irmãos do Impacto Evangélico. Com a ajuda e o poder do Espírito Santo eu estendo esta saudação, no contexto em que vivemos atualmente, em relação à vaidade e à superficialidade. Deus os abençoe e continuem com esta grande obra de Deus. De Popayán, República da Colômbia.
AGENDA GLOBAL 2014
HERNANDO AMORIM Eu estou muito impressionado com a beleza desta Obra cristã através deste instrumento virtual guiado pelo Espírito Santo. Que seja um instrumento para a integridade, o compromisso e o cumprimento da Palavra de trazer ao mundo a mensagem de Jesus Cristo. Deus abençoe a equipe da revista. Estou muito feliz. Da República Federativa do Brasil.
SEBASTIANA BATISTA Deus os abençoe por esta revista que é um tesouro para a vida cristã. Ela nos fortalece. Da Cidade do Panamá, República do Panamá.
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7-10 14-17 14-17 14-17 27-30 28-31
CONVENÇÃO EL SALVADOR CONVENÇÃO VENEZUELA (BARQUISIMETO) CONVENÇÃO ESPANHA CONVENÇÃO ITÁLIA CONVENÇÃO GUIANAS, SURINAME E TRINIDAD (SURINAME) CONVENÇÃO EQUADOR (GUAYAQUIL) CONVENÇÃO ÁFRICA CONVENÇÃO HAITI
SETEMBRO SÁBADO 27 DIA MUNDIAL DAS NAÇÕES OUTUBRO 10-12 CONFRATERNIZAÇÃO NACIONAL CANADÁ 23-25 CONVENÇÃO REPÚBLICA DOMINICANA 23-26 CONVENÇÃO ILHA MAURÍCIO 26-28 CAMPANHA MADAGASCAR 30-2 (NOV) CONVENÇÃO CHILE (SANTIAGO) NOVEMBRO 7-10 CONVENÇÃO URUGUAI (MONTEVIDÉU) 27-30 CONVENÇÃO NICARÁGUA DEZEMBRO 4-7 CONVENÇÃO BRASIL (MANAUS)
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Diretor Fundador: Rev. Luis M. Ortiz. Conselho editorial: Rev. Luis Meza Bocanegra, Jacqueline Rovira, Samuel Martínez, Rev. Andrés Espejo. Coordenador editorial: Rev. Julián Morón. Editor geral: Víctor Tipe Sánchez. Editor: Jaime Tipe Sánchez Editor gráfico: Roberto Guerrero. Design gráfico: Adolfo Zubietta Redação: Johan Pérez Landeo, Marlo Pérez. Diagramação: Lesly Sánchez, Jorge Cisneros Webmaster e Infografia: Julio de la Cruz. Ilustrações: Julio Limachi. Transcrição: Fanny Vidal Community manager: Juan Becerra, Denisse Barrientos. Distribuição: Javier Arotinco.
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