Gota D'água - Ed. n.10 -Abril 2018

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia

Ano XXXI – Nº 10 – 09 de abril de 2018

Direção do sindicato fez contraproposta para Embasa e mobiliza a categoria para a grande assembleia desta sexta JOSÉ HERMÍNIO

MOBILIZAÇÃO NA BOLANDEIRA

Assinatura de acordos coletivos garante manutenção de conquistas dos trabalhadores da Cerb A direção do sindicato assinou na semana passada os acordos coletivos dos anos de 2016 e 2017, garantindo a manutenção das cláusulas do acordo de 2015. Com o fim da ultratividade das normas coletivas, a partir da reforma trabalhista do governo golpista de Michel Temer, ter acordos assinados, mesmo de forma retroativa, é uma medida inteligente para evitar perda de direitos e de conquistas históricas.

Cláusulas importantes foram mantidas, como Prêmio Aposentadoria, Plano de Odontológico, Ajuda de Custo Alimentação, auxílio creche, entre inúmeras outras. Ficou também garantido o pagamento dos dias cortados na última greve da categoria em 2016. O desafio agora é o início da negociação do acordo coletivo de 2018, que ainda não tem data marcada. ELÍSIO TEIXEIRA

SINDAE COBRA DA EMBASA FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PARA OS NOVOS CONCURSADOS

PÁGINA 2 FRENTE NACIONAL PELO SANEAMENTO SE REÚNE EM BRASÍLIA E ENTREGA MANIFESTO NO CONGRESSO

PÁGINA 4 DECISÃO DO SUPREMO COLOCA EM PERIGO DEMOCRACIA BRASILEIRA, DIZEM ESPECIALISTAS

PÁGINA 3 ACORDO DE PLR DA BRK JAGUARIBE JÁ ESTÁ ASSINADO E TRAZ AVANÇOS

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www.sindae-ba.org.br


Direção do sindicato fez contraproposta para a Embasa e mobiliza a categoria para a grande assembleia desta sexta FOTOS: JOSÉ HERMÍNIO

Os diretores do Sindae realizaram na semana passada reuniões de mobilização por local de trabalho em várias unidades a Embasa, preparando a categoria para a grande assembleia desta sexta-feira, dia 13 de abril, que ocorrerá em Salvador (CAB) e nas treze unidades regionais do interior. Nessa assembleia vamos avaliar as negociações do acordo coletivo e definir os rumos da campanha salarial na empresa, por isso a participação dos trabalhadores é fundamental. Na segunda rodada de negociação do acordo coletivo 2018/2019 com a Embasa, realizada na última terça-feira (03/04), a MOBILIZAÇÃO EM CANDEIAS comissão de negociação do sindicato rejeitou a proposta global entregue na primeira reunião pelo presidente Rogério Cedraz (a qual foi rechaçada e despertou revolta na dou com o caput proposto pela empresa, categoria) e apresentou uma contrapro- que inclui o turno de revezamento de doze posta para fechamento do acordo coletivo. horas, mas reivindicou a manutenção da redação dos demais parágrafos, em especial o O Sindae propôs reajuste salarial de intervalo de uma hora para refeição. 5%, abono alimentação de R$ 40,00 por dia de trabalho, R$ 900,00 para o auxílio creO sindicato reivindicou também a che, R$ 1.600,00 para o Auxílio por filho continuidade do reajuste das diárias pelo com dependência, R$ 400,00 para o auxílio INPC e a igualdade do valor para todos os educação, R$ 300,00 para o auxílio material trabalhadores, acabando com a discriminaescolar, R$ 200,00 para o bônus junino e na- ção praticada pela empresa entre o pessoal talino e R$ 6.000,00 para o auxílio funeral. de nível médio e superior. O sindicato defendeu que o acordo coletivo tenha validade de 24 meses a partir da sua assinatura, com data base em 1º de maio, conforme a proposta da pauta de reivindicações. Propôs ainda que a licença paternidade seja de 30 dias corridos e a licença falecimento seja de cinco dias úteis. Com relação à cláusula Turno de Revezamento e Turno Fixo o sindicato concor-

to reafirmou que deseja incluir no acordo coletivo algumas importantes cláusulas novas, como a prevalência do acordo coletivo de trabalho, garantia de emprego, intervalo intrajornada, relação de contribuições O sindicato propôs ainda que cinquen- mensais e custeio do registro de classe. ta e três cláusulas do atual acordo coletivo Uma nova rodada de negociação do sejam mantidas no novo acordo com redação a mesma redação, entre elas o anuênio, acordo coletivo está marcada para esta gratificação de férias, indenização por aci- terça-feira, dia 10 de abril, às 15:00h, quandente de trabalho, proteção individual (fil- do a empresa deve responder se aceita a tro solar), igualdade de oportunidades, for- contraproposta do sindicato. Caso a emnecimento de uniformes, estabilidade do presa apresente uma nova proposta, esta aposentável, promoção por antiguidade e será submetida à assembleia dos trabalhamérito, entre outras. Além disso, o sindica- dores. Todos à assembleia! A luta continua!

Sindae cobra da Embasa fornecimento de transporte para os novos concursados Durante a última reunião de negociação o sindicato voltou a cobrar do presidente Rogério Cedraz o cumprimento do acordo coletivo em relação ao fornecimento do transporte para os novos concursados, pois muitos ainda estão sem receber este benefício. A empresa, de forma arbitrária, estava se negando a fornecer o transporte para os trabalhadores novos, sob a alegação absurda de que o edital do concurso havia lhes tirado esse direito. O sindicato deixou claro que o fornecimento do

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transporte é garantido por lei e também pelo acordo coletivo de trabalho, de forma que, se a empresa continuasse esta prática, o sindicato iria acionar a justiça para cobrar o cumprimento da legislação.

o transporte especial do pessoal que trabalha em revezamento de turno, pois muitas estações ficam em locais isolados e perigosos, onde ocorrem trocas de turno à noite e não existe transporte regular.

O presidente da Embasa afirmou que há decisão recente da diretoria da empresa de fornecer o vale transporte a esses trabalhadores e que isso deve ser regularizado, mas em algumas unidades essa decisão não está sendo cumprida, a exemplo de Candeias e Camaçari. Além disso, o sindicato cobra que a empresa garanta

A diretoria da Embasa tem que assumir a sua responsabilidade pela segurança dos trabalhadores que garantem a qualidade e regularidade do fornecimento de água para a população. Espera-se que a diretoria não fique com sangue nas mãos caso ocorra alguma fatalidade, decorrente de medidas irresponsáveis de corte de custos.


Decisão do Supremo coloca em perigo democracia brasileira, dizem especialistas A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (4), de não conceder o pedido de habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula, negando o direito constitucional de Lula se defender em liberdade até se esgotarem todos os recursos na Justiça, acendeu o sinal vermelho, de perigo, a todos aqueles que defendem e acreditam no Estado Democrático de Direito. A postura e os argumentos de alguns dos ministros da Suprema Corte, que basearam seus votos na opinião pública, chocaram parte do mundo jurídico e acadêmico. Não restaram mais dúvidas sobre o jogo de cena e a decisão de cunho político – e não jurídico – do STF. “Foi uma decisão com objetivos políticos e não cumpriu os valores e princípios constitucionais. É uma medida de exceção, não é jurídica”, criticou o jurista Pedro Serrano, se referindo ao princípio constitucional de que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. “Estão esvaziando a ordem constitucional”, ressaltou. Isso é um risco não apenas ao direito de liberdade de Lula, mas de todos os avanços e pactos civilizatórios da sociedade brasileira pós-ditadura. É um risco para a democracia, afirmou Serrano. Para a professora de história da USP, Maria Aparecida de Aquino, o resultado da votação agravou ainda mais o frágil Estado Democrático de Direito que restou depois do golpe de 2016, quando uma presidenta legitimamente eleita – Dilma Rousseff – foi destituída do governo sem crime de responsabilidade.

respeito da decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de pautar o habeas corpus preventivo de Lula antes das duas Ações Diretas de Constitucionalidade (ADCs) que tratam da possibilidade de revisão da decisão liminar provisória de 2016, que permite o cumprimento imediato da pena de pessoas condenadas pela Justiça em segunda instância. “Foi uma estratégia para obter o resultado que se obteve ontem. Foi uma decisão política”. O voto constrangedor da ministra Rosa Weber foi o que escancarou o jogo de cena a que se refere Pedro Serrano. A ministra afirmou, como já havia feito outras vezes, que era contra a prisão

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Foi uma decisão com objetivos políticos e não cumpriu os valores e princípios constitucionais. É uma medida de exceção, não é jurídica”, criticou o jurista Pedro Serrano, se referindo ao princípio constitucional de que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

“O resultado de ontem é mais um agravante, mais uma tentativa de impedir o bom andamento da democracia”, afirmou a professora, ressaltando que a votação não respeitou o que está contido nas clausulas pétreas da Constituição Federal. “E isso não sou apenas eu quem diz, mas automática após segunda instância, resos próprios juristas, o mundo jurídico sa- peitando o entendimento constitucional. be disso”, ressaltou. Chegou a afirmar que, na próxima votação da ADC, o Supremo reformará a deSegundo Maria Aparecida de Aquino, cisão anterior, mesmo assim, votou contra todos aqueles que agem de forma irres- o HC de Lula. “Bem, eu sou contra prenponsável hoje, sem a lisura e o compro- der antes do trânsito em julgado; já votei misso que os cargos que ocupam exigem, aqui várias vezes contra, mas, como a casa responderão pela história. “Todas as pes- decide por mandar prender, vou negar o soas que participaram a favor do regime habeas corpus”, justificou Rosa Weber. militar foram derrotados pela própria história e é isso o que irá acontecer com esAs duas ADC’s, de autoria do minissas pessoas no futuro”, enfatiza. tro Marco Aurélio, foram liberadas para julgamento em dezembro, mas ainda não A avaliação da professora dialoga com entraram na pauta da Corte por decisão a crítica feita pelo jurista Pedro Serrano a pessoal da ministra Cármen Lúcia, o que

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foi duramente criticado ontem durante o julgamento. CONDENAÇÃO SEM PROVAS A professora de história da USP, Maria Aparecida de Aquino, chama a atenção para o fato de que, além ter sido desrespeitado um direito constitucional, o método utilizado para criminalizar um ex-presidente da República sem provas é muito grave. “Como é possível a OAS alienar o tal tríplex e o imóvel ser do Lula?”, questiona a professora, ao relembrar que o ex-presidente, por mais de uma vez, tem reiterado que o apartamento não é seu, o que provou a alienação feita pela Caixa. Segundo ela, a forma como foi construído o processo do triplex do Guarujá, sem a apresentação de nenhuma prova para justificar uma acusação, é uma situação completamente irreal e absurda. “Parece que eles (juiz Sérgio Moro e os promotores responsáveis pela Lava Jato) estão vivendo no mundo fantástico de OZ, num mundo de fantasia, onde todos os absurdos são possíveis”, critica. O jurista Pedro Serrano complementa dizendo que as consequências de julgamentos e atuações políticas de setores do Judiciário abrem um caminho perigoso para que se tenha cada vez mais um paradigma autoritário, com medidas de exceção. “Estamos vivendo em um ambiente social contaminado cada vez mais por ideias autoritárias. Isso é perigoso. Entramos num período de muita incerteza, em que tudo pode acontecer”. Fonte: CUT Nacional

O mundo só é miserável para aqueles que nele projetam sua própria miséria. Michel Maffesoli

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Frente Nacional pelo Saneamento se reúne em Brasília e define ações para combater privatização DIVULGAÇÃO FNU

O encontro reuniu representantes de 12 estados em Brasília e avançou em pautas importantes em defesa do saneamento básico no país. A Federação Nacional do Urbanitários (FNU) reuniu em Brasília, nos dias 03 e 04 de abril, representantes de sindicatos filiados de todo o Brasil para discutir a restruturação da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA) e a criação do Observatório Nacional do Saneamento (Ondas). A iniciativa é fruto do comprometimento de mais de 50 entidades que representam movimentos sociais, sindicais e acadêmicos. Durante o último Fórum Social Mundial, realizado em Salvador em março deste ano, essas entidades entraram em um consenso sobre a necessidade de criar um canal de comunicação permanente para dialogar com a população, governo e demais setores da sociedade sobre os problemas, investimentos e, principalmente, discutir as estratégias de enfrentamento à Medida Provisória do Saneamento, que o presidente golpista Michel Temer pretende editar. O presidente da FNU, Pedro Blois, destacou a importância da reconstrução da Frente Nacional pelo Saneamento e da criação do Observatório Nacional do Saneamento para unificar as forças contra o processo de privatização das empresas públicas de água no país. “O objetivo de criar o Observatório é debater temas de vital importância para a luta contra a privatização dos serviços de saneamento e contra a privatização da água no país.A recriação da Frente Nacional pelo saneamento ambiental é necessária para que possamos fazer intervenções no Congresso Nacional e em diversos outros segmentos na sociedade, que pregam informações desconexas sobre o saneamento no país. O encontro representou uma concentração de esforços de grandes entidades que se uniram para defender o setor, que corre risco de privatização iminente”, comemorou. De acordo com Pedro Romildo, diretor do Sindae e da Confederação Nacional dos Urbanitários – CNU, o Observatório Nacional precisa existir para que se constitua um polo de discursão capaz de chamar a atenção da população sobre o que está sendo feito com os recursos hídricos e com a água no nosso país. “A Criação do Observatório Nacional é um pleito antigo. Era um anseio que a FNU e a CNU já havia preconizando há uns sete anos, mas por questões políticas, estruturais e financeiras não foi possível implementar antes. A ideia

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é coletar dados científicos de como está o saneamento básico no Brasil, a questão da distribuição de água, informar a população sobre as tarifas, aprimorar as nossas técnicas, fazer a capacitação dos movimentos sociais. Ou seja, há um conjunto de ações que pretendemos desenvolver e que são de fundamental importância para estabelecer o diálogo com a população, governo e agentes envolvidos nas questões do saneamento básico no Brasil”, afirmou. O secretário de saneamento ambiental da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste – FRUNE e diretor do Sindaa-Ba, Luiz Geovane Santana, que também esteve presente na reunião da Frente, lembrou que existe uma luta intensa contra a privatização do saneamento em diversos estados do nordeste, de maneira que os trabalhadores precisam estar cada vez mais organizados e mobilizados. Citou a grande vitória em Sergipe contra a privatização da DESO, mas manifestou preocupação com a situação em vários estados nordestinos, como Piauí e Alagoas, onde o embate está sendo bastante duro e necessita de grande solidariedade dos sindicatos de toda a região. Luiz Geovane também chamou atenção para o insidioso projeto de lei 495/2017, de autoria do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, que cria o chamado “mercado de águas” e possibilita inclusive a privatização dos mananciais hídricos, sendo ainda mais perverso do que a medida provisória de Temer. “A sociedade precisa combater essa iniciativa com bastante força, pois só beneficia grandes empresas multinacionais e põe em risco o futuro do povo brasileiro. Muitas dessas empresas estão comprando terras brasileiras ao redor dos mananciais, apenas aguardando o projeto do senador tucano ser aprovado para tomar conta da nossa água”, disse ele.

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O encontro representou uma concentração de esforços de grandes entidades que se uniram para defender o setor, que corre risco de privatização iminente”, comemorou.

Pedro Blois, presidente da FNU

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do, Secretário de Saneamento da CNU e dirigente do Sindae-Ba, Edson Aparecido da Silva, Assessor de Saneamento da FNU; Arilson Wunsch – executiva da FNU e do Sindiágua-RS; Maria José Salles, da FISENGE; e Leila Nascimento Novais Luiz, Secretária de Juventude da FNU e diretora do Sindaema-ES. A próxima plenária da FNSA está agendada para o dia 25 de abril em Brasília; e tem como objetivo definir as diretrizes e os enfrentamentos para os desafios dos próximos períodos. PRESSÃO NOS GABINETES

O governo segue na tentativa de editar a MP do Saneamento na perspectiva de privatizar a água no Brasil e entregar as reservas para as grandes corporações. Pensando nas movimentações do Congresso, um dia após o encontro para criação do Observatório Nacional, uma ação de sensibilização foi promovida por representantes da Frente Nacional em Defesa do Saneamento, na Câmara dos deputados em Brasília, para entrega do manifesto assinado por 38 entidades e que objetiva barrar os avanços da MP do saneamento que transita na Câmara dos Deputados. “A pressão nos gabinetes é contra a entrega das riquezas naturais dos brasileiros para as grandes corporações. A denúnDurante o encontro foi constituída uma cia nos gabinetes é um apelo aos deputados “Coordenação Provisória”, formada por Pe- para evitar que a água seja transformada em dro Blois, Presidente da FNU; Pedro Romil- mercadoria no Brasil”, disse Pedro Romildo.


LUIZ GEOVANE

Fama 2018 se consolida como a maior edição de todos os tempos A última edição do Fórum Alternativo Mundial da Água, realizado em Brasília entre os dias 17 e 22 de março, entrou para história como o maior Fórum da Água já realizado no país. Mais de 100 mil visitantes de 172 países participaram da edição, que reafirmou as principais bandeiras de lutas em defesa da água e a necessidade do entendimento da população e dos poderes públicos de que a água não pode ser transformada em mercadoria por se tratar de um bem essencial à vida. A edição deste ano inseriu o país como protagonista do maior de todos os fóruns já realizadas desde a criação do FAMA, que surgiu em oposição ao Fórum Mundial da Água (FMA), também conhecido como “Fórum das corporações”, uma iniciativa das empresas privadas que travam lutas históricas pela apropriação de reservas e fontes naturais de água e de outros bens públicos. De acordo com dados da organização do evento, durante a edição do FAMA 2018 mais de 109,6 mil pessoas participaram dos debates. Só no Centro de Convenções, mais de 10,6 mil congressistas se reuniram para construção de alternativas em defesa da água na capital federal. Em seis dias de intensos debates foram promovidas mais de 200 atividades entre eles palestras, seminários, atividades autogestionadas e assembleias, que além da representação de público brasileiro, contou com a participação de mais de 170 representantes internacionais. O Sindae integra-se à luta dos povos em defesa das águas na Bahia, no Brasil e no mundo e foi com esse compromisso que participou ativamente da construção da edição. O dirigente do Sindae e também secretário de Saneamento Ambiental da Federação Regional dos Urbanitários, Luiz

Geovane, fez um balanço sobre o evento. “O Sindae participou ativamente para que a edição do FAMA 2018 fosse um sucesso. Na Bahia, tivemos o compromisso de integrar a população e levar informações ao conhecimento da sociedade, dos movimentos sociais e sindicais sobre importância de defesa das águas, com a responsabilidade de abrir o debate de que a água não pode ser transformada em mercadoria, explorada e destruída para lucratividade dos negócios”, afirmou. Geovane destacou também que o Fórum deixou como resultado prático a consolidação de Fóruns Regionais em todo o Brasil. Segundo o dirigente, a proposta é que estes Fóruns Regionais se constituam como espaços permanentes de diagnóstico, acompanhamento e controle social da gestão de um bem público tão essencial à vida, mas que vem sendo sistematicamente perseguido pelo setor privado. “O evento não começou e não terminou entre os dias 17 e 22 de março. O Fórum não acabou ali. Saímos com o compromisso de construir alternativas importantes em defesa do saneamento no Brasil e no mundo. É importante destacar que todas as entidades presentes no Fórum estavam imbuídas no papel de conscientização de que a água não pode ser transformada em mercadoria por ser um direito fundamental para a continuidade da humanidade na terra”, finalizou. Além da participação nos debates, o Sindae saiu do FAMA com outro importante compromisso: consolidar a Frente Nacional Ampla do Saneamento, com o objetivo de combater as iniciativas de privatização no setor, que estão cada vez mais frequentes no país, além da tarefa de construir em parceria com a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE) o Coletivo Nordestino do Saneamento, iniciativa que visa criar um pacto nordestino de solidariedade entre todos os sindicatos da região.

Muitos trabalhadores da Embasa continuam sem atendimento do plano de saúde O sindicato voltou a cobrar do presidente da Embasa medidas efetivas para a melhoria no atendimento do plano de saúde aos trabalhadores. As reclamações se multiplicam, especialmente em cidades do interior do estado, como Itamaraju, Barreiras, Vitória da Conquista, Itabuna, entre outras. A principal reclamação dos trabalhadores é a ausência de rede de atendimento da Promédica no interior e a falta de interesse da operadora em buscar credenciamento de novos profissionais. Conseguir consultas e exames tem sido um martírio para os empregados, que tem que gastar muito telefone e sola de sapato pra conseguir atendimento em alguma clínica ou hospital, na maioria das vezes tendo que se deslocar para outros municípios distantes do seu local de trabalho. O presidente Rogério Cedraz respondeu ao questionamento do sindicato afirmando que iria cobrar mais empenho da diretoria da Promédica no credenciamento de clínicas, mas que no momento os trabalhadores devem pagar o atendimento em médicos particulares e solicitar o reembolso à operadora nos locais onde não houver rede credenciada. O problema é que nem sempre a operadora paga o valor integral da consulta desembolsado pelo trabalhador, pois sua tabela de reembolso tem valores muito defasados. Em resumo, é só sofrimento!

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Acordo de PLR da BRK Jaguaribe já está assinado e traz avanços O Sindae assinou na semana passada o acordo de Participação nos Lucros e Resultados 2017 da BRK Jaguaribe. O balanço auditado da empresa deve ser publicado no próximo dia 20 de abril e o pagamento da PLR aos trabalhadores está previsto para o mês de maio.

motivo de doença, licença médica ou acidente de trabalho.

A assinatura desse acordo foi uma grande vitória da categoria, após a rejeição em assembleia da primeira proposta da empresa, que previa vigência de dois anos e cujos critérios de apuração das metas foram considerados pouco transparentes pelos trabalhadores.

A empresa aceitou a proposta do Sindae ao definir, como parte das regras operacionais para cálculo e pagamento da PLR, que o critério de atingimento do resultado líquido positivo no ano seja considerado excluindo as despesas com o pagamento de dividendos aos acionistas e os juros sobre capital próprio. Essa mudança foi fundamental, pois a prioridade da participação dos trabalhadores nos resultados das empresas é princípio consolidado no artigo 190 da lei 6.404/1976.

A partir daí o sindicato foi para a mesa de negociação com a missão de fechar o acordo apenas do ano de 2017. Após um bom debate com a empresa o acordo acabou sendo fechado com importantes avanços. Ficou acertado que o tempo mínimo de trabalho efetivo para recebimento da PLR seria reduzido de seis para três meses, tanto para os empregados admitidos no período quanto para os demitidos sem justa causa, bem como para os afastados por

Também ficou acordado que a PLR será paga quando o caixa líquido proveniente das atividades operacionais seja superior a R$ 25 milhões. Esse ponto foi extremamente importante, pois é na gestão do caixa que os trabalhadores tem possibilidade efetiva de interferir positivamente com a ação direta de sua capacidade produtiva. A discussão da PLR de 2018 deve ser iniciada logo após o fechamento do novo acordo coletivo.

PLANTÃO DOS (AS) ADVOGADOS (AS) ABRIL/2018 ADVOGADO (A)

TURNO

TELEFONE

PESSOAL

Manhã Tarde

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18 12 e 26

12 e 26 18

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Manhã Tarde

– 10, 17 e 24

10, 17 e 24 –

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Manhã Tarde

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daniel@sindae-ba.org.br

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RECICLÁVEL

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Contato: (71) 3111-1700

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EMPRESAS PRIVADAS

Nesta quarta-feira (11/04) começam as negociações dos acordos coletivos da Cetrel S/A, DAC e BRK Jaguaribe. Nestas primeiras rodadas devem ser estabelecidos o modus vivendis das negociações, o calendário de reuniões e assinados os acordos provisórios para manutenção das cláusulas dos atuais acordos até que os próximos sejam fechados.Vamos à luta!

PPR

A Embasa se comprometeu a entregar ao sindicato a minuta completa e corrigida do acordo de PPR 2017 na semana passada para conferência e assinatura, mas até o momento não cumpriu com a palavra. A diretoria do Sindae vai cobrar novamente ao presidente da empresa, pois não há motivo para tanta demora. Ficou acertado que o índice de absenteísmo negociado com mediação do MPT só será aplicado em 2018 e o pagamento da PPR está previsto para a primeira quinzena de maio.

SALÁRIO NECESSÁRIO

ATENDIMENTO

Dr. Eduardo

eduardo@sindae-ba.org.br

TOMENota

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), filiado à FNU/CUT; UT Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfica do Sindae; Tiragem: 7.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – Bahia CEP: 40070-100; Tel.: (71) 3111-1700 Email: sindae@sindae-ba.org.br

Segundo estimativa divulgada semana passada pelo DIEESE, a partir dos dados da pesquisa da cesta básica do mês de março, o valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.706,44 ou 3,89 vezes o atual salário mínimo nacional, de R$ 954,00. O DIEESE faz esse cálculo levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

SINDAE NAS REDES

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