Cinema do IMS Poços, setembro de 2024

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Antonio Candido, anotações finais, de Eduardo Escorel (Brasil | 2024, 87’, DCP) [foto de Ana Luisa Escorel, 1967]

destaques setembro de 2024

Em março de 1925, a produtora Aurora-Film estreava aquele que é considerado o primeiro filme de ficção pernambucano. Realizado por jovens de classes média e baixa entusiastas do cinema americano, Retribuição foi a oportunidade de criarem, eles próprios, o que admiravam nas telas dos cinemas: perseguições, caça ao tesouro, lutas corporais, trens. O filme será exibido em uma nova digitalização 4K, com acompanhamento musical ao vivo de Lúcio Maia, ex-Nação Zumbi, acompanhado por Juba Carvalho e Pedro Regada.

Em Assexybilidade, o cineasta Daniel Gonçalves convida um grupo de pessoas com deficiência – tanto na frente quanto por trás das câmeras – para abordarem seus desejos, flertes e vida sexual, contrapondo o estereótipo capacitista da “pessoa def assexuada”. Em uma iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o diretor estará presente no IMS para discutir o filme junto a André Marinho e Marcela Prado.

Eduardo Escorel se debruça sobre os dois últimos cadernos escritos por Antonio Candido, entre 2015 e 2017. Interpretados pela voz de Matheus Nachtergaele, são textos que elaboram a fragilidade física, o noticiário, as saudades da esposa, preferências artísticas e os tempos passados em Poços de Caldas. A exibição de estreia contará com um debate entre o diretor e Maria José de Souza (Tita).

Ainda este mês, uma cinebiografia de Grande Othelo; a origem do movimento Black Rio nos bailes de soul music do Rio de Janeiro; um adolescente que precisa lidar com uma nova condição de saúde no sertão baiano; um épico show dos Talking Heads; e uma bela história de amor, demissão e remédios psiquiátricos.

[imagem da capa]

Retribuição, de Gentil Roiz (Brasil | 1925, 39’, DCP)

Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Brasil | 2023, 75’, DCP)
Stop Making Sense, de Jonathan Demme (EUA | 1984, 88’, DCP)
Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (Brasil | 2023, 86’, DCP)

filmes em exibição

Em cartaz

Antonio Candido, anotações finais

Eduardo Escorel | DCP

Assexybilidade

Daniel Gonçalves | DCP

Black Rio! Black Power!

Emílio Domingos | DCP

Cidade; campo

Juliana Rojas | DCP

Motel Destino

Karim Aïnouz | DCP

Missão Perséfone

Karim Aïnouz | DCP

O dia que te conheci

André Novais Oliveira | DCP

O último pub (The Old Oak)

Ken Loach | DCP

Othelo, o grande

Lucas H. Rossi dos Santos | DCP

Saudade fez morada aqui dentro

Haroldo Borges | DCP

Stop Making Sense (Stop Making Sense)

Jonathan Demme | DCP

restauração em 4K

Sessão Musicada

Retribuição | Gentil Roiz | DCP

com trilha musical ao vivo por Lúcio Maia, Juba Carvalho e Pedro Regada

Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida

Fernando Spencer | Arquivo digital

16:00 O último pub (113') 19:00 Motel Destino + Missão Perséfone (125')

19:00 Retribuição + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida (49') sessão com acompanhamento musical ao vivo de Lúcio Maia

Retribuição + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida (49') sessão com acompanhamento musical ao vivo de Lúcio Maia

16:00 Black Rio! Black Power! (75') 19:00 Othelo, o grande (83')

16:00 Cidade; campo (119') 18:30 Othelo, o grande (83')

Black Rio! Black Power! (75')

Saudade fez morada aqui dentro (110')

16:00 Saudade fez morada aqui dentro (110')

Othelo, o grande (83')

16:00 Assexybilidade (86') seguida de debate com Daniel Gonçalves, André Marinho e Marcela Prado. Mediação de Leandro Mizael.

19:30 Stop Making Sense (88')

16:00 Saudade fez morada aqui dentro (110')

18:30 Stop Making Sense (88')

19:00 Antonio Candido, anotações finais (87'), seguida de debate com Eduardo Escorel e Maria José de Souza (Tita). Mediação de Marcelo Leme.

19:00 O dia que te conheci (71')

16:00 O dia que te conheci (71')

19:00 Antonio Candido, anotações finais (87')

16:00 Saudade fez morada aqui dentro (110')

18:30 Assexybilidade (86')

16:00 Assexybilidade (86') 18:30 Black Rio! Black Power! (75')

Retribuição: a “gostosura” de fazer cinema

“Foi uma gostosura Retribuição, onde havia de tudo: trens, lanchas, policiais, perseguições, suplícios e também amor”.1 Assim Jota Soares relembrou o primeiro filme de ficção lançado pela produtora Autora-Film, criada no Recife na primeira metade da década. Jota se tornaria o principal memorialista das atividades cinematográficas desse período em que, entre 1924 e 1930, foram realizados em Pernambuco mais de 40 títulos, entre curtas e longas-metragens, de ficção e não ficção.

Filmes de não ficção, os chamados “naturais”, já vinham sendo produzidos no Recife desde os anos 1910, por cinegrafistas locais ou de outros estados. Mas a criação da Aurora-Film e, sobretudo, a estreia de Retribuição em março de 1925, atraindo grande interesse dos espectadores, que lotaram as sessões no Cinema Royal, desencadearam tamanho entusiasmo que, a partir daí, surgiram outras produtoras, e mais filmes foram realizados e exibidos nas salas da cidade, transformando o Recife em um local de significativa atividade cinematográfica.

Quase a totalidade dos filmes e fragmentos hoje preservados dessa produção foram exibidos na mostra Anos 1920: Recife em tempo de cinema, organizada no IMS Paulista em dezembro de 2023, 2 que procurou também estabelecer diálogos e contrapontos com curtas-metragens pernambucanos realizados nas décadas seguintes. Retribuição levou meses e meses sendo realizado. O diretor Gentil Roiz e o cinegrafista Edson Chagas, sócios da Aurora-Film, filmavam nos fins de semana, quando elenco e equipe tinham folga de seus respectivos empregos e ocupações. Usavam uma câmera de segunda mão, comprada a prestações e bastante precária. Completavam o núcleo inicial da Aurora, o ator e diretor Ary Severo e sua noiva, a atriz Almery Steves, que logo iriam se casar. Décadas depois, o casal seria homenageado pelo cineasta Fernando Spencer no curta Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida (1979), o complemento escolhido para a sessão de Retribuição.

1. Cunha Filho, Paulo C. (ed.). Relembrando o cinema pernambucano – Dos arquivos de Jota Soares. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Massangana, 2006, p. 61.

O sergipano Jota Soares só viria a se juntar ao grupo da Aurora depois da filmagem de Retribuição , passando a trabalhar como 2. Uma realização do Cinema do IMS, a mostra teve curadoria de Luciana Corrêa de Araújo, autora deste texto. [N.E.]

ator, diretor e em outras funções. Isso não o impediu, contudo, de traduzir com precisão o prazer do grupo em realizar a “gostosura” que foi Retribuição. Os jovens da Aurora, vindos quase todos das classes média e baixa, eram antes de tudo empolgados fãs de cinema – mais especificamente do cinema americano, comercial, de gênero. Retribuição representou a oportunidade de fazer, eles próprios, o que costumavam ver e admirar nas telas. Cenas com trens, lanchas, policiais, perseguições, suplícios e amor não faltavam nos gêneros mais populares da época, como os filmes de aventura, faroestes e seriados – referências que norteiam a primeira produção da Aurora.

Para o grupo da Aurora, o que importava não era tanto a originalidade. Retribuição permitiu àqueles jovens o desejado exercício dos clichês, a experiência prática com os recursos visuais, estéticos e narrativos que os atraíam nos filmes americanos. É assim que, ao longo de Retribuição, o que se vê em andamento é um processo de aprendizado da linguagem do cinema.

A preferência pelos seriados e filmes de aventura, já explícita no enredo, conduz a escolha pela locação do primeiro embate entre o par romântico e os bandidos. O terreno acidentado das ruínas de Palmira, em Olinda, traz uma dose de risco e perigo

físico às cenas de ação, ao mesmo tempo que oferece um cenário visualmente atrativo, mirando no exemplo das encostas traiçoeiras dos filmes de faroeste. Não faltam as brigas e trocas de socos entre mocinhos e malfeitores. Se a caracterização do bando e de seu esconderijo remete de imediato aos filmes hollywoodianos de gênero, os apelidos fazem questão de marcar o sabor da fala nordestina: Corisco,3 Bala N’Agulha, Timbira, Maciota.

Atentos às práticas do cinema americano, tão valorizadas pela campanha em defesa do cinema brasileiro que então começava a ser promovida pelos jornalistas Adhemar Gonzaga e Pedro Lima nas revistas cariocas Para Todos... e Selecta, os jovens da Aurora não descuidaram da política do estrelismo. Contaram para isso com a atriz Almery Steves e sua expressiva graciosidade diante da câmera. As revistas cariocas, incluindo Cinearte, que seria fundada em 1926, iriam trazer fotos suas nas colunas dedicadas a cinema brasileiro ou mesmo na capa, como aconteceu em novembro de 1926 em Selecta. Mas já

na cena inicial de Retribuição, a da morte do pai, o filme reserva a Almery um tratamento que afirma seu status de estrela: um primeiro plano cuidadosamente iluminado e enquadrado a destaca em relação ao ambiente e demais personagens, aliando a dramaticidade da cena à beleza de seu rosto, que se volta para o alto, com a luz ressaltando suas feições, emolduradas pelo cabelo escuro.

Retribuição é testemunho do fascínio pelo cinema hollywoodiano e também da dificuldade em seguir seus parâmetros. O uso recorrente, quando não excessivo, das cartelas com diálogos explicita a insegurança quanto à própria capacidade de narrar uma história de forma menos dependente das palavras. E, mesmo assim, as tantas cartelas ainda não são suficientes para resolver as incongruências da trama.

Em termos de solução narrativa, porém, chama a atenção o curioso recurso a dois flashbacks de uma mesma cena, com a variação entre pontos de vista (e montagens ligeiramente diferentes), sendo o primeiro contado pelo mocinho e o segundo, pelo chefe dos bandidos.

3. É improvável que seja referência ao cangaceiro, que na época de realização do filme ainda estava se iniciando no cangaço.

Depois de Retribuição, os filmes de ficção silenciosos realizados em Pernambuco iriam ora enfatizar o diálogo com o cinema de gênero, ora buscar traços mais regionais. É uma dinâmica que se percebe em outras

produções do mesmo período, no Brasil e na América Latina, como a mostra Anos 1920: Recife em tempo de cinema procurou ressaltar, inserindo na programação o brasileiro Tesouro perdido (Humberto Mauro, 1927), o mexicano O trem fantasma (El tren fantasma, Gabriel García Moreno, 1927) e o colombiano Bajo el cielo antioqueño (Arturo Acevedo, 1925) – todos realizados fora das capitais de seus países, configurando as chamadas “produções regionais”.

Para a mostra, a Cinemateca Brasileira realizou uma digitalização em 4k de Retribuição, a partir de uma cópia em nitrato, provavelmente confeccionada na época do lançamento. Graças a essa nova cópia digital, é possível apreciar um traço estético do filme que durante décadas ficou omitido devido aos materiais em preto e branco, e em geral de baixa qualidade, aos quais se tinha acesso: o uso das cores. Por meio das técnicas de tingimento e viragem, cores haviam sido aplicadas na cópia em nitrato, e agora foram reproduzidas no processo de digitalização. Vermelhos, verdes e sépias, entre outros tons, surgem na tela para imprimir maior teor dramático e proporcionar bonitos efeitos visuais.

A nova cópia digitalizada de Retribuição tem ganhado mais outra camada de significação e fruição – não só estética mas

também narrativa – nas sessões promovidas com trilha sonora ao vivo, tocada pelo trio de músicos que tem à frente o guitarrista Lúcio Maia. Retomando a prática do acompanhamento musical do período do cinema silencioso, eles trazem uma releitura contemporânea para essa produção quase centenária.

Retribuição (1925) + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida (1979), com trilha musical ao vivo por Lúcio Maia

Filme de aventura com busca de tesouro, sequestro e brigas, Retribuição (1925) marca a estreia da Aurora-Film, uma das principais produtoras em atuação nos anos 1920, da qual faziam parte a atriz Almery Steves e o diretor e ator Ary Severo. O casal é tema do documentário Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida (1979), reunindo fotos, filmes e depoimentos, nos quais os dois contam sua experiência com “esse negócio de cinema”.

O filme de Roiz será exibido em uma digitalização inédita produzida por uma parceria entre o IMS e a Cinemateca Brasileira e contará com acompanhamento ao vivo de Lúcio Maia.

Entrada gratuita. Distribuição de senhas 60 minutos antes da exibição. Limite de uma senha por pessoa. Sujeito à lotação da sala.

Retribuição

Gentil Roiz | Brasil | 1925, 39’, DCP (Cinemateca Brasileira)

A história da mocinha que recebe do pai moribundo um mapa do tesouro e, auxiliada pelo galã, enfrenta os bandidos, também dispostos a colocar a mão na fortuna.

Dirigido por Gentil Roiz e lançado em 1925, Retribuição é considerado o primeiro filme de enredo pernambucano. Nas duas sessões exibidas no IMS Poços, o filme ganha trilha ao vivo de Lúcio Maia, guitarrista que despontou com a banda Nação Zumbi e que tem assinado diversas trilhas sonoras, como as dos longas Baile perfumado, Amarelo manga e Linha de passe O músico se apresenta com seu trio, que conta com Juba Carvalho (percussão) e Pedro Regada (teclados analógicos).

Esta nova cópia foi produzida em outubro de 2023 pela Cinemateca Brasileira especialmente para a mostra Anos 1920: Recife em tempo de cinema, uma realização do Cinema do IMS, com curadoria de Luciana Corrêa de Araújo. A digitalização de Retribuição foi feita em 4k a partir de uma cópia de imagem em nitrato (suporte fílmico utilizado até a década de 1950), que possui diversos trechos com tingimentos e viragens, técnicas de colorização utilizadas com frequência nos filmes silenciosos. A cópia digital de Retribuição reproduz as cores do material em nitrato e apresenta uma qualidade de imagem muito superior às cópias bastante precárias que circularam nas últimas décadas.

Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida

Fernando Spencer | Brasil | 1979, 10’, Arquivo digital (Cinemateca Pernambucana)

Documentário sobre os pioneiros Ary Severo (diretor, argumentista, ator e roteirista) e Almery Steves, sua esposa, atriz de quatro filmes desse período: Retribuição, Aitaré da praia, Destino das rosas e Dança, amor e ventura

Antonio Candido, anotações finais

Eduardo Escorel | Brasil | 2024, 87’, DCP (Bretz Filmes)

“Na madrugada de 12 de maio, oito meses antes dessa tarde de chuva em São Paulo, eu morri”, diz calmamente nos primeiros minutos de filme a voz do ator Matheus Nachtergaele, que faz a interpretação dos textos de Antonio Candido, morto em 2017, aos 98 anos. “Ao morrer, deixei meus cadernos de anotações no armário do corredor interno do apartamento onde morava há 21 anos. Comecei o primeiro caderno aos 15 anos, quando cursava o quarto ano ginasial, seguindo a recomendação de minha mãe, Clarice, uma mulher luminosa e grande leitora. Foi ela quem me aconselhou a registrar minhas impressões de leitura quando viu que eu estava resumindo, por escrito, um texto de divulgação sobre filósofos gregos. Nas décadas seguintes, destruí muitos desses cadernos em rompantes negativistas.”

Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. Baseado nos dois últimos, o filme se debruça sobre textos escritos entre 2015 e 2017. Os sinais de fragilidade física, notícias de jornal, a derrubada de Dilma Roussef da presidência da República, preferências literárias, musicais e cinematográficas, evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas e lembranças de Gilda de Mello e Souza são temas recorrentes.

[Foto de Ana Luisa Escorel, 1967]

Ingressos:

Dia 26 de setembro - exibição seguida de debate com Eduardo Escorel, Maria José de Souza (Tita) e mediação de Marcelo Leme: Entrada gratuita. Distribuição de senhas 60 minutos antes da exibição. Limite de uma senha por pessoa. Sujeito à lotação da sala.

Dia 28 de setembro: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Assexybilidade

Daniel Gonçalves | Brasil | 2023, 86’, DCP (Olhar Filmes)

Histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. Um filme que fala sobre flerte, beijo na boca, namoro, masturbação, capacitismo e –óbvio – sexo. O diretor Daniel Gonçalves ouve das pessoas com deficiência aquilo que socialmente não é esperado que elas digam e façam, rompendo com o estereótipo de que seriam seres assexuados, angelicais, especiais ou, mesmo, desprovidos de desejos. “Nós fodemos e fodemos bem”, dizem por aí.

“O que é essa coisa do ser normal? É uma construção sociocultural”, diz o diretor Daniel Gonçalves em entrevista ao programa Conversa com Bial. “Na época das cavernas, as pessoas com deficiência eram mortas. O tempo passou, e passamos a ser vistos como demônios. Na época da Reforma Protestante, o Lutero dizia que pessoas que hoje seriam consideradas autistas não tinham alma. Passou mais um tempo fomos alçados à categoria de anjos. Acho que muito em função de um ideal cristão mesmo. Um anjinho que eu posso ajudar. Uma coisa de caridade. ‘Ai, eu dou alguma coisa pra ele, mas desde que ele fique naquele lugar. Ele não precisa vir pra junto de

mim.’ Aí, mais recentemente, eu diria que de 20, 10 anos pra cá, pessoas como eu, que têm algum tipo de voz, de ímpeto, começamos a falar pra poder tentar mudar isso. E essa história do anjinho, isso até o Dudé, que é um dos personagens do filme, fala na entrevista: se você tem um filho com deficiência e você acha que ele é um anjinho, esse filho uma hora vai começar a ter desejo como toda pessoa – tenha ela uma deficiência ou não. E aí como você vai lidar quando aquele seu anjinho de candura começar a ter desejo?

Ou o caminho inverso, como alguém pode ter algum desejo sexual em relação ao meu anjinho. Então o Assexybilidade vem muito pra dar uma escancarada nisso. Dizer que não é anjo coisa nenhuma, é pessoa.”

[Depoimento extraído de: bit.ly/assexybilidadedg]

Ingressos:

Dia 21 de setembro - exibição seguida de debate com Daniel Gonçalves, André Marinho e Marcela Prado e mediação de Leandro Mizael: Entrada gratuita. Distribuição de senhas 60 minutos antes da exibição. Limite de uma senha por pessoa. Sujeito à lotação da sala.

Dias 22 e 29 de setembro: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Emílio Domingos | Brasil | 2023, 75’, DCP (Taturana Filmes)

Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro nos anos 1970. A partir das trajetórias de Dom Filó e da equipe de som Soul Grand Prix, o filme apresenta a importância da cena musical na luta por justiça racial durante a ditadura militar brasileira, sua influência no hip hop e no funk, e o impacto nas novas gerações do orgulho negro e da valorização estética difundidos há décadas.

“Meu filme retrata o Rio de Janeiro do subúrbio, da periferia negra que se organiza, que se mobiliza, que se reúne, que comemora a vida, que afirma a sua identidade e que, nos anos 1970, por meio desses bailes, conseguiu gerar uma grande reflexão sobre a própria negritude”, declara Domingos em entrevista ao Correio da

Manhã. “A Black Rio foi um movimento que unia quase um milhão de pessoas por mês, dançando. Lançaram vários discos que invadiram a indústria fonográfica. Começaram a ganhar uma força muito grande, a ponto de incomodar, serem boicotados e sofrerem um grande apagamento.” Resultado de uma pesquisa extensa, realizada ao longo de mais de 10 anos, Black Rio! Black Power! faz parte de uma cinematografia dedicada a explorar diferentes movimentos e tecnologias da juventude negra e periférica, como A batalha do passinho (2012), Deixa na régua (2015) e Favela é moda (2019), todos dirigidos por Emílio Domingos. “A Black Rio influenciou tudo que veio depois, em relação à negritude, à própria conscientização do povo negro, e acho que o movimento está muito vivo hoje em dia. [...] A Black Rio está presente nos bailes funk no sentido da tecnologia da festa. Eles criaram essa tecnologia do baile que a gente tem hoje. Em termos ideológicos, acho que no hip hop e no rap brasileiro, a afirmação do negro, numa politização importante, deve muito à Black Rio. Os bailes não eram só diversão. É isso que o filme tenta mostrar.”

[Depoimentos extraídos de: bit.ly/blackrioed]

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Cidade; campo

Juliana Rojas | Brasil, Alemanha, França | 2024, 119’, DCP (Vitrine Filmes)

Duas histórias de migração.

Após o rompimento de uma barragem inundar sua terra natal, a trabalhadora rural Joana se muda para São Paulo para encontrar sua irmã Tânia, que mora com o neto Jaime. Joana terá que lutar por melhores condições de vida na “cidade do trabalho”.

Flávia se muda com sua companheira, Mara, para a fazenda que herdou do pai recém-falecido. O casal em busca de uma nova vida tem um choque de realidade ao enfrentar o cotidiano rural, e a natureza vai obrigá-las a confrontar antigas lembranças e fantasmas.

“A motivação original pro filme veio de uma vontade de falar sobre esses deslocamentos. Sobre o local de origem e a adaptação em um local que seja diferente. E da diferença de vivência entre cidade e campo, que são espaços com uma identidade diferente, um tempo diferente, uma relação com a natureza que é diferente”, comenta

Black Rio! Black Power!

Rojas em entrevista à RFI Brasil. “Eu sempre pensei em construir um filme com duas histórias que não se conectassem, que fossem personagens distintos em lugares distintos, mas que eu pudesse mostrar as duas perspectivas: de quem sai do campo pra cidade e de quem vai da cidade pro campo. Sempre pensando em o campo estar no final como se fosse um regresso à nossa origem, à nossa ancestralidade.”

Protagonizado por Fernanda Vianna, Mirella Façanha e Bruna Linzmeyer, Cidade; campo teve sua estreia mundial na seção Encounters do Festival de Berlim deste ano, onde foi premiado com Melhor Direção.

[Íntegra da entrevista em: bit.ly/cidadecampojr]

Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

Motel Destino

Karim Aïnouz | Brasil, França, Alemanha | 2024, 115, DCP (Pandora Filmes)

O Motel Destino, um motel de beira de estrada que fervilha sob o céu azul escaldante da costa nordeste do Brasil, é administrado por Elias, um homem de cabeça quente, e sua inquieta esposa Dayana. A chegada inesperada de Heraldo, um jovem em fuga, perturba a ordem estabelecida.

O mais recente filme de Karim Aïnouz, diretor de Madame Satã (2002), O céu de Suely (2006) e A vida invisível (2019), estreou este ano na mostra competitiva do Festival de Cannes. Em entrevista ao portal DW, por ocasião da estreia, o diretor comentou: “Eu acho que sexo e comédia têm a ver com a vida. Não são questões morais, são sinais

de vida. Depois desses quatro anos de tanto terror e energia de morte, cheguei no set querendo mostrar cor e vida. É um filme em que explode cor, explode tesão, explode humor. É um filme muito inspirado em pornochanchadas e naqueles programas policiais que passam na TV tipo ao meio-dia. É um policial erótico.”

“O motel é um lugar onde tudo é permitido. É uma arena dramatúrgica muito brasileira. Sim, é algo que só tem no Brasil. Acho que só tem uns na Colômbia, em Tóquio. Mas o motel como instituição, com essa arquitetura toda especial, isso é uma coisa nossa. Uma verdadeira invenção brasileira. E que me permitiu usar muita fantasia neste filme.”

[Íntegra da entrevista: bit.ly/moteldestinoka]

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Missão Perséfone

Karim Aïnouz | Brasil, Alemanha | 2020, 10’, DCP (Acervo IMS)

No ano de 3020, a Humanidade completa 1000 anos em um corpo celeste localizado na constelação austral da Baleia, conhecido como Superterra por seus habitantes…

Missão Perséfone será exibido junto ao longa-metragem Motel Destino. O filme fez parte do IMS Convida, programa de incentivo à criação artística concebido para vigorar durante o período de quarentena devido à pandemia do coronavírus. Lançado pelo Instituto Moreira Salles em abril de 2020, o programa se estendeu até outubro do mesmo ano e convidou 171 artistas e coletivos de diferentes origens e frentes de atuação.

O dia que te conheci

André Novais Oliveira | Brasil | 2023, 71’, DCP (Malute Filmes)

Zeca todo dia tenta levantar cedinho para pegar o ônibus e chegar, uma hora e meia depois, na escola da cidade vizinha, onde trabalha como bibliotecário. Acordar cedo anda cada vez mais difícil, há algo que o impede de manter esse cotidiano. Um dia, Zeca conhece Luisa.

O dia que te conheci é o terceiro longa de André Novais Oliveira, diretor de Temporada (2018), Ela volta na quinta (2014) e uma série de curtas-metragens que circularam o mundo, como Fantasmas (2010) e Quintal (2015). “Desde Fantasmas, meu primeiro curta, de 2010, tento fazer os diálogos naturalistas e fazer com que as atuações soem o mais legítimas possível”,

comenta em depoimento disponibilizado no material de imprensa do filme. “Esse foi um trabalho muito prazeroso e divertido, e aberto a improvisos. Em cada longa, trago uma nova dosagem de abertura ao inesperado.”

“Sempre tive muita vontade de tentar o humor nos filmes, e tanto a Grace [Passô] quanto o Renato [Novaes] são bons de comédia também. Eles têm um timing de humor, e equilibrar com o drama foi intuitivo. É muito gostoso ver piadas, ou coisas que nem eram para serem engraçadas, mas acabam com o público. Fico muito feliz.” Filmado ao longo de dez dias entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022, o filme de Oliveira dialoga com referências que vão desde os cineastas Abbas Kiarostami e Apichatpong Weerasethakul, o compositor norte-americano William Grant Still e a cena do rap contemporâneo brasileiro: “O rap é muito importante no filme. Eu queria muito evidenciar que o Zeca gosta de rap, e mostrar isso nos mínimos detalhes, como na direção de arte. Tem tudo a ver com a cena do rap em BH, que tem crescido bastante. Não à toa, Djonga, Matéria Prima e o Fabrício FBC estão na trilha, além do FBC fazer uma participação como ator, que me deixou muito feliz.”

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

O último pub

The Old Oak Ken Loach | Reino Unido, França, Bélgica | 2023, 113’, DCP (Synapse)

No mais recente filme de Ken Loach, o dono de um pub luta para manter seu negócio vivo em uma cidade decadente. Quando refugiados sírios começam a ocupar as casas vazias da região, a tensão aumenta, e a união dos habitantes locais é colocada à prova.

“Fizemos dois filmes no nordeste [da Inglaterra]”, comenta Ken Loach em uma extensa entrevista à revista Jacobina. “O primeiro [Eu, Daniel Blake, 2016] sobre a forma como as pessoas vulneráveis não recebem o apoio financeiro a que têm direito por um Estado que vê a pobreza como uma forma de disciplinar punitivamente a classe trabalhadora. O segundo filme [Você não estava aqui, 2019] foi sobre a insegurança do trabalho, a economia em torno dos empregos temporários e informais. Nessas

situações, o trabalhador não tem qualquer segurança no emprego e é visto como um contrato independente, quando na realidade se trata de um empregado – porém, sem os direitos dessa posição e, na verdade, sem quaisquer direitos trabalhistas. Tratava-se das consequências desses trabalhos para a vida familiar.”

“A região nordeste da Inglaterra desperta interesse por ser muito específica, por ter características singulares e uma cultura de classe trabalhadora muito forte. Ela se baseia nos antigos setores, como construção naval, aço e mineração de carvão. E todos eles desapareceram; todos eles foram fechados. Os vilarejos são exemplos muito claros e visuais do que está acontecendo – ou seja, das consequências do neoliberalismo. Nada deve impedir que as empresas privadas obtenham o máximo de lucro possível. Portanto, não se pode tolerar sindicatos fortes, por exemplo. Não se pode tolerar organizações fortes. Não se pode tolerar a resistência dos trabalhadores e as demandas por melhores salários, porque isso atrapalha os lucros e a concorrência.”

“[...] A mina, as casas ao redor, a igreja, o bem-estar dos mineiros, o pub, a escola, o médico e o campo – quando a mina fecha, tudo fecha com ela, exceto as pessoas que ainda permanecem e são abandonadas. Queríamos contar essa história, mas precisávamos de um catalisador que a revelasse. E Paul [Laverty, roteirista] ouviu a história da chegada dos refugiados sírios da guerra na Síria. Eles foram enviados para lá porque ninguém daria notícias deles. A imprensa

de direita não ficaria reclamando deles o tempo todo; são pessoas fora do radar, ninguém passa por lá – não veem motivo para isso. Eles chegam traumatizados da guerra e não trazem nada além de uma mala e a roupa do corpo. E a população local também é despossuída. Como essas duas comunidades conviverão?”

“Muitos moradores locais estão amargurados e irritados com o que aconteceu com seu vilarejo, que era uma comunidade próspera e forte. Agora ela está vazia. Paralelamente, tem-se a tradição antiga dos mineiros, baseada na solidariedade e no internacionalismo. Quando houve a grande greve [de 1984], eles foram para outros países e pessoas de outros países foram para os seus, e eles foram recebidos com muita hospitalidade. O que aconteceu com isso? Essa tradição ainda existe? Ou ela foi dominada pela amargura, pela raiva e pelo ressentimento? Qual dessas duas tendências vencerá? Os sírios não falam o idioma local e não possuem nada. Eles poderão viver juntos? Ou o ressentimento vencerá no final?”

[Íntegra da entrevista em: bit.ly/ultimopubkl]

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Othelo, o grande

Lucas H. Rossi dos Santos | Brasil | 2023, 83’, DCP (Livres Filmes)

Grande Othelo foi um dos mais brilhantes atores brasileiros do século XX. Negro, órfão e neto de escravizados, ele desafiou o racismo estrutural ao eternizar seus personagens no cinema e na TV, abrindo caminhos para as futuras gerações de artistas negros. O filme oferece uma visão íntima e pessoal do homem que se tornou um ícone, deixando um legado inestimável na cultura brasileira.

Com uma profunda habilidade criativa e de encenação, Othelo trabalhou com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane, José Carlos Burle e Nelson Pereira dos Santos. Além de construir uma narração em primeira pessoa, a partir de depoimentos de ator, o filme conta com participação especial da atriz Zezé Motta e traz imagens raras de arquivo, feitas em pesquisas na Cinemateca Brasileira.

“Fazer um filme sobre Grande Othelo é, para mim, um movimento ancestral, visto que todos nós, negros que trabalhamos com arte no Brasil, seguimos seus rastros ao longo de nossos caminhos. Porém, seu nome anda esquecido no século XXI e completamente desconhecido para as novas gerações”, declara o diretor Lucas H. Rossi dos Santos. “Ele foi um dos maiores artistas do Brasil e o primeiro ator negro conhecido nacional e internacionalmente. Sua carreira acompanhou o desenvolvimento cultural do país, participando de todos os grandes momentos: desde os cassinos, passando pelo cinema – das chanchadas ao Cinema Novo –, e pegando todo o sucesso da televisão. A linguagem do filme tem como foco a abordagem do sujeito Sebastião por ele mesmo, em primeira pessoa. Negro, ator, umbandista, pai de cinco filhos e um homem cheio de feridas expostas ao lutar contra o racismo em uma vida marcada por tragédias, desde a infância até a sua morte. [...] E, mais do que uma grande e necessária homenagem, este documentário é também uma releitura política sobre Othelo e um resgate histórico da memória deste ícone da cultura brasileira que, como sempre, proporcionou ao público negro brasileiro excelentes oportunidades para se reconhecer nas telas.”

Othelo, o grande foi vencedor do prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio, em 2023 e teve pré-estreia no 13º BlackStar Film Festival, em agosto deste ano, nos EUA.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Saudade fez morada aqui dentro

Haroldo Borges | Brasil | 2022, 110’, DCP (Cajuína Audiovisual)

Numa pequena cidade do sertão baiano, Bruno é um menino de 15 anos que está perdendo a visão de forma irreversível. Ao mesmo tempo que lida com as primeiras questões da adolescência, o menino e seu entorno têm de aprender a lidar com a nova condição.

Dirigido por Haroldo Borges, do coletivo baiano Plano 3 Filmes, em sua carreira por festivais, Saudade fez morada aqui dentro foi vencedor do prêmio de Melhor Longa-Metragem no Festival de Mar del Plata, em 2022. Em 2023, foi eleito Melhor Filme na mostra Novos Rumos do Festival do Rio; recebeu o troféu da Crítica, na categoria longa-metragem da Mostra de Cinema de Gostoso; e cinco troféus no Festival Aruanda, incluindo Melhor Longa pelos júris oficial e da crítica, Melhor Roteiro e Melhor Ator, para Bruno Borges, parte de

um elenco de atores não profissionais recrutados em pesquisas em escolas públicas de Salvador, na Bahia.

“Nós vimos 1300 crianças até chegarmos ao Bruno e, a partir do que eles faziam, da química que havia entre eles, descobrimos os personagens; todos têm o mesmo nome da vida real. Bruno se destacou desde o início. E desde o começo ele era um menino muito corajoso, estava sempre disposto a correr riscos, a fazer exercícios, era impressionante”, declarou Borges em entrevista ao portal argentino Filo News. “Tínhamos uma equipe pequena. Filmamos de forma bem discreta no vilarejo, onde as próprias pessoas não sabiam que estávamos filmando. Mais tarde, muitas delas fizeram parte da equipe, e parecia que estávamos fazendo tudo juntos, não havia aquela coisa tão presente de hierarquia e ordem no cinema.”

[Depoimentos extraídos de: bit.ly/ saudadefezmoradahb]

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Stop Making Sense

Stop

Making Sense

Jonathan Demme | EUA | 1984, 88’, DCP (O2 Play), cópia restaurada em 4K

A banda Talking Heads apresenta suas músicas mais memoráveis em uma apresentação ao vivo filmada ao longo de três noites no Pantages Theater de Hollywood, em dezembro de 1983. Dirigido por Jonathan Demme (que faria mais tarde O silêncio dos inocentes e Filadélfia) a convite de David Byrne, o filme é um marco na história dos filmes de concerto musical e retorna ao cinema em nova restauração em 4K em comemoração de seu aniversário de 40 anos de lançamento. Stop Making Sense é estrelado pelos principais membros da banda, David Byrne, Tina Weymouth, Chris Frantz e Jerry Harrison, além de Bernie Worrell, Alex Weir, Steve Scales, Lynn Mabry e Edna Holt.

“No início de 1983, Gary Goetzman e eu fomos ver minha banda favorita, os Talking Heads, no Hollywood Bowl, em Los Angeles. O show foi como ver um filme que estava esperando para ser filmado. Procuramos David Byrne e lhe apresentamos a ideia de nos unirmos para fazer o filme”, comentou Demme em entrevista junto a David Byrne para a Time Magazine, por ocasião dos 30 anos da obra. “David realmente viu esse filme em sua própria cabeça muito antes de nós chegarmos e convencê-lo.”

Sobre o trabalho de Demme, Byrne comenta que o cineasta “viu coisas no show que eu não sabia que existiam ou que não sabia o quanto eram importantes. [...] Ele observou a interação das pessoas no palco, que funcionava como se todos tivessem a mesma importância em cena, se víssemos como um roteiro de cinema. Ele também percebeu que, para trazer o espectador para essa percepção, o filme não teria entrevistas ou imagens do público até quase o final.”

[Íntegra da entrevista, em inglês: bit.ly/stopims]

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Instituto Moreira Salles

Cinema

Curador

Kleber Mendonça Filho

Programadora

Marcia Vaz

Programador adjunto

Thiago Gallego

Produtora de programação

Quesia do Carmo

Assistente de programação

Lucas Gonçalves de Souza

Projeção

Fagner Andrades e Gilmar Tavares

Revista de Cinema IMS

Produção de textos e edição

Thiago Gallego e Marcia Vaz

Diagramação

Marcela Souza e Taiane Brito

Revisão

Flávio Cintra do Amaral

Os filmes de setembro

O programa do mês tem o apoio da Cinemateca Brasileira, da Cinemateca Pernambucana, do Conpede, das distribuidoras Bretz

Filmes, Cajuína Audiovisual, Livres Filmes, Malute Filmes, Olhar Filmes, Pandora Filmes, Synapse, Taturana Filmes, Vitrine Filmes e do projeto Sessão Vitrine Petrobras.

Agradecemos André Marinho, André Novais Oliveira, Carmen Galera, Daniel Gonçalves, Eduardo Escorel, Élida Silpe, Elisa Ximenes, Emílio

Domingos, Guilherme Albani, Luiz Bretz, Marcela Prado, Márcio Augusto Scherma, Maria José de Souza (Tita) e Thiago Macêdo Correia.

Sessão musicada: Retribuição + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida

Realização: Instituto Moreira Salles

Curadoria: Luciana Corrêa de Araújo

Curadoria musical: Juliano Gentile

Sessão com acompanhamento musical: Lúcio Maia (guitarra e efeitos), Juba Carvalho (percussão), Pedro Regada (teclados)

Som e iluminação: Astra Sonorização e Iluminação

Venda de ingressos

Ingressos à venda pelo site ingresso.com e na bilheteria do centro cultural, para sessões do mesmo dia. No ingresso.com, a venda é mensal, e os ingressos são liberados no primeiro dia do mês.

Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala. Capacidade da sala: 85 lugares.

Meia-entrada

Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública e privada, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem, maiores de 60 anos e titulares do cartão Itaú (crédito ou débito).

Devolução de ingressos

Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site Programa sujeito a alterações. Eventuais mudanças serão informadas no site ims.com.br e no Instagram @imoreirasalles. Confira as classificações indicativas no site do IMS.

Saudade fez morada aqui dentro, de Haroldo Borges (Brasil | 2022, 110’, DCP)

O dia que te conheci, de André Novais Oliveira (Brasil | 2023, 71’, DCP)

Visitação: terça a sexta, das 13h às 19h. Sábados e domingos, das 9h às 19h. Entrada gratuita.

Sessões de cinema: Quintas e sextas, a partir das 19h. Sábados e domingos, a partir das 16h.

Rua Teresópolis, 90 CEP 37701-058

Cristiano OsórioPoços de Caldas ims.pc@ims.com.br

ims.com.br

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