Cinema do IMS Paulista, fevereiro de 23

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cinema fev.2023
Sideral, de Carlos Segundo (Brasil, França | 2021, 15’, DCP)

destaques de fevereiro 2023

Em fevereiro, um conjunto de filmes que interpretam o real a partir dos domínios da fantasia e da ficção científica.

Nos fundos de um terreno em Sol Nascente, na Ceilândia de um futuro próximo, um grupo de mulheres desenvolve as próprias técnicas para extrair e refinar petróleo. Este é o pano de fundo do mais novo longa-metragem de Adirley Queirós e Joana Pimenta, em cartaz a partir de 23 de fevereiro. Em março, a obra completa de Adirley será revista e debatida no Cinema do IMS.

Produzidos desde lugares e pontos de vista distintos, os recém-lançados Fogo-fátuo, do português João Pedro Rodrigues, e Fantasma neon, do brasileiro Leonardo Martinelli, exploram o universo das fantasias musicais para abordar questões sociais como a herança do colonialismo e a precarização do trabalho. Junto a eles, um conjunto especial de curtas-metragens que inclui filmes de Everlane Moraes, Nara Normande e Carlos Segundo. Em paralelo à exposição em cartaz Moderna pelo avesso, um ensaio visual sobre a produção fotográfica e urbanização no Brasil durante a Primeira República, Tormenta, filme de 1930 dirigido por Arthur Serra, será exibido em cópia 35 mm com trilha sonora inédita executada ao vivo por Juliana Perdigão e Craca. Tormenta é um dos poucos longas-metragens de ficção do período silencioso brasileiro que resistiu até os dias atuais.

[imagem da capa]

Mato seco em chamas, de Joana Pimenta e Adirley Queirós (Brasil, Portugal | 2022, 153’, DCP)

O massacre da serra elétrica (The Texas Chainsaw Massacre), de Tobe Hooper (EUA | 1974, 83’, DCP)

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Tormenta, de Arthur Serra (Brasil | 1930, 63’, 35mm) Fantasma neon, de Leonardo Martinelli (Brasil | 2021, 20’, DCP)

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16:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

17:30 Decisão de partir (138’)

20:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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16:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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20:00 Tormenta - Sessão com trilha ao vivo de Juliana Perdigão e Craca (65’)

20:00 Tormenta - Sessão com trilha ao vivo de Juliana Perdigão e Craca (65’)

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16:00 Perlimps (80’)

18:00 Perlimps (80’)

20:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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16:00 Perlimps (80’)

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20:00 4 filmes na sessão: A gente acaba aqui + Dia estrelado + Fantasma neon + Sideral (66’) 21

Neste dia o IMS Paulista estará fechado

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16:00 Perlimps (80’)

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18:30 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

20:00 O massacre da serra elétrica (83’)

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15:45 Perlimps (80’)

17:20 O massacre da serra elétrica (83’)

19:00 Mato seco em chamas (153’)

15:45 Perlimps (80’)

17:20 O massacre da serra elétrica (83’)

19:00 Mato seco em chamas (153’)

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16:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

17:30 Decisão de partir (138’)

20:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

21:30 Marte Um (115’)

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16:15 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

17:45 Decisão de partir (138’)

20:30 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

22:00 Shortbus (102’)

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14:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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18:30 4 filmes na sessão:

A gente acaba aqui + Dia estrelado + Fantasma neon + Sideral (66’)

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14:00 Perlimps (80’)

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18:15 Perlimps (80’)

20:00 Fogo-fátuo + Fantasma neon (87’)

21:45 Marte Um (115’)

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14:00 Marte Um (115’)

16:45 Perlimps (80’)

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14:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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17:20 O massacre da serra elétrica (83’)

19:00 Mato seco em chamas (153’)

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22:00 O massacre da serra elétrica (83’) Programa

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14:00 Perlimps (80’)

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18:15 Perlimps (80’)

20:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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14:00 Um jóquei cearense na Coreia (75’)

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17:30 4 filmes na sessão:

A gente acaba aqui + Dia estrelado + Fantasma neon + Sideral (66’)

19:00 Mato seco em chamas (153’)

5 sexta sábado
domingo
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sujeito a alterações. Eventuais mudanças serão informadas em ims.com.br.

Fogo-fátuo, de João Pedro Rodrigues

Nós apertamos os dois

Então aí é que foi

Aperta aperta com ela

E assim amor pois então

Começou nossa paixão

Nesse baile de verão

com maior interesse para a imagem que Portugal oferece ao mundo, enquanto Gomes conta histórias de vila, contos de comunidade. Mas é impossível não os aproximar ao perceber que as duas são histórias de imagem e performance, representação e sonho, cinema e cinema.

José Malhoa

1.

É uma imagem muito específica: o carro de bombeiros corta, com seu vermelho encarnado, uma área verde no interior de Portugal. Há ou não há urgência, pode ser um incêndio, pode ser um treinamento. O que realmente está em jogo acontece longe dali, nos corações das pessoas envolvidas nessa viagem, e nas pessoas que moram nesse lugar, se embriagam de sua história, se beneficiam de seus privilégios, sofrem e choram. Essa imagem, que acontece no Fogo-fátuo, de João Pedro Rodrigues, acontece também no inesquecível Aquele querido mês de agosto, de Miguel Gomes. Não posso realmente os aproximar anedoticamente num plano político ou social, já que Rodrigues olha

2.

É uma imagem muito específica: o corpo do rei – que em breve veremos em seu passado de príncipe, com contornos de twink , de cupido cacheado, de hipster enjoado monocórdico, mas firme, que irrita e influencia sua família real – está agora velho, morto, preso a uma triste câmara mortuária em seu próprio e decadente palácio, servindo, talvez como última lembrança de suas brincadeiras juvenis, como suporte para as brincadeiras de uma criança que fica ao seu redor. Apesar de nunca ter sido particularmente afeito a meditações muito diretas sobre a complexa história e herança política de Portugal, o outro episódio em que João Pedro Rodrigues pensou esses temas me informa muito sobre a

maneira como Fogo-fátuo é construído. Em O corpo de Afonso , seu curta-metragem realizado em 2012, o diretor imagina como seria a compleição física de Dom Afonso Henrique, primeiro rei de Portugal, a partir de um casting de rapazes torneados e naturalmente cheios de potência erótica. Há uma dicotomia óbvia, não por isso menos interessante, em observar o jogo proposto por esta vivacidade ainda presente, mas agora aprisionada pelas areias do tempo e da velhice, e a reticência limitadora desse corpo quando jovem. O príncipe é um bibelô que quer ser bombeiro, quer ajudar a mitigar os fogos que queimam seu reino, quer saber como é experimentar os fogos de outros homens.

É uma imagem muito específica: La Mascarade nuptiale, pintura finalizada em 1778 pelo pintor português José Conrado Roza, abençoa e emoldura o corpo do rei moribundo. Retratando um conjunto de personagens negros que se vestem e emulam as posições e operações da

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3.

elite da época, muito se debate se o quadro tem a pretensão de servir como um reparador histórico, de encaixar os corpos oprimidos pelo poder português no centro de imagens e papéis que lhes foram negados, ou se na verdade Roza opera pelo viés do grotesco e faz essa transferência de protagonismo quase como quem registra uma atração circense. A dualidade da própria gênese da obra oferece ainda outra camada de complexidade ao retornarmos para o mundo do jovem príncipe Alfredo e da paixão que surge por Afonso, bombeiro com nome de rei, que se torna seu instrutor na academia. Recentemente assisti o curta-metragem pernambucano Casa forte (2013), realizado por Rodrigo Almeida, em que dois homens, um branco e um negro, tecem monólogos sobre como raça e classe são porções inextricáveis, ainda que bastante culposas e repletas de reticência, da formação de seus desejos. Me parece que João Pedro Rodrigues é menos permissivo com a perversidade do príncipe que decide brincar junto ao seu povo e elege um corpo preto como

objeto de desejo. Ele não nega que esse desejo pode sim ser legítimo, que nesse campo de disputa algo como um amor pode florescer, que o 69 que esses dois homens fazem, estimulando seus pênis de borracha, pode render um gozo muito fortuito de ambos os lados. Mas não foge do fato de que, algumas décadas à frente, o rei branco estará definhando e a democracia viverá num corpo preto.

4. É uma imagem não tão específica. E talvez nem seja uma imagem. É uma compreensão estranha do movimento curioso que a última onda do cinema contemporâneo mundial parece estar surfando. Acontece neste Fogo-fátuo , acontece com Radu Jude na Romênia, acontece com alguns cineastas brasileiros, sobretudo com aqueles inscritos no universo LGBTQIA+. E o que acontece é a realização de que o debate social e político urgente não necessariamente precisa estar atrelado à rigidez formal e à dureza narrativa. Fogo-fátuo é uma discussão muito séria sobre herança

colonial, racismo, identidade nacional e cultural, mas é também um musical tecido sobre cantigas de roda infantis, é uma videodança alegre que cita Não existe amor em SP, de Criolo, enquanto bombeiros bailam desajeitados, é uma comédia física sobre bombeiros trapalhões, e nenhuma dessas abordagens entra em confronto com as outras. Se não podemos dançar, não é nossa revolução.

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Em cartaz

honestos com suas verdadeiras emoções. Eles se inibem, às vezes, em expressar o que se passa dentro deles ou acabam dizendo algo diferente, algo que seja o oposto do que realmente sentem.”

Park argumenta que, para que os espectadores pudessem assimilar as pequenas nuances e mudanças em seus rostos e gestos, “precisei me assegurar de que não houvesse muitos estímulos em torno do que vemos. Tentei me assegurar de que nada muito forte ofuscaria ou tomaria conta do que eu estivesse tentando transmitir.”

Decisão de partir

Heojil kyolshim

Park Chan-wook | Coreia do Sul | 2022, 129’, DCP (Diamond/Galeria)

Um homem cai do pico de uma montanha em um remoto vilarejo na Coreia do Sul. Hae-joon, detetive responsável pelo caso, investiga a possibilidade de assassinato. Sua principal suspeita é Seo-rae, viúva da vítima, mas, conforme a investigação avança, ele percebe que está se interessando por ela.

Por Decisão de partir, Park Chan-wook recebeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes 2022. Conhecido pela sua Trilogia da Vingança, que inclui os filmes Mr. Vingança, Oldboy e Lady Vingança, Park comenta em entrevista ao jornal The Guardian ter notado que seus protagonistas em geral são “bastante violentos, muito ‘machões’, algumas de suas assinaturas são palavrões ou fumar um cigarro atrás do outro”. Quando questionado sobre a ausência do sexo e da violência em seu novo filme, ele responde: “Meus dois protagonistas em Decisão de partir são péssimos em ser

[Íntegra, em inglês, da entrevista de Park Chan-wook ao The Guardian: bit.ly/parkims]

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Marte Um

Gabriel Martins | Brasil | 2022, 115’, DCP (Embaúba Filmes)

Os Martins são sonhadores, otimistas e levam a vida às margens de uma grande cidade brasileira depois da decepção da eleição de um presidente de extrema-direita. Uma família negra de classe média baixa, eles sentem a tensão da nova realidade. Tércia, a mãe, revê seu mundo depois de um encontro inesperado que faz com que ela suspeite ter sido amaldiçoada. Seu marido, Wellington, coloca todas as suas esperanças em fazer do filho caçula um jogador de futebol. Deivinho acompanha relutante a ambição do pai, pois sonha em estudar astrofísica e colonizar Marte. Enquanto isso, Eunice, a filha mais velha, se apaixona por uma jovem de espírito livre, e se questiona se não está na hora de sair de casa.

Marte Um é a estreia na direção solo de Gabriel Martins em longa-metragem e foi financiado pelo primeiro e, até agora, último edital afirmativo do Brasil, que, em 2016, contemplou três longas-metragens produzidos ou dirigidos por pessoas negras. O filme estreou na edição deste ano do Festival de Sundance, maior evento do cinema independente norte-americano.

“Tudo começou com a imagem de um garoto olhando para o céu e segurando uma bola de futebol”, conta o diretor em entrevista ao portal Screen Daily. “Talvez tivesse algo a ver com o Brasil perdendo de 7 a 1 pra Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte. Esse foi um grande momento, porque também estávamos passando por muitas lutas no cenário político. O Brasil tem sido uma enorme bagunça desde

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então e antes também, então trata-se de futebol, política e sonhos. Eu decidi fazer esse filme sobre o que significa para esse garoto sonhar com algo tão grande, algo tão distante dele.”

“Filmamos em novembro, dezembro de 2018, então este filme é um retrato de como eu e acho que muitas pessoas estavam se sentindo em relação a raça, sonhos, política e decepção com tudo o que estava acontecendo no Brasil. [...] Tudo isso estava na minha mente, mas eu não poderia fazer um filme que fosse uma espécie de plano de vingança contra esta eleição, porque ele foi eleito de forma justa. Sim, houve fake news como houve com Trump, mas as pessoas o elegeram democraticamente. Portanto, não há um problema apenas com Bolsonaro, mas com um país – quão polarizados nos tornamos, como não temos discussões maduras sobre política. Este é um filme sobre diferenças entre gerações também. Como o pai vai se relacionar com a filha? O jovem verá o mundo como seu pai o vê ou encontrará seu próprio caminho?”

[A íntegra da entrevista, em inglês, está disponível em: bit.ly/imsmarteum]

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Mato seco em chamas

Joana Pimenta e Adirley Queirós | Brasil, Portugal | 2022, 153’, DCP (Vitrine Filmes)

Léa conta a história das Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília, Distrito Federal, Brasil. A dupla Joana Pimenta e Adirley Queirós já havia trabalhado junta em Era uma vez Brasília (2017), ela como fotógrafa e ele como diretor. Neste novo filme, constroem, junto ao talentoso elenco e reduzida equipe, um conto em torno de um grupo de mulheres que encontra petróleo e começa a produzir a própria gasolina num terreno em Sol Nascente, na Ceilândia. A partir de então, elas marcam seus nomes nos jogos de poder e na história da região.

Sobre a seleção do elenco, Joana Pimenta comenta em entrevista à crítica e pesquisadora Lorenna Rocha: “Quando escolhemos as pessoas com quem vamos trabalhar, nós a escolhemos porque temos uma grande curiosidade, um grande interesse em saber mais sobre elas. Talvez mais do que elas estarem ou não próximas do papel ou

arquétipo que construímos, sabe? Porque filmamos sem roteiro, né? Então, escolhemos pessoas com quem nós queremos viver durante 18 meses. Com quem a gente acha que vamos estar muito interessados naquilo que elas têm para dizer. Então, essa curiosidade, a performance dessa curiosidade, do encontro da câmera e do corpo da atriz, torna-se essencial. Muitas vezes nós não sabemos o que elas vão falar, nem para onde vão se mexer. Nosso trabalho de direção e de direção de fotografia é quase fazer performance ao vivo (...). Por isso acho também que quando a gente faz o trabalho de seleção das atrizes, pode até demorar muito, mas é imediato. Procuramos a personagem de Chitara durante seis meses. Mas quando conversamos com a Chitara, foi tudo muito imediato. A sensação era que nós queríamos saber tudo sobre ela.”

“Não queríamos fazer um filme com a premissa do empoderamento”, declara Adirley em outro momento da mesma entrevista. “Nos primeiros roteiros, a personagem Chitara chamava-se Pantera. Essa coisa ‘clássica’ de querer empoderar. Mas, depois… Chitara vem de onde? Dos Thundercats, pô! A Chitara [interpretada por Joana D’Arc Furtado], quando era pequena, na roda de capoeira, era chamada de Chitara. Essa coincidência, muito espiritual, apareceu. Chitara e Léa propõem esse jogo da roda também, sabe? Porque, apesar de serem irmãs, elas se reencontraram no filme. Mato seco em chamas produz um elemento que é criar um mundo em que elas possam existir, que as lendas delas, que não são de derrota, possam existir.”

“O povo periférico quando tem 40, 50 anos, tem muito isso de esconder suas histórias, porque

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elas são sempre associadas a maloqueiros, puta, a tudo que é visto como pejorativo, não o contrário. O filme propõe que essas histórias que vão ser contadas por elas não sejam histórias de derrotadas. São lendas. Vocês [Léa, Andréia e Chitara] são lendas do cinema brasileiro, do cinema mundial. (...) O empoderamento aqui é no sentido de dizer: ‘Essa história é minha, sou dona dessa história, eu sei a lenda que existia nos anos 1980. Eu sei como vivi a cadeia. E a cadeia, apesar de ser pesada, a gente só sobrevive nela contando e recontando nossas aventuras, entendeu?’”.

[Íntegra da entrevista em: bit.ly/jamatoseco]

Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

O massacre da serra elétrica

The Texas Chainsaw Massacre

Tobe Hooper | EUA | 1974, 83’, DCP (Synapse)

Disfarces de pele na cara. O filme de Tobe Hooper é uma máquina de energia que se alimenta de ansiedade e da sugestão da ação violenta, um mecanismo de tensão como poucos no cinema. Vê-lo numa sala de projeção é uma experiência poderosa e memorável. Uma família caipira vive isolada no interior do Texas. Sua casa é um açougue para os inocentes. Uma obra de arte radical em imagem, montagem e som.

“O massacre da serra elétrica surge da minha sensibilidade e minhas reações aos tempos”, disse Tobe Hooper ao jornalista Phil van Tongeren por ocasião da exibição da restauração 4K de seu filme no Offscreen Festival, em Bruxelas. “Estudei o que é que fazia os filmes de horror funcionarem e decidi ambientar uma história no território da morte. Um fator importante foi preparar o público com uma atmosfera meio assustadora e pegajosa. Depois daquela primeira cena no cemitério o filme começa a construir um manto… pegajento. Essa

é uma boa palavra, ainda que eu não saiba se é de fato uma palavra.”

[Íntegra da entrevista de Tobe Hooper, em inglês: bit.ly/tbserra]

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

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Perlimps

Alê Abreu | Brasil | 2022, 80’, DCP (Vitrine Filmes)

Claé e Bruô são agentes secretos de reinos rivais. Eles precisam superar suas diferenças e unir forças para buscar os Perlimps, criaturas misteriosas capazes de encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra.

Indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016 por O menino e o mundo, o diretor Alê Abreu estreou Perlimps na edição de 2022 do Festival de Animação de Annecy. “No meu processo de trabalho”, comenta o diretor em entrevista ao portal Tela Viva, “vou colecionando fragmentos, coisas que me chamam a atenção, me brilham aos olhos e ao coração e vou guardando. Sempre foi assim. Quando estava terminando O menino e o mundo, já tinha anotações do que seria meu próximo projeto. (...) Tinha uma cena na cabeça, um momento que considero o começo de tudo e que representa o que o filme mais tarde virou. É um menino saindo da floresta, todo maquiado, e caindo numa poça d’água. Sai dela e vemos na água o espe-

lho desse menino, que revela que ele estava em outro lugar, como se fosse outra dimensão. Ele sai inundado para um lugar mais mundano, pé no chão. Isso é o que talvez simbolize o que temos. Foi o plano que mais me disse a respeito do que eu queria fazer.”

“Tudo veio daqueles papéis de ideias e referências que eu tinha no início. São como peças lançadas num tabuleiro, que instigam a gente a criar e como conectá-las entre si. Esse foi o desafio. A questão da polarização, por exemplo, já estava no inconsciente da gente. Ela aparece no filme meio escondida, com a força da metáfora. Eu mesmo entendi isso só depois. É quase que um caminho às avessas: ouço o inconsciente e, mais tarde, busco explicação. Nesse ‘buscar explicação’ entendi a força dessas personagens.”

[Depoimentos de Alê Abreu extraídos de: bit.ly/ aaperlimps]

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Shortbus

John Cameron Mitchell | EUA | 2006, 102’, DCP (Imovision) - restauração em 4K

Shortbus retorna aos cinemas em versão remasterizada. No filme, jovens de Nova York se desafiam emocionalmente e navegam nas interseções cômicas e trágicas entre amor e sexo, dentro e ao redor de um clube subterrâneo. Uma terapeuta sexual que nunca teve um orgasmo e passou anos fingindo, uma dominatrix que não consegue se conectar, um casal gay que está decidindo se deve ou não abrir seu relacionamento, e as pessoas que entram e saem de suas vidas. Todos convergem em um encontro semanal chamado Shortbus: um ambiente de arte, música, política e carnalidade polissexual. Em 2006, o filme fez parte da seleção oficial dos festivais de Cannes e Toronto. Após trâmites burocráticos em torno dos direitos de distribuição, o filme ganhou uma nova versão remasterizada em 4K. Nas palavras do diretor John Cameron Mitchell, “assim como com Hedwig, encontrei espectadores em todo o mundo que me dizem

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que Shortbus os ajudou a pensar sobre sua sexualidade e a necessidade de conexão em uma época em que a cultura digital, a pornografia e os aplicativos de namoro nos fazem sentir mais solitários. Acho que o filme é ainda mais necessário agora nesta época de ‘recessão sexual’, quando os jovens têm mais medo do que nunca da confusão da interação na vida real. Nós até mudamos as leis de censura na Coreia do Sul quando fomos banidos lá. Nosso distribuidor levou isso ao Supremo Tribunal Coreano, que decidiu que não éramos ‘pornográficos’, mas sim uma obra artística sexualmente explícita que merecia ser vista. Eu fiquei bastante tocado que alguém da Suprema Corte tenha assistido ao filme.”

[O depoimento, extraído do portal Diaspora, pode ser lido em inglês e na íntegra em: bit.ly/imsjcm]

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Um jóquei cearense na Coreia

Guto Parente, Mi-kyung Oh | Brasil, Coréia | 2022, 75’, DCP (Embaúba Filmes)

Um jóquei cearense na Coreia do Sul. O dia a dia e os desafios de Antonio Davielson e sua família vivendo em um país estrangeiro do outro lado do planeta.

Codiretor de Estrada para Ythaca (2010), Doce amianto (2013) e Inferninho (2018), Guto Parente apresentava seu filme O clube dos canibais na Coreia do Sul quando soube que um dos jóqueis mais famosos do país é cearense, assim como ele. Pouco tempo depois surgia o projeto deste documentário, que conta com a codireção da estreante Mi-kyung Oh.

Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Sessão com acompanhamento musical

Tormenta

Arthur Serra | Brasil | 1930, 63’, 35mm (Cinemateca Brasileira). Com trilha ao vivo de Juliana Perdigão e Craca

Em uma vila pacata, o assassinato do compositor Jacques transforma seu filho Daniel em um homem amargo e sedento de vingança. Vários crimes passam a acontecer no local, enquanto Daniel se apaixona pela jovem Lúcia.

Dirigido por Arthur Serra em 1930 e lançado no ano seguinte, em Belo Horizonte, o longa será exibido em cópia 35mm com uma inédita trilha ao vivo realizada por dois artistas de grande atuação na cena musical: a cantora, compositora e instrumentista Juliana Perdigão (clarinete, clarone e efeitos), e o músico, produtor e artista visual Craca (eletrônicos e baixo acústico).

A exibição de Tormenta faz parte da programação da exposição Moderna pelo avesso, um ensaio visual sobre a produção fotográfica no Brasil durante a Primeira República.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

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Sessões especiais

Fogo-Fátuo

João Pedro Rodrigues | Portugal, França | 2022, 67’, DCP (Vitrine Filmes)

2069, ano talvez erótico – logo veremos –, mas fatídico para um rei sem coroa. No seu leito de morte, uma canção antiga o faz rememorar árvores, um pinhal ardido e o tempo em que o desejo de ser bombeiro para libertar Portugal do flagelo dos incêndios foi também o despontar de outro desejo.

Neste filme que se apresenta como uma fantasia musical, João Pedro Rodrigues tensiona a seu modo visões de raça, classe e sexualidade ao fabular o encontro amoroso entre Alfredo, um homem branco, um “príncipe” que não quer ser príncipe, e Afonso, aparentemente o único homem negro entre os bombeiros da corporação. Uma tensão que se coloca já em uma das primeiras imagens, na qual descendentes brancos da família real estão em primeiro plano e têm ao fundo uma pintura do fim do século XVIII realizada no seio do racismo colonial português pelo pintor oficial do império. João Pedro Rodrigues fala sobre o quadro em uma entrevista recente ao portal Film Comment:

“A pintura é do século XVIII e se chama O Casamento da preta Rosa, de José Conrado Roza. Retrata uma cerimônia de casamento que uma das nossas rainhas fez para anões. Preta Rosa era a confidente da rainha. A pintura é uma representação relativamente diversa: tem um homem brasileiro, um indígena – todos anões. O quadro está agora no Musée du Nouveau Monde, em La Rochelle, na França, e é chamado de Mascarada nupcial. Acho que fala muito dos tempos que esta-

mos vivendo. Não se pode chamar um quadro de O casamento da preta Rosa hoje porque é considerado racista – e é claro que é, mas também era esse o título que o quadro tinha. O filme é sobre esse tipo de sutilezas – o que você pode dizer e o que não pode dizer.”

Fogo-fátuo foi exibido na Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes, em 2022. No Cinema do IMS será exibido junto ao curta-metragem Fantasma neon, de Leonardo Martinelli.

[Íntegra da entrevista de João Pedro Rodrigues, em inglês: https://bit.ly/jprfogo]

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4 filmes na sessão

Um diálogo entre 3 filmes produzidos durante a pandemia de Covid-19 e uma animação produzida uma década antes.

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

A gente acaba aqui

Everlane Moraes | 2021, 13’, DCP

A presença da morte em meio aos vivos. O reencontro de familiares e amigos ao redor do corpo do tio da realizadora Everlane Moraes.

Filmadas em 2011, as imagens do funeral só foram se tornar filme 10 anos depois, em 2021, durante a pandemia. “Por um tempo não fazia sentido produzir um filme com aquelas imagens, porque já não tinha conexão com elas. Achava um pouco sensacionalista, não sabia o que fazer. Mas depois da morte da minha mãe, tudo fez sentido. Voltei àquelas imagens e vi muita gente que agora está morta. Pessoas mortas que ali estavam vivas, olhando para um morto. Aquilo me tocou muito e falei: acho que é o momento”, comenta a diretora em entrevista ao portal Mulher no Cinema

“Tem um pouco de metalinguagem nas questões formais e também uma medida de ocultamento, porque a gente nunca vê o morto. A gente só vê vida no filme, só vê os corpos vivos. O tempo todo há uma brincadeira de vida e morte. A criança, as pessoas olhando para o corpo, os diá-

logos banais ali diante do morto. É um monte de vida ao redor do corpo sem vida.”

[Íntegra da entrevista: bit.ly/AGenteAcabaAqui]

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Dia estrelado

Nara Normande | Brasil | 2011, 18’, 35mm (Acervo da diretora)

Em um lugar inóspito, um menino e sua família lutam por sobrevivência.

Dia estrelado , estreia de Nara Normande na direção, rendeu à diretora mais de 20 prêmios nacionais e internacionais. Diretora também de Guaxuma (2018) e Sem coração (2014, em parceria com Tião), Nara comenta o processo de realização em entrevista de 2020 ao programa Na direção delas , da rede TVT: “Na verdade a animação que eu gosto de trabalhar é o stop-motion, que eu acho que é uma animação orgânica e a gente consegue trabalhar como se fossem sets em miniatura. Então realmente é o que me encanta. Eu gosto muito de ver outras animações, mas a animação que eu faço é a stop-motion porque tem essa conexão também com o cinema de atores, o cinema com a câmera, a luz, o posicionamento das coisas. No caso de Dia estrelado são cinco cenários, tem cenário de quatro metros por quatro metros, então era uma coisa

que a gente não tinha muita experiência aqui, não tinha nem muito com quem trocar ideia. (...) Eu realmente escrevi sem saber como eu ia fazer esse filme. Por isso que foi um processo longo, de quatro anos e foi minha faculdade no cinema.”

[Citação extraída de: bit.ly/naradia]

Fantasma neon

Leonardo Martinelli | Brasil | 2021, 20’, DCP (Acervo do diretor)

Um entregador de aplicativo sonha em ter uma moto. Disseram a ele que tudo seria como um filme musical.

Fantasma neon, primeiro dos filmes do diretor que conseguiu ser viabilizado a partir da captação de recursos públicos, via Lei Aldir Blanc, estreou em 2021 na competição oficial do Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, no qual recebeu o Leopardo de Ouro de Melhor Curta-metragem. De lá para cá, o filme reuniu exibições e prêmios ao redor do mundo. Em entrevistas concedidas respectivamente aos portais Le Polyester e Le Monde Diplomatique, Leonardo declara:

“Estou convencido de que é possível fazer um filme que trate de problemas realistas, políticos do mundo contemporâneo, mas com uma encenação estilizada. Com essa ideia em mente, eu e nosso diretor de fotografia, Felipe Quintelas, pensamos em como aproximar as ruas antigas do Rio

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de Janeiro desses personagens que pertencem ao mundo moderno. Cada construção arquitetônica da cidade nos mostra uma justaposição de realidades.”

“O filme traz essa hibridez de um documentário com um viés dramático e de fantasia, mas, ao mesmo tempo, também tem alguns elementos documentais, como os depoimentos no início, que são reais. Usamos o musical como uma plataforma de contraste narrativo, mas também espacial. Como contrastar o cinema mais fantasioso possível, o menos diegético, que é a fantasia musical, com as realidades mais duras de extinção de direitos trabalhistas que o Brasil enfrenta hoje?”

Fantasma neon será exibido junto a Fogo-fátuo, de João Pedro Rodrigues, e também no programa de curtas-metragens 4 filmes na sessão.

[Citações extraídas de bit.ly/lmfantasma e bit.ly/lmneon, respectivamente em francês e português.]

Sideral

Carlos Segundo | Brasil, França | 2021, 15’, DCP (Casa da Praia Filmes)

Em Natal, Rio Grande do Norte, o primeiro lançamento de um foguete brasileiro tripulado está prestes a acontecer. Um casal mora com os dois filhos perto do centro espacial. Ele é mecânico, enquanto ela é faxineira. Porém, a mulher sonha com outros horizontes.

Após a estreia na edição de 2021 do Festival de Cannes, e uma carreira que inclui mais de 125 festivais e 65 prêmios, Sideral, de Carlos Segundo, esteve bastante próximo de uma indicação ao Oscar de Melhor Curta-metragem, chegando a estar entre os 15 pré-selecionados. Em entrevista ao portal C7nema.net, o diretor, que tem uma prolífica carreira no curta-metragem, declara:

“Acho que ‘desajuste’ é uma boa palavra para se referir aos personagens que normalmente abordo e me interessam muito observar (ou criar), no mundo, aquilo que está à margem, algo na ordem do ordinário. Ao olhar para esse universo, tento encontrar potência nesse mesmo ordinário. É um

exercício de olhar para esse corpo, ainda imaterial e simbólico, na tentativa de descobrir o desejo que pulsa internamente e se camufla em meio às obrigatoriedades cotidianas da vida. Ao mesmo tempo, começo a pensar como levar essa personagem ao limite da sua própria existência. Esse limite vai se refletir em um ato objetivo de rutura. Eu acho que eles acabam representando (não de forma consciente para mim) esse Brasil da (re)existência e das pequenas revoluções. Acredito muito nas grandes transformações, mas talvez prefira trabalhar, nos meus filmes, as pequenas e quase invisíveis revoluções.”

[Íntegra da entrevista em: bit.ly/sideralcs]

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Curadoria de cinema

Kleber Mendonça Filho

Programadora de cinema

Marcia Vaz

Programador adjunto de cinema

Thiago Gallego

Produtora de programação de cinema

Quesia do Carmo

Assistente de programação/ produção

Lucas Gonçalves de Souza

Projeção

Ana Clara Costa e Bruno Galindo

Legendagem eletrônica

Pilha Tradução

Revista de Cinema IMS

Produção de textos e edição

Thiago Gallego e Marcia Vaz

Diagramação

Marcela Souza e Taiane Brito

Revisão

Juliana Travassos

Os filmes de fevereiro

O programa do mês tem o apoio da Cinemateca Brasileira, da Celsius Entertainment, Casa da Praia Filmes, das distribuidoras Diamond Films, Embaúba, Imovision, Synapse, Vitrine Filmes e do projeto Sessão Vitrine. Agradecemos a revista Cinética, Leonardo Martinelli, Rafael Teixeira, Nara Normande, Juliano Gentile, Heloísa Espada, Juliana Perdigão, Lilla Stipp e Grissel Piguillem Manganelli.

Venda de ingressos

Ingressos à venda pelo site ingresso.com e na bilheteria do centro cultural, a partir das 12h, para sessões do mesmo dia. No ingresso.com, a venda é mensal, e os ingressos são liberados no primeiro dia do mês. Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.

Exibição de Tormenta

Capacidade da sala: 145 lugares.

Meia-entrada

Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem, maiores de 60 anos e titulares do cartão Itaú (crédito ou débito).

Devolução de ingressos

Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site Programa sujeito a alterações. Eventuais mudanças serão informadas em facebook. com/cinemaims e ims.com.br.

Não é permitido o acesso com mochilas ou bolsas grandes, guarda-chuvas, bebidas ou alimentos. Use nosso guarda-volumes gratuito.

Confira as classificações indicativas no site do IMS.

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O massacre da serra elétrica (The Texas Chainsaw Massacre), de Tobe Hooper (EUA | 1974, 83’, DCP)

Perlimps, de Alê Abreu (Brasil | 2022, 80’, DCP)

Terça a quinta, domingos e feriados sessões de cinema até as 20h; sextas e sábados, até as 22h.

Visitação, Biblioteca, Balaio IMS Café e Livraria da Travessa Terça a domingo, inclusive feriados das 10h às 20h. Fechado às segundas.

Última admissão: 30 minutos antes do encerramento.

Avenida Paulista 2424

CEP 01310-300

Bela Vista – São Paulo tel: (11) 2842-9120

imspaulista@ims.com.br ims.com.br

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