Resumo da 4.ª Conferência de Lisboa "A Aceleração das Mudanças Globais e os impactos da pandemia"

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a mesa-redonda, os participantes discutiram sobre as suas experiências e preocupações durante a pandemia tendo sido salientadas questões levantadas pela necessidade de continuidade ou retorno a casa dos pais e subsequente perda de independência e as dificuldades colocadas pelo início da carreira profissional de forma diferente à das gerações anteriores. Na atual fase pandémica foram igualmente debatidas preocupações sobre as consequências psicológicas do isolamento, na produtividade e criatividade. Grande parte do debate focou-se no mercado de trabalho em momentos de crise e na educação. Todos acreditam que as perspetivas de futuro em termos laborais não são as mais felizes. Vivem uma segunda crise, pior do que a primeira, e consideram-se em desvantagem em relação a outras gerações, porque têm menos riqueza acumulada, e menos poupanças. Consideram que a recuperação em termos de empregabilidade e de rendimentos será muito mais lenta comparada com outras gerações, também porque aceitam piores condições laborais, como estágios não remunerados, e salários de entrada baixos. Não creem que a sua

experiência tecnológica, conseguida pelo mercado e não pela escola, seja suficiente para ultrapassar esta limitação, apesar de saberem que o mercado de trabalho está a mudar e que se estão a criar novas oportunidades, sendo que isso se acentuou durante a pandemia porque os negócios tiveram, necessariamente, que se digitalizar. Salientam a ideia de que a educação, o modelo educativo, está ultrapassado, completamente desajustado às necessidades. O caminho muito linear de escola, universidade e emprego já não é viável, mas frisam que a educação emerge da cultura da sociedade civil, demorando mais tempo a alterar-se. Discutem como o modelo atual foi pensado para ensinar pessoas a ler e a escrever, a explicar da mesma maneira temas que nem sempre se prestam a ser aprendidos com teoria. Há um grande problema de especialização. Em tempos anteriores, ter um curso distinguia uma pessoa porque eram poucos os que estudavam na universidade, mas agora há muito mais pessoas com competências ao nível superior e há uma muito maior competição para as vagas de trabalho. Abordam vários modelos de educação alternativa, sendo focada a importância da flexibilidade e da variedade como, por exemplo, permitir às escolas, individualmente, tentar experiências diferenciadas, adequadas às necessidades, confiar mais nos profissionais que estão no terreno e ver que respostas propõem para as situações com que se deparam.

A ACELERAÇÃO DAS MUDANÇAS GLOBAIS THE ACCELERATION OF GLOBAL CHANGE

Conferência de Lisboa – 4 _ 2020 Lisbon Conference – 4

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