O Mar
Mar
Cabo Verde é um lugar rico em biodiversidade marinha e é ponto de passagem de várias espécies protegidas tanto a nível Nacional, como a nível Internacional. O Maio faz parte do grupo das ilhas deste arquipélago de maior produção de zooplâncton (ovos, larvas de peixes, crustáceos) e conta com importantes recursos e riquezas oceânicas como: lagostas, polvos, bivalves, tubarões, baleias de bossa, golfinhos, cavalas, chicharros e mariscos, entre muitos outros. A baleia-de-bossa acasala e tem as suas crias nas águas cabo-verdianas entre janeiro e maio, sendo o ponto alto entre março e maio. Na ilha do Maio é frequente observarem-se estes animais a saltar fora de água desde o Forte de São José, entre outros locais. É também ponto de passagem de tubarões e mantas, e um berçário para tubarões-gata, tubarões-martelo, tubarões-limão. Rica em várias espécies de Conus, molusco gastrópode marinho predatório, pertencendo a uma espécie endémica da ilha. A diversidade de Conus em Cabo Verde, faz do arquipélago um lugar especial e com alto endemismo com 53 das 56 espécies ocorrendo apenas em Cabo Verde e em mais nenhum sítio do mundo. O coral (nomeadamente o coral vermelho conhecido por ouro vermelho) é outra das riquezas desta ilha que outrora conseguiu atrair empresas espanholas e italianas que exportavam este produto para o estrangeiro, nomeadamente para o Brasil. Cabo Verde tem um dos dez recifes de coral mais importantes do mundo em termos de conservação da biodiversidade, dado o alto nível de endemismo marinho (espécies que existem apenas num local no mundo, neste caso em Cabo Verde) e como tal, à sua vulnerabilidade às ameaças que podem levar à extinção. O fundo do oceano guarda, também, em resultado dos vários naufrágios ocorridos nestes mares, um valioso património cultural subaquático importante para o conhecimento da história da ilha e da sua relação com o Mundo (Convenção da UNESCO de Proteção do Património Cultural Subaquático, ratificada em Cabo Verde).
CENTRO INTERPRETATIVO DAS SALINAS DE PORTO INGLÊS
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