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Escola Secundária de Felgueiras 9
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WE’LL BE BACK A ESPERANÇA PARA VOLTARMOS A BEIJAR, A ABRAÇAR E A SORRIR
E AINDA: DESPORTO + EXPOSIÇÃO + TEATRO + VISITAS DE ESTUDO + RECOMENDAÇÕES CULTURAIS
2020
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DIRETOR: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org REDAÇÃO
Chefe de Redação: Armanda Sousa, asousa@esfelgueiras.org Redação: Bruno Ribeiro, bm428990@gmail.com Bruno Ribeiro
Inês Magalhães, inesmtmagalhaes24@gmail.com Maria João Sousa, marinhomaria31@gmail.com
Colaboradores: Rosa Guimarães, Armanda Sousa, Ofélia Ribeiro, Glória Mota, Pedro Tribuzi, Moisés Pires Clarisse Lemos, Hugo Morais, Ana Felgueiras
Revisão e tradução de Texto: Ofélia Ribeiro, Glória Mota
ARTE
Diretor de Arte: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org Designer: Bruno Ribeiro, bm428990@gmail.com Diogo Silva, diogomsilva0102@gmail.com José Lage, jpedrolmar ns1122@gmail.com
Diogo Silva
FOTOGRAFIA E VÍDEO
Diretor de Fotografia: Diogo Silva, diogomsilva0102@gmail.com Editor de Fotografia: Inês Magalhães, inesmtmagalhaes24@gmail.com José Lage, jpedrolmar ns1122@gmail.com
Editor de Vídeo: Diogo Silva, diogomsilva0102@gmail.com José Lage, jpedrolmar ns1122@gmail.com
Colaboradores: Beatriz Sousa, David Leite, José Pinto Produção Gráfica: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org Inês Magalhães
Administração: Anabela Leal, Emílio Esteves, Elsa Quadrado, Abílio Silva Conselho Editorial: Sandra Teixeira, Paula Magalhães Inácio Lemos Bruno Ribeiro, Diogo Silva, José Lage, Inês Magalhães Maria João Sousa, Beatriz Sousa, David Leite
SEDE: Administração, Redação e Conselho Editorial Escola Secundária de Felgueiras Av. D. Manuel Faria e Sousa 4610-178 Felgueiras Telf: 255 310720 - Fax: 255 310 729 esfelgueiras@esfelgueiras.org www.esfelgueiras.org
José Lage
ESF 2 ESF.ON ABRIL 2020
scola ecundária elgueiras
EDITORIAL por Anabela Leal Diretora da Escola Este número da revista ESF ON ficará para memória futura como único, especial, totalmente distinto dos números anteriores pelo contexto em que acontece. Pela primeira vez, e esperamos que também pela última vez, na vida de todos os elementos da nossa comunidade educativa esta edição acontece quando estamos há quase dois meses distantes e isolados fisicamente quando era suposto estarmos em trabalho presencial a preparar o final do ano letivo que representaria o fechar de um ciclo para muitos alunos e para muitas famílias, em particular para os alunos finalistas. Mas este número da ESF significa que, mesmo fisicamente distantes, existimos enquanto comunidade em proximidade. Significa que, mesmo fisicamente distantes, continuamos, numa lógica colaborativa de pertença, a traçar um caminho juntos. Na escola, entre docentes e também com os nossos alunos, refletimos constantemente sobre as mudanças sociais, ambientais, tecnológicas que são cada vez mais rápidas e que exigem que na formação que damos aos nossos alunos os preparemos para mudanças e realidades que ainda desconhecemos que existem. Fazemos, diariamente, um esforço para que desenvolvam competências que lhes permitam, no futuro, adapta-se o mais rapidamente possível e o melhor possível às mudanças e ao imprevisto. E eis que de repente, sem que ninguém conseguisse sequer imaginar, o imprevisto aconteceu. Diferente de tudo o que poderíamos ter antecipado. Uma crise sanitária à escala global obrigou-nos à maior e mais rápida adaptação das nossas vidas em todas as dimensões. E também a nível da vida escolar. Para esta mudança de paradigma ninguém foi preparado, nem os professores, nem os alunos, nem as famílias. E acho, sinceramente, que cada um está seriamente comprometido e a dar o seu melhor. Para a maioria, o esforço tem sido enorme! E o resultado tem sido surpreendente!
Apesar da falta de formação dos professores e dos alunos para este modelo de ensino, apesar da falta de equipamentos tecnológicos e das dificuldades de conetividade em algumas famílias, apesar das inúmeras e diferentes dificuldades, a escola continuou a cumprir o seu papel. Talvez agora mais do que nunca sintamos esta necessidade de estar ligados. Porque somos seres sociais, é esta a nossa essência, e esta crise sanitária veio atacar precisamente aquilo que define a nossa essência. O isolamento é doloroso e não é natural na nossa espécie. Alunos e professores tentam adaptar-se, todos os dias, a esta nova realidade e é preciso fazê-lo sem dramas, apoiandonos uns aos outros, estando próximos uns dos outros e ajudando-nos uns aos outros a perceber quais são as prioridades. Acredito, sinceramente, que nenhuma geração e nenhuma sociedade passa por uma experiência desta natureza sem mudar a forma como vive, como define prioridades, como aprende e como se relaciona. As coisas vão ser diferentes e vão ser diferentes para melhor, embora não a curto prazo. A nível da vida coletiva, espero que percebamos a importância do agir coletivamente para o bem de todos, pondo de lado, por vezes, as vontades ou instintos pessoais. O desempenho que Portugal tem tido nesta situação prova isso mesmo. Por fim, quero deixar à comunidade educativa da ESF uma mensagem de esperança e confiança. Este terceiro período terá que ser encarado como um período de diferentes aprendizagens por parte da comunidade educativa: dos alunos, dos professores, mas também das famílias. Reinventar a escola nestas desafiantes condições potencia aprendizagens muito diferentes. No final serão muitas as novas aprendizagens para todos. E tudo o que é nova aprendizagem é ganho do qual beneficiaremos no futuro.
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05.02Jornadas das Expressões
27.02 visita de Estudo - 11º A, 11º B e 11º C
06.03 Duo de Flauta e Piano
A turma do 11º C, juntamente com outras turmas do mesmo ano (11º A e 11ºB), deslocou-se à capital do país, acompanhada por um grupo de professores.
O duo de Marco Pereira (flauta) e Lígia Madeira (piano) proporcionou, aos presentes, uma noite única, de enorme sensibilidade artística e musical.
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SUMÁRIO
SUMÁRIO
Aconteceu a terceira edição das jornadas de Área de Expressões que contou com a participação de mais de 70 alunos e docentes de várias escolas.
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03.03 V i s i t a d e E s t u d o - D e s p o r t o No âmbito das disciplinas de Animação e Lazer, Desportos Coletivos, Desportos Individuais e Educação Física, a turma do 11ºJ, do Curso Profissional Técnico de Desporto, dirigiu-se a Lisboa para conhecerem o Centro de Alto Rendimento do Jamor, o Estádio da Luz e o FOOTLAB.
08.03 A Escola Fechou
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06.03 Exposição Teresa Pedroso No dia 6 de março Teresa Pedroso apresentou um conjunto de apontamentos que traduzem as sementes/formas de todas as relações.
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A atitude do Homem perante a Morte na época Barroca ODETE RAMOS Coordenadora do Departamento de Ciência Sociais e Humanas
caminho a ser trilhado. Para essa viagem, que tinha como principal objetivo resgatar as almas de um espaço intermédio entre o céu e o inferno, chamado purgatório, era necessário levar na bagagem uma série de sufrágios. Por isso, o homem moderno determinava cortejos fúnebres, missas a rezar e uma série de
A morte é um fim incompreendido, pois quando a concebemos, vivemos, e
obras pias que auxiliassem os mais necessitados, ao mesmo tempo que escolhia
quando a experienciamos já não subsistimos. É uma certeza, uma lei
a agência que melhor asseguraria essa expedição, aquela que demonstrava ser a
natural à qual todas as pessoas estão sujeitas não lhe conseguindo escapar. Pelo seu cariz concludente e ubíquo, mostra-se-nos como uma
melhor no mercado de salvação de almas renegadas que almejavam o paraíso. Mas esta preparação, ritualização e sacralização não se podia aprestar como um
condição terminal, uma fronteira entre a vida na terra e um futuro incógnito. A
ato solitário. A par da família e dos amigos, arquitetou-se um complexo sistema
história da morte é uma temática cativante, pois refletir sobre as posturas particulares e coletivas perante esse ápice da vida permite descobrir o caráter mental e cultural que marcou a evolução dos distintos aspetos da existência de um povo. A Igreja ao concretizar a invenção do purgatório no Concílio de Trento, concetualizou a morte, segregando a natureza humana nas categorias do corpo e da alma. Consciente da sua finitude corporal, foi a partir deste momento que se preocupou com a imortalidade do espírito. Durante a modernidade, o homem pressentia a proximidade da morte, a qual lhe era lembrada constantemente pelas pestes e doenças, pelas sepulturas no interior dos templos e pelos sermões proclamados nos púlpitos. O medo certo desta, o temor ao mundo desconhecido e perpétuo, movia seres das distintas ordens sociais a aprontarem-se para o derradeiro dia. Nos últimos instantes da vida, condensavam receios e crenças, medos e esperanças, plasmando-os nas inscrições testamentárias. A morte implica autorreflexão. Qualquer humano pensa quem é, de onde vem e para onde vai depois da morte. Considerando na existência de uma vida após esta, equaciona como se pode preparar para ela. Era indispensável que os homens identificassem a aproximação do seu fim, para melhor se precaverem para a viagem final. Conseguir uma boa morte asseverando a redenção da alma, preceituava a organização devida de toda a vida, de modo a evitar conflitos após a partida. A sua concretização significava estar apto para aguardar pelo último suspiro. Desta forma, a morte barroca era ritualizada. Durante a época barroca a salvação tornou-se num negócio, no qual o homem, sempre que podia, investia, escolhendo instituições capazes de aplicar os bens legados a render e, consequentemente, esses lucros em sufrágios capazes de encurtar a sua estada no purgatório e encaminharem
confraternal, laico e religioso, para auxiliar esse momento fatal, tão temido por
a sua alma rumo ao paraíso. Toda esta economia salvífica, em torno da
todos os humanos, mas que a todos se vaticinava, alicerçando uma intrincada
morte, implicava uma administração rigorosa dos bens e a observância de
solidariedade entre vivos e mortos. As confrarias que surgiram em finais da Idade Média e se incrementaram ao longo
últimas vontades, fossem elas materializadas em missas ou obras pias. O homem moderno considerava que, da morte à salvação, havia um longo
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da modernidade, tiveram um papel fulcral na intercessão das almas, quer para os
Era desta forma que o homem, durante o período Barroco, se preparava para a morte! E nós, atualmente, como pensamos na morte? Será que estamos preparados ou nos preparamos para ela? seus membros quer para com a comunidade, encontrando muitas delas a sua força motriz na gestão coletivizada da morte. Com o objetivo de possuírem uma família artificial que lhes realizasse todas as cerimónias inerentes ao fenecimento e negociasse por si no além, os homens inscreveram-se no maior número possível de irmandades. Beneficiavamnas com legados, que tinham como finalidade sustentar as obras pias que elegiam para a sua salvação. A Igreja e as irmandades tornaram-se importantes instituições testamenteiras e esmeraram-se na realização de cerimónias grandiosas para festejar a morte. Tiveram uma relevante ação no apoio aos moribundos, prestando ajuda espiritual e material, contribuindo para que, ao longo da época barroca, a morte tivesse uma fortíssima presença no quotidiano dos vivos. Foram muitos os homens que, com consciências culpadas ou melindradas, legaram estas confrarias com avultados capitais
CENTRO QUALIFICA No dia 13 de janeiro de 2020, pelas 21h15m, realizou-se na Escola Secundária de Felgueiras uma palestra relativa ao TRIAVE - Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Ave, Tâmega e Sousa, dirigida aos alunos do ensino noturno. Esta palestra foi organizada pela Drª Graça Ribeiro, Professora de Cidadania e Profissionalidade e de Sociedade, Tecnologia e Ciência, e dinamizada pelo Dr. Pedro Sousa (TRIAVE) em parceria com a Câmara Municipal de Felgueiras, na pessoa da Drª Emília Madeira.
e bens, com o objetivo de abreviar a sua estada no purgatório. A Igreja e as diversas irmandades recebiam estes legados e comprometiam-se na gestão das últimas vontades dos homens que acreditaram em si como uma empresa intercessora entre o céu e o inferno. Para salvarem as suas almas, os legatários deixavam bens e dinheiro, para se pôr em prática as diversas obras de misericórdia, sendo os principais destinatários os necessitados. Desta forma, nos seus testamentos ordenavam, entre outros, distribuir esmolas, dotar órfãs para casar, curar doentes, em contexto domiciliar e hospitalar, ajudar os peregrinos, presos e cativos, enterrar os mortos, vestir os pobres e socorrer necessidades financeiras, ao emprestar dinheiro a juros. Em contrapartida, e no campo espiritual, as instituições legatárias assumiram um importante papel na realização da sétima obra de misericórdia espiritual ao rezar pelos vivos e pelos mortos. Foram milhares as missas que celebrou anualmente em prol dos legatários que a escolheram, para lhe assegurar uma passagem rápida e efémera pelo purgatório. Era desta forma que o homem, durante o período Barroco, se preparava para a morte! E nós, atualmente, como pensamos na morte? Será que estamos preparados ou nos preparamos para ela?
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PROJETO JAP TOTALIDADE DOS CANDIDATOS APURADOS PARA A FEIRA REGIONAL Pelo quinto ano letivo consecutivo, os alunos de Economia C (12D do curso de Ciências Socioeconómicas e 12C do curso de Artes Visuais) aceitaram o desafio de participar no concurso de empreendedorismo A Empresa, no âmbito da Junior Achievement Portugal (JAP). Constituíram-se em 3 miniempresas
design inovador e sustentável. Link do vídeo promocional: https://www.youtube.com/watch ?v=L8PhyxRfkpY
que encararam os problemas como soluções, olharam para as necessidades como oportunidades e desenvolveram planos de negócios com produtos e
Time for Money - aplicação em que o utilizador visualiza um
serviços bem inovadores! As disciplinas de Aplicações Informáticas e Oficina Multimédia assumiram-se como parceiras fundamentais na realização dos vídeos promocionais. Este ano é com muita satisfação e orgulho que vemos, uma vez mais, os nossos alunos apurados para as competições (Feiras regionais) do dia 06 de maio que, este ano, devido às contingências da doença Covid 19, serão virtuais. Sublinho que AS 3 EQUIPAS A CONCURSO FORAM APURADAS!
anúncio publicitário até ao fim e responde a uma pergunta. Se acertar, receberá uma quantia monetária. Por fim, escolherá se utiliza o valor ganho com os parceiros da Time for Money ( e m p r e s a s
Deixamos aqui um pouco de cada projeto:
c o m
D AW P – b o l s a p a r a g a r r a f a
responsabilidade social e
produzida através de desperdícios
ambiental) ou se o encaminha
de pele e plástico reciclado que
para a sua conta bancária.
impede que a humidade que se cria
Link do vídeo promocional:
no exterior da garrafa danifique
https://youtu.be/fwxlEuoM74g
documentos e outros materiais. Inclui bolsa exterior amovível para objetos de pequeno porte. Link do vídeo promocional: https://www.youtube.com/watch?v = O D H C T 6 0 L D I&feature=youtu.be
Felicitações a todas as Equipas pelo excelente trabalho desenvolvido e, acima de tudo, pelo companheirismo, perseverança e resiliência demonstrados ao longo de todo o processo! Boa sorte para a
Diversso – chávena de café feita
Feira Regional Virtual!
de porcelana reutilizada e borra de café. Apresenta mudança de cor em metade da chávena (através de tinta termocromática), folga no meio que impedirá que a pinga escorra e um
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Ana Maria Felgueiras
Ode ao Covid... LIA SANTOS Coordenadora do Departamento de Ciência Sociais e Económicas Apareceste do nada Com nome de cerveja Estás a dar a volta ao mundo Ai, Deus nos proteja. Colocaste a vida do avesso Sem pensar em mais nada Andamos cheio de medo Que rasteira tramada.
DESPORTO Neste momento especial, cabe-nos a nós, professores de Educação Física, felicitar os alunos da Escola Secundária de Felgueiras que demonstraram uma inexcedível dedicação na participação em todas as atividades que o nosso grupo teve o prazer de realizar. É certo que a participação dos alunos é sempre o mais relevante, mas também seria legítimo que alguns pudessem ter
Escolar, destacaram-se, por se encontrarem numa fase mais avançada das suas competições, as classificações obtidas pelos grupos/equipa de Futsal e Ténis de Mesa, uma vez que conseguiram alcançar os primeiros lugares
E agora o que fazer? Comer, orar e amar. Não posso sair de casa, Muito menos viajar! na primeira fase das suas competições. Registou-se também uma excelente participação dos nossos alunos nos campeonatos escolares das restantes modalidades:
Com o ano letivo em andamento Estamos todos numa roda viva Para ajudar os nossos alunos Nesta etapa da vida. Com coragem Todos vamos vencer Ficar em casa É o que temos de fazer.
ambição de alcançar os lugares cimeiros de cada prova e orgulharem-se de representar a nossa escola nas fases regionais ou nacionais. No presente ano letivo, pelos motivos que todos conhecemos, não foi possível concluir os calendários quer das atividades/provas, quer das modalidades do Desporto Escolar. De qualquer das formas, o grupo de Educação Física expressa enorme agradecimento aos alunos que, apesar de não terem conseguido completar o seu percurso desportivo, continuam a dedicar-se em casa, para o poderem fazer já numa próxima oportunidade. No âmbito das equipas do Desporto
Hóquei em Campo; Natação; Voleibol e Xadrez. Da participação no Corta-Mato (Fase CLDE) realizado no passado dia 22 de janeiro, na Pista da Costilha em Lousada, assinala-se o terceiro lugar obtido pela equipa de Juvenis Masculino. Todas as participações de relevo em provas anteriores encontram-se assinaladas nas primeiras edições desta revista.
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ECO Cidadania e Desenvolvimento É PRECISO PROTEGER O MEIO AMBIENTE
O ALUNO AMIGO DO AMBIENTE
Atualmente, o nossa “planeta azul” corre sérios riscos devido à modernização. Existem muitas espécies vegetais e animais em perigo de extinção, porque o seu habitat natural tem vindo a ser destruído, por causa da ação do homem através de construções, incêndios, e da poluição. Não entendemos como há pessoas capazes de fazer este tipo de maldades. O ser humano tem de ter mais cuidado, porque sem o meio ambiente, mesmo com toda a tecnologia atual, não e possível a sobrevivência. Para além disso, é o no meio ambiente onde encontramos os mais belos fenómenos do nosso planeta. É incrível como existem lugares tão belos e grandiosos na terra. Ela proporciona-nos novas descobertas, novos divertimentos, ensina-nos a viver e a crescer. Na nossa opinião deveriam existir mais espaços verdes, sobretudo nas cidades, e também mais organismos e associações para proteger o meio ambiente. Vamos unidos lutar por um futuro melhor, para o bem-estar de todos.
Sabias que… No dia 5 de junho, se comemora o Dia Mundial do Ambiente? Este dia foi criado em Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 1972, com o objetivo de criar em cada um de nós a consciência de que devemos trabalhar e preocuparmo-nos com a conservação do planeta em que vivemos. Às vezes, tu podes pensar que, como não és adulto, não podes fazer nada para ajudar o ambiente; contudo, todos podemos fazer alguma coisa, mesmo que tal nos pareça insignificante! Dois ou três alunos em cada sala de aula são milhões de alunos em todo o mundo! Tu também podes ser um aluno amigo do ambiente, seguindo algumas indicações: Não deites lixo para o chão. Coloca as pilhas usadas no pilhão. Gasta os lápis até ao fim, enquanto der para escrever com facilidade. Utiliza canetas recarregáveis ou biodegradáveis. Compra cadernos de papel reciclado. Poupa-se no abate de árvores! Escreve sempre dos dois lados do papel. Utiliza papel usado para fazer rascunhos ou desenhos. Coloca o papel usado no papelão! Existentes alguns espalhados pela escola! Desliga a luz sempre que ela não é necessária. Não deixes a torneira a pingar. Pingo a pingo, gastam-se milhares de litros de água! Evita o uso de sacos, pratos e copos de plástico. Luta para que as bebidas e comidas sejam servidas em pratos de loiça e copos de vidro. Lavam-se e voltam a usar-se. Com o plástico, o desperdício é enorme!
Diana Pereira e Luna Rocha, 8º. D
A RECICLAGEM
Diana Pereira, 8º. D
A reciclagem tem muita importância para a humanidade, porque poupamos mais energia e aproveitamos os produtos que já foram utilizados. Reciclagem é um método usado para vivermos num mundo melhor. Cada vez mais as pessoas aderem a reciclar e isso é importante porque, com a reciclagem, a atmosfera fica menos poluída. Reciclar, nos dias de hoje, torna-se importante, pois, reciclando, podemos dar um mundo melhor para o futuro. Por isso, o nosso pequeno conselho é que recicle cada vez mais para ajudar a proteger o mundo. Mafalda Moreira, 8º. D
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PRODUÇÃO TÓXICOS PERIGOSOS Os pesticidas e herbicidas usados nos terrenos agrícolas podem ser levados pela chuva ou pelos sistemas de irrigação para o solo e para as águas superficiais. Estas contaminações são, em geral, muito persistentes no Ambiente e podem acumular-se nos peixes e em outros animais até níveis que podem pôr em risco a saúde humana e o Ambiente. Os pesticidas podem infiltrar-se nos terrenos e poluir os poços de água potável. Pedro Levi, 8º. D
A POLUIÇÃO MARÍTIMA A poluição marítima é fruto, sobretudo, da ação humana, que faz dos oceanos o seu contentor de lixo global. Os principais focos de poluição dos oceanos são as descargas industriais nos rios, os resíduos nucleares, os esgotos urbanos, os transportes marítimos, etc… Estes erros contribuem para a extinção dos ecossistemas marinhos. Os esgotos fertilizam o mar com fosfatos e nitratos, incentivando a propagação de algas que absorvem o oxigénio necessário a sobrevivência dos ecossistemas. PORQUÊ? Vivemos num ambiente completamente destruído, num ambiente onde o nosso verde está “morto” …somos humanos. Porque não contribuir para que a humanidade viva melhor? Porque não ajudar o “verde a viver “? Francisca Lemos e Mara Ferreira, 8º. D
Exposição Entre o Azul e o Verde de Teresa Pedroso Azul. Horizonte. Deambular, pairar nessa imensidão. Ânsia de registar, gravar tudo o que nos move. Entre o Azul e o Verde. Encantamento pela mais pequena forma descoberta. Sementes/formas de todas as relações. Vazios apontamentos. Um respirar profundo numa ausência encontrada Teresa Pedroso
SEXTA-FEIRA NA ESCOLA
Duo de Flauta e Piano Ligia Madeira e Marco Pereira “Propomos a realização de um concerto, com uma abordagem a algumas das principais obras para flauta e piano de compositores portugueses, como Luiz Costa, Eurico Carrapatoso e Hugo Vasco Reis, num estreito diálogo com outras obras basilares do repertório composto para esta formação.” Fruto de uma forte identificação musical e interpretativa, o duo de Marco Pereira (flauta) e Lígia Madeira (piano) tem vindo a desenvolver-se desde o seu primeiro encontro enquanto estudantes, no Conservatório de Música do Porto. Agora docentes na mesma instituição, os músicos têm vindo a apresentar vários programas nos últimos anos numa experiência de grande intimidade com o texto, revelando-se numa especial comunicação com o público a partir de obras-chave para esta formação. A partir das suas linhas de trabalho individuais, Marco Pereira e Lígia Madeira revelam “um conjunto a todos os títulos justo e atraente” (Helena Sá e Costa, 2002), destilando de uma forma muito própria o objeto musical, moldando-o numa experiência de som de grande vivacidade, contraste e profundidade.
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JORNADAS DAS EXPRESSÕES Nos dias 5 e 6 de fevereiro, aconteceu a terceira edição das jornadas de Área de Expressões que contou com a participação de mais de 70 alunos e docentes desta escola, da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo - Peso da Régua e do Agrupamento de Escolas de Infias – Vizela. “O objetivo deste encontro é proporcionar aos alunos partilha de experiências, ideias, pensamentos com uma disciplina em comum Áreas Expressões (dramática, corporal, plástica e musical) fazendo a ponte com o Teatro/Artes”, explica o mentor destas jornadas e professor Élio Silva. A abertura das jornadas de Área de Expressões ocorreram na quartafeira, dia 5 de fevereiro, às 15h30, no auditório da Escola Secundária de Felgueiras. Ao longo dos dois dias das jornadas, os alunos do 10º ao 12º ano das escolas de Felgueiras, Vizela e Peso da Régua, acompanhados dos docentes, assistiram a algumas palestras, participaram em workshops e interagiram numa partilha de conhecimentos, práticas e experiências muito valorativas para os cursos que estão a frequentar. Os alunos da Escola Secundária de Felgueiras apresentaram, na quartafeira, às 21h30, na Casa das Artes, em estreia absoluta, a peça de teatro “Do Bojador aos nossos dias”. Tratou-se de uma performance teatral que os alunos estiveram a trabalhar no âmbito da sua formação escolar e que se baseia nos textos “O Bojador”, de Sophia Mello Breyner Andresen, e a “Mensagem”, de Fernando Pessoa. Esta apresentação foi 12 ESF.ON ABRIL 2020
complementada com alguns momentos de improviso. A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo, Peso da Régua, e o Agrupamento de Escolas de Infias, de Vizela, também exibiram as suas apresentações teatrais na manhã de quinta-feira, dia 6 de fevereiro, na Casa das Artes de Felgueiras, que, no final, serviram de pretexto para um debate entre os participantes das jornadas. A organização destas jornadas é da responsabilidade do Curso Profissional Técnico de Apoio Psicossocial da Escola Secundária de Felgueiras com a intervenção dos professores Élio Silva, Paula Penúria e Márcio Meireles e contou com o apoio da ACLEM e Câmara Municipal de Felgueiras. Ao longo da soirée não faltaram os números de animação: a leitura do Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros, pelas alunas do 12º L e pelo professor Eugénio Ribeiro; a música ao vivo, pela Beatriz, a Inês e a Maria Inês (11ºB); a dança Charleston, por um empenhadíssimo grupo de professores e ainda se ouviu ler poesia de Fernando Pessoa e dos poetas de Orpheu. O Tiago foi a nossa máquina de som para o baile e tudo ficou registado para a posteridade pelos alunos do curso de Multimédia. A todos a biblioteca escolar e as professoras Silvina Valente e Sandra Rua agradecem o empenho e a companhia em mais um momento na Escola Secundária de Felgueiras em que se fazem aprendizagens de formas inesperadas.
I know not what tomorrow will bring
“Bom fim de semana!”, “Estudem!”, “Até segunda”, …
NATALINA LEITE
NOÉMIA RIBEIRO
Presidente da Direção da APEE
Coordenadora do Departamento de Matemática
Nos últimos tempos, vivemos numa incerteza que, até há pouco, nem sequer equacionávamos. Tem sido evidente a união de um país que luta em conjunto, num esforço enorme de contenção da infeção pelo covid19. Esse esforço pediu-nos a quase suspensão da nossa vida pessoal, profissional, cultural e cívica. Perante esta nova situação de isolamento e com as escolas fechadas, houve necessidade de, diariamente, escola e alunos/famílias aprenderem a adaptar-se, para que a ligação fosse mantida, fazendo um esforço conjunto para mitigar as dificuldades resultantes desta situação de exceção. A ponte entre a escola e a família tem sido feita de uma forma mais próxima, através dos Diretores de Turma, que reportam as dificuldades e angústias, tanto de pais, como de alunos. Os professores vão conseguindo manter a ligação dos alunos à escola, dando continuidade ao processo ensinoaprendizagem, no entanto, este ensino à distância, não é igual para todos e perde-se aquilo que defende a escola pública, a igualdade no acesso ao ensino. Com a necessidade de utilização de recursos tecnológicos, indispensáveis para o ensino à distância, as desigualdades são evidentes e acentuam-se, as famílias não têm os mesmos recursos, Internet e computadores não estão disponíveis para todos os alunos. A Associação de Pais foi ouvindo sugestões e preocupações e divulgou informações, colaborando com os pais e Direção. Recebemos pedidos de esclarecimento, ouvimos opiniões, lemos e-mails de pais, alguns apenas a dizer que têm “saudades de levar os filhos à escola”. Dia após dia, mitigam-se as saudades da melhor maneira possível. Apesar de sozinhos, remetidos ao espaço confinado das nossas casas, o nosso pensamento tem sempre presente as rotinas da escola. Mesmo longe, estamos juntos e perto, construindo uma escola cheia de vida, de azáfama, com os sons e ruídos que a caracterizam. Estaremos sempre disponíveis, mantendo-nos unidos e solidários numa luta que é comum, na criação de condições para uma tomada de decisões consciente, pensando sempre no futuro dos nossos filhos. Os próximos meses deste ano letivo têm de ser encarados com ponderação e muito sentido de responsabilidade, para que ninguém fique para trás, a escola não pode parar. Temos de manter a esperança e a alegria possíveis, neste momento de profunda tristeza global. Quem está em casa, com saúde, família e tem o que comer, talvez não precise de mais nada, mas pode-se sempre ajudar quem mais precisa, quem tem ainda mais incertezas, quem tem ainda mais medos. Como escreveu Fernando Pessoa, “I know not what tomorrow will bring”. Esperemos que possamos ver-nos/encontrar-nos quanto antes, voltando às nossas rotinas, levando e trazendo os filhos da escola... E nada será como dantes… seremos os mesmos, embora diferentes!
Dia 6 de março de 2020, um dia como tantos… Sexta-feira é um dia trabalhoso, além disso tenho o cansaço acumulado da semana de trabalho. Os alunos também acusam o cansaço! O dia correu bem, com a azáfama dos alunos do 12º D a fazerem teste de Matemática e os alunos do 11º ano muito preocupados com as dúvidas. As despedidas no final das aulas foi como sempre: “Bom fim de semana!”, “Estudem!”, “Até segunda”, … Mas não! Não foi um dia como tantos outros. Foi a despedida do segundo período e, quem sabe, do ano letivo. Nos primeiros dias em que a escola fechou preocupei-me em estabelecer uma ligação com os alunos. Eles precisavam de sentir que as aprendizagens não foram suspensas e as aulas não tinham terminado. Enviei e-mails, criei grupos no WhatsApp, e comecei a enviar atividades e tarefas. O trabalho era constituído por pequenas tarefas e com prazo de envio curto e o objetivo era manter um contacto contínuo e evitar que os alunos dispersassem. Os alunos corresponderam de forma concertada e aderiram muito bem. No entanto começaram a surgir mensagens com dúvidas e as solicitações eram imensas. Comecei a sentir que era preciso ouvirem as explicações e simultaneamente verem os processos de resolução. Também senti que seria mais fácil para os alunos se me vissem e ouvissem explicar o que fazia, mostrar e exemplificar. Nessa altura também recebi os desabafos dos alunos que estava a ser difícil. Foi aí que pensei que precisava de fazer videoconferências e perguntei-lhes o que achavam. Ficaram entusiasmados, mas eu fiquei receosa. Se me dissessem, uns dias antes, que teria que dar aulas por videoconferência, iria rir, mas agora os alunos estavam a precisar. Por outro lado, já não achei muito estranho. Assim foi! A primeira sessão, foi assim que lhes chamei, foi com o 12º ano e foi muito interessante. Também era a primeira vez que tinham uma aula nestes moldes e ficaram muito felizes por se reverem. No dia seguinte experimentei as sessões para o 11º ano e também foi gratificante. Não se viam há muito tempo e ficaram excitadíssimos. As duas semanas que se seguiram foram de trabalho intenso e muito interessante. Todos os dias tinha sessões por videoconferência. Nas sessões existiu uma grande dificuldade que diz respeito à disciplina de matemática e à sua especificidade na linguagem matemática. Aí fiz algumas experiências, umas vezes escrevia numa folha e mostrava junto à camara, noutras escrevia no Word e partilhava com os alunos o meu monitor. Nas aulas em que expus conteúdos novos, partilhei com os alunos Powerpoint e exercícios exemplificativos. Quando as sessões eram direcionadas para a resolução de exercícios, fazia as resoluções manuscritas, digitalizava, partilhava com os alunos o meu monitor e ia adicionando notas no documento à medida que ia explicando. Estas semanas foram de grande aprendizagem, experiências novas e, acima de tudo, de muita colaboração. Os alunos deram sugestões de melhoria e estiveram disponíveis para estas experiências. As condições em que desenvolveu este trabalho não se compara à sala de aula. O controle que podemos ter é muito menor e os alunos podem estar apenas “ligados”. Tenho consciência que não estou na sala de aula e como tal cada sessão não é uma aula. Mas é, com certeza, um momento de aprendizagem e continuamos todos a fazer escola! O dia 6 de março de 2020, não foi um dia como tantos… foi apenas o início de uma nova era no processo de aprendizagem, o ensino à distância. ABRIL 2020 ESF.ON 13
ESF.ON VOZES INVISIBLE INVASION A few months ago, we were invaded by something invisible and microscopic: the covid-19. This virus is a very deadly and strong one that is slowly destroying our lives. Meanwhile, it is spreading, the danger is increasing, and our health systems, economies and routines are being brutally tested. Every day, the number of infected people and deaths increases all over the world. I know that many citizens are anxious, worried, and confused… So am I, but it remains the faith and hope that, together, we will face this unprecedented threat to our health. This is the sixth week that we have been home, after the school has declared its indefinite closure, as a precautionary and preventive measure in order to avoid the increase of contamination. Since very early, the email inbox began to be clogged with messages from all teachers sending us assignments. They were worried about the possible lack of time to fulfil the program. It is an unbearable affliction to have so much to do and feel that the more I do the more work I have, and, above all, it is very frustrating not to be able to satisfy everything. These days have been horrible and extremely stressful. Information about the national exams and the return from classes to the 11th and 12th grade students has recently come out. However, everything is still uncertain. I know that the school will take the necessary precautions to ensure our health, but I am very afraid and particularly worried about the possibility to bring all students together because it is a risk. It may seem contradictory, but I miss my colleagues and my normal life, but at the same time, I want the best for everyone and I know that, at this moment, being together is not safe. I feel that I have developed skills that will help me now and in the future. I have a rhythm of work that I didn't know I could handle. I am more objective and independent, and I have created methods and discovered new tools. That is very good, after all. It is incredible how something so small can change our lives so much from one day to another. Every day, the authorities and health professionals give everything to fight this pandemic and we must praise and be thankful for all the effort of those who are in the field and who have been tirelessly doing their jobs. However, it is lamentable that with so much technology and so much high generation knowledge and, yet this virus is killing us on an uncontrolled speed. We need to be able to stop it! Fortunately, among so much bad news, NASA recently published a truly impressive decrease of the levels of nitrogen dioxide pollution between 2019 and 2020 over the same period in China. The difference is abyssal, and after a long time, the Chinese people saw the sky again, just as the inhabitants of Venice began to see their channels with clean water and fish. The year of 2020 will be a season of economic slowdown and most of the industrial production has been interrupted by the quarantine obligation. These days made me more thoughtful and with feelings at your fingertips. I started to give importance to the tiny things, I cry a lot, I value everything and I'm thankful for what I have. I miss hugging, to be caressed or kissed. I miss being joyful and happy in general! I miss my friends and family a lot. I see photos and videos, I open 14 ESF.ON ABRIL 2020
albums and I remember good moments, when I was very happy. I call those I love and that are always present in my heart. I owe them a lot and I only wish that this comes through as soon as possible, so I can meet them again. I think that after 36 days we all realize the importance of affections, feelings, and the importance of social interaction to us. I am very afraid that the worst will happen to those I love, and that death will be more than a possibility and become a reality. These have been very challenging times, especially at the family level. It is extremely difficult to be away from my cousins who I used to see every day and now I do not for our safety. It is the best for everyone although it is hard. To keep myself relaxed I have taken the opportunity to do things I like and activities that I usually don't have time to do, because it is a perfect way to distract ourselves from the current situation. I hope that this will improve our relations and make us better, more supportive, responsible, mature, and united humans. Even though the times seem grim, I hope everything will be fine any time soon because together we are stronger!o Mafalda Azevedo, 11.º A
Impacto do isolamento A vida consegue sempre surpreender-nos, é um facto. Penso que nenhum de nós se imaginaria a passar por isto algum dia e, mesmo assim, aqui estamos nós. É um problema que está a afetar o mundo, portanto, penso que devemos deixar de ser egoístas e devemos tornarmo-nos mais responsáveis pelo nosso bem e pelo de todos. Durante os primeiros dias, ainda houve aquele sentimento de alegria ao pensar que ia ficar em casa, a descansar e com mais tempo para o que me apetecesse fazer. Comecei a dormir mais, a ver séries e filmes, a poder estar mais tempo sem fazer o “nada” que tanto queremos, mas tudo isso se tornou cansativo e repetitivo em pouco tempo. Foi aí que me comecei a aperceber da falta que a liberdade nos faz, isto é, poder ir onde quiser, quando quiser e, principalmente, com quem quiser. Talvez não da melhor maneira, mas este grande problema vai ajudar-nos, daqui para a frente, a aproveitarmos ou a darmos importância aos momentos como devíamos, a não deixarmos abraços passar, etc. Concluindo, é realmente verdade quando se diz que queremos o que não podemos ter ou que, na maioria, só damos valor quando perdemos. Mariana Cunha, 11.º D
ESF.ON VOZES Impacto do isolamento
Impacto do isolamento nas nossas vidas
NEW LIVES
Nas últimas semanas, o mundo inteiro tem vindo a ser surpreendido por um “inimigo” invisível, mas que, na verdade, tem trazido consequências bem marcantes e bem visíveis a todos nós. Os governos, bem como outras entidades de saúde a nível nacional e mundial, têm cooperado juntamente com a população para eliminar a propagação deste vírus e evitar que esta pandemia atinja dimensões maiores. Várias medidas de prevenção têm sido colocadas em prática, uma delas, o isolamento social que, apesar de ser algo aparentemente fácil de concretizar, tem muitas consequências a nível físico, mental e económico. O Ser Humano necessita de convivência e de uma rotina não monótona para manter uma mente sã, o que com o isolamento se torna mais difícil. Com o afastamento social e o confinamento de cada um à sua área de residência, não existe trabalho e como não há trabalho não há produtividade, tornando-se impossível assegurar o mantimento do emprego de alguns funcionários. Com os despedimentos, o Estado terá uma maior despesa com os que ficaram mais desfavorecidos e vulneráveis e é desta forma que a economia nacional e mundial sofrerá danos severos e que será necessário muito tempo para fechar essas “feridas” e voltarmos a assistir a uma estabilidade da economia. Concluindo, tempos difíceis avizinham-se para todos nós e cabe a cada um cooperar para uma rápida e eficaz erradicação deste vírus que apareceu de forma tão inesperada.
Tanto a nível pessoal como a nível social, o
We are going through something we have never seen before. We've been closed in our homes for almost a month and a half and we're not doing it willingly, but because we are obliged. A lot of people are getting sick and, unfortunately, some of them are dying. Almost all of the people who died were over 80. People say that that's actually not that bad because it means that the ones who are young and healthy will easily get through this but they aren't really thinking about all those who have lost their parents, grandparents, or other people who were important to them. We never really think about it until it happens to us. Even in this scenario, people continue to go to work. It is what it is. The country can´t stop and the economy can´t fall further. Our parents are taking risks to try to minimize the consequences of this tragic situation. The most frustrating thing in the middle of this is that the only thing we can do to help is to stay at home. Basically, we are just at home, waiting that it will get better. I´m home. I´m doing this sacrifice for a better end. I miss my family and my friends. I miss my favorite places. I even miss the things that I didn´t like to do! But I´m doing this because it's the right thing to do in order to keep me and my loved ones safe. I just hope that people realize that they should do the same and avoid being outside as if it was a safe and normal thing to do in this situation. Everyone has to follow the rules or this will only get worse and I don't think anyone wants that. Nothing is permanent. We will get through this like we always do. But we have to do something even if this something is to stay at home.
isolamento tem um enorme impacto físico e psicológico na vida das pessoas e, como se não bastasse, o impacto na economia também é muito significativo e preocupante. Num primeiro momento, afeta-nos fisicamente, pois, ao passarmos mais tempo em casa, há tendência para reinar o sedentarismo, não só por não haver apetite para sairmos do sofá e fazermos exercício físico, mas também porque os vários pequenos movimentos que fazíamos durante o dia já não acontecem. Além disso, é complicado manter a sanidade mental durante estes dias, pois a interação com outras pessoas é muito importante para manter o equilíbrio. Também algumas situações mais complicadas dentro do seio familiar podem agravarse e tornar ainda mais difícil essa sanidade e equilíbrio mental. Por último, economicamente ainda não é possível calcular a dimensão da crise que se avizinha, mas que não a podemos subestimar não. Assim, o isolamento tem muitos aspetos negativos em termos de logística de trabalho, de adaptação, entre outros, mas é muito importante cumprimo-lo para a saúde e bem-estar de todos. Francisca Martins, 11.º D
Inês Mendes, 11.º C
Gonçalo Magalhães, 11.º D
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ESF.ON VOZES Diário de uma quarentena
Seguros e ansiosos
COVID-19
Sábado e domingo (dias 18 e 19 de abril) E este foi um fim-de-semana feliz e tranquilo! A minha madrinha está fora de perigo, já falou com a filha e vai ficar tudo bem! As restantes pessoas também estão bem. Ao sair dos cuidados intensivos, os profissionais de saúde bateram-lhe palmas. Eles também merecem uma salva de palmas! Sacrificam a vida pela nossa. Dão tudo, todos os dias, para salvar milhares de pessoas. São eles que, quando mais precisamos, estão lá para nos ajudar e nos dar a mão. São eles que passam, neste momento tão crítico no mundo, horas e horas a fio, a ajudar em tudo o que for preciso, são eles as pessoas mais importantes da vida de cada pessoa que está dentro do hospital, naquele momento. A vida depende deles. E é exatamente por isto que eu quero vir a ser um deles. Podem dizer, e têm razão, que todas as profissões são importantes e complementares e que se alguma não estiver a funcionar, as outras podem também não estar, mas é nestas alturas que vemos quem realmente faz falta! E agora, bora lá para mais uma semana!
Isolamento. A grande solução e o grande problema. O que nos mantém seguros e o que nos deixa ansiosos. Estamos todos nesta situação. Fechados por segurança, medo, incerteza e, de certa forma, por obrigação. A incerteza do nosso futuro faz com que todas as emoções que estamos a sentir se tornem ainda mais fortes. Após tanto tempo em casa, parece que nada é capaz de nos distrair desta realidade. Tudo nos incomoda, perdemos a vontade de ser produtivos, perdemos a nossa motivação. O facto de tudo o que sabemos ser incerto e inconstante deixa-nos ainda mais ansiosos. Nestas circunstâncias, aquilo que mais nos custa acaba por ser a distância. Não podermos estar com quem mais gostamos, não lhes podermos tocar. Não podemos porque nos estamos a proteger, porque as estamos a proteger, porque temos medo de nos perder uns aos outros. Custa - me estar longe, mas custa-me ainda mais pensar que mesmo quando pudermos sair de casa, não vamos poder estar com os outros da mesma forma. A minha pergunta é: Até que ponto as pessoas vão aguentar sem o afeto uns dos outros?
COVID-19 is a highly contagious respiratory illness that is affecting lives worldwide. The most common signs and symptoms are: Fever, Cough and Shortness of breath. We are facing a global health crisis that is killing people, spreading human suffering, and suspending people's lives. But this is much more than a health crisis. It is a human, economic and social crisis. COVID-19, which has been characterized as a pandemic by the World Health Organization is attacking the WORLD. From day to night, we had our lives suspended. Cities are empty. We can't leave our homes, we stopped going to school, we can't personally see our friends and family, we can't go shopping unless strictly necessary. Every single day, we watch the news and for over a month we can only hear the same thing: Covid 19 and its impact around the world. The fear and anxiety which we humans are experiencing is making people to avoid and reject others even though they are not at risk for spreading the virus. EVERYTHING HAS CHANGED. We can no longer kiss, hug. We are afraid, we are lost. We are living a war and I have no words to describe what I am feeling. My only hope is that we can overcome this war and get back to our lives even if it means that our lives will never be the same!
Francisca Sousa, 11.º A
Saudações higiénicas Saudações higiénicas, caríssimo Covid; espero que tenhas passado bem. Desejo tudo de bom à tua numerosa família e um beijinho em especial à tua irmã Sars que o meu país nunca teve o prazer de conhecer. Espero que a fama não te esteja a subir à cabeça, os noticiários só falam de ti e dos teus feitos. Puseste a frota mundial de aviões em terra, atracaste grandes cargueiros nas docas, provocaste a maior queda da economia global de sempre, não deixas ninguém sair de casa, até o petróleo está ao preço de água por tua causa. Apesar de nutrir um tremendo respeito por ti, és o maior assassino em série que a humanidade já viu.. Revelas a toda a hora números arrebatadores, mas a humanidade está a unir-se, o sentido de comunidade e de ajuda ao próximo é maior que nunca, e a cura chegará em breve. O cerco está a fechar e em breve tirar-te-emos a “corona” e o teu reinado acabará. Acompanhar-te-ei à porta de saída do nosso planeta para que possas levar contigo aqueles primatas bem vestidos que te subestimam. Francisco Araújo, 11.ºC 16 ESF.ON ABRIL 2020
Inês Mendes, 11.º C
Diana Lopes, 10.º C
Um Mundo aterrorizado por um vírus Atualmente o mundo está a ser atacado por um inimigo invisível, um inimigo implacável que está a destruir vidas em todos os lugares. Originário da China, mais especificamente em Wuhan, o vírus Corona ou COVID-19 (nome da doença), está a alcançar dados catastróficos e proporções altamente prejudiciais para todos nós. Portugal, assim como muitos outros países, encontra-se em estado de emergência, tendo registrado mais de 19.000 casos e mais de 600 mortes. Não saio de casa há mais de 40 dias e estou cansado de ficar preso em casa e não estar com o resto da minha família e com meus amigos e professores. Espero que isso termine rapidamente, porque as pessoas estão a morrer e a sofrer, e também a economia de todos está a sair prejudicada, estando todas as pessoas com dificuldades financeiras. Para terminar, quero dizer às pessoas que fiquem em suas casas e fiquem em segurança, porque juntos podemos superar isso! João Maia, 11.º C
ESF.ON VOZES A viagem dos meus sonhos
PANIC
Não me lembro quando é que a vontade de viajar apareceu ou o que a provocou, mas acredito que todos nós a temos apesar de uns de uma forma mais ambiciosa que outros. Engraçado como neste momento a minha viagem de sonho se tornou apenas ir até à escola ou a um café estar com os meus amigos, das coisas mais simples que há. No entanto, a nossa vida vai muito além deste momento mau nas nossas vidas e, por isso, tenho várias viagens que gostaria e pretendo realizar no futuro. Tailândia, Maldivas e Dubai são os meus três destinos prediletos e como acredito que o que faz grande parte de uma viagem é a companhia, os meus amigos seriam sempre a minha primeira escolha. Espero que todas as minhas viagens me proporcionem experiências de que nunca irei esquecer e que, principalmente, me tragam felicidade. É uma oportunidade única de viver outras realidades, conhecer as mais diversas culturas e de nos deslumbrar com as paisagens que existem por todo o mundo e que, por mais fotos que vejamos, nunca serão capazes de retratar o que sentimos no momento. Viajar é voltar para casa mais rico do que no momento de partida.
Nowadays the world is being marked by some profound changes and great dismay in most countries, not knowing how long they will remain stand, due to a virus called “Coronavirus”, which nobody knows how to handle it and therefore is causing the world to panic. Portuguese people are scared, apprehensive, afraid of everything and everyone. The information is immense. Unlike other times, television channels are constantly updating the data on this pandemic that has reached us. In addiction, they clearly alert the care and prevention methods that we must have, so that we are safe from this damn disease. In Portugal, due to COVID-19, companies are suffering a significant drop in their activity, for an indefinite period, thus harming the entire Portuguese economy. People start to see their jobs at stake, prompting them to seek help in order ways to fulfill their commitments. When all this started, few people gave importance to this problem. In fact, they thought it was another type of flu, easy to treat, that it would be a simple treatment disease. However, as we have come to verify, we were all mistaken, with it brings several serious complications and even death causes, which is scary. I have been at home with my closest family for about one month completely isolated by my friends due to orders given by the government Health Department. These strong actions haven´t been well received from all people which look at this as a dictating which has been far from easy. In order to protect us the government has forced me to take a mandatory isolation staying away from my friends and some family members. Classes were suspended, so we had to find a solution to continue working. Nevertheless it is not the same, as with direct contact but learning becomes easier and more motivating. Regarding myself at this moment I am very worried, since I will have national exams, and this whole situation might have great consequences in my performances. I also stopped playing sports which is one of the things I love to do the most, that´s why, my life is all transformed. So, every day I basically do the same things: I get up and take care of my daily hygiene, like, studying, watching movies, playing online with my friends… To sum up, I hope that this whole situation will be handled as soon as possible, so that in the end we will all be in good health in order to return to our daily routines, that is, regain our freedom, as I have never thought that a simple bike ride was so important to me.
Mariana Cunha,11.º D
Impacto(s) do isolamento O impacto do isolamento varia de pessoa para pessoa, há pessoas que levam isto como umas férias e não se preocupam com eles nem com as pessoas que os rodeiam e existem aquelas pessoas que levam a sério. Na minha opinião o isolamento só é bom para nós e para os outros. O impacto que eu sinto é que eu antes andava a pé e agora não posso sair de casa, antes gostava de ir visitar os meus avós e os meus tios e agora passo semanas que não os vejo. O meu isolamento está a ser tranquilo, pois eu tenho trabalhos para fazer e tenho que ajudar a minha irmã nos trabalhos dela, a parte chata é que tenho que estar em casa e não posso ir para lado nenhum. Torna-se cansativo estar em casa vinte e quatro horas por dia, o que me faz espairecer um pouco é que a minha mãe tem um quintal e, às vezes, eu ajudo-a. Algumas pessoas levam isto a sério e outras pensam que só acontece aos outros, mas, quando menos esperamos, a doença pode bater-nos à porta. Marta Almeida, 11.º A
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL
PÃO com MASSAS SELVAGENS e fermentações lentas RUI MARCELO PEREIRA
João Alves, 11.º C
Reflexão sobre a quarentena A espécie humana não tem NENHUM poder, atualmente. Como é que é possível que um ser, que até é PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL
acelular (sendo nós constituídos por cerca de 10 trilhões de células), com cerca de 20 a 300 nanómetros, ou seja, cerca de 9 vezes menor que o metro, consiga “destruir” assim o mundo? Como é que a espécie, que se diz a mais evoluída do planeta, não consegue combater esta pandemia em pouco tempo? Mas tudo isto é como uma moeda, sempre com dois lados. A economia, a sociedade...: tudo desmorona. Já o ambiente “sorri” com menos dióxido de carbono no ar. O ambiente só ganha sem a presença do ser humano. Isto torna-nos parte da história, não só do nosso país, mas também do nosso globo e Humanidade irá ultrapassar esta dificuldade, tornar-se-á mais forte e capaz de combater a próxima. Porque sim, haverá uma próxima. Para terminar, vou deixar aqui uma frase que me inspira nos dias menos bons: “Mesmo que as coisas não corram como desejaríamos, se não lutarmos por aquilo em que acreditamos, não nos podemos queixar da nossa falta de sorte!”. Francisca Sousa, 11.º A
AÇUCARES - MAÇÃ POR TERRA ANA CATARINA JESUS
ABRIL 2020 ESF.ON 17
ESF.ON VOZES TEENAGER IN QUARENTINE
Impacto do isolamento
Impacto do isolamento
Since we started hearing about this new virus, 2 196 109 people got infected, 149 024 people died and 560 177 people recovered (these numbers were last updated at 17/04/2020, 17:38). At the end of march, at least 25 countries declared a state of emergency. This has a huge impact in the economy, in the education, in the people and their family interaction. As a student who is going to go to university next year, I'm worried. This year and the next are very important to people my age, because the exams we are taking are very important to get into the university. Now the government said that these exams won't change our secondary grade and I'm not sure if this is good for the ones who want to get in those courses with very high grades like me, I want to be a doctor. Having classes through a computer isn't very beneficial, because we get distracted easily and we get tired faster. As a teenager this quarantine situation isn't good either. I don't want lots of hugs from my parents, I can't hang out with my friends, I can't leave my house and I can't swim, which is something I really like to do. The few positive things are that I live in a big house which means I have plenty of space to work out, I have tons of different activities to do and I can play with my dogs, another good thing is that I can sleep more. 3 weeks ago, my great-grandmother did the test to check if she had Covid-19, we were all extremely worried because if she had it she could have passed it to her children and they all have health issues and with the Covid-19 they could have died, but everything went well and she tested negative to the virus. I hope that no one of my family catches this virus otherwise I would be terrified. SNS, DGS and the government are giving us some number of people infected and, honestly, I don't believe it. They are only testing those with symptoms and what about those without it? They say that about 80% of the people don't have symptoms but are still infected so until they start doing the tests to everyone this numbers are fake. That's why I think we haven't had our peak yet. Plus, I think it's kind of impossible to have 1 516 new infected and 7 days after 181, I can't wait to see how many new infected we are going to have tomorrow.
A situação que estamos a viver é realmente difícil para todos nós. Nesta quarentena, tenho vindo a reparar que estar em casa diariamente é muito complicado e mais complicado é termos de fazer tudo por nós próprios. No caso da escola, claro, sermos nós a ter de pensar em trabalhar e fazer é muito difícil para os jovens ou, pelo menos, para mim. O mais triste, ainda, é não podermos estar com as pessoas que nos são mais próximas, os nossos amigos, alguns familiares e até alguns colegas que, mesmo sendo só colegas, nos fazem faltam, porque de qualquer forma fazem parte da nossa vida e nós agora conseguimos perceber o valor disso, o valor dos pequenos momentos com pessoas aleatórias. O impacto que esta situação tem em nós é enorme mesmo, visto que começamos a dar valor a tudo, aprendemos a fazer outras coisas, e até dedicamos mais tempo a nós ou ao nosso bem-estar, e isto que estamos a passar é mau, mas por um lado vai fazer bem a muitas pessoas que estavam “perdidas”. Concluindo, temos de dar mais valor à vida.
Os dias que temos passado não têm sido fáceis e é evidente que esta situação afetou as nossas vidas em diversos aspectos. Na verdade, a rotina alterou-se em inúmeros fatores, como o simples facto de podermos sair sem preocupações, ir à escola, estar com amigos, jogar à bola, entre outras coisas que não dávamos valor mas, vivendo a situação atual, sentimos, realmente, imensas saudades. Deste modo, este cenário causou várias consequências. Por conseguinte, focar-me-ei no ensino que foi obrigado a arranjar soluções, pois não pode parar a aprendizagem e, é nosso dever, cumprir o que nos é pedido e adaptarmo-nos da melhor forma possível, mesmo que seja complicado. De facto, o decorrer das aulas online exige uma concentração e empenho que não era necessário em circunstâncias normais. Contudo, as rotinas escolares quebraram-se, muitos perderam hábitos de estudo e não sabem como lidar com a situação, visto que a maioria das gerações nunca superou algo semelhante. Assim, é necessário focarmo-nos no lado positivo e tomar as precauções necessárias para, pelo menos, ajudar a diminuir os impactos e, posteriormente, ser possível usufruir da liberdade que habitualmente nutrimos.
Maria Leonor Lopes, 11.º A 18 ESF.ON ABRIL 2020
Vanessa Magalhães,, 11.º D
Tomás Castro, 11.º D
Impacto do isolamento Como estudante, o facto de não ir para a escola está a deixar-me preocupada. Frequento o 11º ano e, na minha opinião, este e o próximo ano são os anos decisivos do meu futuro, pois vou realizar os exames de acesso à faculdade e, como quero seguir medicina, tenho de ter uma média de acesso muito elevada. O governo anunciou que as notas dos exames não irão alterar a nossa média de secundário, mas eu não sei se isso é bom ou mau, acho que vai depender da nota que tirar nos exames. A minha mãe é enfermeira e, por isso, tem de ir trabalhar e, como tudo muda de um momento para o outro, ela anda mais nervosa. O meu pai é empresário e estar em lay off é uma opção que não é eterna e por isso também anda preocupado com a falta de trabalho. O meu irmão frequenta o 5º ano e por isso está mais tranquilo, mas também com muitos trabalhos para a escola e já fica ansioso, cada vez que vê que recebeu um email dos professores… O isolamento está a afetar-nos a todos de uma maneira ou de outra, mas acredito que se cada um fizer a sua parte este período de isolamento vai ser mais breve. Maria Leonor Lopes, 11.º A
ESF.ON VOZES Apreciação critica da obra “Diário de um Killer sentimental”, de Luís Sepúlveda.
HOW I FEEL ABOUT COVID-19
"Diário de um Killer Sentimental" é o título do livro, através do qual Luís Sepúlveda nos dá a conhecer uma versão diferente de um diário, se é que lhe podemos chamar de facto um diário, uma história tão bem contada, como só Luís Sepúlveda e mais uns poucos de escritores, o sabem contar. Luís Sepúlveda é um autor chileno, nascido em 1949, falecido no dia 16 de abril de 2020, que se tornou muito conhecido com o romance "O Velho Que Lia Romances de Amor" e “História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar”. Sepúlveda é descrito como um autor multifacetado, pois os seus livros vão de contos infantis a vários romances. "Diário de um Killer Sentimental" é uma novela que, como outras do autor, descreve a história do killer, um homem na casa dos quarenta anos, cuja profissão é a de assassino profissional. A única razão que este apresenta para matar por encomenda é um cheque com seis zeros à direita, livre de impostos. Mas, o modo como Sepúlveda apresenta a história, faz-nos acreditar que o killer ainda possui humanidade. Apesar de nos sentirmos incomodados com a profissão que tem e pela crueza com que o killer fala dela, através da escrita do autor, vemo-la apenas como um modo de ganhar dinheiro. Deixamos de sentir pena das vítimas e passamos a identificarmo-nos com killer, com a sua vida e chegamos até a sentir pena das suas adversidades. O killer vai quebrando várias regras ao longo da sua vida. Quando a história começou, ele tinha apenas quebrado uma, a de que um killer vivia sozinho. Este apaixonou-se por uma jovem, a sua "gata francesa", que não desconfiava da vida que ele levava. Viviam juntos num andar, nos arredores de Paris. Mas à medida que a história se vai desenrolando, killer vai quebrando várias regras. Ele começa a questionarse acerca do mal que terá a sua encomenda feito, para terem contratado os seus serviços. Esta inquietação provoca mais descuidos por parte do killer. Ele põe a sua vítima de cautela, fica na mira da DEA, a agência antidroga dos Estados Unidos e, com isso, compromete a sua missão. Como se tudo isto não bastasse, ele perde também a sua "gata francesa", que se apaixonou por um mexicano, quando passava férias no México. Por ser um assassino respeitado, os seus chefes dãolhe uma última hipótese. Ele tem de descobrir onde
Atualmente vivemos tempos difíceis devido à pandemia do coronavírus. O vírus está a propagarse, o perigo aumenta e os nossos sistemas de saúde, economia e rotinas estão a ser severamente postos à prova. Estamos em casa desde o início de março, como medida de precaução e prevenção, e a gestão do tempo para realizar todas as tarefas escolares tem sido um dos maiores desafios e os jovens estudantes anseiam pelo regresso à escola. A dificuldade em manter a sanidade mental, em controlar os sentimentos, em cumprir o isolamento social, mantendo-nos afastados dos que mais amamos e daquilo que mais gostamos de fazer, a dificuldade em conciliar a vida familiar com o teletrabalho, as carências económicas e o elevado número de mortes têm sido outras das consequências deste surto. Felizmente, a nível ambiental este período de confinamento trouxe algo positivo, por exemplo, a diminuição dos níveis de poluição de dióxido de azoto.
Quickly everyone's opinion went from “I want a vacation” to “I can't stand being closed at home anymore”. 4 months ago with the appearance of the covid-19, I had never imagined the world in chaos that is, both economically, socially, culturally, politically and last but not least at school level; the scenario we have been seeing lately is the deserted streets, silence on the streets and everyone closed at home. A new virus in which they have not yet found a cure haunts the life of the world, leaving a void within everyone and a feeling of despair at wanting this to return to normal. My feelings in relation to the situation (I think it is the same for most people), it is a feeling of revolt and frustration that we cannot be with those we love most, a feeling of loneliness for being 24/7 inside our homes in social isolation and lastly the worst feeling of all, fear and sadness for all the people infected, for the deaths due to the virus and with fear that ours will have to go through this battle. We can call this a global depression, no one is well or satisfied with the situation, everyone around the world is suffering from this pandemic and what most irritates me in the middle of it all are the ignorant people who risk going out when it is not necessary, I understand that it is difficult but the more we unite in this situation the quicker we will get out of it to win. It`s better to stay at home for 2 or 3 weeks than 2 or 3 months. Half of the 2nd term and now in the 3rd term classes will be given by video conference, I do not say that it has been an easy experience, at least I speak in my opinion, an extreme level of concentration is needed and I am still working on it, but I think this is just adaptation and then things will get better. As for the exams, all I can do is calm down and do my best until the time comes to do them. However, they have always taught me to see the positive side of things, and since we are closed at home it is necessary to see the positive side of it for the sake of our sanity, such as taking time for ourselves, doing what we like or even to develop our creativity, with music, cinema, literature or other artistic expressions that motivate us, there are so many capacities in us that we haven't discovered yet and it's time to invest in it. Living one day at a time the world will face this battle head-on and win it.
Mafalda Azevedo, 11.º A
Mara Teixeira, 11.º C
se encontra a sua vítima e matá-la, sem ser descoberto. É a sua única hipótese, caso não quisesse ver a sua certidão de óbito assinada. E é nesta face mais negra do autor que vos deixo, com um livro que me cativou desde o início e no qual se vê como o mundo é pequeno e onde os finais felizes existem, mas não estão garantidos. Aconselho a leitura deste livro, pois além de divertida, é ideal para rir e descontrair, por algumas horas, nestes dias de isolamento social, em que nos encontramos. João Alves, 11.º C
Impacto Covid-19
ABRIL 2020 ESF.ON 19
ESF.ON VOZES STAY HOME AND SAFE The corona virus appeared in Wuhan, the cases were reported as pneumonia of unknown cause and all the cases were linked to a food and live animal market in Wuhan. The virus appeared very quickly and its spread is taking on frightening proportions, it also had a very strong impact on people's lives, schools and establishments are closed all over the world, the economy stopped and this all brings economic problems for the countries. For me the biggest consequences that this pandemic will bring are on a personal and family level and on an economic level. The fact that we are locked in the house can cause some stress and emotional breakdown since we cannot be with our family and friends. This situation has affected me personally, since I'm a person of routines and getting out of them so fast left me a little stressed and “lost”. Given the fact that schools all over the world are closed, this new way of teaching, in my view, is being very productive, but , for me, face-to-face teaching is still more beneficial, the interaction with teachers is very different as well as our concentration at home, since it is much easier to find ways of distraction. I think that, every person, wants to go back to their daily routines and hope that this goes as fast as it can and that everything is fine. I hope that everyone is aware that this is not just a flu and that they' re complying with isolation, I know that it is difficult to get used to this new routine, but isolation is necessary to reduce the risk of contagion. Stay home and safe! Ana Barros, 10.º C 20 ESF.ON ABRIL 2020
Covid-19, o novo inimigo que nos tenta derrubar todos os dias Atualmente, estamos a viver uma fase muito complicada no que toca à saúde e bem-estar da população e da economia. Como vemos todos os dias na televisão, o governo e a DGS (Direção Geral de Saúde) têm um papel importantíssimo na propagação deste vírus e que, na minha opinião, está em conformidade com a situação, que todos sabemos que é nova e desafiante em todos os sentidos. A primeira declaração do Estado de Emergência, em Portugal, foi a decisão acertada a tomar, pois acho que as pessoas não tinham percebido bem a dimensão da pandemia que se ia instalar. Após isso, têm sido tomadas imensas decisões para conter o vírus o mais possível: a mudança da não utilização de máscara para o seu incentivo em locais fechados; o encerramento de estabelecimentos de comércio e de alguns serviços; a “cedência” de Lay Off simplificado às empresas, entre muitas outras medidas. Agora, com o passar do tempo e a evolução da pandemia, verificamos que, até se encontrar um tratamento ou uma vacina eficaz, iremos ter que aprender a viver com o vírus nas nossas vidas. Isso implica o uso de máscaras, luvas e desinfetante no nosso dia a dia, coisa que nós, ocidentais, não temos muito hábito de utilizar. Para além disso, as empresas, se quiserem continuar a sua produção, pois, sejamos sinceros, a opção de Lay Off não é sustentável por muito tempo, terão de tomar as mesmas medidas de proteção e suportar as suas despesas. Assim sendo, e analisando o ponto em que estamos, acho que se devia começar a aliviar o grau de restrição que temos, para que a economia não decresça ainda mais e os próximos anos não sejam desastrosos a nível financeiro. A abertura de alguns estabelecimentos de comércio e de empresas são um princípio. Obviamente, teriam que existir restrições como, por exemplo, a entrada de um reduzido número de pessoas no recinto, conforme a sua dimensão e a utilização de máscaras e luvas, tanto pelos lojistas como pelos clientes. Com isto, a economia continuaria a funcionar, ainda que a um ritmo lento, e os danos desta paragem\desaceleração não seriam os piores e não se refletiriam, nos próximos anos, em austeridade. Para além de todo o trabalho do governo e da DGS, a comunicação social também tem vindo a ter um papel muito importante na informação passada aos portugueses, pois são eles que transmitem a realidade
vivida nos hospitais, os dados diários sobre os infetados, mortes, recuperados…, basicamente, fazem a ponte entre o governo, a DGS e as equipas médicas e a população. Mostram também a dificuldade que os outros países vivem com o coronavírus, o que, de certa forma, relaxa e sossega um pouco os portugueses e os deixa com mais esperança e confiança nos líderes políticos que elegeram e no bom sistema de saúde que Portugal beneficia. Na minha opinião, Portugal tem lidado muito bem com o vírus e, se continuarmos no mesmo pensamento e dedicação, acredito que consigamos passar este contratempo da melhor forma possível e muito melhor que os nossos parceiros da União Europeia e do resto do mundo. Espero, assim, que as consequências sejam mais brandas para nós e que possamos tirar vantagens disso em todos os sentidos que podermos, sejam eles a nível económico, da saúde, desportivo, o que seja. Francisca Martins, 11.º D
DIFFICULT TIMES We're living difficult times. The situation we're in is terrifying because the proliferation of this virus is faster than what we were waiting for. The last weeks have been confusing and I wish to go to school again. I miss my walks to the school while hearing music that is my biggest passion, talking to my colleagues and friends about everything and anything. Everytime I use my phone or computer is for having online classes or getting more work to do. We can't even turn on the television without having to hear about Covid-19 and that's suffocating. This can affect everyone we love and there is no cure. Besides all of this, maybe we can see this situation as the way nature uses to heal herself since the emission of CO2 has decreased and the water in Venice's canals is practically clean and we a even see fish there again. Most people think this is a virus created in laboratory in an attempt to reduce the population or a biological weapon that got out of control. We don't know if that's true because there are no proof but I kinda believe it. And then, we have Portugal that didn't even believe it could get here. Maybe if we had been more careful we would´t be in this state. The truth is: we can't change the past, we can only do better in the future. In the end I just know that everything will be fine. Ana Rita Vieira, 11.º A
Ser Professora em Tempo de Pandemia
Porque nos comemoram*
GUILHERMINA PEIXOTO
JOSÉ OLIVEIRA
Coordenadora do Departamento de Línguas Estrangeiras
Coordenadora do Departamento de Língua Materna e Francês
Em tempo de pandemia, da noite para o dia, recebemos o email “encerramento da escola … por tempo indeterminado”. Mas a escola não encerrou - só os seus portões. Se nos devemos sempre reinventar, então não nos tem faltado o pretexto, nem a ocasião. Num final de um segundo período atípico, tingido de algum receio, confusão e ansiedade, sobrevivemos como Escola – à distância de um ecrã e de muitos cliques. Através das suas estruturas, começámos a receber diariamente a informação necessária para orientarmos a nossa ação e mantermos contacto com as turmas, que, gradualmente, e na medida dos seus recursos, foram aderindo às propostas de trabalho. Desta forma foi possível, no departamento de Línguas Estrangeiras, como em outros, os professores concluírem ou consolidarem a lecionação de conteúdos programáticos, e, em alguns casos, implementarem, mesmo à distância, formas de avaliação da oralidade. Intensificou-se, sem precedentes, a utilização de recursos digitais: o email, as plataformas Zoom e Google Classroom, o Google Docs, o WhatsApp, o YouTube, entre outros. Sendo permeáveis à influência das TIC, navegámos por novos mares, e conseguimos pequenas vitórias. Valeu o nosso esforço, empenho e determinação, as inúmeras horas passadas ao computador, à distância da escola física, no seio de famílias com crianças, jovens ou idosos, com os seus afazeres, as suas solicitações, as suas angústias, a sua necessidade de atenção. Assim se chegou ao final do segundo período letivo, assinalado pela realização dos conselhos de turma de avaliação da geração Zoom. A pausa, bem definida no calendário, teve contornos que se esbateram no tempo, a mente a fervilhar com projeções de um futuro próximo, ainda nebuloso. O terceiro período entrou com o plano de E@D, e a plataforma Moodle updated. No departamento a partilha virtual tornou-se mais real, mais genuína. Ideias para aulas síncronas e assíncronas, projetos para envolver os alunos em trabalho autónomo de aprendizagem e correção de desvios, devidamente orientados pelo professor, à distância. Adaptámo-nos finalmente às aulas Zoom, estamos a fazer a adaptação ao Moodle. Quanto aos nossos alunos, adolescentes subitamente confrontados com um confinamento que lhes é contranatura, certamente a tentar gerir um turbilhão de emoções, têm correspondido bem à escola à distância, na sua maioria. Alguns, todavia, manifestam dificuldades ou ausência, pontualmente, uma “esperteza” em aula Zoom. Uma vez mais, cabe aos professores intervir; neste campo, nada de novo. Neste momento continuamos com muito trabalho, mas confiantes. Já muito havia sido dito sobre o teletrabalho, mas nunca se usou tanto esta modalidade que derruba as fronteiras do espaço e do tempo. Temos agora a oportunidade de avaliar os pontos fortes e fracos, e de desafiar a nossa imaginação. Uma coisa é certa, neste novo cenário, nós, professores, continuamos a facilitar aprendizagens e a inspirar os alunos, que se mantêm no centro do processo, nas famílias, e são fonte de inspiração também para nós. Saibamos usar esta janela de oportunidade, ser uma grande família coesa, e agradecer a todos os que colaboram connosco para que possamos continuar a dar o nosso melhor.
A minha avó Rosalina completou 103 anos no dia 18. Pela primeira vez, de há uns anos a esta parte, não pôde juntar à mesa o filho, a filha, as noras; os netos e os bisnetos. Pela primeira vez comemoramo-nos sem nos darmos nem nos vivermos. Não deve ter sido fácil para a avó. Nenhuma primavera se entende ou tem sentido quando os dias se oferecem à janela com raios de medo, tal como aqueles que doem à vista e anunciam cobrir o azul do céu com tormenta. A avó, apesar de ter vivido mais de um século, continua atenta às matizes da vida porque, para ela, o essencial é o visível aos olhos: a alegria na aldeia, a paz, a concórdia, a saúde de todos, o seu jardim, o labor no campo e um sorriso de presente a quem passa. Este é o seu mundo, pequeno para quase todos, pois é do tamanho da freguesia de Ferreiros no Concelho da Póvoa de Lanhoso, de onde raramente saiu, mas do tamanho do universo e de toda a poesia para ela, pois foi suficiente para viver, sonhar e continuar a imaginar a mais humana de todas imaginações, a que se sabe derradeira e se vê quando nos deixamos olhar: o sonho onde, mais do que ela, cabemos nós, os netos, os filhos, noras, bisnetos e toda a nossa felicidade. A avó Rosalina fez 103 anos, autónoma, lúcida e bela. Decidi partilhá-lo, num momento como este em que muitos netos no norte e em todo país, de uma forma abrupta se viram privados das suas avós, avôs e pais, provavelmente as pessoas mais tolerantes, meigas e simples que alguma vez conheceremos, por me dar conta, neste tempo, de que presumivelmente, há muito tempo, altruisticamente todos eles deixaram de comemorar o seu próprio aniversário para nos comemorar a nós próprios e, sem nos confessar, estiveram nas suas festas para nos festejar. Saibamos ser sempre aquilo que de melhor projetaram em nós para que vivam todos os aniversários que lhes podermos dar. Obrigado, avó. * Texto já publicado pelo JN na Edição em papel de 20/04/2020
Tenho saudades da Escola! Mas principalmente de quem me quer bem, nomeadamente, do professor de Técnicas Multimédia e da Diretora da Escola. José Pedro Lage
ABRIL 2020 ESF.ON 21
Visita de Estudo Nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2020, a turma do 11º C, juntamente com outras turmas do mesmo ano (11º A e 11ºB), deslocou-se à capital do país, acompanhada por um grupo de professores. A visita, no âmbito das disciplinas de Português, Biologia, Física e Química e História e Cultura das Artes, teve como objetivo ser uma atividade letiva, mas foi muito mais do que isso, tornando-se uma experiência única e memorável para todos que nela participaram. A saída estava prevista para as 8:30, e assim aconteceu. O primeiro destino foi o Porto, onde visitamos paisagens geológicas e nos divertimos na praia de Lavadores. Após isto, seguimos para o principal destino, Lisboa. Ao chegar à capital deslocámo-nos pelas principais ruas de Lisboa, até chegar ao
Julieta”, no mais antigo Teatro de Portugal, o Teatro D. Maria II. Era hora de descansar, mas ao chegar ao recinto onde ficamos instalados a vontade de conviver uns com os outros era maior que o cansaço, e por isso a noite prolongou-se. Percebemos a sorte que tínhamos por ali estar e por nos termos uns aos outros. Os laços que criámos entre nós, mas também com os professores que nos acompanharam, foi algo que aproveitámos e que agradeço. Acordámos cansados, mas cheios de vontade de continuar a usufruir da experiência e de aprender. Assim, no dia seguinte, visitámos a exposição “Meet Van Gogh”, e depois, viajámos até Sintra, onde visitámos a Quinta da Regaleira. Todas as atividades foram para mim um prazer. No entanto, gostei particularmente da experiência da exposição de Van Gogh, pelo facto de ser uma coisa diferente daquilo a que estamos habituados e da visita à Quinta da Regaleira, um local que achei fantástico. Como conclusão, acho que todos somos privilegiados por termos participado nesta viagem, onde nos foi dado a conhecer uma diversidade de coisas incríveis e onde, além disso, conseguimos reforçar os laços que nos ligam aos nossos colegas e professores, companheiros de todos os dias. João Maia, 11.º C
Dia do PI
local onde mais tarde ficaríamos alojados, em Monsanto. Aproveitamos o resto do
dia ao máximo, com intuito de aprender e diversificar o nosso conhecimento cultural. Visitámos o Museu da Eletricidade, onde aprendemos algo mais prático, que se relacionava com as nossas aulas de física e química e, no final da noite, após uma grande convivência ao jantar, visualizámos a peça de teatro “Romeu e 22 ESF.ON ABRIL 2020
Por ordem da Direção Geral da Saúde, a Escola Secundária de Felgueiras encerrou no dia 9 de março. Seria uma semana de preparação para a comemoração do Dia Internacional do Pi. Os alunos do 3º ciclo já tinham dado início à tarefa, depois dos alunos do curso de multimédia terem imprimido os primeiros 1000 algarismos de uma das dizimas infinitas não periódicas mais famosas. Como é natural, 1000 algarismos é insignificante comparando com os 10 quatrilhões descobertos pelo americano Ed Karrels. Seria uma semana trabalhosa, mas com um final gratificante e muito bonito. Todos os alunos iriam colaborar na construção do Pi no átrio do piso 2. Como não foi possível a dita construção, deixo aqui uma pequena curiosidade. É possível encontrar uma sequência de algarismos na dizima infinita do número Pi. Por exemplo, se escolheres o último dia de aulas presenciais do segundo período, 06 de março de 2020, que corresponde à sequência 060320 podes encontrar a primeira sequência na posição 1031760 da dizima do Pi.
Podes experimentar em https://www.atractor.pt/mat/fromPI/PIsearch.html com outras datas ou sequências. Experimenta!!!
Visita de Estudo Nos dias 3 e 4 de março, no âmbito das disciplinas de Animação e Lazer, Desportos Coletivos, Desportos Individuais e Educação Física, a turma do 11ºJ, do Curso Profissional Técnico de Desporto da nossa Escola, acompanhada da Professora Idalina Ribeiro, de Animação e Lazer, do Professor Pedro Ribeiro, de Desportos Coletivos, da Professora Maria João Botelho, de Desportos Individuais, da Professora Paula Oliveira, de Educação Física e do Professor Francisco Pires, de Educação Inclusiva, dirigiram-se a Lisboa para conhecerem o Centro de Alto Rendimento do Jamor, o Estádio da Luz e o FOOTLAB. Com a visita pretendia-se conhecer um conjunto de instalações, equipamentos desportivos e serviços de apoio multidisciplinar, essencialmente orientados para a melhoria do rendimento desportivo, praticar diversas atividades lúdicas num enquadramento natural único, que inclui percursos pedonais, parque aventura, ginásio ao ar livre, entre outras e fomentar a relação professor(a)/aluno(a), aluno(a)/aluno(a) e escola/exterior. Centro de Alto Rendimento do Jamor O Centro de Alto Rendimento do Jamor responde às necessidades da preparação de atletas de alto rendimento, seleções nacionais e jovens com talento desportivo em processo de desenvolvimento, conta com profissionais qualificados e tem os melhores e mais modernos meios técnicos. Dispõe de uma residência para atletas, em regime de internato, que assegura as condições para o desenvolvimento das carreiras desportivas e do percurso académico, trabalha em parceria com Instituições de Ensino Superior e com diversos Centros de Investigação, com prestígio e competência reconhecida, o que permite uma atualização permanente no apoio às diferentes necessidades de preparação dos atletas. Foi nesta residência que ficamos alojados. Além da residência, das inúmeras valências que o Centro de Alto Rendimento dispõe, foi-nos ainda feita, no dia 4, uma visita guiada ao laboratório, à sala de treino, à sala de altitude e à piscina. Estádio da Luz No dia 3, pudemos visitar o belo Estádio da Luz e o Museu Benfica Cosme Damião. Aqui fizemos um peddy-papper, que nos possibilitou ficar a conhecer melhor a história do clube, as suas instalações e os seus títulos. Jogo de Andebol Ainda no dia 3, fomos surpreendidos pelo professor Pedro Ribeiro com uma atividade extra: foi-nos permitido assistir ao jogo de andebol Benfica X Sporting da Horta, uma atividade que foi muito do agrado de todos. FOOTLAB Para o dia 4, estava agendada a atividade que os alunos mais esperavam e mais adoraram: o FOOTLAB. Antes, parámos na zona de Belém para almoço e para um passeio junto ao Mosteiro dos Jerónimos, onde também não faltaram, para quem quis provar, os famosos Pastéis de Belém. Seguimos para o FOOTLAB. Com tecnologia própria e única no mundo, o FOOTLAB inclui sistemas de testes à perícia e velocidade de cada jogador, permitindo desafios em equipa ou de superação individual. Esta análise desportiva é aplicável à atividade lúdica e também à profissional, graças à implementação de software e hardware patenteados em exclusivo para o
FOOTLAB. Os campos de Street Soccer, Futevólei e Futebol de 5 estiveram depois ao dispor dos nossos alunos. O FOOTLAB é um espaço único dedicado ao desporto-rei e a quem o vive com paixão e fez a delícia dos nossos alunos. A visita cumpriu todos os objetivos previstos, pelo que só nos resta agradecer a todos aqueles que permitiram a realização da mesma. Idalina Ribeiro
Esta pandemia, além de ter deixado em standby, a possibilidade de conviver com aqueles que muito contribuíram para o meu sucesso, enquanto aluno, também me impediu de praticar o hobby de que mais gosto…. Ajudar a minha Escola na promoção e divulgação das suas atividades culturais e pedagógicas. Anseio pelo regresso desses tempos! Tiago Oliveira
Sinto falta dos meus amigos e colegas, dos momentos partilhados no auditório, das experiências vividas, dos professores e das gargalhadas provocadas pelo nosso professor! Beatriz Sousa
Sinto a falta dos meus amigos e da equipa de trabalho, do ambiente do auditório, dos momentos de diversão, dos eventos e do “storzinho”. Maria João Sousa ABRIL 2020 ESF.ON 23
PERSONALIDADE ESTILO
DIGA LÁ, ANABELA LEAL Em 2017, foi eleita Diretora da Escola Secundária de Felgueiras. Aos 48 anos, Anabela Leal lecionou durante vários anos Português e Francês, e nos últimos 18 anos fez parte de Conselhos Executivos e de Direções da escola. Estas são algumas das curiosidades que definem a Diretora da nossa escola.
Um adereço indispensável Relógio Um prato favorito Leitão da Bairrada
Um livro que recomenda O Amor nos tempos de Cólera Gabriel García Marquez
Uma aventura por concretizar Viagem de um mês pela Europa
Um filme que recorde A Lista de Schindler (1993)
Um perfume La vie est belle - Lâncome
A viagem que mais a marcou Marraquexe- Marrocos
Uma banda da adolescência Queen Uma cidade para visitar Istambul
Uma bebida para ocasiões especiais Champanhe 24 ESF.ON ABRIL 2020
Personalidade/artista que admire Bono
Desporto favorito Cycling
MÚSICA
EMÍLIO ESTEVES
Pearl Jam – Gigaton A 27 de março de 2020, chegou até nós o novo trabalho dos Pearl Jam, banda mítica de rock de Seattle e, como s e m p r e , liderada pelo vocalista Eddie Vedder. O 11º álbum de estúdio dos Pearl Jam, Gigaton, é o primeiro álbum da banda em sete anos e são evidentes temas da atualidade como as críticas ao Presidente dos Estados Unidos (“Crossed the border to Morroco (…) to find a place Trump hadn´t fucked up yet”, como canta Eddie Vedder em “Quick Escape”), as preocupações ambientais (evidente no último e lindíssimo tema do disco “River Cross”) e a esperança e o otimismo em tempos de crise como aquele que vivemos (“For this is no time for depression…this fucked up situation calls for all hands, hands on deck” ouvimos serenamente em “Seven O'Clock”). Os Pearl Jam, que este ano fazem trinta anos de carreira, seguem neste novo trabalho a linha que nos habituaram, apesar de o primeiro single, “Dance of the Claivoyants”, revelar alguma inovação com um ritmo mais dançável, o que, de certeza, não vai agradar aos fãs mais fiéis da banda. Mas estes que não se preocupem, porque os restantes temas aproximam-se dos Pearl Jam das origens com canções típicas da banda e, portanto, boas notícias para os nossos ouvidos. Formados em 1990, os Pearl Jam são uma das últimas grande bandas que ainda encontramos no rock atual. Ao longo dos anos, já venderam 85 milhões de discos e, em 2017, entraram para o grupo restrito do Rock Hall of Fame. Este novo trabalho mostra que continuam a ser provavelmente a melhor banda de rock do mundo da atualidade!
Capitão Fausto – “A Invenção do Dia Claro” A b a n d a lisboeta C a p i t ã o Fausto editou em 2019 o seu 4º álbum de originais “A Invenção do Dia Claro” e, com este cd, atingiu a idade adulta a nível musical. Um dia claro é o que se procura um ano depois da edição deste trabalho que, pela sua sonoridade, parece agradar a quase todos. Este disco, com pouco mais de 30 minutos, apresenta canções com requinte e de boa disposição, mas com sinais de alguma melancolia. Os temas, na generalidade, abordam as relações entre as pessoas e, acima de tudo, os problemas e as soluções para os resolver, como ouvimos num dos temas do disco: “Contigo eu vou aprender/ Só tens de ter pachorra e ficar p'ra ver”. Estamos, sem dúvida, perante uma das bandas mais interessantes do panorama musical português da atualidade e este trabalho, recheado de temas lindíssimos e liderados pela voz de Tomás Wallenstein, é, musicalmente, composto por uma variedade de instrumentos: guitarra, baixo, bateria, cordas, sopros, sintetizadores, piano e, até, cavaquinhos. Os Capitão Fausto, até agora uma banda pequena, estão a transformar-se numa banda grande e o passo decisivo foi a sua passagem pelo Brasil, nomeadamente por São Paulo. Os temas, com a influência brasileira, tornaram-se, por um lado, mais dançantes e, por outro, mais calmos, o que levou a que o rock mais agressivo simplesmente desaparecesse. Este álbum apresenta um ambiente alegre e melancólico em simultâneo. No tema “Boa Memória”, ouvimos “ O que prevejo no futuro é tão duro” e, em “Sempre Bem”, Tomás Wallenstein canta “Há gente que anda a passar pior / Eu não me posso queixar”. Sabemos que alguns se podem queixar, mas todos desejamos, em tempos de pandemia e de enorme tristeza, que a “A Invenção do Dia Claro” venha rápido e, se possível, para todos!
PREVIEW CULTO Nick Cave and the Bad Seeds -“Ghosteen” O novo trabalho de Nick Cave and the Bad S e e d s apareceu em outubro de 2019 e é um disco que merece ser ouvido vezes sem conta, pois apela a uma meditação profunda. Ghosteen é o 17º trabalho de originais de Nick Cave que nos mostra que discos de menor valor não são com ele nem com a sua banda! É um trabalho que, muito diferente de tudo que NC tinha feito até agora, primeiro se estranha e depois se entranha! É sereno e vive muito das palavras, em que os temas parecem mais falados do que cantados, parece que Leonard Cohen não morreu e que veio fazer companhia a NC na fase mais difícil da sua vida. Este cd surge quatro anos depois da morte do seu filho Arthur que, com apenas 15 anos, em 2015, caiu de uma ravina em Brighton, Inglaterra, e NC, depois da raiva inicial, já evidente no trabalho anterior de 2016, Skeleton Tree, aparece aqui mais conformado e, aparentemente, calmo, cantando no tema Spinning Song “Peace will come, a time will come for us”. Estas palavras, passados seis meses, fazem imenso sentido em dias sombrios e de tristeza! Neste trabalho, que pede tempo para o ouvirmos, encontramos declamações de várias vozes e as canções são autênticos poemas que nos deixam a meditar. Em tom melancólico, tudo causado pelo desaparecimento precoce do filho, a referência à morte é uma constante e parece que o fim também o procura a ele, como canta no tema Hollywood, “And I Know my time will come one day soon / And I´m just waiting for my time to come”. Parece que a morte é a única solução para acabar com o seu sofrimento. NC, nascido, há 62 anos, em Melbourne e, desde cedo, cidadão do mundo, fixando-se, por fim, em Inglaterra, apresenta-nos, depois de 40 anos de carreira, um cd com poucas guitarras e mais sintetizadores e piano, um disco esotérico, sereno e belo que adivinhava tempos de isolamento. Queremos todos que estes desapareçam e que NC continue e volte ainda mais vivo! ABRIL 2020 ESF.ON 25
CULTO PREVIEW
ROSA GUIMARÃES
LITERATURA
Gente da Terceira Classe
O Homem que Plantava Árvores
Pessoas normais
José Rodrigues Miguéis
Jean Giono
Sally Rooney
A condição do imigrante é eixo temático dominante nos contos de Gente da Te r c e i r a C l a s s e (1962) a que não é alheia a experiência autobiográfic a, verdadeira força motriz da obra de José Rodrigues Miguéis. Num dos contos, intitulado O Viajante Clandestino, um homem sem identidade desemboca na América após vários dias de viagem no porão de um decrépito cargueiro em busca de dias melhores na terra de todos os sonhos. Miguéis, hábil construtor de atmosferas, serve-nos de guia: «Há cidades que parecem viver na intimidade dos dramas e segredos do mar, onde este está sempre presente, em convívio com os homens. E nada fala tanto ao coração do errante solitário como este apelo eterno do mar, junto aos cais.» file:///C:/Users/Rosa%20Guimar%C3%A3es/ Downloads/Gente%20da%20Terceira%20Cla sse.pdf
Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro, O Homem Que Plantava Árvores é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta. Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial. Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com um ecossistema rico e sustentável. É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França. Jean Giono escreveu este conto lendário nos anos 50 do século XX, com a esperança de desencadear um programa de reflorestação a nível mundial que promovesse a regeneração do planeta. Uma mensagem muito à frente do seu tempo. Inspiremo-nos no incansável pastor que transforma montes hostis numa magnífica floresta.
Connell e Marianne cresceram na m e s m a pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bemvisto por todos, enquanto Marianne é uma solitária que aprendeu com dolorosas experiências a manter-se à margem dos colegas. Quando têm uma animada conversa na cozinha de Marianne — difícil, mas eletrizante —, as suas vidas começam a mudar. Prémio Costa para Melhor Romance 2018. Livro do Ano Waterstones. Nomeado para: Man Booker Prize 2018, Women's Prize for Fiction 2019 e Dylan Thomas Prize 2019. Pessoas Normais será brevemente adaptado à televisão.
INÁCIO LEMOS
CINEMA
MULHERZINHAS
THE GENTLEMAN
EMMA
Para as adolescente, s u g e r i m o s Mulherzinhas cuja adaptação do romance de Louisa May Alcott (1868) teve adaptações desde a rádio à opera, passando pelo cinema, e neste a mais recente adaptação é de Greta Gerwig (de 2019), com Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh e Meryl Streep.
Esta é a história de Mickey Pearson, um barão da droga londrino, que pretende sacar uma grande fatia do seu lucrativo negócio ao tentar vendê-lo a uma família multimilionário do Ohlahoma. Realizado por Guy Ritchie, o filme de açao tem a participaçao de Matthew McConaughey, Charlie Hunnam e Michelle Dockery
Emma Woodhouse é bonita, inteligente e rica, é uma casamenteira inquieta sem rivais na sua pacata cidade natal. Navegando pela sociedade em que vive, descobre finalmente que o amor sempre esteve ao seu lado. Um filme baseado na obra de Jane Austen.
26 ESF.ON ABRIL 2020
Riscos online relativamente bonzinhos... O phishing, o hacking, as fake news, o cyberbullying, INÁCIO LEMOS Coordenadora do Departamento de Artes e Tecnologias
os memes, os vírus, spams, os trojans e os trolls, quando comparados com os Covid-19, são perigos
Fomos atacados, não por um ataque cibernético, mas por um inimigo invisível, insidioso e perigoso, que não pede licença para atacar, não seleciona pessoas, idades, raças ou etnias. Um ataque contagioso que coloca em causa a nossa rede de relações sociais e profissionais. Tudo mudou! Sem aviso prévio, as escolas fecharam e os professores passaram a lecionar à distância. Com muita imaginação, algum improviso e toneladas de espírito de missão, reconstruíram um ano letivo que parecia perdido. Com as instituições de ensino presencial fechadas e sem aulas, para mitigar os efeitos da paragem forçada, os professores decidiram recorrer ao ensino à distância. Estamos, pois, perante um ensino ministrado com base num modelo pedagógico virtual próprio que é diferente dos métodos de ensino presenciais. Este “novo“ paradigma de ensino é e tem sido um “problema“ para todos por causa dos “perigos“ e “riscos“ que transporta. O distanciamento social veio mostrar que a luxúria destes novos tempos não será a das paixões carnais, mas sim a dos costumes. A alteração de grande parte da vida para o mundo digital traz novos desafios no combate aos hackers e ao cibercrime, problemas para quais não estamos preparados. Apenas 53% dos portugueses diz saber como proteger-se dos riscos online. É um ponto de partida fraco, tendo em conta a profunda alteração dos padrões de vida atuais e o que se espera para o futuro. Nas últimas semanas, houve duas aplicações praticamente desconhecidas que entraram na vida de grande parte da população. Uma para as horas de trabalho remoto que passaram de exceção a regra diária. A outra para as noites de confinamento que antes eram passadas com familiares e amigos. O Zoom, que alguns já utilizavam no meio empresarial, tornou-se num fenómeno de popularidade para reuniões e aulas à distância em todo o mundo. As falhas de segurança continuam a aparecer, como em todos os sistemas, mas isso não deve, nem pode, afastar os utilizadores. O CEO Eric Yuan admite que a falta de preparação da empresa para se tornar um gigante à escala mundial, associada às falhas de segurança apontadas diariamente e reveladas a um ritmo alarmante, estão a provocar desconfiança das populações. Será isto motivo de medo? Será isto motivo para olharmos com desconfiança para esta ferramenta? Claro que não, bandidos e rufias não existem apenas na Internet. Os cuidados de segurança adotados nas vivências diárias devem também ser usados quando se navega na Internet ou se usam as ferramentas que a mesma disponibiliza. E o melhor é mesmo adotar esses cuidados e regras de utilização, porque, se não o fizerem, o melhor é desenganar-se quem julgar que o #VamosTodosFicarBem durará quando a cólera se instalar e começar a espalhar-se pelas redes sociais. Na homília pascal no Vaticano, o padre da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa, afirmou “na pandemia do coronavírus despertou-se bruscamente para um perigo ainda maior que sempre existiu na Humanidade: o delírio da omnipotência”, esse sim um verdadeiro perigo e com o qual poucos parecem estar preocupados, porque esta pandemia está a transformar-se numa
que não devemos minimizar, mas que não nos devem preocupar ao ponto de condicionar a nossa atividade profissional e escolar. crise de direitos humanos. “Este não é um tempo para indiferença” disse o Papa Francisco “porque o mundo inteiro está a sofrer e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia”. Sejamos caridosos e solidários, mesmo com quem está longe e distante, mas principalmente com aqueles com quem convivíamos diariamente, porque os afetos da sala de aulas são maiores do que a Internet, e se não podemos cumprimentar, abraçar e beijar, então aprendemos a abraçar e a beijar com palavras!
Sinto falta do convívio com os colegas e amigos, do convívio no auditório, da admiração, respeito e boa disposição entre a nossa equipa e o professor Inácio Lemos. Bruno Martins
Sinto falta da minha equipa que é composta pelas melhores pessoas que conheço, do melhor professor e do meu primo. Juntos fazemos com que o trabalho no auditório seja divertido e único. Inês Magalhães
Sinto falta do convívio com os amigos, do ambiente profissional, do cuidado exigido no auditório, do nosso orientador Tiago Oliveira e dos eventos que estavam agendados. José Pedro Lage
ABRIL 2020 ESF.ON 27
ESF
scola ecundรกria elgueiras O FUTURO COMEร A AQUI...