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Escola Secundária de Felgueiras 18
12
2021
violência ~ NÃO
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DIRETOR: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org REDAÇÃO
Chefe de Redação: Armanda Sousa, asousa@esfelgueiras.org Redação: Cláudia Pimenta, Inês Silva, Bárbara Teixeira, Angelina Silva Cláudia Pimenta
Colaboradores: Rosa Guimarães, Armanda Sousa, Ofélia Ribeiro, Pedro Tribuzi, Moisés Pires, Lia Santos Clarisse Lemos, Hugo Morais, Ana Felgueiras
Revisão e tradução de Texto: Ofélia Ribeiro
ARTE
Diretor de Arte: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org Designer: Cláudia Pimenta, Inês Silva, Bárbara Teixeira, Angelina Silva
Bárbara Teixeira
FOTOGRAFIA E VÍDEO
Diretor de Fotografia: Cláudia Pimenta Editor de Fotografia: Inês Silva, Bárbara Teixeira, Angelina Silva Editor de Vídeo: Cláudia Pimenta Inês Silva, Bárbara Teixeira, Angelina Silva
Colaboradores: Francisco Diogo, Diogo Pimenta, Samuel Gomes Produção Gráfica: Inácio Lemos, mlemos@esfelgueiras.org Angelina Silva
Administração: Anabela Leal, Emílio Esteves, Elsa Quadrado, Abílio Silva Conselho Editorial: Paulo Preto, Paula Magalhães Inácio Lemos Angelina Silva, Bárbara Teixeira, Cláudia Pimenta, Inês Leite Francisco Diogo, Diogo Pimenta, Samuel Gomes
SEDE: Administração, Redação e Conselho Editorial Escola Secundária de Felgueiras Av. D. Manuel Faria e Sousa 4610-178 Felgueiras Telf: 255 310720 - Fax: 255 310 729 esfelgueiras@esfelgueiras.org www.esfelgueiras.org
Inês Leite
ESF
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ESF.ON VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
enquanto esta for a realidade de alguns este é um problema de todos
EDITORIAL por Anabela Leal Diretora da Escola
O dia 25 de novembro foi o dia escolhido pelas Nações Unidas para assinalar, todos os anos, o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres mas, embora haja cada vez maior sensibilização e consciencialização, mais campanhas e organizações que combatem este flagelo, a violência contra as mulheres perpetua-se. Perpetuam-se, no tempo, há demasiados séculos, e também no espaço, uma vez que é um fenómeno transversal a todas as culturas e espaços geográficos, velhas formas de violência e, ao mesmo tempo, esta assume novos contornos, novas formas de expressão. A violência doméstica e o cyberbullying contra as mulheres são apenas dois exemplos das velhas e das novas formas que a violência contra as mulheres assume. Para que este fenómeno, que implica um retrocesso permanente para a humanidade, seja eliminado, todos têm de assumir este combate. É obrigatório que os poderes políticos, os sistemas judiciais, os sistemas policiais, a sociedade civil no seu todo se envolva e se comprometa com esta causa. E que cada mulher e cada homem o faça também.
fundamental. Porque deve ser também na escola que estes jovens devem abordar e refletir sobre normas sociais, desequilíbrios de poder e respeito pelos direitos humanos. Deve ser também na escola que cada jovem mulher deve aprender o valorizar-se e a fazer-se respeitar. Deve ser também na escola que cada jovem homem deve aprender que sempre que exerce algum tipo de violência sobre uma mulher também se desrespeita a si próprio como pessoa. Esta consciencialização, desde muito jovens, poderá ser o único caminho para ultrapassar esta pandemia. Os textos dos nossos jovens alunos são um indicador que nos dá esperança e nos faz acreditar que é assim que se faz o caminho.
E porque sempre que falamos em jovens, falamos em esperança, desejo a todos os nossos jovens alunos e a toda a nossa comunidade educativa um Bom Natal e um ano de 2022 de esperança renovada.
Este número da ESF ON tem interessantes reflexões de jovens, alunas e alunos, sobre esta temática. O papel da escola, nesta como noutras matéria de natureza cívica, é
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INDÍCE APEE 8
Caminhos de Santiago de Compostela 10-13
Mercado de Natal 14
Dia da Filosofia 15
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Escola Secundária de Felgueiras
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Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 16 - 17
Dia do não Fumador 19
ESF VOZES 22 - 36
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ESF.ON APEE Sessão de Esclarecimento “Plataformas Digitais da Escola” Realizou-se esta iniciativa, no dia 26 de Novembro, no Grande Auditório da ESF, sob a orientação do Prof. Abílio Silva, com o apoio técnico da turma de Multimédia, assim como o apoio logístico da Direção da Escola. Esta foi a primeira atividade da APEE/ESF 2021/2022, no seguimento do início da
“Dia Internacional da Pessoa com Deficiência”
formação Academia Digital para Pais - nível I, já em curso com primeira turma de
A APEE/ESF ofereceu à Direção da Escola uma cadeira de rodas, para a
10 pais/encarregados de educação, na mesma semana.
melhoria do conforto e mobilidade de alunos com necessidades
As informações divulgadas foram muito claras, detalhadas por cada plataforma e
educativas especiais, dentro das instalações da Escola.
assertivas/objetivas, reunindo o interesse geral e esclarecendo as dúvidas dos
A entrega do equipamento em causa, que coincidiu com o Dia
presentes.
Internacional da Pessoa com Deficiência, já tem um aluno como
A formação de novas turmas de pais e encarregados para formação de nível I e II,
destinatário e ficará disponível para outros alunos que venham a
no âmbito da Academia Digital para Pais, continuará ao longo deste ano letivo, de
necessitar.
forma a atingir uma maior capacitação e conhecimento das ferramentas digitais
A APEE/ESF manter-se-á atenta e sensível às situações que exijam a sua
que cada vez mais compõem o dia-a-dia das famílias.
intervenção cívica, solidária e de cidadania.
A APEE/ESF estará atenta, envolvida e comprometida, no acompanhamento e dinamização deste projeto, junto dos professores responsáveis e da Direção da Escola.
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O Cinanima veio à escola!
ESF.ON BIBLIOTECA
O CINANIMA é um festival de cinema de animaçao ̃ de autor, entendendo-se este como resultante do trabalho artiś tico de um realizador, independentemente de haver ou nao ̃ lugar a posterior exploraçao ̃ comercial. Para além da semana do Festival, que decorre na segunda semana de novembro de cada ano, em Espinho, o CINANIMA dinamiza a exibição de filmes em escolas (mediante candidatura) com o objetivo de promover a literacia cinematográfica. A nossa escola, no presente ano letivo, candidatou-se ao programa "CINANIMA vai à escola” e, na semana de 8 a 12 de novembro foram exibidos 2 programas de filmes (3º ciclo+secundário) com a duração de cerca de 60 minutos, para 16 turmas. As sessões decorreram no grande auditório e tiveram apoio técnico dos alunos do 12º ano do curso profissional de Multimédia e organização da biblioteca escolar e do clube de cinema. As falhas na internet da escola e a falta da cortina no auditório não contribuíram para a melhor qualidade das sessões, mas a atenção e o interesse do público compensaram!
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ESF.ON CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS DE SANTIAGO DE COMPOSTELA Felgueiras - Guimarães
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ESF.ON CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
No âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, o Caminho de Santiago de Compostela, realizou-se no dia 20 de novembro a primeira etapa do Caminho de Torres, de Felgueiras a Guimarães, com início na nossa escola. Esta etapa inicial foi realizada pelos professores da escola, aos quais se juntaram alguns familiares e amigos, que percorreram uma distância de 17,8 km, com um nível de dificuldade elevado, mas sempre bem dispostos. Com a mochila às costas, lá fomos nós em empreitada. Ao longo do caminho, passámos por locais de grande interesse histórico, geográfico e ambiental, como o Mosteiro de Pombeiro, aldeia do Burgo, Calçada Romana e Ponte do Arco em Vila Fria ou, já em Guimarães, o centro histórico da belíssima cidade berço. Com algumas paragens pelo caminho para retemperar as energias, chegámos a Guimarães ao início da tarde, já com alguma larica. Desta feita, deu-se o almoço tardio e, para quem teve pernas, houve quem ainda passeasse pela cidade até ao regresso a Felgueiras, ao final da tarde. Por se tratar do ano Xacobeo, disponibilizaram-se credenciais (com um custo de 2€) onde os mais aventureiros poderão ir carimbando o percurso até Compostela de forma a registar a realização de cada etapa. A 2.ª etapa, Guimarães - Braga irá realizar-se no dia 11 de dezembro, desta vez com a colaboração dos assistentes operacionais. É caso para dizer: o caminho faz-se caminhando. Isabel Amorim Lia Santos Maria João Botelho
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ESF.ON CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS DE SANTIAGO DE COMPOSTELA Guimarães - Braga
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ESF.ON CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
Cerca de 30 participantes cumpriram, no dia 11 de dezembro, a segunda etapa do projeto de Cidadania e Desenvolvimento da Escola Secundária de Felgueiras, Caminho de Torres, de Felgueiras a Santiago, desta vez, com o percurso entre Guimarães e Braga. Esta segunda etapa pretendeu associar além dos docentes da Escola, outros elementos da comunidade educativa como os assistentes operacionais e assistentes administrativos. Integraram-se também espontaneamente outros professores de escolas do concelho e respetivos familiares, conferindo à atividade a abertura e inclusão que possuía na sua matriz. O percurso contou com um apoio muito especial, o presidente do núcleo de Guimarães da Associação Espaço Jacobeo, Leonel Pereira, que ajudou a fortalecer no grupo o verdadeiro espírito do caminho, de entreajuda, alegria e resiliência. Esta etapa, de dificuldade elevada devido à subida do monte da Falperra, pelo medieval “Caminho Real”, implicou o cumprimento de 20,7 km e 5 horas de caminhada. Apesar das dificuldades, a equipa manteve-se unida e solidária e todos conseguiram terminar o desafio recuperando forças num restaurante bracarense, com um retemperador cozinho à portuguesa e muito boa disposição. O grupo que cumpriu as duas primeiras etapas pretende continuar a realizar as seguintes, nos seus tempos livres, de forma a terminar o percurso em Santiago de Compostela e obter a Compostela, certificado de realização do Caminho de Santiago. Esta iniciativa servirá para fazer o reconhecimento do terreno, até porque se pretende que as turmas do Ensino Secundário comecem, a partir de março, em sistema de estafeta, a realizar meias etapas do Caminho e incorporar assim, também, os valores do caminho. Para todos os anteriores e futuros caminhantes, “Ultreia” que é como quem diz: “Vá em frente!, Muito além!, Coragem!” “et Suseia” que significa “Vamos lá!” , “Estamos juntos!”. Isabel Amorim Lia Santos Maria João Botelho
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ESF.ON MERCADO de NATAL
Venda de Natal No passado dia 7 de Dezembro de 2021, realizou-se a Venda de Natal, no átrio da loja do aluno. Esta iniciativa foi da responsabilidade da turma I do 12º ano, que engloba os cursos profissionais de Técnico de Comércio e de Técnico de Restaurante/Bar, no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento. A Venda de Natal distribuiu-se por três bancas, divididas por áreas temáticas, de acordo com o que se pretendia comercializar. Assim, ao longo do dia, enquanto numa banca eram servidas bebidas e bolos, através da participação dos alunos da turma I do 12º ano, do Curso de Restaurante e Bar; noutra, vendiam-se artigos de decoração natalícia, inteiramente construídos pelos alunos das turmas de Comércio, em contexto de sala de aula, a partir de elementos recolhidos na natureza e de outros materiais reciclados; numa terceira banca, comercializavam-se doces artesanais, produzidos pelos alunos da turma L do 10º ano, do Curso Profissional Técnico de Cozinha e Pastelaria e cuja decoração e venda esteve a cargo dos alunos da mesma turma, mas do Curso Profissional Técnico de Comércio. O sucesso da iniciativa confirmou-se pelo modo caloroso como foi acolhida pela comunidade escolar, pois, durante todo o evento, foram aparecendo alunos, docentes, assistentes operacionais e técnicos que participaram nestas atividades, bem como no convívio que inevitavelmente se foi concretizando, o que se traduziu na venda da quase totalidade dos produtos disponibilizados, cuja parte da receita obtida reverterá para uma instituição solidária. Anabela Lopes
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ESF.ON DIA MUNDIAL da FILOSOFIA
O Dia Mundial da Filosofia foi implementado pela UNESCO em 2002 e é celebrado todos os anos na terceira quinta-feira de novembro. O objetivo do dia é destacar o valor duradouro da Filosofia para o desenvolvimento do pensamento humano e enaltecer a importância da Filosofia na vida do homem e na vida em sociedade. Este é um dia de reflexão e de questionamento. No dia 18 de novembro, no período da tarde, cinco turmas do 10º ano assistiram, no Grande Auditório da Escola Secundária de Felgueiras, ao documentário “O Dilema das Redes Sociais” pelo qual tomaram conhecimento do modo como as redes sociais manipulam os seus utilizadores de forma impercetível e os riscos que isso acarreta. Apesar de as redes sociais terem começado por expandir as nossas mentes, as novas tecnologias acabaram por aprisioná-las. Vício, desconcentração, isolamento, polarização, desinformação são os problemas causados pelo uso intensivo das redes sociais. Hoje em dia, parede difícil imaginar o mundo fora do ambiente digital. Se, antes da pandemia de Covid-19, uma boa parte das nossas tarefas diárias
estava cada vez mais dependente de várias plataformas digitais, como o correio eletrónico ou as compras online, durante o confinamento muitas das atividades educativas, sociais e económicas só se puderam realizar por via do mundo digital através de diversas plataformas para a concretização do ensino a distância, da interação social e do teletrabalho. Muitas dessas plataformas armazenam dados pessoais dos utilizadores, tais como a idade, o sexo, o estado civil, o país, o local de residência, a profissão ou o número de telemóvel. Para além destes, são também identificados e definidos os hábitos, interesses, preferências e orientação ideológica que, analisados, permitem criar vários perfis de utilizador. O acesso a estes dados possibilita a criação de algoritmos que, por sua vez, vão permitir que anúncios ou notícias fabricadas sejam dirigidos especificamente a um determinado perfil de utilizador, aquele que, em princípio, será mais recetivo ao conteúdo em causa. É precisamente porque as “notícias falsas” refletem as visões do mundo do utilizador, e porque este se identifica com elas, que ele tende a partilhá-las sem qualquer verificação da sua veracidade/falsidade. Neste contexto, a desinformação pode, por exemplo, levar as pessoas a não se vacinarem (ou aos seus filhos) ou afetar os processos e os resultados eleitorais.
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ESF.ON DIA INTERNACIONAL da PESSOA com DEFICIÊNCIA Palestra “A deficiência trocada por miúdos” No último dia 3 de dezembro de 2021, a turma do 9ºE assistiu a uma palestra com o Eng. César Coelho, embaixador da Associação Salvador, para assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A palestra iniciou-se com apresentação de César Coelho que, de seguida, referiu que a deficiência motora consiste numa limitação do funcionamento do corpo humano. O palestrante referiu que tinha ficado paraplégico devido a uma lesão da medula espinal. A medula tem a função de receber e transmitir informação do e para o cérebro e fazer com que, por exemplo, os nossos membros se movimentem. Quando esta sofre uma lesão, dependendo do local onde ocorreu a lesão, a pessoa pode ficar paraplégica ou tetraplégica. A consequência motora da lesão depende, também, da extensão da lesão. Após uma longa conversa, o César explicou que os acidentes que provocam a deficiência motora podem ser rodoviários, mas também podem ser devido a um mergulho mal dado. Por isso é necessário ter cuidado quando se mergulha, seja no mar, rio ou piscina! O palestrante também referiu que as lesões de coluna podem ser causadas por acidentes causados por brincadeiras entre colegas e por doenças. Posteriormente, foi abordado o problema das acessibilidades. Referiuse que um dos maiores obstáculos eram os degraus de escadas uma vez que sendo, em alguns casos, a única forma de aceder a determinados locais, impedem muitos deficientes motores de realizarem a sua rotina ou de conseguir chegar a algum lugar. Outras situações que implicam tratar adultos como crianças devem ser completamente evitadas, tais como pegar num adulto ao colo para aceder a um determinado local. Citando o eng. César “A maior dificuldade que eu passei e passo tendo uma deficiência é ser tratado como uma criança. Eu percebo que as pessoas queiram ajudar e agradeço se me vierem ajudar, mas que perguntem primeiro. Não gosto quando as pessoas me ajudam logo, sem me perguntar primeiro; eu consigo e pelo menos eu tenho que fazer as coisas, se me quiserem ajudar, peçam primeiro. O meu maior obstáculo é ser tratado como uma criança“ Todos têm o direito a poder movimentar-se para onde quiserem e conseguir efetuar os percursos sem depender da ajuda dos outros. Por último, o eng. César frisou que nunca se deve rebaixar, tratar de
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forma diferente ou criticar uma pessoa com uma deficiência! Não é uma deficiência que torna um ser humano diferente dos outros, ou que o torna menos ser humano. Todos têm o direito a ser respeitados e bem tratados. Por fim, foi apresentada uma app criada pela Associação Salvador, com o nome de “ + Acesso para todos” onde podemos através do Google Maps colocar uma localidade e avaliar se está adaptada a uma pessoa com deficiência motora ou não (caso não esteja, esta aplicação informa as entidades competentes). Jéssica Guimarães, 9º D
ESF.ON DIA INTERNACIONAL da PESSOA com DEFICIÊNCIA Dia Internacional da Pessoa com Deficiência No dia 3 de dezembro, comemorou-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Organização das Nações Unidas. Assim, o dia 3 de dezembro é um dia de reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência. Para consciencializar os alunos para esta temática e para a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, promovendo os direitos humanos e a sua inclusão, foi dinamizada a palestra "A deficiência trocada por miúdos", nas turmas do 9.ºA, B, D e E. Foi também realizado um peddy paper para as turmas 8.ºC e F, que, para além dos objetivos já mencionados, passou também por identificar obstáculos existentes na nossa escola a pessoas com mobilidade reduzida. Esta iniciativa surge da parceria entre a Escola Secundária de Felgueiras e o Projeto CER+/Associação Salvador, cujos embaixadores César Coelho e Sara Coutinho puderam abordar a realidade da deficiência na primeira pessoa. Resta agradecer também ao gestor do Projeto CER+, Pedro Araújo, que permitiu a realização desta atividade. A todos, o muito obrigada pela disponibilidade demonstrada. Lia Santos Deolinda Mendes
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O papel da nutrição na prevenção do cancro da mama por Sónia Costa, Nutricionista Portugal é o quinto país da União Europeia com a mais baixa taxa de mortalidade por cancro da mama estimada para 2020, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). O relatório estima em 28 mortes por 100 mil mulheres a taxa de mortalidade por cancro da mama em Portugal, em 2020. Os dados constam na edição de 2020 do relatório “Visão geral da saúde: Europa”, que inclui múltiplos indicadores de saúde. O cancro da mama é uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade, não só por ser muito frequente e associado a uma imagem de grande gravidade, mas também porque agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade. A dieta pode influenciar o risco de ter cancro da mama? Esta questão já foi colocada por muitos médicos e por muitos especialistas internacionais. Com base em vários estudos científicos, é credível que o tipo de alimentação esteja de alguma forma relacionado com o risco de cancro da mama. Se durante o diagnóstico da doença oncológica e respetivos tratamentos, a perda de peso com intenção não é recomendada, podendo inclusive condicionar o prognóstico e tolerância aos tratamentos, durante a prevenção e na remissão, o peso corporal correto assume novamente um papel fundamental. Com uma associação positiva para recorrência e sobrevivência no cancro da mama, deverá por este motivo manter-se sempre um peso correto e respetivo Índice de Massa Corporal Normal, entre os 18,5 e 24,9 kg/m2. Não esquecendo que existe uma forte evidência entre a presença de excesso de peso e obesidade durante a vida adulta e a incidência de novos casos de cancro da mama pós menopausa. As principais linhas de orientação nutricional para a prevenção e remissão do cancro da mama focam-se nos seguintes pontos: Controlo do peso corporal (evitar o excesso de peso ou obesidade); Aumento do consumo de fibra dietética e alimentos com baixo índice glicémico; Redução do consumo de gordura (especialmente saturada) e açúcar simples (tipo sacarose); Controlo dos níveis de colesterol sérico, uma vez que a elevação do colesterol no sangue parece inibir a capacidade e mediação de resposta do sistema imunitário face às células cancerígenas. Para facilitar a escolha e minimizar as tentações nutricionais existentes no mercado, deve sobretudo ser ensinado a interpretar o rótulo nutricional e evite o consumo de alimentos em que primeiros ingredientes no rótulo sejam: gorduras, óleos, sal, açúcar (sacarose), mel, melaço, ou ainda outras formas de açúcar (ex.: maltose, glicose, frutose, dextrose, xarope de açúcar). Se tiver dúvidas, recorra ao descodificador de rótulos disponibilizado pela Direção Geral de Saúde, que permite uma rápida interpretação do que deve fazer ou não parte da sua dieta. Não negligencie os cuidados de higiene e segurança alimentar, uma vez que os alimentos são também portadores de microrganismos e toxicidade patogénica. Na confeção dos alimentos, opte pelos cozidos, guisados sem molho e ao vapor mantendo toda a riqueza nutricional e evitando aminas heterocíclicas (AHC) e Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) provenientes da incorreta confeção, por exemplo a exposição a elevada temperatura no churrasco, grelha ou na chapa. Lembre-se que a variedade e moderação são a chave de uma
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alimentação saudável pois nenhum alimento é completo de forma isolada. Os vegetais e frutas protetoras são geralmente ricos em betacaroteno e outros carotenoides como alperce, manga, papaia, cenouras, espinafres, tomate, abóbora. Privilegie o seu consumo, sempre com moderação e bom senso, como com qualquer alimento. Se não tiver nenhuma contraindicação, pode e deve promover igualmente o consumo de agrião de água, couve-de- bruxelas, couve-flor, brócolos, nozes/avelãs/amêndoas, morangos, amoras, mirtilos e framboesas, cebola, alho fresco, curcumina, alecrim e gengibre. Aumente o consumo de fibra, através da ingestão de cereais integrais (arroz integral, flocos de aveia, pão de mistura ou integral) e diariamente privilegie o consumo de leguminosas/hortícolas variadas e fruta fresca com baixo índice glicémico (maçã, pêra, mirtilo, cereja e ameixa, entre outros). Evite também o consumo de gordura saturada (carne vermelha, manteiga, iogurte/queijo gordo, natas, entre outros). Preferencialmente, consuma gordura monoinsaturada e polinsaturada, provenientes do azeite, frutos secos, abacate, peixes ricos em ácidos gordos ómega 3, como a sardinha, salmão, atum e cavala. Uma das evidências científicas mais fortes e transversais a qualquer doença oncológica, seja na prevenção ou remissão, diz respeito ao consumo de aditivos e álcool, uma vez que a ingestão de bebidas alcoólicas tem uma associação positiva na incidência e prevalência de casos de cancro. Deverá por isso ser evitado ou moderado, o seu consumo. Porque a nutrição assume um papel fundamental no tema do cancro, comece já hoje a adotar atitudes preventivas, privilegiando sempre a variedade e a moderação. Dieta saudável anti-cancro da mama Quatro hábitos saudáveis que previnem o cancro 1.Reduza ou elimine A lista inclui as gorduras animais saturadas, presentes nas carnes vermelhas, na manteiga, nas natas, nos queijos gordos e na banha. Os açúcares e derivados, como é o caso dos bolos, das bebidas açucaradas, das gomas e dos chocolates, também são proibidos, assim como as bebidas alcoólicas. 2.Aumente Aumentar o consumo de fibras, através do uso de hortaliças e de fruta, é outra das estratégias a seguir. Passar a comer mais peixes ricos em gordura saudável, com ácidos gordos ómega-3, como o salmão, a sardinha, o atum, a cavala, a sarda e o sável, é outro dos conselhos. Aumente também a ingestão de alimentos que possuem substâncias antioxidantes, sobretudo vitaminas A, C e E. Estas substâncias antioxidantes encontram-se nos vegetais de cor escura, como as couves, os espinafres, os brócolos e as cenouras. Também as pode captar nos frutos de cor laranja, como a laranja, o melão, a papaia, o mamão e o alperce. Minerais como o selénio encontram-se nos legumes, como a cebola e o alho fresco. Os fitoquímicos estão no tomate, nas couves, no chá verde, no azeite virgem, no cacau, no limão e nas uvas. 3.Faça Fazer entre seis a sete refeições por dia, comendo devagar e mastigando bem, é outra das recomendações. 4.Hidrate-se Beber bastante água para diminuir o apetite.
ESF.ON DIA do NÃO FUMADOR MEMÓRIAS ROUBADAS A doença que nos rouba as memórias chama-se Alzheimer (doença neuro-degenerativa), e afeta as pessoas ao longo de três fases. Estas fases são: • Sem sintomas - fase preliminar da doença: existem alterações sensíveis nos marcadores clínicos que aumentam a predisposição para desenvolver o mal; • Ligeira deterioração cognitiva - primeiros sintomas: falhas de memória e outras capacidades; • Demência - deterioração cognitiva (memória, comportamento,...) impede a autonomia. Quatro pistas para identificar o “mal”: • Ter dificuldade em encontrar objetos pessoais como o telemóvel, chaves de casa, óculos; • Não recordar datas do calendário, o nome de pessoas que se conheceram há pouco tempo ou até pequenas coisas sobre notícias recentes ; • Identificar com mais dificuldade uma palavra que pretende usar numa conversa; • Ter problemas na planificação das atividades fora da rotina habitual. Daniela Magalhães, 12º H
“Tu: Podes, escreve, previne e informa.” “O João e a Luísa, dois irmãos gémeos, foram desafiados pelos pais a organizarem o escritório lá de casa. Apesar de não estarem muito entusiasmados, a verdade é que o escritório se revelou uma autêntica caverna de Ali-Babá cheia de tesouros por descobrir: livros de banda desenhada, fotografias de família, revistas antigas e até folhetos e exames médicos.... Ao verem muitas dessas coisas perceberam algo que até ao momento nunca lhes tinha passado pela cabeça: os pais tinham crescido num mundo em que o tabaco estava constantemente presente…" Foram vendo fotos de família antigas, fotos na praça, fotos na praia, fotos na aldeia e era sempre igual em todas as fotos. A quantidade de pessoas que eram vistas a fumar era absurda, o tabaco era realmente um grande vício na população. Mais tarde, com grande curiosidade, os irmãos pesquisaram sobre o assunto e realmente os números são gigantes, só no ano de 2019 morreram 7,7 milhões de pessoas por causa do tabagismo. Continuando com a pesquisa, os irmãos encontraram os problemas que fumar causa na saúde e deixaram de ficar espantados com números tão altos, uma vez que são imensas as doenças que o tabaco pode provocar, desde Enfisema Pulmonar e Bronquite, Enfarte de Miocárdio e AVC, Impotência sexual, Doenças reumáticas, Úlceras gástricas, Alterações visuais, Alterações da memória, Complicações na gravidez, Cancro de Bexiga e Cancro de Pulmão. São muitas as doenças que podem afetar a vida de um fumador. Por isso, para assinalar o Dia Nacional do Não Fumador alertamos todos os fumadores para os incentivar a parar de fumar, por eles e por aqueles que os rodeiam. Fumar mata! Deixa já! Fonte: https://www.publico.pt/2021/05/28/ciencia/noticia/tabagismomatou-77-milhoes-pessoas-mundo-2019-1964393 https://www.farmaciasportuguesas.pt/menu-principal/bemestar/quais-as-consequencias-de-fumar.html
Grupo de alunos do 9º E
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Dia 17 de Novembro - Dia Mundial da Prematuridade
Dia Universal dos Direitos da Criança
O Dia Mundial da Prematuridade, celebrado a 17 de novembro, é o dia selecionado para sensibilizar a comunidade de todo o mundo acerca dos desafios e da problemática do nascimento prematuro. O dia foi iniciado em 2008, pela European Foundation for the Care of Newborn Infants (EFCNI) e outras organizações europeias de pais parceiras da EFCNI, e começou por ser um dia internacional de sensibilização para a causa. As organizações internacionais LittleBigSouls (África), March of Dimes (EUA) e National Premmie Foundation (Austrália) juntaram-se às comemorações e tornaram o Dia Mundial da Prematuridade um movimento intercontinental. Neste dia, inúmeros indivíduos e organizações de mais de 100 países unem esforços para desenvolver atividades e eventos especiais e empenham-se em ações para ajudar a enfrentar o nascimento prematuro e melhorar a situação dos bebés prematuros e das suas famílias em todo o mundo. Além da cor roxa que significa sensibilidade e excecionalidade, a corda de meias tornou-se um símbolo do Dia Mundial da Prematuridade. O pequeno par de meias roxas - emolduradas por nove meias de bebés de tamanho normal - simboliza: 1 em cada 10 bebés nasce prematuro. Em todo o mundo. Em Portugal, nascem por ano cerca de 8 mil bebés prematuros e 10% ficam internados, em média, 60 dias em Unidades de Cuidados Intensivos. Oito em cada 100 bebés nascem com menos de 37 semanas de gestação, e 1% dos recém-nascidos tem menos de 1.500 gramas. Os prematuros representam 1/3 da mortalidade infantil no nosso país. As crianças que nascem antes do tempo têm problemas específicos que exigem apoios especializados. O bebé prematuro caracteriza-se pela imaturidade do seu organismo, tornando-o mais vulnerável a determinadas doenças e, também, mais sensível a determinados fatores externos, como a luz e o ruído. Os principais problemas médicos dos recém-nascidos prematuros estão relacionados com a sua imaturidade respiratória e metabólica. A pele é também mais fina que a do recém-nascido de termo. A existência deste dia é uma homenagem a pequenos super-heróis que superam tudo para sobreviverem, mas também aos seus pais e profissionais que trabalham em todas as unidades de neonatologia do país. Deolinda Mendes
No dia 20 de novembro comemora-se um duplo aniversário que pretende alertar e sensibilizar para os direitos das crianças de todo o mundo: proclamação da Declaração dos Direitos da Criança (1959) e adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), pela Assembleia Geral das Nações Unidas. A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais relacionados com todos os direitos das crianças (civis, políticos, económicos, sociais e culturais): a não discriminação, o interesse superior da criança, a sobrevivência e desenvolvimento e a opinião da criança. Este ano, neste dia, celebram-se os 32 anos da ratificação de Portugal da Convenção sobre os Direitos da Criança, o tratado de Direitos Humanos mais ratificado do mundo. A data visa promover a solidariedade mundial e a consciência sobre os Direitos da Criança uma vez que continuam a ser inúmeros os constrangimentos aos Direitos das Crianças, num contexto em que a crise pandémica da COVID-19 poderá, pela primeira vez desde 2000, reverter os progressos que se verificavam com a redução do Trabalho Infantil. Para assinalar esta data, os alunos da turma 10ºI, do curso Técnico Auxiliar de Saúde, desenvolveram duas atividades. A primeira consistiu em construir minicamisolas em papel, em que em cada uma estava escrito um dos Direitos da Criança. Estas camisolas foram colocadas nas portas das salas. A segunda atividade teve como objetivo a construção de um estendal na entrada da escola com as palavras Direitos da Criança.
Fonte: https://news.cision.com/pt/nestle-portugal/r/xxs-assinala-o-dia-mundialda-prematuridade-com-debate-sobre--separacao-zero--entre-pais-e-bebespre,c637723145660000000 https:-8/
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Fontes:https://www.dge.mec.pt/noticias/educacao-para-cidadania/diauniversal-dos-direitos-da-crianca-20-de-novembro www.ilo.org Bárbara Oliveira, 10º I
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ESF.ON ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA O tema da Violência Doméstica é mencionado em diversos contextos sociais, seja em escolas, em hospitais, nas forças policiais ou num simples café. No caso das escolas, e à luz da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, o tema tem vindo a ser trabalhado na componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento através do domínio da Igualdade de Género, pelo que não é desconhecido do meio escolar. Concomitantemente, ao longo dos anos têm sido implementadas diversas campanhas de prevenção da violência doméstica, tendo sido lançado, em maio de 2020, um Plano Anual de Formação Conjunta. Violência contra as Mulheres e Violência Doméstica, acompanhado de um Guia de Intervenção Integrada Junto de Crianças ou Jovens Vítimas de Violência Doméstica, na sequência da Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2019, de 19 de agosto, que aprovou medidas de prevenção e combate à violência doméstica. Na sequência da implementação das iniciativas elencadas, surge a esperança na redução do número de casos no nosso país, tradução que não se tem vindo a verificar. Infelizmente, os dados sugerem que o número de ocorrências tem aumentado, muitas vezes com maior violência e entre a população mais jovem. A pergunta que todos nós e em particular os agentes educativos colocam é: onde estaremos a falhar? A resposta a esta pergunta remete para uma reflexão profunda, pois os estudos realizados trazem-nos dados importantes para iniciar um caminho. Sabemos que as vítimas de violência doméstica sofrem vários tipos de violência, desde a psicológica, física, sociocultural, sexual, entre outras, e uma grande percentagem desta violência ocorre em casa, mas também na escola ou mesmo na via pública. Ao longo destas últimas décadas temos investido numa maior proteção às inúmeras vítimas, sendo a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima dois exemplos desse investimento. Mas será este o único caminho? Não deveremos pensar no perfil dos agressores e no modo como o passam a ser? Não deveremos pensar que constitui um exercício de cidadania ativa apoiar e denunciar estas situações? Não poderá o acompanhamento especializado dos comportamentos do
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agressor prestar um contributo muito importante para conseguirmos combater este flagelo que atormenta diariamente mulheres, homens e crianças? Será a violência doméstica percebida como uma “herança cultural” – constituída por fatores culturais, sociais, psicológicos, ideológicos, financeiros, que reforçam e mantêm uma relação de poder/submissão de um ser humano em relação a outro – que banaliza e legitima o facto de olharmos para o lado? A conclusão de que o agressor ou a vítima podem ser qualquer pessoa é consistente, não se evidenciando qualquer relação com fatores como a idade, sexo, etnia, orientação sexual, classe social ou localização geográfica. E, pensando no critério da idade, a prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil é um campo onde a escola pode claramente intervir. É fundamental agir precocemente, pelo que o papel de vários intervenientes, desde os pais, à família nuclear, a todos os agentes educativos e sociais, é elementar para que a criança não reproduza comportamentos de agressor perante ninguém. É um trabalho árduo e contínuo, mas, se todos cumprirmos o que nos é imputado diariamente, o número de agressores adultos irá diminuir e, consequentemente, a violência doméstica. Sendo tão amplas as possibilidades de ação perante o conhecimento de diferentes tipos de agressor, temos a certeza de que tudo se inicia no processo de vinculação estabelecido nos primeiros anos de vida entre a criança e os progenitores. Por isso, quando virmos um potencial agressor em crescimento, jamais podemos olhar para o lado, fechar os olhos e viver alheados a um mundo que impede o direito ao bem-estar e à igualdade de género. Sejam intervenientes na construção de um mundo sem violência, pois o agressor não é mais do que um ser humano doente a “gritar” por ajuda. O grande objetivo a alcançar será não haver Violência doméstica, mas sim uma Paz doméstica. Márcio Meireles
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VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NAS RELAÇÕES INTRA E INTERPESSOAIS A violência contra as mulheres foi e continua a ser uma das formas mais difundidas de violações dos direitos humanos em todo o mundo. É um tipo de violência baseada no género das vítimas, visando a sua morte, lesão física ou psicológica e está presente em todas as sociedades, podendo tomar várias formas. A violência contra as mulheres tanto pode ocorrer na esfera privada, como na pública, podendo ser praticada quer por indivíduos (por exemplo, assédio sexual, estupro, violência conjugal), quer por estados ou comunidades (mutilação genital, apedrejamento, aborto ou esterilização forçada) e em qualquer momento da vida: infância, adolescência, idade adulta, velhice. Na nossa sociedade, infelizmente, é com demasiada frequência que ouvimos relatos de violência no namoro, violações e incestos, assédio sexual no local do trabalho, prostituição ou pornografia, bem como homicídios praticados por parceiros em ambiente doméstico. Os maus-tratos às mulheres têm raízes profundas - culturais, sociais e históricas - com efeitos catastróficos no progresso e desenvolvimento das sociedades e na evolução humana, que é preciso combater. E aos homens cabe também um papel principal: o de se erguerem e denunciarem que o Machismo é Violência!
Violência doméstica Contra as Mulheres As mulheres desde a antiguidade sempre foram vistas como uma minoria social, muitas vezes tratadas como objetos nas mãos dos homens. Ficavam em casa e eram submissas aos seus pais, maridos ..., mas como o mundo se modernizou, a sociedade também. Hoje, as mulheres trabalham, fazem as tarefas domésticas, são Mães e todas as outras tarefas que ser mulher traz encarregue a si. Mas não é porque o mundo evoluiu que estas não sofrem nas mãos destes homens. Sabemos que ainda existem homens com pensamentos retrógados. A violência doméstica é uma realidade e muitas mulheres sofrem ao longo das suas vidas através da violência física, psicológica, sexual e moral. Com a pandemia, estes casos aumentaram e outros agravaram, pois o confinamento, obrigatório devido ao Covid, encerra as vítimas num espaço que lhes é mais ameaçador do que qualquer espaço público, principalmente se nesta circunstância o agressor está também em casa, o que permite um controlo maior deste para com a vítima. As denúncias aumentaram neste tempo incerto, porém a eficiência das redes de apoio foi menor, porque ficaram mais distantes destas mulheres. Obviamente que as denúncias por violência doméstica estão longe do número real de casos, e é também por isso que não temos ideia de como nem a quantidade de mulheres que vivem nestas condições agravadas pela pandemia. Porém, para as mulheres vítimas de violência, o final da pandemia não permite o regresso à normalidade, apenas um maior refúgio destes agressores. Cada vez mais é preciso ensinar aos nossos pequenos e futuros homens de que o ser humano perde a razão quando na mulher meter a mão. É preciso ensinar-lhes para que no futuro não seja preciso as mulheres sofrerem e terem que lutar pelos seus direitos para serem felizes e possuírem os direitos sociais e humanos igualados aos dos homens. Carolina Cunha, 12º F
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Violência contra as mulheres “Se eu não tivesse matado a Fada do Lar, ter-me-ia matado ela. […] Matar a Fada do Lar é parte da ocupação de uma mulher que escreve.” Virginia Woolf, “Profissões para Mulheres”, 1938 Violência. Se formos ao dicionário, encontramos esta palavra definida como estado daquilo que é violento, ato violento, abuso de força, tirania, opressão e, ainda, no ponto de vista jurídico, como constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer um ato qualquer. É certo que, quando pensamos em violência contra as mulheres, o primeiro pensamento que nos ocorre é a violência doméstica, na qual as mulheres constituem a quase totalidade das vítimas. Porém, voltando à definição de violência, percebemos que a violência contra as mulheres é muito mais do que isso, que esta está mais do que enraizada e presente no nosso quotidiano e que é algo há muito herdado. Se recuarmos 2000 anos, até Atenas, na Grécia Antiga, encontramos uma sociedade democrática. Uma democracia há 2000 anos, quem diria? Mas esta democracia era frágil e um desses motivos era a não participação das mulheres na vida política, ficando restringidas à vida do lar e à educação das crianças. Centenas de anos vão passando e o Homem vai ganhando mais liberdades e direitos. Contudo ficamo-nos apenas pelos homens mesmo. As mulheres, oprimidas, continuavam à margem da sociedade, tanto que no século XIX são instaurados sufrágios de voto “universais”, que não incluem as mulheres. Isto é algo simples de constatar. Se procurarmos nomes de mulheres que contribuíram para a evolução da humanidade, antes do século XX, é quase possível contá-los pelos dedos das mãos, de tão poucos que são. Se nos focarmos, por exemplo, nas obras que estudamos em português, durante o secundário, não há uma única escrita por uma mulher. − Bom… exceto no 12ºano com uma amostra de 3 ou 4 poemas de Ana Luísa Amaral, uma autora perdida no meio destes homens e um conto da Maria Judite de Carvalho. Será isto uma amostra de paridade? − Toda a história que conhecemos é contada
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sobre o ponto de vista de homens. Se pensarmos nessas mesmas obras, concluímos sempre que os autores estão descontentes com a sociedade, pelas suas atitudes e por não valorizarem as suas obras, em que um perfeito exemplo disso é Camões. Viveu miseravelmente e assim morreu. Mas, e se tivéssemos uma Luísa Camões? Teríamos sequer chegado a conhecer o seu trabalho? Onde ficam as mulheres na arte, na literatura e na ciência? Enquanto estes homens se queixavam por sua arte não ser apreciada, as mulheres nem sequer tinham hipótese de criar algo. Era impensável! E nos melhores dos casos, visto como uma piada. Tudo o que tínhamos até então relativo às mulheres era feito por homens. Ainda hoje existem diversos tabus enraizados, resultantes dessas mesmas idealizações em relação à figura feminina. Voltando ao século XXI e mais especificamente à sociedade portuguesa… As mulheres conquistaram o direito de voto, é certo. Na legislação não existem distinções em relação aos homens. Todavia, alcançar direitos e deveres iguais no mundo do trabalho, como leis de paridade, de igualdade salarial, ainda está longe. Ainda hoje as mulheres, exercendo a mesma função que homens, recebem menos ao fim do ano, chegando essa diferença a ser de um mês salarial. Para além disso, na maior parte dos lares portugueses, a tarefa de tratar das crianças e da casa ainda recai nas mulheres, tendo estas mais horas de trabalho não contabilizado. A opressão sofrida pelas mulheres é, inconscientemente, começada em já tenra idade, quando decidimos que o presente ideal para um menino é um carrinho, o que, efetivamente é algo para brincar, e para uma menina são nenucos, cozinhas, tábuas de passar a ferro e todo tipo de eletrodomésticos, restringindo a mulher à vida do lar e da família. Também, desde cedo, nós mulheres ouvimos piropos e somos objetificadas sexualmente. Isso é violência. Chegando aqui, podemos concluir que a violência contra as mulheres assume a sua forma mais bruta quando temos situações de assédio sexual e de violência doméstica. Devemos destacar também as mulheres trans, que são violentadas quando a sociedade insiste em não respeitar o seu género e continuam contra a sua vontade a usar os pronomes errados.
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A violência contra as mulheres está tão presente que muitas vezes nem a notamos. As mulheres são, desde cedo, “ensinadas” a rivalizar com outras mulheres. Estando distraídas em guerras inúteis, esquecem-se da verdadeira guerra, derrubar o patriarcado. Este não afeta apenas as mulheres, mas também os próprios homens, pois neste sistema todas as partes são oprimidas. Raquel Rodrigues, 12ºF “They tell you while you're young - Dizem-te quando és jovem “Girls go out and have your fun” - Meninas, saiam e divirtam-se Then they hunt and slay the ones - Depois caçam e matam aquelas Who actually do it - Que o fazem Criticize the way you fly - Criticam a maneira que tu voas When you're soarin' through the sky - Quando voas alto no céu Shoots you down and then they sigh, and say - Atiram em ti e depois suspiram, e dizem “She looks like she's been through it” - Parece que ela já passou por isso Nothing New (Taylor's Version) – Taylor Swift, Phoebe Bridgers
Violência contra as mulheres As páginas do diário de uma grande mulher Felgueiras, 25 de novembro de 2021 Querido diário, Faz precisamente 4 anos que não te atualizo sobre as loucuras que aconteceram na minha vida. No entanto, passei por coisas bastante duras durante este período que não desabafo contigo… Meu fiel amigo, estou a escrever-te para dizer que me tornei uma dos milhares de mulheres que sofreram de violência por parte do seu companheiro. Nos últimos dias, tenho vindo a desabafar com os meus amigos mais próximos e tenho relido as tuas maravilhosas páginas onde costumava relatar as minhas inúmeras aventuras e onde era bastante
feliz. É incrível, como uma pessoa pode mudar a nossa forma de pensar e agir pelos melhores ou pelos piores motivos. Parece surreal pensar que aquele sorriso, aquele carinho e aquele rosto pudessem, rapidamente, transformar-se em algo tão sombrio e difícil lidar. Foi complicado conviver com uma pessoa que, nos últimos anos, não me valorizava enquanto mulher, dizendo frases como: “Para fazeres o que fazes tinha encontrado outra mais prestável”, “Já fizeste o jantar?”, “Foi isto que fizeste a tarde toda?”, entre outras coisas… Ao início, até pensava que as nossas discussões eram normais como em todas as relações. Contudo, apercebi-me que nós já não conseguíamos ser felizes e cada defeito que apontávamos um ao outro tornava o ambiente de casa mais pesado e mais insuportável. Com ele, parecia que não conseguia fazer nada de jeito. Todavia, apercebi-me que todos estes pensamentos negativos provinham das coisas horríveis que ele me dizia e da forma desagradável como ele me tratou durante estes anos. Porém, ao contrário de algumas mulheres que sofreram de todo o tipo de violência por parte dos seus companheiros, eu consegui pôr um ponto final neste terrível capítulo da minha vida e consegui afastar-me dele. Felizmente, nunca sofri em silêncio e recorri várias vezes às minhas amigas para ter apoio e tornar-me mais forte e segura de mim mesma. Deste modo, superei todas as minhas adversidades voltando a fazer o que mais gosto como, por exemplo, o gosto pela escrita há muito perdida e esquecida. Assim, podes ficar à espera do retorno das minhas aventuras e das minhas histórias maravilhosas que terei muito gosto em partilhar contigo. Muitos beijinhos da tua amiga, Clara Silva. Matilde Ribeiro Abreu Araújo,12ºF
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Tu De janeiro a janeiro vagueias com um sorriso no rosto Perdida na multidão encontras-te nas tuas lembranças Vê-lo a sorrir, a caminhar para ti Já não sorris, choras Lágrimas que a multidão não vê Essa gente vê o que não sentes Continuas em frente Vê-lo a sorrir para ti…
de ser combatido, não através da revolta das vítimas, que é de facto importante, mas sim pela educação dos principais agressores, os homens. Não nos podemos esquecer que as mulheres não são as únicas vítimas destas ações, os homens também as sofrem cada vez mais, mas as mulheres sempre foram e continuam a ser aquelas que mais sofrem. Beatriz Queirós, 11º D
Ana Felgueiras
Violência contra as mulheres A violência contra as mulheres não é de agora e está longe de acabar. Este problema tem graves consequências, quer a violência seja física ou psicológica, e, muitas das vezes, acaba no assassinato de inúmeras mulheres em todo mundo. O mercado de trabalho é uma fonte privilegiada de “violência de género”, sendo que em altos cargos ainda temos poucas lideranças no feminino. Em primeiro lugar, os salários auferidos pelas mulheres são muito mais baixos do que os dos homens (quando comparamos o desempenho das mesmas tarefas/cargos). Além disso, quando existe um posto de trabalho vago numa empresa e há candidatos homens e mulheres com as mesmas competências, é muito provável que o escolhido seja o homem, afinal a mulher é quem tem os filhos e quem deles deve tratar! Em segundo lugar, ainda existem muitos casos de sexismo e discriminação contra as mulheres no seu ambiente de trabalho. Quando falamos de uma mulher num cargo de topo de uma empresa, rodeada de homens, muitas vezes esta tem de aguentar com atitudes sexistas, repugnantes e traumatizantes em relação ao que tem vestido, ou ao seu corpo. Em suma, a violência contra as mulheres é algo que tem
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Mulher Abundância de tanto e diminuída ao nível de tão pouco, Que percebe tudo, mesmo sem lhe ter sido dito nada; Que defende todas, quando fala só por uma, E ao mesmo tempo a levanta, Sem mostrar ao mundo que esteve deitada. Quem luta por si, e para si, Nada mais pode ser senão além de guerreira, E é digna de apreço Por lutar a vida inteira. Há quem diga que é atacada por livre arbítrio ou opção Que é violada porque provoca E que morre por não saber dizer «não» Ser cuja alma transcende, Olhar não mente E até o insignificante é capaz de vangloriar; Sabe que pode, Porque consegue sempre, E impressiona quem dela duvidar. António Silva, 11º D
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Violência doméstica Não Permitas, Guerreira. Uma coisa vou garantir e isso digo plenamente. Em mim nenhum homem bate e se resolver tentar, irá dormir sem acordar. Cada vez que vemos o sangue de uma mulher cair no chão, sente deveras o coração. Ver mulheres assassinadas, covardemente violadas, que asquerosa situação. A mulher é mãe e filha, esposa e amiga também, e não nasceu para ser maltratada por ninguém. Mulher, não te rebaixes, não permitas a agressão, aquilo que começa com palavras, termina num caixão. Tu tens capacidade de acabar com a maldade basta procurares uma solução. Ele vai-te prometer mil vezes, Contudo, não vai mudar Quem ama não tortura. Não caias em falsa jura, não te deixes dominar. Catarina Fonseca Oliveira, 12º D
Olhar no espelho e ver O sangue a escorrer sem parar O mundo a desaparecer E o tempo a não passar Mais um dia sem sentido O coração mantém-se ferido A vontade de desaparecer E sentir que o melhor é morrer.
As lágrimas marcadas na cara A perna totalmente rasgada, O sangue na pequena almofada E toda a dor que já não importava.
A alma separou-se, O corpo envelheceu. O olhar entristeceu-se E o amor desapareceu.
Hoje falo por entre as estrelas E com saudades de vê-las Continuo aqui a estar, Por todas as mulheres que estão a lutar.
Era para ser amor verdadeiro Do estilo aventureiro, Cheio de alegrias para dar Pensamos que era bom amar.
Sentimento torna-se impotente, De não poder estar presente. Porque não posso voltar Ao mundo onde tentei ficar.
As cicatrizes têm se de esconder A culpa é de todo este ser Que pensa que amar e ajudar E ter de a enforcar.
O meu desabafo não se ouviu, Quando pedi para alguém ajudar. Hoje todos dizem que ela partiu, Porque ele não soube amar.
As palavras não conseguem sair A sua alma sente-se a fugir Como nunca se sentiu assim, E ela pensa: “Será que existe uma estrela a olhar por mim?”
Lembra-te, amar pode ser ceder Mas também é aprender a viver. Amar não é ter de lhe bater, Mas sim saber reconhecer.
O mundo uniu-se por ela Deram-lhe a flor mais bela E passaram a desesperar Quando não havia nada que pudesse ajudar.
Não sejas apenas mais um a controlar. Sê aquele que ajuda a ultrapassar, E a manter forte quem se partiu Não sejas apenas aquele que fugiu. Hoje escrevo a partir do céu Perdi tudo o que era meu Mas continuo a observar e a lutar Quebra o silêncio, não tenhas medo de falar. Diogo Sousa, 11º D
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Mulher
Sobre ser mulher...
Comparada a uma rosa, A mulher pode ser. Florescendo o seu brilho, Até ao seu último viver. Sendo este apagado Por um ser malvado, Capaz de a fazer sofrer. Tendo medo do seu agressor, A mulher continua a sentir dor. Sofrendo em silêncio, Esta tenta reencontrar A sua verdadeira essência Ao olhar para o luar. Seus olhos refletem o medo, Mas esta não se deixa levar Tendo coragem para avançar Denunciando quem lhe fizera Um dia perder a formosura. No final nada era igual, Mas a mesma não se deixaria levar. Nada mais a pode abalar, Tornou-se um Ser Incapaz de derrubar. Ana Oliveira, 11º D
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Às vezes, gostava de ser tratada como ser humano. Não como um homem, mas como um ser humano. «Penso, logo existo», diz-se – mas deixa de ser real quando aquilo em que penso não é ouvido e, se não é ouvido, deixa de ser valorizado como um todo. Então, será que existo? No entanto, há uma diferença entre existir e ser (que considero o conceito mais abstrato da filosofia): Existir depende de um tipo de consciência de si, de se saber ser dependente do tempo existencial; e o ser que está aí, existe, é dependente do tempo cronológico e, inelutavelmente, morrerá. Então que eu exista como mulher, e que seja tratada como um ser humano. Enfim, talvez haja alguém que não encontre sentido nisto, mas, como mulher, queria ser vista como um ser humano. No entanto, ao mesmo tempo, penso que ser mulher basta. Porque sei que, em mim, tenho tudo aquilo que preciso e, se algum dia me faltar algo, trato de o edificar. E que, enquanto existir, jamais me tirem o direito de ser (aquilo que quiser), o direito à vida. Sou uma, e falo por todas, e sei que todas as outras também falam por mim, e é por isso que somos força e resiliência, juntas. Por consequência, quando uma é violentada, todas sentimos: e todas denunciámos. Que nos façamos ouvir, uma por todas e todas por uma. Inês Santos, 11º D
Violência Doméstica Se a violência doméstica era um flagelo na nossa sociedade, hoje, vivemos num filme de terror quotidiano. As últimas estatísticas são assustadoras. A pandemia em que vivemos, nestes quase dois anos, veio agravar a situação. Temos de combater este “cancro”! É nosso dever e obrigação, pois este ato é considerado um crime público. Para te ajudar a refletir sobre este tema, proponho-te que encontres 21 palavras que fazem parte deste campo lexical. Boas reflexões! SOPA DE LETRAS Lara Alves, 12º D
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Grato Quando me desafiei a refletir acerca deste tema, fiz várias pesquisas e deparei-me com um problema realmente forte. A violência contra as mulheres não passa apenas pelas agressões dentro de portas, mas está presente no quotidiano de muitas mulheres de diversas formas... Após a pesquisa documental em diferentes fontes de comunicação e redes socias, abordei o tema com a mulher que me deu a vida, a minha Mãe! E, aí, sim, tomei consciência desta realidade e senti-me alarmado com um tema que tão ténue parece, mas é tão complexo, devido aos inúmeros tipos de agressões que uma mulher pode sofrer e, em muitos casos, é submetida! A violência psicológica, emocional e espiritual é realmente enorme e praticada de variadíssimas formas! Devido à pobreza de espírito que ainda se mantém na sociedade, a diferença de género é notória e grave. No âmbito laboral, existem relatos de mulheres que sofrem violência, sob forma de ameaças, humilhação, manipulação, chantagem, exploração, perseguição, insultos "abertos ou fechados" e até o chamado "gaslighting" ( o ato de distorcer a realidade de forma a deixar a vítima na dúvida sobre a sua memória e sensibilidade mental). Perante a sociedade, a mulher pode ainda sofrer de violência moral, sendo difamada ou injuriada, acusada de conduta imprópria e de traição e até mesmo criticada futilmente pela sua forma de vestir. Todas estas formas de violência são muito complexas e perversas, raramente ocorrem isoladas umas das outras e as consequências para a mulher são gravíssimas. Qualquer uma delas, seja em que âmbito for realizada, constitui ato de violação dos direitos humanos e deverá ser sempre denunciada. Esta dissertação deixa muito por dizer, contudo quero terminar com uma frase de Mia Couto: "Um país em que as mulheres só podem ser a sua metade está condenado a ter apenas metade do seu futuro. ". Como jovem adolescente, filho e neto de alguém, quero deixar aqui registada a minha empatia e gratidão a todas as mulheres do mundo. Diogo de Lemos Vieira, 11º D
Tenho dúvidas. Em que momento o amor se torna dor? Em que momento o conforto se torna violência? Basta um toque, uma palavra, um pequeno gesto para que tudo faça recordar o que há de mal no que era bom. Não encontro uma razão que justifique a vontade de impor algo a um ser humano livre de fazer as suas próprias escolhas e caracterizado pela sua sensibilidade abundante. Falo da mulher, macia, única, leve, harmoniosa, elegante e real, a simples mulher. Dizem que “metade do mundo são mulheres e a outra metade são os filhos delas” e essa pequena frase não podia estar mais correta. Para além de, de facto, serem as mulheres que carregam um novo ser nove meses, são estas que, sozinhas ou acompanhadas, os criam como pessoas, os fazem ver o que realmente é sentir algo, sentir aconchego e calor, físico e/ou psicológico. Isto leva-me a outra dúvida, o porquê de recorrer à violência contra alguém que nos fez o que somos. Uma agressão física ou psicológica causa danos eternos e internos, causa inseguranças e medos, insensibilidade ou sensibilidade extrema. A consciência faz parte de todos nós e convém refletir no peso que a mesmo tem em nós. Uma mulher, um ser simples e singelo, não lhe deve ser disparado o que quer que seja. A justiça e o respeito devem ter presença contínua na vida feminina. Que a dignidade e a individualidade de uma mulher nunca seja violada. Francisco Teixeira, 12º D
Pelas mulheres Poderíamos imaginar um mundo ideal, poderíamos concretizar os desejos de todos aqueles que anseiam uma vida melhor, poderíamos lutar contra todo o mal e a verdade é que podemos! De facto, todos nós temos os mesmos direitos, no entanto, azar predomina naqueles que da violência sofrem e que se multiplicam nos dias que decorrem. Poderíamos imaginar um mundo onde todos gostariam de ser amados e, efetivamente, todos o querem, mas eis que o domínio fala mais alto, silenciando todo o bem que predomina nos femininos corações, nada justificando as imperdoáveis ações. Toda a mulher quer ser amada, não sendo maltratada e quando a nossa imaginação falha é necessário utilizarmos a nossa voz para que a mensagem seja veloz! Que a dor seja eliminada e a tristeza ultrapassada. Que deixe de haver mulheres sem voz e liberdade venha logo após! Que as mãos frias e desesperadas façam das pessoas solidárias e das mulheres respeitadas! A mulher tem o amor, não precisa da dor! Possui a feminilidade que carrega a serenidade, capaz de trazer a paz para a Humanidade! Poderíamos imaginar um mundo ideal e vamos a tempo de trazê-lo para a vida real! Peço mais amor e respeito, que na esperança que vive na minha imaginação, se use o coração e que pelas mulheres, o mundo dê as mãos! Para todos, e em especial, para as mulheres Margarida Pinto,12º D
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Cruzada contra a violência ONota: As definições que têm “1ª” e “2ª” são referentes a duas palavras. 1- Apontar alguém como autor de crime. 2- Intenção de fragilizar o estado emocional da vítima. (1ª) 3- Ser humano adulto do género feminino. 4- Utilização da força física sobre alguém. (2ª) 5- Violência praticada por um agente contra um outro ser que esteja sob seus cuidados. (com hífen) 6- Utilização da força física sobre alguém. (1ª) 7- Qualquer violação muito grave de ordem moral, religiosa ou civil, punida pelas leis. 8- Intenção de fragilizar o estado emocional da vítima. (2ª) 9- Sentimento puro. / Sentimento afetivo. 10- Conjunto das regras e das leis que regulam e organizam a vida em sociedade. 11- Sentimento que impede uma pessoa de tratar alguém mal, de ser malcriada ou de agir com falta de consideração. Estas palavras cruzadas foram realizadas em https://puzzel.org/pt/crossword/play?p=-MpWDuOuEPdP8VdeRDSs Miguel Ribeiro, 11º D
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ESF.ON INTERNATIONAL ESF.ON VOZES ESF.ON ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES Violence against women
Violence against Women Na semana de 22 a 26 de novembro, as professoras do departamento de Línguas Estrangeiras dinamizaram com os alunos das suas turmas a atividade Stop Violence against Women, no âmbito da temática em questão. Esta atividade surgiu, de forma espontânea, a partir de uma atividade que a professora Celma propôs em sala de aula aos seus alunos do 9ºA, aquando da motivação dos mesmos para a participação em trabalhos para a revista ESF.ON. Segundo sugerido na aula por um dos alunos, a atividade deveria ser aberta a toda a escola, tendo a turma aderido de imediato à iniciativa, que, na sua versão final, consistiu na 'construção', no átrio da escola, de um painel de mensagens alusivas ao tema. A atividade teve por objetivo sensibilizar a comunidade escolar para a problemática da violência contra as mulheres, e contou com o apoio da professora bibliotecária, Rosa Guimarães. Esta atividade, que oportunamente integrará o PAA, foi muito participada, tendo contado com adesão geral das turmas e dos seus professores de Inglês e Alemão. Guilhermina Peixoto
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Violence against women is “any act of gender-based violence that results in physical, sexual or mental harm or suffering to women, including threats of such acts, coercion or arbitrary deprivation of liberty, whether occurring in public or in private life.” One in three women experience physical or sexual violence, mostly by a partner. Many people believe that violence against women and girls is normal. They feel that they can commit violence without disapproval. It's time to say enough! We want violence against women and girls to end! We can change this! We can change the harmful beliefs at the core of this problem! What was learned can be forgotten! It is time for us to end violence against women and girls!
Alice Bessa , 10 º A
Informative text about inspiring ideas for women's rights around the world It is strange,in the 21st century, to talk about women's rights. After so many achievements in the last two centuries, many still suffer with the lack of control over their own bodies and with the inequalities between genders. I will tell you some inspiring stories of people who fight to enforce these rights. First I will talk about "The burqa is not a cage.” Shamsia Hassani graffiti the streets of Kabul to show that "the burqa is not a cage." At 25, the street artist believes that freedom is not what we wear, but "what we decide, what we say, what we do to be comfortable and to have peace. Now I will talk about the first Afghan female rapper against repression. At 23 years old, the first female Rap musician in Afghanistan has released her first single that portrays the repression against women and children and the desire for peace in her country. Finally I will talk about a campaign launched by the Portuguese Association for Victim Support to raise awareness in Portugal about violence against women. The campaign includes portraits of two victims in which both have marks of aggression and are dressed as brides and on the side of the images is written the phrase "until death do us part", which suggests the growing number of women murdered by their husbands.
Ana Beatriz , 11º B
ESF.ON INTERNATIONAL ESF.ON ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES ESF.ON VOZES Violence against women
“It shocks me…”
When the subject is violence against women, there are still many questions. Violence not only in the sense of hitting, but depriving the woman of wearing the clothes she likes, depriving her of her own life because she can only go out if her husband allows it, stop their professional careers because they are forced to stay at home and take care of the children, it is with great sadness that I say that it is the reality of many women. The woman, in her daily life, has to deal with unpleasant situations. like "praise" coming from strange men with ulterior motives - "But he was just praising you" - Praising? This when it doesn't go to physical actions that have much worse endings - "It's the fault of the clothes she was wearing" - Of course, because there aren't even cases of 3-year-old girls... It's sad to know that teaching the daughter to wear more covered clothes comes before teaching the son to respect. I think it's absurd for women to have to deal with such humiliating situations. For example, when you are in a relationship and the person you are with starts to have this kind of attitude the most frequent answers are "it's nothing" "he will change" no, he won't. People with this mentality never change, which makes me conclude that the women's struggle is not nearly over. I just wonder why? Why this revolt against women? Why not let us live normally? How long will we have to live with this fear?
It's shocking to hear that 1 in 3 women worldwide have experienced physical or sexual violence at least one time through their lives. The struggles of women and girls mustn't be underestimated and that's why we should stand up supporting the rights of women across the world and empower girls to create their own futures. As an example of a ruthless act of violence against women we have Afghanistan. Although the visible achievements in areas such as education, there are still many restrictions against their freedom. In Afghanistan, women are forbidden to have formal education and usually forced to stay home, and, as a result of this the number of sexual assaults have increased exponentially. For this reason, Afghanistan is considered the worst place to be a woman, as the government fails to protect them, mainly from their abusive husbands. To conclude, as even today girls and women continue to face crushing differences at work, education and being constantly victims of violence, we can't give up on women rights, so we must spread awareness for this situation to help stop this worldwide problem.
Ana Couto,10º A
VIOLENCE AGAINST WOMEN Nowadays, being a woman is hard. Unfortunately, we have to go through nasty comments, dirty looks, and so much more. We don´t have freedom anymore. We can´t express ourselves, we don´t have the same rights, we can´t walk down the street without being harassed. Some men disgust me. Violence is not just physical. If you are suffering any kind of violence, contact someone and then justice will do its work, it will make that rapist pay. Women, do whatever you want, wear your favorite clothes and there is no one who can stop you. Be you for you. TOGETHER WE ARE STRONGER!
Beatriz Vieira, 11º A
Violence against women There are many different forms of violence against women, but they all have the same goal, to make a woman inferior. From physical violence, when there is aggression, the gender violence that happens just because a person is a woman (stupid, isn't it) and also the psychological violence that is done through words. There are many other forms of violence, all of them traumatic for the victim who is left with marks whether physical or mental and these marks cause other problems such as anxiety, panic attacks, low selfesteem, among others. Jessica Pereira , 10º A
Guilhermina Félix, 10º A
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ESF.ON INTERNATIONAL ESF.ON VOZES ESF.ON ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES Violence against Women Around the world at least one in every three women has been beaten, coerced into sex or otherwise abused in her lifetime. Every year, lives of millions of women are devastated by violence at home and in the community. Violence against women is rampant in all corners of the world. To remember people about that there is one day – International Day for the Elimination of Violence against women. The International Day for the Elimination of Violence against Women is celebrated annually on the 25th of November and it started in 1981 to remember the day when sisters Mirabal were killed in Dominican Republic. Gender violence has become a structural problem that affects women. It originates in the lack of equality in relations between men and women in different areas and the persistent discrimination against women. This is a social problem present both in the domestic and public domains in different aspects: physical, sexual, psychological, economic, cultural, etc. and it affects women from birth until death. The most common form of violence experienced by women worldwide is physical violence. 70 percent of women experience violence throughout their lives. Education and an adequate justice are important keys to fighting the violence that oppresses women. To conclude, violence against women is one of the worsts problems of our society and it must change. Gustavo Oliveira, 10º A
Violence against Women The Observatory of Murdered Women (OMA) revealed that in Portugal, between January 1st and November 15th of this year, 23 women have already died. In addition, there are records of 50 attempted murders, 40 of which were in situations of domestic violence, these are data that bring shame to Portugal. I, as a human being and as a woman, deserve to be treated as equality without differences and prejudices. We are all equal, we all have the same rights and duties, so SAY NO TO VIOLENCE AGAINST WOMEN. "Do not confuse love with violence, nothing justifies a man beating a woman." Joana Oliveira , 10º A
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Violation of women's rights It is a worldwide phenomenon and in many cultures, this fact is accepted as normal. There were and still exist many societies marked by inequality highlighting male domination as the absolute and undisputed lord. In pre historic times women were a target of men's abuse. Ancient societies were extremely violent and hard to endure, either socially, physically and mentally speaking. Their right to life, liberty and the disposition of their body were in men's hands. Throughout history women were just a simple reflection of men, they had no freedom of speech or rights. The practice of genital mutilation is maintained in most African countries. They were just an object to procreate often compared more to an animal than to a human being. They had no right to vote, had no right to high positions at work or political positions. Their opinions were and still are underestimated. Nowadays, women are less paid compared with men's wages; there are many countries, in Russia for example, which have no laws to protect women against several attacks, specially domestic violence; in Middle East and North Africa, physical violence against women is a part of everyday life. In countries such as Yemen many women report husband's, father's and brother's abuse. The awareness and dissemination of aggressions to women must be of public nature and a crime. In Portugal, any type of violence against women is considered a public crime. For this, a complaint is enough, and care, support and protection are also offered to the victim. The aggressor being punished by law. The isolation and social distancing due to the pandemic caused by covid19 has increased the number of women killed due to persecution and domestic violence. Being so, ending the prevalent gender-based violence is the real challenge of the 21st century.
Matilde Freitas, 10º A
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Violence against women Violence against women is “any act of gender-based violence that results in physical, sexual or mental harm or suffering to women, including threats of such acts, coercion or arbitrary deprivation of liberty, whether occurring in public or in private life.” One in three women experience physical or sexual violence, mostly by a partner. Many people believe that violence against women and girls is normal. They feel that they can commit violence without disapproval. It's time to say enough! We want violence against women and girls to end! We can change this! We can change the harmful beliefs at the core of this problem! What was learned can be forgotten! It is time for us to end violence against women and girls!
Violence against women Violence against women is a gender-based action that harms women physically and psychologically. Violence can be physical, verbal, sexual, patrimonial and moral. In my opinion, as a woman, anyone who commits these acts should be arrested because regardless of gender, no one should be mistreated in any way. First, women are underserved in society, around 8620 (on average 167 a week and 24 a day) women were raped in the last year and in recent years, 81.25% of women have suffered from domestic violence. Secondly, violence can cause great damage to a woman's life, as it can bring physical damage: wounds, bruises and illnesses, as well as psychological damage, such as fear of relating to another person, anxiety and depression. To conclude, no woman should be disrespected and mistreated. All women must be treated with respect and affection, must not be judged by their clothes as "clothing is not an invitation" and must be treated with all their rights. "What is at stake is not violence, it is cruelty. Violent is all of nature. In order for me to eat my steak, I have to kill an ox. We human beings, those rational beings, invented cruelty." - José Saramago Margarida Teixeira, 10º A
What a heart-breaking topic…unfortunately it has been a problem for centuries. This violence is not only hitting, is the discrimination, how men still get paid higher for doing the same or less, how in some countries women have to cover themselves with scarfs or else their showing too much, how women can`t go on a simple walk by themselves because there's a high risk we`ll be abused or “cat called”. As much as the world has improved we can still see this non-sense behaviour and the worst is that people try to “cover” this by saying things like “men can't control their anger or sexual urges”, “alcohol causes men to be violent”, “women could leave violent partners if they wanted to” or “men experience equal, if not greater, levels of violence perpetrated by their partners or former partners”. Yes, of course men also suffer and we don`t want to invalidate that state, but its obvious for anyone that women deal with it way more. Finally, all I`ll say is that, we might not be able to end the violence, but we for sure can speak for ourselves. Enough is enough. Filipa Marques, 10º A
Violence against women Violence against women is still a deeply rooted problem in the world. Violence against women is expressed in many ways, from physical to psychological violence, and needs to be tackled with urgency. There are many types of violence against women but the most common are: Physical violence- the same as physical aggression. Psychological violence- Acts that cause psychological damage to women, such as threats, blackmail, humiliation, persecution, etc. Sexual violence- It's a sensitive topic. Sexual violence is any sexual act or attempt to obtain sexual intercourse through violence or coercion, attacks, comments or unwanted sexual advances. Moral violence- When the image of a woman is attacked, for her condition as a woman, through defamation. The consequences of violence against women are numerous. In general, victims have several consequences such as anxiety, depression and panic, which can even lead to suicide. In conclusion, I think that all men should treat women as they deserve to be treated and not as objects. One of the worst feelings a woman can have is feeling insecure and harassed when she's in public or at home. Pedro Cunha, 10º A
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ESF.ON INTERNATIONAL ESF.ON VOZES ESF.ON ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES 25 November: International Day for Non-Violence against Women November 25th is the day of non-violence against women. The date is intended to alert society to cases of violence and abuse against women. Physical and psychological violence and sexual harassment are some examples of manipulation. According to statistics, one in three women suffers from domestic violence. Violence against women is a social and public health issue; it does not differentiate color, economic or social class, and is present all over the world. The main reasons for these terrible situations are, for example, gender inequality, alcoholic drinks and drug use by the aggressor, jealousy, unemployment, economic problems and family problems. As we all know this has serious consequences for the victims, such as sleep disorders, improper diet, lack of energy, body aches, bruises, abrasions, panic attacks, sadness, loneliness and low selfesteem, accounting for psycho-emotional and physical harm. The woman must be everything she wants without fears and insecurities. If you are a woman never forget that there is always someone able to help you and that you should report all situations without thinking twice. “May all Women, not only today but every day, be free from any violence and that they are not denied rights to life. May all of them be associated with respect and dignity, always!” Mariana Alves, 11º C
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Victims of domestic violence usually die long before physical death, and psychological aggression kills, without anyone realising it. A physical aggression can be considered a cruel act and extreme violence against a person, in this case against women, but a moral aggression or an aggression made (only) through words, can often be considered an aggression as or more violent than this same physical aggression.
Maria Brochado, 11º C
Keine Gewalt gegen Frauen 10H – Schüler Meldungen » Frauen sind keine Spielzeuge. Frauen sind Menschen genau wie Männer. (Vasco) » Frauen sind keine Opfer. (Santiago) » Keine Belästigung gegen Frauen! (Liane) » Keine sexualisierte Gewalt gegen Frauen! (Henrique) » Keine Drohung gegen Frauen! (Marta) »Keine Schimpfungen gegen Frauen. (Patrícia) » Frauen verdienen , respektieren zu werden. (Vanessa) » Gewalt ist kein Zeichen von Stärke! (Leonor) » Gewalt zerstört eine Frau, physisch und psychologisch. (Rafaela) » Frauen müssen respektiert werden; als Frau weiss ich, wie sehr wir leiden und uns Unreccht getan wird…. (Andreia) »Egal wie Edel die Ursache, niemals Gewalt anwenden als Rechtfertigung. (Luís)
DIGA LÁ, Paulo Vieira
PERSONALIDADE ESTILO
Nasci em Junho de 1975, em Clermont-Ferrand (França). Filho de pais emigrantes, vivo em Felgueiras, desde Agosto de 1983, tendo frequentado a Escola Secundária de Felgueiras entre os anos de 1986-1993. No ensino secundário, frequentei o o primeiro curso técnico-profissional de Secretariado na Escola, integrando uma turma de 12 alunos. O acesso ao ensino superior público não era acessível a todos, pelo que concluir o ensino secundário era, na altura, uma caminhada educativa exigente e que nem todos conseguiam concluir com sucesso. Desde então, tive várias experiências profissionais que me proporcionaram vivências e aprendizagens diversas, estando ultimamente, nos últimos vinte e três anos, dedicado em exclusivo na área do calçado, em que trabalho como gestor de produto. A nível associativo, fui eleito recentemente como presidente da APEE/ESF, após ter integrado a lista da Direção do ano letivo transato. Integro, também, a Direção da AKF – Associação de Karaté de Felgueiras, como Secretário, desde 1999. Sou colaborador também da Paróquia de Margaride, estando ligando há vários anos, como Catequista, Ministro Extraordinário da Comunhão (coordenador), participando ativamente na atividade litúrgica, solidária e social da mesma. Um adereço indispensável Telemóveis, documentos e chaves de casa.
Um prato favorito Cabrito Assado no Forno.
Uma bebida para ocasiões especiais Vinho Verde de Felgueiras
Um filme Paixão de Cristo Um perfume Le Male, Jean Paul Gaultier.
Personalidade/artista que admire Jorge Nuno Pinto da Costa
A viagem que mais a marcou Sul da China, em várias viagens de atividade profissional, entre 2001 e 2004.
Uma cidade para visitar Nova Iorque
Uma aventura de sonho Visitar os Estados Unidos da América e alguns países da América Latina
Desporto favorito Karaté, Natação e Futebol
Um livro que recomenda A Bíblia Sagrada
Uma banda da adolescência U2
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PREVIEW CULTO
MÚSICA
EMÍLIO ESTEVES COM A PARTICIPAÇÃO RAQUEL RODRIGUES MATILDE ARAÚJO
“30” de Adele to have everything I never had/ I'm so sorry if what I've done makes you feel sad”. Contudo, neste novo disco vemos uma Adele recuperada e livre de expor os seus sentimentos que tanto a afetaram ao longo do seu casamento. Assim, em “women like me” a artista faz um balanço desta etapa tão complicada, reconhecendo que esta foi essencial para crescer e aprender a cuidar de si “If you don't choose to grow/We ain't ever gonna know/Just how good this could be/I really hoped that this would go somewhere”. Mergulhar nos álbuns de Adele é iniciar uma emocionante viagem pelos baixos da vida da artista, com os quais acabamos sempre por nos identificar em algum momento.
O mais recente álbum de Adele chegou aos ouvidos do mundo este passado dia 19 de novembro, após uma longa pausa na sua carreira. Este novo disco aborda a separação que a artista vivenciou aos seus 30 anos de idade. Pelo meio, partilha reflexões sobre a maternidade e o peso da fama. Para os ouvintes usuais, os temas difíceis da sua vida e a idade associada aos álbuns já não são novidade. O disco “30” dá a conhecer uma faceta mais sombria e introspetiva de Adele, na qual a mesma faz reflexões e inicia um processo de recuperação e autoconhecimento. Antes de conhecermos o álbum em novembro, já tínhamos um pequeno cheirinho do que estava para vir com o lançamento do single “Easy on me”, em outubro. No videoclip deste single, identificamos claros contrastes com “Hello”, do álbum anterior, “25”. Em “Hello”, vemos a artista a mudar-se para uma nova casa, o que indica o começar de uma nova fase, na qual notamos que a mesma mantém uma relação instável. Já em “Easy on me” abandona esta casa de vez, o que nos remete para o seu divórcio. Ambos os videoclips mantêm o mesmo filtro de tons de castanho e cinzento, até meio de “Easy on me”, em que a artista volta a ver o mundo a cores como a própria refere no tema “Strangers by nature”, “I've never seen the sky this color before / It's like I'm noticing everythin' a little bit more”. Algo que marcou Adele na infância foi a relação atribulada dos pais e a mesma afirmou, em entrevistas, desejar dar ao seu filho algo melhor, no entanto, não consegue e desabafa em My little love “I wanted you
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PREVIEW CULTO ROSA GUIMARÃES
LITERATURA
Trevo
O CRISTO CIGANO
Amalia Bautista
SOPHIA de MELLO BREYNER ANDRESEN Publicado pela primeira vez em 1961, encontramos neste livro uma expressiva influência que sobre ele teve João Cabral de Melo Neto, um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos e outra das vozes maiores da língua portuguesa. No prefácio de Rosa Maria Martelo a esta edição podemos ler que «[…] O Cristo Cigano é um livro absolutamente singular no conjunto da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, ao que não será alheio o facto de ter sido escrito sob o signo do encontro da autora com um poeta que também tinha a paixão da geometria e do concreto e a mesma solidariedade com o sofrimento humano.» [retirado de https://www.assirio.pt/produtos/ficha/o-cristocigano/15287808]
Editora Averno, 268 pp., (Tiragem Única de 500 exemplares) setembro 2021 Tradução de Inês Dias. Capa e arranjo gráfico de Luís Henriques. Trevo reúne os livros da autora Prisão de Amor/Conta-mo Outra Vez e Estou Ausente. Para quem ainda não contactou com a obra de Amalia Bautista, este é um livro de poesia indispensável. Escritora e jornalista espanhola, nascida em Madrid, em 1962. A licenciatura em Ciências da Informação permitiu-lhe exercer funções de atriz de dobragem, embora atualmente trabalhe como jornalista. No entanto, ela é mais conhecida pelo seu trabalho poético, desenvolvido numa ainda carreira curta, mas densa e interessante.
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PREVIEW CULTO FILMES SÉRIE
INÁCIO LEMOS
INÁCIO LEMOS
INDESCULPÁVEL
GLÓRIA “Glória”, a primeira série portuguesa produzida para a Netflix. Uma história intrigante e o enredo não permite distrações. O nome está diretamente ligado com a aldeia da Glória do Ribatejo, localidade onde a RARET está instalada. A série tem 10 episódios que contêm toda a emoção necessária. Cada um deles começa com uma nova missão e terminar com mais suspense do que no início. Mas “Glória” vale sobretudo por ser uma combinação muito interessante de espionagem e História. A série ajudará os portugueses a revisitar a história e relembrar os movimentos políticos dos anos 60 e 70, bem como o ambiente social e económico que se vivia na época. A intriga central constrói-se em torno da guerra da informação que, naquela época, se fazia pelas ondas de rádio. A ação, centrada na RARET, revela um aspeto da Guerra Fria pouco conhecido, mas fundamental na luta pela informação e pela desinformação. Se hoje temos o Facebook e outras redes sociais, nos anos 60 e 70, a rádio era crucial na guerra entre os países ocidentais e o bloco soviético. Sem este contexto bem específico, “Glória” seria apenas mais uma série de espionagem com a Guerra Fria como pano de fundo, com espiões e contraespiões que nunca percebemos bem para que lado trabalham.
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“O filme é bastante dramático. É poderoso. É profundo. Um grande elenco, mas que centraliza todo o enredo na personagem Ruth, interpretada por Sandra Bulock. Inspirado na minissérie de mesmo nome, Unforgiven acompanha Ruth Slater, após cumprir seu tempo na prisão por um crime violento. Ao voltar para o convívio na sociedade e se recusar a perdoar o que ela fez no passado, a sua única esperança agora é encontrar a irmã que ela foi forçada a deixar para trás.
ALERTA VERMELHO “Em Alerta Vermelho, num mundo de crimes internacionais, quando a Interpol emite o alerta vermelho, o melhor investigador do FBI, John Hartley (Dwayne Johnson), entra em cena para localizar e capturar um dos criminosos mais procurados do mundo, "O Bispo" (Gal Gadot), a ladra mais bem sucedida em roubos de obras de arte do mundo inteiro e a mais procurada também. Para isso, Hartley precisará se unir com o pior dos piores, Nolan Booth (Ryan Reynolds), para se colocar num ousado plano de assalto para capturar O Bispo. Esta grande aventura vai levar o trio à volta do mundo, desde selvas até pistas de dança e prisão isolada, mas para isso terão que aguentar o pior de tudo, constantemente, um na companhia do outro. Mas, quando se junta um investigador e dois ladrões, tudo pode acontecer.
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Adoro o Natal! Adoro as decorações e luzes nas ruas, os doces, as reuniões familiares, os encontros com os amigos de infância tantas vezes adiados durante o ano, os jantares do amigo secreto, a felicidade das crianças ao abrir um presente e o espírito de solidariedade que acompanha esta altura do ano! Ano após ano o entusiasmo de receber prendas tem vindo a esmorecer, a deixar de fazer sentido, mas continuo a vibrar com as preparações da festa e, no dia 24, adoro receber os familiares em casa e distribuir abraços e desejar um Feliz Natal. Quem perde alguém muito próximo e muito cedo nas suas vidas percebe que nada é garantido e que o melhor a fazer é mesmo aproveitar ao máximo a companhia uns dos outros. Que estarmos juntos é o melhor presente que podemos receber. Foi um ano difícil, um ano terrivelmente difícil! Impossibilitados de estar fisicamente próximos de quem gostamos, embora hiperconetados, sentimo-nos sós. Esta solidão torna-se ainda mais angustiante com a perda de um familiar, ferida que não tem cura e que sangra intensamente nesta quadra natalícia! Por esse motivo, o Natal será diferente, muito diferente, mesmo nos momentos de maior confraternização, de alegria e convívio, a sua ausência será sentida. A luz do Natal não terá o mesmo brilho! No Natal procure o conforto da família, dos amigos e, se puder, envolva-se em alguma iniciativa de cariz solidário. A sua companhia, os seus gestos, as suas palavras farão de certeza a diferença junto dos outros, e o seu afeto e tempo serão o melhor presente que poderá oferecer-lhes. Nós, na ESF.ON, queremos estar junto dos alunos, junto dos pais e encarregados de educação dos alunos, perto dos avós dos alunos, perto dos funcionários, próximos dos professores e assinalar esta quadra festiva, com animação, agradecendo a quem participa neste projeto a sua cooperação, colaboração na produção e edição de mais um número tão especial. A equipa da ESF.ON deseja-lhe um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Inácio Lemos
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scola ecundária elgueiras
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