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Erasmus+ ECHTU
from ESF.ON N.º 22
by Inácio Lemos
Escolaridade Obrigatória, a que se junta, já em desenvolvimento, o Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA), e outros projetos significativos como é o caso da Transição Digital das Escolas e Capacitação Digital dos Docentes, e outros mais recentes que reforçam a importância das Aprendizagens Essenciais, a Inclusão e a Avaliação Formativa e Pedagógica, transformam o quotidiano de escolas e respetivos atores, confrontando-os com uma nova realidade e que urge analisar, discutir, partilhar, organizar e prever novas formas de agir para responder a todas as vertentes desta “reforma” que poderemos apelidar de “baixa densidade”, mas de alterações profundas naquilo que têm sido os pilares em que assenta a ação pedagógica e organizacional da Escola. No caso da Avaliação, área que sustenta o projeto Assure+, a implementação do projeto MAIA conta com a adesão de uma parte significativa das escolas associadas do CFAE SN, sendo o CFAE a entidade coordenadora e que terá a seu cargo a formação das equipas de projeto nas várias escolas. É neste cenário que se entende como essencial, para além do trabalho que terá de ser desenvolvido entre as nossas escolas, colher mais informação e experiências de outras realidades, de outros países com quem possamos aprender a gerir melhor a questão da avaliação dos alunos, a forma como essa avaliação pesa no desenvolvimento organizacional e o impacto que tem nas aprendizagens, critérios de avaliação, feedback e importância que têm nos procedimentos e, naturalmente, instrumentos e práticas que suportam, em termos formais, os processos de avaliação formativa e sumativa dos alunos e a sua consonância e adequação à diversidade dos ritmos de aprendizagem e diversidade dos modos de ensinar e de aprender. Estes projetos fazem sentido quando criam impactos positivos e são passíveis de integrar conhecimentos e competências e partilhar ambos com outros de forma a disseminar e potenciar boas-práticas. Ao nível dos docentes prevemos mudanças de mentalidades e criação de
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oportunidades de conhecimento que levem a perceber que há outras formas de trabalhar e de avaliar, que podem ter melhores resultados do que aqueles que as nossas escolas têm alcançado; ao nível das organizações, potenciar a criação de condições de tempo e de espaço, por parte destas e das pessoas que as lideram, flexibilizando uma organização pedagógica que possibilite que as mudanças ocorram; ao nível do currículo, criando condições para potenciar a utilização de margens de liberdade ao nível da gestão do currículo, de modo a romper com a tradição, muito nossa, "de uma prescrição curricular universal"; e, finalmente, ao nível da planificação, desenvolver o princípio de uma avaliação formativa e contínua que integre os processos de aprendizagens e passem a implicar os alunos como sujeito e não apenas como destinatário, consolidando estratégias de feedback como prática pedagógica corrente. Aprendemos com estas mobilidades e temos o encargo/responsabilidade de partilhar esta aprendizagem, que as mudanças para serem eficazes devem ser paulatinas, específicas, claras e determinadas temporalmente, feitas em diálogo, com todos, ouvindo os mais resistentes e tentando convencê-los pela força dos argumentos e demonstrando a eficácia das propostas e desafios, com clareza na informação e sempre sustentados em estudos e investigações que validem do ponto de vista pedagógico e didático as propostas de mudança. Num ambiente de trabalho colaborativo, expressando com clareza os objetivos que se pretendem atingir e envolvendo todos na sua definição, focados no essencial: nos alunos e nas suas aprendizagens e progressos cognitivos, respeitando a sua individualidade e diversidade, num ajustamento constante de estratégias de modo a não deixar ficar ninguém para trás.