Dili's Architectural Heritage of Portuguese Origins

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PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI

PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI




GOVERNO DE TIMOR-LESTE

Ministério do Turismo,

Arte e Cultura

produção produsaun production Direção Nacional do Património Cultural Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura Ministério do Turismo, República Democrática de Timor-Leste © Copyright Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura Timor-Leste, 14 de Outubro de 2015. Deposito Legal nº 17092015 ISBN 978-989-206020 www.cultura.gov.tl

SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO

ARTE E CULTURA

Coordenação Koordenasaun Coordination Manuel Smith, Diretor Nacional do Património Cultural Arq. Flávio Miranda, Assessor para o Património Arquitetónico, RDTL Editores Edisaun Editors Arq. Flávio Miranda, Assessor para o Património Arquitetónico, RDTL Arq. Isabel Boavida Pesquisa Peskiza Research Eugénio Sarmento, Chefe de Departamento Arquitetónico, DNPC Arq. Flávio Miranda, Assessor para o Património Arquitetónico, RDTL Arq. Isabel Boavida Lídia Maia, Técnico DNPC Irene dos Reis, Técnico DNPC Elísio do Carmo, Técnico DNPC Paulo Maher, Técnico DNPC Megumi Yamada, Fotografa

Tradução Tradusaun Translation Maria Amado Desenho Deseñu Design David Palazón (www.davidpalazon.com) Cartografia Kartografia Cartography Arq. Isabel Boavida Arq. Flávio Miranda Fotografia Fotografia Photography Megumi Yamada Arq. Flávio Miranda Impressão Impresaun Printing SILK Unipessoal Lda.


PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI ARCHITECTURAL HERITAGE OF PORTUGUESE ORIGINS OF DILI

PATRIMONIU ARQUITETONIKU ORIGEM PORTUGUESA DILI NIAN


Índice Índise Contents 7

Património Cultural e Identidade Nacional Patrimóniu Kulturál no Identidade Nasionál Cultural Heritage and National Identity

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Programa do Governo para a preservação do Património Cultural de Origem Portuguesa em Timor-Leste Programa governu nian ba prezervasaun husi Patrimóniu Kulturál ne’ebé iha iha Timor-Leste Government’s program for the preservation of Cultural Heritage of Portuguese Origin in Timor-Leste

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Dili, Planeamento e Património Dili, Planeamentu no Patrimóniu Dili, Planning and Heritage

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Património Arquitetónico de Origem Portuguesa de Díli Patrimoniu Arkitetoniku Origem Portuguesa Dili nian Architectural Heritage of Portuguese Origins of Dili

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Dili de 1769 a 1942 Dili husi 1769 to’o 1942 Dili from 1769 to 1942

45

Dili na II Guerra Mundial 1942 a 1945: edifícios destruídos Dili iha II Guerra Mundial 1942 to’o 1945: edifisiu sira ne’ebé hetan destruisaun Dili in the WW II 1942 to 1945: destroyed buildings

53

Dili de 1945 a 1975 Dili husi 1945 to’o 1975 Dili from 1945 to 1975

59 61 67 71 75 81 89 95 105 109 113 119 123

Área Urbana Área Urbana Urban Area Bairro Central Repartições da administração Repartisaun administrasaun Administration buildings Instalações militares Edifisiu militar sira Military facilities Edifícios das missões Edifísiu husi Misaun sira Mission buildings Ruas comerciais Rua Komersiál sira Commercial streets Comunidade chinesa Komunidade xineza Chinese community Saúde Saúde Health Educação Edukasaun Education Apoio ao turismo Apoiu ba turizmu Tourism support Instalações portuárias Instalasaun husi portu Port facilities Associações de particulares Associações de particulares Private associations Instituições bancárias Instituisaun bankária sira Banking institutions Habitação Uma Housing


131 133 151 157 161 163 169

173 175 183 190 191 197

Bairros para funcionários Bairro sira ba funsionáriu sira Neighbourhoods for public servants Bairro Económico Bairro do Farol Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods Carqueto e Bebora Bidau Culuhum e Bemori Santa Cruz e Balide Caicole Área suburbana Área sub-urbanu Suburban areas Oriental Oriental East Santana e Becora Taibessi Sul Sul South Lahane Ocidental Ocidental West Campo Mouro Campo de Aviação Fatumeta

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Notas metodológicas do trabalho de levantamento Nota metodológika sira hosi servisu levantamentu Methodological notes on the survey work

205

Exemplo de imóveis patrimoniais existentes no municipio de Dili Ezemplu husi imóvél patrimoniál sira ne’ebé iha munisipiu Dili Example of existing heritage buildings in Dili municipality Ataúro Dom Aleixo Cristo Rei Nain Feto Vera Cruz

205 206 207 208 212 217

Dili através do tempo Dili liu husi tempu Dili through time

225

Bibliografía Bibliografia Bibliography

231

Anexo 1: Resolução do Governo, nº 25|2011, de 14 Setembro, relativa à Proteção do Cultural Aneksu 1: Resolução do Governo nº 25|2011, hisi loron 14, fulan Setembru, kona-ba Protesaun Patrimóniu Kulturál Annex 1: Government Resolution, nº 25|2011, 14th September, relating to the Protection of Culture Heritage

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Anexo 2: Lista de imóveis patrimoniais existentes no Município de Dili Anexu 2: Lista husi imóvél patrimoniál sira ne’ebé iha Munisípiu Dili Annex 2: Lista of heritage buildings existing in the Dili Municipality


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Património Cultural e Identidade Nacional Patrimóniu kulturál no Identidade Nasionál Cultural Heritage and National Identity

Farol. Farol. Lighthouse. © Megumi Yamada, 2015.

Maria Isabel De Jesus Ximenes Secretária de Estado do Turismo, Arte e Cultura No ano em que se assinalam os 500 anos da chegada dos navegadores e missionários portugueses a Lifau, Oecusse Ambeno, momento marcante na história e identidade de Timor-Leste, a Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura associa-se a estas comemorações através da publicação da obra “Património Arquitetónico de Origem Portuguesa de Dili”.

Iha tinan ne’ebé halo komemorasaun ba tinan 500 husi momentu navegadór no minisionáriu portugés sira to’o iha Lifau, Oecusse Ambeno, momentu ne’ebé importante iha istória no identidade Timor-Leste nian, Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura asosia an ba komemorasaun hirak ne’e liu husi publikasaun ba obra “Patrimóniu arkitetóniku husi orijen portugeza iha Díli”.

In the year that marks the 500th anniversary of the arrival of Portuguese navigators and missionaries to Lifau, Oecusse, considered to be a defining moment in the history and identity of Timor-Leste, the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture is partnering with these celebrations thus publishing the book “Architectural Heritage of Portuguese Origin of Dili”.

Fundada pelo governo colonial em 1769, ao longo das décadas seguintes e, sobretudo a partir de finais do século XIX, Dili foi sendo edificada, atraindo população de todos os municípios. Passados quase dois séculos e meio, a capital da República Democrática de Timor-Leste assumese hoje como principal núcleo urbano e centro político, social e económico do país.

Dili harii husi governu kolonial iha 1769, no durante tinan ruanulu oin mai sira, liu-liu iha finál husi sékulu XIX, kontinua harii Dili, hodi halibur populasaun sira husi munisípiu hotu-hotu. Liu besik sekulu rua ho balun, kapitál husi Repúblika Demokrátika Timor-Leste nian kaer ohin loron knaar prinsipál nu’udar sentru urbanu, polítiku, sosiál no ekonómiku país nian.

Established by the colonial government in 1769, Dili was built, over the following decades, and especially since the late nineteenth century, attracting people of all municipalities. After almost two and a half centuries, the capital of the Democratic Republic of Timor-Leste is today as a major urban área and the political, social and economic centre of the country.

Dando continuidade à série de publicações sobre o património arquitetónico de origem portuguesa, iniciada em 2013 com o livro sobre o património de Liquiçá, esta Secretaria de Estado tem vindo a desenvolver um laborioso trabalho de inventariação, documentação e investigação do património cultural edificado existente em Dili até 1975. Num momento em que pela primeira vez Timor-Leste assume a Presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e inspirado por exemplos de países vizinhos onde este tipo de património foi já consagrado como de importância para a Humanidade, o Governo dá assim um importante passo para a afirmação da História e da Cultura enquanto elementos indispensáveis ao desenvolvimento e à consolidação de um sentido de identidade nacional.

Hodi fó kontinuidade ba série husi publikasaun kona-ba patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza nian, ne’ebé hahú iha tinan 2013 ho livru ida kona-ba patrimóniu Liquiçá nian, Sekretaria Estadu ida ne’e dezenvolve ona servisu boot kona-ba ba inventarizasaun, dokumentasaun no investigasaun husi patrimóniu kulturál edifikadu ne’ebé eziste iha Díli to’o tinan 1975. Iha momentu ne’ebé, ba dahuluk, Timor-Leste kaer knaar prezidénsia komunidade husi país lian portugés (CPLP), no tuir ezemplu husi país viziñu sira iha ne’ebé patrimóniu tipu hanesan ne’e hatada ona iha ona importánsia ba Umanidade, Governu fó nune’e pasu importante ida ba afirmasaun husi timor nia istória no kultura nu’udar elementu sira ne’ebé presiza ba dezenvolvimentu no konsolidasaun husi identidade nasionál.

Continuing the series of publications on the architectural heritage of Portuguese origin, which began in 2013 with the book on the heritage of Liquiça, this Secretariat of State has developed a laborious job of cataloguing, documentation and research of cultural heritage buildings existing in Dili until 1975. When for the first time TimorLeste takes over the Presidency of the Community of Portuguese Speaking Countries, and inspired by examples from neighbouring countries where this type of heritage has already been established as of importance to humanity, the Government takes therefore an important step towards the affirmation of history and culture as elements essential to the development and consolidation of a sense of national identity.

Os textos dos Arquitetos Flávio Miranda e Isabel Boavida, responsáveis pela coordenação da pesquisa e do trabalho de levantamento, dão corpo ao livro, ilustrado por imagens de arquivo e pelas fotografias das maquetas de outro arquiteto, João Tolentino, amigo que há quase 40 anos apoia os timorenses e a causa de Timor-Leste em Portugal. A obra é finalmente enriquecida pela reflexão de Jorge Pires de Moura, Arquiteto e Urbanista que nos sugere uma análise sobre a necessidade de articular as políticas de salvaguarda do património cultural e o planeamento urbano.

Testu sira husi Arkitetu Flávio Miranda no Isabel Boavida, responsável ba koordenasaun husi peskiza no traballu levantamentu, fó estrutura ba livru ne’e, ho imajen arkivu no fótografia husi maketa husi arkiteto ida seluk, João Tolentino amigu husi tinan 40 ne’ebé apoia timor-oan sira no kauza Timor-Leste nian iha Portugal. Ikus mai livru ne’e hatudu mos reflesaun husi Jorge Pires de Moura, Arkiteto no Urbanista ne’ebé sujere análize ida kona-ba nesesidade atu ko’alia kona-ba polítika protesaun patrimóniu kulturál no planeamentu urbanu.

The texts of Architects Flávio Miranda and Isabel Boavida, responsible for coordinating the research and survey work, embody the book, illustrated by archival footage and the photographs of models of another architect, João Tolentino, a friend that for almost 40 years supports Timorese and the cause of Timor-Leste in Portugal. The work is finally enriched by the reflection of Jorge Pires de Moura, Architect and Urbanist that suggests an analysis of the need to articulate the policies to protect the cultural heritage and the urban planning.

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Num momento fundamental de desenvolvimento do país, de crescimento económico e proliferação de novas infraestruturas, julgamos ser indispensável olhar para a nossa História, feita tanto de momentos dolorosos como de afetividades profundas, e identificar os valores que pretendemos levar connosco no processo construção da nação e que, afinal, farão parte da nossa identidade cultural. O património arquitetónico de origem portuguesa, vestígio material que evoca a memória de uma parte significativa dessa História, é seguramente um dos valores que devemos reter. Devidamente recuperado e gerido, este importante legado patrimonial poderá contribuir enormemente para uma melhoria significativa da qualidade de vida das populações. Não apenas como símbolo definidor da nossa identidade mas também pelo potencial que contém enquanto elemento cultural único na região, passível de atrair turismo e gerar benefício económico. Certos de que o trabalho que temos vindo a desenvolver contribuirá para um futuro mais sustentável do nosso país resta-me, deste modo, agradecer uma vez mais a dedicação de todos os envolvidos neste projeto, e fazer votos de que o livro que tem em mãos ajude a descobrir Dili, capital histórica de Timor-Leste.

Iha momentu ne’ebé fundamentál ba dezenvolvimentu país nian, kresimentu ekonómiku no proliferação husi infra-estrutura fóun ne’e, sai mós nesesáriu tebetebes atu hateke ba ita nia Istória, ne’ebé iha momentu susar no mós afetividade maka’as, no identifika valór sira ne’ebé ami hakarak lori mai iha prosesu konstrusaun nasaun nian ne’ebé, sei hola parte iha ita nia identidade kulturál. Patrimóniu arkitetóniku husi orijen portugeza, hanesan vestíjiu materiál ne’ebé bolu memória ba parte ida ne’ebé signifikativu husi Istória ne’e, nune’e valór ne’ebé ami tenke kaer metin. Bainhira rekupera no hetan jestaun loloos, legadu patrimoniál importante ida ne’e bele kontribui atu hadi’a liután kualidade moris populasaun sira nian. La’ós de’it hanesan símbolu definidor ba ita nia identidade maibé mós tanba potensiál ne’ebé iha nu’udar elementu kulturál úniku iha rejiaun ne’e, hodi dada turizmu no fó benefísiu ekonómiku. Ho fiar katak, servisu ne’ebé ita dezenvolve ona sei kontribui ba futuru ida ne’ebé sustentável ba ita nia nasaun resta ha’u, dala ida tan agradese ba dedikasaun husi ema hotu-hotu ne’ebé envolve iha projetu ne’e, no halo votu katak livru ne’e bele ajuda ita atu deskobre Díli, nudar kapitál istórika Timor-Leste nian.

Maqueta do Palácio de Governo. Maketa Palácio de Governo nian. Model of Government Palace. © João Tolentino, 2015.

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In a crucial moment of the country’s development, of economic growth and proliferation of new infrastructure, we believe it is essential to look at our history, made of painful moments and of deep emotions, and identify the values that we intend to bring with us to the nationbuilding process and that, after all, will be part of our cultural identity. The architectural heritage of Portuguese origin, material trace that evokes the memory of a significant part of history, is surely one of the values that we hold. Properly recovered and managed, this important heritage legacy can contribute enormously to a significant improvement in the f living standards of the population. Not only as a defining symbol of our identity but also for the potential that contains as a single cultural element in the region, likely to attract tourism and generate economic benefits. Confident that the work we have been developing will contribute to a more sustainable future of our country, I would like to thank once again the dedication of everyone involved in this project, and the hope that this book help to discover Dili, the historic capital of Timor-Leste.


Programa do Governo para a preservação do Património Cultural de Origem Portuguesa em Timor-Leste Programa governu nian ba prezervasaun husi Patrimóniu kulturál ne’ebé iha iha Timor-Leste Government’s program for the preservation ofCultural Heritage of Portuguese Origin in Timor-Leste Cecília Assis Diretora-Geral de Arte e Cultura Ao longo dos últimos anos, a Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura, através da Direção-Geral de Arte e Cultura e da Direção Nacional do Património Cultural, tem vindo a desenvolver um importante trabalho de salvaguarda, sensibilização e promoção do importante legado patrimonial arquitetónico de origem portuguesa existente em Timor-Leste.

Iha tinan hirak ikus ne’e, Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura, liu husi Diresaun-Jerál Arte no Kultura no diresaun Nasionál Patrimóniu Kulturál, dezenvolve ona servisu importante ida hodi halo protesaun, sensibilizasaun no promosaun ba legadu patrimóniu arkitetóniku ne’ebé importante husi orijen portugeza ne’ebé eziste iha Timor-Leste.

Over the past year, the Secretariat of State for Tourism, Art and Culture through the General Diretorate of Art and Culture and the National Diretorate of Cultural Heritage, has developed an important work for the protection, awareness raising and promotion of the important legacy of architectural heritage of Portuguese origin existing in Timor-Leste.

Como única nação que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Ásia e com uma história de quase 500 anos que a liga a esse universo, desde a chegada dos primeiros navegadores e missionários a Lifau, Oecusse Ambeno, Timor-Leste possui uma quantidade bastante assinalável de vestígios arquitetónicos do período colonial português. Cientes da importância que esse património cultural possui para a afirmação da identidade do país na região e no mundo, a Direção-Geral de Arte e Cultura e a Direção Nacional do Património Cultural têm vindo a trabalhar na sua inventariação, estudo, conservação e divulgação.

Hanesan nasaun úniku ne’ebé integra iha Komunidade País Lian Portugés (CPLP) iha Ázia no ho istória ida ne’ebé besik tinan 500 ne’ebé liga nasaun ne’e ba universo ne’e, hahú husi uluk hikas navegadór no minisionáriu sira to’o iha Lifau, Oecusse Ambeno, Timor-Leste iha vestijiu arkitetóniku barak husi períodu koloniál portugés. Tanba ami hatene kona-ba importánsia ne’ebé patrimóniu kulturál ne’e iha ba afirmasaun husi timor nia identidade nudar nasaun iha rejiaun ne’e no iha mundu, Diresaunjerál Arte no Kultura no Diresaun Nasionál Patrimóniu Kulturál halo ona servisu iha ninia inventarizasaun, estudu, konservasaun no divulgasaun.

As the only nation that is part of the Community of Portuguese Speaking Countries (CPLP) in Asia and with a history of nearly 500 years in common, from the arrival of the first navigators and missionaries to Lifau, Oecusse Ambeno, Timor-Leste has a very considerable amount of architectural remains of the Portuguese colonial period. Aware of the importance that cultural heritage has for the country’s identity affirmation in the region and the world, the General Diretorate of Art and Culture and the National Diretorate of Cultural Heritage have been working in their inventory, study, preservation and dissemination.

O trabalho de inventário do património arquitetónico de origem portuguesa é levado a cabo de forma sistemática, em estreita coordenação com os responsáveis da área da cultura existentes em cada município, os quais receberam formação adequada para proceder ao registo documental e fotográfico de cada imóvel. Este registo é habitualmente realizado em fichas de inventário criadas para o efeito, dispondo cada responsável cultural dos meios logísticos mínimos para desenvolver o trabalho (ex. máquina fotográfica, GPS e fichas de inventário). A informação recolhida é posteriormente confirmada por técnicos e especialistas nacionais, tendo sido igualmente criada uma base de dados do património onde a informação recolhida é armazenada e gerida.

Servisu kona-ba inventáriu husi patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza hala’o ho fórma sistemátika, liu husi koordenasaun ho responsável ba área kultura ne’ebé eziste iha kada munisípiu, no sira simu fórmasaun adekuada atu prosede ba rejistu propriedade ida-idak nian no rejistu fótográfiku dokumentál. Rejistu ne’e hala’o iha fixa ne’ebé halo hodi nune’e, no responsável kulturál ida idak hetan ba meiu lojístiku mínimu atu dezenvolve servisu ne’e (ez. makina fótográfika, GPS no fixa inventáriu). Infórmasaun ne’e halibur tuir no konfirma husi tékniku no espesialista nasionál sira, no mós harii ona baze dadus patrimóniu ida iha ne’ebé infórmasaun ne’e halibur ona.

The inventory work of the architectural heritage of Portuguese origin is carried out in a systematic manner, in close coordination with the heads of the area of culture in each municipality, which received adequate training to carry out the document registry and photographic record of each property. This record is usually held in inventory files created for this purpose and staff responsible for this has the minimum logistical means to develop the work (eg. Camera, GPS and Inventory forms). The information collected is then confirmed by national technicians and experts and a heritage database was create to manage and store the information collected.

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Em 2013, fruto desse trabalho sistemático de registo, inventariação e pesquisa, foi publicado o primeiro volume de uma série sobre o património arquitetónico de origem portuguesa de Timor-Leste, dedicado ao município de Liquiçá. Este trabalho beneficiou da pesquisa documental realizada em arquivos em Macau, permitindo desta forma completar a escassa informação que existe sobre este tema em bibliotecas no país. Em 2014, e com o propósito de obter informação detalhada sobre alguns imóveis mais significativos existentes em Dili, uma equipa da Direção Nacional do Património Cultural deslocou-se a Portugal, tendo aí igualmente realizado pesquisa em arquivos e bibliotecas.

Iha tinan 2013, nudar rezultadu husi rejistu, inventarizasaun no peskiza sistemátiku, ne’ebé refere, publika primeiru volume husi série ida kona-ba patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza hosi Timor-Leste, ne’ebé dedika ba munisípiu Likisá. Servisu ida ne’e liu hosi peskiza dokumentu nian ne’ebé hala’o iha arkivu iha Macau, hodi fó dalan hodi kompleta infórmasaun oituan ne’ebé iha kona-ba tema ida ne’e iha biblioteka iha país. Iha tinan 2014, no ho objetivu atu hetan infórmasaun ho detaille kona-ba balun ne’ebé signifikativu liu ba imóvel sira ne’ebé eziste iha Dili, ekipa Diresaun Nasionál Patrimóniu Kulturál dezloka ba portugál, no hala’o mós peskiza iha ne’eba konaba arkivu no biblioteka.

Para além do trabalho de inventário e pesquisa, fundamentais para se conhecer em detalhe a extensão e diversidade dos elementos culturais existentes, a Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura tem também procurado desenvolver um programa de reabilitação e conservação de alguns imóveis mais emblemáticos. Isso mesmo está consignado na Política Nacional para a Cultura, aprovada em 2009, que prevê que uma parte considerável da descentralização e democratização do acesso à cultura se façam, nos municípios, através da criação de Centros Culturais que, sempre que possível, serão instalados em edifícios do período português, os quais para o efeito serão recuperados e adaptados às suas novas funcionalidades.

Liu trabaillu inventáriu no peskiza, ne’ebé fundamentál atu koñese ho detaille extensaun no diversidade husi elementu kulturál ne’ebé iha, Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura buka mós dezenvolve programa reabilitasaun no konservasaun husi edifisiu emblemátiku balun. Ida-ne’e konsagra mos iha polítika Nasionál ba Kultura, ne’ebé hetan aprovasaun iha tinan 2009, ne’ebé prevee katak parte ida ne’ebé boot ba dezentralizasaun no demokratizasaun husi asesu ba kultura hala’o, iha munisípiu, liu husi kriasaun ba Sentru Kulturál ne’ebé, bainhira posível, hela iha edifísiu husi periodu portugés, ne’ebé hetan rekuperasaun no adaptasaun hodi bele tuir objetivu fóun.

O primeiro desses centros culturais foi inaugurado em 2014, em Lautém, tendo o projeto de arquitetura adaptado o antigo Mercado Municipal aí existente a um espaço para atividades culturais, com escritórios, sala de exposições e estúdio de gravações. Projetos para novos centros culturais, já aprovados, incluem a adaptação do antigo Posto Concelhio, em Oecusse Ambeno, e a recuperação da antiga Residência do Administrador de Liquiçá, que em breve serão transformados nos centros culturais desses respectivos municípios. Outros projetos que envolvem a recuperação de património arquitetónico de origem portuguesa, já aprovados pelo Governo, incluem a recuperação do Forte de Baguia, em curso, e a conservação de parte da ruína da antiga Prisão de Ai Pelo, que passará a contar com uma pequena unidade museológica e um espaço de café-restaurante. Para além dos aspetos relacionados com o levantamento, a recuperação e a promoção deste importante tipo de património cultural, a Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura está igualmente a desenvolver esforços no sentido de estabelecer o necessário enquadramento que permita a proteção legal dos imóveis mais significativos.

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Sentru kulturál da-uluk husi sira ne’e inaugura ona iha tinan 2014, iha Lautém, no projetu arkitetura halo adaptasaun husi antigu Merkadu Munisipál ne’ebé iha, ba espasu ida ba atividade kulturál, ho eskritóriu, sala espozisaun no estúdiu ba gravasaun. Projetu sira ne’ebé aprova ona ba sentru kulturál fóun, inklui adaptasaun nian ba antigu Posto Concelhio, iha Oecusse Ambeno, no rekuperasaun ba uma husi Administradór likisá, ne’ebé iha tempu badak sei transfórma ba sentru kulturál iha munisípiu ida idak hirak ne’e. Projetu sira seluk ne’ebé envolve rekuperasaun ba patrimóniu arkitetóniku husi orijen portugeza nian, ne’ebé governu aprova tiha ona, inklui rekuperasaun ba Fórte iha Baguia, ne’ebé kontinua obra hela, no konservasaun ba parte ida husi ruína husi antigu Prisão husi Ai Pelo, ne’ebé sei hetan ho unidade muzeu ki’ik ida no espasu ida hodi harii kafé-restaurante. Aleinde aspetu sira ne’ebé relasiona ho levantamentu, rekuperasaun no promosaun husi patrimóniu kulturál importante ida ne’e, Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura hala’o mós esfórsu atu harii enkuadramentu ne’ebé nesesáriu hodi garante protesaun legál ba imóvel sira ne’ebé signifikativu liu.

In 2013, as a result of this systematic work of registration, inventory and research, the first volume of a series on the architectural heritage of Portuguese origin of Timor-Leste was published, dedicated to the town of Liquiçá. This work benefited from the documentation research performed on files in Macau, thus enabling the completion of the scarce information that exists on this topic in libraries in the country. In 2014, and in order to get detailed information on some most significant existing buildings in Dili, a team of National Diretorate of Cultural Heritage went to Portugal to conduct research in archives and libraries. In addition to the inventory work and research, that were fundamental to know in detail the extent and diversity of existing cultural elements, the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture has also sought to develop a program of rehabilitation and conservation of some of the most iconic buildings. That responsibility is enshrined in the National Policy for Culture, approved in 2009, which provides that a considerable part of the decentralization and democratization of access to culture should be done in the municipalities through the establishment of cultural centres that, wherever possible, will be installed in Portuguese buildings of the period, which for this purpose will be restored and adapted to its new function. The first of these cultural centres opened in 2014 in Lautém, having adapted the architectural design of the old Municipal Market to a space for cultural activities, with offices, exhibition hall and recording studio. Projects for new cultural centres already approved, include the adaptation of the former Posto Concelhio (Municipal Post) in Oecusse Ambeno, and the recovery of the former Residence of the Administrator of Liquiça, which will soon be transformed into cultural centres of these municipalities. Other projects involving architectural heritage recovery of Portuguese origin, already approved by the Government, include the recovery of Baguia Fort that is ongoing, and the conservation of a part of the ruins of the ancient Prison of Ai Pelo, which will have a small museological unit and a café-restaurant. In addition to the aspects related to the survey, recovery and promotion of this important type of cultural heritage, the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture is also making efforts to establish the necessary framework to enable the legal protection of the most significant property. In this regard, it will be presented to the Council of Ministers in 2015 the new Cultural Heritage Decree-Law which will establish the rules for the classification and use of existing property in the country, ensuring its protection and transmission to future generations.


Neste sentido, deverá ser apresentada a Conselho de Ministros ainda em 2015 o novo Decreto-Lei do Património Cultural, que estabelecerá as regras de classificação e utilização dos imóveis patrimoniais existentes no país, assegurando a sua proteção e transmissão às gerações futuras. Do mesmo modo, foi já aprovada em Conselho de Ministros e enviada para o Parlamento Nacional a Convenção da UNESCO para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural, de 1972, que permitirá propor a classificação como Património da Humanidade de elementos patrimoniais únicos no mundo.

Nune’e, sei aprezenta ba Konsellu Ministrus iha tinan 2015, Dekretu-Lei fóun ba Patrimóniu Kulturál, ne’ebé harii regra klasifikasaun no utilizasaun ba imóvel patrimonial ne’ebé eziste iha país ne’e, hodi garante sira-nia protesaun no transmisaun ba jerasaun tempu oin mai. Nune’e mós, hetan ona aprovasaun iha Konsellu Ministrus no haruka ona ba Parlamentu Nasionál ba Konvensaun husi UNESCO ba Protesaun Patrimóniu Mundiál, Kulturál no Naturál, husi tinan 1972, ne’ebé sei propoin klasifikasaun hanesan nudar Patrimóniu Umanidade ba elementu patrimoniál sira ne’ebé úniku iha mundu.

Todo este trabalho, de enquadramento jurídico, inventário, pesquisa e divulgação, apenas é possível com o apoio de funcionários e técnicos dedicados, para quem a proteção do importante legado patrimonial existente no país é vivida diariamente com responsabilidade e sentido de utilidade pública. No entanto, em Timor-Leste faltam ainda quadros especializados em diversas áreas técnicas fundamentais, indispensáveis a uma gestão eficiente do património cultural. Para procurar dar resposta a essas necessidades, a Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura enviou, em 2012, alguns jovens para estudar no Brasil em áreas relacionadas com o património cultural. Para além disso, ao longo dos últimos anos, vários funcionários da Direção Nacional do Património Cultural têm beneficiado de ações de formação no país e no estrangeiro, em diversos aspetos relacionados com a gestão patrimonial. Instituições como a UNESCO, a SEAMEO-SPAFA ou o IRCI, no Japão, têm sido instrumentais nas oportunidades de formação oferecidas, as quais têm permitido melhorar significativamente a qualidade do trabalho realizado.

Servisu ida ne’e tomak, kona-ba enkuadramentu jurídiku, inventáriu, peskiza no divulgasaun, bele hala’o tanba apoiu husi funsionáriu no tékniku sira, ne’ebé hanoin katak protesaun ba ligadu patrimoniál ne’ebé eziste iha país hanesan importante iha loron-loron no sira tuir ho responsabilidade no sentidu utilidade públika. Maske nune’e, iha Timor-Leste seidauk iha kuadru espesializadu iha área téknika oin-oin, ne’ebé presiza hodi hala’o jestaun ida ne’ebé efisiente ba patrimóniu kulturál. Hodi buka fó resposta ba nesesidade hirak ne’e, Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura iha tinan 2012, haruka joven balun atu ba estuda iha Brazíl iha área ne’ebé relasiona ho patrimóniu kulturál. Aleinde ne’e, iha tinan hirak ikus ne’e, funsionáriu oin-oin hosi Diresaun Nasionál Patrimóniu Kulturál hetan benefisiu fórmasaun iha país ne’e no iha estranjeiru, iha aspetu oioin ne’ebé relasiona ho jestaun patrimoniál. Instituisaun sira hanesan UNESCO, SEAMEO-SPAFA ka IRCI Japaun nian, importante tebes iha oportunidade fórmasaun ne’ebé sira fó, ne’ebé fó dalan atu hadi’a kualidade servisu ne’ebé hala’o.

Com muito trabalho ainda pela frente e um património arquitetónico em acentuado estado de degradação e em risco de ser irreversivelmente afectado pela marcha do desenvolvimento, o Governo de Timor-Leste tem procurado dar resposta à salvaguarda de uma parte fundamental da sua História, que é também parte da identidade do país. A obra que aqui agora se publica, de documentação e estudo do património de origem portuguesa de Dili, é testemunho desse compromisso por parte do Governo e dos serviços do património cultural no âmbito da tutela do Turismo, Arte e Cultura, que diariamente trabalham para que o nosso património cultural não desapareça para sempre. Esperamos que o trabalho aqui apresentado inspire tanto o cidadão comum como os mais altos representantes da nossa nação, no sentido de em conjunto continuarmos a trabalhar arduamente para que a História de Timor-Leste, inscrita também em pedra e nos monumentos do passado, se perpetue por muitas e muitas gerações.

Ho servisu barak ne’ebé sei iha no ho patrimóniu arkitetóniku ida ne’ebé degradasaun no iha risku atu hetan impaktu negativu husi dalan dezenvolvimentu, governu Timor-Leste buka fó resposta ba iha protesaun husi parte ida ne’ebé fundamentál husi sira-nia Istória, ne’ebé mak parte mós husi identidade nasaun nian. Obra ne’ebé publika iha ne’e, bazeia ba dokumentasaun no peskiza husi patrimóniu orijen portugeza iha Dili, hanesan sasin hosi kompromisu ne’e husi governu no husi servisu patrimóniu kulturál nian iha Turizmu, Arte no Kultura nia okos, ne’ebé loron-loron servisu hodi ita nia patrimóniu kulturál la bele lakon ba nafatin. Ita hein katak servisu iha ne’e bele sai inspirasaun ba sidadaun hotu-hotu no ba reprezentante a’as liu ba ita nia nasaun, hodi hamutuk ita kontinua servisu maka’as hodi istória Timor-Leste nian, ne’ebé hakerek mós iha fatuk no iha monumentu husi pasadu, karik bele kontinua nafatin jerasaun ba jerasaun.

Similarly, it has already been approved by the Council of Ministers and sent to the National Parliament, the UNESCO Convention for the Protection of World, Cultural and Natural Heritage, of 1972, which will allow to propose that heritage elements that are unique in the world be classified as World Heritage. All this work, of establishment of legal framework, inventory, research and dissemination, is only possible with the support of dedicated employees and technicians, for whom the protection of important existing heritage legacy in the country is lived daily with responsibility and sense of public service. However, Timor-Leste is still missing specialized staff in various areas that are fundamental to the effective management of cultural heritage. Seeking to address these needs, the Secretary of State for Tourism, Art and Culture sent, in 2012, some young people to study in Brazil in areas related to cultural heritage. In addition, over the past years, several employees of the National Diretorate of Cultural Heritage have benefited from training, both in country and abroad in various aspects of heritage management. Institutions such as UNESCO, SEAMEO-SPAFA or IRCI, in Japan, have been instrumental in the training opportunities provided, which have allowed to significantly improve the quality of the work performed. With a lot of work still ahead and an architectural heritage in a state of disrepair and in danger of being irreversibly affected by the effects of development, the Timor-Leste Government has sought to protect a key part of its history, which is also the identity of the country. The work now published, of documentation and study of the heritage of Portuguese origin in Dili, is testimony to the commitment of this government and of the cultural heritage team under the tutelage of Tourism, Art and Culture, who daily work so that our cultural heritage does not disappear forever. We hope that the work here presented will inspire both ordinary citizens and the highest representatives of our nation, to jointly continue to work hard so that the history of Timor-Leste, also inscribed in stone and monuments of the past, will perpetuate for many, many generations.

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Dili, Planeamento e património Dili, planeamentu no patrimóniu Dili, Planning and Heritage

Plano do porto e Cidade de Dilly. Segunda Edição, 1895. Planu husi Portu no Cidade Dilly nian. Edisaun daruak, 1895. Dilly’s Port and City Plan. Second edition, 1895. © IICT.

Jorge Pires de Moura Assessor do Ministério das Obras Públicas, Direção Nacional da Habitação e Planeamento Urbano Quando recebi o convite para escrever algumas palavras sobre este tema, a propósito duma nova publicação da Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura, no âmbito do seu projeto de levantamento e inventariação do Património arquitetónico de origem Portuguesa em Timor-Leste, senti, a par da natural responsabilidade, uma grande satisfação. De facto, o tema que me foi proposto, falar do património em Dili sob a perspectiva do planeamento urbano, toca-me pessoal e profissionalmente de forma profunda. Ao longo dos dezassete anos em que exerci funções na Câmara Municipal de Palmela, em Portugal, assumi, em momentos diferentes, responsabilidade pela direção do gabinete do centro histórico e do departamento de administração e urbanística. Esta experiência permitiume lidar de perto com o tema das políticas de defesa e valorização do património e, sobretudo, perceber como estas se interligam e são, em grande medida, indissociáveis do processo de planeamento.

Bainhira simu konvite hodi hakerek liafuan balun konaba tema ida ne’e, ho objetivu publikasaun fóun husi Sekretaria Estadu Turismo, Arte no Kultura, tuir ninia projetu levantamentu no inventarizasaun husi patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza nian iha Timor-Leste, ha’u sente responsabilidade no satisfasaun boot ida. De-faktu, tema ne’ebé fó mai ha’u, hodi ko’alia kona-ba patriomóniu iha Dili iha perspetiva planeamentu urbanu, kona ha’u iha parte pesoál no profisionál. Iha tinan sanulu resin hitu ne’ebé ha’u halo servisu iha Kámara Munisipál Palmela, iha Portugál, ha’u hetan responsabilidade ba diresaun husi gabinete husi sentru istóriku no departamentu administrasaun no urbanístika. Esperiénsia ida ne’e fó dalan hodi ha’u servisu kona-ba polítika defeza no valorizasaun patrimóniu no, liu-liu, komprende oinsá ligasaun entre rua ne’e no tanba saida mak sira tenke haree hamutuk iha prosesu planeamentu.

When I was invited to write a few words on this topic, for a new publication of the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture, as part of its project of survey and inventory of the architectural heritage of Portuguese origin in Timor-Leste, I felt a great satisfaction, along with the natural sense of responsibility. In fact, the theme that was proposed, the heritage in Dili from the perspective of urban planning, touches me personally and professionally in a profound way. Over the seventeen years I exercised functions in the Municipality of Palmela in Portugal, I assumed at different times, responsibility for the direction of the office of the historic centre and the management and town-planning department. This experience allowed me to deal closely with the topic of heritage protection and valorisation policies and, above all, to understand how these are interconnected and largely inseparable from the planning process.

É, de resto, uma relação dialéctica: não podemos construir um processo de planeamento duma cidade sem conhecer a sua identidade e o seu património, e também não o podemos fazer sem a plena consciência de que o processo será também ele gerador da identidade da cidade e do seu património. Por outro lado, é também mais uma oportunidade para, no quadro das funções de assessoria que presentemente desempenho junto do Ministério das Obras Públicas e da Direção Nacional de Habitação e Planeamento Urbano, reflectir e escrever sobre uma problemática sensível que atravessa os processos de planeamento em curso, nomeadamente no que se refere ao Plano Diretor de Ordenamento do Território e ao Plano Diretor de Dili.

Ida ne’e hanesan relasaun dialéctica: ita la bele harii prosesu planeamentu husi sidade ida karik ita la hatene nia identidade no ninia patrimóniu, no mós la bele halo nune’e karik ita la iha konxiénsia katak prosesu ne’e sei mós jeradór ba identidade husi sidade no ninia patrimóniu. Iha parte seluk, ida ne’e mós oportunidade tan atu, iha kuadru knaar asesoria ne’ebé ha’u hala’o iha Ministériu Obras Públikas no Diresaun Nasionál ba Abitasaun no Planeamentu Urbanu, halo reflesaun no hakerek konaba problema ida ne’ebé sensivel ne’ebé liuhosi prosesu planeamentu ne’ebé hala’o hela, liu-liu kona-ba Planu Nasionál Ordenamentu Territóriu no Planu Diretór ba Dili.

It is, moreover, a dialectical relationship: we can not develop the planning of a city without knowing their identity and their heritage, and we also cannot do it without being fully aware that the process will also be creating the identity of the city and its heritage. On the other hand, it is also another opportunity to, within the framework of the advisory functions that I am presently performing with the Ministry of Public Works and the National Diretorate of Housing and Urban Planning, reflect and write about a sensitive issue that is transversal to the planning processes, particularly with regard to the National Plan for Land Use Management and the Master Plan of Dili.

Iha definisaun barabarak ne’ebé ita bele hetan kona-ba saida mak patrimóniu ne’e, inklui ita nia kapasidade atu iha emosaun no ligasaun afetivu ba fatin ne’ebé ita hela no ba konstrusaun no espasu ne’ebé ita moris ba. Relasaun ne’ebé ita harii ho objetu arkitetóniku ho valór nudar arte ka konjuntu urbanu ho arkitetura anónimu maibé iha memória hosi tempu sira seluk, husi ema ne’ebé uluk iha. Patrimóniu ida ne’e mós, kapasidade atu iha haree ita nia an iha fatin ne’ebé uluk ita hela.

In the midst of the many definitions that we can give about what is heritage, perhaps common to them all, is our ability to have an emotional bond, to emotionally connect to the places we live in and to the constructions and spaces that are part of it. That relationship is established, whether we are we talking about architectural objects of great artistic value or talking about simple urban complexes, of a more or less anonymous architecture that carries the memories of other times, of who we were before. Heritage is also this, the ability to recognize our selves in what we were.

No meio das inúmeras definições que podemos encontrar sobre o que é o património, talvez tocando em todas elas, está a nossa capacidade de nos emocionarmos, de nos ligarmos afetivamente aos sítios que habitamos e às construções e espaços que os conformam. Relação que se estabelece quer estejamos nós a falar de objetos arquitetónicos de grande valor artístico ou a falar de simples conjuntos urbanos, de arquitetura mais ou menos anónima mas portadora de memórias de outros tempos, de gentes que antes fomos. Património é também isto, a capacidade de nos reconhecermos no que fomos.

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É um fio que entretece a forma das cidades, que cerze as histórias dos sítios nas permanências dos seus testemunhos, feito da resiliência das estruturas urbanas e das arquiteturas, e que tem que ser também um fio condutor da ação do planeamento. Não está em causa uma visão imobilista, conservacionista, presa a revivalismos anacrónicos. As cidades são órgãos verdadeiramente vivos e em constante mudança. Não perceber isso é não compreender um dos seus aspetos identitários mais marcantes. O problema não é, de resto, a mudança: as cidades formam-se em sucessivos estratos, acompanhando ciclos da História, materializando processos de crescimento e de modernização e seguindo modelos de desenvolvimento e estratégias de Planeamento que as vão transformando. Do mesmo modo que temos monumentos de grande valor arquitetónico que cruzaram alguns séculos e que nos chegam enriquecidos pela sobreposição de intervenções culturais e artísticas de diferentes épocas. O que se afigura muitas vezes fraturante é a voracidade da mudança, a forma súbita e pouco ciente como operamos as transformações, sem conhecer ou entender os aspetos matriciais da cidade, nem zelar pelos marcos deixados pelos seus espaços e construções, sem, por isso, conseguir integrar e fazer conviver épocas diferentes, tornando os cidadãos órfãos duma memória que é parte importante da sua identidade coletiva, tal como as memórias de família e de infância são importantes na nossa identidade individual. O “ser” das cidades, nesta sua jornada identitária feita da sedimentação de inúmeras histórias e acontecimentos, nalguns casos atravessando muitos séculos, começa na morfologia virgem dum território e no seu património natural, marca indelével que permanece sob todas as intervenções e artefatos produzidos pela mão transformadora do Homem, e que o olhar perscrutador do planeador deve começar por encontrar. Caberá pois ao Planeamento, na sua missão de sondar a cidade de Dili do futuro, fazê-lo, conhecendo o sítio de onde se parte e, necessariamente, como aqui se chegou. O Tempo tem esta função geométrica que nos permite interligar o passado e o presente, formando uma direção que nos projeta para o futuro. Ao Planeamento, e às políticas de defesa e valorização do património, pertencerá a tarefa vital de reconhecimento territorial e de recenseamento exaustivo do património arquitetónico e urbanístico, do seu estudo, avaliação e classificação. Cabe ao Planeamento a identificação das questões matriciais e dos elementos mais relevantes, da sua importância histórica e artística, do seu peso iconográfico e do seu papel na estrutura urbana, para endereçar a partir daí o futuro da cidade.

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Ida ne’e hanesan tali ida ne’ebé kesi metin sidade sira, ne’ebé suku fatin nudar testemuñu ba ita nia moris, ne’ebé halo husi fórsa husi estrutura no arkitetura urbana sira, ne’ebé fó dalan mos ba planeamentu. Ida ne’e la’ós vizaun imobilista, konservasionista, ne’ebé tuir revivalismu anakróniku. Sidade sira mak órgaun ne’ebé moris no iha mudansa nafatin. Karik ita la hatene ida-ne’e entaun ita la komprende ninia aspektu identitáriu ne’ebé boot liu. Problema ne’e la’ós mai hosi mudansa: sidade sira harii iha kamada oin oin, no akompaña siklu iha istória, hodi materializa prosesu kreximentu no modernizasaun no tuir modelu dezenvolvimentu no estratéjia Planeamentu ne’ebé sei transfórma sira.

It is a thread that weaves the form of cities that brings together the stories of the places in the permanence of their testimony, made of the resilience of urban structures and architectures that also directs the planning. We are not talking of an immobilist, conservationist vision, attached to anachronistic revivals. Cities are truly living organs, constantly changing. Not to realize this, is to misunderstand one of its most striking aspects of identity. The problem is not, to change: the cities are formed in successive strata, following cycles of history, materializing processes of growth and modernization and following development models and planning strategies that transform them.

Hanesan ita iha monumentu ida ho valór arkitetóniku boot ne’ebé prezente iha sékulu balun no mai to’o ita ho rikesa ne’ebé mai husi intervensaun kulturál no artístika husi époka oin-oin. Saida mak sai fraturante dala barak mak vorasidade husi mudansa ne’e, ne’ebé súbitu no ladún konxiente ne’ebé ita hala’o transfórmasaun, molok ita hatene ka komprende aspetu matris husi sidade, no la tau matan ba marka ne’ebé husi iha nia fatin no konstrusaun, no nune’e, la konsege integra no tau hamutuk époka oin oin no halo sidadaun sira lakon memória ne’ebé mak parte ne’ebé importante husi sira nia identidade koletiva ne’e, hanesan memória sira husi família sira hanesan importante iha ita nia identidade individuál.

Just as we have monuments of great architectural value that crossed several centuries that arrive to us now fortified by the overlapping of cultural and artistic performances from different eras. What to create division is the voracity of the change, the abrupt and somewhat unaware way in witch we operate the transformations without knowing or understanding the matrix of the city or taking care of the landmarks left by its spaces and buildings, without, therefore, successfully integrate and live over different times, not allowing to the citizens a memory of what is an important part of their collective identity, the same way the family and childhood memories are important in our individual identity.

Sidade nia fuan, iha nia lala’ok identidade ne’ebé halo husi tau hamutuk husi istória no eventu balun, tuir sékulu barak, hahú iha morfólojia husi territóriu no patrimóniu naturál, hanesan marka ne’ebé permanese husi intervensaun no artefatu ne’ebé Mane halo, no planeadór nia matan tenke haree ba.

The “being” of the cities, in its journey of identity made of the sedimentation of numerous stories and events, in some cases through many centuries, begins in the morphology of a territory and its natural heritage, an indelible mark that is present on all interventions and artefacts produced by man, and that the planner should try to find.

Sei depende ba Planeamentu, iha ninia misaun hodi haree ba sidade Díli iha tempu oin mai, atu haree ba nia istória. Tempu iha funsaun jeométrika ne’ebé fó dalan ba ligasaun entre pasadu no prezente, hodi haree dalan ba futuru. Planeamentu, no polítika defeza no valorizasaun ba patrimóniu, iha knaar importante atu hala’o rekoñesimentu territoriál no rejistu kompletu ba patrimóniu arkitetóniku no urbanístico, ba ninia estudu, avaliasaun no klasifikasaun ne’e. Responsabilidade husi Planeamentu mos mak identifikasaun kona-ba kestaun motrisiál no elementu sira ne’ebé relevante liu, sira nian importánsia istórika no artístika, sira nia importánsia ikonográfiku no sira ninia knaar iha estrutura urbana hodi husi ne’e haree ba futuru sidade nian.

It is therefore part of the Planning, in its mission to probe the city of Dili in the future, to do so knowing where it comes from and how it arrived to what it is now. Time has this geometric feature that allows us to link the past and the present, forming a direction that projects us into the future. The Planning and the policies of protection and valorisation of the heritage have the vital task of the territorial recognition and exhaustive listing of the architectural and urban heritage, along with its study, evaluation and classification. It is for the Planning to identify the base questions and relevant elements of its historical and artistic importance, its iconographic part and its role in the urban structure, to design from there, the city’s future.


Caber-lhe-á, noutras palavras, cuidar dos valores e da memória afetiva que os impregna, estabelecendo pontes entre diferentes épocas da cidade e abrindo portas à modernidade de modo a que a transformação vindoura se faça serenamente, naturalmente considerando os objetivos de desenvolvimento urbano e os padrões dos novos tempos mas assegurando, no mesmo passo, a preservação dos alicerces essenciais ao carácter do Sítio e à sua História, para isso delineando os mecanismos de proteção, conservação e beneficiação do património arquitetónico e urbanístico. A planície aluvionar de Dili recorta na linha costeira uma baía prazenteira, providenciando um seguro porto de abrigo. Uma extensa marginal e uma linha de praias onde aporta um mar de águas quase sempre brandas, tendo em fundo um cordão montanhoso que sazonalmente alterna o manto verde da estação das chuvas com a cor de terra da estação seca, compõem sem dúvida uma das imagens mais distintivas da cidade que é oferecida ao viajante chegado de além-mar. A planura rasa da cidade, feita de cérceas contidas e de edifícios e espaços conformados pela geometria da malha de origem Portuguesa, estende-se paralelamente à linha de costa orientada por um eixo principal, Nascente/Poente que serve a acessibilidade para Baucau ou Liquiçá. A estrutura base da malha ortogonal completa-se num outro eixo principal, orientado perpendicularmente a Norte/Sul, em direção a Ainaro ou Same. O centro da cidade, perfeitamente descortinável na geometria clara do desenho urbano, localiza-se compreensivelmente junto do porto marítimo. Uma maior concentração de edifícios institucionais reforça esta centralidade assim como a irradiação dos principais eixos comerciais, caraterísticas que, mais do que a datação das edificações, deixam entrever o trajeto de crescimento da cidade. A malha urbana, atravessada distintamente por cavadas linhas de drenagem natural e pelos canais artificiais, materializa-se em quarteirões de grandes dimensões, servidos por arruamentos com perfis generosos. O tecido predominantemente residencial mescla-se nos quarteirões numa pluralidade de atividades económicas e funções sociais. O forte nexo urbano, a disposição ordenada das edificações e a segmentação funcional mais clara das zonas centrais vai-se esbatendo à medida que caminhamos para as periferias, resultado dum intenso crescimento orgânico ocorrido mais recentemente, à margem da luz orientadora do planeamento ou de efetivos mecanismos de controlo urbanístico.

Iha mós responsabilida hodi haree ba valór no memória afeKtiva husi sidade, hodi haree ponte entre époka sira iha sidade no hodi loke odamatan ba buat modernu atu nune’e transfórmasaun sei halo neineik, no konsidera objetivu dezenvolvimentu urbanu no padraun ba tempu fóun maibé garante mós, prezervasaun husi abut ba karáter importante husi Fatin no Istória, no halo dezeñu ba mekanizmu sira ba protesaun, konservasaun no benefisiasaun husi patrimóniu arkitetóniku no urbanístiku. Planísie aluvionar husi Dili hetan iha liña tasi ibun tomak baía ida ne’ebé fó fatin seguru ba ponte-kais. Ho marjinal boot no liña ho tasi-ibun ne’ebé kapa’as ho tasi ne’ebé no iha kotuk iha fóho ne’ebé tuir tempu sai matak iha tempu udan no mean iha tempu bainloron, Dili hatudu imajen uniku ba vizitante sira ne’ebé mai husi liur. Sidade nia planu, ho rua, edifísiu no espasu tuir jeometria husi orijen portugeza nian, tuir paralelu ba liña tasi tuir eixu prinsipál, Este Oeste ba Baucau ka Liquiça. Iha mós perpendikular, eixu Norte/Sul ba Ainaro ka Same. Sentru husi sidade bele haree tuir jeometria ne’ebé klaru husi dezeñu urbanu, mak besik ho ponte-kais. Iha fatin ne’e iha mos edifísiu institusionál barak no husi ne’e sai eixu komersiál sira, ne’ebé hatudu dalan kreximentu ba sidade. Parte urbana ne’ebé tesik husi koilaun no kanál bee, iha rua ne’ebé naruk no kuarteiraun boot. Tesidu maka barakliu rezidensiál mescla iha quarteirões iha kritika atividade ekonómika no funsaun sosiál. Neksu fórte urbanu ne’e, provizaun ida tuir orden ba edifikasaun no segmentação funsionál liu ne’ebé klaru iha zona sentrál sei esbatendo-an ba medida ne’ebé lau ba periferias, rezultadu ne’ebé lakan kresimentu orgániku, proponente ne’ebé, iha naroman orientadora planeamentu ka kontrolu efektivu urbanístico.

It will, in other words, take care of the values and affective memories that are part of the city, establishing bridges between different eras and opening doors to modernity so that the coming transformation is done quietly, considering the goals of urban development and the standards of modern times but ensuring, the preservation of the essential foundations to the character of the place and its history, it outlining the mechanisms of protection, conservation and improvement of the architectural and urban heritage. The alluvial plain of Dili is cut, on the coastline, by a pleasant bay, providing a safe haven. An extensive promenade and a succession of beaches shows the sea, almost always of calm waters. In the background there is a mountain range that seasonally switches between the green mantles of the rainy season with the earth colour of the dry season. Without a doubt this is one of the distinctive images of the city that is offered to the arriving travellers. The shallow plain of the city, made of contained arch centrings and buildings and spaces shaped by the geometry of the grid of Portuguese origin, extends parallel to the coastline driven by a main East / West axis, giving accessibility to Baucau and Liquiça. This basic structure is completed with an orthogonal grid in another main axis, oriented perpendicular to north / south, towards Ainaro and Same. The city centre, seen in the clear geometry of urban design, is located understandably by the seaport. A higher concentration of institutional buildings reinforces this centrality as well as the starting point of the main commercial axes, and those characteristics give us a glimpse of the city’s growth path, clearer than the dating of the buildings. The urban area, crossed by natural drainage lines and artificial channels, is materialized in large blocks, served by streets with generous profiles. The predominantly residential areas merge with blocks with a plurality of economic activities and social functions. The strong urban nexus, the orderly arrangement of the buildings and the clearest functional targeting of the central areas becomes blurred as we move to the outskirts of the city, and that shows the strong organic growth that occurred more recently, following the guiding directions of the planning or the atual mechanisms of urban control.

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A cidade de Dili é de longe o maior centro urbano de Timor-Leste, com uma forte concentração populacional, dotada com estruturas e níveis de infra-estruturação sem paralelo no País, (apesar de todas as suas muitas insuficiências e deficiências), acolhendo ainda, na sua quase totalidade, o tecido Institucional que corporiza o poder administrativo e político. A população, com uma muito alta taxa de natalidade, incrementada por um saldo migratório fortemente positivo, chega atualmente (valores para o município) aos cerca de 280.0001 habitantes, existindo projeções (cenário base) que colocam em 2030 os números para cima dos 580.0001 habitantes, tendência que confirmará Dili indubitavelmente como capital de Timor-Leste e importante cidade do Sudeste Asiático.

Mapa de Dili, 1910. Mapa husi Dili, 1910. Dili map © AHU.

Não deixa de ser curioso que Dili, nesta sua caminhada para a importante cidade que é hoje, tenha começado por ser apenas uma escala entre Lifau e Vemasse, o local pretendido para instalar a nova capital, numa viagem para Leste pressionada pela contenda Holandesa que disputava com Portugal, palmo por palmo, a influência colonial na região. Estávamos em 1769. Nesta paragem, provavelmente seduzido pelas condições encontradas, um porto com boa capacidade de ancoragem, uma faixa costeira plana com aptidão morfológica, abundância de água e terrenos férteis nas proximidades, pontos altaneiros de vigilância e uma cerca montanhosa que constituía defesa natural do perímetro interior da planície, seduzido, em suma, por um local adequado para abrigar e alimentar os futuros habitantes, António José Telles de Meneses opta por aqui se fixar. O embrião urbano da cidade surge, em 1834, no desenho traçado por José Maria Marques naturalmente adossado ao porto e implantado na faixa imediatamente litoral, cujos terrenos se mostravam mais favoráveis à localização das edificações e à instalação das atividades. O modo como este embrião se desenvolve, os marcadores genéticos que vão distinguir a morfologia futura da cidade, começam desde logo na maneira como se lidou com os terrenos pantanosos que circundavam o núcleo inicial. É determinante a fixação preferencial dos europeus em Lahane, fugidos inicialmente da insalubridade dos terrenos alagadiços, e o eixo de expansão para Sul que acabou por assim se definir, como crucial também foi a regularização das ribeiras, a construção de canais, de aterros, realizados para drenar, secar e tornar aptas as zonas pantanosas para o crescimento da malha urbana.

Sidade Díli mak sentru urbanu boot liu iha Timor-Leste, ho populasaun ida ne’ebé konsentrasaun maka’as, ho estrutura no nivel infra-estrutura ne’ebé la iha fatin seluk iha País, (maske seidauk to’o), no iha mós, totalidade, husi tesidu Institusionál ne’ebé inklui podér administrativu no polítiku. Populasaun ne’e, ho taxa natalidade ida ne’ebé a’as tebes, ne’ebé aumenta ho saldu migratório pozitivu, oras ne’e (valór ba munisípiu) mak besik 280.0001 mil, no tuir projesaun (senáriu base) iha tinan 2030 númeru sei sai ba 580.0001 mil, tendénsia ne’ebé sei konfirma Dili nudar kapitál Timor-Leste no sidade importante husi Sudeste aziátiku. Interesante katak ne’ebé Dili, iha ninia istoria atu sai sidade importante ohin, hahú hanesan eskala entre Lifau no Vemase, ne’ebé hili nudar fatin ba kapitál fóun tuir dalan ba Leste tanba presaun husi Olanda ne’ebé disputa ho Portugal, ninia influénsia kolonial iha rejiaun ne’e. Ida ne’e iha 1769. Iha ne’e, tanba kondisaun di’ak ne’ebé hetan, ho portu ida ho kapasidade atu pára ro ho di’ak, ho tasi ibun planu ho morfólojia di’ak, ho bee barak no rai di’ak ne’ebé besik, ho pontu a’as atu halo vijilánsia no fóho ne’ebé sai perímetru defeza naturál hatudu kataka sai fatin ne’ebé di’ak atu fó abrigu no hahan, entaun António José Telles de Meneses deside atu hela iha ne’e. Embriaun urbanu husi sidade ne’e mosu, iha 1834, iha dezeñu husi José Maria Marques hahu husi portu no iha faixa litorál, ne’ebé nia rai favorável liu hodi halo edifikasaun no instalasaun ba atividade sira. Nune’e enkuantu embrião ida ne’e ne’e mosu, marka husi sidade hahu husi nusa halo ba pantanu sira ne’ebé haleu nukleu. Europeu sira hili atu hela iha Lahane, halai husi rai pantanu no espansaun ba Sul hahu. Importante mos mak regularizasaun husi mota sira no konstrusaun ba kanál no aterru atu hamaran no prepara pantanu ba konstrusaun.

The city of Dili is by far the largest urban centre of Timor-Leste, with a strong concentration of population, endowed with structures and unparalleled infrastructuring levels in the country (despite all its many shortcomings and deficiencies), welcoming yet almost entirely, all the institutions that embodies the administrative and political power. The population, with a very high birth rate, increased by a strongly positive net migration, is today (figures for the municipality) of about 280.000 inhabitants, and the existing projections (base scenario) puts the numbers up of 580.000 inhabitants in 2030, a trend that undoubtedly confirms Dili as the capital of Timor-Leste and an important city in Southeast Asia. It is interesting to note that Dili, in its journey to become the city it is today, has started off as just a stopover between Lifau and Vemasse, the intended site for the new capital, on a trip to the East imposed by the Dutch that disputed the influence in the region with Portugal, inch by inch. We were in 1769. In this spot, maybe due to the conditions found: a port with good anchorage, a flat coastal strip with good morphological, abundance of water and fertile land nearby, good vigilance advantage points and a surrounding mountain range that constituted a natural defence perimeter to the plain, showed this place to be a suitable place to house and feed the future inhabitants, and José António Telles de Meneses choose to settle here. The urban embryo of the city comes in 1834, on the design made by José Maria Marques close to the port and immediately deployed in the coastal strip, whose land was more favourable to the location of buildings and activities. The way this embryo develops, the genetic markers that will distinguish the future morphology of the city, begin immediately in the way they handled the wetlands that surrounded the initial core of the city. It was crucial that the preferred settling of Europeans was in Lahane, initially escaping the unhealthiness of wetlands, and the axis of expansion to South that therefore was defined but also the regularization of rivers, construction of canals, embankments and landfills in order to drain and make the wetlands suitable to the growth of the urban areas.

1. Dadus husi relatóriu ba karacterizasaun no diagnóstiku husi Planu Nasionál husi Ordenamentu husi Territóriu Timor-Leste nian.

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Posteriormente, seguiu-se outro período marcante a que correspondeu a destruição gerada pela ocupação Japonesa na segunda guerra mundial (1939-1945) e o subsequente processo de reconstrução do pós-guerra. Num primeiro momento, através de unidades expedicionárias vindas de Lisboa focalizadas em intervenções concretas, visando a recuperação das funções mais urgentes da cidade e a prestação de serviços mínimos necessários à vida dos habitantes. Um pouco mais tarde, já num contexto de planeamento, de abordagem racional e integradora, virado para o crescimento da cidade, surge o Plano de Urbanização de 1951. Omisso nalgumas questões fundamentais e nunca tendo sido cumprido no seu exato desenho nem em alguns dos seus conceitos, o Plano de Urbanização lançou, sem dúvida, importantes directrizes para a reconstrução da cidade e para o futuro crescimento da malha urbana, constituindo nos anos, apesar de tudo, um importante documento orientador. As ações e investimentos foram sendo impulsionados por subsequentes planos de fomento, que enquadraram e financiaram a concretização de importantes obras de urbanização e a construção de diferentes equipamentos, deixando-nos algumas edificações que sobreviveram à ocupação Indonésia e à vaga destruição que acompanhou o seu fim. Os avanços e retrocessos do desenvolvimento da cidade, a estrutura da malha e os testemunhos sobrevivos da sua evolução, assim como alguns dos mais relevantes edifícios e espaços que foram levantados ao abrigo dos planos de fomento, merecem hoje ser olhados atentamente e avaliados na sua importância enquanto espólio patrimonial herdado da colonização Portuguesa. Recolocando-nos no presente e centrando-nos nos principais problemas que o Planeamento enfrenta no seu desafio de alavancar o desenvolvimento urbano de Dili e promover a melhoria das condições de vida da sua população, faz especial sentido neste texto suscitar algumas das questões chave que entroncam diretamente com a problemática do património. A primeira prende-se com a necessidade de formular uma visão para o futuro: o que se pretende que venha a ser a capital de TimorLeste, quer enquanto motor principal do desenvolvimento socioeconómico do País, com um papel incontornável no fortalecimento da coesão territorial, quer enquanto cidade competitiva no quadro internacional, em particular nesta região do Sudeste Asiático, no plano comercial e de prestação de serviços, na captação de investimento estrangeiro e enquanto polo de atração turística. Neste contexto, todos os fatores que permitam distinguir Dili, diferenciá-la das restantes cidades que competem no mesmo mercado turístico e sublinhar a sua identidade única, são uma mais-valia decisiva e, neste aspeto, a componente patrimonial, no conjunto da expressão cultural e identitária dum povo e do seu habitat, assume enorme importância.

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Tuir hahu kedas períodu importante seluk ne’ebé koresponde ba destruisaun ne’ebé mai husi okupasaun Japoneza iha segunda gerra mundiál (1939-1945) no prosesu tuir husi rekonstrusaun pós-guerra nian. Iha tempu uluk, liu husi unidade expedisionária sira ne’ebé mai husi Lisboa ba intervensaun konkretu, hodi hetan rekuperasaun husi funsaun urjente liu iha sidade no prestasaun servisu mínimu ne’ebé presiza ba moris. Tuir, iha kontestu ida kona-ba planeamentu, husi abordajen rasionál no integrada, ho hanoin ba kreximentu husi sidade mosu Planu Urbanizasaun husi 1951. Maski lakon kestaun fundamentál balun no la ninia dezeñu no konseitu balun la tuir, Planu Urbanizasaun sai hanesan matadalan importante ba rekonstrusaun sidade no ba futuru kreximentu husi malla urbana, ne’ebé iha tinan tuirmai sai hanesan dokumentu importante ida ne’ebé orientadór. Asaun no investimentu sira ne’ebé tuir bazeia ba planu fómento, ne’ebé fó enkuadramentu no fundus hodi konkretiza obra urbanizasaun importante no konstrusaun husi ekipamentu oin-oin, husik hela edifisiu balun ne’ebé sei maintein husi okupasaun indonézia no destruisaun ne’ebé tuir. Avansu no retrosesu husi dezenvolvimentu sidade nian, estrutura ba malha no testemuñu husi ninian evolusaun, no mos edifísiu no espasu relevante ne’ebé mak tuir planu fómento, ita tenke haree ho kuidadu no hetan avaliasaun ba iha ninia importánsia nu’udar sasan patrimoniál ne’ebé mai husi kolonizasaun portugeza. Haree fali ba prezente no ba problema prinsipál ne’ebé planeamentu enfrenta iha nia dezafiu hodi lori ba oin dezenvolvimentu urbanu iha Dili no promove hadi’a kondisaun moris nian husi ninia populasaun, iha testu ida-ne’e ita tenke koalia ba kestaun balun sira ne’ebé iha relasaun direta ho problema patrimóniu. Dahuluk mak nesesidade atu iha vizaun ba futuru: saida mak hakarak kapitál Timor-Leste atu sai, nu’udar motór prinsipál ba dezenvolvimentu sosioekonómiku País nian, ho kna’ar ida ne’ebé incontornável iha fórtalesimentu koezaun territoriál, nu’udar sidade kompetitivu iha kuadru internasionál, liuliu iha rejiaun Sudeste Aziátiku Nian, iha planu komersiál no prestasaun servisu ne’e, iha kaptasaun investimentu estranjeiru no nu’udar polo atu atrai turísta sira. Iha kontestu ida ne’e, fatór hotu-hotu ne’ebé halo Dili sai uniku, no diferente husi sidade seluk ne’ebé iha merkadu turizmu nian no fó énfaze ba ninia identidade únika, ida no, iha aspetu ida ne’e, komponente patrimoniál hanesan mais valia, iha konjuntu ba espresaun kulturál no identitária husi povu iha knaar importante.

Later, there was another remarkable period corresponding to the destruction caused by the Japanese occupation in World War II (1939-1945) and the subsequent postwar reconstruction. At first, through expeditionary units coming from Lisbon the focus was on concrete interventions aimed at recovery of the most urgent functions of the city and the provision of minimum services necessary for the life of the inhabitants. A little later, already within a planning context, and a rational and integrated approach facing the growth of the city, the Urban Plan of 1951 was developed. This Plan didn’t approach some key issues and was never completed in its design or in some of its concepts, but established, undoubtedly, important guidelines for the reconstruction of the city and the future growth of the urban areas, constituting in the following years, after all, an important guiding document. Actions and investments were being driven by subsequent development plans, which framed and financed the realization of important works of urbanization and the construction of different equipment, leaving us a few buildings that survived the Indonesian occupation and the following destruction. The advances and setbacks of the city’s development, the structure of the grid and the witnesses of its evolution, as well as some of the most important buildings and spaces that have been done under the development plans, need to be closely analysed and assessed as per its importance while heritage inherited from the Portuguese colonization. Coming back to the present and focusing on the main issues that the Planning faces in its challenge to leverage urban development in Dili and promote the improvement of the living conditions of its population, it makes sense to raise some of the key issues that are directly connected to the issue of heritage. The first is the need to establish a vision for the future: what do we want that the city capital of Timor-Leste becomes, either as the main drive for socio-economic development of the country, with a key role in strengthening territorial cohesion, or as a competitive city on the international arena, particularly in this region of Southeast Asia, in the commercial and service delivery plan, in attracting foreign investment and as polo of tourist attraction. In this context, all the factors that will allow us to make Dili unique, to differentiate it from other cities that compete in the same tourism market and to underline its unique identity, are a decisive added value and the heritage component in the context of cultural and identity expressivity of the people and its habitat is of great importance.


Outro problema charneira é a questão do crescimento urbano que, como já foi dito, é efetivamente exponencial, chegando todos os anos milhares de novos habitantes. Esta intensa pressão urbanística, associada aos constrangimentos morfológicos, nomeadamente aos limites à expansão que resultam da circunscrição da planície de Dili pelas montanhas que a rodeiam e os seus declives acentuados que inviabilizam um crescimento em “escalada”, centram claramente a questão do modelo de crescimento. O atual processo de ocupação, caraterizado por uma grande concentração de construções de baixo porte e a predominância de habitações unifamiliares e isoladas é manifestamente incompatível com as projeções demográficas, se se quiser assegurar um mínimo de qualidade de vida para os habitantes e não deixar proliferar uma gigantesca “slum area”. O crescimento em altura e a introdução (atualmente praticamente inexistente) da componente da habitação coletiva, sendo vertentes a considerar, afiguram-se como soluções que têm que ser relativamente contidas, não só por razões estritamente funcionais, —o potencial aquecimento da cidade, uma vez que o principal meio de ventilação são os ventos provenientes do mar, de Norte, e as questões energéticas que se colocam quer nas necessidades de climatização dos edifícios quer o funcionamento de ascensores e de hidropressores (elevação da água) para servir as habitações elevadas—, mas também pelo impacto descaraterizador que uma adoção massiva destas tipologias poderia ter, alterando abruptamente a fisionomia de Dili e não permitindo a transformação serena a que antes me referi. Aliás, a forma como encaramos este problema tem que igualmente ser colocada no plano mais vasto do ordenamento do território Nacional, nas questões da coesão territorial e do reforço de outras importantes centralidades urbanas que poderão ter um efeito moderador relativamente a esta pressão excessiva sobre Dili. É importante ter em atenção, no modelo de crescimento que se venha a adotar, o seu impacto na identidade da cidade, no seu património arquitetónico e urbanístico.

Problema seluk mak kreximentu urbanu ne’ebé, hanesan hatete ona, ne’e efetivamente a’as, no tinan tinan hamosu abitante fóun tan. Ida ne’e nakonu ho presaun urbanístika, asosiadu liu kona-ba susar morfólojia, liu-liu ba limite ba espansaun tanba Dili iha planície ne’ebé fóho haleu no deklive taka dalan ba kresimentu “escalada”, no ida ne’e fó fóka kona-ba modelu kreximentu. Prosesu atuál husi okupasaun, ne’ebé karateriza husi konsentrasaun husi konstrusaun badak no uma uni-familiár no izoladu la tuir projesaun demográfika, karik ita hakarak garante mínimu kualidade moris ba abitante sira no la husik Dili sai “slum area” boot. Kreximentu iha a’as no introdusaun (daudaun kuaze la iha) ba komponente abitasaun koletiva, ne’ebé bele konsidera, sai hanesan solusaun hirak ne’ebé ilabele habelar tanba razaun funsionál —potensiál akesimentu husi sidade, tanba ventilasaun ne’ebé prinsipál mak anin mai husi tasi, husi Norte, no kestaun enerjétika tanba iha nesesidade klimatizasaun ba edifísiu sira no nesesidade enerjia ba funsionamentu husi elevadór no bomba atu serbí uma— sira-ne’ebé a’as, maibé mós impaktu descaraterizador ne’ebé karik tuir tipolojia ne’e bele hetan, hodi muda imajen husi Dili no la fó dalan ba transfórmasaun neineik ne’ebé hau refere uluk. Oinsá ita haree ba problema ida ne’e tenke mós sai objetu ba ordenamentu territóriu Nasionál, iha kestaun koezaun territoriál no refórsu importante ba sentralidade urbana seluk ne’ebé bele hetan efeitu moderadór kona-ba presaun exesivu husi ne’e iha Dili. Importante atu fó atensaun, iha modelu kresimentu ne’ebé sei fóti, ba impaktu iha identidade sidade nian, iha ninia patrimóniu arkitetóniku no urbanístiku. Solusaun sira ne’ebé tuir tenke sustentável, hasae nível moris ba abitante sira husi sidade, promove dezenvolvimentu ekonómiku no sosiál, haree ba patrimóniu no fó protesaun ba ambiente.

Another issue is the urban growth, that as it has been said, is atually exponential, every year with thousands of new residents. This intense urban pressure, associated with morphological constraints, including the limits to the expansion resulting from the Dili being in a plain surrounded by mountains that prevent an increase reinforce the discussion of the growth model. The current process of occupation, characterized by a high concentration of low-sized buildings and the predominance of single-family and isolated dwellings is manifestly incompatible with the demographic projections, if you want to ensure a minimum quality of life for the people and not let it become a giant “slum area”. The growth in height and the introduction (currently non-existent) of the collective housing component, are issues to consider, and appear as solutions that have to be relatively contained, not only for purely functional reasons —the potential heating of the town, as the primary means of ventilation are the winds from the sea, from the North, and the energy issues that arise both in air conditioning needs of buildings or the operation of elevators and pressure boosting (water elevation) to serve the high housing— but also by the impact that a massive adoption of these types could have abruptly changing the image of Dili and not allowing the peaceful transformation to which I referred earlier. In fact, the way we see this problem must also be placed in the broader plan of national territory planning, on issues of territorial cohesion and strengthening of other important urban centralities that could have a moderating effect on this excessive pressure on Dili. It is important to note, in the growth model to be adopted, its impact on the identity of the city in its architectural and urban heritage. The solutions that will be adopt should be sustainable, consistently raising the standard of living of the city’s inhabitants, promoting economic and social development, taking care of the heritage and protecting the environment.

As soluções que se adotarem devem ser sustentáveis, elevar consistentemente o nível de vida dos habitantes da cidade, promover o desenvolvimento económico e social, cuidando do património e protegendo o ambiente.

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A questão patrimonial, na dimensão afetiva que lhe atribuímos, na forma como os habitantes da cidade se ligam à arquitetura e aos espaços que habitam, é um aspeto essencial dessa qualidade de vida. Conseguimos perceber bem o alcance desta dimensão do património quando olhamos para comunidades emigrantes que não se identificam com os sítios que habitam, gentes portadoras de culturas (raízes) diferentes que mantêm uma relação tensa, de corpo estranho, nas cidades para onde se mudam. Desenraizamento que também acontece em sentido contrário, quando, encadeados pelo brilho da modernidade, deixamos desaparecer o património que carateriza e nos identifica com os sítios onde sempre vivemos. Num parágrafo final, não posso deixar de prestar a minha homenagem à Secretaria de Estado de Turismo, Arte e da Cultura, aos seus trabalhadores e à sua liderança política, pelo excelente trabalho que vêm desenvolvendo, nomeadamente no que se refere ao conhecimento e divulgação do património arquitetónico de origem Portuguesa. Permito-me estender a homenagem aos Timorenses em geral, um Povo resiliente como poucos, com um sentido de identidade Nacional fortíssimo, que soube fazer cumprir o seu destino de Nação independente.

Kestaun patrimoniál, iha dimensaun afektiva ne’ebé ita fó ba nia, iha fórma nusa sidade karik liga ba arkitetura no ba espasu ne’ebé hela, hanesan aspetu esensiál husi kualidade moris nian. Ita bele hatene nune’e dimensaun husi patrimóniu bainhira haree ba komunidade emigrante sira ne’ebé la identifika fatin sira ne’ebé hela, ema ne’ebé husi kultura (abut) ne’ebé diferente ne’ebé mantein relasaun ne’ebé la metin, ho sidade ne’ebé sira hela. Ida ne’ebé bele mós akontese iha sentidu kontráriu, bainhira ita halakon patrimóniu ne’ebé karateriza no identifika fatin sira ne’ebé ita hela nafatin. Iha rohan, hau sei fó omenajen ba Sekretaria Estadu Turismo, Arte no Kultura, ba ninia funsionáriu sira no ba nia lideransa polítika, tanba servisu di’ak ne’ebé sira dezenvolve hela, liu-liu kona-ba koñesimentu no divulgasaun husi patrimóniu arkitetóniku husi orijen portugeza. Hau fó tan omenajen ba timoroan sira hotu, Povu ida ne’ebé reziliente liu, ho sentidu identidade Nasionál ne’ebé metin, ne’ebé halo kumpri sira ninian destinu nudar Nasaun independente.

The heritage issue, the affective dimension we attribute to it, the way the habitants of the city bind to the architecture and the spaces they inhabit, is an essential aspect of the quality of life. We can well understand the scope of this dimension of heritage when we look to immigrant communities who do not identify with the places they inhabit, people from other roots, that maintain a tense relationship, with the cities where they move to. Uprooting also happens the other way when, chained by the glow of modernity, we let disappear all the heritage that characterizes and identifies us with the places where we always lived. In a final paragraph, I must pay tribute to the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture, its workers and its political leadership, for the excellent work that they have developed, particularly with regard to knowledge and dissemination of the architectural heritage of Portuguese origin. Allow me to extend the tribute to the Timorese in general a resilient people like few others, with a very strong sense of national identity, which has managed to fulfil its destiny as an independent nation.

Arquivo e Museo da Resistência Timorense, 2014. Arkivu ho Museu Resistensia Timorense, 2014. Museum Archive of the Timorese Resistance, 2014. © Megumi Yamada.

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PATRIMÓNIO Arquitetónico DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI PATRIMONIU Arquitetoniku ORIGEM PORTUGUESA DILI NIAN ARCHITECTURAL HERITAGE OF PORTUGUESE ORIGINS OF DILI Isabel Boavida Arquiteta Dili hanesan kapitál husi Timor dezde 1769, bainhira, tuir revolta husi populasaun lokál hasoru estabelesimentu portugés iha Lifau, iha atuál enklave Oecusse nian, governadór António José Telles de Menezes (1758-1776) deside atu estabelese sede fóun ba administrasaun portugeza iha baía Díli nian.

Dili is the capital of Timor since 1769, when following an up-rise of the local population against the Portuguese establishment of Lifau in the current enclave of Oecusse, the governor José António Telles de Menezes (1758-1776) decided to establish the new Portuguese administration headquarters in Dili bay.

A construção da cidade durante o período colonial português divide-se em duas fases separadas pela ocupação de Timor por tropas japonesas durante a Guerra do Pacífico (1942-1945), que resultou na devastação do território e da capital. A primeira fase desenrola-se desde a instalação da sede em 1769 até à ocupação japonesa em 1942. A segunda inicia-se com o restabelecimento da governação portuguesa em 1945 e culmina em 1975, quando foi proclamada a independência da República Democrática de Timor-Leste.

Konstrusaun husi sidade durante períodu koloniál portugés fahe iha faze rua keta-ketak, husi okupasaun iha Timor husi tropa funu Japaun durante Funu husi Pasífiku (tinan 1942-1945), ne’ebé rahun nahas tiha territóriu ne’e nian no kapitál. Faze dahuluk nian husi instalasaun sede iha 1769 to’o ba okupasaun japoneza iha tinan 1942. Daruak, hahú ho re-estabelesimentu ba governasaun portugés iha 1945 no hotu iha tinan 1975, bainhira proklama ona iha independénsia husi Repúblika Demokrátika Timor-Leste.

The construction of the city during the Portuguese colonial period is divided into two phases separated by the occupation of Timor by Japanese troops during the Pacific War (1942-1945), which resulted in the devastation of land and capital. The first phase takes place from the installation of the headquarters in 1769 until the Japanese occupation in 1942. The second begins with the restoration of Portuguese rule in 1945 and culminating in 1975, when the independence of the Democratic Republic of Timor-Leste was proclaimed.

Plano de Urbanização de Dili, 1972. Planu Ubanisasaun Dili nian, 1972. Dili’s Urban Plan, 1972 © IPAD.

Díli é a capital de Timor desde 1769, quando na sequência de uma revolta da população local contra o estabelecimento português de Lifau, no atual enclave de Oecusse, o governador António José Telles de Menezes (1758-1776) decidiu estabelecer a nova sede da administração portuguesa na baía de Díli.

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Fig. 1 - Planta Hidro-Topográfiku Praça no Portu Dilly no terrenu sirkundante Illa Timor nian” Tinan 1941, autor Tenente Koronel Artillaria no Governador ba Kapitania Illa Timor nian Sr. Frederico Leão (1839-1844). Planta Hidro-topográfica da Praça e Porto de Dilly e terreno circundante da Ilha de Timor de 1841, da autoria do Tenente Coronel de Artilharia e então Governador da Capitania da Ilha de Timor Frederico Leão (1839-1844). Hidro-topográphic Plant of the city and port of Dili and surrounding area of Timor’’ 1841, made by the Lte Coronel and Governor of the Province of Timor Island Frederico Leão (1839-1844). © SGL

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DÍLI DE 1769 A 1942 DILI HUSI 1769 TO’O 1942 DILI FROM 1769 TO 1942 Em 1769, após abandonarem Lifau, o governador e a sua comitiva refugiaram-se numa pequena estrutura fortificada na baía de Díli, no reino de Motael. Motivado pelas boas condições do porto e pela prontidão do régulo no oferecimento de várzeas e terrenos para cultivo de madeiras e mão-de-obra para construção, o governador decidiu instalar aí a nova sede da administração. A planície era abundantemente irrigada pelas ribeiras que desciam da cordilheira montanhosa, o que a tornava adequada à cultura intensiva do arroz, mas, em contrapartida, pantanosa. Para defesa do novo estabelecimento, foi levantado um muro que o isolava do pântano a sul, e organizaram-se três postos militares: o posto de moradores2, o posto de Bidau3 e o posto da companhia de Sica4. Durante muito tempo, Díli permaneceu na condição de simples praça de armas que comunicava com o exterior unicamente por via marítima. O agregado populacional foi-se desenvolvendo de forma espontânea até ao governo de José Maria Marques (1834-1839), que intentou a higienização da praça com a abertura de uma rede ortogonal de arruamentos e a construção dos novos edifícios da residência dos governadores e do quartel de infantaria na rua principal. Por ordem do mesmo governador, o estabelecimento português passou a comunicar com Lahane e Dare através de duas estradas para sul. Em 1841 (fig. 1) existia um núcleo relativamente coeso cercado por uma paliçada defensiva que concentrava os edifícios da administração, à volta do qual se desenvolviam zonas que dele dependiam e que eram vitais para o seu funcionamento.

Iha 1769, hafóin sai husi Lifau, governadór no ninia komitiva hetan refujiu iha fórte ki’ik iha baía Dili, iha Motaél nia reinu. Bazeia ba kondisaun di’ak husi portu no régulo nian vontade atu fó ba komunidade natar no rai atu kuda ai no maun-de-obra ba konstrusaun, governadór deside instala sede fóun ba administrasaun. Planisie hetan bee barak husi mota, ne’e tun husi fóho no rai sai apropriadu ba kultura intensiva toos nian, maibé, pantanoza mós. Hodi halo defeza ba estabelesimentu fóun ne’e, harii muru ida ne’ebé haketak pântanu sul nian, no organiza postu militár tolu: postu moradores2, postu Bidau3 no postu ba kompañia husi Sica4. Durante tempu barak, Dili iha kondisaun simples iha ho prasa ne’ebé ligasaun ho esteriór hosi tasi deit. Agregadu populasaun dezenvolve-an ho fórma espontânea to’o governu husi José Maria Marques (1834-1839), ne’ebé hahu ijienizasaun husi prasa ho abertura husi rede ortogonal husi dalan sira no konstrusaun husi edifísiu fóun ne’e ba governadór nia uma no kuartél ba infantaria iha dalan prinsipál. Husi orden husi governadór ne’e, estabelesimentu portugés hahú dalan ba Lahane no ba Dare ho estrada rua ba sul. Iha 1841 (fig. 1) iha nukleu ida besik nebe cercado ho estakas ou aihun bo’ot nebe’e serve hanesan defesa ida kontra atake no konsentra iha edifício administrasaun nian, haleu ida ne’e desenvolve zona nebe’e depende nian no hanesan necessidade ba nia funcionamento.

In 1769, after leaving Lifau, the governor and his entourage took refuge in a small-fortified structure in the Bay of Dili on Motael kingdom. Motivated by the good condition of the port and the readiness of the régulo in providing flood plains and land for cultivation and woods and hand labour for construction, the governor decided to install there the new headquarters of the administration. The plain was abundantly irrigated by streams coming down from the mountain range, which made it suitable for intensive rice cultivation, but it was in return, swampy. To defend the new establishment, a wall was built that isolated it from the swamp to the south, and three military posts were organized: the post of residents2, the post of Bidau3 and the post of the Sica4 company. For a long time, Dili remained as a simple parade ground that communicated with the outside only by sea. The population developed spontaneously until the government of José Maria Marques (1834-1839), which cleaned it with the opening of an orthogonal grid of streets and the construction of new buildings, the residence of the governor two roads to the south were built to enable communication with Lahane and Dare. In 1841 (fig. 1) there was a relatively cohesive core surrounded by a defensive stockade that concentrated the administration buildings, around which were the dependent areas, which were vital for its operation.

2. Guardado por portugueses e estrangeiros.

2. Guarda husi portugés no estranjeiru sira.

2. Kept by portuguese and foreigners.

3. Guarnecido pelos habitantes da povoação de Bidau localizada a ocidente da nova sede, onde se instalou o grupo de cristãos foragidos de Lifau, composto por mestiços de portugueses, goeses, de Malaca, das Molucas e nativos de Larantuca e Solor, que se exprimiam num dialeto crioulo-português, entretanto extinto, que ficou conhecido como “português de Bidau”.

3. Husi abitante sira husi Bidau, iha Este husi sede fóun, iha ne’ebé kristaun sira ne’ebé halai husi Lifau hela, ne’ebé inklui mestisu sira husi portugés, goés, husi Malaka, husi Molukas no husi Larantuca no Solor, ne’ebé koalia kiolu-portugés ne’ebé lakon ona ho naran ‘’portugés husi Bidau’’.

3. Kept by the residents of Bidau, to the East, where the cristians running from Lifau established themselves. this group was composed by ‘’mestizos’’ of Portuguese, Goese, of Malaca, Molucas and natives of Larantuca and Solor, that spoke in a creouleportuguese dialect, konwn as ‘’portuguese of Bidau’’.

4. Iha oeste husi sede, ho soldadu sira husi Sica, ne’ebé to’o iha Lifau husi Sica, iha Flores, hodi ajuda iha defeza, no tuir komitiva husi governadór bainhira nia halai ba Dili iha 1769. Maski nune’e, fónte oin oin refere fatin seluk ba Sica. Nia lokalizasaun iha Flores hanesan ida ne’ebé parese loos liu maski iha referénsia katak iha Ombai (Alor) no Solor.

4. West of the central area, kept by soldiers of Sica that arrived to Lifau from the kingdon of Sica, in Flores, to help with the defense, and that followed the governor when they retreated to Dili in 1769. However, diferent sources refer disferent locations for the kingdom of Sica. The location in Flores seems to be the most correct but there are also references to its location being in Ombai (Alor) and Solor.

4. Localizado a ocidente da sede, guarnecido pelos soldados de Sica, que chegaram a Lifau vindos do reino de Sica, na ilha de Flores, para auxiliar na defesa da praça, acabando por acompanhar a comitiva do governador aquando da retirada para Díli em 1769. No entanto, diferentes fontes referem localizações distintas do reino de Sica. A localização na ilha das Flores parece ser a mais correta, embora existam também referências à localização em Ombai (Alor) e a Solor.

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O núcleo central organizava-se em função da atividade portuária, estando os principais edifícios dispostos em torno do terreiro de descarga dos navios, encontrando-se entre eles a alfândega, a feitoria dos navios de Macau, a tranqueira de Nossa Senhora da Conceição, o quartel do batalhão, a igreja matriz, a residência do governador, a casa do adjunto da fazenda e a casa da rainha de Manatuto, dos quais os únicos em alvenaria eram a igreja e a casa do adjunto da fazenda, sendo os restantes construídos com pedras chatas irregulares sem ligantes ou em palapa 4. A leste deste núcleo, entre os coilões 5 Ahai e Cebo, desenvolvia-se o Campo China6, e a ocidente deste a povoação de Bidau, onde habitava a companhia de moradores 7 que intervinha em situações de guerra e defesa da praça de Díli. Para oeste estendiam-se os terrenos do reino de Motael, cujo centro de regência ficava próximo da praça, ladeado pelo forte do Carqueto que funcionava como posto avançado de vigia à entrada no porto. Nas últimas décadas do século XIX as construções frágeis, vulneráveis a incêndios e terramotos, começaram a ser substituídas por edifícios de caráter permanente. À medida que Díli ganhava maturidade como sede da administração, o primitivo núcleo muralhado consolidouse como centro da cidade, instalando as várias repartições e serviços de interesse público em edifícios de construção sólida de um ou dois pisos, alguns decorados com colunatas nas fachadas principais e com pórticos e frontões de demarcação das entradas. Em torno da área central gravitavam zonas satélite que instalavam funções fundamentais para a atividade da administração.

Nukleu sentrál organiza-an tuir atividade portuária no edifísiu prinsipál besik fatin deskarga husi ró, hanesan alfandega, feitoria ró Macau, tranqueira Nossa Senhora da Conceição, kuartel husi batalhão, igreja matrís, rezidénsia husi governadór, uma husi adjuntu fazenda no uma husi liurai feto husi Manatutu. Husi ne’e uma mutin mak igreja no adjuntu nian uma, no sira seluk halo ho fatuk ka ai palapa 4. Iha leste, entre koilaun 5 sira husi Ahai no Cebo, mak Kampu Xina6, no ba oeste povoasaun husi Bidau, ne’ebé hela fatin ba kompañia moradores 7 ne’ebé iha intervensaun iha situasaun funu no defeza ba iha prasa Dili nian. Ba oeste mak rai husi reinu Motael nian, ne’ebé nia sentru regência besik prasa, ho fórte Carqueto iha sorin ne’ebé nu’udar postu avansadu ba vijia ba dalan tama ba portu. Iha finál husi sékulu XIX konstrusaun sira ne’ebé frájil, vulneravel ba inséndiu no rai-nakdoko hahú substitui ho edifísiu ho karater permanente. Bainhira Dili hetan maturidade hanesan sede administrasaun ne’e, ninia nukleu konsolida-an nu’udar sentru ba sidade, ho repartisaun no servisu ba interese públiku oin-oin iha edifísiu ho konstrusaun ne’ebé metin ho andar ida ka rua, ho dekorasaun balun ho koluna iha faxada prinsipál no ho pórticos no frontaun sira atu hatudu dalan tama. Haleu área sentrál iha zona satelite ho funsaun ne’ebé fundamentál ba atividade administrasaun. Iha inísiu husi dékada 40 husi sékulu XX (fig. 2), funsaun portuária kontinua kaer pozisaun importante liu iha sidade, no alfándega no ponte-kais mak iha zona sentrál.

No início da década de 40 do século XX (fig.2), a função portuária continuava a ocupar posição de destaque na cidade, localizando-se a alfândega e a ponte-cais na zona central.

4. Construções com folhas de Gabueira (pelepah em malaio), um tipo de palmeira (corypha utan) comum em Timor, cujos pecíolos eram justapostos para construir as paredes e os limbos dispostos em sucessivas camadas para formar a cobertura. 5. designação dos cursos de água de fraco caudal que derivam das ribeiras, tanto no seu estado natural, como depois de canalizados por valas de cimento a céu aberto, para escoamento e drenagem. 6. área de residência da comunidade chinesa. A numerosa comunidade chinesa, que em meados do século XIX se dispersava tanto por Díli e restantes portos no litoral, como pelo interior, dedicava-se ao comércio. Apesar de já frequentarem no século XV os portos de Timor em busca do sândalo, só no século XVIII surgem referências à existência de chineses radicados na ilha (em Lifau). No entanto, o aparecimento de numerosas colónias de chineses em Timor, deu-se no contexto da vaga de emigração chinesa para o Sueste Asiático no início do século XIX. 7. Tropas de segunda linha.

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4. Konstrusaun ho Gabueira nia tahan (pelepah iha malaio), pameira (corypha utan) ne’ebé barak Timor, ne’ebé uza nia ain kesi hamutuk hodi halo parede no nia tahan hodi halo telladu. 5. naran husi bee dalan ho bee oituan ne’ebé mai husi mota, naturál ka nudar kanalizadu husi dalan simentu hodi halo eskoamentu no drenajen. 6. Hela fatin husi komunidade xina. Komunidade Xina iha metade sékulu XIX hela iha Dili no portu seluk husi litorál no interiór iha atividade prinsipál komérsiu. Maski sira tama mai Timor desde sékulu XV hodi buka sandalu, iha sékulu XVIII deit mak ita hetan referénsia ba ema xina ne’ebé hela iha illa (iha Lifau). Maski nune’e, aparesimentu husi kolónia boot husi ema xina iha Timor hahú tuir emigrasaun xina ba Sueste Aziátiku iha Sékulu XIX. 7. Tropa segunda liña.

The core was organized around port activities, with the main buildings arranged around the yard for unloading ships, with the Macau trading post, the Nossa Senhora da Conceição, the battalion headquarters, the church, the residence of the governor, the residence of the deputy and the house of the queen of Manatuto around it; from those buildings the only ones in masonry were the church and the house of the Finance Deputy, being the remaining built with irregular flat stones without binders or palapa 4. To the east of this core, between the coilões 5 of Ahai and Cebo, was the China Neighbourhood6, and to the west of this the village of Bidau, where the company of residents8 who intervened in situations of war and defence of Dili, lived. To the west was the Motael kingdom, whose regency centre was near the square, side by side with the fort of Carqueto that worked as advanced guard post at the entrance to the harbour. In the last decades of the nineteenth century the fragile buildings, vulnerable to fires and earthquakes, began to be replaced by permanent buildings. As Dili gained maturity as an administrative capital, the previous fenced nucleus established itself as the city centre with the various offices and services of public interest in solid construction buildings of one or two floors, some decorated with colonnades in the main facades and porches and gables to mark the entrance. Around the central area were established the satellite zones with essential services for the administration. In the early 40s of the twentieth century (fig. 2), the port continued to occupy a prominent position in the city, with the customs and the jetty being located in the central area.

4. Constructions with leaves of Gabueira (pelepah in malay), a type of palm tree (corypha utan) common in Timor, where the stems were justaposed to build the walls and leaves were put in layers to build the roof coverage. 5. Name given to weak water flows deriving from the streams, both in its natural state, and after channeled through open concrete ditches for drainage. 6. Area of residence of the Chinese community. The large Chinese community, which in the mid-nineteenth century lived both Dili and other ports on the coast, and in the interior, was devoted to trade. Although they were already a presence in the fifteenth century in the Timor ports in search of sandalwood, only in the eighteenth century appear references to the existence of Chinese settled in the island (in Lifau). However, the emergence of numerous Chinese colonies in Timor, took place in the context of the Chinese emigration wave to Southeast Asia in the early nineteenth century. 7. Second line troops.


Fig. 2 – Planta esquemática de dili, 1942. Planta eskemátika Dili nian, 1942 . Schematic plat of Dili, 1942. © Isabel Boavida.

Fig. 3 – Alfandega, 1910. Alfadenga, 1910. Customs 1910. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 4 & 5 – Ponte-Cais, 1938. Ponte-Kais, 1938. Pier. 1938. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

A alfândega (fig. 3), cuja construção foi iniciada em 1881, consistia num bloco de piso único de fachadas monótonas, ao qual foi aplicado em 1899 um pórtico de dois pares de pilastras e frontão de ordem toscana para emoldurar a entrada orientada para a ponte-cais. A ponte-cais (fig. 4), construída entre 1899 e 1900, era uma plataforma de madeira assente sobre uma estrutura de ferro, posteriormente reedificada com suportes de cimento (fig. 5).

Alfandega (fig. 3), ne’ebé nia harii hahú iha 1881, mak bloku ho andar úniku ho faxada monótona, ne’ebé hetan iha 1899 pórtiku ida ho pilastra rua no frontaun husi orden toscana haleu entrada tama ba ponte-kais. Ponte-ponte (fig. 4), harii entre 1899 no 1900, nu’udar platafórma ida tuur iha estrutura besik, ho suporte simentu (fig. 5).

Customs (fig. 3), whose construction began in 1881, consisted of a single-storey block with monotonous facades, to which was applied in 1899 a portico of two pairs of piers and gables of a Tuscan order to frame the entrance to the jetty. The quay (fig. 4), built between 1899 and 1900, was a wooden platform on an iron frame, was then rebuilt with concrete pillars (fig. 5).

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Fig. 6 – Antiga Catedral de Dili. Década dos anos 50 (aprox.). Antigu Katedral Dili nian. Dekada 50 (aprox.). Old Dili Cathedral, around the 50s. © Oswaldo Acácio do Nascimento private collection.

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Fig. 8 – Paços do Concelhos, 1927. Paços do Concelhos, 1927. Town Hall, 1927 © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 9 – Biblioteca e Museu Vasco da Gama, 1910. Biblioteka no Museu Vasco da Gama, 1910. Library and Museum Vasco da Gama, 1910. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Iha parte sul husi alfándega, Igreja Katedrál ho torre rua hatudu nia prezensa tanba dimensaun boot (fig. 6). Ninia faxada ladun iha dekorasaun barak, maski tipolojia husi nia vão confsira fó kompleksidade vizual ba nia imajen. Ne’e inaugura iha 1937, no tanba nia konstrusaun sira sobu, iha 1933 igreja matrís ne’ebé harii entre 1876 no 1877 (fig. 7).

To the south of the Customs there was the Cathedral with two towers and an imposing presence due to its size (fig. 6). The facades were gently ornated, although the typological variety of arches was able to provide visual complexity. It was inaugurated in 1937, and for its construction in 1933, the previous parish church built between 1876 and 1877 (fig.7) had to be demolished.

Fig. 7 – Igreja Matriz, 1927. Igreja Matriz, 1927. Main Church, 1927. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

A sul da alfândega, a Catedral elevava-se com duas torres e impunha presença pelas suas dimensões (fig. 6). As suas fachadas eram pouco ornamentadas, embora a variedade tipológica dos vãos lhe conferisse complexidade visual. Foi inaugurada em 1937, custando a sua construção a demolição, em 1933, da anterior igreja matriz edificada entre 1876 e 1877 (fig.7). Os Paços do Concelho (fig. 8), posicionados no topo sul do jardim Vasco da Gama, marcavam o centro efetivo da cidade. No local onde o edifício foi construído entre 1912 e 1915, encontravam-se na década de 70 as ruínas de uma antiga igreja, que a partir de 1884 cederam lugar ao hospital provisório, colocando-se a hipótese da nova construção ter reaproveitado essas pré-existências. O edifício dos Paços do Concelho era composto por uma parte central de piso único enquadrada por dois torreões de cobertura de duas águas pontuados por janelas de arco ogival. A parte central era marcada por uma colunata de ordem dórica da qual se destacava um pórtico com escadaria e frontão que dava ênfase à entrada. O jardim Vasco da Gama resultou do aterro e ajardinamento do antigo terreiro de descarga de navios em 1898, aquando da comemoração do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para a Índia.

Paços do Concelho (fig. 8), iha sul husi jardin Vasco da Gama, mak sentru efetivu husi sidade. Iha fatin ne’ebé harii edifísiu ne’e entre tinan 1912 no 1915, mak iha dékada 70 iha ruina sira husi igreja uluk, ne’ebé hosi 1884 fó fatin ba ospitál provizóriu, no karik konstrusaun ne’e aproveita saida mak iha ona iha fatin ne’ebé. Edifísiu ne’e inklui parte ida ne’ebé sentrál ho andar úniku ho torreaun rua ho janela ho arku ojivál. Parte sentrál iha colunata husi orden dórica ida husi ne’ebé sai pórtiku ida ho eskada no frontaun ne’ebé hatudu dalan tama. Ba jardin Vasco da Gama mosu iha fatin aterru no halo jardin iha uluk fatin deskarga husi naviu sira iha 1898, bainhira halo komemorasaun ba sentenáriu dahaat husi dalan marítimu ba India. Iha sentru husi jardin mak edifísiu husi eskola Mendes Leal, adaptadu mós iha tinan ida ne’e atu instala biblioteka Vasco da Gama (fig. 9), ne’ebé hetan demolisaun iha 1920.

The Town Hall (fig. 8), in the southern top of the Vasco da Gama garden, marked the centre of the city. The place where the building was built between 1912 and 1915 had in the 70s the ruins of an old church, which from 1884 gave way to a temporary hospital, and there is a possibility that the new construction have reused those ruins. The building of the Town Hall consisted of a central part of a single-storey framed by two turrets with peaked roof with pointed arch windows. The central part was marked by a Doric colonnade with a portico with a staircase and a gable that gave prominence to the entrance. The Vasco da Gama garden resulted from landscaping the landfill of the old unloading ships yard in 1898, during the celebration of the fourth centenary of the discovery of the sea route to India. On the garden centre there was the building of the School Mendes Leal, adapted on the some year to install the Library Vasco da Gama (fig.9), which was eventually demolished in 1920.

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Fig. 11 – Biblioteca e Museu Vasco da Gama, 1910. Biblioteka no Museu Vasco da Gama, 1910. Library and Museum Vasco da Gama, 1910. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 12 – Edifício das Repartições, 1910 (aprox.). Edifício das Repartições, 1910 (aprox.). Service’s Building, approx. 1910. © Album Fontura, ICCT

Fig. 13 – Casa da Junta Municipal de Dili. 1910. Uma ba Junta Munisipal Dili nian, 1910. House of Junta Municipal de Dili. 1910. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

No centro do jardim encontrava-se o edifício da Escola Mendes Leal, adaptado também nesse ano para instalar a Biblioteca Vasco da Gama (fig.9), que acabou por ser demolido em 1920. No topo leste do jardim encontrava-se o quartel de infantaria (fig. 10), construído entre 1884 e 1899 sobre o local da antiga tranqueira. Entre 1937 e 1940 chegou a instalar a administração do concelho de Díli, com os respetivos serviços de polícia, incluindo uma força de cipaios 9.

Iha parte leste husi jardin mak kuartel infantaria (fig. 10), ne’ebé harii entre 1884 no 1899 iha fatin husi tranqueira uluk nian. Entre 1937 no 1940 iha mós administrasaun konsellu dili nian, ho polísia, inklui fórsa husi cipaios 9.

In the east of the garden were the infantry barracks (fig. 10), built between 1884 and 1899 on the site of the old fort. Between 1937 and 1940 was home to the administration of the municipality of Dili, with the respective police services, including a force of cipaios 9.

As repartições do governo distribuíam-se entre o antigo palácio do governo, o edifício das repartições, e o edifício da repartição de fazenda. O antigo palácio do governo (fig.11), construído entre 1874 e 1881 para funcionar como residência do governador - de configuração alongada e piso único, com colunata na fachada frontal e vãos altos de arcos perfeitos com molduras, e ornamentado com friso e pilastras - instalava na década de 40 a secretaria do governo, o gabinete do governador, a direção dos serviços de administração civil, e a repartição militar. O edifício das repartições (fig. 12), construído entre 1882 e 1886, vasto e percorrido em todo o perímetro por uma galeria, alojava os serviços de obras públicas e dos correios, tendo chegado a concentrar em 1893 o arsenal de obras públicas e material de guerra, a conservatória do registo predial e a farmácia (que em 1898 foi adaptada para instalar a escola). O edifício da repartição de fazenda era um volume simples com um piso, que tinha sido construído em 1890 para funcionar como depósito de material de guerra e parque de artilharia, acabando em vez disso por instalar provisoriamente o hospital até 1909, quando foi readaptado para alojar os serviços de fazenda. Na marginal (Avenida Sá da Bandeira), encontrava-se ainda o antigo edifício da administração do concelho (fig. 13), que foi adaptado para alojar o Colégio-Liceu Dr. Francisco Machado (fig. 14) entre 1938 e 1939.

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Governu ninian repartisaun sira fahe entre antigu palásiu governu, edifísiu repartisaun nian, no edifísiu repartisaun fazenda. Antigu palásiu governu nian (fig. 11), harii entre 1874 no 1881 atu funsiona nu’udar hela fatin ba governadór ho konfigurasaun naruk no piso úniku, ho Kolunata iha faxada frontal no vão a’as husi arku perfeitu ho moldura, no dekorasaun ho friso no pilastra sira -inklui iha dékada 40 sekretaria governu nian, gabinete governadór, diresaun husi servisu administrasaun sivíl, no repartisaun militár. Edifísiu repartisaun ne’e (fig. 12), harii entre 1882 no 1886, mak edifisiu boot no galeria ne’ebé haleu, no inklui servisu obras públikas no korreiu sira, no iha mos iha 1893 arsenal obras públikas no materiál funu, konservatória rejistu predial no farmácia (ne’ebé iha 1898 adaptada atu sai eskola). Edifísiu ba repartisaun fazenda mak konstrusaun simples ho andar ida, ne’ebé harii iha 1890 atu funsiona nu’udar depózitu materiál funu no parke ba artilharia, maibé sai ospitál provizóriu to’o 1909, bainhira adapta fali atu usa ba repartisaun fazenda. Iha marjinal (Avenida Sá Bandeira), iha mós antigu edifísiu administrasaun konselhu (fig. 13), ne’ebé adapta ba koléjiu-Liseu Dr. Francisco Machado (fig. 14) entre 1938 no 1939.

9. Polícias timorenses. Polísia timorense. Timorese police.

The government offices were distributed among the old government palace, the services building, and the finance building. The old government palace (fig.11) built between 1874 and 1881 to serve as the governor’s residence — elongated and with single floor, with colonnade in the front facade and high spans of perfect arches with mouldings decorated with frieze and pilasters— homed in the 40s the government secretariat, the governor’s office, the Diretorate of the civil administration services, and the military division. The services’ building (fig. 12), built between 1882 and 1886, was very big and had a gallery around all the perimeter, housed the services of the Public Works and the post office and in 1893 the arsenal of public works and war materials, the land registry and the pharmacy (which in 1898 was adapted to house the school). The finance building was a simple single storey building that had been built in 1890 to be used as a deposit of war material and parking of artillery, and instead ended up provisionally as the hospital until 1909, when it was retrofitted to house the finance services. In the marginal street (Avenue Sá da Bandeira) was situated also at the old administration building (fig. 13), which was adapted to house the School-Liceu Dr. Francisco Machado (fig. 14) between 1938 and 1939.

Fig. 10.1 – Antigo Quartel de Infantaria, atual Casa Europa. Antigu Kuartel Infantaria nian, aktual Uma Europa nian. Infantry Headquarters, actually Casa Europa. © Flavio Miranda, 2014.


Fig. 10 – Quartel de Infantaria, 1910. Kuartel Infantaria nian, 1910. Infantry Headquarters, 1910 © In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

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O núcleo central concentrava ainda outros edifícios com funções variadas, nomeadamente, prisional, educacional, assistencial, bancária e turística. O edifício da cadeia civil, construído entre 1885 e 1887, localizava-se nas traseiras dos paços do concelho, organizando-se em torno de um pátio central. A escola municipal (fig.15), construída entre 1922 e 1924, adotava um estilo neoclássico, assentando sobre um embasamento, sendo percorrido por uma galeria de arcos de volta perfeita, e ornamentado com frisos e pilastras de ordem dórica. No extremo oeste da zona central encontrava-se o colégio de artes e ofícios, antigo edifício do Colégio de São José e Santa Júlia, que entre 1880 e 1910 instalou o Colégio de Beneficência feminino, chegando a ser adaptado, entre 1915-1917, para alojar repartições públicas. No quarteirão a oeste da catedral, encontrava-se o edifício da farmácia e posto médico (fig.16), construído entre 1922 e 1924, de fachada tripartida numa zona central recuada e duas saliências laterais de cantos chanfrados. O Banco Nacional Ultramarino era a única instituição bancária de Timor, que iniciou atividade em 1911, sendo instalada a partir de 1928 numa casa arrendada, de pequenas dimensões, com galeria e pórtico de entrada, e um torreão lateral com janelas de arco ogival (fig.17). A Casa de Timor (fig.18), construída entre 1938 e 1939 no canto nordeste do jardim Vasco da Gama, destinava-se à exposição de artefatos oriundos das diferentes circunscrições. A leste do coilão Ahai encontrava-se a zona onde residia a comunidade chinesa, que dispunha de equipamentos próprios como a associação comercial e a escola. Ao atravessar esta área, a artéria principal da cidade adquiria caráter comercial (fig.19 e fig.20). O núcleo central era envolvido por quatro bairros habitacionais. A nascente encontravam-se Benamauc e Bidau. Este último, que correspondia ao maior bairro da cidade, usufruía de alguns equipamentos destinados à população católica, nomeadamente uma escola feminina instituída no final do século XIX, uma igreja e um cemitério.

Fig. 14 – Colégio Liceu Dr. Francisco Machado. Kolégiu Liceu Dr. Francisco Machado, 1910. Colégio-Liceu Dr. Francisco Machado, 1910. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 15 – Escola Municipal, antes de 1942. Eskola Munisipal. Foto uluk 1942. Municipal School, before 1942. In Timor. Subídios para a sua História.

Nukleu sentrál konsentra mós edifísiu sira seluk ho funsaun oioin, hanesan prizaun, edukasionál, assistensial, bankária no turizmu. Edifísiu husi komarka sivíl, harii entre 1885 no 1887, mak iha paços concelho nia kotuk, ne’ebé haleu pátiu sentrál. Eskola munisipál (fig. 15), harii entre 1922 no 1924, hoestilu neoclássico, ho galeria husi arku perfeitu sira, no dekorasaun ho frizu no pilastra husi orden dórika. Iha oeste husi zona sentrál mak koléjiu husi arte no ofísiu sira no antigu edifisiu husi Koléjiu São José no Santa Julia, ne’ebé entre 1880 no 1910 sai fatin ba Koléjiu Benefisénsia Feto nian, no hetan adaptasaun, entre 19151917, hodi sai fatin ba repartisaun públika sira.

The core also had other buildings with varying functions in particular, the prison, education buildings, healthcare, banking and tourism. The building of the prison, built between 1885 and 1887, was located in the back of the town hall, around a central courtyard. The municipal school (fig.15), built between 1922 and 1924, adopted a neoclassical style, sat on a foundation, being covered by a gallery of round arches, and ornamented with Doric friezes and pilasters. In the far west of the central zone was the college of arts and crafts, the former college building of the School of St. Joseph and Santa Julia, that, between 1880 and 1910 housed women’s Charity College, that was adapted, between 1915-1917, to house government offices.

Iha kuarteiraun iha oeste husi katedrál, mak farmácia no postu médiku (fig. 16), ne’ebé harii entre 1922 no 1924, ho faxada tripartida no ho zona sentrál recuada no saliénsia laterál ho kantu xanfradu. Banku Nasionál Ultramarinu mak instituisaun bankária úniku iha Timor, ne’ebé hahú atividade iha 1911, no nia fatin husi 1928 mak uma ne’ebé arenda, ho dimensaun ki’ik, ho galeria no pórtiku tama, no mós ho torreaun lateral ida ho arku ojival (fig. 17). Casa de Timor (fig. 18), harii entre 1938 no 1939 iha kantu nordeste jardin husi Vasco da Gama, uza ba espozisaun husi artefactu husi sirkunskrisaun oin-oin. Iha leste husi coilão Ahai mak zona ne’ebé komunidade xina hela, ne’ebé iha ekipamentu sira hanesan asosiasaun komersiál no eskola. Atravesa área ne’e, rua prinsipál husi sidade hetan karáter komersiál (fig. 19 no fig. 20). Nukleu sentrál haleu husi bairro haat. Husi leste Benamauc no Bidau. Bidau mak bairro ne’ebé boot liu husi sidade, ho ekipamentu balun ba populasaun katólika nian, liu-liu eskola feto nian ida ne’ebé estabelese iha final husi sékulu XIX, igreja, semitériu ida.

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In the block west of the cathedral, was the building of the pharmacy and medical centre (fig.16), built between 1922 and 1924, a tripartite facade in a recessed central area with two sided projections of bevelled edges. The BNU was the only bank of Timor, which began activity in 1911, and was situated, from 1928 in a small rented home, with a gallery and entrance porch, and a side tower with pointed arch windows (fig .17). The House of Timor (fig.18), built between 1938 and 1939 in the northeast corner of Vasco da Gama garden, was intended to display artefacts arising from the different constituencies. East of the coilão of Ahai there was the area where the Chinese community lived, which had its own institutions like the trade association and the school. Through this area, the main artery of the city acquired a commercial character (fig.19 and fig.20). The core was surrounded by four residential neighbourhoods. To the East there was Benamauc and Bidau. The latter, was the biggest neighbourhood of the city had some facilities for the Catholic population, including a girls’ school established in the late nineteenth century, a church and a cemetery.


Fig. 16 – Farmácia e Posto médico, 1927. Farmásia no Postu Mediku nian, 1927. Pharmacy and Health Centre, 1927. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 18 – Casa Timor. Aprox. inicio da década dos anos 40. Casa Timor. Inisiu década 40 (Aprox). Casa Timor, approx. beginning of the 40s. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 19 & 20 – Rua comercial, 1927. Rua Komersial, 1938. Commercial Street, 1927. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor. © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 17 – Banco Nacional Ultramarino. S.d. Arquivo Histórico. Banku Nasional Ultramarino. S.d. Arkuivu ba Históriku. Banco Nacional Ultramarino. S.d. Arquivo Histórico © Caixa Geral de Depósitos. Fundo BNU.

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A sul do núcleo central localizava-se o bairro de Caicole, onde se encontrava, guardando afastamento em relação ao núcleo central, na confluência da estrada para Lahane com a via de ligação às circunscrições da zona leste, o mercado municipal (fig.21), que consistia num telheiro de zinco em forma de cruz, com apenas uma das alas fechada com paredes de alvenaria. Passando o mercado, já próximo da subida para Lahane, estava instalado o cemitério católico de Santa Cruz.

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Sul husi nukleu sentrál mak Bairro Caicole, ne’ebé ho dook husi nukleu sentrál, iha kruzamentu husi estrada ba Lahane ho via ligasaun ba sirkunskrisaun sira husi zona leste, mak merkadu munisipál (fig. 21), ne’ebé iha telladu ho kalen iha fórma cruz, ho ala ida deit mak taka ho parede alvenaria. Liu merkadu, besik subida ba Lahane, mak semitériu katóliku Santa Cruz.

To the south of the centre was located the Caicole neighbourhood, being distant from the centre, at the confluence of the road to Lahane to the route connecting to the East Side municipalitys, the municipal market (fig.21), consisting of a cross shaped zinc roof, with only one of the sides closed with masonry walls. After the market, already near Lahane, was the Catholic cemetery of Santa Cruz.

Fig. 21.1 – Mercado municipal, agora o CCD (Centro de Convenções de Dili). Municipal Market, now the CCD (Dili Convention Centre). © SETAC - Flavio Miranda, 2014.

Fig. 21 – Mercado municipal, 1927. Merkadu Munisipal, 1927. Municipal Market, 1927. In Colónia Portuguesa de Timor © ICCT.


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Fig. 22 – Farol, 1938. Farol, 1938. Lighthouse, 1938. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 22.1 - Farol. Farol. Lighthouse.. © Megumi Yamada, 2015.

A oeste encontravam-se Colmera e Motael. O primeiro era um bairro comercial onde, ao contrário do Campo China, o comércio era também praticado por um grande número de muçulmanos10. Motael correspondia ao antigo centro do reino homónimo, onde estava instalado o farol e a igreja de Santo António de Motael. O farol (fig. 22) foi edificado para substituir o seu antecedente cuja construção datava da década de 60 do século XIX. Consistia numa estrutura metálica instalada em 1894, sobre uma base de alvenaria construída em 1889. A igreja de Santo António, começou a ser construída em 1901, sendo concebida mediante uma planta quadrangular dividida em três partes, reservando-se a central à própria igreja e as laterais à sacristia e à escola (fig. 23 e fig. 24).

10. Nos arredores de Díli estabeleceu-se a partir do final do séc. XIX, uma pequena comunidade muçulmana, composta por dois grupos distintos: os árabes, vindos do arquipélago malaio, mas cujas origens remontavam ao Hadramaut; e os mouros, nativos de Timor e da ilha de Alor, convertidos ao islamismo.

Iha oeste mak Kolmera no Motael. Primeiru mak bairo komersiál ne’ebé, la hanesan ho Kampu xina, komérsiu ne’e hala’o mós husi musulmanu sira10. Motael primeiru mak sentru antigu husi reinu ho naran hanesan, iha ne’ebé harii farol no igreja Santo António Motael. Farol ne’e (fig. 22) harii atu troka ida uluk ne’ebé harii iha dékada 60 husi sékulu XIX. Konsiste husi estrutura metálika ne’ebé harii iha 1894, ho baze alvenaria ne’ebé harii iha tinan 1889. Igreja Santo António, hahú harii iha 1901, no halo tuir planta kuadrangular fahe ba parte tolu, no parte sentrál ba igreja no laterais sira ba sakristia no ba eskola (fig. 23 no fig. 24).

To the west were Colmera and Motael. The first was a commercial municipality where, unlike Campo China, trade was also practiced by a large number of Muslims10. Motael corresponded to the old centre of the Motael kingdom, where was the lighthouse and the Church of St. Anthony of Motael. The lighthouse (fig. 22) was built to replace its previous one dated from the 60s. It consisted of a metal structure that in in 1894 was built over a masonry base built in 1889. The church of Saint Anthony, began construction in 1901, and designed in a quadrangular plan divided into three parts, the central one to the church itself and the sides to the sacristy and school (fig.23 and fig. 24).

10. Besik Díli iha final sekulu XIX, hela komunidade musulmana kiik ne’ebé fahe ba grupu rua: árabes, ne’ebé mai husi arkipélagu malaiu, maibé ho orijen husi Hadramaut; no mouros, ne’ebé nativu husi Timor no husi illa Alor, ne’ebé konverte ba islam.

10. In the outskirt of Dili was established from the end of the nineteenth century a small muslim community, from two different groups: the árabes, from the malay archipelago, but originated from the Hadramaut; and the mouros, natives of Timor and Alor, converted to the muslim religion.

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Fig. 23 – Igreja de Motael, 1938. Igreja de Motael, 1938. Motael Church. 1938. © ICS.

Fig. 22.1 - Igreja de Motael. Igreja Motael. Motael Church. © Megumi Yamada, 2015.

Fig. 24 – Igreja de Motael, na década dos anos 30. Igreja de Motael, dekada tinan 30. Motael Church, approx. in the 30s. In Macau e a sua Diocese. © Missões de Timor.

Fig. 26 – Taibessi. Edifício do Comando da Companhia de Caçadores. 1937-1940. Taibessi. Edifísiu ba Komandu ba Kompañia de Kasadores nian. 1937 -1940. Taibesse. Building of the Command of the Companhia de Caçadores, 1937-1940. Tropa e aquartelamento de Timor. © ICCT.

Na parte sudoeste da planície, próximo da cordilheira montanhosa, encontrava-se Taibessi, que com a instalação do quartel da companhia de caçadores no início da década de 30, se começou a consolidar como a zona militar da cidade, contando com alguns edifícios de alvenaria, entre os quais a residência do comandante e o comando da companhia construído em 1938 (fig.26). Anexa ao aquartelamento encontrava-se a colónia penal, onde presos por delitos comuns cumpriam pena sob vigilância da companhia. No caminho para Taibessi, na encosta da cordilheira, estava implantado o cemitério chinês.

Iha parte sudoeste husi planísie besik fóho, mak Taibessi, ne’ebé iha kuartél ba kompañia caçadores iha inísiu dekada 30, ne’ebé hametin hanesan zona militár husi sidade, no iha edifísiu balun husi alvenaria, inklui rezidénsia ba komandante no komando kompañia ne’ebé harii iha 1938 (fig. 26). Aneksu ba kuartel iha kolónia penál, iha ne’ebé hela dadur ne’ebé halo ofensa komún atu kumpri pena ho vijilánsia husi kompañia ne’e. Iha dalan ba Taibesi, iha encosta husi fóho, iha rate xina.

In the southwestern part of the plain near the mountain range, was Taibesse that with the barracks of a company in the early 30s, began to be considered as the military area of the city, with some masonry buildings, including the residence of the commander and the company’s command built in 1938 (fig.26). Attached to the barracks was the penal colony, where prisoners served sentences for common crimes under supervision of the company. On the way to Taibesse, on the slopes of the mountain range, was the Chinese cemetery.

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Fig. 27 – Colégio da Missão, 1927. Kolégiu-Missaun, 1927. Mission’s School, 1927. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 29 – Assembleia dos funcionários, 1938. Assembleia ba funcionarius sira, 1938. Employe’s Assembly, 1938. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 30 – Pavilhão de isolamento no Hospital Dr. Carvalho. Antes de 1942. Pavillaun ba izolamentu. Hospital Dr. Carvalho. Foto uluk 194. Isolation Pavilion at the Dr. Carvalho Hospital. Before 1942. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

A sul da planície, a meia encosta, encontrava-se Lahane, que pela sua qualidade climatérica e ambiental, se consolidou como área habitacional para europeus. A primeira iniciativa governamental de povoar Lahane partiu de Afonso de Castro (1959-1963), que mandou construir o hospital na base da cordilheira e a sua residência no morro de Castro Lahane. Posteriormente, Alfredo Lacerda Maia (1885-1887) concretizou o projeto de João Maria Pereira (1883-1885), ao construir a residência dos governadores no prolongamento da estrada do hospital. Lahane era cortado pelos vales das ribeiras em partes não comunicantes. Na zona oeste ficava isolado o colégio da missão, instalado em 1877 pelo Pe. Medeiros como sede da missão católica que incluía um colégio masculino (fig.27).

Iha parte sul husi planísie, iha enkosta klara, iha Lahane, ne’ebé tanba nia kualidade klima no ambientál, sai nu’udar área uma ninian ba europeu sira. Inisiativa primeiru husi governu nian kona-ba ema ba hela iha Lahane mai husi Afónso de Castro (1959-1963), ne’ebé haruka atu harii ospitál iha baze husi fóho no halo nia hela-fatin iha morro husi Castro Lahane. Tuir mai, Alfredo Lacerda Maia (18851887) hala’o hotu projetu husi João Maria Pereira (18831885), no harii hela-fatin ba governadór sira iha estrada prolongamentu husi ospitál. Lahane haketak iha parte rua husi mota ne’ebé la iha ligasaun. Iha zona oeste mak koléjiu misaun nian, ne’ebé harii iha 1877 husi Pe. Medeiros hanesan sede ba misaun katólika ne’ebé inklui koléjiu mane nian(fig. 27).

To the south of the plain, on the hillside, was Lahane, which, by its climate and environmental quality, was chosen as a residential area for Europeans. The first government initiative to populate Lahane came from Afonso de Castro (1959-1963), who built the hospital at the base of the mountain range and his residence on the hill of Castro Lahane. Later, Alfredo Lacerda Maia (1885-1887) realized the project of João Maria Pereira (1883-1885), building the residence of the governors in the prolonging of the hospital road. Lahane was cut by the valleys of the rivers in not communicating sides. In the west side was isolated the school of the mission, built in 1877 by Priest Medeiros as the headquarters of the catholic mission that included a all boys school (fig.27).

A zona leste era mais povoada, concentrando várias casas para funcionários europeus, tendo aí sido construída entre 1884 e 1886 a residência do governador (fig.28), de configuração alongada e com torreões. Para substituir esta última residência, começou a ser construído em 1918 um grande edifício com dois pisos que não foi concluído, acabando por ser posteriormente readaptado para instalar da assembleia dos funcionários (fig.29), criada em 1938 com o objetivo de acolher num ambiente de vivência social e cultural os funcionários públicos de passagem por Díli ou recém-chegados que enfrentassem dificuldades na obtenção de alojamento.

Zona leste ne’e nian, iha uma oin-oin ba funsionáriu europeu, no iha ne’ebé harii entre 1884 no 1886 uma ba governadór (fig. 28), ho konfigurasaun alongadu/naruk no ho torreaun sira. Atu substitui uma ikus ne’e, hahú harii iha 1918 edifísiu boot ida ho andar rua ne’ebé la remata, ne’ebé tuir mai hetan adaptasaun hodi sai fatin ba asembleia funsionáriu sira nia (fig. 29), ne’ebé harii iha 1938 ho objetivu atu simu, iha ambiente moris sosiál no kulturál funsionáriu públiku sira ne’ebé liu husi Dili ka sira ne’ebé fóin to’o maibé susar hetan uma.

The east side was more populated, concentrating several houses for european officials, the and the governor’s residence (fig.28) was built there between 1884 and 1886 a building of elongated configuration and with turrets. To replace the residence, in 1918 a large building was started, with two floors, but was not completed and was eventually retrofitted to house the assembly of public servants (fig.29), created in 1938 in order to accommodate in a social and cultural way the civil servants passing through Dili or newcomers who had difficulties in obtaining housing.

Na parte leste de Lahane localizava-se ainda o complexo hospitalar, composto por três edifícios ligados por um caminho inclinado e serpenteante. A cota mais baixa encontrava-se o pavilhão para isolamento de portadores de doenças infeto-contagiosas, construído entre 1938 e 1939 (fig.30).

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Iha parte leste Lahane iha mós kompleksu ospitál nian, kompostu husi edifísiu tolu ne’ebé iha ligasaun liu husi dalan ida ne’ebé inclinado no ho kurva barak. Iha fatin okos liu mak pavilaun ba izolamentu husi ema ne’ebé moras infeto-kontajiozu/moras da’et, harii entre 1938 no 1939 (fig. 30).

In the east of Lahane was also the hospital complex consisting of three buildings connected by a sloping, winding path. The lower level had the pavilion for isolation of patients with contagious diseases, built between 1938 and 1939 (fig.30).


Fig. 28.1 – Palácio de Lahane, 1975. Palacio iha Lahane, 1975. Lahane Palace, 1975. © Rozel Magno’s private collection.

Fig. 28 – Residência do Governador, 1938. Residência do Governador, 1938. Governor’s Residence, 1938.

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Fig. 31 – Hospital Dr. Carvalho. Antes de 1942. Hospital Dr. Carvalho. Foto uluk 1927. Dr. Carvalho Hospital. Before 1942. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 32 – Enfermaria para mulheres Hospital Dr. Carvalho. Antes de 1938. Enfermaria ba feto nian. Hospital Dr. Carvalho. Foto uluk 1938. Women Infirmary Hospital Dr. Carvalho. Before 1938. © ICS.

Acima deste localizava-se o corpo principal (fig. 31), construído entre 1902 e 1907, inaugurado com o nome Hospital D. Carlos e renomeado Hospital Dr. Carvalho em 1910. No nível mais alto encontrava-se a enfermaria para mulheres, construída entre 1916 e 1917 (fig. 32). Os edifícios hospitalares eram construídos com paredes grossas e fachadas sóbrias, assentes sobre embasamentos ou caves semi-enterradas, pela necessidade de vencer as diferenças de altura do terreno.

Iha leten iha edifisiu prinsipál (fig. 31), ne’ebéharii entre 1902 no 1907, no inaugura ho naran Ospitál D. Carlos no hanaran fali Ospitál Dr. Carvalho iha 1910. Iha nível as liu ba iha enfermaria ba feto ne’ebé harii entre 1916 no 1917 (fig. 32). Edifísiu ospitalár sira ne’e harii ho parede grosu no faxada sóbria, iha embazamentu ka kave semienterrada, tanva nesesidade atu halakon diferensa a’as husi rai.

Above this it was the main building (fig. 31), built between 1902 and 1907, opened under the name of D. Carlos Hospital and renamed Dr. Carvalho Hospital in 1910. At the highest level there was the ward for women, built between 1916 and 1917 (fig. 32). The hospital buildings were built with thick walls and sober facades, based on semi-buried emplacements and cellars, due to the need to overcome the height differences of the terrain.

Ida ne’e mak organizasaun husi sidade bainhira, iha kontestu Funu Pasífiku nian, Timor hetan okupasaun husi tropa japaun nian (tinan 1942-1945). Durante períodu ne’e, konfrontu sira entre tropa japaun no australia halo estragu boot ba territóriu. Sidade Díli hetan bomba (fig. 33), no lakon estrutura no kuaze edifísiu alvenaria hotu.

This was the organization of the city when, in the context of the Pacific War, Timor was occupied by Japanese troops (1942-1945). During this period, clashes between Japanese and Australian caused the devastation of the territory. The city of Dili was bombed (fig. 33), losing its structure and having lost almost all of its masonry buildings

Seria esta a organização da cidade quando, no contexto da Guerra do Pacífico, Timor foi ocupado pelas tropas japonesas (1942-1945). Durante esse período, os confrontos entre japoneses e australianos causaram a devastação do território. A cidade de Díli foi bombardeada (fig. 33), ficando desestruturada e tendo perdido a quase totalidade dos seus edifícios de alvenaria.

Fig. 33. Salão no Hospital de Lahane. Kuarto bo’ot iha Hospital Lahane. Hall at Lahane Hospital. © Flavio Miranda, 2015

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Dili na II Guerra Mundial 1942 a 1945: edifícios destruídos Dili iha II Guerra Mundial 1942 to’o 1945: edifisiu sira ne’ebé hetan destruisaun Dili in the WW II 1942 to 1945: destroyed buildings Flavio Miranda

Fig. 34- Centro de Dili, 16-09-1945. Centru Dili Nian, 16.09.1945. Dili Center, 16-09-1945. © M. and L. Morris, Australian War Memorial.

Depois da conquista do Sudeste asiático, e após a fortes batalhas iniciadas nos inicio dos anos 30 para conquista da China, e a tomada da Indochina e Tailândia em 1941 e dois meses antes de iniciar a guerra contra o Poder Europeu na Asia, o Japão já tinha conquistado Hong Kong, Malásia e o território australiano da Nova-Grã-Bretanha continuando assim rumo as possessões holandesas das índias orientais. Quatro dias antes dos ataques a Darwin japão conquista Singapura. Com o avanço da 2º Guerra Mundial, a Ilha de Timor tornou-se num ponto estratégico para 3 forças militares, ou seja, por um lado os Aliados (Forças Holandesas e Australianas), e por outro lado, as forças japonesas com a sua política expansionista em querer conquistar todo sudeste asiático que rumavam em direção ao sul, ameaçando diretamente as Índias Orientais e o desejo de utilizar timor holandês e português como base para atacar o norte da Austrália através de Darwin. Este plano intensifica-se com o ataque das forças japonesas a 7 de Dezembro de 1941 à base Americana de Pearl Harbour. No dia 17 Dezembro de 1941 o Cônsul de Inglaterra, Sr. David Ross e um representante de alta patente do exercito holandês, Tenente-Coronel Stressmann e outros comandantes das forças aliadas dirigiram-se à Residência do Governador Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho, em Lahane para pedir ajuda e convencer o Governo Português a autorizar a entrada preventiva das forças aleadas no território. Esta decisão de aceitar a entrada das forças aliadas no Timor-Português era complicada e o Governo Português temia que fosse mal interpretada pelas forças japonesas e Portugal fosse invadido pelas forças de Hitler, devido a não cumprir o “Pacto Tripartido com a Alemanha e Itália”, assinado em Setembro 1940. Incapaz de resistir à força das forças aliadas, que sobrevoavam a capital e aos dois navios de guerra que se aproximavam em direção ao Porto de Dili, a invasão estava prestes a acontecer. Esta incursão levantou muitos protesto por parte administração portuguesa no território e como forma de desagrado pela invasão das forças aliadas o Governador Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho mandou hastear a bandeira de nacional em todos os edifícios públicos.

Hafoin ninia konkista husi Sudeste aziátiku nian, no hafoin batalla boot iha inísiu husi dékada 30 atu konkista Xina, no foti Indochina no Tailándia iha 1941, no fulan rua molok hahú funu hasoru Podér Europeu iha Asia, Japaun konkista ona Hong Kong, Malázia no territóriu austrália nian naran Nova-gran-bretaña hodi nune’e sira kontinua ba posesaun olandeza sira iha índias orientál. Loron haat molok atake ba Darwin Japaun konkista Singapura.

After the conquest of Southeast Asia, and after heavy battles in the early ‘30s to conquer China, and the taking of Indochina and Thailand in 1941, and two months before starting the war against the European powers in Asia, Japan had conquered Hong Kong, Malaysia and the Australian territory of New-Britain thus continuing towards the Dutch possessions of the Eastern Indies. Four days before the attacks on Darwin Japan conquers Singapore.

Ho avansu husi Funu Mundial daruak nian, Ilha Timor sai nu’udar pontu estratéjiku forsa militár 3, ka bele dehan, iha parte ida Aliadus sira (Forsa Olanda no Austrália Nian), no hosi sorin seluk, sira nia forsa japaun ho ninia polítika espansionista ne’ebé hakarak sudeste aziátiku nian tomak ne’ebé tuir diresaun ba sul no ameasa diretu ba Indias Orientál no hakarak atu utiliza Timor Olandés no Portugés hanesan base ba ataka fali norte Austrália nian, liu husi Darwin.

With the continuing of the 2nd World War, the island of Timor became a strategic point for 3 military forces; on one hand the Allies (Dutch and Australian forces), and on the other hand the Japanese forces with its expansionist policy in wanting to conquer the entire southeast Asia, in witch they were heading towards the south, directly threatening the East Indies, and their desire to use Dutch and Portuguese Timor as a base to attack northern Australia through Darwin.

Planu ida ne’e intesifika ho atake husi forsa Japaun iha loron 7 fulan dezembru tinan 1941 ba baze Amerikana Pearl Harbour. Iha loron 17 Fulan-Dezembru tinan 1941 kónsul Inglaterra, Sr. David Ross no reprezentante ida ho patente aas husi ezérsitu olandés, Tenente-Koronél Stressmann no komandante sira seluk husi forsas aliadas ba iha Rezidénsia Governadór Manuel ba Abreu Ferreira de Carvalho, iha Lahane atu husu tulun hodi konvense governu Portugés atu autoriza entrada preventiva husi forsas aliadas iha territóriu. Desizaun ida ne’e kompleksu no governu Portugés ta’uk katak forsa japaun interpreta sala no Portugal hetan invazaun husi forsa Hitler nian, tanba la kumpre “Paktu Tripartidu ho Alemaña no Itália”, ne’ebé asina iha fulan setembru tinan 1940.

This plan was intensified by the attack by the Japanese forces on Dec. 7, 1941 to the American base at Pearl Harbour. On 17 December 1941 the Consul of England, Mr. David Ross and an high patent representative of the Dutch army, Lieutenant Colonel Stressmann and other commanders of the Allied forces went to the Residence of the Governor Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho, in Lahane to ask for help in persuading the Portuguese Government to authorize the preventive entry of the Allied Forces in the territory. The decision to accept the entry of the Allied Forces in Timor-Portuguese was complicated and the Portuguese Government feared that it could be misinterpreted by the Japanese forces and consequently that Portugal was invaded by the forces of Hitler due to not meeting the “Tripartite Pact with Germany and Italy” signed in September 1940.

Tamba labele resiste ba forsa husi forsas aliadas, ne’ebé semo hale’u kapitál ho aviaun no ho ró funu rua ne’ebé habesik iha portu Dili, invazaun atu akontese. Inkursaun ida ne’e hetan protestu maka’as husi parte administrasaun portugeza iha territóriu laran no atu hatudu dezagradu ba invazaun husi forsas aliadas, Governadór Manuel ba Abreu Ferreira de Carvalho haruka isár da bandeira nasionál iha edifísiu públiku hotu-hotu.

Unable to resist the force of the Allied Forces, that were flying over the capital and approaching the Port of Dili with two warships, the invasion was about to happen. This incursion raised many protests by the Portuguese administration in the territory and in order to show that the Governor Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho ordered the national flag to be hoisted on all public buildings.

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46 Fig. 35 - O bombardeio de Díli, 1942. Bomba iha Dili nian, 1942. The bombing of Dili, 1942. Š Australian War Memorial.


Dois dias depois é publicado num jornal australiano “The Evening post” de 19 de Dezembro de 1941, caso houvesse movimentações de forças japonesas na região, Timor deveria ser ocupada por contingentes aliados.

Liu tiha loron rua publika iha jornál austrália nian “The Evening post” iha loron 19 fulan dezembru tinan 1941, karik iha movimentasaun husi forsa japoneza sira iha rejiaun, Timor tenke okupasaun husi forsas aliadas.

Two days after in an Australian newspaper “The Evening Post” of 19th December 1941, was published if there were to be movements of Japanese forces in the region, Timor should be occupied by allied contingents.

No dia 8 de Fevereiro por volta das 8 horas da manhã, dois aviões japoneses sobrevoam Dili e metralham as posições holandesas na praia de Dili atingindo alguns dos edifícios da cidade. A 19 de Fevereiro de 1942, alguns minutos antes das 10h da manhã, uma força de aviação japonesa sobrevoou Darwin e iniciou o 1º raide dos dois bombardeamentos à cidade de Darwin deixando-a completamente devastada.

Iha loron 8 fulan-fevereiru tuku 8 dadeer, aviaun rua husi Japaun mai to’o Dili no atake ba pozisaun olandés iha tasiibun Dili nia no kona edifísiu iha sidade. Iha loron 19 fulan fevereiru tinan 1942 minutu balun molok tuku 10 dadeer, forsa ida husi aviasaun japoneza to’o Darwin no hahú raide rua husi bombardeamentu ba sidade Darwin to’o sidade reahun hotu.

On February 8th at around 8 am, two Japanese planes fly over Dili and attack the Dutch positions at the beach in Dili reaching some of the buildings of the city. On February 19, 1942, a few minutes before 10 am, a Japanese aviation force flew over Darwin and started the 1st raid of the two bombings to the city of Darwin completely devastating it.

Na madrugada de 20 de Fevereiro de 1942 as forças japonesas desembarcaram na baía de Dili após bombardeamentos e uma fraca resistência por parte das forças holandesas compostas na sua maioria por militares javaneses que fugiram em direção à parte ocidental da ilha. Assim o Japão declara oficialmente a ocupação da ilha de Timor.

Únika rezisténsia militár aliada ne’ebé iha hela iha rai ne’e mak kompañia independente 2/2 austrália nian, grupu komandu ne’ebé, hafoin liu tiha dezembarke forsa aliadas iha loron 17 fulan-dezembru tinan 1941, tama estratejikamente iha foho sira hale’u Dili.

At dawn on February 20th, 1942, the Japanese forces landed in Dili Bay after bombings and a weak resistance from the Dutch forces composed mostly of Javanese soldiers who fled towards the western part of the island. So Japan officially declares the occupation of the island of Timor. The only allied military resistance that remained on the ground was the Australian independent company 2/2, a group of commands that soon after the landing of the Allied Forces on December 17th 1941, strategically went to the hills around Dili.

Fig. 36 - Arsenal e Obras Publicas de Dili, 1945 (aprox). Arsenal no Obras Publikas, 1945 (aprox.). Dili’s Arsenal and Public Works, approx. 1945. © Australian War Memorial.

A única resistência militar aliada que permaneceu no terreno foi a companhia independente 2/2 australiana, um grupo de comandos que, logo após o desembarque das forças aliadas a 17 de Dezembro de 1941, se instalou estrategicamente nas montanhas em redor de Dili.

Iha madrugada husi loron 20 fulan fevereiru tinan 1942, Japaun sira nia forsas tama ho ró iha baía Díli hafoin hala’o bombardeamentu ho rezisténsia uitoan deit husi parte husi forsa olandés ne’ebé maioria mak militár javanés sira ne’ebé halai ba parte osidentál husi illa. Nune’e japaun halo deklarasaun ofisiál ba okupasaun ba ilha Timor.

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Quanto à população, muitos abandonaram a capital e refugiaram-se nas montanhas, outros refugiaram-se nos municípios onde tinham familiares (Aileu, Ermera, Liquiçá, Maubara, Maubisse, Etc...), deixando a cidade quase vazia.

Kona-ba populasaun, ema barak husik hela kapitál no subar iha foho, sira seluk ba munisípiu ne’ebé sira nia família hela (Aileu, Ermera, Liquiça, Maubara, Maubisse, no seluk tan...), no husik tiha sidade besik mamuk.

No entanto os japoneses ocuparam quase todos os edifícios de Dili e em Lahane, o edifício da Assembleia dos Funcionários e as casas do chefe de gabinete do governador e outros.

Maski nune’e japonés sira okupa kuaze edifísiu hotu Dili no iha Lahane sira okupa edifísiu asembleia funsionáriu públiku no uma xefe gabinete governadór no seluk tan.

Por outro lado as forças australianas instaladas nas montanhas, próximos da população, iam ganhando a simpatia de grande parte da população timorense e portuguesa refugiadas nas montanhas. E os japoneses iam perdendo batalhas contra as forças australianas, impedindo assim as suas forças militares em avançarem no terreno rumo a parte sul da Ilha de Timor, Conscientes desta preferência as forças japonesas lançaram através dos aviões que sobrevoam alguns pontos da ilha e lançam brochuras com uma proclamação escrita em Inglês que referia que o Imperio Japonês estava em guerra com a Holanda e a Austrália no qual eram aliados da Reino Unido, por esta razão as forças japonesas teriam que tomar as medidas necessárias e retirar as forças aliadas do território de Timor, considerando este um território neutro, e declaram que serão obrigados invadir o timor português por questões de autodefesa.

Iha sorin seluk forsa austrália sira iha foho, besik ba populasaun, hodi hetan simpatia boot husi populasaun Timor no Portugal nian ne’ebé sai hanesan refujiadu iha foho leten. No japonés sira lakon batalla hasoru forsa austrália nian, hodi bandu sira-nia forsa militár tama iha terenu hodi parte sul husi Illa Timor. Ho koñesimentu ba ida forsa japaun sira soe, liu husi aviaun, broxura no panfletu ho deklarasaun ida ne’ebé hakerek iha lian inglés ne’ebé dehan katak Impériu Japonés funu hasoru Olanda no Austrália iha aliansa ho husi Reinu Unidu, tanba ne ‘ e sira nia forsas tenke foti medida nesesáriu no hasai forsas aliadas husi territóriu Timor, no konsidera ida ne’e territóriu neutru, no fiar katak sira sei tenke invade timor portugés ho kestaun autodefesa.

As for the population, many abandoned the capital and took refuge in the mountains, others took refuge in the municipalitys where they had relatives (Aileu, Ermera, Liquica Maubara, Maubisse, etc ...), leaving a nearly empty city. However the Japanese occupied almost all buildings in Dili and Lahane, the building of the Assembly and the houses of the governor’s chief of staff and others. On the other hand the Australian forces were in the mountains, close to the population, gaining the sympathy of much of the Timorese and Portuguese people refugees in the mountains. And the Japanese were losing battles against Australian forces, thus preventing its military forces of advancing on the ground towards the southern part of the island of Timor. Aware of this preference, Japanese forces launched by aircraft flew over some parts of the island to distribute brochures with a proclamation written in English which stated that the Japanese Empire was at war with Holland and Australia which were allies of the United Kingdom, and for this reason the Japanese forces would have to take the necessary steps and remove the allied forces of Timor, considering this a neutral territory, and declare that they will be forced to invade the Portuguese Timor for self-defence issues.

Fig. 37 - Ruinas do Paços do Concelho, 1945 (aprox). Paços do Concelho aat, 1945 (aprox.). Town Hall’s ruins, approx. 1945. © Oswasdo Acacio Nascimento’s private collection.

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Fig. 38 - Praia perto do Farol, 1945 (aprox). Tasi ibun besik Farol, 1945 (aprox.). Beach near the Lighthouse, approx. 1945. Š Australian War Memorial.


Em Março de 1942 as forças australianas estabelecidas no Remexio lançaram vários raids ao centro de Dili. Furiosos os japoneses lançam uma ofensiva contra as tropas australianas para controlar esta parte do terreno e proteger as bases existentes na cidade. Dias depois os japoneses avançam, em três colunas, para Ermera. Uma grande coluna com cerca de 800 homens abriu caminho pela estrada, a segunda foi por Liquiça atravessando em seguida Fátu-Béssi e a terceira que tinha tentado avançar, foi repelida em Bazar-Tete. O resultado deste confrontos foram 25 militares Japoneses mortos.

In March 1942 the Australian forces established in Remexio launched several raids to the centre of Dili. The Japanese then launch an offensive against Australian troops to control that part of the land and protect existing bases in the city. Days later the Japanese advance in three columns to Ermera. A large column of about 800 men pioneered the road, the second went through Liquica crossing then Fatu-Bessi and the third that tried to advance, was repelled in Bazar-Tete. The outcome of this confrontation were 25 Japanese military dead.

Funu ida ne’e remata iha fulan setembru tinan 1945 ho rende husi japaun, nune’e husik tiha sidade ho devastasaun maka’as husi bombardeamentu husi forsa rua ne’e, no ema barak mak mate.

This war that ended in September 1945 with the surrender of Japan, leaved the city completely devastated by the bombings from both forces, which many paid with their lives.

Fig. 39 - Destruições japonesas em frente a o antigo Costa Alves, 1945 (aprox). Destrusaun Japaun nian besik uluk Costa Alves. Japanese destructions in front of the old Costa Alves. © Oswasdo Acacio Nascimento’s private collection.

Esta guerra que terminou em setembro de 1945 com a rendição do Japão, deixando assim a cidade completamente devastada pelos bombardeamentos de ambas as forças, que muitos pagaram com a sua vida.

Iha fulan-marsu tinan 1942 forsa austrália nian ne’ebé iha Remexiu halo raide oin-oin ba sentru Díli. Japonés sira hatán liu husi ofensiva tropa australiana sira atu kontrola parte ida ne’e rai no proteje baze ne’ebé iha iha sidade. Liu tiha loron rua japonés sira avansa, iha koluna tolu, ba Ermera. Koluna boot ida ne’e ho kuaze mane na’in 800 loke dalan liu husi estrada, segunda liu husi Liquiça no Fátu-Béssi no terseiru hetan taka dalan iha BazárTete. Rezultadu husi konfrontasaun ida ne ‘ e mak militár Japonés na’in 25 mate.

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Fig. 40 - Ruinas da Catedral, 1945 (aprox). Katedral aat, 1945 (aprox.). Ruins of the Cathedral. © Oswasdo Acacio Nascimento’s private collection.

Fig. 41 - Destruições japonesas em frente a o atual Palácio do Governo, 1945 (aprox). Destrusaun Japaun nian besik atuál Paláco do Governo. Japanese destructions in front of the present Government’s Palace. © Oswasdo Acacio Nascimento’s private collection.

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Fig. 42 - Bunker construído durante a WWII - Largo de Lecidere. Bunker harii iha WWII - Largo Lecidere. Bunker built during WWII - Largo de Lecidere. © Flavio Miranda, 2011.

DÍLI DE 1945 TO 1975 DILI HUSI 1945 TO’O 1975 DILI FROM 1945 TO 1975 Depois da retirada das tropas japonesas e do restabelecimento da administração portuguesa em 1945, a cidade encontrava-se devastada. No centro da cidade e nas áreas periféricas procedeu-se à reabilitação de algumas construções e começaram a ser erguidos novos edifícios de alvenaria. Durante este processo, os serviços e funcionários do Estado, bem como os particulares, ficaram provisoriamente instalados em construções de palapa (fig. 43). As ações de reconstrução processaram-se sem ordem até à elaboração do Plano de Urbanização de Díli em 1951 (fig. 44), que veio definir as linhas condutoras de organização e desenvolvimento da cidade, entre as quais, o sistema de arruamentos, o zonamento, e os regulamentos de construção. Do plano de urbanização construiu-se parcialmente a estrutura viária, o centro cívico, e dois bairros para funcionários. De resto, a limitação de meios obrigou ao estabelecimento de prioridades e ao abandono de alguns objetivos inicialmente propostos.

Hafóin retirada husi tropa japaun sira no restabelesimentu husi administrasaun portugés iha 1945, sidade iha estragu barak. Iha sentru sidade no iha área periférika sira hahu halo reabilitasaun ba konstrusaun balun no hahú halo edifísiu fóun ho alvenaria. Durante prosesu ida ne’e, servisu sira no funsionáriu estadu nian, nune’e mós ema partikulár, hela provizória iha konstrusaun husi palapa. (fig. 43). Asaun sira ba rekonstrusaun hala’o la tuir orden to’o elaborasaun ba Planu Urbanizasaun Dili iha 1951 (fig. 44), ne’ebé atu liña orientadora ba organizasaun no dezenvolvimentu husi sidade, inklui, dalan sira, zona, no regulamentu kona-ba konstrusaun. Husi planu urbanizasaun harii parsial estrutura viária, sentru síviku, no Bairro rua ba funsionáriu sira. Ikus-mai limitasaun meiu obriga hodi harii prioridade no atu la tuir objetivu balun ne’ebé propoin.

After the withdrawal of Japanese troops and the restoration of Portuguese administration in 1945, the city was devastated. In the city centre and the outlying areas the rehabilitation of some buildings started and new brick buildings began to be erected. During this process, the services and state officials as well as individuals, were provisionally installed in palapa buildings (fig. 43). The reconstruction efforts were processed without order until the preparation of the Dili Urban Plan in 1951 (fig. 44), which came to define the guidelines for the organization and development of the city, including the roads system, zoning and building regulations. From this urbanization plan was built a part of the road structure, the civic centre, and two neighbourhoods for staff. Moreover, the limitation of resources forced the establishment of priorities and the abandoning of some goals initially proposed.

Fig. 43 – Habitação de Construção provisória, 1948. Konstrusaun ba Uma provisoriu, 1958. Temporary Housing, 1948. © BNU Implementation Report 1956.

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Fig. 44 - (Página anterior) Plano Geral de Urbanização de Dili, 1951. Planu Geral urbanizasaun Dili nian, 1951. (Previous page) General Urban Plan of Dili, 1951. © IPAD.


A Díli moderna (fig. 45) transformou-se num aglomerado de baixa densidade com ruas amplas e quarteirões vagos, devido às suas caraterísticas demográficas11 e à possibilidade de expansão na planície. A percentagem de edifícios de alvenaria era minoritária12 e, por norma, sem desenvolvimento acima do piso térreo. Díli era uma cidade de ambiente semi-rural, onde tinham lugar atividades próprias do modo de vida tradicional. À exceção de alguns núcleos onde se obrigava à construção de edifícios em alvenaria, a área urbana era maioritariamente ocupada por terrenos onde se permitia construir em palapa, cultivar hortas e criar animais. Em torno da área urbana desenvolviam-se zonas suburbanas de utilização marcadamente rural, que instalavam equipamentos funcionalmente dependentes da cidade.

11. Pelo censo de 1950, a população da capital era calculada em 6000 pessoas, sendo cerca de 3000 “civilizados”, registandose entre estes 330 “brancos”, 30 “indianos”, 50 “negros”, 860 “mestiços”, e os restantes “chineses”, tendo aumentado substancialmente até 1970, quando rondava as 17,000 pessoas. 12. A proporção de pessoas que vivia em edifícios de pedra e cal era de 20%. Algumas casas de palapa eram bem construídas, assentes em base de cimento e com janelas envidraçadas.

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Dili moderna (fig. 45) sai aglomerado husi densidade la a’as ho dalan boot no kuarteiraun boot mós, tanba ninia karaterístika demográfika11 sira no ba posibilidade espansaun iha planície. Persentajen husi edifísiu ne’ebé halo husi alvenaria ne’e minoritária12 no, tuir bainbain, laiha dezenvolvimentu boot liu husi andar ida. Dili hanesan sidade ho ambiente semi-rural, iha ne’ebé hala’o atividade lala’ok moris tradisionál. Ho exesaun husi nukleu balun ne’ebé obriga ba konstrusaun ba edifísiu sira ho alvenaria, área urbana barak liu mak okupa husi rai iha ne’ebé bele fó konstrusaun iha ai palapa, kuda modo no kria animál sira. Haleu área urbana iha zona sub-urbana ne’ebé ho utilizasaun rurál, ne’ebé iha ekipamentu ne’ebé depende husi sidade.

11. Liu husi Sensus 1950, populasaun husi kapital kalkula hanesan ema 6000, no 3000 mak “sivilizadu”, no husi ne’e 330 “mutin”, 30 “india”, 50 “metan”, 860 “mestisu”, no sira seluk “xina”, no aumenta to’o 1970, ho ema 17,000. 12. Proporsaun husi ema ne’ebé hela iha edifisiu halo ho fatuk mak 20%. Uma balun ne’ebé halo ho palapa iha konstrusaun di’ak, ha baze simentu no janela ho vidru.

Modern Dili (fig. 45) has become a low-density city with wide streets and vacant blocks, due to its demographic characteristics11 and the possibility of expansion in the plain. The percentage of masonry buildings was minor12 and, as a rule, without development above the ground floor. Dili was a city of semi-rural environment, with activities related to the traditional way of life. Except for a few core areas where the construction of masonry buildings was required, the urban area was mainly occupied by land in which was only allowed to build in palapa, to cultivate vegetable gardens and to raise animals. Around the urban area there were suburban areas of markedly rural use, with facilities that were dependent of the city.

11. According to the 1950 census, the population of the capital was estimated at 6,000 people, with about 3,000 “civilized” and from these 330 “white”, 30 “Indian”, 50 “black” 860 “mestizos”, and the others “Chinese”, having increased substantially until 1970, when it was around 17,000 people. 12. The proportion of people living in buildings of stone me was 20%. Some palapa houses were well built, with a cement floor and glass windows.


Fig. 45 – Planta esquemática de dili, 19475. Planu EskematiKu Dili nian, 1975. Schematic plat of Dili, 1975. © Isabel Boavida.

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Fig. 46 & 46.1 - Bairro Central. Aprox. na década dos anos 70. Bairro Central iha tinan 1970. Bairro Central. Approx. in the 70s © José Lessa Quelhas Lima’s private collection.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central

O Bairro Central, delimitado a leste pela rua Belarmino Lobo, a sul pela rua Jacinto Cândido, e a oeste pela rua do Coilão da Colmera, transformou-se no principal núcleo de alvenaria da cidade, concentrando a maior parte das repartições da administração e dos serviços públicos (fig. 46 e fig. 46.1).

Bairu Sentrál, iha leste hetan limite husi Rua Belarmino Lobo, iha sul husi Rua Jacinto Cândido, no oeste baliza ho Coiláo husi Colmera, sai nudar nukleu prinsipál husi alvenaria sidade nian, no konsentra repartisaun administrasaun no servisu públiku barak liu (fig. 46 no fig. 46.1).

The Bairro Central, bordered on the east by the street Belarmino Lobo, to the south by street Jacinto Candido, and west by the Street of the Coilão of Colmera, has become the main masonry core of the city, with most of the administration’s offices and public services (fig. 46 and fig. 46.1).

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A zona central da cidade foi a mais fustigada durante a guerra, embora tenham resistido construções em condições de reutilização, ainda que em certos casos provisória para instalar alguns serviços indispensáveis, como aconteceu com um antigo edifício localizado na marginal onde funcionavam os serviços de obras públicas (fig. 47), com a cadeia (fig. 48) que continuou em exercício até dar lugar ao terreiro de feiras nas traseiras do palácio das repartições, e com o antigo edifício das repartições que foi parcialmente reconstruído para alojar a capitania do porto, acabando por ser demolido no processo de abertura do largo Infante D. Henrique. As ruínas da catedral foram desmanteladas, tendo as suas pedras sido aproveitadas para a construção, entre 1946 e 1948, de uma pequena ponte-cais provisória para desembarque de passageiros e volumes pesados (fig. 49).

Fig. 47 – Repartição de Obras Publicas, 1958. Missão de Estudos do Habitat Nativo de Timor. Repartisaun Obras Publikas Nian. 1958, Misaun do Habitat Nativo Timor nian. Department of Public Works, 1958. Native Habitat Timor Mission Study. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 48 – Edificio da Orisão e corpo policial. 2ª longitudinal a partir da Avenida Marginal. Edifisiu ba Orisão no Polisia. Dalan 2ª husi Avenida Marginal. Building of Orisão and police. 2ª longitudinal street counting from the Avenue Marginal. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Zona sentrál husi sidade hetan impaktu husi funu, maske konstrusaun balun reziste no bele uza fali, maski provizóriu provizóriu, ba servisu balun ne’ebé tenke ne’ebé importante, hanesan akontese ho edifísiu ida ne’ebé uluk iha marginal iha ne’ebé hala’o servisu obras públikas (fig. 47), no komarka (fig. 48) ne’ebé kontinua nia kna’ar to’o fó fatin ba terreiro ba bazar iha palásiu nian kotuk, no ho antigu edifísiu repartisaun ne’ebé ne’e hetan rekonstrusaun parsial hodi fó fatin ba kapitania portu, ne’ebé hetan demolisaun iha prosesu abertura ba Largu Infante D. Hendrique. Ruina husi katedrál hetan mos demolisaun, no ninia fatuk aproveita ba konstrusaun, entre 1946 no 1948 husi ponte kais provizória ba dezembarke husi pasajeiru no volume boot (fig. 49).

The central area of the city was the most destroyed during the war, although some constructions resisted and could be reused, in certain cases provisory to install some essential services such as an old building located on the waterfront where the public works services operated (fig. 47), the prison (fig. 48) that continued working until giving way to the fair yard behind the government palace, and the old service’s building which was partially rebuilt to house the captaincy of the port, eventually demolished in the process of the widening of the Largo Infante D. Henrique. The cathedral ruins were dismantled, and its stones were utilized for the construction, between 1946 and 1948, of a small temporary jetty for unloading passengers and heavy loads (fig. 49).

Fig. 49 – Ponte-cais provisória. Aprox. na década dos anos 50. Ponte-kais provizória. Dekada 50 (aprox.). Temporary pier. approx. in the 50’s © Oswaldo Acácio do Nascimento

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Repartições da administração Repartisaun administrasaun Administration Buildings No centro do bairro, o largo Infante D. Henrique e o palácio das repartições públicas compunham a Praça Cívica, que correspondia a uma das determinações do Plano de Urbanização de 1951, embora apenas parcialmente concretizada, uma vez que aquele previa ainda a construção do edifício da Câmara Municipal no lado oeste da praça e da Catedral no extremo oposto (fig. 50).

Iha sentru husi bairu ne’e, mak Largo Infante D. Henrique no palásiu repartisaun públika ne’ebé halo Prasa Sívika, ne’ebé tuir determinasaun husi Planu Urbanizasaun husi 1951, maske tuir uitoan de’it, tanba ne’ebé prevee mós konstrusaun husi edifísiu husi Kámara Munisipál iha parte oeste husi prasa no Igreja Katedrál iha parte opostu (fig. 50).

In the centre of the neighbourhood, the Largo Infante D. Henrique and the government palace comprised the Civic Square, which corresponded to one of the determinations of the Urban Plan in 1951, although only partially implemented, since it also included the construction of the building of the City Hall on the west side of the square and the Cathedral at the other end (fig. 50).

Fig. 50 – Projeto Perspectiva da Praça de Dili. Aprox. 1952. Perspektiva Praça Dili nian, 1952 (aprox.). Perspective of the Dili Town Square. Approx. 1952 © AHU.

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Fig. 51 - Palácio das Repartições Publicas, 1970 (aprox.). Palasiu das Repartisaun Publikas, 1970. Government Palace, approx. 1970. © AHU.

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O Palácio das Repartições era composto por três blocos independentes de dois pisos, ligados por uma arcada contínua que percorria a fachada frontal (fig. 51). O bloco central foi construído na primeira metade da década de 50, com base num projeto de 1953 de João António de Aguiar (fig. 52). No bloco lateral oeste, construído entre 1960 e 1962, funcionava a Repartição de Obras Públicas, cujas oficinas estavam instaladas no quarteirão sudoeste do Bairro Central. O bloco lateral leste era reservado aos serviços de Correios, Telefones e Telégrafos (CTT), tendo sido construído entre 1966 e 1969, de acordo como um desenho de 1963 da autoria de António Sousa Mendes (fig. 53), que uma década depois do início do processo de construção do palácio procurou obedecer às linhas arquitectónicas do conjunto.

Palásiu repartisaun ne’e kompostu husi bloku tolu independente ho andar rua, ida ne’ebé ligasaun liu husi arcada kontínua iha faxada frontal (fig. 51). Harii entre 1960 no 1962 (fig. 52), iha Repartisaun Obras públikas, no nia ofisina sira iha kuarteiraun sudoeste husi Bairro Central. Bloku lateral leste rezerva ba servisu Korreiu, Telefóne no Telégrafós (CTT), harii entre 1966 no 1969, tuir dezeñu husi 1963 halo husi António Sousa Mendes (fig. 53), ne’ebé dekada ida tuir hahú prosesu konstrusaun palásiu nia buka tuir liña arkitetónika konjuntu nian.

The Government Palace consisted of three independent blocks of two floors connected by a continuous arcade on the front facade (fig. 51). The central block was built in the first half of the 50s, based on a 1953 design by João António de Aguiar (fig. 52). On the west side, built between 1960 and 1962, was the Department of Public Works, whose workshops were located in the southwest of the Bairro Central. The east side block was reserved for Postal Services, Telephones and Telegraphs (CTT), which was built between 1966 and 1969, according to a 1963 design by António Sousa Mendes (fig. 53) that a tried to comply with the architectural lines of the palace even a decade after its construction.

Fig. 52 – Projeto bloco central do Palácio das Repartições, desenho de João António de Aguiar em 1953. Bloko centrál Palasiu Repartisaun Publiku, deseñu husi João António de Aguiar iha 1953. Central block of the Government Palace, designed by João António de Aguiar in 1953. © AHU.

Fig. 53 – Bloco oeste do Palácio das Repartições, desenho de António Sousa Mendes em 1963. Bloko oeste Palasiu Repartisaun Publiku, deseñu husi António Sousa Mendes iha 1963. West block of the Government Palace, designed by António Sousa Mendes in 1963. © AHU.

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Fig. 54 - (Página anterior) Palácio do Giverno. Palácio do Governo. Government’s Palace. © Megumi Yamada, 2015.

Fig. 55 – Edifício do Tribunal e da Estação Postal dos CTT, 1961. Edifisiu Tribunal no Estasaun Postal C.T.T nian, 1961. Court and Post Office of CTT, 1961. © IPAD.

Fig. 57 – Inspeção Geral do Estado, Antiga Administração do Concelho de Dili e Câmara Municipal. Inspesaun Geral Estadu nian. Antigu Administrasaun Consello dili no Kâmara Munisipal Dili nian. State General Inspection. Former Administration of Municipality of Dili and City Hall. © Megumi Yamada, 2014. Fig. 56 – Administração do Concelho, 1958. Isin Lolon husi edifisiu ba Repartisaun Publiku nian, 1958. Council Administration, 1958. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Nas traseiras do referido bloco lateral leste do palácio encontrava-se o edifício onde haviam funcionado os serviços de Fazenda antes da ocupação japonesa, que depois da guerra desempenhou diferentes funções, entre as quais a de Tribunal e Estação Postal dos CTT em 1961 (fig. 55), e a de Direção Geral de Segurança (PIDE) na década de 70. A Secretaria Notarial funcionava no extremo oriental do Bairro Central, com acesso pela rua Belarmino Lobo. Não tendo sido construído o previsto edifício na Praça Cívica para instalar a Câmara Municipal, esta continuou a partilhar com os serviços da Administração do Concelho uma antiga casa na marginal que resistiu ao período japonês (fig. 56). O edifício sofreu obras de renovação em 2013 e encontra-se em bom estado de conservação embora muito alterado relativamente à sua traça original, alojando atualmente os serviços de Inspeção Geral do Estado (fig. 57).

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Iha kotuk husi bloku lateral leste husi palásiu iha edifísiu ne’ebé uluk hala’o servisu Fazenda molok okupasaun japoneza, ne’ebé hafóin funu, hala’o funsaun oin-oin, hanesan Tribunál no Estasaun Postal CTT sira iha 1961 (fig. 55), no diresaun Jerál kona-ba Seguransa (PIDE) iha dékada 70. Sekretaria Notariál iha estremu orientál husi Bairro Central, ho asesu liu husi Rua Belarmino Lobo. Tanba la harii edifisiu iha Prasa Sivika atu instala kámara Munisipál, ida ne’e kontinua servisu hamutuk ho administrasaun Konsellu, uma uluk no iha marjinal ne’ebé reziste ba períodu japonés (fig. 56). Edifísiu ne’e hetan obra renovasaun iha tinan 2013 no agora iha estadu konservasaun di’ak maske iha mudansa boot ba trasa orijinál, no agora uza ba servisu Inspesaun Jerál Estadu nian (fig. 57).

To the back of the block on the east side of the palace there was the building where the finance services were located before the Japanese occupation, that after the war had different roles, including the Postal Services of CTT in 1961 (fig. 55), and the General Security Diretorate (PIDE) in the 70s. The Notarial Secretariat worked on the eastern edge of the Bairro Central, with access from the street Belarmino Lobo. As the Town Hall was not built in the Civic Square, it continued to share offices with the County Administration services at an old house on the waterfront that resisted the Japanese period (fig. 56). The building underwent renovations in 2013 and is in good condition although much changed in relation to its original plan, currently housing the State General Inspection Services (fig. 57).


Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Instalações militares Edifisiu militar sira Military facilities

Iha parte osidentál husi Largu Infante D. Henrique, iha ne’ebé planu urbanizasaun deside konstrusaun ba Igreja Katedrál, iha kuartél infantaria husi sékulu XIX (fig. 58). Maske lokalizadu iha zona sentrál husi sidade, edifísiu ne’e hala’o funsaun militár. Hafóin okupasaun japoneza sai fatin ba kompañia caçadores, no funsiona nu’udar depózitu jerál ba materiál. Iha dékada 60 uza nu’udar kuartél ba kompañia Intendência, no sai mamuk bainhira sira transfere ba Taibessi iha tinan 1972.

In the western tip of the Largo Infante D. Henrique, where the urbanization plan established the construction of the Cathedral, was the Infantry Military Headquarters of the nineteenth century (fig 58). Although located in the central area of the city, the building has kept with a military function. After the Japanese occupation it housed a company of man, and after it was used as a general materials warehouse. In the 60s it served as headquarters for the Administration Company, and it become empty when they transferred to Taibesse in 1972.

Fig. 58 - Detalhe no edificio da Casa Europa. Detalle iha Casa Europa. Building detail at Casa Europa. © SETAC, 2014.

No extremo ocidental do largo Infante D. Henrique, para onde o plano de urbanização deliberava a construção da Catedral, permaneceu o quartel de infantaria do século XIX (fig. 58). Apesar de localizado na zona central da cidade, o edifício manteve a função militar. Depois da ocupação japonesa abrigou uma companhia caçadores, funcionando depois como depósito geral de material. Na década de 60 funcionou como quartel da Companhia de Intendência, acabando por ficar desocupado com a sua transferência para Taibessi em 1972.

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Depois do período indonésio o quartel sofreu profundas obras de reabilitação e encontra-se atualmente em bom estado de conservação, funcionando como espaço para realização de eventos culturais. Representa o edifício mais antigo do centro da cidade. Alguns aspetos da sua traça original mantêm-se ou foram refeitos, como o pórtico de entrada e os relevos decorativos das fachadas, nomeadamente as cornijas e as molduras dos vãos (fig. 59-65).

Hafóin periodu indonézia nia fatin ne’e hetan obra reabilitasaun no daudaun ne’e daudaun ne’e iha kondisaun konservasaun di’ak, no funsiona nu’udar fatin atu hala’o eventu kulturál sira. Ida ne’e reprezenta edifísiu ne’ebé antigu liu iha sentru sidade nian. Aspetu balun hosi ninian trasa orijinál maintein nafatin hetan rekonstrusaun, hanesan pórtiku tama no relevu dekorasaun ba faxada sira, liuliu kornija no moldura husi vão sira (fig. 59-65).

After the Indonesian period the barracks underwent extensive rehabilitation and are currently in good condition, working as a space for cultural events. It is the oldest building in the city centre. Some aspects of its original features remain or have been redone, as the entrance porch and decorative reliefs of the facades, including cornices and mouldings of the openings (fig. 59-65).


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Fig. 59-65 - Casa Europa localização e detalhes. Detalle iha Casa Europa. Casa Europa location and details. © SETAC, 2014.


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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Edifísiu husi Misaun sira Edifísiu husi Misaun sira Mission Buildings

No Bairro Central encontrava-se a sede da atividade da diocese, estando aí instalada a Câmara Eclesiástica numa construção antiga que sobrevivera à ocupação japonesa (fig. 67). Nos primeiros anos depois da guerra, o edifício alojou provisoriamente os escritórios da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) até à construção das suas próprias instalações.

Fig. 66 - Ruinas da Câmara Eclesiástica. Kâmara Eklesiastika aat. Ruins of the Diocese Council, 2011. © SETAC, 2011.

O bloco mais antigo, ao qual foram posteriormente acoplados novos corpos a sul, era um volume simples com desenvolvimento em dois pisos, coberto com telhado de quatro águas. As fachadas eram planos únicos marcados de forma monótona por vãos de configuração retangular e por elementos decorativos —cunhais, pilastras, cornijas— pouco salientes.

Iha Bairu Sentrál mak sede husi atividade dioseze, no iha ne’ebá iha mós Kámara Ekleziástika iha konstrusaun tuan ne’ebé reziste ba okupasaun japoneza (fig. 67). Iha tinan hirak fóin funu, edifísiu ne’e sai fatin ba eskritóriu sira husi Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) to’o konstrusaun husi sira nia fatin rasik.

In the Bairro Central there was the head of the diocese of activity, with the Ecclesiastical House in an old building that survived the Japanese occupation (fig. 67). In the early years after the war, the building temporarily housed the offices of the Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) until their own facilities were built.

Bloku antigu liu, ba ida ne’ebé aumenta tan iha sul, mak edifisiu simples ida ho andar rua ho uma-kakuluk haat. Faxada sira mak planu uniku ho fórma monótona ho vãos ho konfigurasaun retangular no elementu dekorativu —cunhais, pilastras, cornijas— ne’ebé saliente.

The oldest building, to which were later attached new buildings to the south, was a simple volume with two floors, covered with a hipped roof. The facades were plain marked by rectangular openings and decorative elements —corners, pilasters, cornices— slightly protruding.

Daudaun ne’e edifísiu husik hela no estraga hela, no aprezenta risku a’as katak atu lakon (fig. 66 no fig. 69).

Currently the building is abandoned and ruined, and has a high risk of disappearing (fig. 66 and 69).

Atualmente o edifício encontra-se abandonado e arruinado, e apresenta elevado risco de desaparecimento (fig. 66 e fig. 69).

Fig. 67 - Câmara Eclesiástica, 1958. Kâmara Eklesiastika, 1958. Diocese Council, 1958. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 68 - Câmara Eclesiástica, anos 1970. Kâmara Eklesiastika, tinan 40. Diocese Council, 70s.

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72 Fig. 69 - Ruinas da Câmara Eclesiástica. Kâmara Eklesiastika aat. Ruins of the Diocese Council. © SETAC, 2011.


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Fig. 71 - Sang Tai Hoo no cruzamento de Colmera. Sang Tai Hoo iha Kruzamentu Kolmera. Sang Tai Hoo building at the Colmera intersection. © SETAC, 2015.

Fig. 70 - Sang Tai Hoo no cruzamento da Rua do Coilão de Colmera com Rua José Maria Marques. 1973. Sang Tai Hoo. Rua José Maria Marques, Kruzamentu ho Rua Coilão Kolmera nian, 1973. Sang Tai Hoo building at the intersection Coilão de Colmera St. with José Maria Marques St, 1973. © AHU - ICCT.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Ruas comerciais Rua Komersiál sira Commercial streets

Iha dékada 50 no 60 funsaun komersiál iha Bairro Centrál implika atuasaun husi proprietáriu privadu ba sira ne’ebé impoin substituisaun ba estabelesimentu husi edifísiu ne’ebé tuir regulamentu komisaun munisipál Díli.

Fig. 72 – Casa Comercial, 1958. Loja, 1958. Commercial Building. 1958. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Neineik, konstrusaun sira ne’ebé iha ai palapa substitui ba uma alvenaria (fig. 72). Rua Dr. Carvalho (fig. 73) no Rua José Maria Marques (fig. 74), ne’ebé hanesan eixu prinsipál iha Bairro, no ida ne’e hametin hanesan artéria komersiál ne’ebé prinsipál iha sidade, iha ne’ebé bele hetan uma boot hanesan Tjing Fa Ho, Tai Hin, Jap Kon Su, Toko Lay (fig. 75, Lay Ju Man, Sang Tai Hoo (fig. 70), ne’ebé karik liu husi andar ida, no mós uma ho dimensaun ki’ik sira seluk ne’ebé maintein husi europeu sira.

In the 50s and 60s, the beginning of the commercial function in the Bairro Central involved the actions of private owners, to whom was ordered the replacement of the buildings that obeyed the regulations of the Municipal Commission of Dili. Gradually, existing buildings in palapa were replaced by brick houses (fig. 72). The Dr. Carvalho (fig. 73) and José Maria Marques (fig. 74) streets, which formed the main axis of the city, were consolidated as the main commercial arteries of the city, where there were large houses as Tjing Fa Ho, Tai Hin, Japan Kon Su, Toko Lay (fig. 75), Lay Ju Man Sang Tai Hoo (fig. 70), some of which rose above the ground floor, as well as other small establishments maintained by Europeans.

Nas décadas de 50 e 60, a instalação da função comercial no Bairro Central implicou a atuação dos proprietários privados aos quais foi imposta a substituição dos estabelecimentos por edifícios que obedecessem aos regulamentos da Comissão Municipal de Díli. Gradualmente, as existentes construções em palapa foram sendo substituídas por casas de alvenaria (fig. 72). As ruas Dr. Carvalho (fig. 73) e José Maria Marques (fig. 74), que formavam o eixo principal do bairro, consolidaram-se como as principais artérias comerciais da cidade, onde se encontravam grandes casas como Tjing Fa Ho, Tai Hin, Jap Kon Su, Toko Lay (fig. 75), Lay Ju Man, Sang Tai Hoo (fig. 70), das quais algumas se elevavam acima do piso térreo, bem como outros estabelecimentos de pequenas dimensões mantidos por europeus.

Fig. 73 – Cruzamento da Rua Dr. Carvalho com a Rua Belarmino Lobo, 1975 aprox. Rua Dr. Carvallo, Kruzamentu ho Rua Belarmino Lobo, 1975 (aprox.). Intersection of Dr. Carvalho St with Belarmino Lobo St., approx. 1975 © Rosel Magno’s private collection.

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Fig. 75 - Edifício Toko Lay. Toko Lay. Toko Lay building. © SETAC, 2014.

Fig. 74 - Rua José Maria Marques, 1975 aprox. Rua José Maria Marques, 1975 (aprox.). Street José Maria Marques, approx. 1975 © Rosel Magno’s private collection.


As vias limítrofes do Bairro Central também detinham importância comercial, designadamente a rua Belarmino Lobo, alguns troços da rua Jacinto Cândido, e sobretudo a rua do Coilão da Colmera (fig. 76 & 77). A maioria dos comerciantes pertencia à comunidade chinesa, que assim tinha presença predominante no centro da cidade e também permanente, uma vez que os proprietários residiam com as suas famílias no mesmo edifício que instalava a loja.

Via limítrofes sira iha Bairro Central iha mós importánsia komersiál, liu-liu Rua Belarmino Lobo, no parte balun husi Rua Jacinto Cândido, no liu-liu ba Rua Coilão Colmera nian (fig. 76 & 77). Maioria husi komersiante sira pertense ba komunidade xina nian, ne’ebé iha prezensa predominante no mós permanente iha sentru sidade, tanba sira hela ho sira nia família iha edifísiu ne’ebé sira iha loja.

Fig. 76 - Rua Coilão de Colmera, cruzamento com a rua José Maria Marques, 1973. Rua Coilão Kolmera , Kruzamentu ho Rua José Maria Marques nian, 1973. Coilão de Colmera Street, intersection with José Maria Marques. Street, 1973 © ICCT.

Fig. 77 - Rua Coilão de Colmera, cruzamento com a rua José Maria Marques, 1975 (aprox.). Coilão de Colmera Street, intersection with rua José Maria Marques, approx. 1975 © Rosel Magno’s private collection.

The neighbouring roads of Bairro Central also held commercial importance, namely street Belarmino Lobo, some sections of the street Jacinto Candido, and especially the street of the Coilão of Colmera (fig. 76 & 77). Most traders belonged to the Chinese community, which had a predominant and permanent presence in the city centre, given that the owners lived with their families in the same building of the store.


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FIg. 78 - Antiga Secretaria de Estado para o Apoio e Promoção do Sector Privado. Escadas. Antigu Sekretaria Estadu ba Apoiu no Promosaun ba Sektor Privadu.(Funsaun Deskoñesidu iha período português nian). Escada . Former Secretary of State for the Support and Promotion of the Private Sector. Staircase. 2014 © SETAC, 2014.

FIg. 79 - Antiga Secretaria de Estado para o Apoio e Promoção do Sector Privado. Fachada principal. Antigu Sekretaria Estadu ba Apoiu no Promosaun ba Sektor Privadu. (Funsaun Deskoñesidu iha período português nian). Fachada Prinsipal. Former Secretary of State for the Support and Promotion of the Private Sector. Main facade. 2014 © SETAC, 2014.

80 - Edifício comercial - Mi Hap. Antiga Rua Dr. Carvalho. Edifisiu loja - Mi Hap. Antigu Rua Dr. Carvallo. Commercial building - Mi Hap. Former Dr. Carvalho Street. © SETAC, Megumi Yamada, 2014.

As antigas rua José Maria Marques e rua Dr. Carvalho compõem atualmente a Avenida Presidente Nicolau Lobato, onde coexistem estabelecimentos de comércio (fig. 80) e outros serviços (fig. 78 & 79).

Antiga Rua José Maria Marques no Rua Dr. Carvalho daudaun sai Avenida Prezidente Nicolau Lobato, iha ne’ebé iha estabelesimentu komérsiu (fig. 80) no servisu sira seluk (fig. 78 & 79).

The old street José Maria Marques and Street Dr. Carvalho currently make up the Avenida Presidente Nicolau Lobato, where there are commercial establishments (fig. 80) and other services (fig. 78 & 79).

A avenida acolhe edifícios governamentais, nomeadamente uma secretaria de estado e uma embaixada, ambas instaladas em edifícios construídos antes de 1975. A meio do troço correspondente à antiga rua José Maria Marques, encontram-se duas instituições bancárias respetivamente herdadas do período português e indonésio. A antiga rua Dr. Carvalho reúne vários estabelecimentos hoteleiros e de restauração, bem como dois espaços culturais (Casa Europa e Fundação Oriente) acomodados em construções do período português.

Avenida iha mós edifísiu governu nian, sekretaria estadu ida no embaixada ida, ne’ebé iha edifísiu ne’ebé harii molok tinan 1975. To’o metade husi estrada korespondente ba antiga Rua José Maria Marques, iha instituisaun bankária rua ne’ebé mai husi periodu portugés no Indonesia. Antiga Rua Dr. Carvalho iha edifísiu hotel no restaurante oin oin, no mos espasu kulturál rua (Casa Europa, no Fundasaun Oriente) iha konstrusaun husi periodu portugés.

The Avenue host’s government buildings, including a secretary of state and an embassy, both installed in buildings built before 1975. The middle section of the corresponding old street José Maria Marques, are respectively two banking institutions inherited from the Portuguese and Indonesian period. The old street Dr. Carvalho brings together various hotel and catering establishments, as well as two cultural venues (Casa Europe and the Orient Foundation) accommodated in buildings of the Portuguese period.

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Fig. 81 - Atual Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. Aktual Sekretaria Estadu ba Juventude no Desportu. Current Secretary of State of Youth and Sports. Š SETAC, 2014.


Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Comunidade chinesa Komunidade xineza Chinese Community

A numerosa comunidade chinesa da cidade dispunha de equipamentos próprios nos quarteirões orientais do Bairro Central, que coincidiam com o antigo Campo China do período anterior à ocupação japonesa. Num edifício na marginal funcionava a Associação Comercial Chinesa e o Consulado da República da China (Formosa)13. A sul ficava o templo chinês e a escola chinesa. Fora do Bairro Central, em Taibessi, mantinha-se o antigo cemitério chinês do período anterior à guerra.

The large Chinese community in the city had its own facilities in the eastern blocks from the Bairro Central, which coincided with the old Campo China from before the Japanese occupation. In a building on the waterfront was Commercial Chinese Association and the Consulate of the Republic of China (Taiwan)13. To the south was the Chinese temple and a Chinese school. Outside the Bairro Central in Taibesse, was the old Chinese cemetery from before the war.

Para construir o edifício da Associação Comercial Chinesa e do Consulado da República da China foi aproveitada uma estrutura pré-existente construída antes da guerra. Desenvolvia-se em dois pisos, tendo a fachada frontal arcada no piso térreo e varanda no primeiro piso, apresentando elementos decorativos de influência chinesa (fig. 83).

To build the building of the Commercial Chinese Association and the Consulate of the Republic of China they used a pre-existing structure built before the war. It was developed on two floors, with the front facade arcade on the ground floor and balcony on the first floor, featuring decorative elements of Chinese influence (fig. 83).

O edifício continua em utilização, alojando atualmente a Secretaria do Estado da Juventude e do Desporto. Apesar da fachada principal ter mantido as suas caraterísticas, a volumetria encontra-se significativamente alterada pelos acrescentos feitos a sul (fig. 82).

Fig. 83 - Commercial Chinese Association and the Consulate of the Republic of China, 1949. Antigu Assosiasaun Komercisial China no Konsuladu China nian, 1949. Former Chinese Business Association and Consulate of China, 1949. © AHU.

Komunidade xina iha sira nia ekipamentu rasik iha kuarteiraun orientál husi Bairro Central, ne’ebé iha antigu Kampu Xina husi períodu molok okupasaun japoneza. Iha edifísiu iha marginal mak uluk Asosiasaun Komersiál Xina no Konsuladu Repúblika Xina (Fórmosa)13. Iha parte sul mak templu xina no eskola xina. Iha Bairro Central nia liur, iha Taibessi, sei iha semitériu xinés husi períodu molok funu.

The building remains in use, currently housing the Secretariat of State for Youth and Sports. Although the main facade maintained the characteristics, the volume is significantly altered by the additions made to the south (fig. 82).

Hodi halo edifisiu husi Asosiasaun Komersiál Xina no Konsuladu Repúblika Xina sira aproveita fatin uluk iha ne’ebé harii molok funu. Iha andar rua, no faxada frontal iha arkada iha okos no varanda iha leten, ho elementu dekorasaun ho influénsia xina (fig. 83). Edifisiu sei uza hela no daudaun iha ne’eba mak Sekretaria Estadu Juventude no Desportu. Maski faxada prinsipál mantein karateristika husi uluk, iha mudansa barak husi buat ne’ebé aumenta ba edifisiu. (fig. 82). Fig. 82 - Atual Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. Aktual Sekretaria Estadu ba Juventude no Desportu, 2011. Current Secretary of State of Youth and Sports. © SETAC 2014.

13. Timor mantinha relações com a República da China, ou seja, Formosa (Taiwan ou China insular), estando vedado o contacto com a República Popular da China (China continental).

13. Timor mantinha relações com a República da China, ou seja, Fórmosa (Taiwan ou China insular), estando vedado o contacto com a República Popular da China (China continental).

13. Timor maintained relations with the Republic of China, ie Taiwan (Taiwan or insular China), being prohibited from contact with the People’s Republic of China (mainland China).

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82 Fig. 84 & 85 - Atual Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. Aktual Sekretaria Estadu ba juventude no Desportu. Current Secretary of State of Youth and Sports. Š SETAC 2014.


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O templo chinês adotava as caraterísticas arquitetónicas próprias dos edifícios de culto chinês (fig. 86). Destinavase à pratica da religião seguida em Formosa, que misturava o confucianismo, o taoismo e o budismo. Atualmente, o templo permanece em funcionamento, tendo-lhe sido acrescentados novos volumes ao longo do tempo (fig. 87 & 88).

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Fig. 86 - Templo Chinês, 1975 aprox. Templu China nian, 1975 (aprox.). Chinese Temple, approx. 1975. © Rosel Magno’s private collection.

Fig. 87 & 88 - Templo Chinês. Templu China nian. Chinese Temple. © SETAC, 2014.

Templu xinés tuir karaterístika arkitetónika husi edifísiu relijiozu xina nian (fig. 86). Ida ne’e hodi halo tuir relijiaun ne’ebé sira tuir iha Fórmosa, ne’ebé kaur konfusianizmu ne’e, Taoizmu no mós Budizmu. Daudaun ne’e, templu sei funsiona hela, no hetan tan edifisiu fóun (fig. 87 & 88).

The Chinese temple adopted the architectural characteristics of the Chinese cult buildings (fig. 86). Intended for the practice of the religion of Taiwan, which mixed Confucianism, Taoism and Buddhism. Currently, the temple remains in operation, having been added new volumes over time (fig. 87 & 88).


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A escola chinesa, cujo ingresso era exclusivo a membros da comunidade até 1975, congregava o ensino primário e secundário. O edifício foi inaugurado em Maio de 1960 pelo governador Filipe Themudo Barata (fig. 89), tendo sido antecedido por uma construção provisória edificada depois da guerra. A escola foi danificada em 1999 e recuperada em 2000, encontrando-se atualmente em funcionamento (fig. 90-92).

Eskola xina, ne’ebé tama eskluzivu husi membru sira husi komunidade to’o tinan 1975, tau hamutuk edukasaun primária no sekundária. Edifísiu ne’e inaugura iha fulan maiu tinan 1960 hosi governadór Filipe Themudo Barata (fig. 89), no uluk iha konstrusaun provizóriu ida ne’ebé molok funu. Eskola ne’e hetan estragu iha tinan 1999 no rekupera iha tinan 2000, no daudaun iha funsionamentu (fig. 90-92).

The Chinese School, that was exclusive to members of the community until 1975, brought together primary and secondary education. The building was inaugurated in May 1960 by the Governor Filipe Themudo Barata (fig. 89), having been preceded by a provisional construction built after the war. The school was damaged in 1999 and restored in 2000, and is currently in operation (fig. 90-92).

Fig. 89 - Escola chinesa, 1964-1967. Eskola China nian, 1964-1967. Chinese School, 1964-1967 © Geocities, unknown source.

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Fig. 90 & 91 - Escola chinesa. Eskola China nian, 1964-1967. Chinese School. © SETAC, 2014.


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Fig. 92 - Escola chinesa. Eskola China nian. Chinese School. Š SETAC, 2014.


Fig. 93 - Centro de Saúde. Sentru Saúde. Health Centre. © Flavio Miranda, 2015.

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Fig. 94 - Pólo de Equipamentos de Saúde, 1965 (aprox.). Armazém de Ekipamentus Saúde nian, 1965 (aprox.). Health Facilities, approx. 1965. © In Timor. Pequena monografia.


Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Saúde Saúde Health

Na parte leste do Bairro Central, nas proximidades de um coilão, foi instalado um pólo de equipamentos de saúde que incluía o Centro de Saúde, a Farmácia do Estado e a Delegacia de Saúde (fig. 94). No quarteirão a sul encontrava-se o edifício da Cruz Vermelha, que completava o conjunto dos edifícios assistenciais existentes na cidade.

Sentru Saúde ne’e harii entre 1954 no 1955, no bazeia ba projetu husi 1952 husi José Manuel Galhardo Zilhão, ne’ebé prevê konstrusaun ba edifísiu rua: Sentru Saúde no bloku aneksu ba armazen no garagem (fig. 95). Sentru Saúde a’as metru ida kompara ho dalan no ho planta V iha kruzamentu entre Rua Fórmosa no Travessa Bématan. Faxada sira hatudu ba Rua limítrofe no iha galeria esteriór. Bloku ho aneksu —edifisiu naruk ho pozisaun perpendikular ba Rua Fórmosa— harii iha 1956, no adapta ba Farmácia Estadu nian iha 1966.

In the eastern part of the Bairro Central Municipality, near a coilão, was built a health centre facility that included the Health Centre, the State Pharmacy and the Department of Health (fig. 94). In the south block was the building of the Red Cross, which completed all the welfare buildings existent in the city. The Health Centre was built between 1954 and 1955, based on a 1952 design by José Manuel Gallardo Zilhão, which provided for the construction of two buildings: the Health Centre and a block of annexes to the house to be the warehouse and the garage (Fig. 95). The Health Centre was one meter above the quota of the street and was developed according to a V plan, following the intersection between the then called Formosa Street and the Lane of Bé-fonte. The facades facing the neighbouring streets were composed of outdoor galleries. The block on annexes —an elongated volume positioned perpendicular to the street Formosa— was built in 1956, being adapted to be the State Pharmacy in 1966.

Fig. 95 - Centro de Saúde. Projeto, 1952. Sentru Saude. Projektu, 1952. Health center. Project, 1952. © AHU.

O Centro de Saúde foi construído entre 1954 e 1955, com base num projeto de 1952 de José Manuel Galhardo Zilhão, que previa a construção de dois edifícios: o Centro de Saúde e um bloco de anexos para abrigar o depósito e a garagem (fig. 95). O Centro de Saúde elevava-se cerca de um metro sobre a cota da rua e desenvolvia-se segundo uma planta em V, acompanhando o cruzamento entre as então denominadas Rua Formosa e Travessa da Béfonte. As fachadas voltadas para as ruas limítrofes eram compostas por galerias exteriores. O bloco de anexos —volume alongado posicionado perpendicularmente à rua Formosa— foi construído em 1956, sendo adaptado a Farmácia do Estado em 1966.

Iha parte leste husi Bairro Central, besik coilão, iha ekipamentu saúde ne’ebé inklui Sentru Saúde, Farmácia Estadu nian no Delegacia Saúde (fig. 94). Iha quarteirão iha sul iha edifísiu husi Cruz Vermelha, ne’ebé kompleta konjuntu husi edifísiu asisténsia ne’ebé eziste iha sidade.

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90 Fig. 96 - Recepção Centro de Saúde. Recepsaun Sentru Saúde. Health Centre’s Reception. © Flavio Miranda, 2015.


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O edifício da Delegacia de Saúde foi construído entre 1957 e 1958 para alojar um Centro Materno (fig. 97). Desenvolvia-se por meio de uma planta em H, sendo a fachada tripartida, com a entrada recuada ao centro. Em 1959, instalou provisoriamente a Missão de Combate às Endemias, acabando por ser adaptado a Delegacia de Saúde em 1969. Os edifícios do antigo pólo de saúde continuam a desempenhar funções assistenciais e encontram-se em bom estado de conservação (fig. 98).

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Fig. 97 - Centro materno-infantil, 1958. Armazém de Sentru Maternidade-Infantil, 1958. Maternal and child centre, 1958 . In Missão de Estudos do Habitat nativo de Timor. Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 98 - Antiga Delegacia de Saúde. Antigu Delegasaun Saúde nian. Former Health Delegation. © Megumi Yamada, 2014.

Edifísiu husi Delegacia Saúde harii entre 1957 no 1958 ba Sentru Maternu (fig. 97). Ida ne’e iha planta H, no faxada tripartida, ho dook husi dalan. Iha 1959, sai fatin provizóriu ba Missão de Combate às Endemias s, no adapta ba Delegacia Saúde iha 1969.

The building of the Health Department was built between 1957 and 1958 to house a Maternal Centre (fig. 97). It was developed on an H plant, with a tripartite facade, and the entrance behind. In 1959, the Mission to Fight Endemic Diseases was provisionally installed there, and it was eventually be adapted to be the Health Department in 1969.

Edifísiu sira husi antigu polu saúde sei kontinua hala’o funsaun assistensiál ne’e iha kondisaun konservasaun di’ak (fig. 98).

The buildings of the former health centre continue to perform welfare functions and are in good condition (fig. 98).


A Cruz Vermelha funcionava num grande edifício de planta cruciforme (fig. 100), com acesso pela rua Jacinto Cândido. O edifício encontra-se ainda em utilização, embora se tenha construído recentemente uma nova sede para a instituição. Não sofreu grandes alterações à sua morfologia, mas apresenta-se em mau estado de conservação (fig. 99).

Kruz Vermelha hala’o servisu iha edifisiu boot ida ho planta krús (fig. 100), ho asesu husi Rua Jacinto Cândido. Edifísiu ne’e daudaun utiliza hela, maski halo sede fóun fóin daudaun ba instituisaun ne’e. Edifisiu la hetan alterasaun boot ba nia morfólojia maibé estadu konservasaun la di’ak (fig. 99).

The Red Cross worked in a large cruciform plan building (fig. 100), with access from the street Jacinto Candido. The building is still in use, although a new headquarters for the institution was recently built. It has not changed much of its morphology, but it is in a bad condition (fig. 99).

Fig. 99 & 100 - Sede da Cruz Vermelha. Sede Cruz Vermelha. Red Cross Headquarters. © Megumi Yamada, 2014.

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Área urbana Área urbana Urban Area

Fig. 101 & 102 - Atual UNTL. Antiga Escola primaria. Aktual UNTL. Antigu Eskola Primaria. Atual UNTL. Former Primary School. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

Bairro Central Educação Edukasaun Education

Fig. 103 - Escola Primaria, 1957 (aprox.). Eskola Primaria, 1957 (aprox.). Primary School, approx. 1957. © CGD.

A sudoeste do Palácio das Repartições surgiu o quarteirão escolar da cidade, composto pelos edifícios da escola primária, do liceu, do centro de estudos, da escola técnica e do ginásio. Em frente ao quarteirão funcionavam os Serviços de Educação.

Iha sudoeste husi Palácio das Repartições mosu kuarteiraun eskolár husi sidade, ne’ebé kompostu husi edifísiu eskola primária, liseu, sentru estudu, eskola téknika no jináziu. Iha kuarteiraun nia oin iha edifisiu husi Servisu Edukasaun.

To the southwest of the Government Palace was the school block consisting of the buildings of the elementary school, high school, the centre of studies, technical school and gym. In front of the block were the Education Services.

A escola primária era um bloco térreo de geometria alongada com galeria, construído entre 1954 e 1957 (fig. 103). A partir de 1965, a metade leste do edifício passou alojar a escola de professores de posto escolar Engenheiro Canto Resende (fig. 101 & 102).

Eskola primária iha bloku térreo ho jeometria naruk ho galeria, harii entre 1954 no 1957 (fig. 103). Hahú hosi tinan 1965 metade leste husi edifísiu pasa ba eskola ba profesor sira husi postu eskolár Engenheiro Canto Resende (fig. 101 & 102).

The primary school was a ground elongated building with a gallery, built between 1954 and 1957 (fig. 103). In 1965, the eastern half of the building housed the school of teachers Engenheiro Canto Resende (fig. 101 & 102).

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Fig. 104 - Atual UNTL. Antiga Liceu Dr. Francisco Machado. Aktual UNTL. Antigu Liseu Dr. Francisco Machado. Atual UNTL. Former Lyceum Dr. Francisco Machado. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

Fig. 105 - Colégio Liceu. Projeto, 1953. Kolégiu Liseu. Projektu, 1953. Liceu School. Project, 1953 © AHU.

Entre 1955 e 1956, o antigo edifício da Escola Municipal do período anterior à guerra sofreu obras de recuperação e aumento, segundo um desenho de 1953 de Eurico Pinto Lopes, para instalar o Colégio-Liceu Dr. Francisco Vieira Machado (fig. 105). Em 1961 o mesmo arquiteto e António Sousa Mendes elaboraram o projeto de ampliação das instalações (fig. 106), que acabou por não ser totalmente concretizado, construindo-se apenas uma ala de salas, com frentes para a rua Formosa (atual Avenida Cidade de Lisboa) e para o largo da escola primária, disposta de forma a delimitar o pátio de recreio do liceu.

Entre 1955 no 1956, antigu edifisiu Eskola Munisipál husi períodu molok funu hetan rekuperasaun no aumentu, tuir dezeñu husi 1953 husi Rua Eurico Pinto Lopes, hodi sai fatin ba Colégio-Liceu Dr. Francisco Vieira Machado (fig. 105). Iha 1961 arkitetu ne’e no António Sousa Mendes elaboraram projetu ampliasaun ba instalasaun sira (fig. 106), ne’ebé la sai halo hotu, no harii-de’it dala ida, ho frente ba Rua Fórmosa (atuál Avenida Cidade Lisboa) no ba Largu husi eskola primária, hodi nune’e fó limitasaun ba fatin rekreiu liseu nian.

Between 1955 and 1956, the old building of the School of the pre-war period was recovered and expanded, according to a 1953 design by Eurico Pinto Lopes, to install the Colégio-Liceu Dr. Francisco Vieira Machado (fig. 105). In 1961 the same architect and António Sousa Mendes drew up the project for the expansion of the facilities (fig. 106), which turned out to not be fully achieved and only one wing was built, fronting the Formosa Street (now Avenue Cidade de Lisboa) and the elementary school, arranged in a way to limit the grounds of the playground of the high school.

Fig. 106 - Ampliação do Liceu. Projeto, 1961. Ampliasaun Liseu nian. Projektu, 1961. Liceu expansion. Project, 1961. © AHU, IPAD-CDI.

Fig. 107 - Atual UNTL. Antiga Liceu Dr. Francisco Machado. Aktual UNTL. Antigu Liseu Dr. Francisco Machado. Atual UNTL. Former Lyceum Dr. Francisco Machado. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

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Fig. 108 - Centro de Estudos. 1961 Sentru ba Estudus, 1961. Study Center, 1961. © CGD. Fig. 109 - Arquivo e Museu da Resistência Timorense. Arkivu no Museu ba Resistênsia Timorense nian. Archive Museum of the Timorese Resistance. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 110 - Escola Comercial e Industrial Professor Silva Cunha, 1973. Eskola Komersial no Industrial Professor Silva Cunha, 1973. Commercial and Industrial School Professor Silva Cunha, 1973. © IICT.

Em 1952 foi criado o Centro de Estudos de Timor, cuja construção das instalações teve início em 1955 e se prolongou até 1961 (fig. 108). O edifício nunca chegou a desempenhar a função para a qual foi concebido, tendo alojado provisoriamente os serviços de Obras Públicas e posteriormente o Tribunal. Possuía planta em V, com entrada na intercepção das duas alas, estando as fachadas viradas para o largo em frente à escola primária e para a rua Formosa, sendo marcadamente ritmadas pelas lâminas verticais de proteção dos vãos. O edifício da Escola Técnica, depois renomeada Escola Industrial e Comercial Professor Silva Cunha, era composto por dois blocos alongados de dois pisos construídos entre 1966 a 1971 (fig. 110). Em frente ao quarteirão escolar, os Serviços de Educação estavam instalados no antigo edifício Farmácia do Estado do período anterior à guerra.

Iha 1952 harii mós Centro de Estudos de Timor, no ninia konstrusaun hahú iha 1955 no to’o 1961 (fig. 108). Edifísiu ne’e nunka hala’o ninia funsaun nudar Centro de Estudos de Timor, no sai fatin provizóriu ba Servisu Obras Públikas no tuir mai ba tribunál. Iha planta V ho entrada iha kruzamentu husi dalan rua no faxada hatudu ba Largu iha eskola primária nia oin no ba Rua Fórmosa, ho lâmina vertikal ba protesaun ba vão sira. Edifísiu hosi Eskola téknika, tuir hanaran Eskola Industriál no Komersiál Profesór Silva Cunha, kompostu husi bloku naruk rua ho andar rua ne’ebé harii entre 1966 no tinan 1971 (fig. 110). Iha kuarteiraun eskolár nia oin, iha Servisu Edukasaun iha eis edifísiu Farmácia Estadu nian iha períodu molok funu.

In 1952 was created the Timor Studies Centre, and the construction of the facilities began in 1955 and lasted until 1961 (fig. 108). The building never got to perform the function for which it was designed and provisionally housed the Public Works services and subsequently the Court. With a plant in V, with the entrance at the intersection of the two wings, with the façade facing the square in front of primary school and the street Formosa, visually marked by the vertical blades protecting the openings. The building of the Technical School, later renamed Industrial and Commercial School Professor Silva Cunha, consisted of two elongated blocks of two floors built between 1966-1971 (fig. 110). In front of the school block, were the Education Services in the old building of the State Pharmacy from before the war.


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Fig. 111 & 112 - Ginásio da UNTL. Ginásiu iha UNTL. Gym at UNTL. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

Fig. 113, 114, 115 - Bibliteca e sala de aulas UNTL. Biblioteka no sala aulas nian. Library and classrooms at UNTL. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

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Fig. 116 - Arquivo e Museu da Resistência Timorense. Arkivu no Museu ba Resistênsia Timorense nian. Archive Museum of the Timorese Resistance. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 117 - Comité Olímpico Nacional de Timor-Leste. Komité Olímpiku Nasional Timor-Leste nian. Timor-Leste National Olympic Committee. © SETAC, Megumi Yamada, 2014.

Todos os edifícios do quarteirão escolar integram atualmente o complexo da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) (fig. 113, 114, 115), à exceção do antigo tribunal, que foi adaptado para instalar o Arquivo Museu da Resistência Timorense (fig. 116). O edifício dos Serviços de Educação aloja presentemente o Comité Olímpico Nacional de Timor-Leste (fig. 117).

Edifísiu hotu husi kuarteiraun eskolár tama dadaun iha kompleksu Universidade Nasionál Timor-Leste (UNTL) (fig. 113, 114, 115), exesaun ba antigu tribunál ne’ebé, adaptadu atu uza ba Arkivu Muzeu Rezisténsia Timorense (fig. 116). Edifísiu husi Servisu Edukasaun agora mak Komité Olímpiku Nasionál Timor-Leste (fig. 117).

All the buildings of the school block are currently part of the complex of the National University of Timor-Leste (UNTL) (fig. 113, 1114, 115), except for the old court, which was adapted to install the Archive and Museum of the Timorese Resistance (fig. 116). The building of the Education Services currently houses the National Olympic Committee of Timor-Leste (fig. 117).

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Apoio ao turismo Apoiu ba turizmu Tourism support

Fig. 118 - Centro de Informação e Turismo, 1973. Sentru ba Informasaun no Turismu, 1973. Tourism Information Centre, 1973. © IICT.

No sentido do apoio ao turismo, o Bairro Central dispunha de um Centro de Informação de Turismo instalado num edifício construído na década de 30 que com o redesenho urbano do Plano de Urbanização de 1951 ficou localizado no canto nordeste do largo do Infante D. Henrique (fig. 118). Existiam também alguns estabelecimentos hoteleiros, entre os quais o Hotel Miramar e o Hotel Resende, e no final do período português começou a ser construído no centro da cidade o edifício do atual Hotel Timor (fig. 119).

Kona-ba apoiu ba turizmu, Bairro Central iha Sentru Infórmasaun Turizmu iha edifísiu ne’ebé harii iha tinan dékada 30 ne’ebé, ho redezeño urbanu husi Planu Urbanizasaun husi 1951 lokaliza iha kantu nordeste husi Largu Infante D. Henrique (fig. 118). Iha mós edifísiu balun, hanesan Hotel Miramar no Resende, no iha finál husi periodu portugés hahú harii iha sentru husi sidade edifísiu husi atuál Hotel Timor (fig. 119).

In terms of supporting tourism, the Bairro Central had a Tourism Information Centre housed in a building built in the 30s with the urban redesign of the 1951 Urban Plan that was located in the northeast corner of the Largo Infante D. Henrique (fig. 118). There were also some hotel establishments, including the Hotel Miramar and the Hotel Resende and at the end of the Portuguese period began construction in the city centre the building of the current Hotel Timor (fig. 119).

Fig. 119 - Hotel Timor. Hotel Timor. Hotel Timor. © SETAC - Flávio Miranda, 2011.

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Fig. 120 - Hotel Miramar, atual hotel Dili, 1961. Hotel Miramar, atual hotel Dili, 1961. Hotel Miramar, atual hotel Dili, 1961. © AHU, IPAD - CDI.

O Hotel Miramar (fig. 120 ), localizado na marginal, era o hotel mais antigo de Díli. Pertencia a Sebastião Costa Alves, a quem foi permitido construir um bloco de quartos perante a falta de equipamentos hoteleiros na cidade. O processo de construção foi iniciado em 1959, com base num projeto da autoria de João Pimentel Freixo, então chefe da Repartição de Obras Públicas. Atualmente o edifício mantém a função hoteleira, instalando o Hotel Díli. O Hotel Resende, pertencente a Amadeu Coelho, foi construído na década de 60. Era composto por duas alas de dois pisos dispostas perpendicularmente, sendo uma orientada para a rua Formosa e outra para a avenida Bispo de Medeiros. O edifício apresentava linhas modernas e as fachadas eram animadas com diferenças de cores e texturas (fig. 121). O edifício do hotel foi demolido em 2013.

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Hotel Miramar (fig. 120), iha marginal, mak hotel antigu liu husi Díli. Nia na’in mak Sebastião Costa Alves, Ne’ebé hetan autorizasaun atu harii bloku ho kuartu sira tanba la iha otél iha sidade. Prosesu konstrusaun harii iha 1959, bazeia ba projetu husi João Pimentel Freixo, ne’ebé Xefe husi Repartição de Obras Públicas. Daudaun edifisiu ne’e sei nafatin otél ida ho naran Hotel Díli. Hotel Resende, ne’ebé pertense ba Amadeu Coelho, harii iha dékada 60. Kompostu husi dalan rua ho andar rua iha perpendikular, no ida hatudu Rua Fórmosa no ida ba Avenida Bispo de Medeiros. Edifisiu iha liña moderna no faxada sira iha kór no testura oin oin (fig. 121). Edifisiu husi hotel hetan demolisaun iha 2013.

The Hotel Miramar (fig. 120), located on the waterfront, was the oldest hotel in Dili. Belonged to Sebastião Costa Alves, who was allowed to build a block of rooms given the lack of hotel facilities in the city. The process of construction started in 1959, based on a design by João Pimentel Freixo, then head of the Office of Public Works. Currently the building retains the hospitality function as Hotel Dili. The Resende Hotel, owned by Amadeu Coelho, was built in the 60s and was composed of two wings of two floors arranged perpendicularly, one oriented to Formosa Street and one to the Avenue Bispo de Medeiros. The building had modern lines and the facades had differences in colours and textures (fig. 121). The hotel building was demolished in 2013.


Fig. 121 - Hotel Resende, 1961. Demolido em 2013. Hotel Resende. 1961. Baku rahun iha tinan 2013. Hotel Resende. 1961. Demolished in 2013. Š IICT.

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Fig. 122 - Capitania do Porto, 1975. Kapitania Porto nian, 1975. Captaincy of the Port, 1975. © Rosel Magno’s private collection.

Fig. 123 - Cais-Acostável, 1968. Ponte-Kais, 1968. Harbour bay, 1968. © CGD.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Instalações portuárias Instalasaun husi portu Port facilities

Depois do período de ocupação japonesa, Díli manteve o título de porto mais importante da então província. Nos anos que se seguiram à guerra, além da já referida construção de uma ponte cais provisória, foram ainda edificados em 1950 dois edifícios destinados à alfândega e aos respetivos armazéns. O bloco norte era percorrido por uma galeria que evitava a irradiação excessiva dos espaços interiores. As fachadas apresentavam uma monotonia que apenas se quebrava com um ressalto na platibanda da fachada principal para demarcar a entrada (fig. 122). De forma a proporcionar unidade ao conjunto, as fachadas do bloco sul receberam os mesmos relevos sóbrios utilizados nos pilares e na platibanda do bloco norte (fig. 124). Perante a necessidade de criar as condições necessárias ao exercício da atividade portuária, foi construído no âmbito do II Plano de Fomento (1959-1964) um caisacostável para navios de longo curso (fig. 123), sobre o qual se instalaram telheiros destinados ao armazenamento de equipamentos e mercadorias e à casa do trabalhador. Com a construção das novas instalações alfandegárias, um dos edifícios construído em 1950 ficou reservado à Capitania e o outro foi adaptado em 1967 para acolher a Imprensa Nacional. O porto dispunha ainda de um plano inclinado para reparação de embarcações, com capacidade para suas barcaças de desembarque.

Hafóin periodu okupasaun japoneza, Dili mantein nia títulu nudar portu importante liu ba provínsia. Iha tinan ne’ebé tuir funu, aleinde konstrusaun ne’ebé refere ona husi ponte kais provizória harii mos iha 1950 edifísiu rua ne’ebé atu uza ba alfandega no ba armazen sira. Bloku norte iha galeria atu hamenus loron kona fatin iha laran. Faxada sira hatudu monotonia no iha deit diferensa iha faxada prinsipál hodi hatudu dalan tama (fig. 122). Atu bele fó unidade ba konjuntu, faxada sira husi bloku sul iha relevu hanesan uza iha pilár no iha platibanda husi bloku norte (fig. 124).

After the Japanese occupation period, Dili remained the most important port of the province. In the years following the war, in addition to the afore mentioned construction of a temporary pier, were also built in 1950 two buildings for the customs and the respective warehouses. The north block had a gallery that helped avoid excessive irradiation of the interior spaces. The facades showed a monotony only broke by a rebound in the main facade to mark the entry (fig. 122). In order to provide unity to the block, the facades of the south block had the same images used in the pillars of the north block (fig. 124).

Tanba nesesidade atu kria kondisaun sira ne’ebé nesesáriu hodi hala’o atividade portuária, harii iha ámbitu husi Planu de Fómento II (1959-1964) Kais-aKostável ida ba ró boot (fig. 123), no iha leten harii fatin armazenamentu ba ekipamentu no sasán no ba trabalhadór nian uma. Ho konstrusaun husi instalasaun alfandegária fóun, edifísiu ida ne’ebé harii iha 1950 fó Capitania no ida seluk adapta iha 1967 hodi hala’o Imprensa Nasionál. Portu iha mós fatin inklinadu ida atu hadi’a ro, ho kapasidade atu ba nia barkasa hatun.

Given the need to create the conditions necessary to the performance of port activities, it was built under the Development Plan II (1959-1964) a wharf-mooring for deep-sea vessels (fig. 123), on which were built sheds for the storage of equipment and goods and to the worker’s house. With the construction of new customs facilities, one of the buildings built in 1950 was reserved for the captaincy and the other was adapted in 1967 to host the National Press. The port had also an inclined area for the repair of vessels with capacity for their landing crafts.

Fig. 124 – Armazéns da Alfandega, 1956. Armazém Alfandega nian, 1956. Customs warehouses, 1956. © In Timor Português.

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Atualmente o cais-acostável construído no período português continua em utilização. Os edifícios da imprensa nacional e da capitania do porto apresentam condições de conservação desiguais, mantendo-se o primeiro em funcionamento (fig. 125), enquanto o segundo se encontra arruinado (fig. 126).

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Dadaun ne’e ponte kais-acostável ne’ebé harii iha periodu portugés nian ne’e kontinua utiliza hela. Edifísiu sira husi imprensa nasionál no capitania portu iha kondisaun konservasaun ne’ebé la hanesan, no ida primeiru sei funsiona hela (fig. 125), enkuatu ida segundu estragadu liu (fig. 126).

Currently the mooring pier built in the Portuguese period remains in use. The buildings of the national press and the Port Captaincy are not in the same conditions, with the first being operational (fig. 125), while the second is ruined (fig. 126).


Fig. 126 – Antiga Capitania do Porto. Antigu Kapitania Porto. Former Captaincy of the Port. © SETAC - Flávio Miranda, 2011.

Fig. 125 – Antiga Imprensa Nacional. Antigu Imprensa Nasioanal. Former National Printing Press. © SETAC - Flávio Miranda, 2011.

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112 Fig. 127 - Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. 1975 (aprox.). Sociedade Agrikola no Sirvisu Lda, 1975. Society Agricultural Fatherland and Work Lda, 1975 © Rosel Magno’s private collection.

Fig. 126 - Edifício da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda, 1957. Edifisiu Sociedade Agrikola no Sirvisu Lda, 1957. Building of Society Agricultural Fatherland and Work Lda, 1957. © CGD.


Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Associações de particulares Associações particulares Private Associations

Construída entre 1948 e 1949, a sede da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) foi das primeiras edificações em alvenaria do período pós-guerra (fig. 127). Correspondia a um complexo de grandes dimensões que preenchia um quarteirão localizado no centro da cidade, composto por volumes de linhas simples, concebidos com propósitos unicamente funcionais que se cingiam à acomodação de escritórios e armazéns, sem pretensões de expressão representativa (fig. 128). Até à década de 60, parte das instalações eram ocupadas pela agência do Banco Nacional Ultramarino (BNU). O antigo conjunto edificado da SAPT Lda. aloja atualmente empresas de diversos ramos de atividade, desde a prestação de serviços de engenharia, à distribuição alimentar (fig. 129).

Harii entre 1948 no 1949, sede husi Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) mak edifísiu primeiru ne’ebé halo alvenaria husi períodu pós-guerra (fig. 127). Inisialmente hanesan kompleksu ida ho dimensaun boot sira ne’ebé halo nakonu kuarteiraun ida iha sentru sidade, kompostu husi edifisiu ho liña simples, ne’ebé la buka atu iha espresaun reprezentativa (fig. 128). To’o dékada 60, parte husi ne’e okupa husi Banco Nacional Ultramarino (BNU). Antigu konjuntu husi SAPT Lda. Daudaun ne’e iha empreza ho atividade oin oin, husi prestasaun servisu enjeñaria nian, to’o distribuisaun ai-han (fig. 129).

Built between 1948 and 1949, the headquarters of the Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. (SAPT Lda.) Was among the first buildings in masonry post-war period (fig. 127). Corresponded to a large complex that filled a block located in the city centre, composed of volumes of simple lines, designed with only functional purposes that accommodated offices and warehouses without intentions of a representative expression of (fig. 128). Until the 60s, part of the premises was occupied by the BNU agency (BNU). The old building of SAPT Lda. currently hosts companies from various fields of activity, from the provision of engineering services, to food distribution (fig. 129).

Fig. 128 - Edifício da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho Lda. Edifisiu Sociedade Agrikola no Sirvisu Lda. Building of Agricultural Fatherland and Work Society Lda. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

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A prática de desporto era das poucas atividades de lazer proporcionadas pela cidade. Alguns clubes desportivos construíram sedes próprias onde tinham também lugar eventos socioculturais. Dentro do perímetro do Bairro Central estavam representados o Sport Díli e Benfica (SDB), a Académica e o Sporting Clube de Timor (SCT). A sede do SDB (fig. 129) localizava-se na rua Formosa e permanece atualmente em funcionamento (fig. 130). A académica estava instalada num edifício de construção anterior à ocupação japonesa situado na rua José Maria Marques (fig.131) que atualmente acomoda um estabelecimento comercial, tendo sofrido alterações significativas à sua traça original (fig. 132). Em 1960 foi inaugurado um edifício na avenida marginal para alojar a sede do SCT (fig. 134 & 135), que até então funcionava numa casa antiga em Bidau. Com a construção da nova sede do SCT a cidade passava a dispor de um local para transmissão de sessões de cinema. O edifício do SCT encontra-se atualmente em fase de reconstrução (fig.1 33).

Prátika desportu hanesan atividade ida ne’ebé sidade iha kona ba atividade halimar. Klube balun halo nia sede rasik iha ne’ebé hala’o eventu sosiokulturál balun. Iha perímetro husi Bairro Centrál iha Sport Díli e Benfica (SDB), Académica no Sporting Clube Timor (SCT). Sede husi SDB (fig. 129) iha Rua Fórmosa no sei uza daudaun (fig. 130). Académica ne’ebé iha edifisiu husi molok funu lokaliza iha Rua José Maria Marques (fig. 131) ne’ebé daudaun iha estabelesimentu komersiál, no ida hetan alterasaun ne’ebé signifikativa ba ninia trasa orijinál (fig. 132). Iha 1960 inaugura edifísiu ida iha Avenida Marginal ba sede husi SCT (fig. 134 & 135), ne’ebé uluk uza uma iha Bidau. Bainhira harii sede fóun husi SCT sidade iha ona fatin ida ba transmisaun sinema. Edifísiu SCT nian daudaun iha hela faze rekonstrusaun (fig. 133).

Participation in sport was of the few leisure activities offered by the city. Some sports clubs built their headquarters in which sociocultural events also took place. Within the perimeter of the Bairro Central there were representations of Sport Dili and Benfica (SDB), Académica and Sporting Clube de Timor (SCT). The headquarters of the SDB (fig. 129) was located in Formosa Street and currently remains in operation (fig. 130). The Académica was installed in a building of construction previous to the Japanese occupation situated at the street José Maria Marques (fig. 131) that currently accommodates a commercial establishment, having suffered significant changes to its original design (fig. 132). In 1960 a building was inaugurated in the marginal to house the headquarters of the SCT (fig. 134 & 135), which previously functioned in an old house in Bidau. With the construction of the new headquarters of the SCT the city had a space for transmission of movies. The SCT building is now in a rebuilding phase (fig. 133).

Fig. 129 - Sede do Sport Dili e Benfica, 1967-1969. Sede Sport Dili Benfica nian, 1967-1969. Sport Dili and Benfica headquarters, 1967-1969. © José Simões da Rocha’s private collection.

Fig. 131 - Rua José Maria Marques. Edifício de função desconhecida à esquerda, 1927. Rua José Maria Marques. Edifísiu ho funsaun diskoñecidu iha liman karuk, 1927. José Maria Marques street. Unknown building on the left, 1927. In Postais Antigos e outas Memórias de Timor © João Loureiro e Associados, Lda. 1999.

Fig. 130 - Sede do Sport Dili e Benfica. Sede Sport Dili Benfica nian. Sport Dili and Benfica headquarters. © SETAC - Flávio Miranda, 2012.

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Fig. 132 - Antiga Sede da Académico. Antigu Sede Akademiku. Former Academico. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.


Fig. 133 - Sede do Sporting Clube Timor. Sede Sporting Klube Timor. Sporting Club of Timor headquarters. © SETAC - Flavio Miranda, 2012 Fig. 134 - Sede do Sporting Clube Timor, 1967-1969. Sede Sporting Klube Timor, 1967-1969. Sporting Club of Timor headquarters, 1967-1969. © José Simões da Rocha’s private collection.

Fig. 135 - Sede do Sporting Clube Timor. 1974. Sede Sporting Klube Timor, 1974. Sporting Club of Timor headquarters, 1974. © IICT.

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Fig. 136 - Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT) in 1969. Assosiasaun Komercial, Agricola no Industrial Timor nian (ACAIT) iha 1969. Retail Association, Agricultural and Industrial of Timor (ACAIT) in 1969. © Owaldo Nascimento’s private collection.

Fig. 138 - Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT) nos anos 60. Assosiasaun Komercial, Agricola no Industrial Timor nian (ACAIT) iha tinan 60. Retail Association, Agricultural and Industrial of Timor (ACAIT) in the 60’s © ICCT.

Fig. 137 - Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT). Projeto. 1960. Assosiasaun Komercial, Agricola no Industrial Timor nian (ACAIT). Projektu. 1960. Retail Association, Agricultural and Industrial of Timor (ACAIT). Projeto 1960. © IPAD.

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Fig. 139 - Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT). Atual embaixada de Portugal. Assosiasaun Komercial, Agricola no Industrial Timor nian (ACAIT). Aktual Embaixada Portugal nian. Retail Association, Agricultural and Industrial of Timor (ACAIT). Atual Portugal Embassy. © SETAC - Flávio Miranda, 2011.

A sede da Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT), edificada na década de 60, corresponde a um dos ícones da arquitetura moderna de Díli (fig. 138). Embora a implantação estivesse prevista para outro local, o edifício acabou por ser construído no alinhamento do palácio das repartições, cumprindo, ao contrário da maioria do edificado vizinho, com a presença urbana que o Plano de Urbanização de 1951 determinava para essa zona. Segundo o projeto de 1960 de António Sousa Mendes (fig. 137), a construção desenvolvia-se em três pisos, sendo o rés-do-chão reservado a estabelecimentos comerciais e os seguintes aos escritórios e outras funções (bar, sala de jogos, salão de festas, biblioteca, e quartos para os associados). Respondia às exigências levantadas pelo clima tropical, tendo sido utilizados métodos de favorecimento da ventilação transversal e dispositivos de proteção de vãos contra a incidência solar excessiva, e criada uma galeria no rés-do-chão para resguardo dos transeuntes do sol e da chuva. A possibilidade de construção em módulos permitiu que só posteriormente se tenha concluído a totalidade do braço este-oeste. Do ponto de vista da prestação de serviços públicos, funcionava no piso térreo um café com esplanada orientada para a Avenida Bispo de Medeiros (fig. 136), e no último piso encontrava-se um salão para receções e festas.

Sede husi Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT), ne’ebé harii iha dékada 60, hanesan ikone ida husi arkitetura moderna husi Dili (fig. 138). Maski atu halo iha fatin seluk, edifísiu harii iha aliñamentu husi palácio das repartições, hodi kumpri objektivu, husi prezensa urbana ne’ebé Planu Urbanizasaun ba 1951 determina ba zona ne’e. Tuir projetu husi 1960 husi António Sousa Mendes (fig. 137), konstrusaun iha andar tolu, no ida okos uza ba estabelesimentu komersiál no sira seluk ba eskritóriu no funsaun sira seluk (bar, sala jogu, salaun festas, biblioteka, no kuartu ba asosiadu sira). Hatán ba ezijénsia ne’ebé mosu hosi tropikal klima ne’e, uza métodu ventilação transversál no protesaun ba vão sira kona ba insidénsia loro-matan demais liu, no harii galeria ida ika okos ba protesaun husi xuva no loron ba se mak la’o. Posibilidade atu halo konstrusaun tuir módulu fó dalan hodi tuir mak remata-ida ne’e maioria hosi parte este-oeste. Husi pontudevista prestasaun servisu públiku, iha andar térreo iha kafé ida ho esplanada hatudu ba Avenida Bispo de Medeiros (fig. 136), no iha andar leten liu iha salun ida atu halo festa no eventu sira. Edifísiu ne’e ACAIT iha kondisaun konservasaun di’ak, no daudaun uza husi Embaixada Portugál nian no hosi estabelesimentu restaurasaun iha área antigu kafé (fig. 139).

The headquarters of the Commercial, agricultural and Industrial Association of Timor (ACAIT), built in the 60’s, corresponds to one of the icons of the modern architecture of Díli (fig. 138). Although the deployment was planned for another location, the building was eventually constructed on the alignment of the Government’s Palace, fulfilling, unlike most of the neighbouring buildings, with the urban presence that the urbanization plan of 1951 stipulated for that zone. According to the 1960 project of António Sousa Mendes (fig. 137), the building was developed in three floors, the ground floor reserved for shopping and the other for offices and other functions (bar, games room, ballroom, library, and rooms for members). It responded to the demands of the tropical climate, having been designed using methods of cross ventilation and protection of openings against excessive sunlight, and with a gallery on the ground floor to guard the passers from sun and rain. The possibility of modular construction allowed to complete the east-west wing later on. From the point of view of providing public services, on the ground floor was a café with a terrace towards the Avenue Bispo de Medeiros (fig. 136), and in the rooftop there was a hall for receptions and parties. The ACAIT building is in good condition, currently being used by the embassy of Portugal and by a catering establishment installed in the old coffee area (fig. 139).

O edifício ACAIT encontra-se em bom estado de conservação, sendo atualmente partilhado pela embaixada de Portugal e por um estabelecimento de restauração instalado na área do antigo café (fig. 139).

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Fig. 140 - Agência Bancaria e Habitação do gerente do BNU, 1968 (aprox.). Agênsia Banku no Uma ba gerente BNU nian, 1968 (aprox.). Bank Agency and BNU Manager’s Housing, approx. 1968. © CGD.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairro Central Instituições bancárias Instituisaun bankária sira Banking Institutions

No centro de Díli encontrava-se a agência do Banco Nacional Ultramarino (BNU), a única instituição bancária com representação na província. O edifício foi construído entre 1966 e 1968 para acomodar os serviços que desde 1949 ocupavam a título provisório parte das instalações da SAPT Lda. A par do edifício da ACAIT, a sede do BNU representava um ícone da arquitetura moderna de Díli (fig. 140-141). O projeto foi da autoria de Fernando Schiappa de Campos, que procurou empregar várias técnicas de adequação ao meio, entre as quais a elevação do piso por intermédio de uma caixa de ar que impedia o contacto direto com o solo de elevado nível freático, e a orientação dos vãos para norte e sul de forma a evitar a exposição solar este e oeste e tirar partido da ventilação proporcionada pelos ventos dominantes. A caraterística mais marcante do edifício era a grelha de sombreamento que cobria a fachada principal.

Iha sentru Díli iha ajénsia husi Banco Nacional Ultramarino (BNU), instituisaun bankária uniku ne’ebé iha reprezentasaun iha provínsia. Edifísiu ne’e harii entre 1966 no 1968 hodi tau servisu sira ne’ebé hahú husi 1949 sira uza provizóriu iha fatin husi SAPT Lda.

In the centre of Dili was BNU Bank, the only banking institution with representation in the province. The building was built between 1966 and 1968 to accommodate the services that occupied provisionally part of the SAPT Lda facilities since 1949.

Hamutuk ho edifísiu ACAIT, sede husi BNU sai mós ikone ba arkitetura moderna husi dili (fig. 140-141). Projetu ne’e husi autoria husi Fernando Schiappa de Campos, ne’ebé buka atu uza téknika oin-oin kona-ba adekuasaun ba meiu, hanesan halo a’as ho kaixa ár ne’ebé taka kontatu ho solu ne’ebé iha nível freático a’as, no orientasaun ba norte no sul atu nune’e evita espozisaun loro-matan no hetan ventilasaun husi anin. Karaterístika husi edifísiu ne’ebé importante liu mak grella halo mahon iha faxada prinsipál nia oin.

Alongside the ACAIT building, the BNU headquarters represented an icon of modern architecture of Dili (fig. 140-141). The project was written by Fernando Schiappa de Campos, which sought to employ various techniques suitable for the environment, including the floor elevation through an air gap that prevented the direct contact with the ground, and the orientation of the openings to the north and south in order to avoid sun exposure to east and west and take advantage of the ventilation provided by the prevailing winds. The most striking feature of the building was the shading grid covering the main facade.

Fig. 141 - Agência Bancaria do BNU. Interior, 1968 (aprox.). Agênsia Banku BNU nian. Iha laran, 1968 (aprox.). Bank Agency of the BNU. Internal View, approx. 1968. © CGD.

Fig. 142 - Agência Bancaria do BNU. Agênsia Banku BNU. Bank Agency of the BNU. © Megumi Yamada, 2014.

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120 Fig. 143 - Agência Bancaria do BNU. Agênsia Banku BNU. Bank Agency of the BNU. © Megumi Yamada, 2014.


O projeto previa a construção de um bloco acoplado à agência, servido de acesso independente, para habitação do gerente que até então residia numa casa situada na rua Dr. Carvalho. O edifício foi incendiado em 1999, tendo sofrido a última recuperação em 2001. Continua ao serviço da Caixa Geral de Depósitos e desempenha a mesma função para o qual foi concebido, mantendo a designação de Banco Nacional Ultramarino. Encontra-se em bom estado de conservação (fig. 143-144) e identifica-se a presença de mosaicos decorativos no interior, possivelmente herdados da construção original (fig. 145).

Projetu ne’e prevee harii edifisiu ida hamutuk, ho asesu independente, hodi sai uma ba jerente ne’ebé uluk hela iha uma ida iha Rua Dr. Carvalho. Edifísiu ne’e hetan sunu iha tinan 1999, no ikus hetan rekuperasaun iha tinan 2001. Kontinua nafatin nudar Caixa Geral de Depósitos no hala’o funsaun hanesan uluk ho naran Banco Nacional Ultramarino. Daudaun ne’e iha kondisaun konservasaun di’ak (fig. 143-144) no ami identifika mós prezensa husi mozaiku dekorasaun ne’ebé karik mai husi konstrusaun orijinál (fig. 145).

The project included the construction of a block attached to the agency, with an independent access to house the manager who previously lived in a house on the street Dr. Carvalho. The building was set on fire in 1999, having been recovered in 2001. It continues as Caixa Geral de Depósitos and performs the same function for which it was designed, keeping the designation of Banco Nacional Ultramarino. It is in good condition (fig. 143-144) and there are decorative mosaics inside, possibly inherited from the original construction (fig. 145).

Fig. 145 - Agência Bancaria do BNU. Detalhe do teto de uma sala. Banku BNU, detalle iha tetu. BNU Bank. Detail of ceiling. SETAC, 2014.

Fig. 144 - Antiga Habitação do gerente do BNU. Uma antigu ba gerente BNU nian. Former BNU Manager’s house. © Megumi Yamada, 2014.

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Área urbana Área urbana Urban Area

Fig. 146 - Casa pré-fabricada do Bairro dos Grilos. Uma pré-fabrikadu iha Bairros dos Grilos. Prefabricated house in Bairro dos Grilos. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Bairro Central Habitação Uma Housing

A parte sueste do Bairro Central consolidou-se como uma área residencial. Na década de 50, para alojar os funcionários provisoriamente instalados em construções de palapa, foi aí implantado um conjunto de vinte casas pré-fabricadas para funcionários de média categoria, conhecido por Bairro dos Grilos (fig. 147). A partir de 1965, na sequência da implementação do Fundo de Habitações Económicas em Timor, que tinha por objetivo resolver o problema da falta de acomodações para os trabalhadores do Estado, foram construídas nessa área várias moradias destinadas a funcionários timorenses, mestiços e europeus radicados. As casas pré-fabricadas do Bairro dos Grilos eram edifícios térreos de planta cruciforme, que apresentavam um grau de conforto reduzido devido às dimensões exíguas das divisões interiores (sala, dois quartos, cozinha e casa de banho). Os materiais empregues eram de curta durabilidade, sendo as paredes construídas em aglomerado de cortiça, os tetos em madeira e as coberturas em zinco ou fibrocimento, o que exigia cuidados de manutenção regulares. Das vinte casas, algumas continuam em utilização, embora profundamente modificadas ou carentes de manutenção (fig. 146 & 148).

Parte sueste husi Bairro Central mak área rezidensiál. Iha dékada 50, hodi sai hela fatin ba funsionáriu sira ne’ebé hela iha konstrusaun ai palapa ne’ebé provizóriu, harii konjuntu husi uma pré-fabrikada rua nulu, ba funsionáriu média kategoria, ne’ebé hanaran Bairro dos Grilos (fig. 147). Hahú iha tinan 1965, tuir implementasaun ba Fundo de Habitações Económicas iha Timor, ho ninia objetivu atu rezolve problema husi falta hela fatin ba traballadór estadu nian, harii iha área ne’e uma oin oin ba funsionáriu timoroan, mestisu no ba europeu sira ne’ebé rezidente.

The south-eastern part of the Bairro Central established itself as a residential area. In the 50s to house employees temporarily installed in palapa buildings, a set of twenty prefabricated houses was deployed there for middle class workers, known as Bairro dos Grilos (fig. 147). From 1965, following the implementation of the Economic Housing Fund in Timor, which aimed to solve the problem of lack of accommodation for State employees, several homes were built in this area for Timorese, mestizos and Europeans staff.

Uma pré-fabrikada sira husi Bairro dos Grilos hanesan edifísiu ho planta dezeñu tuir krús, grau konfórtu natoon tanba kuartu sira (sala, kuartu rua, dapur no haris fatin) kiik oan hotu. Material sira ne’ebé uza ho durasaun tempu badak no parede sira halo ho aglomeradu ai cortiça, tetu sira iha ai no kalen ka fibrocimento iha kakuluk, ne’ebé ezije kuidadu manutensaun regular. Husi uma ruanulu ne’e balun sei uza hela maski hetan mudansa boot no presiza manutensaun. (fig. 146 & 148).

The prefabricated houses of Bairro dos Grilos were one storey buildings of cruciform plant, which had a degree of reduced comfort due to the meagre size of indoor rooms (living room, two bedrooms, kitchen and bathroom). The materials were of short durability, and the walls were built in cork agglomerate, the ceilings in wood and the roofs in zinc or fibre cement, which required regular maintenance care. Of the twenty houses, some are still in use, though deeply modified or in need of maintenance (fig. 146 & 148).

Fig. 147 – Casa pré-fabricada do Bairro dos Grilos, 1958. Uma préfabrikadu iha Bairros dos Grilos, 1958. Prefabricated house in Bairro dos Grilos, 1958. Native Habitat Timor Mission Study. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 148 - Casa pré-fabricada do Bairro dos Grilos. Uma pré-fabrikadu iha Bairros dos Grilos. Prefabricated house in Bairro dos Grilos. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Por seu lado, os edifícios construídos com recurso ao Fundo de Habitações Económicas eram de alvenaria e cobertura de zinco ou fibrocimento, permanecendo muitas delas em boas condições de conservação (fig. 149-152).

Nune’e mós, edifísiu sira ne’ebé harii husi Fundo de Habitações Económicas halo ho alvenaria, ho kobertura kalen ka fibrosimentu, no barak maka iha kondisaun konservasaun di’ak (fig. 149-152).

Dentro dos limites do Bairro Central, além dos referidos agrupamentos residenciais existiam algumas moradias isoladas (fig. 153), que presentemente continuam a desempenhar a função habitacional ou foram adaptadas a novas utilizações (fig. 154 and 155).

Iha limite Bairro Central nia laran, aleinde grupu husi uma ne’ebé refere iha mós uma balun ne’ebé izoladu liu (fig. 153), ne ‘ebé sei kontinua nafatin hala’o funsaun uma ka adaptada ba utilizasaun fóun (fig. 154 & 155).

Fig. 149, 150 & 151 - Casa do Fundo de Habitação Económicas. Uma husi fundus ba Habitasaun Ekonomiku. House of Economic Housing Fund. © SETAC - Megumi Yamada, 2014

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On the other hand, the buildings built using the Economic Housing Fund were in masonry or with zinc roofs, many of them still in good conditions (fig. 149-152). Within the Bairro Central limits, other than those residential areas already referred there were some detached houses (fig. 153), which presently continue to perform the housing function or have been adapted to new uses (fig. 154 & 155).


Fig. 152 - Casa do Fundo de Habitação Económicas. Uma husi fundus ba Habitasaun Ekonomiku. House of Economic Housing Fund. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 153 - Moradia na Rua Dr. Carvalho, onde em 1956 residia o gerente do BNU, 1957. Uma iha Rua Dr. Carvalho, uluk iha 1956 sai hanesan hela fatin ba gerente BNU nian. House in Rua Dr. Carvalho, where in 1956 the manager of BNU lived, 1957. Š BNU.

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Fig. 154. Atualmente utilizado para restaurante. Aktualmente uza ba restaurant. Now used as a restaurant. Š SETAC - Megumi Yamada, 2014


128 Fig. 155. Fundação do Oriente. Fundasaun Oriente nian. Fundação do Oriente. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.


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Fig. 156 & 157 - Bairro Económico, 1957. Bairro Ekonomiku, 1956. Economic neighbourhood, 1956. © BNU. Fig. 158, 159 & 160 - Habitação geminada do antigo Bairro Económico. Habitasaun hamutuk iha antigu Bairro ekonómiku. Semi-detached house in the old Economic Neighbourhood. © SETAC - Megumi, 2014.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros para funcionários Bairro sira ba funsionáriu sira Neighbourhoods for public servants Bairro Económico O Plano de Urbanização de 1951 previa a divisão da população da cidade por zonas habitacionais consoante o grupo étnico a que pertenciam, determinando a criação de duas Unidades Residenciais, respetivamente destinadas a “nativos” e a “chineses”, e três Núcleos Residenciais Especiais reservados a funcionários “europeus” e “assimilados”. Desta proposta de zonamento habitacional apenas se concretizaram dois Núcleos Residenciais Especiais: o Bairro Económico e o Bairro do Farol, nos quais, tal como no Bairro Central, não se permitia construir em palapa. A sul do Bairro Central, começou a ser edificado em 1954 o Bairro Económico (fig. 156 & 157), que se destinava a funcionários de baixa categoria. As habitações possuíam paredes grossas de alvenaria, mas eram geminadas, de dimensões reduzidas e não dispunham de varandas de modo a baixar o custo de construção. A ausência de varandas era especialmente problemática, uma vez que os espaços exteriores cobertos eram frequentemente utilizados como zonas de permanência prolongada, além de evitarem a irradiação solar excessiva dos paramentos, trazendo conforto térmico ao interior. Atualmente, as habitações do Bairro Económico apresentam estados de conservação variáveis. As casas outrora orientadas para o Campo de Futebol são hoje irreconhecíveis devido aos acrescentos feitos ao longo do tempo, por consequência da importância comercial da rua Quinze de Outubro que atravessa as zonas conhecidas por Audian e Ailelehum. Na rua paralela a sul, algumas preservam a antiga função residencial (fig. 158-160), estando a sua manutenção dependente das possibilidades económicas dos atuais ocupantes.

Planu Urbanizasaun husi 1951 prevee atu fahe populasaun sira iha sidade tuir zona abitasionál depende ba grupu étniku ne’ebé sira pertense ba, no define kriasaun ba Unidade Rezidensiál rua, ida ba “nativos” no “xina” sira, no Núcleos Residenciais Espesiál tolu ba “europeus” no “assimilados”. Husi proposta ida halo deit Nucleos Residencias Especiais rua: Bairro Ekonómiku no Bairro Farol, iha ne’ebé, hanesan iha Bairro Central, la fó dalan hodi halo konstrusaun ho ai palapa. Sul husi Bairro Central, halo iha 1954 Bairro Económico (fig. 156 & 157), hodi uza husi funsionáriu sira husi kategoria badak. Uma sira ne’e iha parede grosu, maibé hamutuk rua, kiik no la iha varanda hodi hamenus kustu. Tanba la iha varanda ida ne’e ladun di’ak tanba fatin iha liur mak uza nudar zona hela, no ida ne’e hamenus loron tama iha uma no halo uma malirin uitoan. Daudaun ne’e, uma sira iha Bairro Económico iha estadu konservasaun oin oin. Uma sira ne’ebé hateke ba kampu Futeból nia oin ita la konsege koñese ona tanba aumenta barak tanba importánsia komersiál husi Rua Quinze de Outubro ne’ebé liuhosi zona Audian no Ailelehun. Iha Rua ne’e paralelu ba sul, balun sei iha nian funsaun rezidensiál (fig. 158-160), no manutensaun depende ba kapasidade ekonómika husi ida idak.

The Urban Plan 1951 provided for the division of the city’s population by residential areas depending on the ethnic group they belonged to, determining the creation of two Residential Units, respectively aimed at “native” and the “Chinese”, and three Special Residential Centres reserved to the “European” and “assimilated” staff. From this proposed residential zoning only two cores Special Residential Centres were done: the Bairro Económico and the Bairro do Farol, where, as in the Bairro Central, was not allowed to build in palapa. To the south of Bairro Central, was first built in 1954 the Bairro Económico (fig. 156 & 157), which was intended to lower category of staff. The houses had thick walls of masonry, but were adjoining houses, with small sizes and lacked balconies in order to lower the cost of construction. The absence of balconies was especially problematic, since the covered exterior spaces were often used as prolonged permanence areas, and helped avoid excessive sun irradiation, bringing thermal comfort to the interior. Currently, the houses of the Bairro Económico are in different conditions. The houses towards the Soccer Field are unrecognizable due to additions made over time, as a result of the commercial importance of street 15 de Outubro that crosses areas known as Audian and Ailelehum. In the parallel street to the south, some preserve the old residential function (fig. 158-160), and its maintenance is dependent on the economic possibilities of the current occupants.

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Fig. 161 - Bairro do Farol. Vista Geral, 1968 (aprox.). Bairro Farol nian. Hare Jeral husi bairro Farol Nian, 1968 (aprox.). Bairro do Farol. General view, approx. 1968. Š BNU.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros para funcionários Bairro sira ba funsionáriu sira Neighbourhoods for public servants Bairro do Farol O Bairro do Farol desenvolvia-se na zona poente da cidade, perto do farol, em contacto com a linha marginal, estando reservado à habitação do alto funcionalismo (fig. 161). O Plano de Urbanização de 1951 determinava que o bairro integrasse as construções preexistentes do farol, das cinco casas que o circundavam e da igreja de Santo António de Motael. O farol havia sido reconstruído entre 1948 e 1949 (fig. 162), quando foi também feito o arranjo urbanístico da sua plataforma de assentamento. Das cinco casas próximas daquele equipamento, quatro tinham sido construídas entre 1950 e 1951 (fig. 163) e uma correspondia a um edifício construído antes da ocupação japonesa que foi adaptado a residência do faroleiro em 1949 (fig. 164). A preexistente igreja de Santo António de Motael, também construída antes da guerra, passou a servir de Catedral depois de ter sido reabilitada e aumentada entre 1954 e 1955, quando se procedeu ao prolongamento do corpo central e se acrescentaram a torre sineira e o pórtico avançado na fachada frontal (fig. 166).

Bairro do Farol zona oeste husi sidade, besik farol, besik liña marginal ne’ebé rezerva ba uma husi funsionáriu sira ho kategoria a’as (fig. 161). Planu Urbanizasaun 1951 nian determina katak bairro ne’e integra konstrusaun sira ne’ebé iha husi farol, uma lima ne’ebé haleu no Igreja Santo António Motael. Farol hetan rekonstrusaun entre 1948 no 1949 (fig. 162), bainhira halo mós aranju urbanístico husi ninia platafórma. Husi uma lima ne’ebé besik, haat harii entre 1950 no 1951 (fig. 163) no, ida mak edifísiu husi molok okupasaun japoneza ne’ebé adapta ba hela-fatin faroleiro nian iha 1949 (fig. 164). Igreja Santo António Motael, harii mós molok funu, no serve nudar Igreja Katedrál hafóin hetan reabilitasaun no aumentu entre 1954 no 1955, bainhira halo prolongamentu ba korpu sentrál no aumenta torre sino no pórtico avansadu iha faxada frontal (fig. 166).

The Bairro do Farol was developed in the western part of the city, near the lighthouse in contact with the marginal line, being reserved for housing of the high level staff (fig. 161). The 1951 Urban Plan determined that the neighbourhood would integrate the existing buildings of the lighthouse, the five houses that surrounded it and the church of St. Anthony of Motael. The lighthouse was rebuilt between 1948 and 1949 (fig. 162), when it was also done the landscape of its platform. The five houses close to the lighthouse, four were built between 1950 and 1951 (fig. 163) and one corresponded to a building built before the Japanese occupation which was adapted to the residence of the lighthouse keeper in 1949 (fig. 164). The existing church of St. Anthony of Motael was also built before the war, became the Cathedral after having been rehabilitated and enlarged between 1954 and 1955, when the extension of the central body was done a bell tower was added and porch was increased in the front facade (fig. 166).

Fig. 163 - Moradia construída entre 1950 e 1951. Uma ne’be konstroi iha 1950 no 1951. House built between 1950 and 1951. © In Timor Português, 1956.

Fig. 162 - Farol. Decada de 50 (aprox.). Farol. Dekada 50 (aprox.). Lighthouse, approx. 50’s. © Oswaldo Acácio do Nascimento’s private collection.

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Fig. 165 - Farol. Farol. Lighthouse. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 164 - Farol e Habitação do Faroleiro, 1949. Farol no uma na Faroleiru, 1949. Lighthouse and keeper’s house, 1949. © AHU.


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136 Fig. 166 - Igreja de Santo Ant贸nio de Motael, 1957. Igreja Santo Ant贸nio Motael nian, 1957. Santo Ant贸nio of Motael Church, 1957. 漏 CGD.


Fig. 168 - Residência do pároco da Igreja de Santo António de Motael. Residênsia ba pároku Igreja Santo António Motael nian. Parson’s house for Santo António of Motael Church, 2014. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 167 - Igreja de Santo António de Motael. Igreja Santo António Motael nian. Santo António of Motael Church. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 169 - Torre sineira, Igreja de Santo Ant贸nio de Motael. Torre sino, Igreja Santo Ant贸nio Motael nian. Bell tower, Santo Ant贸nio of Motael Church. 漏 SETAC - Megumi Yamada, 2014.


Cumprindo com as deliberações do plano de urbanização, foram construídas entre 1952 e 1959 cerca de vinte edifícios habitacionais ao longo de três arruamentos paralelos à marginal, nas quais se empregaram técnicas de construção da tradição portuguesa como as paredes grossas e a cobertura inclinada de telha (fig. 170-171).

Tuir determinasaun husi planu urbanizasaun, harii entre 1952 no 1959 besik edifísiu abitasionál ruanulu iha rua ka tolu ne’ebé paralelu ba marginal, iha ne’ebé uza téknika konstrusaun ho tradisaun portugés hanesan parede grosu no kobertura ho tella inklinada (fig. 170-171).

Following the guidelines of the urbanization plan, between 1952 and 1959 were built about twenty residential buildings over three streets parallel to the marginal, in which were employed construction techniques of Portuguese tradition as were the thick walls and the sloped roof tiles (fig. 170 -171).

Fig. 170 – Moradias construídas na década de 50, 1958. Uma ne´be konstrói iha dekada 50 nian, 1958. Houses Built in 50’s, 1958. Native Habitat Timor Mission Study. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 171 – Messe de oficiais. Casa para funcionários solteiros. Uma funsionario la kaben. Projektu 1952. Projeto. 1952. Officers’ Housing. House for single employees. 1952’s Project. © AHU.

Fig. 170.1 – Antiga habitação coletiva da messe de oficiais. 2014. Antigu Habitasaum kolektiva ba messe oficiais nian. Former collective housing of the harvest officers. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Hahú iha 1959 bairro hahú habelar tan ba sul, okupa rai pantanozu uluk nian ida ne’e mak hetan aterru hodi bele uza ba konstrusaun. Iha prosesu espansaun ida ne’e harii eskola primária ida (fig. 173 & 174) no uma fóun ho liña moderna, ho sistema ida ne’ebé kma’an liu, ne’ebé hatudu preokupasaun ho adaptasaun ba klima liu husi hamenus parede nia mahar no kobertura- ne’ebé uza atu plaka fibrosimento troka tella, hamenus divizaun interiór, no uza mekanizmu ne’ebé di’ak ba ventilasaun hotu-hotu.

From 1959 the neighbourhood began to expand to the south, occupying an old area of wetlands that have been landfilled providing area for construction. In this process of expansion a primary school (fig. 173 & 174) was built and new housing with the modern lines were built, adopting a lighter construction system that showed climate adaptation concerns by reducing the thickness of the walls and roof - the use of fibre cement boards instead of tile - decreasing the subdivision of the interior, and employing mechanisms favouring the cross ventilation.

Fig. 173 – Escola primaria. Eskola primaria. Primary school. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

A partir de 1959 o bairro começou a expandir-se para sul, ocupando uma antiga zona de terrenos pantanosos que foram sendo aterrados proporcionando área para construção. Neste processo de expansão foi construída uma escola primária (fig. 173 & 174) e novas habitações nas quais se optou pelas linhas modernas, adotandose um sistema construtivo mais leve que demonstrava preocupações de adaptação climatérica através da redução da espessura das paredes e da cobertura - pela utilização de placas de fibrocimento em vez de telha -, da diminuição da compartimentação do interior, e empregando mecanismos que favorecessem a ventilação transversal.

Fig. 172 – Bairro do Farol na década de 60. Bairro Farol iha tinan 60. Farol Neighbourhood in the 60’s. © IPAD.

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142 Fig. 174 – Escola primaria. Eskola primaria. Primary school. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.


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Fig. 175 - Moradia construída na década de 60. 1961. Uma ne’be Konstrói iha dekada 60. 1961. House built in 60’s. 1961. © IPAD. Fig. 176 - Fotografia atual da moradia construída na década de 60. Foto aktual husi uma ne’be konstrói iha dekada 60. Atual photography of the house built in 60’s. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 177 - Moradia construída na década de 60. 1961. Uma ne’be Konstrói iha dekada 60. 1961. House built in 60’s. 1961. © IPAD. Fig. 178 - Fotografia atual da moradia construída na década de 60. Foto aktual husi uma ne’be konstrói iha dekada 60. Atual photography of the house built in 60’s. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Entre as novas habitações encontravam-se as casas para funcionários do BNU, construídas entre 1967 e 1968 (fig. 179). Fernando Schiappa de Campos que elaborou o projeto da agência bancária ficou também responsável pelo desenho das residências. No Bairro do Farol foram implantadas três das quatro tipologias habitacionais desenvolvidas das quais duas eram unifamiliares (fig. 180-185) e uma coletiva. Nos terrenos de expansão do bairro a sudoeste estavam instalados os estúdios da emissora de radiodifusão de Díli, bem como o quartel da polícia municipal, que posteriormente foi transferido para a Estrada de Balide.

Husi uma fóun sira-ne’e iha mós uma ba funsionáriu BNU, ne’ebé harii entre 1967 no 1968 (fig. 179). Fernando Schiappa de Campos ne’ebé hakerek projetu ba ajénsia bankária sai mós sai responsável ba dezeñu husi uma sira ne’e. Iha Bairro Farol halo tipolojia tolu husi haat ne’ebé dezeñu mak unifamiliar rua (fig. 180-185) no koletiva ida. Iha rai husi espansaun husi bairro iha sudoeste iha estúdio husi emissora radiodifuzaun husi Dili nian, no kuartél husi polísia munisipál, ne’ebé tuir mai transfere fali ba Estrada Balide nian.

Among the new houses were the houses for BNU employees, built between 1967 and 1968 (fig. 169). Fernando Schiappa de Campos who designed the project for bank was also responsible for the design of the residences. In Bairro do Farol were deployed three of the four housing typologies developed, two of which were single-family (fig. 180-185) and a one was collective. In the area of expansion to the southwest were installed the studios of the Dili broadcasting station and the headquarters of the municipal police, which was later transferred to the Balide Road.

Fig. 179 - Bairro do Farol. Moradias para os funcionários do BNU. 1968 (aprox.). Bairro Farol nian. Uma ba Funsionarius BNU nian. 1968 (aprox.). Bairro do Farol. House for the BNU staff. approx. 1968. © BNU.

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Fig. 180, 182 & 183 – Bairro do Farol. Moradias para os funcionários do BNU. Tipologia unifamiliar B. Bairro Farol nian. Uma ba Funsionarius BNU nian. 1968. Uma Tipu unifamiliar B. Bairro do Farol. House for the BNU staff. House for single family’s type B. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 184 & 185 – Bairro do Farol. Moradias para os funcionários do BNU. Tipologia unifamiliar A. Bairro Farol nian. Uma ba Funsionarius BNU nian. 1968. Uma Tipu unifamiliar A. Bairro do Farol. House for the BNU staff. House for single family’s type A. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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O estado de preservação das casas do Bairro do Farol é muito diversificado. A maioria das casas construídas na década de 50 encontra-se entregue ao Governo, apresentando boas condições de conservação, não obstante terem sofrido de alterações à sua traça original (fig. 186-189). Por seu lado, muitas das casas construídas na década de 60 encontram-se ocupadas por particulares, de quem depende a sua manutenção. Várias casas apresentam-se significativamente alteradas por acrescentos de baixa qualidade (fig. 190 & 191), sobretudo os antigos blocos de habitação coletiva, devido à sobrelotação por famílias numerosas.

Estadu prezervasaun husi uma iha Bairro do Farol oin oin. Uma ne’ebé barak liu ne’ebé harii iha dékada 50 daudaun entrega ba governu, no aprezenta kondisaun konservasaun di’ak, maski hetan alterasaun ba ninia trasa orijinál (fig. 186-189). Nune’e mós, uma ne’ebé halo iha dékada 60 ema partikulár mak hela no sira mak hare ba manutensaun. Uma oin-oin atu hetan alterasaun tamba iha aumentu ho kualidade la di’ak (fig. 190 & 191), liu-liu bloku antigu sira husi abitasaun koletiva, tanba família ho ema barak mak hela.

The state of preservation of the houses of the lighthouse municipality is very diverse. Most houses built in the 50’s were delivered to the Government, with good maintenance conditions, despite having undergone changes to its original design (fig. 186-189). Many of the houses built in the 60 are occupied by individuals who are responsible for its maintenance. Several houses have been significantly altered by additions of low quality (fig. 190 & 191), especially the old blocks of collective housing due to overcrowding of families.

Fig. 187 – Moradias construída no Bairro do Farol na década de 50. Uma ne´be Konstroi iha Bairro Farol dekada 50 nian laran. House Built on Bairro do farol in 50´s. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 186 – Moradias construída no Bairro do Farol na década de 50. 1961. Uma ne´be Konstroi iha Bairro Farol dekada 50 nian laran. 1961. House Built on Bairro do Farol in 50’s. 1961. © IPAD.

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Ao longo da então denominada Avenida Almirante Américo Tomás, que separava o Bairro do Farol da zona de Carqueto, foram construídas residências entre as décadas de 60 e 70 com recurso ao Fundo de Habitações Económicas. Na mesma avenida encontravam-se ainda a bomba de abastecimento de combustível e o restaurante Mandarim. Atualmente algumas das habitações encontramse ocupadas e em estado de conservação exterior razoável. Por seu lado, os referidos equipamentos acham-se abandonados.

Iha Avenida Almirante Américo Tomás, ne’ebé haketak Bairro do Farol husi zona Carqueto, harii uma sira, entre dékada 60 no 70 ho rekursu ba Fundo de Habitações Económicas. Iha Avenida ne’e iha mós bomba abastesimentu kombustível no restaurante Mandarin. Daudaun ne’e uma sira ne’e okupa hela no iha estadu konservasaun di’ak husi liur. Ekipamentu sira ne’ebé refere iha situasaun abandonu.

Along the so called Admiral Américo Tomás Avenue, separating the Bairro do Farol of the Carqueto zone, between the 60s and 70s, residences were built using the Economic Housing Fund. On the same avenue was also the fuel supply and the Mandarin restaurant. Currently some of the houses are occupied and in reasonable exterior conservation status. The mentioned facilities abandoned.

Fig. 188 & 189 – Moradias construída no Bairro do Farol na década de 50. Uma ne´be Konstroi iha Bairro Farol dekada 50 nian laran. House Built on Bairro do farol in 50´s. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 190 & 191 – Moradias construída no Bairro do Farol na década de 50. Uma ne´be Konstroi iha Bairro Farol dekada 50 nian laran. House Built on Bairro do Farol in 50’s. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 192 – Habitações económicas para os funcionários do BNU, 1968 (aprox.). Habitasaun ekonomiku ba funsionariu BNU nian, 1968 (aprox.). Houses for BNU sttaf, approx. 1968. © CGD.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods Carqueto e Bebora

Dentro dos limites urbanos, em torno dos núcleos de alvenaria do Bairro Central e dos bairros para funcionários, desenvolviam-se zonas maioritariamente habitadas por timorenses, onde se permitia a construção de casas de palapa e práticas de produção de subsistência, como a cultura hortícola e a criação de animais. A sul do Bairro do Farol desenvolviam-se as zonas de Carqueto e Bebora. Na parte sueste de Bebora começou a ser edificado um bairro de casas económicas para funcionários timorenses conhecido por Vila Verde que dispunha de posto escolar próprio desde 1971, e onde foram construídas entre 1967 e 1968 as habitações geminadas de tipologia económica para os funcionários do BNU (fig. 192). A sul de Vila Verde, à beira do coilão da Colmera, ficavam as oficinas da câmara municipal, os serviços de veterinária e o matadouro (construído entre 1953 e 1955) (fig. 193). A zona do Carqueto, localizada entre Bebora e o Bairro do Farol, estava reservada para fins industriais, tendo aí sido instaladas algumas fábricas —uma de tecidos e outra de sabões— e o edifício dos Serviços de Economia. O projeto desde último foi elaborado em 1971 num gabinete de Luanda (fig. 194), tendo a construção sido concluída já no período indonésio. Continua atualmente em funções, alojando várias repartições do Governo (fig. 195-199).

Iha limite urbanu nia laran, haleu nukleu alvenaria husi Bairro Central no fbairro sira ba funsionáriu iha zona ne’ebé Timor oan sira hela, iha ne’ebé bele halo konstrusaun ba uma ai palapa no prátika agrikultura subsisténsia, nu’udar ortíkula no hakiak animál sira. Sul husi Bairro do Farol iha zona Carqueto no Bebora. Iha parte sueste husi Bebora hahú bairro ekonómiku ba funsionáriu timoroan sira hanaran Vila-Verde ne’ebé iha nia postu eskolár rasik hahú hosi tinan 1971, no iha ne’ebé harii entre 1967 no 1968 uma jeminada ho tipolojia ekonómika ba funsionáriu BNU sira (fig. 192). Iha parte sul husi Vila-Verde, besik coilão husi Colmera, iha ofisina husi kámara munisipál, servisu veterinária no matadouro (harii entre 1953 no 1955) (fig. 193). Iha zona Carqueto nian entre Bebora no Bairro do Farol, rezerva ba objetivu industriál, no iha fábrika balun —ida ba hena no ida ba sabaun— no edifísiu husi Servisu Ekonomia. Projetu husi ne’e halo iha tinan 1971 iha gabinete ida husi Luanda (fig. 194), no konstrusaun remata tiha ona iha períodu indonézia. Kontinua dadaun tuir nia funsaun, no iha repartisaun oin-oin husi governu (fig. 195-199).

Within the city limits, around the core of the Bairro Central Municipality and the neighbourhoods for staff, were the areas mostly inhabited by Timorese, where it was allowed the construction of palapa houses and subsistence farming practices, such as horticultural crops and animal breeding. South of the Bairro do Farol were the areas of Carqueto and Bebora. In the south-eastern part of Bebora started being built a neighbourhood of economic houses for Timorese officials known as Vila Verde that had its own school post since 1971 and where, between 1967 and 1968, were built the adjoining houses of economic typology for employees of BNU ( fig. 192). South of Vila Verde, on the edge of the coilão of Colmera, were the workshops of the town hall, the veterinary services and the slaughterhouse (built between 1953 and 1955) (fig. 193). The area of Carqueto located between Bebora and the Bairro do Farol, was reserved for industrial purposes, with some factories —a fabric factory and a soap factory— and the building of the Economic Services. The project was prepared in 1971 in an office of Luanda (fig. 194), and the construction was completed in the Indonesian period. It is currently being used, housing various departments of the Government (fig. 195-199).

Fig. 193 – Matadouro. Projeto, 1952. Matadouro. Projektu, 1952. Matadouro. Project, 1952. © AHU.

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Fig. 193 –

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Edifício do

s Serviços

de Econom

ia. Projeto,

1971. Edifisi u

ba Servisus

Ekonomia ni

an. Projek

tu, 1971. B

uilding of

Economic Se

rvices. Proj

ect , 1971.

© IPAD.


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Fig. 195-199 – Edifico dos Serviços de Economia. Edifisiu ba Servisus EKonomia nian. Building of Economic Services. © SETAC, Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 200 – Largo de Lecidere e Paço Episcopal, 1957. Largu Lecidere no Paço Episkopal, 1957. Lecidere Square and Bishop’s residence, 1957. © CGD.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods BIDAU

The third core Residential Special stabilished by the 1951 Urban Plan was set in a marginal band in the Bidau area but was not achieved, resulting in a block of tourist interest. In this block was built in the late 60s the Hotel Turismo (fig. 201). Currently, in the location of the hotel built in the Portuguese period, is a new hotel establishment that takes its name from its predecessor.

O terceiro Núcleo Residencial Especial que o Plano de Urbanização de 1951 previa estabelecer na faixa marginal da zona de Bidau acabou por não ser concretizado, dando lugar a um quarteirão de reserva de interesse turístico. Nesse quarteirão foi instalado no final da década de 60 o Hotel Turismo (fig. 201). Atualmente, na localização do hotel construído no período português, encontra-se um novo estabelecimento hoteleiro que herdou o nome do seu antecessor. A faixa norte de Bidau funcionava como uma extensão do Bairro Central. Possuía várias casas de alvenaria, algumas herdadas do período anterior à guerra, nomeadamente o edifício Paço Episcopal (fig. 200) e as instalações da SOTA Timor em torno do largo de Lecidere, e o Consulado da Indonésia na Rua Belarmino Lobo (fig. 202). Depois de ter sido incendiado em 1999, o Paço Episcopal foi alvo de profundas obras de reabilitação, continuando a servir de residência ao bispo da diocese. Por seu lado, as instalações da SOTA Timor foram demolidas. O Consulado da Indonésia aloja atualmente uma biblioteca pública (fig. 201). A zona de Bidau instalava ainda alguns equipamentos industriais de pequena dimensão, entre os quais uma fábrica de refrigerantes e uma empresa europeia de serração de madeiras. No interior do bairro, os edifícios eram predominantemente de palapa ou mistos (pavimento em pedra e paredes e cobertura de palapa), encontrandose dispersos em quintais arborizados. Quanto aos demais equipamentos, Bidau possuía uma escola primária própria e algumas casas comerciais ao longo na rua Belarmino Lobo, que fazia a separação entre Bidau e o Bairro Central.

Fig. 201 – Antigo Hotel Turismo antes de 1975. Antigu Hotel Turismu antes 1975. Former Hotel Tursimo before 1975. © Sra. Rozel Magno’s private collection.

Núcleo Residencial Especial datoluk ne’ebé planu Urbanizasaun husi 1951 prevee iha faixa marginal husi zona Bidau la halo tuir, no fó fatin ba kuarteiraun ida ne’ebé rezerva kona-ba interese turizmu nian. Iha kuarteiraun ne’e halo iha finál dékada 60 Hotel Turismo (fig. 201). Daudaun ne’e, iha fatin husi Hotel ne’e iha Hotel fóun ida ho naran hanesan. Faixa husi parte norte husi Bidau hanesan estensaun ba Bairro Central. Iha uma oin-oin, balun husi periodu molok funu, liuliu edifísiu Paço Episcopal (fig. 200) no SOTA Timor haleu Largo Lecidere, no Konsuladu Indonézia iha Rua Belarmino Lobo (fig. 202). Hafóin hetan funu iha tinan 1999, Paço Episcopal hetan reabilitasaun, hodi serve hanesan hela-fatin ba Bispu Dioseze. SOTA Timor hetan demolisaun. Konsuladu Indonézia daudaun sai biblioteka públika (fig. 201).

The northern area of Bidau worked as an extension of the Bairro Central. It had several brick houses, some inherited from the pre-war period, including the Paço Episcopal (fig. 200) and the SOTA Timor facilities around the coast of Lecidere, and the Indonesian Consulate in Belarmino Lobo street (fig. 202). After being burned down in 1999, the Bishop’s Palace was deeply rehabilitated, continuing to be used as the residence of the bishop of the diocese. The facilities of the SOTA Timor were demolished. The Consulate of Indonesia currently houses a public library (fig. 201). The Bidau zone had also some industrial small equipment, including a soft drinks factory and a European timber company. Inside the neighbourhood, the buildings were predominantly of palapa or mixed (stone flooring and walls and ceiling in palapa), lying scattered in wooded backyards. As for the other facilities, Bidau had its own primary school and some commercial houses along the street Belarmino Lobo, who was the separation between Bidau and the Bairro Central.

Zona Bidau iha mós ekipamentu industriál balun ho dimensaun ki’ik, hanesan fábrika refrijerante no empreza europeia kona-ba serasaun ai. Iha Bairro nia laran, edifísiu barak liu mak husi ai palapa ka mistu (rai iha fatuk no parede no kobertura ho ai palapa), keta ketak iha kintál ho ai. Kona-ba ekipamentu, Bidau iha eskola primária no iha uma komersiál balun iha dalan Belarmino Lobo, ne’ebé haketak Bidau no Bairro Central.

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Fig. 202 – Antigo Consulado da Indonésia. Década de 60. Antigu Konsuladu Indonésia nian. Dékada 60. Former Indonesia Consulate. 60’s. © Sra. Rozel Magno’s private collection.

Fig. 201 – Xanana Reading Room. Xanana Reading Room. Xanana Reading Room. © SETAC - Flavio Miranda, 2015.

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Fig. 203 – Casa comercial em Culuhum. Loja Culuhum nian. Shop in Culuhum. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods Culuhum e Bemori

Fig. 204 & 205 – Sede de Suco de Bemori. Antigo lavadouro-balneário publico. Sede Suko Bemori nian. Antigu Lavadouru-Balneário publiku nian. Bemori Suku headquarters. old public bathhouse, © SETAC - Megumi Yamada, 2014

A sul de Bidau, ao longo do troço urbano da estrada de saída da cidade para leste, desenvolveu-se Culuhum, o principal bairro chinês de Díli, onde predominavam as funções comercial e habitacional. As casas comerciais dispunham-se ao longo das ruas Culuhum, Quinze de Outubro e Belarmino Lobo, atrás das quais se expandiam zonas habitacionais de casas em palapa. Em comparação com atividade comercial do Bairro Central, o comércio em Culuhum era mais indiferenciado, as lojas tinham menores dimensões, e alternavam entre construções de palapa e edifícios de alvenaria construídos na década de 60. Destes últimos alguns permanecem em funções. A sul de Culuhum ficava Bemori, cujo único equipamento civil era um lavadouro-balneário público —idêntico aos distribuídos pelas restantes áreas de ocupação dispersa de casas de palapa da cidade— que aloja atualmente a Sede de Suco de Bemori (fig. 203-204).

Iha parte sul husi Bidau, iha parte husi estrada ne’ebé sai husi sidade ba leste, iha Culuhun, bairro xina prinsipál husi Dili, ne’ebé iha liu liu funsaun komersiál no uma. Uma komersiál sira tuir dalan Culuhun, Rua Quinze de Outubro no Rua Belarmino Lobo, nia iha kotuk iha zona abitasionál ho uma iha ai palapa. Kompara ho atividade komersiál sira iha bairro Central, komérsiu iha Culuhun indiferensiadu liu no loja sira ki’ik liu, no balun ho konstrusaun ho ai palapa no balun edifísiu alvenaria ne’ebé harii iha dékada 60. Husi sira ne’e balun sei uza hela. Iha parte sul husi Culuhun mak Bemori, iha ne’ebé ekipamentu sivíl úniku lavadouru balneáriu públiku —ne’ebé hanesan ba sira seluk ne’ebé iha área okupasaun uma palapa iha sidade— ne’ebé sai daudaun Sede ba Suco Bemori (fig. 203-204).

South of Bidau along the urban section of the road exiting the city to the east, was Culuhum, the main Chinese neighbourhood of Dili, where the commercial and residential functions were predominant. The business houses had up along the streets Culuhum, 15 de Outubro and Belarmino Lobo streets, behind which were housing areas in palapa. Comparing with the commercial activity in the Bairro Central, the commerce in Culuhum was more undifferentiated, the stores were smaller, and alternated between palapa constructions and masonry buildings built in the 60’s. Some of the latter remain in use. South of Culuhum was Bemori whose only civilian equipment was a public washing facility —identical to those on the other areas of dispersed occupation of palapa houses— which currently houses the Bemori Suco Headquarters (fig. 203-204) .

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods Santa Cruz and Balide

Ba oeste husi Bemori mak Santa Cruz, zona ne’ebé funsionáriu husi kategoria médiu ka kiik hela. Ekipamentu prinsipál husi bairro ne’e mak antigu semitériu katóliku (fig.206-208). Iha parte norte usi Santa Kruz, iha Bairro de Casas Económicas nia oin iha kampu futeból, ne’ebé fó orijen ba atuál Estádiu. Parte boot husi Santa Cruz ne’e okupa husi propriedade ida husi SAPT Lda. Hanaran Quintal-Boot, ne’ebé halo prosesamentu ba kafé.

West of Bemori was Santa Cruz, an area inhabited by the middle and lower Timorese civil service. The main facility of the neighbourhood was the old Catholic cemetery (fig. 206-108). In the northern part of Santa Cruz, opposite the Bairro de Casas Económicas was the football field, which became the current stadium. Much of Santa Cruz was occupied by a property of SAPT Lda. Known as QuintalBoot, where the coffee was processed.

Fig. 206 & 207 – Cementerio de Santa Cruz. Cementeriu Santa Cruz. Santa Cruz cementery, © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

A oeste de Bemori ficava Santa Cruz, zona habitada pelo médio e baixo funcionalismo timorense. O principal equipamento do bairro era o antigo cemitério católico (fig. 206-208). Na parte norte de Santa Cruz, em frente ao Bairro de Casas Económicas encontrava-se o Campo de Futebol, que deu origem ao atual Estádio. Grande parte de Santa Cruz era ocupada por uma propriedade da SAPT Lda. conhecida por Quintal-Boot, onde se procedia ao tratamento do café.

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164 Fig. 208 – Cementerio de Santa Cruz. Cementeriu Santa Cruz. Santa Cruz cementery, © SETAC - Megumi Yamada, 2014.


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Fig. 209 – Igreja de Balide, 1958. Igreja Balide Nian, 1958. Balide Curch, 1958. Native Habitat Timor Mission Study. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

A sul de Santa Cruz ficava Balide, que se estendia para poente ao longo da estrada de circunvalação e a subia as montanhas a sul. No cruzamento da estrada de Balide com a artéria de ligação a Lahane encontrava-se a casa do Comando do Sector de Díli. Os principais equipamentos de Balide eram a igreja de Nossa Senhora da Conceição (fig. 209) e o Colégio Missionário (fig. 210). O colégio era um equipamento de grandes dimensões que foi construído entre 1957 e 1961, obedecendo a um projeto elaborado na Repartição de Obras Públicas de Timor em 1957.

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Iha parte sul husi Santa Cruz mak Balide, ne’ebé ba leste ba to’o iha estrada sirkunvalasaun no sai ba fóho iha sul. Iha cruzamento husi estrada Balide ho estrada ligasaun ba Lahane iha uma husi Komandu Setór Dili nian. Ekipamentu prinsipál sira husi Balide mak igreja de Nossa Senhora da Conceição (fig. 210) no Colégio Missionário (fig. 208). Colégio mak ekipamentu ho dimensaun boot sira ne’e harii entre 1957 no 1961, tuir projetu ida ne’ebé halo iha Repartisaun Obras Públikas husi Timor iha 1957.

South of Santa Cruz was Balide, which extended west along the ring road and climbed to the mountains. At the intersection of Balide road with the Lahane artery was the house of the Dili Sector Command. The main Balide facility was the church of Nossa Senhora da Conceição (fig. 209) and the Missionary College (fig. 210). The college was a large building which was built between 1957 and 1961, according to a project drafted in the Public Works Department in Timor in 1957.


Fig. 210 – Colégio de missionários de Balide, 1960. Kolégiu ba Missionárius balide nian, 1960. College of Balide missionaries, 1960. © ANTL.

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Fig. 211 – Mercado Municipal de Dili. 1975. Merkadu Munisipal Dili nian, 19575. Municipal Market of Dili, 1972. © Sra Rozel Magno’s private collection.

Fig. 212 & 213 – Atual Centro de Congressos de Dili. Aktual Centro Congressos Dili nian. Atual Congress Center of Dili. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Área urbana Área urbana Urban Area Bairros periféricos Bairro periferia Peripheral neighborhoods Caicole

Ao Bairro Central era dada a possibilidade de expansão para sul, invadindo os terrenos pantanosos de Caicole. Em Caicole localizava-se o antigo Mercado do período anterior à guerra (fig. 211), em torno do qual se dispunha uma extensa área exterior para realização do bazar, que ao domingo atraía a Díli as populações do interior de Timor. No terreiro do bazar encontrava-se uma pequena arena para a prática da luta de galos. Através da concentração destes dois equipamentos, reuniam-se, a sul do Bairro Central, as atividades urbanas exclusivas da população timorense: a comercialização dos produtos cultivados e o desporto da luta de galos. Atualmente o antigo edifício do mercado aloja o Centro de Congressos de Díli (fig. 212 & 213).

Bairro Central hetan posibilidade atu habelar tan ba sul, no tama ba rai sira ne’ebé pantanozu husi Caicole. Iha Caicole iha eis Merkadu husi períodu molok funu (fig. 211), no haleu ne’e iha área esteriór hodi hala’o bazár, ne’ebé iha domingu lori mai Dili populasaun husi interiór husi Timor. Iha fatin husi bazár nian iha arena ki’ik ida ba prátika futu manu. Liu husi ekipamentu rua ne’e, iha sul husi Bairro Central, iha atividade urbana eskluzivu husi populasaun tiomor oan: komersializasaun ba produtu agrikultura no desportu futu manu. Daudaun eis edifisiu merkadu sai Centro de Congressos de Díli (fig. 212 & 213).

The Bairro Central Municipality was given the possibility of expanding south, invading the wetlands of Caicole. In Caicole was located the old Market of the pre-war period (fig. 211), around which was an extensive outdoor area for the outdoor markets, which on Sunday attracted to Dili populations of the interior of Timor. In the yard of the market was a small arena for the practice of cock fighting. Through the concentration of these two facilities, there were, to the south of the Bairro Central, the unique urban activities of the Timorese population: the marketing of products grown and the sport of cock fighting. Currently the old market building houses the Congress Centre of Dili (fig. 212 & 213).

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A área pantanosa de Caicole foi sendo gradualmente reduzida pela construção de coletores de drenagem e de aterros ao longo do seu perímetro para instalar equipamentos de grandes dimensões. Perto do Mercado foi instalado o quartel da Polícia de Segurança Pública e a sede da Associação Desportiva e Recreativa União (fig. 214). No limite sul construiu-se o quartel do Destacamento de Serviço de Material e a Cadeia Civil, cujos reclusos procediam ao cultivo de várzeas, contribuindo assim para o saneamento do pântano. O edifício da cadeia foi construído na década de 60, com base num projeto elaborado pelos técnicos da Repartição das Obras Públicas de Timor em 1963, para substituir as antigas instalações localizadas no centro da cidade que remontavam ao período anterior à guerra. No limite oeste encontrava-se a Central Elétrica, o quartel da Companhia de Caçadores, o edifício da Assistência Pública Social e o novo quartel da Polícia Militar, construído para substituir o antigo que se localizava no Bairro do Farol. A central elétrica foi construída entre 1958 e 1961 (fig. 215). Entrou em funcionamento permanente a partir de 1963, alimentando os diferentes postos de transformação distribuídos pela cidade, localizados em Balide, Taibessi, Lahane, Campo de Aviação, Porto e Bairro dos Grilos, entre outros. O edifício era composto por três corpos interligados que dividiam entre si as funções da administração, central elétrica propriamente dita, e armazéns e oficinas.

Área pantanoza husi Caicole hamenus beibeik liu husi konstrusaun ba koletór drenajen no aterru hodi halo konstrusaun boot. Besik Merkadu halo mós Kuartél ba Polícia de Segurança Pública no sede husi Associação Desportiva e Recreativa União (fig. 214). Iha limite sul harii kuartél husu Destacamento de Serviço de Material no Komarka, iha ne’ebé dadur kuda natar, atu bele kontribui ba saneamentu pântano nian. Edifísiu husi komarka ida ne’e harii iha dékada 60, bazeia ba iha projetu ne’ebé elabora husi tékniku husi Repartisaun Obras Públikas Timor nian iha 1963, atu iha antigu uluk iha sentru sidade nian ne’ebé mai husi períodu molok funu. Iha limite oeste iha Sentrál Elétrika, kuartel husi kompañia Caçadores, edifísiu husi Asisténsia Públika Sosiál no kuartél fóun ba Polisia Militár, ne’ebé harii atu substitui ida antigu ne’ebé iha Bairro do Farol. Sentrál elétrika harii entre 1958 no 1961 (fig. 215). Tama iha funsionamentu permanente iha tinan 1963, no fó ahi ba postu transfórmasaun oin-oin sira ne’ebé fahe iha sidade, iha Balide, Taibessi, Lahane, Kampu Aviasaun, Portu no Bairro dos Grilos, no seluk tan. Edifísiu ne’e kompostu husi edifisiu tolu interligadu ne’ebé fahe funsaun administrasaun, sentrál elétrika, no armazén no ofisina sira. Edifísiu husi asisténsia públika no sosiál (fig. 216) iha fatin husi edifísiu ki’ik ida ne’ebé hala’o servisu sira, no harii karik iha dékada 70. Daudaun universidade ida iha ne’eba.

The swampy area of Caicole was gradually reduced by the construction of drainage collectors and landfills along its perimeter to install large facilities. Near the Market were the headquarters of the security police and the headquarters of the Sports and Recreational Association Union (fig. 214). On the south limit was built the barracks of the Posting Services and the Civil Prison, whose inmates cultivated rice, thus contributing to rationalization of the swamp. The jail was built in the 60s, based on a design prepared by the technicians of the Department of Public Works of Timor in 1963, to replace old facilities located in the city centre dating back to the pre-war period. In the west limit was the Power Station, the barracks of the Company of Caçadores, the building of the Social Public Service and the new headquarters of the Military Police, built to replace the old one that was located in the Bairro do Farol. The power plant was built between 1958 and 1961 (fig. 215). Started operating in 1963, feeding the different processing stations distributed around the city, located in Balide Taibesse, Lahane, Airfield, Port and Bairro dos Grilos, among others. The building consisted of three interconnected bodies divided among the functions of management, power plant itself, and warehouses and workshops. The building of public and social welfare (fig. 216) was in the location of a small building where the services worked, probably having been built in the early years of the 70’s. It is currently a university.

O edifício da assistência pública e social (fig. 216) foi implantado na localização de um pequeno edifício onde funcionavam os serviços, tendo sido construído provavelmente nos primeiros anos da década de 70. Instala atualmente uma universidade.

Fig. 214 – Antigo Associação Desportiva e Recreativa União. 1967-1969. Antigu Assosiasaun Rekreativa no Desportiva União nian. 1967-1969. Former Associação Desportiva e Recreativa União. 1967-1969. © José Simões da Rocha’s private collection.

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Fig. 216 – Assistência Publica Social, 1973. Assistênsia Publika Social, 1973. Public Welfare, 1973. © IICT.

Fig. 215 – Central elétrica, 1961. Central Elétrika, 1961. Power station, 1961. © IPAD.


Fig. 217 – Cemitério católico de Bidau. Semitériu katóliku iha Bidau. Bidau’s Catholic cemetery. © SETAC - Flavio Miranda, 2014.

Fig. 218 – Igreja de Bidau-Santana. Igreja Bidau-Santana. Bidau-Santana’s church. © SETAC - Flavio Miranda, 2014.

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Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas ORIENTAL Oriental EAST Santana e Becora

Fora dos limites da área urbana estendiam-se as zonas suburbanas. Nas áreas a oriente e a sul, a ocupação era condicionada pela proximidade da cordilheira montanhosa. A zona ocidental era predominantemente plana e de ocupação dispersa, sendo aproveitada para a produção agrícola, sobretudo para a cultura do arroz. Os limites urbanos do período português encontramse hoje largamente ultrapassados. Os antigos bairros suburbanos constituem atualmente áreas urbanas densamente povoadas. Santana localizava-se a oriente de Bidau, no sopé do exporão de Fatucama, onde a população era maioritariamente constituída por pescadores. Em Santana estava instalado o cemitério católico (fig. 217) herdado do período anterior à guerra. Além deste, o único equipamento de que o bairro dispunha era a zona de combustíveis. Ao longo da estrada de ligação aos concelhos da zona leste que acompanhava o vale da ribeira de Benamauc, desenvolvia-se o subúrbio de Becora, onde estava instalada a terceira igreja (fig. 218) sede de paróquia da Diocese de Díli.

Iha liur husi limite ba área urbana iha zona sub-urbana. Iha área ba oriente no sul, okupasaun sujeita ba hakbesik fóho. Iha zona osidentál, planu no okupasaun espalladu, aproveita ba produsaun agríkula, liu-liu ba kultura fóos nian. Limite urbanu sira husi periodu portugés nian ohin la iha ona. Bairro sub-urbanu uluk nian sai nu’udar área urbana daudaun ne’e. Santana iha leste husi Bidau iha Fatucama nia okos, ne’ebé populasaun barak liu mak kompostu husi peskadór sira. Iha Santana iha semitériu katóliku (fig. 217) ne’ebé mai husi períodu molok funu. Aleinde ne’e, ekipamentu seluk ne’ebé bairro iha mak zona ba kombustível sira. Iha estrada-ligasaun ba konsellu sira iha zona leste ne’ebé tuir vale husi mota Benamauc, hala’o subúrbio Becora, ne’ebé iha ona igreja (fig. 218) datoluk husi parókia dioseze Dili nian.

Outside the limits of the urban area were the suburban areas. In the areas to the east and south, the occupation was conditioned by the proximity of the mountain range. The western zone was mostly flat and with scattered occupation, being utilized for agriculture, especially for rice cultivation. The city limits of the Portuguese period are now largely overcome. The old suburban neighbourhoods are now densely populated urban areas. Santana was located to the east of Bidau at the foot of Fatucama where the population was mostly fishermen. In Santana was a Catholic cemetery (fig. 217) inherited from the pre-war period. Apart from this, the only facility that the neighbourhood had was the fuel area. Along the road connecting to the municipalities of the East accompanying the valley of Benamauc riverside, was the suburb of Becora, where it was installed the church (fig. 218) of the third Parish of the Diocese of Dili.

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Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas

Fig. 219 – Monumento aos portugueses vitimas da ocupação Japonesa em Timor-Leste. Monumentu ba Portuguese sira mak sai vitimas ba ocupasaun Japonesa iha Timor-Leste. Monument to the portuguese victims of the Japanese occupation in Timor-Leste. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

ORIENTAL Oriental EAST Taibessi

A sueste encontrava-se o bairro suburbano de Taibessi, ao qual se acedia a partir de Balide por dois acessos diferentes, um passando por China Rate (cemitério chinês) e pelo monumento em memória aos portugueses vítimas da ocupação japonesa (fig. 219), e outro pela fonte dos namorados (fig. 220). Ao longo destas estradas desenvolvia-se uma área residencial com construções de alvenaria ou mistas, habitadas pelo médio funcionalismo timorense, algumas delas anteriores ao período préocupação (fig. 221).

Iha sueste mak bairro suburbanu husi Taibessi, ne’ebé iha asesu liu husi Balide ho asesu rua ne’ebé diferente, ida liu husi Xina Rate (semitériu xina) no hosi monumentu ba portugés sira vítima husi okupasaun japoneza (fig. 219), no ida seluk liu husi fónte dos namorados (fig. 220). Iha estrada hirak ne’e nia sorin iha konstrusaun alvenaria ka mista, iha ne’ebé hela funsionáriu ho kategoria médiu, balun husi períodu pré-okupasaun (fig. 221).

To the Southeast was the suburban neighbourhood of Taibesse, with access from Balide by two different roads, one passing China Rate (Chinese cemetery) and the monument to the Portuguese victims of the Japanese occupation (Fig. 219) and another by the Ponte dos Namorados (fig. 220). Along those roads was a residential area with masonry buildings or mixed, inhabited by the average Timorese civil service, some of them prior to the pre-occupation period (fig. 221).

Fig. 220 – Ponte dos namorados. Ponte dos namorados. Lovers’ bridge. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 221 – Antiga casa de Artur Luz. Antigu hela fatin Sr. Artur Luz. Former house of Artur Luz. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 223 – Habitação para Sargentos. Hela fatin ba Sarjentus sira. Sargents houses. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Depois da guerra, Taibessi conservou-se na condição de zona militar da cidade. O Quartel General estava instalado no conjunto de edifícios mais antigo do aquartelamento, cuja construção foi iniciada em 1953 (fig. 222). Além deste existia o Centro de Instrução - que com a transferência do centro para Aileu em 1972, passou a alojar a Companhia de Intendência -, o Destacamento de Engenharia, cujo armazém e oficina estavam instalados em Bemori, a Messe de Sargentos, a Manutenção Militar, a Estação Postal Militar, o Depósito Penal herdado do período anterior à guerra (fig. 224), que recebia os deportados de Macau, entre outros serviços. Perto dos quartéis localizava-se um bairro para oficiais e sargentos (fig. 223).

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Hafóin funu, Taibessi mantein nafatin kondisaun zona militár husi sidade. Kuartél Jenerál monta hamutuk iha konjuntu husi edifísiu ne’ebé antigu liu iha akuartelamento, ne’ebé harii hahú iha 1953 (fig. 222). Aleinde ne’e iha mós Centro de Instrução -ne’ebé ho transferénsia husi sentru ba Aileu iha tinan 1972, no sai fatin kompañia Intendência-, Destacamento de Engenharia ne’ebé armazén no ofisina iha hela iha Bemori, Messe de Sargentos, Manutenção Militar, Estação Postal Militar, Depósito Penal husi períodu molok funu (fig. 224), ne’ebé sim deportadu sira husi Macau, no servisu sira seluk. Besik ida-ne’e iha bairro ba ofisiál no sarjentu sira (fig. 223).

After the war, Taibesse was maintained as the military zone of the city. The military headquarters was installed on the oldest set of buildings of the barracks, whose construction began in 1953 (fig. 222). In addition to this there was the Training Centre - that with the transfer of the centre to Aileu in 1972, went on to house the Company of Administration - the Posting of Engineering, whose warehouse and workshop was installed in Bemori, the House of Sergeants, the Military Maintenance, the Military Postal Station, the Criminal Deposit inherited from the pre-war period (fig. 224), which received the deportees from Macau, among other services. Near the barracks was a residential neighbourhood for officers and sergeants (fig. 223).

Fig. 224 - Vestígios/ Muro do antigo Deposito Penal de Dili. Ruiñas/ Moru husi antigu Depositu Penal Dili Nian. Ruins/ Wall of the former weaponry of Dili. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 222 – Antigo Quartel General. 1965 (aprox.). Antigu Cuartel General. 1965 (aprox.). Former Military Headquarters. approx. 1965. © In Timor Pequena Monografia.


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178 Fig. 226 – Lavadouro-balneário publico construído em 1961. Antigu Lavadouru-balneáriu publiku nian, konstroi iha tinan 1961. Old public bathhouse, built in 1961. © IPAD.

Fig. 225 – Antigo Lavadouro-balneário publico. Construído em 1973. Antigu Lavadouru-Balneáriu publiku nian. Konstroi iha tinan 1973. Old public bathhouse. Built in 1973. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.


No vale da ribeira de Bemori, guardando afastamento do grupo edificado do aquartelamento, encontravamse os cinco edifícios do paiol (fig. 227), possivelmente construídos por volta da década de 60 para substituir o paiol antigo localizado em Lahane. Em torno do aquartelamento a maioria da população vivia dispersa em casas de palapa. Para abastecimento de água canalizada aos habitantes foi construído em 1973 um bloco lavadouro-balneário (fig. 225) semelhante aos que existiam nas restantes zonas da cidade (fig. 226). A área do aquartelamento encontra-se hoje em grande parte ocupada pelo mercado. Os antigos edifícios militares são atualmente utilizados para diversas finalidades. O quartel general é partilhado pela fundação de veteranos (fig. 228 & 229) e por outros serviços (fig. 230), incluindo uma fábrica de tais, conservando-se em condições de conservação regulares. Os restantes edifícios servem de residência a várias famílias, apresentando estados variáveis de preservação (fig. 231).

Iha vale husi mota Bemori dook husi grupu husi akuartelamento, iha edifísiu lima husi paiol (fig. 227), ne’ebé karik harii iha dékada 60 hodi troka paiol uluk ne’ebé iha Lahane. Haleu akuartelamento populasaun barak liu mak hela iha uma ai palapa ne’ebé espalladu. Atu bele kanaliza bee ba sira ne’e harii iha 1973 bloku ida husi lavadouro-balneário (fig. 225) ne’ebé hanesan sira seluk ne’ebé iha sidade (fig. 226). Área akuartelamento nian daudaun okupa husi merkadu. Antigu edifísiu militár sira daudaun uza ba finalidade oinoin. Kuartél jenerál uza hosi fundasaun veteranu (fig. 228 & 229) no husi servisu sira seluk (fig. 230), inklui fábrika tais, kondisaun konservasaun regular. Edifísiu sira seluk sai hanesan hela fatin ba família balun, no aprezenta estadu prezervasaun oin-oin (fig. 231).

In the valley of the Bemori stream, distant from the buildings of the barracks, were the five buildings of the paiol (weapons storage) (fig. 227), possibly built around the 60s to replace the old one located in Lahane. Around the barracks most of the population lived dispersed in palapa houses. In order to bring water supply to the residents was built in 1973 one public washing/ shower facilities (fig. 225) similar to those that existed in other areas of the city (fig. 226). The barracks area is today largely occupied by the market. The old military buildings are currently used for several purposes. The headquarters is shared by the foundation of veterans (fig. 228 & 229) and other services (fig. 230), including a tais factory, being in regular maintenance conditions. The remaining buildings serve as home to several families, with a variable preservation status (fig. 231).

Fig. 227 – Antigo Paiol de Dili. Antigu Paiol Dili nian. Dili’s Old Militar Armory. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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180 Fig. 228 & 229 – Associação dos Veteranos. Assosiasaun Veteranus sira. Veterans Association. © SETAC - Megumi Yamada, 2014


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Fig. 231– Antigo Bloco de Habitação coletiva para Oficiais. Antigu habitasaun Kolectiva ba oficiais sira. Old collective housing block for officers. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

Fig. 230 – Antigo Quartel General. Atual fabrica de tais da Alola Foundation. Antigu Kuartel General. Aktual fabrika Tais husi Alola Fundation. Former militar headquarters. Atual Alola Foundation Tais factory. ©SETAC - Megumi Yamada, 2014.


Fig. 232 – Residência do Governador, 1958. Residênsia Governador nia, 1958. Governor’s Residence, 1958. Native Habitat Timor Mission Study. In Relatório nº 2. Estudo descritivo e Critico do urbanismo e arquitetura em Dili. © ICCT.

Fig. 233 – Edifício das Repartições da Fazenda e C.T.T. década de 50 (aprox.). Edifisiu Repartisaun Fazenda Nian no C.T.T. Década 50 aprox.). Departments of Finance and C.T.T. building in the 50’s. © Oswaldo Acácio do Nascimento’s private collection.

Fig. 234 – Antiga Assembleia dos Funcionários. Antigu Assembleia Funsionárius sira. Former employees Assembly. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas SUL SUL SOUTH Lahane

Fig. 235 – Ala norte-sul do Hospital de Lahane, 1956 (aprox.). Hare husi parte tasi feto ba tasi mane Hopital Lahane nia,. 1956 (aprox.). North-South wing Hospital de Lahane, approx. 1956 © In Timor Português.

A sul, a meia encosta, ficava Lahane, onde muitos edifícios remontavam ao período anterior à guerra. A noroeste, numa zona pouco povoada, permaneceu o Colégio Bispo de Medeiros. A sudeste, na estrada de ligação a Dare, tal como antes da guerra, o povoamento era mais denso, localizando-se aí os serviços de saúde, o consulado da Austrália, o palácio do governador (fig. 232) e o edifício da assembleia dos funcionários (fig. 233-234), que depois da guerra instalou provisoriamente a Repartição de Fazenda e Contabilidade, a Repartição dos Correios e o Liceu. Antes de chegar ao palácio do governador, um desvio dirigia-se para o antigo conjunto hospitalar, que depois da guerra sofreu várias obras de remodelação. Entre 1953 e 1955, o corpo principal construído no século XX, foi aumentado com uma ala perpendicular (fig. 236), e entre 1961 e 1962 foi totalmente remodelado (fig. 235).

Iha parte sul, iha enkosta klaran, mak Lahane, iha ne’ebé edifísiu barak husi períodu ida molok funu. Iha noroeste, iha zona ladun povoadu, iha Colégio Bispo de Medeiros. Ba sudeste, iha dalan ligasaun ba Dare, hanesan molok funu, uma barak liu, no iha ne’ebá mak servisu saúde, konsuladu Austrália nian, governadór nia palásiu (fig. 232) no edifísiu husi asembleia funsionáriu (fig. 233-234), ne’ebé liu tiha funu uza ba Repartição de Fazenda e Contabilidade, ba Repartição dos Correios no ba Liceu. Molok to’o ba palásiu governadór, desviu ida ba antigu konjuntu ospitál nian, ne’ebé hafóin funu hetan obras remodelasaun oin-oin. Entre 1953 no 1955, korpu prinsipál ne’ebé harii iha sékulu XX, aumenta ho ala perpendikular (fig. 235), no entre 1961 no 1962 hetan remodelasaun totál (fig. 236).

To the south, on the hillside, was Lahane, where many buildings dated back to the period before the war. To the northwest, in a sparsely populated area, Stayed the Colégio Bispo de Medeiros. To the southeast, at the Dare road, as before the war, the population was denser, and located around the health services, were the consulate of Australia, the governor’s palace (fig. 232) and the building of the employee’s assembly (fig. 233-234), which after the war provisionally installed the Department of Finance and Accounting, the Department of Post Office and the High School. Before arriving at the governor’s palace, a detour drove up to the old hospital compound, that after the war has undergone several renovation works. Between 1953 and 1955, the main building built in the twentieth century, had been expanded with a perpendicular wing (fig. 235), and between 1961 and 1962 had been fully renovated (fig. 236).

Fig. 236 – Ala Este- Oeste do Hospital de Lahane. Projeto de remodelação. 1961 (aprox.). Hare husi parte loro sae ba loro monu Hopital Lahane nian. 1956 (aprox.). East- West wing Hospital de Lahane. Remodeling Project, approx. 1961. © IPAD.

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O antigo pavilhão de isolamento sofreu obras de reparação em 1946, e foi adaptado entre 1960 e 1961 para instalar os serviços de cirurgia (fig. 237 & 238), embora tenha acabado por funcionar como maternidade. A antiga enfermaria de mulheres que foi reconstruída em 1946, para alojar a Maternidade D. Leonor Ruas, acabou se destinar a outros serviços. Além dos edifícios do hospital, sobreviveram à guerra várias residências de funcionários que foram reocupadas. No entanto, com a construção do Bairro do Farol, Lahane perdeu a categoria de núcleo habitacional para os funcionários mais graduados que detinha antes da guerra, passando a alojar o médio funcionalismo. Atualmente, a residência do governador que instala o Palácio Nobre (fig. 241), e o edifício do Colégio Bispo de Medeiros que aloja o Instituto de Ciências Religiosas (ICR) (fig. 242 & 243), encontram-se em bom estado de conservação e são alvo de obras de manutenção frequentes, embora este último tenha sofrido alterações significativas à sua traça original. Os edifícios do hospital e as residências dos seus funcionários encontram-se degradados ou arruinados e servem de habitação a algumas famílias (fig. 240).

Eis pavillaun izolamentu hetan obra reparasaun iha 1946, no adaptasaun iha 1960 no 1961 hodi hetan servisu cirurgia (fig. 237 & 238), maske funsiona nu’udar maternidade. Enfermaria feto uluk nian ne’ebé hetan rekonstrusaun iha 1946, hodi sai Maternidade D. Leonor Ruas, uza ba servisu sira seluk. Aleinde edifísiu sira husi ospitál, uma balun husi funsionáriu sira reziste mós ba funu. Maske nune’e, ho konstrusaun husi Bairro do Farol, Lahane lakon nia kategoria nudar uma ba funsionáriu sira ne’ebé kategoria a’as liu ne’ebé iha molok funu nian no sai fatin ba funsionáriu ho kategoria médiu.

The old isolation pavilion underwent repair works in 1946 and was adapted between 1960 and 1961 to install the surgical services (fig. 237 & 238), although it ended up working as a maternity clinic. The former women wing was rebuilt in 1946 to accommodate the Maternity D. Leonor Ruas, was used for other services. In addition to the hospital’s buildings several residences of employees survived the war and were reoccupied. However, with the construction of the Bairro do Farol, Lahane lost its high official residential area status that it had before the war, and housed a more average class of public servants.

Daudaun ne’e, rezidénsia husi governadór mak Palásiu Nobre (fig. 241), no edifísiu husi Colégio Bispu de Medeiros mak Institutu Siénsias Relijiozas (ICR) (fig. 242 & 243), iha kondisaun konservasaun di’ak no hetan obras manutensaun beibeik, maske ida ikus hetan alterasaun ne’ebé signifikativa ba ninia trasa orijinál. Edifísiu ospitál nian no rezidénsia husi funsionáriu sira ne’e hetan degradasaun ka arruinados no serve hanesan uma ba familia balun (fig. 240).

Currently, the governor’s residence houses the Noble Palace (fig. 241), and the building of the Colégio Bispo de Medeiros houses the Institute of Religious Sciences (ICR) (fig. 242 & 243), and are in good conditions, with frequent maintenance works, even though the last one has undergone substantial changes to its original design. The buildings of the hospital and the residences of its employees are degraded or ruined and serve as housing to some families (Fig. 240).

Fig. 237 – Adaptação a pavilhão de cirurgia. Projeto, 1959. Adaptasaun ba Pavillaun Sirurjia nian. Projektu, 1959. Adaptation to cirurgical pavilion. Project, 1959. © IPAD.

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Fig. 238 – Pavilhão de cirurgia, 1961. Pavillaun Sirurjia, 1961. Cirurgical pavilion, 1961. © IPAD.

Fig. 239 – Vista do conjunto Hospitalar. Konjuntu Hospital nian. View of the Hospital compound. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Fig. 240 – Vista do antigo conjunto do Hospital de Lahane. Antigu konjuntu Hospital Lahane nian. View of the old Lahane Hospital compound. Š SETAC - Flavio Miranda, 2011.

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Fig. 241 – Palácio de Lahane, 2015. Palacio iha Lahane, 2015. Lahane Palace, 2015.© Flavio Miranda.

Fig. 242 & 243 – Instituto de Ciências Religiosas. Institutu de Ciências Religiosas. Institute of Religious Sciences. © SETAC - Megumi Yamada, 2014.

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Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas Ocidental Ocidental WEST Campo Mouro

Nas áreas suburbanas ocidentais a maioria da população dedicava-se à agricultura, embora parte da comunidade muçulmana que habitava na zona marginal de Campo Mouro vivesse da atividade piscatória. Campo Mouro era um núcleo populacional muçulmano culturalmente fechado, que dispunha de uma mesquita parcialmente construída em palapa e de uma escola própria. Dentro dos seus limites encontrava-se a Estação de Rádio Marconi.

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Iha área sub-urbana sira iha oeste maioria husi populasaun dedika ba agrikultura, maske parte husi komunidade musulmana nian ida ne’ebé hela iha zona marjinal iha Campo Mouro tuir atividade peska. Campo Mouro hanesan nukleu populasionál musulmanu ne’ebé taka tuir nia kultura, ne’ebé iha meskita ida ne’ebé harii parte iha palapa no inia neskola rasik. Iha nia limite mak Estação de Rádio Marconi.

In the western suburban areas most of the population worked on agriculture, although part of the Muslim community who lived in the marginal zone of Campo Mouro lived from the fishing activity. Campo Mouro was a Muslim population centre culturally closed, that had a mosque built partly in palapa and its own school. Within its boundaries was the Marconi Radio Station.


Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas Ocidental Ocidental WEST Campo de aviação Kampu Aviasaun Aviation Field

A sul de Campo Mouro, perto da estrada de saída da cidade para os municípios de oeste, encontrava-se o Campo de Aviação, hoje integrado nos limites da propriedade do palácio presidencial. Alguns dos edifícios de apoio ao serviço aéreo persistem atualmente bem conservados, embora em estado de abandono. Do conjunto de edifícios, faziam parte a aerogare, dois hangares de armazenamento de material e um edifício de apoio. A aerogare foi construída entre 1953 e 1954 para melhorar as condições de controlo do tráfego do campo preexistente, receber os passageiros e instalar os serviços de administração. Resumia-se a um volume retangular de piso único, coberto com uma laje oblíqua, do qual sobressaía a torre de controlo com quatro pisos e varanda no último (fig. 245 & 247).

Fig. 244 – Hangares do campo de aviação, 1967-69. Hangar Campu Aviasaun nian, 1967-69. Hangar of the Aviation Field, 1967-69. © José Simões da Rocha’s private collection.

No projeto de 1953, José Manuel Galhardo Zilhão (fig. 246) procurou cumprir com os preceitos modernos de adaptação ao clima, promovendo a renovação de ar no interior do edifício através de aberturas de ventilação na base da cobertura, e investindo na proteção dos vãos contra a chuva e a incidência solar excessiva.

Iha parte sul husi Campo Mouro, besik estrada ne’ebé sai husi sidade ba munisípiu oeste, mak kampu aviasaun, ohin integradu iha limite ba propriedade palásiu prezidensiál. Edifísiu balun ne’ebé apoiu ba servisu aéreo sei iha daudaun ho konservasaun di’ak maske abandonu. Husi edifisiu sira ne’e inklui terminal, hangar armazen rua no edifisiu apoiu. Terminal harii entre 1953 no 1954 atu hadi’a kondisaun kontrolu ba movimentu kampu, atu simu pasajeiru no atu uza ba servisu administrasaun. Ida-ne’e mak edifisiu retangular ho andar ida, taka ho laje oblíqua ida, husi ne’ebé sai torre kontrolu ho andar haat no varanda iha leten (fig. 245 & 247). Iha projetu husi 1953, husi José Manuel Galhardo Zilhão (fig. 246) buka tuir preseitu modernu husi adaptasaun ba klima, hodi promove renovasaun ba ár iha interiór husi edifísiu liu husi abertura ventilasaun iha baze husi kobertura, no investe iha protesaun ba vão sira husi udan no insidénsia loro-matan.

To the South of Campo Mouro, near the road exiting the city to the west municipalitys, was the Aviation Field, now integrated within the limits of the presidential palace. Some of the support buildings are currently remain well maintained, although in abandoned. The buildings, included the terminal, two storage sheds and a support building. The terminal was built between 1953 and 1954 to improve the control of the existing field traffic, receive the passengers and install the administration services. It was limited to a single floor rectangular volume, covered with an oblique slab, from which stood the control tower with four floors and a balcony on the top (fig. 245 & 247). In the 1953 project, José Manuel Gallardo Zilhão (fig. 246) sought to comply with the precepts of modern climate adaptation, promoting the renewal of air inside the building through air vents at the base of the ceiling, and investing in the protection of the openings against rain and excessive sunlight.

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Fig. 245 – Antiga Aerogare do Campo de aviação de Dili, 1957. Atingu Aerogare Campu Aviasaun Dili nian, 1957. Former Terminal of the Aviation Field of Dili, 1957. © CGD.

A fachada de entrada, virada para nordeste, era protegida da irradiação solar por elementos verticais fixos. A fachada sueste, que estava orientada para a pista, era marcada de forma regular por vãos verticais, protegidos da chuva e da incidência solar por um elemento horizontal contínuo que cobria a plataforma de embarque e desembarque. Os hangares para armazenamento de material eram estruturas metálicas, tendo o primeiro sido instalado em 1954 (fig. 244). Nesse mesmo ano foi edificado um volume de apoio, construído em alvenaria e telha. Perto do campo de aviação desenvolveu-se uma área residencial, constituída por algumas casas de alvenaria e por um bairro económico de casas de palapa chamado Bairro Pité.

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Faxada tama, hatudu ba nordeste, hetan protesaun husi loro-matan husi elementu vertikál fiksu sira. Faxada sueste, ne’ebé orientadu ba pista, iha marka ho vão vertikál sira, ne’ebé hetan protesaun ba udan no hatun loro-matan husi elementu ida ne’ebé kontínu ne’ebé kobre platafórma embarke no dezembarke.

The entrance facade, facing northeast, was protected from solar radiation by fixed vertical elements. The southeast facade, which faced the runway had vertical openings, protected from rain and sunlight by a continuous horizontal element covering the arrivals and departures platform.

Hangares sira ba armazenamentu ba materiál sira mak estrutura metálika, no ida primeiru halo 1954 (fig. 244). Iha tinan ida ne’e harii mós edifisiu apoiu iha alvenaria no tella.

The hangars for storage of materials were metallic structures, and the first was installed in 1954 (fig. 244). At that same year a support building was built in masonry and roof tiles.

Besik kampu aviasaun iha área rezidensiál ida ne’ebé, kompostu husi uma alvenaria balun no bairro económico iha ho uma ai palapa naran Bairro Pité.

Near the airfield was a residential area, consisting of a few brick houses and an economic neighbourhood of palapa houses called Bairro Pite.


Fig. 246 – Aerogare do Campo de aviação de Dili. Projeto, 1953. Aerogare Campu Aviasaun Dili nian. Projektu, 1957. Terminal of the Aviation Field of Dili. Project, 1953. © AHU.

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194 Fig. 247 – Antiga Aerogare do Campo de aviação de Dili. Atingu Aerogare Campu Aviasaun Dili nian. Former Terminal of the Aviation Field of Dili. © SETAC - Flavio Miranda, 2014.


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Área SUBurbana Área SUB-urbanA Suburban Areas Ocidental Ocidental WEST Fatumeta

Fatumeta mak zona ne’ebé entre Kampu Aviasaun no fóho. Iha fóho nia okos iha fábrika serámika (tizolu no tella) ne’ebé pertense ba dioseze, ne’ebé daudaun ne’e la uza (fig. 248-251).

Fatumeta corresponded to the area located between the Aviation Field and the mountain range. In the foothills was installed a ceramic factory (bricks and tiles) belonging to the diocese, which is currently not working (fig. 248-251).

Fig. 248-251 – Antiga Fabrica de Cerâmica. Antigu Fabrika Sêramika (Halo Tejolu no Tellas). Ceramic Factory. © SETAC - Megumi Yamada, 2014

Fatumeta correspondia à zona localizada entre o Campo de Aviação e a cordilheira montanhosa. No sopé da montanha estava instalada uma fábrica de cerâmica (tijolos e telhas) pertencente à diocese, que se encontra atualmente desativada (fig. 248-251).

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Notas metodológicas do trabalho de levantamento Nota Metodolójika sira hosi servisu levantamentu Methodological notes ON the survey work Manuel Ximenes Smith Direção Nacional do Património Cultural A Direção Nacional do Património Cultural (DNPC), sob a égide da Secretaria de Estado do Turismo, Arte e Cultura/ Ministério do Turismo, Artes e Cultura, é responsável pela implementação das políticas e estratégias definidas pela tutela para a área do património cultural, incluindo o seu inventário, investigação, proteção e valorização. Ao longo dos últimos anos e no âmbito destas competências, a DNPC tem vindo a desenvolver um trabalho sistemático de levantamento e estudo dos vários elementos que compõem o rico mosaico patrimonial do país, incluindo o património arquitetónico de origem portuguesa.

Diresaun Nasionál Patrimóniu Kulturál (DNPK), tuir Sekretaria Estadu Turizmu, Arte no Kultura/Ministériu Turizmu, Arte no Kultura, nu’udar responsável ba implementasaun polítika no estratéjia hirak ne’ebé define husi tutela ba área patrimóniu kulturál inklui inventáriu, investigasaun, protesaun no valorizasaun. Iha tinan hirak ikus ne’e no iha ámbitu husi kompeténsia ne’e, DNPK dezenvolve ona servisu ida ne’ebé sistemátiku ba levantamentu no estudu ba elementu oin-oin ne’ebé hola parte ba patrimoniál país nian, inklui mós patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza.

The National Diretorate of Cultural Heritage (DNPC), under the Secretary of State for Tourism, Arts and Culture / Ministry of Tourism, Arts and Culture, is responsible for implementing the policies and strategies defined by the responsible for the area of cultural heritage, including its inventory, investigation, protection and recovery. Over the past few years and under these responsibilities, DNPC has developed a systematic work of survey and study of the various elements that make up the rich mosaic heritage of the country, including the architectural heritage of Portuguese origin.

O trabalho de investigação e levantamento que deu origem à presente publicação teve por base uma abordagem metodológica dividida em duas fases distintas, uma dirigida à pesquisa documental de bibliografia relevante e outra assente no trabalho de campo propriamente dito.

Servisu investigasaun no levantamentu ne’ebé fó dalan ba publikasaun ida ne’e bazeia ba abordajen metodolójika ida ne’ebé fahe iha faze rua oin oin, ida ne’ebé dirijide ba peskiza ba dokumentu ba bibliografia relevante no ida seluk ne’ebé mak servisu iha kampu.

The research and survey that gave way to this publication was based on a methodological approach divided into two distinct phases, one directed to the documentary research of relevant bibliography and the other based on the field work.

Kona-ba konsulta ba fóntes bibliográfikas, hala’o peskiza ida iha pájina iha internét, inklui konsulta ba Boletim Oficial de Timor iha pájina husi Instituto de Investigação Científica e Tropical (IICT). Tanba infórmasaun sira ne’ebé iha biblioteka no arkivu ne’ebé eziste iha país konaba patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza ladun kompletu, ami hetan nesesidade atu hala’o konsulta iha instituisaun sira iha estranjeiru, inklui Macau (Arquivo Histórico) no Portugal (Biblioteca Nacional, Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Etnologia, Arquivo Histórico Ultramarino, IICT, DireçãoGeral do Património Cultural, Biblioteca Municipal de Lisboa, Biblioteca do Espaço por Timor no Biblioteca da Ordem dos Arquitetos da Secção Sul). Aleinde ne’e, ami hola mós obra iha livraria espesializada sira no iha Feira Livru Lisboa iha tinan 2014 no hala’o entrevista ho arkiteto Fernando Schiappa de Campos (kona-ba sede husi Banco Nacional Ultramarino, iha Díli, ne’ebé nia halo) no João Tolentino.

With regards to the consultation of bibliographic sources, a web research was done, including consultation of the Official Gazette of Timor on the website of Scientific and Tropical Research Institute (IICT). Given that the information on the architectural heritage of Portuguese origin in libraries and archives in the country has large gaps, it was necessary to research in institutions abroad, including Macau (Historical Archive) and Portugal (National Library, Library of the Calouste Gulbenkian Foundation, National Museum of Ethnology, Overseas Historical Archive, HCT, General Diretorate of Cultural Heritage, the Lisbon Municipal Library, Library of Espaço por Timor and the Library of the Association of the Architects of the South Section). In addition, specialized reference books were purchased in bookshops and at the Book Fair of Lisbon in 2014 and interviews were held performed with the architects Fernando Schiappa de Campos (on the headquarters of the Banco Nacional Ultramarino, in Dili, designed by him) and João Tolentino.

No que diz respeito à consulta de fontes bibliográficas, foi realizada uma pesquisa em páginas na Internet, incluindo a consulta aos números do Boletim Oficial de Timor na página do Instituto de Investigação Científica e Tropical (IICT). Uma vez que a informação em bibliotecas e arquivos existente no país sobre o património arquitetónico de origem portuguesa apresenta grandes lacunas, foi necessária a consulta em instituições no estrangeiro, incluindo Macau (Arquivo Histórico) e Portugal (Biblioteca Nacional, Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Etnologia, Arquivo Histórico Ultramarino, IICT, Direção-Geral do Património Cultural, Biblioteca Municipal de Lisboa, Biblioteca do Espaço por Timor e Biblioteca da Ordem dos Arquitetos da Secção Sul). Para além disso, foram igualmente adquiridas obras de referência em livrarias especializadas e na Feira do Livro de Lisboa de 2014 e realizadas entrevistas com os arquitetos Fernando Schiappa de Campos (sobre a sede do Banco Nacional Ultramarino, em Dili, da sua autoria) e João Tolentino.

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Antes do início do trabalho de campo, foi elaborada uma cuidadosa planificação das tarefas a levar a cabo, incluindo a preparação de cartografia, a constituição das equipas e a divisão do trabalho por áreas administrativas. Foi igualmente criado um arquivo em suporte físico e uma base de dados em suporte digital na DNPC para receber os dados oriundos dos levantamentos, de forma a uniformizar e garantir a qualidade da informação antes desta ser inserida na Base de Dados do Património Cultural, atualmente existente. Em termos de cartografia, foram utilizados mapas à escala 1:25.000 da cidade de Dili, elaborados pela JICA (Japan International Cooperation Agency – Agência de Cooperação Internacional do Japão) em ficheiro DWG, nos quais as coordenadas georreferenciadas dos sítios inventariados foram sendo inseridas. O levantamento de campo dos edifícios patrimoniais relevantes, inicialmente começado em 2011, foi na sua maior parte completado entre Setembro e Novembro de 2014, tendo sido levado a cabo por dois arquitetos (Flávio Nunes de Almeida Miranda, Assessor para o Património Arquitetónico, DNPC14 e Isabel Guterres Boavida), pela equipa da permanente da DNPC e por uma fotógrafa voluntária da JICA (Megumi Yamada). Antes de cada saída de campo, foram enviados ofícios de conhecimento do trabalho a efetuar ao Ministério da Administração Estatal e Ordenamento do Território, com conhecimento aos Chefes de Suko e responsáveis locais da Polícia Nacional de Timor-Leste, de forma a que os proprietários ou habitantes de cada edifício estivessem devidamente sensibilizados para a importância do registo patrimonial que seria realizado. O trabalho de campo foi levado a cabo de forma sistemática em cada Posto Administrativo (Ataúro, Cristo Rei, Dom Aleixo, Metinaro, Nai’in Feto e Vera Cruz), tendo sido realizadas entrevistas com os proprietários ou responsáveis dos imóveis, gravadas em vídeo ou áudio sempre que para tal houve autorização. Em alguns casos, estas entrevistas foram de valiosa importância para a recolha de informação histórica relativamente à utilização dos imóveis durante o período colonial português, a fase de ocupação indonésia ou o período posterior à restauração da independência. As entrevistas com proprietários ou habitantes dos edifícios inventariados serviram igualmente para sensibilizar para os objetivos do trabalho de inventariação e para a importância de proteger o património de origem portuguesa, enquanto elemento identitário da cidade e do país.

14. Eugénio Sarmento, Chefe de Departamento do Património Arquitetónico; Irene dos Reis, Elísio do Carmo, Lídia Maia e Paulo Maher, técnicos profissionais.

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Molok atu hahú servisu iha kampu, halo planifikasaun husi tarefa sira ne’ebé tenke hala’o, inklui preparasaun ba kartografia, konstituisaun ba ekipa sira nian no divizaun servisu tuir área administrativa sira. Harii mór arkivu iha suporte fíziku no baze dadus iha suporte dijitál iha DNPK atu simu dadus sira ne’ebé mai husi levantamentu ne’e, atu bele unifórmiza no garante kualidade husi infórmasaun ida ne’e molok hatama iha Baze Dadus husi Patrimóniu Kulturál, ne’ebé iha ona.

Before the beginning of the fieldwork, we carried out a careful planning of the tasks to be performed, including the preparation of maps, the creation of teams and the division of the work by administrative areas. It was also created a file on physical media and a database in a digital format in DNPC to receive the data from the surveys in order to standardize and ensure the quality of information before it is inserted into the Cultural Heritage Database, currently existing.

Kona-ba kartografia, uza mapa eskala ho 1:25.000 husi sidade Dili, ne’ebé halo husi JICA (Japan International Cooperation Agency – Ajênsia Kooperasaun Internasional Japaun nian) iha fixeiru DWG, iha ne’ebé hatama koordenada jeo-referénsia husi fatin ne’ebé halo inventáriu ba. Levantamentu iha kampu husi edifísiu patrimonial sira ne’ebé relevante, hahu iha tinan 2011, no kompleta barak liu entre Setembru no Novembru tinan 2014, no hala’o husi arkitetu rua (Flávio Nunes de Almeida Miranda, Asesór ba Patrimóniu Arkitetóniku, DNPC no Isabel Guterres Boavida), husi ekipa permanente husi DNPC14 no fótógrafa ida ne’ebé voluntáriu husi JICA (Megumi Yamada). Molok atu ba servisu iha kampu, haruka ona ofísiu hodi fó koñesimentu kona-ba servisu ne’e sai ba Ministériu Administrasaun Estatál no Ordenamentu Territóriu, no ho koñesimentu ba Xefe Suko no ba responsável lokál husi Polísia Nasionál Timor-Leste, hodi proprietáriu ka se mak hela iha edifísiu ida-idak iha sensibilizasaun kona-ba importánsia husi rejistu patrimoniál ne’ebé atu hala’o.

In terms of mapping, we used maps at 1: 25,000 of the city of Dili, prepared by JICA (Japan International Cooperation Agency) in DWG file, in which we inserted the geo referenced coordinates of inventoried sites. The field survey of the relevant heritage buildings, originally begun in 2011, and was mostly completed between September and November 2014 and was carried out by two architects (Flavio Nunes de Almeida Miranda, Advisor to the Architectural Heritage, DNPC and Isabel Guterres Boavida), by the permanent team of DNPC14 and by a volunteer photographer of JICA (Megumi Yamada). Before each field trip, we sent official letters with the information on the work that was going to be carried out to the Ministry of State Administration and Territorial Planning, with knowledge to local Suco Heads and to the local officials of the National Police of Timor-Leste, so that the owners or residents of each building were properly aware of the importance of the asset registration to be conducted.

Servisu iha kampu ne’e hala’o ho fórma sistemátika iha kada Postu Administrativu (Ataúro, Cristo Rei, Dom Aleixo, Metinaro, Nai’in Feto no Vera Cruz), no hala’o entrevista ho responsável ka na’in ba imóvel, no halo gravasaun iha vídeo ka áudio bainhira hetan autorizasaun. Iha kazu balun, entrevista sira ne’e importante liu atu rekoilla infórmasaun istórika kona-ba utilizasaun konaba imóvel sira durante períodu koloniál portugés, faze okupasaun indonézia ka períodu ne’ebé liu restaurasaun independénsia nian. Entrevista ho na’in ka ho se mak hela iha edifísiu sira ne’ebe hetan inventáriu, halo mós sensibilizasaun ba objetivu servisu nian kona-ba inventarizasaun no importánsia atu proteje patrimóniu orijen portugeza nian, nu’udar elementu identitade husi sidade no nasaun.

Fieldwork was carried out systematically in each administrative post (Ataúro, Cristo Rei, Dom Aleixo, Metinaro, Nai’in Feto and Vera Cruz) and interviews were conducted with the owners or managers of the buildings, taped in video or audio whenever it was authorized. In some cases, these interviews were of invaluable importance for the collection of historical information regarding the use of the property during the Portuguese colonial period, the Indonesian occupation phase or the period after the restoration of independence. Interviews with owners or inhabitants of inventoried buildings also served to raise awareness of the objectives of the inventory work and the importance of protecting the heritage of Portuguese origin as an identity element of city and of the country.

14. Eugénio Sarmento, Xefe husi Departamentu Patrimóniu Arkitetóniku; Irene dos Reis, Elísio do Carmo, Lídia Maia no Paulo Maher, tékniku profisionál sira.

14. Eugénio Sarmento, Head of the Department of Architectural Heritage; Irene dos Reis, Elísio do Carmo, Lídia Maia and Paulo Maher, professional officers.


Todos os edifícios identificados como tendo valor patrimonial foram alvo de inventário (realizado em ficha de levantamento produzida para o efeito), fotografia e localização por GPS. Na ficha de inventário do património edificado, criada de forma a que a informação recolhida pudesse ser inserida em base de dados e devidamente gerida, foram inscritas informações relativas à caraterização física, histórica e patrimonial de cada imóvel, incluindo o seu estado atual de conservação. Esta informação é da maior importância para o trabalho que deverá seguir-se, de classificação, valorização e eventual recuperação dos imóveis patrimoniais mais significativos.

Edifísiu hotu-hotu ne’ebé identifika ona nu’udar iha valór patrimoniál hetan inventáriu (ne’ebé hala’o iha fixa levantamentu ne’ebé halo hodi nune’e), fótografia no lokalizasaun ho GPS. Iha fixa inventáriu ba edifisiu patrimóniu, ne’ebé harii atu nune’e infórmasaun ne’ebé halibur ona bele tama no halo jestaun ba iha baze dadus, hakerek infórmasaun oin-oin kona-ba karakterizasaun fízika, istórika no patrimoniál husi propriedade ida-idak nian, inklui nia estadu atuál konservasaun. Infórmasaun ne’e iha importánsia liu ba servisu ne’ebé tenke halo tuir, husi klasifikasaun, valorizasaun no rekuperasaun karik husi imóvel patrimonial sira ne’ebé signifikativu liu.

O trabalho que a DNPC tem vindo a desenvolver e do qual a presente publicação dá conta, é fundamental para aferir da importância do património arquitetónico de origem portuguesa existente em Dili. A capital do país, por razões óbvias que se prendem com o facto de ter sido a capital da ex-colónia portuguesa, concentra atualmente o maior número de edifícios desse período. No entanto, e por se tratar ainda hoje do centro administrativo e económico de Timor-Leste, Dili é simultaneamente o local onde este tipo de património cultural mais está em risco, por via do desenvolvimento e da criação de novos projetos e infraestruturas.

Servisu ne’ebé DNPK dezenvolve ona no ida ne’ebé publikasaun ne’e hatudu, importante atu hare didi’ak kona-ba importánsia ba patrimóniu arkitetóniku ho orijen portugeza ne’ebé eziste iha Dili. Kapitál husi país, ho razaun uluk ona kapitál ba eis-colónia portugés, iha edifísiu barak liu hosi períodu ne’e. Maske nune’e, no tanba ohin mós sai sentru administrativu no ekonómiku husi Timor-Leste, Dili hanesan fatin ne’ebé patrimóniu kulturál iha risku liu oras ne’e tanba dezenvolvimentu no kriasaun husi projetu no infra-estrutura fóun.

All the buildings identified as having heritage value were inventoried (in a survey form produced for this purpose), with photo and GPS location. In the inventory form of the heritage building, created so that the information gathered could be inserted into the database and properly managed, the information was recorded on the physical, historical and heritage characteristics of each property, including its current condition. This information is of great importance to the work that should follow of classification, valorisation and eventual recuperation of the most significant heritage buildings. The work that DNPC has been developing and from which this publication gives an account, it is essential to assess the importance of the architectural heritage of Portuguese origin existing in Dili. The capital of the country, for obvious reasons related to the fact that it was the capital of the former Portuguese colony, currently has the largest number of buildings of this period. However, and as it is today the administrative and economic centre of TimorLeste, Dili is also the place where this type of cultural heritage is most at risk, due to the development and creation of new projects and infrastructures.

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Exemplo de imóveis patrimoniais existentes no MUNICíPIO de Dili Ezemplu husi imóvél patrimoniál sira ne’ebé iha MUNISíPIU Dili Example of existing heritage buildings in Dili MUNICIPALITY Este livro, que é também um catálogo dos imóveis patrimoniais mais significativos do período colonial português, serve o propósito essencial de dar a conhecer aos timorenses e, em particular, aos habitantes da cidade de Dili, uma parte significativa da sua história recente. Esperamos, para além disso, que sirva também para sensibilizar para a necessidade de salvaguardar e recuperar alguns dos exemplos mais significativos deste património cultural, enquanto elemento identificador da história da cidade e do país e, como tal, pertença de todos nós.

Livru ida ne’e, ne’ebé hanesan katálogu mós ba imóvel patrimonial sira ne’ebé signifikativu liu husi períodu koloniál portugés, tuir objetivu esensiál atu fó hatene ba timor-oan sira no, liu-liu, ba se mak hela iha sidade Dili, kona-ba parte ida ne’ebé signifikativu husi nia istória daudaun. Ita hein mós, katak iha ne’e serve atu sensibiliza ba nesesidade atu proteje no halo rekuperasaun ba ezemplu balun ne’ebé signifikativu liu husi patrimóniu kulturál ida ne’e, nu’udar elementu identifikadór hosi istória sidade no país nian no, tanba ne’e, ita hotu nian.

This book, which is also a catalogue of the most significant heritage buildings of the Portuguese colonial period, has the objectives of making known to the Timorese and in particular to the residents of the city of Dili, a significant part of its recent history. We hope, moreover, that this serves also to raise awareness of the need to protect and recover some of the most significant examples of this cultural heritage while identifying element of the city’s and the country’s history that, as such, belongs to us all.

antiga Cantina (conjunto de 4 edifícios)

Antigo Posto Sanitário

localização fatin location

Posto Administrativo de Atauro, Suko Vila Manumeta Postu Administrativu, Suku Vila Manumeta Administrative Post of Atauro, Suko Vila Manumeta

ATAÚRo

Posto Administrativo de Atauro, Suko Vila Manumeta Postu Administrativu, Suku Vila Manumeta Administrative Post of Atauro, Suko Vila Manumeta

localização fatin location

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na in owner

Estado Estadu State

Privado Privadu Private

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Saúde, Saúde, Health

Residencial Rezidensiál Residential

gps

gps

S 08o15’59.3” E 125o36’12.5”

S 08 15’59.0” E 125o36’17.8” o

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CRISTO REI

DOM ALEIXO

206

Antiga Fabrica de CerÁmica

Antigo Posto dos Correios

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Bairro Pité, Suko Fatuhada Postu Administrativu Bairro Pité, Suko Fatuhada Administrative Post of Bairro Pité, Suko Fatuhada

Posto Administrativo de Bairro Pité, Suko Bairro Pité Postu Administrativu Bairro Pité, Suko Bairro Pité Administrative Post of Bairro Pité, Suko Bairro Pité

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Industrial Industrial Industrial

Transportes Aéreos Transportes Aéreus Aereal Transport

gps

gps

S 08o33’55.4’’ E 125o35’43.8”

S 08o33’55.4’’ E 125o35’43.8”


Casa antiga (Anterior à segunda guerra mundial)

Ruinas da Antiga Estação de Radio

Antigo Posto dos Correios

localização fatin location

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Cristo Rei, Suko Culuhun Postu Administrativu Cristo Rei, Suko Culuhun Administrative Post of Cristo Rei, Suko Culuhun

Posto Administrativo de Cristo Rei, Suko Culuhun Postu Administrativu Cristo Rei, Suko Culuhun Administrative Post of Cristo Rei, Suko Culuhun

Posto Administrativo de Cristo Rei, Suko Culuhun Postu Administrativu Cristo Rei, Suko Culuhun Administrative Post of Cristo Rei, Suko Culuhun

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

Privado Privadu Private

Privado Privadu Private

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residencial Rezidensiál Residential

Residencial Rezidensiál Residential

Residencial Rezidensiál Residential

gps

gps

gps

S 08o33’51.4’’ E 125o35’43.1’’

S 08o33’55.4’’ E 1250o35’43.8’

S 08o33’30.7’’ E 125o35’30.1’’

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NAIN FETO

Antigo consulado da Indonésio (atual Xanana Reading Room)

Antigo Quartel de Infantaria (Atual Casa Europa)

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Administrativo, Administrativo, Administration

Militar, Militar, Military

gps

gps

S 08o33’04.2’’ E 125o35’04.7’’

S 08o33’11.8” E 125°34’46.5”

Monumento de Comemoração do Ano Mariano 1954

Câmara do Comércio chinês (Atual S. E. de Desporto e Juventude)localização

localização fatin location

fatin location

proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

Estado Estadu State

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

Estado Estadu State

Administrativo, Administrativo, Administration

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

gps

Monumento, Monumentu, Monument

Administrativo, Administrativo, Administration

S 08°33’11.8” E 125°34’46.4”

gps

gps

S 08°32’59.0” E 125°35’05.4”

S 08°33’09.1” E 125°34’54.4”

ACAIT (Atual EMBAIXADA DE PORTUGAL) localização fatin location

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

208


Residência do Bispo de Dili localização fatin location

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

Vestigios do Antigo Forte de Nossa Senhora da Conceição de Díli

Antiga Residencia do gerente do BNU

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Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Bidau-Lecidere

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

proprietário edifísiu na ’in owner

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residencial Rezidensiál Residential

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residencial Rezidensiál Residential

gps

Militar, Militar, Military

gps

S 08º32`57.4” E 125º35`08.6”

gps

S 08° 33’ 08. 9’’ E 125° 34’ 58.1’’

China Maromak (Templo Chinês)

Cruz Vermelha

Antiga Farmácia do Estado

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Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko GriCenFor Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko GriCenFor Administrative Post of Nai’in Feto, Suko GriCenFor

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko GriCenFor Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko GriCenFor Administrative Post of Nai’in Feto, Suko GriCenFor

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko GriCenFor Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko GriCenFor Administrative Post of Nai’in Feto, Suko GriCenFor

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

S 08°33`09.6” E 125°34`46.7”

proprietário edifísiu na ’in owner

Fong Leong Sui

Estado Estadu State

Fong Leong Sui

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Religioso Religiosu Religious

Saúde, Saúde, Health

Religioso Religiosu Religious

gps

gps

gps

S 08o33’19.1” E 125o34’50.5”

S 08o33’20.3” E 125o34’49.2”

08o33’18.0” E 125o34’52.9”

209


Antigo Residência Tropas Português (2 Blocos de 4 Unidades Habitações)

Residençia Official Português (2 Habitações)

Casa de Habitação

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Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

proprietário edifísiu na ’in owner

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Estado Estadu State

Estado Estadu State

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residencial Rezidensiál Residential

Residencial Rezidensiál Residential

Residencial Rezidensiál Residential

gps

gps

gps

S 08o33’59.1’’ E 125o35’42.7’’

S 08o33’57.3’’ E 125o35’43.2’’

S 08o33’57.6’’ E 125o35’42.2’’

ANTIGA MESSE CASSERNA DOS SARJENTOS

Edificio de Habitação (Antiga Messe de Oficiais)

Monumento em homenagem aos portuguese Vitimas da ocupação em timor

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Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental proprietário edifísiu na ’ in owner Estado Estadu State

Residencial Rezidensiál Residential

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

gps

Residencial Rezidensiál Residential

Monumento, Monumentu, Monument

S 08o33’55.5’’ E 125o35’43.8’’

gps

gps

S 08o34’00.4’’ E 125o34’42.4’’

S 08o34’00.3’’ E 125o35’26.0’’

localização fatin location

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

210

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Estado Estadu State


Residência do Inicio de sec. xx

Antigo Quartel Geral do Exercito PortuguÊs (Fundação dos Veteranos)

Antigo Quartel Do exercito PortuguÊs (Atual Fabrica da Fundação Alola)

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proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental

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Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Lahane Oriental Estado Estadu State

proprietário edifísiu na ’in owner

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tipo de construção tipu konstrusaun building type

Estado Estadu State

Estado Estadu State

Residencial Rezidensiál Residential

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

gps

Militar, Militar, Military

Militar, Militar, Military

S 08o34’00.8’’ E 125o35’26.9’’

gps

gps

S 08o33’50.0’’ E 125o35’37.5’’

S 08°33’09.6” E 125°34’46.7”

Cemitério Santa Cruz

Residência

Antiga Farmácia do Estado

localização fatin location

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Santa Cruz

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Santa Cruz

Posto Administrativo de Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Postu Administrativu Nai’in Feto, Suko Santa Cruz Administrative Post of Nai’in Feto, Suko Santa Cruz

proprietário edifísiu na ’in owner

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Estado Estadu State

Privado Privadu Private

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Fúnebre, Funebre, Mortuary

Residencial Rezidensiál Residential

Residencial Rezidensiál Residential

gps

gps

gps

S 08°33’31.0” E 125°34’46.0”

S 08o33’35.2” E 125o34’49.8”

08o33’18.0” E 125o34’52.9”

211


VERA CRUZ

212

Antigo Mercado de Lama – Atual Centro de Congressos de Dili

Antigo Palácio das Repartições (Atual Palácio do Governo)

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Caicoli Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Caicoli Administrative Post of Vera Cruz, Suko Caicoli

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

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Estado Estadu State

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Comercial, Komercial, Retail

Administrativo, Administrativo, Administration

gps

gps

S 08°3’31.0” E 125°34’46.0”

S 08°33’13.4” E 125°34’41.9”

Antiga Câmara Eclesiástica

Antigo Posto da Alfandega

localização fatin location

localização fatin location

Antiga Sede do Sporting Clube de Timor-Leste e Cinema

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

Estado Estadu State

proprietário edifísiu na ’in owner

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Privado Privadu Private

Religioso, Religiosu, Religius

Administrativo, Administrativo, Administration

tipo de construção tipu konstrusaun building type

gps

gps

Desportivo/Social, Desportivu/Social, Sports/Social

S 08°33’15.2” E 125°34’01.7”

S 08°33’16.2” E 125°34’23.0”

gps

localização fatin location

S 08°33’14.3” E 125°34’33.1”


Sede do Banco Nacional Ultramarino

Sede Spot Dili e Benfica

Departamento de Tecnológico, UNTL

localização fatin location

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

proprietário edifísiu na ’in owner

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proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

Privado Privadu Private

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Administrativo, Administrativo, Administration

Desportivo/Social, Desportivu/Social, Sports/Social

Educação, Educasaun, Education

gps

gps

gps

S 08°33’16.2” E 125°34’23.0”

S 08°33’19.0” E 125°34’38.3”

S 08°33’21.6” E 125°34’36.9”

Antigo Liceu Dr. Francisco machado (UNTL)

Antigo edifício dos Serviços do Fumento (Ministério Comercio e Industria)

Arquivo e Museu da Resistência Timorense

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

localização fatin location

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

proprietário edifísiu na in owner

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Educação, Educasaun, Education

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Cultural, Kultural, Cultural

gps

Administrativo, Administrativo, Administration

gps

S 08°33’21.4” E 125°34’33.3”

gps

S 08°33’19.9” E 125°34’39.7”

S 08°33’17.2” E 125°34’01.6”

213


Antigo Hospital Dr. António de Carvalho

Farol de Dili

localização fatin location

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Lahane Oriental Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Lahane Oriental Administrative Post of Vera Cruz, Suko Lahane Oriental

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

Estado Estadu State

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Saúde, Saúde, Health

Segurança Marítima, Seguransça Maritimu, Maritime Safety

gps

gps

Administrativo Militar, Administrativu Militar, Army Administration

S 08°33’41.1” E 125°34’55.7”

S 08°33’00.6” E 125°34’58.1”

gps

Igreja de Santo António de Motael

Residência Para Antigos Funcionarios do BNU (Tipo A)

Residência Para Antigos Funcionarios do BNU (Tipo B)

localização fatin location

localização fatin location

proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

Diocese de Dili Diocese Dili nian Diocese of Dili

proprietário edifísiu na ’in owner

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tipo de construção tipu konstrusaun building type

Estado Estadu State

Estado Estadu State

Religioso, Religiosu, Religius

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

gps

Residêncial, Residênsial, Residential

Residêncial, Residênsial, Residential

S 08°33’04.3” E 125°34’13.4”

gps

gps

S 08°33’07.4” E 125°34’07.4”

S 08°33’10.3” E 125°34’06.2”

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

214

Antiga Oficina Militar

S 08°33’01.3” E 125°34’01.7”


Antiga Messe de Oficiais localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

National Spiritual Assembly of the Baha’is of Australia

Residência

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

localização fatin location

proprietário edifísiu na ’in owner

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Colmera Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Colmera Administrative Post of Vera Cruz, Suko Colmera

Estado Estadu State

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Privado Privadu Private

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Militar, Militar, Militar

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residêncial, Residênsial, Residential

gps

Religioso, Religiosu, Religius

gps

S 08°33’11.9” E 125°34’19.3”

gps

S 08°33’09.8” E 125°34’12.0”

Residência (Irmãs Carmelitas)

Residência (Laurentino D. Luís de Gusmão)

Residência

localização fatin location

localização fatin location

localização fatin location

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael

Privado Privadu Private

Posto Administrativo de Vera Cruz, Suko Motael Postu Administrativu Vera Cruz, Suko Motael Administrative Post of Vera Cruz, Suko Motael proprietário edifísiu na ’ in owner Privado Privadu Private

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

tipo de construção tipu konstrusaun building type

Residêncial, Residênsial, Residential

Residêncial, Residênsial, Residential

Residêncial, Residênsial, Residential

gps

gps

gps

S 08°22’03.7 ‘” E 125°34’09.9”

S 08°33’08.3” E 125°34’18.0”

S 08°33’09.8” E 125°34’12.0”

proprietário edifísiu na ’in owner

S 08º33`02.9 ” E 125º34’09.2”

proprietário edifísiu na ’in owner

proprietário edifísiu na ’in owner

Estado Estadu State

215


Fig. 252 - Igreja Matriz. Igreja Matriz. Matriz Church. Š João Toletino, 2015.

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Dili através do Tempo Dili liu husi Tempu Dili through Time Trabalho de Maquetas de Autoria do Arquitecto João Tolentino Maketa husi Arkitetu João Tolentino Models by Architect João Tolentino A ideia da construção das Maquetas dos Edifícios de Origem Portuguesa em Timor surgiu em 2012 na sequência da realização da maqueta de uma casa do Bairro do Farol em Dili destinada a uma oferta. Começa então uma procura por fotografias, consulta de livros, inúmeros pedidos para os amigos em Timor, para que tirassem fotografias e as enviassem, foram vários os que ajudaram mas não posso deixar de salientar a preciosa ajuda do professor Almeida Serra e do António Coelho, um agradecimento a todos pela sua colaboração no envio de fotografias. Foi também muito importante a consulta da Tese de Mestrado da Arquiteta Isabel Boavida. Aos poucos foi-se reunindo material suficiente para começar a desenhar os edifícios e assim nasceu a primeira série de maquetas, um trabalho minucioso e por vezes difícil pela falta de alguma foto de determinada fachada, era raro o edifício de que se dispunha de fotografias de todas as fachadas, quando era mesmo necessário, mais um pedido para Timor e umas semanas ou meses à espera da fotografia. O maior problema eram as medidas dos edifícios, através das fotografias aéreas do “GoogleEarth” conseguiu-se medir grande parte do edifícios, especialmente em Dili, mas em alguns locais as fotografias aéreas não tinham definição suficiente para isso e nestes casos as medidas foram estimadas tendo em atenção as outras casas já desenhadas. As alturas das paredes foi mais complicado de obter, nas através de comparações com pessoas junto a algumas das casas conseguiu-se estimar essas medidas e verificou-se que existia uma medida padrão que se repetia. Ao fim de muitos meses de trabalho foram construídas duas dezenas de maquetas de vários edifícios, um pouco por toda a ilha, Antigas Residências dos Administradores ou Chefes de Posto, Edifícios Administrativos, Capelas e Igrejas, Mercados, etc.

Ideia atu halu konstrusaun Maketa husi Edifísiu ho orijen portugés iha Timor mosu iha tinan 2012 tuir halo maketa ba uma ida iha Bairro Farol iha Díli hodi hala’o oferta ida. Hahú nune’e peskiza ba fótografia, konsulta ba livru sira, no hahu husu ba belun sira iha Timor, atu nune’e sira hasai fóto no haruka mai ha’u. Ema barak mak ajuda maibé ha’u tenke refere ajuda husi Almeida Serra no António Coelho, no ha’u hato’o ha’u nia agradesimentu ba kolaborasaun no haruka fóto sira mai ha’u. Importante tebes mós konsulta Teze Mestradu husi Arkiteta Isabel Boavida. Neineik hahu halibur-an materiál ne’ebé sufisiente atu hahú dezeña edifísiu sira no nune’e halo konjuntu maketa ba dala uluk, servisu dalaruma difisil no dala barak fóto la iha ba faxada hotu no bainhira nesesáriu duni tenke halo pedidu tan ba Timor no hein semana ka fulan hodi hetan fóto ne’e. Problema boot liu mak sasukat ba edifísiu sira, liu hosi fótografia aérea husi “GoogleEarth” konsege sukat edifísiu barak liu, liu-liu iha Dili, maibé iha fatin balun fótografia aérea sira la iha definisaun ne’ebé adekuadu ba ida ne’e no iha kazu hirak ne’e medida sira hetan estimasaun bazeia ba uma sira seluk ne’ebé dezeña ona. Parede nia a’as mak komplikadu liu, maibé husi komparasaun ho ema ne’ebé besik ba uma balun konsege halo estimasaun ba medida hirak ne’e no haree katak iha padraun ba medida ne’e. Liu servisu fulan balun, harii maketa ruanulu, husi illa tomak, Antigas Residências dos Administradores ka Chefes de Posto, Edifícios Administrativos, Capelas no Igrejas, Mercados, no seluk tan.

The idea of model-making the buildings of Portuguese origin in Timor emerged in 2012, following the completion of the model of a house of the Bairro do Farol destined to be a gift. Then began a search for photographs, a book research, numerous requests for friends in Timor to take and send photographs, a number of which helped but I have to point out the valuable assistance of Professor Almeida Serra and Antonio Coelho, a thank you to all for your cooperation in sending photographs. It was also very important the consult to the thesis of the Architect Isabel Boavida. Gradually enough material was gathered to start designing the buildings and thus the first series of models was born, a thorough job sometimes difficult by the lack of photos of a certain facade, it was rare to have available photos of all the facades of a building, and when it was really necessary, one more request to Timor and a few weeks or months waiting for the photograph. The biggest problem was the measures of buildings. Through aerial photographs through the “Google Earth” much of buildings could be measured, especially in Dili, but in some locations the aerial photographs were not sufficient for that definition and in these cases the measurements were estimated taking into account the other houses already drawn. The heights of the walls were more difficult to obtain, but by comparison with people close to some of those houses it could be estimated and it was found that there was a pattern that was repeated. After many months of work two dozen models of various buildings were built, a bit all over the island, Old Residences of the Administrators or Posto Heads, Administrative buildings, chapels and churches, markets, etc.

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Fig. 253 - Serviços de Saúde. Servisiu Saúde. Health Facilities. © João Toletino, 2015.

Fig. 254 - Escola Municipal. Escola Munisipál. Municipal School. © João Toletino, 2015.

Fig. 255 - Câmara Municipal. Camara Munisipál. Town Hall. © João Toletino, 2015.

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No entanto havia uma ideia que já tinha algum tempo, que era reconstituir o “Centro Histórico de Dili” anterior à II Guerra Mundial, trabalho que se adivinhava logo à partida bastante difícil pois poucos dos edifícios resistiram até aos dias de hoje e alguns com bastantes alterações.

Maske nune’e iha ideia iha uluk atu halo rekonstrusaun ba “Centro Histórico de Dili” molok II Guerra Mundial, no servisu hatene kedas katak servisu ne’ebé difisil tanba edifísiu balun deit mak reziste to’o ohin loron no balun iha mudansa barak.

However there was an idea that I had for some time, which was to reconstruct the “Dili History Centre” prior to World War II, work that from the outset was expedited to be rather difficult because few of the buildings remain to this day and some have substantial changes.

Começou então um exaustivo trabalho de pesquisa de fotografias antigas de modo a reconstituir os edifícios já desaparecidos, aqui a consulta de várias Plantas da cidade de Dili de finais do Séc. XIX e princípios do Séc XX foram uma preciosa ajuda para estimar as medidas desses edifícios.

Hahú nune’e servisu kompletu husi peskiza ba fótografia antiga sira atu nune’e bele halo fali edifísiu sira ne’ebé lakon ona, no ba ida ne’e hala’o mós konsulta Planta balun husi sidade Díli iha finál iha Sék. XIX no prinsípiu Sék, XX ne’ebé fó ajuda boot hodi hatene kona ba medida husi edifisiu sira ne’e.

Then began a thorough job of research of old photographs in order to reconstruct the buildings that have disappeared, and the consultation of various plants of the city of Dili of the end of the nineteenth and early twentieth century was a great help to estimate the measures of those buildings.

A tarefa era bastante complicada, pois da maior parte dos edifícios só existiam fotografias da fachada principal e quanto muito parte das laterais. Em alguns casos a fachada traseira foi “imaginada” tendo em conta a composição das outras fachadas, noutros casos tínhamos fotografias de ambas as fachadas, mas com 20, 30 ou mais anos de diferença.

Knaar ne’e kompleksu tebes, tanba husi edifísiu barak liu iha deit fóto husi faxada prinsipál no dala balun kona-ba parte laterál. Iha kazu balun faxada husi kotuk “imajina deit” haree ba kompozisaun husi faxada sira seluk, iha kazu seluk iha fóto husi faxada hotu maibé ho diferensa husi tinan 20 ka 30.

The task was very complicated because most buildings had only photographs of the main facade and sometimes the side. In some cases the rear facade was “imagined” taking into account the composition of the other walls, in other cases we had photographs of both the facades, but 20, 30 or more years apart.

Husi edifisiu balun ne’ebé reprezenta edifísiu iha Planta sira husi Dili la iha fóto ruma, hanesan eis Prisão de Dili ne’ebé iha fóto ida husi 1890 ho “grupu dadur sivíl iha Díli” iha odamatan boot nia oin ne’ebé hanoin odamatan prinsipál husi komarka, tanba ha’u hanoin ida ne’e mak sira hili atu hasai fóto. Bainhira ha’u nonton filme ida husi inisiu husi dékada 50, ha’u haree edifisiu ida ne’ebé ha’u la hatene maibé nia odamatan atu hanesan ida husi fóto dadur, no bainhira ha’u halo komparasaun ha’u hetan katak edifisiu hanesan duni nune’e ha’u hetan fóto husi Prisão maske faxada oin deit, no ha’u imajina faxada sira seluk.

Of some of the buildings represented in Plants of Dili there were no known photographs, as the case of former Dili prison in which we had a photo from 1890 of a “civil group of prisoners in Dili” in front of a huge door that I assumed to be entrance to the prison because it wouldn’t make sense to take the picture elsewhere. When watching a short film of the 50s I noticed a building that I did not know but whose entrance was like a door of the “photo of the prisoners”, and expanding the frame of the movie and comparing to the other photo I realized that it was the same building and thus obtained a photo of the Prison, though it was only the front facade, and obviously I had to “imagine” the other facades.

De alguns dos edifícios representados nas Plantas de Dili não se conheciam quaisquer fotografias, caso da antiga Prisão de Dili em que se dispunha de uma foto de 1890 de um “grupo de presos civis em Dili” em frente de uma enorme porta que presumi ser a entrada da Prisão, pois não faria sentido tirarem a foto noutro local. Ao visionar um pequeno filme do inicio dos anos 50 reparei num edifício que não conhecia mas cuja entrada era parecida com a porta da “foto dos presos”, ampliando o fotograma do filme e comparando com a outra foto cheguei à conclusão tratar-se do mesmo edifício e assim se obteve uma foto da Prisão, no entanto só era a fachada da frente, tendo obviamente que “imaginar” as outras fachadas. Com o antigo Mercado de Dili existia o mesmo problema, não haver fotos, mas eu tinha uma fotografias de um enorme telheiro com a legenda “Passarte Dilly”, no entanto não conseguia saber o significado de “passarte”, até que descobri num texto em holandês as palavras “Pasar te ... “ fui ver o significado e “Pasar” = “Mercado”, “te” = “de”, estava solucionada a legenda da foto “Pasar te Dilly” = “Mercado de Dili”. Restava ainda certificar a localização do “mercado” da foto (na planta de 1895 o Mercado era ao lado do Quartel de Infantaria), como saber que era o da foto? Felizmente descobri uma outra cópia da mesma foto com um pouco mais de definição em que se conseguia perceber que ao fundo, por detrás do telheiro, aparecia um barco, e do lado esquerdo percebia-se que existia um edificio com uma série de janelas todas iguais, fazendo a comparação com a fachada do quartel cheguei à conclusão ser mesmo o Mercado da Planta de 1895.

Ho eis Mercado de Díli iha mós problema hanesan, la iha fóto sira, maibé ha’u iha fóto husi telleiru boot ho legenda “Passarte Dilly”, maibé ha’u la hatene signifikadu hosi liafuan “passarte”, to’o ha’u hetan iha testu ida iha lian olandés liafuan “Pasar te... “ ha’u ba haree signifikadu no” Pasar “=” Mercado “, “te =” de “, ne’e mak legenda husi fóto” Pasar te Dilly “=” Mercado de Díli “. Hela deit haree ba lokalizasaun husi “mercado” husi fóto (iha planta husi 1895 Mercado mak iha Kuartel Infantaria nia sorin), nusa mak bele hatene? Ha’u hetan kópia seluk husi fóto hanesan maibé ho definisaun di’ak liu iha ne’ebé ita bele haree iha kotuk ro ida no iha sorin karuk edifisiu iha ho janela hanesan hotu, no bainhira ha’u halo komparasaun ho faxada husi kuartel ha’u hetan katak ida ne’e duni mak Mercado husi Planta husi 1895.

With the old Dili Market we had the same problem, no photos, but I had a photo of a huge shed with the legend “Passarte Dilly” however I could not find the meaning of “passarte”, until I discovered in a Dutch text the words “Pasar te...” I checked the meaning and “Pasar” = “Market”, “te” = “of”. That solve the legend of the photo “Pasar te Dilly” = “Dili Market”. We still need to verify the location of the “market” of the photo (in the plant of 1895 the Market was next to the Infantry Barracks), but how to know if it was the one in the photo? Luckily I found another copy of the same photo with a little more definition in that and I could see that in the background, behind the shed, a boat appeared, and on the left you could see that there was a building with a series of windows all the same and by making a comparison with the facade of the barracks I came to the conclusion that it was the same market of the 1895 plant.

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Fig. 256 - Colégio-Liceo Dr Francisco Machado. Kolejio-Liceu Dr Francisco Machado. Dr Francisco Machado College. © João Toletino, 2015.

Fig. 257 - Colégio São José. Colégio São José. Saint Joseph College. © João Toletino, 2015.

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Assim, aos poucos conseguiu-se reconstituir os principais edifícios do Centro Histórico, num total de 14 edifícios sendo que 5 deles ainda existem, tentando sempre, nas medida do possível construi-los com a arquitetura original, no entanto depois de algumas maquetas já estarem prontas surgiram novas fotos (mais antigas) com pormenores que desconhecia, caso da Câmara Municipal de Dili que descobri ter na origem varandas no 1º andar e caso do edifício das Obras Públicas e do Quartel de Dili em que as janelas eram originalmente mais pequenas. Também com o estudo e comparação dos diversos mapas e Plantas de Dili conseguiu-se desenhar a implantação correcta de todos os antigos edifícios do centro histórico. O total de maquetas que compõem a exposição é atualmente de 33 edifícios tanto de Dili como de outros pontos de Timor. O trabalho de pesquisa, desenho e construção de novas maquetas continua, estando agora centrado nos antigos edifícios de Lahane, Hospital Dom Carlos I, Antiga Enfermaria feminina e mais tarde Maternidade, Antiga Residência do Governador, Residência dos funcionários, Palácio do Governador, Assembleia dos Funcionários, etc.

Nune’e, neineik ha’u konsege halo rekonstrusaun ba edifísiu prinsipál sira hosi Sentru Istóriku, ho totál edifísiu 14 no 5 sei iha nafatin no ha’u buka halo nune’e tuir arkitetura orijinál, maske nune’e bainhira maketa balun prontu ona ha’u hetan fóto tan (ne’ebé tuan liu) ho detalle ne’ebé ha’u seidauk hatene, hanesan kazu husi Câmara Municipal de Dili ne’ebé iha varanda iha primeiru andar no kazu husi edifísiu Obras públikas no kuartél husi Dili iha ne’ebé janela orijinál ki’ik liu. O trabalho de pesquisa, desenho e construção de novas maquetas continua, estando agora centrado nos antigos edifícios de Lahane, Hospital Dom Carlos I, Antiga Enfermaria feminina e mais tarde Maternidade, Antiga Residência do Governador, Residência dos funcionários, Palácio do Governador, Assembleia dos Funcionários, etc. Ne’e mós ho estudu no komparasaun husi mapa no Planta sira husi Dili ha’u konsege halo dezeñu ba implantasaun loos husi edifisiu hotu iha sentru istóriku. Totál husi maketa husiespozisaun daudaun ne’e mak edifísiu 33 husi Dili no fatin seluk husi Timor. Servisu peskiza, dezeñu no konstrusaun ba maketa fóun sira kontinua nafatin, no oras ne’e fó atensaun liu ba edifísiu antigu husi Lahane, Hospital Dom Carlos I, Eis Enfermaria feminina no tuir Maternidade, Antiga Residência do Governador, Residência dos funcionários, Palácio do Governador, Assembleia dos Funcionários, nsst.

So gradually we were able to reconstruct the main buildings of the historic centre, a total of 14 buildings of which 5 of them still exist, always trying to, as far as possible, build them with the original architecture. However after a few models were already ready we found new photos (older) with details that we were unaware, like the Municipality of Dili who I have discovered to have originally balconies on the 1st floor of the building and the buildings of Public Works and the barracks of Dili where the windows were originally smaller. Also with the study and comparison of several maps and plants of Dili we managed to draw the correct implementation of all the old buildings of the historic centre. The total of models that are part of the exhibition is currently 33 both in Dili and other points of Timor. The research, design and construction of new models continues and is now focused on the old buildings of Lahane, Hospital Dom Carlos I, Old Women Infirmary and later Maternity, Former Residence of the Governor, Residence of the staff, Governor’s Palace, Assembly of employees, etc.

Fig. 258- Prisão. Prisaun. Prison. © João Toletino, 2015.

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Fig. 259 - Quartel Militar. Kuartel Militar. Military Barracks. Š João Toletino, 2015.

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PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 119. vol XL DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 119. vol XLI DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 119. vol XLII DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 120. vol XLIII DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 120. vol XLIV DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 120. vol XLV DILI PT/CGD/BNU/03GP/1GIM/1/2/7 – 1. Caixa 120. vol XLVI DILI\ AG 032 26 314 – Edifícios e Propriedades - ADMINISTRAÇÃO DO CONCELHO DE DÍLI; “Testamento de Belarmino Lobo”; Díli, 23 de Abril de 1928; 4p. - “carta nº 14”; da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Díli, 17 de Março de 1914 - “carta nº 35” da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Díli, 6 de Julho de 1927 - “carta nº 42” da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Dili, 4 de Agosto de 1927. - “carta nº 48”; da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Dilly, 8 de Outubro de 1913 - “carta nº 59” da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Díli, 28 de Agosto de 1927 - “carta nº 63” da GERÊNCIA DA FILIAL DO BNU DE DÍLI (Timor) dirigida à Gerência do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa. Timor, Dili, 18 de Setembro de 1928. - DIREÇÃO DOS SERVIÇOS DE FAZENDA; “Escritura de cedência de um terreno situado na Avenida Bispo Medeiros feita pelo Banco Nacional Ultramarino ao Governo da Colónia de Timor para construção duma escola do sexo feminino”; Díli, 9 Fevereiro 1926; 2p. AG 032 32 410 - Criação da Agência de Timor AG03213159 – Relatório do Exercício de 1911 da Filial de Díli: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1911 da Filial de Díli: Carta redigida pelo Gerente da Filial de Díli que dá conta da situação em que se encontrava a Província de Timor”; Dilly, Timor, 7 de Dezembro de 1911 AG032319 – Relatório do Exercício de 1921 da Filial de Díli: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1921 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Abril de 1922; 10p. AG032320 - Relatório do Exercício de 1922 da Filial de Díli: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1922 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, recebido a 30 de Abril de 1923; 40p. AG032421 - Relatório do Exercício de 1923 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1923 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, recebido a 15 de Maio de 1924; 39p.

AG032422 - Relatório do Exercício de 1924 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1924 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Timor-Díli, 2 de Março de 1925; 31p. AG032423 - Relatório do Exercício de 1930 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1930 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Timor-Díli, 15 de Fevereiro de 1930; 31p. AG032424 - Relatório do Exercício de 1932 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1932 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Timor-Díli, 20 de Fevereiro de 1933; 46-84p. AG032425 - Relatório do Exercício de 1933-1934 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1933-1934 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, 1935; 45-70p. AG032426 - Relatório do Exercício de 1935 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1935 da Filial de Dili 2ª Parte”; Díli, 1936; 44-70p. AG032427 - Relatório do Exercício de 1937 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1937 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, recebido a 1 de Agosto de 1938; 20p. AG03230366 - Relatório do Exercício de 1940 da Filial de Díli – 2ª Parte: - DUARTE; João Jorge, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1940 da Filial de Dili – 2ª Parte”; TimorDilly, 5 de Março de 1941; 68-112p. AG03223293 - Relatório do Exercício de 1946 da Filial de Díli – 2ª Parte: - MACHADO; Armando A. T., Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1946 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Janeiro de 1947; 78p. AG032535 - Relatório do Exercício de 1947 da Filial de Díli – 2ª Parte: - PIMENTA, João Augusto Bettencourt, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1947 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Junho de 1948; 26p. AG032537 - Relatório do Exercício de 1948 da Filial de Díli – 2ª Parte: - PIMENTA, João Augusto Bettencourt, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1948 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Junho de 1949; 21p. AG032431 - Relatório do Exercício de 1955 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GOMES, J. A. Henrique, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1955 da Filial de Díli – 2ª Parte”; Díli, Julho de 1956, 129 p. AG032538 - Relatório do Exercício de 1956 da Filial de Díli

– 2ª Parte: - GOMES, J. A. Henrique, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1956 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Julho de 1957, 73p. AG032541 - Relatório do Exercício de 1957 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GOMES, J. A. Henrique, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1957 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Abril de 1958; 65p. AG032543 - Relatório do Exercício de 1961 e 1962 da Filial de Díli – 2ª Parte: - BRITO, António José de, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1961 e 1962 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Fevereiro de 1963; 17p. AG032546 - Relatório do Exercício de 1970 da Filial de Díli – 2ª Parte: - COSTA, Filipe Pereira da, Gerência da Filial de Díli; “Relatório do Exercício de 1970 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, Maio de 1971; 23p. AG032652 - Relatório do Exercício de 1971 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1971 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, 24 de Julho de 1972; 40p. AG032649 - Relatório do Exercício de 1972 da Filial de Díli – 2ª Parte: - GERÊNCIA DA FILIAL DE DÍLI; “Relatório do Exercício de 1972 da Filial de Dili – 2ª Parte”; Díli, 17 de Julho de 1973; 36p. Documentação consultada no Instituto de Investigação Científica e Tropical - IICT-AHU – Arquivo Histórico Ultramarino: - MU DGOPC DSUH 000, Cx. 006 (caixa) - MU DGOPC DSUH 000, Cx. 026 (caixa) - Aguiar, João; “Corpo Central do Edifício das Repartições Públicas de Díli: Memória Descritiva e Justificativa”; Gabinete de Urbanização do Ultramar, Lisboa, 10 de Junho de 1953. 3p. - Oliveira, Mário de; “Messe Para 8 Funcionários Solteiros, para Díli”; Gabinete de Urbanização do Ultramar, Lisboa, 1 de Maio de 1952; 4p. - AHU CARTm 083 D.1450 (cartografia manuscrita) – “Nova Residência do Governador de Timor em Castro-Lahane”. 1862 - AHU CARTm 083 D.1452 (cartografia manuscrita) – “Planta da Alfândega da Província de Timor e Dilly”. 1864 - AHU CARTm 083 D.1451 (cartografia manuscrita) – “Hospital Militar mandado Construir pelo Governador Affonso de Castro em Timor Delli Anno de 1862”. 1862 - IICT-DCH-CHECA - Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga: - Pasta 31-Folha 72 – “Carta topografica da Praça e Porto de Dilly na Ilha de Timor”, Levantada em 1843 pelo

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Governador Frederico Leão Cabreira - Pasta 31-Folha 4 - Planta do porto, cidade e arredores de Dilly, 1893 - Pasta 31-Folha 21 – “Planta do Porto Cidade de Dilly na escala de 1 por 5000” – Levantada e desenhada por A. Heitor conductor chefe da secção das Obs. Pas. do municipalityo de Timor e verificadas as sondagens do porto por J. P. Jardim 2.º tenente d’ Armada Real commandante do Vapor Dilly – Dilly 7 de Novembro de 1892 - Pasta 31-Folha 39 – “Carta da Província de Timor. Esboço” (Cota a verificar) - “Plano Hidrográfico do Pôrto de Dili”; 1945 - IICT-CDI - Centro de Documentação e Informação: - CDI-2370-1870 (Pasta 60) – “Plano do Porto e Cidade de Dilly” por T. Andréa Capao. Tente. da Corveta D. João 1º e T. Machado 2º Tente. 1870 - CDI-2369-1946 (Pasta 60) – “Plano Hidrográfico do Pôrto de Dili”. 1945 - CDI-2372-1895 (Pasta 60) – “Plano do porto e cidade de Dilly”. 1895 Documentação consultada no Ministério das Obras Públicas - MOP – Ministério das Obras Públicas: - C 0219-1 C BAHOP – “Plano do Porto e Cidade de Dilly” por T. Andréa Capao. Tente. da Corveta D. João 1º e T. Machado 2º Tente. 1870 - C 0219-2 C BAHOP - “Plano do porto e cidade de Dilly”. Levantada em 1870 por T. Andrea Capao. Tente. da Corveta D. João 1º e T. Machado 2º Tente., 2ª Edição, 1895 Documentação consultada no Arquivo Histórico Militar - AHM – Arquivo Histórico Militar: - PT AHM-DIV-3-47-AV3-16105 – “Planta Hydrographica do Ancoradouro, e Perspectiva do Porto de Dilly na Ilha de Timor”, levantada em Junho de 1834. Pelo Tenente de A. R. / B. S. Botelho Documentação consultada na Sociedade de Geografia de Lisboa - SGL - Sociedade de Geografia de Lisboa: - 6/C/4 – “Planta Hydro-topographica da Praça e Porto de Dilly e terreno circunvizinho na Ilha de Timor”. Levantada pelo Tenente Coronel de Artilheria Frederico Leão Cabreira Governador da respectiva Capitania. 1841

Páginas de internet Fatin iha internet Websites Colónia Portuguesa de Timor (Álbum Álvaro Fontoura) Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa: - http://www.ics.ul.pt/ahsocial/fontoura/album/pag_ inteiras/0.htm

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Arquivo Digital de Cartografia Urbana: - http://cartografiaurbana.ceurban.com/ Biblioteca e Arquivo Histórico de Obras Públicas (catálogo): - http://www.biblioteca.moptc.pt/psqbol.asp?fields=6 Flickr: - http://www.flickr.com/ GeoCities: - http://www.geocities.ws/katatua1964/ Imagem digital: - http://www.prof2000.pt/users/secjeste/arkidigi/Index. htm InfoGestNet Sistema de Pesquisa InterArquivos: - http://infogestnet.dyndns.info/infogestnet2007/ Arquivo científico tropical digital: - http://actd.iict.pt/ TV Ciência: - http://www.tvciencia.pt/ Arquivo vídeo: - http://www.tvciencia.pt/tvcarq/pagarq/tvcarq01.asp Cartoteca: - http://www.tvciencia.pt/tvccat/pagcat/tvccat01.asp Iconoteca: - http://www.tvciencia.pt/tvcicn/pagicn/tvcicn01.asp Inventário dos Arquivos do Ministério do Ultramar: - http://arquivos.ministerioultramar.holos.pt/ Ministério da Obras Públicas Transportes e Comunicações: - http://www.moptc.pt/ Panoramio: - http://www.panoramio.com/ Ministério do Ambiente e do Planeamento do Território – Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais (Arquivo Histórico): Planos de Fomento - http://www.dpp.pt/pt/base-de-dados/Arquivo-historico/ Paginas/default.aspx Portal das Memórias de África e do Oriente: - http://memoria-africa.ua.pt/ Sociedade de Geografia de Lisboa: - http://www.socgeografialisboa.pt/ Timor-Leste GIS Portal: - http://websig.civil.ist.utl.pt/timorgis/Home@1.aspx Timor-Leste [Memória] - Arquivo & Museu da Resistência Timorense: - http://amrtimor.org/amrt/index.php?lingua=pt Charles Darwin University: “Tropa e aquartelamentos de Timor : subsídio para a história das unidades militares da colónia, Outobro de 1937 a Maio de 1940”: - http://espace.cdu.edu.au/


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ANEXO 1 ANEKSU 1 ANNEX 1 RESOLUÇÃO DO GOVERNO No. 25/2011 de 14 de Setembro Relativa à Proteção do Património Cultural REZOLUSAUN GOVERNU NIAN No. 25/2011 HUSI LORON 14 FULAN SetembruKona ba Protesaun ba Patrimóniu Kulturál GOVERNMENT RESOLUTION NO. 25/2011 oF 14th September RELATED TO THE PROTECTION OF CULTURAL HERITAGE O Programa do IV Governo Constitucional, no ponto 3 relativo à Arte e Cultura expressa a determinação do Governo em “colocar a cultura ao serviço da afirmação da Nação e do Estado Timorense”. Este documento refere ainda que deve ser “através da cultura que Timor-Leste se deverá posicionar, preservando, enriquecendo e salvaguardando a sua identidade”, sendo que “a proteção da Cultura assegura a perenidade e a transmissão ao longo de gerações, do legado histórico e etnográfico dos nossos antepassados e das conquistas, realizações e valores contemporâneos”.

Iha Programa IV Governu Konstitusional nian, iha pontu 3 kona ba Arte no Kultura hatudu katak Governu iha hanoin-metin atu “tau kultura hala’o knar hodi hahí Nasaun no Estadu Timoroan nian”. Liu hosi surat ida-ne’e hakarak temi mos katak “liu hosi kultura mak Timor-Leste sei buka hatu’ur nia a’an, hodi hakiak, hafolin no hasoin ninia identidade”, nune’e “halo protesaun ba Kultura hakarak atu hametin no fo sasin ba otas-ba-otas to’o rohan laek, legadu istóriku no etnográfiku hosi ita nia bei-ala sira hala’o ona liu hosi konkista, hala’ok no valór hirak mak iha ita nia loron”.

The Program of IV Constitutional Government, in point 3 related to the Arts and Culture, expresses the Government’s determination in “placing culture at the use of affirming the Timorese Nation and State”. Besides that, this document states that it should be “through culture that Timor-Leste should reposition itself, preserving, enriching and safeguarding its identity”, since “the protection of Culture ensures an enduring transmission through generations of the historical and ethnographic legacy of our ancestors, and of the contemporary achievements, accomplishments and values”.

No que especificamente diz respeito ao património cultural, a Política Nacional da Cultura, aprovada em Conselho de Ministros a 23 de Setembro de 2009, prevê a criação de “mecanismos legais que permitam uma eficaz gestão e preservação do património cultural de Timor-Leste”, no sentido de “definir os direitos e deveres dos cidadãos perante o património cultural do país, contribuindo para a sua salvaguarda e valorização”.

Koalia loos deit kona ba patrimóniu kultura nian, iha Polítika Nasionál ba Kultura, hetan ona aprovasaun liu hosi Konsellu Ministru iha loron 23 fulan Setembru tinan 2009, iha hanoin atu hari’i “mekanismu legál hirak mak bele halo jestaun ida diak no hakiak didiak patrimóniu kulturál Timor-Leste nian”, ho hanoin atu “hakerek sai direitu no dever hirak ema timoroan sira nian hasoru patrimóniu kultura ita Rain, nune’e bele kontribui atu hasoi no hafolin nia”.

In regards to specific cultural heritage, the National Cultural Policy, approved by the Council of Ministers on the 23rd of September 2009, envisages the creation of “legal mechanisms that allow an efficient management and preservation of Timor-Leste’s cultural heritage”, in order to “defining the rights and duties of all citizens before the country’s cultural heritage, contributing to its safeguarding and valorisation”.

Porque é responsabilidade do Estado proteger e valorizar o património cultural como instrumento de democratização do acesso à cultura e como elemento fundamental no processo de consolidação da identidade e soberania nacionais, e considerando que a classificação e a proteção dos bens culturais imóveis de Timor-Leste deverão sempre ser realizadas com o objetivo último de criar uma sociedade justa e igualitária, assumindo a diversidade cultural como um princípio humanitário e de desenvolvimento fundamentais, o Governo reconhece que cabe à Secretaria de Estado da Cultura e aos serviços sob sua direção, assegurar o enquadramento legal indispensável à inventariação, gestão, proteção e valorização do património cultural e arquitetónico de Timor-Leste.

Tamba Estadu iha responsabilidade atu tau-matan no hafolin patrimóniu kulturál nu’udar instrumentu hosi demokratizasaun atu hetan dalan ba kultura no hanesan elementu fundamentál ida iha prosesu hametin identidade no soberania nasionál, no konsidera katak halo klasifikasaun no protesaun ba sasán kulturál imovel Timor-Leste nian sei buka hala’o nafatin ho hanoin ikus atu hari’i sosiedade ida justa no hanesan, hodi kaer hanoin kona ba diversidade kultura nian nu’udar prinsipiu ida emar (umanitáriu) no ba dezenvolvimentu fundamentál sira, Governu rekoñese ba Sekretaria Estadu Kultura no ba servisu hirak iha nia okos katak iha kbi’it atu garante enkuadramentu legál mak importante hodi halo inventáriu, jestaun, protesaun no valorizasaun ba patrimóniu kulturál no arkitetóniku Timor-Leste nian.

Since it is the responsibility of the State to protect and value cultural heritage as an instrument of democratization of the access to culture, as well as a fundamental element in the process of consolidating the national identity and sovereignty, and considering that the classification and the protection of Timor-Leste’s immovable cultural assets should always be undertaken with the ultimate purpose of creating a fair and equal society, assuming cultural diversity as humanitarian and development fundamental principles, the Government recognises that it is up to the State Secretariat of Culture and the services under its supervision, to secure the legal framework indispensable to the inventory, management, protection and valorisation of the cultural and architectural heritage of Timor-Leste.

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A aprovação de um conjunto de orientações estratégicas e regulatórias para a defesa e preservação do património cultural de Timor-Leste, enquanto ferramenta fundamental da defesa e consolidação da unidade e identidade Nacionais, será consubstanciada na futura Lei de Bases do Património Cultural, atualmente em fase de preparação.

Halo aprovasaun ba orientasaun estratéjika no regras lubun ida hodi satan no hakiak patrimóniu kulturál TimorLeste nian, wainhira sai nu’udar instrumentu fundamentál ba defeza no hametin unidade no identidade Nasional, sei halibur hamutuk iha deit Lei Baze ba Patrimóniu Kulturál nian mak atu hakerek iha loron oin mai, oras ne’e daudaun iha hela preparasaun.

Assim, o Governo resolve, nos termos da alínea a) do artigo 116.o da Constituição da República e na prossecução do Programa do IV Governo Constitucional e da sua Política Nacional da Cultura, o seguinte:

Nune’e, Governu buka hadia, tuir ho termu hosi alinea a) iha artigu 116 hosi Lei-Inan Repúblika no tuir nafatin ho Programa IV Governu Konstitusionál nian no ninia Polítika Nasionál ba Kultura, hanesan mai ne’e:

a) É aprovada a presente Resolução, que consagra o conceito de património cultural e medidas para o seu apoio, defesa, preservação e conservação.

a) Halo aprovasaun ba Rezolusaun ida-ne’e, hodi bele sarani konseitu patrimóniu kulturál no sasukat hirak atu fo tulun, satan, hakiak no halo konservasaun ba nia.

b) A presente Resolução vigora até à aprovação da Lei de Bases do Património Cultural.

b) Rezolusaun ida-ne’e iha folin to’o loron halo aprovasaun ba Lei Baze Patrimóniu Kulturál nian.

c) Define-se como património cultural todos os bens, móveis e imóveis, materiais ou imateriais, que pela sua importância e valor únicos, contribuem para afirmar a identidade cultural de uma comunidade, país ou região e que, por tal, devem ser alvo de identificação, investigação, classificação e de medidas de conservação e proteção. O património cultural de Timor-Leste deverá reflectir valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, ou exemplaridade do seu Povo.

c) Haraik hanesan patrimóniu kulturál sasán hotu-hotu, movel no imovel, materiál ka la’os material, tan ninia importánsia no valór mesak, mak fo kontribuisaun atu afirma identidade kulturál komunidade, rai ka rejiaun ida nian no nune’e, presiza sai nu’udar alvu atu halo identifikasaun, investigasaun, klasifikasaun no sai mos nu’udar sasukat atu halo konservasaun no protesaun. Patrimóniu kulturál Timor-Leste nian sei buka leno valór hirak hosi memória, antigu, auténtiku, orijinál, raru, ka ezemplár hosi ninia Povu.

d) Os tipos de património cultural existentes no país incluem: - Património arqueológico terrestre e subaquático, incluindo sítios arqueológicos, e materiais oriundos de escavações e de sítios arqueológicos; - Património arquitetónico, incluindo construções de vários tipos dos períodos colonial português e holandês (incluindo o património religioso), do período de ocupação japonesa e do período de ocupação indonésia; - Património etnográfico e tradicional, móvel e imóvel, incluindo arquitetura tradicional, arquitetura e sítios sagrados, e objetos etnográficos e tradicionais associados a culturas vivas; - Património imaterial, incluindo tradições, expressões orais e línguas, práticas sociais, rituais e eventos festivos, conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e a gestão de recursos naturais, e ainda artes tradicionais e de espectáculo, incluindo música, dança e cantares.

232

d) Tipu hirak hosi patrimóniu kulturál mak iha ita Rain hanesan: - Patrimóniu arkeolójiku iha rai no iha be okos, hanesan mos fatin arkeólojiku, no sasán hirak ke mak hetan no hosi fatin hirak arkeolójiku nian; - Patrimoniu arkitetóniku hanesan hadia tipu sasán ka uma oin-oin hosi tempu koloniál Portugál no Olanda nian (hanesan mós patrimóniu relijiaun nian), hosi tempu okupasaun Japaun no hosi tempu okupasaun Indonézia nian; - Patrimóniu etnográfiku no tradisionál, movel no imovel, hanesan arkitetura tradisionál, arkitetura no fatin hirak lulik nian, no sasán etnográfiku no tradisionál mak kait ba kultura moris; - Patrimóniu imateriál hanesan tradisaun, buat hirak hateten ho ibun no lian, hahalok sosiál, rituál no festa hirak, matenek no hahalok hirak kona ba natureza no jestaun ba rekursu naturál sira, no mós arte tradisionál no espetákulu, hanesan múzika, dahur no hananuk.

The approval of a set of strategic and regulatory guidelines towards the protection and the preservation of Timor-Leste’s cultural heritage, as a fundamental tool to preserve and consolidate national unity and national identity, will be further improved by the future Cultural Heritage National Law, currently under preparation. Therefore, the Government decides, following paragraph a) of Article 116 of the Constitution of the Republic, and in pursuit of the Program of the IV Constitutional Government and its National Cultural Policy, the following: a) The current Resolution is approved, defining the concept of cultural heritage and measures for its support, defence, preservation and conservation. b) The current Resolution is in use until the Cultural Heritage National Law is approved. c) Cultural heritage is defined as all assets, moveable and immoveable, tangible or intangible, which for its unique importance and value contribute to affirm the cultural identity of a community, country or region and that for such reason, should be the target of identification, research, classification and conservation and protection measures. Timor-Leste’s cultural heritage should reflect values of memory, antiquity, authenticity, originality, rarity or exemplarity of its People. d) The types of cultural heritage existing in the country include: - Archaeological heritage, on land and underwater, including archaeological sites and materials from excavations and archaeological sites; - Architectural heritage, including several types of buildings from the Portuguese and Dutch colonial periods (including religious heritage), the Japanese occupation period and the Indonesian occupation period; - Ethnographic and traditional heritage, moveable and immoveable, including traditional architecture, sacred architecture and sites, as well as ethnographic and traditional objects associated with living cultures; - Intangible heritage, including traditions, oral expressions and languages, social and ritual practices and festivities, knowledge and practices associated with nature and natural resource management, as well as traditional arts and performance, including music, dance and singing.


e) O órgão da administração do Estado que detém o poder de tutela do património cultural de Timor-Leste é a Secretaria de Estado da Cultura, ou órgão do Governo que lhe suceda nas suas competências, nos termos da delegação expressa de poderes consagrada no número 2 do artigo 49° do Decreto-Lei 22/2010, de 9 de Dezembro, que aprova a Lei Orgânica do Ministério da Educação. Cabe ao Ministro da Educação a superintendência das atividades da Secretaria de Estado da Cultura.

e) Entidade administrasaun hosi Estadu mak iha kbi’it atu kaer patrimóniu kulturál Timor-Leste nian mak Sekretaria Estadu Kultura, ka entidade Governu nian mak troka nia iha ninia kompeténsia, tuir ho termu ne’ebé delega kbi’it hirak mak sarani ona iha numir 2 hosi artigu 49 iha Dekretu-Lei 22/2010, hosi loron 9 fulan Dezembru, mak aprova Lei Orgánika hosi Ministériu Edukasaun. Ministru Edukasaun iha kbi’it atu tau-matan ba knar hirak Sekretaria Estadu Kultura nian.

e) The body within the State that holds tutelage of all cultural heritage in Timor-Leste is the State Secretariat of Culture, or the body within Government that will replace it in its competences, according to the expressed delegation of powers consecrated in no. 2 of Article 49 of the DecreeLaw 22/2010, of December 9, which approves the Organic Law of the Ministry of Education. It is the responsibility of the Ministry of Education to supervise the activities of the State Secretariat of Culture.

f) A tutela ora consagrada compreende a defesa, proteção, desenvolvimento e conservação do Património Cultural de Timor-Leste, dotada do poder de controlo e fiscalização técnicos sobre todo o tipo de intervenções nos bens, do domínio público ou privado, que constituem património cultural de Timor-Leste, através do uso das medidas e mecanismos consagrados na presente Resolçução ou em posterior legislação relevante.

f) Responsabilidade ne’ebé sarani ona hatan ba defeza, protesaun, dezenvolvimentu no konservasaun ba Patrimóniu Kulturál Timor-Leste nian, iha kbi’it atu halo kontrolu no fiskalizasaun téknika kona ba tipu hotu-hotu intervensaun ba sasán hirak, hosi domíniu públiku ka privadu, mak sai hanesan patrimóniu kulturál Timor-Leste nian, liu hosi uza sasukat no mekanismu hirak sarani ona iha Rezolusaun ida-ne’e ka iha lejislasaun importante loron oin mai.

f) The tutelage now consecrated comprises the defence, protection, development and conservation of the Cultural Heritage of Timor-Leste, having the power to technically control and examine all type of interventions on the cultural heritage of Timor-Leste, through the use of measures and mechanisms defined in the current Resolution or in any relevant legislation to be produced. g) The power of controlling and examining is applied through technical judgments and the relevant technical accompanying reports and it is applied to all institutions, public or private whom, through collaboration with the State or by their own initiative, on assets of public or private domain, intend to acquire, modify, recover, develop and/or intervene in any type of asset, public or private, which fall under the scope of the current diploma and are duly identified and classified through a dispatch from the tutelage body.

g) O poder de controlo e fiscalização é aplicado através de pareceres técnicos e respectivos relatórios de acompanhamento técnico e aplicam-se a todas as entidades, públicas ou privadas, que, através de colaboração com o Estado ou através de iniciativa própria, sobre bens do domínio público ou privado, pretendam adquirir, modificar, recuperar, desenvolver e/ou intervir em qualquer tipo de bens, públicos ou privados, que cabem no âmbito do presente diploma e estão devidamente identificados e classificados por Despacho da Tutela.

g) Kbi’it atu halo kontrolu no fiskalizasaun aplika liu hosi relatóriu tékniku no relatóriu akompañamentu tékniku rasik no aplika ba entidade hotu-hotu, públika ka privada, mak, liu hosi kolaborasaun ho Estadu ka liu hosi inisiativa rasik, kona ba sasán hirak hosi domíniu públiku ka privadu, hakarak atu sosa, modifika, rekupera, dezenvolve no/ka halo intervensaun iha tipu ruma hosi sasán hirak, públiku ka privadu, mak tama tomak iha lidun hosi diploma idane’e no mak halo identifikasaun no klasifikasaun lolos tuir desizaun hosi instituisaun mak responsavel.

h) Incluem-se nestes os projetos específicos desenvolvidos pela Igreja Católica de Timor-Leste no património arquitetónico sob a sua posse, desde que este património seja classificado.

h) Tama hotu iha ne’e projetu espesífiku hirak mak hala’o hosi Uma-Kreda Katólika Timor-Leste iha patrimóniu arkitetóniku ne’ebé makaer hosi nia, naran katak patrimóniu ne’e hetan ona klasifikasaun.

Aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Setembro de 2011.

Hetan ona aprovasaun iha Konsellu Ministru hosi loron 7 fulan Setembru tinan 2011.

To be published.

Publique-se.

Bele fo sai.

The acting Prime-Minister,

O Primeiro-Ministro em exercício,

Primeiru-Ministru ezersísiu,

José Luís Guterres

José Luís Guterres

José Luís Guterres

h) Included in the above-mentioned are all specific projects developed by the Catholic Church of Timor-Leste in the cultural heritage under its owner, as long as this heritage is classified. Approved by the Council of Ministers on the 7th of September, 2011.

233


234


ANEXO 2 ANEKSU 2 ANNEX 2 Lista de imóveis patrimoniais existentes no Município de Dili Lista husi imóvél patrimoniál sira ne’ebé iha MuniSípiU Dili list of heritage buildings existing in the Dili Municipality Lista de imóveis patrimoniais de existente no Posto administrativo de Ataúro, município de Dili, RDTL Sitio MunicipaliNo. tyo

Localização

Coordenadas GPS

Nome do Sitio

Sub-municipalityo

Vila/Suku

Aldeia/Knua

Latitude S

Longitude E

Periodo M. Erro

1769 - 1942

43-45

Propriedade

45 -74

6.1.5.01

1

Cantina antiga - 4 edifícios

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’59.0“

125°36’17.8”

1

6.1.5.02

2

Antigo Posto Sanitário

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’59.3“

125°36’12.5”

1

6.1.5.03

3

Antiga Escola Da Missão Catolica de Atauro

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’59.3“

125°36’12.5”

1

6.1.5.04

4

Antiga Residência do administrador

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’59.3“

125°36’12.5”

1

75-99

Atual

Privado

Governo

Igreja

Traditional

1

Observações Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.1.5.05

5

Igreja de Nossa senhora de Fatima

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’56.5“

125°36’11.0”

0

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.1.5.06

6

Centro Paroquial de Ataúro

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’58.9“

125°36’13.8”

0

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.1.5.07

7

Antiga Companhia militar Fábrica de bonecas de Ataúro

Ataúro

Maumeta

Vila- Maumeta

08°15’56.7“

125°36’16.1”

16

1 0

0

7

1 0

0

1

3

3

0

Lista de imóveis patrimoniais de existente no Posto administrativo de Cristo Rei, município de Dili, RDTL Sitio MunicipaliNo. tyo

Nome do Sitio

Localização Sub-municipalityo

Coordenadas GPS

Vila/Suku

Aldeia/Knua

Latitude S

Longitude E

Periodo M. Erro

1769 - 1942

43-45

Propriedade

45 -74

75-99

Atual

Privado

Governo

6.2.5.01

1

Antiga Rádio Estação de Dili

Cristo Rei

Culu Hum

Carrega Tiro

08°33’51.4’’

125°35’43.1’’

2

1

6.2.5.02

2

Fundação Veteranos e Centro

Cristo Rei

Culu Hum

Taibesi

08°33’50.0’’

125°35’37.5’’

3

1

1

1

6.2.5.03

3

Paiol - Conjunto de 3 Edifícios

Cristo Rei

Becora

Becussi

08°34’04.5’’

125°35’56.4’’

2

1

1

1

6.2.5.04

4

Antigo Quartel Geral do exercito Português / Atual Fabrica de Produção de Tais da Fundação Alola

Cristo Rei

Culu Hum

Taibesi

08°33’57.4’’

125°35’34.2’’

5

1

1

6.2.5.05

5

Antigo Posto dos Correios

Cristo Rei

Culu Hum

Lau-rai

08°33’55.4’’

125°35’43.8’’

4

1

1

3

Igreja

Traditional

Observações

1

0

4

0

0

0

5

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 0

0

Lista de imóveis patrimoniais de existente no Posto administrativo de DOM ALEIXO, município de Dili, RDTL Sitio MunicipaliNo. tyo 6.3.1.26.01

1

Nome do Sitio Antiga Aerogare de Dili

Localização Sub-municipalityo Dom Aleixo

Coordenadas GPS

Vila/Suku

Aldeia/Knua

Latitude S

Longitude E

Bairro Pité

Transtortes Aerios de Timor

08°33’23.4”

125°33’47.5”

Periodo M. Erro

1769 - 1942

43-45

Propriedade

45 -74

75-99

Atual

Privado

1 0

0

1

Governo

Igreja

Traditional

Atualmente desactivado. A estrutura original do edificio mantem-se em bom estado de conservação

1 0

0

0

1

Observações

0

0

235


Lista de imóveis patrimoniais de existente no Posto administrativo de nain feto, município de Dili, RDTL Sitio MunicipaliNo. tyo

Localização

Coordenadas GPS

Periodo

Nome do Sitio

Vila/Suku

Aldeia/Knua

Latitude S

Longitude E

M. Erro

Edificio Residencial Sra. Rosa Lay

Nain Feto

Acadiru Hun

08°33’07.8’’

125°35’06.8’’

2

1

1769 - 1942

43-45

45 -74

75-99

Atual

Privado

Governo

Igreja

Traditional

1

6.5.2.01

2

Cemitério Santa Cruz

Nain Feto

Bemori

Ailele-hun

08°33’01.3”

125°34’01.7”

0

1

3

Residencia Sede de Suko Bemori Sr. Afonso da Cruz

Nain Feto

Bemori

Ailele-hun

08°33’29.1’’

125°35’15.4’’

2

1

6.5.2.03

4

Fonte de Abastecimento de Água (Ponte dos Namorados0

Nain Feto

Bemori

At-laran

08°33’34.8”

125°35’28.1’’

2

1

1

6.5.3.01

5

Acait Atual Embaixada de Portugal

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’11.8”

125°34’46.5”

6

1

1

6.5.3.02

6

Antigo Quartel de Infantaria Casa Europa

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’11.8”

125°34’46.5”

6

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.3.03

7

Ruinas do Forte de Nossa Senhora da Conceição de Díli

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’09.6”

125°34’46.7”

5

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

8

Monumento de Comemoração do Ano Mariano 1954

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°32’59.0”

125°35’05.4”

5

1

6.5.3.05

9

Antiga Associação Comercial Chinesa (Atual SEJD) Secretaria de Juventude e Desporto

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’09.1”

125°34’54.4”

6

1

6.5.3.06

10

Residência do Bispo de Dili

Nain Feto

Bidau Lecidere

Lecidere

08°32’57.4”

125°35’08.6”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.3.04

6.5.3.07

11

Edificio Residencial

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°32’57.4’’

125°35’08.6’’

6.5.3.08

12

Edificio Residencial - Habitante Sra. Rita da Silva

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°22’03.7”

125°34’09.9”

13

Restaurante Doce Sr. Gonçalo Manuel

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’ 08.9’’

125°34’58.1’’

3

1

14

Antigo consulado da Indonesio Xanana Reading Room

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’04.2’’

125°35’04.7’’

1

1

15

Antiga Associação Comercial Chinesa (Atual SEJD) Secretaria deJuventude e Desporto

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’09.1”

125°34’54.4”

6

6.5.3.09 6.5.3.10 6.5.3.11 6.5.3.12

1

Observações

6.5.1.01

6.5.2.02

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

16

Loja Chinesa Bafom -Tam Electric

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’07.2’’

125°35’06.1’’

2

1

1 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.3.13

17

Edificio Residencial Sr. Flomena Batista

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’08.8’’

125°35’02.6’’

23

1

6.5.3.14

18

Inspecção Geral do Estado

Nain Feto

Bidau Lecidere

08°33’09.8”

125°34’12.0”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.3.15

19

Quartel da Policia Maritima

Nain Feto

08°34’06.5’’

125°34’53.8’’

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.01

20

Centro Sanitario de Dili

Nain Feto

Bairro Formosa

08°33’18.0”

125°34’52.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

08°33’18.0”

125°34’52.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

08°33’18.0”

125°34’52.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

08°33’19.1”

125°34’50.5”

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.02

21

Delegacao de saude Dili

Nain Feto

Bairro Formosa

6.5.4.03

22

Sede da Administracao Sub- Município

Nain Feto

Bairro Formosa

Nain Feto

Bairro Formosa

− −

08°33’19.0’’

125°34’49.7’’

1

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

08°33’20.3”

125°34’49.2”

3

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

08°33’18.0”

125°34’52.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

125°35’02.3”

1

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.04

23

China Maromak (Templo Chines)

6.5.4.05

24

Café Brasil

Nain Feto

Bairro Formosa

6.5.4.06

25

Edificio da Cruz Vermelha

Nain Feto

Bairro Formosa

6.5.4.07

26

Antiga Farmácia do Estado

Nain Feto

Bairro Formosa

6.5.4.2.01

27

Edificio Residencial - Habitante Sr. Alípio Dotel Sarmento Vong

Nain Feto

Bairro Central

08°33’18.7”

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.01

28

MIAP_Edificio Comercial

Nain Feto

08°33’12.7”

125°34’12.2”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.02

29

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’11.2”

125°34’13.9”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.03

30

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°32’59.4”

125°33’56.0”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.04

31

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’11.2”

125°34’14.2”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.05

32

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’11.4”

125°34’15.0”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.06

33

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’13.6”

125°34’16.5”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.07

34

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’13.3”

125°34’06.8”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.08

35

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’10.3”

125°34’09.6”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.5.4.3.09

36

Edificio Residencial - Habitante

Nain Feto

08°33’09.6”

125°34’16.5”

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 0

236

Propriedade

Sub-municipalityo

0

25

0

0

5

16

3

0


Lista de imóveis patrimoniais de existente no Posto administrativo de Vera Cruz, município de Dili, RDTL Sitio MunicipaliNo. tyo

Localização

Coordenadas GPS

Periodo

Propriedade

Nome do Sitio

Sub-municipalityo

Vila/Suku

Aldeia/Knua

Latitude S

Longitude E

M. Erro

Vera Cruz

Caicoli

08°33’31.0’’

125°34’46.0’’

2

1

1

1

1

1769 - 1942

6.6.1.01

1

Antigo Mercado de Lama Atual Centro de congressos de Dili

6.6.2.01

2

Palácio das Repartições Palácio do Governo

Vera Cruz

Colmera

08°33’13.4”

125°34’41.9”

6

6.6.2.02

3

Câmara Eclesiástica

Vera Cruz

Colmera

08°33’15.2”

125°34’01.7”

6

1 1

43-45

45 -74

75-99

Atual

Privado

Governo

Igreja

Traditional

Observações

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 1

6.6.2.03

4

Antigo Posto da Alfandega Imprensa Nacional – Edifício A - B

Vera Cruz

Colmera

08°33’16.2”

125°34’23.0”

7

6.6.2.04

5

Hotel Timor

Vera Cruz

Colmera

08°33’14.5”

125°34’24.3”

6

1

6.6.2.05

6

Monumento V Centenário da morte do Infante D. Henrique

Vera Cruz

Colmera

08°33’13.2”

125°34’42.2”

10

1

6.6.2.06

7

Antiga Sede do Sporting Clube de Timor-leste| antigo Cinema

Vera Cruz

Colmera

08°33’14.3”

125°34’33.1”

6

1

6.6.2.07

8

Sede do BNU

Vera Cruz

Colmera

08°33’16.9”

125°34’33.8”

3

1

1 1

Não foi um edificio terminado durante o periodo da Adm. Portuguesa em Timor. Finalizado durante o periodo de ocupação Indonesia (Confirmar data)

1 1 1 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.08

9

Sede Ensul – Supermercado Páteo

Vera Cruz

Colmera

08°33’17.9”

125°34’31.8”

4

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.09

10

Antiga Sociedade Agrícola (SAPT)

Vera Cruz

Colmera

08°33’21.3”

125°34’32.6”

3

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.10

11

Sede Spot Dili e Benfica

Vera Cruz

Colmera

08°33’19.0”

125°34’38.3”

2

1

6.6.2.11

12

Biblioteca UNTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’22.3”

125°34’45.3”

1

1

1

6.6.2.12

13

Departamento de Economia UNTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’21.6”

125°34’36.9”

5

1

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.13

14

Departamento Tecnológico - UNTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’21.6”

125°34’36.9”

5

1

1

6.6.2.14

15

Complexo desportivo - UNTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’22.6”

125°34’40.8”

2

1

1

6.6.2.15

16

Antigo Liceu Dr. Francisco Machado UNTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’21.4”

125°34’33.3”

2

1

6.6.2.16

17

Residencia Sr. Adelino da Silva

Vera Cruz

Colmera

08°33’17.3”

125°34’01.8”

0

1

1 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.17

18

Edificio do Fumento

Vera Cruz

Colmera

08°33’17.2”

125º34’01.6”

4

1

1

6.6.2.18

19

Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT)

Vera Cruz

Colmera

08°33’19.9”

125°34’39.7”

7

1

1

6.6.2.19

20

Comité Olimpico Nacional RDTL

Vera Cruz

Colmera

08°33’07.2”

125°34’38.9’’

5

1

1

6.6.2.20

21

Antiga Sede da Académica Clube de Dili – Loja de produtos religiosos

Vera Cruz

Colmera

08°33’17.0”

125°34’39.1”

3

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.21

22

Loja Toko Lay

Vera Cruz

Colmera

08°33´16.9”

125°34’39.0”

0

1

6.6.2.22

23

Secretaria de Estado para o Apoio e Promoção do Sector Privado

Vera Cruz

Colmera

08°33’17.0”

125°34’35.9”

5

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades - Em processo de desocupação

24

Residência Sr. Manuel António Rodrigues da Silva

Vera Cruz

Colmera

08°33’19.0”

125°34’34.4”

5

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.2.24

25

Sede Banco Nacional Ultramarino (BNU) – CGD - Dili

Vera Cruz

Colmera

08°33’18.2”

125°34’33.6”

11

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.4.01

26

Antigo Pa;acio de Lahane Ocidental

Vera Cruz

Lahane Oriental

08°34´11.1”

125°34’54.0”

1

1 1

6.6.2.23

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

6.6.4.03

28

Instituto de Ciencias Religiosas (ICR) Antigo Colégio Bispo de Medeiros

Vera Cruz

Lahane Oriental

08°24’28.7”

125°34’50.8”

2

6.6.4.04

29

Bunker Japonês

Vera Cruz

Lahane Oriental

08°34´33.9”

125°34’47. 82

5

6.6.4.05

30

Antiga Residência do Chefe da Infermaria do Hospital Dr. Antonio de Carvalho, Lahane

Vera Cruz

Lahane Oriental

08°34’35.7”

125°34’50.0”

2

1

1

6.6.4.07

31

Antigo Hospital Dr. António de Carvalho, Lahane

Vera Cruz

Lahane Oriental

08°34’41.1”

125°34’55.7”

2

1

1

6.6.5.01

32

Antiga residência do Administrador Sociedade Agrícola Pátria Trabalho

Vera Cruz

Mascaranhas

08°34’10.1”

125°34’58.3”

16

1

1

6.6.6.01

33

Farol de Dili

Vera Cruz

Motael

08°33’00.6”

125°34’00.1”

5

1

1

6.6.6.02

34

Edificio Residencial Sede da Fundação A-74-99

Vera Cruz

Motael

08°32’54.4’’

125°34’06.9’’

6

1

6.6.6.03

35

Edifício residencial Benjamim da Silva Sarmento

Vera Cruz

Motael

08°33’01.3’’

125°34’01.7’’

6

1

6.6.6.04

36

Edifício Residencial Antiga Oficina Militar

Vera Cruz

Motael

08°33’01.3’’

125°34’01.7’’

6

1

6.6.6.05

37

Jardim 5 de Maio + Monumento Estatua do Libertador

Vera Cruz

Motael

08°33’13.8’’

125°34’21.1’’

6

6.6.6.06

38

Igreja de Santo António de Motael

Vera Cruz

Motael

08°33’04.1’’

125º34.13.4”

5

1

1

6.6.6.07

39

Igreja de Santo António de Motael Conjunto de 2 edificios Antiga casa para Pároco da Igreja de Motael e empregados

Vera Cruz

Motael

08°33’04.1’’

125°34.13.4”

5

1

1

6.6.6.08

40

Edifício Residencial-Bahai-Instituição Religiosa

Vera Cruz

Motael

08°34’482’’

125°34’85.8’’

2

1

1 1

1

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades e GPS

1

Confirmar GPS

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

237


Edifício Residencial Sr. Francisco do Nascimento

6.6.6.09

41

6.6.6.10

Edifício Residencialm 42 Sr. Vergilo e Rede sociedade Civil Hasatil

6.6.6.11

43

Edifício Residencial Sr. Jorge Emanuel Soares

Vera Cruz

Motael

08°33’08.2’’

Vera Cruz

Motael

08°33’07.85’’

Vera Cruz

Motael

08°33’01.3’’

125°34’06.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

125°34’05.8”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

125°34’06.8”

6

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.12

44

Edifício Residencial Irmãs Carmelitas

Vera Cruz

Motael

08°22’03.7’’

125°34’09.9”

2

1

6.6.6.13

45

Edifício Residencial-FSC TIPO A Sr. Francisco Soares SP Ti Ribeiro Belo

Vera Cruz

Motael

08°33’07.9 4’’

125°34’09.0”

2

1

6.6.6.14

46

Edifício Residencial-FSC TIPO A Sr. Aniceto Guterres

Vera Cruz

Motael

08º33’07.4’’

125º34’07.9’’

3

1

1

6.6.6.15

47

Edifício Educação Escola Basica Central de Motael

Vera Cruz

Motael

08°33’06.0’’

125°34’06.4”

3

1

1

6.6.6.16

48

Edifício Residencial-FSC TIPO B Funcionarios do BNU

Vera Cruz

Motael

08°33’10.3”

125°34’06.2”

6

1

1

6.6.6.17

49

Edifício Residencial Sr. Fernando da Costa Soares

Vera Cruz

Motael

08°33’09.8”

125°34’12.0”

3

1

1

50

Edifício Residencial Sra. Maria celeste Faria sarmento

Vera Cruz

Motael

08°33’09.8”

125°34’12.0”

3

1

1

6.6.6.19

51

Edifício Residencial Sra. Henriqueta Corte Real de Araujo

Vera Cruz

Motael

08°33’06.3”

125°34’14.07”

2

1

1

6.6.6.20

52

Edifício Residencial Liro Soares Saldanha

Vera Cruz

Motael

08°33’07.2”

125°34’13.3"

5

1

1

53

Edifício Residencial-Estado Tribunal de recursos

Vera Cruz

Motael

08°33’04.9”

125°34.15.4”

1

1

1

54

Edifício Residencial-Habitante Sr. José do Rosario Ximenes e Maria Felomena de Carvalho Ximenes

Vera Cruz

Motael

08°33’08.2”

125°34’15.6”

5

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

55

Edifício Residencial Hotel vasco da Gama

Vera Cruz

Motael

08°33’09.4”

125°34’15.2”

3

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades - Em processo de desocupação

6.6.6.24

56

Edifício Residencial Sr. Paulo Assis Antiga messe de Sargentos

Vera Cruz

Motael

08°33’09.7”

125°34’17.0”

7

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.25

57

Edifício Residencial Sr. Celestina Xavier

Vera Cruz

Motael

08°33’10.9”

125°34’18.8”

22

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.26

58

Edifício Residencial Antiga Messe de Oficiais

Vera Cruz

Motael

08°33’11.9”

125°34’19.3”

7

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades Propriedade do Estado/Ocupado por várias famílias

6.6.6.27

59

Edifício Residencial Dom Luís de Gusmão

Vera Cruz

Motael

08°33’08.3”

125°34’18.0”

7

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.28

60

Edifício Residencial Habitantes anónimos

Vera Cruz

Motael

08°33’05.1”

125°34’12.9”

7

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

61

Edifício Residencial Funcionarios da TimorTelecom

Vera Cruz

Motael

08°33’06.3”

125°34.17.4”

14

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.30

62

Edifício Residencial Sr. Joaquim da Costa Sarmento

Vera Cruz

Motael

08°33’12.0”

125°34’07.9”

22

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.31

63

Edifício Residencial Sr. Delio Ximenes Teixeira

Vera Cruz

Motael

08º33’12.9”

125º34’07.8”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

64

Edifício Residencial Sr. Fernado de Fatima Sarmento Ximenes

Vera Cruz

Motael

08°33’13.5”

125°34’07.0”

5

1

1

6.6.6.33

65

Edifício Residencial Sr. Luís francisco de Gonzaga Soares

Vera Cruz

Motael

08°33’14.6”

125°34’09.2”

2

1

1

6.6.6.34

66

Edifício Residencial Sra. Rosa

Vera Cruz

Motael

08°33’11.0”

125°34’11.06”

2

1

1

67

Edifício Residencial Sra. Ana Maria Costa

Vera Cruz

Motael

08°33’11.3”

125°34’11.4”

1

1

1

Vera Cruz

Motael

08°33’12.7”

125°34’12.2”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Vera Cruz

Motael

08°33’11.2”

125°34’13.9”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Vera Cruz

Motael

08°32’59.4”

125°33’56.0”

2

1

1

6.6.6.18

6.6.6.21 6.6.6.22 6.6.6.23

6.6.6.29

6.6.6.32

6.6.6.35

Edifício Residencial Habitado por varias familias Edifício Residencial Sra. Maria Luisa Viana do Carmo Quintão Edifício Residencial Escritorio da JICA Atual Escritório da Organização Japan International

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades (Propriedade do BNU?) 1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.36

68

6.6.6.37

69

6.6.6.38

70

6.6.6.39

71

Edifício Residencial-Habitante Sr. Martinho de Gusmão

Vera Cruz

Motael

08°33’11.2”

125°34’14.2”

3

1

1

72

Edifício Residencial-Habitante Sra. Teresa Rego Faria Reis

Vera Cruz

Motael

08°33’11.4”

125°34’15.0”

4

1

1

73

Edifício Residencial-Habitante Sr. Cornelio A. Lopes

Vera Cruz

Motael

08°33’13.6”

125°34’16.5”

2

1

1

6.6.6.42

74

Edifício Residencial-FSC TIPO B Sra. Joana de Fatima Magno Ximenese Antigas Residência dos Funcionários do BNU

Vera Cruz

Motael

08°33’13.3”

125°34’06.8”

2

1

1

6.6.6.43

75

Edifício Residencial Sra. Carminda Carlota

Vera Cruz

Motael

08°33’10.3”

125°34’09.6”

4

1

?

76

Edifício Residencial Sra. Maria Emilia Batista Gusmão

Vera Cruz

Motael

08°33’09.6”

125°34’16.5”

0

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.45

77

Edifício Residencial Sra. Luisa Maria de Jesus Xavier

Vera Cruz

Motael

08°33’04.5”

125°34’08.2”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.46

78

Residência Sr. Manuel Rocha

Vera Cruz

Motael

08°33’14.5”

125°34’06.8”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.47

79

Residência Sr. Lay Khin Tchong

Vera Cruz

Motael

08°33’12.2”

125°34’04.0”

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.48

80

Residência Sra. Rita da Silva

Vera Cruz

Motael

08°33’11.9”

125°34’02.9’’

2

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.49

81

Residência Sr. Adelino da Silva

Vera Cruz

Motael

08°33’17.3”

125°34’01.8”

0

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.50

82

Residência Sr. Domingos Soares Sarmento

Vera Cruz

Motael

08°33’14.4”

125°34’15.6”

3

1

1

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6.6.6.40 6.6.6.41

6.6.6.44

8

238

1 1

1

71

2

0

15

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

1

61

Confirmar com M. Justiça, SE Terras e Propriedades

6

0





PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI

PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO DE ORIGEM PORTUGUESA DE DÍLI


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