Revista Informativo dos Portos 198

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

FAZER PARTE DA PORTONAVE É UM ORGULHO QUE OS COLABORADORES COMPARTILHAM. E COMENTAM TAMBÉM.

Mariana Régis Vargas Há pouco de completar 10 anos de empresa é difícil separar a Portonave

da minha vida. No dia do seu aniversárioa alegria é a mesma de comemorar o aniversário de um irmão. Desejo muito sucesso para a Portonave, e que estejamos juntos por muitos anos para sempre comemorar. Abraço e parabéns a todos os amigos quefazem com que a árdua jornada seja leve e feliz!

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21 de outubro

Geazi Bergmann de Souza Entrei na Portonave em 2014 para ficar apenas 4 meses de contrato e fui surpreendido sendo convidado para ser um colaborador efetivo. Para mim é o maior #orgulho fazer parte desta empresa e trabalhar na área que eu escolhi seguir. Amo meu trabalho e sei que estou na empresa certa. Sucesso a todos e que a cada ano possamos crescer juntos. #amoraotrabalho. Curtir Responder

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21 de outubro

Eric Jean Desde 16/04/2008 cumpro minha jornada na Portonave. 1 ano e 3 meses como aprendiz e 6 anos e 3 meses no departamento operacional. Parabéns Portonave, obrigado pela oportunidade!

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22 de outubro

Guilherme Agostinho Bento Parabéns Portonave. Trabalho desde 11 de junho de 2007. Comecei como auxiliar de movimentação, fui operador de TT, fui operador de Máquinas e hoje sou operador Pleno de RTG, tenho muita história pra contar, muito me orgulho. Agradeço pela confiança e que Deus abençoe a todos. Curtir Responder

Leandro Westfal Curtir Responder

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21 de outubro

Muito orgulho de fazer parte desta família!

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20 de dezembro

Josi Lavínia Cleder Desde 2008, passei pela Vigilância como Líder de Equipe, pelo Resgate como Socorrista, e hoje graças ao bom Deus sou colaborador, fiz dois anos na empresa em 7 de Outubro. Parabéns Portonave! Clederson Borges (SAMU) Curtir Responder

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21 de outubro

#ORGULH 2

PORT NAVE


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A PORTONAVE ACABA DE GANHAR MAIS UM MOTIVO DE ORGULHO: FOI APONTADA PELO INSTITUTO GREAT PLACE TO WORK (GPTW) COMO UMA DAS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR EM SANTA CATARINA. ESSE RECONHECIMENTO É RESULTADO DO PROFISSIONALISMO, DA DEDICAÇÃO E DO COMPANHEIRISMO DE COLABORADORES QUE TAMBÉM ORGULHAM A EMPRESA.

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INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL

EXPEDIENTE

POR UMA LOGÍSTICA BEM MAIS EFICIENTE

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

Em meio a um cenário político e econômico delicado, o setor logístico está atento ao presente e ao futuro do Brasil. Conversar e trocar ideias sobre desafios e perspectivas para os próximos anos é saudável e gera um networking importante. A Intermodal South America 2016 – evento do qual a revista Informativo dos Portos é uma das mídias parceiras neste início de abril – parece ser o momento certo para fazer fluir esta troca e, sempre que possível, gerar negócios. Entre os temas que mais preocupam o setor portuário, o custo logístico brasileiro figura no topo da lista, segundo mostra nossa matéria de capa deste mês. Sabemos bem que parte do desempenho necessário pra fazer a logística brasileira ser mais produtiva está comprometida pela falta de estrutura adequada em uma linha que começa na indústria e finaliza nos portos. E vice-versa. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Logística (Abralog), o Brasil gasta em torno de 30% a 40% a mais na distribuição de produtos comparado a países que contam com infraestrutura logística adequada para escoar cargas. A falta de estrutura compromete a competitividade do país, que poderia oferecer condições melhores aos embarcadores com investimentos em intermodalidade para reduzir os custos das operações. Ao considerar a média de toda a extensão de rodovias avaliadas no Brasil, o impacto nesse custo operacional é de 25,8%. Que os debates promovidos em eventos como a Intermodal ajudem governo e iniciativa privada a encontrar capacitação, competências e caminhos para que a logística nacional (incluindo a gestão dos portos e terminais) caminhe de forma mais profissional e responsável e atenda a demanda de crescimento econômico que o Brasil tanto precisa. Boa leitura!

REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br ARTE DA CAPA Bruna Lorea Vaz PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.


INFORMATIVO DOS PORTOS

ÍNDICE ESPECIAL Infraestrutura ruim aumenta custo logístico brasileiro

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NOVAS DEMANDAS Rio Grande pode ter terminal para movimentar pallets OPERAÇÃO PORTUÁRIA Exportação de carga congelada cresce 14% em Paranaguá 6

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DIÁRIO DE BORDO............................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado PORTO ITAPOÁ.................................................................20 Movimentação cresce 14,5% em 2015 AGILIDADE QUE SURPREENDE...............................................22 TAC mantém ritmo de crescimento para assegurar resultados INFRAESTRUTURA.............................................................28 BNDES aprova financiamento de R$ 3,58 bilhões DEMANDA GLOBAL.............................................................30 Maersk Line unifica operações na costa Leste da América do Sul GESTÃO PORTUÁRIA..........................................................34 Brasil Terminal Portuário inicia ano com recordes de produtividade TERMINAL DE GRÃOS.........................................................36 Segunda fase do Tegram vai receber R$ 130 milhões PERFIL NAS ESTRADAS.......................................................38 Caminhoneiros rodam cerca de 10 mil quilômetros por mês NOVA FRONTEIRA..............................................................40 Brasil fecha acordo de cooperação agrícola com o Japão NEGÓCIOS LOGÍSTICOS........................................................42 Grupo Martins amplia portfólio e aumenta faturamento em 25% PROJETO PLUMA...............................................................44 Exportações de celulose pelo Porto de Paranaguá começam em abril COLUNA DE TECNOLOGIA.....................................................46 Tudo sobre o mercado tecnológico

AVIAÇÃO CIVIL Empresas aéreas brasileiras com mais capital estrangeiro

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TRATAMENTO DIFERENCIADO...............................................50 Receita flexibiliza movimentação de cargas de cabotagem e offshore SUPLEMENTO SEP.............................................................52 As principais novidades da Secretaria de Portos NEGÓCIOS DO SETOR..........................................................52 Leilão de áreas portuárias chama atenção de investidores INVESTIMENTOS NO BRASIL.................................................54 Comitiva italiana conhece carteira de investimentos no setor RENOVAÇÃO ANTECIPADA....................................................55 Secretaria dos Portos prorroga contrato com a Rumo Logística SUPLEMENTO ITAJAÍ...........................................................56 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário MEIO AMBIENTE...............................................................56 Portonave conquista pela terceira vez o prêmio Expressão de Ecologia OPERAÇÃO PORTUÁRIA.......................................................57 Novas cargas diversificam negócios na APM Terminals Itajaí REALINHAMENTO DO CAIS...................................................58 Sindicados buscam apoio político para a conclusão dos berços 3 e 4 DEBATE SOBRE TRANSPORTES.............................................59 Congresso dos Portos de Língua Portuguesa será em Itajaí ARTIGO..........................................................................60 Aspectos atuais do transporte de carga em contêineres, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS.........................................................62 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO

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VAGAS NO SETOR PORTUÁRIO A VLI, empresa especializada em operações logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, está com vagas abertas para o Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio Mesquita (Tiplam), em Santos (SP). Os candidatos selecionados atuarão nas áreas administrativas, operacionais ou de manutenção. A companhia oferece oportunidades para profissionais que tenham concluído o ensino médio, técnico ou superior. O terminal movimenta cerca de 2,8 milhões de toneladas anuais de produtos. Os currículos devem ser enviados para recrutamento.vli@ vli-logistica.com.br, com “Expansão TIPLAM” e o cargo desejado como assunto do e-mail.

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INOVAÇÃO PARA CARGAS FRACIONADAS

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A DHL Global Forwarding, divisão do Grupo Deutsche Post DHL especializada em fretes aéreos e marítimos, lançou o serviço Ocean Connect LCL Premium para o transporte marítimo de carga fracionada (LCL). Neste modo, caso a carga não possa ser enviada na semana prevista, a DHL irá cobrir os custos do frete aéreo (de aeroporto a aeroporto). De acordo com o diretor do Produto Marítimo da DHL Global Forwarding, Ricardo Caruí, a DHL já possui um histórico de bom desempenho em serviços de cargas fracionadas. “Com esta inovação, clientes com prazos de entrega apertados poderão contar com a confiabilidade e agilidade do transporte aéreo de cargas, já incluso no mesmo serviço premium”.

A segunda estimativa de 2016 para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas indica que a produção este ano deverá ser de 211,3 milhões de toneladas, resultado 0,9% superior ao de 2015, o maior da história, com 209,5 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles indicam que a área a ser colhida será de 58,4 milhões de hectares, um crescimento de 1,2% na comparação com a área obtida em 2015 (57,7 milhões de hectares).

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SILVICULTURA NA MERCOFLORA

SAFRA RECORDE

A silvicultura (a atividade de plantar árvores para comercialização) será destaque na nova feira econômica de Chapecó, a Mercoflora 2016, que está despertando o interesse das cadeias produtivas ligadas às espécies vegetais. A nova expo-feira ocorrerá de 14 a 16 de julho no Parque da Efapi. O Oeste de SC tem 8,1 mil quilômetros quadrados potenciais para a implantação de povoamentos florestais, o que representa 30% da mesorregião formada por 117 municípios agrupados nos micropolos de Xanxerê, São Miguel do Oeste, Joaçaba, Concórdia e Chapecó.

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TECNOLOGIA DE CONTROLE DE ACESSO

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DIÁRIO DE BORDO

A Sociedade Operadora de Trens da Argentina assinou um contrato com a Indra, no valor de 35 milhões de euros, para a implementação de tecnologia de controle de acessos e ticketing na rede ferroviária da Área Metropolitana de Buenos Aires, uma das maiores do mundo, com mais de 200 estações que recebem cerca de 320 milhões de usuários por ano. A Indra equipará as oito linhas da rede com 1,4 mil catracas, 170 acessos para pessoas com deficiência, 200 máquinas automáticas para recarrega de cartão sem contato, que permite o acesso a todo o transporte público, e 150 validadores dentro dos trens e 230 para as estações, as quais permitem a cobrança das viagens.

PESQUISA DE MERCADO s

A Allink Transportes Internacionais planeja lançar novos serviços para atender a demanda do mercado. De acordo com a gerente de marketing, Carla Vieira, a empresa vai aproveitar a presença na Intermodal South America, que acontece de 5 a 7 de abril, em São Paulo, para realizar uma pesquisa de mercado e por meio da conversas com seu público-alvo, observar quais são as necessidades para oferecer operações customizadas. Com três divisões de negócios, a Air, NVOCC e Service, a empresa fornece propostas e soluções diferentes para agentes de carga e comissárias de despacho. Uma das novidades que a Allink levará para a feira será o lançamento do seu site novo e também a apresentação da matriz e filiais após a reforma.

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ESPECIAL


INFRAESTRUTURA RUIM AUMENTA CUSTO LOGÍSTICO BRASILEIRO Iniciativa privada busca alternativas para driblar baixa produtividade e tornar-se competitiva em uma malha de transportes deficitária. Tema é um dos focos de debate da Intermodal South America Parte do desempenho necessário para fazer a logística brasileira ser mais produtiva está comprometida pela falta de estrutura adequada em uma linha que começa na indústria e finaliza nos portos. E vice-versa. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Logística (Abralog), o Brasil gasta em torno de 30% a 40% a mais na distribuição de produtos comparado a países que contam com infraestrutura logística adequada para escoar cargas. Para o especialista em logística e vice-presidente de educação da entidade, Edson Carillo, a falta de estrutura compromete a competitividade do país, que poderia oferecer condições melhores aos embarcadores com investimentos em intermodalidade para reduzir os custos das operações. Uma das dificuldades levantadas pelo especialista é o atual momento de retração econômica experimentada pelo país. Com a arrecadação em queda, a administração federal dispõe de menos recursos para custear projetos de infraestrutura, necessitando do apoio da iniciativa privada. As condições gerais ruins das rodovias brasileiras reduzem a segurança de quem circula por elas e também aumentam consumo de combustível, tempo de viagem e custos de manutenção dos veículos, de lubrificantes, de pneus e de freios. Nas vias onde o pavimento é considerado péssimo, o aumento chega a 91,5%, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) realizada em 2015. Em rodovias ruins, o aumento é de 65,6%; em regulares, 41,0%. Nas rodovias com pavimento bom, o incremento foi calculado em 18,8%. Quando o pavimento é considerado ótimo, não há aumento do custo operacional. Ao considerar a média de toda a extensão de rodovias avaliadas no Brasil, o impacto nesse custo operacional é de 25,8%. O maior incremento no custo ocorre nas rodovias públicas da região Norte (36,7%), que tem muitos trechos com problemas graves no pavimento, enquanto o menor se dá na malha concedida do Sudeste (7,6%). Como o custo do transporte, com destaque para o rodoviário, impacta diretamente no preço final dos produtos comercializados no mercado nacional, consequentemente, o nível de preços do país é influenciado pelas condições não ideais da infraestrutura das rodovias.

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ESPECIAL

Conforme o último Plano CNT de Transporte e Logística, de 2014, são necessários pelo menos R$ 293,88 bilhões e 618 projetos para solucionar os problemas das rodovias brasileiras. Se considerar todos os modais, o plano indica 2.045 intervenções e quase R$ 1 trilhão. Entretanto, em 2014, o Brasil investiu apenas R$ 9,05 bilhões em rodovias. BUROCRACIA A situação se agrava ainda mais quando considerado o excesso de intervenção do governo na definição de regras, o que cria entraves e gera insegurança para o investidor que planeja em longo prazo. O presidente da Associação Brasileira de Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, pontua que o declínio no ritmo de crescimento do Brasil implicou, consequentemente, um PIB negativo com previsão de queda em mais de 3%. Para Abate, investir em infraestrutura logística seria a solução para ajudar a melhorar o PIB, além de contribuir com a eficiência logística no país. Desde o início das concessões, em 1996, o transpor te ferroviário brasileiro registrou significativo crescimento. Após os investimentos das concessionárias, a produção ferroviária (toneladas transpor tadas por km) cresceu 28,9%, entre 2006 e 2014. Mas os baixos níveis de investimento em infraestrutura por par te do poder público e a existência de gargalos operacionais comprometem a eficiência do setor. Em áreas urbanas, as composições chegam a reduzir em oito vezes a velocidade, de 40 km/h para 5 km/h, causando prejuízos, segundo Pesquisa CNT de Ferrovias 2015. O presidente da Abifer destaca a necessidade de destravar a segunda par te do Programa de Investimentos em Logística (PIL2). Segundo dados do Ministério do Planejamento, a segunda etapa do programa previa investimentos em torno de R$ 198,4 bilhões para a concessão de aproximadamente 7 mil quilômetros de rodovias (R$ 66,1 bilhões); a construção, modernização e manutenção de 7,5 mil quilômetros de linhas férreas (R$ 86,4 bilhões); investimentos em arrendamentos no setor por tuário (R$ 37,4 bilhões) e por fim a ampliação dos aeroportos (R$ 7,2 bilhões). Porém, dos 20 leilões planejados para este ano, apenas seis devem ser realizados, sendo cinco trechos rodoviários e uma ferrovia.

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Presidente da Abifer, Vicente Abate

AS CONDIÇÕES RUINS DAS RODOVIAS BRASILEIRAS REDUZEM A SEGURANÇA E AUMENTAM CONSUMO DE COMBUSTÍVEL, TEMPO DE VIAGEM E CUSTOS DE MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS. AO CONSIDERAR A MÉDIA DE TODA A EXTENSÃO DE RODOVIAS NACIONAIS, O IMPACTO NESSE CUSTO OPERACIONAL É DE 25,8%.


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ESPECIAL

CRIATIVIDADE

SOLUÇÕES Do outro lado da balança econômica, a iniciativa privada tenta busca soluções para driblar a baixa produtividade. Os principais players do transporte de carga e da logística estarão reunidos na Intermodal South America 2016, de 5 a 7 de abril, para apresentar ao mercado as soluções multimodais desenvolvidas para superar os entraves impostos pela infraestrutura e dar vasão à produção industrial e agrícola. A operadora logística Panalpina, tradicional expositora do evento, é uma das empresas que oferecerá suas soluções multimodais aos embarcadores de carga que visitam a feira. Para o Head of Airfreight Brazil da empresa, René Genofre, é na crise que aparecem as oportunidades. Diante deste cenário, a empresa projeta expandir o volume de carga operado. “Apesar do ceticismo que é perceptível, percebemos um movimento importante entre os embarcadores que buscam novas soluções e parceiros. Estamos sendo procurados por empresas de vários setores em busca da nossa expertise para desenvolver, implementar e gerenciar operações logísticas com serviços e soluções diferenciadas”, conclui o Head.

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O cenário difícil também costuma ser campo fértil para soluções criativas e diferenciadas pelo mercado logístico. A TNT Mercúrio e a divisão Automotive Aftermarket da Bosch, por exemplo, acabam de celebrar um ano de parceria com mais de 480 mil volumes operados. A integração do trabalho da transportadora ocorreu com a operação In House inserida no centro de distribuição da Bosch em Louveira (SP), com a disponibilização de uma equipe específica para apoio da checagem e conferência dos produtos que deixam o Centro de Distribuição. A instalação do posto avançado trouxe mais agilidade para o transporte, promovendo uma dupla conferência das cargas (Bosch/TNT) e um índice de 95% de satisfação dos clientes com as entregas. “Nos últimos anos, a eficiência logística se tornou um dos fatores chaves de sucesso para todas as empresas. As necessidades dos clientes, assim como os custos, aumentaram. Este processo foi especialmente planejado para entregar uma solução logística feita sob medida. Com isso, o nosso índice de reclamação reduziu drasticamente cerca de 75%”, explica Andreas Knierim, vice-presidente de Operações Logísticas da divisão Automotive Aftermarket da Bosch. Em Santa Catarina, a APM Terminals investiu R$ 700 mil na ampliação do Armazém do Porto de Itajaí, que passa a oferecer serviços integrados como LCL (sigla para Less than Container Load) e “delivery”, com entregas porto à porta. Com 2,2 mil metros quadrados de área construída e 1,5 mil posições pallets, o local concentra todas as atividades relacionadas ao contêiner, como


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ESPECIAL

consolidação e desconsolidação de cargas fracionadas e estufagem e desova direta para caminhões. De acordo com Felipe Fioravante, Gerente Comercial da APM Terminals no Brasil, o objetivo dos novos investimentos é tornar-se um complexo multimodal com serviços por via marítima e rodoviária e posicionar a empresa como um provedor logístico completo. Felipe destaca que, com a expansão do armazém e o aumento na demanda de serviços, a empresa passou a disponibilizar uma inovadora solução de entrega da carga, complementando a desova de contêineres, chamada porto à porta. Desta forma, o cliente que optar pela plataforma completa de importação da empresa reduzirá o número de terceiros envolvidos na operação da sua carga, impactando em redução de custos e de prazo de entrega. Além da praticidade de lidar com um só prestador de serviço, a diminuição de burocracia para o frete rodoviário são benefícios agregados a esta solução. “Estamos confiantes de que isto irá impulsionar pequenos negócios e otimizar a interface logística de grandes indústrias”, completa Felipe.

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APÓS OS INVESTIMENTOS DAS CONCESSIONÁRIAS, A PRODUÇÃO FERROVIÁRIA (TONELADAS TRANSPORTADAS POR KM) CRESCEU 28,9%, ENTRE 2006 E 2014. MAS OS BAIXOS NÍVEIS DE INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA POR PARTE DO PODER PÚBLICO E A EXISTÊNCIA DE GARGALOS OPERACIONAIS COMPROMETEM A EFICIÊNCIA DO SETOR.



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PORTO ITAPOÁ

MOVIMENTAÇÃO CRESCE 14,5% EM 2015 O aumento no volume de carga se deu tanto no segmento de longo curso, no qual houve um aumento de 18,6%, quanto no de cabotagem, no qual o acréscimo foi de 38% A movimentação do Porto Itapoá cresceu 14,5% em 2015 ao atingir 548.463 TEUs na comparação com os 478.982 TEUs de 2014. Para a direção do Porto Itapoá, o bom desempenho, a despeito da crise pela qual passa o país, comprova que o terminal, em pouco mais de quatro anos de operação, consolidou a sua vocação entre um dos mais importantes portos de cargas conteinerizadas do Brasil. O aumento no volume de carga se deu tanto no segmento de longo curso, no qual houve um aumento de 18,6%, quanto no de cabotagem, no qual o acréscimo foi de 38%. Apenas nas operações de transbordo houve pequeno recuo, de 7,3%, sem afetar, contudo, a performance geral positiva. Desde o início do último trimestre de 2015, a direção de Itapoá previa a possibilidade de garantir uma performance positiva para o ano, visto que em outubro o terminal bateu o seu recorde mensal de movimentação, com 56 mil TEUs movimentados. O recorde anterior era de junho de 2013, com 51 mil TEUs. Patrício Junior, presidente do Porto Itapoá, afirma que o terminal tem se destacado não apenas nas crescentes movimentações, mas conquistado seu 20

espaço num ambiente de intensa competitividade. “O que é excelente para o desenvolvimento do País, que valoriza o empreendimento mais eficiente e de melhor performance. O resultado disso é a satisfação do cliente, uma das premissas do Porto Itapoá”, defende. Outros indicadores de performance em 2015 merecem destaque. Em setembro, o terminal bateu o seu recorde de produtividade, alcançando 145,7 MPH (movimentos por hora) e 37 movimentos por equipamento (portêiner). Como consequência, Itapoá passa a ser um dos terminais portuários mais eficientes do País e está entre os mais ágeis do mundo, pelo critério de produtividade medida por MPH, à frente de portos reconhecidos como os melhores do mundo, entre os quais Cingapura, Hong Kong, Roterdam, e Hamburgo. No ano passado, Itapoá fez o primeiro embarque de carne bovina brasileira para a China, após o acordo bilateral firmado entre os dois países. Desde 2015, o terminal também conta com uma unidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dentro de suas instalações, permitindo a redução em 50% no tempo de liberação de cargas.

SAIBA MAIS Localizado na Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá começou a operar em junho de 2011 e hoje é o sexto maior terminal de contêineres do país, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A localização privilegiada do terminal, próximo a grandes centros produtores, como Curitiba e Joinville, e servido por eficiente malha rodoviária, garante diferencial logístico ao porto, que tem como acionistas a Aliança Navegação, a Logz Logística Brasil S/A e o Grupo Batistella.


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AGILIDADE QUE SURPREENDE

TAC MANTÉM RITMO DE CRESCIMENTO PARA ASSEGURAR RESULTADOS Com atuação em todo o Brasil e também no exterior, empresa segue ampliando participação no mercado e investindo em novos equipamentos e capacitação de seus profissionais

A busca incansável da satisfação dos clientes e os investimentos em tecnologias são alguns dos fatores apontados pela direção da empresa para justificar o crescimento registrado em 2015. Outro fator determinante para o sucesso dos negócios é a localização estratégica, próximo ao principal corredor econômico de Santa Catarina e um dos mais importantes do sul do país. Com uma frota própria e também terceirizada, a TAC possui motoristas treinados, licença e regularizações atualizadas, rastreamento de veículos e gerenciamento de risco.

A TAC (Transporte Andrade Cruz), empresa com sede em Itajaí, em Santa Catarina, comemora os resultados de 2015, confirmando sua posição entre as maiores e melhores empresas de transporte e logística do país em receita operacional, registrando um crescimento de 5,5% na comparação com 2014. Atualmente, é considerada a quinta maior em rentabilidade sobre o patrimônio líquido. Este reconhecimento mostra a dedicação e preocupação que a empresa tem com os negócios dos clientes e colaboradores.

POTENCIAL

Com o resultado, o faturamento da empresa saltou de R$ 20,7 milhões para R$ 21,1 milhões no ano passado. Com atuação em todo o Brasil e também no exterior, a TAC segue ampliando sua participação no mercado e investindo em novos equipamentos e capacitação de seus profissionais. A TAC Transporte atua nos modais rodoviário nacional e internacional (Mercosul), aéreo internacional e armazéns gerais.

No entanto, segundo Vanessa, se não houver qualquer tipo de mudança no atual cenário econômico nacional, este crescimento deve permanecer comparável ao registrado no ano passado. “Com o slogan ‘agilidade que surpreende’, mesmo com as adversidades do país em infraestrutura e más condições de estradas e rodovias, a TAC trabalha todos os dias para vencer as barreiras das dificuldades e fazer jus à marca que representa”, completa.

De acordo com Vanessa Andrade Cruz, diretora da TAC, o setor de transportes foi um dos mais afetados pela atual situação econômica do país. Segundo a empresária, o segmento reflete o cenário da economia brasileira. Mesmo assim, apesar do fraco desempenho da economia nacional, Vanessa explica que a TAC teria potencial para crescer entre 20% e 30% em 2016.

PARANAGUÁ-PR Matriz – Unidade Comercial Rua João Eugênio, 922 Centro, CEP 83203-630 +55 (41) 3420-2300

CURITIBA-PR Unidade Comercial Av. Comendador Araújo, 143, Centro, CEP 80420-900 – Conj. 144/145 +55 (41) 3221-5600

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NOVAS DEMANDAS

RIO GRANDE PODE TER TERMINAL PARA MOVIMENTAR PALLETS Investidores terão que instalar cais acostável de 500 metros de frente e esteiras transportadoras, uma vez que a carga exige instalações adequadas para ser embarcada O Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, pode ter um novo terminal para embarque de pallets de madeira. O projeto foi apresentado na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, durante encontro entre o secretário Fábio Branco, o diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, e investidores liderados pela empresa Finagro. Segundo o presidente da Finagro, Afonso Celso Bertucci, a demanda mundial por pallets está aquecida, principalmente, nos países da Europa. Parte dessa demanda será suprida, entre outros fornecedores, pela unidade silvoindustrial que está sendo instalada em Pinheiro Machado, no Sul do Rio Grande do Sul, dimensionada para produzir 600 mil toneladas de pellets por ano. Além de pallets para exportação, a unidade silvoindustrial instalada em uma

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área de 35 mil hectares irá gerar 50 mil watts de energia para abastecimento doméstico. Bertucci assinalou que o pallet é um combustível granulado fabricado a partir de diversos tipos de biomassa renovável. Em Pinheiro Machado, a matéria-prima para produzir o pallet virá do eucalipto, pinus e acácia. O mercado europeu, onde 37% da energia consumida é gerada a partir de carvão mineral, busca substituir esta fonte, que gera impacto no efeito estufa, pela biomassa com elevado poder calorífico. Para o secretário Fábio Branco, tanto o terminal portuário como a logística de transporte deverá contemplar a integração de todos os modais para uma exportação estimada de 60 mil toneladas/ mês. O diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, adiantou aos investidores todos os procedimentos que precisarão ser adotados para viabilizar a instalação de um cais acostável de 500 metros de frente e das esteiras transportadoras, uma vez que o pallet, que tem formato cilíndrico com cerca de 8 milímetros de diâmetro, exige instalações adequadas para ser embarcado. Branco assinalou que, no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Porto, é preciso compatibilizar as atividades portuárias, criando, assim, condições em termos de cais acostável e área física para esteiras. Também é necessária uma série de procedimentos licitatórios de áreas e instalações portuárias exigidos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


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TIANJIN XINGANG

SANTOS

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OPERAÇÃO PORTUÁRIA

DIVULGAÇÃO /APPA

EXPORTAÇÃO CARGA CONGELADA CRESCE 14% EM PARANAGUÁ A preferência pelo porto para as exportações de congelados tem aumentado em função dos investimentos nas operações e na logística de acesso ferroviário O Porto de Paranaguá, um dos principais terminais do Sul do Brasil, embarcou 14% mais carga congelada em 2015 em relação ao ano anterior. Em 12 meses, foram movimentadas 1,91 milhão de toneladas, enquanto em 2014 tinham sido exportadas 1,67 milhão de toneladas dos produtos. A preferência por Paranaguá para as exportações de congelados tem aumentado em função dos investimentos nas operações e na logística de acesso ferroviário.

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opção para o escoamento de carnes congeladas”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. CAPACIDADE

O aumento na exportação de congelados foi fundamental para que a circulação de contêineres continuasse crescendo no porto. Em 2015, foram movimentados 786 mil TEUs, 3,7% superior ao registrado em 2014. Na exportação, a alta foi de 2,5%, com 389 mil TEUs, e na importação o crescimento no ano foi de 4,9%, com 396 mil TEUs movimentados.

Segundo Richa Filho, a Ferroeste, por exemplo, dobrou sua capacidade de operação em função dos investimentos realizados nos últimos anos. O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, defende que os investimentos na modernização do porto também foram fundamentais para dar mais agilidade às operações e impulsionar a movimentação deste tipo de carga, que em 2014 já tinha apresentado 15,5% de aumento em relação ao ano anterior.

Atualmente, o Porto de Paranaguá é o que tem a melhor recepção ferroviária para contêineres dos portos do Brasil. “O modal ferroviário é uma opção mais econômica para o produtor. Com custos mais baixos para o escoamento, Paranaguá se confirmou como a melhor

O Paraná é um grande produtor de frangos congelados. “Para suprir a demanda destes clientes, planejamos projetos de expansão do cais e aquisição de novos equipamentos que atendem ao padrão de agilidade que a produção do estado precisa”, afirma Dividino.



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A R U T U R T S E A R F IN BNDES APROVA FINANCIAMENTO DE R$ 3,58 BILHÕES

Recursos se destinam a atender a Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S.A., responsável por 1,176 mil quilômetros de rodovias no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento a longo prazo no valor de R$ 3,58 bilhões da primeira etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), do governo federal, que contribuirá para a melhoria do sistema de infraestrutura de transportes do país, aumento da qualidade dos serviços e da segurança da rodovia. Os recursos se destinam a atender a Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S.A. (Concebra), responsável pela BR-060, BR-153 e BR-262. Com 1,176 mil quilômetros de extensão, os trechos rodoviários abrangem o Distrito Federal e os estados de Goiás e Minas Gerais. 28

Este é o terceiro empreendimento do PIL 1 com empréstimo de longo prazo aprovado pelo BNDES. Os dois anteriores foram aprovados no último trimestre de 2015: as operações da MGO (BR-050/GO/ MG) e da MSVia (BR 163/MS). Sob o modelo de financiamento de project finance (engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto), o financiamento à Concebra tem por finalidade a realização de investimentos de recuperação, modernização, conservação, monitoração e ampliação de capacidade, além de investimentos sociais associados. As condições do financiamento refletem a carta divulgada pelo BNDES anteriormente ao leilão, com taxa de juros de 2%, somada à taxa de juros de longo prazo (TJLP), carência até o final do período de investimentos — previstos em cinco anos — e prazo de amortização de 20 anos. Os primeiros desembolsos do financiamento de longo prazo à Concebra serão destinados à quitação do empréstimo-ponte aprovado pelo BNDES à concessionária em meados de 2014. Empréstimo-ponte é o financiamento a um projeto, com o objetivo de agilizar a realização do investimento durante o período de estruturação da operação de longo prazo. O sistema rodoviário do projeto da Concebra abrange 46 municípios em Goiás e em Minas Gerais, além do Distrito Federal. Do total de 1.176 quilômetros de extensão, 630,2 quilômetros estão localizados nas BR-060


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PARALELAMENTE, O GOVERNO FEDERAL REDUZIU EM 11,8% OS VALORES DESTINADOS A INVESTIMENTOS PARA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE, PELO PLOA (PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA) DE 2016. A REDUÇÃO DOS RECURSOS DECORRE DOS CORTES ORÇAMENTÁRIOS DEFINIDOS PARA PROMOVER O AJUSTE FISCAL.

to de Lei Orçamentária) de 2016, conforme levantamento realizado pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Por enquanto, foram alocados R$ 12,3 bilhões para o setor. A redução dos recursos decorre dos cortes orçamentários definidos para promover o ajuste fiscal.

e BR-153, desde o entroncamento com a BR-251, no DF, até a divisa de Minas Gerais e São Paulo. Os outros 546,3 quilômetros estão localizados na BR-262, do entroncamento com a BR-153 ao entroncamento com a BR-381, em Minas Gerais. O projeto prevê a duplicação de cerca de 640 quilômetros de rodovias, que são hoje trechos de pistas simples. O investimento orçado para essas duplicações é de cerca de R$ 3 bilhões. Os trabalhos iniciais e de duplicação já mobilizam, até o momento, 1,2 mil trabalhadores. Lançado em agosto de 2012 como parte integrante do Programa de Aceleração do Investimento (PAC) do governo federal, o PIL já viabilizou a concessão de cerca de 5 mil quilômetros de rodovias (seis trechos rodoviários), com investimentos estimados de R$ 40 bilhões ao longo de 30 anos de concessão. Em junho do ano passado, o governo federal anunciou a segunda edição do PIL, incluindo 16 novos trechos rodoviários, com investimentos previstos de cerca de R$ 50 bilhões em quase 7 mil quilômetros de rodovias, durante 30 anos de concessão. REDUÇÃO DE INVESTIMENTOS Paralelamente, o governo federal reduziu em 11,8% os valores destinados a investimentos para infraestrutura de transporte, pelo PLOA (Proje-

A decisão do governo federal de reduzir o ritmo de investimento para reequilibrar suas contas e, assim, promover o ajuste fiscal necessário, é um obstáculo à adequação e ao aumento da capacidade da infraestrutura de transporte nacional, já considerada precária pelos transportadores, segundo análise da Confederação Nacional do Transporte. Em informativo, a CNT alerta que “postergar os investimentos pode prejudicar as obras já em andamento, assim como impossibilitar a realização daquelas importantes para dinamizar a atividade de transporte no Brasil”. A entidade chama a atenção para o risco de a redução das verbas contribuírem para a aceleração do desgaste da infraestrutura instalada, “devido à falta de recursos para promover sua manutenção”. Isso impactaria nas despesas dos transportadores. Conforme a Pesquisa CNT de Rodovias 2015, a baixa qualidade das rodovias brasileiras eleva em 25,8% o custo operacional do transporte. A publicação, intitulada “Transportadores, o que esperar de 2016?”, faz um balanço dos principais desafios que serão enfrentados pelo setor em 2016 frente à crise econômica pela qual passa o Brasil, com o aumento dos combustíveis, a redução na demanda e a alta do dólar. Para a CNT, o governo e o setor transportador precisam adotar medidas para minimizar os efeitos negativos dessa conjuntura. “Ações que promovam a eficiência e a produtividade são fundamentais para que o setor atravesse esse momento de crise econômica e, da mesma forma, ajudem a transformar e dinamizar o setor de transporte e logística do país”, conclui a avaliação da CNT. 29


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DEMANDA GLOBAL

MAERSK LINE UNIFICA OPERAÇÕES NA COSTA LESTE DA AMÉRICA DO SUL 30

A fraca demanda e as baixas tarifas praticadas levaram a companhia a registrar uma receita de US$ 23,7 bilhões no ano passado, 13% menor do que em 2014 As operações na Costa Leste da América do Sul da Maersk Line acabam de ser unificadas, consolidando uma equipe de gestão para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A companhia marítima justifica a reorganização como uma maneira de “permanecer competitiva para os clientes em um mercado desafiador”, que enfrenta “as mais baixas tarifas de frete registradas na história” para a região.


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A AMÉRICA LATINA REPRESENTOU CERCA DE 12% DO VOLUME GLOBAL DA COMPANHIA EM 2015. A EMPRESA SINALIZOU QUE A RECESSÃO NO BRASIL E AS RESTRIÇÕES MONETÁRIAS NA ARGENTINA E NA VENEZUELA AFETARAM O DESEMPENHO NA REGIÃO.

CAPACIDADE

A fraca demanda global e as baixas tarifas praticadas levaram a Maersk Line a registrar uma receita de US$ 23,7 bilhões no ano passado, 13% menor do que em 2014 (US$ 27,4 bilhões). A média das tarifas cobradas pela Maersk Line caiu 16% na comparação com o ano anterior. Somente no quarto trimestre, o decréscimo foi de 25% se comparado ao mesmo período de 2014. A América Latina representou cerca de 12% do volume global da companhia em 2015. A empresa sinalizou que a recessão no Brasil e as restrições monetárias na Argentina e na Venezuela, que impactaram as importações, afetaram o desempenho na região. As taxas de frete na rota da Ásia para a Costa Leste da América do Sul declinaram 90%. Com a mudança, o panamenho Antonio Dominguez assume como diretor superintendente do novo cluster. “Nosso desafio é cortar custos sem reduzir nossa capacidade e isso só é possível trazendo mais eficiência para os clientes”, disse o executivo em nota. Anteriormente, Dominguez era diretor comercial para clientes-chave e diretor de Atendimento a Clientes. Ele substitui Peter Grangaard Gyde, agora diretor executivo comercial para a linha de navegação europeia Seago Line.

Uma das medidas adotadas para lidar com o ambiente desafiador é a substituição de um dos serviços da Maersk Line na região pela compra de espaço em embarcações de outros armadores, o que permitirá à empresa manter a capacidade para os clientes. Outra mudança na equipe foi a chegada do colombiano Nestor Amador como diretor comercial, no lugar de Mario Veraldo, que passou a diretor superintendente para a Maersk Line no México. Completa o time gerencial o brasileiro João Momesso, que assumiu a função de diretor de Trade e Marketing, após passagem pela Mercosul Line (companhia de navegação controlada pela armadora). Para este ano, a Maersk Line mantém a expectativa de que o mercado de transporte de contêineres se manterá desaquecido, mas com taxas sob pressão devido à supercapacidade. A companhia espera que a demanda para o transporte de contêineres aumente de 1% a 3% globalmente neste ano.

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AVIAÇÃO CIVIL

EMPRESAS AÉREAS BRASILEIRAS COM MAIS CAPITAL ESTRANGEIRO O limite de participação do capital estrangeiro, que era de 20%, foi ampliado para 49% através da Medida Provisória 714, de 1º março de 2016 As empresas aéreas brasileiras agora podem ter participação de até 49% de capital estrangeiro. O limite, que era de 20%, foi ampliado pelo governo federal através da Medida Provisória 714 de 1º março de 2016, publicada no Diário Oficial da União. O documento ainda extingue o Ataero (Adicional de Tarifa Aeroportuária) a partir de 2017. A taxa de 39,5%, que é cobrada sobre o valor das demais tarifas aeroportuárias, vigorava desde 1989 e impactava diretamente nos preços das passagens. Ela tinha o objetivo de aumentar a disponibilidade de recursos para investimentos na infraestrutura aeroportuária. O texto também altera a lei que criou a Infraero. A estatal fica autorizada a criar subsidiárias e, com elas, participar de outras sociedades públicas ou privadas. A alteração era uma reivindicação antiga das companhias aéreas. Em nota, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) avaliou positivamente e destacou que “toda a medida que alinha a aviação comercial brasileira com o mercado internacional é bem-vinda”. Nela, o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, ainda diz que “essa iniciativa, somada às demais que estão em pauta na SAC (Secretaria de Aviação Civil) e na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é positiva, na medida em que amplia o ambiente para uma aviação com custos mais baixos”. A Medida Provisória tem validade de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Nesse prazo, o texto deverá ser aprovado pelo Legislativo para que passe a vigorar definitivamente. Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Guilherme Ramalho, com isso, o país amplia a possibilidade de capitalização das companhias aéreas e da entrada de novas companhias no mercado brasileiro, com mais investimentos. “Isso vai gerar benefícios aos passageiros, uma vez que deve criar mais opções de voos e mais baratos”, disse Ramalho, em entrevista coletiva, realizada para explicar as mudanças. Segundo ele, “não é uma medida voltada nem para A, nem para B, mas é um assunto discutido há muito tempo, em linha com a flexibilização do setor”.

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DOCUMENTO TAMBÉM EXTINGUE O ATAERO (ADICIONAL DE TARIFA AEROPORTUÁRIA) A PARTIR DE 2017. A TAXA DE 39,5%, QUE É COBRADA SOBRE O VALOR DAS DEMAIS TARIFAS AEROPORTUÁRIAS, VIGORAVA DESDE 1989 E IMPACTAVA DIRETAMENTE NOS PREÇOS DAS PASSAGENS.

De acordo com o ministro, a urgência em fazer valer as novas regras se deve à crise de oferta, com rotas sendo diminuídas. “Todas as barreiras que podiam ser tiradas, foram tiradas. A última que tinha era essa. Agora se permite que as empresas se capitalizem, o que aumenta a capacidade de gestão”, afirmou o diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys. Segundo Marcelo, o Brasil deve triplicar a quantidade de pessoas andando de avião até 2030, alcançando um total de 300 milhões de passageiros por ano. Nos últimos anos, o limite de 20% de participação representou um entrave em diversas negociações, como entre a Lan e a Varig, a RyanAir e a WebJet, assim como entre a SkyWest e a Trip. A Medida Provisória ainda prevê que a participação de capital estrangeiro pode chegar a 100%, caso haja reciprocidade. Ou seja: se, por acordo, outro país aceitar que uma brasileira tenha a to-

talidade do capital de uma companhia aérea operando dentro de seu território, empresas desse país também poderão ter 100% do capital em uma companhia de aviação operando voos domésticos no Brasil. Outra novidade é que, pela Medida Provisória, o Ataero (Adicional de Tarifa Aeroportuária) será extinto a partir de janeiro de 2017. Apesar disso, o percentual equivalente à taxa continuará sendo pago pelos passageiros, incorporado às demais tarifas. O que mudará será a forma de destinação do recurso. Por enquanto, tanto os aeroportos concessionados quanto aqueles administrados pela Infraero cobram a taxa e repassam para o Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil). A partir do ano que vem, os aeroportos concessionados deverão repassar esse percentual para o Fnac. A Infraero, por sua vez, poderá ficar com os recursos, o que representará um incremento estimado em R$ 600 milhões na receita anual da estatal.

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GESTÃO PORTUÁRIA

TERMINAL INICIA ANO COM RECORDES DE PRODUTIVIDADE Brasil Terminal Portuário (BTP) estabeleceu dois novos recordes na movimentação em janeiro e fevereiro. Gestores conferem resultados ao planejamento Um dos mais importantes terminais portuários do país, a Brasil Terminal Portuário (BTP), acaba de estabelecer dois novos recordes na movimentação de contêineres neste início de 2016. Em janeiro, a média de produtividade alcançou o patamar de 35,66 MPH/STS (movimentos por hora por portêiner - STS), superando o maior indicador já atingido pela empresa, que foi de 34,11 MPH/ STS registrado em maio de 2015. Em fevereiro deste ano, foi a vez de a equipe bater o recorde no navio. Foram 206,82 movimentos por hora durante as descargas e embarques do MSC Geneva, o que corresponde a uma produtividade média de 44,53 MPH por equipamento portuário (STS). Com 283 metros de comprimento, o MSC Geneva atracou no berço de número 3 do terminal. No total, foram 1.980 contêineres movimentados. Desde o início de suas operações, em novembro de 2013, a BTP tem demonstrado aumento acentuado em sua curva de produtividade. “Ain-

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da mais importante que bater os recordes é manter a consistência na performance, e isso inclui segurança nas operações, otimização dos processos, inovação e excelência no atendimento ao cliente” afirma o diretor-presidente da empresa, Antonio Passaro. Para Marcelo Patrício, gerente de operações do terminal, um dos segredos para o bom resultado operacional está no planejamento. “As operações na BTP têm amadurecido com o tempo. Desde o ano passado, temos intensificado nosso trabalho na elaboração e revisão de estratégias de pátio e na simplificação de processos” diz o gerente. Segundo ele, somado a isso, a empresa segue investindo em mão de obra, com qualificação e treinamento contínuos, realizados no Centro de Treinamento Operacional (CTO) do terminal. AGILIDADE Em 2016, a BTP se prepara para aumentar em 20% a grade de treinamen-


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TERMINAL QUER CONQUISTAR CERTIFICAÇÃO DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO (OEA), CONCEDIDO PELA RECEITA FEDERAL E QUE TEM COMO OBJETIVO RECONHECER AS EMPRESAS PARTICIPANTES DA CADEIA LOGÍSTICA INTERNACIONAL QUE REPRESENTAM BAIXO GRAU DE RISCO EM SUAS OPERAÇÕES. tos, totalizando 30.500 horas de capacitação e reciclagem profissional. De acordo com o diretor de operações do terminal, João Mendes, entre as prioridades traçadas pela empresa, neste ano, está o aumento de produtividade. “Sabemos que a agilidade na prestação de serviços, acompanhada por desburocratização, é fator crucial para retomada do crescimento e garantia de competitividade do setor. Nesse sentido, a BTP tem buscado inovar. Além das iniciativas internas, vamos somar esforços para conquistar a certificação de Operador Econômico Autorizado (OEA), o que proporciona maior confiabilidade e agilidade no fluxo da carga movimentada na BTP”. A OEA é um certificado concedido pela Receita Federal e tem como objetivo reconhecer as empresas participantes da cadeia logística internacional que representam baixo grau de risco em suas operações. “Nossa visão de médio prazo é atingir padrões internacionais de operação portuária, para elevar o Porto de Santos ao patamar de referência mundial em produtividade”, finaliza.

A Brasil Terminal Portuário é um terminal privado de uso público, constituído por uma joint-venture entre a APM Terminals e Terminal Investment Limited (TIL). Com um investimento da ordem de R$ 3 bilhões (USD 800 milhões), o terminal ambientalmente sustentável está estrategicamente localizado na margem direita do Porto de Santos, em uma área total de 490 mil metros quadrados. Contando com uma capacidade de movimentação anual de 2,5 milhões de TEUs e projetada para movimentar 2 milhões de toneladas de granéis líquidos, a BTP está equipada com oito portêineres (STS), 26 transtêineres (RTG), 40 carretas de tráfego interno, 16 gates e 1.108 metros de cais acostável, comportando até três navios Super Post Panamax.

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TERMINAL DE GRÃOS

SEGUNDA FASE DO TEGRAM VAI RECEBER R$ 130 MILHÕES Novos investimentos atenderão diretamente às demandas geradas pelo Matopiba e ainda por parte do Pará, Mato Grosso e Goiás 36

A segunda fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) vai receber R$ 130 milhões de investimentos. Os recursos serão aplicados na infraestrutura necessária à operação em mais um berço de atracação, novo shiploader (carregador de navios) e ativação da nova linha que permitirá dobrar a capacidade da moega ferroviária, passando a descarregar quatro mil toneladas de grãos por hora. Segundo o governador Flávio Diono, “essas obras naturalmente se transformarão em geração de emprego, renda e oportunidades para milhares de pessoas em todo o Maranhão”, durante a cerimônia de assinatura da Ordem de Serviço, realizada no Palácio dos Leões. Em apenas um ano de trabalho na atual gestão, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) superou os R$ 306 mil de lucro previstos no orçamento da gestão anterior para 2015 e atingiu lucro líquido de R$ 68,2 milhões. A entrada de operações do Tegram em 2015 e os novos investimentos para este e o próximo ano atenderão diretamente às demandas geradas pelo Matopiba e ainda por parte do Pará, Mato Grosso e Goiás. Nesse cenário, o porto surge como opção estratégica para escoar a safra de soja, farelo de soja e


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RECURSOS SERÃO APLICADOS NA INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA À OPERAÇÃO EM MAIS UM BERÇO DE ATRACAÇÃO, NOVO SHIPLOADER (CARREGADOR DE NAVIOS) E ATIVAÇÃO DA NOVA LINHA QUE PERMITIRÁ DOBRAR A CAPACIDADE DA MOEGA FERROVIÁRIA

milho de todo um território que até então escoava a maior parte da safra pelos portos do Sudeste ou Sul do Brasil. REVISÃO DE PROCESSOS O trabalho focado na revisão de processos começou nos primeiros dias de 2015 e resultou em redução de R$ 32 milhões de custos operacionais e despesas administrativas em relação a 2014. Um exemplo dessa economia foi a suspensão de bônus e gratificação para a alta gestão da empresa – distribuídos sem amparo legal – no valor de R$ 1,3 milhão. Todo esse esforço tornou o Porto do Itaqui o 1º porto das regiões Norte e Nordeste e 5º do Brasil em movimentação de cargas (com

• Abertura de Empresa • Contabilidade

21,8 milhões de toneladas movimentadas) e o tem consolidado como fundamental para a região do Matopiba, que abrange territórios no Maranhão e estados vizinhos do Tocantins, Piauí e Bahia. Os processos administrativos e operacionais do Porto do Itaqui foram revistos e padronizados. Também foi realizado um trabalho específico junto aos operadores para a modernização dos equipamentos para carga e descarga de granéis sólidos. Os procedimentos de segurança e melhora da gestão das operações foram otimizados, o que ocasionou a redução de 52% no tempo médio de espera de navios: passando de 85h para 44h em carga geral e de 336h para 170h em granéis sólidos.

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PERFIL NAS ESTRADAS

CAMINHONEIROS RODAM CERCA DE 10 MIL QUILÔMETROS POR MÊS Profissionais reclamam da Lei do Caminhoneiro e sentem falta de pontos de apoio para cumprir o que determina a legislação específica para o setor 38

A média de idade dos caminhoneiros do Brasil é de 44,3 anos e a renda mensal líquida média é de R$ 3,9 mil. Caminhoneiros autônomos ganham R$ 4,1 mil e caminhoneiros empregados de frota, R$ 3,4 mil. Os dados fazem parte do resultado da Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2016, encomenda pela Confederação Nacional do Transporte. Foram entrevistados 1.066 caminhoneiros (autônomos e empregados de frota) no final do ano passado. A frota tem idade média de 13,9 anos (16,9 anos dos veículos dos autônomos e 7,5 anos dos veículos de frota). Os caminhoneiros rodam cerca de 10 mil quilômetros por mês e trabalham aproximadamente 11,3 horas por dia. Um total de 86,8% afirmam que houve queda da demanda por seus serviços em 2015. Desses, 74,1% alegam que o motivo foi a crise econômica e 44,8% têm alguma dívida a vencer. Sobre os entraves da profissão, 46,4% citam o custo do combustível e 40,1% relatam que o valor do frete não cobre as despesas. Outros pontos negativos são o perigo/insegurança (60,6%), o fato de ser uma profissão desgastante (34,9%) e o comprometimento do convívio familiar (32,1%). Em relação aos pontos positivos, eles destacam a possibilidade de conhecer novas cidades/países (47,0%), a possibilidade de conhecer pessoas (33,0%) e o fato de a profissão ser desafiadora e aventureira (28,5%). A maioria (88,4%) tem conhecimento sobre a Lei do Caminhoneiro, mas 34,7% não estão satisfeitas e não cumprem o tempo de descanso. Os caminhoneiros reclamam também das más condições de infraestrutura de apoio das rodovias. Sobre a saúde, 44,6% procuram profissionais dessa área para prevenir doenças e 24% utilizam ou já utilizaram medicamento controlado. Desse total, 57,7% para hipertensão, 59,9% disseram consumir bebida alcoólica ape-


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A PESQUISA CNT: Média de idade dos caminhoneiros: 44,3 anos Renda mensal média: R$ 3,9 mil. Renda mensal autônomo: R$ 4,1 mil Renda mensal empregados: R$ 3,4 mil Idade média da frota: 13,9 anos nas aos finais de semana e 45,6% dos caminhoneiros receberam oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas.

Distância rodada por mês (média): 10 mil quilômetros

FROTA ENVELHECIDA

Horas trabalhas por dia (média): 11,3 horas

A pesquisa mostra ainda que o perfil do caminhoneiro brasileiro é formado por profissionais que têm, em média, 18 anos de profissão e mais de 44 anos de idade. A frota de veículos está envelhecida, especialmente a dos autônomos. O presidente da CNT, Clésio Andrade, afirma que a Confederação Nacional do Transporte defende a implantação do plano de renovação de frota, com incentivo a financiamentos e reciclagem. “A proposta está no Plano CNT de Recuperação Econômica, entregue à presidente Dilma Rousseff no final de 2015”, disse.

86,8% afirmam que houve queda da demanda por seus serviços

Os caminhoneiros têm renda mensal baixa e enfrentam problemas como o elevado preço do combustível, que impacta o trabalho dos autônomos e o das empresas transportadoras. Muitos caminhoneiros reclamam da Lei do Caminhoneiro e sentem falta de pontos de apoio para cumprir o que determina a legislação. “O caminhoneiro tem que lidar com as deficiências de infraestrutura nas rodovias do país, tanto pela má qualidade do pavimento e sinalização quanto pela ausência de pontos de parada adequados e suficientes”.

44,8% têm alguma dívida a vencer. 46,4% citam o custo do combustível como entrave na profissão 40,1% relatam que o valor do frete não cobre as despesas 88,4% têm conhecimento sobre a Lei do Caminhoneiro 34,7% não cumprem o tempo de descanso

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NOVA FRONTEIRA

BRASIL FECHA ACORDO DE COOPERAÇÃO AGRÍCOLA COM O JAPÃO Região com mais de 324 mil estabelecimentos agrícolas é incluída em um acordo entre os dois países, que promete inaugurar um novo tempo para o Matopiba A região de Matopiba - nova fronteira agrícola brasileira situada nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - acaba de ser incluída em um acordo de cooperação entre o Brasil e Japão. A assinatura foi feita durante o “Diálogo Brasil-Japão - Intercâmbio Econômico e Comercial em Agricultura e Alimentos”, realizado em março pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Brasil abriga a maior população japonesa no exterior, com 1,5 milhão de pessoas. “Este é um momento histórico na relação entre as duas nações e inaugura um novo tempo para a região do Matopiba”, disse a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. O Matopiba se destaca pela produção de grãos como soja, milho, arroz e algodão. Compreende uma área de 73 milhões de hectares, com 377 municípios e mais de 25

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milhões de habitantes. A região tem mais de 324 mil estabelecimentos agrícolas e atualmente responde por 10% da produção de grãos do país. O Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário somou R$ 1,3 trilhão em 2014. No ano passado, foi criado o Plano de Desenvolvimento Econômico do Matopiba por meio de decreto da Presidência da República. É um instrumento de planejamento para modernização, competitividade, incremento de renda, mobilidade social e sustentabilidade. Os três principais eixos do plano são infraestrutura, inovação e desenvolvimento tecnológico e o fortalecimento da classe média rural. O presidente da Mitsui & Company (empresa que investe em ferrovias),


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menos custos para exportação para os produtores e empresários da região. Segundo o governador, estão previstos investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão no porto até 2017. ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS O Matopiba tem 6,1 milhões de hectares irrigáveis. “Para expandirmos a irrigação, precisamos de R$ 114 milhões para 2.280 Km e redes de energia para a região”, estimou Kátia Abreu. O governo prevê a instalação de 11 novas estações meteorológicas. A ministra disse que a Conab vai construir quatro armazéns para grãos, com capacidade de 88 milhões de toneladas e investimentos de R$ 100 milhões. Shinji Tsuchia, ressaltou que o Brasil é o maior exportador mundial de café, suco de laranja e açúcar e segundo maior de carne bovina. “O Brasil será o grande produtor agrícola mundial, atendendo a demanda global”, disse. Segundo Tsuchia, como a maior produção de milho e soja está acima do paralelo 16, há necessidade de investimentos de infraestrutura e logística no Matopiba a fim de facilitar o escoamento e reduzir o chamado “custo Brasil”. Neste sentido, de acordo com o executivo, estão sendo feitos estudos em conjunto com o governo brasileiro. O governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou a importância do Porto de Itaqui (MA) para o escoamento da safra. “O porto de Itaqui é o porto do Matopiba”, assinalou. O terminal é o local de saída dos produtos agrícolas que fica mais ao norte do país e, portanto, significa

Além disso, está prevista a instalação de duas Ceasas no Matopiba, no valor total de R$ 24 milhões; dois centros de tecnologia de agricultura e baixo carbono nos municípios de Luís Eduardo e Bom Jesus com parcerias públicas e privadas e implantação de um centro tecnológico em silvicultura e agricultura de baixo carbono. Durante o encontro foram criadas a Frente Estadual Parlamentar da Região do Matopiba e a Frente Municipalista dos Prefeitos da Região de Matopiba. As frentes vão trabalhar pela busca de investimentos e de políticas públicas para o desenvolvimento da região. “Vamos ajudar a viabilizar negócios e fazer com que o Matopiba seja cada vez mais forte”, afirmou o prefeito de Gurupi, Laurez da Rocha Moreira. O município, de 83 mil habitantes, fica no sul do Tocantins.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

NEGÓCIOS LOGÍSTICOS

GRUPO MARTINS AMPLIA PORTFÓLIO E AUMENTA FATURAMENTO EM 25% Com a operação de um sistema altamente moderno e estrutura própria, é possível gerenciar todo o processo de trâmite do produto no esquema “door to door” O Grupo Martins cresceu 25% em faturamento desde o início das operações de agenciamento de cargas via aérea, marítima e ferroviária para a importação e exportação de mercadorias. Os serviços de agenciamento de carga com estrutura própria começaram a ser realizados em dezembro do ano passado por intermédio da Martins Logística Internacional. Até então, o grupo terceirizava os negócios dessa área. Lourival Martins, presidente do Grupo Martins, explica que a Martins mantém estreita parceria com as principais empresas nacionais e internacionais de transporte de carga, garantindo qualidade e excelência dos serviços oferecidos a preços competitivos. Com a operação de um sistema altamente moderno e estrutura própria na cadeia logística, é possível gerenciar todo o processo de trâmite do produto – “door to door” – e informar ao cliente (importador e exportador) quando a mercadoria estará na prateleira para venda, com variação de erro de dois dias, no máximo. O presidente do Grupo explica que a facilidade se reverte em benefícios para os clientes. “Quando se utiliza uma estrutura terceirizada, nem sempre os resultados são os que o cliente espera”, pontua. De acordo com Lourival, os grandes players do mercado de cargas estão focados nas empresas que fazem toda a gestão do processo de importação e exportação, devido à eficiência dos 42

resultados e redução de custos. Desde que os serviços começaram a ser realizados, o Grupo Martins já movimentou, por exemplo, peixe e picolé para os Estados Unidos via transporte aéreo e também está forte no transporte marítimo, com parcerias com empresas como a China Shipping. A qualidade dos serviços da Martins é suportada por uma estrutura de atendimento com pontos de apoio nos principais portos e aeroportos do país, além de escritórios próprios funcionando no Porto de Santos e aeroportos de Guarulhos (SP) e Viracopos, em Campinas (SP). O Grupo Martins ainda está ajudando a qualificar, principalmente, pequenos e médios empresários com potencial de exportação para trabalhar com o mercado externo. “Nem sempre estes empresários têm o conhecimento necessário para vender no exterior. Estamos ajudando-os com este tipo de assessoria”, conta. Como a Martins busca se posicionar positivamente mesmo em situações econômicas adversas, conforme Lourival, o Grupo está aproveitando este momento da economia nacional para identificar oportunidade de negócios. Para ele, mesmo em um ano de crise, existe uma série de possibilidades, especialmente no mercado externo. “Diferentemente do mercado interno, quando o importador identifica uma produto de qualidade ele se mantém fiel. É essa


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SAIBA MAIS Nome: Grupo Martins Marca: Martins Logística Internacional Faturamento anual: R$ 110 milhões Segmento: comércio exterior Áreas de atuação: Logística Internacional, Armazenagem e Distribuição Hubs: São Paulo (Centro), São Paulo (Vila Maria), Poá (SP), Guarulhos (GRU Aeroporto), Santos (Porto) e Campinas (Viracopos) Funcionários: Cerca de 150 colaboradores diretos e indiretos orientação que estamos levando para pequenas e médias empresas e orientando para que aproveitem o momento para venderem para outros países”, acrescenta. FATURAMENTO O Grupo apurou um faturamento total de R$ 110 milhões no ano passado, aproximadamente 20% acima do resultado atingido em 2014. Esse bom desempenho se deve, em grande parte, ao crescimento do movimento dos clientes das carteiras de exportação, que intensificaram as suas operações em decorrência da alta do dólar e da queda de demanda do mercado interno. O Grupo Martins atua há quase 28 anos no comércio exterior e está entre os 10 maiores operadores logísticos do Brasil. É o único a contar com estrutura própria em toda a cadeia do segmento. O Grupo opera desde março de 2015 um centro de distribuição de 11 mil metros quadrados na cidade de Poá (SP), região do Alto Tietê. “Nossa carteira de clientes de exportação sempre foi, historicamente, muito menor do que a de importação. Isso começou a mudar já no início do ano passado. Nossos clientes costumavam exportar um total de R$ 5 milhõe. Esse montante pulou para R$ 50 milhões em meados de 2015 e fechou dezembro em R$ 70 milhões”, comenta. A expectativa é, seguindo esse ritmo, que esse valor chegue a R$ 100 milhões no final do primeiro semestre de 2016.

Serviços: Importação, Exportação, Assessoria e Desembaraço Aduaneiro, DTA, Radar, Siscoserv, Agenciamento de Carga, Seguro, Armazenagem e Distribuição Armazéns: Centro de Distribuição de Poá (11 mil m²) e Centro de Distribuição de Vila Maria (2 mil m²) Distribuição: Frota própria de 100 veículos.

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PROJETO PUMA

EXPORTAÇÕES DE CELULOSE PELO PORTO DE PARANAGUÁ COMEÇAM EM ABRIL A partir do segundo ano, a previsão da Klabin é movimentar 800 mil a 1,2 milhão de toneladas por ano, o que dará um grande impulso na movimentação de carga geral do porto A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, realiza em abril o primeiro embarque de celulose no Porto de Paranaguá do Projeto Puma, mais moderna planta industrial da companhia, localizada em Ortigueira (PR). A fábrica recebeu investimentos de R$ 5,8 bilhões, excluindo-se ativos florestais, melhorias em infraestrutura e impostos. De acordo com Lourenço Fragonese, diretor da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), nesse primeiro embarque serão movimentadas 20 mil toneladas, mas o Projeto Puma movimentará já no primeiro ano 600 mil toneladas. A partir do segundo ano, a previsão da companhia é movimentar 800 mil a 1,2 milhão de toneladas por ano. “Este projeto dará um grande impulso na movimentação de carga geral do porto”, enfatiza Fragonese. As cargas de celulose da Klabin serão depositadas em um armazém com área útil de estocagem de 17 mil metros quadrados. A construção deste armazém foi contempla-

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da no planejamento para a eficiência logística do Projeto Puma. VOLUMES Hoje, a Klabin já possui uma operação logística terceirizada em Paranaguá, mas o novo espaço permitirá que a empresa possa escoar volumes maiores de sua produção. O armazém terá capacidade de movimentar 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, mas a previsão é que sejam movimentadas 75 mil toneladas por mês, somando 900 mil toneladas por ano. Maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, a Klabin produz papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras. Fundada em 1899, possui atualmente 15 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. Está organizada em três unidades de negócios: Florestal, Papéis (papel-cartão e papel kraft) e Conversão (papelão ondulado e sacos industriais). Um convênio assinado entre o governo do estado, Klabin e municípios da região definiu que o ICMS proveniente das operações da nova fábrica de celulose seja dividido entre doze municípios dos Campos Gerais e Norte Pioneiro. Ortigueira, sede da indústria, ficará com 50% do tributo e os 50% restantes serão partilhados entre todos os municípios fornecedores de matéria-prima, o que inclui Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.


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TECNOLOGIA

ATAQUES A SERVIDORES CRESCEM 128% Estudo mostra que cresceram as notificações referentes às varreduras, técnica que tem o objetivo de identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles Um estudo divulgado pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), aponta que as notificações de ataques a servidores de internet registraram no ano passado um aumento de 128% em relação a 2014, totalizando 65.647 notificações. Os atacantes exploram vulnerabilidades em aplicações Web para, então, hospedar nesses sítios páginas falsas de instituições financeiras, cavalos de troia (usados para furtar informações e credenciais), ferramentas utilizadas em ataques a outros servidores Web e scripts para envio de spam ou scam. 46

Segundo o levantamento, o CERT.br recebeu 722.205 notificações de incidentes de segurança envolvendo redes conectadas à Internet no país. Reportados ao CERT.br voluntariamente por administradores de redes e usuários de Internet, os incidentes de segurança são divulgados, desde 1999, por meio de gráficos e dados estatísticos. A gerente do CERT.br., Cristine Hoepers, explica que a segurança deve ser pensada e implementada logo no início do desenvolvimento Web, no processo de especificação de requisitos de um software, na concepção inicial de um sítio. Pelo terceiro ano seguido, observou-se uma grande quantidade de notificações de ataques de força bruta contra sistemas de gerenciamento de conteúdo (Content Management System - CMS), tais como WordPress e Joomla. Esse tipo de ataque, que consiste em adivinhar, por tentativa e erro, o nome de usuário e senha de administração destes sistemas, pode ser prevenido com a elaboração de senhas fortes, assim como a implementação de verificação em duas etapas, que adiciona uma camada extra de proteção ao acesso de uma conta. VARREDURAS O estudo também mostra que cresceram as notificações referentes às varreduras, técnica que tem o objetivo de identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles. O aumento foi de 48% em comparação a 2014, totalizando 391.223 notificações em 2015. As varreduras do protocolo de rede Telnet (23/TCP) chamaram atenção, correspondendo a 22% do total de notificações desta categoria de incidentes – em 2014, representavam apenas 10% do total. E parecem visar equipamentos de rede alocados às residências de usuários finais, tais como roteadores Wi-Fi, modems ADSL e cabo. “Cuidados como atualização de firmware e alteração da senha de administração são essenciais para proteger seus equipamentos de rede”, destaca Hoepers.


ARTIGO

EM ANO DE CRISE,EMPRESAS DE TI SÃO DESTAQUE NO CENÁRIO DE M&A por Shirley Henn Dentro de um 2015 marcado por sucessivas notícias e análises negativas relacionadas à economia e à política nacionais, como a alta taxa de inflação acumulada de 10,67% no ano, a maior registrada desde 2002, aliada à retração econômica e instabilidade política, retratada em árduas batalhas no Congresso Nacional e no Judiciário entre blocos de situação e oposição, o setor de TI pôde comemorar posição de destaque no cenário de M&A no Brasil. Apesar de uma queda no número total de fusões e aquisições no Brasil (redução de 16% em relação a 2014), o setor de TI apresentou recorde de movimentação no mercado de M&A brasileiro em 2015, segundo informa o relatório de dezembro de 2015 de Fusões e Aquisições no Brasil, publicado pela empresa de auditoria PwC, integrante do cobiçado grupo “Big Four” de maiores auditorias do globo. Conforme o relatório, que também demonstra uma recuperação no número total de transações em dezembro, foram anunciadas 118 operações de fusões e aquisições de empresas do setor de TI em 2015, totalizando 16% do volume total de transações. O setor mantém a liderança atingida em 2014, mesmo diante do cenário nacional adverso. A tendência é de manutenção do setor em posições de destaque em 2016, para o qual estão previstos investimentos de US$ 96,4 bilhões, segundo a empresa Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, a qual detecta um aumento de 0,6% em relação ao valor projetado para 2015. A previsão para 2016 em economias emergentes, como a brasileira, é de reaquecimento dos investimentos domésticos em M&A. Segundo o documento Deal Flow Predictor, publicado pela empresa Intralinks, apesar dos cenários negativos previstos pelo FMI, a expectativa é de um aumento no volume total de M&A, em especial, no chamado mid-market.

APESAR DE UMA QUEDA NO NÚMERO TOTAL DE FUSÕES E AQUISIÇÕES NO BRASIL, O SETOR DE TI APRESENTOU RECORDE DE MOVIMENTAÇÃO NO MERCADO DE M&A BRASILEIRO EM 2015, SEGUNDO RELATÓRIO DE DEZEMBRO DE 2015 DE FUSÕES E AQUISIÇÕES NO BRASIL, PUBLICADO PELA EMPRESA DE AUDITORIA PWC.

Diante do cenário econômico projetado, o mercado de processos de M&A deve aquecer em 2016, com ganho de participação de capital doméstico e manutenção das empresas de TI como destaque no mercado nacional. A autora é advogada do BPH Advogados, especialista em Direito Tributário e Societário


TECNOLOGIA SISTEMAS ROBÓTICOS PRIORIZAM MÁQUINAS NA ESFERA MILITAR

Novos drones aéreos serão capazes de realizar missões de reconhecimento e até de combate, incluindo o lançamento de mísseis contra instalações inimigas

Segundo Serguéi Skókov, vice-diretor-geral da OPK, o papel do ser humano no controle de robôs está sendo minimizado, já que os drones podem operar de forma autônoma, ao mesmo tempo em que executam suas funções e seguem rotas específicas. “Estes equipamentos conseguem se orientar sem a necessidade de um operador, realizar tarefas de inteligência e até interagir com outras aeronaves e sistemas robóticos não tripulados”, acrescenta.

A União de Fabricantes de Aparelhos de Precisão (OPK, na sigla em russo), pertencente ao conglomerado Rostec, corporação estatal da Federação da Rússia que desenvolve, fabrica e exporta produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar, anunciou a criação de um sistema robótico aéreo multifuncional. O projeto inclui veículos não tripulados e foi apresentado pela primeira vez durante a realização da Feira de Robótica das Forças Aéreas da Rússia.

O helicóptero-robô, por exemplo, foi projetado para realizar monitoramentos de vídeo, entrega de cargas e fornecer detalhes sobre condições meteorológicas. O alcance de voo atinge centenas de quilômetros. O equipamento de espionagem tem ainda capacidade de realizar o reconhecimento de objetos em tempo real. Em batalhas, pode coordenar o fogo de artilharias utilizando o sistema de navegação por satélite Glonass, similar ao GPS, popularmente conhecido no Brasil. É capaz de detectar e destruir alvos inimigos, incluindo tanques blindados, graças aos mísseis instalados no equipamento.

Entre os equipamentos que integram o novo sistema, destaque para o helicóptero-robô, aeronaves de vigilância e exploradoras, além de um módulo de combate com lançador de mísseis. O objetivo é fazer com que essas máquinas realizem uma ampla gama de tarefas, além de operar de forma conjunta e automatizada. A tecnologia aérea robótica foi desenvolvida para o monitoramento de objetos distantes, além de gravação de vídeo e registro de fotografias, incluindo imagens térmicas. Os equipamentos não apenas permitem a transmissão de vídeo em tempo real, como também realizam o transporte de cargas para pontos específicos, como o envio de suprimentos médicos. São ainda considerados ideais para destruir instalações inimigas, principalmente nos campos de batalha, já que são capazes de lançar mísseis e destruir alvos.

Durante a Feira de Robótica das Forças Aéreas da Rússia, o consórcio de engenharia radioeletrônica Vega (da qual a OPK faz parte) apresentou um moderno equipamento de hardware e software para controle simultâneo de veículos aéreos não tripulados e sistemas robotizados terrestres (incluindo caminhão da fabricante Kamaz, cujo modelo é o Kamaz-43116). O sistema permite total controle das operações por meio de cinco postos automatizados. Com a ajuda de um computador potente e com alto rendimento, é também possível manejar até 10 veículos não tripulados e vários sistemas terrestres ao mesmo tempo. Trata-se de um equipamento a todo vapor que pode funcionar de forma autônoma por um período de até sete dias de maneira ininterrupta. O tempo de instalação de um ponto de controle móvel é de apenas 15 minutos.


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INFORMATIVO DOS PORTOS / TRATAMENTO

DIFERENCIADO

RECEITA FLEXIBILIZA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DE CABOTAGEM E OFFSHORE A informação pode ser prestada até o momento anterior à solicitação do passe de saída. A alteração objetiva desburocratizar o controle sobre a carga nacional A Receita Federal flexibilizou a movimentação de embarcações, cargas e unidades de carga nos portos alfandegados do país. As alterações dão tratamento diferenciado a cargas de cabotagem e offshore, que antes estavam submetidas aos mesmos prazos e controles que as importações e exportações. Para implementar as novidades, foram estabelecidas mudanças na Instrução Normativa nº 800/2007. A carga de cabotagem diz respeito à navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando via marítima ou vias navegáveis interiores. O procedimento receberá dispensa da exigência do prazo mínimo de cinco horas antes da desatracação para as cargas nacionais. A informação pode ser prestada até o momento anterior à solicitação do passe de saída. Essa alteração tem como objetivo desburocratizar o controle sobre a carga nacional, o que propiciará maior agilidade ao tráfego da cabotagem. Para tanto, foram excluídos do sistema os bloqueios sobre a carga nacional oriundos de retificação. Na prática, os controles sobre a carga nacional serão diferentes dos das cargas de importação, exportação e passagem. CONTROLE Off-shore é a navegação próxima à costa, que atende as plataformas de petróleo. Para as cargas offshore haverá dispensa da exigência de manifesto para movimentação entre o porto e a plataforma. Em geral, as cargas offshore fazem uma escala nos portos, pois as plataformas não têm estrutura para gerenciá-las. 50

O controle da carga continuará a ser realizado no porto onde a carga chega. No entanto, a partir da chegada dos conteúdos, a movimentação entre o porto e a plataforma será feita sem manifesto, pois as cargas não têm mais o sentido comercial. Será como uma transferência entre recintos dentro do mesmo porto, sem exigir a informação da carga para os barcos de suprimentos de plataformas. As alterações foram determinadas pela Instrução Normativa RFB nº 1.621, de 24 de fevereiro de 2016, publicada no Diário Oficial da União.

AS ALTERAÇÕES DÃO TRATAMENTO DIFERENCIADO A ESTES DOIS TIPOS CARGAS, QUE ANTES ESTAVAM SUBMETIDAS AOS MESMOS PRAZOS E CONTROLES QUE AS IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES. PARA IMPLEMENTAR AS NOVIDADES, FORAM ESTABELECIDAS MUDANÇAS NA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 800/2007.


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INFORMATIVO DOS PORTOS /

SUPLEMENTO SEP

LEILÃO DE ÁREAS PORTUÁRIAS CHAMA ATENÇÃO DE INVESTIDORES De olho nas áreas portuárias que serão leiloadas no dia 31 de março, Cargil Agrícola pretende investir em infraestrutura no estado do Pará A Cargil Agrícola pode par ticipar do segundo leilão de áreas por tuárias que a Secretaria de Por tos vai promover no próximo dia 31 de março, na sede da Bovespa. “Estamos sim olhando arrendamentos no leilão”, disse o diretor de Por tos da Cargill Agrícola, Cly thio van Buggenhout, durante o seminário “Setor Por tuário: Desafios e Opor tunidades”, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Participaram do evento o vice-presidente Michel Temer, o ministro do Planejamento Valdir Simão, o ministro da Secretaria dos Portos, Helder Barbalho, a secretária executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa de Souza, além de empresários e representantes de associações do setor. Buggenhout explicou que a Cargill já atua em uma área portuária na região de Santarém (PA) e que, entre as seis áreas que serão ofertadas pela SEP, a de Vila do Conde foi incluída no processo de arrendamento justamente por solicitação da Cargill, em 2013. Marcelo Araújo, presidente-executivo do Grupo Libra, disse que o setor privado tem que participar dos investimentos em infraestrutura, que são de cadeia muito longa e envolvem riscos. A saída é garantir estabilidade regulatória, afirmou o presidente da Libra, cujo foco dos investimentos é o Porto de Santos. “O pla-

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nejamento é crítico, dada a complexidade desses projetos, que compreendem ciclos de investimento facilmente de 10 anos”. Araújo elogiou a “identificação clara das projeções de demanda” realizada pela SEP e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Temos que ser cirúrgicos, não adianta concentrar 20 projetos em um ano. O ideal é ter todos os anos novos projetos vindo”. Na mesma linha, o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilson Manteli, que vem se reunindo com a SEP para discutir o tema, afirmou que os investidores precisam de segurança e estabilidade e elogiou a atuação do ministro Helder Barbalho. Manteli. Aproveitou para solicitar o encurtamento do prazo entre projeto de investimento e autorização do governo, e que o ministro da SEP seja líder nesse processo. O consultor de infraestrutura e logística da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Luiz Fayet, disse que o Brasil tem potencial para, até 2020, ser o maior exportador mundial do setor. Segundo ele, para que isso aconteça, falta garantir que o produto brasileiro chegue ao consumidor final, principalmente na Ásia, a preços mais competitivos. “Os portos estavam parados e começamos a destravá-los. Primeiro chamamos a atenção para


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PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TERMINAIS PORTUÁRIOS (ABTP), WILSON MANTELI, QUE VEM SE REUNINDO COM A SEP PARA DISCUTIR O TEMA, AFIRMA QUE OS INVESTIDORES PRECISAM DE SEGURANÇA E ESTABILIDADE as poligonais e depois para os arrendamentos. Em nome da CNA, elogio pela forma como o senhor tomou para si estas questões”, afirmou Fayet. Para ele, é importante garantir as rotas e baixar os custos, pois em média o custo Brasil é quatro vezes maior que o dos Estados Unidos e da Argentina. No mesmo painel, o presidente na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, afirmou que a Lei de Portos está mudando a situação portuária no Brasil. “O comércio exterior brasileiro dobrou nos últimos 10 anos, mas os portos não cresceram na mesma proporção. O novo programa de arrendamentos está sendo muito bem conduzido. Dada a dinâmica do país, julgamos que o Plano Nacional de Logística Portuária precisa ser frequentemente atualizado. O planejamento é fundamental”. Vilson João Schuber, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, disse que o destravamento do setor portuário e a viabilização do Arco Norte são uma renovação para o Brasil. O diretor-geral substituto da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca, afirmou que as três modalidades de investimentos privados para o setor portuário – arrendamento, outorga de terminais privados ou renovações de arrendamentos - permitirão o atendimento da demanda.

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SUPLEMENTO SEP

COMITIVA ITALIANA CONHECE CARTEIRA DE INVESTIMENTOS NO SETOR Um das oportunidades apresentadas pelo ministro dos Portos é o 2º leilão de áreas portuárias, previsto para ocorrer no final de março na sede da Bovespa Uma comitiva de empresários italianos conheceu a carteira de investimentos em áreas portuárias no Brasil para os próximos anos, que somam R$ 512 bilhões, pelo ministro da Secretaria de Portos (SEP), Helder Barbalho. “Não há crise no setor portuário”, disse o ministro. A apresentação aconteceu na primeira reunião sobre memorando de entendimento Brasil-Itália, sobre portos, realizada no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília, promovida também pela embaixada italiana. Segundo Barbalho, “quem participar desta oportunidade terá retorno certo, com segurança jurídica e apoio governamental.” Na apresentação, o ministro mostrou os mais recentes números do setor. Entre eles está o recorde de movimentação de cargas nos portos brasileiros, que em 2015 superou a marca de 1 bilhão de toneladas. Segundo a mais recente versão do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), as projeções mostram que a movimentação deve chegar a 1,8 bilhão de toneladas em 2042. Um das oportunidades apresentadas por Helder Barbalho é o 2º leilão de áreas portuárias, previsto para ocorrer no final de março na sede da Bovespa. Serão ofertadas seis áreas, todas no estado do Pará. O mi-

nistro disse que existem ainda mais 20 áreas portuárias e o terminal de passageiros de Salvador, cujos editais já foram liberados pelo Tribunal de Contas da União. Barbalho mostrou aos italianos que o governo federal está construindo novas rotas para escoamento da produção agrícola do Centro Oeste pelos portos do Arco Norte, como Vila do Conde, em Barcarena (PA), onde está uma das áreas que vão a leilão. A nova rota é mais econômica para os grãos do Centro-Oeste do que pelos portos de Santos e Paranaguá, segundo projeções da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja). Em esforço conjunto do governo para as novas rotas, enquanto a SEP cuida dos portos, estão na agenda do Ministério dos Transportes, obras relacionadas aos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário: a concessão da rodovia já existente BR-163 de Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA) e a extensão da BR-163 entre Miritituba e Santarém (PA), além das ferrovias Norte e Sul e Lucas do Rio Verde-Miritituba. Foi também licitada obra que permitirá a navegabilidade na hidrovia do Rio Tocantins durante todo o ano, independentemente das chuvas.

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SECRETARIA DOS PORTOS PRORROGA CONTRATO COM A RUMO LOGÍSTICA O termo representará investimentos de R$ 308 milhões até 2018, incluindo equipamentos e estruturas de armazenagem de açúcar e outros produtos de origem vegetal A Secretaria de Portos (SEP) renovou antecipadamente o contrato de arrendamento com a Rumo Logística Operadora Multimodal S.A., com a expansão das operações da companhia no Porto de Santos, do grupo Cosan. O aditivo unifica os três contratos que a empresa tem com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), com o prazo único até março de 2036. Por ele, a empresa incorporará mais 1.000 m2 à área de cerca de 117.434,38 m2 que ela já tem em arrendamento para otimizar a operação dos terminais. O termo significa investimentos de aproximadamente R$ 308 milhões até o fim de 2018, incluindo equipamentos e estruturas de armazenagem de açúcar e outros produtos de origem vegetal, em sacos e a granel para permitir o aumento da capacidade de armazenamento dos terminais dos atuais 10 milhões de toneladas para 14,67 milhões de toneladas por ano. A capacidade anual de recepção das mercadorias também será ampliada, de 17,68 milhões de toneladas para 29,7 milhões de toneladas. Já a capacidade de embarque das mercadorias deverá crescer 24%, para cerca de 16,67 milhões de toneladas anuais. O anúncio foi feito pelo ministro Helder Barbalho ao falar sobre o novo ciclo de investimentos em infraestrutura no seminário “Setor Portuário: Desafios e Oportunidades”, realizado em São Paulo. O ministro também anunciou que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou projeto para a construção de novo terminal de passageiros no Porto de Salvador e que novo leilão nesse sentido será marcado nos próximos dias. MOVIMENTAÇÃO O Programa Nacional de Logística Integrada (PNLP) prevê investimentos da ordem de R$ 51 bilhões para o setor da seguinte forma: R$ 19,67 bilhões para novos terminais privados, R$ 16,24 bilhões para novos arrendamentos e R$ 11,11 bilhões para renovações contratuais, além de R$ 4,26 bilhões de investimentos públicos em dragagens. O volume de movimentação de carga entre 2015 e 2042 deve aumentar 92%, alcançando um patamar de 1,8 bilhão de toneladas, também de acordo com as projeções do PNLP. 55


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PORTONAVE CONQUISTA PELA TERCEIRA VEZ O PRÊMIO EXPRESSÃO DE ECOLOGIA O case vencedor é o Projeto “Nossa Praia”, resultado de uma medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres do terminal A Portonave receberá em agosto, em Florianópolis, o Troféu Onda Verde. Essa é a terceira vez que o terminal conquista o Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental da região Sul do Brasil. O terminal catarinense venceu na categoria Recuperação de Áreas Degradadas com o Nossa Praia – Projeto de Recuperação e Proteção da Orla de Navegantes. Os 27 vencedores da 23ª edição do prêmio foram conhecidos em fevereiro e a solenidade de entrega faz parte da programação do Fórum de Gestão Sustentável 2016.

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A Portonave já venceu o Expressão de Ecologia outras duas vezes, na categoria Gestão Ambiental: em 2009, com o projeto “Portonave: Compromisso com o Meio Ambiente” e em 2011, com o case: “Compromisso com Desenvolvimento Sustentável”. Os dois projetos destacaram o compromisso da empresa com a sustentabilidade por meio de um Sistema de Gestão Ambiental próprio, que desenvolve uma série de ações fundamentais para a preservação ambiental, como o tratamento de efluentes, o controle da poluição do ar, o monitoramento da água, a coleta seletiva de lixo e o inventário de carbono. O case vencedor deste ano é o Projeto “Nossa Praia”. Trata-se do resultado de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) como medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres do terminal portuário de Navegantes. O projeto visa à recuperação da faixa de restinga da orla municipal, com o objetivo de restaurar e dar as condições necessárias para preservação ambiental e uso consciente e sustentável da praia. RECUPERAÇÃO Serão 102 hectares – o equivalente a mais de 100 campos de futebol – compreendidos pela iniciativa, considerada uma das maiores obras de recuperação de orla de praia urbana do Brasil. As obras iniciaram em março de 2015 e têm duração de 36 meses. “A Portonave acredita e trabalha com o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Por isso, buscamos junto aos órgãos responsáveis para que os recursos dessa compensação fossem direcionados para ações efetivas na cidade onde o terminal está sediado. Essa conquista mostra que, para nós, o respeito ao meio ambiente é um compromisso”, sustenta o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas.


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NOVAS CARGAS DIVERSIFICAM NEGÓCIOS NA APM TERMINALS ITAJAÍ Recentemente, duas embarcações de carga geral movimentaram um total 13.300 toneladas, 54% a mais do que toda a carga geral operada no ano passado A APM Terminals – empresa responsável pela operação de cargas no Porto de Itajaí – continua investindo na diversificação de cargas movimentadas pelos navios que operam no terminal. Recentemente, duas embarcações de carga geral movimentaram um total de 1.100 estacas e 600 bobinas de aço. Ao todo, foram 13.300 toneladas, 54% a mais do que toda a carga geral operada no ano passado. O navio BBC Congo, originado do Porto de Antuérpia, na Bélgica, desembarcou 6.500 toneladas de estacas-pranchas para os estaleiros localizados em Santa Catarina, enquanto o BBC Ohio embarcou 6.790 toneladas de bobinas de aço para a Argentina. De acordo com o gerente comercial da empresa, Felipe Fioravanti, essas operações não impactam negativamente na prioridade do terminal, que é a movimentação de contêineres. “Este tipo de operação é uma boa oportunidade para janelas disponíveis de atracação. Além disso, está alinhada à nossa estratégia de continuar alavancando serviços, empresas e a economia de Itajaí”, disse Felipe. Desde julho, quando ocorreu a redução de cerca de 50% na movimentação mensal de contêineres, até dezembro de 2015, 15 navios de carga geral e 7.800 toneladas foram operadas pelo

terminal, quatro vezes mais do que todo o ano de 2014. Com as operações do BBC Ohio e BBC Congo, o terminal consolida sua estratégia de desenvolvimento de novos negócios. O Porto de Itajaí esperava pelo menos mais três operações de carga geral até o final de março. Ao operar esses navios, a APM Terminals Itajaí também aumenta o número de chamadas para os trabalhadores da União. Cada período de operação demanda cerca de 45 trabalhadores, dependendo da quantidade de equipamento e equipes necessárias. Com cerca de 18 períodos, as duas operações combinadas impactaram em uma renda bruta aproximada de R$ 640 mil para os trabalhadores portuários avulsos, de acordo com o Órgão Gestor de Mão-de-obra (Ogmo). No Brasil, a APM Terminals atualmente administra as instalações portuárias em Itajaí e Pecém (CE). A empresa também é acionista da Brasil Terminal Portuário (BTP), em Santos (SP). Em todo o mundo, as operações estão espalhadas por 59 países, somando 64 portos e terminais, com sete novos projetos em desenvolvimento. No total, existem 20.600 trabalhadores distribuídos em cinco continentes, proporcionando aos importadores ou exportadores todas as principais rotas que elevam o comércio global.

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SEP LIBERA RECURSOS PARA CONCLUSÃO DOS BERÇOS 3 E 4 DO PORTO DE ITAJAÍ Obra permitirá que o terminal tenha um cais contínuo de 490 metros, o que abre a possibilidade de operações de grandes cargueiros na cidade A conclusão das obras de reforço e alinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí foi assegurada pela Secretaria de Portos (SEP). A secretaria acaba de liberar R$ 10,95 milhões para a continuidade das obras, que estavam sendo realizadas em ritmo lento. A confirmação do repasse foi feita ao superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior. “A liberação desses recursos será fundamental para que possamos concluir as obras do berço 3 em curto espaço de tempo e, a partir daí, voltarmos a operar no porto público, abrindo a possibilidade da movimentação de carga geral”, informa Ayres. As obras foram iniciadas há dois anos e, desde então, os berços públicos não operam. Entidades como os sindicatos de mão de obra avulsa que operam em Itajaí, por exemplo, chegaram a buscar apoio político para assegurar a liberação dos recursos para a conclusão das obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4. A obra foi iniciada em abril de 2014 e a previsão era para estar concluída em 18 meses. Com o alinhamento, os berços 3 e 4 terão um cais contínuo de 490 metros, o que abre a possibilidade de operações de grandes cargueiros. Para o presidente do Sindicato dos Estivadores de Itajaí, Saul Airoso da Silva, a conclusão das obras dos berços 3 e 4 é de extrema importância, porque cria a possibilidade de aumento da movimentação do porto em até 50%. “Aumenta também o ganho do trabalhador portuário, que vem sentindo drasticamente o impacto da paralisação das obras nos dois berços, mas principalmente impulsiona a economia local e regional”, diz Silva. O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) previstos para a obra totalizam mais de R$ 117 milhões. Elas permitirão que esse trecho de cais opere navios de maior porte e dimensão, assim como receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de 10 para 14 metros. Com a obra, a SEP prepara os dois berços para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013, e que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. 58


CONGRESSO DOS PORTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA SERÁ EM ITAJAÍ Participantes do evento discutirão temas como desenvolvimento do transporte marítimo, realidade da cabotagem no Brasil e direito portuário

A cidade Itajaí será anfitriã do 9º Congresso dos Portos de Língua Portuguesa, nos 11 e 12 de abril. Organizado pela Associação dos Portos de Língua Portuguesa (Aplop), o congresso reunirá representantes dos portos da Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A entidade, que tem sede Lisboa (Portugal), contribui para o desenvolvimento e modernização dos seus portos ao redor do mundo. De acordo com o superintendente do Porto de Itajaí e vice-presidente da APLOP, Antônio Ayres dos Santos Junior, o principal objetivo do congresso é discutir assuntos que possam contribuir para o desenvolvimento do transporte marítimo no espaço lusófono, bem como ajustar procedimentos relacionados à atividade portuária em países que tenham como idioma oficial a língua portuguesa. Antes de Itajaí, o congresso foi realizado nas cidades de Leixões (Portugal) em 2008, Fortaleza (BR) em 2009, Luanda (Angola) em 2010, Maputo (Moçambique) em 2011, Lisboa (Portugal) em 2012 e Lobito (Angola) em 2013. Durante o congresso serão discutidos temas como o desenvolvimento do transporte marítimo, realidade da cabotagem no Brasil, cabotagem marítima e cooperação no armamento de navios, papel das alfândegas na facilitação aduaneira nos portos, porto sem papel, legislação aduaneira no Brasil, direito portuário, importância da regulação setorial para o desenvolvimento portuário, arbitragem no direito portuário internacional e gestão do domínio portuário, entre outros temas. Criada em 2005, a Aplop segue o regime jurídico utilizado pela Associação dos Países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa conta atualmente com uma população superior a 300 milhões de habitantes e uma área total de 10,75 milhões de quilômetros quadrados. Em termos comparativos seria o segundo maior país do planeta. Somados o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que compõem a Comunidade, o valor supera a marca de US$ 1,95 trilhão. 59


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ARTIGO

ASPECTOS ATUAIS DO TRANSPORTE DE CARGA EM CONTÊINERES por Wagner Antônio Coelho A evolução do transporte marítimo se configura como um dos fatores de maior relevância para o desenvolvimento do mundo na configuração atual, sob diversos aspectos, desde as descobertas de novas terras, dominações de povos e transferência destes de um continente para o outro, passando pela ampliação na exploração do petróleo e demais pesquisas e utilização dos espaços do mar, até a troca de mercadorias negociadas em grande escala no comércio internacional, em razão da ampla capacidade de movimentação de cargas dos veículos utilizados nesse modal. No que tange ao transporte de mercadorias, cumpre ressaltar o crescimento e desenvolvimento vertiginoso da indústria naval e de shipping nas últimas décadas, com inclusão de novos atores e grandes modificações relacionadas tanto à configuração dessas indústrias, situação no mínimo interessante, quanto ao domínio dos referidos setores e a influência direta no mercado, com reflexos no contexto do comércio internacional de mercadorias. Especialmente, no que tange a container shipping industry, verifica-se um domínio gigantesco da movimentação de carga conteinerizada, Sendo que apenas quatro companhias de navegação europeias detêm, aproximadamente, 40% dos espaços relacionados ao transporte de mercadorias conteineirizadas no mundo. Por outro lado, observa-se que as companhias asiáticas de navegação estão conquistando mercados e ganhando espaços nesse segmento, principalmente a partir da última década. Nos termos do relatório de transporte marítimo da Organização das Nações Unidas 2015, entre as 10 maiores empresas de transporte de carga em contêineres, considerando o número de TEUs, além das quatro europeias, verificam-se seis companhias asiáticas, com total de 25% dos espaços relacionados ao transporte de mercadorias conteineirizadas no mundo. Tal reflexo está diretamente relacionado à hegemonia que China e Coreia do Sul conquistaram na construção naval de embarcações full contêiner. Em 2014, os dois países asiáticos responderam por mais de 87% da entrega do

total de 16.039 embarcações utilizadas para o transporte de contêineres. Além disso, as empresas chinesas respondem por mais de 90% da fabricação de contêineres no mundo. O domínio do know-how pelos asiáticos na construção naval, por intermédio de políticas internas de indução da economia, teve reflexos diretos na indústria de container shipping. Com a desaceleração do comércio internacional de mercadorias, verificada, principalmente, no último ano, somada à grande quantidade de oferta de espaços nas linhas de navegação, com origem e destino ao continente asiático, verificouse uma demanda excessiva de oferta e uma queda gigante no preço dos fretes marítimos, especialmente por conta da característica do reposicionamento de contêineres, com fretes praticados em valores abaixo de US$ 50,00 (cinquenta dólares) para o transporte marítimo entre China e Brasil. O momento atual é de análises profundas de comportamento do mercado e ações planejadas na tentativa de restabelecer condições economicamente viáveis para manutenção da atividade, como já se observa na redução de serviços (linhas) realizados semanalmente, as quais, já sofreram alteração com comercialização quinzenal. Os reflexos dessas ações repercutem em diversos segmentos relacionados à movimentação de carga conteinerizada, nos portos e terminais privativos, nos transportes marítimo e terrestre de contêineres vazios, no armazenamento e reparo das unidades de carga, na criação de novos serviços e ou taxas para compensar a redução no frete. Desse modo, trata-se de um novo marco no transporte marítimo internacional, em cenário bem diferente da crise de 2009, que traz incertezas, mas pode introduzir soluções interessantes para o mercado.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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GUIA DE SERVIÇOS

AGENDA DE EVENTOS HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br Evento: Intermodal e InfraPortos Data: 05 a 07/04/2016 Horário: 13h às 21h Local: Transamerica Expo Center- São Paulo/SP Mais informações: www.intermodal.com.br/ ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 www.itacex.com.br edson@itacex.com.br

Fone: (11) 4878-5990

Evento: Expogestão Data: 04 a 06/05/2016 Local: Expoville Centro de Convenções e Exposições - Joinville/SC Mais informações: www.expogestao.com.br

ACEX ASSESSORIA DE COMÉRCIO EXTERIOR LTDA. Rua: Lages, 120 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3205.0888 - 3205.0860 www.acex.com.br acex@acex.com.br

Evento: Hora da Cabotagem Data: 14 e 15/09/2016 Local: Meliá Paulista Business – São Paulo/SP Mais informações: www.ahoradacabotagem.com.br Fone: (11) 3815-9900

Evento: Intercom - Feira e Congresso da Construção Civil Data: 21 a 24/10/2016 Horário: 15h às 20h SEATRADE SERVIÇOS PORTUÁRIOS E LOGÍSTICOS LTDA Rua Prof. Joaquim Santiago, 157 - São Francisco do Sul/SC Fone: (47) 3471.3037 www.seatrade.com.br seatrade@seatrade.com.br

Local: Pavilhões da Expovile – Joinvile/SC Mais informações: www.feiraintercon.com.br Fone: (11) 3815-9900

Evento: 11ª Expolog e Seminário Intern. de Logística e Feira Nacional de Logística Data: 24 e 25/11/2016 Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza/CE Mais informações: www.feiraexpolog.com.br/ Fone: (85) 3433-7684

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