Revista Informativo dos Portos 203

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INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL

EXPEDIENTE

OS NOVOS SINAIS DA ECONOMIA A economia brasileira, que nos últimos dois anos deu sinais de enfraquecimento, aos poucos mostra sinais de recuperação. A confiança geral no país vem melhorando e a confiança do consumidor tem crescido de forma sistemática, o que é importante para estimular a demanda de consumo e elevar o nível de investimento feito pelas empresas. Esses sinais positivos, quando levados para o campo empresarial, encontram respaldos em manifestações coletivas como a que apontam que os Estados Unidos lideram o ranking dos países para os quais as companhias brasileiras querem vender mais. Paralelamente, depois de 17 anos de negociações, os governos do Brasil e dos Estados Unidos formalizaram a abertura do mercado norte-americano para a carne bovina in natura brasileira. A expectativa do governo brasileiro é de aumentar em US$ 900 milhões os ganhos com exportações. A meta é aumentar a participação brasileira no mercado internacional de produtos agropecuários dos atuais 7% para 10%. Dados como esses representam um grande alento por agirem como um freio à derrocada da economia brasileira em níveis não vistos há muito tempo. De olho neste ambiente, que tende a ser favorável, a revista Informativo dos Portos confirmou presença em duas das maiores feiras internacionais ligadas ao setor de portos e logística. Nossa equipe participará, pela segunda vez consecutiva, do XXV Congresso Latino-Americano de Portos - que neste ano acontecerá em Merida, no México – e da Transport Logistic 2017, em Munique, na Alemanha. A primeira acontecerá de 29 de novembro a 2 de dezembro deste ano e deve reunir representantes dos principais portos da América Latina. O segundo será de 9 a 12 de maio, com os principais players mundiais do setor de transporte e logística. Confira esta e outras novidades do setor logístico internacional nesta edição. Boa leitura!

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br ARTE DA CAPA Bruna Lorea Vaz PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.


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ÍNDICE ESPECIAL Meta do Brasil: exportar mais para os EUA

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PRESENÇA INTERNACIONAL Informativo dos Portos embarca para o México e a Alemanha IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Suape registra crescimento de 366% na movimentação de veículos 8

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DIÁRIO DE BORDO..............................................................12 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado SIMPLES INTERNACIONAL.....................................................16 Projeto quer facilitar exportação para micro e pequenas empresas TRANSPORTE ESPECIAL........................................................26 Brasfruit utiliza contêineres de controle de atmosfera da Hamburg Süd CUSTO LOGÍSTICO................................................................28 Brasil é um país favorecido para a cabotagem LOGÍSTICA & INOVAÇÃO........................................................30 Empresa desenvolve solução pioneira para o segmento farmacêutico CARREGAMENTO ESPECIAL....................................................32 Operação especial transporta carga projeto dos EUA para Santa Catarina NOVOS MERCADOS..............................................................34 Calçados brasileiros querem aumentar presença na Alemanha PORTOS DO PARANÁ............................................................38 Paranaguá e Antonina reduzem custos com mão de obra COLUNA DE TECNOLOGIA......................................................40 Tudo sobre o mercado tecnológico ARTIGO............................................................................40 O uso da tecnologia na busca do cliente, por Clara Rejane Scholles

PORTO DE PARANAGUÁ Cattalini Terminais amplia em 35% área de tancagem em Paranaguá

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TECNOLOGIA & INOVAÇÃO.....................................................44 Fiesc ajuda a criar Associação Brasileira de Internet Industrial ARTIGO............................................................................46 Otimização de seus recursos elétricos, por Tiago Rau RELAÇÕES INTERNACIONAIS..................................................48 Certificação OEA deve mudar o comércio exterior nos próximos anos AVIAÇÃO CIVIL...................................................................50 Estrangeiros mostram interesse em quatro aeroportos brasileiro SUPLEMENTO ITAJAÍ............................................................52 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário BACIA DE EVOLUÇÃO............................................................52 Obras do novo acesso ao Complexo do Itajaí estão dentro do cronograma ARMAZENAGEM E LOGÍSTICA.................................................54 Dragagem vai restabelecer profundidade no Canal da Alemoa Norte NÚMEROS DA PORTONAVE....................................................55 Movimentação de contêineres ultrapassa 5 milhões de TEUs ARTIGO............................................................................56 Contêiner reefer e o cluster formado na região de Itajaí, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS..........................................................58 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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Connecting Global Competence

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DIÁRIO DE BORDO

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PECÉM DE OLHO NA HOLANDA O Governo do Ceará tem buscado ampliar parcerias com empresas estrangeiras com o objetivo de fomentar a modernização e o aumento da movimentação de cargas no Porto do Pecém. O governador Camilo Santana esteve reunido com empresários dos setores de guindastes e transporte de alimentos resfriados e congelados na Holanda. “Na APM Terminals, que hoje atua em mais de 30 países na instalação de guindastes, traçamos planos para ampliar a parceria. Já na Kloosterboer, empresa em armazenamento e transporte de alimentos resfriados e congelados, discutimos sobre planos de investimento em nossa ZPE”, destacou Camilo.

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YUSEN LOGISTICS EM CURITIBA

A Avianca Brasil e a Etihad Airways, dos Emirados Árabes, anunciaram recentemente a implementação de um serviço code-share em seus voos. Pelo acordo, a Etihad Airways vai colocar seu código “EY” em voos domésticos operados pela Avianca Brasil para Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Já a empresa brasileira adicionará seu código, “O6”, em voos da parceira entre São Paulo e Abu Dhabi, na Península Arábica. O compartilhamento dos voos facilitará as conexões dos clientes das duas companhias.

MELHORIA DA GESTÃO NA SANTOS BRASIL A Santos Brasil se filiou à Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), organização não governamental, sem fins lucrativos, que oferece ferramentas de excelência para grandes empresas. A iniciativa proporcionará acesso a práticas de gestão difundidas mundialmente para melhorias de processos. A Santos Brasil é a primeira empresa do setor portuário a se filiar à entidade. Dentre os conceitos empregados pela FNQ estão inovação, responsabilidade social, processos e valorização de pessoas. A Santos Brasil poderá ainda realizar benchmarking com organizações globais e participar de um núcleo de estudos que debate questões relacionadas ao aperfeiçoamento da gestão.

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CODE-SHARE ENTRE AVIANCA E ETIHAD AIRWAYSI

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Até o fim de agosto, uma nova filial da Yusen Logistics no Brasil deverá estar em operação. Desta vez, a empresa está investindo para conquistar o mercado do Paraná e vai inaugurar um escritório na capital Curitiba. Na avaliação de Alexandre Chami, diretor de Internacional Freight Forwarder (IFF) da Yusen Logistics, o mercado do Paraná é bastante promissor e tem possibilidade de novos negócios em curto espaço de tempo. Para o executivo, o investimento em Curitiba, como o que foi feito em Porto Alegre, revelam a aposta da empresa no Brasil e na retomada econômica. A Yusen Logistics nasceu a partir da integração da Yusen Air & Sea com a NYK Logistics, concentrada em transporte marítimo e contratos.

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DIÁRIO DE BORDO

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, assinaram as Ordens de Serviço que autorizam a retomada imediata das obras de dragagem e derrocagem do canal de acesso ao Complexo Portuário de Vitória e do Contorno do Mestre Álvaro. Com investimentos na ordem de R$ 290 milhões, o trecho rodoviário terá 19 km e vai desafogar o trânsito de veículos pesados do perímetro urbano da Serra. Hartung e Lessa conheceram os equipamentos que serão utilizados para modernizar o canal portuário e visitaram as obras de expansão do Cais de Atalaia.

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OBRAS NO PORTO DE VITÓRIA

DRAGAGEM DA HIDROVIA BRASIL-URUGUAI s

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O edital de licitação para viabilizar os serviços de dragagem e sinalização do trecho III da Hidrovia Brasil-Uruguai, que prevê a ligação da lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos, deve acontecer neste semestre. São 70 km de extensão do canal São Gonçalo, em Pelotas, e outros 190 km da Lagoa Mirim, no Sul do Estado. Serão investidos R$ 37 milhões nas obras. De acordo com o Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental (Evtea), o trecho III, que será licitado, envolve a lagoa Mirim e seus afluentes, especialmente o rio Jaguarão, o Canal de São Gonçalo, os canais de acesso hidroviário ao porto do Rio Grande e a Lagoa dos Patos.


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SIMPLES INTERNACIONAL

PROJETO QUER FACILITAR EXPORTAÇÃO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS O projeto pretende também possibilitar a criação de um ambiente Business to Business entre as empresas brasileiras e dos países parceiros. O grupo de trabalho do Simples Internacional deve concluir uma proposta para facilitar a exportação para micro e pequenas empresas no Brasil. O prazo foi estipulado durante a primeira reunião de técnicos que irão formular a proposta para aumentar e incentivar as exportações das empresas de pequeno porte. Entre as metas estipuladas para a formatação do projeto de criação do Simples Internacional estão as simplificações de tarifas e de procedimentos burocráticos, logísticos e de meios de pagamento. 16

O projeto pretende também possibilitar a criação de um ambiente Business to Business entre as empresas brasileiras e dos países parceiros. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destaca que além de aumentar o número de micro e pequenas empresas exportadoras, o Simples Internacional pretende reduzir os custos e o tempo de operações das relações bilaterais. O Simples Internacional quer simplificar todos os procedimentos necessários para exportar, sejam eles burocráticos, tarifários, logísticos e de meio de pagamentos. “Ele será o responsável por realizar toda a tramitação burocrática para a exportação do pequeno empresário, como licenciamento, despacho aduaneiro, consolidação de carga, seguro, câmbio, transporte e armazenagem”, destacou. A ideia é que o primeiro país parceiro a adotar o Simples Internacional seja a Argentina. “Sempre imaginei que a Argentina seria um bom parceiro para começar. Seja pelo porte, excelente mercado, boa estrutura empresarial ou pela proximidade”, afirmou. Além do Sebrae, compõem o grupo de trabalho que irá propor o texto do projeto de criação do Simples Internacional os ministérios das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a Receita Federal do Brasil, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, o Banco Central, a Apex-Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A intenção do Sebrae é apresentar o projeto a todos os governadores que estão na fronteira com o Mercosul. Outra questão que impactará os pequenos empresários é a utilização do Sistema de Moeda Local (SML). Trata-se de um sistema de pagamentos que permite que remetentes e destinatários, nos países que integram o sistema, façam e recebam pagamentos de transações comerciais em suas respectivas moedas. O SML já pode ser utilizado para operações comerciais realizadas entre o Brasil e a Argentina, por exemplo.


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COMÉRCIO EXTERIOR

META DO BRASIL: EXPORTAR MAIS PARA OS ESTADOS UNIDOS Levantamento da CNI aponta que os americanos estão na mira de companhias brasileiras que querem vender mais ou estabelecer novos acordos comerciais Os Estados Unidos lideram o ranking dos países para os quais as companhias brasileiras querem vender mais. Outro ranking que tem os norte-americanos como líderes é o dos alvos mais atraentes para o estabelecimento de novos acordos comerciais. As conclusões são do levantamento “Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Paralelamente, depois de 17 anos de negociações, os governos do Brasil e dos Estados Unidos formalizaram a abertura do mercado norteamericano para a carne bovina in natura brasileira. A expectativa do governo brasileiro é de aumentar em US$ 900 milhões os ganhos com exportações. A meta é aumentar a participação brasileira no mercado internacional de produtos agropecuários dos atuais 7% para 10%. A vontade de exportar para os Estados Unidos foi registrada principalmente no Norte e Nordeste, onde 34,3% e 23,6% de 847 empresas consultadas demonstraram essa preferência. Sudeste (20,1%), Sul (19,6%) e Centro-Oeste (16,7%) também colocaram os norte-americanos como primeira opção. “Se trata do maior mercado consumidor do mundo, de um país que tem muito pouca burocracia e que aceita muito bem os produtos feitos no Brasil”, justificou Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI. 18

A Argentina aparece na segunda colocação. O país vizinho foi escolhido por 11,6% dos entrevistados em todo o Brasil, enquanto os EUA chegaram a 20,5%. O parceiro do Brasil no Mercosul é uma escolha importante, especialmente para companhias de pequeno porte, disse Abijaodi. “Temos um número maior de empresas menores exportando e, para elas, a proximidade geográfica e a semelhança do idioma facilitam esse processo”, afirmou. Chile (7,1%), China (6%), México (4,9%), Colômbia (3,9%) e Paraguai (3,7%) completaram a tabela com os principais países para os quais as empresas brasileiras gostariam de exportar. Na lista com os maiores importadores de produtos industriais, além dos Estados Unidos, a Argentina também aparece na ponta superior. Ao responder a pesquisa, 16,2% das empresas indicaram que mantêm relações comerciais com os norte-americanos. Os argentinos foram apontados por 12,4%. Mais uma vez, os EUA receberam maior ênfase nas regiões Norte (36,4%), Nordeste (21,5%) e Sudeste (17,2%). O Paraguai apareceu como principal destino no Centro-Oeste (22,2%) e no Sul (15,4%). Ao manter a liderança entre os principais importadores e a preferência dos brasileiros que querem ampliar seus embarques, os Estados Unidos também apareceram como o maior alvo para acordos comerciais. Com 23,9%, o país foi o mais citado pelos empresários entre os mais atraentes para o estabelecimento de tratados. Para Abijaodi, a indústria brasileira ainda não é competitiva o suficiente para encarar uma abertura total, que poderia acontecer se um acordo de livre comércio fosse assinado pelos países. “Eles têm acesso a produtos de todo o mundo, um mercado completamente aberto,


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A ARGENTINA APARECE NA SEGUNDA COLOCAÇÃO. O PAÍS VIZINHO FOI ESCOLHIDO POR 11,6% DOS ENTREVISTADOS EM TODO O BRASIL, ENQUANTO OS EUA CHEGARAM A 20,5%. O PARCEIRO DO BRASIL NO MERCOSUL É UMA ESCOLHA IMPORTANTE, ESPECIALMENTE PARA COMPANHIAS DE PEQUENO PORTE.

nós não conseguiríamos sobreviver. Ainda não é o momento”, disse. Por outro lado, o especialista ressaltou que compromissos menores, como medidas de convergência regulatória, poderiam impulsionar as vendas para lá. Entre os blocos, a União Europeia ocupou a primeira posição da lista, ao ser citada por 16,1% dos consultados. Segundo Abijaodi, os pedidos brasileiros por tratados comerciais com o bloco europeu “sempre aparecem” nos levantamentos por causa do longo debate que envolve o acordo de livre-comércio entre União Europeia e Mercosul. NOVO MERCADO Com a abertura do mercado norte-americano para a carne brasileira in natura, a previsão é que os primeiros embarques do produto comecem daqui a três meses. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi e a embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde, trocaram as Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles de Carne Bovina, que marcam a abertura de mercado para carnes in natura entre os dois países. Com a chamada “equivalência dos controles oficiais de carne bovina”, tanto o Brasil poderá vender o produto ao mercado norte-americano, quanto os Estados Unidos para o brasileiro. Blairo Maggi ressaltou que o reconhecimento americano será um facilitador para o Brasil conquistar outros mercados, além do próprio mercado americano. “Muito mais do que a possibilidade de mandar milhares de toneladas para os Estados Unidos, é a chance de vendermos também para outros países”. Atualmente, o Brasil vende apenas carne bovina industrializada para os Estados Unidos.

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COMÉRCIO EXTERIOR

O país tem exigências sanitárias que impediam a assinatura do acordo desde o início das conversas, em 1999. De acordo com o governo, os frigoríficos brasileiros terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano de carne fresca e congelada para exportar ao país. MERCADO POTENCIAL Os Estados Unidos são os maiores produtores e consumidores de carne bovina in natura. O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador. No primeiro semestre deste ano, as vendas externas brasileiras chegaram a US$ 2,22 bilhões (ou 571,5 mil toneladas). No período, os maiores compradores foram Hong Kong (U$ 393 milhões), China (U$ 365 milhões), Egito (US$ 329 milhões), Rússia (US$ 181 milhões) e Irã (US$ 168 milhões).

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VONTADE DE EXPORTAR AOS EUA POR REGIÃO a Norte (34,3%) a Nordeste (23,6%) a Sudeste (20,1%) a Sul (19,6%) a Centro-Oeste (16,7%)

PAÍSES ALVOS PARA EXPORTAÇÃO a Estados Unidos (20,5%) a Argentina (11,6%) a Chile (7,1%) a China (6%) a México (4,9%) a Colômbia (3,9%) a Paraguai (3,7%)

Pelo acordo, o Brasil poderá vender carne in natura (fresca e congelada) para os norte-americanos, e os EUA também terão direito de comercializar o produto para o mercado brasileiro. Isso porque os dois países seguiram os procedimentos de avaliação técnica independentes, concluídos no mesmo período.

MAIORES COMPRADORES DA CARNE IN NATURA BRASILEIRA

Os americanos estabelecem cotas de importação para os países aptos a vender para eles. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa, o Brasil entra agora na cota dos países da América Central, que é de 64,8 mil toneladas por ano, com tarifa

a Vendas totais 1º semestre: US$ 2,22 bilhões a Hong Kong: U$ 393 milhões a China: U$ 365 milhões a Egito: US$ 329 milhões a Rússia: US$ 181 milhões a Irã: US$ 168 milhões


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de 4% ou 10% dependendo do corte da carne. Fora da cota (sem limite de quantidade), a tarifa é de 26,4 %. EXPORTAÇÃO DE MANGAS Além da carne in natura, as exportações de manga da região do Vale do São Francisco (PE) para os Estados Unidos também devem crescer 10% em 2016, na comparação com o ano passado. No último ano, somente com a manga, a região exportou mais de 156 mil toneladas para o mundo. Desse total, os Estados Unidos importaram cerca de 32 mil toneladas em 2015, o equivalente a US$ 34 milhões em receita para a balança comercial brasileira. Em termos nacionais, a expectativa da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), é de que até 2018 as exportações brasileiras de frutas podem atingir US$ 1 bilhão, com crescimento anual médio de 3,5%. De acordo com o diretor de Marketing da Valexport (Associação de Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco), Caio Coelho, o inicio do comércio com os americanos se deu através do movimento lançado pelo National Mango Board para promover a manga brasileira naquele país. “Em 2004, realizamos negócios da ordem de US$ 14 milhões com os EUA e agora em 2015 este movimento saltou para US$ 34 milhões. Além disso, destacamos ainda as ações junto à mídia americana para o estímulo ao consumo; apoio às palestras, treinamentos e às pesquisas técnicas relacionadas ao cultivo; além da colaboração nos trabalhos que resultam na aprovação da fruta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)”, listou ele. Hoje, 80% dos frutos exportados pelo Vale do São Francisco saem pelo Porto de Pecém, no Ceará. Além desse escoamento, as cidades de Petrolina e Juazeiro, destaques na oferta de manga e uva, beneficiam-se com as pesquisas e tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), que ajudou a melhorar a qualidade internacional das frutas da região. De janeiro a junho deste ano, as vendas externas de frutas totalizaram US$ 321 milhões, contra US$ 340 milhões exportados em igual período de 2015. A expectativa no setor é de que as exportações devem crescer no segundo semestre, podendo aproximar-se do montante de US$ 809 milhões exportados em todo o ano passado. Essa cifra representou um aumento de +7,2% sobre o volume de US$ 755 milhões vendidos ao exterior em 2014.

COM A ABERTURA DO MERCADO NORTEAMERICANO PARA A CARNE BRASILEIRA IN NATURA, A PREVISÃO É QUE OS PRIMEIROS EMBARQUES DO PRODUTO COMECEM DAQUI A TRÊS MESES. A META É AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS DOS ATUAIS 7% PARA 10%.

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PRESENÇA INTERNACIONAL

INFORMATIVO DOS PORTOS EMBARCA PARA O MÉXICO E A ALEMANHA Nossa equipe confirma participação em duas das maiores feiras internacionais do setor: o XXV Congresso Latino-Americano de Portos e a Transport Logistic 2017 O Informativo dos Portos já confirmou presença em duas das maiores feiras internacionais ligadas ao setor de portos e logística. Nossa equipe participará, pela segunda vez consecutiva, do XXV Congresso Latino-Americano de Portos - que neste ano acontecerá em Merida, no México – e da Transport Logistic 2017, em Munique, na Alemanha. A primeira acontecerá de 29 de novembro a 2 de dezembro deste ano e deve reunir representantes dos principais portos da América Latina. O segundo será de 9 a 12 de maio, com os principais players mundiais do setor de transporte e logística. O Congresso Latino-Americano de Portos é organizado anualmente pela Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA), instituição que representa os portos públicos de grande calado dos Estados Unidos, Canadá, América Latina e Caribe. A entidade promove interesses comuns da comunidade portuária e fomenta a liderança nas áreas do comércio, transporte, meio ambiente e outros assuntos relacionados ao desenvolvimento portuário e às suas operações. A AAPA se dedica também a conscientizar o público em geral, à mídia e às entidades do governo sobre o papel essencial desempenhado pelos portos no sistema global de transporte. Em 2015 – quando o Informativo dos Portos participou pela primeira vez do evento – o congresso reuniu 400 líderes portuários de 25 países em Arica, no Chile. Durante três dias de sessões técnicas, o evento debateu a relação direta e indireta entre atividade portuária e meio ambiente através de temas como “O Compromisso de Desenvolvimento Sustentável da Indústria Portuária”, “A Agenda Ambiental da Cadeia Logística”; “A Otimização do Consumo Energético e as Infraestruturas Portuárias na Construção Sustentável”, e “A Mudança nas Rotas Marítimas Comerciais e seu Impacto na Competitividade Portuária”. 22

Neste ano, o congresso terá o lema “Olhando para o futuro: agenda dos por tos latino-americanos para os próximos 25 anos”, com um programa acadêmico que promete colocar o olhar do setor no longo prazo, com objetivo de debater os aspectos nos quais a indústria latino-americana deverá preparar-se para enfrentar os diferentes cenários que serão apresentados nas próximas décadas. A sede deste ano será o Centro de Convenções do Hotel Fiesta Americana, localizado no característico Paseo Montejo, cuja infraestrutura se destaca por uma arquitetura que evoca a presença francesa de princípios do século passado, somada à funcionalidade e modernidade de um hotel confortável e com personalidade. O evento contempla uma área de exibições para stands e mostra comercial paralela às conferências, espaço que foi ampliando-se ano após ano, produto do crescimento exponencial que tiveram os encontros latino-americanos da AAPA ALEMANHA Em maio de 2017 será a vez de embarcarmos para Munique, na Alemanha. Realizada a cada dois anos, a Transport Logistic traz à tona soluções por trás da entrega de um produto em qualquer lugar do mundo. “A Transport Logistic é um resumo do que hoje se baseia mundo da logística e da cadeia de suprimentos, mostrando as soluções mais atuais do mercado. É por isso que o evento se caracteriza hoje como a principal reunião internacional de fornecedores, usuários e especialistas do mundo da logística, tecnologia da informação e supply chain management”, explica Gerhard Gerritzen, membro do Conselho Executivo da feira.


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COMO FONTE DE ESTÍMULO PARA A INDÚSTRIA, A TRANSPORT LOGISTIC 2017 BUSCA SER O PONTO DE REFERÊNCIA PARA AS SOLUÇÕES INOVADORAS DO SETOR. O EVENTO É UMA VITRINE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO, MARÍTIMO E AÉREO DE CARGA.

Como fonte de estímulo para a indústria, a Transport Logistic 2017 busca ser o ponto de referência para as soluções inovadoras do setor. O evento é uma vitrine para o transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo de carga. Paralelamente à feira, acontece a Air Cargo Europe, uma exposição para a indústria global de transporte aéreo. Em 2015, a Transport Logistic atrariu 55 mil visitantes de 124 países, que puderam visitar 2.050 expositores de 62 países. A Messe München, empresa que assina a organização da Transport Logistic, também faz eventos corporativos na China, Índia, Turquia e África do Sul. Todos os anos, mais de 30 mil expositores e cerca de 2 milhões de visitantes fazem parte dos eventos da Messe München.

AS FEIRAS XXV Congresso Latino-Americano de Portos Data: 29 de novembro a 2 de dezembro de 2016 Local: Merida (México) Informações: www.aapa2016mexico.com Transport Logistic 2017 Data: 9 a 12 de maio de 2017 Local: Munique (Alemanha) Informações: http://www.transportlogistic.de

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IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

SUAPE REGISTRA CRESCIMENTO DE 366% NA MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS Complexo portuário ampliou o pátio público de veículos de 3,7 hectares para 18,7 hectares, com possibilidade de expansão para até 23,7 hectares A movimentação de veículos que entram ou saem via importação e exportação pelo Porto de Suape cresceu nada menos que 366% no primeiro semestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho deste ano, passaram pelo porto um total de 23.529 veículos por meio de operações das montadoras General Motors, Toyota, Fiat e Jeep, essas últimas do grupo Fiat Chrysler Automobiles. Deste total, 9.044 veículos foram importados da Argentina e 14.485 foram exportados com destino a seis países na América do Sul e dois na América Central. São eles: Argentina, México, Chile, Peru, Uruguai, Colômbia, Panamá e Costa Rica. Até junho deste ano foi superado, inclusive, o volume total registrado em 2015, quando foram movimentados 22.124 carros (de janeiro a dezembro). O vice-presidente do Porto de Suape, Evandro Avelar, acredita que o

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aumento na movimentação de cargas veiculares é fruto da preparação do porto. Um dos problemas em relação a essas cargas de veículos é a má condição das rodovias da região. Para Evandro Avelar é preciso reestruturar as pistas para não prejudicar a entrega dos veículos. O sucesso das operações portuárias está atrelado diretamente à capacidade que o porto possui para receber esses veículos e abrigá-los em uma área segura. Em 2015, Suape ampliou o pátio público de veículos de 3,7 hectares para 18,7 hectares, com possibilidade de expansão para até 23,7 hectares e capacidade para movimentar mais de 250 mil veículos por ano. Mais de 70 pessoas estão envolvidas em todo o processo de logística na movimentação deste tipo de carga, incluindo profissionais da administração do Complexo de Suape, órgãos anuentes, trabalhadores portuários do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) Suape, empresas de logística e as transportadoras. O crescimento da movimentação de carga geral bruta (todos os tipos de cargas) vem se mantendo ao longo do ano em comparação com os resultados obtidos em 2015. No período de janeiro a junho de 2016, esse número totalizou em 11,02 milhões de toneladas, um montante superior em 575 mil toneladas ao número registrado no mesmo período de 2015.


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DE JANEIRO A JUNHO DESTE ANO, PASSARAM PELO PORTO UM TOTAL DE 23.529 VEÍCULOS POR MEIO DE OPERAÇÕES DAS MONTADORAS GENERAL MOTORS, TOYOTA, FIAT E JEEP, ESSAS ÚLTIMAS DO GRUPO FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES.

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TRANSPORTE ESPECIAL

BRASFRUIT UTILIZA CONTÊINERES DE CONTROLE DE ATMOSFERA DA HAMBURG SÜD PARA EXPORTAR PRODUÇÃO DE AVOCADOS Considerada de ponta, a tecnologia XtendFRESH é a única do mercado que permite a “hibernação” da fruta, mantendo a qualidade, com um tempo maior de prateleira A Hamburg Süd, uma das maiores empresas de navegação do mundo, oferece uma das mais sofisticadas tecnologias para transporte de frutas, legumes e vegetais para fora do País. Batizada de XtendFRESH, a tecnologia consiste no controle da atmosfera dentro de um contêiner de carga refrigerada (reefer), de forma que a fruta entre no estado de “hibernação” e chegue ao destino exatamente com a mesma qualidade que deixou o Brasil. Para garantir que o cliente receba exatamente o que contratou - produtos de uma determinada cor, tamanho e com alto padrão de qualidade -, a Brasfruit escolheu a Hamburg Süd como parceira. Atualmente, toda a safra de avocado, fruto que é da família do abacate com menos água e sabor mais concentrado, é exportada em contêineres refrigerados da Hamburg Süd com controle atmosférico. “Somente este tipo de tecnologia proporciona um ambiente ideal para a preservação da qualidade durante o transporte”, afirma Paulo Zulin, gerente de logística internacional da Brasfruit. Segundo o executivo, o trabalho conjunto com o armador alemão começou em 2005, quando a empresa decidiu utilizar os contêineres de carga refrigerada com controle de atmosfera no transporte de papaias para a Europa. “AHamburg Süd instalou os equipamentos para teste e acompanhou os embarques. Temos 26

Rodrigo Gomes, Reefer Sales Manager da Hamburg Süd orgulho desse pioneirismo conjunto, que nos rendeu em 2009 o III Prêmio de Comércio Exterior França-Brasil”, ressalta Zulin, que decidiu estender o uso da tecnologia, ainda mais moderna, para a exportação do avocado. O sistema XtendFRESH tira proveito da respiração das frutas e converte o oxigênio (O2) em gás carbônico (CO2). Os gases ficam na proporção adequada para que a fruta mantenha o mesmo padrão de qualidade durante toda a viagem. “Para que o resultado atenda às expectativas do cliente, não basta controlar a temperatura do contêiner, mas também os níveis de oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, garantindo que o avocado não amadureça antes da hora ou chegue


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LIDERANÇA EM CONTÊINERES REFRIGERADOS

• A Hamburg Süd é líder no segmento de carga reefer e complementa sua oferta com a tecnologia de controle de atmosfera, a XtendFRESH. • A soma de refrigeração com controle de atmosfera tem o potencial de abrir outros mercados, especialmente no campo das frutas e flores. • A Hamburg Sud Brasil está investindo constantemente em equipamentos, pesquisas e treinamentos para que os clientes tenham o melhor acompanhamento durante os embarques, além de garantir a qualidade dos produtos de ponta a ponta. • Atualmente, a Hamburg Süd conta com cerca de mil contêineres com a tecnologia XtendFRESH. Se houver uma demanda maior, é possível implementar o kit de controle de atmosfera em outros contêineres refrigerados. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DE CONTROLE ATMOSFÉRICO

• Capacidade de hibernação da fruta, garantindo mais qualidade ao produto. • Maior valor agregado (frutas bonitas e saborosas) • Maior tempo de prateleira ( mais de duas semanas com a tecnologia utilizada pela Hamburg Süd)

muito verde aos países europeus”, explica Oscar Calderon, Gerente de Equipamentos Logísticos da Hamburg Süd. De acordo com Haresh Mohanani, diretor da Brasfruit, a safra de avocado tem crescido uma média de 45% nos últimos anos. A empresa está otimista com os resultados em 2017, já que o produto tem tido uma grande aceitação no mercado pelos seus nutrientes e benefícios à saúde reconhecidos mundialmente. Embora o transporte aéreo seja mais rápido, o diretor alerta que o custo em relação ao modal marítimo pode ser quatro vezes maior, dependendo da quantidade. “Além disso, o transporte marítimo de carga gera menos impacto ambiental, com menor emissão de gases”, complementa Mohanani. Segundo o diretor, os embarques aéreos representam menos de 2% do volume anual de exportações. “A prioridade dos embarques marítimos sobre os aéreos também visam fornecer um produto mais ecologicamente sustentável”. Atualmente, a Brasfruit conta com uma plantação de 30 mil árvores de avocado na região de Avaré, interior de São Paulo. São mais de 25 mil mudas encomendadas, além de parceiros colaboradores que têm no cultivo da fruta sua principal fonte de renda. A Europa é o principal mercado, sendo responsável por toda a produção da Brasfruit que acontece nos meses de março, abril e maio.

Oscar Calderon, Gerente de Equipamentos Logísticos da Hamburg Süd

SOBRE A HAMBURG SÜD A Hamburg Süd está entre as 10 maiores empresas de transporte de contêineres em todo o mundo. Com 130 navios de contêineres, capacidade física para mais de 600 mil TEUs e cerca de 50 serviços de linha, a empresa conta com cerca de 6 mil funcionários em 250 escritórios espalhados por todo o globo, garantindo que os clientes recebam soluções logísticas sob medida para suas necessidades específicas. O transporte de produtos frescos é uma competência essencial do grupo de transporte de cargas. A Hamburg Süd é um dos 5 maiores transportadores frigoríficos e está entre os líderes de mercado nas rotas comerciais Norte-Sul. Desde o final de 2014, a empresa também opera nas rotas comerciais Leste-Oeste. Com sua subsidiária brasileira, Aliança, e sob a marca CCNI (Compañía Chilena de Navegación Interoceánica), a Hamburg Süd possui presença global como uma transportadora e alta qualidade. Além de elevados padrões de qualidade, a atuação sustentável é uma parte fundamental da filosofia corporativa da Hamburg Süd.

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CUSTO LOGÍSTICO

BRASIL É UM PAÍS FAVORECIDO PARA A CABOTAGEM Com foco no desenvolvimento da logística brasileira para promover o desenvolvimento do País, será realizado o seminário “A Hora da Cabotagem” Com mais de 8 mil quilômetros de litoral e 80% da população vivendo a 200 quilômetros da costa, o Brasil é um país extremamente favorecido para a navegação de cabotagem (entre portos de um mesmo país) por suas condições naturais e distribuição demográfica. Nos últimos 10 anos dobrou de tamanho em volume transportado, mas ainda representa menos de 10% da matriz brasileira de transporte de carga. Na União Europeia, a cabotagem chega a 37% e na China, 48%. Nas rotas mais longas, o modal reduz em até 20% o custo de transporte. Enquanto a economia do Brasil crescia, o desempenho da cabotagem acompanhava a escala. De 2004 a 2012 passou de 96 milhões de toneladas para 139 milhões de toneladas. No ano passado atingiu 210,9 milhões de toneladas movimentadas e 149,18 milhões

de toneladas transportadas. Com foco no desenvolvimento da logística brasileira como ferramenta para melhorar a competitividade e promover o desenvolvimento do País, será realizado dia 15 de setembro o seminário “A Hora da Cabotagem”, em São Paulo. A programação está disponível no site A Hora da Cabotagem. Apostando no segmento, a Mercosul Line, por exemplo, investiu R$ 200 milhões na expansão da sua frota para quarto embarcações e introduziu uma nova rota conhecida como Sling Two – com paradas nos portos de Buenos Aires (Argentina), Rio Grande (RS), Navegantes (SC), Santos (SP), Suape (PE), Fortaleza (CE) e Salvador. Além disso, o serviço liga o mercado Brasil e River Plate como China e todo o mercado do Sul ao extremo.

PARANAGUÁ-PR Matriz – Unidade Comercial Rua João Eugênio, 922 Centro, CEP 83203-630 +55 (41) 3420-2300

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SÃO FRANCISCO DO SUL-SC Porto Seco Rocha – EADI - Terminal de Conteineres Vazios - DEPOT Rodovia Duque de Caxias, s/n – Km 2,5 Iperoba, CEP 89240-000 Tel: 55 (47) 3471-1800

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O custo do frete, a segurança da carga, a confiabilidade dos prazos, os baixos níveis de avaria dos produtos e o acompanhamento mais eficiente da rota estão entre os trunfos da cabotagem. Há ainda o fator ambiental: enquanto o transporte rodoviário emite 50 gramas de CO² por TKU e a locomotiva a diesel, 35 g /TKU, a cabotagem emite 15 g /TKU. As desvantagens são o tempo de espera para atracação dos navios, a burocracia dos processos, os gargalos de infraestrutura portuária e a baixa integração com outros modais. “O modal aquaviário tem um papel preeminente na cadeia de logística, sobretudo em um país como o Brasil”. A constatação foi feita por Julian Thomas, diretor-superintendente da Hamburg

Süd no Brasil, empresa alemã do setor de transporte marítimo, e um dos maiores especialistas das áreas de comércio exterior, logística e transportes. “O serviço desempenha um papel crucial no desenvolvimento da multimodalidade e, por sua vez, é imperativo para a competitividade do País”, afirmou. Thomas afirma que é importante desmistificar a imagem de que a cabotagem é mais cara e inacessível para empresas de pequeno e médio porte – percepção que, às vezes, pode ser reforçada pelos problemas logísticos portuários atuais. Ele acredita que é fundamental romper com as barreiras “mentais” e “culturais”, que levam a pensar que o serviço rodoviário é mais prático do que os demais.

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LOGÍSTICA & INOVAÇÃO

EMPRESA DESENVOLVE SOLUÇÃO PIONEIRA PARA O SEGMENTO FARMACÊUTICO Única da zona primária de Santos com estrutura refrigerada, Localfrio ofereceu à Dachser a possibilidade de vender os serviços de nacionalização, desova e armazenagem de mercadorias importadas Uma nova solução logística desenvolvida pela Localfrio promete facilitar os negócios da indústria farmacêutica brasileira. O segmento, que vai na contramão da economia e apresenta taxa de dois dígitos de crescimento nos últimos cinco anos, ainda depende em grande parte de matéria-prima importada de países da Europa, Índia e México, já que a produção em território nacional esbarra na falta de desenvolvimento tecnológico-científico e nos altos custos. Estas grandes empresas possuem, no entanto, um entrave na importação de insumos e produtos acabados que, ao chegarem ao Brasil, pelo Porto de Santos, seguem para a zona secundária, em 30

terminais distantes - aumentando os custos com transporte - além da demora no processo de nacionalização e desova das cargas. Atenta a este cenário, a Localfrio, em parceria com a Dachser, estudou e identificou a viabilidade de oferecer um serviço exclusivo para o segmento. A empresa, única da zona primária do Porto de Santos que possui estrutura refrigerada, ofereceu à parceira Dachser, agente de cargas multinacional, a possibilidade de vender a seus clientes, grandes laboratórios farmacêuticos, os serviços de nacionalização, desova e armazenagem de mercadorias importadas. PROJETO A Dachser rapidamente aprovou o projeto, já que, além de eliminar etapas de uma cadeia logística inflada, reduzindo os custos com transporte e demurrage (pagamento extra pela utilização do contêiner vazio), traz ganhos operacionais, já que a Localfrio possui uma área frigorífica exclusiva para o segmento, deixando a carga do cliente – que é cara e delicada – menos exposta a riscos. Outro diferencial importante é a possibilidade de customizar as operações, com certificações específicas. A empresa parceira já faz uso desta solução para três grandes laboratórios e, operando há cerca de três meses, já sente os resultados com a equipe comercial da Localfrio. “Os clientes estão muito satisfeitos com o serviço, e nos deram ótimos feedbacks, que nos permitiram otimizar processos para atendê-los ainda melhor”, revela Marcelo Vitorino, diretor comercial da Localfrio. De acordo com informações da empresa, outros clientes já demonstraram interesse na solução. A Localfrio opera há mais de 60 anos, de Norte a Sul, nos principais portos do Brasil. Trabalhando de maneira inteligente e personalizada, a empresa conta com profissionais altamente especializados e tecnologia de ponta para soluções integradas e customizadas em todas as unidades de negócios. Operando em sete unidades de negócios que são referências em todo o país, a Localfrio possui o know-how e qualidade em todos os tipos de cargas, adaptando-se aos diversos segmentos, oferecendo serviços integrados em terminal alfandegado, armazém geral, transporte e armazém frigorífico.



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CARREGAMENTO ESPECIAL

OPERAÇÃO ESPECIAL TRANSPORTA CARGA PROJETO DOS EUA PARA SANTA CATARINA As conformadoras de parafusos foram trazidas para a Metalúrgica Fey, uma das maiores fabricantes de fixadores do país,pela DC Logistics Brasil Uma operação foi montada para transportar duas máquinas de Nova Yorque, nos Estados Unidos, até Indaial, em Santa Catarina. As conformadoras de parafusos foram trazidas para a Metalúrgica Fey, uma das maiores fabricantes de fixadores do país, pela DC Logistics Brasil, empresa especializada no transporte de cargas especiais de grande porte. O trabalho para levar os dois volumes com mais de 70 toneladas até o destino foi realizado em pouco mais de 30 dias, chegando em Indaial no final de julho. Esse tipo de transporte consiste em um estudo específico de logística de todas as etapas da viagem, desde o ponto de saída (fabricante), o armazenamento adequado durante o trajeto, até chegar ao destino final (importador). É necessário observar a estrutura física e de equipamentos em cada local onde a carga será movimentada. Uma equipe formada pelo agente de cargas, Porto de Itapoá, despachante aduaneiro, transportadora, escolta policial, empresa de guindastes e importador também estiveram envolvidos. “A principal dificuldade foi transportar a carga solta para Santa Catarina, onde não existe serviço de navegação regular para este tipo carga”, destacou o coordenador de Carga Projeto da DC Logistics Brasil, Dimitri Mattos. “A importância de um trabalho coordenado para este tipo de equipamento, devido ao seu porte e características peculiares, é fundamental no sucesso da operação. As duas conformadoras precisavam estar na empresa para que fossem concretizados projetos 32

ESSE TIPO DE TRANSPORTE CONSISTE EM UM ESTUDO ESPECÍFICO DE LOGÍSTICA DE TODAS AS ETAPAS DA VIAGEM, DESDE O PONTO DE SAÍDA (FABRICANTE), O ARMAZENAMENTO ADEQUADO DURANTE O TRAJETO, ATÉ CHEGAR AO DESTINO FINAL (IMPORTADOR). de novos produtos que serão destinados ao mercado nacional de montadoras de veículos”, diz o diretor de infraestrutura da Metalúrgica Fey, Luciano Fey. As cargas envolvendo máquinas pesadas e de grande porte, plantas industriais, guindastes e iates são as mais frequentes realizadas pela DC Logistics Brasil, empresa que possui estrutura e equipe especializada. Com 22 anos de atuação oferece como diferencial no mercado de Cargas Projeto, profissionais experientes e com conhecimento neste tipo específico de transporte.



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NOVOS MERCADOS

CALÇADOS BRASILEIROS QUEREM AUMENTAR PRESENÇA NA ALEMANHA No ano passado, os alemães compraram quase 1 milhão de pares verde-amarelos, o que gerou mais de US$ 12 milhões para os fabricantes brasileiros O Brasil quer vender mais calçados para a Alemanha. As 22 marcas de calçados que participaram da Global Destination for Shoes and Accessories (GDS ), feira que aconteceu em Düsseldorf, projetam faturamento US$ 25 milhões em exportações nos próximos seis meses. A participação foi viabilizada pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Conforme relatório da Abicalçados, a mostra alemã gerou a comercialização de 826,8 mil pares de calçados verde-amarelos, que geraram quase US$ 7 milhões em negócios, mais do que o dobro da edição do ano passado. “Nesta edição, com menos marcas participantes, geramos um resultado melhor, o que demonstra a assertividade cada vez maior das coleções brasileiras”, comemora a analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Patrícia Ledur. Segundo ela, para os próximos seis meses, aos negócios realizados in loco devem ser somados outros US$ 18 milhões em negócios que foram alinhavados durante a feira. “Registramos muitos contatos e novos visitantes interessados no calçado brasileiro. Apesar de menor, a feira foi muito focada e isso favoreceu o expositor”, avalia Patrícia.

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CONFORME RELATÓRIO DA ABICALÇADOS, MOSTRA ALEMÃ GEROU A COMERCIALIZAÇÃO DE 826,8 MIL PARES DE CALÇADOS VERDE-AMARELOS, QUE GERARAM QUASE US$ 7 MILHÕES EM NEGÓCIOS, MAIS DO QUE O DOBRO DA EDIÇÃO DO ANO PASSADO Corroborando os números gerais, o gerente de exportações da Sapatoterapia, Daniel Figueiredo, ressalta que recebeu clientes antigos e novos importantes compradores. “Tivemos um grande volume de pedidos e abrimos um novo contato importante na Rússia”, avalia. Fazendo coro à avaliação de Figueiredo, Christoph Schmitt, distribuidor da Wirth, aponta o sucesso comercial na mos-


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APOIO LOGÍSTICA E SERVIÇOS LTDA.

SERVIÇOS ARMAZENAGEM bPICKING/PACKING bE-COMMERCE bTRANSPORTE bDISTRIBUIÇÃO b

SEGMENTOS PRODUTOS ANVISA PRODUTOS PARA SAÚDE bALIMENTOS bRESINAS bCONFECÇÃO bAUTO PEÇAS bELETRODOMÉSTICOS b b

tra. “Tivemos um volume significativo de vendas e também novos contatos de importantes clientes alemães”, comenta. Atualmente a Alemanha é o 22º principal destino do calçado brasileiro, que é exportado para mais de 150 países no mundo. No ano passado, os alemães compraram quase 1 milhão de pares verde-amarelos, o que gerou mais de US$ 12 milhões para os fabricantes brasileiros. Participaram da GDS as marcas Rider, Ipanema, Grendha, Zaxy, Cartago, Marsalla, Beira Rio, Vizzano, Molekinha, Moleca, Modare, Piccadilly, Liliby, Sapatoterapia, Wirth, Ramarim, Comfortflex, Whoop, Suzana Santos, Renata Mello, Art’s Brasil e Via Scarpa.

ÁREA CLIMATIZADA

O parque calçadista brasileiro é formado por 7,9 mil empresas e emprega diretamente 300 mil pessoas. Segundo dados da Abicalçados, a indústria calçadista brasileira produz cerca de 800 milhões de pares por ano. Em 2015, o setor exportou 124 milhões de pares para 150 países, gerando um total de US$ 960,4 milhões em negócios fora do país. O principal importador de calçados brasileiros são os Estados Unidos, seguidos por Argentina, França e Bolívia.

O POTENCIAL EXPORTADOR DO CALÇADO BRASILEIRO a A indústria nacional produz cerca de 800 milhões de pares por ano a O setor exportou 124 milhões de pares em 2015 a Gerou US$ 960,4 milhões em exportações em 2015 a Em 2015, exportou para mais de 150 países a O principal importador de calçados brasileiros são os Estados Unidos, seguidos por Argentina, França e Bolívia a O parque calçadista brasileiro é formado por 7,9 mil empresas e emprega diretamente 300 mil pessoas

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PORTO DE PARANAGUÁ

CATTALINI TERMINAIS AMPLIA EM 35% ÁREA DE TANCAGEM EM PARANAGUÁ Nova estrutura representa a primeira fase de um investimento de R$ 450 milhões e que, numa segunda etapa, contemplará a construção de outros 21 tanques, com capacidade para 160 mil m³ A Cattalini Terminais Marítimos acaba de ampliar em 35% sua área de tancagem no Porto de Paranaguá e registra atualmente total ocupação da estrutura. O novo Centro de Tancagem (CT4), inaugurado em fevereiro deste ano, conta com 19 tanques com capacidade estática para 140 mil m³. Além de derivados de petróleo, metanol e óleo de soja estão entre os três principais graneis líquidos movimentados pela empresa. A operacionalização dos novos tanques, segundo Lucas Cezar Guzen, da área comercial da Cattalini, aconteceu em um momento favorável, em virtude do desequilíbrio de preços de combustível entre o mercado internacional e o doméstico. “O preço do combustível produzido no exterior está mais competitivo que o nacional, fazendo com que as tradings e distribuidoras o importem diretamente”, disse Guzen. Além disso, a estrutura da Cattalini preparada para a movimentação de derivados de petróleo faz da empresa o principal ponto de abastecimento no país. O novo Centro de Tancagem está preparado para receber cargas de importação e para exportação e sua construção ocorreu paralelamente à instalação de novas

A CATALLINI Fundada em 1981 em Paranaguá (PR), a Catallini Terminais Marítimos é uma operadora portuária independente e ocupa liderança entre os terminais de granéis líquidos no Brasil, com conhecimento comprovado no armazenamento e manuseio seguros de óleos vegetais, químicos e combustíveis. A empresa possui certificação nas normas ISO 14001 e 9001, que estabelecem referências internacionais nos sistemas de gestão e de meio ambiente e certificada na norma OHSAS 18001, padrão internacional para sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional.

plataformas rodoviárias e à dragagem do berço interno do píer da Cattalini. A nova estrutura representa a primeira fase de um investimento de R$ 450 milhões e que, numa segunda etapa, contemplará a construção de outros 21 tanques, com capacidade para 160 mil m³.

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Com o CT4, a Cattalini obteve um acréscimo de cerca de 35% no seu potencial de armazenagem e passou a oferecer ao mercado um total de 520 mil m³ de capacidade estática, distribuídos em 116 tanques, instalados em seus quatro parques de tancagem. Deste total, 430 mil m³ são para armazenagem de inflamáveis e químicos de uma forma geral, o que corresponde a 87 tanques dedicados a este segmento. Os demais 90 mil m³ são para óleos vegetais. Com estes volumes, a empresa mantém posição de liderança entre os terminais de granéis líquidos, operando o maior parque privado do país. Os investimentos aplicados incentivaram a contratação de pessoal. Segundo a área de Recursos Humanos da empresa, no primeiro semestre deste ano, foram abertos 100 novos postos de trabalho. Hoje a empresa conta com 400 colaboradores.

O NOVO CENTRO DE TANCAGEM ESTÁ PREPARADO PARA RECEBER CARGAS DE IMPORTAÇÃO E PARA EXPORTAÇÃO E SUA CONSTRUÇÃO OCORREU PARALELAMENTE À INSTALAÇÃO DE NOVAS PLATAFORMAS RODOVIÁRIAS E À DRAGAGEM DO BERÇO INTERNO DO PÍER DA CATTALINI. 37


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PORTOS DO PARANÁ

PARANAGUÁ E ANTONINA REDUZEM CUSTOS COM MÃO DE OBRA Desde 1990, a Appa pagou R$ 1,3 bilhão em execuções judiciais geradas por 11 mil ações trabalhistas e que resultaram em enorme passivo à autarquia. O custo com pessoal reduziu 32% entre 2012 e 2016 gerando uma economia de R$ 38 milhões para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), no Paraná. A gestão de pessoas nos terminais foi uma das principais metas da atual administração, que iniciou um processo de reestruturação no ano de 2012, transformou a autarquia em empresa pública, implementou um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e propôs a criação de um novo quadro funcional. Nos últimos 25 anos, a Appa pagou R$ 1,3 bilhão em execuções judiciais geradas por 11 mil ações trabalhistas e que resultaram em enorme passivo à autarquia. “Reduzimos o custo da máquina pública e otimizamos recursos. Além disso, esta economia nos permitiu investir mais no porto, possibilitando aos nossos clientes planejar e ampliar as suas transações comerciais com o mundo”, declarou o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. O volume de ações sofridas pela Appa tornou-se, inclusive, objeto de CPI na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, além de processos no Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho. Os problemas

trabalhistas iniciaram nos anos 80, passaram pelas mudanças do setor portuário - através dos marcos legais Lei nº 8630/93 e no 12.815/13 – e prosseguiram até os dias de hoje. Com isso, iniciou-se um processo para mudar a personalidade jurídica da Appa de autarquia para empresa pública. “Após a mudança, solicitamos a elaboração de estudos técnicos e jurídicos, ações internas para a eliminação de horas extras e dos desvios de função, entre outras atividades com o intuito de trazer para o quadro funcional da Appa o devido ambiente técnico e legal”, explica Dividino. Ao longo do trâmite para reestruturação da empresa foram abertos 164 processos administrativos e 123 sindicâncias, 167 procedimentos punitivos e 29 demissões. Todos eles com o intuito de promover o cumprimento dos princípios básicos de respeito ao cargo e ao desempenho da função pública e, principalmente, do cuidado com o erário público. Para adequar o quadro funcional da Appa com as necessidades reais da empresa, foi implementado um Programa de Demissão Incentivada (PDI), que teve a adesão de 232 funcionários. Novas contratações, via concurso público, só serão feitas dentro do novo quadro funcional, concluído pela Appa no último mês de junho. Além disso, segundo o presidente, a alocação de profissionais na área jurídica com perfil e envolvimento na área portuária, trouxe resultados de excelência, a redução do passivo existente e a prevenção de novos passivos. A administração da Appa também investiu na implantação de requisitos no âmbito da Governança Corporativa, entre eles controle interno, auditoria interna e externa e criação do Código de Ética.

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TECNOLOGIA ARTIGO

O USO DA TECNOLOGIA NA BUSCA DO CLIENTE

por Clara Rejane Scholles

Um dos grandes desafios para quem está ou tem a intenção de se inserir no comércio internacional é encontrar um comprador ou fornecedor qualificado. Há um leque de ações ancoradas em entidades associativistas setoriais, sejam regionais ou nacionais, que buscam agregar valor com estudos detalhados de mercado, visando auxiliar no processo de internacionalização de empresas. Tomando o número de micro e pequenas empresas industriais no Brasil de 1,2 milhões, constata-se que apenas 5,5% exportam, o que mostra que o país está longe de olhar para fora e de qualquer coisa que possa ser chamada de uma cultura exportadora. Pequenas empresas, com seu produto consolidado no mercado nacional, são candidatas naturais a ampliar o bolo de clientes para um número de prestadores de serviços do comércio internacional de exportação e importação. Embora o Brasil ainda seja um dos países mais fechados do mundo, é inútil esperar que fazendo sempre as mesmas coisas, os resultados serão diferentes, como já dizia Einstein. Então qual o caminho para o crescimento dos negócios internacionais do Brasil? Colocar à disposição do empreendedor e de seus colaboradores ferramentas que possam capacitá-los nas rotinas de forma estruturada; aproximá-los de potenciais compradores e vendedores internacionais e de prestadores de serviços necessários para o auxílio em etapas complementares, que não são poucas; e, por final, viabilizar um maior nú-

mero de negócios por colocar à disposição uma série desses serviços de maneira gratuita. Não é razoável que a pequena empresa dependa exclusivamente de consultorias de internacionalização, porém, que ‘aprenda a pescar’. Que essa indústria saiba buscar por si, entender e assimilar o seu próprio processo de inserção no mercado internacional. Poderá fazer as adaptações e levar os aprendizados para o próximo mercado ou produto novo. Com maior envolvimento no processo, saberá o momento de pedir a ajuda relevante até concluir sua venda ou compra internacional. Assim pode construir a sua própria cultura exportadora e multiplicá-la, de maneira sustentável. A tecnologia de plataforma em cloud acessada no modelo de software como serviço ou SaaS com recursos de compartilhamento de informações, atualizadas em tempo real por um universo de usuários localizados nos mais variados países do globo. Esse é o modelo inovador de inserção de pequenas empresas no comércio internacional da Intradebook de Florianópolis (SC).

A autora é comercial da Intradebook (www.intradebook.com)

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TECNOLOGIA

TECNOLOGIA PARA PESAR CONTÊINERES s

O INTTRA, a maior plataforma eletrônica de serviços para o transporte marítimo, e a NYK Line, anunciaram que a NYK acaba de aderir à rede de usuários da ferramenta INTTRA eVGM de facilitação ao atendimento das novas regras de pesagem de contêineres adotada pela International Maritime Organization (IMO), em vigor desde julho. A NYK está oferecendo a ferramenta a seus clientes como uma solução de recurso através do qual eles poderão fazer o intercâmbio e o processamento das informações sobre a pesagem de contêineres, cumprindo as exigências da Convenção de Segurança Marítima SOLAS da IMO de informar o peso bruto certificado VGM. De acordo com a emenda VGM da SOLAS, todo contêiner deve informar o VGM – ou o peso certificado – como requisito para ser carregado em um navio.

ALLINK LANÇA BOLETO ONLINE s

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A Allink, especializada na consolidação de carga marítima LCL, lançou em julho uma nova ferramenta para o Portal do Cliente: o Boleto Online. A novidade facilitará o dia a dia do departamento financeiro dos seus clientes, já que substitui a atual prática do Comércio Exterior de ir até o banco ou até uma filial para efetuar pagamentos. Assim que o cliente efetua pagamento via boleto online, a Allink reconhece de forma automática e disponibiliza o recibo no próximo dia útil no Portal do Cliente, não sendo mais necessário enviar o comprovante do pagamento por e-mail, tornando o processo mais ágil e seguro.


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TECNOLOGIA

FIESC AJUDA A CRIAR ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INTERNET INDUSTRIAL Entidade foi inspirada no Consórcio de Internet Industrial (IIC, na sigla em inglês), implantado em 2014 nos Estados Unidos pela AT&T, IBM, GE e Intel A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a Pollux Automation e a Embraco acabam de fundar a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII). A nova unidade tem o objetivo de congregar empresas de base tecnológica, indústrias e instituições de ensino, fomentando a geração de tecnologias integradas e inovadoras, de maneira a inserir o Brasil na mais recente fase da revolução industrial. Internet industrial, indústria 4.0 ou manufatura avançada são alguns dos nomes dados a um recente fenômeno econômico e social, que se vale da hiperconectividade, inteligência artificial, elevado grau de digitalização e de sensoriamento, avanço do Big Data, entre outros. A associação desses elementos no processo produtivo promove mudanças nos modelos de negócio, permitindo avanços como customização de produtos e mudanças na forma e padrão de consumo. A criação da Associação foi inspirada no Consórcio de Internet Industrial (IIC, na sigla em inglês), implantado em 2014 nos Estados Unidos pela AT&T, IBM, GE e Intel, e do qual a Pollux Automation de Joinville é uma das duas empresas brasileiras presentes. O consórcio, que tem a mesma finalidade que a ABII, já conta com cerca de 250 associados de mais de 30 países.

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Segundo o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, esta nova fase representa uma disruptura do modelo de produção atual, pois se concentra em novos processos e produtos derivados de tecnologias que possuem aplicação em praticamente todas as áreas do conhecimento. Ele destacou ainda que o Brasil não pode perder a oportunidade de avançar e alcançar os países mais desenvolvidos. “A entidade tem a missão de contribuir para a inserção do Brasil neste movimento que é a internet industrial”, afirmou o presidente da Pollux Industrial, José Rizzo Hann Filho, que assumiu a presidência da nova entidade. O empresário salientou que a internet industrial é fomentada por três fatores centrais. Um deles é a disseminação de máquinas cada vez mais inteligentes, com capacidade de percepção, que “sentem” o que está acontecendo. O segundo fator citado por Rizzo são softwares de análise avançada, ou Big Data, que tomam ou melhoram as decisões. O terceiro elemento são as pessoas, que participam do processo na sua elaboração e com os benefícios que o fenômeno proporciona.

COMO INTEGRAR A ABII A admissão de associados se dará por meio de proposta de filiação do interessado e estará sujeita à avaliação e decisão da diretoria da ABII. O custo para integrar a entidade varia de acordo com a modalidade do associado: Fundador, Mantenedor, Honorário e Contribuinte. Para se associar, a empresa ou entidade deverá preencher um formulário de proposta de adesão que será disponibilizado na internet. Para mais informações os interessados podem ligar para 0800 606 0800.


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TECNOLOGIA

ARTIGO

OTIMIZAÇÃO DE SEUS RECURSOS ELÉTRICOS

por Tiago Rau

Hoje as ações com taxa de retorno mais rápida são as de redução do consumo, como por exemplo: automação da iluminação e climatização. A automação tanto de escritório quanto de galpões já se tornou algo de fácil acesso e rápido de se fazer, pois consiste no monitoramento da iluminação e temperatura externa e interna, podendo controlar persianas, exaustores, lâmpadas e aparelhos de ar-condicionado.

Com os grandes aumentos no valor da energia elétrica, em pouco tempo este item começou a se tornar ainda mais significante para os gestores das empresas, e na busca de reduções, o termo eficiência energética esta cada vez mais em alta. Segundo dados da ABESCO, “estima-se que anualmente 10% de toda energia gerada no Brasil seja desperdiçada. Energia suficiente para abastecer os estados do Rio de Janeiro e Ceará por um ano ou compensar o aumento da demanda nacional por dois anos.”

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No Brasil, essas tecnologias já se tornaram acessíveis financeiramente, com empresas capacitadas e com expertise nas implementações de projetos de automação de iluminação e climatização. Passando para soluções de maior investimento, mas também com um grande retorno, torna-se necessário a realização do estudo da demanda correta afim de escolher o investimento ideal, sendo tanto quanto placas fotovoltaicas, PCHs, UHEs ou compra de energia no mercado livre, todas estas são possibilidades de economia de energia elétrica. Alternativas são as mais variadas e se adaptam ao porte de todas as organizações. Escolha a sua que, além de otimizar seus recursos financeiros, ajudará na economia dos recursos naturais. O autor é diretor da Eagle Soluções Tecnológicas


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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CERTIFICAÇÃO OEA DEVE MUDAR O COMÉRCIO EXTERIOR NOS PRÓXIMOS ANOS OMA criou o Programa de Operador Econômico Autorizado para aperfeiçoar os padrões de fiscalização e harmonizar as exigências para o comércio internacional A busca por maior segurança no comércio internacional impulsionou a implantação de novos modelos e padrões de fiscalização nas aduanas que já afetam a competitividade das empresas brasileiras na disputa global por mercados e parcerias. Esta nova linha de corte é uma resposta da Organização Mundial das Aduanas (OMA) aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, mas que somente agora atinge seu grau de maturidade e entrou no radar das empresas brasileiras.

é a garantia de que uma empresa apresenta baixo risco em suas operações logísticas e cumpre todas as obrigações tributárias e aduaneiras; ou seja, está em um nível elevado de compliance e governança corporativa, entre outros itens analisados”, comenta a advogada Raquel Segalla Reis, sócia do escritório Reis Gonçalves Associados e especialista em Direito da Aduana e do Comércio Exterior pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

A OMA criou o Programa de Operador Econômico Autorizado (OEA) para aperfeiçoar os padrões de fiscalização e harmonizar as exigências para o comércio internacional. Até agora, 77 países já adeririam ao programa OEA e o Brasil já fez acordos de reconhecimento mútuo com Argentina, Estados Unidos, México, Uruguai e negocia com a China. A tendência é que o número de acordos bilaterais cresça consideravelmente até o final da década.

Os requisitos para obter e manter a certificação estão relacionados fundamentalmente com a implementação de medidas de segurança tanto física quanto informática, a melhoria da rastreabilidade das mercadorias, os controles contábeis e a solvência financeira. Uma vez que a empresa cumpre com todos os requisitos se torna um parceiro estratégico da alfândega e poderá usufruir de uma série de benefícios financeiros e operacionais, como vantagens no pagamento de tributos, menor número de inspeções físicas e prioridade no despacho.

Empresas americanas e europeias já estão exigindo a certificação de seus parceiros e fornecedores sediados além de suas fronteiras. No Brasil, o programa OEA foi estabelecido em dezembro de 2014, mas ganhou força a partir deste ano, com a certificação de grandes empresas importadoras e exportadoras, majoritariamente dos setores químico e automobilístico. “A certificação OEA

As grandes empresas importadoras nos mercados mais desenvolvidos também estão começando a exigir certificação OEA aos seus clientes, pois a veem como um elemento diferenciador que reflete o grau de profissionalização da empresa e, ao mesmo tempo, concede maiores garantias de cumprimento com os prazos de entrega. Com o OEA, as

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mercadorias das empresas credenciadas também são parametrizadas em canal verde de conferência aduaneira e com isso existe uma redução sensível dos prazos de espera nas aduanas do país de origem e destino. PRESSÃO DE FORA Para que tudo funcione perfeitamente é preciso que todas as partes envolvidas no processo (exportador e importador) sejam certificadas pelo programa. “Esta é a razão da pressão que as empresas brasileiras sofrem de parceiros americanos e europeus”, explica o consultor e despachante aduaneiro Márcio Freitas, sóciofundador da Freitas Inteligência Aduaneira. Existem ainda sinais do próprio governo brasileiro de que esse processo será acelerado. “A Receita Federal já afirmou que planeja ter 50% de todas as declarações de importação e exportação registradas por empresas certificadas como OEA até 2019”, continua Raquel Reis. Santa Catarina ainda está no início deste processo, com algumas exportadoras e importadoras já certificadas. O processo, em Santa Catarina, foi encabeçado por empresas ligadas aos polos automobilísticos, mas, em breve, será a vez dos demais setores entrarem no pleito. “A Receita já indicou que com o OEA todos os órgãos ligados às exportações e importações estarão em uma plataforma única, reduzindo com isso o tempo de parametrização e análise de processo”, explica Márcio Freitas. NOVA FASE Enquanto o Brasil ainda está engatinhando no processo, a Ásia, Europa e América do Norte já ultrapassaram e se dedicam à celebração de acordos de reconhecimento mútuo entre seus países. “É importante destacar que a certificação contempla toda a cadeia logística - importador, transportador, despachante aduaneiro, depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, agente de carga, operador portuário ou aeroportuário e exportador, trazendo ao comércio exterior um ambiente mais seguro, eficiente e competitivo”, comenta Raquel Reis. Para Márcio Freitas, este não é mais o comércio exterior do futuro. “É o do presente e as empresas que não se adaptarem às novas exigências mercadológicas correm o risco de ficar de fora da engrenagem do comércio global”, acredita.

BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO OEA Divulgação no site da Receita Federal: O Centro OEA divulga o nome do operador no site da Receita Federal após a publicação do respectivo Ato Declaratório Executivo (ADE), caso o OEA assim o solicite no Requerimento de Certificação. Utilização da Logomarca “AEO”: fica permitida a utilização da logomarca do Programa Brasileiro de OEA Ponto de Contato: o Coordenador Nacional do Centro OEA designará um servidor como ponto de contato para a comunicação entre a Receita Federal e o OEA para esclarecimento de dúvidas relacionadas ao Programa Brasileiro de OEA e a procedimentos aduaneiros Prioridade de análise em outra modalidade OEA: o Centro OEA dará prioridade na análise do pedido de certificação de operador que já tenha sido certificado em outra modalidade ou nível do Programa Brasileiro de OEA

Benefícios nas Aduanas Estrangeiras: será facultado ao OEA usufruir dos benefícios e vantagens dos Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) que a Receita Federal venha a assinar com as aduanas de outros países Participação no Fórum Consultivo: o OEA pode participar da formulação de propostas para alteração da legislação e dos procedimentos aduaneiros que visem ao aperfeiçoamento do Programa Brasileiro de OEA, por meio do Fórum Consultivo Dispensa de exigências já cumpridas no OEA: as unidades de despacho aduaneiro da Receita Federal dispensam o OEA de exigências formalizadas na habilitação a regimes aduaneiros especiais ou aplicados em áreas especiais que já tenham sido cumpridas no procedimento de certificação Participação em Seminários e Treinamentos: os OEA podem participar de seminários e treinamentos organizados conjuntamente com o Centro OEA

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AVIAÇÃO CIVIL

ESTRANGEIROS MOSTRAM INTERESSE EM QUATRO AEROPORTOS BRASILEIROS Valor arrecadado no leilão, previsto para este segundo semestre, irá para o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para investimentos nos demais aeroportos brasileiros

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O edital da concessão dos aeroportos de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) deve ser publicado em setembro. Sete grupos nacionais e estrangeiros manifestam interesse em obter a concessão dos terminais, que o governo deve encaminhar à iniciativa privada ainda este ano. Os quatro aeroportos respondem por 11,6% dos passageiros, 12,6% das cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro. Segundo a proposta de edital de concessão, as empresas que assumirem a administração dos terminais através de processo licitatório terão de fazer melhorias imediatas em banheiros e fraldários e disponibilizar internet wi-­f i gratuita de alta velocidade em todo o terminal. Também precisam ser feitas melhorias na sinalização, iluminação, estacionamentos, climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores e esteiras para restituição de bagagens, além de correção de fissuras e infiltrações. A francesa Vinci, que recentemente assumiu o controle de aeroportos em Portugal e em Santiago, no Chile, é uma das empresas interessadas nos ativos dos aeroportos do Sul. Ela também teria confirmado sua participação no leilão dos aeroportos do Nordeste. Entre as demais candidatas internacionais estão a alemã Fraport, que administra o aeroporto de Frankfurt; a argentina Corporación América, que controla a Inframérica; a espanhola Ferrovial; e a suíça Flughafen Zurich, já presente no Brasil na administração do aeroporto de Confins (MG) em parceria com a brasileira CCR. O grupo alemão Avialliance tem uma parceria no Brasil com o fundo


Aeroporto Internacional de Salvador

Pátria Investimentos e também estuda a participação no próximo leilão. INVESTIMENTOS O valor arrecadado no leilão, previsto para este segundo semestre, irá para o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para investimentos nos demais aeroportos brasileiros. Os participantes vão poder apresentar propostas para os quatro aeroportos e cada licitante poderá ganhar até dois deles, desde que estejam localizados em regiões geográficas diferentes. Para participar da licitação em Salvador e Porto Alegre, a empresa deve ter experiência mínima de cinco anos operando aeroportos com movimentação de, no mínimo, 9 milhões de passageiros em pelo menos um dos últimos cinco anos. Para Fortaleza, o mínimo é de 7 milhões de passageiros e para Florianópolis, 4 milhões de pessoas. O lance mínimo e os investimentos estimados das concessões variam de acordo com cada aeroporto. Para Porto Alegre, o lance mínimo é de R$ 728,9 milhões e o investimento é estimado em R$ 1,6 bilhão. Em Florianópolis, o lance mínimo foi estipulado em R$ 328,7 milhões e os investimentos serão de R$ 887 milhões. Para o aeroporto de Salvador, o lance mínimo da licitação será de R$ 1,4 bilhão e os investimentos estimados em R$ 2,2 bilhões. Na concessão do aeroporto de Fortaleza, o lance mínimo foi estipulado em R$ 1,5 bilhão e os investimentos em R$ 1,3 bilhão. O prazo de concessão será de 30 anos, com exceção do aeroporto de Porto Alegre, que terá prazo de 25 anos.

INVESTIMENTO E LANCE MÍNIMO Aeroporto Salgado Filho Porto Alegre Lance mínimo: R$ 728,9 milhões Investimento previsto: R$ 1,6 bilhão

Aeroporto Dep. Luís Eduardo Magalhães Salvador Lance mínimo: R$ 1,4 bilhão Investimento previsto: R$ 2,2 bilhões

Aeroporto Hercílio Luz (Florianópolis Lance mínimo: R$ 328,7 milhões Investimento previsto: R$ 887 milhões

Aeroporto Pinto Martins Fortaleza Lance mínimo: R$ 1,5 bilhão Investimento previsto: R$ 1,3 bilhão 51


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SUPLEMENTO ITAJAÍ

OBRAS DO NOVO ACESSO AO COMPLEXO DO ITAJAÍ ESTÃO DENTRO DO CRONOGRAMA Orçada em R$ 103 milhões, a primeira etapa da obra será custeada pelo governo do estado através do programa Pacto por Santa Catarina A Triunfo Engenharia, empreiteira responsável pelas obras dos novos acessos aquaviários do Complexo do Itajaí, garante que os trabalhos estão dentro do cronograma proposto. A primeira fase das obras de ampliação da bacia de evolução tem prazo de 18 meses para serem concluídas, contados a partir do inicio dos trabalhos. De acordo com o engenheiro Alexandre Barbosa Marujo, coordenador dos trabalhos, atualmente está sendo feita a retirada do molhe norte, em Navegantes, que terá a angulação levemente alterada no projeto. A segunda etapa das obras depende de recursos do governo federal. Orçada em R$ 103 milhões, a primeira etapa da obra será custeada pelo governo do estado através do programa Pacto por Santa Catarina. A nova obra da bacia de evolução possibilitará ao Complexo Portuário do Itajaí – formado pelo Porto Público, APM Terminals Itajaí, Portonave e demais terminais instalados a montante – operar navios com até 335 metros de comprimento com 48 de boca.

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RECURSOS DA UNIÃO A Superintendência do Porto de Itajaí, por sua vez, tenta a liberação de recursos da União no orçamento para as obras de dragagem do rio e a segunda etapa dos novos acessos aquaviários. O ministro dos Transportes Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela Lessa, que chegou a anunciar para outubro o lançamento do edital das obras de dragagem, confirmou recentemente ao governador Raimundo Colombo que não há previsão de recursos para a segunda etapa da nova bacia de evolução do complexo.

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Hoje o complexo está limitado a operações com navios com o comprimento máximo de 306 metros. Para o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, a obra é fundamental para a cidade se manter no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando os tamanhos dos navios. O complexo movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e esta obra é mais do que necessária.

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INTENSA E COM QUASE TRÊS VEZES MAIS MILHAS DE NAVEGAÇÃO PELO OCEANO ANTÁRTICO EM RELAÇÃO À EDIÇÃO ANTERIOR, A COMPETIÇÃO SERÁ A MAIS LONGA DA HISTÓRIA DO EVENTO DE VOLTA AO MUNDO, COM APROXIMADAMENTE 45 MIL MILHAS NÁUTICAS, QUE CRUZARÃO QUATRO OCEANOS, CINCO CONTINENTES E 11 CIDADES COMO PARADA.

Com a confirmação da falta de recursos federais para investir na obra, governo estadual e federal vão revisar o cronograma de serviços para garantir a ampliação da bacia. A próxima etapa exigirá mais de R$ 200 milhões do governo federal. “A gente gostaria que fosse mais rápida a nossa parte e a parte do governo, mas a gente convive com a burocracia insuportável. Mas as notícias são boas, nós estamos andando bem”, disse Colombo. Quando anunciada, em 2013, a previsão era que a primeira etapa estivesse pronta até meados do ano seguinte, sob pena de um prejuízo estimado em R$ 60 milhões por mês com a perda de linhas e movimentação. A primeira fase da nova bacia vai permitir a manobra de navios de até 335 metros de comprimento – hoje, o limite é de 306 metros –, uma vantagem estratégica para manter a competitividade dos terminais portuários de Itajaí e Navegantes. A segunda fase elevará a capacidade de manobras para navios de até 366 metros de comprimento.

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SUPLEMENTO ITAJAÍ

APM TERMINALS ITAJAÍ EXPANDE SERVIÇO QUE REDUZ CUSTO PARA IMPORTADORES O procedimento elimina taxas de remoção para outros recintos e valores gastos com demurrage. O objetivo é simplificar a logística dos importadores A APM Terminals Itajaí desenvolveu internamente um exclusivo serviço de transferência de mercadorias importadas para contêineres próprios, reduzindo custos dos seus clientes em até 50%. O procedimento elimina taxas de remoção para outros recintos e valores gastos com demurrage (multa paga pelo importador ao armador pelo uso do conteiner por mais tempo que o previsto). O objetivo é simplificar a logística dos importadores. “Nosso compromisso é fazer parte da estratégia logística dos nossos clientes. É entregar resultados cada vez mais relevantes para os negócios deles, melhorando a competitividade e a eficiência dos importadores”, destaca o gerente comercial da APM Terminals no Brasil, Felipe Fioravanti. Para Rita Ronchi, da IDB do Brasil Trading, um dos pontos mais vantajosos da operação, além da redução de custos, é a flexibilidade quanto ao agendamento dos carregamentos e a devolução das unidades. Outro ponto-chave é a otimização. “O processo fica mais eficiente porque a desunitização pode ser feita em paralelo com o processo de liberação da mercadoria em área alfandegada sem que haja transferência da unidade”, diz. Na primeira fase de implantação do serviço, foram 330 contêineres desovados para contêineres próprios do terminal e, em alguns casos, para o armazém

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alfandegado recentemente ampliado pela empresa, beneficiando diretamente 20 importadores de Santa Catarina que têm a APM Terminals como principal operador portuário. PREMIAÇÃO A APMT vai incentivar também as melhores práticas de empresas com o Prêmio Importação sem Fronteiras. O prêmio é um reconhecimento pela eficiência de processos adotados por clientes dos mais diferentes setores (trading, tecnologia, têxtil, químico, farmacêutico, automotivo, naval e metalmecância), os quais recebem suas mercadorias pelo terminal itajaiense. A medição iniciou em julho e segue até 31 de dezembro de 2016. Serão premiados os três primeiros colocados de cada segmento de negócio. A classificação, no entanto, vai levar em conta o percentual de eficiência nos processos de importação.

NA PRIMEIRA FASE DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO, FORAM 330 CONTÊINERES DESOVADOS PARA CONTÊINERES PRÓPRIOS DO TERMINAL E, EM ALGUNS CASOS, PARA O ARMAZÉM ALFANDEGADO RECENTEMENTE AMPLIADO PELA EMPRESA.


SUPLEMENTO ITAJAÍ

MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES ULTRAPASSA 5 MILHÕES DE TEUS Em 2015, a Portonave investiu na compra de equipamentos como empilhadeiras e na ampliação do terminal, que dobrou a capacidade estática

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A Portonave superou a marca de 5 milhões de TEUs movimentados. O número contabiliza as movimentações desde o início da operação do terminal, em outubro de 2007. O contêiner que registrou este número foi movimentado no navio Aisopos, com origem das Ilhas Marshall, dia 1º de agosto. Em pouco mais de oito anos, o terminal já recebeu mais de 4,5 mil escalas de navios. No primeiro semestre de 2016, a companhia movimentou 422.543 TEUs. Já no cenário nacional, entre janeiro e junho, o saldo da balança comercial foi de US$ 23,635 bilhões, melhor resultado para o período desde 1989, ano em que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) iniciou a série histórica. De janeiro a junho de 2016, as exportações foram de US$ 90,237 bilhões e as importações de US$ 66,602 bilhões. A liderança na participação de mercado na movimentação de contêineres, em Santa Catarina cresceu. A posição de primeiro lugar no estado, mantida desde 2010, chega a 54%, segundo Datamar, e consolida a Portonave como um dos destaques no país, na movimentação de contêineres. Em 2015, a Portonave investiu na compra de equipamentos como empilhadeiras e na ampliação do terminal, que dobrou a capacidade estática de 15 mil para 30 mil TEUs. Detentora do recorde sul-americano de produtividade, com 270,4 mph (movimentos por hora) e com média de 115 mph em 2016, a eficiência na operação portuária é outro grande destaque. Com mais de 1100 profissionais, a busca pela qualificação é uma premissa. Somente em 2015, foram investidas mais de 52 mil horas de treinamento. Além disso, por meio do programa de educação continuada, que concede bolsas de 50% para a realização de cursos de graduação, pós-graduação e idiomas, foram investidos, no ano passado, R$ 627,1 mil.

MILHÃO POR MILHÃO Outubro de 2007 – Início das operações com o recebimento do primeiro navio, o MSC Uruguay.

Outubro de 2013 – 17 meses depois | 3 milhões de TEUs - O contêiner que registrou este número foi movimentado no navio MSC Seattle

Agosto de 2010 – 34 meses após início | 1 milhão de TEUs movimentados durante a operação do navio MSC Lorena

Abril de 2015 - 18 meses depois | 4 milhões de TEUs foram atingidos com um contêiner movimentado no navio MOL Advantage.

Maio de 2012 – 21 meses depois | 2 Milhões de TEUs – A marca foi conquistada na movimentação do navio America CMA CGM

Agosto de 2016 – 16 meses depois | 5 milhões de TEUs foram completados na operação do navio Aisopos.

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ARTIGO

CONTÊINER REEFER E O CLUSTER FORMADO NA REGIÃO DE ITAJAÍ por Wagner Antônio Coelho

O sistema de conteinerização modificou amplamente a logística de transportes e a economia mundial a partir de meados da década de 1950. O desenvolvimento desse sistema possibilitou a criação de vários nichos de mercado necessários para utilização do contêiner, dentre os quais a unitização dos equipamentos, movimentação, transporte, armazenagem, fabricação, compra e venda e arrendamento. No Brasil, verifica-se um envolvimento tardio na utilização do sistema de conteinerização em grande escala, relacionado ao lento desenvolvimento da infraestrutura necessária para implantação do sistema no país, em consequência, principalmente, da política econômica relacionada ao comércio exterior brasileiro, nas décadas de 1970 e 1980.

O setor logístico envolvido com a exportação de carne congelada unitizada em contêineres necessita de todo um suporte numa cadeia de infraestrutura própria para preparação, movimentação e armazenagem desse tipo de equipamento, que possui um custo de operação muito acima da operação com contêiner dry, utilizado para carga seca. Assim, a região próxima ao Porto de Itajaí, tornou-se um dos principais pontos de escoamento da produção de carnes no Brasil e no mundo, com um cluster voltado ao sistema de utilização dos contêineres refrigerados.

Com o incremento da conteinerização em âmbito internacional, especialmente, quanto ao aperfeiçoamento das unidades de carga refrigeradas, também, conhecidas como contêineres reefer, verificou-se um importante estímulo na competitividade para indústria do agronegócio voltada ao setor de exportação de carnes, ao facilitar o deslocamento do produto de forma segura e sem a necessidade de vários manuseios na cadeia logística de transporte.

Desse modo, encontram-se inúmeras empresas que possibilitam o desenvolvimento da logística necessária para o sistema de conteinerização com carga que necessite o controle de temperatura, tais como, empresas de armazenagem de contêineres preparadas com tomadas para ligar o equipamento, empresas com grandes câmaras frias para armazenamento de alimentos mantidos sob refrigeração – alguns deles alfandegados – , armazéns de contêineres vazios, mão de obra e oficinas especializadas no reparo de contêineres refeers, com enfase nos equipamentos de refrigeração, fornecedores de peças e equipamentos de refrigeração, empresas que arrendam/ locam contêineres refeers, transportadores de contêineres e, os portos e terminais portuários preparados com infraestrutura voltada para manusear e armazenar o referido equipamento, bem como, para receber os navios igualmente preparados para poder receber os contêineres refeer para implementar o transporte marítimo.

Diante desse cenário, por ser o Brasil um grande produtor e exportador de alimentos em geral e, principalmente, de carnes bovina, suína e frango, fora realizado um grande investimento pelo setor público e privado no setor de logística com enfase no sistema de conteinerização com a finalidade de atender esse mercado.

A compreensão dos fatores e condicionantes desse mercado específico é de extrema importância para a tomada de decisão nos mais diversos setores do planejamento público e privado, mas, infelizmente, é pouco conhecida e difundida na população em geral, e, muitas vezes até no meio de nossos gestores públicos.

Nesse sentido, a retomada do desenvolvimento do comércio exterior brasileiro está diretamente relacionado a utilização em maior escala do sistema de conteinerização a partir da década de 1990.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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