Revista Informativo dos Portos 217

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Outubro 2017 - Edição nº 217 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

CRESCIMENTO DE IMPORTAÇÕES DE BENS DE CAPITAL: SERIA A RETOMADA DA ECONOMIA BRASILEIRA?

Análise do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços é de que o crescimento pelo segundo mês consecutivo pode ser resultado de um reaquecimento econômico

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Porto de Imbituba entra definitivamente no mapa do mercado internacional

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Antuérpia é o primeiro porto na Europa a implantar “Zero Pellet Loss”


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INFORMATIVO DOS PORTOS /

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EDITORIAL

INFORMATIVO DOS PORTOS /

EXPEDIENTE

ENFIM, OS SINAIS DA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

O Brasil começou um processo de recuperação de sua economia que vem se refletindo em todos os setores. As expectativas estão mudando para melhor e ocupando espaços antes tomados pelo desânimo ou pela sensação de que a crise

REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

se prolongou além do esperado. É só conferir as novas bases com as quais o mercado passou a trabalhar.

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem

As compras de bens de capital por importadores brasileiros cresceram 34,5% em setembro, como mostra reportagem desta edição da Revista Informativo dos Portos, na comparação com o ano passado. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão

REVISÃO Izabel Mendes

Neto, o crescimento pelo segundo mês consecutivo das importações brasileiras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção industrial)

COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

pode ser resultado de um reaquecimento da economia.

PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra

economia brasileira. O PIB de 2017 deve crescer, mas pouco, algo em torno

Evidentemente que não se deve soltar rojão ainda sobre a recuperação da de 0,4%, mas nós devemos sempre lembrar que estamos vindo de dois anos de recessão. Infelizmente, a crise política atrasa a velocidade de recuperação,

DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br

notadamente pela questão das reformas.

PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

Boa leitura!

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Outubro 2017 - Edição nº 217 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

CRESCIMENTO DE IMPORTAÇÕES DE BENS DE CAPITAL: SERIA A RETOMADA DA ECONOMIA BRASILEIRA?

Análise do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços é de que o crescimento pelo segundo mês consecutivo pode ser resultado de um reaquecimento econômico

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Porto de Imbituba entra definitivamente no mapa do mercado internacional

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Antuérpia é o primeiro porto na Europa a implantar “Zero Pellet Loss”



INFORMATIVO DOS PORTOS /

ÍNDICE ESPECIAL Crescimento das importações de bens de capital pode indicar retomada da economia

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MERCADO EXTERIOR

Porto de Imbituba entra definitivamente no mapa do mercado internacional NOVOS NEGÓCIOS Hamburg Süd adota programa de logística colaborativa 8

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DIÁRIO DE BORDO................................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado ESTRATÉGIAS PORTUÁRIAS.....................................................16 Congresso discute avanços e dificuldades do setor portuário EMPRESÁRIO DO ANO............................................................16 ACII destaca cases de sucesso SUSTENTABILIDADE & MEIO AMBIENTE......................................18 Antuérpia é o primeiro porto na Europa a implantar “Zero Pellet Loss” LOGÍSTICA INTEGRADA...........................................................20 Multilog recebe materiais do Cirque du Soleil PESQUISA DE SATISFAÇÃO......................................................24 Antaq quer saber o índice de satisfação com o sistema portuário nacional ANÁLISE DE CENÁRIO............................................................26 Brasil tem vocação para unir a América do Sul BEBIDAS & ALIMENTOS..........................................................32 Proximidade do verão faz aumentar a importação de cerveja ENTREVISTA.......................................................................34 Carlos Augusto Chaves Leal Silva, Capitão de Mar e Guerra

APOIO OPERACIONAL Aliança recebe segundo rebocador da série em construção em Itajaí

COLUNA DE TECNOLOGIA........................................................38 Tudo sobre o mercado tecnológico PARANAGUÁ........................................................................38 Porto aplica inspeção de contêineres por meio de scanners MALL FOR AFRICA & MALL FOR THE WORLD................................40 Se unem à WCA para ampliar fronteira eCommerce ARTIGO..............................................................................42 Cargas perigosas (IMO): como lidar com elas?, por Bruna Silva SUPLEMENTO ITAJAÍ.............................................................44 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário PORTONAVE.......................................................................44 Primeiro terminal portuário privado do país completa 10 anos PORTO DE ITAJAÍ.................................................................45 Dragagem de manutenção tem prazo de quatro meses para ficar prontas INVESTIMENTO EM ITAJAÍ......................................................46 Aumenta capacidade de armazenagem em 60% SERVIÇO DE CABOTAGEM........................................................50 DHL investe para incrementar solução diferenciada na cabotagem

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ARTIGO..............................................................................52 Habilitação de empresas para operação no SISCOMEX, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS............................................................54 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO

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APLICATIVO PARA CARGAS A Jamef Encomendas Urgentes, empresa que atua no transporte de cargas fracionadas, lançou dois aplicativos mobile. Ao baixar o aplicativo Jamef Mobile, os clientes têm acesso a serviços como: acompanhe sua carga, prazo de entrega, área de atuação e central de relacionamento. Além disso, com o seu login e senha para acessar o Portal do Cliente, eles terão à sua disposição os comprovantes de entregas, pagamentos e informações sobre entregas pendentes. O Jamef Mobile está disponível para download no Google Play e App Store. Já o app Jamef Operacional (disponível para download no Google Play) tem como principal objetivo agilizar a comunicação entre os motoristas e a central de controle operacional, atualizando os status de coletas e entregas e disponibilizando as informações para os clientes em tempo real.

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TRANSPORTE AÉREO DEDICADO

EDIÇÃO ESPECIAL DA SPRINTER

A ES Logistics trouxe para o Brasil seis aviões Antonov 124, o segundo maior avião de carga do mundo. A operação com os aviões foi apenas uma parte da logística que começou na coleta das cargas nos exportadores até a entrega na porta do importador. O projeto foi concluído em 36 dias, sendo que, em alguns embarques, a entrega door-to-door foi realizada em menos de 48 horas. Os embarques partiram da Escandinávia e os pousos realizados no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Em um embarque aéreo regular, uma operação door-to-door levaria pelo menos sete dias para ser finalizada, já que, após a chegada em Viracopos, as cargas seguiram por terra quase 1.200 quilômetros em regime alfandegado.

A Mercedes-Benz iniciou a comercialização da “Edição Especial Sprinter 20 anos no Brasil”. Trata-se de uma série exclusiva de 20 unidades, que celebra as duas décadas de vendas desta linha de produtos no mercado brasileiro. “Os 20 anos da linha Sprinter no Brasil é um marco histórico. Vamos aproveitar a Fenatran para expor as versões van de passageiro, furgão e chassi com cabina da Edição Especial”, afirma Jefferson Ferrarez, diretor de Vendas e Marketing Vans da Mercedes-Benz do Brasil. “E para satisfação e orgulho da nossa empresa, a Sprinter repete no nosso país o sucesso que conquistou mundialmente, consolidando-se cada vez mais como referência em qualidade, agilidade e versatilidade no transporte de passageiros e de cargas”.

PNEUS DE SOJA Um pneu ecológico, mais eficiente e mais seguro. Essa é a proposta da Goodyear e do United Soybean Board com o lançamento da primeira linha de pneus produzidos à base de óleo de soja. Testes mostraram que a borracha feita com o óleo se mistura mais facilmente aos compostos usados na produção de alguns pneus, o que melhora a eficiência na fabricação e reduz o consumo de energia. Segundo a Goodyear, a utilização do óleo de soja contribui para que o composto de borracha fique mais flexível, melhorando a aderência dos veículos ao solo, mesmo em condições de mudança de temperatura. Por enquanto, o produto está disponível somente no mercado norte-americano.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

DIÁRIO DE BORDO FIESC INAUGURA SESI XANXERÊ O Sesi, entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), entregou, em Xanxerê, uma nova unidade para atender os trabalhadores da indústria do Oeste catarinense. A instalação, que conta com mais de 800 metros quadrados, recebeu investimento de R$ 3 milhões. A expectativa é de que cerca de 2,5 mil trabalhadores da região e pessoas da comunidade sejam atendidos. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, lembrou que o espaço se destina à prestação de serviços nas áreas da saúde e educação dos trabalhadores, que são o diferencial de uma indústria competitiva.

VARAS FEDERAIS NA ÁREA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL Uma medida que poderá auxiliar os operários do comércio internacional já está sendo colocada em prática. O Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3) deu início ao processo de especialização de Varas Federais em Comércio Internacional. A determinação partiu do Conselho da Justiça Federal (CJF) em maio deste ano, mas a discussão sobre a necessidade de especialização das varas está em discussão desde 2015, com o seminário “Os Desafios da Judicialização da Defesa da Concorrência, da Regulação e do Comércio Internacional”. Para dar início ao processo de especialização, no dia 12 de setembro, o TRF-3 criou um grupo de trabalho com cinco integrantes que vão estudar a pertinência da implementação de varas federais especializadas.

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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL

CRESCIMENTO DAS IMPORTAÇÕES DE BENS DE CAPITAL PODE INDICAR RETOMADA DA ECONOMIA Análise do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços é de que o crescimento pelo segundo mês consecutivo pode ser resultado de um reaquecimento econômico

As compras de bens de capital por importadores brasileiros cresceram 34,5% em setembro na comparação com o ano passado. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto, o crescimento pelo segundo mês consecutivo das importações brasileiras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção industrial) pode ser resultado de um reaquecimento da economia. Em agosto, o setor já havia registrado crescimento anual de 6,6%. A elevação ocorreu em áreas como veículos de carga, energia renovável e nos setores químico e de celulose. “O aumento pode indicar uma tendência de recuperação dessa linha de importações, muito relacionada a investimentos. Nós confirmaremos essa tendência nos 14

próximos meses”, ressalta o secretário de Comércio Exterior. Também cresceram as importações de bens intermediários, outra categoria ligada ao aquecimento da economia. Neste caso, a alta foi de 15,1% em relação a setembro do ano passado. “O aumento está concentrado nas importações de bens intermediários e insumos em especial para a agropecuária, como fertilizantes e herbicidas, e também para a indústria dos setores químico e eletro-eletrônicos”, destaca Abrão Neto. Em setembro, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 5,178 bilhões para o mês e de US$ 53,28 bilhões no acumulado do ano. Os dois números representam recorde para o período de análise. O secretário de Comércio Exterior destaca que o saldo positivo de


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“A ELEVAÇÃO OCORREU EM ÁREAS COMO VEÍCULOS DE CARGA, ENERGIA RENOVÁVEL E NOS SETORES QUÍMICO E DE CELULOSE. O AUMENTO PODE INDICAR UMA TENDÊNCIA DE RECUPERAÇÃO DESSA LINHA DE IMPORTAÇÕES, MUITO RELACIONADA A INVESTIMENTOS”. setembro foi o oitavo recorde mensal consecutivo da balança este ano. Neto informou que a previsão do governo federal, de que a balança encerrará com superávit acima de US$ 60 bilhões, deve ser revista. “Estamos atualizando nossa estimativa e devemos divulgar uma nova projeção em breve”, disse. O principal motivo para o bom desempenho da balança neste ano é o crescimento dos preços das commodities (produtos básicos, matérias-primas e combustíveis com cotação internacional). Também aumentaram as quantidades exportadas de alguns produtos. Um dos produtos em alta este ano é o petróleo. A chamada conta-petróleo, que computa as exportações e importações do bem, está superavitária em US$ 4,269 bilhões de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, havia déficit de US$ 446 milhões. Abrão Neto atribuiu o superávit ao aumento da produção doméstica de petróleo, associada à recuperação do preço da commoditie no exterior. “Este é aumento muito positivo do lado das exportações, crescimento da produção interna e recomposição do preço”.

secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto

Embarques nacionais Paralelamente, o Brasil registrou um aumento de 19,34% no valor dos embarques nacionais para o exterior, comparando ao mesmo período do ano passado no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostram que as movimentações do Brasil para o exterior neste período atingiram US$ 107,7 bilhões. Grande parte deste montante transportado tem como destino os países da América Latina, como a Argentina. A venda de automóveis aos “vizinhos”, por exemplo, registrou um crescimento de praticamente US$ 1 bilhão na comparação entre janeiro e julho de 2016 e 2017. No ano anterior, o comércio de veículos para os argentinos alcançou US$ 1,9 bilhão, enquanto neste ano chegou a US$ 2,7 bilhões. Ainda de acordo com a OMC, a taxa de crescimento do país se elevou acima da média global, superando em mais de dez pontos percentuais o número alcançado por grandes potências mundiais, como os Estados Unidos, que teve alta de 6,7%, e a China, que obteve elevação de 8,5%. Já as vendas externas dos países da União Europeia subiram 4,7% no acumulado de janeiro a junho.

Outro dado que comprova o potencial de negócios do Brasil é o divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo a organização, as exportações da América Latina e do Caribe, como um todo, aumentaram 17% somente no primeiro trimestre do ano. De acordo com o levantamento, em um paralelo entre todos os países região, o Brasil é o quinto que mais exportou neste período. Recentemente, o grupo Panalpina, um dos principais operadores logísticos globais, promoveu o America Meetig em São Paulo (SP), com a participação dos presidentes das suas unidades da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá e Peru, o CEO Global da companhia, Stefan Karlen, e o CEO Regional Americas, Franck Hercksen, para definir estratégias conjuntas para aprimorar ainda mais o desempenho da corporação na região. “Esta reunião é uma consequência direta do sucesso que alcançamos com a campanha Brameco (Brasil, México e Colômbia), fomentada entre agosto de 2016 e agosto de 2017, que proporcionou um crescimento considerável dos negócios entre estes países”, afirma o presidente da empresa no Brasil, Marcelo Caio.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ESTRATÉGIAS PORTUÁRIAS

CONGRESSO DISCUTE AVANÇOS E DIFICULDADES DO SETOR PORTUÁRIO Os eixos temáticos do congresso são estratégia portuária, gestão logística e operações, finanças e contabilidade, gestão de pessoas, gestão comercial e gestão do meio ambiente A 4ª edição do Congresso Internacional de Desempenho Portuário (Cidesport) será realizada de 25 a 27 de outubro de 2017 em Florianópolis (SC). Promovido pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e apoio do Porto de São Francisco do Sul, o Cidesport reunirá professores, pesquisadores, gestores portuários e profissionais da área para promover a discussão sobre os avanços e dificuldades do setor, baseado em pesquisas e na experiência dos gestores de portos. Nesta edição, os eixos temáticos do congresso são estratégia portuária, gestão logística e operações, finanças e contabilidade, gestão de pessoas, gestão comercial e marketing e gestão do meio ambiente. Os participantes do evento também poderão se inscrever para uma visita técnica ao Porto de Itajaí, o segundo maior movimentador de contêineres do país. Os melhores artigos em inglês serão selecionados para publicação na revista Maritime Economics & Logistics, enquanto os melhores artigos em português serão publicados na Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios. A seleção dos artigos na língua estrangeira é de responsabilidade do editor da revista e palestrante no congresso, Hercules Haralambides, enquanto a seleção dos artigos em português será realizada pela comissão científica do Cidesport. A programação do congresso conta ainda com a realização de diversas palestras. Entre os temas confirmados estão: O papel de Agência Reguladora no Desempenho dos Portos Brasileiros; Strategic Alliances in Shipping and their Impact on Port and Terminal Performance (com tradução simultânea); Modelo Integral para la Gestión de Corredores Logístico Portuarios; Maritime Port Industry: challenges, digital processing and the new role of port authorities; Desempenho do Sistema Portuário Brasileiro e os painéis Custos da Cadeia Logística no Contexto Portuário e Marco Regulatório do Setor Portuário: Evolução e Perspectivas.

O CIDESPORT REUNIRÁ PROFESSORES, PESQUISADORES, GESTORES PORTUÁRIOS E PROFISSIONAIS DA ÁREA PARA PROMOVER A DISCUSSÃO SOBRE OS AVANÇOS E DIFICULDADES DO SETOR, BASEADO EM PESQUISAS E NA EXPERIÊNCIA DOS GESTORES DE PORTOS. 16

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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUSTENTABILIDADE

& MEIO AMBIENTE

ANTUÉRPIA É O PRIMEIRO PORTO NA EUROPA A IMPLANTAR “ZERO PELLET LOSS” Programa de colaboração entre indústria, logística e transportes busca manter plástico fora do meio ambiente

As matérias-primas para produção de plásticos são feitas de polímeros, geralmente entregues em forma de pequenos pellets (granulados). Antuérpia é o maior polo de polímeros na Europa para produção, manejo e distribuição de pellets de plástico. Todo ano, milhões de pellets encontram seu caminho via Antuérpia a outros hubs na Europa. Evitar que esses pequenos granulados de plástico entrem na água ou em qualquer outro lugar não devido é uma das maiores prioridades nestas atividades. Para isso, as empresas do porto têm adotado iniciativas para prevenir a perda de pellets e agora o setor inteiro está envolvido na causa. A indústria manufatureira, os operadores logísticos e o setor de transportes estão colocando todos os esforços na “Operation Clean Sweep”. Antuérpia é o primeiro porto na Europa a inscrever-se nesse programa, uma iniciativa da PlasticsEurope.

prova da importância deste assunto no mundo dos plásticos”. O PROGRAMA Operation Clean Sweep é um programa internacional apoiado pela PlasticsEurope com a finalidade de prevenir que os resíduos dos materiais de plástico adentrem o ambiente marinho. As empresas que aderirem ao programa assumem a responsabilidade de ajudar a alcançar a perda zero de pellet. Antuérpia é o primeiro porto na Europa a aderir ao programa. Assinando o estatuto em nome do porto, Marc Van Peel declara que “o fato de todos os players da cadeia logística de polímeros estarem preparados para fazerem parte deste programa é a chave para o seu sucesso: colaboração é a melhor garantia para se obter bons resultados”. ZERO PALLET LOSS

Faz parte da Operation Clean Sweep a “Zero Pellet Loss”, que é uma plataforma consultiva formada em Antuérpia com a função de organizar medidas para manter a perda de pellets no mínimo possível. “A sustentabilidade está enraizada nos genes das companhias portuárias”, diz Marc Van Peel, presidente do Conselho de Administração do Porto de Antuérpia. “Há um árduo trabalho em todos os setores para conciliar pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria. A assinatura deste estatuto hoje é a melhor 18

Como parte da Operation Clean Sweep, a iniciativa Zero Pellet Loss (Perda Zero de Pellet) é organizada pelo Porto de Antuérpia, Essenscia (federação de químicos, plásticos e indústria de ciências da vida), Voka Câmara de Comércio Antuérpia-Waasland: Plataforma industrial e Alfaport, bem como a e PlasticsEurope. O maior desafio nesse projeto é a redução da perda de pellets a um mínimo possível.


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Entretanto, as companhias portuárias não estão começando do zero. Várias iniciativas já foram realizadas no passado para prevenir a perda de pellets. Operações de limpeza de grande escala estão sendo organizadas na área portuária. Mas, para haver progresso nas ações, é necessária a adoção de um método que cubra todo o porto e todo o setor. Monitoramentos semanais serão feitos para a descoberta de lugares onde os plásticos são encontrados no meio ambiente, mapeando onde a poluição se origina e as ações necessárias para prevenção. Um gerente irá monitorar a poluição e a limpeza sempre que necessário. O custo dessas ações será dividido entre os vários participantes.

EM TERMOS PRÁTICOS A “ZERO PELLET LOSS” É UMA PLATAFORMA CONSULTIVA FORMADA EM ANTUÉRPIA COM A FUNÇÃO DE ORGANIZAR MEDIDAS PARA MANTER A PERDA DE PELLETS NO MÍNIMO POSSÍVEL.

HUB SUSTENTÁVEL DE POLÍMEROS Reduzir o número de pellets de plástico que se perde não é o único tema no qual o setor está se concentrando. Mais sustentabilidade na produção e processos de polímeros são assuntos igualmente importantes na agenda. Para conseguir isso, uma plataforma consultiva foi recentemente criada e nela os participantes compartilham as melhores práticas para fazer o setor de plástico mais sustentável. Os participantes dessa plataforma são todos membros do projeto Zero Pallet Loss. Não é coincidência que o estatuto Operation Clean Sweep foi as-

sinado no mesmo dia que a comunidade do Porto de Antuérpia apresentou seu quarto relatório de sustentabilidade. O relatório foi publicado pela primeira vez em 2011 e vem sendo produzido a cada dois anos desde então. Ele dá um panorama geral das iniciativas adotadas pelas empresas do porto ao operarem de modo mais sustentável e contribuindo com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável determinados pelas Nações Unidas. O relatório completo pode ser lido no site www.sustainableportofantwerp.com. O site inclui um link com um vídeo de um minuto, destacando os pontos mais importantes do quarto relatório.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA INTEGRADA

MULTILOG RECEBE MATERIAIS DO CIRQUE DU SOLEIL Focada no sucesso da operação, a equipe montou planejamento estratégico que reuniu todos os envolvidos e conquistou resultados surpreendentes A rotina do Porto Seco de Jaguarão (RS) superou positivamente as expectativas da própria equipe ao montar uma estrutura especial para atender a operação do Cirque du Soleil, que trouxe seus materiais, cenários e estruturas para apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro. A operação envolveu desde a entrada do veículo, o estacionamento, a verificação da mercadoria, a liberação da carga e saída do veículo. A Receita Federal e a Aduana Uruguaia disponibilizaram fiscais específicos para fazer a liberação e flexibilizaram os horários de atendimento. O grupo circense optou pelos serviços da Multilog pela agilidade e a escolha de Jaguarão (RS) foi pelo posicionamento geográfico da cidade - a menor distância entre Montevidéu, no Uruguai, e São Paulo. Outro diferencial que pesou na escolha foram as aduanas integradas no Porto Seco de Jaguarão. Roger da Costa Mendes Ribeiro, gerente de Operações na Multilog Jaguarão, conta que a empresa realizou um planejamento estratégico que envolveu também os órgãos anuentes e o cliente. “Nosso objetivo foi ajustar os detalhes e garantir que a operação fosse bem sucedida”, argumenta. A operação movimentou 80 veículos e mais de 1,2 toneladas de mercadorias, que chegaram de Montevidéu em contêineres e foram transportadas por caminhão para São Paulo e, na sequência, irão para o Rio de

Janeiro. Ele destaca que a equipe não mediu esforços e os resultados foram surpreendentes. “O tempo médio para liberar uma importação gira em torno de 24 horas e nossa média nessa operação foi de 3h35min. Chegamos a liberar um desses veículos em 54 minutos”, diz Roger. Rafael Catarino, diretor da Cargo Way, empresa que participou ativamente da operação, também comemora os resultados positivos. “A flexibilidade e entendimento da Receita Federal quanto ao projeto, a estrutura e a dedicação dos profissionais da Multilog foram determinantes para a escolha da Multilog Jaguarão. Obtivemos o melhor resultado de liberação aduaneira da história da nossa empresa e creio que o planejamento e o trabalho em conjunto da Receita Federal, Cargo Way, Multilog e FT Comex foi determinante para o sucesso da operação”, enfatiza. CIRQUE DU SOLEIL Criada no Canadá, em 1984, por dois artistas de rua, o Cirque du Soleil é atualmente a maior companhia circense do mundo. O espetáculo Amaluna, que está em cartaz no Brasil, fica em São Paulo até dezembro e, na sequência, segue para o Rio de Janeiro. O espetáculo apresenta uma misteriosa ilha governada por deusas e guiada pelos ciclos da lua.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

MERCADO EXPORTADOR

PORTO DE IMBITUBA ENTRA DEFINITIVAMENTE NO MAPA DO MERCADO INTERNACIONAL Números do primeiro mês da linha Ásia são extremamente animadores: cinco grandes embarcações com destino ao continente asiático passaram pelo porto

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O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, vive uma nova fase de desenvolvimento. Desde a inauguração da linha Ásia, em setembro, a administração do porto trabalha para atingir o mercado exportador de todo o estado. De acordo com Rogério Pupo, diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba, também há uma grande demanda do norte e nordeste do Rio Grande do Sul para utilizar o porto como principal meio de escoamento de seus produtos. “Nossa expectativa é movimentar aproximadamente 50 mil TEUs neste ano e, se tudo der certo, chegarmos a uma marca de 150 mil TEUs em 2018, triplicando o movimento de 2017”, pontua. O Porto de Imbituba tem capacidade para movimentar até 500 mil TEUs por ano. “Nós estamos entrando definitivamente no mapa e no mercado internacional com essa nova linha”, reforça Pupo. Além do trabalho conjunto com a Santos Brasil, operadora de contêineres em Imbituba, foram grandes os diferenciais competitivos para começar a oferecer a nova linha, como a atuação para garantir taxas atrativas e o fato de o porto ter condições de receber os grandes navios em circulação nos país e no exterior. “Os berços de Imbituba permitem que o navio tenha 14,5 metros de calado, em função de sua profundidade de 15 metros. Sendo assim, conseguimos oferecer condições não só técnicas, mas também de segurança para que essa linha atraia mais mercadorias para Imbituba, assim como somos uma opção diferenciada que está no centro de uma região entre as cidades de Curitiba e Porto Alegre, ou seja, um dos principais mercados consumidores do país”, acrescenta. A Santos Brasil é considerada hoje uma das melhores operadoras de contêineres do Brasil, know-how que permite que sua expertise


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seja espalhada para toda a região, “promovendo um impacto extremamente positivo, não somente na negociação, como na operação, e garantindo a satisfação do cliente”, destaca Pupo. O serviço de longo curso é formado por uma joint venture de oito armadores: Hamburg Süd, Hapag-Lloyd, Hyundai, NYK, ZIM, CMA CGM, Cosco e Evergreen. A escala semanal conta com 13 embarcações porta-contêineres e atravessa 19 portos entre a América do Sul e a Ásia. O tempo médio de trânsito até a Coreia do Sul, destino final da rota, é de 45 dias. A nova linha permite também que o porto vislumbre conquistar outros mercados. Rogério Pupo lembra que a linha Ásia fará com que a qualificação profissional e técnica com a qual o porto trabalha seja vista, passando a ser considerada nas novas análises dos players de mercado. A economia do município, por sua vez, está sendo altamente impactada, já que o contêiner tem capacidade de envolver um grande número de trabalhadores e, com isso, refletir de uma maneira atraente na arrecadação de mais impostos, geração de mais negócios e empregos na região. NÚMEROS ANIMADORES Os números do primeiro mês da linha Ásia no Porto de Imbituba são extremamente animadores: cumprindo a meta de um serviço por semana, ao todo, cinco grandes embarcações com destino ao continente asiático passaram por Imbituba nos primeiros 30 dias da operação, dobrando a movimentação mensal de contêineres no porto. Apenas a linha Ásia movimentou 2.577 TEUs, uma média superior a 500 TEUs por escala. A meta é chegar a 750 unidades por escala até o fim do ano.

ENTRE AS PRINCIPAIS CARGAS EXPORTADAS ESTÃO A CARNE DE FRANGO, O POLIETILENO E A FARINHA DE MIUDEZAS (UTILIZADA NA PREPARAÇÃO DE ALIMENTO PARA ANIMAIS). NA IMPORTAÇÃO, O FERRO FUNDIDO E O POLIPROPILENO FICARAM À FRENTE. Os resultados da linha de longo curso e da cabotagem (navegação na costa brasileira), de janeiro a setembro de 2017, apontam um crescimento prévio anual de 22,6% na movimentação de contêineres no Porto de Imbituba em relação a 2016. Já o faturamento da operação deste tipo de carga cresceu 65% de agosto para setembro, com o início da Rota Ásia. Rogério Pupo avalia que o primeiro mês de operação da nova escala já demonstra uma perspectiva extremamente otimista para o crescimento e continuidade do serviço. “Esses números confirmam que a linha Ásia veio para ficar e também nossas perspectivas de dobrar a movimentação de contêineres em Imbituba ainda este ano”, ressalta Pupo.

Entre as principais cargas exportadas estão a carne de frango, o polietileno e a farinha de miudezas (utilizada na preparação de alimento para animais). Na importação, o ferro fundido e o polipropileno ficaram à frente.

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PESQUISA DE SATISFAÇÃO

ANTAQ QUER SABER O ÍNDICE DE SATISFAÇÃO COM O SISTEMA PORTUÁRIO NACIONAL Durante o período de entrevistas, técnicos da agência farão contato diretamente com os usuários dos portos, por e-mail, telefone ou correspondência

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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) acaba de lançar uma pesquisa de satisfação dos usuários do sistema portuário nacional. Para familiarizar o público-alvo quanto ao modelo de questionário que será aplicado e sobre a metodologia adotada na sondagem, a agência disponibilizou uma cópia do questionário e uma apresentação detalhada da pesquisa em seu portal na internet (www. antaq.gov.br).

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Durante o período de entrevistas, que se estenderá até o final do ano, técnicos da agência farão contato diretamente com os usuários dos portos, por e-mail, telefone ou correspondência, segundo o gerente de Desenvolvimento e Estudos da Autarquia, Eduardo Queiroz, responsável pela pesquisa. Nesta primeira edição da pesquisa serão ouvidos os agentes marítimos e as empresas brasileiras de navegação (EBNs). “Ninguém melhor do que os usuários para externar suas percepções sobre determinado serviço. No caso de portos, buscamos, em um primeiro momento, avaliar a percepção das empresas brasileiras de navegação e dos agentes marítimos. Numa segunda etapa, deveremos estender a sondagem a outros tipos de usuários”, explica Eduardo Queiroz. Os resultados da pesquisa estarão consolidados no início de 2018.


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ANÁLISE DE CENÁRIO

BRASIL TEM VOCAÇÃO PARA UNIR A AMÉRICA DO SUL Política externa brasileira precisa dar repostas rápidas e transparentes aos desafios da integração do continente no novo cenário geopolítico na região Os esforços para integrar a América do Sul datam do século 19, quando se buscava um continente unificado e independente para enfrentar as ameaças de dominação político-econômica externas. Comercialmente, porém, foi com a criação da Associação Latino-Americana de Livre-Comércio (Alalc), na década de 1960, que a tentativa começou a se concretizar. A Alalc serviu de experiência para aproximar diversos países na busca pela ampliação de seus fluxos comerciais. Assim, houve inúmeras empreitadas nesse sentido, com a criação da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), a União Sul-Americana de Nações (Unasul), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina (CAN). Um caminho que levou também à ampliação de acordos bilaterais independentes, entre si, e com aqueles mercados de maior poder de barganha. Agora, a atual conjuntura global exigirá do Brasil uma definição clara de seu interesse e respostas rápidas e transparentes aos desafios apresentados pelo novo cenário geopolítico na região. “No complexo quadro de transição que a América do Sul atravessa, impõe-se, como interesse brasileiro, uma visão estratégica de médio e longo prazos para uma retomada”, avalia a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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E continua: “É nítido hoje que a matriz da política externa brasileira, como decisão de Estado – e não somente de governo –, está fortemente direcionada à concreta aceleração da integração da América do Sul, tanto em função dos aspectos políticos quanto nas oportunidades de desenvolvimento econômico conjunto, com destaque para a infraestrutura”. De acordo com a entidade, nos próximos anos, a economia e as condições sociais tendem a evoluir na América do Sul, que estará mais bem integrada em infraestrutura e a complementaridade de produção passará a incrementar o consumo de bens e serviços, inclusive os de saúde e de educação, além da oferta de turismo para todo o mundo. Diante dessas circunstâncias, é preciso manter a prioridade no processo de integração regional e retomar projetos também de construção de rodovias e de ferrovias, estratégicos para permitir que as exportações de produtos brasileiros para a Ásia saiam de portos do Peru e do Chile. “Em relação ao Chile e ao Peru, há um concerto de ações que visam a aproveitar os acordos de livre-comércio que os Estados


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ANÁLISE DE CENÁRIO

associados do Mercosul [Mercado Comum do Sul] têm com diferentes países e /ou regiões para utilizar seus portos, mediante algum tipo de adição de valor, para escoar a produção do Centro-Oeste brasileiro para os afluentes mercados da Aliança do Pacífico”, destaca a FecomercioSP. É recomendável ainda negociar a ampliação dos acordos bilaterais com todos os países sul-americanos, assim como faz o Chile com seus mais de 50 tratados, garantindo aos vizinhos uma ampla abertura do mercado brasileiro. “Há de se concentrar esforços hemisféricos na aproximação com os mercados afinados culturalmente.” Essa necessidade ganha mais relevância nos países com correntes imigratórias similares à brasileira, particularmente Argentina, Uruguai e Chile. “Existem estratégias que mesmo no âmbito da América do Sul são, por circunstâncias, exclusivamente bilaterais.” Isso não inibe outras modalidades de parceria, como o Tratado ABC, por exemplo, perseguido pela Chancelaria brasileira desde o Barão do Rio Branco. Trata-se de acordo firmado em 1915 que funcionava como norma de procedimento complemen-

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tar aos tratados bilaterais de arbitramento já assinados por Argentina, Brasil e Chile entre si. A vocação para uma política comum de desenvolvimento existe. Apenas requer protagonismo do Brasil para reflexão, grande esforço de planejamento e constantes avaliações.

DE ACORDO COM A FECOMÉRCIOSP, NOS PRÓXIMOS ANOS, A ECONOMIA E AS CONDIÇÕES SOCIAIS TENDEM A EVOLUIR NA AMÉRICA DO SUL, QUE ESTARÁ MAIS BEM INTEGRADA EM INFRAESTRUTURA


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NOVO FORMATO

HAMBURG SÜD ADOTA PROGRAMA DE LOGÍSTICA COLABORATIVA Com mais contêineres e melhor aproveitamento de espaço, São Paulo e Mato Grosso ganharão em competitividade, condição de planejamento e segurança nas operações A Hamburg Süd, uma das dez maiores transportadoras marítimas do mundo, acaba de lançar uma operação de “logística colaborativa” com a Brado transportes ferroviários. Na rota entre Santos (SP) e Rondonópolis (MT) – a primeira beneficiada por essa parceria – uma diversidade cada vez maior de setores irá acessar os serviços da logística multimodal. Com mais contêineres e melhor aproveitamento de espaço, os estados de São Paulo e Mato Grosso ganharão em competitividade, condição de planejamento e segurança nas operações de importação e exportação. A “logística colaborativa” será estendida a regiões como as de Paranaguá, Ponta Grossa, Cambé e Londrina, no Paraná, e entre Santos e Araraquara. A operação representa avanço para a movimentação de cargas em contêineres no Brasil. Em operações de mercado interno e importação, a Brado poderá utilizar contêineres da Hamburg Süd para o transporte de cargas secas do Porto de Santos em direção a Mato Grosso. Com um terminal intermodal localizado em Rondonópolis (MT), a empresa brasileira expande sua atuação no

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abastecimento do mercado mato-grossense. Após a entrega das cargas no estado do Centro-Oeste, os contêineres serão remetidos de volta ao Porto de Santos, já estufados com produtos para exportação. Os ganhos, também neste caso, vêm da utilização inteligente da estrutura disponível, beneficiando os clientes das duas companhias. Atualmente, a Hamburg Süd disponibiliza 50 contêineres de 40 pés para a Brado. “Com essa sinergia, as duas empresas ganham em termos de custos e níveis de serviço. Além disso, a Hamburg Süd tem a oportunidade de reforçar sua marca na região do Mato Grosso,” comenta o gerente nacional de Operações Intermodais da companhia, Fernando Camargo. Com mais estrutura, a Brado ganha fôlego para o atendimento de seus clientes e para novos contratos. “O round-trip do contêiner (movimentação de ida e volta) será otimizado. A menor circulação de equipamentos vazios melhora o custo/benefício da multimodalidade”, acrescenta Daniel Salcedo, gerente executivo da empresa. Os ganhos se estendem à área ambiental, uma vez que a movimentação racional de contêineres e a multimodalidade reduzem o consumo de combustível. “A parceria retrata como a inteligência em logística de contêineres favorece cada operação, com benefícios para nossos clientes e para o país”, acrescenta Salcedo.“O sucesso deste primeiro projeto de colaboração junto à Brado nos permitirá ampliar a parceria. Estamos muitos confiantes”, ressalta Camargo.


Próxima edição: Outubro/2018 Local: Majestic Palace Hotel Florianópolis/SC

IV O IV CIDESPORT possui caráter técnico-científico e tem como principais objetivos: • Fomentar e estimular a discussão sobre o desempenho do setor portuário, a partir da perspectiva da comunidade científica e dos profissionais que atuam na gestão dos portos. • Disseminar e explorar as boas práticas de gestão do setor portuário que contribuem para a melhoria do desempenho dos portos a partir da realidade de vários países. • Promover maior integração entre a comunidade científica e os gestores portuários, estimulando o desenvolvimento de pesquisas aplicadas que agreguem valor à gestão e ao desempenho dos portos.

O público-alvo do IV CIDESPORT é formado por: •Pesquisadores e professores que desenvolvem pesquisas e estudos sobre a gestão e o desempenho portuário em todas as suas dimensões. •Dirigentes e gestores portuários. •Profissionais técnicos e administrativos que atuam no ambiente portuário e empresas afins. •Doutorandos, mestrandos e acadêmicos em geral que possuem interesse nos temas gestão e desempenho portuário. •Dirigentes e técnicos que atuam em órgãos formuladores de políticas, reguladores e fiscalizadores da atividade portuária.

Em 2017, o CIDESPORT foi realizado no período de 25 a 27 de outubro e contemplou a apresentação de 67 artigos científicos, sendo 12 do exterior, seis palestras e três painéis, envolvendo 14 palestrantes de renome nacional e internacional. Organização:

Apoio Financeiro:

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BEBIDAS & ALIMENTOS

PROXIMIDADE DO VERÃO FAZ AUMENTAR A IMPORTAÇÃO DE CERVEJA Carregamento da bebida na importação marítima é feito em contêiner de Dry Van e as garrafas vêm acomodadas em caixas de papelão dentro de pallets ou slip sheets

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AINDA QUE A COMPRA DA BEBIDA OCORRA DURANTE TODO O ANO, É POSSÍVEL OBSERVAR UMA DEMANDA MAIOR NO PERÍODO QUE ANTECEDE A TEMPORADA DE VERÃO NO BRASIL. As importações brasileiras de cervejas continuam aquecidas. Mesmo quem não gosta da bebida e muito menos sabe diferenciar uma Golden Strong Ale de uma Weissbier pode perceber que restaurantes, supermercados, bares e casas especializadas andam repletas dessas novidades vindas de outras regiões do mundo. Na Allog International Transport, por exemplo, a importação de cerveja vem crescendo anualmente. Ainda que a compra da bebida ocorra durante todo o ano, é possível observar uma demanda maior no período que antecede a temporada de verão no Brasil. Países como Holanda, Alemanha e Bélgica, na Europa, e México e Uruguai, na América Latina, lideram o ranking das importações intermediadas pela empresa. De acordo com Caroline Ferlin, Key Account de importação marítima da Allog, as cervejas são importadas pelos modais marítimo e rodoviário. O carregamento da bebida na importação marítima é feito em contêiner de Dry Van e as garrafas vêm acomodadas em caixas de papelão dentro de


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pallets ou slip sheets. “Devido às regulamentações brasileiras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os pallets de madeira e materiais de peação devem receber tratamento fitossanitário para que sejam aceitos no país”, diz. Segundo Caroline, há casos em que é necessário manter o produto sob refrigeração durante todo o processo da cadeia logística, como na importação de chope em barril. Neste caso, o transporte ocorre em contêiner reefer com temperatura controlada. Além da importação do produto acabado - a cerveja pronta para o consumo - a empresa ainda movimenta matéria-prima para a produção nacional, como lúpulo, cevada, malte e levedura, bem como materiais para embalagens, maquinários para fábricas, entre outros.

Saiba mais O mercado brasileiro de cerveja é o terceiro maior do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. O setor gera cerca de 2,2 milhões de empregos e sua receita corresponde a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, contribuindo com R$ 23 bilhões de impostos ao ano. O Brasil fabricou 14,1 bilhões de litros de cerveja em 2016.

A Atlântico Sul Consultoria oferece aos seus clientes soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento de projetos de engenharia e estudos ambientais para os setores portuário, de transporte marítimo e hidroviário, náutico e costeiro. Na área de Engenharia a Atlântico Sul é especializada na elaboração de projetos de dragagem e derrocagem, projetos de engenharia portuária e costeira e na prestação de serviços de fiscalização e gerenciamento de obras. Na área de Meio Ambiente a Atlântico Sul destaca-se na realização de estudos de oceanografia costeira e geologia litorânea, estudos de viabilidade, modelagem numérica computacional e manejo de material contaminado em ambientes aquáticos.

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ENTREVISTA

CARLOS AUGUSTO CHAVES LEAL SILVA CAPITÃO DE MAR E GUERRA “A hidrografia que se desenvolve no Brasil goza de prestígio internacional”

Comandante Augusto (E) e vice-almirante Olsen com os oceanógrafos João Thadeu de Menezes e Fernando Diehl na formalização do apoio da DHN e da CHM ao 1º Simpósio Brasileiro de Hidrografia Portuária

Em entrevista exclusiva à revista Informativo dos Portos, o Capitão de mar e guerra Carlos Augusto Chaves Leal Silva, diretor do Centro de Hidrografia da Marinha – CHM, apresenta um panorama da hidrografia brasileira e ressalta investimentos da Marinha do Brasil na capacitação de aquaviários. Ele será um dos debatedores do 1º Simpósio Brasileiro de Hidrografia, que será realizado de 13 a 17 de novembro, em Balneário Camboriú, durante o 17º Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar – COLACMAR’2017. 34

AS AUTORIDADES PORTUÁRIAS TÊM AUMENTADO A PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA QUE O AMBIENTE MARINHO E SUA DINÂMICA EXERCEM SOBRE A ATIVIDADE ECONÔMICA QUE DESENVOLVEM.


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Informativo dos Portos: Qual a situação da hidrografia no Brasil hoje? Comandante: A hidrografia no Brasil mantém-se em um nível de destaque e permanece em evolução. O país é membro fundador da Organização Hidrográfica Internacional (OHI), integrante de seu conselho e com participação ativa nos diversos fóruns técnicos. O protagonismo do Brasil na OHI se dá também na participação de hidrógrafos em seus quadros, inclusive em cargo de direção. A hidrografia que se desenvolve no Brasil goza de prestígio internacional. Além disso, anteriormente, a execução de levantamentos hidrográficos (LH) ficava praticamente restrita à Marinha, mas principalmente depois da publicação da Lei dos Portos, que atribuiu também às autoridades portuárias a realização de LH, a atividade está se desenvolvendo rapidamente. Atualmente, a Marinha, por meio da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), oferece cursos para a formação específica de hidrógrafos. Mesmo assim, seria desejável a existência de outros locais para esse tipo de formação. A Universidade Federal Fluminense (UFF), a DHN e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão preparando um curso de pós-graduação na área de hidrografia para atender à essa demanda, cada vez mais importante para a atividade econômica do país. Informativo dos Portos: O transporte de cargas tem necessidade de investimentos e expansão. Como o senhor avalia a hidrografia nesse contexto? Comandante: A hidrografia portuária no Brasil tem evoluído ao longo dos anos. As autoridades portuárias têm aumentado a percepção da importância que o ambiente marinho e sua dinâmica exercem sobre a atividade econômica que desenvolvem, e nota-se que portos e terminais têm buscado capacitar suas equipes a fim de assegurar que seus LH tenham qualidade e constância necessárias. Em contrapartida, o CHM promove anualmente um workshop com contratantes e executores de LH. Também mantemos canais com as autoridades portuárias e terminais privados a fim de que a hidrografia seja mais um fator de segurança da navegação de acesso a portos e terminais, de modo a contribuir para o crescimento de suas atividades.

melhores práticas e especificações estabelecidas pelas normas da autoridade marítima para levantamentos hidrográficos (Nornam-25). São aulas teóricas e práticas de coleta de dados batimétricos, maré e processamento de LH. O CHM realiza um workshop anual com entidades que contratam e que executam serviços de LH. Adicionalmente, a equipe técnica do CHM participa regularmente de congressos, simpósios e palestras. Informativo dos Portos: Muitos destes assuntos estarão em pauta no 1º Simpósio Brasileiro de Hidrografia Portuária, que conta com apoio da CHM. Qual a sua perspectiva para o evento? Comandante: O CHM incentiva e apoia atividades que conscientizem para a importância e o desenvolvimento da hidrografia no Brasil. Espera-se que o simpósio seja um sucesso e que contribua para assuntos relacionados à essa área do conhecimento. Destaca-se a louvável iniciativa dos organizadores ao elegerem como tema central a hidrografia, que tem implicações impor tantes na economia do país. O CHM se fará presente com oficiais, para ministrar palestras, participar de debaCapitão de mar e guerra Carlos Augusto (E) analisa carta náutica em reunião na DHN tes e assistir ao simpósio.

Informativo dos Portos: Quais os esforços da Marinha para o aprimoramento do profissional náutico? Comandante: Capacitação é fundamental e a Marinha tem estimulado isso em seus segmentos e na comunidade marítima. No tocante à hidrografia, a DHN oferece cursos de formação em nível superior e técnico. A DHN promove, ainda, a cada ano, um estágio de duas semanas para difundir as 35


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facilita a análise dos LH e a velocidade de atualização das cartas. Informativo dos Portos: Como o CHM avalia a sua capacidade de atendimento? Comandante: O CHM dispõe de uma equipe técnica com alta capacidade para atender à demanda brasileira no setor de hidrografia. Anualmente, são emitidas cerca de 400 autorizações para a execução de LH em todo o país. Busca-se priorizar a análise de acordo com a sua relevância para a segurança da navegação e para a economia nacional. Caso o relatório de LH seja

Informativo dos Portos: As cartas náuticas DHN acompanham a demanda portuária? Comandante: O processo de produção cartográfica é conduzido de maneira que as cartas náuticas sejam permanentemente atualizadas, seguindo os padrões da OHI, e assegura, por Avisos Rádio Náuticos, que as atualizações cheguem ao navegante em tempo adequado e de forma apropriada. Com relação à análise de LH, quando se trata de atualização cartográfica, é necessário esclarecer que os dados retratam abrangente espectro de variedades de ambientes em que se executam os LH. Essa especificidade torna qualquer tipo de automação um grande desafio tecnológico e mesmo científico. É lógico que a automatização do processo tem aumentado à medida que se avançam os recursos tecnológicos. Por outro lado, a maior complexidade dos LH, com exigência de tecnologias mais avançadas e maior acurácia, acarreta um aumento da complexidade das análises. Isso faz com que a melhor maneira de se otimizar o tempo de atualização das cartas seja atuando no início do processo. Isto é, antes de enviar ao CHM um LH para análise, é prioritária a elaboração de relatórios mais claros e completos, conforme as especificações das Normam-25. Essa clareza

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PORTOS E TERMINAIS BRASILEIROS TÊM BUSCADO CAPACITAR SUAS EQUIPES A FIM DE ASSEGURAR QUE SEUS LEVANTAMENTOS HIDROGRÁFICOS TENHAM QUALIDADE E CONSTÂNCIA NECESSÁRIAS.


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entregue ao CHM cumprindo todos os aspectos previstos nas Normam-25, a análise ocorrerá com maior fluidez. Além disso, o CHM analisa os projetos de obras sobre e sob águas, no que diz respeito à representação cartográfica. Informativo dos Portos: Como o CHM avalia o cadastramento de empresas interessadas na realização de LH? Comandante: O CHM segue as Normam-25. As entidades interessadas em executar LH devem apresentar um requerimento ao CHM, obedecer aos critérios documentais das normas e dispor de um profissional hidrógrafo ou que detenha a adequada formação técnica. Ele será o responsável pelo relatório com os dados apresentados ao CHM ao final do LH. Destaca-se que a renovação do cadastramento deve ser feita a cada três anos. Adicionalmente, o CHM mantém, em sua página na internet, uma tabela contendo todas as entidades cadastradas. Nessa tabela, os interessados podem acessar as principais informações a respeito do histórico recente do aproveitamento dos LH das entidades, no que diz respeito à atualização cartográfica. Também podem obter informações sobre a infraestrutura das entidades, por exemplo, se possuem embarcação própria, ecobatímetro e outros dados. Informativo dos Portos: Percebe-se elevação nas demandas de LH na costa brasileira? Comandante: O quantitativo de LH normalmente é proporcional à atividade econômica do país. Nas últimas duas décadas, houve um significativo aumento no número de LH realizados. Partiu de cerca de 70, em 1998, para mais de 400, em 2013. Entretanto, desde o final de 2014, a demanda parou de crescer, comprovando sua relação com a atividade econômica. Espera-se que, com a retomada do crescimento econômico, esses números voltem a aumentar. Informativo dos Portos: Recentemente, a ABNT lançou a NBR-13.246 que trata de Planejamento Portuário. Por se tratar, em muitos aspectos, de uma tradução do Report 121/2014 da Associação Mundial para Infraestrutura de Transporte Aquático (Pianc), como o senhor avalia a sua aplicação no Brasil? Comandante: A aplicação dessas normas técnicas busca, entre outros aspectos, a determinação de um calado operacional seguro para a navegação no canal de acesso aos portos e terminais, bem como em suas bacias de evolução. Nesse sentido, a atualização da NBR-13.246 mostra-se como mais um passo no sentido de orientar as ações em prol da segurança da navegação. Com relação à hidrografia, é importante destacar que, em agosto deste ano, foi publicada pela DHN a 2ª Revisão das Normam-25 que busca, com algumas alterações pontuais, aprimorar as orientações para os procedimentos em geral das entidades que executam LH, assim como das que contratam esse serviço. Informativo dos Portos: Quais são os maiores desafios da CHM para os próximos anos? Comandante: A hidrografia, como um ramo da engenharia, é uma ciência em franca evolução devido aos vertiginosos avanços tecnológicos. Pode-se destacar dois desafios: um deles é a análise de LH para atualização cartográfica, a partir do surgimento e do desenvolvimento de novas tecnologias como o LIDAR (Light Detection and Ranging), que utiliza o laser como forma de obter a medida de profundidade; e o Sonar de Varredura Lateral Interferométrico, que compõe dados de batimetria com imagens sonar. O outro desafio é a preparação do CHM para a configuração dos produtos de meteorologia, oceanografia e cartografia em formatos compatíveis com o novo padrão que será definido de acordo com o conceito chamado de e-Navigation. Esse conceito pode ser definido como a coleta, integração, intercâmbio, apresentação e análise harmonizados de informações marinhas, a bordo e em terra, com o propósito de aprimorar a navegação de berço a berço do cais e serviços relacionados, para a proteção e a segurança no mar, bem como a preservação do ambiente marinho.

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TECNOLOGIA PARANAGUÁ

APLICA INSPEÇÃO DE CONTÊINERES POR MEIO DE SCANNERS Imagens escaneadas são enviadas diretamente para o sistema da Receita Federal, que cruza a imagem captada com os dados descritos na nota fiscal

Karin Oliveira Silva

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) passou a aplicar a inspeção por scanners de 100% das cargas que desembarcam no terminal de contêinres. Entre os produtos transportados por contêiner estão bobinas de aço, pneus, brinquedos, aditivos de ração animal, ervas medicinais e eletrônicos. Os novos scanners estão trazendo mais segurança no processo de importação e exportação. As imagens escaneadas são enviadas diretamente para o sistema da Receita Federal, que cruza, em tempo real, a imagem captada com os dados descritos na nota fiscal. Desta forma, o processo de fiscalização fica mais rápido e preciso. O scanner também é capaz de detectar qualquer tipo de substância ilícita ou contrabandeada, como produtos químicos, armas, drogas e radioatividade. O scanner de cargas de Paranaguá fica próximo ao berço 206, em uma área sinalizada e cercada dentro da faixa portuária. O equipamento funciona como uma máquina de raio-X que faz a varredura completa nas cargas e a operação dura menos de um minuto. Segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o equipamento traz mais controle e torna mais eficiente e ágil a fiscalização e liberação de cargas que entram e saem do porto. “Com a nova fiscalização, liberamos os contêineres com total segurança e em menos tempo, barateando a logística dos clientes que operam por aqui”, afirma.

COMO FUNCIONA Na primeira varredura do scanner, o caminhão passa por uma placa que mede

a radioatividade da carga. Se dentro do contêiner houver alguma carga líquida ou substância com nível radioativo acima do normal, uma luz vermelha se acende e um sinal sonoro é disparado. Automaticamente, o caminhão é bloqueado e a carga fica retida para análise. Poucos metros à frente, o caminhão passa por uma trava, que faz a leitura em raio-X e gera a imagem da carga na central de controle. São analisadas diversas situações, como contêineres ditos vazios, mas que contém carga; material escondido e materiais não identificados. As informações são repassadas automaticamente para a Receita Federal, juntamente com os dados da nota fiscal e a placa do veículo.

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TECNOLOGIA MALL FOR AFRICA & MALL FOR THE WORLD

SE UNEM À WCA PARA AMPLIAR FRONTEIRA ECOMMERCE Parceria permite membros aumentarem carteira de clientes e plataformas para adentrarem em novos mercados internacionais Líder global nas plataformas e-commerce e m-commerce , Mall for Africa (MFA) e Mall for the World (MFW) anunciaram parceria estratégica com WCA eCommerce, a primeira rede global de logística eCommerce. A aliança visa ampliar a fronteira logística, possibilitando aos membros WCA aumentarem sua carteira de clientes e permitir que a MFA e a MFW se insiram em novos mercados através das capacidades logísticas locais e regionais. A Mall of Africa e a Mall for the World possibilitarão a todos os membros WCA e seus clientes o acesso a mais de 200 dos melhores varejistas dos Estados Unidos e do Reino Unido. As empresas patenteadas e premiadas proporcionarão uma nova fonte de receita em volume de embarque. A MFA e a MFW passam a gerenciar cada passo do processo de ordem de compra, oferecendo aos consumidores uma solução de compra online simples, segura e conveniente, enquanto os membros WCA gerenciam o embarquem, garantindo uma entrega eficiente. A parceria oferecerá um serviço excepcional aos consumidores, assim como crescimento para a rede WCA Commerce. “Nós estamos maravilhados em nos unir à rede e esperamos ansiosos em ter a WCA nos ajudando a atingir nossos objetivos de crescimento”, diz Chris Folayan, CEO do Mall for Africa e Mall for the World. “Ter uma forte presença é crucial e ter parceiros no qual podemos confiar é ainda mais importante. Nós sabemos que ter nossa plataforma nas mãos dos membros WCA será um grande local de venda para clientes atuais e futuros”, comenta. Com centenas de membros, a rede WCA eCommerce oferece a surplus of

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Chris Folayan, CEO do Mall for Africa e Mall for the World guidance de experts da indústria e ferramentas online. A rede também oferta, aos seus membros, acesso aos embarcadores globais e consumidores, dando-lhes a oportunidade de competir no supply chain entre fronteiras. Com o esperado crescimento do e-commerce entre fronteiras, duas vezes maior do que a taxa do e-commerce doméstico, espera-se que as receitas do e-commerce global ultrapassem a impressionante marca de 4 trilhões de dólares até 2020. Já para as transações e-commerce está estimado crescimento na taxa de 30% por ano até 2020.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ARTIGO

CARGAS PERIGOSAS (IMO): COMO LIDAR COM ELAS? por Bruna Silva Com o objetivo de garantir a segurança do transporte de mercadorias e das pessoas envolvidas no manuseio das diversas cargas perigosas, o IMO (Organização Marítima Internacional) - órgão pertencente às Nações Unidas e competente para lidar com assuntos técnicos relativos ao transporte marítimo e aéreo - instituiu e classificou cargas para estabelecer risco e padrão de manipulação. É considerada perigosa qualquer substância que, em condições normais, tenha alguma instabilidade inerente que, sozinha ou combinada com outras cargas, possa causar incêndio, explosão, corrosão de outros materiais, ou ainda que seja suficientemente tóxica para ameaçar

a vida ou a saúde pública se não for adequadamente controlada (IMDG Code: Código para Cargas Perigosas). Estas regras são analisadas e reclassificadas a cada dois anos pelo IMDG. A autorização de transporte de cargas perigosas, no entanto, cabe exclusivamente ao armador e à companhia aérea contratados e, sempre que é feito este tipo de transporte, é necessário apresentar o MSDS (do inglês, Material Safety Data Sheet), emitido pelo transportador/ fabricante da carga. Cargas perigosas requerem sempre cuidados e medidas específicas, pois os riscos podem variar de contaminação de outras cargas/ambientes até acidentes como explosões, por exemplo. Como podem ocorrer reações químicas entre os diversos tipos de produtos perigosos, para todo espaço de carga IMO solicitado, o armador faz uma análise prévia em relação à mercadoria, demais cargas que serão embarcadas, viagem e portos que o navio irá operar e aceite do embarcador/dono do navio. No modal aéreo, se a carga for considerada perigosa, poderá embarcar somente em voos cargueiros, de acordo com análise prévia das companhias aéreas. Por isso, somente com o MSDS e após análise do armador, é aceito o embarque da mercadoria. Nesse modal, além da análise do MSDS, a companhia aérea somente aceitará as cargas que estiverem com a embalagem e etiquetas (situação que é de responsabilidade do exportador) dentro das normas da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Além disso, o IMDG Code estabelece normas para a segregação a bordo dos navios e aviões, mas, em geral, esta tabela é aplicada também nas áreas portuárias e/ou alfândegadas, oferecendo uma segurança ainda maior na movimentação.

* A autora é analista de operações de importação da Allog International Transport

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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO

ITAJAÍ

PORTONAVE PRIMEIRO TERMINAL PORTUÁRIO PRIVADO DO PAÍS COMPLETA 10 ANOS Em uma década, já passaram pela Portonave mais de 5,3 mil escalas de navios com destinos para todas as partes do mundo

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A Portonave – Terminais Portuários de Navegantes completa, neste mês de outubro, uma década de operação. Nascida como o primeiro terminal portuário privado de contêineres do país, a empresa é hoje um dos mais modernos portos do Brasil, referência na movimentação de contêineres. Desde 2010 a empresa é líder em Santa Catarina e responde, segundo Datamar (08/2017), por 59% do mercado estadual.

Como o mais bem equipado terminal de Santa Catarina, a companhia conta também com uma câmara frigorífica totalmente automatizada, a Iceport, anexa ao terminal portuário, com capacidade estática de 16 mil posições pallets. Até setembro, a Iceport movimentou 331.820 toneladas.

O terminal ocupa a segunda posição no país, conforme ranking da Antaq, e está entre os 20 maiores portos da América Latina (fonte: Cepal). Em 10 anos de operação, já passaram pela Portonave mais de 5,3 mil escalas de navios com destinos para todas as partes do mundo. Em volume, o porto já movimentou mais de 6 milhões de TEUs (medida correspondente a um contêiner de 20 pés).

A Portonave é referência em Navegantes não somente com a atividade portuária, mas também com o incentivo a projetos e ações na esfera socioambiental. Só em 2016, o terminal destinou R$ 1,7 milhão para ações e projetos (incluindo os aprovados em leis de incentivo) nas áreas de saúde, educação, cultura e meio ambiente. Por meio do Instituto Portonave são desenvolvidos projetos como o Inclusão Digital e o Projeto Onda, que atendem escolas do município.

Em 2017, até setembro, a Portonave somou 685.901 TEUs, um incremento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados positivos e o crescimento são resultado do trabalho de 1.060 profissionais que fazem da Portonave um terminal reconhecido pela eficiência, alinhados à infraestrutura adequada e à confiança dos clientes e parceiros que movimentam suas cargas por Navegantes.

Na área de meio ambiente, a recuperação da restinga e vegetação nativa da orla de Navegantes, mais a construção de um deck de madeira em toda a extensão da praia fez do Projeto Nossa Praia uma das principais obras de recuperação de praia urbana do país. Além disso, a empresa é a maior contribuinte no repasse de Imposto Sobre Serviço (ISS) no município, respondendo por cerca da metade do total arrecadado pela prefeitura.

AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS


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PORTO DE ITAJAÍ CONCLUSÃO DAS OBRAS DO BERÇO 3 DEVE ACONTECER EM NOVEMBRO O berço 3 tem 210 metros de comprimento e o berço 4 segue um traçado retilíneo de 280 metros, totalizando 490 metros de cais

As obras de reforço do berço 3 do Porto de Itajaí seguem em ritmo acelerado. A previsão é de que os trabalhos sejam entregues em novembro deste ano. Uma das últimas etapas da obra foi a concretagem dos parâmentos para a fixação dos cabeços de amarração. Atualmente, 68 pessoas estão trabalhando no berço para que as obras sejam entregues dentro de seu cronograma previsto para novembro deste ano. Já o berço 4 deve ficar pronto em maio do próximo ano. Paralelamente, seguem os testes de perfuração e fragmentação das interferências submersas das estruturas dos antigos berços 3 e 4 que ruíram nas enchentes de 1983 e 1984. Os dois serviços estão sendo realizados pela Serveng Engenharia e Veríssimo Serviços de Fundações e Engenharia, esta última subcontratada pela Serveng para os trabalhos de cravação e perfuração de interferências submersas no berço 4. “Trata-se de uma obra portuária complexa devido ao surgimento das lajes submersas encontradas a mais de 20 metros de profundidade. Temos agora a alternativa de perfurar estas lajes para que as cami-

sas metálicas (equipamento de proteção utilizado para perfuração de interferência submersa) ultrapassem esse obstáculo”, destaca André Pimentel, diretor técnico da Superintendência do Porto de Itajaí. O berço 3 tem, em sua margem, 210 metros de comprimento e o berço 4 segue um traçado retilíneo de 280 metros, totalizando 490 metros de cais. Hoje, na margem direita do Porto de Itajaí, somente o berço 2 está operando com movimentações portuárias, pois o berço 1, localizado na área da APM Terminals também está em manutenção, com previsão de conclusão em novembro. A expectativa é que até o final do ano o Porto de Itajaí opere com três berços. “Operar somente com um berço não nos qualifica para mercado portuário. Com a entrega concluída do berço 3 prevista para o próximo mês e posteriormente do berço 1 da APM Terminals, teremos condições de mais atracações e assim permitir a geração de receita para o porto público, para APM Terminals, para o município de Itajaí e para os trabalhadores de classe portuária, logística e de comércio exterior”,afirma Marcelo Werner Salles, superintendente do Porto de Itajaí.

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SUPLEMENTO ITAJAÍ

INVESTIMENTO EM ITAJAÍ AUMENTA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM EM 60% Aumento da capacidade dará suporte à maior produção proveniente das novas unidades na Costa do Golfo dos EUA e que deverá ser embarcada para a América Latina

A Dow ampliou a sua capacidade de armazenagem de polietileno e produtos das áreas de especialidades plásticas em 60%. A empresa acaba de inaugurar em Itajaí (SC) seu maior terminal logístico para polietileno na América Latina fora de suas unidades produtivas. O aumento da capacidade dará suporte à maior produção proveniente das novas unidades da Dow na Costa do Golfo dos Estados Unidos e que deverá ser embarcada para a América Latina. Um aspecto importante do projeto é a eliminação da capacidade ociosa, uma vez que os produtos são estocados diretamente em contêineres. A operação logística do terminal está a cargo da Log-In, empresa de soluções em logística porta a porta. “Esse projeto marca a segunda etapa de ações que a Dow tem desenvolvido desde 2011 para aprimorar sua eficiência logística no Brasil, trazendo benefícios para toda a cadeia”, afirma Leonardo Feltrinelli, diretor de Supply Chain da Dow América Latina. Segundo ele, o terminal logístico está alinhado à estratégia de crescimento da área de Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow, armazenando produtos

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vindos, principalmente, de unidades na Argentina e Estados Unidos. O desenho do projeto do novo terminal logístico começou em 2015, quando foram definidas as estratégias para o volume adicional de polietileno. Como parte desta produção adicional seria enviada ao Brasil, houve a necessidade de adequação da cadeia logística da companhia para absorver e gerenciar todo o volume envolvido. Diante deste cenário, a Dow optou pela transferência do terminal existente em São Francisco do Sul, também em Santa Catarina, para o novo local em Itajaí, que passaria a ter capacidade de absorver a crescente demanda. O terminal desenvolvido pela Log-In possui 44 mil m² de área total (sendo 5,2 mil m² apenas para cross docking) e oferece ferramentas planejadas para o projeto da Dow, como empilhadeiras de até 41 toneladas de capacidade, porta paletes, sistema inteligente de rastreamento e circuito interno de TV para monitoramento. De acordo com João Correia, gerente de Operação de Terminais da Log-In, o empreendimento demonstra a capacidade da empresa em fornecer


soluções logísticas customizadas de acordo com as necessidades dos clientes. “O projeto foi desenvolvido para proporcionar um acréscimo de 23% em ganhos de produção operacional, levando em consideração o aumento de demanda previsto pela Dow”, afirma Correia. A mudança de São Francisco do Sul para Itajaí também impactará positivamente na otimização operacional e nas metas de sustentabilidade da empresa. Com o novo projeto, o acesso ao porto de Navegantes pela Dow terá uma redução de 76 quilômetros no trajeto percorrido – dos 80 quilômetros atuais para apenas 10 quilômetros. “Essa redução de 87% no trajeto entre o porto e nosso terminal trará importantes benefícios à operação, como otimização nos tempos de operação impactados diretamente pela distância e

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redução de perdas por excesso de manuseio das cargas”, afirma Alexandre Magno, gerente de Logística para Embalagens e Plásticos de Especialidades no Brasil. Outro aspecto importante, segundo ele, é a diminuição significativa nas emissões de CO² na atmosfera, já que estão diretamente conectadas à distância que é percorrida pela movimentação da carga. “Esta nova operação será mais um avanço em relação aos já conquistados pela companhia em projetos anteriores de aprimoramento logístico”, relata. Em 2011, a Dow foi pioneira na adição de uma camada extra de sacos em cada pallet de polietileno em cada contêiner, o que ampliou sua capacidade de transporte em quase 10%. Além dessa mudança, a empresa também passou a armazenar os produtos diretamente nos contêineres, trazendo como benefício a redução de 10% na movimentação de carga, na época. Além de Santa Catarina, a Dow possui um segundo terminal logístico em Juiz de Fora (MG), com capacidade de 15 mil toneladas e abastecido a partir do porto do Rio de Janeiro, que possui os mesmos critérios de otimização operacional de Santa Catarina.

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APOIO OPERACIONAL

ALIANÇA RECEBE SEGUNDO REBOCADOR DA SÉRIE EM CONSTRUÇÃO EM ITAJAÍ O Aliança Minuano foi entregue em junho, enquanto o Aliança Pampeiro será entregue até o final do ano. As três embarcações custarão R$ 90 milhões

O Estaleiro Detroit Brasil, de Itajaí, acaba de entregar o rebocador Aliança Aracati para a Aliança Navegação e Logística. A embarcação, considerada de última geração e adequada para navios cada vez maiores, tem 32 metros de comprimento e capacidade de tração estática de 70 toneladas bollard pull. O Aliança Aracati é o segundo de uma série de embarcações que estão sendo construídos no estaleiro. O Aliança Minuano foi entregue em junho, enquanto o Aliança Pampeiro será entregue até o final do ano. Os três rebocadores da mesma série custarão R$ 90 milhões. Outros quatro, de uma linha ainda mais moderna, estarão disponíveis ao longo de 2019. Todos os rebocadores serão operados diretamente pela Aliança. O Aliança Aracati foi batizado pela funcionária da área financeira do escritório de Salvador, Virginia Nascimento, que está na empresa há 34 anos. “Esta é mais uma forma de valorizar colaboradoras com tantos anos de casa e que muito contribuíram para o desenvolvimento da empresa ao longo deste período”, afirma José Roberto Salgado Sobrinho, diretor da Aliança Navegação e Logística. De acordo com o executivo, há uma demanda para embarcações como esta “e estamos gerando mais oportunidades para desenvolver a indústria naval no Brasil. Estimulamos o empreendedorismo em todas as frentes”. Para Salgado, o mercado precisa de rebocadores de maior porte 48

e há potencial para expansão no Brasil. “Como é uma área em que não atuamos diretamente, a Aliança fechará acordos operacionais com empresas já estabelecidas no mercado para a comercialização dos serviços destas embarcações”, explica. Fundada em 1950 por Carl Fisher, a Aliança Navegação e Logística foi adquirida em 1998 pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd. Um ano depois, a empresa Aliança retomou o transporte de cabotagem no Brasil, que até então era subutilizado. Entre 2013 e 2014, a Aliança reestruturou sua frota de cabotagem com um investimento de R$ 700 milhões na compra de seis navios porta-contêineres com capacidades que variam de 3.800 TEUs a 4.800 TEUs. Atualmente, a empresa conta com 11 navios em operação no serviço, com amplo atendimento em 15 portos de Buenos Aires até Manaus, e um total de 104 escalas mensais. A Aliança é market leader na cabotagem e possui uma carteira de clientes que vai do arroz ao zinco, com grandes, pequenas e médias empresas e em praticamente todos os segmentos do mercado, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. A empresa tem forte atuação no mercado externo, com 25 navios porta-contêineres que fazem a rota internacional, distribuídos em nove serviços.


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SERVIÇO DE CABOTAGEM

DHL INVESTE PARA INCREMENTAR SOLUÇÃO DIFERENCIADA NA CABOTAGEM Empresa criou uma equipe dedicada e uma subsidiária exclusiva voltada ao transporte multimodal: a DHL Transportes A DHL Global Forwarding anunciou que está investindo para oferecer uma solução diferenciada no serviço de cabotagem. Atualmente, segundo dados da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a cabotagem representa 9,6% da matriz brasileira de transporte de carga, em comparação aos 37% movimentados na União Europeia e aos 48% transportados pela China. Hoje, o modal chega a usar oito vezes menos combustível do que o rodoviário e emite 323% menos CO². Além disso, 80% da população e 70% das indústrias estão a menos de 200 km da costa brasileira, o que reforça o fato de que a cabotagem tem grande potencial para otimizar os embarques domésticos. Com mais de 8 mil quilômetros de costas navegáveis, o país tem grande potencial para a cabotagem, modal de transporte marítimo cujo volume de carga movimentada cresceu 36% de 2010 para 2016. Em linha com esse movimento, a DHL criou uma equipe dedicada e uma subsidiária exclusiva voltada ao transporte multimodal: a DHL Transportes. Com isso, é possível centralizar tudo o que o cliente necessita em um único parceiro, como rastreabilidade e atenção total à carga e um documento único (CT-e), além de combinar a cabotagem com outros modais de transporte. Para a CEO da DHL Global Forwarding, Cindy Haring, o atual cenário econômico e a busca por eficiência levaram muitos clientes a buscar novas soluções logísticas. “A cabotagem é um caminho, pois une redução de custos, maior segurança e menores impactos ambientais. O potencial é muito grande, tanto pelas dimensões continentais do país como pela concentração elevada do modal rodoviário, que continua a ser uma etapa importante, mas que pode ser alavancada por estratégias multimodais e tecnologia”, afirma. O diretor do produto marítimo da DHL Global Forwarding, Ricardo Carui, explica que, para extrair maior valor da cabotagem, é necessário um parceiro especializado. “Ela demanda um planejamento maior por parte do cliente, por conta da programação de navios que precisa ser respeitada”. A DHL Transportes atua como Operador de Transporte Multimodal (OTM), realizando o transporte multimodal de cargas em embarques nacionais por todo o país, conforme a Lei n.º 9.611. Por meio dela, o cliente trabalha com um único Conhecimento de Transporte (CT-e), lidando com apenas um fornecedor de ponta a ponta. Com isso, há apenas uma cotação/tarifa e pagamento para

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CEO da DHL Global Forwarding, Cindy Haring toda a operação, o que também contribui para a redução de documentos, follow ups, auditorias tarifárias e processos de integração do CT-e, o que torna o transporte mais simples e eficiente. Além de grandes cargas, a DHL ainda oferece a modalidade LCL para cargas fracionadas, o que abre o leque para a utilização da cabotagem. Atualmente, há quatro rotas disponíveis (Santos, Suape, Pecém/Fortaleza e Manaus) com frequência semanal. O escopo dos serviços inclui consolidação, estufagem de contêiner, entrega no porto de origem, cabotagem (porto/porto), coleta no porto de destino e desconsolidação, incluindo o monitoramento de todo o trajeto.


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ARTIGO

HABILITAÇÃO DE EMPRESAS PARA OPERAÇÃO NO SISCOMEX por Wagner Antônio Coelho

Nos termos já abordados em artigos publicados em edições anteriores, verificam-se diversos procedimentos implementados na política de comércio exterior brasileiro e no controle aduaneiro, no sentido de facilitar as operações de importação e exportação por empresas brasileiras. Nesse sentido, observam-se alterações interessantes nos últimos dez anos, relacionadas à habilitação de empresas importadoras, exportadoras e internadoras da Zona Franca de Manaus para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), e de credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro. Uma das grandes alterações foi evidenciada com a mudança das denominações das submodalidades de habilitação para empresas, tais como de ordinária, simplificada, restrita e especial, constantes na IN RFB 650/2006, para as modalidades de habilitação limitada e ilimitada trazidas pela IN RFB 1288/2012. Posteriormente, em 2015 fora criada a modalidade expressa com objetivo de facilitar o acesso de empresas brasileiras ao comércio exterior. No final de 2015, fora publicada a IN RFB 1603/2015, a qual revogou a IN RFB 1288/2012, num pacote de diversas normativas relacionadas ao controle aduaneiro, publicadas nesse período, com objetivo de facilitar e otimizar o controle aduaneiro necessário nas operações de importação e exportação vinculadas aos Jogos Olímpicos de 2016. Assim, atualmente, as empresas que pretendem desenvolver atividades de importação ou exportação devem se habilitar numa das três submodalidades possíveis: expressa, limitada e ilimitada, nos termos da IN RFB 1603/2015.

O novo enquadramento para a submodalidade de habilitação expressa trouxe procedimento rápido e simplificado para análise pela Receita Federal do Brasil, em no máximo dois dias úteis, em razão do risco aduaneiro vinculado as referidas operações. Além disso, com objetivo de reduzir ainda mais a quantidade de documentos físicos, tal como já evidenciado nos processos de despacho aduaneiro, no fim de setembro do corrente ano foi criado, por intermédio da IN RFB 1745/2017, o requerimento de habilitação na submodalidade expressa diretamente pelo Portal Habilita, disponível no endereço https://portalunico.siscomex. gov.br/portal. Importante ressaltar que a possibilidade do requerimento eletrônico apenas pode ser utilizada por companhias S.A. de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, bem como suas subsidiárias integrais. Também pode ser utilizada por empresa pública ou sociedade de economia mista. Por fim, essa desburocratização atinge o processo necessário para habilitação de empresas com pretensão de desenvolver atividades relacionadas às operações de exportação, sem limite de valores. Já, nas operações de importação, as empresa pretendentes de habilitação expressa cujo somatório dos valores, em cada período consecutivo de seis meses, seja inferior ou igual a US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América), também podem se utilizar do Portal Habilita. Desse modo, verificam-se alterações interessantes relacionadas à facilitação para habilitação de empresas para atuação no comércio exterior brasileiro.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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