Revista Informativo dos Portos 219

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Dezembro 2017 - Edição nº 219 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

R A M O A R A P A IV T C E P S UMIniciAativaNs púOblVicaAs e prPivaEdaRs começam a ganhar corpunodoe.traEmnsSafontrmaarCaretagirinõea,s

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Imbituba investe em melhorias e expande economicamente Nova ferramenta atende mercado de transporte de carga fracionada


2º MAIOR MOVIMENTADOR DE CONTÊINERES DO PAÍS

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

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EDITORIAL

INFORMATIVO DOS PORTOS /

EXPEDIENTE

QUE VENHA 2018!

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

O ambiente econômico brasileiro, normalmente insalubre nos últimos anos, dá

JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

sinais de que a economia brasileira em 2017 foi bem melhor do que se imaginava até bem pouco tempo. Mesmo diante de certo otimismo, o comportamento da economia no ano que se aproxima é uma das maiores expectativas de empresários e trabalhadores. A esperança de melhora é ponto comum nos discursos de

REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

representantes de diferentes categorias. Este é o caso do Porto de Imbituba que, ao completar cinco anos de atividades

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem JC Drones

administradas pela SCpar, mostra que os resultados consolidados são extremamente animadores: o porto aumentou substancialmente a movimentação, diversificou seu portfólio de clientes, investiu forte em melhorias de infraestrutura, contratou novos colaboradores, apoiou projetos sociais importantes, conquistou

REVISÃO Izabel Mendes

reconhecimentos por sua atuação socioambiental e se expandiu economicamente, fortalecendo-se como importante ferramenta de desenvolvimento regional. Com a perspectiva de encerrar 2017 com um total de R$ 4,7 milhões de toneladas

COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

movimentadas, Imbituba alcançará ao fim deste ano um crescimento acumulado de 128% desde que a administração portuária foi delegada ao Governo do Estado de Santa Catarina.

PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra

As previsões também são robustas para a indústria náutica de turismo e lazer, como mostra reportagem especial desta edição do Informativo dos Portos.

DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br

Em Santa Catarina e em diferentes lugares do Brasil, projetos inovadores são lançados com a expectativa de criar uma cultura náutica focada na economia do

PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

mar. Pela configuração fisiográfica que proporciona diversos abrigos naturais em uma costa de 8,5 mil quilômetros, o Brasil tem enorme potencial a ser explorado social e economicamente no setor naval. Boa leitura!

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Dezembro 2017 - Edição nº 219 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

MAR PARA O regiões NOVA PERSPECTIVA UMA começam a ganhar corpo e transformar Em Santa Catarina, Iniciativas públicas e privadas

para o Brasil e o mundo. na economia do mar próximas ao mar em referências em uma cultura náutica focada projetos são lançados com base

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ÍNDICE ESPECIAL Uma nova perspectiva para o mar

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SUL DE SC

Imbituba investe em melhorias e expande economicamente CARRO ZERO Brasil projeta vender até 10 mil carros ao Paraguai em 2018 8

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DIÁRIO DE BORDO................................................................10 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado DESEMPENHO POSITIVO.........................................................23 Porto de Pecém registra crescimento de 97% nas exportações AMÉRICA LATINA...................................................................24 Líderes portuários debatem globalização e protecionismo ARTIGO..............................................................................26 Por que contratar um agente de cargas para o transporte..., por Silvano Santos COLUNA DE TECNOLOGIA........................................................30 Tudo sobre o mercado tecnológico

LOGÍSTICA RODOVIÁRIA Nova ferramenta atende mercado de transporte de carga fracionada

ARTIGO..............................................................................30 De olho no futuro, por Norival Capassi MERCADO LOGÍSTICO..............................................................32 Multilog adquire Elog Sudeste SUPLEMENTO ITAJAÍ...............................................................34 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário MÉRITO SOCIAL.....................................................................34 Portonave recebe certificado de responsabilidade social da Alesc DESBUROCRATIZAÇÃO DO SISTEMA...........................................35 Porto sem Papel chega aos terminais do complexo do Itajaí COBERTURA FOTOGRÁFICA......................................................36 Congresso traz saúde ambiental e viabilidade econômica dos oceano... ARTIGO..............................................................................38 Noções gerais sobre Siscoser, por Wagner Coelho

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DIÁRIO DE BORDO

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EXPORTAÇÕES DE CARROS As 73,1 mil unidades exportadas em novembro colocam o mês como o melhor da história em exportações, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O número ficou acima em 28,8% sobre as 56,7 mil unidades de novembro de 2016 e em 18,7% ante as 61,6 mil de outubro deste ano. Com o desempenho, o acumulado do ano atingiu 700,1 mil unidades, alta de 53,3% em relação as 457,4 mil do ano passado. O resultado tem contribuído para o bom desempenho da produção também: os 249,1 mil autoveículos produzidos em novembro superaram em 15,2% as 216,3 mil unidades do mesmo mês de 2016 e representam estabilidade contra outubro deste ano.

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TERMINAL INTERMODAL

CRESCIMENTO RECORDE EM 2017

A MRS Logística acaba de lançar o Terminal Intermodal de Jundiaí, construído junto à linha férrea operada pela empresa. Com uma área de 75 mil metros quadrados, o terminal terá capacidade para movimentar 70 mil TEUs (unidade corresponde a um contêiner de 20 pés) por ano. Localizado em uma das regiões mais industrializadas do país – a 30 Km de Campinas e a 50 Km de São Paulo – o terminal tem a possibilidade de receber e enviar cargas pelas rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera e se conecta diretamente a uma das ferrovias mais produtivas do mundo, a MRS, com uma malha de 150 km até o Porto de Santos e 480 Km até os portos do Rio de Janeiro.

A JadLog, uma das maiores transportadoras de cargas expressas fracionadas e um dos principais operadores logísticos do comércio eletrônico do país, encerra 2017 com um crescimento recorde de 20%, no primeiro ano sob a gestão e controle do grupo GeoPost - a segunda maior rede de distribuição de encomendas na Europa, através de sua rede internacional DPDgroup -, e prepara-se para investir R$ 50 milhões em 2018. Apesar do cenário econômico, a JadLog estima fechar o ano com um faturamento de R$ 480 milhões, após um mês de novembro recorde, em que suas receitas cresceram acima de 30%.

102 ANOS DE RIO GRANDE O Porto Novo do Porto do Rio Grande acaba de completar 102 anos de atividade com um acumulado (até outubro) de mais de 34,4 milhões de toneladas, um aumento de mais de 4,4% se comparado ao mesmo período do ano passado. Considerando apenas outubro, o aumento foi de 35% e o mês, em 2017, fechou com 3,4 milhões de toneladas. O Porto do Rio Grande movimenta com mais de 90 países ao redor do globo terrestre. Até o momento, a China aparece como o principal destino com mais de 11 milhões de toneladas exportadas ao país asiático. Eslovênia, Coreia do Sul, Irã e Estados Unidos aparecem de 2ª a 5ª posição entre os principais destinos.

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DIÁRIO DE BORDO ALIANÇA VENCE O PRÊMIO ABRALOG Pelo segundo ano consecutivo, a Aliança Navegação e Logística, líder no transporte de cabotagem no Brasil, é a grande vencedora do XV Prêmio Abralog na categoria ‘Multimodalidade em Logística’. Neste ano, o trabalho vencedor foi “Multimodalidade colaborativa como solução logística”, desenvolvido juntamente com a Monsanto do Brasil. A Aliança utilizou a multimodalidade (rodoviária, marítima/cabotagem e ferroviária) entre as plantas da empresa localizadas em Camaçari (BA) e São José dos Campos (SP). No ano passado, a empresa levou o prêmio na mesma categoria com o case da Duratex, que visava à estufagem de contêineres para exportação diretamente na fábrica.

AGENDA DA INDÚSTRIA A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) entregou ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao governador Raimundo Colombo a agenda do setor para o desenvolvimento durante palestra do ministro, na sede da instituição, em Florianópolis. O documento propõe ações de política macroeconômica, agenda microeconômica, relações internacionais, além de política industrial e produtividade. “O processo de modernização institucional do país, iniciado com a aprovação do teto para os gastos públicos e com o ajuste fiscal, com a terceirização e com a recente reforma trabalhista, precisa prosseguir. É o caso da reforma da Previdência Social, que tem o apoio do setor produtivo catarinense”, afirmou o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUL

DE SC

IMBITUBA INVESTE EM MELHORIAS E EXPANDE ECONOMICAMENTE Porto completa cinco anos sob administração estadual e soma conquistas operacionais e socioambientais, fortalecendo-se como agente de desenvolvimento regional A SCPar Porto de Imbituba completa, em 26 de dezembro, cinco anos de atividades. Nessa primeira meia década exercendo a Autoridade Portuária do complexo portuário de Imbituba, no sul de Santa Catarina, os resultados consolidados são extremamente animadores: o porto aumentou substancialmente a movimentação, diversificou seu portfólio de clientes, investiu forte em melhorias de infraestrutura, contratou novos colaboradores, apoiou projetos sociais importantes, conquistou reconhecimentos por sua atuação socioambiental e se expandiu economicamente, fortalecendo-se como importante ferramenta de desenvolvimento regional. Com a perspectiva de encerrar 2017 com um total de R$ 4,5 milhões de toneladas movimentadas, o Porto de Imbituba alcançará ao fim deste ano um crescimento acumulado de 119% desde que a administração portuária foi delegada ao governo do estado de Santa Catarina. Entre os fatores que contribuem para esse expressivo desempenho operacional está a capacidade de movimentar contêineres, granéis agrícolas, minerais e líquidos e cargas gerais. Essa diversificação operacional confere maior estabilidade à movimentação, contornando as oscilações na demanda de cargas específicas. Para o diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba, Rogério Pupo, a qualificação da gestão e infraestruturas terrestre e marítima também podem ser destacadas como pontos fundamentais da alavancagem do porto nos últimos anos. “As melhorias nas vias 14

e procedimentos de acesso internos, além, claro, da capacidade de acesso marítimo, possível graças à conclusão da dragagem de aprofundamento, permitiram colocar Imbituba em posição estratégica no setor. Esse trabalho ultrapassa os R$ 60 milhões em investimentos da SCPar Porto de Imbituba na infraestrutura portuária”, afirma Pupo. Os resultados positivos conquistados ano a ano têm gerado um


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Novas linhas Somada à expressiva movimentação de granéis agrícolas e minerais, a mais recente conquista foi a inclusão da instalação portuária como escala na linha Ásia, consolidando-se como uma forte opção logística de aproximação da produção nacional de grandes mercados produtores e consumidores.

clima de confiança junto à comunidade portuária, que se reflete no remodelamento da retroárea, com a construção de novos armazéns equipados com maquinário de última geração e a aquisição de novos guindastes para movimentação de cargas. Somente entre 2016 e 2017, Imbituba recebeu cerca de R$ 150 milhões em investimentos da iniciativa privada, fazendo com que o porto seja disseminador e também mecanismo de desenvolvimento econômico do município. ATUAÇÃO SOCIOAMBIENTAL No campo social, a SCPar Porto de Imbituba tem atuado através do Projeto Carga Preciosa, que é viabilizado por meio de legislação municipal e federal de incentivo fiscal, uma vez que, por lei, o capital da empresa só pode ser reinvestido dentro do porto. Apenas em 2016 houve o repasse de mais de R$ 600 mil para aproximadamente 50 ações com foco na promoção da cultura e esporte, um aumento de 25% no valor destinado em relação a 2015. Cumprindo sua responsabilidade com o meio ambiente, destaca-se ainda a gestão ambiental realizada pela Autoridade Portuária. Entre os procedimentos que integram o Plano de Controle Ambiental da SCPar Porto de Imbituba estão 18 programas de monitoramento, dentre eles o Programa de Pesquisa e Monitoramento das Baleias Francas, vencedor de 3 prêmios ambientais. Além disso, a atuação alinhada ao desenvolvimento sustentável garantiu à empresa a Certificação em Responsabilidade Social, concedida pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2016 e 2017.

COM A PERSPECTIVA DE ENCERRAR 2017 COM UM TOTAL DE R$ 4,5 MILHÕES DE TONELADAS MOVIMENTADAS, PORTO DE IMBITUBA ALCANÇARÁ AO FIM DESTE ANO UM CRESCIMENTO ACUMULADO DE 119% DESDE QUE A ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA FOI DELEGADA AO GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA.

“Com certeza, a linha da Ásia permite que a qualificação profissional e técnica com que se trabalha hoje no Porto de Imbituba seja vista, passando a ser considerada pelo mercado para atração de novas linhas. Nós estamos entrando definitivamente no mapa e no mercado internacional e esta conquista é parte de um plano estratégico estabelecido logo no início de nossas atividades, que vem sendo cumprido e vencendo etapa por etapa, sabendo que cada passo dado é um passo de consolidação do Porto de Imbituba. É uma ação coerente dentro de uma estrutura de empresa pública presente em um mercado altamente competitivo”, ressalta o diretor-presidente. Na avaliação de Pupo, as perspectivas para os próximos cinco anos são promissoras. “Continuamos a seguir o processo instituído em nosso planejamento estratégico de desenvolvimento sustentável, em que o foco é crescer com qualidade. Aliado à consolidação do desenvolvimento de todo o Sul de Santa Catarina, nos posicionamos no mercado da navegação como um porto capaz de atender as demandas e atrair novas cargas e novas linhas, solidificando ainda mais o que até aqui foi conquistado”, conclui. g

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ESPECIAL

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA O MAR Em Santa Catarina e em diferentes lugares do Brasil, projetos inovadores são lançados com a expectativa de criar uma cultura náutica focada na economia do mar

U

m novo olhar sobre o óbvio pode ser o início de uma transformação do cenário econômico da costa brasileira. Iniciativas públicas e privadas começam a ganhar corpo e transformar regiões próximas ao mar em referências para o Brasil e o mundo. Em Santa Catarina, projetos são lançados com a expectativa de criar uma cultura náutica forte e focada na economia do mar. A vasta linha litorânea faz do Brasil um país de características costeiras e oceânicas, voltado para o mar. Pela configuração fisiográfica que proporciona diversos abrigos naturais em uma costa de 8,5 mil quilômetros, além dos mais de 55 mil km² de rios, lagos e hidrovias, o Brasil tem enorme potencial a ser explorado social e economicamente no setor naval. Sua colonização se deu-se a partir do Oceano Atlântico e hoje mais de 80% da população do país vive a uma distância menor que 100 quilômetros da costa. A maioria das capitais dos estados, assim como as maiores cidades, se encontram próximas à zona costeira.

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Com o passar dos anos e dos escassos investimentos em ações para o desenvolvimento de uma mentalidade marítima brasileira plena, a navegação no país restringiu-se às atividades econômicas portuárias. Esse cenário relegou aos esportes náuticos e ao uso de marinas a sina de serem ”atividades elitistas”, “excludentes em si”, ”de elite”, ou qualquer outro termo que separe, linguística e fisicamente, as interações entre portos comerciais urbanos e os cidadãos que vivem no entorno desses empreendimentos. Um bom exemplo se encontra em Santa Catarina. Há sete anos, o Porto de Itajaí publicou seu Plano de Zoneamento e Desenvolvimento (PDZ 2010), documento que fez um amplo diagnóstico e que definiu as orientações balizadoras para o desenvolvimento estratégico do complexo portuário da foz do Rio Itajaí-Açu. No documento, a Autoridade Portuária pontua que o Porto de Itajaí ocupa espaços estratégicos nas áreas centrais da cidade. E, ciente desta condição, assume para si a


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responsabilidade de elaborar projetos que viabilizem espaços e obras infraestruturais capazes de ampliar a “mentalidade marítima” da população de Itajaí, o que se convencionou denominar “maritimidade”. Para executar a revitalização do Saco da Fazenda, a Superintendência o Porto de Itajaí contratou a empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, de Balneário Camboriú, para elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Na época, uma série de críticas vieram à tona quando esse estudo foi apresentado. Alegava-se que ocorreriam danos irreparáveis no Saco da Fazenda com a instalação da Marina Itajaí e a carga excessiva de resíduos gerados pela movimentação de embarcações. Esses argumentos só foram derrubados após exausti­vos debates entre as entidades a favor e contra envolvidas na questão, e ainda assim com muitas desconfianças, somente sanadas com a efe­ tivação do projeto e a conclusão das obras de revitalização de todo o Saco da Fazenda. Atualmente, o Complexo Náutico e Ambiental do Saco da Fazenda proporciona um importante elo entre a cidade de Itajaí e o mar, sob uma perspectiva a que poucos municípios costeiros têm acesso no Brasil. Além da Marina Itajaí, construída dentro do conceito de mínimo impacto e cuja gestão e recursos são responsabilidade da iniciativa privada, outros elementos, como o atracadouro público e áreas para atividades físicas e de lazer compõem o complexo, que abriga ainda a Associação Náutica de Itajaí (ANI), que atende a um grande número de jovens interessados em atividades gratuitas de remo, vela, canoagem e educação ambiental. A infraestrutura do complexo reabilitou uma área de 565.507 metros quadrados de espelho d’água e uma área terrestre com 41,7 mil metros quadrados, até então relegados a segundo plano. A obra alçou o Saco da Fazenda a uma posição de destaque paisagístico, turístico e de lazer, marcante para a região, tornando-o um elemento fundamental para 17


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ESPECIAL

o resgate da centralidade de Itajaí. Também consolidou Itajaí como polo mundial de esportes náuticos. O município foi cidade sede da Regata Transat Jacques Vabre em 2013 e 2015, e em 2018, pela terceira vez, será cidade sede da sétima perna da competição Volvo Ocean Race, a “Fórmula 1 dos mares”. INICIATIVAS LOCAIS De acordo com o presidente do Instituto de Marinas do Brasil, consultor naval Claudio Brasil do Amaral, de Florianópolis, há vontade em construir novas marinas no país, mas os projetos esbarram em questões burocráticas. “É um jogo, e o empreendedor não suporta de dois a três anos para aprovação de um projeto de navegação e de portos de lazer”, afirma. Uma realidade que anda na contramão do mercado naval, como mostrou a edição 2017 do evento “São Paulo Boat Show”. O evento registrou recordes de vendas de embarcações acima de 16 pés, sinal de que há uma tímida retomada nos negócios, com o surgimento de novas marcas e o fortalecimento das que sobreviveram ao que parece ter sido o ápice de uma crise econômica profunda. Apesar do potencial náutico a ser explorado, o país está mal aparelhado para suprir à demanda dos amantes da navegação. Santa Catarina, por exemplo, pouco investiu em estruturas de apoio náutico no decorrer do tempo. No Estado, segundo o urbanista Dalmo Vieira Filho, em 2013, haviam poucos e pequenos iates-clubes na baía da Babitonga, em Porto Belo, em Florianópolis e em Balneário Camboriú. “Promover a aproximação da sociedade a ambientes portuários e navais, agregando infraestruturas públicas ou privadas de lazer e turismo, é uma iniciativa inteligente para um setor que movimenta mais de 30 bilhões de dólares ao ano em todo o mundo”, aponta Claudio. No entanto, há perspectivas. Um projeto em tramitação na Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), se aprovado, colocará em Balneário Camboriú a primeira Instalação Portuária de Turismo Plena – IPTur do Brasil para embarque, desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes e bagagens diretamente em navios transatlânticos. O empreendimento também prevê ampliar o transporte náutico de embarcações e passageiros através do rio Camboriú, viabilizando investimentos locais no setor. Em Tijucas, está prevista a construção de um polo náutico que visa

atender às principais demandas do setor e está alinhado com o conceito “Economia do Mar” de Santa Catarina. O Tijucas Marine Center (TMC) é focado em um ecossistema de negócios, conservação ambiental e uma economia voltada para o mar e para o latente potencial náutico do Estado. A apresentação do empreendimento ocorreu em novembro com a assinatura do convênio entre a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Quasar Design University – universidade italiana com sede em Roma, na Itália – para a implantação de um centro de design náutico em Santa Catarina e das parcerias com a ONG francesa Planeta d’O e o Instituto Anjos do Mar do Brasil (IAMB), afiliado ao Instituto Rescue Maritime International. O projeto carrega o conceito “smart sea”, que visa criar um espaço de convivência e produção relacionado exclusivamente ao mar. De acordo com o empresário Álvaro Ornelas, diretor geral do TMC, o complexo será desenvolvido com base no conceito da Lauderdale Marine Center – principal marina de reparação de iates da América do Norte, localizada na Florida (EUA) – para oferecer a mais moderna e eficiente estrutura de serviço náutico para embarcações de lazer da América Latina. A construção do Tijucas Marine Center será feita em cinco etapas. A primeira fase da implantação, programada para iniciar no primeiro trimestre de 2018, preparará a área para receber investimentos da indústria

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ESPECIAL

e de empresas que comercializam produtos náuticos, com a estruturação de um total de 137 terrenos com metragens de 1 mil a 30 mil metros quadrados. A previsão é que esta primeira fase seja finalizada em 24 meses. “O propósito é potencializar a indústria náutica, o comércio, os serviços e o turismo náutico em um único espaço, criando um conceito de ‘one stop point’ e gerando um ecossistema de negócios totalmente voltado ao potencial náutico do litoral do Brasil”, destaca Ornelas. Em Balneário Camboriú, o Atracadouro Barra Sul ajuda a reaquecer o turismo de navios de cruzeiros na região. Desde abril, a cidade começou a receber passageiros nacionais e estrangeiros de transatlânticos. Somente no verão 2017/2018, serão 20 escalas. Tem capacidade para atracar 36 iates de grande porte, bem como infraestrutura para embarque e desembarque de turistas trazidos por tenders de navios atracados no porto natural a cerca de um quilômetro do Molhe da Barra Sul. “O empreendimento cria um novo atrativo turístico e infraestrutura para receber visitantes do Brasil e exterior, aquecendo a economia regional, além de qualificar e projetar Santa Catarina no cenário náutico mundial”, pontua Júlio Tedesco, presidente do Grupo Tedesco e sócio da Bontur Bondinhos Aéreos, empresas que assinam a implantação do Atracadouro Barra Sul. EXEMPLOS PELO MUNDO Em países que possuem íntima relação com o mar, o desenvolvimento da navegação de lazer ou esportiva ocupa lugar de destaque nas ativida-

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des de turismo. Na Austrália e na Nova Zelândia, assim como nos países nórdicos da Europa, a proporção de habitantes/barco é próxima de 1/2. Na Holanda, Inglaterra e, principalmente, na França, a indústria náutica e a atividade de lazer marítimo envolvem cifras impressionantes, movimentando pessoas, oferecendo alternativas de trabalho, lazer, turismo e geração de renda. Na Itália, no Japão, na África do Sul, Argentina e no Canadá, os números são igualmente impressionantes. Nos Estados Unidos, tanto na costa Leste como no litoral do Pacífico, milhares de embarcações de lazer mantêm grandes redes de negócios, trabalho e entretenimento. “Todos os centros turísticos do mundo, dotados de potencial marítimo, transformaram as atividades de lazer náutico em um ramo atraente para bons negócios, especialmente considerando esses investimentos sob a ótica da integração social e econômica entre portos comerciais e sociedade”, comenta o empresário Fernando Luiz Diehl, oceanógrafo e sócio-diretor das empresas do Grupo Acquaplan, especializadas em consultorias ambientais para projetos de instalação de empreendimentos em áreas costeiras e portuárias. Há quase 15 anos atuando neste setor, Diehl é um entusiasta da centralidade de projetos que proporcionem a integração de ambientes portuários ao dia a dia da população. “As ampliações dos fluxos turísticos, os avanços nos meios de locomoção, a globalização, a busca por novas motivações e o gosto pelo contato com a natureza apontam para o avanço do lazer e do turismo náutico em todo o mundo”, afirma. g


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CARRO ZERO

BRASIL PROJETA VENDER ATÉ 10 MIL CARROS AO PARAGUAI EM 2018 Acordo entre os dois países foi feito com montadoras instaladas no Brasil para a venda de cinco modelos populares: Renault Kwid, Fiat Mobi, Ford Ka, VW Gol e Chevrolet Onix O governo brasileiro espera que entre 5 e 10 mil carros fabricados no Brasil sejam comercializados para o Paraguai em 2018. O governo daquele país acaba de lançar o programa “Vehículo 0km para la Familia Paraguaya”, com opções de carros por menos de 10 mil dólares. O lançamento do programa teve a participação do ministro da Indústria, Comercio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira. O objetivo é ofertar produtos novos, seguros e com qualidade, fabricados por grandes montadoras. O programa deve garantir financiamento, por meio do Banco Nacional de Fomento (BNF) do Paraguai, para cerca de 20 mil veículos num período de 12 meses. O acordo foi feito com montadoras instaladas no Brasil para a venda de cinco modelos populares – Renault Kwid, Fiat Mobi, Ford Ka, VW Gol e Chevrolet Onix. Para o ministro Marcos Pereira, a iniciativa promoverá a renovação da frota paraguaia, trazendo mais segurança e tecnologia para a população do país vizinho. “O programa representará maior aproximação dos setores automotivos e o início de uma futura integração produtiva do Mercosul, objetivo perseguido por todos os membros do bloco”, diz.

Gustavo Leite, ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, destaca a agenda de fomento comercial com o Brasil. “Queremos que a família paraguaia possa ter acesso a carros zero. Fizemos uma parceria com a indústria brasileira, com o Banco Nacional de Fomento sendo responsável pelo financiamento dos veículos”. Um dos pontos centrais do programa é que os carros zero têm garantia da montadora. O mercado paraguaio consome 80 mil carros por ano, desse total 60 mil são veículos usados importados de Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul. RELAÇÃO COMERCIAL Nos 10 primeiros meses de 2017, as exportações brasileiras para o Paraguai cresceram 23,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de US$ 1,78 bilhão para US$ 2,19 bilhões. A participação do país se manteve em 1,2%, posicionando-se como o 19º destino das exportações brasileiras neste ano. No setor automotivo, entre janeiro e outubro deste ano, a corrente de comércio bilateral somou US$ 535 milhões (aumento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado), com exportações no valor de US$ 370 milhões (aumento de 58,5%) e importações no valor de US$ 165 milhões (aumento de 68%). No período, as exportações brasileiras de veículos (automóveis e comerciais leves, caminhões e ônibus) ao Paraguai foram de 10.915 unidades (US$ 121 milhões), o que representa crescimento, em quantidade, de 235,9% com relação a igual período de 2016. g

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PORTO DE PECÉM REGISTRA CRESCIMENTO DE 97% NAS EXPORTAÇÕES Nos primeiros 11 meses do ano, os destaques do terminal ficaram por conta das movimentações de placas de aço, frutas e gás natural Um dos portos mais importantes do Nordeste registrou uma movimentação acumulada de 14.329.188 toneladas em 11 messes, um índice de 45% acima do mesmo período do ano anterior. As exportações do Porto de Pecém subiram nada menos que 97%, atingindo a marca de 3.560.420 toneladas no período de janeiro a novembro deste ano. Os destaques ficaram por conta das movimentações de placas de aço (2.340.538 toneladas), frutas (168.136 toneladas) e gás natural (121.511 toneladas). As importações, por sua vez, cresceram 33%, resultado puxado pelo carvão mineral (4.619.756 toneladas), gás natural (634.829 toneladas) e produtos siderúrgicos (204.803 toneladas). “Vivemos um ótimo momento no cenário internacional. Estamos tendo visibilidade e potencializando isso para os negócios, com a exportação de produtos de excelente qualidade produzidos no Ceará e em estados vizinhos, ao mesmo tempo em que somos porta de entrada para as importações que têm outros destinos a partir do Pecém. Tudo isso se reflete em desenvolvimento para o nosso estado”, afirma Danilo Serpa, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Já a navegação entre portos brasileiros (cabotagem) cresceu 64%, se comparada ao mesmo período do ano anterior em Pecém. Esse crescimento se deu, principalmente, por conta dos desembarques de minério de ferro (3.785.941 toneladas), produtos siderúrgicos (295.999 toneladas) e arroz (185.558 toneladas). Destacaram-se também os embarques de farinha de trigo, sal, cimentos e placas de aço. O granel sólido foi a carga mais relevante em toneladas e participou com 59% do total movimentado por Pecém (8.527.123 toneladas), seguido da carga geral solta (2.818.780 toneladas), carga conteinerizada (2.188.953 toneladas) e do granel líquido (794.332 toneladas). Já a movimentação de contêineres foi de 110.162 unidades, o que representou um crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2016.g

A MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES FOI DE 110.162 UNIDADES, O QUE REPRESENTOU UM CRESCIMENTO DE 16% EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2016. 23


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AMÉRICA LATINA

LÍDERES PORTUÁRIOS DEBATEM GLOBALIZAÇÃO E PROTECIONISMO O evento, que já se tornou tradição na agenda do setor, contou com a participação de mais de 300 pessoas, incluindo executivos e fornecedores de todo o mundo

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Exposições sobre a situação do negócio marítimo e portuário, as novas tecnologias e formas de administrar melhor os processos foram alguns dos tópicos de destaque do XXVI Congresso Latino-Americano de Portos da Associação Americana de Autoridades Portuárias (APPA) em Punta del Este, no Uruguai. O evento, que já se tornou tradição na agenda do setor portuário, contou com a participação de mais de 300 pessoas, incluindo líderes do setor e fornecedores de todo o mundo. A programação pontuou temas como eficiência nos processos, portos facilitadores do comércio internacional e centros logísticos inteligentes. Na abertura do encontro, Kurt Nagle, presidente da AAPA, destacou que, além das tendências no âmbito marítimo, estão ocorrendo mudanças políticas que levam a novos conflitos potenciais na atividade portuária. “As ferramentas que a associação oferece, como os cursos de capacitação, a rede de contatos e os trabalhos nos comitês específicos, permitem enfrentar esses novos tempos de insegurança na indústria”, declarou. Víctor Rossi, ministro do Transporte e das Obras Públicas do Uruguai, abriu o encontro e apresentou o plano diretor 2018/2035 para o sistema portuário do país, no qual se privilegia o cuidado do meio ambiente, a conectividade e o acesso, tanto com o projeto do Ferrocarril Central como a circulação de caminhões. Quanto à globalização versus protecionismo - o lema do encontro - o presidente da Administração Nacional de Portos do Uruguai, Alberto Díaz Acosta, apontou que há sempre a tendência de enfrentar a abertura com restrições. “Os portos dependem da política por-


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tuária, que deve ter como objetivo beneficiar o interesse geral, que nem sempre acompanha os interesses do setor privado. A tendência ao monopólio é defendida pela regularidade das atividades, mas não há uma única resposta. O setor privado pensa que quando tivermos menos regulação, será melhor, mas tudo deve ser feito em seu equilíbrio certo”, disse. MERCADO Para o especialista das Nações Unidas, Ricardo Sánchez, a globalização faz parte do capitalismo. O próprio presidente da China fala de seguir os sinais do mercado e não de que o capitalismo deveria deixar de existir, de modo que, na realidade, não há controvérsias entre globalização e protecionismo. “Sim, estamos no meio de uma mudança político-econômica transcendental para o futuro. Não há ameaça para a economia global, mas uma mudança de parte do poder para o Oriente. Diante disso, há uma oportunidade para a América Latina”, explicou. Sánchez deu números sobre a expansão das grandes empresas de transporte marítimo: em 10 anos passaram de 54% para 64% do mercado, bem como o aumento da participação das companhias de navegação em terminais portuários em comparação com o que são operadores puros. “Hoje, o grande desafio é defender a concorrência ameaçada pela concentração. A integração vertical dos terminais especializados absorvidos pelas companhias de navegação é um processo extremamente preocupante e requer ação urgente, pois pode representar uma ameaça para o futuro dos portos”, afirmou. “O dono da carga não está presente nessas discussões e é um erro, porque tudo o que você deseja avançar na logística é melhorar as condições da carga”, alertou Sánchez. g

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ARTIGO

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CABOTAGEM BRASILEIRA

POR QUE CONTRATAR UM AGENTE DE CARGAS PARA O TRANSPORTE AÉREO?

NOVA LINHA DEIXA LIGAÇÃO ENTRE PECÉM E SANTA CATARINA MAIS RÁPIDA

por Silvano Santos

De forma positiva, o tráfego de carga aérea vem crescendo nos últimos anos devido às vantagens que o serviço oferece. No Brasil, segundo um estudo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), mesmo com a facilidade que o setor aéreo representa para o transporte em um país com dimensões continentais, a logística de cargas por avião ainda é pouco aproveitada. Menos de 20% da capacidade (em peso) para transporte de cargas nas aeronaves é utilizada. Dados do Ministério da Fazenda apontam que somente as exportações realizadas nos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG) em 2016 somaram cerca US$ 6 bilhões, ou 55,7% das exportações por via aérea. Um dos motivos pelos quais o transporte aéreo é utilizado é a urgência de entregas de algumas cargas. Assim, dentro dos princípios do mercado global, o agente de carga no transporte aéreo tem importante participação, pois atua como um mediador entre o transportador e o exportador ou importador. Sua participação é fundamental também para o planejamento da capacidade e da consolidação das cargas, além de promover a comunicação com o cliente. Por outro lado, ele oferece comodidade, uma vez que importadores e exportadores não necessitam possuir conhecimentos de logística internacional.

perto a volatilidade do mercado e desenhando um cenário que melhor se adeque às necessidades dos clientes. Como o transporte aéreo caracteriza-se pela agilidade e rapidez, é fato que o agente de cargas terá um grande desafio em analisar cada demanda, pois o timing será essencial para a confiabilidade da empresa perante o mercado internacional.

Empresa, que tinha uma expectativa de crescimento de até 7%, cresceu dois dígitos no primeiro semestre e espera manter o ritmo até o final do ano

Porém, mesmo com todas as vantagens de se utilizar o agente de cargas, é fator fundamental que essa figura se caracterize como parceiro estratégico para desenvolvimento de novos negócios, solidez financeira e redução de custos para as empresas. Para que isso ocorra, é necessário um profundo envolvimento com as necessidades do cliente, entender seu dia a dia, estar aderente aos seus valores e criar uma relação de intimidade. São fatores até International o final do ano.Transport, Durante ocultuamos primeiro semestre de 2017, que nós, ritmo da Allog e propagamos aosos setores que mais cresceram na cabotagem em Pecém foram alimentos, químicos e nossos clientes (internos e externos), fornecedores e parceiros. g resinas, produtos de limpeza, papel e materiais de construção.

Para realizar a consolidação da carga, o agente cargasno tem papelefundaO transporte de cargas marítima entredePecém, Ceará, Santa Catarina mental naestá contratação do serviço, oferecendo vantagens como próprio mais rápido. A Aliança Navegação e Logística, líderoem cabotagem no relacionamento companhia transporte, o que clientes Brasil, com acabaa de inaugurarde uma nova escala do traz Slingaos 2 de cabotagem em melhores Pecém, condições negociações de taxas de frete, além dasmais vantaquepara permitirá ao armador oferecer uma conexão rápida entre gens relacionadas ao custo. Ele também responsável acompanhaSanta Catarina e o Ceará. A nova érota encurtará pelo o tempo de trânsito das immento doportações fluxo operacional (followcujo up) transbordo que pode ser adequado de forma para o estado, acontece em Santos, São Paulo. customizada e através de acesso a qualquer hora do dia. Para Marcus Voloch, gerente geral de Cabotagem e Mercosul da Aliança, Por agregar vários serviços, agentea de cargas precisará de para know-how a nova escala visa o ampliar capacidade de espaço cargas do Sul/ para compreender o dinamismo do transporte em si, acompanhando deCatarina e Sudeste para Norte/Nordeste. “O tempo de viagem entre Santa o Ceará, que era de dez dias, cai para seis dias. De Santa Cataria para Pernambuco, o “transit-time” permanece em cinco dias. Passamos a oferecer o Silvano Santos é coordenador de produto aéreopara da Allog melhor transit time do mercado essas praças”, enfatiza. A Aliança, que tinha uma expectativa de crescimento de 5% a 7% na cabotagem, cresceu dois dígitos no primeiro semestre e espera manter o mesmo

“A crescente demanda do mercado local, atrelada a uma moderna infraestrutura e altos padrões operacionais, são fatores essenciais à atração de novas linhas. Com um mix diverso de rotas atendidas em Pecém, as operações de contêiner ganham cada vez mais importância local e impulsionam o desenvolvimento de toda a região”, diz Daniel Rose, diretor superintendente da APM Terminals Pecém, que presta serviços operacionais à Cearáportos, empresa responsável pela administração do terminal. A APM Terminals é referência na operação de contêineres e líder global de produtividade portuária, presente em 69 países e 72 terminais. No Brasil, a APM Terminals opera no Porto de Pecém, é arrendatária do terminal de contêineres de Itajaí, além de ter participação de 50% na Brasil Terminal Portuário, em Santos. A Aliança, por sua vez, é market leader na cabotagem e possui uma carteira de clientes que vai do arroz ao zinco, com grandes, pequenas e médias empresas e em praticamente todos os segmentos do mercado, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. No ano passado, a cabotagem cresceu 7% em relação a 2015 e a expectativa para este ano é manter o ritmo de crescimento. Em 2016 foram movimentados 210 mil TEUs, o que significa um incremento de 15 mil TEUs em relação ao ano anterior.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA RODOVIÁRIA

NOVA FERRAMENTA ATENDE MERCADO DE TRANSPORTE DE CARGA FRACIONADA No Consolido.com.br, o Grupo TGA garante saídas a cada 24 horas para todos os destinos no Mercosul, com carretas apropriadas ao transporte de carga seca

A Atlântico Sul Consultoria oferece aos seus clientes soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento de projetos de engenharia e estudos ambientais para os setores portuário, de transporte marítimo e hidroviário, náutico e costeiro. Na área de Engenharia a Atlântico Sul é especializada na elaboração de projetos de dragagem e derrocagem, projetos de engenharia portuária e costeira e na prestação de serviços de fiscalização e gerenciamento de obras. Na área de Meio Ambiente a Atlântico Sul destaca-se na realização de estudos de oceanografia costeira e geologia litorânea, estudos de viabilidade, modelagem numérica computacional e manejo de material contaminado em ambientes aquáticos.

Um novo serviço de transporte internacional de carga fracionada (Less Than Truck Load) do Grupo TGA (www.tgalogistica.com.br) acaba de ser criado para atender todo o mercado de carga seca que se utiliza do transporte rodoviário no Mercosul. Já em operação, o Consolido. com.br espera atender, até o final de 2018, cerca de 30% da demanda por transporte de carga full nos países do Mercosul. Segundo Adilson Santos, CEO do Grupo TGA, o Consolido.com.br foi desenvolvido para solucionar as dificuldades que os embarcadores de carga de lotação vêm enfrentando atualmente no modal rodoviário, com a falta generalizada de equipamentos para o transporte de seus produtos para o Mercosul. “Há uma oferta de carga Full Truck Load (carga completa) para transporte internacional bem maior que a oferta desse tipo de transporte, fazendo com que os embarcadores fiquem com suas cargas paradas por muito tempo nos armazéns”, destaca Santos. Ele explica que a nova ferramenta consolida diariamente parte das cargas de lotação de embarcadores em um mesmo veículo, no sistema fracionado, para que elas possam ser transportadas juntas e chegarem ao seu destino mais rapidamente. “Assim, grandes embarcadores podem atender de forma contínua, a custos menores, garantindo assim o abastecimento semanal de seus clientes no exterior”, explica. No Consolido.com.br, o Grupo TGA garante saídas a cada 24 horas para todos os destinos no Mercosul, com carretas apropriadas ao transporte de carga seca. Nesses veículos, o embarcador pode reservar até 1/3 do espaço para sua mercadoria, garantindo, assim, que no mínimo três embarcadores conseguirão fazer seus envios ao exterior de forma contínua e com um excelente custo-benefício, já que estarão compartilhando o espaço do equipamento com outros embarcadores. g

COMO COTAR

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Para cotar o transporte de carga seca pelo Consolido.com.br, basta acessar http://bit.ly/2hhORd0. Também é possível acessar o novo serviço pelo site do Grupo TGA (www.tgalogistica.com.br), clicando na aba EXPRESSO TGA da aba de SERVIÇOS. Depois, basta preencher o formulário de cotação.


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TECNOLOGIA

ARTIGO

DE OLHO NO FUTURO por Norival Capassi

O futuro já começou, quando falamos em movimentação de material. As grandes questões neste cenário são a falta e o custo do espaço e o alto grau de confinamento dos milhões de metros quadrados em armazéns espalhados pelo mundo. No Brasil, esta história não é diferente, ainda mais com o aquecimento dos “Atacarejos” que vêm exigindo, do mercado fabricante de empilhadeiras e paleteiras, soluções inteligentes, mas que ao mesmo tempo sejam robustas e não poluentes. O armazenamento vertical é uma tendência já difundida em nosso país, dado o alto custo do metro quadrado construído para armazenagem e de nosso limitado modal de transporte. Por isso é tão importante pensarmos em equipamentos que conciliem alta capacidade, agilidade na tração e elevação, robustez, movimentações suaves e tecnologia suficiente que tornem “sutil” sua coexistência com outros elementos da operação logística. Foi pensando nisso que as indústrias deste segmento vêm criando alternativas para tornar essas máquinas praticamente “invisíveis”. Relevando essa nova realidade, uma das fortes tendências deste setor são os equipamentos não poluentes, de baixa manutenção e com altíssima autonomia de funcionamento multiturnos. É neste momento que surgem as empilhadeiras elétricas com baterias de “Ion-Lithium”, que, segundo estudos preliminares realizados com clientes e fornecedores, têm autonomia superior por turno entre 20% e 30% em média, quando comparadas com as baterias de chumbo-ácido (nas quais o turno é de 6 a 8 horas regulares). Ainda não disponível no Brasil, além das tecnologias mencionadas acima,

citamos a mais revolucionária: a tecnologia dos equipamentos movidos por células de combustível ou células de hidrogênio (as “Fuel Cells”). Esta última é hoje a mais avançada tecnologia de energia 100% limpa, ideal para equipamentos de movimentação em armazéns e galpões das indústrias de alimentos e bens de consumo diário. Uma das principais vantagens das células de hidrogênio é a não necessidade de descarte – um verdadeiro “calcanhar de Aquiles” para os clientes que utilizam as baterias comuns. Outro ponto relevante é a troca de baterias. Foi observado que, no caso das convencionais movidas a chumbo-ácido, leva-se cerca de 20 minutos, já com as células de hidrogênio é possível realizar uma recarga em apenas três minutos, sem necessidade de remoção de baterias, gerando uma maior produtividade entre turnos e eliminando as interrupções para troca. As “fuel cells” consistem unidades de conversão de energia que capturam e utilizam a força contida no hidrogênio, produzindo eletricidade partindo do hidrogênio e oxigênio com vapor de água e calor como seus subprodutos. Uma vez que estes subprodutos não produzem emissão de poluentes, a célula de combustível consiste em energia 100% limpa. Esta é uma inovação que veio para ficar e seu uso já está avançando. É sabido que nos EUA e Europa várias operações já utilizam as células de hidrogênio como fonte de energia. Enfim, chegamos a mais uma evolução de nossa indústria que, antes mesmo do que imaginamos, irá se instalar com força em nosso país. Sabemos que não apenas as indústrias, como também o meio ambiente, irá nos agradecer. g

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Com o desafio de buscar inovação na criação de estratégias e modelos de negócios que acompanhem a transformação digital, a Multilog reuniu clientes, colaboradores e parceiros no Fórum Inovação Multilog. A programação ofereceu três palestras ministradas por profissionais de renome nacional e internacional. Daniel dos Santos Leipnitz, presidente da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate), destacou o ecossistema catarinense de inovação e como a Multilog e seus parceiros podem inserir-se nele. Na sequência, o professor, PHD, Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, abordou as inovações disruptivas e suas influências nas operações logísticas. Para encerrar, Fabiano Santana, CDO da Saint Gobain, destacou que a única constante, hoje, é a incerteza e que a transformação é a capacidade de se adaptar.

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INOVAÇÃO NA MULTILOG

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A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, implantou o sistema de CRM (Customer Relationship Management / Gestão de Relacionamento do Cliente) da Salesforce para aprimorar o engajamento com clientes por meio dos módulos Salesforce Sales Cloud, de gestão de vendas, e Salesforce Service Cloud, voltado ao atendimento ao cliente e ao pós-venda. Os funcionários de vendas e atendimento podem obter insights para vendas e atendimento a partir de qualquer dispositivo móvel ou fixo com acesso à internet. Em relação à área de atendimento, o Service Cloud permite responder a chamados por diversos canais como telefone, e-mail, site, e, em breve, o autoatendimento através de chat que estará disponível na página da TCP na internet. Como benefício, as duas soluções proporcionam maior produtividade das equipes de vendas e de atendimento.

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MERCADO LOGÍSTICO

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Contrato assinado em dezembro, com investimento de R$ 90 milhões, amplia a atuação da empresa e promove crescimento de 50% no faturamento

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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO

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MÉRITO SOCIAL PORTONAVE RECEBE CERTIFICADO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA ALESC A certificação reconhece o esforço de empresas privadas e entidades sem fins lucrativos que tenham a responsabilidade social incluída em suas políticas de gestão

Pelo sétimo ano consecutivo, a Portonave recebeu o Certificado de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que homenageia as empresas que desenvolvem ações e projetos sociais relevantes para os catarinenses. Este ano, além da certificação, a empresa conquistou o Troféu Responsabilidade Social Destaque SC.

dústria) e a Portonave (segmento serviços). De médio porte, levaram troféu a Pré-Vale Pré-Moldados de Concreto Ltda (indústria) e a Nexxera Tecnologia e Serviços S/A (serviços). Duas organizações com fins não econômicos também foram premiadas, o Serviço Social do Comércio (Sesc/SC) e a Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

Em cerimônia na Alesc, na primeira semana de dezembro, o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, recebeu em nome da empresa o troféu e a certificação. Nesta sétima edição, entre mais de 90 inscritos, 60 empresas catarinenses foram certificadas e seis receberam o troféu.

A certificação reconhece o esforço de empresas privadas e entidades sem fins lucrativos que tenham a responsabilidade social incluída em suas políticas de gestão, contando com o comprometimento social da organização, de seus dirigentes e funcionários. O troféu é concedido às organizações que obtêm os melhores desempenhos na Certificação de Responsabilidade Social e o critério de avaliação foi o balanço socioambiental relativo a 2016. g

Na categoria grande porte foram premiadas a Celulose Irani (in-

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SUPLEMENTO ITAJAÍ

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EM BREVE UMA NOVA EXPERIÊNCIA EM ITAJAÍ

PORTO SEM PAPEL CHEGA AOS TERMINAIS DO COMPLEXO DO ITAJAÍ Nos 35 portos públicos onde já foi implantado, sistema eliminou o desperdício de tempo, aumentou a eficiência na movimentação e pôs fim à burocracia

INAUGURAÇÃO EM DEZEMBRO

Os portos que fazem parte do Complexo Portuário do Itajaí têm até 1º de fevereiro para implantar o programa Porto Sem Papel (PSP), sistema que há seis anos revoluciona a gestão do setor portuário brasileiro. Nos 35 portos públicos onde já foi implantado, o sistema criado pela Secretaria Nacional de Portos (SNP), vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação (MTPA), eliminou o desperdício de tempo, aumentou a eficiência no embarque e desembarque, pôs fim à burocracia que dominava o setor e reduziu os custos do governo.

Desde fevereiro deste ano, representantes do sistema portuário do Itajaí vêm participando de encontros e treinamentos para a implantação do programa. A partir de 1º de fevereiro será obrigatório o uso do sistema para concessão e regras de atracação de navios. A revolução sem papel começou em 2011. Com o objetivo de promover a desburocratização dos procedimentos de estadia dos navios nos portos brasileiros, de forma a aperfeiçoar os processos de importação e exportação, aumento da eficiência e da modernização da gestão portuária, a SNP implantou o Projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) com o sistema Porto sem Papel (PSP). Dois anos depois, o projeto já alcançava 35 portos públicos em todo o Brasil. Antes, a metodologia para solicitar as anuências de atracação, operação e desatracação era realizada de forma individual. Os responsáveis pelas embarcações (armador ou agente de navegação) tinham que prestar informações obrigatórias a diversos órgãos anuentes como Marinha do Brasil, Polícia Federal, Anvisa, Ministério da Agricultura e Receita Federal. O processo incluía mais de dois mil itens de informação em 112 formulários em papel. O PSP unificou todas as informações em uma única base de dados, originando o Documento Único Virtual (DUV), com 935 itens, que é dirigido de uma vez só a todos os envolvidos no processo. Os benefícios da implantação do sistema reduziram os custos do governo e o tempo de anuências, deram mais transparência e racionalidade às informações, e maior previsibilidade às regras de todos os envolvidos no ambiente portuário. No Complexo Portuário de Itajaí, o sistema entrou em operação em 2012 e atualmente busca auxílio junto ao setor responsável para aperfeiçoar essa atividade operacional. “O Porto sem Papel está presente em nossas atividades operacionais, sendo utilizado nos berços públicos e arrendados pela APM Terminals, onde já funcionam com esse sistema de anuências”, destaca o gerente de operações da superintendência do porto de Itajaí, Ricardo de Amorim. g

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Fotos meramente ilustrativas

Os reflexos podem ser medidos na melhoria dos indicadores da movimentação de cargas. Em Santos, maior porto da América Latina, 92% dos navios que movimentam contêineres já estão autorizados, via sistema, a atracarem mesmo antes de sua chegada ao porto. No Rio de Janeiro e em Vitória, os percentuais são de 82% e 86%, respectivamente.

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COBERTURA FOTOGRÁFICA

CONGRESSO TRAZ SAÚDE AMBIENTAL E VIABILIDADE ECONÔMICA DOS OCEANOS COMO PRIORIDADES Diferentes questões ligadas aos oceanos e que envolvem as suas relações com a sociedade latino-americana e mundial estiveram no centro dos debates promovidos pelo 17º Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (Colacmar 2017), que trouxe para Balneário Camboriú (SC) representantes de 36 países. O evento, um dos mais respeitados do mundo na área, é uma realização bianual da Associação Latino-Americana de Pesquisadores em Ciências do Mar (Alicmar). Neste ano foi realizado em parceria com a Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Univali. Confira algumas fotos do evento. g

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ARTIGO

NOÇÕES GERAIS SOBRE O SISCOSERV por Wagner Antônio Coelho Com a propagação da tecnologia em meados dos anos 1990, percebeu-se elementar a introdução de sistemas eletrônicos para auxiliar no controle de informações e de mercadorias no comércio exterior brasileiro. Nesse sentido, Aliceweb, Siscomex e Siscarga são sistemas informatizados que simplificaram os procedimentos relacionados à consultoria, prestação de informações, transações comerciais e controle de movimentação e armazenamento de cargas relacionadas ao comércio exterior brasileiro. No entanto, até então, todas estas plataformas de regulamentação, controle e geração de estatísticas se referiam aos bens tangíveis importados ou exportados. Ao observar as séries históricas da conta de serviços do balanço de pagamentos e pela falta de controle sobre operações envolvendo intangíveis, houve uma necessidade de instituir um sistema específico para estes tipos operações. O Sistema Integrado de comércio exterior de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variação ao patrimônio (Siscoserv), é uma plataforma desenvolvida em conjunto pelo Ministério da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC) e pela Receita Federal do Brasil, que tem como objetivo aprimorar a formulação e o acompanhamento do comércio exterior de serviços. O sistema foi instituído em 2011 pela Lei 12.546. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o Siscoserv consiste num sistema informatizado, desenvolvido para o aprimoramento das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das políticas públicas relacionadas a serviços e intangíveis, bem como para a orientação de estratégias empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis.

A finalidade desses dois órgãos anuentes ao implantarem esta plataforma é de elaborar ações de estímulo e aferição das políticas públicas relacionadas a serviços e intangíveis, que até 2011 não tinham tanta visibilidade. Além disso, outra razão para a criação do sistema consiste no controle sobre os dados referentes às importações e exportações de serviços, pois o público-alvo do Siscoserv são as pessoas naturais e jurídicas brasileiras que realizam operações de comercialização de serviços, intangíveis e outras operações que produzem variações no patrimônio das entidades. Os serviços a que se refere o sistema representam a manifestação física de uma parte prestando uma função para outra, enquanto intangíveis e operações que produzam valor ao patrimônio caracterizam, respectivamente, a transferência de direitos ou bens intangíveis e operações mistas que envolvam serviços e produtos como operações financeiras ou arrendamentos. O Siscoserv obriga o registro de todo tipo de transação internacional de serviços, em operações feitas por empresas e pessoas naturais domiciliadas no Brasil. Ela é uma ferramenta significativa para combater práticas desleais como lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Com a fiscalização da Receita Federal do Brasil, a identificação destas ações se tornou muito mais fácil para controlar. Apesar das facilidades para União Federal e dos pontos positivos na implantação do Siscoserv, surgem inúmeros problemas para as pessoas naturais e jurídicas em realizar a correta declaração no sistema diante de inúmeros dilemas apresentados no preenchimento das informações. g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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