Edição nº 224 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303
OS EFEITOS DO LIXO SOBRE OS OCEANOS Estimativas indicam que 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos todos os anos. Segundo dados da ONU, em 2050 haverá mais plástico do que peixes
Complexo Portuário de Manaus: porta de entrada de cargas no Amazonas
Retomada do berço 3 dá novo fôlego ao Porto de Itajaí
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EXPEDIENTE
PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra |Magic Arte DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br
INICIATIVAS MUITO BEM-VINDAS! Ações sustentáveis não são boas apenas para o planeta, mas se mostram também eficazes para as empresas. As iniciativas verdes são perfeitas para tornar as empresas mais competitivas e alavancar os lucros. A gestão sustentável é uma estratégia de negócios. O sucesso depende de as companhias apostarem nessa perspectiva como oportunidade. Identificando as iniciativas viáveis para o perfil do negócio, basta planejar e partir para a ação. Atualmente, cerca de oito milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos todos os anos. Além de descartáveis, como copos, canudos, sacos plásticos e garrafas, os mares e praias do mundo são poluídos pelos chamados microplasticos, que são pequenas partículas, incluindo microesferas usadas em produtos de beleza. Liderados pela Organização das Nações Unidas (ONU), algumas dezenas de países, incluindo o Brasil, aderiram à campanha mares limpos. Em entrevista exclusiva à revista Informativo dos Portos, o coordenador geral do Programa de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Régis Pinto de Lima, lembra que o Brasil assumiu voluntariamente, na Conferência dos Oceanos, em 2017, o compromisso de combater o lixo no mar. Ao perceber os prejuízos que essa grande quantidade de lixo provoca não só para o meio ambiente, mas também para a sustentabilidade de sua economia, como mostra reportagem especial desta edição, o país dá um passo importante no sentido de sua sustentabilidade econômica. Todavia, para que a economia sustentável funcione, é preciso continuar investimento em diferentes segmentos da sociedade e em alternativas para escoar nossa produção. Nesse sentido, um bom exemplo é o Complexo Portuário de Manaus, onde investimentos realizados nos últimos anos estão ajudando a aumentar a competitividade do mercado. Afinal, unir a estratégia econômica com a de responsabilidade social pode estimular os consumidores a também investirem em produtos sustentáveis. Boa leitura!
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*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
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ÍNDICE ESPECIAL Maré Sintética: o rápido e perigoso avanço dos plásticos sobre os oceanos
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LOGÍSTICA DO NORTE
Complexo Portuário de Manaus: porta de entrada de cargas no Amazonas
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NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Porto de Imbituba realiza exportação de bois vivos
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DIÁRIO DE BORDO..................................................................12 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado GOMI ZERO...........................................................................20 Grupo Pioneer e CMA CGM fazem mutirão de limpeza do Rio Negro ARTIGO................................................................................26 Um novo marco para o transporte de carga no Brasil, por Claude Domingues Padilha CAMPANHA ESPECIAL...............................................................28 “Torcedor Allog propõe uma forma divertida de vibrar pelo Brasil AVIÕES BRASILEIROS...............................................................30 Embraer fabrica mais 15 jatos para a American Airlines
COMPLEXO PORTUÁRIO Retomada do berço 3 dá novo fôlego ao Porto de Itajaí
COLUNA DE TECNOLOGIA..........................................................34 Tudo sobre o mercado tecnológico INOVAÇÃO.............................................................................34 Portos e terminais inteligentes reduzem custos e melhoram produtividade’ SERVIÇO PORTA-A-PORTA........................................................38 CMA CGM desenvolve negócios em todos os estados do Norte do Brasil PARQUE INDUSTRIAL................................................................42 GDC anuncia investimento de R$ 300 milhões em Itajaí ARTIGO................................................................................44 Terceirização na importação, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS...............................................................46 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras
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DIÁRIO DE BORDO s
O engenheiro mecânico Osny Souza Filho e o contador Paulo César Dagostin assumiram os cargos de diretor-presidente e diretor administrativo, comercial e financeiro, respectivamente, na estatal SCPar Porto de Imbituba. A mudança de diretoria foi ratificada pelo Conselho de Administração da empresa. Osny Souza Filho substitui Rogério Pupo e Paulo Dagostin assume no lugar de Marcelo Schlichting. Osny Souza Filho assume o Porto de Imbituba com o compromisso de realizar uma gestão eficiente e participativa. “Este é o nosso propósito, promover uma administração técnica que integre a comunidade portuária e a região Sul nos objetivos de crescimento de Santa Catarina, por meio de um modelo de gestão pública de referência”. 12
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SCPAR IMBITUBA TEM NOVA ADMINISTRAÇÃO
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INTERNACIONALIZAÇÃO NOVOS ESCRITÓRIOS DA CMA CGM E MERCOSUL LINE DE EMPRESAS Florianópolis sediou, em abril, uma das etapas do Road Show promovido pela Brazilian-American Chamber of Commerce of Florida no Brasil. O objetivo era dar uma visão prática sobre diferentes assuntos para empresários e executivos que têm interesse em fazer negócios com os Estados Unidos. Com a temática da internacionalização de empresas no mercado americano, os palestrantes Alexandre Piquet, da Piquet Law Firm; Carlos Mariaca, da Center Group; Leonardo Velasco, do Banco do Brasil; e Melina Tumelero, da FedEx, apresentaram seus cases e tiraram dúvidas sobre soluções financeiras, recursos para exportadores, aspectos legais imigratórios, corporativos e tributários e expansão dos negócios nos Estados Unidos. Mais informações: www.brazilchamber.org
O vice-presidente da Real Estate & Events do Grupo CMA CGM, Jacques Jr Saadé, inaugurou os novos escritórios da CMA CGM e da Mercosul Line na cidade de Santos (SP), em conjunto com Lionel Chatelet (East Coast South America director e general manager da CMA CGM do Brasil) e Cristiane Marsillac (CEO da Mercosul Line). As equipes da CMA CGM do Brasil e da Mercosul Line em Santos estão baseadas no edifício Praiamar Corporate, ocupando uma área total de 2.700 metros quadrados. As mudanças em seus escritórios reforçam o comprometimento do Grupo CMA CGM com a estratégia de customer centricity para prover excelência em atendimento.
SPORT FISHING O Porto de Porto Velho sediou a formatura do primeiro curso de formação de condutores em pesca esportiva, promovido pelo Senac de Rondônia. A criação do Porto Velho Sport Fishing reivindica Porto Velho como a capital nacional da pesca esportiva em vista do potencial da região. De acordo com o diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), Francisco Leudo Buriti de Sousa, o Porto de Porto Velho tem condições de atender a demanda. “Não haverá prejuízo na operacionalização das cargas. Assim como podemos atender grandes grupos e empresas, podemos também atender o turista com embarque/desembarque de pequenas embarcações e estadia em um dos pátios asfaltados”, declarou. Também participou do evento Nelson Nakamura, que é referência em turismo de pesca tanto nas redes sociais como em canais abertos de televisão. 13
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A C I T É T N I S É R MA
alista Ribeiro Jr., jorn grafo, e Oswaldo nó ea oc , al th por Fernando Er
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O RÁPIDO E PERIGOSO AVANÇO DOS PLÁSTICOS SOBRE OS OCEANOS Estimativas indicam que 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos todos os anos. Segundo dados da ONU, em 2050 haverá mais plástico do que peixes Pesquisadores do Instituto Alfred Wegener (AWI, na sigla em alemão) publicaram, em abril de 2018, na revista científica Nature Communications, uma descoberta estarrecedora. Quantidades recordes de microplásticos foram encontrados no gelo do Oceano Ártico. Eles identificaram restos de embalagens, tecidos sintéticos, filtros de cigarro e até 12 mil partículas de microplásticos por litro de água congelada. Essa medida é até três vezes maior do que qualquer outro nível já registrado na região e amplia as preocupações pelos níveis recordes. “Muitas vezes pensamos na liberação de metano com o derretimento do gelo, mas agora devemos considerar também os microplásticos”, disse Ilka Peeken ao jornal alemão DW. Bióloga do AWI e coautora do estudo, a pesquisadora alerta que o gelo marinho funciona como uma estrutura de “transporte” de microplásticos, o que aumenta seus impactos. Diversas espécies marinhas morrem diariamente pela absorção e ingestão de plásticos. Os humanos, da mesma forma, correm sérios riscos ao ingerir organismos contaminados pela bioacumulação de substâncias químicas dos plásticos nos tecidos e órgãos de um “delicioso camarão”, por exemplo. As praias, as regiões polares e as profundas zonas abissais dos oceanos estão repletas de quantidades imensuráveis de fragmentos de plásticos dos mais diversos tamanhos e composições. “Não há limites geográficos para esses resíduos, cuja origem é exclusivamente humana e gerada com frequência diária”, afirma o oceanógrafo Régis Pinto Lima, representante do Ministério do Meio Ambiente nas discussões internacionais sobre descarte de lixo nos oceanos. Apesar de muito útil, o plástico, material com baixo custo de produção e resistente à corrosão, tem poucas estratégias para reciclagem. Assim, todo plástico descartado de forma inadequada em lixões e aterros a céu aberto ou nos rios e em redes pluviais e de esgoto acaba em algum momento nos oceanos. 15
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Estima-se que anualmente entre 4,8 e 12,7 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos. Vinte países figuram como responsáveis por 83% dessa poluição, sendo a China, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, e a Indonésia, as campeãs. O Brasil ocupa a 16ª posição desse indesejável ranking. Por isso, a compreensão urgente dos impactos ambientais associados ao plástico nos oceanos requer conhecimento da abundância e da distribuição deste material. PESQUISAS EM DESENVOLVIMENTO Desde os anos 1970, dezenas de expedições tentam mapear a distribuição do plástico nos oceanos. Essas pesquisas estão mais avançadas na região norte dos oceanos Atlântico e Pacífico. Uma síntese de 27 estudos realizados entre 1971 e 2013 aponta maior acúmulo de partículas de plástico no Pacífico Norte, provavelmente originadas entre a costa oeste dos Estados Unidos e o continente asiático. Isso ocorre provavelmente devido a um fenômeno oceanográfico conhecido como transporte de Ekman, pelo qual a água presente nas camadas superficiais dos oceanos é movimentada em uma direção com 90º em relação ao vento superficial predominante. É resultante da interação entre a força dos ventos e o efeito de Coriolis, que causa a deflexão aparente da água nos oceanos devido à rotação da Terra. No hemisfério norte, para uma corrente marinha com direção norte-sul, ocorre uma deflexão para a direita, e no hesmifério sul, para a esquerda. Grupos de pesquisadores também já mapearam 366 perigos ecológicos em decorrência do lançamento de detritos no mar. A maioria dos impactos (83%) estão relacionados ao plástico, que em 89% dos casos resultou em danos a tecidos, órgãos e moléculas de DNA em diversos organismos marinhos. Muitas espécies marinhas morrem devido à ingestão de plástico, incluindo crustáceos, moluscos, caranguejos, lagostas, tartarugas, aves e mamíferos. Além disso, o enredamento causa mortes entre todas as espécies conhecidas de tartarugas marinhas, em 66% das espécies de mamíferos marinhos e em pelo menos 50% das espécies de aves marinhas. Os detritos flutuantes também podem ser colonizados por pequenos organismos e facilitar o transporte de espécies invasoras capazes de causar alterações ambientais prejudiciais. Além disso, muitos aditivos químicos presentes na estrutura dos plásticos podem afetar a reprodução, as funções hormonais e o crescimento de uma infinidade de organismos, inclusive dos seres humanos. COMO AMENIZAR A SITUAÇÃO? Mesmo que longe do ideal, existem iniciativas globais em curso para a remoção do plástico dos oceanos. Uma delas é o ambicioso projeto The Ocean Cleanup, de uma fundação holandesa homônima, que está construindo dispositivos flutuantes a serem lançados nos grandes giros do oceano Pacífico Norte.
medida global importante é o banimento pela China da importação de plástico reciclado, que pode ser um sinal para os países ricos repensarem suas estratégias de reciclagem e eliminar produtos não essenciais, como os canudos. A Volvo Ocean Race, com etapa sediada na cidade de Itajaí em abril de 2018, contou com a iniciativa Turn the Tide on Plastics, da Fundação Mirpuri, de Portugal. Além de dar nome a uma das equipes da “Fórmula 1 dos Mares”, a iniciativa visa promover educação ambiental, conscientização e uso de novas tecnologias para a redução do plástico na maior competição de barcos a vela do mundo.
Na mesma linha, o projeto Seabin, criado pelos australianos Andrew Turton e Pete Ceglinski, oferece um dispositivo em formato de lixeiras de 100 litros, que recolhem o lixo flutuante por sucção, de forma praticamente automática. São ideais para ambientes compactos, como as marinas.
Alguns resultados da Turn the Tide on Plastics observados na etapa brasileira da Volvo Ocean Race foi a redução do consumo de copos descartáveis, substituídos por copos plásticos duráveis e reutilizáveis, e o Seminário “O futuro dos oceanos: combate ao lixo do mar”. Nesse evento, Itajaí se tornou o primeiro município brasileiro a se comprometer contra o uso indiscriminado do plástico, o que se dará a partir de três eixos principais: a criação de leis que promovam a redução do uso de plástico, incentivos à iniciativa privada em ações que diminuam o lixo no mar, e a promoção de campanhas de educação ambiental que chamem atenção para o tema.
Novas regras adotadas pela União Europeia em janeiro de 2018 determinam o aumento da fiscalização dos detritos gerados a bordo e as quantidades desembarcadas nas estruturas portuárias, além das medidas já previstas na convenção MARPOL 73/78 da Organização Marítima Internacional (IMO). Outra
Contudo, a melhor de todas as iniciativas contra a poluição dos mares é individual. Deve ocorrer a partir da conscientização de cada um de nós sobre os diversos efeitos do descarte incorreto dos produtos que consumimos no dia a dia. A hora de agirmos é agora, para o bem de nossos filhos e netos. g
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ENTREVISTA
ENTREVISTA
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RÉGIS PINTO DE LIMA, COORDENADOR GERAL DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO COSTEIRO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE “A grande maioria do lixo no mar vem pelos rios” por Adão Pinheiro Cerca de oito milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos todos os anos. Além de descartáveis, como copos, canudos, sacos plásticos e garrafas, os mares e praias do mundo são poluídos pelos chamados microplasticos, que são pequenas partículas, incluindo microesferas usadas em produtos de beleza. Liderados pelas Organização das Nações Unidas (ONU), algumas dezenas de países, incluindo o Brasil, aderiram à campanha mares limpos. Para falar sobre a participação do Brasil nesse esforço global para a limpeza do mar, o coordenador geral do Programa de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Régis Pinto de Lima, esteve em Itajaí para participar do seminário Futuro dos Oceanos, durante a parada da Volvo Ocean Race. A ONU já catalogou 600 espécies de animais que foram prejudicadas pela poluição do meio ambiente. O mesmo estudo aponta que 15% das espécies que vivem nos oceanos já foram afetadas pelo lixo e que, até 2050, 99% das aves marinhas vão ingerir algum tipo de plástico. De acordo com Régis, o combate ao lixo no mar é um compromisso assumido voluntariamente pelo Brasil na Conferência dos Oceanos, realizada pela
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ONU em 2017. Segundo ele, hoje o Brasil enfrenta um problema multissetorial, que vem da indústria e passa pela distribuição dos resíduos e pela educação da população. Ele diz que é preciso haver um avanço na Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Só de o Brasil ter uma política e estar tratando disso é um avanço”, declara. Nesta entrevista exclusiva à revista Informativo dos Portos, ele afirma que é preciso resolver o problema do lixo também no continente, com reciclagem e reuso, além de uma educação e gestão mais efetiva. Informativo dos Portos: O compromisso que o Brasil assumiu de ajudar a limpar os mares vai trazer quais medidas de curto prazo? Régis Pinto de Lima: Esse compromisso assumido na Conferência dos Oceanos foi o primeiro marco institucional do Brasil de um arranjo in loco para que a gente pudesse tratar desse tema que até hoje não havia achado um lugar para que se pudesse trabalhar com o enfoque no mar. O que nós temos no país? Temos uma consciência e informações do lixo na praia. Penso que 99% das pessoas conhecem o lixo na praia, mas
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desconhecem o lixo no mar. Esse 1% que conhece são pescadores, mergulhadores e alguns turistas. Esse compromisso procurou levar esse enfoque, o compromisso de uma estratégia nacional para o combate ao lixo no mar, na qual as primeiras ações foram a realização de um seminário em 2017 e o lançamento de um vídeo de conscientização sobre o lixo do mar, produzido pelo Ministério do Meio Ambiente. A previsão é de que ainda em 2018 o país consiga fazer o primeiro plano nacional para o combate do lixo no mar. Informativo dos Portos: O dano que o lixo jogado no mar causa no meio ambiente é irreversível? Régis: Então, esse é o momento que todos os países mostram que estão realmente preocupados. Parece que as nações, algumas mais cedo, outras mais tarde, estão despertando para os oceanos. O que a gente talvez esteja vendo nas praias é apenas a ponta do iceberg. Como eu falei, nós não vemos o lixo no mar, seja esse lixo macro que está causando problemas na biodiversidade, nas áreas protegidas, na pesca, na navegação, na saúde humana, ou também os microplásticos que são invisíveis, que quem vê são os pesquisadores. Informativo dos Porto: O Brasil já tem alguma pesquisa sobre os chamados microplásticos? Régis: Nós já temos pesquisas no Brasil tratando do tema microplástico muito boas, que utilizam conteúdos estomacais de baleias, golfinhos, tartarugas, albratoz, petrel e os dados são alarmantes. Temos as redes fantasmas que ficam perdidas com a pesca, soltas em tempestades, que acabam matando animais de grande porte, como golfinhos, baleias, leões marinhos. Está se tendo uma percepção do que está acontecendo por meio da pesquisa no Brasil, mas a sociedade continua vendo só aquilo que está na praia e ela geralmente associa isso a má gestão da limpeza da faixa de areia ou problema individual. Mas este lixo (microplástico) faz parte desta visão que nós estamos tentando trazer para o lixo no mar. O mar não produz lixo. O que ele produz é pouco e é resultado de uma plataforma de petróleo, de algum navio. O lixo que chega ao mar vem da terra. Informativo dos Portos: Pode-se dizer que todo o sistema está em risco? Régis: Todos os sistemas estão em risco e a gente tem que lembrar que 70% do oxigênio que respiramos vêm dos oceanos. Então, se a gente afetar este ecossistema estamos afetando a própria sustentabilidade da vida no planeta. Uma maneira qualificada de a gente se comunicar é promovendo a pesquisa nos oceanos com relação ao lixo no mar.
“A GRANDE MAIORIA DO LIXO NO MAR VEM PELOS RIOS, MAS O PROBLEMA MAIOR DO LIXO NO MAR AINDA SÃO AS REDES FANTASMAS, QUE TAMBÉM CONSEGUEM ATINGIR RECIFES DE CORAIS” Informativo dos Portos: O lixo jogado no mar pode dizimar algumas espécies marinhas? Régis: O lixo no mar pode afetar bastante as espécies marinhas, mas o que é mais importante entender é que os organismos filtradores que estão na base da cadeia, comendo microplasticos, também vão atingir os animais maiores. Se você pensar em saúde humana, se você comer um mexilhão (marisco) ou uma ostra contaminada, a tendência é que você também esteja ingerindo microplásticos. Quando você estiver consumindo um peixe ele também vai acumular estes microplásticos. Informativo dos Portos: Quando se fala em lixo no mar, estamos nos referindo apenas ao lixo que vem das áreas costeiras e rios? Régis: A grande maioria do lixo no mar vem pelos rios, mas o problema maior do lixo no mar ainda são as redes fantasmas, que também conseguem atingir recifes de corais. Conseguem atingir pradarias de gramíneas ou mesmo espécies marinhas. Hoje já temos estes registros no Brasil. Informativo dos Portos: Como está o Brasil em termos de pesquisa? Régis: O que a gente percebeu é que existem várias iniciativas no Brasil em termos de pesquisa, algumas com mais de 20 anos, mas precisa de uma união delas para fazer um diagnóstico do lixo no mar no país. Nós precisamos nos apoderar dos dados técnicos, melhorar nossas campanhas de informação com a sociedade. Nós precisamos saber passar para uma criança, por exemplo, que quando ela pega um copo plástico ou um canudo, ela possa pensar em uma tartaruga marinha, em um golfinho, em uma ave marinha. A iniciativa privada também precisa ser mais efetiva com a contribuição dela. No Brasil tem uma política de lixo reversa, que precisa ser mais bem implementada. g
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GOMI ZERO
COMÉRCIO EXTERIOR SEM BARREIRAS
GRUPO PIONEER E CMA CGM FAZEM MUTIRÃO DE LIMPEZA DO RIO NEGRO
ESPECIALIZADA EM DESPACHO ADUANEIRO E LOGÍSTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR
Principal objetivo é conscientizar a população local sobre a importância da reciclagem de lixo e de não jogar entulhos em rios e mananciais
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Um mutirão de limpeza realizado na primeira semana de maio retirou toneladas de lixo e entulhos, como pneus, garrafas plásticas, vidros e pedaços de isopor, em parte do leito do rio Negro, na orla da capital do Amazonas, no Distrito Industrial de Manaus. As atividades foram coordenadas pela Pioneer do Brasil e fazem parte do Projeto Social Gomi Zero, com apoio da CMA CGM. O evento teve a participação de cerca de 400 pessoas, entre elas funcionários da Pioneer, parceiros comerciais, representantes do consulado japonês, do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Câmara de Comércio e Indústria Nipo-Brasileira do Amazonas, autoridades brasileiras e representantes de órgãos governamentais. De acordo com Angelo Pedroni, manager da CMA CGM em Manaus, a empresa Pioneer do Brasil quer compartilhar e disseminar o ato de proteger o planeta, executando atividades de coleta de resíduos ao redor da empresa e levando a conscientização ambiental à comunidade. A coleta de lixo é realizada anualmente, geralmente em maio, dependendo das condições de cheias do rio Amazonas e nunca no mesmo lugar. O principal objetivo é conscientizar a população local sobre a importância da reciclagem de lixo e de não jogar entulhos em rios e mananciais. Segundo Valdizete Lima, da Pioneer, a ação dá um exemplo que pode ser divulgado para outras empresas do Polo Industrial de Manaus. Essa conscientização começou a ser realizada internamente na empresa em 2013 e no ano seguinte foi estendida para a área externa da companhia. De acordo com o vice-presidente da Pioneer, Shinichi Shimazaki, o Gomi Zero (lixo zero em japonês), embora seja uma iniciativa pequena, mostra que a Pioneer está envolvida na atividade de conservação ambiental e procura estender essa conscientização dentro e fora da companhia. Dessa forma, segundo o executivo, a empresa também contribui para garantir a permanência das belezas naturais do Amazonas.g
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DO NORTE
COMPLEXO PORTUÁRIO DE MANAUS PORTA DE ENTRADA DE CARGAS NO AMAZONAS Terminais portuários privados concentram quase toda a movimentação de cargas do complexo, volume que corresponde a 97,4% do total de cargas
O Complexo Portuário de Manaus constitui a principal entrada de mercadorias para o estado do Amazonas: contém um porto público e 10 terminais de uso privativo (TUPs). Entre janeiro de 2010 e janeiro de 2018, a região movimentou 181,52 milhões de toneladas. Os terminais portuários privados concentraram quase toda a movimentação de cargas do complexo de Manaus, volume que corresponde a 97,4% do total de cargas. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Portos (SEP) da Presidência da República e estão publicados na plataforma WebPortos. De grande importância para a região Norte do país, o Porto de 22
Manaus é o maior porto flutuante do mundo. O terminal compreende quase a totalidade do território dos estados do Amazonas, Roraima e Rondônia. Uma grande variedade de acessos, que incluem os modais rodoviário, marítimo e fluvial, permite a importação de insumos que alimentam o Polo Industrial de Manaus (Zona Franca). Com investimentos à vista para expandir o setor, o Porto de Manaus está localizado na margem esquerda do rio Negro. A Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH) cuida da infraestrutura do porto e garante que, apesar
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UM DOS PRINCIPAIS AGENTES DE DESENVOLVIMENTO DO AMAZONAS É A SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA), RESPONSÁVEL POR CONSTRUIR UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL QUE ASSEGURA VIABILIDADE ECONÔMICA dificuldade de aumentar a área de contêineres e de mercadorias em geral, o turismo irá ganhar muito com os investimentos previstos para o próximo ano. PORTOS PRIVADOS Responsável por 80% de toda a movimentação de cargas do Amazonas, o Grupo Chibatão investiu milhões para a melhoria da logística do estado. O porto possui o maior píer flutuante do mundo, com 710 metros de comprimentos, quatro novos guindastes, pátio de 360 mil metros quadrados e capacidade de armazenagem de pelo menos 3 mil contêineres simultaneamente. Além disso, investiu em oito novos guindastes sobre rodas (RTG) com capacidade para movimentar até 45 toneladas, além dos que já estão em operação. O grupo também investiu na capacitação de seus profissionais. Com capacidade estática de 15 mil TEUs e foco em cargas de importação, com certificação internacional AEO (Authorised Economic Operator), o terminal privativo Superterminais opera com mais de 30 cargas conteinerizadas, cargas de projetos e cargas soltas, sejam nacionais ou de importação, com uma equipe de profissionais treinados. O AMAZONAS O Amazonas faz divisa com cinco estados brasileiros (Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima) e fronteira com três países (Peru, Colômbia e Venezuela). O Polo Industrial de Manaus (PIM) está situado na capital do Amazonas. Manaus está posicionada estrategicamente em relação aos países da América da Latina e Estados Unidos, estando a 2h50min de voo de Brasília, 3h30min de São Paulo, 3h40min do Panamá, 5h20min de Miami e 5h de Buenos Aires, com voos diretos para todas essas localidades. O Aeroporto Eduardo Gomes é o aeroporto administrado pela Infraero com maior movimento de carga e correios no país, tendo movimentado 114.023 toneladas em 2016, entre rotas domésticas e internacionais. O aeroporto possui voos regulares diretos para grandes centros nacionais e internacionais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Cidade do Panamá e Miami. 23
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SUFRAMA Uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento do Amazonas é a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que administra a Zona Franca de Manaus (ZFM), com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais. Desde a sua fundação, a Suframa viabilizou a implantação dos três pólos que compõem a ZFM – comercial, industrial e agropecuário – e promove a interiorização do desenvolvimento por todos os estados da área de abrangência do modelo, identificando oportunidades de negócios e atraindo investimentos para a região, tanto para o Polo Industrial de Manaus quanto para os demais setores econômicos da sua área de atuação. Com recursos arrecadados com a prestação de serviço das empresas beneficiadas com os incentivos fiscais do modelo ZFM, a Suframa faz parcerias com governos estaduais e municipais, instituições de ensino e pesquisa e cooperativas, financia projetos de apoio à infraestrutura econômica, produção, turismo, pesquisa e desenvolvimento e de formação de capital intelectual. O objetivo é minimizar o custo amazônico, ampliar a produção de bens e serviços voltados à vocação regional, além de capacitar, treinar e qualificar trabalhadores. g
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ARTIGO
UM NOVO MARCO PARA O TRANSPORTE DE CARGA NO BRASIL por Claude Domingues Padilha O Brasil passou por significativas transformações em várias esferas nas últimas décadas, sobretudo após o plano de estabilização econômica implantado em meados dos anos 1990. Um dos setores de mercado que mais se reinventou nesse período foi o de veículos, incluindo aqueles voltados ao transporte rodoviário de carga, responsáveis pela movimentação de aproximadamente 60% da matriz produtiva nacional.
mentou uma nova combinação de veículo de carga (CVC) com a elevação do Peso Bruto Total Combinado (PBTC), de 45 para 74 toneladas, sendo responsável por transformar o tipo padrão de implementos rodoviários em circulação, bem como suspensões utilizadas em veículos de carga. Tal resolução provocou intensa renovação da frota brasileira por equipamentos anteriormente proibidos e/ou inexistentes, como o bitrem e o rodotrem. A partir de então, mudanças na legislação promoveram a criação de novas CVCs, bem como a alteração de tais tecnologias, o que demandou flexibilidade e agilidade para a implantação e a absorção das inovações tecnológicas.
A economia interna e o poder de compra dos brasileiros recuperaram a dinâmica de crescimento do setor a partir da combinação de diversos fatores, como estabilidade da moeda, oferta de crédito e investimentos em infraestrutura, assim como privatizações e exportações de commodities, que aceleraram a implantação de inovações tecnológicas nas áreas de implementos rodoviários e suspensões dos veículos comerciais. Por um lado, o crescimento exponencial do agronegócio e da mineração – sobretudo com produtos de grande vocação exportadora, como o complexo soja – demandou veículos de carga com maior produtividade, uma vez que a já saturada infraestrutura rodoviária nacional não acompanhou essa evolução. Por outro lado, os investidores da malha ferroviária brasileira recém-privatizada apresentaram uma nova possibilidade tecnológica de atender a crescente demanda por transporte de carga, por meio de maior integração entre modais. As inovações tecnológicas avançaram a partir de 1998, com a publicação da Resolução 68/98, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regula-
Hoje, outras tendências podem gerar impactos tão significativos como o visualizado a partir do final dos anos 1990. Uma delas é a recente ampliação do PBTC para 91 toneladas no Brasil, que deve representar um novo marco de alteração no padrão de CVCs utilizadas por grande parte do mercado, sobretudo os direcionados ao transporte de commodities minerais e agrícolas. Com o incremento dos limites legais de carga ao longo das décadas, acompanhado pela elevação da massa transportada, a indústria deve estar atenta a trazer produtos e componentes amplamente testados, certificados e dotados de rigoroso controle de uso. Assim, usuários poderão ampliar a produtividade e obter reduções de seus custos fixos, gerando maior competitividade ao produto e ao transporte do país. g
O autor é gerente de Marketing e Gestão de Rede da Randon S.A. Implementos e Participações
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CAMPANHA ESPECIAL
“TORCEDOR ALLOG PROPÕE UMA FORMA DIVERTIDA DE VIBRAR PELO BRASIL Ferramenta online de interação premia os melhores “palpiteiros” com viagem para o país campeão do Mundial e com uma experiência de futebol junto ao time do coração
A Atlântico Sul Consultoria oferece aos seus clientes soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento de projetos de engenharia e estudos ambientais para os setores portuário, de transporte marítimo e hidroviário, náutico e costeiro. Na área de Engenharia a Atlântico Sul é especializada na elaboração de projetos de dragagem e derrocagem, projetos de engenharia portuária e costeira e na prestação de serviços de fiscalização e gerenciamento de obras. Na área de Meio Ambiente a Atlântico Sul destaca-se na realização de estudos de oceanografia costeira e geologia litorânea, estudos de viabilidade, modelagem numérica computacional e manejo de material contaminado em ambientes aquáticos.
A paixão nacional pelo futebol e por torcer pelo Brasil está de cara nova em 2018. A Allog lança a promoção “Torcedor Allog”, um divertido exercício de palpites com o objetivo de unir as pessoas na torcida pela seleção na Copa, com direito a prêmios incríveis. Imagine viajar para a Alemanha, Portugal, Espanha, Argentina ou até mesmo dentro do Brasil? Isso mesmo. Para os que acumularem mais pontos nos palpites, o “Torcedor Allog premiará com uma viagem para o país campeão da Copa (1º lugar), uma viagem de experiência de futebol para ver o time do seu coração no Brasil (2º lugar) e centenas de outros prêmios, como smarthphone, camisas oficiais e caixas de som bluetooht. Os interessados em participar já podem fazer um cadastro no hotsite www.torcedorallog. com.br. “Os brasileiros têm forte ligação com o futebol e a promoção vai proporcionar um motivo a mais para que torçam pelo país”, pontua o analista de marketing da Allog, Tiago Schaffrath. Pelo regulamento, a partir de 7 de junho, os participantes devem deixar os palpites para os jogos do Mundial no site. Aqueles que acertarem os resultados dos jogos acumulam pontos, sobem no ranking interno do site e os melhores colocados concorrem aos prêmios. A brincadeira vai além, criando chances extras para jogos específicos com brindes patrocinados pelos parceiros da promoção. O “Torcedor Allog” nasceu da paixão pelo esporte e, em especial, pelo Brasil no Mundial. A Allog possui mais de 130 colaboradores, um time campeão de jovens talentos que são responsáveis pelo sucesso logístico de clientes dos mais variados segmentos econômicos. “Em 2014, em sua primeira edição, buscávamos uma interação maior entre colaboradores, fornecedores, clientes ou qualquer pessoa que desejasse participar e se juntar à torcida”, acrescenta Tiago.
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A nova versão do “Torcedor Allog” conta com um hotsite evoluído e a ideia é colaborar com a paixão de uma grande torcida, participando, brincando e deixando seus palpites. g
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AUMENTAMOS A NOSSA PRODUTIVIDADE. E A LUCRATIVIDADE DE NOSSOS CLIENTES. Maior terminal de contêineres do Sul do país, e o único com integração ferroviária, o TCP é responsável por um dos maiores programas de investimentos no setor portuário privado do Brasil. Com a ampliação do cais de atracação e dispondo dos mais avançados equipamentos voltados à movimentação de cargas, o TCP ampliou a capacidade do terminal e está preparado para receber os maiores navios porta-contêineres que atuam na América Latina. Na prática, isso significa muito mais agilidade e lucratividade para os negócios de nossos clientes.
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AVIÕES BRASILEIROS
EMBRAER FABRICA MAIS 15 JATOS PARA A AMERICAN AIRLINES Entregas começarão em 2019. Somado aos três pedidos anteriores de E175, esse novo contrato resulta em uma encomenda total de 89 aeronaves pela empresa.
A Embraer vai fabricar um total de 15 jatos E175 configurados com 76 assentos para a America Airlines Inc. O valor é de US$ 705 milhões, com base nos atuais preços de lista, e será incluído na carteira de pedidos da Embraer (backlog) do segundo trimestre de 2018. As entregas começarão em 2019, entre março e novembro. Somado aos três pedidos anteriores de E175 realizados pela companhia aérea, esse novo contrato resulta em uma encomenda total de 89 aeronaves deste modelo pela American Airlines. O pedido mais recente, para dez aviões, havia ocorrido em outubro de 2017. “Estamos entusiasmados com o fato de o E175 continuar sendo a solução certa para a American. Esta é a quarta encomenda para a empresa desde 2013 e pedidos seguidos demonstram como a aeronave atende às necessidades de seus negócios e a confiança que eles têm em nossa plataforma”, disse Charlie Hillis, diretor de Vendas e Marketing para a América do Norte da Embraer Aviação Comercial. A American Airlines selecionou a Envoy, subsidiária integral da American Airlines Group Inc., para operar as 15 aeronaves, que serão configuradas com um total de 76 assentos, sendo 12 assentos de primeira classe e 60 de classe econômica, incluídos os assentos de classe econômica extra. Incluindo esse novo contrato, a Embraer vendeu mais de 400 jatos do modelo E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, obtendo mais de 80% do total de pedidos no segmento de jatos de até 76 assentos. Desde a entrada em serviço, a família de E-Jets recebeu mais de 1,8 mil pedidos e mais de 1,4 mil aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando em frotas de 70 clientes em 50 países, especialmente em companhias aéreas de baixo custo, regionais e de linha principal. g 30
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PESSOAS E EXPERIÊNCIA GLOBAL
Esses são fundamentos que fazem do Grupo Jan De Nul um sucesso fenomenal. Graças a funcionários altamente capacitados e a mais moderna frota, o Grupo jan De Nul é o maior especialista em atividades de dragagem e construção naval, bem como em serviços especializados para a indústria offshore de petróleo, gás e energia renovável. A combinação das atividades de engenharia civil e ambientais torna o Grupo completo. Jan De Nul do Brasil Dragagem Ltda Av. das Américas, 3500, Edifício Londres, Bloco 1, Salas 515 e 516 22640-102 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ I Brazil T +55 21 2025 18 50 I F +55 21 2025 18 70 I E brasil.office@jandenul.com
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NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
PORTO DE IMBITUBA REALIZA EXPORTAÇÃO DE BOIS VIVOS A Turquia é hoje a maior importadora de bois em pé do Brasil. A preferência pelo gado vivo é recorrente em países onde há população muçulmana
O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, acaba de se tornar uma alternativa logística também para a exportação de animais vivos. Em abril, foram embarcados 4.341 bois para a Turquia, em uma operação que durou aproximadamente 11 horas. O navio Gelbray Express partiu de Imbituba rumo ao porto de Bandirma, localizado na região noroeste do país euro-asiático. A Turquia é hoje a maior importadora de bois em pé do Brasil. A preferência pela compra de gado vivo é recorrente em países onde há população muçulmana, pois possuem uma técnica especial de abate. Embora a venda de gado vivo seja uma prática antiga, esse segmento da pecuária ganhou força no início desta década, quando as vendas externas chegaram a 690 mil animais. De 2010 a 2012, o principal destino dos bois brasileiros eram os frigoríficos da Venezuela. Com a severa crise econômica do país vizinho, as vendas despencaram em 2015. Desde 2016, as vendas voltaram a subir, até atingirem US$ 263 milhões em 2017, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Uma explicação para o interesse no negócio é o fato de os países muçulmanos pagarem prêmios sobre a cotação de referência do gado. Uma fonte ligada às exportadoras esclarece que os compradores exigem raças específicas. O gado Nelore, símbolo do plantel brasileiro, não é aceito em países muçulmanos, que preferem a raça Zebu. Diante das exigências, é necessário esforço para angariar animais para a venda externa, o que acaba se refletindo no preço pago pelo comprador. g 32
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aInfraestrutura adequada; aManuseio com equipe qualificada; aGerenciamento de estoque, montagem de kits e reembalagem; aGestão realizada através do sistema WMS (Warehouse Management System), que oferece total controle de entrada e saída de mercadorias em tempo real.
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TECNOLOGIA
PORTOS E TERMINAIS INTELIGENTES REDUZEM CUSTOS E MELHORAM PRODUTIVIDADE
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Estudo da BCG mostra que os diferentes setores de um porto podem usar tecnologias para melhorar as operações existentes sem grandes investimentos Ao longo dos últimos 50 anos, a indústria naval se reinventou, abrindo caminho para a conteinerização, embarcações maiores e intercâmbio eletrônico de dados. Apesar das melhorias, os aspectos das operações portuárias permanecem ancorados no passado, dependendo de sistemas manuais e baseados em papel. O comércio global, no entanto, não está parado. O tamanho cada vez maior dos navios e os volumes de carga continuam a pressionar os portos, que passam a inovar para manter o ritmo. Os operadores precisam adotar uma mentalidade digital e implementar
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tecnologias de porta inteligentes para permanecer eficientes e competitivos. Um novo estudo da consultoria The Boston Consulting Group (BCG) sobre a digitalização do setor portuário mostra que no porto de Hamburgo, na Alemanha, por exemplo, iniciativas abrangentes de portos conectados fazem parte de um plano para dobrar a capacidade – mas não o espaço – até 2025, reduzindo custos operacionais e logísticos para os proprietários de cargas. As tecnologias inteligentes são sistemas multissetoriais baseados no digital. Os diferentes setores de um porto podem usar essas tecnologias para reconfigurar funções e melhorar as operações existentes sem grandes investimentos. As tecnologias inteligentes incluem sistemas que suportam a infraestrutura básica, como ferramentas para manuseio de carga, gerenciamento de tráfego, manuseio da alfândega, garantia de segurança e monitoramento do uso de energia. Alguns beneficiam a gama de parceiros portuários, enquanto outros apoiam parcerias específicas entre uma autoridade portuária e operadores de terminais, por exemplo. Os sensores inteligentes ajudam as autoridades portuárias e os operadores a rastrearem, operarem e manterem a infraestrutura física e as instalações que gerenciam. Sensores que são incor-
porados em paredes de cais, estradas, ferrovias e pontes transmitem dados em tempo real sobre as condições de operação de berços e outras infraestruturas. Usados dessa maneira, eles podem reduzir a necessidade de inspeções anuais e fornecer dados que ajudem a programar a manutenção preventiva com mais precisão. Muitos sistemas de monitoramento de saúde estrutural custam uma fração das próprias estruturas e isso pode significar um retorno sobre o investimento (ROI) relativamente rápido em países onde o custo da mão de obra é alto. Sistemas confiáveis t ambém podem garantir que os guindastes e outros equipamentos de manuseio de carga operem com eficiência máxima e sejam mantidos adequadamente, ajudando os operadores de terminais a lidar com volumes maiores e melhorar a produtividade. Um terminal de contêineres no porto de Valência, na Espanha, está testando uma dessas redes. São “Caixas pretas” instaladas em 200 guindastes, caminhões e empilhadeiras, coletando informações sobre localização, status das operações e consumo de energia. O sistema analisa as informações em tempo real e as compartilha com a equipe do terminal para identificar os gargalos operacionais e iniciar a ação apropriada. Os desenvolvedores do protótipo estimam que ele poderia reduzir em até 10% os custos operacionais, reduzindo o tempo ocioso do equipamento e minimizando o uso de energia.
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TECNOLOGIA
Melhorar a eficiência da movimentação de carga não é o único objetivo. Os terminais também precisam de melhores opções para direcionar caminhões e trens através de áreas freqüentemente congestionadas o mais rápido possível. O Porto de Cingapura está testando um sistema de monitoramento de tráfego baseado em GPS que rastreia os movimentos dos caminhões, notifica os terminais quando os veículos estão se aproximando e fornece instruções sobre como proceder. Em outro aplicativo, o Porto de Hamburgo está testando sensores de monitoramento de tráfego embarcados ao longo das principais estradas portuárias. NOVOS SERVIÇOS Embora os benefícios da maioria das tecnologias sejam resultados de ajudar as autoridades portuárias e seus parceiros a cortar custos e operar com mais eficiência, os sistemas também podem gerar novos serviços baseados em dados e fluxos de receita. Os portos AFS e seus podem vender esses serviços para uma 0010parceiros 18BO COMPETITIVIDADE_19x13cm.pdf 1 25/05/18 15:11
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seção transversal de clientes em potencial, incluindo transportadores de caminhões, operadores de terminais, parques logísticos, depósitos de contêineres e operadores de commodities. Operadores de terminais e depósitos de contêineres na Austrália, segundo estudo da BCG, estavam entre os primeiros a gerar novas receitas oferecendo serviços digitais para empresas de caminhões que estavam fora de sua base de clientes tradicional. Terminais de contêineres australianos e depósitos criaram sistemas de nomeação de caminhões que reduziram o congestionamento e os tempos de troca. Como os sistemas melhoraram a produtividade, as transportadoras estavam dispostas a pagar uma taxa de reserva moderada para usá-las. Em Cingapura, os caminhoneiros melhoraram sua eficiência usando um sistema de smartphone para trocar informações com os terminais. O mesmo sistema oferece serviços de rastreamento de contêiner em tempo real que os proprietários de carga podem usar para monitorar a localização de um contêiner em qualquer lugar da região. g
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SERVIÇO PORTA-A-PORTA
CMA CGM DESENVOLVE NEGÓCIOS EM TODOS OS ESTADOS DO NORTE DO BRASIL Desde a compra da Mercosul Line, o Grupo fortalece sua oferta de serviços no Brasil e na América do Sul, especialmente em cabotagem e porta-a-porta Líder no transporte de contêineres em Manaus (AM), a CMA CGM desenvolve negócios em todos os estados do Norte do Brasil. De acordo com Angelo Pedroni, manager da empresa em Manaus, em Rondônia, por exemplo, a companhia oferece um serviço de balsa para movimentar produtos do agronegócio, madeira, sucata de ferro e minério. Um serviço diário de balsa da companhia conecta Manaus a Rondônia pelo rio Madeira. São 800 quilômetros de navegação e duração de aproximadamente sete dias. De acordo com o executivo, com a compra da Mercosul Line, a CMA CGM fortaleceu sua oferta de serviços no Brasil e, de forma mais abrangente, na América do Sul, especialmente em cabotagem e porta-a-porta. “Manaus é um dos focos da atuação do Mercosul, principalmente por conta do distrito industrial”, explica o executivo. Desde a consolidação do negócio, está sendo realizada uma ação de integração entre as duas empresas para que beneficie os clientes, como a reutilização na cabotagem de contêineres de importação. Estabelecida em 1996, a Mercosul Line serve mais de 12 portos com uma frota de quatro navios de 2.500 TEUs. A equipe conta com 120 pessoas distribuídas nos escritórios de Santos, São Paulo, Manaus, Recife e Itajaí. A atividade da Mercosul Line é parte fundamental da estratégia da CMA CGM, que é desenvolver conexões de transporte marítimo intrarregional e serviços complementares como logística. Com presença na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com 21 escritórios dedicados, o Grupo CMA CGM emprega 470 colaboradores na Costa Leste da América do Sul. Mais de 71 navios operam em dez diferentes serviços e escalam 23 portos na região.g 38
SOBRE A CMA CGM • Fundada por Jacques R. Saadé, é um grupo global líder em transporte de carga. • Possui, aproximadamente, 30 mil funcionários no mundo e 400 no Brasil • Possui uma frota de 504 navios que escalam mais de 420 portos. • Em 2017, eles carregaram aproximadamente 19 milhões de TEUs. • Agora liderada por Rodolphe Saadé, a CMA CGM desfruta de um crescimento contínuo e se mantém inovando. • Valores: Ousadia, Iniciativa, Integridade, Imaginação. • A CMA CGM se tornará o primeiro armador no mundo a equipar navios de 22 mil TEUs com Sistema LNG (Liquefied Natural Gas). • Entre 2005 e 2015, o Grupo reduziu em 50% sua emissão de CO2 por contêiner e planeja ir além, reduzindo as emissões em 30% até 2025. • Pioneira e líder em Eco-contêineres. • A CMA CGM dedica ao Brasil 17 escritórios e 10 serviços diretos escalando os portos brasileiros e é liderada por Lionel Chatelet. • Em 8 de dezembro de 2017, adquiriu a Mercosul Line, especialista em transporte doméstico no país. • Serviços diretos em Manaus: Brasex e Braco, contendo escalas semanais com 13 navios que operam em Manaus. • Companhia de navegação líder do mercado amazonense nos últimos 10 anos, com mais de 40 mil contêineres transportados em Manaus em 2017.
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UMA NOVA EXPERIÊNCIA EM ITAJAÍ
COMPLEXO PORTUÁRIO
RETOMADA DO BERÇO 3 DÁ NOVO FÔLEGO AO PORTO DE ITAJAÍ Depois de quatro anos em reforma, estrutura recebe navio de bandeira suíça para carregar equipamentos utilizados na Volvo Ocean Race
• 132 apartamentos • Piscina externa • Estacionamento com manobrista
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O Porto de Itajaí passou a contar com mais um berço para atracação de navios que operam na exportação e importação. Depois de quatro anos em reforma, entrou em operação na primeira semana de maio o berço 3, com a atracação do navio de bandeira suíça “BBC Switzerland”. Com 120 metros de comprimento e 20 metros de largura, o navio atracou no cais com o objetivo de carregar todos os materiais e equipamentos que foram utilizados durante a parada da Volvo Ocean Race em Itajaí. Durante a operação foram movimentados 120 contêineres. De Itajaí, o navio partiu para Cardiff, capital do País de Gales, na Europa, cidade que irá abrigar a 9ª perna da competição náutica. As obras do berço 3 iniciaram em 2014. Nos períodos em que a construção foi retomada, houve o apoio do governo federal com um aporte na ordem R$ 120 milhões para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4. Em julho do ano passado, outra ordem de serviço foi assinada no valor de R$ 18,8 milhões para mais uma etapa das obras de ambos os berços. O investimento total foi de R$ 138,8 milhões, provenientes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), via Secretaria Nacional de Portos (SNP).
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Atualmente, o Porto de Itajaí responde por mais de 60% da balança comercial estadual e 4% da nacional. O berço 4 está com suas obras em andamento e tem previsão de ser entregue ainda dentro deste primeiro semestre de 2018. Com três berços em atividade, o Porto de Itajaí voltará às suas origens com picos de movimentação portuária intensa, permitindo mais escalas de atracações de navios maiores e operações mais ágeis e seguras. g
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James Tavares / Secom
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PARQUE INDUSTRIAL
GDC ANUNCIA INVESTIMENTO DE R$ 300 MILHÕES EM ITAJAÍ Novo complexo reunirá todas as operações da empresa, incluindo as indústrias de alimentos, embalagens e a operação logística
No documento, a empresa assume o compromisso de manter e ampliar suas atividades em Itajaí. A Prefeitura se compromete a dar suporte ao projeto, além de coordenar a viabilização dos incentivos econômicos e fiscais. Já o governo catarinense vai viabilizar a pavimentação do acesso ao novo complexo e o encaminhamento dos benefícios dos programas estaduais Pró-Emprego e de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec).
O governo de Santa Catarina assinou protocolo de intenções com a GDC Alimentos (Gomes da Costa), do Grupo Calvo, e a Prefeitura de Itajaí para a centralização de seis unidades operacionais da companhia. Elas ficarão agrupadas em um complexo industrial, com investimento privado de R$ 300 milhões. O novo complexo reunirá todas as operações da empresa, incluindo as indústrias de alimentos, embalagens e a operação logística. Atualmente, as unidades operam em quatro locais distintos da cidade.
O presidente da Gomes da Costa, Enrique Orge Miguez, observa que, depois de concluídas as obras de ampliação, o complexo do Grupo Calvo em Itajaí será destaque mundial. “Será um dos maiores projetos da empresa no mundo, no segmento de enlatados, com tecnologia de ponta, incluindo produção de alimentos de alto valor agregado como óleos especiais e Ômega 3”, destaca Miguez. A GDC é a maior empregadora privada no município, com um quadro de mais de 2 mil funcionários diretos. g
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ARTIGO
TERCEIRIZAÇÃO NA IMPORTAÇÃO por Wagner Antônio Coelho Com a utilização da terceirização, muitas empresas buscam manter seu foco nas suas atividades principais. Nesse sentido, as breve linhas desta edição abordam o tema relacionado aos aspectos legais da terceirização de serviços na importação, visando melhor assessoria, condições tributárias e até mesmo o financiamento da operação. Ao perceber tais vantagens, empresas terceirizam a importação, podendo atuar de duas maneiras, com ambas as operações devidamente regularizadas perante a Receita Federal de acordo com a IN SRF nº 225/02, para importação por conta e ordem, e, com base na IN SRF nº 634/06, para importação por encomenda. Na operação de importação por conta e ordem de teceiros, uma empresa – a adquirente –, faz um contrato de prestação de serviço com uma empresa – a importadora por conta e ordem de terceiros – que fornece à empresa contratante a importação em seu nome, podendo usufluir de benefícios fiscais, assessoria tributária e aduaneira. Nessa modalidade, toda operação deve ser custeada pela empresa adquirente. De acordo com a IN SRF nº 225/02, “entende-se por importador por conta e ordem de terceiro a pessoa jurídica que promover, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que poderá compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial.” É importante atentar-se também, nessa operação por conta e ordem, que, apesar de a comercial importadora ser o importardor, registrar a declaração de importação (DI) em seu nome, ainda que recolha os tributos e taxas incidentes na operação e até mesmo pagando o câmbio ao exportador/ vendedor, não caracteriza a importação própria. Toda a mercadoria, responsabilidade e origem financeira devem ser do adquirente, que é o real importador/negociador da mercadoria. Consequentemente, embora o importador seja o contribuinte dos tributos federais incidentes sobre as importações, o adquirente das mercadorias é responsável solidário pelo recolhimento desses tributos, seja porque ambos têm interesse comum na situação que cons-
titui o fato gerador dos tributos, seja por previsão expressa de lei. Já na operação de importação por encomenda, uma empresa – a encomendante – contrata uma outra empresa – a importadora – para efetuar a importação de uma mercadoria na qual a contratante tem interesse. Nessa modalidade a encomendante que é predeterminada em contrato fará uma compra da importadora que, por sua vez, deve custear toda a operação e operar com a margem de lucro sobre o preço final e até mesmo outras cobranças financeiras. De acordo com a IN SRF nº 634/06, “não se considera importação por encomenda a operação realizada com recursos do encomendante, ainda que parcialmente.” Da mesma forma, tanto a empresa contratante como a contratada devem observar o tratamento tributário específico dispensado a esse tipo de operação, assim como tomar alguns cuidados especiais, a fim de não serem surpreendidas por uma autuação da fiscalização da Aduana Brasileira e, até mesmo, terem suas mercadorias apreendidas. Para operar com a importação por conta e ordem de terceiros ou encomenda, ambas as empresas comercial importadora e adquirente – devem estar habilitadas a operar no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), segundo as diretrizes dadas pela IN RFB Nº 1603/2015. Além dessa habilitação no Siscomex, é necessário firmar um contrato de vinculação entre as partes, conforme previsto nas IN SRF nº 634/06 e IN SRF nº 225/02. A opção de operar por conta própria, por conta e ordem ou encomenda por intermédio de uma comercial importadora é perfeitamente legal. Deve-se analisar o que mais condiz com a necessidade da empresa e as condições tributárias da operação. Porém, independentemente da opção, alguns cuidados são necessários para evitar problemas com a Aduana Brasileira, em situações que podem caracterizar omissão do real adquirente, com ocultação do real adquirente, do real fornecedor, dentre outros ilícitos fiscais, aduaneiros e penais. g
Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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GUIA DE SERVIÇOS
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CURITIBA-PR Unidade Comercial Av. Comendador Araújo, 143, Centro, CEP 80420-900 – Conj. 144/145 +55 (41) 3221-5600
SÃO FRANCISCO DO SUL-SC Porto Seco Rocha – EADI - Terminal de Conteineres Vazios - DEPOT Rodovia Duque de Caxias, s/n – Km 2,5 Iperoba, CEP 89240-000 Tel: 55 (47) 3471-1800
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INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 A EDIÇÃO
2018
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