Revista Informativo dos Portos 231

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Edição nº 231 - Ano XIX - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

OS ENTRAVES DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o que mais prejudica o setor são as tarifas cobradas em portos e aeroportos

4 Santa Catarina ganha novo CLIA

(Centro Logístico e Industrial)

4 TCP amplia em 60% capacidade de movimentação de cargas

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INFORMATIVO DOS DOS PORTOS PORTOS // INFORMATIVO

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EXPEDIENTE

INFORMATIVO DOS PORTOS /

EXPEDIENTE

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA ADMINISTRATIVA DIRETORA Luciana Coutinho Elisabete Coutinho luciana@informativodosportos.com.br elisabete@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana (SC 01317 JP) LucianaZonta Coutinho luzonta@informativodosportos.com.br luciana@informativodosportos.com.br REPORTAGEM JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta Alessandro (SC 01317 Padin, JP) Adão Pinheiro, luzonta@informativodosportos.com.br Érica Amores e Luciana Zonta REPORTAGEM FOTOS Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Ronaldo Silva Jr./Divulgação Érica Amores e Luciana Zonta Flávio Roberto Berger/Fotoimagem FOTOS REVISÃO Ronaldo Silva Jr./Divulgação Izabel FlávioMendes Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO COMERCIAL Izabel Michelle Mendes Santos Thaísa comercial@informativodosportos.com.br COMERCIAL Thaísa Michelle Santos PROJETO GRÁFICO comercial@informativodosportos.com.br Elaine Mafra PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra |Magic Arte DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra|Magic Arte - @magicarte DIAGRAMAÇÃO E CAPA arte@informativodosportos.com.br Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47)EDITORA 3348.9998 | (47) 3344.5017 PERFIL www.informativodosportos.com.br Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 informativodosportos@informativodosportos.com.br www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade artigos assinados são de inteiraa responsabilidade de*Os seus autores e não representam opinião da revista. de seus autores e não representam a opinião da revista.

QUE VENHA 2019

A LOGÍSTICA DAS COISAS

O Brasil de 2019 chega embalado do otimismo de, pelo menos, parte dos brasileiros, de que finalmente vamos voltar a crescer, afastando-nos das incertezas dos últimos anos. O fato é que, por mais otimistas que possamos ser, não é difícil perceber que, em certos aspectos, há indícios de um cenário similar àquele do início de 2018, com o Brasil apresentando crescimento inferior ao da maioria dos países em desenvolvimento. Por outro lado, anaA indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos listas internacionais, como os economista do Credit Suisse, avaliam que o séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história cenário será positivoIndustrial. para o país entredas 2019 e 2020. denomina de Revolução A Internet Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis essa nova revolução. Mas vale destacar aqui a o Brasil um A equipe deporanálise macroeconômica doa pena banco projeta para evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual integração em tempo real previés otimista de recuperação da economia noapróximo biênio. O banco com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam vê crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 e avanço de mais esta revolução.

2,5% do nível de produto em 2020, com base, principalmente, na demanda

doméstica, particularmente noeconsumo das famílias e em investimentos. Estamos vivendo a era da indústria a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. AOcomplexidade que muitos já onão conseguem mais acompanhar, que inclui enquanto fato é que, mesmo que crescimento econômico se concretize, sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está o país não reduzir os entraves de incentivo ao comércio exterior, a correta limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria recuperação econômica continuará dispersa e com altos 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e e baixos. Recente pesquisa realizada pela Indústria (CNI), como acontecerá provavelmente mais Confederação uma revolução: aNacional integraçãoda total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo mostra reportagem de capa desta edição da Informativo dos Portos, aponta inédito. que o que mais prejudica o setor na atualidade são as tarifas cobradas em portos e aeroportos. Os dados do estudo “Desafios à Competitividade das

No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 Exportações o temaeémanufatura sensível eforam considerado bilhão em 2016,Brasileiras” sendo que a mostra indústriaque automotiva as mais prejurelevantes, de acordo com um estudo dapara Frost o& Sullivan. grande dicial à venda de bens e serviços exterior paraCom mais da metade das potencial de exportadoras transformação, especialistas empresas brasileiras. estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na Porém, de o custos, maior problema reside no fato que o novo governo pode não redução consumo energético e uso dede materiais.

conseguir cumprir o teto de gastos e aumentar o endividamento para cobrir

Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favoráveltudo ao isso, ainda estagastos correntes. Entretanto, mesmo considerando fortalecimento da com economia para, quem sabe, do finalmente mos otimistas o desenvolvimento Brasil.oNo Brasil seja o país do futuro.

meio de tantas incertezas, esperamos que os fatores Boa leitura! positivos nos surpreendam e nos permitam crescer em 2019.

Edição nº 231 - Ano XIX - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

OS ENTRAVES DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o que mais prejudica o setor são as tarifas cobradas em portos e aeroportos

Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

Boa leitura!

NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo

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18 ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK

ANUÁRIO

4 Santa Catarina ganha novo CLIA

(Centro Logístico e Industrial)

4 TCP amplia em 60% capacidade de movimentação de cargas

INFORMATIVO DOS PORTOS

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ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK

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Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações

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Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba INFORMATIVO DOS PORTOS

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ÍNDICE ESPECIAL Os entraves do comércio exterior brasileiro

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PARCERIAS DE INVESTIMENTOS

Governo vai leiloar 17 empreendimentos em março de 2019

SISTEMA RETROPORTUÁRIO Itajaí ganha novo CLIA (Centro Logístico e Industrial) 8

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DIÁRIO DE BORDO.................................................................10 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado MERCADO DA CARNE...............................................................18 Santa Catarina se consolida como grande exportador de proteína animal LOGÍSTICA NACIONAL..............................................................22 Sistema aeroportuário pode entrar em colapso até 2025 COLUNA DE TECNOLOGIA..........................................................24 Tudo sobre o mercado tecnológico COMÉRCIO INTERNACIONAL.......................................................26 Relação comercial com a ásia impulsiona movimentação de carga no Brasil

LOGÍSTICA PORTUÁRIA TCP amplia em 60% capacidade de movimentação de cargas

ARTIGO...............................................................................30 Soluções intermodais, por Milton Lourenço MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA.....................................................32 APM Terminals passa a operar veículos quinzenalmente em Itajaí TECNOLOGIA PORTUÁRIA.........................................................38 Terminais monitoram condições meteorológicas e oceanográficas ARTIGO...............................................................................40 Shipbreaking Industry, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS..............................................................42 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO s

Foi firmada aliança de colaboração entre a autoridade portuária do Porto do Itaqui (MA) e a administração do Canal do Panamá para fomentar o uso do canal por navios com destino ou origem no Itaqui para promover remessas de grãos na rota comercial do Norte do Brasil com destino a países do Pacífico. Segundo o acordo, as duas partes se comprometem a atuar para melhorar o serviço de transporte e promover o crescimento do comércio global. O escopo da aliança abrange atividades comerciais conjuntas, intercâmbio de informação, estudo de mercado e modernização. A expectativa é que a parceria fortaleça a logística do Arco Norte e dê ao Porto do Itaqui acesso a novos mercados, especialmente de commodities. 10

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EXPORTAÇÕES PARA PAÍSES DO PACÍFICO


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ESCALA PARA A ÁSIA

IMBITUBA É DESTAQUE NO RS

Com o anúncio da reestruturação e de uma nova rotação do serviço que conecta a Ásia à Costa Leste da América do Sul, a partir de agora operado pelos armadores Maersk Line e Hamburg Süd, a APM Terminals Itajaí passa a dispor de duas escalas semanais, ao invés de apenas uma, no serviço Asas 1. Na prática, a adição de uma escala ao serviço melhorará os tempos de trânsito para as importações que descarregam no terminal, impactando positivamente nos volumes operados e na cadeia de suprimentos dos importadores. Na exportação, o serviço mantém em Itajaí o seu ponto estratégico para embarque de cargas refrigeradas, aumentando a capacidade de tomadas nos navios. A expectativa é que a primeira escala em Itajaí ocorra na segunda quinzena de janeiro.

Cerca de 50 importadores e exportadores dos mercados gaúcho e sul catarinense se reuniram em Porto Alegre (RS) para conhecer os resultados da operação de contêineres no Porto de Imbituba e suas vantagens competitivas. O encontro foi promovido pela Santos Brasil, arrendatária do Terminal de Contêineres (Tecon Imbituba). O diretor comercial de operações portuárias da empresa, Danilo Ramos, descreveu as características estruturais e operacionais do Tecon. Atualmente, 70% das operações de cabotagem realizadas através de Imbituba vêm do Rio Grande do Sul.

MULTILOG CRESCE EM FATURAMENTO Um dos maiores operadores logísticos do Brasil, a Multilog, completou o primeiro semestre das operações no estado de São Paulo. Com atuação na capital paulista, Santos, Campinas e Barueri, aumentou 50% o faturamento da empresa durante o período. Com presença em todo o Sul e no Sudeste do Brasil, a empresa, que possui 22 anos de experiência no mercado, ampliou o número de colaboradores de 900 pessoas para 1,5 mil e expandiu a área alfandegada em mais de meio milhão de metros quadrados. A empresa objetiva encerrar 2018 superando os R$ 500 milhões de faturamento, com previsão de dobrar a meta de faturamento até 2022.

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DIÁRIO DE BORDO EMISSÃO ZERO DE CO₂ ATÉ 2050 s

Com o objetivo de acelerar a transição para o transporte neutro em carbono, a Maersk anunciou sua meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Para atingir essa meta, as embarcações com carbono neutro devem ser comercialmente viáveis ​​até 2030, o que exige uma aceleração em novas inovações e adaptação de novas tecnologias. O clima é uma das questões mais importantes do mundo, e transportando cerca de 80% do comércio global, a indústria naval é vital para encontrar soluções. Até agora, as emissões relativas de CO₂ da Maersk foram reduzidas em 46% (base 2007), aproximadamente 9% a mais que a média do setor.

EXPANSÃO DA FERROVIA DE RONDONÓPOLIS s

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Visando atender a demanda crescente de grãos no Centro-Oeste do país nos próximos anos, a Rumo, maior operadora de ferrovias do país, deu início à nova etapa de expansão do Terminal Ferroviário de Rondonópolis (TRO), no Mato Grosso. Com investimento de R$ 200 milhões nas obras, a empresa estima um aumento de capacidade de mais de 6 milhões de toneladas de grãos em relação ao volume da estrutura atual. Dividido em duas etapas, o projeto contempla a construção de três novos silos metálicos, Quatro novas moegas, uma tulha ferroviária para três vagões, melhorias no pátio de entrada e saída com balanças rodoviárias, novas esteiras transportadoras, pavimentação e drenagem.


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INFORMATIVO DOS PORTOS /

ESPECIAL

DIAGNÓSTICO DO SETOR OS ENTRAVES DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

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Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o que mais prejudica o setor são as tarifas cobradas em portos e aeroportos Quais são os principais entraves do comércio exterior brasileiro? Infraestrutura? Valor do frete? Excesso de burocracia para liberação da carga? Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada no início de dezembro aponta que o que mais prejudica o setor na atualidade são as tarifas cobradas em portos e aeroportos. Os dados do estudo “Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras” mostra que o tema é sensível e considerado prejudicial à venda de bens e serviços para o exterior para mais da metade das empresas exportadoras brasileiras. Realizada com 589 empresas que vendem para outros países (a maioria atua no comércio exterior há mais de 10 anos), a pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre outubro de 2017 e março de 2018. Nas entrevistas, o segundo item mais crítico apontado pelas companhias é a dificuldade de oferecer preços competitivos na disputa com outros países. Os Estados Unidos continuam sendo considerados os parceiros mais atrativos para a realização de acordos comerciais, seguidos pela União Europeia e pelo México. Já no que diz respeito aos maiores destinatários das exportações, a Argentina aparece logo após o mercado estadunidense no interesse dos empresários brasileiros em estreitar os laços comerciais. De acordo com Carlos Eduardo Abijaod, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, problemas internos e estruturais ficaram mais claros no estudo deste ano, já que o câmbio está mais favorável às exportações. “De um lado, o governo precisa enfrentar problemas estruturais do Brasil, por meio de reformas. De outro, as empresas precisam investir em produtividade e inovação”, enfatiza. PROBLEMAS CRÍTICOS As tarifas dos terminais portuários e aeroportuários são apontadas por 51,8% das empresas como problema “crítico” ou que “impacta muito” no dia a dia da exportação dos negócios. Dentre os entraves mercadológicos, o encarecimento do custo da produção, que impede a oferta de preços mais competitivos, é apontado por 43,4% das entrevistadas. A pesquisa revela que em terceiro lugar no nível de criticidade (41,9%) aparecem as taxas cobradas por órgãos anuentes, fiscalizadores e intervenientes, como a Receita Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O custo do transporte doméstico entre a empresa e o lugar de saída do país (41%) e a baixa capacidade governamental para a superação de obstáculos internos (39,4%) aparecem em quarto

OS 15 PRINCIPAIS ENTRAVES DO PROCESSO DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRO 1) Elevadas tarifas cobradas por portos e aeroportos: 51,8% 2) Dificuldade de oferecer preços competitivos : 43,4% 3) Elevadas tarifas cobradas por outros órgãos anuentes: 41,9% 4) Custo do transporte doméstico: 41% 5) Baixa eficiência governamental para a superação dos obstáculos internos às exportações: 39,4% 6) Custo de transporte internacional: 39% 7) Taxa de câmbio desfavorável às exportações: 37,3% 8) Proliferação de leis e normas de forma descentralizada: 36,7% 9) Leis conflituosas, complexas e pouco efetivas: 36,6% 10) Múltiplas interpretações dos requisitos legais: 36,2% 11) Demasiado tempo para fiscalização e liberação de mercadoria: 35,6% 12) Tributos nos produtos exportados: 34% 13) Juros elevados para financiamento de investimento na produção: 33,8% 14) Excesso dos documentos requeridos por órgãos anuentes: 32,8% 15) Baixa eficiência governamental para a superação das barreiras de acesso ao mercado externo: 31%

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e quinto lugares, respectivamente. Em seguida vem uma série de barreiras da chamada “segurança jurídica”, como o excesso de burocracia, normas conflituosas e demora na fiscalização e despacho das mercadorias. A alta quantidade de tributos que incidem sobre a exportação aparece na 12ª posição no ranking de entraves, sendo que os principais são o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). “Entre os aspectos ligados à burocracia alfandegária e aduaneira, uma quantidade relevante de empresas (entre 27,3% e 35,6%) considera críticos o excesso de documentos, a demanda por originais com diversas assinaturas, a falta de padronização dos procedimentos de desembaraço e o elevado tempo do processo de despacho e fiscalização”, enumera a pesquisa. IMPACTOS O estudo da CNT mostra ainda que os principais impactos negativos nas exportações variam de acordo com cada região do país. No Centro-Oeste, por exemplo, 73,9% das empresas apontaram como mais problemático o custo do transporte interno, ao passo que o trânsito internacional é indicado como maior entrave para 47,8% das empresas nordestinas. “Um dos fatores por trás desse diagnóstico é o problema logístico de escoamento da produção agroindustrial. O Centro-Oeste é a região mais desconectada e que possui menos oferta de serviços de transporte. Os empresários do Centro-Oeste também avaliaram que a divulgação ineficiente dos regimes aduaneiros especiais é um problema crítico”, informa a CNI. Quanto aos obstáculos enfrentados nos países destinatários dos produtos, enquanto a média nacional aponta as tarifas de importação como principal entrave, empresários do Norte, Nordeste e Centro-Oeste dizem sofrer mais com medidas sanitárias ou fitossanitárias. Diferentemente do foco médio do Brasil nas exportações para os Estados Unidos, empresas localizadas nas regiões Centro-Oeste e Norte gostariam de ampliar as relações comerciais mais com a China (20,4%) do que com a potência norte-americana (18,1%). SUL E SUDESTE Apesar das diferenças regionais, o resultado da pesquisa reflete a influência dos grandes mercados exportadores. Empresas do Sul e Sudeste do país abrigam 90,8% das empresas do ramo, sendo quase 60% com endereço nos três estados mais desenvolvidos: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembra que, apesar de ser uma das 10 maiores economias do mundo, o Brasil é apenas o 26º exportador mundial de bens, o que representa menos de 2% das exportações globais. “Fatores como infraestrutura precária, burocracia e complexidade normativa tornam o processo de exportação no Brasil moroso e caro, reduzindo a atratividade dos nossos produtos”, diz. Na edição anterior da pesquisa, publicada em 2016, o custo do transporte figurava como o obstáculo considerado mais crítico pelos empresários, seguido pelas tarifas cobradas por portos e aeroportos e pela baixa eficiência governamental no apoio à superação das barreiras às exportações. n



SANTA CATARINA SE CONSOLIDA COMO GRANDE EXPORTADOR DE PROTEÍNA ANIMAL O grande destaque foi o aumento nas exportações de carne suína. Em novembro, SC embarcou 61% a mais do que no mesmo mês de 2017

Santa Catarina exportou em novembro 124,7 mil toneladas de carnes (36,9% em relação ao mesmo período do ano passado), gerando um faturamento que passa dos US$ 220 milhões. Boa parte dos embarques foi destinada aos países asiáticos – China, Hong Kong e Japão – que vêm se tornando os principais mercados para as carnes catarinenses. “A carne de frango continua sendo o principal produto da pauta de exportações catarinenses”, explica o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies. Em novembro, foram 92,6 mil toneladas embarcadas, 30,1% a mais do que no mesmo período de 2017. As receitas geradas superam os US$ 161,8 milhões, alta de 14% em relação a novembro do último ano. Para o secretário, o bom desempenho do agronegócio demonstra que os mercados têm uma preferência pelos produtos catarinenses. “A excelência sanitária dos nossos rebanhos, a organização das cadeias produtivas e a logística confiável e eficiente se tornaram a marca registrada do agronegócio catarinense”, ressalta. O grande destaque do mês foi o aumento nas exportações de carne suína. Em novembro, Santa Catarina embarcou 32,1 mil toneladas do produto – 61% a mais do que no mesmo mês de 2017. O faturamento com as exportações chegou a US$ 58,2 milhões, 33,6% de crescimento. Santa Catarina respondeu por 56% de toda carne suína exportada pelo Brasil – ou seja, mais da metade das exportações

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Os principais mercados para carne suína catarinense são China, Chile e Hong Kong. A verdade é que quase todos os principais importadores de carne suína catarinense ampliaram suas compras em novembro. A China e o Chile, por exemplo, compraram, respectivamente, 295,5% e 159,2% a mais em relação a novembro de 2017. DIFERENCIAL Único estado livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina tem acesso aos mercados mais competitivos do mundo. “Nós perdemos competitividade por causa da nossa dependência do milho vindo de outros estados, o que aumenta os custos das agroindústrias instaladas em Santa Catarina, porém nós temos um grande diferencial que é a qualidade e as garantias sanitárias. Com isso, temos preferência dos mercados Premium, como é o caso do Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos”, destaca Spies. Ao que tudo indica, o ano de 2018 irá encerrar com um saldo favorável para as exportações catarinenses de carnes. De janeiro a novembro, já foram embarcadas 966,9 mil toneladas de carne de frango e 297 mil toneladas de carne suína – um crescimento de 7,8% e de 17,1% em relação ao mesmo período de 2017. O faturamento com as exportações de carne de frango já passa de US$ 1,6 bilhão, uma queda de 2,9% em comparação ao último ano. O resultado negativo pode ser explicado pela retração nas compras do Japão, principal destino do frango de Santa Catarina, e de outros países europeus e asiáticos. Por outro lado, China, Hong Kong, Arábia Saudita e Emirados Árabes aumentaram a quantidade importada. MERCADO EM CRESCIMENTO Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina responde por 51,2% do total exportado pelo país em 2018. De janeiro a novembro, foram 297 mil toneladas exportadas, com uma receita de US$ 554,2 milhões – sendo que a China responde por 36,2% desse valor. A China vem se consolidando como o principal destino da carne suína catarinense. Ao longo do ano foram 104,8 mil toneladas enviadas ao país asiático – um aumento de 188,5% em relação ao mesmo período de 2017. Além disso, quase todos os principais importadores de carne suína catarinense ampliaram suas compras este ano em relação ao ano passado. De acordo com o engenheiro agrônomo do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, as perspectivas são bastante positivas para o próximo ano, tanto em função do fim do embargo russo, quanto pela possibilidade de aumento ainda mais significativo das importações chinesas. Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).n

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA NACIONAL

SISTEMA AEROPORTUÁRIO PODE ENTRAR EM COLAPSO ATÉ 2025 Dados do Plano Aeroviário Nacional apontam que a demanda ultrapassará a capacidade de passageiros e cargas dos aeroportos nacionais no período O sistema aeroportuário do Brasil pode entrar em colapso a partir de 2025. Dados do Plano Aeroviário Nacional (PAN), lançado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, apontam que a demanda ultrapassará a capacidade de passageiros e cargas dos aeroportos nacionais no período. De acordo com a publicação, são necessários R$ 25,5 bilhões de investimentos no setor até 2038. Deste total, R$ 6,76 bilhões estão previstos nos contratos de concessão aeroportuária, enquanto os outros R$ 18,7 bilhões seriam custeados pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), com uma projeção de arrecadação de recursos de R$ 143,6 bilhões para os próximos 20 anos. Elaborado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), o plano é o primeiro estudo de planejamento integrado do setor realizado pelo governo federal e traça uma projeção de longo prazo no país,

ditando tendências e norteando as alternativas de expansão deste segmento. “Pela primeira vez temos uma referência para o setor de transporte aeroviário nacional que analisa a evolução da demanda a partir de uma visão de futuro. Agora, o PAN será a base para a construção de estratégias públicas e privadas que possibilitem a ampliação da oferta dos serviços de forma econômica e sustentável”, afirma o ministro dos Transportes, Valter Casimiro. Além disso, o Plano apresenta nova classificação para a rede de aeroportos do Brasil, em duas maneiras distintas: uma pela função do aeroporto na rede conforme sua relevância para o setor, ou pelo seu porte de operação de aeronaves e passageiros. Com base nessa classificação da rede de aeroportos e na análise de cenários foi possível identificar o avanço da demanda e a necessidade de aumento da capacidade do setor.

| iCOA - Controle de Acesso de Pessoas/Veículos/Cargas | | iAGE - Agendamento Eletrônico de Caminhões e Cargas integrado ao Portolog | | iOCR – Reconhecimento de Placas/Contêineres/Vagões | | iPUC – Integração com o Portal Único do Comércio Exterior (DUE e DUIMP) | | iCOMPLIANCE – Portal/Conector/Validador ADE RFB e OEA | | iMONITOR – Monitoramento de Caminhões e Cargas | |Fábrica de Software

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De acordo com a modelagem, o Brasil teria no futuro uma rede formada por 28 aeroportos principais, chamados de metropolitanos, 22 secundários ou metropolitanos complementares, 139 regionais (entre primários “A” e secundários “B”) e 508 complementares. O estudo também faz projeções específicas para todos os principais aeroportos do Brasil. PLANO Atendendo às recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), o plano surgiu a partir de uma série de dados e informações que serviram para a formulação de possíveis cenários para o desenvolvimento do setor. Entre eles estão os estudos sobre projeção de demanda para os próximos 20 anos, a identificação de rotas potenciais para o transporte aéreo, a modelagem de custos e receitas aeroportuárias e a estimativa de investimentos necessários para a infraestrutura aeroportuária, aeronáutica civil e segurança operacional nos aeroportos brasileiros. “O Plano Aeroviário Nacional é um marco para o setor de transporte aéreo brasileiro. Uma iniciativa há muito tempo reivindicada pela sociedade e que agora se consolida como uma referência para o planejamento setorial”, afirma o secretário de Aviação Civil, Dario Lopes. Segundo Lopes, o PAN passa a ser um importante instrumento para a priorização dos investimentos futuros na aviação regional, pois de forma objetiva é possível identificar os aeroportos que apresentariam maiores benefícios para a população caso fossem preparados para a oferta de voos comerciais. A Política Nacional de Aviação Civil (PNAC) e a Política Nacional de Transportes (PNT) também serviram de modelo para a adoção das premissas e dos objetivos estratégicos do plano: segurança; garantia aos direitos dos usuários; qualidade e facilitação; conservação do meio ambiente; desenvolvimento técnico e institucional; acessibilidade; conectividade; eficiência; e desenvolvimento do setor. n


INFORMATIVO DOS PORTOS /

TECNOLOGIA ANÁLISE PREDITIVA REDUZ ROUBO DE CARGAS s

A tecnologia está ajudando a reduzir a incidência de roubo de cargas nas estradas brasileiras. Ocorrências com clientes da Opentech tiveram queda de 34,4% entre janeiro e julho de 2018. Se consideradas somente as atividades em estradas do Rio de Janeiro – onde as ocorrências aumentaram quase 200% nos últimos quatro anos – a redução no número de sinistros nas viagens gerenciadas pela Opentech foi de 44,5%. A inteligência aplicada no campo ajuda a estabelecer com mais assertividade os horários de embarque e desembarque, rotas alternativas e utilização de áreas de apoio aos veículos. A análise preditiva realizada pelo software é capaz de perceber se uma carga está sujeita a roubo e levar a agir em questão de minutos.

MONITORAMENTO EM TEMPO REAL s

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A DHL apresentou, durante a 4.ª edição da Conferência Anual sobre Risco e Resiliência, a sua inovação mais recente na área de gestão de riscos na cadeia de abastecimento: o app Resilience360. O aplicativo para smartphones permite o monitoramento quase em tempo real das diferentes fases dos transportes. Ele possibilita às empresas acessarem informações sobre a cadeia de abastecimento em qualquer lugar e em qualquer momento, utilizando tecnologias avançadas para ajudar as empresas a prever, avaliar e atenuar de forma prática eventuais incidentes. A utilização da plataforma Resilience360 também é indicada para empresas no Brasil.


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COMÉRCIO INTERNACIONAL

RELAÇÃO COMERCIAL COM A ÁSIA AGENDA GUIA DE SERVIÇOS

IMPULSIONA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NO BRASIL DE EVENTOS O bom desempenho dos negócios do país com os parceiros do continente asiático contribuiu para aumentar a movimentação de contêineres da Allog

A China continua sendo o maior mercado consumidor do Brasil, destiHDO das ARMAZÉNS GERAIS brasileiras realizadas de janeiro a outuno de 26,8% exportações Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística Rua: Alfredo Eick Júnior, Imaruí Itajaí/SC bro, com alta de pouco mais900 de-5% na- comparação com o mesmo peFone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 Data: 13 e 14 Setembro ríodo do ano passado (22,5%). Os números são do relatório estatístico www.hdogerais.com.br do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)Local: e cor- Florianópolis/SC hdogerencia@hdoagerais.com.br Mais respondem a uma movimentação financeira de US$ 199.079.344.901informações: www.agileprocess.com.br (valor FOB - Free On Board - no período).

Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística

Data: 18 a 20 de setembro O bom desempenho dos negócios do país com os parceiros do continenLocal: te asiático contribuiu para aumentar a movimentação de contêineres da São Paulo/SP Allog, empresa especializada em logística internacional, para a Mais regiãoinformações: www.forum.ilos.com.br em 56% em 10 meses de 2018, na comparação com 2017. O aumento das movimentações da Allog para Ásia acompanha a tendênciaEvento: atual 107ª Convenção Anual da AAPA ITACEX COMISSÁRIA DEcomercial DESPACHOSentre ADUANEIROS Data: de crescimento da relação o BrasilLTDA. e o continente. Os 7 a 10 de outubro Rua: Gil 100 - Sala 602 Centro - Itajaí/SCItajaí, Itapoá Local: embarques seStein dãoFerreira, principalmente por -Navegantes, e Imbi- Valparaiso - Chile Fone: (47) Catarina, 2104.2000além - 2104.2001 tuba, em Santa de Rio Grande (RS) e Santos (SP). Mais informações: www.aapavalparaiso2018.com www.itacex.com.br edson@itacex.com.br De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, a

Evento: Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal

Ásia (incluindo a China e a Índia) e a África ocuparam lugar de Data: desta- 23 a 25 de outubro que na agenda do governo federal, tanto pelo papel que já desempeLocal: Joinville/SC ENTRES OS PAÍSES ASIÁTICOS, A CHINA nham na economia global quanto pelo seu potencial de crescimento. Mais informações: www.logistique.com.br Entre os itens movimentados pela Allog com destino àquela região, desRESPONDEU DURANTE TODO O ANO taque para a glicerina, madeira, produtos químicos, produtosEvento: têxteis, Cidesport - Congresso Internacional de Desempenho Portuário PASSADO POR 21,81% DO VENDIDO tabaco, resina (tanino), utensílios domésticos e ração animal. Data: 30 de outubro a 1 de novembro

Local: Florianópolis/SC PELO BRASIL PARA O EXTERIOR E 81%

A balança comercial do Brasil deve repetir este ano o resultado do Mais ano pasinformações: www.cidesport.com.br DESSE COMÉRCIO ESTÁ CONCENTRADO sado, afirmou recentemente o ministro da Indústria, Comércio Exterior e SUL AMÉRICA LTDA. Serviços Rua: (MDIC), Marcos Jorge de Lima. Em 2017, as exportações brasiLauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC Evento: 5º Encontro EM ATP PRODUTOS BÁSICOS; SOJA E leiras superaram importações em US$ 67 bilhões, o melhor resultado Fone: (47) as 3348.1495 Data: 8 de novembro MINÉRIOS CORRESPONDEM A 62% desde 1989, início da série histórica do MDIC. Entres os países asiáticos, a Local: Brasília/DF China respondeu durante todo o ano passado por 21,81% do vendido pelo DAS EXPORTAÇÕES. Mais informações: www.portosprivados.org.br Brasil para o exterior e 81% desse comércio está concentrado em produtos básicos; soja e minérios correspondem a 62% das exportações. n

PARANAGUÁ-PR Matriz – Unidade Comercial Rua João Eugênio, 922 Centro, CEP 83203-630 +55 (41) 3420-2300

CURITIBA-PR Unidade Comercial Av. Comendador Araújo, 143, Centro, CEP 80420-900 – Conj. 144/145 +55 (41) 3221-5600

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SÃO FRANCISCO DO SUL-SC Porto Seco Rocha – EADI - Terminal de Conteineres Vazios - DEPOT Rodovia Duque de Caxias, s/n – Km 2,5 Iperoba, CEP 89240-000 Tel: 55 (47) 3471-1800

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PARCERIAS DE INVESTIMENTOS

GOVERNO VAI LEILOAR 17 EMPREENDIMENTOS EM MARÇO DE 2019 Expectativa de arrecadação dos leilões ultrapassa os R$ 4,5 bilhões e os investimentos devem superar R$ 6,5 bilhões O governo federal lançou edital para leilão de 12 aeroportos, da Ferrovia Norte-Sul (FNS) e de quatro terminais portuários dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Os 17 empreendimentos têm leilões previstos para o primeiro trimestre de 2019. A expectativa de arrecadação ultrapassa os R$ 4,5 bilhões e os investimentos devem superar R$ 6,5 bilhões. Desde o início do governo do presidente Michel Temer, em 2016, o PPI aprovou 73 empreendimentos de concessões e arrendamentos no setor de transportes – 21 deles foram concluídos, 44 estão em andamento e oito tiveram seus prazos de concessão prorrogados. No total, foram arrecadados aproximadamente R$ 3,8 bilhões em outorgas. A concessão da FNS contempla o trecho de 1.537 quilômetros entre Por to Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP). O valor mínimo de outorga será de R$ 1,35 bilhão e o prazo de concessão

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é de 30 anos. A estimativa é que, ao final da concessão, a capacidade operacional do trecho chegue a 22,73 milhões de toneladas. Para isso, a estimativa de investimento é de R$ 2,8 bilhões. Atualmente, o trecho Por to Nacional a Anápolis (GO), com 855 quilômetros, já está concluído pela Valec; de Ouro Verde (GO) até Estrela D’Oeste, 682 quilômetros, está com 96,5% de avanço físico.


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Os 12 aeroportos serão concedidos em três blocos – Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste – pelo prazo de 30 anos. Os investimentos são de R$ 2,15 bilhões para o Nordeste, formado por Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa e Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE); de R$ 770 milhões para o bloco Centro-Oeste, composto por Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta (MT); e R$ 591 milhões para o Sudeste, com os terminais de Vitória (ES) e Macaé (RJ). O valor mínimo de outorga para arrematar os 12 terminais será de R$ 2,1 bilhões.

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No setor de portos, serão arrendados quatro terminais: três em Cabedelo (PB) e um em Vitória (ES). Os terminais paraibanos (AI-01, AE-10 e AE11) vão movimentar quase R$ 71,5 milhões em investimentos. O prazo de concessão será de 25 anos, exceto AE-10 que será de 35 anos. Já no terminal capixaba (VIX-30) são estimados R$ 128 milhões em 25 anos.

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Desde maio de 2016, o PPI incluiu 193 empreendimentos para concessões e arrendamentos em todos os setores da infraestrutura nacional. Desse total, 105 foram concluídos (54,4%), com a geração de mais de R$ 235 bilhões em incentivos à economia. Outros 88 projetos ainda serão executados pelo PPI, com a estimativa de R$ 133 bilhões em aportes para o país. n 27


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ARTIGO INTERNACIONAL COMÉRCIO

SOLUÇÕES INTERMODAIS

EMPRESAS CATARINENSES APOSTAM NO AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES

por Milton Lourenço

Quem conhece a história pátria sabe que hoje o Brasil sofre as consequências de uma opção equivocada tomada à época em que o país vivia a euforia do período democrático, ou seja, ao tempo do governo de Juscelino Kubitschek, que decorreu entre 1956 e 1961. Pressionado pelos interesses da indústria automobilística norte-americana, Kubitschek entendeu que, como ao tempo de Washington Luís (1869-1957), “governar seria abrir estradas”, optando por um único modal de transporte, o rodoviário.

Tivesse o país homens públicos mais compromissados com os interesses da população, a cobrança de pedágio só se justificaria se houvesse uma redução ou extinção de tributos, como IPVA. É o que se vê, por exemplo, na Suíça, onde não há cabines de pedágio em suas estradas bem cuidadas, bastando ao proprietário do veículo pagar uma taxa anual.

A consequência daquela opção equivocada é que hoje o preço do transporte rodoviário para Santos é de 25% a 40% mais caro do que De fato,doabrir estradas era necessário, mas que não90% seria única para outros portos, que o importador/exportador tem de suportar Análise Comércio Internacional da Fiesc mostra dasaempresas opção de desenvolvimento. Mesmo assim, gerações de maus adporque aquele complexo portuário é o mais bem equipado do país, catarinenses apostam em crescimento das vendas externas em 2018 e 2019responsável por 27% do nosso comércio exterior. Para piorar, a deministradores públicos, durante o regime militar (1964-1985) e o novo período democrático que se seguiu, assistiram impassíveis mora para a liberação de um contêiner em Santos ainda está longe ao sucateamento de linhas férreas, de portos e aeroportos e, da média registrada em Roterdã, que é de dois dias. As exportações catarinenses tendem a aumentar 2018do e 2019 tinua sendo uma bandeira das empresas. “Santa Catarina continua dando por fim, do próprio modal rodoviário, que paraentre escapar caos para 90% catarinenses, mostra do Codemonstração clara de investimento pelas empresas no buscar comérciocada internatotal tevedas deempresas ser privatizado a um conforme alto custo paraa aAnálise sociedade, Para reduzir esses custos, há necessidade de se vez mércio Internacional, elaborada pela Federação das Indústrias de Santa cional e a participação das pequenas e médias vem acompanhando esse como bem sabe quem é explorado pela sucessiva cobrança de mais soluções intermodais, com a utilização maior de ferrovias, do Catarina (Fiesc). A pesquisa mostra que, na comparação dos valores excrescimento”, explica. Ela chama a atençãoPara parase o esforço queideia, é feitoopara pedágios. sistema hidroviário e da cabotagem. ter uma uso portados em 2017 com o ano anterior, 61% das companhias ouvidas reintensificar a internacionalização, especialmente dasdo pequenas e médias de ferrovias barateia, em média, 20% o custo transporte. Já a gistraram crescimento, 49% aumentaram os embarques acima de 10% e empresas. foco ser é naaté educação empresarial, uma culcabotagem“Opode 25% mais em contacom queaocriação modalde rodoviário. 12% afirmam que tiveram alta de até 10%. Conforme a análise, um fator tura ao comércio internacional, formação de alianças estratégicas e Mas,voltada por falta de infraestrutura, essas opções são hoje subutilizaque possivelmente tenha influenciado esse incremento substancial é o identificação de mercados que sejam promissores para distribuir produtos e das: o aéreo representa 5,8% no transporte de cargas, o ferroviário, câmbio favorável às exportações. fazer parte de cadeia de valor agregado internacional”, completa. 5,4%, e o hidroviário, 0,7%, conforme estudo da Fundação Dom Cabral. Obviamente, essas opções não invalidam o modal rodoviário, Para 53,4% das empresas pesquisadas, a expectativa é que o increCOMPOSIÇÃO FINANCEIRA que hoje é a opção preferida por 76% das empresas. E continuará a mento dos embarques ocorra pelo aumento na participação dos merser de grande importância para a logística, desde que integrado em cados em que já atuam, ou seja, pela ampliação do market share. EnComparativamente a 2016, a maioria das empresas informou que a partisoluções intermodais. quanto isso, para 36,4% das companhias, a ampliação ocorrerá por cipação dos valores das exportações no faturamento de 2017 se manteve meio de vendas para novos mercados. Somente 10% não estimam estável (44% 46% tiveram crescimento particiMas isso só dos serárespondentes), obtido com investimentos pesados nanessa construção incremento das exportações no período. pação; sendo que 28% obtiveram aumento acima de 10%, o que represene modernização de ferrovias, de acessos a portos e aeroportos e de ta um bome desempenho, se levado em consideração o baixohidroviário crescimentoe rodovias com a ampliação da utilização dos sistemas Em relação ao percentual de participação dos valores das exportações no econômico do Brasil no período. de cabotagem, o que vem sendo adiado ano a ano por sucessivos faturamento das empresas em 2017, 34% informaram que os embarques governos. E, no governo que se inicia dia 1º de janeiro de 2019, representaram 5% do faturamento; 20% responderam que as vendas exA análise observa que as empresas buscaram na exportação uma alter.n tudo indica que não será diferente ternas geraram entre 11% e 30% do faturamento, e outras 20% disseram nativa de crescimento de suas vendas. O documento também informa que as exportações estão acima de 50% do total de vendas. que 70% das companhias consultadas mantiveram regularidade de suas exportações nos últimos cinco anos, dado considerado expressivo e que A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamostra uma forte cultura exportadora, dada a relevância das operações ressalta da que a pesquisa mostra claramente que ados exportação de vendas aoCargas exterior para as empresas.g Omante, autor é presidente Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato Comissáriosconde Despachos, Agentes de e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

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MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA

APM TERMINALS PASSA A OPERAR VEÍCULOS QUINZENALMENTE EM ITAJAÍ Trabalhadores portuários foram qualificados para a operação, além de terem participação fundamental na elaboração da proposta comercial da operação A APM Terminals, arrendatária do Porto de Itajaí, acaba de confirmar que passou a atender com frequência quinzenal navios do tipo Ro-Ro (roll-on, roll-off) para a importação de veículos. O contrato, com validade de um ano, foi assinado após a realização de operações-testes em Itajaí com linhas marítimas provenientes de diferentes países, entre eles os Estados Unidos, México, Brasil e Argentina. Para a execução do serviço, uma série de cuidados são necessários a fim de prevenir riscos de avarias nos veículos movimentados e os procedimentos adotados seguem rigorosamente as definições das montadoras. Os profissionais envolvidos no descarregamento dos carros, por exemplo, devem usar jalecos especiais sem botões, não podem usar cintos, nem alianças, anéis, relógios ou qualquer outro adorno. Os trabalhadores portuários foram devidamente preparados e qualificados para a operação, além de terem participação fundamental na elaboração da proposta comercial e na competitividade da operação. Os carros descarregados passam por uma inspeção em armazém coberto e iluminado dentro do porto, o que garante ainda mais qualidade no serviço. Após inspeção, os veículos seguem para armazenagem por um curto período

de tempo em um pátio externo, localizado a um quilômetro do terminal, o qual dispõe de arruamento, demarcação de vagas e é equipado com rampas especiais para os caminhões-cegonha, que fazem a logística terrestre dos carros. ESTUDO CUIDADOSO Segundo o diretor superintendente da APM Terminals, Ricardo Arten, a atração deste novo serviço é o resultado de um estudo cuidadoso sobre os potenciais oferecidos por Itajaí, sem comprometer a razão de existir do terminal, que é a operação de contêiner. “A movimentação de carros será desempenhada com o objetivo de atender as melhores práticas do mercado no quesito eficiência, além de total conformidade com as diretrizes de segurança e qualidade determinadas pelas montadoras e praticadas pela empresa”, destaca. A expectativa é de movimentar até 40 mil carros no período de 12 meses. “No entanto, o potencial desta operação para o segmento automotivo em geral é ainda maior, especialmente pela localização privilegiada de Itajaí como centro de distribuição para as regiões Sul e Sudeste por meio da conexão direta com importantes estradas federais”, explica José Bechara, diretor comercial da APM Terminals Brasil.n

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EXPEDIENTE

ITAJAÍ GANHA NOVO CLIA (CENTRO LOGÍSTICO E INDUSTRIAL) PUBLICAÇÃO Perfil Editora

DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes

COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

SISTEMA RETROPORTUÁRIO

A LOGÍSTICA DAS COISAS A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução. Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito. No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.

O empreendimento da For te Logística PROJETOcom GRÁFICO uma estrutura de 110 mil conta Elaine Mafra |Magic Arte metros quadrados de área total e DIAGRAMAÇÃO E CAPA 52Elaine mil paletes Mafraposições |Magic Arte - @magicartedigital Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao elaine@informativodosportos.com.br

fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro.

PERFIL EDITORA O mercado logístico|de Catarina acaba de ganhar um reCom atuação como entreposto aduaneiro, a Forte aposta na localizaFone: (47) 3348.9998 (47)Santa 3344.5017 Boa Um leitura! ção estratégica, atendimento personalizado, flexibilidade, estrutura forço no sistema retroportuário de armazenagem de cargas. www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br novo CLIA (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro) foi inaugurae know-how em cargas consolidadas (LCL) e cargas conteinerizadas do pela Forte Logística em Itajaí (SC), região que detém um dos (FCL). De acordo com Lucas Balioli, diretor comercial da Forte Logísti*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade principais complexos portuários país (Itajaí e Navegantes). ca, também são diferenciais competitivos do CLIA a proximidade com de seus autores e não representam a opiniãodo da revista. Trata-se de espaços alfandegados onde se realizam os proceos dois principais portos do Complexo Portuário do Itajaí e estrutura dimentos de desembaraço aduaneiro na importação e exportanova com grande capacidade. ção de mercadorias em zona secundária, como uma extensão do porto ou aeroporto. “A excelência nos serviços, aliada à estrutura operacional, garante o controle total dos processos. Sistemas avançados de tecnologia ofeA novidade faz parte da ampliação dos serviços oferecidos pela recem suporte, mantendo o cliente totalmente informado da movimenaSegurança monitoramento 24h Forte Logística em Itajaí. O empreendimento, que tem autorizataçãoe da sua carga, acompanhando em tempo real toda a operação”, ção da Receita Federal para movimentar e armazenar cargas de destaca Balioli. As áreas aLocalização estratégia a 8km da Portonave cobertas do CLIA possuem armazéns ventiimportação e exportação nos modais aéreo, marítimo e rodoviálados, com estrutura para cargas verticalizadas e blocadas. O pátio aArmazenagem de cargas soltas e conteinerizadas rio, conta com uma estrutura de 110 mil metros quadrados de é pavimentado em paver e asfalto, além de possuir estacionamento área total e 52 mil posições paletes. próprio para caminhões.n Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo

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ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK

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Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações

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Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba

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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

TCP AMPLIA EM 60% CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS Com a expansão, terminal pode operar simultaneamente três dos maiores navios de contêineres, além de navios de transporte de automóveis A TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá – inaugurou as obras de ampliação do seu cais de atracação, que passa dos 879 metros para 1.099 metros de extensão e de 40,75 metros para 50 metros de largura. Com a expansão, o terminal pode operar simultaneamente três dos maiores navios de contêineres, além de navios de transporte de automóveis, que atracarão em dolphins exclusivos, únicos em operação na América Latina. O terminal ampliará em 60% sua capacidade de movimentação, que passará de 1,5 milhão de TEUs/ano para 2,5 milhões de TEUs/ano. As obras consumiram investimentos superiores a R$ 115 milhões e foram 34


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concluídas com quatro meses de antecedência do prazo inicialmente programado. As obras no terminal fazem parte do acordo de renovação antecipada do contrato de arrendamento por mais 25 anos, a partir de 2024, assinada em abril de 2016 com governo federal. O pacote de investimentos, o maior do setor portuário brasileiro no momento, supera os R$ 600 milhões. Em meados de 2019, a TCP também concluirá, com investimento de outros R$ 468 milhões, as obras de extensão da retroárea do terminal, que será ampliada de 330 mil m² para cerca de 500 mil m². “Com isso estamos preparados para suportar o crescimento da demanda de exportações, importações, cabotagem e transbordos em nossa área de abrangência pelos próximos 30 anos”, afirma Juarez Moraes e Silva, diretor de Relações Institucionais da empresa. Moraes e Silva ressalta que as obras de expansão contaram com tecnologia avançada, baseada em estacas em vez de aterros, o que, além de melhor qualidade final, garante menor impacto ambiental. “Usualmente, a expansão de um terminal é feita por meio de um aterro sobre o mar, o que gera mais impacto ambiental e menos qualidade final. Em nosso caso, toda a expansão foi feita com base em estacas sob o mar”, explica. O cais de atracação, por exemplo, é equipado com cabeços duplos de amarração e defensas cônicas duplas, permitindo obras de dragagem de até 16 metros, o que possibilitará operar os maiores navios de contêineres. “Além disso, ele também contará com sistemas de sinalização, iluminação em LED, sistemas de combate a incêndio e um inovador sistema de proteção para captação de águas oleosas, o que demonstra a constante preocupação da TCP com o meio ambiente”. Já a retroárea, além de construída sobre um sistema de estacas, será equipada com sistemas de iluminação em LED, três subestações de energia, sistemas de drenagem, sistemas de monitoramento que atendem as mais rigorosas normas internacionais e uma extensa rede de infraestrutura seca preparada para receber, no futuro, a modernização dos equipamentos elétricos de movimentação de contêineres. “Para proteção ambiental, a área expandida também utilizará um sistema de proteção para que, em caso de derramamento de óleo e outros produtos perigosos, estes produtos fiquem retidos no sistema de separação, impedindo que chegam ao mar”, finaliza Moraes e Silva. DRAGAGEM Além das obras do cais de atracação, Paranaguá também inaugurou as obras de dragagem do canal de acesso , ampliando em mais de 60% a capacidade de movimentação de carga geral. Desse modo, consolida o Porto de Paranaguá como o maior porto graneleiro da América Latina e o segundo maior porto do Brasil. Cada navio graneleiro poderá embarcar até 10,5 mil toneladas a mais, aumentando a capacidade de movimentação mensal de grãos para 315 mil toneladas. “A obra vai trazer ganhos extraordinários para o corredor de exportação, gerando mais competitividade e maior incremento na economia do país e da região, em particular”, afirmou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Valter Casimiro, que participou da entrega das obras e da inauguração da ampliação do cais de atracação do TCP. Com a obra, o Canal da Galheta passará a ter 16 metros de profundidade, um a mais do que a profundidade atual. Já a bacia de evolução do canal ganhou dois metros, passando de 12 metros para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o Canal da Galheta e a bacia de evolução, agora passam a ter 14 e 15 metros de profundidade. Ao todo foram dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A empresa responsável pela obra foi a DTA Engenharia, vencedora da licitação no valor de R$ 394 milhões. n 35


INFORMATIVO DOS PORTOS /

TECNOLOGIA PORTUÁRIA

ENTREVISTA TERMINAIS MONITORAM CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

E OCEANOGRÁFICAS PARA AUMENTAR EFICIÊNCIA DA ANA CLÁUDIA OPERAÇÃO PORTUÁRIA EM SÃO JOÃO DA BARRA (RJ)

DIAMANTINO,

Sistema contratado com o Grupo Acquaplan pelos terminais Porto Açu, Açu Petróleo e Ferroport proporciona eficiência e segurança

COORDENADORA DE RH DA PANALPINA BRASIL

“O colaborador precisa identificar-se com a empresa” Flexibilidade nas relações de trabalho, incentivos ao crescimento profissional e proximidade com os colaboradores fazem a monitoramento diferença na Panalpina uma das operadoras O detalhadoBrasil, e em tempo realmaiores dos parâmetros melogísticas do país. Desde o final do ano passado, Ana Cláudia teoceanográficos no litoral norte fluminense é imprescindível para é a responsável por coordenar departamento de oDiamantino bom funcionamento do Complexo Portuário, oIndustrial e EnergéRecursos Humanos empresa e trazer novas experiências aos tico do Açu, em São da João da Barra (RJ), considerado atualmente da companhia. Após gera mais dados de 20 que anosauxiliam de atuação oprofissionais maior do Brasil. O novo sistema com no mercado financeirono – Porto com passagens instituições como precisão as operações do Açu e ospor processos de tomada Banco Fiat eegestão. Banco Itaú, somadas às diversas especializações de decisão que possui na área pela Fundação Getúlio Vargas, London Business School e Fundação Dom Cabral – a executiva Operacional fez sua esO novo sistema Simport (Sistema de Oceanografia treia no setor logístico disposta a inovar na política de Recursos Portuário), desenvolvido pelo Grupo Acquaplan, de Balneário CamHumanos, experiência dos profissionais boriú (SC), enriquecer monitora e ainforma os usuários em tempo da realempresobre sa condições e aprimorar a relação entre eles. Entre as que iniciativas impleas meteorológicas e oceanográficas implicam nas mentadas do está a adoção de um programa queágua) permite a flexibivariações mar (ondas, correntes e nível da e afetam dilização da acarga horária. Confira a entrevista que ela concedeu retamente entrada e saída de navios do terminal. Monitorar escom variações exclusividade revista Informativo dos Portos: sas tem àimportância fundamental no planejamento e

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Informativo dos Portos: Quais os principais desafios no campo da gestão de pessoas na atualidade? Anaexecução Cláudia Diamantino: A forma de trabalhar está mudando edesatracação rápido. Um dos na das manobras portuárias (atracação, desafios na gestão de pessoas é saber identificar quais são as novas compee navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e tências necessárias para funções já existentes e as que ainda estão por vir. manobras de navios Outra coisa importante é conseguir adaptar os processos e ferramentas de gestão para ciclos maissão curtos, que façam para está sendo Esses parâmetros obtidos por mais um sentido medidor dequem correntes de avaliado. Temos também de liderar e transformar essa liderança em efeito Doppler, que fazo desafio o monitoramento da velocidade e da direinspiração para os profissionais precisamosdedados mais autonomia, de identição da corrente. Para maiorque precisão, de correntes são ficação com em seu três trabalho, que diferentes. são inquietosTambém e que querem conhecer coisas coletados locais se conta com um novas. E por o desafio criar um ambiente proporcione oportunidade medidor defim, ondas, umdemedidor de maréque e duas estações meteode carreira, fator que, seguido de perto pela remuneração, é o principal atrativo rológicas. quando falamos da busca por jovens talentos.

EXPERIÊNCIA COMPROVADA Informativo dos Portos: Qual a principal diferença entre o “empregado do século XX” e o “colaborador do séculooXXI”? Em busca dessa precisão, Porto do Açu buscou uma empresa Ana Cláudia: A necessidade de encontrar um umParaná propósito em com experiência em monitoramentos emsignificado, portos no e em


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Santa Catarina. O Simport possui tecnologia apurada para auxiliar as atividades de operação portuária e garantir maior precisão, eficiência e rapidez na disponibilização dos dados aos usuários, reduzindo os riscos de acidentes, acessíveis por aplicativos instalados em smartphones e tablets, sempre em tempo real.

central de controle, através de ondas de rádio, celular e via satélite. Os dados recebidos em tempo real são avaliados constantemente e possibilitam que a equipe que opera o Simport verifique, por exemplo, por telemetria, as condições de bateria e inclinação do equipamento, entre outros parâmetros.

No Rio de Janeiro, o Simport já está em operação. “O sistema possibilita a otimização das manobras, de modo a diminuir o tempo em que os terminais porventura sejam paralisados, aguardando a saída de um navio e entrada do próximo, garantindo a segurança requerida às operações portuárias”, explica o oceanógrafo Glaucio Vintem, diretor da empresa Mar Tethys, que é responsável pelo Simport e integrante do Grupo Acquaplan.

A qualidade e a confiabilidade dos dados são monitoradas em tempo real, seguindo padrões internacionais. São realizadas manutenções periódicas em todo o conjunto de equipamentos, garantindo assim a confiabilidade dos dados e a funcionalidade de todo o sistema. “É grande a confiança e a expectativa sobre o sistema, que tem aplicabilidade em regiões onde há necessidade de navegação precisa, especialmente regiões portuárias do país, onde buscamos contribuir para melhorar as condições de navegação e para dar mais segurança aos práticos e aos armadores, diz o diretor do Grupo Acquaplan, oceanógrafo Emilio Dolichney. n

COMO FUNCIONA O Simport é composto por ADCPs (Acoustic Doppler Current Profiler), ondógrafo, marégrafo e estações meteorológicas instalados em locais estratégicos. Por meio desse sistema, as condições ambientais são disponibilizadas aos interessados via internet, em tempo real, praticamente de forma instantânea. O sistema opera com uma central de controle na qual as observações são avaliadas constantemente por oceanógrafos especializados em hidrodinâmica.

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INFORMATIVO DOS DOS PORTOS PORTOS // INFORMATIVO

ARTIGO ARTIGO

SHIPBREAKING REVISÃO ADUANEIRA E INDUSTRY CLASSIFICAÇÃO FISCAL por Wagner Antônio Coelho por Wagner Antônio Coelho

O artigo desta edição tem o objetivo de abordar um tema um tanto desconhecido

Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão de grande parte dos envolvidos com as atividades de navegação, portuária e de coaduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regumércio exterior, com utilização do transporte marítimo. A transformação observada laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ no tamanho dos navios é algo notório, mas, pouca gente tem informação sobre adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco quais são os destinos dados a esses gigantes dos mares, após seu tempo de vida anos contados da data do registro da declaração de importação. útil. Dessa forma, apresentam-se breves noções sobre a shipbreaking industry. Dentre temas mais revisões aduaneiras está a classificação Estudosos identificam quefiscalizados o comércionas mundial é realizado, principalmente, por via fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal marítima (75% em volume e 60% em valor) e, dentro da indústria da de mercadoria transporte émarítimo importante para determinar tributos envolvidos nas operações de importação (incluindo petroleiros,oscarga a granel, contêineres e carga geral), 52% das ecargas exportação, e de saída de produtos por industrializados, bem como, em especial no por valor foram transportados navios porta-contêineres. comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, que incluina a necessidade ou não licença de importação. Destaca-se umofenômeno construção naval dede embarcações cada vez maiores

O processo de desmanche de navios é denominado no mercado internacional

enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.

pela expressão inglesa shipbreaking e, consiste no processo de desmanchar es-

truturas de navios obsoletos. Quando os proprietários desses navios decidem

que eles não são mais úteis aos seus objetivos, eles ainda possuem diversos

No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grancas, maquinários, móveis, dentre tantas outras coisas. de maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse procedimento nos casos emprocesso que a mercadoria parametrizada os canais Assim, por intermédio de um que envolve afoi quebra da estruturapara da embarcação de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a e a separação dos diversos componentes que a compunham, possibilita-se a reciclagem autoridade aduaneira analisa a descarte documentação fiscal a verificação física da do aço e outros itens recicláveis, com do material que enão pode ser reutilizado. própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as inforprestadas pelo importador. Omações processo de desmanche de navios é uma atividade presente principalmente nos paícomponentes que podem ser reaproveitados, como suas placas de aço gigantes-

ses asiáticos, onde o custo de desmanche de um navio chega a ser até três vezes inferior

e com alteração dos padrões de tamanhos, com maior capacidade de carga. Os

ao custoque, do processo em países europeus. Essa diferença pautadaoprincipalmente Ocorre em recentes julgados do Superior Tribunalestá de Justiça, entendimento

navios grande porte possuem o seu período de vidapor operacional prestabelecido No casodedas importações de mercadorias realizadas pessoas físicas ou jurídisegundo especialistas, emseguir torno àdeclassificação 20 e 25 anos. Com o crescimento acelerado cas no Brasil, estas devem fiscal de acordo com a Convenção da construçãosobre naval,o especialmente de embarcações porta-contêineres, o tempo Internacional Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de de vida útil dessas embarcações sofreram significativas reduções, em razão da Mercadorias, celebrada em Bruxelas.

nas condições em que o trabalho é realizado muitas vezes, no não seguimento das consistiu na possibilidade de reanálise da e, classificação fiscal, mesmo nos casos

inviabilizando o uso de embarcações menores no transporte marítimo dedecarga O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação mer-

ou naturais. Dentro desseefetuará cenário,oos destinos mais comuns dessas são tese de reclassificação, lançamento de ofício previsto noembarcações art. 149, do CTN.

produção em escala de embarcações com capacidade acima de 18.000 TEUs,

conteinerizada. cadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às ReNos últimos anos os estaleiros navais da Coreia do Sul, Japão e China se destacam gras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convencomo os principais construtores de embarcações no mundo. Entretanto, uma das ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema grandes preocupações de organismos internacionais, como a IMO, não é o tempo Harmonizado (NESH). de vida útil dessas embarcações, mas sim o destino dado a elas quando se tornam inservíveis aos interesses de seus proprietários.

No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e A partir do momento em que uma embarcação é intitulada de inservível, os desaprovada Brasil em A estrutura da NCM éecomposta por códigoExistem de oito tinos maisno comuns são1997. os pátios de desmanche reciclagem deum navios. dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, pátios de desmanche de navios em diversos países.

legislações trabalhistas e ambientais internacionais. com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela

Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisi-

Ateescolha poratos parteceleremente do proprietário do navio no do local ondeprocedimento ele será desmanchado está todos os praticados primeiro – conferência ligada diretamente vantagensde que o shipbraking yard oferece, sejamverificada elas econômias aduaneira duranteàso processo despacho aduaneiro –, e, acaso a hipóGadani no Paquistão, Chittagong em Bangladesh e Alang na Índia. Vale ressaltar que muitos pesquisadores consideram Alang o maior pátio de desmanche de navios do mundo.

Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáticas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº Após a negociação das embarcações com corretores especializados nesse mer91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cado, existe necessidade de contratação de um capitão especializado em encinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do calhar navios, pois é por intermédio desse método que os navios são levados e atual comércio exterior brasileiro. deixados nos estaleiros, visto que a areia que mantém o navio encalhado garante

que este permaneça no local para o desmanche. Importante destacar que o tema

Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado

gera inúmeros debates internacionais e questionamentos sobre temas ambien-

pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica comércio exterior, umimportema tais e trabalhistas sobre essa indústria que é do pouco conhecida, maspara muito extremamente importante para importadores brasileiros.g tante e, por tal motivo, deve ser os mais bem estudada.n

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC especialista DireitoeAduaneiro e Comércio Exterior, sócio doeescritório Guero eAssociados Coelho Advogados AssoWagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654,19654, especialista em Direitoem Aduaneiro Comércio Exterior, sócio do escritório Guero Coelho Advogados – OAB-SC 1042-2005, ciados – OAB-SC 1042-2005, Tradings Companies e empresas ligadas ao Comissão DireitoItajaí-SC, Aduaneiro, Marítimo e da Consultor de Tradings Companies Consultor e empresasde ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador daComércio Comissão Exterior, de DireitoMembro Aduaneiro,fundador Marítimoda e Portuário dade OAB/SC Membro fundador Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro dadisciplinas OAB/SC,deProfessor UNIVALI: no Curso de Gestão Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas Legislaçãoda Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos Portuária, nas disciplinas Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; Direito nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização Empresas; Direito Aduaneiro de Especialização - MBA emde Importação e Internacionalização de Empresas; Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdadede Avantis na Especialização em Direito eAduaneiro, Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário. Marítimo e Portuário.

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