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Edição 15 / Jun 2018 | R$ 15,80
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Um novo recomeço Conversamos com Fany Lupion, a gestora interina da Arrow ECS no Brasil
Distribuição no Brasil Levantamento da Abradisti aponta otimismo para o setor em todo o País
Dado o potencial que oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até que passe a revolucionar e impactar práticas e comportamentos. Infor Channel foi saber sobre esse tema com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM
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EDITORIAL || POR INFOR CHANNEL
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Edição 15 / Junho 2018 INFORCHANNEL
Editorial O futuro é hoje
INFOR CHANNEL Diretor Cláudio Miranda
Editorial redacao@inforchannel.com.br
Editora
Flávia D’Angelo
Editor de Arte
Guilherme Gomes
Colaboradores
Flávia D’Angelo flavia.dangelo@inforchannel.com.br
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Projeto Gráfico www.LPART.com.br
Comercial
comercial@inforchannel.com.br
Atendimento ao leitor contato@inforchannel.com.br Tel: 11 2272-0942 Infor Channel é uma publicação da Editora Mais Energia.
www.inforchannel.com.br Impressão Referência Gráfica w
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ocê, caro leitor da Infor Channel, pode ainda não ter percebido. Mas a inteligência artificial já nos cerca. E não só na promessa de automação, com robôs (humanoides ou não) em desenvolvimento. São os chatbots, os assistentes virtuais, as aplicações inteligentes com recursos de machine learning. Ela está aí e abre novas portas, desde que usada com todo o seu potencial. Por enquanto ela está confinada em áreas isoladas, muitas vezes usadas em projetos de marketing para aumentar o engajamento e a satisfação com o cliente. Muito se fala do potencial, mas pouco se mostra na prática. Para saber mais sobre o que a IA tem a nos oferecer, fomos conversar com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM Brasil. Uma das vozes mais influentes do universo digital, Mauro tem sob a sua batuta a estratégia de marketing de uma das empresas mais inovadoras da história. Com o Watson, a IBM alçou de fato o voo rumo a oferta da inovação. Para Mauro, a IA é a parceira ideal para o marketing, porém, para impactar a empresa como um todo, a área deve ter um protagonismo na introdução da tecnologia. Entre várias outras coisas - como hobbies, aspirações e hábitos tecnológicos -, Mauro fala sobre os impactos que a inteligência artificial terá no marketing, nos negócios e no mercado de trabalho. Tenha uma boa leitura!
Cristiane Bottini, Marcelo Gimenes Vieira, Patrícia Santana, Perla Rossetti e Roberta Prescott (textos); Alexia Raine (revisão)
Um novo recomeço Conversamos com Fany Lupion, a gestora interina da Arrow ECS no Brasil
Distribuição no Brasil Levantamento da Abradisti aponta otimismo para o setor em todo o País
Dado o potencial que oferece, a Inteligência Artificial (IA) ainda tem um longo caminho até que passe a revolucionar e impactar práticas e comportamentos. Infor Channel foi saber sobre esse tema com Mauro Segura, diretor de marketing da IBM
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PRÊMIO || POR REDAÇÃO
Preferência em jogo Em 2018, Infor Channel lança a sua primeira premiação e quem escolhe é o leitor. Participe da votação da segunda fase As categorias mais votadas 1. Proteção e gerenciamento de energia 2. Conectividade 3. Notebook Serviços e sistemas
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empatadas
As mais votadas até agora 1. 2. 3.
Engetron APC Eaton
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hegamos à metade do caminho. Com mais de 15 mil votos, o prêmio ‘A Escolha do Leitor’ entra para a segunda fase. Nesta jornada, os leitores de Infor Channel elegerão os fornecedores de TI e Telecom favoritos para cada uma das 25 categorias escolhidas pelo time de especialistas de mercado parceiros de Infor Channel. A votação para o prêmio teve início no site em fevereiro e durou até maio. Vários fornecedores foram incluídos na lista de votação após serem citados pelos leitores. A categoria com maior participação foi Proteção e gerenciamento de energia, acompanhada de Conectividade. Já entre as empresas com mais citações, encontram-se Engetron, APC, Eaton, Stefanini, Lenovo e Cisco. Das regiões, a maior parte dos votos é proveniente do Sudeste. Participe e escolha a sua marca preferida. A votação vai até o final de setembro.
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Votos (em %) por região Norte
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Centro-Oeste
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Edição 15 / Junho 2018
Conheça as três finalistas de cada categoria: APLICAÇÕES E SOFTWARE CORPORATIVO 1. Stefanini 2. T-Systems 3. Sonda IT AUTOMAÇÃO COMERCIAL 1. Epson 2. Bematech 3. Zebra BUSINESS ANALYTICS 1. IBM 2. Qlik 3. Stefanini
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CLOUD PRIVADA 1. IBM 2. Hitachi Vantara 3. VMware IMPRESSORAS MULTIFUNCIONAIS 1. Epson 2. HP 3. Xerox INFRAESTRUTURA CONVERGENTE 1. Cisco 2. HPE 3. Dell EMC
BUSINESS INTELIGENCE 1. Qlik 2. Stefanini 3. Tableau
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 1. Stefanini 2. Google 3. IBM
CERTIFICAÇÃO DIGITAL 1. Certsign 2. Soluti 3. Serasa Experian
NOTEBOOK 1. Lenovo 2. Dell 3. Positivo
DESKTOP / SERVIDORES 1. Dell 2. Lenovo 3. Positivo
OUTSOURCING 1. Stefanini 2. HP 3. Capgemini
CONECTIVIDADE 1. TP-Link 2. Cisco 3. Aruba
PROJETORES 1. Epson 2. Benq 3. Canon
COMUNICAÇÃO UNIFICADA 1. Cisco 2. Microsoft 3. Avaya
PROTEÇÃO E ARMAZENAMENTO DE DADOS 1. Dell EMC 2. IBM 3. Equinix
CLOUD PÚBLICA 1. Amazon 2. Google 3. Microsoft
PROTEÇÃO E GERENCIAMENTO DE ENERGIA 1. Engetron 2. APC by Schneider 3. Eaton REALIDADE AUMENTADA/ REALIDADE VIRTUAL 1. Nvidia 2. Intel 3. Qualcomm SEGURANÇA DE REDE E DADOS 1. Kaspersky 2. Avast 3. McAfee VIRTUALIZAÇÃO 1. VMware 2. Veeam Software 3. Hitachi Vantara SMARTPHONE 1. Samsung 2. Apple 3. Motorola SISTEMAS E SOLUÇÕES DE IOT / IIOT 1. Hitachi Vantara 2. IBM 3. Aruba SERVIÇOS E SISTEMAS 1. Stefanini 2. TOTVS 3. SAP SERVIÇOS E APLICAÇÕES PARA WEB 1. Dell EMC 2. IBM 3. Hitachi Vantara
Saiba mais em www.inforchannel.com.br/premio
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Nada será como
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CARREIRA || POR ROBERTA PRESCOTT
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e acordo com um estudo encomendado pela Dell Technologies ao Institute for the Future (IFTF, Instituto para o Futuro, em tradução livre), 85% dos trabalhos que vão existir em 2030 ainda não foram inventados. O porcentual parece assustador, mas evidencia como os avanços tecnológicos, como robótica, inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina, realidades virtual e aumentada e computação em nuvem, causarão profundas mudanças na sociedade daqui a alguns anos. Ainda que homens tenham trabalhado ao lado máquinas por décadas, com o aumento da capacidade de processamento e com o surgimento de novas tecnologias, os impactos na sociedade serão cada vez maiores. Tome como exemplo a inteligência artificial. Convivemos com ela há quase meio século, mas somente agora começamos a sentir, mais profundamente, as transformações decorrentes dela. Uma das razões é porque IA está por trás da análise da imensidão de dados coletados e da interpretação dos algoritmos — e hoje vivemos com algoritmos embarcados nas mais diversas aplicações que fazem parte do nosso dia a dia. “IA está se tornando o conjunto de tecnologia que vai provocar mudanças significativas na sociedade como um todo. Não é modismo, é uma tendência inevitável”, adianta Cezar Taurion, sócio da Kick Ventures e presidente do Instituto de Inteligência Artificial Aplicada (i2a2). Tais mudanças afetam diretamente as atividades que executamos, as profissões e as carreiras. De uma maneira geral, os especialistas concordam que tarefas mais simples, que não requerem capacidade intelectual e que sejam manuais, serão automatizadas. Ou seja, com a máquina substituindo o homem. Por outro lado, e como pontuou o IFTF, diversas profissões do futuro não existem atualmente — e algumas ainda não fazemos ideia de como serão. “Profissões que são muito automatizáveis vão desaparecer, como motorista de caminhão. Outras serão modificadas, como é o caso dos advogados. Uma parcela do trabalho é simples, como pesquisar leis, analisar contratos e verificar itens, e estas atividades serão robotizadas. Mas isto
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antes Assim como ocorreu na Revolução Industrial, a Era Digital também mudará profundamente carreiras de profissões. Você está preparado?
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não quer dizer que os robôs vão tirar os trabalhos dos advogados, mas tirar deles tarefas que robôs podem fazer”, exemplifica Taurion. O especialista ressalta que é preciso buscar lacunas nas quais os robôs não atuam. “Já existem filmes, poesias, romances produzidos por máquinas. A máquina faz qualquer coisa, mas não tem sentimento, não tem o lado humano de analisar e tirar conclusões”, detalha Taurion. Na mesma linha, Arthur Igreja, professor da FGV, afirma que, depois de vivermos a automação dos trabalhos manuais na revolução Industrial, vivemos a automatização do setor de serviço, ou seja, antes era substituição das funções braçais e agora dos cérebros. “Por exemplo, os operadores de bolsa de valores. São robôs que analisam o mercado, compram e vendem ações; e eles são mais eficientes que traders. É trabalho intelectual, de serviço, mas
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Arthur Igreja, da FGV
que um algoritmo consegue operar em todas as bolsas do mundo”, diz. Se diversas profissões como as conhecemos hoje vão desaparecer, outras surgirão, porque na tecnologia criam-se novas carreiras. Foi isto também que aconteceu após a Revolução Industrial, com cientista de dados e designer de smartphones, entre tantas outras eram carreiras que ninguém imaginava que existiriam há 10, 20 anos. “Embora alguns teóricos acreditem que novas tecnologias irão substituir empregos, a nossa percepção é que esse novo paradigma crie posições, desencadeando futuras oportunidades. É esperado o aumento de demanda por um novo perfil de profissionais de TI, por exemplo, focado em treinamento e aperfeiçoamento de inteligência artificial”, aponta Luis Gonçalves, vice-presidente sênior e gerente-geral da Dell EMC Brasil Commercial.
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IA está se tornando o conjunto de tecnologia que vai provocar mudanças significativas na sociedade como um todo. Não é modismo, é uma tendência inevitável Cezar Taurion, da Kick Ventures
Gonçalves ressalta que funções não serão necessariamente extintas, mas certamente serão transformadas, e que terão na parceria homem-máquina o principal vetor de mudança. “A dependência que os humanos têm da tecnologia se transformará em uma verdadeira parceria, favorecendo habilidades como a criatividade, o entusiasmo e uma mentalidade empreendedora. Isso se alinhará à capacidade das máquinas de proporcionar velocidade, automação e bom desempenho”, diz, citando como exemplo a adoção de realidade aumentada por equipes de trabalhadores da construção civil. “Arquitetos e engenheiros usando headsets de realidade aumentada para visualizar novas construções, coordenar esforços com base em uma visão única de desenvolvimento e realizar treinamento remoto dos trabalhadores”, completa. Pesquisa realizada em 2017 pelo McKinsey Global Institute sobre automatização do trabalho concluiu que aproximadamente 20% de todas as atividades desempenhadas hoje em dia poderão ser automatizadas, majoritariamente aquelas focadas em coleta de dados, processamento de dados e alta repetitividade física. “Isso acontece, principalmente, porque as tecnologias atuais já superam o desempenho humano nestas atividades. Por outro lado, a automatização fará com que o trabalho seja mais focado em atividades que necessitam de um alto grau de habilidades cognitivas, requerendo um alto nível de interação social e emocional, como gerenciamento de pessoas, comunicação ou raciocínio lógico”, diz Ana Karina Dias, sócia da McKinsey e líder da prática de organização na América Latina. Dias acredita que a Revolução Digital está mudando o foco da força de trabalho e criando oportunidades para homens e mulheres se especializarem em atividades focadas na resolução de problemas e raciocínio lógico; habilidades sociais e emocionais, criatividade e desenvolvimento. “Por incrível que pareça, a Revolução Digital e sua consequente automação poderá nos tornar mais humanos que outras gerações”, ressalta.
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82% esperam que homens e máquinas trabalhem em conjunto dentro de cinco anos
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O que pensam os líderes de negócio
Ana Karina Dias, da Mckinsey
Fonte: Pesquisa Institute for the Future (IFTF), da Dell Technologies
56% 50% acreditam que vão ganhar tempo com sistemas automatizados
42% acham que terão mais satisfação com o trabalho no futuro, na medida em que se livram de tarefas
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dizem que as escolas terão de ensinar como aprender e não o que aprender e preparar os estudantes para profissões que hoje não existem
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Brasil: desafios enquanto nação
O déficit educacional do Brasil e a educação formal de baixa qualidade colocam o País em posição desfavorável no cenário internacional. Cezar Taurion acrescenta que, diferente de países como Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França, o Brasil não tem olhado para inteligência artificial como política de estado. “Está completamente fora do radar. Além disto, tirando algumas exceções, a academia ainda está fora da realidade e sem debater IA. Ainda estamos formando pessoas para a sociedade industrial”, diz. Para Luis Gonçalves, da Dell EMC Brasil Commercial, torna-se urgente concentrar esforços em novos métodos de aprendizagem. “A capacidade de aprender novas habilidades será incrivelmente útil em uma era de transformação. Saber aprender já tem se mostrado mais importante do que conhecer uma determinada tarefa”, enfatiza. Além disto, é preciso refletir no cenário macroeconômico, uma vez que a automatização substitui tarefas executadas por profissionais menos capacitados, o que pode levar ao aumento da desigualdade social. Por outro lado, é a própria tecnologia que viabiliza que tarefas sejam executadas por pessoas sem grande expertise. “O motorista do Uber não precisa conhecer a cidade, di-
ferente do taxista de 10, 20 anos atrás”, exemplifica Arthur Igreja, da FGV. Ainda que os avanços tecnológicos contribuam para aumentar a produtividade, Ana Karina Dias, McKinsey, ressalta que fatores econômicos, como custos de desenvolvimento e implementação, e sociais, como o grau de capacitação da força de trabalho, afetam o nível de automatização de um determinado país. A pesquisa realizada no fim de 2017 pelo McKinsey Global Institute acerca da transição na força de trabalho (Jobs Lost, Jobs Gained: Workforce transition) diz que até 2030 o Brasil tenha 15% das atividades desempenhadas automatizadas, enquanto que no Japão a taxa é de 30%. “Isto acontece, porque no Japão o alto grau de especialização acarreta em altos custos de mão de obra e a baixa taxa de crescimento econômico justifica o investimento de organizações em novas formas de automatização”, explica. Para ela, deve-se ter em mente que, apesar das mudanças, as pessoas ainda serão chave para o aumento de produtividade da força de trabalho, pois o ganho só virá se máquinas e pessoas trabalharem em conjunto. “Será necessário investir cada vez mais em educação e capacitação da força de trabalho a fim de garantir um grau de expertise e habilidades complementares ao das máquinas”, aponta a sócia da McKinsey.
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ENTREVISTA || POR REDAÇÃO
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Como foi o seu primeiro mês?
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any Robles Lupion é merecidamente reconhecida pela sua trajetória no mercado de TI brasileiro. Fundou a CNT Brasil, consagrada distribuidora que foi adquirida em 2014 pela Arrow “chegando para complementar a oferta com seu modelo de high touch e valor agregado”, informou na época o comunicado. Com a aquisição, a executiva ficou na operação por um ano. Depois, foi velejar, viajar e descobrir um novo mundo. Zero de trabalho não existia. Em outubro de 2017, assumiu a gestão da Fundação Julita, ONG que ajuda famílias em situação de vulnerabilidade social, por meio de ações socioeducativas.
Fany Robles Lupion, da Arrow
Como foi a sua volta para a Arrow? Quando saí, ofereci a minha ajuda mas pensei que seria para coisas pontuais. Ninguém imaginava que eu ia voltar. Pessoalmente, foi um impacto e uma emoção voltar.
Comecei mantendo com o faturamento de dezembro, que chegou a representar 30% da receita do ano. Isso não teve a ver com a minha gestão, eram vendas existentes. Por compliance, eles decidiram trocar o ERP e colocaram Oracle, que rodava no mundo inteiro. Antes, era o nosso mainstream desenvolvido por uma empresa brasileira e preparado para tributação brasileira. Com isso, toda a parte financeira passou a ser integrada novamente.
De volta às Agora, assume a Arrow na posição interina de vice-presidente e gerente geral em um momento de reestruturação da companhia. Com a saída de Ronaldo Miranda, foi preciso reposicionar as operações a partir de um novo planejamento estratégico. Fany optou por expansão de portfólio, troca de ERP e ampliação da equipe de funcionários. Atualmente a distribuidora faz negócios com cerca de dois mil canais, mas o objetivo é aumentar a capilaridade e chegar até 10 mil parceiros. Em entrevista à Infor Channel, Fany fala sobre o novo momento da distribuidora.
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E quais foram as primeiras ações que você realizou?
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Se performarmos conforme planejado, devemos crescer 25% só com IBM no total do nosso faturamento
Foi preciso fazer uma reestruturação de pessoas. Todo mundo sempre traz o próprio time, e as pessoas que estavam ali não eram aderentes ao modelo da Arrow, que é uma empresa muito bacana e muito séria. É uma empresa de 100 anos e tem muita preocupação com as pessoas e também com compliance. O objetivo era voltar a ser a operação que eles tinham comprado. Me deram carta branca.
Quais os impactos dessa mudança? Foi feita em janeiro e durou três meses. No começo eu não tirei os pés da empresa. Em janeiro migrou e ainda temos 15% para resolver. Mas é normal essa customização.
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Em que momento está a distribuidora agora? Passado o turbilhão, estamos no momento de reciclagem de talentos. Do total, saíram umas 12 pessoas, muitos líderes. Não é um alto turnover, mas para uma companhia de 160 pessoas, a saída de 12 líderes é impactante. Estamos, então, recontratando, trazendo gente boa de volta e recuperando talentos que havíamos perdido. A Arrow não tem problema de dinheiro e, se fez errado até aqui, não tem problema também. Eles estão me dando muito poder para resolver todas essas questões.
O que vocês planejaram? E a estratégia de expansão, como será delineada? O nosso negócio exige um faturamento cada vez maior. Por isso, temos que estar sempre buscando crescer mais. Isso inclui linhas novas, que nem precisamos buscar mais, porque o portfólio é replicado de outros países.
Se performarmos conforme planejado, devemos crescer 25% só com IBM no total do nosso faturamento, ou seja, é altamente relevante. Isso deve acontecer já no primeiro ano de operação. O acordo teve início em março e a intenção é até abril de 2019 fazer esse número, que em valores representa cerca de R$ 30 milhões.
s origens Você fica no comando da Arrow até quando? Ainda não tem data definida. Estamos em busca de um VP, e eu devo ficar um tempo acompanhando esse VP. É um processo de crivo muito sério para achar esse profissional.
Como a IBM, por exemplo? Sim, a IBM nós distribuímos no mundo. Quando eu saí já existia a pressão de trazê-la para o Brasil. Quando voltei foi possível fechar esse acordo.
E estratégia sobre Internet das Coisas, como está desenhada? Com a entrada da IBM, a estratégia se fortalece porque é calcada na integração das duas Arrows (Enterprise e Electronics). No mundo, a área de componentes da Arrow agora está atuando em conjunto com a área de TI por conta da nova área de IoT, que parte é paga pela divisão de componente e parte paga pela ECS. Antes funcionavam separadas.
ARROW 2018 Arrow ECS e Arrow Electronics passarão a atuar de forma integrada com foco em IoT para oferta ao mercado corporativo e governo
Migração para o sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) da Oracle, que já é usado pela Arrow em outros 40 países e vem trazer mais controle, agilidade e visibilidade de processos
Firmou importantes parcerias, sendo a maior delas com a IBM
Tem dois mil canais e quer chegar a até 10 mil parceiros
No ano passado, a Arrow ECS registrou aumento de 50% no faturamento
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TENDÊNCIAS || POR FLÁVIA D’ANGELO
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A tendência é que a nova geração de consumidores que chega no mercado vai inverter a questão do consumo da mídia, como já está fazendo, e vai ter um consumo de micro influenciadores dirigidos a assuntos específicos.
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Ilustração de Guilherme Gomes, sobre foto de Paulo Uemura
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MAURO
SEGURA
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Diretor de marketing da IBM Brasil, é uma das vozes mais influente da área no universo digital. Infor Channel conversou com o executivo para saber os impactos da inteligência artificial
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FUTURO nos espera?
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uitas são as questões que permeiam a massificação da Inteligência Artificial (IA), o que não quer dizer que essas discussões vão atrasar o seu desenvolvimento e adoção. O fato é que já temos algumas iniciativas de IA, ainda com pouca profundidade, dado o potencial que ela oferece. Mas qual será o seu impacto na prática? Infor Channel foi saber sobre esse tema com um dos profissionais mais renomados da área de marketing de uma das mais influentes empresas de tecnologia no Brasil. Mauro Segura, diretor de marketing da IBM, falou sobre esse novo universo digital e os impactos da IA no marketing, nos negócios e no mercado de trabalho.
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Segura, que nos últimos anos se especializou na implementação das mídias sociais e no uso do marketing analítico nas empresas, avalia que a IA é a maior aliada do marketing, mas ainda não tem todo o seu potencial usado. O impacto da IA, no entanto, não deve ser uma coisa traumatizante, avalia o executivo. Para ele, a transformação nas profissões é algo natural e esse processo já se repetiu em outras épocas. Em breve, teremos uma explosão de tecnologias combinadas transformando completamente a forma como vivemos. Assim, umas profissões sumirão e outras surgirão.
No Linkedin, Segura fala sobre os mais diversos assuntos, sempre permeando o universo digital. São mais de 31 mil seguidores e seus posts acumulam centenas de likes e comentários. Líder nato, Segura é visto como um profissional capaz de envolver seus pares e liderados com o seu conhecimento e estimulá-los a entregar o melhor. Com formação em marketing, engenharia e análise de sistemas, Segura é autor e colaborador de vários blogs. Readaptando a sua rotina a um detox digital, ele segue apaixonado por tecnologia e mídias sociais, porém, investe também nos principais hobbies: é jardineiro e cozinheiro nos finais de semana. Leia a seguir a entrevista completa:
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INFORCHANNEL
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Como você vê o impacto da inteligência artificial de maneira geral? Temos hoje uma convergência de tecnologias chegando ao mesmo tempo. Falamos de realidade virtual, aumentada, impressora 3D, inteligência artificial, internet das coisas, big data. Todas essas tecnologias estão ficando maduras e viáveis comercialmente ao mesmo tempo e chegarão mais cedo ainda à nossa mão. Isso deve acontecer já na próxima década ao mesmo tempo. Vamos ter uma explosão de tecnologias combinadas transformando completamente a forma como vivemos. Consequentemente, isso trará demandas incalculáveis por trás.
impactar a empresa como um todo é muito pequena porque ela fica ali naquela ponta confinada.
Foto de Paulo Uemura
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E a maturidade na digitalização das empresas?
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E na área de marketing? Acho que não existe ainda uma real dimensão por parte dos marqueteiros de como a inteligência artificial vai mudar praticamente todos os segmentos de indústria. Em marketing, a IA começou a despertar há uns dois anos. Porém, vemos uma grande parte dos projetos de inteligência artificial na área de marketing sendo usada no atendimento ao cliente, com chatbot com IA, por exemplo.
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E que outro lado pode ser explorado? Tem uma parte da IA que é muito legal que é a parte de eficiência operacional. Ela é usada para a operação, como automatização ou otimização de campanha.
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O Brasil está um pouco atrás na adoção de IA? Não, é o mundo em geral. O Brasil está sempre um pouco atrás, mas hoje os tempos não são os mesmos. Se olharmos um Bradesco, um Itaú, eles estão na crista da onda em termos de tecnologia. A comparação é um pouco injusta, eu acho.
Qual é a maneira ideal de envolver o marketing na estratégia de IA nas empresas? Se marketing não tem um protagonismo dentro da empresa, quando você começa a introduzir IA no marketing, a chance de você
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O que a gente vê é a transformação contínua dos empregos e claro que a tecnologia vai roubar empregos, como vem roubando. Como a entrada da tecnologia está mais acentuada vemos uma aceleração das coisas.
Quando se fala de introdução de inteligência artificial nas empresas, a implementação e o uso de IA é completamente dependente da sua maturidade de transformação digital. Ou seja, se existe um planejamento de ponta a ponta com objetivos claros de longo prazo para a transformação digital de uma empresa, a entrada da inteligência artificial se dá de uma maneira muito mais forte e transformadora do que em uma companhia que usa a TD para mudar pequenas partes e não ela como um todo.
Qual é sua opinião sobre os influencers? Estamos tendo uma mudança muito importante. As redes sociais colocaram o ser humano como protagonista, deram voz e uma tela. Todas as pesquisas mostram que esses micro influenciadores têm um nível muito bom de engajamento, de interação com o seu público. Eles gostam de compartilhar o conteúdo, gostam de participar de uma rede e ganhar um protagonismo na área que atuam, mas eles não veem aquilo como atividade fim. É diferente dos grandes influenciadores. Eles olham isso como um trabalho, com patrocínios, têm outros objetivos.
E você, o que consome no mundo digital? Eu acompanho canais de marketing e podcasts. São os meus preferidos. Sou fã do Luciano Pires, do Café Brasil; e do Líder Cast, que para mim é o melhor podcast que existe. É um programa de entrevistas em que participam desde um líder super conhecido até prostitutas, e elas dão lições de liderança e empreendedorismo.
Como você vê o futuro das profissões com o advento de tecnologias disruptivas? Sempre vivemos isso durante o século todo. O que está acontecendo agora é que a transformação está acelerada, mais curta. Uma vez eu
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UM EVENTO. INFINITAS POSSIBILIDADES. INGRAM MICRO ENGAGE é o novo ciclo de eventos em formato de roadshow da Ingram Micro Brasil que passará por 8 cidades Brasileiras durante 2018. Para este ano, queremos muito mais que eventos cheios de palestras, queremos levar mais conteúdo, possibilidades, transformação digital e dos negócios de centenas de parceiros de tecnologia. Você é nosso convidado mais que especial para ter um dia completo de conteúdos sobre a indústria de TI. Será um dia repleto de informações relevantes, estudos de cases, rodadas de negócios, reuniões 1:1 e muito mais! Confira as datas:
RIO DE JANEIRO - RJ
23/05/2018
FLORIANÓPOLIS - SC
20/06/2018
24/07/2018 RECIFE - PE
BELO HORIZONTE - MG
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PORTO ALEGRE - RS
SALVADOR - BA
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peguei jornais do início do século, de 1900, e as fotografias mostram carros convivendo com carruagens no meio da cidade. Aí houve uma grande comoção pública porque a entrada do automóvel ia fazer desaparecer completamente as profissões como chofer, cocheiros e acabar com fabricantes de carruagens. A maior fabricante da época produzia nos Estados Unidos até 60 mil carruagens por ano.
Você teria uma assistente pessoal digital em casa?
Foto de Paulo Uemura
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Teria. Não tenho problema com isso. Sinto medo de como eu me tornaria dependente dessa máquina. Como hoje somos dependentes de smartphone. É muito difícil hoje não depender disso.
Qual será o impacto que a tecnologia terá na nossa vida, na sua opinião? A nossa cabeça agora não é mais para guardar coisas e sim integrar, cruzar coisas. É juntar isso com aquilo e perceber o que me faz melhor, qual é a decisão que vou tomar. As decisões serão baseadas nessas informações. Não precisa mais decorar. Para que saber a fórmula da raiz quadrada?
Você vê, então, um processo mais rápido dessa vez?
E como a Inteligência Artificial pode colaborar? A inteligência artificial é a mais transformadora para as profissões porque ela dá um poder de conhecimento sobre as coisas que você não tem hoje. Li recentemente um artigo que dizia que são criados por dia no mundo 8 mil papers sobre o tratamento de câncer. Imagina você, um médico especializado em câncer, impossível consumir tudo isso. Uma IA consegue ler e absorver, e quando o profissional fizer uma consulta, ela consegue ver também nessa base. Então, ela te empodera com mais conhecimento. Não necessariamente ela tira a sua decisão.
O que você acha que pode acontecer de mais disruptivo? Uma vez escutei que cada um vai ter o seu próprio assistente virtual sendo você. Ele vai agir virtualmente e digitalmente como você, fazendo compras, pagando uma conta, e te desonerar dessas atividades. Significa você ter uma segunda pessoa virtual clonando a pessoa física. O Banco Original está implementando uma plataforma que conversa via chatbot. O usuário pode perguntar por exemplo: ‘Quanto eu gastei com o Uber hoje?’, ‘Você pode transferir 100 reais para o João?’. Ele faz isso já. Imagina ter um assistente pessoal que já executa tarefas e interconectar com o sistema do
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Banco Original? É possível. Ficamos imaginando que o caminho que trilharemos é ficção científica, mais nada. Imagina você entrando no supermercado, apontando para um produto na prateleira e começando a tirar suas dúvidas com o produto. É possível. É só treinar. Eu fiz aqui com o pão de forma (que apresentou no evento ProXXima).
Qual é a sua relação hoje com as redes sociais? Eu tive uma fase de amor intenso com as redes sociais. Durou bastante. Começou porque eu era gerente de comunicação da IBM, em 2008. Depois de uma tentativa de fazer minha equipe ter blogs, passei eu a ser blogueiro. Minha meta era ser blogueiro por seis meses e depois destruir o blog. Tinha vergonha e não falei para ninguém.
É o Quinta Onda? Sim. Ele durou 7 anos. Em 2010, ele era mais acessado do que o site da IBM Brasil, tinha 20 mil, 30 mil views por dia. Mas criei outros para família e em seis meses eu tinha cinco blogs. Quando deu seis meses, que era meu prazo para fechar o blog, já tinha uns 50 comentários. Ele estava começando a ter seguidores sem eu fazer nenhum esforço para divulgar. Aí, decidi continuar e sou blogueiro até hoje. Em 2016, enterrei o Quinta Onda e transformei em maurosegura.com.br. Ele tem toda a base do Quinta Onda ali e eu sinto vergonha, mas são 10 anos treinando.
Se não trabalhasse na IBM, onde acha que trabalharia? Gostaria de trabalhar com alguma coisa ligada ao ser humano. Ou ser professor, ou trabalhar com antropologia, psicologia. Tenho duas tendências.
Qual foi a sua série favorita? A última foi O Mecanismo.
Qual você não recomendaria? Mad Men. Eu vi e começou a me incomodar. Perdidos no Espaço é outra que eu vi cheio de entusiasmo e acabei vendo só duas temporadas. O primeiro episódio é muito bom e o segundo perde a mão. É muito realista, não é caricato como era antigamente.
Como a tecnologia está presente na sua rotina? Eu já fui bem mais tecnológico, sabe? Estou vivendo uma fase de descoberta. Vivi no ano passado uma fase muito importante na minha vida. Triste. Minha mulher teve câncer. De dois anos para cá, passei a impor regras de tecnologia para mim porque eu era um cara conectado 24 horas. Consumo Netflix, Spotify, mas tenho que ser regrado.
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Arquivo Pessoal
Vejo pouca gente falando sobre os novos empregos que vão surgir a reboque das novas tecnologias. Surgirá um monte de carreira a reboque de novas tecnologias. O emprego formal aceleradamente vai diminuir e vão aparecer empregos como freelancer.
A jardinagem tem o poder de desligar Mauro do universo digital
O ócio, para você, é criativo? A Regina, minha mulher, diz que eu tenho um problema muito grave com o ócio. Ela diz que eu não consigo ficar parado, que tenho problema de relacionamento com o ócio. Eu não consigo ver televisão, não consigo deitar numa rede e olhar o céu sem fazer nada. Eu tenho que estar lendo um livro, um jornal, aprendendo alguma coisa. Aprendi que eu não consigo revolver esse problema meu.
Que hobbies você tem? Eu sou jardineiro há muitos anos, mais de 10. Só de plantas tropicais pesadas, tipo bromélia gigante, coisas grandes. Não sou muito de colorido, gosto de verde. Passo horas de um domingo, por exemplo, cuidando do jardim, todo sujo. Cozinhar é outra coisa que adoro.
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MERCADO || POR PATRICIA SANTANA
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A indústria bilio Cada usuário de smartphone no Brasil tem em média mais de 80 aplicativos em seu dispositivo móvel e, com um crescimento nos downloads de aplicativos, as oportunidades para o mercado móvel no Brasil estão ganhando força.
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ados da IDC projetam que, em 2018, devem ser vendidos 5,3 milhões de PCs. Já o Gartner estima que 1,9 bilhão de smartphones devem chegar aos consumidores neste ano. O crescimento das vendas de dispositivos móveis evolui em uma velocidade maior que os computadores, que segue com o mercado estagnado nos últimos anos. Na esteira da expansão dos celulares existe uma indústria promissora em franco crescimento: a de desenvolvimento de aplicativos. Um levantamento feito pela App Annie, empresa norte-americana de dados especializada no mercado de aplicativos, registra mais de 175 bilhões de aplicativos baixados em 2017. O número é impulsionado, principalmente, por mercados emergentes, como o Brasil. No mesmo ano, o gasto com apps alcançou a marca de US$ 17 bilhões e cresceu 20% em relação ao ano anterior. Em dois anos, o brasileiro aumentou em 20% a quantidade de downloads de aplicativos, e a estimativa é que esta se torne uma das principais nações que gastam com apps nos próximos anos. Atualmente, a China lidera o mercado mundial tanto em número de downloads quanto em receita dos aplicativos. Considerando que cada usuário de smartphone no Brasil tem, em média, mais de 80 aplicativos em seu dispositivo móvel, e as empresas no Brasil estão cada vez mais priorizando o conteúdo digital, a App Annie está buscando estabelecer parcerias com líderes do setor para ajudá-los a tomar decisões baseadas em dados sobre suas estratégias móveis. No Brasil, o trabalho é liderado pelo consultor empresarial Bernardo Giacometti, parceiro da empresa Dex Advisors. “Não é só big data. Eles têm informações sobre 14 milhões de aplicativos, o que disponibiliza dados fundamentais para compreen-
André Miceli, da FGV
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Novos elementos vão fazer parte da nossa vida e criar um potencial mercado gigantesco para o desenvolvimento de aplicativos André Miceli, da FGV
der as oportunidades de mercado e a concorrência. Essas informações são importantes para a tomada de decisões”, analisa Giacometti. De acordo com o executivo, a tecnologia saltou do 2G para o 4G em cinco anos, criando uma relação de dependência com consumidores mobile. “Várias tecnologias vão impactar o mercado de aplicativos, mas ao mesmo tempo precisamos tomar cuidado com a saturação da quantidade de aplicativos, já que o consumidor não consegue assimilar muita tecnologia e opções de produtos ao mesmo tempo”, pondera. Instagram e WhatsApp, por exemplo, são empresas que se tornaram gigantescas de forma rápida. Essa é uma das características dessa indústria. Qualquer desenvolvedor pode criar uma aplicação e expandi-la ao mercado global de maneira acelerada e rentável. Segundo o consultor, os mercados potenciais para crescimento de apps estão pautados pelo perfil de usuário e sua necessidade. “O jovem está cada vez mais voltado para a área de jogos e entretenimento. Já o público mais maduro caminha para apps que agilizam a rotina, como aplicativos financeiros, de informações, contas a pagar ou e-commerce”, pontua. O mercado móvel tem mudado ao longo dos anos acompanhando a evolução dos aparelhos e das condições de conexão. Para André Miceli, professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV, o mercado de aplicativos vai extrapolar as telas de dispositivos móveis. “Novos elementos vão fazer parte da nossa vida e criar um potencial mercado gigantesco para o desenvolvimento de aplicativos. Podem ser casas inteligentes, geração de dados, estudados por software de big data e um arsenal de gadgets que extrapolam a tela”, conta.
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Fonte: lDC, Gartner, App Annie
Com isso, segundo o professor, aplicativos devem atuar com um papel cada vez mais integrador, uma vez que as pessoas terão, cada vez mais, a vida conectada. Para o acadêmico, não está descartada a possibilidade de consolidação dos grandes grupos de apps. “Fundos de investimento estão percebendo que esse é um mercado lucrativo, e a integração é valiosa”, diz. Entre os setores potenciais, o professor acredita que saúde e educação devem ser os primeiros a vivenciar um crescimento de aplicativos. “A humanidade quer viver mais. Vamos presenciar uma extensão da vida e maior preocupação com a qualidade de vida, com os aplicativos exercendo papel integrador. A vida conturbada também exigirá novos modelos de educação. Universidades devem abrir mais possibilidades para aplicativos, sem abrir mão do networking, um dos seus principais ativos”, explica. Um protagonismo maior para a indústria bilionária de apps também tem desafios, e o principal é a segurança das informações. Após o recente caso da violação de informações pessoais de usuários do Facebook para fins eleitorais nos Estados Unidos, entra em vigor, em maio, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (General Data Protection Regulation - GDPR), conjunto de regras específicas que tratam da proteção de dados pessoais, aplicável em todas organizações estabelecidas na Europa e que fazem negócios no território europeu. Essa regulamentação deve reverberar para outros países. Miceli enxerga um desafio do ponto de vista legal, principalmente envolvendo hackers. A segurança dos dados será a palavra de ordem na indústria de aplicativos, “à medida que a tecnologia fizer parte de todas as etapas da nossa vida”.
Bernardo Giacometti, da Dex Advisors
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Tendências
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Além do crescimento do mercado de aplicativos, consultores apontaram as principais tendências para esse segmento. São elas:
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Bots A integração de chatbots para facilitar e proporcionar uma melhor usabilidade para os aplicativos será uma grande tendência. Isso aliado a uma maior integração com a Inteligência Artificial, fazendo com que os bots aprendam cada vez mais sobre as preferências dos usuários.
Pagamento móvel
Realidade virtual
Hoje as compras on-line são realizadas através de aplicativos móveis, que possuem bancos de internet ou cartões de crédito e débito para fazer pagamentos. Contudo, com a entrada do Apple Pay e do Google Wallet, os usuários estão mudando gradualmente para o m-commerce.
O mercado de Realidade Aumentada Empresarial será impulsionado principalmente por indústrias como varejo, saúde, engenharia e imóveis. Já as tecnologias de realidade virtual estarão mais focadas em jogos e na esfera de eventos. O sucesso de apps como Pokémon Go inspirou novos negócios em aplicativos, que devem ser impulsionados.
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IoT
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Nuvem
Carros, casas e cidades inteligentes estão ganhando forma. Embora possa demorar mais algum tempo para que a Internet das Coisas se expanda, os aplicativos Watch da Apple já estão e continuarão crescendo. O Google também lançou o Android Things para aumentar a adoção da IoT. Especialistas preveem que a IoT crescerá de US$157,05 bilhões em 2016 para US$661,74 bilhões até 2021, com uma taxa de crescimento anual de 33,3%. Esse crescimento afeta diretamente as tendências dos aplicativos móveis, já que os dispositivos IoT são controlados por smartphones.
A Era Netflix, Spotify, Airbnb é uma via sem volta. Cada vez mais surgem plataformas e aplicativos que apostam no modelo on demand.
Pesquisa da Cisco VNI Global Mobile Forecast (2015-2020) aponta que os aplicativos baseados na nuvem direcionarão 90% do tráfego total de dados móveis em 2019 no mundo. O tráfego móvel na nuvem aumentará em 11 vezes com uma taxa de crescimento anual de 60%.
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INTERNACIONAL || POR PERLA ROSSETTI, CORRESPONDENTE DE NOVA YORK
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s gastos com soluções de IoT crescerão cerca de US$ 773 bilhões este ano, 15% a mais que em 2017, de acordo com a IDC. Em 2020, esse valor deve ultrapassar US$ 1 trilhão, tendo a vertical de manufatura à frente, seguida de transporte e utilitários. Módulos, sensores, infraestrutura e segurança se beneficiam dos investimentos, e os serviços e softwares devem crescer mais rápido daqui para frente. Com isso, os parceiros do canal nos Estados Unidos entenderam que são conectores vitais entre os fornecedores e seus clientes e buscam maneiras de lucrar com a IoT. As empresas também estão buscando maneiras de explorar o acervo de informações valiosas de análise de dados disponibilizadas por IoT que ofereçam ROI e garantam a privacidade do cliente, apontam especialistas. De acordo com Colin Blair, vice-presidente de Big Data, análise e IoT da distribuidora norte-americana Tech Data, as oportunidades são ilimitadas. “Cerca de 45 pessoas aqui na TD estão preocupadas todos os dias com IoT e analytics”, diz ele. “Na verdade, a Tech Data adiciona um novo fornecedor de IoT a cada duas semanas”. Blair aponta que a demanda por IoT está fora dos data centers. “As três áreas mais importantes, com base nas vendas da Tech Data, são transporte, varejo e indústria”. Para o gerente da LogicMonitor, da Califórnia, e veterano da indústria, David Powell, para lucrar em mercados emergentes como IoT é preciso entender qual a finalidade do negócio do cliente, especialmente nas verticais de saúde, agricultura e manufatura, que
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Para monetizar com IoT, cujos gastos crescerão US$ 774 bi este ano, recomendação para parceiros norte-americanos é atuar como consultor e cobrar menos inicialmente para construir portfólio experiente de soluções
aos fabricantes mostrar aos parceiros como monetizar a IoT. “Fornecedores devem criar uma visão de futuro para engajar os parceiros em IoT, um negócio real em que a conversa e o diagnóstico de problema vêm antes do uso da tecnologia. Os parceiros devem atuar como consultores e não apenas preencher pedidos sem entender a necessidade do cliente”. Por fim, ele recomenda aos parceiros cobrarem menos se quiserem construir uma prática de IoT. “Trabalhe com descontos enquanto constrói experiência e estabilidade para criar uma solução e reproduzi-la em outros mercados”.
Etapas Colin Blair, da Tech Data
tendem a ter diferentes provedores em tecnologia e dificuldade de obter e analisar dados de diferentes devices. “Procure lugares para colocar sensores que resolvam problemas do mundo real. Isso significa unir um especialista em tecnologia com outros de negócios para criar novas soluções”, explica Powell. Além disso, é importante para os parceiros do canal se alinharem à visão dos clientes. “Há 20 anos, os parceiros faziam um ótimo trabalho inovando em nome dos clientes. À medida que a tecnologia se tornou mais complexa, eles não estão tão rápidos em adotar a IA, aprendizado de máquina e a IoT e seguem usando seu legado antigo de negócios”. Powell defende que cabe
Depois da fase de sensorização, a reunião dos dados de diferentes devices é o próximo passo em IoT. Segundo Powell, o resultado dessas análises trará novas oportunidades de vendas com clientes. “Vemos pessoas fazendo dinheiro com a IoT perguntando aos clientes ‘qual é o problema a ser resolvido’ e descobrindo como a tecnologia pode resolvê-lo para antecipar falhas de máquinas, por exemplo”. Nesse sentido, Blair comenta que a Tech Data oferece uma semana de consultoria estratégica para saber o que os clientes estão fazendo e analisar os dados coletados. Depois, algumas semanas são dedicadas ao design e desenvolvimento para uma prova de conceito. Outras partes do produto podem incluir a especificação de sensores de prateleira, a criação de APIs, a recomendação de dispositivos IoT específicos e até a criação de protótipos.
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ESTRATÉGIA || POR FLÁVIA D’ANGELO
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Dados:
a nova era do ouro
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expressão ‘The original gold rush’ criada pelo escritor Mark Twain para definir o período de rápida industrialização dos Estados Unidos, no início do século 20, pode ser reeditada e usada para definir o papel que os dados terão na próxima etapa dessa evolução. Segundo o CEO da Pure Storage, Charlie Giancarlo, atualmente estamos em um momento similar ao primeiro boom e, depois de compute e network, storage será o responsável pelo momento disruptivo. “Mais do que a industrialização nos anos 70, do que a internet nos anos 90 e o mobile e social nos anos 2010, os dados protagonizarão uma das maiores disrupções na vida cotidiana das pessoas”, afirmou o executivo na abertura do Pure//Accelerate 2018, evento realizado pela companhia para clientes e parceiros em San Francisco (EUA). “Atualmente os dados já estão sendo medidos em zettabytes”, alerta. Nesta nova era da tecnologia, diz o executivo, o storage tem um papel central já que permite às pessoas analisarem os dados de maneira correta, possibilitando uma rápida tomada de decisão. E isso não diz respeito necessariamente a empresas de tecnologia. Afinal, hoje, qualquer empresa pode ser TI, mesmo que sua atividade fim não seja tecnologia. Por conta disso, depois de apresentar ao mercado uma evolução em storage e forma de tecnologia Flash Array, a Pure Storage lança uma arquitetura de Data Center centrada
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Em evento em San Francisco (EUA), Pure Storage anuncia nova família de produtos, novos programas e iniciativas voltadas para o melhor gerenciamento e aproveitamento de dados
em dados. Em pesquisa realizada com líderes de negócios, a companhia percebeu que, com o advento da inteligência artificial e do aprendizado de máquinas, a importância dos dados migrou de ativo informal para o core da inovação na empresa. “Não se pode mais ser somente orientado a dados, é preciso que a estratégia os tenha como core”, destaca Giancarlo. Para acompanhar essa tendência, a companhia lança uma nova gama de produtos, bem como reformula estratégia de marketing e de canal. O novo programa de parceiros passa
Novo PPP
Depois de conquistar a meta de venda anual de US$ 1 bilhão – o que representa aumento de 41% frente ao ano anterior, a Pure Storage reformula a sua atuação e anuncia uma nova logomarca, bem como um novo programa de canal. O objetivo é expandir a sua atuação e ter um ecossistema forte e comprometido de parceiros. O novo Pure Partner Program terá validade a partir de agosto de 2018, quando os parceiros serão reavaliados e comportados em suas respectivas categorias. No novo modelo, o Pure Partner Program passa a ter duas categorias: Elite e Preferred, categoria de entrada, e foi desenhado de modo a prover oportunidade para parceiros de qualquer tamanho migrarem para o nível superior. Outra mudança importante foi a padronização de descontos e de listas de preços, dando poder aos parceiros para atuar independente nas oportunidades de negócios que venham a levantar. Os distribuidores seguem os mesmos: Westcon-Comstor, Adistec e Acorp.
a ter dois níveis (Elite e Preferred), além de distribuidor, e conta com novos benefícios e descontos para os parceiros. Outra novidade é a arquitetura centrada em dados, construída de forma a permitir que a tecnologia fique alinhada a dados e aplicações no momento em que estão rodando. “Uma arquitetura centrada em dados aprimora e simplifica a capacidade de usar dados para inteligência e vantagem”, pontua o CEO. Para ajudar as empresas nesta jornada, a companhia trouxe uma nova família de produtos all flash array para o chamado Share Accelerate Storage, próxima etapa de evolução do armazenamento de dados. A nova família NVMe FlashArray//X provê rapidez para aplicações de banco de dados, ambientes de virtualização, iniciativas de testes e desenvolvimento e aplicações escaladas em web. Isso tudo sem custo adicional. A companhia também mantém acordos tecnológicos que trouxeram produtos. É o caso da NVIDIA que desenvolveu o AIRI Mini. Além de permitir a inclusão de recursos de inteligência artificial, o produto expande a infraestrutura de IA da Pure. Outro destaque da Pure é o lançamento de um pacote de serviços. O Evergreen Storage Service (ES2) oferece a clientes a oportunidade de aproveitar o modelo de consumo semelhante à nuvem, desenvolvido pelo FlashArray, para armazenamento no local.
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*A jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Pure Storage
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CANAL || POR CRISTIANE BOTTINI
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Novo cenário para
distribuição de T N
em a Copa do Mundo nem as eleições serão empecilhos para o crescimento dos canais de distribuição este ano. Segundo a Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti), a previsão de faturamento do setor em 2018 é de R$ 12 bi. O dado faz parte da 7ª edição da Pesquisa Setorial sobre o Mercado de Distribuição de TI no Brasil, que teve a participação de 1832 empresas (entre distribuidores, revendas e integradores de todo o País) entre dezembro de 2017 e março deste ano. Desse universo, que contempla revendas do Brasil inteiro, 87% são sócios ou proprietários, com uma média de 33 anos. Cerca de 76% têm nível superior (completo ou não), apenas 11% são mulheres e 46% possuem de um a três funcionários. A Associação estima que existem hoje aproximadamente 25 mil revendas em todo o país, sendo 2 mil estruturadas e 300 integradores nesse perfil. Quanto aos fabricantes, a estimativa é de que são mais de 100 e os distribuidores somam mais de 150. “O mercado de distribuição em geral está otimista este ano, porque o 1º trimestre foi melhor que o mesmo período de 2017. No ano passado, todas as regiões tiveram crescimento médio de 5% no faturamento, exceto o Nordeste que teve só 3,5% e o Sul que esteve acima desse índice, com 6,4%”, revela Ivair Rodrigues, diretor de estudos de mercado da Abradisti.
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Abradisti aposta que renovação da infraestrutura obsoleta de hardware e software será o maior propulsor para o ecossistema atingir crescimento
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Evolução do Faturamento dos Distribuidores de TI (R$ Bilhões) *(previsão)
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O especialista explica que há excelentes oportunidades de negócios nas empresas com mais de 100 funcionários, principalmente na renovação do parque de TI (hardware) que já está obsoleto e, para a adoção de novas tecnologias, esse investimento é imprescindível. Realizado em parceria com a IT Data, o levantamento aponta otimismo em todo o Brasil, com uma previsão de crescimento na casa dos 15%, com exceção do Norte que espera superar os 16% e o Centro-Oeste, que está mais pessimista e estima 12,8%. Entre as estratégias das revendas para crescer este ano estão: aumentar o portfólio de produtos 21%, buscar clientes de maior porte 16%, vendas pela internet 15% e aumentar o leque de serviços 12%. “Diferente dos anos anteriores, serviços viraram commodities e agora os revendedores precisam se diferenciar e uma oportunidade, em curto prazo, e oferecer full outsourcing”, afirma Rodrigues. Do lado dos distribuidores de TI as expectativas são igualmente excelentes, com um aumento esperado de 4% no número de funcionários este ano (comparado a 2107) e atingir faturamento de R$ 12,1 bilhões. Valor 7,1% maior do que os R$ 11,3 bi obtidos no ano passado. O que representa uma forte retomada, se comparado aos R$ 10,5 bi faturados em 2016. O estudo da Abradisti contemplou também empresas para entender onde estão as oportunidades de negócios para o ecossistema de ca-
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3 perguntas para Nathália Nicoletti Cofundadora do Grupo A*Star Labs fala como o blockchain pode dar mais segurança à urna eletrônica brasileira. Leia a íntegra em www.inforchannel.com.br Qual o potencial transformador do blockchain para nossa sociedade? O blockchain permite uma integração de processos, o que dá agilidade burocrática, previsibilidade e segurança. O dado que está no começo da cadeia é o mesmo que aparece no final. A princípio não precisamos mudar o mundo, mas trazer as informações para o blockchain e mudar os processos. Com a automação consigo tirar o ser humano, que é falível, do meio do processo e ter uma informação mais íntegra. A tecnologia será utilizada pela primeira vez em uma eleição na Virginia Ocidental (EUA). Como isso acontecerá? Será feito com a urna funcionando em IoT e alimentando o blockchain como camada de auditoria. Dá para contabilizar em tempo real, auditar os votos por comarca, fazer uma pesquisa minuciosa sobre os dados e garantir a privacidade, pois não estou atrelando o número do título ao voto na urna. Talvez nas eleições de 2020, com [o eleitor apresentando] um documento com foto, já seja possível experimentar. De que forma o blockchain poderia ser aplicado no Brasil? É um caminho natural? Nada garante a segurança da nossa urna. É nossa obrigação trabalhar para aumentar constantemente a segurança, e o blockchain poderia fazer isso. É como se cada candidato tivesse uma carteira, assim como no bitcoin, mas ao invés da moeda teríamos o voto como ativo. E a contabilização poderia ser feita em tempo real com ganho de processo e confiança.
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Foto: divulgação
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nais. Em uma amostra de 1500 empresas com mais de 100 funcionários, foi constatado que a previsão é um crescimento de 5% no orçamento de TI em relação ao ano anterior. A má notícia é que 23%, cerca de 1/3, diminuirão os investimentos. Na seara de quem vai investir em tecnologia, as oportunidades estão na modernização da infraestrutura de hardware (porque o parque está desatualizado) 27% e outros 22% na ampliação dessa infra visando o crescimento do negócio. Nas micro e pequenas empresas, a associação conversou com 800 empresários com menos de 100 funcionários. “Aqui há ainda mais negócios para o canal, porque 49% disseram que pretendem aumentar o faturamento e 38% querem contratar funcionários”, ressalta o diretor do estudo. O executivo explica que TI será um forte aliado na jornada dessas companhias, que representam 99,3% dos CNPJs no País, com maior concentração nos segmentos de comércio e prestação de serviços. Assim como as empresas maiores, as PMEs estão com o hardware obsoleto (37% nas microempresas e 27% nas pequenas), têm softwares e programas ultrapassados (42% nas micros e 36% nas pequenas), os prestadores de serviços não atendem suas necessidades (45% e 37%, respectivamente) e o maior problema: falta de adoção de novas tecnologias, 70% nas micro e 62% nas pequenas empresas. Nesse segmento, a perspectiva de crescimento no faturamento este ano é de 49%, outros 37% acreditam que manterão o que foi obtido em 2017 e 14% estão pessimistas e apostam em redução da receita. Os índices são igualmente positivos quanto à estimativa na contratação de funcionários, onde 38% pretendem aumentar, 41% manterão e 21% reduzirão o quadro de colaboradores. Neste início de ano, a Abradisti anunciou sua nova estratégia que agora contempla tam-
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Por meio de uma parceria que fizemos, os sócios também têm acesso a um portal exclusivo com serviços personalizados de crédito da Boa Vista Bureau Mariano Gordinho, da Abradisti
bém as revendas, integradores e fabricantes, com expectativa de ter 200 membros dentro de 2 anos. Hoje são 25 distribuidores associados. “Será uma grande oportunidade para as revendas e integradores serem membros da Abradisti porque, por meio da experiência dos demais, vão economizar um tempo enorme no aprendizado e aprimoramento da gestão do seu negócio. Além de ter um aliado em assuntos que envolvem leis e governos”, explica Mariano Gordinho, diretor-executivo da instituição. A Abradisti oferece aos membros a oportunidade de participar de grupos de trabalho, entre eles: RH, tributação, software e crédito. Nessa nova fase, criará outros e o primeiro é vendas e marketing. “Por meio de uma parceria que fizemos, os sócios também têm acesso a um portal exclusivo com serviços personalizados de crédito da Boa Vista Bureau”, diz Gordinho.
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©2018 Xerox Corporation. Todos os direitos reservados. Xerox,® Xerox e Design,® VersaLink® e “Set The Page Free” são marcas da Xerox Corporation nos Estados Unidos e/ou em outros países. ¹IDC InfoBrief, patrocinado pela Adobe, Transformação de negócios através de fluxos de trabalho de documentos inteligentes, abril de 2016
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