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Edição 48/ jul. 2021 | R$ 15,80
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VERSÃO DIGITAL
REALIDADES IMERSIVAS Com a popularização destas tecnologias, o mercado que em 2020 girou US$ 33,4 bi deverá crescer, pelo menos, até 2028
Conexão das máquinas Apenas 2% das fábricas no Brasil promoveram evoluções tecnológicas
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Dicas para os pequenos
A nova realidade digital é favorável para integradores de pequeno porte do setor
Qual o melhor fornecedor de TIC? A votação para ‘A escolha do Leitor 2021’ está aberta. Indique os seus preferidos
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A ESCOLHA DO LEITOR
2021 PROFISSIONAL DE TIC, QUAL É A SUA MARCA PREFERIDA? A votação para o prêmio ‘A ESCOLHA DO LEITOR 2021’ está aberta! Indique o fabricante ou fornecedor de produtos, soluções ou serviços que melhor atendeu a você e sua empresa ao longo do ano. Com base na sua experiência vamos eleger as três melhores empresas de TI e Telecom que atuam no Brasil em cada uma das categorias ao lado. Dê sua contribuição! A votação online acontece até 31 de agosto de 2021 Acesse: https://inforchannel.com.br/ a-escolha-do-leitor-2021/
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Editorial https://inforchannel.com.br
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Sansão e Golias
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PAULO UEMURA
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ealidade Aumentada, Virtual ou ambas ganham cada vez mais espaço junto às empresas. Mas para chegar ao atual grau de maturidade, fornecedores travaram batalhas para convencer potenciais usuários de que essas tecnologias, que misturam o mundo real com o virtual, oferecem facilidades que agilizam e conferem maior precisão a muitos ramos de atividades. Um dos setores que se rendeu a essas funcionalidades é a Indústria, que também se utiliza de ferramentas de Inteligência Artificial, Analytics, Big Data e Machine Learning para galgar o patamar de Quarta Revolução, ou 4.0. Outra conflagração para TIC, como retrata a reportagem Fábrica Conectada. Seja pela história, seja pelo antiquíssimo desenho animado, a saga Sansão e Golias mostra a desigualdade de forças entre competidores. Por isso, trazemos nesta edição, dicas para os pequenos integradores e revendedores enfrentarem o mercado e conquistar clientes. Para reconhecer todo esforço de fabricantes e fornecedores a partir da avaliação de nossos leitores e seguidores, Infor Channel realizará a quarta edição da pesquisa ‘A Escolha do Leitor 2021’. A votação já está no site. Acesse e expresse sua opinião. Boa leitura e votação!
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Irene Barella
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TENDÊNCIAS || por BARBARA OLIVEIRA
Tecnologias imersivas ganham impulso nos negócios A Realidade Aumentada e a Realidade Virtual começam a integrar projetos na Indústria 4.0, em Serviços públicos e nos setores Imobiliário, Saúde, Educação e Varejo 06-14_MAT-CAPA-TENDENCIAS_[RealidadeVirtual].indd 6
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TENDÊNCIAS
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Haverá crescimento médio constante das duas vertentes, pelo menos até 2028.
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Eletrônico, Indústria 4.0 e Educação. São aplicações que conquistaram mais espaço de 2019 para cá e, em muitos casos, foram beneficiados pela pandemia, já que projetos que estavam adormecidos nos departamentos de TI e seriam executados só daqui a dois ou três anos, saíram das gavetas. A empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers – PwC, já havia destacado oito tecnologias que iriam impactar todos os modelos de negócios até 2020: IA, robôs, drones, IoT, impressão 3D, Blockchain e as Realidades Virtual e Aumentada. Independentemente do porte da empresa, todas, em menor ou maior grau, já estão sendo afetadas de alguma maneira por essas inovações.
A pandemia só abreviou os planos. A RV e a RA trouxeram experiências imersivas aos usuários com a ajuda de equipamentos como notebooks, tablets, telefones inteligentes, óculos, luvas etc., e transformaram, num primeiro momento, a indústria do Entretenimento – o cinema, com seus efeitos 3D, e os jogos. Quem não lembra dos Pokémons que pulavam nas telas dos celulares como se estivessem nas calçadas e parques? Mas, agora, o jogo é mais sério e as tecnologias se integraram a diversos segmentos da indústria, com ganhos em produtividade e competitividade. A Realidade Virtual está popularizando o setor Imobiliário para a venda de
casas e apartamentos, em treinamentos e ajuda ao ensino em salas de aula, tornando-o mais dinâmico e interessante. E a RA, essa outra vertente das realidades estendidas, experimenta uma crescente demanda por assistência remota, otimização do fluxo de trabalho, e muitas companhias usam aplicativos com esses recursos imersivos para rastrear, identificar e resolver problemas de montagem, fabricação e reparos nas máquinas e nas linhas de produção a distância, só para citar algumas aplicações.
Mercado em alta
O mercado das realidades imersivas é gigantesco e chegou a movimen-
DIVULGAÇÃO / EVERIS
rojetos envolvendo 3D, Realidade Virtual – RV, Realidade Aumentada – RA e Mista não são mais novidade num mercado em que diversas tecnologias e dispositivos passaram a fazer parte da vida das pessoas e das empresas. As soluções que permitem misturar o mundo real com o virtual ganharam maturidade nos últimos anos, passando da fase de experimentos e projetos para uma ‘realidade concreta’. Hoje elas vêm acelerando negócios não só nas áreas de Entretenimento e de Marketing, mas também em setores como o Imobiliário, de Serviços Públicos – Utilities, Automotivo, Serviços de Saúde –healthcare, Agronegócios, Comércio
Pereira, da everis: Maturidade, pandemia e retorno de investimentos foram essenciais para que essas tecnologias começassem a fazer parte dos planos das empresas.
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RA, essa outra vertente das realidades estendidas, experimenta uma crescente demanda por assistência remota Nvidia e Unity no desenvolvimento de soluções e estratégias para bancos, indústrias, empresas de energia e gás, Telecomunicações e Saúde. “Sentimos que as oportunidades são muito boas porque com a dificuldade de locomoção, as soluções remotas ganharam mais espaço”. Pereira diz que em 2019 haviam 18 provas de conceito ligadas à Realidade Estendida (RV e RA) dentro da everis. A maioria de RA, mas nenhuma prosperou naquele ano. A partir do ano passado, dos 22 protótipos apresentados, cinco estão em execução em bancos e Serviços Públicos. “Maturidade, pandemia e retorno de investimentos foram essenciais para que essas tecnologias começassem
a fazer parte dos planos das empresas”, salienta o executivo. A everis aumentou em 40% o número de projetos entre seus 30 clientes, e uma das mais novas aplicações tem relação direta com a Experiência do Cliente (CX). Uma companhia de gás, de energia ou administradora de cartão de crédito envia um QR Code para o consumidor acessar a conta via celular e ele passa a ter detalhes, com a ajuda de gráficos 3D e de navegação. Ele vai saber por que aumentou seu consumo naquele mês ou por que está pagando mais caro ou mais barato por determinado serviço. Esse atalho desafoga as demandas do SAC das empresas. “Pode parecer trivial, mas isso cria
engajamento com consumidor e a fornecedora passa a ter mais informações do seu perfil – em que horários ele consome mais energia, se mora com familiares – e a partir desses dados monta um cluster de pessoas com histórico parecido para melhorar o atendimento”, enfatiza o gerente de inovação da everis. São jornadas mais baratas do que as ações de Marketing e um mercado promissor para a realidade estendida.
Suporte e custos locais
A startup Mix Reality se especializou em RA, RV e Mista há pouco mais de doze meses e espera crescer 100% em vendas nos próximos cinco anos. A Mix atende a empresas de Minera-
DIVULGAÇÃO / MIX REALITY
tar US$ 33,4 bilhões no ano passado, segundo a empresa de consultoria estadunidense Grand View Research. De acordo com seu estudo, haverá crescimento médio constante das duas vertentes, pelo menos até 2028. O de RV será em torno de 18% ao ano, e o de RA, acima de 44%. A disseminação dessas tendências tecnológicas acontece entre fornecedores e clientes, cuja evangelização se dá caso a caso, ou com a ajuda de Canais de vendas e integradores. Mas a pandemia também ajudou nesse movimento. Roberto Pereira, gerente de inovação da everis, do grupo NTT Data, informa que vem trabalhando desde 2019 em parceria com Facebook, Google, Microsoft,
Bahia, da Mix Reality: Tanto clientes como parceiros conseguem perceber os benefícios e desmitificar o fato de que esse tipo de inovação só é privilégio das grandes.
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Previsão de crescimento do PIB global com a ajuda da VR e da RA US$ 1,5 trilhão 1500
Em bilhões de US$
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US$ 476.4 bilhões 300
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ção, Logística, Aérea e Energia. O diretor de Vendas, José Eduardo Bahia, explica que a evangelização para a adoção desses recursos virtuais em áreas operacionais das empresas tem sido feita caso a caso e com a ajuda de parceiras. Entre elas, a Siemens e integradores de Automação e digitalização industrial (Cabtech, Quebeck e Vendors). “Os nossos clientes já conhecem as aplicações feitas em outros países e nos procuraram porque querem ter acesso a elas com suporte local e a custo mais baixos e em reais”, observa Bahia. Segundo o diretor, a Mix faz a prova de conceito seguida de um piloto específico para cada caso. “Tanto clientes como parceiros
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US$ 46.4 bilhões
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2019
2025
2030 FONTE: PWC
conseguem perceber os benefícios e desmitificar o fato de que esse tipo de inovação só é privilégio de grandes corporações”. As realidades imersivas estão inseridas no processo de digitalização industrial e com o desenvolvimento de soluções locais vendidas como serviço – SaaS, elas começam a ficar viáveis. “As companhias buscam reduzir gastos de manutenção, locomoção, inspeção, produção e segurança”, lembra. A Siemens fez parceria com a Mix para a aplicação de Realidade Aumentada em um projeto para co-
Trinca, da More Than Real: As empresas passaram a investir em tecnologias imersivas para aumentar a conversão de vendas.
RV crescerá em torno de 18% ao ano e RA, acima de 44% letar, dividir em categorias e analisar grande quantidade de informações em diversos ambientes, equipamentos e sistemas, mas em tempo real. Livius Aguiar, desenvolvedor de Digitalização da Siemens, explica que apesar de a empresa ser uma das líderes em digitalização industrial, não dispunha ainda de uma solução como essa em que os dados de uma máquina são coletados em tempo real. Uma camada de Realidade Aumentada é adicionada às informações coletadas. Todos os dados da máquina vão para um banco de dados na Nuvem e são acessados pelo operador. Controladores, sensores e gateways foram fornecidos pela Siemens, e a Mix adaptou o seu software de RA para receber dados coletados, via dispositivos, pelos funcionários. O projeto já está em operação em uma grande mineradora. A solução de RA com coleta de dados em real time permite planejar manutenções e a rápida tomada de decisões em opera-
ções não programadas. “Isso é inédito dentro do portfólio de digitalização da Siemens e o potencial é grande porque aumenta o controle dos colaboradores e a eficiência das plantas”, exemplifica Aguiar. Trabalho remoto não é novidade para a alemã TeamViewer com seus softwares para suporte, acesso e monitoramento a distância. A busca por esses programas foi estimulada a partir da pandemia, e é o segmento de RA que vem se destacando nos últimos meses, segundo Andreas Kiessling, gerente de Canais da Te-
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TENDÊNCIAS
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A previsão de crescimento do PIB global com a ajuda da VR e da RA para 2025 é de US 476,4 bilhões e para 2030, US$ 1,5 trilhão
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Carros e bebidas
A tecnologia imersiva amplia esse trabalho a distância. “Se o carro quebra e o mecânico precisa saber o que fazer para consertar aquele modelo, ele procura ajuda de um especialista de qualquer lugar do mundo”, lembra Kiessling. As fábricas de caminhões e ônibus da Volkswagen de Resende, RJ, usam a solução da TeamViewer de RA para prestar assistência às concessionárias. Tablets, smarphones – Android ou iOS, ou óculos são usados pelo mecânico ou engenheiro para acessar o aplicativo com recursos de RA nas telas. Os parceiros homologados de óculos da TeamViewer são a
Neves, da RNI: Antes mesmo de lançarmos a plataforma, fechamos 24 vendas em dois meses, e o tempo médio para concluir o processo caiu para 14 dias.
Microsoft Hololens, Realware, Vuzix e Epson, e como o mercado está em crescimento, a empresa, com mais de 80 revendas, escolheu sete canais para vender as ferramentas remotas e de RA: 7IT, 5F Soluções, Boxware, F5 Software, Spencer, Targetware e Weot. Entre os 15 clientes – Automotivo, Energia, Logística e Agronegócios – do software TeamViewer Pilot com RA, Kiessling destaca uma aplicação interessante. Funcionários de uma empresa de Logística usam óculos de Realidade Aumentada para a localização e separação de garrafas de refrigerantes. Na tela dos devices o usuário enxerga onde elas estão localizadas (corredores), as quantidades a se-
Velilla, do Cel.Lep: A partir de 2017, inserimos a RA em livros didáticos, incorporando-a à metodologia pedagógica
rem despachadas e as ‘baias’ onde estão os caminhões para entregas em bares, padarias, restaurantes. “O colaborador está no mundo real, mas interagindo com o virtual e as informações são recebidas via a leitura do QR Code”, explica o gerente de Canais da TeamViewer. Além de contar com parceiros e visitas técnicas para demonstração de pilotos nas empresas e ganhar novas frentes, a TeamViewer estimula o cliente a usar o aplicativo gratuito LifeAR. O app permite incluir recursos de RA em vídeos ao vivo, textos, emojis e videochamadas de celular. “É uma forma de evangelizar o mercado por meio dos usuários finais e estimular o uso”, complementa.
DIVULGAÇÃO / CEL.LEP
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amViewer. “Tivemos um crescimento de 40% nas vendas de 2020 para cá e essa aceleração aconteceu porque a Realidade Aumentada auxilia o trabalho remoto, especialmente em tempos em que a locomoção ficou mais difícil”, conta. Clientes do setor Automobilístico se valem das tecnologias virtuais imersivas para prestar assistência às concessionárias ou treinar funcionários na montagem e manutenção de veículos. A Ferrari, por exemplo, utiliza o recurso virtual no treinamento de instalação de airbags nos carros. Com a simulação de um ambiente virtual e a ajuda dos óculos são repassadas todas as etapas desses serviços.
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Da venda de imóveis ao ensino imersivo N
a visão dos especialistas são muitas as oportunidades e benefícios que as Realidades Virtual e Aumentada estão trazendo para os negócios. Tanto pela redução de riscos e de custos em treinamentos, manutenção, suporte, aceleração de design e entrega de produtos até a experiência ampliada e mais rica para o usuário ou consumidor. Além dos segmentos industriais, outros se destacam na adoção da tecnologia aqui e lá fora: setor Imobiliário – construção e venda de imóveis; Varejo e Marketing, Educação e Saúde. A More Than Real é uma das fornecedoras de experiências e aplicações de RA para o Varejo e concentrou seus projetos nos últimos dois anos em ações de Marketing de clientes, a exemplo da Andorinha, Boticário, Claro, Coca-Cola, Latam, Nespresso, Nestlé e Tetrapak. “Aplicamos a Realidade Aumentada em lives stores das marcas com sugestões de produtos, receitas, ofertas que aparecem em tempo real, em parceria com Facebook e Instagram”, informa Marcos Trinca, líder de XR da More Than Real.
uma conexão direta com a atividade-fim da empresa e isso leva tempo. Mesmo assim, ele aposta num crescimeno de três dígitos em 2022 porque espera igualar a receita de produtos com a de serviços. Hoje, a More atende a 11 empresas com a plataforma de RA. O setor de imóveis também encontrou na Realidade Virtual uma boa aliada para impulsionar negó-
doras - Abrainc, ouviu 1.313 pessoas da Geração X (nascida a partir de 1963), Millenials (a partir de 1983) e a Geração Z, a partir de 1995. “A pandemia acelerou esse processo em 20 anos”, avalia Nilson Neves, gerente de TI da construtora e incorporadora RNI, do grupo Rodobens. “Tivemos o melhor resultado dos últimos sete anos”, informa. Neves lembra que a plataforma de
Recursos acessíveis
“Muitas empresas passaram a investir em tecnologias imersivas para aumentar a conversão de vendas porque o consumidor visualiza o produto de forma realista e tem uma experiência de compra diferenciada”, analisa o executivo. Um dos usuários da plataforma Augmented Sales, criada neste ano pela startup, é a loja de móveis Guscio Furniture. “A loja escolhe alguns produtos de seu catálogo e mostra aos consumidores como ficariam dentro de um ambiente real da casa, por vários ângulos, como se estivesse dentro daquele ambiente”. O bom é que o acesso aos recursos é feito de forma simples em celulares inteligentes e sem a necessidade de aplicativo ou óculos específicos, como se fosse um link no navegador. “O usuário pode projetar o ambiente tridimensional numa superfície, numa parede, no chão”, explica. Trinca reconhece que fechar contratos para uso da plataforma é mais difícil do que vender serviços, pois a tecnologia terá
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tradicional (presencial) exigia de 90 a 120 dias. Toda a jornada de compra do imóvel pode ser feita virtualmente, inclusive as simulações e fechamento de contratos. Pode parecer tudo simples para o usuário, mas o processo para digitalizar todas as etapas demorou três anos. “Já vínhamos nos preparando para esse projeto desde 2019, mas aceleramos uns dez anos agora”, brinca. A startup WeVisit, especializada em visitas virtuais (RV, 3D e 360) desde 2016, começou atendendo a construtoras e imobiliárias mas ampliou, no ano passado, para hotéis, lojas, escolas, galerias de arte, eventos e acompanhamento de obras. “A demanda de parte dos clientes aumentou em 70% do ano passado para cá, porque a visita virtual foi, por um tempo, a única forma de visualização do imóvel, e quem não tinha a ferramenta aceitou com mais facilidade”, afirma Fábio Cardamone, diretor da WeVisit, que tem cerca de 100 clientes com vendas diretas pelo site ou pelas redes sociais. Alguns projetos são visualizados com a ajuda de óculos de RV (da Oculus Quest), o que enriquece a experiência.
Acelerar a aprendizagem
cios. Seja para reduzir etapas em apresentações virtuais de condomínios, plantas e ambientes decorados – nos computadores, tablets e celulares, ou para vender as casas diretamente pelo Comércio Eletrônico, o que é uma novidade.
União de soluções
Um estudo feito em 2019 para avaliar o ‘Comportamento do Consumidor de Imóveis em 2040’, demonstrou que 50% dos entrevistados, se pudessem, fariam a compra de uma casa totalmente pela Internet. A pesquisa, elaborada pela Deloitte e Associação Brasileira de Incorpora-
Comércio Eletrônico com recursos de RV e RA e integração com sistemas de Gestão, Jurídico e Financeiro, lançada neste ano em parceria com a Accurate, aumentou em 77,4% as visitas na página da empresa e vendeu R$ 4,8 milhões de janeiro a abril. A RNI tem empreendimentos em São Paulo e outros 11 estados.
Avanço no tempo
“Antes mesmo de lançarmos a plataforma comercialmente, fechamos 24 vendas em dois meses, e o tempo médio para concluir o processo caiu para 14 dias”, conta Neves. A conversão de vendas pelo processo
Entre as ferramentas que serão tendências nos próximos anos na área de ensino estão a Inteligência Artificial, a gamificação e as Realidades Virtual e Aumentada, analisa Alexandre Velilla, CEO da rede de ensino de idiomas Cel.Lep. “A partir de 2017, inserimos a RA em livros didáticos, incorporando-a à metodologia pedagógica, pois queremos melhorar o engajamento e o aprendizado do aluno em conteúdos mais complexos”. Para isso, a Cel.Lep formalizou parcerias com a Apple e a National Geographic Learning. Segundo Velilla, a pandemia antecipou em um ano o planejamento de entrega de salas com Realidade Virtual, programadas para 2023. Para o ano que vem, a escola terá ambientes imersivos e interativos. “Vamos colocar os alunos dentro da RV para acelerar essa trilha de aprendizagem, com hologramas embutidos nas ferramentas, uso de gamificação e 3D”, observa
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TENDÊNCIAS
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Entenda as tecnologias de Realidade Estendida ou X Reality (RV, RA e RM) • Realidade Virtual (RV) – é uma interface avançada criada por um computador para criar um ambiente totalmente imersivo e simulado. Ela substitui o que se está vendo, por um conteúdo totalmente virtual e com a ajuda de um capacete ou óculos de RV.
• Realidade Aumentada (RA) – versão da realidade criada pelo uso da tecnologia para sobrepor informações digitais em uma imagem ou ambiente físico e para ser vista por meio de um dispositivo – smartphone, tablet, notebook, videogame, headset – interagindo com o que já existe.
• Realidade Mista (RM) – é a fusão dos dois mundos, o real (físico) e o virtual para produzir novos ambientes e visualizações. Nela, os objetos físicos e digitais coexistem e interagem em tempo real.
Fontes: everis e Mix Reality
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INFORME PUBLICITÁRIO
Parceria de Interall e InterSystems promove saúde conectada para a Federação Unimed Ceará A
necessidade de processar, integrar e compartilhar informações clínicas dos pacientes coletadas em diversos sistemas e tecnologias diferentes, em uma só plataforma interoperável, levou a Interall a escolher a solução InterSystems HealthShare®*, com o objetivo de unificar históricos e prontuários e criar seu Registro Eletrônico de Saúde. A iniciativa integra atualmente os sistemas de informação clínica das Unimeds filiadas à Federação das Unimeds do Estado Ceará e tem como meta construir o Big Data da saúde ao integrar o sistema estadual com outras Federações e Unimeds do país. A Unimed Ceará, foi a pioneira em adotar a plataforma da InterSystems para implementar seu RES, em 2012. De acordo com Marco Spinella, diretor de mercado da Interall, “a plataforma HealthShare foi escolhida por ter a capacidade de processar e tratar todas as informações de vários padrões diferentes num único repositório”. Spinella explica que, além de criar um modelo de gestão digital para a operadora, a solução proporciona ao cliente o acesso ao
seu histórico coletado em vários ambientes da saúde como ambulatório, laboratório, consultório, centro cirúrgico e outros por meio de um aplicativo para smartphone. Os profissionais da saúde, devidamente autorizados, têm ainda a possibilidade de acessar os prontuários eletrônicos por meio de um portal WEB. Ou seja, os dados coletados em locais diferentes, por empresas distintas e por sistemas diferentes são integrados e organizados numa linguagem única em um só repositório, respeitando as regras impostas pela LGPD. A solução RES da Interall implanta na Unimed o conceito da saúde conectada, que aproveita a digitalização de processos para melhorar a gestão e o relacionamento entre profissionais da saúde, administrativos e clientes. “A plataforma HealthShare traz aos profissionais as possibilidades ilimitadas da inteligência artificial e promove o engajamento do paciente; estes são resultados que nos remetem a uma nova era dos cuidados à saúde”, afirma Raimundo Nonato Cardoso, diretor da área de Saúde da InterSystems no Brasil.
O QUE É, A SOLUÇÃO DE INTEROPERABILIDADE E RES INTERALL PLATAFORMA DE INTEROPERABILIDADE INTERSYSTEMS BARRAMENTO
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INDÚSTRIA 4.0 || por INALDO CRISTONI
Aspectos críticos, a exemplo da infraestrutura de conectividade, inibem a habilitação do modelo de Indústria 4.0 e a evolução tecnológica da Manufatura, realidade somente para um seleto grupo de empresas
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Fábrica conectada
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ornada de Transformação Digital do setor de Manufatura, a Indústria 4.0 depende da Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, para entregar a promessa de automatização, flexibilidade e agilidade dos processos fabris. A boa notícia é que muitas das soluções necessárias para suportar a sua escalada já estão disponíveis para as empresas, que precisam apenas dar início à implementação dos projetos para diminuir o gap do Brasil em relação aos países que atingiram o estágio mais avançado de modernização industrial. As ferramentas de Inteligência Artificial, Analytics, Big Data e Machine Learning já são uma realidade no mercado nacional, assim como a Computação em Nuvem, outro elemento tido como fundamental no processo de adoção da Indústria 4.0. Esses recursos tecnológicos permitem o tratamento em tempo real de grande volume de dados - coletados a partir de sensores instalados nas máquinas que operam no chão de fábrica - que suportam as decisões de negócios. Com a redução dos preços nos últimos anos, essas soluções estão cada vez mais acessíveis. O Brasil conta também com profissionais capacitados a desenvolver softwares, aplicações e algoritmos utilizados no processamento inteligente de dados, porém existem aspectos críticos para evolução tecnológica da Manufatura. Essencial para habilitar o modelo de Indústria 4.0 fora da portaria da fábrica, a infraestrutura de conectividade é um deles, já que permite a integração com a cadeia de fornecedores e com os clientes. É fato que nem todas as regiões brasileiras dispõem de cobertura da telefonia móvel 4G e a tecnologia de quinta Geração, a 5G ainda não saiu do papel e que o desafio da conectividade aumenta à medida que cresce o número de máquinas conectadas no chão de fábrica. Além do ambiente interno, é preciso garantir uma boa comunicação com toda a cadeia de valor da empresa e isso significa consolidar em uma base os dados extraídos do chão de fábrica, do sistema de gestão empresarial (ERP), da plataforma de gestão do relacionamento com o cliente (CRM) de forma que seja possível traçar perfis e propor soluções para reso-
O desafio da conectividade aumenta à medida que cresce o número de máquinas conectadas no chão de fábrica lução de problemas. “Tem que ter conectividade dentro do ambiente fabril e fora dele”, ressalta Miguel Martins, especialista em Transformação Digital da T-Systems.
Baixa aderência
Uma das promessas da Indústria 4.0 consiste em tornar a manufatura mais produtiva, ágil e totalmente automatizada. A modernização fabril, por enquanto, é realidade para um seleto grupo de empresas, muitas delas de grande porte e multinacionais, como as montadoras de
veículos e as companhias que fazem parte da cadeia Aeroespacial. O ramo de Agroindústria também avançou nos projetos de Automação de seus processos. Entretanto, as demais atividades estão atrasadas na adequação tecnológica. A Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – Abdi, estima que apenas 2% das indústrias no Brasil promoveram evoluções tecnológicas no chão de fábrica. A penetração da Indústria 4.0 nos países que mais avançaram na modernização fabril gira em torno de 50%. Vários fatores explicam o atraso brasileiro. “O segmento de Manufatura é muito tradicional, tem a cultura de investir mais em ativos do que em Tecnologia”, sugere Angela Gheller, diretora de Manufatura, Logística e Agroindústria da Totvs. Como exemplo, a executiva aponta a resistência à Computação em Nuvem, que ocorre muitas vezes por motivos de segurança (segredo industrial). O setor industrial foi fortemente impactado pela crise econômica nos últimos anos. Prova disso é que a participação da indústria de Transformação no Produto Interno Bruto – PIB, caiu para 11,3% em 2018, o menor índice registrado desde 1947, conforme a Confederação Nacional da Indústria - CNI.
DIVULGAÇÃO / T-SYSTEMS
VLAD RAPCHAN
Angela, da Totvs: Segmento de Manufatura investe mais em ativos do que em Tecnologia.
INDÚSTRIA 4.0
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Martins, da T-Systems: Apontar os benefícios que a implementação das soluções tecnológicas vai proporcionar aos negócios.
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Samora, da Industrial IoT Solutions: A indústria vai parar de desenvolver produtos olhando no retrovisor, passando a ser mais proativa.
INDÚSTRIA 4.0
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“Atualmente, 72% da cadeia industrial brasileira é orientada a consumo, abrangendo extrativismo, alimentos, bebidas, têxtil, confecção, higiene e limpeza e outras, que não demandam tanta Tecnologia, segundo Angela, da Totvs. Para Bruno Jorge, gerente da Unidade de Difusão de Tecnologia da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – Abdi, segmentos da indústria que apresentaram bom desempenho econômico durante a pandemia no novo Coronavírus aceleraram os investimentos em Tecnologia. Como exemplos cita os fabricantes de alimentos e os de produtos de higiene e limpeza. Já os setores cujos resultados dependem do consumo e renda seguraram os projetos à espera da estabilização do cenário econômico. Sobre a opção de investir em ativos, Jorge oferece a seguinte explicação: existe uma modalidade de financiamento tradicional em que o equipamento é oferecido como garantia na operação. Entretanto, existem linhas de crédito para serviços de tecnologia oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, e pela Financiadora de Estudos e Projetos – Finep. “O que falta é uma comunicação mais efetiva dessas agências sobre esse tipo de financiamento”, afirma.
Por meio de plataformas digitais, as empresas podem conectar fábricas com alto nível de automatização
A pressão do câmbio sobre os preços faz com que seja mais barato manter um profissional fazendo contagem de peças em uma linha de produção do que instalar sensores nas máquinas para executar essa tarefa automaticamente. Ao contrário do que ocorre na Europa, por exemplo, onde o alto custo da mão de obra compensa o investimento em sensores no parque fabril, compara Martins. Apesar da importação de hardware ser o “Calcanhar de Aquiles”, aplicações relacionadas à Indústria 4.0 se justificam quando efetivamente proporcionam ganhos de eficiência e redução de custos.
Modelo de produção maioria dos componentes é importada e com a disparada do dólar frente ao real, os preços aumentaram consideravelmente. Para driblar o obstáculo do preço dos equipamentos, a estratégia adotada consiste em ajudar o cliente a identificar o problema, avaliar o seu impacto no custo operacional da linha de produção e apontar os benefícios que a implementação das soluções tecnológicas vai proporcionar aos negócios, diz Martins. Esse planejamento realizado a quatro mãos é indispensável para fechar o business case.
A Indústria 4.0 tende a promover mudanças na gestão das empresas, na relação com os fornecedores e clientes e, sobretudo, no modelo de negócios. Especificamente no que se refere à gestão, é unânime a constatação de que o acesso em tempo real a um grande volume de dados já tratados, torna ainda mais complexa a tomada de decisões. “A gestão empresarial vai melhorar com o uso da Tecnologia porque o executivo terá mais parâmetros e mais informações para decidir”, acredita Hélio Samora, CEO da Industrial IoT Solutions, distribuidora de soluções de IoT e de tecnologias inovadoras para o segmento industrial.
De qualquer forma, o cenário indica que há um enorme caminho a ser percorrido para se atingir o estágio da Indústria 4.0. Embora seja uma realidade, a obsolescência do nosso parque fabril não é considerada um obstáculo para essa jornada de Transformação Digital do segmento de Manufatura. Ao contrário, representa uma oportunidade de dotar de sensores todo o chão de fábrica, por meio do que os especialistas chamam de smart retrofit, ou seja, a transformação dos equipamentos antigos em máquinas conectadas. A conjuntura econômica exerce uma forte influência no desenvolvimento de projetos tecnológicos. Não é diferente no caso da Indústria 4.0. E o cenário atual torna ainda mais desafiadora a empreitada, especialmente no que diz respeito à aquisição do hardware necessário para a modernização do chão de fábrica. Segundo Martins, da T-Systems, a
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DIVULGAÇÃO / ABDI
Desafios econômicos
Jorge, da Abdi: Diferentes especificações de mercadorias na mesma linha de produção.
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A Indústria 4.0 traz o conceito de produtos conectados, ou seja, sensores embarcados fornecem continuamente informações sobre o seu uso e que melhorias podem ser implementadas para melhor atender às necessidades dos consumidores. Da mesma forma, os sensores embarcados transmitem informações para os fornecedores de partes, componentes e peças utilizadas para a fabricação do produto, acrescenta Samora. “A indústria vai parar de desenvolver produtos olhando no retrovisor, passando a ser mais proativa”. As soluções tecnológicas implementadas abrem caminho para a transição do modelo de produção em massa, para o de produção customizada. Trata-se de uma tendência para suprir uma demanda do mercado consumidor por ofertas personalizadas. “Já existem fábricas que produzem diferentes especificações de mercadoria na mesma linha de produção”, observa Jorge, da Abdi, ressaltando a importância da tecnologia para se ter controle e visibilidade do que está acontecendo no processo fabril.
Apenas 2% das indústrias no Brasil promoveram evoluções tecnológicas no chão de fábrica A manufatura terceirizada é outra tendência que ganha força com a Indústria 4.0. Por meio de plataformas digitais, as empresas podem conectar fábricas com alto nível de automatização, processos fabris competitivos e excelência na produção de bens sob encomenda, em um modelo que consagra a fabricação como um serviço
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EVANDRO MONTEIRO/EMONTCAR
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Domingues, do SAS: No mercado há cada vez menos a execução de grandes projetos estruturantes.
Projeto em etapas
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s empresas que almejam trilhar o caminho da Indústria 4.0 precisam considerar alguns aspectos importantes. O primeiro deles é ter clareza de que se trata de projeto a ser executado em etapas, cuja expansão depende dos ganhos registrados a partir de cada uma delas. De acordo com Raphael Domingues, diretor de Desenvolvimento de Negócios do SAS, especializada em ferramentas de Analytics, cada vez menos se vê no mercado o planejamento e execução de grandes projetos estruturantes. “É uma escalada”, resume. Coletar, transmitir e tratar dados fazem parte dos procedimentos a serem adotados. Mas o ponto de partida para o desenvolvimento de projetos relacionados à Indústria 4.0 é identificar o problema a ser endereçado. “Não caia no marketing de que soluções tecnológicas resolvem tudo”, ensina Hélio Samora, CEO da Industrial IoT Solutions. De acordo com Angela Gheller, diretora de Manufatura, Logística e Agroindústria da Totvs, a adequação à Indústria 4.0 é um imperativo não apenas para as grandes, mas também para as médias e pequenas empresas. Entretanto, há uma etapa importante a ser implementada antes de começar a instalar sensores nas máquinas e usar robôs colaborativos na produção. Trata-se da digitalização do chão de fábrica. “Tem que tirar o papel, inserir os dados no sistema e rever processos”, enfatiza.
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INDÚSTRIA 4.0
Perspectiva de retomada A
KPMG realizou um levantamento analisando os quatro padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano de início da pandemia da covid-19. Segundo estudo, a Indústria mantém o estágio ‘transformar para reemergir’ com perspectivas positivas para um ‘retorno ao normal’. Conforme também indicam diversos estudos setoriais da CNI e do Banco Central, há uma clara evolução de diversos índices como: utilização, horas trabalhadas, emprego, mas ainda não tendo retomado, por exemplo, os mesmos níveis de lucratividade em função do aumento significativo dos custos da matéria-prima. Por outro lado, para o setor de commodities a performance financeira está em um momento espetacular. “Apesar das inevitáveis incertezas produzidas pela pandemia, a indústria mostra sinais de recuperação, mas enfrenta diversos desafios relacionados à necessidade de aperfeiçoamento do modelo de produção para acomodação do modelo de trabalho híbrido, escassez e aumento dos custos de matéria-prima em toda cadeia produtiva. Provável que o cenário positivo de crescimento do PIB deva melhorar a oferta de capital no sistema financeiro e um crescimento de projetos para melhoria da eficiência operacional e da criação de novos modelos de negócio através da transformação digital”, afirma Luiz Sávio, sócio-líder de Manufatura Industrial da KPMG no Brasil.
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O setor da Indústria está enfrentando no momento as seguintes tendências: • Indústria 4.0: aperfeiçoamento da digitalização e automação. • Digital Supply: integração digital da cadeia demandada por um consumidor cada vez mais exigente. • ESG: vetor fundamental da gestão estratégica. • Diversificação das linhas de negócio e de geração de receita. • Third Party Risk Management, com discussão sobre a nacionalização de peças e componentes. • Fortalecimento da gestão do caixa. • Adequação da força de trabalho e de gestão de pessoas. • Negociações com autoridades governamentais, visando programas de incentivo.
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SERVIÇOS || por LÚCIA D’URSO
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Trunfos dos menores Diante de novos conceitos de negócios provocados pela pandemia, integradores de pequeno porte podem adotar estratégias para se tornarem competitivos. Veja dicas de grandes integradores e de fornecedores de TIC
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SERVIÇOS
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Soto, da Agility: Para ganhar competitividade, os pequenos integradores devem entender os principais movimentos de mercado.
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pandemia impôs às empresas e às pessoas o trabalho remoto e junto com ele, a necessidade urgente de acesso a dados em tempo real, com segurança e a partir de qualquer lugar. Isso obrigou a aceleração de projetos de Transformação Digital para que as organizações pudessem manter a produtividade e a competitividade dos negócios. “Antes dessa crise sanitária, o contato e a troca de informações entre as pessoas nem sempre vinham de um sistema centralizado. Hoje, é urgente que esses dados estejam acessíveis em algum lugar e não somente na ‘cabeça de alguns poucos funcionários’. Além disso, é necessário que o acesso a eles seja feito de forma direta, fácil e rastreável”, argumenta Neiva Madeira, executiva de Canais e Alianças da InterSystems no Brasil, fornecedora de soluções de dados voltadas para organizações com necessidades críticas. O momento é favorável para os pequenos integradores de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, pois são eles que podem ajudar as empresas - as quais vivem uma nova realidade digital, a centralizar suas informações e, com isso, obterem o maior controle dos processos. “Para esse gerenciamento, é preciso, mais do que nunca, que os dados sejam armazenados com cuidado e disponibilizados de forma segura e fácil, garantindo Governança em cada etapa”, salienta Neiva.
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Atrativos dos pequenos
Integradores de pequeno porte se destacam pela velocidade no atendimento e pela habilidade em identificar as melhores soluções para os desafios dos clientes De acordo com Arlindo Júnior, gerente de Distribuição e Negócios SMB da Aruba, empresa da Hewlett Packard Enterprise e especializada em soluções de rede seguras da Borda à Nuvem, os negócios desse nicho de mercado estão se reativando no momento. “Existe grande demanda de projetos de depósito de delivery, de automação de pequenas empresas e de atualização de sistemas de TI de pequenos hospitais”, exemplifica.
Algumas peculiaridades transformam os pequenos integradores em peças importantes nesse cenário de Transformação Digital. “Eles estão localizados em regiões específicas, nas quais possuem grande conhecimento operacional para atender a clientes locais. Isso aumenta a possibilidade de capilaridade de grandes integradores, seus parceiros, dotados de um vasto conhecimento operacional em grandes centros comerciais”, assinala Cristiano Felicissimo Soares, diretor de Pré-Vendas para a América Latina da Seal Telecom, integradora de soluções customizáveis em projetos de audiovisuais, Comunicações Unificadas, Segurança Eletrônica e de Infraestrutura de TI. A proximidade com os clientes e a capacidade de indicar soluções específicas para atendê-los são outros trunfos dessas empresas de pequeno porte, de acordo com Fábio Soto, CEO da Agility, grande integradora especializada em solucionar os desafios de infraestrutura e segurança para o ciclo de vida das aplicações. Segundo ele, essas empresas destacam-se também pela velocidade no atendimento e pela habilidade em identificar as melhores soluções para os desafios dos clientes. Na opinião de Daniela Costa, vice-presidente para a América Latina da Arcserve, um dos cinco maiores fornecedores mundiais de proteção de dados, a grande vantagem dos pequenos integradores é o fato de conhecerem profundamente os negócios de seus clientes. “Em função disso, podem oferecer soluções compatíveis com demandas e investimentos disponíveis”, destaca a executiva. DIVULGAÇÃO / INTERSYSTEMS
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Neiva, da InterSystems: É preciso, mais do que nunca, que os dados sejam armazenados com cuidado e disponibilizados de forma segura e fácil, garantindo Governança em cada etapa.
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A Arcserve possui atualmente cerca de 150 pequenos integradores como parceiros, preparados para oferecer suas soluções em Nuvem nas modalidades Backup as a Service – BaaS e Disaster Recovery as a Service – DraaS, além de proteção Cloud to Cloud (C2C) de plataforma MS Office 365. Pequenos integradores desempenham um papel essencial nessa mudança de conceito de negócios, do físico para o digital. “Eles conhecem as dificuldades do segmento, até porque muitas também são empresas SMB. Por isso conseguem propor soluções mais adequadas e acessíveis para este mercado”, afirma a vice-presidente da Arcserve. Boa parte desse perfil de empresa oferece soluções para análise de dados capazes de possibilitar o acesso rápido às informações, de maneira a gerar insights para tomada de decisão. “Para garantir que estes dados provenham de fontes seguras e façam sentido, é importante que a captura, a análise e a disponibilização da informação siga um processo
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O fazer mais com menos, ainda é uma das ações mais adotadas, em especial na América Latina e no Brasil
Soares, da Seal Telecom: Pequenos integradores possuem grande conhecimento operacional para atender a clientes locais. Isso aumenta a capilaridade de grandes integradores, seus parceiros.
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Daniela, da Arcserve: Cerca de 150 pequenos integradores estão preparados para oferecer soluções em Nuvem nas modalidades BaaS e DraaS, além de proteção Cloud to Cloud. orquestrado, o que gera a interpretação assertiva”, explica Neiva, da InterSystems.
Estratégias para o sucesso
Diante das mudanças no conceito de negócios provocadas pela pandemia, os integradores podem adotar algumas estratégias para se tornarem competitivos, aconselham os grandes integradores e fornecedores TIC. “Estamos vivendo um momento muito difícil, mas também com muitas oportunidades. O ‘fazer mais com menos’ ainda é uma das ações mais adotadas, em especial na América Latina e no Brasil”, salienta Daniela. Porém, essa forma de atuar só funciona até certo ponto. A partir do momento em que os riscos de perdas de produtividade, tempo e dinheiro ameaçam o negócio, essa forma de agir passa a ser inviável. “É imprescindível analisar estes riscos, envolver os principais executivos da empresa e então decidir sobre os investimentos a serem desembolsados em Segurança. Os pequenos integradores devem ter um papel consultivo junto aos clientes e ajudá-los nesse processo”, enfatiza. É recomendável que os integradores de pequeno porte disponibilizem uma plataforma de dados específica e ágil de integração, com a finalidade de sair à frente da concorrência, opina a executiva de Canais e Alianças da InterSystems. Essa é
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É recomendável que os integradores de pequeno porte disponibilizem uma plataforma de dados específica e ágil de integração
uma forma de proporcionar ganho de tempo e de dinheiro aos clientes. Outras estratégias podem converter os negócios destas empresas em lucros. Uma delas é especializar-se em determinadas tecnologias para melhor atender aos clientes, argumenta Arlindo Júnior, da Aruba. Trabalhar com um número pequeno de fabricantes é outra estratégia que pode ajudar essas empresas de pequeno porte a se tornarem mais com-
petitivas. “Dessa forma, é possível ter contato direto com os clientes e auxiliá-los a resolver problemas”, afirma. Pode ser vantajoso para essas empresas aliar-se a outros pequenos canais. “Com parceiros, é possível desenvolver projetos mais complexos em áreas em que não são especializadas”, justifica o gerente da Aruba. Trabalham com a Aruba atualmente três mil pequenos integradores na América Latina, sendo 500 somente no Brasil.
Ações vantajosas
Para ganhar competitividade, os pequenos integradores devem entender os principais movimentos de mercado. “Atualmente os modelos de negócio estão migrando para aplicações. Ou seja, a venda de serviços e produtos, por meio de plataformas online acessadas via aplicativos móveis”, declara Soto, da Agility. Prova disso, é que já é possível comprar virtualmente qualquer tipo de produto ou serviço. Nesse modelo, a infraestrutura passa a ser em Nuvem. “Isso faz com que as empresas busquem soluções de Segurança, privacidade, monitoramento e performance em plataformas como Google Cloud, AWS e Microsoft Azure”, complementa. Outro caminho que pode ser vantajoso financeiramente para esse nicho de mercado é migrar da venda de produtos on-premises para a venda de soluções cloud based, capazes de dar visibilidade de Segurança em todo o ciclo de vida das aplicações e de oferecer inteligência de ameaças e privacidade de dados. De acordo com Cristiano Oliveira, gerente de Canais Enterprise da Trend Micro, uma boa alternativa para essas empresas se destaDIVULGAÇÃO / ARUBA
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Arlindo Júnior, da Aruba: Trabalhar com um número pequeno de fabricantes pode ajudar essas empresas de pequeno porte a se tornarem mais competitivas.
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Oliveira, da Trend Micro: As transformações Digital e Comportamental estão gerando muitas demandas e oportunidades de negócios.
Uma boa alternativa para essas empresas se destacarem e enfrentarem a concorrência é assumir a responsabilidade de TI
carem e enfrentarem a concorrência é assumir a responsabilidade de TI. “Isso significa fazer a gestão da área, a sustentação com expertise, proporcionando uma nova visibilidade de Segurança para os seus clientes”, explica. Ele ressalta que as transformações Digital e Comportamental estão gerando muitas demandas, o que ocasiona várias oportunidades de negócios. A Trend Micro tem um ecossistema vasto de parceiros, segmentados para cada tipo de negócio. O trabalho deles é integrar as plataformas de Segurança da Informação da empresa para endpoints, redes, e-mails, servidores, sistemas legados, Contêineres e aplicações em Nuvem, em suas soluções e serviços, atendendo a negócios de todos os portes. Mesmo com a pandemia, as chances de negócios continuam a surgir para os pequenos integradores. Cabe a eles aproveitá-las, criando soluções específicas para os clientes, para que eles continuem com seus projetos de Transformação Digital.
Dicas para ganhar competitividade • Exercer um papel consultivo junto aos clientes; • Oferecer uma plataforma de integração de dados específica e ágil;
• Trabalhar com um número pequeno de fabricantes;
• Aliar-se a outros pequenos Canais para desenvolver projetos complexos;
• Ter conhecimento dos principais movimentos do mercado e,
• Migrar da venda de produtos
on-premise para a venda de soluções de Nuvem baseada em Nuvem.
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Incentivos de fornecedores O
s pequenos integradores vêm recebendo apoio de grandes integradores e fornecedores de TIC em capacitação comercial e técnica. A maioria dessas empresas tem uma estratégia de atuação muito próxima dos parceiros de vendas. A Aruba, por exemplo, possui o programa Action Partner Club, destinado a criar uma comunidade de pequenas empresas de TI, integradores e especialistas Aruba, para impulsionar o segmento das pequenas e médias empresas – PMEs, por meio da linha Instant ON.
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“Action, na sigla em inglês, significa autorizado, certificado e treinado na venda de produtos Instant ON, soluções de conectividade com e sem fio para pequenos e médios negócios”, detalha Arlindo Júnior. O Aruba Action Partner Club consiste em certificações, treinamentos, informações sobre produtos, benefícios de fidelidade e acesso a uma comunidade de parceiros. “Além disso, um Instant On AP – access point, é
oferecido ao parceiro de instalação com a compra de dez Instant On APs. A plataforma está disponível em Português, Espanhol e Inglês”, explica o gerente da Aruba. Com um modelo de negócios 100% Canal, a Arcserve possui um programa de parceiros denominado Accelerate, que distribui uma série de benefícios, entre eles, registro de oportunidade, NFR (produto para uso em laboratório) e acesso ao Arcserve Smart. Trata-se de plataforma de conteúdo que inclui uma série de serviços (self service) para geração de demanda. “Nosso progra-
ma de capacitação é um dos mais completos do mercado. Por meio do Arcserve Academy oferecemos capacitação comercial, técnica e de suporte para todos os parceiros, sem custo”, argumenta Daniela Costa, vice-presidente para a América Latina da Arcserve. A Agility procura dar toda a assistência possível aos pequenos integradores, acompanhando com eles desde o processo de pré-venda até a configuração da solução e a operação de Segurança Cibernética e privacidade de dados. “Nosso objetivo é fornecer uma ótima experiência aos parceiros, facilitando seu processo de vendas e gerando resultados”, declara Fábio Soto, CEO da Agility. Os parceiros da empresa estão aptos a comercializar a Eagle Cloud, uma solução de privacidade e Segurança Cibernética
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A casa também foi para a Nuvem A Internet das Coisas deu novo impulso neste mercado, ainda incipiente no Brasil, mas por isso mesmo repleto de oportunidades
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uando se fala em Casa inteligente, ou smart home, quem é da Geração Millennials (nascidos entre 1980 e 1995), se lembrará da casa futurista de Bill Gates, fundador da Microsoft, que em 1997 resolveu construir uma mansão hi-tech às margens do Lago Washington, em Seattle, Estados Unidos. Sistemas de biometria dão acesso à residência, há câmeras e microfones em todos os lugares, a luz acende ao entrar no ambiente, telas de LCD exibem quadros famosos e todos os eletrodomésticos estão conectados. Tudo, naturalmente, rodando debaixo do Windows. Mas os tempos são outros e hoje a curiosidade da maioria das pessoas não é mais sobre tecnologia, mas sim com quem ficará a famosa mansão de seis mil m² após o casal Bill e Melinda Gates terem anunciado o divórcio.
TENDÊNCIAS || por CARLOS OSSAMU
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TENDÊNCIAS
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DIVULGAÇÃO / AURESIDE
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Muratori, da Aureside: Toda a Automação Residencial, ou Casa inteligente, pode utilizar o smartphone ou comando de voz, o que está popularizando a tecnologia. De lá para cá muita coisa mudou, principalmente com a popularização da Computação em Nuvem. Hoje, não é preciso ser bilionário para começar uma Automação Residencial – qualquer um pode, ele mesmo, instalar uma lâmpada inteligente, que acende ou apaga com comandos, regula a intensidade e muda de cor. Já projetos mais sofisticados, com integração de sistemas de segurança, iluminação, entretenimento - home theater, temperatura do ambiente etc., e que requerem serviços profissionais de instalação. De acordo com a última pesquisa da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial- Aureside, o Brasil ocupa a 11ª posição no mercado mundial de casas inteligentes, com receita, no ao passado, de US$ 1,1 bilhão, bem atrás dos Estados Unidos (US$ 25,2 bilhões) e China (US$ 24,7 bilhões), mas suficiente para ser o primeiro colocado na América Latina, com o México ficando na segunda posição (US$ 605 milhões). O estudo estima que existam entre 1,4 milhão e 3,2 milhões de residências com algum tipo de automação e que até 2025 este mercado deverá movimentar US$ 3,1 bilhões. O estudo considerou o mercado de Casa inteligente a venda de dispositivos em rede e serviços relacionados, que permitem a Automação Residencial para usuários finais privados, ou B2C. Foram considerados dispositivos que estão conectados direta ou indi-
O Brasil ocupa a 11ª posição no mercado mundial de casas inteligentes, com receita, no ao passado, de US$ 1,1 bilhão, bem atrás dos Estados Unidos (US$ 25,2 bilhões) e China (US$ 24,7 bilhões)
retamente por meio de um gateway com a Internet. Os principais objetivos são o controle, monitoramento e regulação das funções em uma residência. O controle remoto e o monitoramento de dispositivos individuais e, se aplicável, sua comunicação direta entre si (Internet das Coisas - IoT), é um componente essencial da Automação Residencial inteligente. Portanto, os serviços que são necessários para a manutenção ou controle da rede doméstica também foram considerados, assim como taxas de assinatura para aplicativos de controle ou serviços de monitoramento externo. Dispositivos, cuja função principal não seja a automação ou controle remoto de equipamentos domésticos, como smartphones e tablets, não foram incluídos neste estudo. Da mesma forma, os dispositivos relacionados à conexão doméstica e controle remoto apenas até certo ponto, como TVs inteligentes, também não foram incluídos. A Aureside está há 21 anos no mercado. Em 2010 eram 15 empresas fabricantes associadas e hoje são mais de 50. “Nos últimos dois anos, teve um crescimento mais acelerado, pois entraram os assistentes de voz e os smartphones ganharam mais recursos. Toda a Automação Residencial, ou Casa inteligente, pode utilizar o smartphone ou comando de voz, o que está popularizando a tecnologia”, explica José Roberto Muratori, diretor-executivo da enti-
dade. Com maior volume, houve um barateamento dos produtos. Antes, o projeto tinha de ser feito com antecedência, era preciso preparar toda a infraestrutura da casa, hoje temos a disponibilidade da rede sem fio. “Pode-se começar com uma coisa bem simples, uma lâmpada inteligente, uma câmera, e depois expandir conforme a disponibilidade financeira e o interesse”, explica o executivo.
Internet da Coisas
Na opinião de José Ricardo Tobias, gerente responsável da Positivo Casa inteligente, este conceito vem evoluindo desde os anos 1980 e o setor adotou os protocolos desenvolvidos no âmbito industrial, tanto que o conceito hoje é a adoção de Internet das Coisas – IoT, em Automação Residencial. Isso proporcionou escala e simplicidade técnica, permitindo a popularização e o barateamento da tecnologia. “Para nós, smart home é uma plataforma de soluções de segurança, iluminação, conforto e Automação Residencial, baseadas em um conjunto de Cloud, devices e aplicativos, integrados com parceiros como Amazon Alexa e Google Assistente, para levar esse conceito de Automação Residencial de maneira bastante simples para o consumidor final”, explica Tobias. Segundo o gerente, houve duas correntes que evoluíram em paralelo. A primeira foi as das empresas de monitoramento e alarmes, um
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O conceito de Casa inteligente vem evoluindo desde os anos 1980 e o setor adotou os protocolos desenvolvidos no âmbito industrial, tanto que o conceito hoje é a adoção de IoT Home IP – Chip, um projeto liderado pela Zigbee Alliance, que recentemente mudou o nome para Projeto Matter. Basicamente, é conseguir trazer os grandes players Google, Amazon, Apple, etc. para este consórcio e desenvolver um protocolo nativo para o ambiente. Isso ainda é um trabalho em andamento. Hoje, no Brasil não há esse problema de compatibilidade, pois o País está em um momento bem inicial. “Nos mercados mais maduros, é uma preocupação não ficar amarrado em um único fornecedor, poder agregar outros devices e fazer com que conversem entre si”, comenta Tobias. A linha Positivo Casa inteligente está no mercado desde julho de 2019. “Começamos com sete produtos e hoje temos mais de 20. O nosso portfólio foi se consolidando em torno de iluminação inteligente. Ela é o conceito de IoT, pode ser comandada remotamente, por aplicativo ou comando de voz, permite aumentar ou diminuir a luminosidade do ambiente, escolher a temperatura de cor, desde um amarelo quente a um branco frio, com alta ou baixa intensidade, além de mudar as cores RGB, seja para uma decoração ou tornar o ambiente mais divertido. É possível também programar a hora de ligar e desligar”, conta Tobias. A Positivo trabalha com os grandes varejistas, que já são parceiros da Positivo Tecnologia, por exemplo a Amazon, Magazine Luiza, Via Va-
rejo, varejistas de home center e materiais de construção, entre outros. Há também pequenas e médias revendas, algumas até oferecem serviços de configuração, projeto de instalação. “Estamos desenvolvendo um canal mais especializado, de integradores e de valor agregado, criando relacionamentos e uma política diferenciada. Este mercado não se sustenta com o modelo Faça Você Mesmo, é preciso o desenvolvimento de um ecossistema com integradores de valor agregado”, afirma Tobias.
Comando de voz
Os assistentes digitais deram um grande impulso neste mercado, facilitando tanto a parte técnica de integração dos diversos dispositivos, quanto a interface com o usuário, com comandos de voz. O Google Assistente está disponível em português desde 2017 para celulares Android e iOS. No Brasil, é compatível com vários hardwares, como as caixas de som inteligentes Nest Audio e Nest Mini, do Google, caixas de som e fones Bluetooth da JBL, TVs da Sony e TCL, aspiradores de pó da iRobot, FERNANDO DIAS
setor bem profissional, que evoluiu na mesma velocidade dos serviços de comunicação, com centrais remotas de monitoramento. “O mercado de Automação Residencial também desenvolveu um roadmap em paralelo. Vários protocolos foram adotados até chegar agora no Wi-fi. A gente consegue ter tanto soluções de segurança quanto de automação e iluminação dentro de um mesmo ecossistema, funcionando integradas e baseadas em IoT”, observa Tobias. Apesar disso, ainda há grandes desafios neste setor, principalmente em relação à integração de sistemas. A adoção do Protocolo de Internet IP, IoT e Nuvem não eliminou esse problema. Tobias explica que na camada mais baixa, de devices, o IP é padrão. “Mas quando entra no Protocolo de Aplicação, camada cinco para cima, e principalmente nas implementações de Cloud e como chaves de Cloud trocadas, normalmente as soluções são proprietárias”, explica. Há duas iniciativas principais para resolver isso, uma é a integração na camada de assistente de voz, que hoje é o padrão de mercado. “Basicamente, todo grande fabricante de Casa inteligente tem integração com a Alexa, da Amazon, ou Google Assistente. Dentro desses ecossistemas, que são mais abrangentes, tem uma compatibilidade que se faz com uma conexão Cloud to Cloud com API”, diz Tobias. A segunda iniciativa é o Connected
Tobias, da Positivo Casa inteligente: Estamos desenvolvendo um canal mais especializado, de integradores de valor agregado, criando relacionamentos e uma política diferenciada.
TENDÊNCIAS
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Ainda há grandes desafios neste setor, principalmente em relação à integração de sistemas. A adoção do Protocolo de Pnternet - IP, IoT e Nuvem não eliminou esse problema
Oliveira, da Samsung: Linha completa de produtos que se conectam em qualquer espaço – sala, quarto, cozinha, lavanderia -, como geladeiras, aspirador de pó robô, lava e seca, arcondicionado e TVs. aparelhos de ar-condicionado, lâmpadas e plugues inteligentes das marcas Positivo e Multilaser, entre outros. Com o Google Assistente, os usuários podem usar o comando “OK Google” para facilitar ainda mais o dia a dia, em casa: é possível ligar a TV, acender a luz, adicionar um alarme, ativar o aspirador, mandar um e-mail, ouvir música, entre outras ações. Outra opção é criar rotinas personalizadas como, por exemplo, “OK Google, hora da meditação” e com um só comando fazer a luz mudar de cor, acionar música ambiente e baixar a cortina. Também dá para programar horários pré-definidos para os aparelhos funcionarem ou controlar alguns deles a distância, usando o Assistente no celular. Com o app Google Home é possível configurar, gerenciar e controlar mais de dez mil dispositivos conectados à casa, em conjunto com o Google Assistente. Ele está disponível para Android e iOS. Com a caixa de som inteligente Nest Mini e o Google Assistente integrado, o usuário pode comandar por voz diversos dispositivos e aparelhos, como TVs, lâmpadas e plugues. Medindo menos de 10 cm de diâmetro e 200 gramas de peso, possui um software de ajuste de áudio exclusivo, que permite tirar o máximo proveito do hardware com boa qualidade de som, claro e natural em todos os níveis de volume. Uma opção mais poderosa é o Nest Audio,
que tem o formato de um retângulo, com medidas de 17,5cm de altura e 12,4cm de largura, e pesa pouco mais de um quilo.
Software
De acordo com Helbert Oliveira, diretor da Divisão de Home Appliances da Samsung Brasil, a empresa atua neste mercado com o Connected Living, em que os dispositivos são conectados por Wi-Fi e podem ser controlados a distância por smartphones, tablets e até mesmo por uma smart TV. “No Brasil, a Samsung tem sido pioneira em disponibilizar um ecossistema de produtos que podem conversar entre si, controlados pelo aplicativo SmartThings , que conecta os dispositivos com mais rapidez e facilidade”, diz o executivo. De acordo com ele, a fabricante possui uma linha completa de produtos que se conectam em qualquer espaço – sala, quarto, cozinha, lavanderia -, como geladeiras, aspirador de pó robô, lava e seca, ar-condicionado e TVs. Segundo Oliveira, o mercado de Casa Inteligente está se expandindo a cada dia e ganhando mais força no cotidiano das pessoas. Atualmente, esse conceito é objeto de desejo de grandes empresas e, ao mesmo tempo, dos consumidores, que priorizam cada vez mais facilidade em atividades desde as mais simples até as mais complexas. “Há alguns anos parecia uma realidade
distante, mas aos poucos cada uma das inovações dos produtos smart tornaram o conceito de Connected Living inevitável e a tendência é que os consumidores enxerguem como uma oportunidade de tornar as rotinas mais fáceis. Existe também um movimento rumo à personalização dos produtos, dos recursos e das experiências, algo que na Samsung ganhou o nome de Bespoke Home ”, explica. “Os usuários de Connected Living são os que buscam estar cada vez mais conectados com seus lares, que usam a tecnologia a favor para aproveitar todos os momentos da melhor maneira. Além disso, são pessoas que priorizam tornar a vida mais inteligente e sem desperdícios”, observa Oliveira. Os produtos Samsung que possuem conectividade já são vendidos prontos para esse tipo de uso para o consumidor final. Não há necessidade de instalar dispositivos extras para que ele se torne conectado. Assim, a relação com distribuidores, revendedores e varejistas é a mesma dos demais produtos da empresa.
Formação de integradores
Para José Roberto Muratori, da Aureside, ter um sistema de segurança não quer dizer necessariamente Automação, mas quando estiver integrado a outros sistemas, como iluminação. Esse trabalho de integração
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Segurança
No início de 2021, os pesquisadores da Check Point Software alertaram para os riscos relacionados ao “ransomware of things” (RoT), uma evolução do software malicioso que, em vez de sequestrar as informações ou dados de uma empresa ou de um indivíduo, assume o controle de todos os dispositivos conectados à Internet da casa, evitando que o usuário os utilize até que pague um resgate.
Apesar de a informação continuar sendo o principal objetivo dos cibercriminosos para exigir um resgate financeiro, é cada vez mais comum que seus ataques se concentrem em todos os tipos de dispositivos além dos computadores. Por isso, essa ameaça RoT está se ampliando, já que não é mais um risco voltado somente às empresas, mas pode colocar toda a sociedade em xeque. Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point, diz que os assistentes virtuais, usados em casas inteligentes
Este mercado não se sustenta com o modelo Faça Você Mesmo, é preciso o desenvolvimento de um ecossistema com integradores de valor agregado
para controlar dispositivos IoT do dia a dia, como luzes, aspiradores de pó, eletricidade e entretenimento, podem ser uma porta de entrada para ataques. Pesquisadores da empresa identificaram, em agosto de 2020, vulnerabilidades críticas de Segurança em certos subdomínios do Amazon - Alexa, as quais teriam permitido a um cibercriminoso excluir e instalar recursos na conta Alexa de uma vítima, acessar seu histórico de voz e até mesmo seus dados pessoais. O ataque exigia que o usuário simplesmente clicasse em
um link malicioso criado pelo cibercriminoso e que a vítima interagisse com o dispositivo por voz. O Alexa é capaz de interagir com a voz, definir alertas, tocar música e controlar dispositivos inteligentes em um sistema de Automação Residencial. “Os usuários podem estender as capacidades do Alexa instalando recursos adicionais, que são sempre aplicativos orientados por voz. No entanto, as informações pessoais dos usuários armazenadas em suas contas Alexa e o uso do dispositivo como um centro de controle de Automação Residencial os tornam alvos atraentes para os cibercriminosos”, alerta Falchi DIVULGAÇÃO / CHECK POINT
exige conhecimento e normalmente não é o fabricante ou a revenda que vai à casa do usuário instalar e dar garantia. “Temos cursos para integradores e instaladores que visam a preparar o profissional, para que sejam qualificados, tenham capacidade de fazer um projeto, usando produtos de fabricantes diferentes e fazer a integração. O integrador é como um maestro, que sabe fazer uma orquestra tocar afinada. Ele pode inclusive trabalhar junto com o arquiteto no desenho de uma casa”, diz Muratori. Hoje, grande parte dos produtos comercializados é do conceito Faça Você Mesmo, vendido no Varejo. Primeiro, o usuário instala uma lâmpada inteligente, depois uma fechadura inteligente, mas quando pensa em algo maior, que exige uma integração de várias tecnologias, será preciso um profissional. “Temos o curso de integrador, e temos outros do Instituto da Automação, que abrangem temas diversos, como áudio e vídeo, redes, instalação elétrica etc. O curso de integrador dá a visão para o profissional, é o principal para Automação Residencial. Se ele precisa de conhecimentos adicionais, por exemplo instalar um home theater, ele pode fazer o curso de áudio e vídeo”, detalha Muratori. “Hoje, o curso está online e estamos fazendo algumas turmas reduzidas na forma presencial. Ambos têm o mesmo conteúdo. Antes da pandemia era somente presencial e levávamos fabricantes para demonstrar os produtos. O aluno hoje compra o curso online e faz quando tiver disponibilidade. Após a conclusão e prova, ele entra num grupo para troca de informações, passa a receber atualizações de produtos dos fabricantes e realizamos webinar com especialistas todos os meses. É como uma comunidade de integradores”, informa.
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Falchi, da Check Point: Pesquisadores identificaram riscos relacionados ao ransomware of things, em que os dispositivos conectados à Internet são sequestrados e liberados após pagamento de resgate
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EVENTOS || por REDAÇÃO
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O usuário indica os melhores da indústria de TIC A iniciativa tem como objetivo destacar as marcas e fabricantes, conforme a escolha de quem mais entende do tema, os leitores de Infor Channel No topo da estratégia, o atendimento e a satisfação do cliente compõem o cartão de visita de quaisquer empresas – ou pelo menos deveria estar. Com a multiplicidade de produtos e serviços, o consumidor tem também, grande diversidade de acesso para efetuar suas compras. A expectativa do cliente e crescimento no aspecto do direito do consumidor aumentaram; todos querem qualidade dos produtos, do atendimento, suporte... Hoje, a satisfação do cliente não se restringe à agilidade nas respostas às dúvidas ou à interação nas redes sociais. É preciso criar vínculos. Há algum tempo vimos abordando a ‘fidelização’ do cliente. Ao receber um bom atendimento, claro, somado à qualidade dos produtos e serviços, o consumidor cria uma imagem positiva da empresa e acredita que receberá apoio e orientação de forma rápida e confiável. É com base nessa máxima que Infor Channel realiza o prêmio A Escolha do Leitor. Ninguém melhor do que o comprador para avaliar o fornecedor ou o fabricante de produtos, soluções ou serviços. Com base na experiência e qualificação dos leitores, pessoas ligadas ao setor de Tecnologia da Informação e Comunicações – TIC, vamos eleger as três melhores empresas de TI e Telecom que atuam no Brasil, em 30 atividades que norteiam esse mercado.
O leitor se expressa
https://inforchannel.com.br/ a-escolha-do-leitor-2021/
Todos os elos da cadeia de TIC – distribuidores, revendas, integradores, desenvolvedores, que também são compradores e, claro, a pessoa física, podem indicar a empresa que melhor lhes atendeu ao longo do ano, por
meio de votação online, disponível no site de Infor Channel. Nesta quarta edição, são 30 categorias listadas a serem votadas por preferência da marca, nas quais, fornecedores de TI e Telecom podem ser reconhecidos por hardware, software, soluções e serviços. Vale ressaltar que não é necessário votar em todas.
Escolha sua marca favorita nas categorias: • Aplicação de Software Corporativo • Automação Comercial – Aplicação • Automação Comercial – Hardware • Big Data Analytics • Blockchain (Fornecedores de Serviços) • Business Intelligence • Certificação Digital • Cloud Privada • Cloud Pública • Comunicação Unificada • Conectividade (WI-FI) • Desktop • Impressora Multifuncional • Infraestrutura Convergente • Inteligência Artificial • Notebook • Plataforma de Colaboração em Nuvem • Proteção e Armazenam. de dados • Proteção e Gerenc. de Energia • Realidade Aumentada/Virtual • RPA – Automação de Processos Robóticos • Segurança de Rede e Dados • Serviço e Aplicação para Web • Servidor • Sistemas Digitais / Comércio Eletrônico • Sistemas e Soluções de IoT/IIoT • Smartphone • Soluções de ERP • Terceirização • Virtualização
Vale também reforçar que a votação é auditada pelo Instituto Verificador de Comunicação – IVC, entidade nacional sem fins lucrativos responsável pela auditoria multiplataforma de mídia. O órgão, que conta com plataforma única, tem por objetivo fornecer dados isentos e detalhados sobre tráfego na Web, tanto de desktops quanto de celulares inteligentes, tablets e aplicativos, bem como circulação, eventos e inventário e campanhas externas de mídia. A votação já está disponível e ficará no ar até o dia 31 de agosto de 2021. Acesse o link abaixo e indique seus fabricantes e marcas preferidos.
Histórico
A primeira edição do A Escolha do Leitor de Infor Channel aconteceu em 2018, com 25 categorias e em duas fases. O prêmio chega a sua quarta edição, mais elaborado e com cinco categorias a mais. O número de votantes também vem crescendo ano a ano. A última edição, a terceira da enquete, contabilizou 137.554 votos ao final de dois meses no ar e teve apresentação online dos resultados, ao vivo em 21 de setembro de 2020, transmitida pelo YouTube e com a participação de representantes das companhias eleitas. O formato da apresentação e da logística para a entrega dos troféus foi diferente por conta da pandemia de Sars-CoV2. Em 2021, a cerimônia para divulgação dos resultados, também via plataforma digital, poderá contar com a presença dos representantes das empresas eleitas ou somente virtual. A escolha será do executivo. Os resultados deste ano serão divulgados na mídia impressa – edição de setembro, na versão digital da revista e no portal
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