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DIRETOR DE CANAIS DA CISCO DO BRASIL, APONTA AS PRINCIPAIS AMEAÇAS QUE AS EMPRESAS PODEM SOFRER NESTE E NOS PRÓXIMOS ANOS

Mais qualidade e produtividade, menor desperdício

É inegável que a pandemia de covid-19 provocou uma aceleração no processo de digitalização das empresas espalhadas pelo Brasil e pelo globo. A sociedade, por sua vez, se adaptou a esse cenário, passando a ter uma nova forma de viver, trabalhar, se educar, comercializar e assim por diante. Para Marcelo Ehalt, diretor de canais da Cisco do Brasil, esse movimento é irreversível.

“O que veremos daqui para frente será a experiência do modelo híbrido, um misto de jornada presencial e digital”, aponta o executivo. “No ano passado, muitos negócios cresceram ao adotar tecnologias, visando atender suas próprias necessidades e as novas expectativas dos consumidores. Agora, em 2021, o que prevalecerá é a busca por maior qualidade, menor desperdício de tempo e por aumento de produtividade”, completa.

As empresas que quiserem alcançar essas metas devem, claro, explorar as tecnologias disponíveis da melhor forma possível. Para isso, nesta conversa, Ehalt fala sobre o impacto da transformação digital no último ano, as principais tendências de mercado e a importância de apostar na cibersegurança.

IM Magazine: A pandemia de covid-19 provocou grandes mudanças no mercado corporativo, a exemplo da adoção do trabalho remoto. Como você enxerga o panorama atual?

Marcelo Ehalt: A acelerada digitalização [provocada pela pandemia de covid-19] não tem volta. E, tão importante quanto, é garantir que ela não será um esforço restrito a tempos de crise. A pandemia deixou claro que a tecnologia é um meio viabilizador da manutenção dos negócios e até mesmo de seu crescimento, apresentando, por exemplo, bons desempenhos principalmente em empresas de tecnologia da informação, comunicação, serviços digitais e e-commerce. Certamente investimentos nessa área continuarão a acontecer – e com grandes tendências de alta entre quem apostar na estratégia.

IM: E qual é a importância da tecnologia dentro deste novo contexto?

ME: A dinâmica do ambiente de negócios tem apresentado um cenário de mudanças contínuas e em ciclos cada vez mais curtos, que pedem um olhar mais atento e cauteloso em relação às expectativas dos clientes e sua experiência com os produtos e serviços oferecidos. Nesse sentido, a tecnologia tem permitido que empresas compreendam melhor o comportamento de seus consumidores. Na prática, elas se ajustam para encantá-los e, consequentemente, geram resultados mais expressivos.

PARA O EXECUTIVO, HOME OFFICE E ESPAÇOS DE TRABALHO COMPARTILHADOS SEGUROS CONTINUARÃO COMO TENDÊNCIA

Marcelo Ehalt, diretor de canais da Cisco do Brasil

A PANDEMIA DEIXOU CLARO QUE A TECNOLOGIA É UM MEIO VIABILIZADOR DA MANUTENÇÃO DOS NEGÓCIOS

IM: Olhando mais para o futuro, o que você apontaria como as principais tendências do setor em 2021?

ME: Acredito que, em função da agilidade e escalabilidade indispensáveis para atender às necessidades dos negócios atuais, softwares analíticos preditivos serão fundamentais para identificar problemas e minimizar o tempo de mitigação e resolução de falhas. Já tecnologias, como Inteligência Artificial e Machine Learning, serão exploradas de maneira embarcada em soluções e de forma específica no ambiente de aplicações das empresas. Além disso, o home office e os espaços de trabalho compartilhados seguros continuarão como grande tendência. Nesse sentido, tecnologias de colaboração inteligente, conectividade e cibersegurança estão diretamente relacionadas.

IM: Você citou a cibersegurança entre as tendências. Sendo um dos pilares da Cisco, o que você apontaria como as principais ameaças à segurança que as empresas poderão enfrentar em 2021?

ME: Sem dúvida, o grande desafio será proteger a identidade digital. Sigo insistindo que devemos adotar e abraçar soluções como Secure Access Service Edge (SASE), Cloud Security e Zero Trust, que estão mais bem-preparadas para identificar claramente quem é o usuário, de onde ele se conecta e por que, assim como monitoram todo o tráfego, não importando se é um cliente pequeno, médio ou grande ou um indivíduo. Também vamos continuar sendo bombardeados por ataques que se aproveitam de assuntos atuais para propagar spams, phishing, fake news e mensagens de texto, sempre com o objetivo de provocar o usuário a se colocar em risco – um cenário que já é bastante conhecido, assim como suas consequências.

IM: Como a Cisco está se preparando para combater as possíveis ameaças cibernéticas de 2021 e apoiar as empresas nessa batalha?

ME: Para proteger nossos clientes e parceiros dessas ameaças, temos no Brasil um grupo de especialistas em cybersecurity à disposição. Eles têm o objetivo de ajudá-los nas análises de riscos, arquitetura e integração e em como usar efetivamente nossas tecnologias. A Cisco também investe continuamente na criação de novas tecnologias e produtos e na aquisição de tecnologia complementar para oferecer soluções de ponta a ponta com qualidade e segurança. Nesta linha de trabalho, inclusive, estamos oferecendo um novo modelo de licenciamento que permite a adoção de altos níveis de segurança em pagamentos mais flexíveis. Chamamos isso de Democratização de Cybersecurity, sendo que, aqui, todos os usuários terão acesso às funcionalidades de inspeção quando [precisarem] e onde estiverem.

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