Historia Indesign

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A História do

InDesign

Editoração Eletrônica - 2017/1 Ingrid de Quadros Ledel

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O COMEÇO de TUDO Você conhece o seu antecessor?

Prazer, PageMaker!

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ageMaker foi o primeiro programa Desktop Publish, criado em 1985. Desktop Publish, ou editoração eletrônica, é uma terminologia que caracteriza a era dos programas WYSIWYG (what you see is what you get), ou seja, softwares de edição de arquivos que simulam na tela exatamente o que é impresso. Projetado em 1984 pelo jornalista Paul Brainerd e mais cinco amigos engenheiros, através da empresa criada por eles, a Aldus, o PageMaker 1.0 entrou no mercado em julho de 1985, custando aproximadamente $ 495 (ui!).

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Sua primeira versão incluía todos os elementos necessários para layoutar impressos, como ferramentas de texto, importação de imagens e gráficos, ferramentas de desenho e posicionamento de elementos através do recurso drag and drop (arrastar e soltar). Era compatível com diversos sistemas operacionais, incluindo Mac e Windows. Em compensação, não dava pra desfazer suas ações: a quantidade de níveis de undo era bem limitada. Sua fama crescente, aliada às suas atualizações, fez do PageMaker o líder do mercado mundial de editoração eletrônica no início dos anos 90. A liderança, porém, foi ameaçada pelo QuarkXpress, que conseguiu deixar o gigante bem enfraquecido. Até que em 1995, a Adobe comprou o PageMaker, que deu continuidade à sua evolução até a versão 7, em 2011.

E então.... Foi decretado o óbito do velho software com o nascimento do Adobe Indesign, desenvolvido pela mesma equipe que cuidava do PageMaker!

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O InDesign é um dos mais poderosos diagramadores de páginas da atualidade, lançado em 1999 o programa prometia fazer uma revolução no modo de trabalhar com diagramação de páginas e finalização de arquivos para equipamentos de saída digital. Com o InDesign você é capaz de criar e diagramar layouts de revistas, livros, jornais panfletos e material publicitário. É o programa indicado para profissionais editoriais, jornais e setores de comunicação seja ela impressa ou para internet. Além dos recursos para desenvolvimento de materiais para impressão o InDesign possui recursos de edição para web, podendo criar desde livros a formulários interativos e possui integração com o Adobe Flash para criação de layouts animados. Isto garante possibilidades de estruturação de informação e distribuição de conteúdo de maneira fácil e flexível. O InDesign está atualmente na versão CS6 e faz parte da Creative Suíte, a suíte criativa desenvolvida e distribuída pela Adobe que reúne os programas mais conhecidos no mundo do design como o Photoshop, Illustrator, e outros.

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Com o Adobe InDesign 1.0 (1999) esse cenário começa a mudar, mas não foi de maneira instantânea, sua entrada no mercado, vamos dizer assim, foi um pouco “traumática”, pois a versão inicial apresentava erros, e somado a mudança completa da interface, o que fez muitos profissionais torcerem o nariz e ainda manterem seus antigos softwares. Já o Adobe InDesign 2.0 (2002) começou a ganhar mais adeptos, e novos profissionais passaram a dar mais atenção aos seus recursos. Com o uso do InDesign designers e profissionais da editoração começaram a experimentar uma nova experiência na criação de layouts e diagramação, alguns recursos pioneiros na época, como suporte a transparência, frames híbridos, exportação nativa em PDF. Abaixo listo alguns recursos que marcaram o inicio do InDesign. Hoje muitos são comuns em nosso dia a dia:

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Desfazer ilimitados

Exportação de em PDF

Criar contorno em textos

Frames híbridos

Composição multiline Recuperação automática Preflight

Organização de fontes Zoom de 4000%

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PSD / PDF como formatos nativos.

Gradientes e cores em contornos / preenchimentos Manipular nós de frames de texto ou gráfico kerning ótico 20 dicionários Estrutura modular para aceitar muitos Scripts e Plug-ins!


INTERFACE O InDesign possui uma interface totalmente amigável e muito semelhante a de seus irmãos (Photoshop e Illustrator) utilizando recursos de paletas e caixas de ferramentas que podem ser organizados de maneira personalizada, tornando o seu fluxo de trabalho totalmente adaptável às suas necessidades. Os formatos de arquivo do InDesign possibilitam a criação de material de páginas simples ou opostas, (como revistas) permitindo ainda integrar diversos documentos em um, o que chamamos de “livros”, garantindo assim que editores possam criar bibliotecas completas em arquivos separados integrados através de um único arquivo do InDesign (o livro). Isso possibilita a criação de coleções inteiras de maneira independente que podem ser trabalhados, editados e formatados individualmente sem que para isso seja preciso alterar a estrutura dos demais arquivos que compõem o livro.

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S

oftware

na

ÁREA

GRÁFICA

Dentre os principais softwares de editoração eletrônica encontramos o Corel Draw e o Indesign. Eles vêm se atualizando cada vez mais e brigando para conquistar uma nova geração de profissionais que estão entrando nessa área. Dentro da editoração eletrônica, encontramos os diferentes tipos de linguagens, desenvolvidas para facilitar no processo de formatação dos materiais produzidos, é o caso do PDF, PostScript e Acrobat que deixam os arquivos mais leves, garantindo qualidade, além de impedir interferência (que seja feita alteração) no trabalho já editado e finalizado, garantindo a fidelidade do material. Existem vários processos que devem ser analisados antes de se co-

meçar a diagramar desde a escolha do formato, grid, tipografia, cores etc., de uma publicação. Faz parte da editoração, além de ter em vista fatores como público, porque não podemos fazer uma diagramação super despojada, com neons piscantes, por exemplo, em um livro de medicina. E é claro, as famosas, limitações técnicas e econômicas da produção. Mas para quem imagina que nesse mercado só tem espaço para diagramadores ou capistas, está bem enganado, essa é uma área bem abrangente do design. Que busca desde ilustradores até programadores, agora com a vinda dos e-books, e não só para trabalhos internos, como freelas também. Esse nicho vem se tornando

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maior e mais independente, na medida em que cresce a demanda de materiais editoriais, como livros e revistas, além dos processos de redesign de vários materiais tradicionais. E para reforçar deixamos um trechinho do livro Jornalismo de revista, escrito por Marília Scalzo. Design de revista não é arte [...] Design em revista é comunicação, é informação, é arma para tornar a revista e as reportagens mais atrativas, mais fáceis de ler. Tanto quantos aos jornalistas, os designers devem estar preocupados o tempo todo com a melhor maneira ­– a mais legível – de contar uma boa história

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CREATIVE SUITE Foi então que Adobe deu um golpe de mestre, na atualização seguinte ela reuniu os softwares em pacotes e nomeou de CS – Creative Suite. O pacote CS inaugurava um novo capítulo na empresa, no qual os softwares foram divididos por áreas de atuação –impresso, web e vídeo – o que aumentou, em muito, a integração entre eles, permitindo, ao profissional, reunir

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todas as ferramentas necessárias numa só instalação. O pacote CS inaugurava um novo capítulo na empresa, no qual os softwares foram divididos por áreas de atuação – impresso, web e vídeo. Assim, aos poucos, o InDesign ganhou cada vez mais o mercado, impulsionado pelos seus primos mais “experientes” – Photoshop e Illustrator. O modelo

“CS” da Adobe durou por vários anos chegando até a versão CS 6, quando em 2013 houve a grande virada para o modelo por assinatura. O Adobe Creative Cloud gerou muitas dúvidas, e ainda deixa alguns usuários confusos, por isso desvende neste artigo os cinco mitos sobre o Adobe CC.


MUITO

ALÉM

da

MÍDIA IMPRESSA

Nesse período do Creative Suite vale destacar o InDesign CS5 (2010), essa versão trouxe ao programa novas funcionalidades, como o painel Animation, a exportação para ePUB, entre outros recursos que aumentaram, significativamente, as opções para mídias digitais.

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PUBLICAÇÕES CROSSMEDIAS Em 2010 o mercado editorial vivia toda promessa das publicações crossmedias. Possibilidades além do tradicional flip com PDF, já estavam disponíveis através do formato ePUB e da plataforma Adobe DPS. Esse último motivado pelo lançamento dodevice que remodelou o mercado editorial, em especial para revistas – iPad. O surgimento dos tablets foi a mola propulsora para a criação de um ecossistema de plataformas, plug-ins e formatos. Contudo o caminho não foi fácil, a mistura de formatos, interações, leitores e plataformas não é integrada, diferentes tipos de conteúdo e verbas, o que gerou (e gera até hoje!) conflitos, limitações e muitos projetos na gaveta, infelizmente. A seguir acompanhe um breve resumo sobre cada formato e os principais artigos sobre publicados no Dualpixel Blog.

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REVISTAS DIGITAIS Batizado como Digital Publishing Magazine, e pouco tempo depois para DPS – Digital Publishing Suite, a plataforma da Adobe para produção APP’s compatíveis com publicações interativas criadas pelo InDesign é o exemplo mais forte da volatilidade do mercado de mídias digitais. Em 2011, o formato Folio (nativo do Adobe DPS) nasceu, e em menos de cinco anos sucumbiu junto com o DPS, que passou por algumas reformulações chegando em sua versão atual – DPS 2015 é Adobe Experience Manager Mobile. Hoje a plataforma Adobe é voltada para o mercado corporativo para grandes empresas.

A Dualpixel é pioneira em treinamento sobre publicações digitais, tendo obtido a certificação ACE em Adobe DPS. E esse conhecimento é totalmente aproveitado com outras plataformas, semelhantes ao Adobe DPS. Em como usar o DPS para publicações digitais, você encontra os principais conceitos desse modelo. Conheça outras opções de plataformas para publicação digital interativa com InDesign, e descubra que é possível, e financeiramente viável, pequenas e médias empresas produzirem APP’s editoriais.

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Estilos de Parágrafo e Caractere Se os estilos desejados existirem em outro documento do InDesign, do InCopy ou do processador de textos, você poderá importar esses estilos para uso no documento atual. Se estiver trabalhando com uma matéria isolada, você poderá definir também estilos de caractere e de parágrafo no InCopy.

DEFINIR ESTILOS DE PARÁGRAFO OU DE CARACTERE

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Para usar a formatação de texto existente como base para o novo estilo, selecione o texto ou posicione o ponto de inserção nele. Se houver um grupo selecionado no painel Estilos, o novo estilo será incluído nesse grupo. Escolha Novo estilo de parágrafo no menu do painel Estilos de parágrafo ou Novo estilo de caractere no menu do painel Estilos de caractere. Em Nome do estilo, digite um nome para o novo estilo. Em Baseado em, selecione o estilo em que o estilo atual se

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baseia. Observação: A opção Baseado em permite vincular estilos uns aos outros, de modo que as alterações feitas em um estilo sejam propagadas aos outros que se baseiam nele. Por padrão, os novos estilos baseiam-se em [Sem estilo de parágrafo] para estilos de parágrafo ou [Nenhum] para estilos de caractere, ou no estilo de qualquer texto selecionado no momento. Em Próximo estilo (somente no painel Estilos de parágrafo), especifique qual estilo será aplicado depois do estilo atual quando você pressionar Enter ou Return.

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Para adicionar um atalho de teclado, posicione o ponto de inserção na caixa Atalho e verifique se a tecla Num Lock está ativada. Mantenha pressionada qualquer combinação de Shift, Alt e Ctrl (Windows) ou Shift, Option e Command (Mac OS) e pressione um número no teclado numérico. Não é possível usar letras nem números do teclado não numérico para definir atalhos para estilos. Se o teclado não tiver a tecla Num Lock, não será possível adicionar atalhos de teclado para estilos. Para aplicar o novo estilo ao texto selecionado, selecione Aplicar estilo à seleção. Para especificar atributos de formatação, clique em uma categoria à esquerda (como Formatos básicos de caracteres) e especifique os atributos que deseja adicionar ao estilo. Observação: Ao especificar uma cor de caractere na caixa de diálogo Opções de estilo, você poderá criar uma nova cor clicando duas vezes na caixa Preenchimento ou Traçado. Em relação aos estilos de caractere, os atributos que não forem especificados serão ignora-

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dos; quando o estilo for aplicado, o texto preservará a formatação do estilo de parágrafo desse atributo. Para remover uma configuração de atributo de um estilo de caractere: Em um menu de configuração, escolha (Ignorar). Em uma caixa de texto, exclua o texto da opção. Em uma caixa de seleção, clique até que seja exibida uma pequena caixa (Windows) ou um hífen (-) (Mac OS). Para obter uma cor de caractere, mantenha pressionada a tecla Ctrl (Windows) ou Command (Mac OS) e clique na amostra de cor. 0 Após especificar os atributos de formatação, clique em OK.

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Os estilos criados pelo usuário serão exibidos somente no documento atual. Se não houver nenhum documento aberto, os estilos criados serão exibidos em todos os novos documentos.

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FORMATAR PARÁGRAFOS Ajustar espaçamento entre parágrafos É possível controlar a quantidade de espaço entre parágrafos. Se um parágrafo começar na parte superior de uma coluna ou de um quadro, o InDesign não honrará o valor de Espaço Antes de. Nesse caso, você pode aumentar a entrelinha da primeira linha do parágrafo ou aumentar a margem interna superior do quadro de texto no InDesign.

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Selecione o texto. No painel Parágrafo ou Controle, ajuste os valores apropriados para Espaço anterior e Espaço posterior .

Observação: Para garantir consistência na formatação, altere o espaçamento entre parágrafos nos estilos de parágrafo que você definir.

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USAR CAPITULARES

É possível adicionar capitulares a um ou mais parágrafos de uma só vez. A linha de base da capitular desce uma ou mais linhas abaixo da linha de base da primeira linha de um parágrafo. Você também pode criar um estilo para aplicar aos caracteres de capitulares. Por exemplo, para criar uma capitular alta (também chamada capitular elevada), especifique uma capitular de um caractere em uma linha e aplique um estilo de caractere para aumentar o tamanho da primeira letra.

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CRIAR UMA SOMBRA (OU COR) ATRÁS DE UM PARÁGRAFO

Para aplicar o sombreamento de parágrafo do texto contido num quadro de texto, selecione o quadro de texto. Ou coloque o ponteiro no texto no quadro de texto. Abra a caixa de diálogo Sombreamento de parágrafo. No menu suspenso do painel Parágrafo (Janela > Tipo e tabelas > Parágrafo), escolha Sombreamento de parágrafo.

Observação: As seguintes opções também estão disponíveis na guia Sombreamento de parágrafo da caixa de diálogo Opções de estilos de parágrafo. Para abrir essa caixa de diálogo, no menu suspenso do painel Estilo de parágrafo (Janela > Estilos > Estilos de parágrafo), escolha Opções de estilo. Na caixa de diálogo Sombreamento de parágrafo, escolha as seguintes opções:

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A. Cor do sombreamento B. Tom de sombreamento C. Aplicar superimposição D. Estender a sombra além da margem superior E. Estender a sombra além da margem esquerda F. Estender a sombra além da margem inferior G. Estender a sombra além da margem direita H. (Ascendente padrão) Borda superior do sombreamento para um parágrafo específico I. (Descendente padrão) Borda inferior do sombreamento para um parágrafo específico J. Coluna: Transpor sombra no quadro de texto. Texto: Estender a sombra no texto. K. A sombra será cortada nas bordas do quadro L. A sombra será ignorada se o documento for impresso ou exportado para os formatos (como PDF, Epub, JPEG e PNG), Observação: Os padrões de borda superior para a caixa eme superior e os padrões da borda inferior para a caixa eme inferior, respectivamente para o conjunto de recursos japonês.

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erifique o botão da cadeia para assegurar-se de que todos os valores de deslocamento permaneçam iguais. Se você alterar o valor de um deslocamento, todos os demais valores serão atualizados. Para criar valores de deslocamento variáveis, verifique se o botão da cadeia está desmarcado. Clique em OK. A sombra se estende sobre o texto no quadro de texto. Ela não atravessa todo o quadro de texto.

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INDESIGN – ANIVERSÁRIO DE 17 ANOS

Mesmo com todos os desafios das mídias digitais e necessidades das mídias impressas, nos últimos anos o InDesign conquistou seu espaço no ecossistema para produção de conteúdo interativo crossmedia, mantendo sua liderança nesta categoria. Ainda há muito por melhorar, e os caminhos das publicações digitais são desafiadores e instáveis. Por quase duas décadas, o InDesign é o principal software do mercado editorial, e parte fundamental de um sistema robusto de aplicações. Sem dúvida uma ferramenta indispensável ao designer.

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