Revista Inport - Maio e Junho 2016

Page 1

Edição 19 | MAIO E JUNHO DE 2016

TECNOLOGIA

Webportos reúne dados de movimentação portuária

SEGURANÇA

Auditorias apontam falta de treinamentos em Segurança

NÁUTICA

Itajaí Sailing Team apresenta novo barco de competição

iNVESTIMENTOS PORTUÁRIOS Setor receberá R$ 51 bilhões até 2042




índice

8

10

Manutenção é essencial

PolyPack é o mais novo Primeiro trimestre acumula serviço do Grupo crescimento na movimentação

12

16

Tem alta na movimentação de contêineres

NAVIOS

15

TECNOLOGIA

11

POLY TERMINAIS RIO GRANDE

PARANAGUÁ

PORTONAVE

18

SÃO FRANCISCO DO SUL

26

INTERMODAL

Feira reúne os principais players do mercado

38

SEGURANÇA

Auditorias apontam falta de treinamentos em segurança

Setor portuário receberá R$51 bilhões até 2042

FÓRUM

Itajaí sedia encontro de Portos de Língua Portuguesa

32

TECNOLOGIA

CBES entrega mais uma obra no Porto de Imbituba

40

ITAPOÁ

Terminal registra aumento no volume e na Receita em 2015

SEGURANÇA

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

INVESTIMENTOS

14

24

SEGURANÇA Coringa participa da ISC Brasil

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

Recorde operacional é batido pelo segundo mês consecutivo

23

19

CAPA

$$$$$$$$$$$$$$$$$$ $ $$$$$$$$$$$$$$$$$$ $

PORTO DE IMBITUBA

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

22

$$$$$$$$$$$$$$$$$$ $ $$$$$$$$$$$$$$$$$$ $

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ $$$$$$$$$$$$$$$$$$$

Webportos reúne dados Terminal investirá 2016 e as boas de movimentação 1 bilhão em ampliação perspectivas portuária

25

COLUNAS

Inovação é a palavra chave

Milene Zerek Capraro

MERCADO

34

36

o ingresso de novas empresas no Comério Exterior

Fertisanta inicia obra de 40 milhões de reais

ENTREVISTA

42

NÁUTICA

Itajaí Sailing Team apresenta novo barco de competição

Colaboram com essa edição as assessorias dos Terminais da Portonave, Itapoá e dos Portos de Imbituba, São Francisco do Sul, Paranaguá e Rio Grande. Além das assessorias da Intermodal, FIESC, Prosegur e Itajaí Sailing Team.

Expediente

Prosegur investe no segmento de cargas especiais

46

48 Osvaldo Agripino de Castro Jr.

INVESTIMENTO

49 Reinaldo Garcia Duarte

44

EDUCAÇÃO

IFSC apresenta um dos únicos barco escola do País

Edição 19 | MAIO E JUNHO DE 2016

TECNOLOGIA

Webportos reúne dados de movimentação portuária

SEGURANÇA

Auditorias apontam falta de treinamentos em Segurança

NÁUTICA

Itajaí Sailing Team apresenta novo barco de competição

CAPA Foto: Reinaldo Garcia Duarte PORTUÁRIOS Local: Cais do Terminal iNVESTIMENTOS Setor receberá R$ 51 bilhões até 2042 Portonave/SC

Revista INPORT

Jornalismo e Redação: Aline Araújo (DRT/SC 4048) crie@editoracrie.com.br

Administração e Comercial: Gabriela Gonçalves adm@editoracrie.com.br I 48 3248 1676 / 9617 3840

Rua Capitão Euclides de Castro, 268 - Coqueiros Florianópolis/SC - I 48 3248 1676 www.editoracrie.com.br

Criação e Diagramação: Ana Sofia Carreço de Oliveira (DRT/SC 4709) design@editoracrie.com.br

Web Design e Suporte:: Ramon Cordini suporte@editoracrie.com.br

Distribuição: NACIONAL


Editorial

UM NOVO BRASIL, SERÁ? O difícil momento político pelo qual o País está passando reflete em todas áreas propulsoras da economia. Enquanto uns acreditam que o cenário possa melhorar, outros buscam alternativas para conseguir se manter no mercado. Mesmo diante das dificuldades, os investimentos no setor portuário seguem a todo vapor, pelo menos é o que anunciou o Governo Federal. Nos últimos cinco meses já foram autorizados investimentos de R$ 7,934 bilhões para os portos brasileiros. Esse volume corresponde a 15% dos R$ 51,28 bilhões previstos para serem aportados neste segmento logístico até 2042. Outro fator positivo foi a movimentação de cargas no País que bateu recorde histórico em 2015, superando 1 bilhão de toneladas pela primeira vez na história. O volume alcançou 1,006 bilhão de toneladas em 2015, 3,9% acima da movimentação de 2014, que totalizou 968,87 milhões de toneladas. Os dados estão na nova plataforma que reúne informações dos portos do Brasil, chamada WebPortos, lançada pelo ministro da Secretaria de Portos da Presidência

da República (SEP). Além de investimentos na área portuária, a Inport traz a notícia de investimentos também na área náutica. A equipe do Itajaí Sailing Team - time de vela que representa o município em competições oficiais – apresentou o novo veleiro de competição. A embarcação pertencia ao velejador Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas e será utilizado nas próximas competições do time. No mar, uma outra embarcação também esta chamando a atenção dos catarinenses. O Câmpus do IFSC em Itajaí inaugurou um barco escola intitulado “Aprendendo com o Mar” e a partir desse ano possui mais uma importante ferramenta pedagógica para alunos da Região. A embarcação é um catamarã com mais de 12 metros de comprimento que tem capacidade para receber até 30 alunos e que poderá ser utilizada em aulas práticas dos cursos técnicos em Pesca, Recursos Pesqueiros, Aquicultura, entre outros. BOA LEITURA!

5




navios

LIMPEZA DOS TANQUES É ESSENCIAL NA MANUTENÇÃO DE NAVIOS PETROLEIROS O trabalho é realizado segundo indicações do comando do navio, com base na experiência e em informações obtidas nos manuais especializados, alguns deles editados pela Guarda Costeira Americana e a International Chamber of Shipping A limpeza de tanques de petróleo é essencial para a remoção de resíduos dos recipientes. A falta de higienização devida pode acarretar riscos para o meio ambiente e desgastes na vida útil dos tanques. E para assegurar a pureza dos produtos a serem carregados a higienização técnica deve ser realizada por profissionais qualificados. Osmar Viviani, Consultor Técnico da Consulimp – Consultoria e Treinamento – explica que a duração, as etapas e a complexidade do serviço dependem das características do tanque, da natureza dos resíduos e produtos retirados e da próxima carga a ser carregada. “A limpeza de tanques deve obedecer aos critérios técnicos ambientais e de segurança, pois estas operações são realizadas em espaços confinados, que contém resíduos oleosos, perigosos ou não”, diz Viviani. Para tal trabalho os colaboradores necessitam de treinamentos conforme a NR33 (Segurança e saúde no trabalho em espaços confinados) NR35 (Trabalho em altura), resgate em áreas remotas, atestados e exames de saúde conforme o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, além de treinamentos em áreas afins de Procedimentos de Qualidade. “É de extrema importância a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, ferramentas e equipamentos certificados para operações em espaços confinados, que incluem aparelhos de medição de gases, exaustores/insufladores, luminárias a prova de explosão, compressores de ar, conjunto de ar autônomo, armários de distribuição de energia com transformadores para 24 volts, ferramentas a prova de faísca, tripé de resgate, maca, kit de pri8 I revista inport I Edição 19 I maIO E JUNHO

Classificação das cargas em relação à metodologia da limpeza

Gorduras e óleos animais e vegetais

Oleos minerais

Solventes

Derivados de petróleo.

meiros socorros, aparelho de pressão entre outros equipamentos necessários ao bom andamento das atividades”, revela Viviani.

Hidrojateamento Essa é uma técnica prática e eficaz para a limpeza de tanques de petróleo, uma vez que é feita inteiramente com água potável, o que não gera riscos aos profissionais por não conter aditivos químicos. Outra vantagem do hidrojateamento, segundo Viviani, é a economia. “A água possui a pressão exata para efetuar a limpeza e a desobstrução dos tanques sem agredir a sua superfície, aumentando sua durabilidade”, diz. Além disso, por ser feito de forma sustentável, dispensa a limpeza e remoção de partículas químicas após o procedimento.


Rua Alba Dias Cunha, 74 Bairro Trindade Florianópolis | SC www.cbes.com.br cbes@cbes.com.br 48

3333-3030

PORTOS PÚBLICOS E PRIVADOS e Recintos Alfandegados

VIGILÂNCIA ELETRÔNICA CONTROLE DE ACESSO DE PESSOAS E VEÍCULO DIVERSOS CASES DE SUCESSO ATENDENDO A LEGISLAÇÃO DO

ISPS Code

E PARA

RECINTOS ALFANDEGADOS

> Datacenter > Servidores > Redes lógicas > Sistema Backup

> Sistema de Antenas

> Projetos de Iluminação

> Rádio e WiFi

> Rede Elétrica Comercial

> Projetos de Engenharia > Sala de Monitoramento Civil e Arquitetura > Unidade de Segurança


portos e terminais

POLYPACK É O MAIS NOVO SERVIÇO DA POLY TERMINAIS E POLY CARGO O Pacote integra os serviços de Frete Marítimo e Terminal para Carga Consolidada A PolyPack chegou agregando dois itens fundamentais para quem deseja utilizar os serviços marítimos e de terminal: comodidade e eficiência. Ela abrange serviços integrados de frete marítimo e terminal alfandegado, garantindo agilidade operacional, redução de prazos de desova, presença de carga, carregamento e entrega - consequentemente reduzindo custos e e realiza o acompanhamento do status da carga desde origem até destino final. Além disso, o Pacote oferece cobertura porta a porta, frequência regular, atendimento centralizado sem intermediários, follow-up objetivo e com regularidades ajustado às necessidades dos clientes durante todas as etapas. Oferece também transmissão on-line de draft de BL garantindo agilidade nas informações, envio de relatórios de falta e avaria com imagens da cargas. “Com a integração dos serviços de frete marítimo para cargas consolidadas e terminal portuário, conseguimos proporcionar benefícios mensuráveis para os usuários como prazos operacionais reduzidos e redução de custos significativos”, diz Christian Totino, Gerente de Projeto da Poly Terminais. Todo esse trabalho só é possível por meio da experiência e competência de duas grandes empresas. De um lado, a Poly Cargo, agente de carga do grupo e de outro a Poly Terminais, terminal alfandegado privativo, que possui uma ampla experiência nas operações de cargas consolidadas (LCL), infraestrutura e equipe própria e exclusiva para a gestão do serviço. Juntas, garantem uma operação com mais agilidade e segurança, acompanhando de perto a carga, desde a origem até o destino final. “Este produto é destinado àqueles cliente que pro10 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

curam uma parceria duradoura e eficiência operacional. A Sinergia entre os serviços a Poly Cargo e a Poly Terminais permite oferecer o que há de melhor no mercado de cargas consolidadas. Um pacote completo, com diferencial tarifário, agilidade operacional e cobertura porta a porta”, conclui Totino.

CARGAS CONSOLIDADAS A carga LCL (Less Than Container Load) são cargas contidas em um container, porém pertencentes a vários importadores ou exportadores. Este formato é utilizado quando o volume de carga não é suficiente para preencher o container, desta forma os usuários compartilham o espaço com outros reduzindo os custos de frete e taxas. Quando chegam ao destino, as mercadorias são desovadas no terminal alfandegado e ficam à disposição de seus destinatários onde cada um é responsável pela nacionalização de seu lote.


portos e terminais

PRIMEIRO TRIMESTRE ACUMULA CRESCIMENTO DE MOVIMENTAÇÃO Crescimento foi de 11,2% em 2016 comparado ao ano de 2015. Arroz e Soja são destaque nos granéis enquanto Carga Geral tem alta de mais de 40%.

FOTO PORTO RIO GRANDE, DIVULGAÇÃO

O primeiro trimestre de 2016 do Porto do Rio Grande registrou crescimento de 11,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O setor de estatística da Superintendência concluiu a análise dos dados repassados por terminais e operadores portuários. No acumulado do trimestre são 7.128.598 toneladas enquanto apenas o mês de março chega a 2.740.384 toneladas. Nos três meses de 2016, os grandes destaques são a Carga Geral (1.700.774 toneladas) e o Granel Líquido (1.014.865 toneladas) que acumulam crescimentos de 44,4% e 7,9%, respectivamente. Os containers também seguem em expansão com aumento de 4,8% passando de 157.761 para 165.378 TEUS. “A Superintendência está vendo os números de Carga Geral e Graneis Líquidos de forma crescente como um fator muito positivo, pois mostra a capacidade do porto com os mais variados produtos. Nos próximos meses teremos a safra de soja que deve ser novamente muito expressiva, visto as informações que chegam do setor produtivo. O Porto está preparado para escoar a produção do Rio Grande

do Sul para o mundo”, afirma o diretor-superintendente, Janir Branco. Os granéis sólidos apresentam uma leve redução de 2% no comparativo com o mesmo período do ano passado. A queda foi impulsionada principalmente pela retração de 46% no embarque e desembarque de trigo. Enquanto isso, o complexo soja tem aumento de 25,3% passando de 1.106.692 para 1.387.051 toneladas. O arroz também é destaque acumulando aumento de mais de 60% em 2016, quando comparado a 2015, atingindo mais de 400 mil toneladas entre granel sólido e carga geral. Durante o trimestre foram movimentadas 701 embarcações que levaram e trouxeram cargas de diversas rotas comerciais. China, Coréia do Sul, Irã, Estados Unidos e Vietnã, respectivamente de 1° a 5º lugar, foram os países que mais receberam cargas do Porto do Rio Grande. Os países que mais enviaram produtos ao porto gaúcho, pela ordem, foram: Argentina, Argélia, Arábia Saudita, Estados Unidos e Alemanha. Do total movimentado as exportações somam 3.690.882 toneladas e as importações, 1.190.866 toneladas.

11 11


portos e terminais

PORTONAVE TEM ALTA NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES O aumento foi de 37% no primeiro trimestre de 2016 A Portonave – o Terminal Portuário de Navegantes - movimentou, no primeiro trimestre de 2016, 202.582 TEUS (medida que equivale a contêiner de 20 pés) – um crescimento de 37% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentados 147.680 TEUS. Com os resultados ele se consolida em um cenário competitivo e lidera a movimentação de contêineres em Santa Catarina, estado com tradição portuária.

A Portonave é responsável por 54,5% da participação de mercado catarinense – segundo fonte Datamar (jan-fev/2016)

12 I revista inport I Edição 19 I mAIO E JUNHO

Produtividade em alta

A produtividade é um indicador que a Portonave vem se destacando e melhorando os seus números. Além de deter o recorde sulamericano, com 270,4 mph (movimentos por hora), desde outubro de 2014, o Terminal alcançou no primeiro trimestre de 2016 a média de 111,6 mph por navio e 37,3 mph por guindaste.

foto PORTONAVE, DIVULGAÇÃO

Os números são resultado da conquista de novos parceiros comerciais no segundo semestre de 2015: seis novas linhas marítimas passaram a operar no Terminal, o que aumentou a oferta de transporte para mercadorias importadas e exportadas – com destaque para as carnes congeladas e a madeira. O crescimento se deu também em virtude do início de operação de uma linha de cabotagem – a Log-In – que começou a operar no Terminal no segundo semestre de 2015. Em agosto de 2015, a Companhia finalizou a obra de expansão, dobrando a capacidade de armazenagem de contêineres do terminal – que hoje é o maior em área no Estado – de 15 mil para 30 mil TEUs. O Terminal concluiu na última semana o processo de eletrificação

dos RTGs, substituindo o diesel por energia elétrica na operação dos seus 18 guindastes de pátio. A troca vai proporcionar uma redução de 62% no consumo de diesel no Terminal e 98% nas emissões de CO² deste tipo de equipamento. A Iceport – Câmara frigorífica que pertence à Portonave – registrou um estoque médio de 89% neste primeiro trimestre de 2016. A movimentação na Câmara foi de 117.839 toneladas. Os principais produtos estocados na câmara são batata frita e carnes congeladas.


~

/valecomdistribuidora


SEGURANÇA PORTUÁRIA

PROSEGUR INVESTE NO SEGMENTO DE CARGAS ESPECIAIS

foto PROSEGUR, divulgaçao

O destaque é o caminhão plataforma, onde os clientes da companhia podem carregar o seu próprio contêiner Em continuidade à parceria com a Scania, iniciada em 2015, a companhia trouxe uma novidade no segmento de cargas especiais. Trata-se de um caminhão plataforma, composto por uma cabine e uma plataforma, onde o próprio cliente coloca o seu contêiner. A Prosegur fica responsável pelo transporte com o diferencial de contar com toda tecnologia embarcada para este serviço, além de reunir todos os fornecedores necessários para esse tipo de transporte em uma única empresa, reduzindo custos. “Esse é mais um diferencial que a Prosegur passa a oferecer para seus clientes dentro do segmento de cargas especiais”, afirma Alessandro Abrahão, diretor-geral de Logística de Valores da Prosegur. A área específica para o transporte de cargas especiais da Prosegur foi criada após a publicação da portaria 781/2010, que regulamenta esse tipo de transporte pelas empresas de segurança. O serviço passou a ser oferecido em 2011, quando a companhia montou uma solução, reunindo todas as fases da operação de transporte de cargas especiais em um único fornecedor, incluindo os serviços de transporte, seguro, gestão de risco, rastreamento, monitoramento e intervenção remota. Anteriormente esses serviços, incluindo a escolta – que nesta opção é dispensável – eram contratados separadamente, o que levava mais tempo e mais riscos, considerando a variedade de interlocutores na operação. A utilização dos mesmos padrões de uma operação 14 I revista inport I Edição 19 I maIO E JUNHO

do transporte de valores nesta solução oferece mais segurança e agilidade ao cliente que contratar o serviço. Dentro de um procedimento padrão, uma empresa de eletroeletrônicos, por exemplo, precisaria contratar várias companhias terceirizadas para cada uma destas fases da operação.

Cargas Especiais em Números Desde que o serviço de Cargas Especiais passou a ser oferecido pela Prosegur, houve crescimento de 425% no número de clientes e 866% em faturamento neste setor da empresa. Em pouco mais de cinco anos, a Prosegur já realizou mais de 4.800 operações em todo o país com sinistralidade zero, o que corresponde a R$ 6,2 bilhões em cargas de alto valor transportadas no período. O bom resultado tem feito com que o segmento ganhe cada vez mais importância para a operação da Prosegur no Brasil. Somente em frota, foram investidos mais de R$ 5 milhões entre 2011 e 2014 e a previsão é que mais R$ 11 milhões sejam direcionados para aquisição de novos veículos até 2017. Em 2015, a frota foi ampliada em 40%, com a aquisição de oito veículos por meio da parceria com a Scania. A frota passou de 19 para 27 caminhões especialmente dedicados atender este setor.


tecnologia

PLATAFORMA REÚNE DADOS DE MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA WebPortos é o novo sistema lançado pela Secretaria de Portos da Presidência da República A movimentação de cargas nos portos brasileiros bateu recorde histórico em 2015, superando 1 bilhão de toneladas pela primeira vez na história. O volume alcançou 1,006 bilhão de toneladas em 2015, 3,9% acima da movimentação de 2014, que totalizou 968,87 milhões de toneladas. Os dados estão na nova plataforma que reúne informações dos portos do Brasil, chamada WebPortos, lançada pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) em fevereiro desse ano. A SEP está otimista com o desempenho dos portos em 2016 e acredita que vá dar continuidade na linha crescente de volume de carga transportada, como ocorreu em 2015, quando bateram recorde, ultrapassando a marca de 1 bilhão de toneladas movimentadas em nossos portos. Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, o novo sistema consolida as informações sobre os portos brasileiros oriundas de diversas fontes, como Antaq, IBGE, Companhias Docas, entre outras. A intenção é continuar agregando mais informações e fazendo aprimoramentos no sistema para que o WebPortos seja uma referência em termos de transparência, com acesso pleno, atualizações permanentes e dados seguros, tudo para orientar a tomada de decisão de investimento. O novo sistema já está aberto para consultas e o link está disponível na página da Secretaria de Portos na internet – www.portosdobrasil.gov.br. O WebPortos também permite ver que 64,58% do comércio exterior realizado por meio de portos no ano passado foi por terminais de uso privado, construídos e explorados diretamente por empresas, com autorização do Poder Público.

Movimentação Total Janeiro a Fevereiro 2016

43,08

milhões de toneladas

Janeiro a Fevereiro 2015

48,14

milhões de Toneladas

Movimentação Total Variação (2015 - 2016)

10,51% Destaques em 2016 58.1% Petróleo

57.2% Minério de ferro

33.25 milhões

82.74 milhões

Granel Líquido

Granel Sólido

O sistema mostra dados de portos públicos, Companhias Docas e terminais privados, como localização e movimentação. A informação sobre carga movimentada pode ser pesquisada por resultado mensal, anual ou acumulado até determinado mês por ano desde 2010. Para mais informações acesse o site https://webportos.labtrans.ufsc.br/Brasil/Movimentacao 15


portos e terminais

TERMINAL DE CONTÊINERES DE PARANAGUÁ INVESTIRÁ R$1,1 BILHÃO EM AMPLIAÇÃO

foto porto paranagua, Divulgacao

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) investirá R$1,1 bilhão em ampliação e modernização. O plano de investimento é uma exigência prevista na nova Lei dos Portos depois da assinatura do contrato de concessão de arrendamento do terminal. Enquanto Presidente, Dilma Roussef assinou a renovação da concessão de arrendamento para mais 25 anos do Terminal de Contêineres de Paranaguá. “Com isso, serão investidos mais R$1,1 bilhão na expansão e modernização do TCP, permitindo dobrar a capacidade de movimentação de cargas”, disse o até então ministro da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República na época, Helder Barbalho. “Estou certo que, com os investimentos que estão sendo autorizados, com a nova poligonal do porto e com as ações que estão sendo construídas faz-se um ambiente adequado para que a movimentação portuária em Paranaguá possa ser cada vez maior”, completou.

16 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

NOVO BERÇO - Com a renovação do contrato de concessão, a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) deverá investir R$540 milhões até o ano de 2018. O restante nos anos seguintes, até chegar a R$ 1,1 bilhão. Em uma primeira etapa estão previstos investimentos para a construção de um novo berço de atracação com 220 metros de extensão, construção 170 mil metros quadrados de retroáreas e quatro dolphins para veículos. Para o Diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, a expansão do Terminal de Contêineres de Paranaguá consolidará definitivamente o Porto de Paranaguá em sua área de influência, permitindo atender os clientes do Porto com preços competitivos e qualidade nos próximos 20 anos. “Estes investimentos irão consolidar Paranaguá como o porto concentrador de cargas do Atlântico Sul, o chamado Hubport, qualificando o Porto para receber todos os navios em escala no mundo. Além disso, a expansão do TCP promoverá ganhos operacionais necessários para reduzir custos logísticos, atraindo novas rotas e armadores para atender todos os continentes diretamente sem escalas”, declarou Dividino.



portos e terminais

2016 e as boas perspectivas Por Paulo César Côrtes Corsi

Presidente do Porto de São Francisco do Sul

18 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

A diretoria do Porto de São Francisco do Sul segue empenhada em atrair novos negócios para o Porto. Em fevereiro, depois de 25 anos, o Porto de São Francisco do Sul voltou a fazer a operação de celulose, movimentando a mercadoria de uma das maiores empresas do país. O Porto de São Francisco do Sul está preparado para receber os maiores navios que chegam à costa brasileira e é um dos mais importantes portos do Brasil. Para se manter competitivo, os investimentos em infraestrutura também não param. Em 2016, serão realizadas obras de dragagem, construção de novos gates, investimento em iluminação, no sistema elétrico e em tecnologia. Peça fundamental para o desenvolvimento de São Francisco do Sul e de Santa Catarina, o Porto possui estabilidade para enfrentar as adversidades econômicas atuais e estará preparado para atender as demandas quando a economia brasileira voltar a crescer.

foto porto PORTO SÃO FRANCISCO, Divulgacao

O Porto de São Francisco do Sul começou o ano de 2016 registrando um aumento significativo na movimentação de cargas. No acumulado do ano, a movimentação total já é 6% superior ao primeiro trimestre do ano passado. Apesar disso, o atual cenário econômico e cambial tem provocado algumas mudanças nos fretes marítimos em toda a costa brasileira. A situação tem influenciado os armadores a repensarem as linhas de contêineres que chegam e saem da costa brasileira. Os terminais de contêineres de todo o Brasil estão registrando uma redução de escalas. Porém, o Porto de São Francisco do Sul é caracterizado por ser um porto de múltiplo uso e o 2º maior do país em movimentação de carga não conteinerizada. Esse diferencial faz com que a operação de outras cargas, como madeira e fertilizantes, mantenha a movimentação do Porto em alta, garantindo o desenvolvimento socioeconômico do município e de Santa Catarina.


INVESTIMENTO

SETOR PORTUÁRIO receberá R$ 51 BILHÕES ATÉ 2042 Investimentos em portos chegam R$ 7,934 bilhões nos últimos cinco meses

R$ 19,67 bilhões em novos

$$$$$$$$$$$$

$$$$$$$$$$$$$$

$$$$$$$$$$$$

$$$$$$$$$

terminais de uso privado (TUPs);

R$bilhões 16,24 em licitações para arrendamentos de áreas para terminais;

R$bilhões 11,11 em renovações de contratos;

R$ 4,26

bilhões em obras de dragagem.

$$$$

bilhões deverão ser assim aplicados:

Nos últimos meses de 2015, a SEP autorizou investimentos de R$ 3 bilhões em nove terminais de uso privado, nos Estados do Rio de Janeiro (3), Espírito Santo (2), Paraná (1), Santa Catarina (1), São Paulo (1) e Rio Grande do Sul (1). Além disso, também foram assinados dois aditivos de contrato, um em Rondônia e outro no Pará, que juntos somam outros R$ 226 milhões em investimento. E foram autorizadas três obras de dragagem, no valor de R$ 619 milhões, no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Nos primeiros meses deste ano, já foram permitidos quatro novos investimentos em terminais de uso privado, que somam R$ 1,399 bilhão. Um no Maranhão, dois no Rio de Janeiro e um em Rondônia. Também foram renovados ou aditivados quatro contratos – Pará, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro –, com compromisso de realização de obras e compras de equipamentos no valor de R$ 690,94 milhões. E foram publicados os editais de licitação de seis áreas para instalações portuárias no estado do Pará, que demandarão obras e equipamentos no valor de R$ 1,67 bilhão.

$$$$$$

R$ 51,28

INVESTIMENTOS AUTORIZADOS DESDE 2015

$$$$$$$$$

A maior parte dos investimentos previstos para serem realizados no setor portuário brasileiro nos próximos anos será da iniciativa privada. A estimativa é que 92% (R$ 47 bilhões) sejam investidos por empresas privadas, cabendo ao setor público R$ 4,26 bilhões.

$

O setor portuário vem atraindo o interesse dos empreendedores e os primeiros resultados já começam a aparecer. Nos últimos cinco meses já foram autorizados investimentos de R$ 7,934 bilhões. Esse volume corresponde a 15% dos R$ 51,28 bilhões previstos para serem aportados neste segmento logístico até 2042. De acordo com o Plano Nacional de Logística Portuária 2015-2018 (PNLP), o volume de recursos a ser usado em novas construções, obras de reparo e para compras e manutenção de equipamentos é para fazer frente ao crescimento de 92% na demanda por serviços em portos marítimos nos próximos anos.

19


TUDO O QUE ร SIMPLES DEIXA DE SER, QUANDO SE SABE

MAGINAR Na Editora Crie desenvolvemos publicidade, eventos, jornalismo e projetamos o seu livro. Faรงa um orรงamento: crie@editoracrie.com.br


A REVISTA INPORT É UM PRODUTO DA CRIE EDITORA


portos e terminais

PORTO DE IMBITUBA BATE O RECORDE OPERACIONAL PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVO

foto PORTO DE IMBITUBA, divulgação

O Porto de Imbituba encerrou o mês de março com a quebra do recorde de movimentação de cargas: foram mais de 504.000 toneladas no mês. Na história do Porto essa é a maior movimentação já registrada em um mês. O recorde anterior era de fevereiro de 2016, com 421.430 toneladas. Nos três primeiros meses deste ano, o Porto de Imbituba apresenta um crescimento de 100% com relação ao primeiro trimestre do ano passado, encerrando todos os meses com movimentação superior a 400 mil toneladas e pela primeira vez alcançando a marca das 500 mil. O número de navios atendidos em 2016, até o final do mês de março, chega a 63 e a movimentação total do primeiro trimestre supera 1.300.000 tonela-

22 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

das. Entre as principais cargas movimentadas estão os granéis agrícolas como milho, soja e trigo e os granéis minerais. A expectativa é que, neste ano, o Porto de Imbituba alcance a marca de 4,5 milhões de toneladas movimentadas um crescimento de 30% com relação ao exercício de 2015.

504.000 toneladas no mês de março.


FÓRUM

ITAJAÍ SEDIA ENCONTRO DE PORTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA O encontro reuniu representantes de portos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor, além do Brasil. Itajaí sediou a 9ª edição do Congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa. Em pauta, temas como a facilitação do Comércio Exterior, capacitação profissional, regulação econômica das atividades marítima e portuária, cabotagem entre outros, foram abordados no Encontro. A ideia é reforçar os laços de cooperação e aumentar as trocas comerciais de bens e serviços entre os países que têm o português como língua oficial. Para o Palestrante no Encontro, o advogado e professor da Univali e da UFSC, Osvaldo Agripino, que é Pós-Doutor em Regulação de Transporte e Portos por Harvard, o tema Regulação é importante, já que, segundo ele, não há como os portos e terminais crescerem sem que haja a regulação dos armadores estrangeiros pela Antaq. Isso porque, no caso do Brasil, a Constituição determina que o transporte aquaviário - tanto o de empresas brasileiras quanto estrangeiras - se dará mediante Outorga de Autorização, ou seja, o armador precisa ter uma licença da Antaq, tal como confirmado em parecer recente do Ex-Ministro do STJ e advogado, Dr. Joaquim Barbosa. “Sem registro na Antaq, não há controle do Estado, nem defesa da concorrência e dos usuários. Os armadores estrangeiros operam com navios registrados em países de conveniência, como Panamá e Libéria, onde essa regulação é inexistente, mas se submetem à regulação econômica em países como EUA e União Europeia. Aqui, e na maior parte dos países de língua portuguesa, operam sem qualquer regulação econômica, com práticas e cobranças abusivas como o THC e preços extra-frete. A grande discussão está em aumentar a competitividade dos portos, atrair os usuários. Esse é o maior ativo de um porto, contudo, sem regular o principal

Player que é o armador, o mercado fica desequilibrado, não há previsibilidade e modicidade. É como enxugar gelo”, diz Agripino. De acordo com Agripino há uma inconstitucionalidade na política da Antaq. Assim, por mais que os terminais reduzam os custos dos seus serviços, não conseguirão equilibrar o mercado. Como o armador está fora de controle e atua numa indústria de rede transnacional, através de seus agentes intermediários, ele cobra serviços sem qualquer registro e regulação do Estado. “A minha tese no congresso, e que foi bastante discutida, é que é possível uma cooperação com esses países de língua portuguesa para criação de uma política comum para ter essa regulação do armador estrangeiro e desenvolver uma frota mercante com rotas regulares entre esses países”, revela Agripino. Há uma vulnerabilidade nas economias dos países de língua portuguesa muito grande, principalmente no Brasil onde 95% do Comércio Exterior é feito por navios e menos de 1% por navios de bandeira brasileira. “Eu não defendo que nós temos que ter 100% da frota composta por navios de bandeira brasileira, mas acho interessante e possível pelo menos o País ter uma parcela desse mercado em navios próprios. Essa dependência total é uma vulnerabilidade enorme da nossa economia. É um problema de falta de soberania. Não há como comandar a economia do mundo, sem comandar o transporte: estamos fora do mundo”, conclui Agripino. Nos últimos anos, as conferências ocorreram em Lisboa (Portugal), Rio de Janeiro, Mindelo (Cabo Verde), Luanda (Angola), Lobito (Angola) e Maputo (Moçambique). 23


SEGURANÇA

CORINGA PARTICIPA DE UMA DAS PRINCIPAIS FEIRAS MUNDIAIS DE SEGURANÇA A 11ª edição da ISC Brasil - International Security Conference & Exposition, foi realizada na Expo Center Norte em São Paulo (SP) A Coringa – empresa especializada em Segurança nhecer as inovações em produtos e serviços para – participou no mês de março de uma das mais im- segurança, comparar seus diferenciais e selecionar portantes feiras de segurança do mundo: a ISC Bra- as soluções mais adequadas a serem utilizadas em sil. A Conferência anual desse ano contou com mais nossos projetos”, diz Fabrício Carniel, Diretor Técnide 60 palestras. Representada pelo Diretor Geral da co da Coringa. Empresa, Paulo Geraldo Collares Filho e pelo Diretor Técnico, Fabrício de Melo Carniel, alguns produtos A Organizadora do Evento é a Reed Exhibitions Alcantara Machado. Criada em 2007, a Reed é repuderam ser analisados. sultado da joint-venture Entre eles, as Câmeras entre a maior promotora speed dome de alta rede feiras do mundo e a solução e longo alcanA próxima edição da feira e do maior da América Latice, Câmeras térmicas, na, a Alcantara Machacongresso está programada para o Câmeras 360º/180º, do Feiras de Negócios, Sistemas de análise de período entre os dias 18 a 20 de Abril fundada em 1956 e líder vídeo (LPR, OCR e Face no mercado latino ameRecognition), Drones e de 2017 na cidade de São Paulo/SP ricano. Com eventos outras soluções de vigilância móvel, Sistemas nos setores mais ativos de proteção perimetral da economia, no biênio e para controle de acesso e Sistemas de geração 2010-2011 a empresa realizou somente no Brasil de energia eólica e solar. mais de 56 grandes Feiras de Negócios e ConsuAo todo a Feira contou com mais de 110 expositores mo, ocupando assim o 1º lugar em quantidade de que receberam mais de 20 mil visitantes de vários eventos, volume de visitantes e compradores, e países do mundo. Foram 300 lançamentos e uma metragem total de expositores, dentre as empresas associadas à UBRAFE (União Brasileira dos Promogeração de negócios de cerca de R$ 830 milhões. “A ISC Brasil 2016 foi de suma importância para co- tores de Feira).

Dentre os assuntos abordados destaque para:    

I Fórum de Compras em Segurança Cursos de Certificação Seminário ABSEG Tendências do Mercado de Segurança Eletrônica

24 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

  

Gestão de Processos de Segurança Empresarial Proteção de Executivos Câmeras Inteligentes: Análise Avançada de Vídeo Embarcada

  

Segurança da Informação Integração dos Controles de Segurança Segurança em Shopping Centers


MERCADO

INOVAÇÃO É A PALAVRA CHAVE PARA EMPRESAS SE MANTEREM COMPETITIVAS As novas tecnologias fazem com que as empresas, para poderem sobreviver, criem espaços ouvindo clientes, fornecedores e concorrentes A velocidade a que o mundo evolui - ou se transforma - está diretamente ligada com a evolução tecnológica. Basta recordar que o telefone levou 75 anos a chegar a 50 milhões de pessoas e o iPhone levou apenas 3, por exemplo. Ou que a televisão levou 13 anos e a internet apenas 4. A afirmação é do CEO da Inova Business School, Luís Rasquilha*, que diz ainda que vivemos no que se chama “mundo exponencial” onde a velocidade a que tudo acontece é muito maior do que em gerações anteriores. “Ligado a essa velocidade transformadora, está a necessidade de acelerar nossas decisões de mercado, nossas ofertas e entender como precisamos nos ajustar a essa transformação. Aqui surge a Inovação como uma ferramenta necessária para podermos acompanhar esta transformação. E como cada dia nascem mais empresas e projetos empreendedores, suportados pelos avanços tecnológicos, naturalmente temos mais concorrentes no mercado onde atuamos. E concorrentes à escala global, não apenas na minha cidade ou região”, diz Rasquilha. As empresas, portanto, devem se comportar de uma nova forma diante a essas tecnologias. Para Rasquilha, a tecnologia é apenas um meio. Ele afirma que muitas pessoas pensam que basta ter uma tecnologia X e tudo acontece. Mas isso não é verdade. A tecnologia acelera o processo de ir de um ponto ao outro, mas só por si não garante um resultado. “As empresas precisam estar a par e antenadas com os avanços tecnológicos, mas percebendo quais as tecnologias que mais podem agregar ao negócio. A era que vivemos é, sem dúvida, a era da conectividade e da tecnologia, cada vez mais fácil, acessível, avançada e intuitiva. Ficar fora desse mundo é ficar fora do mercado”, diz Rasquilha. A relação entre fornecedor, cliente, concorrente também mudou ao passar dos anos. “A forma de

fazer negócio está evoluindo, integrando meios físicos e digitais, acelerando a decisão mas também criando novas soluções e ofertas até agora não pensadas”, diz Rasquilha.

O Brasil nesse cenário

O Brasil é considerado um País inovador porém, ineficiente (inovação ineficiente). O que isto significa? Que existem excelentes projetos e empreendimentos que trazem e agregam inovação aos mercado e aos clientes mas eles esbarram em coisas como burocracia, resistência laboral, leis antiquadas, entre outros.

Como ficar por dentro dos novos modelos

Para Rasquilha, a vertente digital é um bom apoio - existem cada vez mais blogues, sites, mídias e diversos elementos que disponibilizam informação (através de newsletters por exemplo) gratuita sobre os temas. Muitas escolas fazem eventos para atualizar o que está acontecendo e existem eventos globais na Europa, EUA, entre outros, que cobrem o tema da tecnologia de forma bem detalhada. Navegar por alguns sites de Tendências, Tecnologia, entre outros, também pode ajudar. A dica do CEO são os sites inovaconsulting.com.br/downloads, olhardigital, ofuturodascoisas, jwt e bcgperspectives. *Luiz Rasquilha, CEO da Inova Business School, recentemente deu uma palestra no Meeting Tendências e Inovação, realizado pelo IEL/SC, entidade da FIESC. O evento marcou o encerramento do projeto Núcleo de Apoio à Gestão da Informação (NAGI), que apoia iniciativas que contribuem para o desenvolvimento científico e tecnológico. Em Santa Catarina, o NAGI é coordenado pelo IEL/SC, que participa da execução em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina e o Instituto Stela. 25


NEGÓCIOS

INTERMODAL SOUTH AMERICA MOVIMENTA O MERCADO Novos negócios, investimentos e debates sobre temas essenciais para os segmentos foram destaques na Feira O País pode contar com as empresas do segmento de logística, transporte de cargas e comércio exterior para superar o ambiente de crise. Imersos em um cenário onde esta palavra é trocada por outras tais como investimentos, negócios e proatividade, as cadeias produtivas destes setores deram, durante a Intermodal South America, uma demonstração de que é possível retomar com mais celeridade o círculo virtuoso de crescimento. O evento reuniu, entre os dias 5 e 7 de abril, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, 600 marcas expositoras de 25 países e um público qualificado de visitantes, em grande parte executivos com poder

de decisão de compra. “Esta 22ª edição da Intermodal contribuiu para que as empresas pudessem ter a certeza de que um ambiente de crise pode ser superado com mais investimentos e ousadia. A capacidade de recuperação destes setores é notável e a nossa missão é de justamente fomentar e ampliar o sucesso dos negócios dos nossos expositores, promovendo o encontro de interesses e discussões sobre temas essenciais para o desenvolvimento do mercado no país e na América Latina”, afirma Jean-François Quentin, Presidente da UBM Brazil, que promove a Feira.

Setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior estão prontos para ajudar o país a retomar o círculo virtuoso de crescimento

fotos freeimages.com, divulgação

26 I revista inport I Edição 19 I maio e junho


>>

>>

Sobre a Intermodal South America A Intermodal South America é o maior evento das Américas direcionado para os setores de transporte de cargas, logística e comércio exterior. Realizada há mais de 20 anos, a feira é considerada uma plataforma de negócios que reúne em três dias, os principais players do setor com o objetivo de fomentar negócios e parcerias e dar suporte ao desenvolvimento e aprimoramento tecnológico dos setores que congrega. Em sua última edição, reuniu mais de 600 marcas expositoras de 25 países e atraiu 48 mil visitantes. Em 2016, a Intermodal aconteceu entre os dias 4 e 6 de abril, das 13h às 21 horas, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). foto portonave, divulgação

Movimento em defesa das ferrovias é lançado durante a feira Um grupo que abrange mais de 350 executivos do setor ferroviário lançou com exclusividade, durante a Intermodal South America, o Movimento “Trilhos pelo Brasil”, que tem como objetivo definir uma pauta que realmente identifique os gargalos das ferrovias para a formatação de uma carta ao governo, com ações e sugestões para uma efetiva solução para os problemas do segmento. “Nos questionamos porque o sistema está travado e porque as ferrovias não vão além do imaginado. A partir desse princípio, nos reunimos e nos dividimos em seis temas que consideramos primordiais: transporte de cargas, transporte de passageiros, marco regulatório, linhas curtas, investimentos e, o principal deles, porque os projetos já existentes estão sofrendo tantas interferências”, afirmou o diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e presidente de Seção da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Rodrigo Vilaça.

Portonave promove encontro com clientes A Portonave esteve presente com estande para recepcionar clientes, parceiros e Imprensa. O Terminal aproveitou o evento para divulgar a maior movimentação por escala do Terminal, realizada nos dias 3 e 4 de abril. Durante a operação do navio CMA CGM Congo foram feitos 2.908 movimentos. Para o diretor-superintendente Osmari de Castilho Ribas, o evento favorece novos negócios e é uma oportunidade para networking. “A Feira permite receber clientes e estabelecer novos contatos importantes, como um dos terminais líder na movimentação do país a Portonave atrai muitos visitantes”, comenta Castilho. 27


NEGÓCIOS

Porto Itapoá recebe mais de 1000 clientes na Intermodal 2016 foto porto de itapoá, divulgação

Com menos de cinco anos de operação, o Terminal que já figura entre os seis maiores do País, participou pela quarta vez da Feira Intermodal. Toda a equipe comercial, marketing, além da Diretoria do Terminal, atenderam durante os três dias da feira mais de 1000 clientes, parceiros e prospects. Localizado na Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina, com mais de 500 mil TEUs (unidade padrão para contêiner de 20 pés) movimentados por ano, o terminal conta com cais de 630 metros de comprimento (calado de 16 metros) e pátio de 156 mil metros quadrados. A localização privilegiada do terminal, próximo a grandes centros produtores, como Curitiba e Joinville, e servido por eficiente malha rodoviária, garante diferencial logístico ao Terminal, que tem como controladores a Aliança Navegação e a Portinvest (Logz Logística Brasil S/A e o Grupo Batistella). O crescimento de suas operações foi tão relevante, desde 2011, que está em marcha o projeto de expansão. Com o projeto, previsto para iniciar ainda neste semestre, o Porto Itapoá terá capacidade para movimentar 2 milhões de TEUs ano, numa estrutura que passará a contar com o cais 1.200 metros de extensão, e pátio de 450 mil metros quadrados.

Porto de Imbituba comemorou novo recorde

28 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

fotos porto de imbituba, divulgação

O Porto de Imbituba também esteve presente na Feira. Na oportunidade, a equipe aproveitou para comemorar o novo recorde de movimentação de cargas – mais de 504 mil toneladas movimentadas no último mês de março. É o maior número já registrado na história do porto e um novo marco para a instituição. O número divulgado anteriormente, que marcava 498.355 toneladas, foi atualizado, pois a Receita Federal liberou mais um lote de carga.


>>

>>

Poly Terminais apresenta as operações e os serviços do Grupo foto poly terminais, divulgação

A Poly Terminais levou para Feira todo o know-how do Terminal. O Gerente de Projetos da Poly Terminais, Christian Totino, avaliou a participação na Feira de modo muito positivo. “Conseguimos consolidar as principais marcas do grupo no maior evento do segmento de logística da América Latina”, diz Totino. Através do estande e de uma equipe formada por 15 pessoas representando as três empresas do Grupo, a Poly Terminais apresentou as operações e os serviços do Terminal Portuário e do recinto alfandegado, a Poly Flex apresentou os serviços e operações do armazém geral, ECommerce e distribuição, além de mostrar os serviços de logística e fretes internacionais por meio da Poly Cargo. “Nosso objetivo para este ano foi apresentar para o mercado nacional e internacional as principais empresas do grupo e os serviços que cada uma presta. Não se trata apenas de avaliar quais ou quantos negócios concretos podem ser gerados no evento em si e sim possibilidades de negócios que se abrem a partir da participação”, revela Totino.

Porto de São Francisco do Sul marca presença no Evento foto porto de são francisco do sul, divulgação

O presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, ressaltou a importância da participação na Feira. “A Intermodal proporciona o encontro de todos os envolvidos no setor portuário, possibilita a prospecção de novos negócios e o debate das temáticas do setor, como tendências para combater a crise econômica e a alta do dólar”, destaca Corsi. Paulo Corsi também foi um dos palestrantes do Evento. Ao lado da Diretora Jurídica dos Portos de Paranaguá e Antonina, Jacqueline Wendpap, e do Presidente da FENOP, Sérgio Aquino, Corsi falou sobre as novas mudanças na delimitação da área portuária e como solucionar as polêmicas geradas na definição das poligonais dos portos. De acordo com o Presidente, a participação na Intermodal está no calendário da instituição e é essencial para enfatizar a capacidade do Porto, estreitar o relacionamento com clientes e parceiros e para a prospecção de novos negócios. Em um dos momentos da Feira, Corsi recebeu no estande do Porto representantes do armador norueguês Gearbulk e do operador portuário Seatrade. Em reunião, eles reafirmaram um acordo operacional para dar continuidade ao projeto de expansão da carga geral no porto público com ênfase na celulose, segmento que o Porto voltou a operar em fevereiro deste ano. 29


NEGÓCIOS

Prosegur apresenta soluções integradas para ampliar segurança nos portos

Coringa também participa da Intermodal A Coringa, empresa de Segurança localizada em Florianópolis (SC), também esteve presente na Intermodal. Fabrício Carniel, Diretor Técnico da Empresa, visitou a feira e participou dos Seminários Político Econômico, Intralogística e Innovative Supply Chain e também da InfraPortos South America. Para ele, entre os assuntos abordados destacaram-se o pacote de investimentos anunciado pelo Governo Federal para atender a demanda de infraestrutura nos transportes e portos do País, a cadeia de abastecimento e as tendências e inovações para aprimorar a gestão da

30 I revista inport I Edição 19 I MAio e junho

cadeia de suprimentos. “Por ser o maior evento das Américas direcionado para os setores de transporte de cargas, logística e comércio exterior, essa plataforma reúne os principais players do setor com o objetivo de fomentar negócios e parcerias e dar suporte ao desenvolvimento e aprimoramento tecnológico dos setores que congrega. Por esse motivo esperamos que a Feira atue como um agente, contribuindo para o incremento do volume de negócios de nossa empresa neste segmento”, diz Fabrício Carniel, Diretor Técnico da Coringa.

foto prosegur, divulgação

A Prosegur, empresa líder de segurança privada no Brasil e única do setor presente em todo território nacional, conta com uma ampla oferta de soluções integradas para o segmento de portos, que vai desde o serviço de vigilância, controle de acesso, rondas perimetrais até equipamentos com alta tecnologia para ampliar a segurança das cargas dentro e fora dos portos. Essas soluções estiveram em exposição na Intermodal South America. Uma das novidades ficou por conta do ASOS Prosegur, um sistema de controle logístico para prevenção de perda de cargas. Trata-se de um software, desenvolvido pela companhia na Espanha que acaba de chegar ao Brasil, com a finalidade de oferecer, uma auditoria da carga transportada e com mais segurança e garantir que a quantidade enviada chegue apropriadamente ao seu destino. A Prosegur também levou para a Intermodal a sua já tradicional solução para prevenir o risco de perdas durante o trajeto de transporte de cargas. Trata-se do Proteus, uma trava para a porta de container equipada com alta tecnologia para monitoramento e rastreamento (GPS, sensores de movimento, abertura e fechamento de portas, alertas de saída de cobertura, movimentação, etc.) que possibilita o monitoramento constante durante o deslocamento, reduzindo os riscos e custos da operação.


Rua Arnoldo Lopez Gonzaga, 507 Barra do Rio - ItajaĂ­ - SC - CEP 88.305-570 Fone: +55 (47) 3406-9100 www.barradorio.com.br


TECNOLOGIA

CBES ENTREGA MAIS UMA OBRA DENTRO DO PORTO DE IMBITUBA Todo o processo de implementação do sistema foi feito em atendimento às exigências da CONPORTOS, CESPORTOS, ANTAQ e contemplando as Normas da Receita Federal e do ISPS Code

TRABALHOS REALIZADOS

do pátio; ••Iluminação CFTV - Sistema circuito fechado de TV do perímetro, das áreas •Monitoramento vulneráveis, do fluxo de pessoas e das atividades de acesso ao recinto, tendo como •Controle objetivo a entrada e saída de pessoas, limitando o acesso aos ambientes controlados e às áreas restritas; Instalação de alarme sonoro, auxiliando na segurança do ambiente de trabalho ambiente de trabalho

Elaboração de Projetos de Segurança Portuária

O projeto serviu para adequar a empresa às proposições e recomendações do Código Internacional de Segurança, para a Proteção de Instalações Portuárias adotado pela Resolução n° 03/2003 da CONPORTOS. 32 I revista inport I Edição 19 I maIO E JUNHO

foto Lukas Merkevicius, freeimages.com

O projeto de iluminação do pátio e o projeto do ISPS Code da empresa localizada dentro do Porto de Imbituba, Fertisanta Fertilizantes Santa Catarina, foram dimensionados aos requisitos técnicos de transmissão dos equipamentos instalados, bem como a nova iluminação do pátio.

O corpo técnico da CBES trabalha com o princípio de que um bom projeto deve reunir bons produtos, sistemas seguros e de fácil manutenção. O Sistema como um todo tem que ter uma vida útil adequada ao ambiente extremamente agressivo, como por exemplo, umidade, salinidade, ventos entre outros, considerando as variações climáticas de cada região do país. O objetivo é desenvolver projetos para atender às exigências do ISPS Code e da Legislação Aduaneira. Por isso, o Corpo Técnico especializado – engenheiros, arquiteta e técnicos treinados – trabalham com equipamentos e tecnologias de ponta e de fácil manutenção.



entrevista

O INGRESSO DE NOVAS EMPRESAS NO COMÉRCIO EXTERIOR Saber como está o cenário atualmente, realizar alguns procedimentos burocráticos e participar de treinamentos em negociações podem ajudar os empresários a entrar nesse mercado cada dia mais promissor. A Revista Inport entrevistou o Gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior da FIEP , Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Reinaldo Tockus, que ajuda a esclarecer as dúvidas O primeiro passo para quem deseja criar uma empresa de importação e exportação é a habilitação. Como funciona esse processo? RT: Uma vez a empresa constituída e legalizada, deverá ser providenciada a habilitação para utilizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), também conhecida como habilitação (ou senha) no Radar. Esta habilitação consiste no exame prévio daqueles que pretendem realizar operações de comércio exterior. Quais as dicas para se escolher a finalidade da empresa? RT: A principal preocupação de uma empresa deverá ser a fidelidade ao seu "core competence", de forma a entregar ao mercado aquele produto ou serviço que melhor tem para oferecer. Aventuras de ocasião e bons negócios não são compatíveis.

foto fiep, divulgação

34 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

Os treinamentos em negociação são importantes em sua opinião? Por quê? RT: Os treinamentos em negociações e em relacionamento interpessoal são altamente necessários para o sucesso nas negociações, pois aumentam a autoconfiança e a segurança do negociador frente às inúmeras dificuldades que surgem durante a construção de um negócio bem realizado.


Quais outros conhecimentos fundamentais que os empreendedores precisam ter nessa área? RT: Um dos principais conhecimentos é a formação dos preços de exportação, onde consideramse todos os fatores colaterais da atividade, como: tributação nacional e internacional, regras de origem, fitossanitarias etc. Quais os riscos e vantagens dessas empresas? RT: Em toda atividade negocial existem riscos de diversas ordens, que devem ser considerados desde o início, como os entraves burocráticos, documentais, logísticos e culturais, que podem fazer o insucesso da operação comercial.

Quais principais produtos hoje exportados e importados no País? RT: Com a alta do dólar, as importações ficaram bastante prejudicadas, portanto, apenas aqueles produtos essenciais continuam viabilizados economicamente. Por outro lado, houve uma franca expansão das possibilidades para a exportação, em praticamente todos os segmentos, em especial os manufaturados. Destacamos como potenciais segmentos, os alimentos de qualquer natureza, confecções, têxteis, madeira e derivados, softwares etc.

Quanto, em números, esse tipo de negócio movimenta hoje? RT: A exportação no PR representa hoje cerca de 8% do total brasileiro, porém, A crise no mercado interno Qual a logística de aproximadamente 80% são trouxe uma grande janela de uma empresa nesse seprodutos da agroindústria, tor? o que deixa muito espaço oportunidades para quem deseja RT: Importação e exportapara o crescimento dos exportar, pois a desvalorização do ção possuem as mais vademais produtos industriariadas modalidades logístireal fez os nossos produtos muito lizados no estado, ou seja, cas, que vão da utilização uma ótima oportunidade atrativos para o mercado externo. dos Correios até os mais para boa parte das indúsdiversos modais de transtrias no Paraná. Estimamos porte, que podem implicar em cerca de 10mil potenfortemente nos resultados ciais novos exportadores dos negócios. a entrarem para essa estatística, o que seria excepcionalmente bom para a economia e para a sociedade paranaenses. Com o atual cenário político e econômico como você analisa o mercado relacionado ao Comércio Exterior? Algo mais para ressaltar? RT: A crise no mercado interno trouxe uma granRT: Existem inúmeras oportunidades para as pede janela de oportunidades para quem deseja quenas, médias e microempresas no mercado exportar, pois a desvalorização do real fez os externo, que devem ser consideradas pelos seus nossos produtos muito atrativos para o mercado dirigentes, pois historicamente sabemos que o externo. Aconselha-se utilizar essa grande opormercado internacional é bastante estável e de tunidade para fazer do comércio exterior uma baixíssima inadimplência, dando sustentação aos opção permanente nos negócios da empresa, esindicadores comerciais de uma empresa. A hora pecialmente daquelas que estão iniciando nessa é agora, de buscar o sucesso no exterior. interessante atividade. 35


portos e terminais

FERTISANTA INICIA OBRA DE 40 MILHÕES DE REAIS NO PORTO DE IMBITUBA No mês de março, a Fertisanta assinou o contrato de execução da obra de construção de um armazém graneleiro no Porto de Imbituba Na presença dos administradores e conselheiros do Porto de Imbituba, a Fertisanta oficializou o contrato de execução de uma das obras mais importantes para a empresa: a construção de um armazém graneleiro que irá ocupar uma área de cerca de 12.000 m2. O terminal contará com um sistema totalmente automatizado que vai desde a recepção até a expedição. Com isso se espera uma maior produtividade e menos desperdício do produto. “O canteiro de obras já foi instalado e todas as licenças inerentes já estão em fase de conclusão”, diz Beto Martins, Diretor da Fertisanta. A obra terá início neste mês de maio. A nova estrutura, orçada em 40 milhões de reais, será dividida em duas células, totalmente mecanizada e com capacidade estática para 80.000 t. A obra civil está a cargo da Stein Construtora e da BPM prémoldados, já a parte de equipamentos com a Industrial Pagé e os tombadores com a empresa Saur. A expectativa é que o novo armazém fique pronto para poder operar em janeiro de 2017, com uma recepção mínima / dia de 6.000 t e expedição em torno de 12.000 t . “Uma vez funcionando, certamente será uma estrutura fantástica e única para movimentação de grãos em Imbituba. Ela alavancará ainda mais o desenvolvimento do nosso único porto em atividade no Sul do Estado”, conclui Beto. 36 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

Após fechar um contrato de cinco anos com um grande player nacional do mercado de grãos, a Fertisanta deve movimentar até 2021 três milhões de toneladas de grãos – no mínimo - em função desse compromisso


S O L UÇÕ E S D E ALTA TE CNO LO G IA

EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES DE ALTA TECNOLOGIA PARA A SEGURANÇA PORTUÁRIA A VMI Sistemas de Segurança, empresa brasileira, com 31 anos de experiência na fabricação de equipamentos de raios X, produz na cidade de Lagoa Santa (MG), soluções de alta tecnologia para ampliação da segurança nacional em nichos de mercado como Portos, Aeroportos, Presídios, IML´s, Tribunais, Fábricas, Centro de Distribuição, Eventos, dentre outros. Com uma gama de soluções que contemplam equipamentos de raios X para inspeção de bagagens de diferentes tamanhos; cargas e veículos de diferentes dimensões e inspeção de pessoas, a VMI oferece ao mercado nacional e internacional o que há de mais atualizado em termos de alta tecnologia para ampliação da segurança nacional e internacional. Única fabricante do hemisfério sul do mundo, a empresa oferece também em seu portfólio uma gama de serviços completos, sendo: operação de equipamentos de grande e pequeno portes, com mão de obra altamente qualificada e serviços de manutenção local com equipes alocadas em todos os vinte e sete estados brasileiros. Em função de ser a única fabricante nacional de equipa-

mentos de raios x para a área de segurança, a VMI possui o melhor custo x benefício em suas ofertas, principalmente em função do seu processo de produção básico (PPB), benefício existente no país para fomento da indústria nacional. Ela possui para sua linha de fabricação financiamento via BNDES FINAME, facilitando ainda mais a forma de pagamento com redução dos custos financeiros para as soluções que oferece aos clientes. “A fabricação de equipamentos nacionais demonstra que o Brasil está apto a ser independente, pois temos no país, além da produção, a manutenção dos equipamentos de forma local na região sul, sudeste, nordeste e em estados das regiões norte e centro-oeste, e operações de baixa e alta energia, demonstrando que a tecnologia nacional está a cada dia ganhando seu espaço e mostrando seu potencial e suas vantagens. Hoje atuamos em todos estes mercados e temos um resultado positivo e clientes satisfeitos com o retorno propiciado”, diz Otávio Moraes, Presidente da VMI. A equipe possui mais de 500 funcionários qualificados para oferecer aos clientes o que há de melhor em termos de equipamentos e serviços.

Conheça um pouco mais da VMI soluções:

LOC OO A SPECTRUM100100 é um equipamento de inspeção por raios x de última geração, desenvolvido para avaliação de bagagens e cargas de pequeno e médio portes, com tecnologia de dupla energia. Sua alta tecnologia, design moderno e ergonômico proporcionam grande eficiência e precisão nos processos de inspeção. É ideal para inspeções de alimentos, bagagens despachadas nos aeroportos, estações rodoviárias, metroviárias, presídios, terminais de cargas e passageiros, portos, estádios, grandes eventos, dentre outros.

SPECTRUM150180 é um avançado sistema de inspeção que utiliza a tecnologia de raios x para garantir a eficácia na identificação de objetos e materiais ilícitos. Projetado para avaliação de cargas de maior volume e paletes, possui tecnologia Dual Energy que é capaz de identificar diferentes tipos de materiais, como por exemplo: orgânicos, inorgânicos, metais e líquidos, em diferentes colorações no processo de geração da imagem. É indicado para operação em portos, aeroportos, alfândegas, estações ferroviárias, empresas logísticas, dentre outros.

SPECTRUMCARGO é o que há de mais avançado e eficaz no mercado para inspeção de cargas, contêineres e veículos. Com sua tecnologia Dual Energy, aliada a uma penetração de 300 mm em aço, é capaz de identificar diferentes tipos de objetos ou ilícitos existentes nas cargas avaliadas. Nas imagens geradas por raios x, possui identificação automática, em diferentes colorações, dos diversos tipos de materiais constantes das cargas inspecionadas. É um equipamento eficiente com capacidade de inspeção de até 180 veículos por hora.

*Todos os equipamentos apresentados acima atendem ao Ato Declaratório Executivo COANA 19 da Receita Federal

VMI SISTEMAS DE SEGURANÇA

contato@vmis.combr

www.vmis.com.br

Av. Hum, 55 – Distrito Industrial Genesco Aparecido de Oliveira – Lagoa Santa / MG – Brasil – CEP 33400-000 – fone: +55 (31) 3622.0470 / 3622.0124


SEGURANÇA

AUDITORIAS DA CESPORTOS/SC APONTAM FALTA DE TREINAMENTOS NA ÁREA DA SEGURANÇA Das 10 Instalações Portuárias auditadas pela Comissão Estadual nenhuma cumpriu plenamente às exigências de treinamentos previstas no ISPS Code As Auditorias nos Portos e Terminais certificados como cumpridores do ISPS Code deveriam ter sido iniciadas em 2009 - cinco anos após a exigência da aplicação do ISPS Code. Aqui em Santa Catarina as Auditorias coordenadas pela CESPORTOS, com participação da ANTAQ e sob supervisão da CONPORTOS iniciaram somente em 2012. De 2012 até 2016, já foram auditadas 10 Instalações Portuárias em Santa Catrina, sendo dois Portos e oito Terminais Privados. Para o Coordenador da CESPORTOS/SC, Reinaldo Garcia Duarte, é lamentável que tenha sido constatado nas visitas, nas inspeções e sobretudo nas auditorias, a falta de um treinamento contínuo e integrado de todos os envolvidos na segurança das instalações portuárias em Santa Catarina.

“Apesar dos grandes investimentos verificados na maioria dos Portos e Terminais do Estado, e de todas as recomendações da CESPORTOS/SC, lamentavelmente, das dez instalações portuárias catarinenses auditadas pela Comissão e pela ANTAQ, desde 2012, nenhuma atendeu plenamente às exigências relativas à realização de Treinamentos, Simulados e Exercícios nos termos estabelecidos pelo ISPS Code”, diz Reinaldo. Em 2013, após visitar o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, o Oficial Steve Barry, da U.S. Coast Guard, em seu artigo na Edição de maio da Revista INPORT, destacou que o treinamento contínuo é fundamental e que o sucesso das ações de respostas em um incidente de segurança estão ligadas diretamente às lições apreendidas a partir de treinamentos e exercícios realizados.

O Item 18.1. do ISPS Code, Parte B, estabeleceu que o funcionário de proteção das instalações portuárias e o pessoal apropriado envolvido na proteção das instalações portuárias deverão ter conhecimento e receber treinamento, levando em conta as diretrizes constantes da parte B deste Código. No 18.2 ficou estabelecido que o pessoal das instalações portuárias com funções específicas relacionadas com a segurança deve ter conhecimento ou receber treinamento sobre alguns ou todos os assuntos abaixo: 1. Conhecimento das ameaças e padrões atuais de segurança; 2. Reconhecimento e detecção de armas, substâncias e dispositivos perigosos; 3. Reconhecimento de características e padrões de comportamento de pessoas que possam representar uma ameaça à segurança; 4. Técnicas utilizadas para lograr medidas de segurança; 5. Gestão de multidões e técnicas de controle; 6. Comunicações relacionadas à segurança; 7. Operações dos sistemas e equipamentos de segurança; 38 I revista inport I Edição 19 I maio e junho


8. Testes, calibração e manutenção dos sistemas e equipamentos de segurança; 9. Técnicas de inspeção, controle e monitoramento; e 10. Métodos de revista física de pessoas, objetos pessoais, bagagem, carga e provisões do navio. E, no Item 18.3. o Código, Parte B, ainda estabelece que todo o pessoal das instalações portuárias deve ter conhecimento e estar familiarizado com as disposições relevantes do Plano de Segurança, em alguns ou todos os assuntos abaixo: 1. O significado e consequentes requisitos dos diferentes níveis de segurança; 2. Reconhecimento e detecção de armas, substâncias e dispositivos perigosos; 3. Reconhecimento de características e padrões de comportamento de pessoas que possam representar uma ameaça à segurança; e 4. Técnicas utilizadas para lograr medidas de segurança.

Na legislação brasileira – os treinamentos, simulados e exercícios estão disciplinados pela RESOLUÇÃO 12/2003 da CONPORTOS. De acordo com Reinaldo, na elaboração dos Planos de Segurança Portuária, as Organizações de Segurança devem contemplar em seu Item 4.10 ao menos aquilo que foi estabelecido pelo ISPS Code (figura abaixo), no que diz respeito aos treinamentos de modo geral. A Instalação Portuária deverá demonstrar o cumprimento

JAN FEV MAR ABR MAI SIMULADO

| Um a cada 3 meses |

SIMULADO

| Um a cada 3 meses |

JUN

dessa diretriz nas Inspeções de rotina da CESPORTOS/SC, realizadas juntamente com a ANTAQ, e dos treinamentos da forma com que foi descrito no Plano de Segurança aprovado pela CONPORTOS. A pena pelo não cumprimento pode variar de 100 mil até um milhão de Reais por parte da ANTAQ.

JUL AGO SET SIMULADO

| Um a cada 3 meses |

OUT NOV DEZ SIMULADO

| Um a cada 3 meses |

TREINAMENTO

TREINAMENTO

| Um a cada 6 meses |

| Um a cada 6 meses |

Exercícios

| Pelo menos um ao ano (12 meses) com um intervalo NÃO superior a 18 meses entre os exercícios |

39


FOTO ITAPOÁ, DIVULGAÇÃO

portos e terminais

PORTO ITAPOÁ REGISTRA AUMENTO DE VOLUME E DE RECEITA EM 2015 O Porto Itapoá, localizado no Norte de Santa Catarina, registrou um aumento de 14,50% no volume de cargas em 2015, com um total de 548.463 TEUs (medida padrão para contêineres) movimentados, contra 478.982 TEUs em 2014. A receita operacional totalizou R$ 20,4 milhões, superando em 43,13% o lucro de 2014. As movimentações contabilizadas no Terminal incluem operações de longo curso (importação e exportação), transbordo cabotagem, movimentação de contêineres vazios e remoções. A evolução ocorreu tanto no segmento de longo curso, onde houve um aumento de 18,6%, quanto no de cabotagem, onde o acréscimo foi de 38%. Apenas nas operações de transbordo houve pequeno recuo, de 7,3%, sem afetar, contudo, a performance geral positiva. Para a Direção do Porto Itapoá, o bom desempenho, a despeito da crise pela qual passa o País, comprova que o Terminal, em pouco mais de quatro anos de operação, consolidou a sua vocação entre um dos mais importantes portos de cargas conteinerizadas do Brasil. Patrício Junior, Presidente do Porto Itapoá, afirma que “o Terminal tem se destacado não apenas nas crescentes movimentações, mas tem conquistado seu espaço num ambiente de intensa competividade, o que é excelente para o desenvolvimento do País, que valoriza o empreendimento mais eficiente e de melhor performance”. O resultado disso, afirma, “é a satisfação do cliente, uma das premissas do Porto Itapoá”. Outros indicadores de performance no ano passado merecem destaque. Em setembro, o terminal bateu o seu recorde de produtividade, alcançando 145,7 MPH (movimentos por hora) e 37 movimentos por equipamento (por40 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

têiner). Como consequência, Itapoá passa a ser um dos terminais portuários mais eficientes do País, e está entre mais ágeis do Planeta, pelo critério de produtividade medida por MPH, à frente de portos reconhecidos como os melhores do mundo, entre os quais Cingapura, Hong Kong, Roterdam, e Hamburgo. Também no ano passado coube a Itapoá fazer o primeiro embarque de carne bovina brasileira para a China, após o acordo bilateral firmado entre os dois países. E, ainda no ano passado, foi instalada uma unidade do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dentro do terminal, permitindo a redução em 50% no tempo de liberação de cargas. Além disso, teve início em Itapoá o sistema que permite a pesagem das cargas no próprio levante do RTG (guindaste utilizado para movimentar os contêineres dentro do pátio do terminal), o que garante maior economia de tempo, segurança e eficiência às operações. Itapoá é o primeiro terminal da Região Sul do Brasil a contar com este sistema. Localizado na Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá começou a operar em junho de 2011 e hoje é o sexto maior terminal de contêineres do País, segundo a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A localização privilegiada do Terminal, próximo a grandes centros produtores, como Curitiba e Joinville, e servido por eficiente malha rodoviária, garante diferencial logístico ao Porto, que tem como acionistas a Aliança Navegação, a Logz Logística Brasil S/A e o Grupo Batistella.



náutica

Itajaí Sailing Team apresenta novo barco de competição Embarcação desenhada pelo consagrado projetista náutico argentino Javier Soto Acebal pertencia a Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil A equipe do Itajaí Sailing Team - time de vela que representa o município em competições oficiais – apresentou em março, o novo veleiro de competição e o projeto 2016-2018. A embarcação pertencia ao velejador Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze), e será utilizado nas próximas competições do time. A embarcação é um projeto do consagrado projetista náutico argentino Javier Soto Acebal e construído no estaleiro MBoats, em Buenos Aires, na Argentina. A equipe é treinada pelo velejador André Fonseca, o Bochecha, e tem no comando o velejador Marcelo Gusmão. O novo veleiro da equipe itajaiense é um Soto 40, considerado um dos mais rápidos da classe Oceano. O barco tem 12,30 metros de comprimento, 3,75 de largura, 2,60 metros de calado, pesa 4.200 quilos e tem um mastro com 19,5 metros contados a partir da linha d´água. Trata-se de um barco planador que apresenta grande performance nos ventos de popa (parte traseira do barco) e través (tomada lateral) e, alguma vezes, veleja acima da velocidade do vento. A base do veleiro é a Marina Itajaí,

uma das mais modernas do país. Desde o começo do ano, o time do Itajaí Sailing Team está disputando o circuito nacional de vela na categoria IRC. A IRC é uma regra de classificação que permite que diferentes projetos de barcos de oceano possam participar da mesma regata. O “rating” de cada barco é calculado levando-se em conta as medidas do barco, seu comprimento, peso, calado e área de vela. O corretor de tempo resultante, o chamado “TCC”, é o handicap do barco. Depois da regata, o tempo real decorrido para completar o percurso de cada veleiro é multiplicado pelo seu TCC, resultando no tempo corrigido. O barco com o menor tempo corrigido é o vencedor da regata. De acordo com Alexandre dos Santos, coordenador do Itajaí Sailing Team, o desafio para 2016 é manter o bom desempenho da temporada passada e conquistar títulos. Ele acredita que a participação efetiva de Bochecha como técnico do time favorecerá o desenvolvimento da equipe. O projeto do Itajaí Sailing Team tem o patrocínio da APM Terminals Itajaí, Multilog, JBS, Brasfrigo e Poly Terminais, e apoio da Anasol e Molim.

Projeto Cape town x Rio de Janeiro/2018 A aquisição do veleiro Soto 40 permite aos velejadores do Itajaí Sailing Team estabelecer objetivos que vão além dos cobiçados títulos nas competições do Calendário Brasileiro de Vela. Os velejadores vão aproveitar os acertos do barco nos próximos campeonatos para serem levados à Regata Cape to Rio, 42 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

entre Cape Town, na África do Sul, e Rio de Janeiro, em janeiro de 2019. Para adquirir experiência em travessias oceânicas, no entanto, antes de disputar a Cape To Rio de Janeiro, os velejadores vão participar de competições no Caribe e também em países da América do Sul como Argentina, Chile e Uruguai


FOTOs joão souza

Acima: Torben Grael, Marcelo Gusmão, André Fonseca,Alexandre dos Santo

Calendário 2016 Julho

Agosto

Setembro

02 a 09

Ações de Divulgação no Rio de Janeiro

Projeto Caribe

Semana de Vela de Ilha Bela e Brasileiro IRC

Outubro 08

Regata Mormaii

22

Regata Santos RIO

28 a 30

08 a 21

Olimpíadas

Novembro 12

Regata Marejada

30

24

Refeno

Fenat

Dezembro 10

Regata Volta a Ilha SC

Circuito Rio 43


EDUCAÇÃO

IFSC CONTA COM UM DOS ÚNICOS BARCOS ESCOLA DO PAÍS O Câmpus Itajaí inaugurou o barco escola intitulado “Aprendendo com o Mar” e a partir desse ano possui mais uma importante ferramenta pedagógica A embarcação é um catamarã com mais de 12 metros de comprimento que tem capacidade para receber até 30 alunos e que poderá ser utilizada em aulas práticas dos cursos técnicos em Pesca, Recursos Pesqueiros, Aquicultura, para os cursos de qualificação de Pescador Profissional e de Pescador Especializado e da pós-graduação em Ciências Marinhas Aplicadas ao Ensino. foto IFSC, DIVULGAÇÃO

“Este é um dos únicos barcos escola do Brasil a ser pensado e projetado para ser uma sala de aula. A maior parte das embarcações utilizadas para esse fim são barcos de pesquisa que também são utilizados para aulas. No caso do “Aprendendo com o Mar” é diferente. Ele conta com uma completa infraestrutura para que o aluno tenha uma aula em alto-mar”, explica o professor Benjamim Teixeira, coordenador do Centro de Referência de Navegação e Pesca Marítima do IFSC (CNPMar). 44 I revista inport I Edição 19 I maio e junho

Itajaí conta atualmente com o maior polo pesqueiro do país e a proposta é que o barco escola venha contribuir ainda mais para o desenvolvimento do setor e da cidade. “Não podemos pensar na formação de um pescador que não pesca e não conhece o mar. O barco escola é fundamental para a formação dos nossos alunos”, explica o Diretor-geral do Câmpus Itajaí, Carlos Alberto Souza. Fábio Martins é aluno do curso técnico subsequente em Aquicultura e está bastante entusiasmado com o barco escola. “Com as aulas práticas, nós vamos conseguir aprimorar nosso conhecimento em embarcações, atracações e até mesmo na parte de piscicultura. Agora nós poderemos ir até o mar buscar água e outros organismos marinhos para fazer análise.” O barco escola também será utilizado no projeto de educação ambiental ‘Aprendendo com o Mar’ que promove aulas de conscientização ambiental com alunos de escolas públicas de Itajaí e região. “Este barco é uma grande conquista para o IFSC e para Itajaí. É uma emoção muito grande participar desta inauguração, fazer o primeiro passeio e saber que ele vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, completou Fábio Martins. O investimento, de cerca de R$ 500 mil reais, é do Ministério da Pesca e Aquicultura, atualmente Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Nós temos interesse em ampliar a parceria com o IFSC para que possamos trabalhar em prol do desenvolvimento da pesca em todo o país”, afirma Ângela Pimenta Peres, diretora da Escola Nacional de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura.


CRIAR SOLUÇÕES INOVADORAS

PARA A SUA NECESSIDADE É A NOSSA MAIOR MOTIVAÇÃO. polyterminais.com.br


coluna

A Indústria do Petróleo no Brasil mILENe zerek capraro

Advogada Integrante do MUZIO ADVOCACIA Paranaguá/PR

O conjunto de campos petrolíferos brasileiros do pré-sal está localizado a profundidades que variam de 1.000 a 2.000 metros de lâmina d’água e entre 4.000 e 6.000 metros de profundidade no subsolo. A sua profundidade total pode chegar a 8.000 metros. O estrato do pré-sal apresenta-se numa faixa de aproximadamente 800 quilômetros de comprimento, ao longo do litoral brasileiro. Denomina-se pré-sal pelo fato de que, geologicamente, “o petróleo brota abaixo da camada de sal, no subsolo”. Permanecendo ali, protegido pela camada impermeável de sal, “mantém propriedades mais puras”; ao contrário, quando ultrapassa a camada impermeável e ascende a níveis superiores do subsolo, “recebe a denominação de pós-sal, constituindo-se em um óleo de menor qualidade, pelo contato que tem com bactérias”. Segundo a Petrobras, a produção de petróleo nos campos operados pela Companhia na província do pré-sal - nas bacias de Santos e Campos - tem alcançado a marca de 300 mil barris de petróleo por dia (bpd). Desse volume, 83% (249 mil bpd) correspondem à parcela da Petrobras e o restante, à das empresas parceiras da Companhia nas diversas áreas de produção da camada pré-sal. Essa produção foi alcançada nos últimos sete anos, logo após a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, que ocorreu em 2006. Segundo dados da Petrobras, a produção nacional vai dobrar até 2020, e chegar a 4,2 milhões de barris por dia. Os países detentores de petróleo sempre estiveram à frente na trajetória mundial, como os Estados Unidos, na era Rockfeller, que foi o maior exportador. 46 I revista inport I Edição Edição17 19IIjaneiro maio e junho E fevereiro

Logo após, houve destaque para o México, Venezuela, países do Oriente Médio, Reino Unido, Noruega, Rússia, e atualmente verifica-se o Brasil, que chega no cenário em momento bastante oportuno. As compensações financeiras advindas da exploração de petróleo e gás natural renderam ao governo brasileiro um montante em torno de R$ 25 bilhões em 2008. Supondo-se que a produção de petróleo possa ser triplicada no médio prazo e que os preços venham a se manter, em média, no patamar atual, essa receita pública poderá subir para R$ 75 bilhões anuais. Uma estimativa extraoficial aponta que a área do pré-sal teria de 50 bilhões a 70 bilhões de barris de petróleo, volume até cinco vezes maior do que as atuais reservas brasileiras de 14 bilhões. A indústria Naval que estava obsoleta renasce e junto com ela, setores como o a Tecnologia da Informação, Logística e Telecomunicações também demonstram crescimento. Apesar do Petróleo brasileiro estar em águas profundas, fato que depende de maior investimento em tecnologia e maior custo de produção, observa-se que há investimentos em grande escala, e principalmente, oportunidades em geração de empregos e capacitação necessária ao povo brasileiro, que aos poucos vai se adaptando a essa agradável realidade. Essa onda do Pré-Sal evidencia escassez de mão de obra no país e necessidade de ajustes urgentes no setor, tais como maior desenvolvimento de cursos de capacitação e expansão de investimentos na área de educação profissional.


PORTO DE IMBITUBA. AGORA COM A MAIOR PROFUNDIDADE ENTRE OS PORTOS DO SUL DO BRASIL.

Localizado em uma enseada de mar aberto, protegido de ventos e ressacas, o Porto de Imbituba, no sul de Santa Catarina, oferece flexibilidade e eficiência para a movimentação de cargas em qualquer condição climática. Sua estrutura inclui três berços de atracação, armazéns próprios e, agora, conta com a maior profundidade entre os portos da região, permitindo que receba cargueiros com até 9.500 TEUs ou 80.000 toneladas de granéis.

Para informações operacionais acesse: portodeimbituba.com.br


coluna

Gerenciando o risco: Arbitragem e Maçãs Podres Osvaldo Agripino de Castro Junior

Sócio do Agripino & Ferreira e membro da lista de árbitros do CEMAI Itajaí, CAMFIEP, CBAM (Rio de Janeiro) e CAMESC

Qual o papel da arbitragem no COMEX? Com 35 anos de comércio exterior e mais de 20 anos como advogado e pesquisador dos problemas do setor, afirmo que está cada vez mais difícil resolver conflitos e, portanto, gerenciar os riscos no setor. A arbitragem é cabível para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis (art. 1° - Lei n. 9.307/96). Grande parte dos problemas da logística decorre de defeito na prestação de serviços do transportador marítimo ou do terminal portuário, bem como da interveniência dos órgãos que atuam no COMEX. Citarei um simples caso de Direito Marítimo para ilustrar. Uma empresa exportadora de maçãs de Lages/SC vendeu cerca de 9.000 mil caixas da fruta, em sete contêineres, para a Europa. Para tanto, contratou um armador por meio de um agente e entregou a carga no Porto de Itajaí. Embora tenha cumprido os requisitos fitossanitários para que a carga fosse entregue no navio com 0º Celsius, e informado tal característica ao agente, durante a viagem, a temperatura aumentou e a carga, embarcada em 08.03.2001, pereceu. Assim, o exportador teve um prejuízo de R$ 232.472,00 na data do evento danoso. Ele poderia ter resolvido o conflito de forma rápida e eficaz por meio de conciliação, mediação ou arbitragem, caso as 3 empresas requeridas concordassem, porque o contrato de transporte não possuía cláusula compromissória, mas decidiu acionar na 3a. Vara Cível de Itajaí - em 03.05.2002, o armador, o agente e a empresa de refrigeração. A audiência de instrução se deu em 9.11.2006, ou seja, quatro anos e meio após a distribuição. A sentença de primeiro grau não julgou procedente a indenização e foi publicada em 29.09.2009: sete anos e dois meses após o início do processo. Felizmente, após recurso do exporta46 I revista inport I Edição 19 48 17 I maio janeiro e junho E fevereiro

dor, o Tribunal de Justiça de SC reformou a sentença em 23.06.2015, treze anos após a distribuição, mas, houve recursos para o STJ. Já transcorreram quase 14 anos e o caso ainda não terminou. Como justificar tal prazo? Esse caso é somente um entre os milhares que tramitam no Judiciário com avarias no shipping. Apesar do Poder Judiciário tentar agilizar os processos, cabem alguns questionamentos: Como gerenciar esse risco? Como reduzir tais custos e tempo para solucionar o conflito? Como aumentar a previsibilidade dessas decisões? Os métodos adequados de solução de conflitos (MASC), como mediação, conciliação e arbitragem, podem contribuir? Afinal, quem mais sofre com a ineficiência do Estado e do sistema judicial é a maioria das empresas, especialmente as pequenas e médias empresas, embora possa ser diferente. Nesses casos é importante que a decisão seja feita por especialistas, com menor custo, previsibilidade e de forma rápida, evitando-se a judicialização, por meio dos MASC´s, num primeiro momento. Esse procedimento pode ser feito numa Câmara arbitral, antes de ajuizar o caso no Judiciário. É essencial que o importador ou exportador procure meios mais eficazes para reduzir os seus custos de transação, especialmente aqueles relacionados à compra e venda, ao transporte e à operação portuária. Um conflito sem solução por especialistas e em prazo razoável (menos do que dois anos) pode colocar as finanças da empresa em risco. É necessário e urgente, portanto, as empresas ampliem o uso dos MASC´s no comércio exterior. Com tal mudança de cultura, espera-se que o aumento da eficiência da logística e da competitividade dos produtos que passam pelos nossos portos e são transportados por navios.


coluna

CONPORTOS e a Portaria 344 do Ministério da Justiça

Reinaldo Garcia Duarte

Bacharel em Direito com Especialização em Segurança Pública e Expert em ISPS Code

A Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis - CONPORTOS, foi criada pela Presidência da República, por meio do Decreto 1507/1995, com o propósito de elaborar e implementar um sistema de prevenção e repressão aos atos ilícitos nos portos, terminais e vias navegáveis em todo o Brasil. O Decreto 1507 de 1995, em seu artigo 1º, cria a CONPORTOS, no artigo 2º estabeleceu que ela seja integrada, no mínimo, por um representante e respectivo suplente dos Ministério da Justiça, que a presidirá, da Marinha, da Fazenda, das Relações Exteriores e dos Transportes, redação alterada pelo Decreto 1972 de 1996. Portanto, desde 1995, a segurança pública portuária no Brasil, já estava regulamentada e estruturada dentro do Ministério da Justiça, mas somente depois dos atentados de 11 de Setembro, nos estados Unidos da América que todos os Portos e Terminais Portuários, envolvidos no transporte marítimo internacional, tiveram que providenciar a elaboração de Estudo de Avaliação de Risco e, consequentemente, de seus Planos de Segurança Pública Portuária também, foi quando efetivamente iniciou-se uma padronização internacional e uma real preocupação com a segurança portuária mundial. O Inciso I do artigo 2º do Decreto determina que o Colegiado Nacional será sempre presidido pelo representante do Ministério da Justiça e o § 1º, estabelece, sem margens para interpretações de qualquer natureza, que os representantes na CONPORTOS e respectivos suplentes serão designados pelo Ministro de Estado da Justiça, mediante indicação dos titulares dos Ministérios relacionados nesse mesmo artigo.

Porém, agora com Portaria 344, publicada no Diário Oficial da União, em 03 de março, a Polícia Federal assumiu, em nível nacional, o protagonismo no cenário da segurança portuária brasileira, pois nas representações regionais, as Comissões Estaduais de Segurança Pública nos Portos, Terminais e vias navegáveis – CESPORTOS, desde a vigência do Decreto 1507/95, a coordenação dos trabalhos da área da segurança portuária, tem sido exercida de forma brilhante pelos representantes da Polícia Federal, enquanto que o comando nacional ainda não estava sob a presidência de um representante da PF, o que sempre representou um entrave para se conseguir uma integração plena entre as vinte uma CESPORTOS espalhadas pelo território nacional, portanto, a comunidade portuária brasileira depositou nessa Portaria 344 a esperança de ser ela o divisor de águas para uma nova gestão da segurança portuária brasileira, já que a tal Portaria se apresentou como um permissivo para que o comando nacional da segurança portuária fosse entregue a um dos vinte um técnicos que conduziam com abnegação as comissões regionais. Mas essa Portaria 344 não muda nada na estrutura e funcionamento da CONPORTOS, ela não transfere a Comissão para a estrutura da PF, a sua estrutura organizacional continua no Ministério da Justiça, ela apenas cria um novo requisito para indicação do presidente, cumprindo exatamente o que estabeleceu o artigo 2º, inciso “I”, por isso fica o alerta quanto ao fato de que o Decreto 1507 só autoriza que representantes do Ministério da Justiça presidam aquele Colegiado, portanto, essa portaria é uma mera regra de indicação e a estrutura, o funcionamento e as competências segue o estabelecido pelo Decreto 1507. 49





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.