REITORIA em FOCO Boletim informativo do Instituto Federal de Alagoas
Modernização e qualidade de ensino do Ifal mudam conceito de educação em Alagoas
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á pouco tempo, falar de educação pública e gratuita em Alagoas era sinônimo de desprezo e falta de compromisso. Essa realidade começou a mudar a partir da união das instituições públicas de ensino para transformar o quadro educacional. O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) deu uma contribuição significativa para que o panorama ganhasse uma outraperspectiva. Os resultados começam a surgir. A abertura do sistema de cotas sociais, os convênios de intercâmbios internacionais, estímulo à participação em olimpíadas nacionais de conhecimento e, principalmente, a extensão da qualidade de ensino a todas as microrregiões de Alagoas, fizeram dos alunos
do Ifal, a maioria egressos de escolas públicas, referência no país e no exterior. A expectativa da atual gestão do Ifal é de que, com os novos campi, dotados de arquitetura moderna e laboratórios com avanços tecnológicos, do litoral ao sertão alagoano, o Instituto Federal de Alagoas passe também a significar um dos melhores centros do país em produção de jovens talentos em pesquisa e inovação. Páginas 10 e 11
Mais de 20 mil pessoas beneficiadas com cursos de extensão Página 4
Gerônimo Vicente
O maior investimento da educação na zona da mata alagoana
O Instituto Federal de Alagoas possui, atualmente, o maior conjunto de obras de prédios públicos, entre todos os órgãos federais presentes no Estado.Trata-se dos onze campi que integram a expansão do Ifal para o interior alagoano.Três deles já foram entregues (Piranhas, Penedo e Murici). Esta última unidade de ensino é a edificação mais recente e impressiona pela moderna arquitetura e espaços de lazer e convivência amplos para atender aos alunos e a população. A inauguração ocorreu no dia 16 de maio deste ano com a presença do governador Renan Filho que destacou a obra como o maior investimento na educação da zona ta mata alagoana. O bairro mais populoso de Maceió, o Benedito Bentes também ganha um campus avançado do Ifal. Página 5 e 12
Departamento de Comunicação e Eventos
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Gerônimo Vicente
Ano IV - julho 2016 - Nº 07
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Lei 11.892, de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, ao mesmo tempo em que cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifs), estabelece a oferta de ensino técnico-profissionalizante público e gratuito no país. O Instituto Federal de Alagoas (Ifal), neste cenário, surge para promover o desenvolvimento regional por meio da oferta de ensino, pesquisa e extensão à população, em sintonia com as demandas dos Arranjos Produtivos Locais; formar professores para suprir a carência de profissionais habilitados enfrentada pela educação básica; formar técnicos e tecnólogos em áreas específicas, de modo a contribuir para o crescimento de setores estratégicos da economia local, regional e nacional. Os fios da Rede Federal que se entrecruzam nos quinze municípios alagoanos configuram uma nova geografia propulsora de atividades que interligam a ciência e a tecnologia para, juntas, encontrar a solução de problemas e atender às necessidades imediatas da nossa sociedade. E, em 2016, soma-se a esse contexto o Campus Avançado do Benedito Bentes, no bairro mais populoso da capital. Portanto, guiada pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a atual gestão do Ifal se consolida em números sempre crescentes nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão, como veremos nesta edição do Reitoria em foco. Avante, Ifal!!!
Concurso público e valorização do servidor são marcas do Ifal na área de gestão de pessoas Gerônimo Vicente
Editorial
REITORIA em FOCO
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Servidores técnicos administrativos e docentes em momento de posse
Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foi a instituição pública que possibilitou mais acesso às pessoas ao serviço público em Alagoas nos últimos seis anos. O concurso público para servidores técnicos-administrativos, realizado em 2011, registrou a maior concorrência em concursos no estado, com 100 mil pessoas concorrendo a vagas dos cargos disponíveis nos níveis fundamental, ensino médio e superior. Cinco anos depois, todos os aprovados foram convocados e já atuam nos quinze campi. A novidade para os interessados em fazer carreira no serviço público federal, porém, é o novo concurso público para preenchimento das vagas de técnicos administrativos de níveis superior, médio e fundamental que gera, há quase dois anos, expectativa entre aqueles que querem ingressar no quadro funcional do Ifal. O novo processo de seleção tem o objetivo de ampliar o quadro de pessoal da instituição para quase três mil servidores e o motivo maior é a expansão do Ifal a todas as microrregiões de Alagoas, que distribui unidades do litoral ao sertão.
Projeto de reintegração dos servidores aposentados do Ifal, o Cine Pipoca
Quantitativo O corpo funcional do Ifal em 2015 dispunha de 1.534 servidores, sendo 894 professores e 640 técnicos administrativos. Em março de 2016, havia 924 docentes e 647 servidores técnicos administrativos distribuídos entre Reitoria e campi. Essa nova realidade representou ainda melhoria na qualificação dos profissionais integrantes do quadro funcional do instituto. Entre os professores, 142 possuem título de doutorado, 434 de mestrado, 194 de especialização e 77 de graduação, segundo dados de abril de 2016. Além da ampliação de acesso, por meio de
concurso público, os servidores dispõem de programas que possibilitam o incentivo ao relacionamento social, inclusive com envolvimento dos funcionários aposentados, que são beneficiados com momentos de interatividade, a exemplo do projeto “Revivendo o Ifal, Valorizando o Tempo e a Vida”, promovido pela CAP (Coordenação de Aposentadoria e Pensão), vinculada à Diretoria de Gestão de Pessoas do instituto.
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Proen coloca em prática planejamento institucional elaborado ao longo de 2015 Jhonathan Pino – jornalista
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ara a Pró-Reitoria de Ensino (Proen), 2016 é um ano para pôr as mãos na massa: é que após uma série de atividades de planejamento, realizadas no ano anterior, como a elaboração do Planejamento de Desenvolvimento Estratégico e do Projeto de Monitoramento do Programa de Suporte e Aprendizagem, será possível ofertar novos serviços aos alunos e professores do ensino básico, técnico e superior do Instituto Federal Alagoas (Ifal), além dos profissionais da área de educação em todo o Estado. Em entrevista para o Reitoria em Foco, o pró-reitor da Proen, Luiz Henrique Gouvêa, afirmou que uma de suas prioridades é pôr em prática estratégias que evitem a evasão dos alunos e, para isso, foi institucionalizado o Programa de Suporte e Aprendizagem dos alunos. Inicialmente implantado em sete campi, o programa será ampliado para os outros ao longo deste ano. Por meio dele, foi feito um diagnóstico para identificar as causas da evasão escolar e é a partir desse diagnóstico que estão sendo criados os cursos de nivelamento dos alunos, visando o resgate daquele conteúdo que não foi visto em suas escolas de origem. “Nós sabemos que a rede federal tem grandes dificuldades quanto à questão da evasão de alunos. Então, durante o ano de 2015, iniciamos o processo de construção desse plano, com o diagnóstico das causas da evasão escolar no ensino médio e técnico e nos cursos de educação a distância. Todo esse plano será adicionado ao Plano Estratégico do Instituto e enviado ao MEC”, detalhou o professor. Essas ações estão sendo somadas à oferta de monitorias de disciplinas, que já existe em todos os campi do Instituto há algum tempo, mas faltava sua institucionalização, até o ano passado. “O reforço na monitoria dá-se no desenrolar dos cursos que os alunos estão realizando. Nós selecionamos estudantes que são destaque em determinadas disciplinas para que possam dar um suporte àqueles que apresentem dificuldades de aprendizagem”, pontuou Luiz Henrique. Credenciamento e criação de novos cursos No ano passado, o Ifal também foi recredenciado com o conceito 4, após a realização da visita técnica de uma equipe do Ministério de Educação (MEC). Para o pró-reitor, isso veio confirmar a qualidade dos cursos existentes e deu maior gás para a
Comissão de reconhecimento do MEC durante visita ao Campus Maceió
formulação de novas graduações. “Fizemos uma série de atividades, juntamente com a PRDI (Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional), com a intenção de preparar todos os campi para que recebessem as comissões que fariam as visitas de avaliação. A comissão fez a visita à Reitoria, aos campi Maceió e Marechal Deodoro. Após a análise de toda a questão documental institucional, inclusive a questão dos professores e dos projetos pedagógicos dos cursos, entre outras questões, nós obtivemos o conceito 4. Para nós, foi um resultado justo, em face do que vem sendo realizado pela equipe à frente da instituição”, frisa o pró-reitor. Novos cursos Após o recredenciamento do Ifal, o Instituto está agora atuando na reformulação do Plano Pedagógico de vários cursos de nível médio e superior. O trabalho começou com as licenciaturas e deverá ter continuidade com os cursos técnicos. Ainda em 2016, entram em atividade duas novas graduações: Engenharia Civil, no Campus Maceió, e Engenharia Agronômica, no Campus Piranhas. No Campus Penedo, será criado o curso técnico subsequente, de “Açúcar e Álcool”. Além disso, com o início das atividades do Campus Benedito Bentes, serão ofertadas novos cursos subsequentes de Informática e Logística. Aliás, esse último campus passará a oferecer cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), ao longo deste ano. Também serão criados novos cursos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), nos campi
Palmeira dos Índios, Piranhas e Penedo. Formação de docentes Quando entrarem em atividade, os novos cursos estarão atrelados aos direcionamentos normativos, criados em 2015. Neste ano, foram regulamentados os colegiados dos cursos técnicos, a matrícula de alunos especiais nos cursos de graduação e a uniformização do exame de proficiência dos cursos técnicos, para que sejam reconhecidos os saberes adquiridos pelos alunos do Ifal no mercado de trabalho. “Nesse caso, além do Ifal reconhecer o que os alunos aprenderam em suas vidas profissionais, eles também terão reconhecido o que aprenderam em cursos realizados fora da instituição”, explica o pró-reitor. Para a área docente, foram institucionalizados o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência) e o Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life). Essas ações não são exclusivas para a formação de servidores do Ifal, mas atendem também aos professores de escolas públicas municipais e do Estado de Alagoas. Para os técnicos dessas escolas, o Ifal ainda disponibilizou o Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público (Profuncionário), com a oferta de cursos nas áreas Infraestrutura, Secretaria e Alimentação Escolar. Atualmente eles são realizados em 11 polos espalhados pelo Estado. “O Profuncionário já tem uma visibilidade muito boa no Estado. Nós estamos conseguindo formar diversos servidores públicos que atuam nas secretarias de Educação e vamos dar continuidade a esses programas, consolidando-os ainda mais”, acrescenta. Na mesma direção, os professores e tutores dos cursos de Educação a Distância (EAD) periodicamente passam por cursos de atualização e os novos colaboradores dos polos EAD recebem os cursos de formação. Como forma de compartilhamento dessas experiências por estudantes de licenciatura e docentes, o Ifal ainda promove o Seminário de Pesquisa em Linguagem e Literatura, voltado para Educação a distância, e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência(Pibid), que reúne servidores e alunos das licenciaturas do Campus Maceió.
Projetos pedagógicos estimulam o desempenho dos alunos em sala de aula Paralelo às práticas pedagógicas aplicadas em salas de aulas das quinze unidades de ensino
do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Pró-reitoria de Ensino elabora ainda projetos que visam trazer melhorias para os quase 20 mil alunos matriculados na instituição, por meio dos cursos efetivados e aqueles de formação continuada. A finalidade na aplicação dessas propostas é fazer um diagnóstico sobre as causas da evasão escolar, oferecer suporte de aprendizagem aos alunos, integrar escola e família, fortalecer e expandir o ensino e ampliar os investimentos em programas de permanência e êxito dos alunos. Com a prática desse diagnóstico, será
possível ao Ifal avançar ainda mais nos programas de assistência aos estudantes, hoje considerado modelo na rede federal de educação, devido ao número de bolsas de estímulo à pesquisa, à extensão, à cultura e ao desporto e lazer. Com a aceleração dos programas de intercâmbio no exterior, a preocupação da Pró-reitoria de Ensino voltou-se também para o ensino de línguas estrangeiras e, por isso, um Centro de Idiomas foi implantado na instituição para oportunizar aos estudantes conhecer outras culturas. A atenção com a educação especial também faz parte das ações de acessibilidade ao ensino do Ifal. Atualmente, todos os 15 campi já dispõem de integrantes do Napnes (Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Es-
pecíficas). São eles os responsáveis por apoiar as ações do Departamento de Ensino no que se refere às atividades específicas nessa área. A estrutura dos novos campi do Ifal também tem sido acompanhada pelos integrantes do Napne e todas as obras em execução já dispõem, nos projetos arquitetônicos, de equipamentos básicos de acessibilidade. No que tange à expansão do conhecimento dos alunos, o Ifal disponibiliza bibliotecas virtuais destinadas aos servidores docentes e técnicos administrativos. Além do Ebrary e periódicos vinculados à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, foram inseridas a Person e Minha Biblioteca, todas com uma variedade de livros de todas as áreas.
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Projetos estratégicos garantem a qualidade da gestão Anny Rochelly - jornalista
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ualificar as ações, projetos e programas de extensão em 2016. Até 2015, os números falavam mais alto, mas com os avanços o foco passa a ser o investimento na qualidade. A Pró-Reitoria de Extensão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) vem registrando um crescimento significativo nos últimos quatro anos e, numa maneira de reafirmar o que está posto, o pró-reitor, Altemir Secco, abre seu relatório produzido anualmente e apresenta dados que comprovam o alcance da extensão realizada pelo Ifal. Somente em 2015, mais de mil pessoas foram beneficiadas com cursos, com destaque para Maceió e Batalha, quase 16 mil com os programas, com destaque para o Artifal, e mais de 20 mil com os projetos, com maior relevância em Murici e Maceió. Este ano, já foram catalogados 227 projetos de extensão, 10 propostas de cursos de extensão e 33 ações dos programas Artifal, ProIfal, Minha Comunidade e Propeq. O pró-reitor acrescenta que, “conforme meta de maior visibilidade para este programa estabelecida no ano anterior, o número de ações do Propeq aumentou de 2 para 6 no último ano”. Se a extensão tem seu papel cumprido de forma efetiva quando se fala naquilo que é praticado fora da instituição, em prol da comunidade externa, podemos ressaltar as parcerias com 266 organizações, com destaque para o campus Penedo. As ações feitas para a comunidade, na visão da gestão da Proex, devem ser medidas também pelo índice de satisfação dos envolvidos. Nesse quesito, 93% dos entrevistados, de um total de 15 mil, disseram estar muito satisfeitos ou satisfeitos em relação à extensão praticada pelo Ifal. Quase 20% de todos os servidores do instituto - abrangendo 935 estudantes, 277 professores e 34 técnicos administrativos - estiveram envolvidos com a extensão no Ifal em 2015. O alcance das ações de extensão é destacado por Altemir Secco durante a entrevista. Mais de 50 municípios de Alagoas foram beneficiados com as ações de extensão do Ifal, além de Per-
Projeto de extensão no Campus Piranhas
nambuco e Sergipe. Aqui, temos Maceió e Satuba como os campi que mais atuaram fora dos muros da escola. “Queremos agora aumentar nossa inserção no Estado, a capilaridade e a qualidade das nossas ações, além de avaliar o grau de satisfação das pessoas atingidas”, detalhou, otimista, Secco. O catálogo de egressos, por exemplo, é uma dessas ações de acompanhamento propostas pela Proex. A lista de ex-alunos, hoje com 3 mil pessoas que estudaram nos campi Maceió, Satuba, Marechal Deodoro e Palmeira dos Índios, tem o objetivo de catalogar quantos oriundos do Ifal se encontram no mercado de trabalho, se há possibilidade de parcerias com as organizações em que os egressos estão inse-
Mostra de Extensão: onde as ações aparecem
ridos e a contribuição dos mesmos em relação à reformulação dos projetos pedagógicos de cursos. O estímulo ao associativismo, uma das metas da extensão propostas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), está ganhando forma no instituto. Ainda nesse semestre, de acordo com o pró-reitor de Extensão, será lançado um edital para chamamento de empresas juniores. “Já temos a resolução de nº 34/CS, de 14 de outubro de 2015, que habilita essas empresas no Ifal. Atualmente, temos apenas uma empresa júnior em Palmeira dos Índios”, relatou. Com a publicação desta resolução, alunos dos cursos de graduação do Ifal terão desenvolvimento pessoal e profissional estimulados por meio da vivência empresarial. Custear a ida de servidores e alunos do Ifal para o Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, que este ano acontece em Ouro Preto/MG, também é uma das ações prioritárias para a Proex. Lá, segundo Secco, o nível da extensão é avaliado por uma banca de profissionais, o que contribui para a implantação de melhorias no desenvolvimento das ações. Outro desafio para a extensão é a chamada curricularização da extensão, estabelecida no Plano Nacional de Educação e que prevê, até 2018, que 10% da carga horária dos estudantes seja cumprida via extensão.
Comunidade em croquis
A mais recente realização da Mostra de Extensão, no Campus Satuba, evento que reúne os trabalhos desenvolvidos por alunos e professores
Ações dos programas, projetos e cursos extensionistas desenvolvidos por estudantes e professores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) são expostos durante a Mostra de Extensão que se realiza, anualmente, sob a promoção da Pró-Reitoria de Extensão. Trata-se de uma prestação de contas das atividades realizadas durante o período que se estende os projetos estimulados pela pró-reitoria. Os trabalhos são apresentados nas modalidades oral ou por meio de banner, cuja finalidade é integrar e socializar as experiências que buscam tornar acessível para a comunidade o conhecimento elaborados nas unidades do Ifal. Em 2015, a mostra teve sua quarta edição, no Campus Satuba, com mais de cem trabalhos inscritos.
Um desses projetos, que buscam a interação com a população, é o chamado Croquis Urbanos, idealizado pelos alunos Arthur Victor, Clara Elys e Paulo Henrique, orientados pela professora Vanine Borges. A ação consiste em registrar e experimentar a cidade de Coruripe, por intermédio de Croquis (desenho à mão livre e em curto intervalo de tempo), com o objetivo de valorizar os espaços públicos e de apresentar aos moradores para que eles possam reconhecer ruas e povoados da cidade de um modo diferente e criativo.
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Na PRDI, obras e expansão são prioridades Plano de Desenvolvimento Institucional prevê melhoria na infraestrutura da Reitoria e de todos os campi Gerônimo Vicente - jornalista
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Gerônimo Vicente
No âmbito do planejamento institucional, destacou-se a atualização e revisão do PDI, em um processo que envolveu todos os dirigentes do Ifal em uma reunião ampliada no Campus Satuba, em novembro do ano passado que, além de avaliar todas as ações planejadas em 2015 deliberou o planejamento estratégico para 2016. O sistema Geplanes, pelo qual os dados administrativos de todas as unidades são armazenados, favoreceu mais praticidade e rapidez na coleta das informações para avaliação e planejamento.
Reunião de avaliação do PDI e de planejamento estratégico Equipe da PRDI em reunião sobre obras de expansão
Campus Murici, totalmente finalizado; mais uma moderna unidade
Planos para 2016 preveem conclusão de obras dos campi e reformas das unidades tradicionais
Por meio de esforço da Diretoria de Infraestrutura e Expansão (Diex), mais um campus do Ifal ficou pronto e a previsão é de que até o primeiro semestre de 2017, mais outro seja inaugurado. Em maio de 2016, foi entregue à população alagoana a unidade de Murici, localizada na região da Zona da Mata do estado. A edificação dessas sedes próprias dos novos campi do Instituto Federal de Alagoas é considerada a mais moderna dos municípios onde estão instaladas, pelo aspecto arquitetônico, espaço de convivência, área esportiva e anfiteatro. Além de Murici, estão sendo construídas, as unidades de Maragogi, Coruripe e São Miguel dos Campos, cujas obras estão adiantadas. Quanto à infraestrutura e expansão, destacase o desempenho do Departamento de Infraestrutura e Expansão (Diex) na elaboração de projetos executivos, contratação de empresas para obras de expansão, projetos de licenciamentos ambientais dos novos campi e projetos de combate a incêndio e pânico. Os campi também recebem melhorias em suas estruturas com os projetos elaborados pelo setor. O Campus Maceió terá como benefício a reforma do auditório Oscar Sátyro, a complementação de rede elétrica,
reforma da piscina e readequação da calçada, além de projeto de acessibilidade. No campus Satuba, as melhorias previstas estão na reforma dos banheiros, reestruturação da rede elétrica de alta e baixa tensão, projeto de acessibilidade e cabeamento de internet. Em Palmeira dos Índios, a construção de um novo bloco é uma das obras principais da unidade de ensino. Além disso, o campus também será beneficiado por projeto de acessibilidade, Em Marechal Deodoro, o Diex desenvolve projetos de construção dos laboratórios dos cursos de Gestão Ambiental, Gastronomia, Cozinha e Hospedagem. No Campus Piranhas, ressalta-se a construção de um bloco pedagógico composto por 13 salas de aula, uma sala de apoio com coordenação e diversos banheiros, além do projeto de detalhamento da construção da cantina e reforma do refeitório. O Campus Penedo ganhará 16 salas de aula e os laboratórios de Aquicultura, Processamento de Pescado, Patologia de Espécies Aquáticas, de Liminologia, além da construção de complexo esportivo (piscina, ginásio poliesportivo, campo de futebol e pista de atletismo).
Tecnologia da Informação terá Plano Diretor
Quanto à área de sistema de informação, destacase o esforço da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) para manutenção da rede interna, do portal institucional, do desenvolvimento dos sistemas integrados de gestão de atividades acadêmicas, de patrimônio, administração e contratos e de gestão de recursos humanos, denominados SIGAA, Sipac e SIGRH. Entre as prioridades da DTI, no decorrer deste ano, estão a atualização da documentação de rede do Ifal, o plano de capacitação em tecnologia da informação e a definição da política de segurança da informação.Também serão feitas melhorias no sistema de arquivos dos processos, a implantação do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e adequação do portal ao plano do governo federal. Todos os campi já dispõem de link de internet cuja capacidade vai de 2 a 30 megabytes por segundos. O portal wwww.ifal.edu.br foi reformulado para aten-
der aos padrões exigidos pelo governo federal e os sites dos campi estão sendo reformados pela DTI em parceria com o Departamento de Comunicação e Eventos (DCE). O mesmo ocorre com os sistemas de informação utilizados por todos os setores da Reitoria do Ifal, como o Sipac, SIGAA e SIGRH, já em execução na maior parte do campi. No que se refere à governança da tecnologia da informação, que corresponde às exigências dos órgãos de controle, discute-se na DTI a atualização da Instrução Normativa que foi editada pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG. O documento dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP do Poder Executivo Federal, além de uma política de segurança que já foi aprovada pelo Comissão de Tecnologia e Informação.
Observatório do Ifal Outro avanço no sistema de armazenamento de dados foi a implantação do Observatório Sócioeconômico do Ifal que se constitui de um conjunto de serviços e ferramentas relacionadas ao campo educacional e socioeconômico, além de suas interfaces com a Educação Profissional Científica e Tecnológica – EPCT. O objetivo é subsidiar a Rede Federal na formulação de políticas institucionais de Ensino, Pesquisa e Extensão - a fim de que haja sintonia com a realidade socioeconômica local; bem como se tornar referência na definição de políticas públicas em diversos campos de atuação no país. Neste espaço pode ser encontrado no endereço http://www.desenvolvimento.ifal.edu.br/ observatorio/, estão reunidas as informações sobre relatório de gestão do Ifal anuário estatístico, censos de educação superior e básica, análise comparativa de matrículas, número de servidores técnico-administrativos e docentes. “Os dados irão abranger todas as cidades em que há unidades do Ifal, além das circunvizinhas, e servirão para aprofundar o conhecimento do estado, contribuindo para o seu desenvolvimento social e econômico, uma vez que poderá auxiliar na implantação de políticas públicas. Permitirá também compreender a natureza e o caráter das transformações, possibilitando o realinhamento da educação profissional, científica e tecnológica, mantendo uma sintonia entre as demandas locais e regionais”, esclarece o economista do Ifal e responsável pelo Observatório, Carlos Fabiano da Silva. No espaço, estão reunidas informações, através de elementos textuais e gráficos, sobre diversos níveis territoriais (municipal, microrregional, mesorregional, estadual, regional e nacional), com uma radiografia que expõe os aspectos referentes ao mundo do trabalho, às políticas de desenvolvimento, à caracterização social, econômica e cultural das regiões, às vocações, potencialidades e problemas existentes.
Gerônimo Vicente
PDI norteia ações para próximos quatro anos
responsabilidade pelos serviços de infraestrutura, expansão do Ifal ao interior do Estado, sistema de informação e planejamento institucional dão à Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional a dimensão de uma super pró-reitoria pelo fato de a PRDI ter um organograma de setores com diversificadas ações que visam modernizar, ampliar e dinamizar os serviços oferecidos pela instituição federal de ensino à população alagoana. A exemplo do ano passado, em 2016, as estratégias da PRDI seguirão àquelas definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional para o quadriênio 2014-2018 e elaboradas pela Diretoria de Planejamento Institucional (DPI). Apesar das dificuldades orçamentárias do governo federal devido à crise econômica, alguns avanços foram registrados em 2015 nas áreas de sistemas de informação, planejamento institucional e expansão. Neste último item, vale destacar a conclusão de mais um campus próprio no interior do Estado, desta vez em Murici, cidade localizada na Zona da Mata alagoana que, pela primeira vez, recebe uma unidade escolar com cursos técnicos integrados ao ensino médio e cursos subsequentes que atenderá não só os alunos daquela cidade, mas também de regiões circunvizinhas. Segundo o pró-reitor Carlos Guedes de Lacerda, em 2015, o plano de ação estabeleceu como metas a necessidade de se priorizar os campi, definir a capacidade financeira e disponibilidade orçamentária. Deste modo, a estrutura dos campi está sendo adaptada para uma oferta apropriada dos cursos e a consolidação da expansão do Ifal vai ampliar a oferta desses serviços.
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Ifal se insere no mundo da produção de aplicativos Gerônimo Vicente
Thâmara Gonzaga - jornalista Especial para o Reitoria em Foco
Com o número cada vez maior de pessoas que possuem aparelhos móveis conectados à internet, aumentou também a atividade de criação de aplicativos que desempenham as mais diversas funções em busca de facilitar a vida dos usuários ou, simplesmente, de entretê-los. A possibilidade de programar, fazendo com que uma linha de códigos possa ter funcionalidade real através de um celular ou tablet, estimula, sobretudo, os jovens que já nasceram na era digital. Essa tendência de criação de apps também está presente nos campi do Instituto Federal de Alagoas, especialmente na unidade de Maceió, onde funciona o primeiro curso técnico em informática ofertado pelo Ifal. Os aplicativos surgem em projetos de pesquisa coordenados pelos docentes e conta com o apoio dos estudantes. Além de divertir e estimular a criatividade, a tarefa exige conhecimento de diversas disciplinas, como matemática, física e computação. Alguns desses programas já estão em funcionamento, com reconhecimento nacional e até internacional. É o caso do aplicativo ABC Autismo do Campus Maceió. Elaborado por alunos do curso superior em Sistemas de Informação, o programa já foi baixado por mais de 50 mil pessoas espalhadas pelo mundo. Devido a essa repercussão, foi apresentado em diversos eventos, como o Congresso Brasileiro de Autismo e a 2ª Conferência Internacional sobre Tecnologias Inovadoras para o Autismo (ITASD), no Instituto Pasteur, em Paris, França, no ano de 2014. A oportunidade internacional surgiu de um convite da própria organização do evento. “Foi uma grande oportunidade de mostrar o nosso trabalho, as nossas ideias e propostas”, destaca a docente do Ifal Maceió e orientadora do projeto, Mônica Ximenes. Criado com a participação dos estudantes José Wellison Souza, Jean Barros, Ezequiel Batista, Leandro Couto e do designer gráfico Marcos Reis, o ABC utiliza uma abordagem comportamental com o apoio da psicolinguística a fim de facilitar a aprendizagem de crianças e jovens com autismo por intermédio de atividades interativas. Ainda direcionado ao público com autismo, Ximenes e os bacharelandos em Sistemas de Informação Paulo Ney Barbosa, Jean Barros e Roberto Lima criaram o Hangout Game. O app é um jogo da forca pedagógico e divertido que auxilia o aprendizado, tendo como foco o letramento e a análise comportamental da criança. O programa também alcançou reconhecimento ao ficar em 1º lugar na Mostra Tecnológica do maior evento científico da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, o Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), realizado em Rio Branco, Acre, em novembro de 2015. Por apresentarem caráter inovador, os dois aplicativos foram registrados no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), sendo a primeira propriedade intelectual do Ifal protegida pelo INPI. Agora, são titularidades do instituto alagoano que poderá licenciar, comercializar para terceiros ou, ainda, transferir a tecnologia, respeitando sempre os direitos relativos aos inventores, observados na Lei da Inovação (nº 10.973/04). Mudanças no refeitório do Ifal Maceió As longas filas e a demora no atendimento no refeitório do Campus Maceió foram os motivos para a criação do Nutrição Total, outro aplicativo surgido no Ifal e que também já está em pleno funcionamento. Diante do constante sufoco enfrentado na hora de almoçar, os estudantes do curso técnico integrado ao ensino médio em Informática, Victor Aurélio Silva, Murilo Ventura, Lucas Ataíde, Jonatas Rodrigues e Dayvson Sales, sob a orientação do professor Edison Camilo, pensaram em criar um programa que ajudasse a resolver o problema. E a ideia deu certo. “O programa agilizou em 50% a demanda do refeitório”, comemora a nutricionista responsável pelo
Aplicativo ABC Autismo apresentado no CBIE em 2015
Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar (Sane), Quitéria Gomes, ao comparar a situação atual com a antiga e complicada logística na hora de servir as refeições. Antes, era preciso a formação de filas para conferir, individualmente, a carteira de cada aluno credenciado a comer no refeitório da instituição. “Não tínhamos o controle adequado de quantos iriam se alimentar. Muitas vezes, fazíamos comida para um número de pessoas e apareciam menos; e o inverso também ocorria: fazíamos menos e apareciam mais. Era algo complicado de administrar e, algumas vezes, atrasava até a sequência das aulas”, lembra. Com o Nutrição Total, para ter acesso ao refeitório, os estudantes beneficiários do programa de auxílio-alimentação devem agendar. Eles têm até às 10h da manhã para confirmar o almoço e até as 14h30 para manifestar interesse pela janta. O agendamento pode ser por dia ou semana. Um relatório com os dados dos comensais é impresso diariamente e as refeições são feitas a partir do número de pessoas agendadas. Com o aplicativo, o refeitório do Ifal Maceió oferta 700 refeições por dia, sendo 500 almoços e 200 jantares, só que, com a agilidade promovida pelo aplicativo, o número de comensais chega a 828. “Há alunos que não fazem todas as refeições ao longo da semana, o que permite ofertar o benefício para mais pessoas”, comemora Quitéria Gomes. Atualmente, o aplicativo atende apenas as demandas do refeitório do Ifal Maceió, mas a iniciativa deu tão certo que o objetivo é levar para outras unidades do Ifal e também para empresas que dispõem de refeitório comunitário. O app está disponível para smartphones, tablets, com a plataforma Android, e também para computador. App Doe+ Usar a tecnologia móvel para aumentar os níveis de estoque de sangue no Hemocentro de Alagoas – Hemoal. Essa foi a aposta do professor do Ifal Maceió, Marcílio de Souza Júnior, ao propor a criação do aplicativo Doe+. O programa foi lançado em 2015 e está disponível para download no Google Play Store. Desenvolvido com o apoio dos estudantes do curso de bacharelado em Sistemas de Informação, Nywton Silva e Ernande Roberto, do aluno do curso técnico em Informática, Victor Aurélio, e do colaborador externo, Ricardo Silva, o projeto, que existe desde 2013 e teve origem no Grupo de Pesquisa em Sistemas de Informação e Engenharia de Software (GPSIE), tem ligação direta com o Hemoal. Uma das vantagens do aplicativo é a sistematização da doação de sangue, permitindo ao usuário se programar para doar regularmente e não apenas diante dos apelos feitos pelo hemocentro durante festas e feriados quando os estoques, geralmente, ficam em nível crítico. Através dessa ferramenta é possível agendar dia e hora para doação no Hemoal (Hemocentro de Alagoas), além de seguir as campanhas oficiais promovidas pelo hemocentro. No caso de redução, o doador cadastrado será notificado e, caso não seja do tipo sanguíneo, poderá compartilhar a informação. Os campi de Arapiraca e de Palmeira dos Índios tiveram projetos de aplicativos aprovados pelo Programa
Aplicativo Nutrição Total gerou praticidade ao Sane do Campus Maceió
Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) do Ifal, que tem dentre os objetivos fortalecer a capacidade de inovação, além de contribuir para uma formação criativa e empreendedora. Os futuros apps são na área de educação e prometem auxiliar os estudos das disciplinas de matemática e física. O aplicativo de matemática tem como públicoalvo estudantes do ensino médio e demais interessados em prestar vestibular. A proposta é torná-lo disponível para tablet, smartphone e computador. O projeto é liderado pelo professor Diogo Castro, que leciona matemática no Campus Arapiraca, e conta com a colaboração de outro docente da unidade, Denys Rocha, e do estudante do curso técnico integrado ao ensino médio em Informática, Kevin Washington. O app pretende trazer uma revisão da teoria matemática do ensino médio e alguns tópicos do ensino fundamental. Além disso, terá exercícios e vídeos explicativos já disponíveis na internet, que possam auxiliar o estudante. “É bom deixar claro que, de forma alguma, essa ferramenta substituirá o livro. Será um recurso a mais para ajudar a rotina de estudo”, enfatiza. Já o professor de física do Campus Palmeira dos Índios, Cícero Julião da Silva Júnior, diante do currículo lotado de várias matérias, viu na criação do aplicativo uma alternativa para otimizar os estudos da disciplina que leciona. “Para suprir as deficiências, muitos procuram cursos ou aulas particulares. O programa pretende fornecer uma revisão sobre temas de física através de uma linguagem de fácil assimilação e uma orientação na construção do raciocínio necessário para o domínio da matéria”, explica o docente que ensina a disciplina no ensino médio e também no superior. O programa, que tem o nome provisório de PhysUp, já está na fase de escrita do código e do material didático que estará disponível. É direcionado a estudantes de todos os níveis de ensino e poderá ser usado em tablets e smartphones com Android e iOS, além de computadores. A elaboração do app conta com o apoio do estudante do curso técnico em Edificações do Campus Palmeira dos Índios, Reynaldo Santos, que é bolsista do projeto. Outro aplicativo desenvolvido pelo professor do Ifal Arapiraca e que já está com o código mais avançado é o Pinyin Easy, que pretende beneficiar falantes do português brasileiro que estudam o mandarim, o idioma oficial da China. A falta de material que ajudasse a aprender a língua chinesa foi a motivação para o surgimento do app. “Quando comecei a estudar mandarim, encontrei diversos aplicativos para auxílio do aprendizado, mas quase todos eram destinados a falantes do inglês. Não encontrei nenhum voltado para brasileiros ou falantes do português. Percebi como facilitaria se as instruções fossem fornecidas com comparações entre o mandarim e o nosso português”, esclarece Cícero Julião. Ao propor para o usuário o estudo dos sons utilizando o sistema Pinyin, método mais utilizado internacionalmente para ensinar a língua chinesa como segundo idioma, o aplicativo facilitará o aprendizado ao permitir a compreensão de como se deve pronunciar cada som do mandarim. O app poderá ser utilizado em computadores e dispositivos móveis que funcionam com os principais sistemas operacionais.
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Modernização administrativa se torna referência Pró-Reitoria de Administração padroniza e inova para se efetivar uma gestão sustentável
Gerônimo Vicente
Gerônimo Vicente - jornalista
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definição de um orçamento participativo e a implementação da prática e cultura da sustentabilidade, por meio de compras sustentáveis, são métodos aplicados pela Pró-reitoria de Administração (Proad) do Ifal nos últimos dois anos e que garantiram mais modernização na organização orçamentária e financeira do instituição federal de ensino. São os frutos colhidos do processo de descentralização administrativa instituído no final de 2012 e da constituição do Fórum de Dirigentes de Administração do Ifal (Fordap), colegiado que reúne todos os responsáveis pela área. A Proad definiu como prioridades para 2016, a aplicação do orçamento, previsto em R$ 64,53 milhões, que inclui todas as unidades de ensino. Desse total, R$ 9.679.935 são destinados às ações institucionais. Dados apresentados durante a reunião de planejamento para 2016, realizada em novembro de 2015, no Campus Satuba, estabelecem que mais de R$ 11 milhões estão sendo investidos em pesquisa, qualificação de servidores, educação a distância e na estrutura administrativa da Reitoria. A planilha orçamentária do Ifal segue um modelo elaborado pelo Conif (Conselho Nacional das Instituições de Ensino da Rede Federal) em, por ele, são distribuídos os recursos destinados aos institutos federais a partir do número de alunos e o custo dos cursos. Outra ação inovadora da Proad foi a elaboração de um calendário de compras que
Reunião de implantação do novo módulo Sipac, uma das mais recentes iniciativas da Proad no processo de modernização do Ifal
contempla o planejamento, a transparência, a descentralização e a autonomia das unidades, em obediência à Portaria nº 898/GR, de 2010. “Com fundamento nessa legislação, as demandas são identificadas e os processos distribuídos entre as unidades para gerenciamento das licitações. A Proad mapeou 101 aquisições e contratações comuns que estão sendo realizadas em 2016”, esclareceu o pró-reitor de Administração, Wellington Spencer.
Gestão patrimonial em rede integrada A Diretoria de Suprimentos, por intermédio da Coordenação de Patrimônio da Reitoria concluiu um manual que padroniza a gestão patrimonial dos bens móveis. Intitulado Procedimentos para Gestão do Patrimônio Móvel do Instituto Federal de Alagoas, o documento foi aprovado pela Portaria número 137/2016 e se destina aos servidores da área patrimonial ou de atividades correlatas. Segundo a coordenadora de Patrimônio, Paula Pradines “o trabalho é um marco institucional, o primeiro publicado para apoiar as ações da área e foi elaborado com a participação de representantes de todos os campi que tiveram a oportunidade de revisar e sugerir modificações. A cartilha sistematiza a gestão patrimonial norteando a atuação dos servidores”, afirmou. Neste ano, será lançado o Manual de Patrimônio que conterá informações dirigidas aos usuários de bens do Ifal, inclusive alunos e visitantes. Em fase de implantação também está o módulo de patrimônio integrado ao Sipac que auxiliará ainda mais as rotinas de controle dos bens móveis da Reitoria e dos campi. Logística sustentável Um Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS) é uma das ações planejadas pela Pró-Reitoria de Administração do Ifal. Por intermédio desse documento, instituído pelo Decreto nº 7.746/2012, são estabelecidas as ações de sustentabilidade e racionalização de gastos públicos nos órgãos. Uma comissão, composta por nove servidores, realiza um trabalho que consiste na realização de um diagnóstico e medição das práticas sustentáveis do Ifal, pelo qual é feito um levantamento dos inventários de bens e materiais de consumo e identificação de alternativas similares. O plano já está em prática e uma das ações dinamizadas é o trabalho denominado de “desapega” que, na prática, significa que o setor deve se desfazer de bens ou materiais que são necessários
às suas atividades. A iniciativa mais recente, neste âmbito, foi a publicação da Portaria 501, do Gabinete do Reitor que estabelecer aos campi do Ifal repassar informações, até o dia 10 de cada mês, sobre as atividades administrativas à Proad e condiciona a liberação de créditos orçamentários ao envio desses dados por parte das unidades de ensino. Informações referem-se às condições de transportes, situação dos processos de compra e contratações, relações de pregões, dispensas de licitação e atas de registros de preços.
Entre as iniciativas a serem realizadas neste ano pela Proad, inclui-se o fortalecimento institucional por meio do qual serão feitas adequações na infraestrutura dos campi para uma oferta apropriada de cursos. A segurança das unidades de ensino também compõe o rol de atividades de modernização deliberadas pela Proad. Um sistema integrado de segurança e patrimônio está sendo colocado em prática. As medidas foram tomadas em discussão abertas e transparentes com os responsáveis pela área de administração dos campi, desde a consolidação do Fordap, considerado um dos colegiados de maior influência nas tomadas de decisões sobre o Ifal. Por intermédio desse modelo de gestão administrativa foi possível a implantação do Comitê Gestor de Laboratórios, instituído em 2012, como um órgão que tem como responsabilidade assegurar o bom funcionamento dos laboratórios e a implantação do módulo Sipac, relacionados à Proad.
Gerôn
Fordap - fórum de dirigentes de administração do Ifal
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Assistência estudantil abrange o cuidado ao corpo e o desenvolvimento cultural do estudantes Acássia Deliê e Jhonathan Pino Jornalistas Acássia Deliê
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o início deste ano, Manoel Martins precisou utilizar os serviços médicos do campus Marechal Deodoro. Ele é estudante do curso técnico de Meio Ambiente e quando percebeu que não estava se sentindo bem, resolveu fazer uma visita ao ambulatório do local. “Às vezes tenho dores de cabeça fortes e elas [as médicas] sabem o que fazer para melhorar. No caso das meninas, também é muito importante, por causa das cólicas. E há os casos mais graves, como quem tem asma, e aí, numa crise, precisa ficar em observação. A gente sabe que as médicas estão sempre ali, em caso de urgência, e isso traz tranquilidade”, ressaltou. No ambulatório, as médicas Virgínia Canuto e Carol Santa Rita, além do técnico em enfermagem, Abelardo Filho, se revezam no atendimento aos quase oitocentos alunos daquele campus, entre as 8h e às 22h. Eles estão ali para atender a todo tipo de caso clínico e quando necessário, encaminham os alunos para que façam exames pelo Sistema único de Saúde (SUS), pelo plano de saúde, ou em clínicas particulares. De acordo com a endocrinologista Virgínia Canuto, a maioria dos atendimentos são simples, como verificação de pressão arterial, medidas de peso e altura, além de tratamentos de dores de cabeça, ou cólicas menstruais. Mas, em alguns casos, os exames simples acabam despertando a suspeita de problemas mais graves de saúde. “Foi por meio de um exame de rotina que diagnostiquei hipotireoidismo em uma estudante. Ela apresentava um cansaço muito grande e decidimos verificar a fundo. Neste caso, quando o problema envolve a nossa especialidade, nós mesmas continuamos o tratamento, já que a maioria dos alunos não possui plano de saúde”, disse. Entre estudantes, servidores e familiares, o serviço médico de Marechal realiza cerca de 100 atendimentos por mês, no entanto o trabalho não se resume ao tratamento deles, mas a equipe faz questão de seguir o calendário do Ministério da Saúde, na sensibilização do público, para a prevenção de doenças e orientação dos pacientes. Do corpo à alma Não é apenas Marechal que dispõe do serviço de saúde. Ele faz parte da política estudantil do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), que também oferta assistência financeira, nutricional, psicológica, odontológica e cultural para todos as unidades. Se tomarmos apenas a questão de assistência à saúde, apenas em 2015 foram realizados 28.336 atendimentos nos 15 campi e esse numero só não foi maior porque o Campus Maceió sofreu com a falta de material e equipamentos em suas instalações médicas. O número de discentes que participaram do Programa de Prevenção a Fatores de Risco e Promoção da Saúde também impressiona: foram 2.927 em 2015, fora aqueles estudantes que participaram das atividades em conjunto com o Programa Refletir e Educar, com a promoção de ações educativas voltadas para a formação social, política e cultural da sociedade, além da educação para a saúde. Outro serviço presente nos 11 campi é a orientação psicológica. Para ser exato, no ano anterior, 937 estudantes passaram pelo atendimento psicológico e 624 deles receberam orientação pro-
Carol Santa Rita atende ao aluno Manoel Martins, do Campus Marechal Deodoro
fissional. “Quando o campus não possui a equipe completa, como é o caso dos novos campi, Rio Largo, Viçosa, Batalha e Murici, a equipe de outro campus é deslocada para fazer esse atendimento onde for necessário”, comentou Karine Santos, coordenadora de Assistência Estudantil. Ao lado do diretor de Política Estudantil, Elton Barros, Karine apontou a evolução do orçamento do Instituto na destinação de recursos voltados à promoção da permanência e conclusão dos estudantes de cursos do ensino médio e técnico, aliado ao desenvolvimento de seu bemestar e de qualidade de vida. Os R$ 10.727.887 de 2015 foram quase três vezes mais do que foi investido em 2010 nessa área, divididos em 15 programas ofertados pela Pró-Reitoria Estudantil (Proen). Naquele ano, mais de 8 mil alunos foram beneficiados por ao menos um dos programas. “Para que os alunos tenham acesso a algum desses programas, eles deve procurar a Assistência Estudantil do local onde estuda, onde é feita uma avaliação socioeconômica deles e aqueles que tiverem o maior agravo, a gente vai atender, de acordo com o orçamento que é destinado para isso”,explica o professor Elton. Apenas o Programa Auxílio Permanência contemplou 4.792 estudantes, com a destinação de bolsas para que eles pudessem custear despesas como transporte, alimentação, moradia, creche, atendimento educacional especializado ou outras necessidades socioeconômicas. Em Maceió, Marechal Deodoro e Satuba, 1.997 estudantes puderam almoçar diariamente nos próprios restaurantes dos campi. Ainda no Campus Satuba, além da alimentação no local, 84 discentes foram beneficiados com a Residência Estudantil. “No campus, que oferece alimentação, a gente não vai destinar ao auxílio-alimentação, pois o recurso da Assistência Estudantil serve para a manutenção desses restaurantes. Nos demais, o dinheiro é entregue para que os alunos possam pagar a alimentação fora”, pontua Elton. Os campi Piranhas, Penedo e Murici já possuem projetos para a construção de novos restaurantes, porém ainda estão à espera de recursos do Governo Federal, para o início das obras. “Mas ao inseri-los no PRI (Plano Reestruturação Institucional), já estamos proporcionando o auxílio-alimentação para os alunos da-
queles campi. A partir do meio deste ano Maragogi também contará com esse auxílio”, frisou o diretor. Inclusão social Garantida a permanência e a sanidade do corpo, os estudantes são estimulados a participar de atividades esportivas e artísticas. Além das instalações existentes nos campi, em 2015, o Ifal destinou 221 bolsas específicas para que os jovens atletas de várias modalidades esportivas e curiosos das artes visuais, dança, música e do teatro, pudessem participar de competições ou assistir aos espetáculos culturais. Percebendo as particularidades de cada aluno, também foi elaborada uma série de outros programas para atender as suas diferentes demandas, como é o caso da concessão de óculos corretivos para 286 discentes no último ano, por meio do Programa de Apoio às Atividades Estudantis, ou a implantação do Programa de Assistência aos Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas, que conseguiu identificar nove estudantes com necessidades especiais variadas nos sete campi onde o núcleo está instalado. “Fora isso, todos os estudantes recebem o fardamento e os óculos corretivos são concedidos após passarem por um processo de avaliação. Os estudantes levam as receitas e uma empresa licitada irá fornecê-los”, lembrou Karine. Já o Programa Bolsa-Proeja buscou promover a inclusão social e elevação da escolaridade de adultos, por meio de cursos técnicos de nível médio integrado, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Ao todo, 273 pessoas foram assistidas, mas conforme o pró-reitor Luiz Henrique Lemos, da Proen, esse número ainda é incipiente diante do que já foi planejado pelo PDI da Instituição, e deve aumentar ainda este ano, com a sua implantação nos campi de Piranhas e Penedo, além de seu redimensionamento no Campus de Palmeira dos Índios. Por último, mas não menos importante, estão os alunos participantes de programas de extensão e iniciação científica. Nesse quesito, 56 estudantes dos campi Arapiraca, Maceió, Marechal Deodoro, Murici, Penedo, Piranhas, Santana do Ipanema e Satuba já estão sendo contemplados, no entanto Elton lembra que, conforme foi decidido nas últimas reuniões do Fórum de Assistência Estudantil, ele deverão ser reformulados, como forma de atender melhor à comunidade.
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Número de vagas de cursos superiores é ampliado Com abertura de novas graduações em nível de bacharelado 80 novas oportunidades são ofertadas aos alunos Jhonathan Pino – jornalista
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o início deste ano, os 14 cursos superiores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) ofertavam 461 vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas o número deve crescer em 2017, pois com o início das atividades dos dois novos bacharelados, Engenharia Civil, do Campus Maceió, e Engenharia Agronômica, do Campus Piranhas, serão criadas outras oitenta vagas, o que representará o crescimento de cerca de 20% da entrada anual dos alunos. Essa será apenas uma das conquistas implementadas pela Pró-reitoria de Ensino (Proen), em 2016. Com o quadro docente já definido, os dois cursos aproveitarão o histórico dos campi na formação das áreas. “Em Piranhas, já são ofertados vários cursos na área de Agroindústria e Agroecologia. Nos estudos de implantação dos cursos também ficou apontado o potencial de desenvolvimento naquela região”, ressaltou Cledilma Costa, chefe do Departamento de Graduação. No caso do novo curso de Engenharia Civil, haverá o remanejamento de vagas, professores e estrutura física do curso tecnológico de Construção de Edifícios para o Bacharelado em Engenharia Civil, com os ajustes necessários. A criação desses cursos vem acompanhado de uma série de mudanças que estão sendo implementadas ao longo do ano. Os cursos de licenciatura, por exemplo, Ciências Biológicas, Matemática, Química e Letras passarão por modificações em sua organização curricular, para atender às novas diretrizes normatizadas pelo Conselho Nacional de Educação. “A principal delas é o aumento da carga horária mínima, que hoje é de 2800h, para 3200h. As licenciaturas terão que ter uma dimensão que aborde a gestão de processos educativos, pois há uma demanda de conhecimento em gestão educacional para os profissionais dos sistemas de ensino e das unidades escolares de educação básica, por isso essa carga horária será significativa”, enfatiza Cledilma. Independente do curso, também ficou estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014, que pelo menos 10% da carga horária das matrizes curriculares dos cursos de graduação sejam destinados a atividades de extensão. Isso fará com que a Proen, juntamente com a Pró-reitoria de O Campus Piranhas será o primeiro daquelas unidades de ensino do Ifal integrantes da primeira etapa da expansão a dispor de um curso de graduação, e, deste modo, pioneiriza o sistema de verticalização do ensino na instituição. O curso de Engenharia Agrônomica será implantado neste segundo semestre deste ano, logo depois de ser aprovado pelo Conselho Superior. No próximo ano, está previsto a implantação de Engenharia de Alimentos, em nível de bacharelado. Esses cursos vão atender uma demanda de alunos provenientes dos três estados próximo ao campus Piranhas, no alto sertão alagoana, Bahia, Sergipe e Alagoas. Segundo o diretor-geral Ricardo Aguiar, “trata-se de uma grata contribuição do Ifal a população do sertão e do agreste de Alagoas. Com essa possibilidade, não será preciso que jovens se desloquem de suas cidades para estudar a uma distância de 300 quilômetros, no caso a capital alagoana ou se mudarem para outras unidades da Federação”. A expansão dos novos campi do Ifal teve início em 2010 pelos municípios de Piranhas, Maragogi, São Miguel dos Campos, Murici, Penedo, Arapiraca e Santana do Ipanema.
Implantação de novos cursos de bacharelado amplia vagas nos cursos do Ifal, garantindo o acesso ao ensino público gratuido e de qualidade
Extensão, abra o debate com a comunidade acadêmica, para que possam repensá-las. “Isso não significará a ampliação da carga horária, mas uma readaptação dos projetos de cursos, que passarão por reformulações. Essas atividades de extensão já existem, mas muitas vezes não são utilizadas como créditos curriculares. O objetivo é universalizar o acesso dos estudantes de graduação às ações de extensão. A partir disso, todos os estudantes passarão por uma formação em que essas atividades estejam inseridas no seu itinerário formativo”, detalhou a gestora. Comunidade beneficiada A obrigatoriedade de atividades extensionistas nos curriculos dos cursos só virá somar à atuação que o Ifal vem promovendo à sociedade alagoana. Por meio de projetos, como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência) ou o Laboratórios interdisciplinares de formação de educadores (Life), financiados pelo Ministério da Educação (MEC), o Instituto acaba contribuindo efetivamente na formação de docentes. Em Maceió, por exemplo, várias escolas são
atendidas por esses projetos. “São programas importantes no âmbito do ensino, especificamente na formação de professores para a educação básica. O Pibid, por exemplo, envolve alunos de diversas licenciaturas presenciais e a distância, docentes dos cursos, que atuam como coordenadores dos projetos, além de professores de escolas municipais e estaduais”, pontua Cledilma. Atualmente existem 315 bolsas doadas aos três segmentos. O Life, por outro lado, já levou para o Campus Maceió uma estrutura de laboratórios de informática e acervo bibliográfico. O programa ajuda à produção do conhecimento interdisciplinar, por meio de espaços que dispõem de recursos tecnológicos, como notebooks, data show, além de uma coleção de materiais didáticos e lúdicos disponibilizados pelo MEC, como kits de Química, jogos de Matemática e outros modelos pedagógicos. Todas essas iniciativas poderão ser vistas no Congresso Acadêmico do Ifal, que será realizado este ano, pela primeira vez, e reunirá os cursos do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) em um só evento, congregando ações no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidas no Instituto.
Ifal leva curso superior ao sertão alagoano
Com a iniciativa do Ifal , uma expectativa foi gerada pelo público beneficiado que era a oferta de cursos superiores gratuitos e de qualidade na própria cidades ou regiões circunvizinhas. A chamada verticalização que inclui o ensino desde a educação básica à pós-graduação, aos poucos começa a se tornar realidade, a partir da possível oferta de cursos em nível de bacharelado pelo Campus Piranhas.
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Internacionalização apresenta seus primeiros resultados Gerônimo Vicente jornalista A internacionalização do Instituto Federal de Alagoas já é uma realidade concretizada para a comunidade que integra essa instituição federal de ensino. Até que se chegasse ao atual estágio foram necessários algumas viagens internacionais, recepção a missões internacionais e assinaturas de convênios com instituições de ensino estrangeiras, processos esses iniciados em 2011 e que resultaram em benefícios para alunos e professores. A surpresa, no entanto, está na rápida penetração de alunos e professores em terras estrangeiras representando o instituto. Desde 2011, que o processo de intercâmbio cultural, científico e tecnológico vem ganhando força, principalmente depois que o Ifal, por intermédio do reitor Sérgio Teixeira integrou missões a países d os continentes europeu e asiático. A abertura das fronteiras pelo Ifal que proporcionou a possibilidade de a comunidade interna estudar, trocar experiências e participar de eventos em outros países foi tão rápida que docentes e alunos ainda custam acreditar que tiveram a oportunidade de investimentos da instituição de ensino. Em 2015, a professora Sheila Marques participou do programa Professores para o Futuro convênio firmado entre o Brasil e a Finlândia e, durante cinco meses, no país da Europa Setentrional recebeu certificado de especialista em ferramentas e novas metodologias em Educação após defesa do projeto “Aplicação do PBL na disciplina de materiais de construção do curso de Engenharia Civil do Ifal Palmeira dos Índios”. O mesmo país foi o destino dos docentes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Marcelo de Assis Côrrea, Michely Libos e Victor Sgarbi que também tiveram suas propostas de trabalho aprovadas em uma seletiva de caráter nacional e estão entre os 48 profissionais de alto nível da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica que participarão de capacitação em universidades finlandesas de ciências aplicadas, durante os meses de abril, maio e junho de 2016. Jovens talentos Os estudantes Alberto Alves de Melo Neves, Igor Hutson Dias Fontes, João Gabriel Valen-
Alunos do Campus Maceió em competição de Matemática na Bulgária
tim Rocha e José Jardene da Silva Ramos também tiveram uma agradável experiência proporcionada pelo Ifal. Eles foram à Bulgária, no leste europeu disputar o Torneio Internacional dos Jovens Matemáticos. A presença dos alunos do Ifal na Olimpíada Internacional de Matemática, em Sofia, na Bulgária resultou, ainda, em um aspecto positivo para o Ifal que foi a assinatura de um acordo entre o instituto e a Todor Kableshkov University of Transport, localizada na capital búlgara. O estudante José Ismair Santos também é uma demonstração positiva da internacionalização. Sob a orientação dos professores Ellen Melo e Vagner Ramalho ele apresentou um trabalho denominado “O Ensino da Filosofia e o Desenvolvimento do Saber Pensar com Autonomia; Uma Análise do Ensino de Filosofia, que foi referendado por três importantes premiações duas delas internacionais. Em julho de 2015, o aluno recebeu premiação na Feira Mundial- ESI Mundial (MIlset Expo-Sciences International) realizada em Bruxelas, Bélgica. O evento ocorre a cada dois anos em um país diferente. Na ocasião, José Ismair expôs as análises realizadas durante a pesquisa e recebeu certificados e medalhas pela participação destaca. A parceria fechada entre o Ifal e instituições de ensino estrangeiras também beneficiou alunos dos cursos técnicos e, neste aspecto, o instituto de Alagoas se revelou como pioneiro na iniciativa como resultado de uma missão realizada pelo reitor Sérgio Teixeira e a coordenadora de Relações Internacionais, Magda Zanotto aos Estados Unidos e Canadá no início de 2015. Convênios com instituições como Jackson College, de Michigan-EUA,Sault College- Canadá resultaram
Reitor Sérgio Teixeira, pró-reitor Luiz Henrique e coordenadora de relações Internacionais, Magda Zanotto em missão na Finlândia ao lado do embaixador do Brasil.Acima à esquerda, o aluno José Ismair, na Bélgica. Esquerda abaixo, professora Sheyla Marques, na Finlândia
Professor Steve Willy, coordenador do Sault College do Canadá durante visita ao curso de Mecânica do Campus Maceió
na ida dos professores e dois alunos dos cursos técnicos para realizarem um intercâmbio científico e tecnológico na América do Norte. No segundo semestre de 2015, dirigentes de universidades canadenses estiveram no Ifal para conhecer a estrutura de ensino e laboratórios e, com isso, possibilitar a vinda de seus alunos a Alagoas. No segundo semestre de 2015, representantes de duas universidades do Canadá vieram conhecer a estrutura do Ifal com o objetivo de consolidar convênios de cooperação técnica firmado, no final do ano passado, entre a instituição federal de ensino e os ‘colleges’ norte-americanos e canadenses. O reitor Ronald Common, do Sault College, da cidade de Ste Marie e a professora Lorraine Frost, da Nipissing University. Como consequência desse intercâmbio, o professor Steve Willy, coordenador do Sault College do Canadá conheceu os trabalhos de pesquisas dos alunos na área de Mecânica e realizou troca de experiências com os alunos do Campus Maceió.
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Solenidade de certificação do Pronatec-Ifal em Santana do Ipanema
Larissa Muniz, pedagoga e aluna do Pronatec optou por empreender na área de organização de eventos
O Pronatec tem o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológico (EPT) para a população, através de ações como o Bolsa-Formação que oferece cursos técnicos a partir de 800 horas destinados a alunos da rede pública de ensino médio e a Bolsa-trabalhador que prevê a oferta
Facebook Pronatec-Ifal
Acassia Deliê
Gerônimo Vicente Acássia Deliê - jornalistas “Era um dos primeiros dias de aula quando a professora entrou na sala e falou sobre a importância de quebrar paradigmas. Eu não fazia ideia do que aquilo significava. Depois de todas as barreiras que enfrentei para terminar os meus estudos, agora eu sei. Hoje, sei que estou quebrando um grande paradigma”. A expressão da dona de casa de Marechal Deodoro, Nilda Pereira, 40 anos e incluída no discurso de conclusão do curso técnico de Cozinha e Hospedagem, ofertado do Campus do Ifal do município da região metropolitana de Maceió, acentua, ainda mais, o significado do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para a mudança da realidade social de muitos alagoanos que, antes, viviam sem perspectiva sócio-econômica e profissional. Implantado no Ifal em 2012, o Pronatec oportunizou uma mudança de vida a mais de 4 mil pessoas, por meio da oferta de cursos técnicos rápidos nos 15 campi da instituição federal de ensino em diversificadas áreas de atuação. Os cursos são destinados a alunos entre 14 e 24 anos e contemplam desde pessoas sem ocupação definida a graduados que optam por uma profissão paralela, a exemplo da pedagoga Larissa Muniz que faz opção por outra carreira, depois de ter concluído o curso de Organização de Eventos, ofertado também em Marechal Deodoro. Ela pretende montar uma microempresa de eventos e a primeira experiência profissional foi a própria formatura, organizada pela turma dela, composta por 138 pessoas e que recebeu 800 convidados. “Foi um recorde de público. Nós já tínhamos organizado outros pequenos eventos, mas este foi o primeiro com tanta formalidade. Uma experiência fundamental para mim, que agora quero abrir minha própria empresa”, afirma Larissa. No entanto, as ações do Pronatec também contribuem para a resinserção social, por intermédio de cursos técnicos para reeducandos do sistema prisional, modalidade em prática desde 2013.
Facebook Pronatec-Ifal
Vidas que mudaram depois do Pronatec
Alunos concluintes do curso de técnico em Eventos, em Maragogi
de cursos de qualificação a pessoas em vulnerabilidade social e trabalhadores de diferentes perfis. A maioria dos cursos são ofertados nas áreas de Mecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Hospedagem, Comunicação e Turismo, além da formação inicial em Recepção, Almoxarife de Obras, Inglês Instrumental e Auxiliar Administrativo Escolar.
Bairro mais populoso de Maceió também ganha campus do Ifal A qualidade de ensino, público e gratuito ofertado pelo Ifal (Instituto Federal de Alagoas) chegará, nos próximos meses, à parte alta de Maceió para atender a população do bairro do Benedito Bentes, o mais populoso da capital alagoana com mais de 200 mil habitantes e regiões circunvizinhas. Uma unidade de ensino foi doada pelo governo de Alagoas e visitada por uma comissão da instituição federal de ensino com o objetivo de montar uma estrutura administrativa e didáticopedagógica no considerado novo campus do instituto. Como fase experimental, o Campus Avançado do Benedito Bentes poderá contar com os cursos técnicos subsequentes de Logística e Informática para a Internet, segundo avaliaram os integrantes da comissão formada pelo pró-reitores Carlos Guedes (Desenvolvimento Institucional) e Wellington Spencer (Administração), além da coordenadora do Pronatec, Rosângela Cerqueira. O espaço cedido tem 12.467 metros quadra-
dos, sendo 91 metros de frente e 137 de fundo e dispõe de doze salas de aulas, dois laboratórios, salas de multimídia e de línguas estrangeiras, coordenação, secretaria, cozinha, salas dos professores, espaço de convivência, cozinha, um campo de futebol society e um ginásio de esportes coberto. A intenção da gestão do Ifal é ocupar as instalações até o final deste ano. Para isso, uma força-tarefa cuidará do processo de jardinagem, limpeza dos espaços livres, instalações elétricas e hidráulicas que serão adaptadas aos cursos ofertados e composição do quadro de pessoal. No entorno da unidade escolar há mais duas escolas estaduais, sendo uma delas de ensino integral, terminal de ônibus do Benedito Bentes e o mercado público do bairro. Este será o segundo campus do Ifal na capital alagoana. O primeiro tem 106 de existência e está localizado na rua Misael Domingues, no Centro, onde estudam mais de cinco mil alunos nos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação.
Gerônimo Vicente
População do bairro de Maceió começa a ser atendida, inicialmente, com os cursos subsequentes
Ifal levará o ensino de qualidade à parte alta da capital alagoana e no bairro mais populoso
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ANO IV - JULHO 2016 - Nº 07
População ganha mais um moderno campus do Instituto Federal de Alagoas Prédio Campus Murici, na Zona da Mata alagoana, impressiona pela qualidade arquitetônica Gerônimo Vicente
Campus Murici, o maior investimento em educação da Zona da Mata alagoana
O mais moderno prédio público da zona da mata alagoana foi entregue em maio deste ano à população da região. Trata-se o Campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) do município de Murici, localizado a 70 quilômetros de Maceió inaugurado pelo reitor Sérgio Teixeira e pelo governador Renan Filho em solenidade acompanhada por mais de 200 pessoas, entre autoridades estaduais, federais, docentes, servidores técnico-administrativos, alunos e a comunidade muriciense. O campus beneficia ainda estudantes dos municípios vizinhos de União dos Palmares, São José da Laje, Ibateguara e Branquinha. A unidade de ensino do Ifal impressiona pelo projeto arquitetônico erguido em uma área de, aproximadamente, 70 mil metros quadrados preenchidos com amplas salas de aulas, laboratórios com modernos equipamentos e espaços de convivência, desporto e lazer, como campo de futebol society, ginásio de esportes e anfiteatro para atender a cerca de 500 estudantes. Na obra foram investidos R$ 15 milhões. - É o maior investimento em educação já re-
Governador Renan Filho, reitor Sérgio Teixeira e a diretora Jocília Rodrigues desenlaçam a fita simbólica de inauguração do prédio
alizado na cidade de Murici, afirmou o governador Renan Filho durante discurso. O reitor Sérgio Teixeira expressou a satisfação de inaugurar a obra que começou a mudar o rumo da educação de Murici e anunciou várias novidades aos presentes, entre essas, a transformação da Unidade de Referência do bairro do Benedito Bentes, localizado na capital alagoana, em Campus Avançado e a mudança do Campus Avançado do município de Viçosa para Campus, alterações que significam um saldo positivo para essas unidades nas áreas de ensino orçamento e quantidade de servidores. O Campus de Murici é a terceira unidade do Ifal inaugurada a partir da interiorização do instituto federal, implantada a partir de 2010.Antes dela, já foram entregues os campi de Piranhas, no alto sertão e de Penedo, no baixo do São Francisco. No próximo ano, serão inaugurados os campus de Coruripe, no litoral sul e de Maragogi, no litoral norte de Alagoas.Ainda estão em obras, a unidades de ensino de São Miguel dos Campos, região metropolitana de Maceió, Santana do Ipanema, no sertão.
Ifal nas redes sociais: envolvimento e participação da comunidade Anny Rochelly - jornalista
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ídias sociais como Facebook, Twitter e Instagram são parte do cotidiano das instituições, auxiliando na divulgação de ações e no envolvimento da comunidade com o que acontece dentro das organizações. No Instituto Federal de Alagoas (Ifal) não é diferente. A comunidade, formada por alunos, professores, técnicos-administrativos e familiares, comenta e compartilha as notícias publicadas nas redes sociais, gerando um efeito viral positivo para a instituição. O perfil do Facebook, por exemplo, é o que mais tem adeptos do nosso público-alvo, isto é, estudantes e potenciais alunos. Atualmente, quase 15 mil pessoas curtem a nossa fanpage e a taxa de rejeição é baixa em comparação com os dados totais. Semanalmente, são registradas mais de 50 novas curtidas, com público majoritário de mulheres na faixa etária de 18 a 34 anos. A maior parte dos acessos é registrada via dispositivos móveis e o alcance das nossas publicações chega a quase 18 mil pessoas, com uma média de 3 mil pessoas envolvidas em cada uma delas. Todo esse alcance não se restringe ao Brasil. Temos fãs da Angola, Indonésia, México, Portugal e outros países, comprovando o sucesso no modelo de educação profissional técnica e tecnológica ofertada pelos institu-
REITORIA em FOCO EXPEDIENTE Reitoria em Foco
Informativo da Reitoria do Instituto Federal de Alagoas - Ano IV - Boletim número 07 Sérgio Teixeira Costa Reitor Luiz Henrique de Gouvea Lemos Pró-reitor de Ensino Carlos Henrique de Almeida Alves Pró-reitor de Pesquisa e Inovação Altemir João Secco Pró-reitor de Extensão Carlos Guedes de Lacerda Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional Wellington Spencer Peixoto Pró-reitor de Administração
Departamento de Comunicação e Eventos Zoroastro Neto Chefe do Departamento de Comunicação e Eventos Gerônimo Vicente dos Santos Coordenador de Comunicação Social e Marketing
REDAÇÃO: Gerônimo Vicente (Reg.355 MTB-AL) jornalista responsável Anny Rochelly (Reg.1307 MTE-AL) Gerônimo Vicente (Reg 355-MTB-AL) Roberta Rocha (Reg.918 MTE-AL) Jhonathan Pino Luciana Fonseca - Relações Públicas (CONRERP 5ª nº 1749) PROJETO GRÁFICO Gerônimo Vicente APOIO E RECEPÇÃO: Celice Silva ENDEREÇO: Redação:Rua Odilon Vasconcelos, 103Jatiúca -Maceió-AL Telefone: (82) 3194-1199 e-mails: chefia do DCE dce@ifal.edu.br Redação comunicacao.reitoria@ifal.edu.br
Na Mídia tos federais. O Twitter é outra mídia social na qual o Ifal está presente, com mais de 3 mil seguidores atualmente, há ainda um perfil no Google Plus e um canal no Youtube, onde são postados vídeos de entrevistas com alunos ou servidores do Ifal para a imprensa, seja alagoana ou nacional. São quase 7 mil visualizações e 162 inscritos no canal.A adesão às mídias sociais teve início em 2009 e hoje a maior parte dos acessos ao site institucional e às notícias produzidas pela equipe de jornalistas da Reitoria e dos campi é feita via redes sociais. Se você também quer acompanhar nossas notícias, acesse os seguintes endereços: facebook.com/reitoriaifal, twitter.com/ifalagoas, Canal Ifal no YouTube e Instituto Federal de Alagoas no Google Plus.
Relatório apresentado pelo DCE indica que a cada ano, o nível de divulgação das ações do Ifal se amplia na mídia tradicional e cresce de forma multiplicadora nas redes sociais, conquistando, deste modo, um público cada vez mais heterogêneo Em 2015, foram registrados nos veículos de comunicação impressos 110 informações referentes ao Ifal como produto de divulgação da área de comunicação social. Exame de seleção dos cursos técnicos, concurso públicos para servidores, reconhecimento de cursos superiores e de cursos técnicos são os assuntos que mais chamaram a atenção do público-alvo.