REITORIA EM FOCO - BOLETIM INFORMATIVO DA REITORIA DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS - ESPECIAL-ABRIL

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REITORIA em FOCO Boletim Informativo da Reitoria do Instituto Federal de Alagoas EDIÇÃO ESPECIAL - ABRIL 2019 Nº 10

Avanços conquistados e desafios superados C

redibilidade e reconhecimento da população se conquista e para atingir esse objetivo, é necessário que as ações se transformem em benefício para a sociedade. O Instituto Federal de Alagoas (Ifal)tem cumprido à risca esse papel desde 2008, quando foi incluído na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. A partir de 2010, seus gestores começaram a colocar em prática o que foi planejado para mais uma década. Hoje, nove anos depois, as conquistas são visíveis e os mais desafiadores projetos, como o da expansão, por exemplo, se mostram superados. Este boletim informativo traz uma retrospectiva desses momentos que afetam o pleno cumprimento da missão institucional que é “promover uma educação de qualidade social, pública e gratuita”.

Caravana responsável pela expansão

Pesquisas reconhecidas no cenário nacional

Inauguração Campus Murici

Extensão: recorde de trabalho

Colação de grau de educação a distância

Missão do Ifal na Finlândia

ENTREVISTA

Reitor avalia gestão e aponta as conquistas Páginas 10 a 12

Departamento de Comunicação e Eventos ccsm@ifal.edu.br (82)31941199/1136

Dados mostram evolução do Ifal em todas as áreas de ensino, pesquisa e extensão Págs 8 e 9


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GESTÃO DE PESSOAS

Valorização e atenção ao servidor marcaram o setor

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os últimos dez anos, não há uma outra palavra que defina Instituto Federal de Alagoas que não seja “expansão”. Afinal de contas, o complexo educacional, pioneiro na educação profissional alagoana, era composto em 2010 por apenas quatro unidades de ensino e, em 2019 atinge a 16 campi espalhados no mapa do estado, quatro vezes a mais do que no início da década. Contudo, se há um setor no Ifal que se expandiu tanto como o instituto foi o de Gestão de Pessoas, responsável direto pelo quadro funcional docentes e técnicos administrativos. Os números comprovam a afirmação. Havia 710 servidores no Ifal no início da composição da rede federal entre professores e servidores técnicos administrativos. O total, atualmente é de 1861 até fevereiro de 2019, segundo dados da Diretoria de Gestão de Pessoas. Com o aumento em quase três vezes na quantidade de servidores ensejou a necessidade de ampliação e criação de setores da DGP para proporcionar iniciativas de valorização e de qualidade de vida no trabalho. Algumas dessas medidas estão relacionadas nesta página.

CONTRATO E ADMISSÃO O mais requisitado setor da DGP nessa década. Para atender a quase 1200 servidores aprovados em dois concursos públicos foi necessário a formação de um mutirão, intitulado “Força-tarefa” (foto) para que todas as vagas abertas fossem preenchidas em tempo hábil. O esforço não foi à toa. Foram mais de 150 mil pessoas inscritas nos dois últimos concursos públicos realizados para a carreira de técnicos administrativos, modalidade que garantiu o acesso ao Ifal de categorias como engenheiros,

GESTÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DO SERVIDOR

REVIVER HISTÓRIA

A iniciativa da Coordenação de Aposentadoria e Pensão resultou em maior atenção aos ex-servidores da casa por meio de promoção de eventos de homenagens (foto) e de entretenimento como o projeto Cine-pipoca (foto). A equipe da Coordenação de Desenvolvimento e Capacitação de Pessoal recebeu da gestão fôlego orçamentário que proporcionou cursos em níveis nacional e internacional, além de valorizar a chamada “prata da casa” que são servidores do Ifal incluídos do Programa de Formação Inicial e Continuada que são instrutores dos treinamentos e capacitação da instituição.

psicólogos, assistentes social, administrador, jornalista, médicos, enfermeiros,analistas de sistemas outros profissionais, além de professores de todas as áreas de cursos de níveis médio-técnico e superiores.

O nome Administração e Pagamento de Pessoal remete à lembrança sobre tramitação de processos e despachos de âmbito funcional. Somente em 2018, 1500 processos transitaram pelo chamado DAP. Porém, as atividades vão além da movimentação de lotes de documentos de servidores. O setor também mudou o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) do

Ifal, ao inserir entre os objetivos estratégicos o Programa de Qualidade de Vida que já é aplicado junto aos servidores, por meio da Coordenação de Saúde do Servidor com várias atividades de lazer, entretenimento e prevenção à saúde Na última década, o número

de ações nesse sentido teve um acréscimo tão surpreendente quanto o engajamento dos servidores nas atividades como palestras motivacionais, meditação, prevenção a doenças, corrida, caminhada horizontal e vertical (subida de degraus da Reitoria), yoga, massagem, convênios com academias e rodas de conversas.


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Qualidade de ensino torna o Ifal referência nacional

A qualidade de ensino público e gratuit e a formação dos professores são frutos de um incessante e minucioso

trabalho realizado pela Pró-reitoria de Ensino.

As atividades desenvolvidas pela Proen nos últimos nove anos e que envolvem alunos, docentes e servidores

técnicos administrativos que atuam na área de educação mostram que boa parte das ações projetadas para o período foi alcançada. Entre essas iniciativas, estãos avaliações dos cursos realizadas pelo Ministério da Educação e que atribuem notas satisfatórias a maioria dos cursos do instituto> Dois deles receberam nota 5. Foram os cursos superiores de Design de Interiores do Campus Maceió e Engenharia Civil do Campus Palmeira dos Índios.

Formação docente

A Pró-reitoria de Ensino promove vários eventos de formação dos professores nomeados com objetivo de apresentar o plano político pedagógico da Institutição.

Número de alunos O processo de interiorização do Ifal nas demais regiões do estado de Alagoas resultou no crescimento da demanda estudantil que somente entre 2010 e 2012 saltou de 5980 alunos para 11.519. Em 2014, já eram 16.954 estudantes matriculados na instituição. Atualmente, o número de alunos matriculados ultrapassa os 22 mil.

AVANÇOS NOeENSINO Conquistas avanços Criação Plano de Estratégico de Permanência e Êxito de Alunos

Implantação dos núcleos de atendimento às pessoas com necessidades especiais

Colegiados dos cursos técnicos

Formação pedagógica de novos docentes;

A implantação do Fórum de Política e Assistência Estudantil

Introdução da modalidade de saúde entre as áreas de ensino do Ifal

A criação do Cepe (Conselho de Ensino e Pesquisa)

Criação do Centro de Idiomas do Ifal

NOVOS CURSOS A expansão do Ifal contemplou, ainda, a criação de novos cursos técnicos e superiores na instituição, logo depois do recredenciamento do instituto pelo MEC em 2016 e reformulação do plano pedagógico de vários cursos de níveis médio e superior. Nesse ano, entraram em atividades os cursos de Engenharia Civil no Campus Maceió e de Engenharia Agronômica no Campus Piranhas. No Campus Penedo, foi criado o curso técnico de Açúcar e Álcool e no Benedito Bentes os de Informática e Logísticas (técnicos subsequentes) e Técnico em Enfermagem. No final de 2018 foram implantadas as licenciaturas de Física no Campus Piranhas e Letras Português em Arapiraca.

CURSOS RECONHECIDOS Desde a implantação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, o Ifal teve seus cursos superiores avaliados de forma satisfatória pelos órgãos de fiscalização e controle do Ministério da Educação.Em 2015, o conceito 4 foi estipulado para a maioria desses cursos, o que garantiu o status de universidade, estabelecido no estatuto dos institutos federais.Em 2016, o curso de Design de Interiores recebeu conceito máximo do Inep ao obter a nota 5. Em 2018, o curso de Engenharia Civil no Campus Palmeira dos Índios recebeu também nota 5, tanto no Enade (Exame Nacional de Avaliação de Desempenho) quanto no CPC (Conceito Preliminar de Cursos).

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Foi com o curso tecnológico de Hotelaria que o Ifal se inseriu no mundo da educação online. Um projeto audacioso lançado no início dos anos 2000 assegurou a interatividade entre professor e aluno em horas definidas e longe da sala de aula. O curso de Hotelaria do Ifal se tornou uma referência no país inteiro, principalmente nas cidades com tradição

turísticas. Assim surgiram os polos de Maceió, Mata de São João, Ilhéus e Vitória da Conquista, esses dois últimos na Bahia. Essa experiência exitosa foi essencial para criação de novos cursos de graduação técnicos vinculados ao Etec e especializações destinadas a servidores públicos e comunidade em geral.

Colação de grau dos cursos del icenciaturas


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4 Camerata do Ifal, do Campus Maceió, integrante do programa de extensão Artifal

EXTENSÃO

Projetos extensionistas mudam a realidade em comunidades alagoanas

Programas de Extensão Para levar as atividades do Ifal às comunidades , a Proex projetou nos últimos nove anos adotar e ampliar ações extensionistas, até porque em 2010 não havia na instituição normativo sobre extensão no instituto. A resolução nº 10/2011 do Conselho Superior regulamentou essa atividade, ocasião em que foi alocado orçamento para tal finalidade. A partir desse procedimento foram publicados vários editais de fomento à extensão com participação de alunos e servidores, os quais têm sido anunciados a cada ano:

O incentivo ao cooperativismo, ao associativismo e empreendedorismo são eixos constituidores da Pró-reitoria de Extensão do Ifal que contribuem para a geração de trabalho e renda. A Proex avalia as ações realizadas ao longo de uma década como positivas, apesar das dificuldades encontradas no que se refere ao conteúdo orçamentário. No início do Ifal na condição de rede federal, apenas um único projeto exista e, atualmente, são mais de 200. Somente em 2017, foram realizadas 65 ações extensionistas com princípios de sustentabilidade do Ifal.

Proifal - visa implantar ações de preparação para o exame de seleção dos cursos do Ifal, atendendo estudantes de escolas públicas. Artifal - objetiva formar grupos culturais/artísticos para a preservação e disseminação da cultura e da arte. Propeq - objetiva disseminar/implantar os resultados das pesquisas desenvolvidas no Ifal, de modo a colocar seus benefícios a serviço da sociedade. Minha Comunidade - objetiva desenvolver em determinada comunidade geograficamente instalada um conjunto de ações extensionistas. Dados apresentados pela Proen apontam que o número de projetos de extensão apresentou nos últimos quatro anos índices satisfatórios de variação. Para se obter uma projeção da evolução desses dados, vale salientar que em 2010 só existiam dois projetos, elevando-se para 57 em 2011, 148 em 2012 e, no ano passado, chegou a 344. O ápice no quantitativo foi registrado em 2016, quando 416 projetos foram inscritos na Proex.

Conscientização ambiental no Sertão

Exposição: Beleza Negra

Atividades desempenhadas pela Proex-Ifal se transformaram em experiência exitosa apresentada em eventos nacionais de extensão.

Coral Campus Murici

Cadeia produtiva do bambu


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“Bioplástico” com matéria orgânica, pesquisa que ganhou destaque no programa Como será?, da Rede Globo

Pesquisa aplicada na busca por soluções sociais Patentes no INPI Quatro pesquisas geradas nos laboratórios do Ifal foram as primeiras a ter depósito de patentes no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) sobre os seguintes temas: o Dendômetro Eletrônico; uma farinha nutritiva, criada a partir do bagaço da pinha; a produção de biscoitos tipo cookie, com a substituição parcial da farinha de trigo por fígado bovino liofilizado, ou ainda a criação de uma calda, sabor “tapioca alagoana”.

A realidade da pesquisa e da inovação no Instituto Federal de Alagoas tinha esse panorama em 2010: havia 20 grupos de pesquisas, somente 43 docentes possuÍam o título acadêmico de doutorado e 174 de mestres; convênios com universidades estrangeiras sequer compunham a pauta quando o assunto na instituição de ensino se referia à pesquisa, pós-graduação e inovação. Em nove anos, a situação mudou para melhor nesses e em outros quesitos relativos a essas áreas. Atualmente, há mais de 200 grupos de pesquisa, três mestrados são ofertados pelo Ifal, além de cinco especializaçõesDezenas de pesquisas dispõem de depósito de patentes, convênios com universidades locais, regionais, nacionais e internacionais foram ampliados. As chamadas startups incentivadas pelo Núcleo de Inovação e Tecnologia têm revelado jovens pesquisadores e a concessão da bolsa de produtividade pelo Ifal garante aos pesquisadores a valorização da produção científica, tecnológica e de inovação.

Bolsa-produtividade Com o objetivo de valorizar a produção científica, tecnológica e a inovação no Ifal, a Pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e PósGraduação abre, anualmente, edital para a concessão de Bolsa Produtividade. Os valores variam entre R$ 750 a R$ 1200,00 por mês. Os recursos têm estimulado a

participação de docentes em pesquisas que servem como referencial para os cursos de pós-graduação ofertados pela instituição

Qualificação A verticalização do ensino no Ifal tão propalada no início da rede federal de educação já é um fato concreto. Por ela, o aluno pode ingressar na educação básica e sair da instituição com uma pós-graduação em níveis de especialização ou mestrado. São três ofertas do stricto sensu (Tecnologias Ambientais,Educação Profissionais e Ciências Contábeis) e seis Latu Sensu.

Ideias inovadoras

Avant IF é uma competição de ideias inovadoras direcionada a alunos, servidores e egressos do Instituto Federal de Alagoas - Ifal com o objetivo de promover atividades de estímulo à cultura do empreendedorismo e da inovação, com premiação de modelos de negócios viáveis e sustentáveis, de potencial mercadológico. O evento foi idealizado pela Pró-reitoria

de Pesquisa e Inovação, por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica do Ifal, que estimula o empreendedorismo e a produção intelectual entre os alunos.


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Expansão do Ifal altera mapa da educação profissional em Alagoas

Campi definitivos das novas unidades de ensino do Ifal dispõem de um moderno projeto arquitetônico

A

Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional nasceu na estrutura do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) com ares de grandeza, tamanha a variação de ações a serem cumpridas por essa pasta, sendo a mais desafiante, a concretização da expansão da instituição em todas as microrregiões do estado de Alagoas, ampliando, deste modo, o mapa da oferta não só da educação profissional, mas também da graduação e pós-graduação. Além de, literalmente, concretizar essas iniciativas, a PRDI é responsável direto pelo planejamento institucional do Ifal e adotou uma ferramenta inédita na rede federal, chamada Geplanes que garantiu, nos últimos cinco anos, dados mais eficientes e transparentes para a toda a sociedade no que se refere a projetos futuros. Para se chegar a esse estágio foi necessário uma conexão intercampi dessas informações que proporcionou a organização de dados abertos, além de acesso da comunidades (servidores e estudantes) a informações sobre situação funcional, boletins e outros links importantes. Atualmente, todos os campi estão interligados por internet, cinco campi da expansão funcionam em prédios próprios, situação bem diferente da improvisação predial de 2010.

Expansão: Piranhas, Penedo, Murici, Maragogi, Viçosa. Benedito Bentes e Coruripe foram os municípios que nesses nove anos ganharam sede definitiva do Instituto Federal de Alagoas que pela qualidade arquitetônica provocou uma profunda transformação social na vida de milhares de estudantes dessas variadas microrregiões do estado de Alagoas. Essas unidades somam-se a Maceió, Palmeira dos Índios, Satuba considerados campi tradicionais. Os próximos serão São Miguel dos Campos, Rio Largo Batalha, Santana do Ipanema. São unidades de ensino com comprimento que varia no mínimo 49 mil metros quadrados a 75 mil metros quadrados, onde são construídos além das salas de aulas e laboratórios, espaço de convivência, quadra esportiva, ginásio de esportes, anfiteatro e auditório. A modernização da qualidade de ensino é sinal evidente para essa população da chegada de cursos de graduação e pós-graduação, o que garante a permanência de jovens em suas cidades de origem na proposta de escolha da carreira profissional.

Tecnologia da Informação

Com bastante empenho da restrita equipe, a Diretoria de Tecnologia da Informação do Ifal adotou o Plano Diretoria de Tecnologia da Informação com o objetivo de orientar a aplicação de recursos de tecnologia do IFAL, alinhando as ações de Tecnologia da Informação aos objetivos estratégicos institucionais, reforçando os princípios de racionalização, padronização, uniformidade, economicidade e garantindo execução das políticas setoriais com maior eficiência e eficácia. toda a operação tem como controle, o Comitê Gestor de TI composto por dirigentes da Reitoria, presidido pelo reitor e assessorado por um representante da DTI. Também em dez anos foram criados os sistemas de informação do Ifal que são o Sipac,Sigarh, SIGAA, Sirem, Sistema de Concurso, Sistema de Avaliação, Sistema de Exame de Seleção, e-mail de servidor e o portal institucional. Nesse período, a DTI adotou medidas de redução de dependência tecnológica de empresas terceirizadas, entre elas o serviço de telefonia móvel e fixa;central telefônica VoIp; Fornecimento de links de internet; locação de equipamentos de impressão;suporte e manutenção dos sistemas SIG/UFRN (SIPAC, SIGRH e SIGAA).

Agenda ambiental

O compromisso com a sustentabilidade foi outro importante projeto emcapnado pelo Desenvolvimento Institucional do Ifal. Um Plano de Logística Sustentável prevê uma série de ações extensionistas com princípios sustentáveis;capacitação e sensibilização dos servidores do IFAL; implantação de práticas para racionamento do consumo de energia elétrica; implantação do uso racional e sustentável do consumo de água; implantação de compras sustentáveis; integração de ações sustentáveis advindas de projetos de pesquisas do Ifal e, por fim, redução do uso de materiais de consumo: papel e copos descartáveis foram iniciativas que contribuem para um mundo melhor sob a ótica da qualidade de vida.

Planejamento O planejamento tem sido uma poderosa ferramenta de organização das ações do Ifal nos últimos nove anos. No Plano de Desenvolvimento Institucional que se volta agora para o quadriênio 2019-2023 estão traçados todos os objetivos estratégicos a serem perseguidos pela instituição.Vale destacar a aquisição do software livre Geplanes e que se transformou em uma avançada plataformapara organização dos projetos futuros,, O software usado pelo Ifal é considerado como uma experiência exitosa na rede federal de educação profissional e tecnológica.


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Administração

Gestão participativa agiliza fluxo de processos no Ifal

A formação do Fordap (Fórum de Diretores de Administração) do Ifal foi a senha organizacional para realização das ações nos últimos dez anos pela Proad (Pró-reitoria de Administração) que, devido à complexidade de atividades, redobrou suas atenções, não só para as diretrizes orçamentárias e financeiras da instituição, mas para outras iniciativas que tinham como suporte estabelecer os princípios da economicidade, da transparência e da boa conduta na administração pública. O fórum é um espaço de referência para discutir as ações e demandas em questões como compras, aquisição de bens, de material e consumo, construção, patrimônio, contabilidade e processos licitatórios. Para se atingir o atual estágio, o primeiro passo foi dado em 2012 com a contratação da consultoria da Fundação Getúlio Vargas que junto com os dirigentes analisaram os macroobjetivos e aspectos estratégicos, táticos e operacionais para aperfeiçoar o fluxo de informação no relacionamento com a sociedade. Com esses dois importantes mecanismos de atuação, que foram o Fordap e a consultoria da FGV, a Proad partiu para modernizar a gestão e uma das primeiras iniciativas foi a descentralização da execução orçamentária e financeira da instituição, iniciada em 2012 resultando em melhores práticas de gestão e governança.

Compras Como forma de gerar eficiência econômica, a Proad estruturou um calendário de compras para planejar o planejamento de aquisição de bens e serviços, fato que permitiu mais transparência durante o processo de contratações de produtos.

Suprimentos O fluxo de processos de suprimentos garantiu o gerenciamento estratégico das cadeia de suprimentos da instituição, desde o planejamento das contratações, incluindo os procedimentos de compras, até o recebimento e distribuição de bens e serviços.

Planejamento

Processo eletrônico

Outra dinâmica que garantiu melhor organização administrativa e orçamentária no Ifal foi a iniciativa, deliberada pelo Fordap da remessa de proposta de orçamento pela unidades de ensino de acordo com o que define a matriz do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica). Por esse formato, a Reitoria do Ifal define um piso financeiro mais o valor proporcional aos campi. A distribuição orçamentária é aplicada, a partir do cálculo do custo por aluno.

A Proad normatizou o uso do requerimento geral para abertura de processos administrativos junto às áreas de Protocolo da Reitoria e dos Campi, através da Orientação Normativa nº 16, de 29 de dezembro de 2016. As orientações visam auxiliar no envio de documentos, via processo administrativo, à Pró-reitoria de Administração, às Diretorias e Departamentos de Administração e setores equivalentes nos Campi, garantindo excelência no atendimento a todos os interessados.

Fordap O Fórum de Dirigentes de Administração do Ifal propiciou a integração das áreas administrativas e de planejamento das unidades de cada campus na discussão sobre soluções compartilhadas. O Fordap oportunizou por meio de reuniões e oficinas melhor conduta na elaboração do orçamento do instituto.

Bens patrimoniais A sistematização da implantação do módulo de patrimônio do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC) integra a gestão dos bens patrimoniais da instituição com o registro dos materiais permanentes, controle de localização e respectivos responsáveis, movimentações e acautelamentos, inventários, desfazimentos e ajustes contábeis, inclusive depreciação. A atividade inova ao integrar e valorizar a área do patrimônio aos demais sistemas de gestão do Ifal e possibilita a conscientização dos responsáveis pelos bens patrimoniais nos campi, buscando a eficiência do uso dos recursos públicos.


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EDITORIAL

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echamos um ciclo”! Eis a expressão do gestor máximo, Sérgio Teixeira Costa, ao se referir ao período de sua gestão, de 2010 a 2019, somando as conquistas aos avanços e às superações dos desafios!

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) expandiu seus muros para além de Maceió, Satuba, Palmeira dos Índios e Marechal Deodoro - saiu de 4 (quatro) unidades para 16 (dezesseis), com abrangência geográfica para todas as microrregiões do Estado. Além de se instalar em 15 polos para ofertar educação a distância, tendo como marco referencial o conjunto dos direcionadores estratégico que define sua missão como sendo a de “Promover educação de qualidade social, pública e gratuita, fundamentada no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a fim de formar cidadãos críticos para o mundo do trabalho e contribuir para o desenvolvimento sustentável”. Ao se consolidar como uma instituição de referência nacional em educação profissional, científica e tecnológica, pautada na cultura e na inovação, em consonância com a sociedade, o Ifal ratifica seu valor institucional e os compromissos de gestão entrelaçados nas políticas de assistência estudantil e pelo incentivo à pesquisa, à pós-graduação, à inovação e à extensão. Mesmo diante dos desafios para a administração de uma instituição educacional pública, plural e multicampi, outros mais oriundos da situação econômica do país, o Ifal, aliado à busca de práticas de gestão comprometidas com a qualidade, avançou na concretização dos objetivos estratégicos definidos no Plano de Desenvolvimento Institucional 2014-2018, demostrando o quanto é possível fazer, quando se possui servidores profissionais determinados a fazer a diferença!

Convido-@ para leitura do Reitoria em Foco 2019: conquistas, avanços e desafios!

Ensino

Ifal em dados

Cursos integrados -2010-2019


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Ifal em dados Pesquisa e Inovação

Extensão

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ENTREVISTA Em seu último mês de gestão, o reitor Sérgio Teixeira conversa sobre o que foi implantado nos últimos nove anos no Ifal e os desafios herdados pela equipe que inicia seu mandato em 2019. Jhonathan Pino jornalista

O que a instituição tem a oferecer para a sociedade alagoana? De modo geral, estamos em 16 campi, em 15 municípios, além dos 15 polos de educação a distância. Quando você vê nossa atuação, ela abrange todas as microrregiões de Alagoas. Então, primeiramente, a educação profissional, em todos os níveis, nos cursos de formação inicial e continuada, como também com cursos de nível superior e pós-graduação. Todas essas formações contribuem para o desenvolvimento de todas estas regiões do estado. A grande obra da expansão dos institutos nessa última década foi formar e fixar os trabalhadores em suas próprias regiões, porque antigamente existiam quatro campi, que recebiam alunos de todos os lugares. Quando esses alunos terminavam os estudos, eles não voltavam as suas cidades. Na realidade atual, eles são inseridos no mercado e podem abrir empresas em seus municípios de origem. A outra possibilidade é que o aluno, através da extensão, pode levar o conhecimento adquirido para as suas comunidades. Para você ter uma ideia, atingimos, em 2017, 45 mil pessoas, fora da instituição. O terceiro pilar é a pesquisa. Hoje somos uma referência na pesquisa, porque criamos uma política formada por editais que oportunizam bolsas para alunos e pesquisadores solucionarem problemas da realidade local. No último ano, mais de 500 propostas foram apresentadas, cerca de 300 destes projetos foram selecionadas para fazer um tipo de pesquisa que é mais aplicada e que busca dar o resultado à sociedade, em um prazo menor. Também estamos lançando um edital para chamar empresas para apresentarem suas demandas aos nossos pesquisadores. No momento estão sendo ofertados R$ 300 mil para o financiamento e o desenvolvimento de produtos e processos de empresas privadas. De onde vem esses recursos? São do próprio Ifal. Na verdade é algo que estamos sendo pioneiros entre os institutos, até mesmo porque, com os recursos do MEC não conseguimos sequer cobrir o orçamento de quase R$ 3 milhões, em pesquisa, inovação e qualificação,

que são desenvolvidas anualmente, com recursos do CNPq, da Fapeal e de outras parcerias. Estamos colhendo os primeiros frutos de uma cultura da pesquisa: depositando patentes e financiando novas pesquisas, a partir de bolsas próprias do Ifal, como a Bolsa Produtividade, que é um incentivo dado para os nossos pesquisadores, com valores iguais aos da Capes e CNPq. Hoje temos 25 professores recebendo essas bolsas; a maioria das universidades não tem isso. Esse tipo de programa também agrega os alunos, porque, quando o professor recebe um incentivo, ele tem que convidálos para desenvolver sua pesquisa. Hoje, 70% da pesquisa desenvolvida é realizada por alunos da educação básica, o que é extraordinário, mas, além disso, eles estão envolvidos em projetos de ensino e extensão, o que acaba atendendo ao tripé da instituição e ao mesmo tempo os segurando dentro das atividades acadêmicas. Nós também procuramos instituições privadas e públicas para interagir, com a perspectiva de produzir conhecimento, auxiliando no desenvolvimento de novos produtos. Fomos procurados pela Cooperativa Pindorama e estamos na fase de assinatura de convênio, para a cooperação, tanto na área agrícola, quanto na área industrial. Estamos fechando convênios com o Sebrae e a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, para trabalhar a área de reflorestamento e principalmente com a cultura de Eucalipto. Os campui agrícolas devem ser escolhido para receber estruturas para pesquisar e implantar essa tecnologia voltada à cultura do Eucalipto. Também fomos procurados pela Associação de Produtores de Mel e Própolis Vermelha do Estado. Eles têm interesse em patentear esse produto e desenvolver a produção conosco. Nos dois casos, os professores da área de Agropecuária, Agroecologia e Agroindústria poderão contribuir com suas pesquisas e interagir entre si. Cada campus que tiver algum tipo de relação com essas áreas será inserido na formação de grupos de pesquisa, com a instalação de laboratórios e recursos próprios para isso. É o Ifal acreditando que pode produzir conhecimento e inovação com recursos privados, quebrando o paradigma de que uma instituição pública não


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poderia se relacionar com empresas privadas. É possível ver mudanças na forma de gestão entre o Ifal de hoje e daquele momento em que o instituto estava sendo criado, 10 anos atrás? As diferenças são gritantes. Quando assumimos a gestão em 2010, não existia política clara de pesquisa e de extensão. Tínhamos dois projetos, sem bolsas. Hoje atingimos 340 bolsas para o desenvolvimento da extensão, atendendo mais de 40 mil pessoas. Crescemos, por conta da extensão, quantitativamente, mas paralelamente crescemos com qualidade, de forma que hoje podemos dizer que somos referências na área de gestão. Um dos legados que deixamos é o hábito de planejar. Conseguimos implantar essa cultura e nos últimos cinco anos desenvolvemos um instrumento de gestão, otimizando o Geplanes, hoje referência nacional. Houve algum ponto que você acha que faltou ser implementado, nesse tempo? Um dos grandes desafios que tivemos no início da gestão é que no início da expansão, em 2010, o governo federal dava total apoio à ampliação da estrutura dos institutos. Naquele momento, apesar de possuirmos recursos para realizar as obras, a capacidade instalada para executar as sete obras planejadas era insuficiente, porque o número de engenheiros, por exemplo, era restrito. Isso fez com que atrasássemos o início de muitas daquelas obras. Para resolver isso, começamos a montar uma equipe. que passou a executar vários projetos ao mesmo tempo. A grande questão de agora é que não tem mais recursos para isso. Outra ação importantíssima foi a sensibilização da bancada federal para a necessidade de recursos. Por meio dos deputados, conseguimos uma emenda de R$ 14,6 milhões, para a execução de obras e estamos com uma frente de mais de 10 obras a serem licitadas. Estamos com obras paradas, por razões que não são nossas. Algumas das empresas faliram, ou tinham pendências judiciais, o que fez com que atrasássemos. Mas hoje estamos retomando São Miguel dos Campos e ainda falta o prédio de Santana do Ipanema, cujo orçamento está sendo calculado, para que seja reiniciado. Também estamos finalizando o prédio das engenharias, do Campus Palmeira e a piscina, do Campus Maceió, que deve ser entregue em breve. Com o dinheiro das emendas, estamos licitando o espaço multieventos, em Maceió; a ampliação de laboratórios e salas de aula, dos campi Penedo e Piranhas; os projetos de incêndio e pânico das unidades de Maceió e Satuba; além dos projetos de reforma do sistema elétrico e do saneamento do Campus Satuba. Por fim, está planejado a construção do refeitório de Piranhas. E quanto a criação de novos cursos? Aos poucos, os campi vão começando a consolidar o patamar de cursos e alunos que foi planejado inicialmente. Em alguns campi da expansão estão sendo criado o curso técnico de Administração, em Santana do Ipanema; em Coruripe criou-se o curso de Mecânica; em Penedo, de Química; em Piranhas, Licenciatura em Física, e no próximo ano, o Bacharelado em Engenharia de Alimentos. Em Palmeira dos Índios, foi criado o curso de Engenharia Elétrica; em Arapiraca teve Licenciatura em Letras. E na educação a distância? Nós hoje temos 15 polos, responsáveis pela capacitação dos educadores no estado, por meio de programas federais. Queremos institucionalizar a EaD para que ela não corra o risco de fechar. Eu já lancei esse desafio no Conif [Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal]. Eles absorveram a ideia e vão criar um grupo de trabalho para isso. O próximo

“Um dos legados que deixamos é o hábito de planejar”. Sérgio Teixeira reitor gestor também deve fazer uma estrutura mínima para que esses cursos tenham seus próprios recursos e não dependam de programas federais para a área. Em alguns ouros institutos, isso já está avançado. A instituição também está procurando , internacionalizar suas ações. Não? A internacionalização já é uma realidade no Ifal. Acreditamos que é importante para os alunos conhecer outras realidades, outras tecnologias e voltar com uma visão global de sua área do conhecimento. Por isso, já assinamos um termo de cooperação com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), para que os alunos de Engenharia Civil pudessem passar um ano e concluírem o curso, com a titulação de mestrado, lá em Portugal. Também há convênios com o Instituto Politécnico do Porto e com instituições do Canadá, para os alunos. Neste ano, um dos nossos alunos foi selecionado para o Lapassion. É uma área que estamos investindo bastante, por orientação do próprio Conif, porque abre novas oportunidades. Mas as instituições cobram que também possamos receber alunos de suas instituições, para que haja intercâmbio dos dois lados, o que é um desafio para o Ifal. Por outro lado, nós tínhamos um programa “Professores do Futuro” com a Finlândia, onde três de nossos professores foram selecionados para conhecer o modelo, no país europeu, e tivemos o intercâmbio com uma universidade do Canadá, com a ida de um professor nosso e a vinda de um deles. Também estamos fechando um acordo, para a qualificação de servidores, com uma instituição do Paraguai, a Universidade Tecnológica Intercontinental de Assunção, e fomos procurados por uma empresa que ganhou uma concorrência para montar cursos técnicos, na Etiópia, na área de açúcar e álcool. Como temos um curso com esse nome, estamos vendo a possibilidade de colaborar, com os nossos professores. Quanto à inclusão social, o Ifal também vêm se preocupando com essa área? Com certeza, o Ifal já trabalha com cotas sociais bem antes da lei ser implantada. Quando ficou instituído que 50% das vagas deveriam ser voltadas para estudantes de escolas públicas, o Ifal já tinha colocado isso em prática há anos. Depois vieram outras cotas de inclusão, que foram ampliadas para os concursos, até porque é uma exigência legal. Mas também queremos institucionalizar programas que são referência no mundo, como o Mulheres Mil. O Ifal é referência porque no Brasil esse programa conseguiu capacitar 110 mil mulheres e só em Alagoas o Ifal capacitou mais de 10 mil pessoas. Foi o instituto que mais capacitou no país. Também estamos iniciando o Programa Garotas Mil, que são as filhas das participantes do


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Reitoria em Foco

Programa Mulheres Mil. A inclusão através dos Mulheres Mil foi um dos programas que mais me apaixonei, porque você resgata a cidadania de mulheres que estavam em estado de vulnerabilidade. Quando essas turmas concluem, você pode ver o brilho no olhar dessas mulheres, que se emanciparam, se empoderaram e têm outra visão de Brasil. Há facilidades que você deixa para a nova gestão, que não encontrou quando assumiu o Ifal? O próximo gestor, até por ser parte da gestão de hoje, vai encontrar o planejamento encaminhado. Com certeza ele vai encontrar uma instituição bem mais equilibrada e encaminhada, até porque com a implementação da cultura do planejar, todos já sabem quais sãs as metas, as ações, o que vão fazer durante esse ano, basta executar. O planejamento deste ano aconteceu com a participação dos membros dessa nova gestão, eu pedi a eles que já fizessem parte da elaboração do orçamento para 2019. Tudo que vai acontecer a partir de maio são ações do planejamento do qual ele [o reitor eleito, Carlos Guedes] já participou. Está tudo muito claro e transparente sobre as políticas existentes de pesquisa e extensão, por exemplo. Estamos com um novo governo, com muitas incertezas, é por isso que cada vez mais você tem que ter planejado o que vai fazer com os poucos recursos que temos. A gente também criou um evento para formação de novos gestores, onde a Reitoria e todas as suas áreas puderam demonstrar sua atuação. Foi uma ação que contou com 140 servidores e onde eles trocaram ideias e conheceram como é desenvolvido o relacionamento de cada pró-reitoria com seus campi. Existem obras a serem iniciadas esse ano, pela nova gestão? Sim, são obras que já estavam planejadas desde 2018 e com o orçamento das emendas, de 14,6 milhões, todas serão implantadas a partir dessa nova gestão. Serão mais de 10 obras planejadas a partir de demandas já conversadas com os diretores dos campi. O desafio será executar esse recurso. Em São Miguel dos Campos, a obra do prédio foi retomada; Santana do Ipanema deve ser retomada este ano; em Rio Largo, estamos concluindo o cálculo estrutural para lançarmos a licitação. No caso de Batalha, tivemos uns problemas com a empresa contratada, que iniciou o projeto, mas não o concluiu, mas também temos o terreno. Isso é o que faltou para deixar toda a estrutura entregue, conforme o planejado pelo início da minha gestão. Com a alteração do cenário político, há algum indicativo de mudança na atuação do Ifal? Pelas poucas reuniões que tivemos com os atuais representantes da Setec [Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica], o entendimento que observo nessa nova gestão é que os IFs são uma referência, em termos do ensino público, e que devem se concentrar mais no ensino técnico. Eu sinto que essa gestão está caminhando para reforçar a atuação na Educação Básica. Isso altera a forma de planejamento do Ifal? Estamos trabalhando com a realidade de hoje. O PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional] que estamos finalizando, para entrar em vigor nos próximos cinco anos, já estabelece a consolidação dos cursos de Ensino Médio Integrado, em três anos. Isso atende à reforma que diminuiu a carga horária obrigatória para o Ensino Médio, cuja base comum foi reduzida de 2400 horas para 1800. Então, resolvemos diminuir o tempo de duração dos cursos, que na prática, já está ocorrendo.

Alguns cursos de Coruripe, Satuba e Penedo já foram pensados nessa realidade. Dependendo da carga horária, você pode trazer as disciplinas para fazer o curso em três anos. Eu acredito que vai ser um modelo mais atrativo e coloca o aluno à disposição da sociedade, de forma mais breve. Este ano houve restrições orçamento anterior?

em

relação

ao

Quando a gente vai para a Assistência Estudantil, ele é o mesmo desde 2017 e o Ifal, com o seu orçamento próprio, já o supria, de acordo com as necessidades, mas este ano não temos condições de fazer isso, pois tivemos uma perda de mais de R$ 1 milhão. Vamos ter que equalizar isso aí. Em termos de capital, o total destinado para a instituição foi de R$ 2 milhões. Esse valor é insuficiente para atender 16 campi, uma reitoria, além dos polos a distância. A saída que eu vejo é buscar saídas orçamentárias em outros ministérios, junto às emendas dos deputados, pois se depender do nosso orçamento a gestão não vai conseguir realizar nenhuma obra, nem fazer a manutenção dos prédios já existentes. E quanto aos servidores. Já existe orçamento definido para a qualificação e capacitação? A gente precisou dar uma reduzida no orçamento, mas solicitei que essa nova gestão mantivesse os programas de incentivo, tanto para a qualificação, quanto para a capacitação. Hoje temos os convênios pagos com o curso de Engenharia Industrial, da Universidade Federal da Bahia, com a oferta de mestrado e doutorado, além de um convênio com uma instituição da área de Ciências Contábeis, no valor de R$ 2 milhões, para a oferta de mestrado para uma turma formada por servidores. Também está mantido o Programa de Incentivo para Qualificação em Cursos de Pós-Graduação (PIQPG) para este ano, que é aberto tanto para professores, como técnicos. Já entre as capacitações, estão previstos mais de 20 cursos em 2019. Isso é uma forma de motivar e preparar melhor os servidores para atender à comunidade. Há previsão de renovação do quadro? Estamos concluindo a contratação de uma empresa para a realização de concursos de TAEs, em princípio para as áreas de Assistência Social, médicos, engenheiros do trabalho e outras duas áreas. O edital deve sair depois do contrato com uma empresa, para a realização dos concursos. Também está em processo o concurso para professores substitutos, tudo com os códigos de vagas que já possuímos. E agora com essa reforma da Previdência em discussão, muitos servidores estão apressando os seus processos de aposentadoria, por isso também temos que fazer uma prospecção de quantos servidores têm a pretensão de se aposentar e com esse resultado informar ao MEC, para que no ano seguinte eles possam repor. Depois de mais de 30 anos no Ifal, como você avalia a carreira de quem passa pela instituição? O instituto adquiriu um status de respeito com a sociedade. Tanto quem vem trabalhar, quanto estudar, vai fazê-lo com condições ideais e o seu diploma será respeitado onde ele chegar. Hoje os cursos do Ifal são muito procurados e a gente nem precisa fazer propaganda, porque a qualidade do ensino e de seus servidores já adquiriu um respeito natural, a percepção de que darão condição de qualificálos para dar andamento as suas vidas.


Reitoria em Foco

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Internacionalização é uma realidade

Convênios entre o Ifal e os colleges canadenses

A

Alunos do Ifal em evento no Uruguai

A abertura das fronteiras para troca de conhecimentos estimulou na comunidade do Ifal a oportunidade estreitamento de laços com alunos e professores de Mocambique,China (Xangai), Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Estados Unidos e Canadá. Os estudantes da instituição aproveitaram a oportunidade de ações de intercâmbio e foram além do que imaginavam com projetos científicos gerados nos laboratórios do instituto, mas que chamaram a atenção da comunidade científica do chamado primeiro mundo.

Guilherme e Maryllya premiados nos EUA

marca do Ifal esteve presente em todos os cinco continentes nessa década, seja pelas missões do Conif, por intermédio da representação do reitor Sérgio Teixeira, seja por alunos em intercâmbio cultural ou científico ou professores em aperfeiçoamento e participação em eventos internacionais. O fato é que a internacionalização do Ifal surgiu mais rápida do que se imaginava. Já em 2011, instituições estrangeiras dos Estados Unidos, China, Coreia do Sul,Canadá, Portugal, Angola e Paraguai estreitaram laços por meio de assinatura de cooperação técnica.

Dirigentes do Ifal em visita as instituições de educação profissional da Finlândia

Professores de Moçambique em intercâmbio científico no Campus Satuba

Visita a Israel para conhecer uso da tecnologia hídrica em região semi-árida

Representantes do Ifal no Congresso Mundial das instituições de educação profissional - Melbourne-Austrália

Pesquisa de professores do Campus Marechal foi apresentada no Japão

Professores de inglês do Ifal durante intercâmbio nos Estados Unidos

Professores do Ifal participaram de programa de cooperação técnica na Finlândia


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Inclusão social

Cursos de formação continuada promovem reinserção social e geram emprego e renda

A inclusão social foi uma das mais significativas diretrizes adotadas nos últimos dez anos pelo Instituto Federal de Alagoas devido à aproximação direta com a população, especificamente aquela de maior grau de vulnerabilidade. O objetivo de inserção no mercado de trabalho e de gerar emprego e renda foi cumprido na maior parte dos cursos de formação continuada, ofertados por meio do Pronatec ( Programa Nacional de Acesso ao ensino Técnico e Emprego) e do programa Mulheres Mil, esse último com atuação no âmbito da inclusão educacional e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade socia: o recorte de gênero do programa também estimula a autoestima feminina e a autonomia. Por meio de abordagens como direitos da mulher, cidadania, inclusão digital, relações interpessoais, segurança alimentar e responsabilidade social..

Geração de renda O Mulheres Mil faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para atender mulheres com baixo nível de escolaridade e moradoras das regiões periféricas. O programa se destaca ainda pelo estímulo ao empreendedorismo, à economia soliária, fornecendo também acompanhamento de egressos para inserção de e-alunos no mercado de trabalho.

Diversidade A chamada Turma da Diversidade é uma iniciativa pioneira na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e integrou mulheres trans e cisgênero, na capacitação promovida pelo Ifal em parceria com a ONG Pró-Vida. O curso, ofertado na capital alagoana, teve carga horária de 200 horas e as alunas receberam ajuda de custo por cada dia frequentado. A ação buscou proporcionar condições às travestis e mulheres transexuais de ingressar no mercado de trabalho. Trata-se de uma experiênciainovadora e de inclusão da população LGBT. “Não há na Rede Federal outra formação profissional deste tipo, disse a gestora institucional Luíza Jaborandy.

Reinserção social

“Nessa circunstância de confinamento, partilhar com as colegas tantos ensinamentos foi essencial para não cortar o vínculo com o mundo lá fora, com as coisas que eu já tinha aprendido. E os professores são maravilhosos, tiraram o melhor de todos nós e nos deram o melhor deles”. O discurso foi uma das reeducandas do sitema prisional alagoano durante a formatura da turma do Pronatec dos cursos de Formação Inicial e Continuada nas áreas de Recepcionista, Almoxarife de Obras, Inglês Instrumental e Auxiliar Administrativo Escolar. A ação instituída pelo Ifal e que se repetiu durante uma década, promoveu a formação social de reeducandos com o objetivo de lhes garantir emprego e renda.


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Gestão Compartilhada

Decisões colegiadas garantem

transparência das ações

U

ma gestão transparente e democrática se constroi de forma coletiva. Nesses nove anos, os espaços coletivos de discussão sobre a melhor condução do Instituto Federal de Alagoas passaram por instãncias colegiadas compostas pelos representativos segmentos na área de educação. Foi deste modo que o Conselho Superior, colegiado máximo da instituição promoveu a abertura de leques democráticos que garantiram a participação efetiva da sociedade nas decisões sobre os destinos do instituto. Entre as mais importantes deliberações, estão a aprovação do Núcleo Afrobrasileiro e indígenas, a garantia à acessibilidade das pessoas com necessidades específicas, a adoção do nome social nos registros dos estudantes, a definição de cotas sociais e a instalação do comitê de equidade e igualdade de gênero. Essa junção entre gestores do Ifal e a sociedade organizada serviu como suporte da instituição nos momentos de adversidade econômica assegurando a permanência de politica estudantil como prioridade.

Nome social

O Consup aprovou a proposta de resolução da Política do Nome Social e desde 2017 todas as pessoas trans, servidores e alunos, têm o direito de serem identificadas, denominadas e reconhecidas da maneira que desejam. A proposta surgiu em 2016 por meio de uma comissão que estudou o tema baseado em diversas leis e princípios,

mais o Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional

NEABI/IFAL

A mais recente e uma das mais importantes deliberações do Consup foi a aprovação do Núcleo de Estudos AfroBrasileiro e Indígena que é constituído em cada campus como um setor propositivo e consultivo que estimule e promova ações de Ensino, Pesquisa e Extensão orientadas à temática das identidades e relações étnico-raciais, especialmente quanto às populações Afro-Brasileiras e indígenas, no âmbito da instituição e em suas relações com a comunidade externa, contemplando as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 no âmbito do Ifal.

Colégio de Dirigentes e Cepe Outros dois importantes colegiados são o Colégio dos Dirigentes e o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão. O primeiro é composto pelo reitor do Ifal, pró-reitores e diretores-gerais dos campi e delibera ações do ponto de vista administrativo, orçamentário e financeiro. Outras atribuições do CD são as de aprovar a distribuição interna de recurso; aprovar normas para celebração de acordos, convênios e

contratos, bem como para elaboração de cartas de intenção ou de documentos equivalentes e apresentar ao Conselho Superior proposta de criação e alteração de funções Já o Cepe acompanha e normatiza sobre o planejamento de ensino da instituição. Por esse colegiado passam aprovações como as de implantação de cursos técnicos e superiores e de propostas de Projeto Político-Pedagógico.


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Visibilidade do Ifal na mídia ganha dimensão nacional

O

Instituto Federal de Alagoas é uma das instituições públicas de maior visibilidade no estado e entre as 38 que compõem a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Dados coletados pelo Departamento de Comunicação e Eventos do instituto comprovam a afirmativa e o feito é fruto de uma ação da gestão em adequar a comunicação social conforme a importância e o peso social da marca dos institutos federais para a transformação social do país na última década. A realização de concurso público para jornalista e a nomeação de profissionais de comunicação social para integrar os quadros da Reitoria e dos campi localizados nos principais municípios, deram uma maior dimensão ao Ifal no contexto educacional local. Para isso, foi necessário estabelecer a produção de serviços gráficos, audiovisuais e digitais para levar à sociedade uma informação de interesse público.

Mídia televisiva

A conquista de espaços na mídia se caracteriza como o ponto forte da Comunicação Social do Ifal nos últimos anos, especialmente na mídia eletrônica (televisão e veículos de comunicação digital)

Mídia eletrônica

Com uma média de quatro reportagens ou entrevistas por mês, o Ifal ganhou projeção na mídia televisiva nos últimos quatro anos, período em que a expansão da instituição se concretizou em todo o estado. Os números mostram variação crescente nos primeiros três anos. Em 2015, foram 28 participação de dirigentes, alunos ou professores; em 2016, 43; 2017 , 67 e em 2018 , 59 aparições desses segmentos internos divulgando atividades do instituto.

A presença do nome do Ifal nos sites noticiosos do estado nos últimos quatro anos - 2015 a 2018 é também motivo de satisfação para toda a comunidade interna. Assuntos como expansão do instituto, concursos públicos para técnicos administrativos e docentes, exame de seleção dos cursos técnicos, além de políticas de ensino, pesquisa e extensão foram os que mais atraíram a atenção das agências de notícias locais e nacional. Uma média de 15 notícias por mês foram veiculadas nos sites no quadriênio, distribuidas entre 163 em 2015,122 em 2016, 261 em 2017 e 169 em 2018 o que totalizou 715 notícias com referência ao Ifal.

Grandes eventos

Reditec em 2013 - mais de 700 dirigentes EXPEDIENTE Sérgio Teixeira Costa -

Reitor

Connepi 2016 -cerca de 1500 pessoas

Altmir Secco - Pró-reitor de Extensão

Luis Henrique G. Lemos Pró-reitor Carlos Guedes de Lacerda- Pró-reitor de Ensino de Desenvolvimento Institucional Euníce Palmeira - Pró-reitora de Wellington Spencer Pesquisa Pesquisa, Pós-Graduação Pró-reitor de Administração e Inovação

Encontro Regional de Política Estudantil 2015

DEPTO DE COMUNICAÇÃO E EVENTOS

JORNALISTAS

Zoroastro Neto - chefe DCE/IFAL

Roberta Rocha - reg. 918 MTE-AL

Gerônimo Vicente dos Santos - Coord. Comunicação Social e Marketing

Jhonathan Pino RELAÇÕES PÚBLICASLuciana Fonseca (CONRERP 5“ 1749)


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