CISCO LIVE MAGAZINE EDIÇÃO 08

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> 4º trimestre 2012 | edição 8

4G, IPv6, plano de qualidade e celeridade de novos serviços ditam ritmo dos investimentos

A metamorfose das

telecomunicações

NOVO FOCO One abre caminho para programação de redes orientadas a aplicações

ENTREVISTA Ronaldo Motta, da Oi, fala sobre aliança com Cisco e os novos serviços corporativos

VOZ DO CLIENTE Novo prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) é 100% IP 1


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editorial sumário

DESAFIANDO LIMITES s redes de telecomunicações serão colocadas à prova durante os próximos quatro ou cinco anos. Esta tendência já está clara hoje e exemplos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Londres evidenciam ainda mais a necessidade de um plano de expansão garantir o sucesso dos grandes eventos esportivos programados para o Brasil. Também está evidente a crescente simpatia do usuário brasileiro por novidades tecnológicas. Não apenas na telefonia móvel, um grande e importante exemplo de adesão local, mas na transmissão e consumo de imagem – item comprovado no avanço das assinaturas dos serviços de TV paga, a transmissão de vídeo e, é claro, o crescimento exponencial das redes sociais. O setor de telecomunicações está em evidência e conta com tecnologias capazes de auxiliar a oferta de serviços em larga escala, alta qualidade e custos compatíveis à receita gerada por cada item da cesta. Neste ponto, a experiência dos grandes fabricantes na construção de produtos atraentes e competitivos em nosso mercado é fundamental. E para acompanhar o ritmo frenético de aumento do consumo de serviços de internet, torna-se urgente a migração da infraestrutura de comunicação para o protocolo IPv6. O novo ambiente estimula a expansão da internet das coisas, confere maior segurança aos usuários e dá a longevidade que a internet precisará daqui para a frente. Para ilustrar essa alta demanda por infraestrutura e serviços de telecomunicações, publicamos nesta edição uma série de casos de sucessos, baseados em projetos desenvolvidos por especialistas da Cisco, dos nossos parceiros e clientes. Há iniciativas nas áreas de infraestrutura de rede, videoconferência, telefonia IP, data center, entre outros. As reportagens revelam um total alinhamento das tecnologias Cisco com as demandas de mercado, e mostram a agilidade com que as soluções são criadas pelo nosso ecossistema. Como forma de acelerar ainda mais a capacidade de inovação, a Cisco acaba de lançar o Open Network Environment (ONE) - uma arquitetura cuja função é ajudar nossos clientes e parceiros a lidarem com inovações e tendências corporativas, como mobilidade, nuvem, redes sociais e vídeo. Mais uma prova do nosso compromisso com a importância e qualidade da infraestrutura de rede em todo o mundo.

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Eventos Feiras e encontros com participação da Cisco

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ONE Arquitetura aberta orienta programação de rede para aplicações

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Migração Cloud Conect simplifica cloud computing para empresas

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Rumo à nuvem Cisco Quad evolui e se torna WebEx Social

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Aliança Oi fala sobre papel da Cisco na ampliação da oferta de serviços

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Saúde Hospital carioca cresce e expande infraestrutura de TI

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Telepresença Rexam aprimora comunicação entre matriz e subsidiárias

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Wireless TIM multiplica hotspots Wi-Fi e ganha capilaridade

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Varejo do Futuro Grupo Pão de Açúcar equipa matriz e lojas com rede IP

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Interatividade Estádio do Morumbi monta rede Wi-Fi de olho nos grandes eventos

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Oportunidades Brasil oferece grandes oportunidades de negócios, diz Bob Gault

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Segurança Muito além dos appliances, tecnologia Cisco protege toda a rede

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Artigo As aflições estratégicas dos líderes de TI

Curtas Espaço Inovação do Futurecom 2012 apoia startups brasileiras; Cisco na Olimpíada de Londres

Novas fronteiras Tecnologias de rede do futuro transformam operadoras do presente

Boa leitura! Marco Barcellos

cisco live magazine é uma publicação da Cisco do Brasil Equipe Responsável Cisco do Brasil

Diretor de Canais Eduardo Almeida

Presidente Rodrigo Abreu

Diretor de Marketing & RP Marco Barcellos

Diretor de Engenharia de Sistemas Marcelo Ehalt

Conselho Editorial Adriana Bueno, Carolina Morawetz, Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho, Kiki Gama, Mariana Fonseca, Monica Lau e Marco Barcellos

PRODUÇÃO Comunicação Interativa Editora Jornalista Responsável Jackeline Carvalho MTB 12456

Reportagem Jackeline Carvalho Marcelo Vieira Revisão Comunicação Interativa Asssessoria de Imprensa In Press Porter Novelli

Arte Marcelo Max

Gráfica Intergraf

Capa Glenn Douglas

Tiragem 5000 exemplares

Diretora de Redação Jackeline Carvalho

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eventos

NOS VEMOS LÁ

Eventos e encontros nos quais a equipe de profissionais da Cisco estará presente

DistribuTECH Brasil Data: 25 a 27 de Setembro Local: Centro de Convenções Rio Centro - Rio de Janeiro Descrição: DistribuTECH Brasil é um evento voltado às empresas de transmissão e distribuição de energia elétrica, que abrange a medição inteligente, automação de distribuição, a eficiência energética, as perdas comerciais de energia e os problemas de transmissão de energia em rede de alta tensão de longa distância. Link: http://www.distributechbrasil.com/pt_BR/index.html

Seminário Cisco Data Center Design & Deployment 2012 - Brasília Data: 26 de Setembro Local: Centro de Convenções Brasil 21 - Brasília, DF Descrição: Em sua 6 ª edição em Brasília, o Data Center Design & Deployment acontecerá em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A edição de 2012 tem como objetivo reunir especialistas na área de TI, para discutir a nova geração e as transformações do data center, que visam a redução de custos operacionais, aumento de produtividade e eliminação de problemas técnicos.

Seminário Cisco Data Center Design & Deployment 2012 - Rio de Janeiro Data: 2 de Outubro Local: Centro de Convenções RB1 - Rio de Janeiro, RJ

Futurecom 2012 Data: 08 a 11 de Outubro Local: Rio Centro, Rio de Janeiro, RJ Descrição: O maior evento de Telecomunicações & TI do Brasil e da América Latina, o evento reúne operadoras e concessionárias de telecomunicações, service providers, integradores e provedores de acesso a serviços de telefonia, banda larga e TV por assinatura. Link: http://www.futurecom.com.br/2012/pt/index.php

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Cisco Live México Dados: 06 a 08 de Novembro Local: Moon Palace Golf & SPA Resort Cancun Hotel, Cancun-México Descrição: Cisco Live é o seu passaporte para um novo mundo de possibilidades. Ele oferece uma combinação única e aprofundada de treinamento técnica e de formação, além de uma visão de vanguarda dos especialistas e organizações que estão definindo a agenda para o futuro da tecnologia e de negócios. A agenda do evento inclui: • Networkers Programa Técnico • Programa de Gestão de TI

Data Center Design & Deployment 2012 - São Paulo Data: 16 de Outubro Local: Sheraton WTC - São Paulo, SP

VMware Fórum Data: 24 de Outubro Local: Hotel Transamérica São Paulo Descrição: Evento anual da VMware Brasil, o VMWare Fórum é totalmente interativo e diferenciado no mercado. Neste fórum, analistas de mercado e profissionais de TI falarão sobre virtualização e Cloud Computing e como ela ajuda as organizações a reduzir os gastos operacionais e de capital, melhorar a agilidade, garantir a continuidade do negócio, fortalecer a segurança e cuidar do meio ambiente.


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curtas

A Olimpíada mais conectada de todos os tempos Em Londres, o pico de páginas servidas por segundo foi de inacreditáveis 104.792 views alta performance e com o mais alto nível de segurança da informação e do público presente. Toda esta infraestrutura foi projetada, testada e implementada pela Cisco em conjunto com o comitê local (LOCOG), e suportada pelo parceiro global BT (British Telecom), patrocinador oficial responsável pelos serviços de voz e vídeo durante os jogos.

Legado

Javier Camacho, Maria Dincel e Marco Barcellos @ Cisco House

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m Agosto passado, visitei os Jogos Olímpicos 2012, em Londres, e tive a oportunidade de identificar algumas novidades e tendências na área de tecnologia e comunicação, além de comprovar in loco o belo trabalho que a Cisco executou durante a competição. A Olimpíada deste ano teve como principal novidade um novo cenário mundial amplamente conectado e um espectador altamente colaborativo e ávido por compartilhar fotos, imagens e mensagens. Os Jogos de Londres 2012 já eram considerados a primeira Olimpíada “Social”, com grande influência das

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Redes Sociais, em especial Facebook, Twitter e YouTube. Mas também foi o primeiro grande evento esportivo global transmitido em múltiplas telas, ao vivo e em full HD. Desde a minha chegada ao aeroporto, pude sentir que a população de Londres “respirava” a Olimpíada. Esta seria uma grande chance de mostrar uma nova imagem moderna da Inglaterra neste novo cenário global. A proposta da Cisco, como patrocinador oficial na categoria de infraestrutura de rede de comunicação (“Network Infrastructure Supporter”) era exatamente habilitar e transformar os jogos em um sucesso de conexão de

Vale citar que todo o projeto de implantação da Olimpíada de Londres 2012 foi iniciado 6 anos antes – exatamente em 2006, com a reforma, adaptação e construção de estádios e demais instalações olímpicas para os jogos, além de uma ampla negociação sobre a infraestrutura da cidade e o recrutamento e seleção dos principais patrocinadores. O projeto, que teve um planejamento total de 12 anos (7 anos antes e mais 4 anos após os jogos), já previa todo o legado para a sociedade local. A velocidade do desenvolvimento tecnológico neste último ciclo olímpico foi impressionante, um verdadeiro recorde. Desde os Jogos de Beijing, em 2008, o número de smartphones cresceu 456% (mais de 196 milhões atuais contra apenas 18.9 milhões). Em 2008, o número de usuários do Facebook beirava os 90 milhões, quando agora já se aproxima do número mágico de 1 bilhão de usuários – um aumento acima de 900%. E o Twitter contava



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curtas

com menos de 1 milhão de usuários, enquanto hoje já ultrapassa os 300 milhões, gerando um impressionante crescimento de quase 30.000%. O número de tweets por dia cresceu mais de 12.000%, atingindo os 140 milhões de tweets diários. Isso sem falar nos tablets, que sequer existiam na última Olimpíada em Beijing Para dar conta desta nova demanda e garantir sucesso aos jogos, alguns cuidados foram tomados. No caso do controle da operação, o centro de processamento de dados era composto de 900 servidores, além de mais de 1.000 dispositivos de rede e segurança de informação, 10.000 computadores de todos os tipos e mais de 3.500 pessoas no ar, trabalhando em regime 24×7. Mas o grande detalhe da Olimpíada foi o planejamento prévio. No total, foram mais de 200.000 horas de testes para uma tecnologia que havia sido definida um ano e meio antes dos jogos. Foi processado um número de informações 30% maior

Vista externa da Cisco House @ Londres

que que o total nos Jogos de Beijing, ou seja, uma comprovação real das “tendências” de supercomputação e big data. Isso sem falar do data center Olímpico, que processou aproximadamente 1,2 petabytes, ou seja, 1,2 milhão de gigabytes, como resultado da requisição direta de 118 bilhões de “objetos” – a famosa “Internet das Coisas”. O pico de páginas servidas

Entrada principal no Parque Olímpico @ Londres

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por segundo foi de inacreditáveis 104.792 views. Enfim, comprovei com muito orgulho que a Cisco cumpriu seu papel com maestria e perfeição. O Governo, a população e os participantes ficaram absolutamente satisfeitos com o resultado de um grande investimento e um legado ainda maior. Para a Cisco, os jogos em Londres não representaram a linha de chegada, mas o ponto de partida para um desafio ainda maior. A base de Londres 2012 representa a reconstrução e prosperidade para a cidade e para aquele país como um todo. Sem dúvida, um belo exemplo de como os negócios e a tecnologia podem transformar a visão de futuro de um governo em realidade. O próximo capítulo ocorrerá daqui a quatro anos, exatamente em solo brasileiro. Pode parecer muito distante, mas na realidade temos que começar a nos preparar para os Jogos RIO em 2016 agora, já que o tempo urge e as projeções do volume de dados e comunicação serão muitas vezes maiores do que qualquer previsão atual. O importante é que podemos, sim, entregar Jogos Olímpicos dignos da fama global da nossa Cidade Maravilhosa... Então, mãos à obra!


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curtas

Futurecom 2012: ESPAÇO INOVAÇÃO, ATALHO PARA A LIDERANÇA Entre os mais concorridos da feira, estande tem apoio da Cisco e promete visibilidade às PMEs brasileiras

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razer visibilidade a startups brasileiras que desenvolvem soluções inovadoras para o mercado de telecomunicações e tecnologia da informação, abrindo portas para que elas façam novos negócios e cresçam. Esse é o objetivo do Espaço Inovação, estande coletivo do Futurecom 2012. É a terceira edição da iniciativa, promovida em parceria pelo Instituto de Tecnologia de Software (ITS) e pela Provisuale, com patrocínio da Cisco. O Futurecom é considerado o maior evento do setor de telecom no País. Este ano ele acontece entre os dias 8 e 11 de outubro, no Rio de Janeiro. Serão escolhidas doze micro e pequenas empresas brasileiras, que poderão expor suas soluções no estande de 120m², um dos mais concorridos da tradicional feira: autoridades, investidores, fornecedores e visitantes internacionais costumam visitá-lo. “Existem inovações espalhadas por aí, circunscritas a um ambiente quase fechado. As mentes criativas desenvolvem uma solução, encontram um

selho do ITS e organizador do Espaço Inovação em parceria com a Provisuale. “Nosso papel é dar visibilidade, colocando aquela inovação no ambiente em que ela precisa e deve estar.” Empresas interessadas em participar do Espaço Inovação passaram por um processo criterioso de seleção, feito por um comitê de especialistas. Puderam se inscrever organizações brasileiras com faturamento de até R$ 7 milhões ao ano, que possuem soluções efetivamente desenvolvidas no País e aderentes ao setor de telecom. “O produto é o objeto da seleção, não a empresa”, explica Teixeira. “Além de inovador, ele precisa ter ao menos um beta test, com um cliente utilizando ou testando.” Doze empresa estarão nesta edição da Futurecom e receberão prêmios;

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— Descartes de Souza Teixeira, presidente do conselho do ITS

CIAB O Espaço Inovação no Futurecom 2012 segue o modelo consagrado em outro evento, o CIAB. Voltado para o setor de tecnologia da informação de instituições financeiras, o Espaço

6 12 empresas foram selecionadas para apresentarem produtos durante o maior evento de telecomunicações do País, o Futurecom amigo disposto a testá-la e o processo para por aí. A empresa fica estagnada, o fornecedor também”, explica Descartes de Souza Teixeira, presidente do con-

“Nosso papel é dar visibilidade, colocando a inovação onde ela precisa estar”

também conta com o apoio da Cisco. Mobilidade e segurança foram os grandes destaques da edição do Espaço no CIAB 2012. E a expecta-

tiva de sucesso se confirmou. “Um grande banco está conversando conosco porque quer uma interatividade maior entre o ITS, que organiza o Espaço Inovação, e eles, que são demandantes de tecnologias. Esse é o primeiro resultado concreto”, explica Teixeira. “Isso quer dizer que uma grande instituição financeira, atuante no País, está observando nosso trabalho”, comemora.


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conect

pelas aplicações, de forma a atingir objetivos de negócios, como aumento da velocidade de serviços, otimização de recursos e monetização. Farão parte da oferta uma ampla variedade de interface para programação de aplicativos (API) de plataforma, agentes, controladores e tecnologias de rede sobrepostas. O ONE inclui soluções que vão do transporte ao gerenciamento e à orquestração. Assim, os clientes podem aproveitar a rede inteligente com alta capacidade de programação em várias camadas, com opções de protocolos, padrões do setor e modelos de implantação baseados na utilização.

Orientado a negócios

A REDE AGNÓSTICA

Abordagem ainda em desenvolvimento possibilita a programação de redes orientadas a aplicações Padmasree Warrior, vice-presidente de engenharia da Cisco

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Cisco Live, maior evento da empresa, gera sempre grande expectativa. Serve não só como consagração de um período, porque reúne parceiros, clientes e especialistas em tecnologia de todo o mundo, mas também como palco para anúncios de tecnologias inovadoras, que integrarão o amplo portfólio global da Cisco. Na edição de 2012, que ocorreu em San Diego,

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na Califórnia, as atenções se voltaram para o Open Network Environment, ou simplesmente Cisco ONE. Com abordagem ampla e versátil para programação de redes, o ONE terá a função de ajudar as empresas a lidarem com inovações e tendências corporativas, como a nuvem, mobilidade, redes sociais e vídeo. A ideia é permitir flexibilidade e personalização de infraestruturas de rede orientadas

“O Open Networking Environment da Cisco é fundamental para nossa visão de uma rede inteligente, mais aberta, programável e preparada para aplicativos. A rede é transformada em um habilitador de negócios mais eficiente”, explicou Padmasree Warrior, CTO e vice-presidente de engenharia da Cisco. Essa nova abordagem permite a colaboração com instituições de outros setores, incluindo entidades de padronização. Assim, o Cisco ONE oferece suporte a uma grande variedade de modelos de implantação, incluindo universidades e institutos de pesquisa, que particionam a rede ou “dividem o campus” usando software controlador e agentes OpenFlow para pesquisa SDN. Junto com o ONE, a Cisco anunciou o One Platform Kit (onePK), conjunto de API em todos os sistemas operacionais da empresa: IOS, IOS-XR e NX-OS. Foi apresentada também a prova de conceito de um software controlador e do agente OpenFlow para pesquisa de rede definida por software (SDN). A Cisco vai fornecer suporte em etapas para onePK em sistemas operacionais e plataformas de hardware IOS, IOS-XR e NX-OS, incluindo switches ASR, ISR G2, CRS, Catalyst e Nexus, iniciando pelos ASR1000 e ISRG2.


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UM JATO PARA A NUVEM Connect Cloud prepara redes corporativas para processamento em cloud computing

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nunciada durante a Cisco Live! 2012, em San Diego, a solução Cisco Connect Cloud tem como principal objetivo fornecer uma rede pronta para computação em nuvem e permitir a migração simplificada dos aplicativos de negócios das empresas. Com roteamento habilitado para nuvem e plataformas de otimização para redes remotas (WAN), a solução foi construída em arquitetura aberta. Três elementos essenciais integram o connect cloud. O primeiro reúne os módulos de software Cloud Connectors, hospedados na plataforma de roteadores de serviços integrados de segunda geração (ISR G2) que interagem com serviços de nuvem para melhorar o desempenho, a segurança e a disponibilidade dos aplicativos. Sua plataforma aberta permite que provedores de serviços e parceiros desenvolvam Cloud Connectors para fornecer serviços diferenciados aos clientes. A solução também tem uma versão para o Cisco Hosted Collaboration Services (HCS), para o serviço de segurança baseado na web ScanSafe e para o conector de armazenamento CTERA, do Cisco UCS-E Series. O segundo pilar do Connect está nas plataformas habilitadas para a nuvem. A Cisco expandiu a série de roteadores de serviços agregados (ASR) com o ASR 1002-X, que

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conta, inclusive, com a tecnologia AppNav - que reúne os equipamentos físicos e virtuais de Wide Area Application Services (WAAS) em um único pool de recursos gerenciados por um controlador central.

Ponto de controle Por último, mas não menos importante, estão novos serviços de nuvem, como o Cloud Services Router (CSR), roteador virtual que permite expandir redes privadas virtuais (VPNs) para a nuvem e a tecnologia Application Visibility and Control (AVC) integrada às plataformas G2 e ASR do roteador de serviços integrados (ISR), cuja meta é otimizar o fornecimento de aplicativos em nuvem na rede. Além disso, foram integrados módulos do servidor UCS E-Series no ISR G2. “Como as empresas vêm motivando a rápida adoção de serviços baseados na nuvem, as plataformas de roteamento e a WAN se tornaram um ponto de controle estratégico para oferecer a melhor experiência de usuário na nuvem”, explica o vice-presidente sênior e gerente geral do Grupo de Tecnologia em Serviços de Roteamento da Cisco, Praveen Akkiraju. “O Cisco Connect Cloud redefine a arquitetura de WAN com inovações essenciais que aproveitam a inteligência da rede como um vínculo fundamental nas implantações de nuvem, adicio-

Com o ASR 1002-X, a Cisco expandiu a série de roteadores de serviços agregados

Roteador CSR 1000v oferece serviços avançados de rede e segurança prontos para implantação em nuvem


6 ALIANÇA nando mais recursos ao roteamento empresarial tradicional. Isso permite aos clientes conectarem-se à nuvem e ter uma experiência ideal”, completa.

Produtos Líder global absoluta no mercado de roteadores para empresas, a Cisco possui atualmente 500 mil clientes em todo o mundo, e responde por 78,6% de todo o mercado. Isso confere à empresa uma posição privilegiada na transformação pela qual passam as redes de longa distância e plataformas de roteamento. Por isso, o lançamento do Connect Cloud, que nasce como elemento essencial do Cisco Cloud Intelligent Network e, junto com o Unified Data Center e os serviços e aplicativos para nuvem da Cisco, integra o forte portfólio da empresa na “era das nuvens”. A solução inclui ainda melhorias para roteamento tradicionais, segurança e otimização de WAN, além de possuir novos recursos e modelos para os equipamentos ASR, ISR G2 e WAAS. Entre os principais lançamentos está o roteador CSR 1000v. Ele oferece serviços avançados de rede e segurança em um formato para implantação em ambientes de cloud. Assim é possível ampliar e controlar diversas facetas da rede corporativa até a nuvem, oferecendo mais oportunidades de receita para os provedores de serviços em nuvem que queiram utilizar um modelo sob demanda flexível de “rede como serviço”. Já o WAAS 5.0 com AppNav, permi-

A Cisco e a EMC anunciaram novas arquiteturas de referência em conjunto, incentivos para parceiros e suporte integrado para acelerar a evolução dos clientes para a nuvem. Foram desenvolvidos três caminhos para clientes empresariais e prestadores de serviço: implementação de infraestrutura de design customizado com os melhores produtos da categoria; instalação de arquiteturas de referência validadas e fáceis de implantar com as soluções da Cisco para a infraestrutura comprovada EMC VSPEX; e aquisição de infraestrutura convergente pré-integrada com o sistema VCE Vblock. Os dois novos Cisco Validated Designs (CVD) para EMC VSPEX são arquiteturas de referência de computação unificadas adaptadas para pequenas e médias empresas. Projetados para acelerar o trajeto à nuvem privada, os CVDs são as soluções da Cisco para EMC VSPEX em Arquiteturas Microsoft Hyper-V e as soluções da Cisco para EMC VSPEX para VMware vSphere 5.0. Mais de 200 parceiros da Cisco e da EMC Velocity foram treinados para revender e implantar EMC VSPEX com o Cisco Unified Data Center. A Cisco e a EMC também alinharam suas estruturas de incentivos para simplificar o processo de incentivos ao canal e aumentar a lucratividade da parceria, além de criar uma estrutura de suporte colaborativo aos clientes VSPEX.

te virtualizar recursos de otimização de WAN agrupando-os elasticamente e sob demanda para melhor desempenho e latência. A solução fornece aplicativos e conectividade com a nuvem de forma extremamente segura, somado a um modelo de implantação que acompanha o crescimento e possibilita a aceleração dos aplicativos, assim como da visibilidade do desempenho por toda a empresa. O AppNav pode ser instalado como módulo de hardware em equipamentos WAVE ou como software no novo CSR. A última novidade é o roteador ASR 1002-X. Ele permite aumentar o desempenho de WAN em até sete vezes, além de aprimorar a agilidade

de implantação com um modelo de atualização baseado no crescimento da empresa (“Pay as you Grow”), que oferece desempenho de até 36 Gbps com serviços ativados para os ambientes de borda de WAN, borda de internet e serviços gerenciados. Também foi anunciado o ESP-100G, processador de transferência para o ASR 1000 Series em implantações de borda de nuvem, além do FlexVPN, para IPsec site-to-site de alta segurança e acesso remoto via VPN. Todos os produtos já estão disponíveis, exceto o CSR 1000v, o AppNav no CSR e o Cisco UCS E-Series no ISR G2, que devem ser comercializados no quarto trimestre de 2012.

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colaboração

WebEx Social: colaboração rumo à nuvem Cisco Quad migra para o modelo SaaS, recebe novo nome e recursos para aumentar a produtividade da força de trabalho 2.0

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urante o Enterprise 2.0, ou E2, evento realizado em Boston, EUA, a Cisco causou boas impressões com o anúncio do WebEx Social, novo nome da plataforma de colaboração Quad. As mudanças vão muito além do título: o produto passou a integrar o portfólio WebEx ao mesmo tempo em que migrou para a nuvem, sendo comercializado no modelo de software como serviço (SaaS). Com a mudança, a Cisco pretende

dar um impulso ao WebEx Social ligando-o ao popular serviço na nuvem. “O WebEx tem sido historicamente associado a conferências web, mas a nossa aspiração é torná-lo uma ferramenta de colaboração integrada”, explica Raj Gossain, vice-presidente de gerenciamento de produtos para o grupo de colaboração da Cisco. A E2 é uma conferência anual voltada a empresas que adotaram ou pretendem adotar - ferramentas de colaboração e tecnologias para

Recursos Recursos como o Unified Post, por exemplo, permitem criar e compartilhar conteúdo de forma mais fácil

6 O WebEx Social enfatiza a relação entre colaboração e comunicações unificadas, integrando mensagens instantâneas, telefonia e vídeo com redes sociais melhorar a forma de conceber novas ideias, tomar decisões, executar projetos e criar novos produtos e serviços. Por isso, o Cisco WebEx Social chamou atenção no evento: ele enfatiza a relação entre colaboração e

Nova marca Webex Social visa ampliar oportunidade de negócios em nuvem

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comunicações unificadas, integrando mensagens instantâneas, telefonia e vídeo com redes sociais. A atualização do produto inclui a mesma tecnologia de vídeo utilizada no Jabber, além de ferramentas de colaboração sincronizada, trazendo vídeos de alta definição para a experiência social.

do que em e-mails, blogs ou wikis, e com feedback muito mais efetivo. Os posts podem inclusive ser configurados para permitir comentários, edição e novos compartilhamentos. Há ainda a Rede Social Corporativa – que inclui perfis de usuário, comunidades, busca, sugestões, taggs e seções de Q&A , que pode ser usada para encontrar experts, ingressar em discussões e compartilhar conteúdos. A integração com o Microsoft Office é total, sendo possível atualizar e publicar documentos no WebEx Social diretamente do Word, Excel e Power Point. Há ainda suporte nativo a dispositivos móveis, como tablets e smartphones, o que permite manter a conexão com colegas, conteúdos e aplicações, independe de onde o usuário está.


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A NOVA FRONTEIRA DAS TELECOMUNICAÇÕES Inovações tecnológicas e mudanças no perfil dos usuários desafiam os serviços de telecom no Brasil

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ascensão da base instalada de smartphones no Brasil e no mundo evidencia não só a simpatia dos usuários por esse tipo de dispositivo, mas também o aumento do consumo das redes de dados. Com esses equipamentos é possível enviar e receber dados, incluindo vídeo e áudio, e aumentar a autonomia do usuário,

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comum ou corporativo, expondo os provedores de serviços à polêmica necessidade de investimentos na atualização e manutenção da qualidade das redes. Na área móvel, a tecnologia LTE, base para implementação da Quarta Geração da telefonia celular, já possui cases no País, apesar de todas as interrogações e expectativas quanto

às mudanças das redes de celulares no País. Outra atualização que se faz necessária, não só para a rede móvel, mas para toda e qualquer infraestrutura de telecomunicações, é a migração do protocolo IPv4 para o protocolo IPv6, mais atual e com maior capacidade para integrar o conceito de internet das coisas.



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4G: MAIS INVESTIMENTOS, MAIS OPORTUNIDADES Tecnologia LTE aumenta preocupação das operadoras, mas também cria novas oportunidades; soluções Cisco já apoiam duas iniciativas no País

U

m trilhão de gigabytes representa uma quantidade inimaginável de zeros e uns. Esse valor corresponde a 1,3 zetabyte, medida que poucas pessoas no mundo conhecem, mas que passará pelas redes globais de telecomunicações no ano de 2016. O cálculo, parte do Visual Networking Index (VNI) divulgado pela Cisco em maio deste ano, corresponde a todo tráfego oriundo dos cada vez mais comuns dispositivos com acesso a banda larga – sem contar o aumento do acesso a redes sem fio e a própria mudança de hábito dos usuários, vorazes consumidores de vídeo, entre outras funcionalidades. Suportar tamanha demanda por dados não é tarefa fácil para operadoras, provedores de conteúdo e, claro, fabricantes de equipamentos. Exige muito investimento, trabalho e tecnologia. Mas não há alternativa: o movimento das telecomunicações rumo à onipresença das redes IP parece inevitável. Mais e mais funcionalidades dependem delas, e já é possível observar alguns detalhes deste futuro no qual tudo será conectado. Parte do caminho rumo a essa rea-

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6 “Operadoras precisarão ampliar capacidade do backhaul” — Florian Hartmann, da cisco

lidade passa pelas redes sem fio, e o Brasil deu um passo importante em junho ao leiloar as frequências que serão utilizadas para a quarta geração de telefonia celular, ou simplesmente 4G. A tecnologia LTE (Long Term Evolution), padrão para as redes em processo de implantação no Brasil, em conjunto com a 3G e as redes fixas, conectarão não só smartphones e tablets, mas também carros, dispositivos para medição de consumo de energia elétrica (smart grid), painéis solares, linhas de produção de grandes indústrias, além de aparelhos de televisão e até geladeiras... As aplicações potenciais são ilimitadas. “Os usuários de dados exigem cada vez mais das operadoras, incluindo qualidade de serviço e variedade de produtos”, explica Marcio Gerbovic, gerente de vendas para a América Latina da Cisco do Brasil. Para ele, a tecnologia LTE serve de oportunidade de mercado para as teles, que formularão novos pacotes de serviços para atender a demanda.

Essas exigências, obviamente, não se restringem ao consumidor final. O usuário corporativo tem se distanciado da cadeira do escritório e exige das companhias a mesma experiência em casa ou no ambiente de trabalho. Nesse sentido, acredita Gerbovic, o 4G facilita a colaboração remota e as iniciativas de BYOD, sigla do inglês para “traga seu próprio dispositivo”.

Desafios Claro que tantas possibilidades não vêm sem algumas dificuldades. A compra das licenças para o 4G trouxe para as operadoras obrigações de cobertura geográfica, em um primeiro momento das cidades-sede da Copa das Confederações de 2013 e, depois, daquelas da Copa do Mundo da FIFA de 2014. Assim, elas terão que preparar suas redes rapidamente e, de alguma forma, aproveitar torres e interligações já existentes. “Mas elas precisarão de mais antenas porque a propagação das ondas no 4G não é tão alta quanto no 3G”, explica Florian Hartmann, também gerente de vendas para América Latina da Cisco do Brasil. Outro desafio é o “crescimento brutal do consumo de dados”, conforme define o executivo. “As operadoras precisarão ampliar a capacidade também na conexão das antenas com a rede principal (backhaul). Além disso, ocorre uma mudança na composição do uso de dados, que fica cada vez


mais imprevisível. Se antes o smartphone tinha usos e se conectava a redes específicas em determinados horários, o 4G nos impossibilita de saber onde, quando e quais dispositivos estão nas redes. O impacto é muito grande.” Para Marcio Gerbovic, o desafio comercial também é importante, pois

Existem operadoras com pacotes de 300 MB até 5 GB”, conta Gerbovic. Última – mas não menos importante – entre as preocupações das operadoras estão os dispositivos, ou seja, smartphones, tablets e modems compatíveis com o padrão de 4G utilizado no País. A frequência de 2,5 GHz leiloada pela

6 Em teoria, o LTE prevê downloads de 30 a 40 vezes mais rápidos que o 3G a implantação de uma rede 4G exige novas formas de monetização. “É preciso prover ao mercado aquilo que ele precisa. Várias operadoras no mundo estão criando pacotes mais criativos, e o Brasil deve seguir o mesmo caminho”, diz. A meta é fazer com que o usuário entenda os benefícios dos planos e escolha adequadamente, permitindo que a operadora obtenha o retorno esperado sobre o investimento, que não é pequeno. Só com a aquisição das frequências, foram gastos mais de R$ 3 bilhões. Em teoria, o LTE prevê downloads de 30 a 40 vezes mais rápidos que o 3G. Tanta velocidade impele o usuário a consumir mais dados, o que impõe a operadora o trabalho de conscientizar o consumidor sobre a diferença entre consumo e plano contratado. “A tendência internacional é a mesma que já existe, com pacotes de download pré-contratado também no 4G.

Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é única, portanto os dispositivos brasileiros também serão. “O Brasil está utilizando uma frequência diferente daquela dos EUA e Europa (700 MHz). Um iPad comprado nos EUA, por exemplo, não pode se conectar ao 4G no Brasil”, explica Hartmann. “A consequência é o aumento do preço dos dispositivos comercializados no País.”

Soluções No terreno do 4G, a Cisco atua junto às provedoras de serviço principalmente em três momentos: rádios com

Evolved Packet Core (EPC), que analisa e aplica políticas de tráfego. Esses elementos são fundamentais para que a operadora lide com o grande tráfego previsto nas redes LTE. “Temos uma solução de pequenas células sem fio que ajuda na implementação não só do 4G, mas no offload de 3G, e amplia a cobertura para lugares de difícil alcance”, explica Florian Hartmann. A mesma infraestrutura de conexão das antenas com o core da rede principal das operadoras pode conectar redes 2G, 3G, 4G e WiFi. A tecnologia IP RAN (Radio Access Network) alia roteadores à rede para uma arquitetura que atenda a demanda de diferentes antenas. “Conseguimos conectar tudo na mesma infraestrutura, e a operadora não precisa se preocupar se o crescimento do LTE vai atrapalhar o tráfego 3G. O mesmo backhaul IP é usado conforme o tráfego, sem determinar uma porcentagem para cada tecnologia”, diz Hartmann. O EPC, por sua vez, analisa o tráfego e aplica políticas que tornam possível

6 “Como fabricantes temos que explorar tudo que a Cisco pode agregar ao 4G” — Marcio Gerbovic, da cisco

soluções de pequenas células; infraestrutura de conexão desses rádios com backhaul e shorthaul da operadora; e o

6 TRÊS TEMPOS No terreno do 4G, a Cisco atua junto às provedoras de serviço principalmente em três momentos: • Rádios com soluções de pequenas células • Infraestrutura de conexão desses rádios com backhaul e shorthaul da operadora • Evolved Packet Core (EPC), que analisa e aplica políticas de tráfego.

distinguir, por exemplo, pacotes de vídeo, recurso muito sensível à baixa latência e que pode ser priorizado sobre downloads de arquivos ou e-mails. Importante para redes fixas, esse recurso nas redes móveis é fundamental. A Cisco possui um laboratório no País para que as empresas teste de soluções, parte delas fabricadas aqui – ou em vias de serem produzidas – graças aos investimentos anunciados durante o Cisco Plus desse ano. Atualmente, duas grandes operadoras já trabalham com a fabricante em implantações de 4G no Brasil.

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capa

IPv6 guia futuro da internet e investimentos de operadoras 6

“As aplicações são infinitas”

Novo padrão pavimenta estrada para a ‘internet das coisas’

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e o futuro será marcado pela conectividade de todos os objetos, em um movimento tecnológico atualmente conhecido como “internet das coisas”, antes será necessário popularizar a nova versão do protocolo de internet, o IPv6. Iniciativas globais para a adoção desta tecnologia – que vem para substituir o antigo e esgotado endereçamento IPv4 – serão fundamentais em um mundo no qual cada dispositivo terá um endereço IP. “O IPv6 é uma tecnologia do presente, mas que também pode ser considerada do futuro”, explica Igor Giangrossi, engenheiro consultor de arquiteturas para operadoras da Cisco do Brasil. “Ainda que no Brasil as implementações estejam um pouco atrasadas, estamos caminhando bem. Em alguns países da Ásia, por exemplo, o IPv6 é mais presente porque o IPv4 já esgotou.” Para Giangrossi, enquanto houver endereços IPv4 disponíveis para distribuição, a implementação do IPv6

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acaba sendo mais lenta. No entanto, todas as operadoras, provedoras de conteúdo e a sociedade da internet estão engajadas na transição.

Longevidade Mas então por que o IPv6 também é uma tecnologia do futuro? “Porque a maneira como ele é estruturado significa que não deve haver nova mudança de protocolo em um futuro próximo”, explica o engenheiro. “Isso dá espaço para a internet crescer por vários e vários anos.” Ainda falando de futuro, existe uma relação direta entre a internet das coisas e o IPv6. Sem o padrão seria impossível conectar tantos objetos, dispositivos e equipamentos. Há ainda uma relação óbvia com a tecnologia LTE. Na quarta geração de telefonia celular (4G), “obrigatoriamente todos os aparelhos têm um endereço IP, diferente daqueles do 2G e 3G em que isso só acontecia quando o cliente tinha um plano de dados”, explica Giangrossi.

— Igor Giangrossi, da cisco

O LTE é uma tecnologia totalmente IP, que assume que todos os dispositivos estão conectados na rede. Isso já seria suficiente para justificar a migração para o IPv6. Afinal, não seria possível endereçar os bilhões de terminais móveis do mundo apenas com IPv4.

Aplicações Outras áreas também encontrarão muita utilidade no IPv6. O setor de utilities, por exemplo, poderá adotar soluções de smart grids, com medidores de energia inteligentes, nas quais a coleta dos dados de consumo será totalmente automatizada. No campo das energias renováveis, consumidores com painéis solares e sistemas de energia inteligente poderiam se tornar fornecedores, vendendo o excedente para a concessionária. A aplicação do IPv6 em controles remotos conectados poderia ser utilizada na automatização residencial. Carros IP permitiriam não só acesso à web, mas que o automóvel trocasse informações de trânsito em tempo real com sistemas de controle dos municípios. Centrais de monitora-


Tecnologia embarcada mento de segurança poderiam se beneficiar de redes de câmeras IP. Até a agricultura ganharia ao implantar sensores de baixa potência em rebanhos para monitorar o deslocamento ou mesmo a saúde dos animais. “As aplicações são infinitas. O que todas têm em comum é que precisam de conectividade, e por isso a importância do IPv6: somente com o número crescente de endereços é possível executar e experimentar a internet das coisas”, explica Giangrossi. “Tudo isso vai acontecer, mas alguns países desenvolvidos vão implementar soluções primeiro.”

Investimentos Apesar do que considera uma implantação lenta do padrão IPv6 no Brasil, Giangrossi diz que ele já faz parte do plano de negócios das operadoras. Se até dois anos atrás o trabalho era convencer essas empresas a adotarem o protocolo, agora elas estão preocupadas com a melhor forma de fazê-lo. Segundo o especialista, na banda larga para o usuário final, fixa ou móvel, as implantações ainda estão atrasadas. Mas o cenário muda quando se trata do mercado corporativo. “Por requerimento dos próprios clientes muitas operadoras já implementaram o IPv6”, diz. No começo de 2013, a entrega do IPv6 para o mercado de massa deve crescer com a chegada do LTE, que apesar de não funcionar com o IPv4, deve estar presente na rede de todas as operadoras que atuarão no 4G. “Não faria sentido construir novas redes sem o IPv6. Do ponto de vista técnico é muito provável que todas as plataformas já sejam compatíveis.”

Se depender da Cisco, operadoras e clientes finais não devem sentir dificuldade ao migrar para o novo padrão de internet. Desde 2010 os equipamentos da fabricante para operadoras e empresas suportam IPv6 por padrão. O mesmo vale para a família E de roteadores domésticos da linha Linksys. “Este ano, durante o Lançamento Mundial do IPv6, a Cisco assumiu o compromisso de que todos os seus equipamentos residenciais passariam a contar com suporte nativo ao protocolo”, explica Giangrossi. “Do lado corporativo, a Cisco possui

o maior número de certificados do IPv6 Forum, com vários níveis de certificação. Claramente temos uma posição de liderança em termos de suporte ao novo padrão.” Outra iniciativa importante da empresa junto às operadoras é o fomento não só da adesão ao IPv6, mas na capacitação dos colaboradores que trabalham com protocolos de internet. “Todos que tem algum contato com IP terão que passar por capacitação, e esse esforço não é pequeno, pois o IPv6 é muito diferente do IPv4”, diz o engenheiro. “Esse também é um esforço interno, com a força de trabalho da própria Cisco, além de parceiros e clientes.”

6 Cisco leva vídeo a qualquer dispositivo na ABTA 2012

Aliada à visão de que o vídeo estará em todos os dispositivos, a Cisco apresentou no Congresso e Feira ABTA 2012, promovido pela Associação Brasileira de TV por Assinatura, as principais soluções tecnológicas da empresa para o setor. Entre os destaques estiveram soluções de rede WiFi doméstica e entrega de conteúdo em múltiplas telas (TV Everywhere). Uma nova funcionalidade do Videoscape chamada Conductor, permite que o usuário receba, em tempo real, em um tablet ou smartphone, informações ou propagandas relacionadas ao conteúdo transmitido na TV. O Videoscape é uma plataforma lançada em 2011 que reúne conteúdos de TV digital e online com mídias sociais e comunicações em múltiplas telas. Mas as atenções se voltaram, principalmente, para o anúncio do Prime Home, solução que permite o gerenciamento e provisionamento de dispositivos residenciais e móveis conectados pelas operadoras. A tecnologia é baseada no protocolo TR-069 da ClearAccess, empresa adquirida no começo de 2012 pela Cisco. Com servidores dedicados ou em nuvem, a operadora pode gerenciar a rede do assinante sem enviar especialistas, reduzindo gastos e agilizando a solução de problemas. O Prime Home permite ainda desenvolver novos produtos e serviços a partir de relatórios de perfil dos usuários finais. Um portal na internet permite ao usuário gerenciar a própria rede, filtrando conteúdo e priorizando tráfego na rede doméstica para voz ou vídeo, por exemplo.

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voz do parceiro

OI E CISCO SOMAM ESFORÇOS Empresas selam aliança e ampliam oferta TIC para o mercado corporativo

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om um contrato que marca o primeiro passo rumo à certificação MSCP (Managed Services Cisco Partner), a Oi conta com a Cisco para ampliar a oferta de soluções TIC para o mercado corporativo. Hoje, a operadora possui em carteira as 15 mil empresas que mais investem em TI e Telecom no País, e planeja apresentar a elas soluções compostas que simplificam a migração para cloud computing (Smart Cloud) e o gerenciamento de redes (gestão WAN e Back up 3G). A parceria com a Cisco deve acelerar os passos da operadora rumo à liderança em ofertas TIC para esse nicho. Em entrevista para a Cisco Live Magazine, Ronaldo Motta, diretor de marketing da unidade de negócios do corporativo da Oi, detalha as soluções e fala sobre as expectativas de negócios no curto e médio prazos. Cisco Live Magazine: Como é o projeto de parceria entre a Oi e a Cisco? Ronaldo Motta: A Cisco nos fornece know-how e equipamentos – duas coisas essenciais na prestação de serviços – além de nos atender comercialmente. Tentamos unir esforços dos vendedores da Oi e da Cisco em clientes comuns, para encontrar oportunidades de negócios. A Cisco também é nossa parceira no fornecimento de tecnologias blade, que suportam serviços na plataforma

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Smart Cloud, um projeto que marca o início da atuação da Oi como provedor integrado de Telecom com TI. CLM: De que forma o contrato assinado para a certificação MSCP contribuirá para a expansão dos negócios da Oi? Ronaldo Motta: O contrato marca o primeiro passo rumo à certificação MSCP (Managed Services Cisco Partner), que exige a estruturação de alguns processos, como ter funcionários certificados pela Cisco, para dar suporte aos equipamentos envolvidos na prestação de serviços, além de processos documentados para atestar que nossa operação siga as melhores práticas de mercado. Nessa direção, caminhamos para a busca de outra certificação, o ISO 2000, que complementará o MSCP. CLM: Qual a estratégia de atuação junto às corporações? Ronaldo Motta: Redesenhamos nosso posicionamento para o mercado corporativo. Hoje temos em carteira as 15 mil empresas que mais investem em TI e Telecom no País, e nosso objetivo é fazer com que a Oi se torne um parceiro dessas organizações na busca de receitas e racionalização de custos, por meio do uso de tecnologia como serviço. Temos muito trabalho pela frente, mas ainda precisamos estabelecer uma

política estruturada de parcerias de negócios até alcançar esse objetivo. CLM: Como vocês estão estruturados para atender a essas grandes empresas? Ronaldo Motta: Redesenhamos nossa estrutura organizacional para ajudar o cliente a ter uma decisão de compra a favor da Oi e criamos centros de competências para atender às áreas de networking, voz fixa e convergência, mobilidade, data center, segurança e novos negócios (focado em ofertas de smart world para governos, com soluções de educação, saúde, segurança, UC, etc). Nas áreas de vendas, criamos equipes responsáveis por clientes (atender e fechar contratos) e por produtos (fazer um levantamento de determinados ser-


viços desenvolvidos) e também contamos com uma equipe de pós-vendas. CLM: Quais são as soluções já desenhadas para o universo corporativo? Ronaldo Motta: Hoje temos uma oferta de cloud privada e pública, contemplando também a infraestrutura. Nosso primeiro lançamento é a oferta de IAAS (infraestructure as a service), em que o cliente pode adquirir servidores virtuais na estrutura Cloud e gerenciar recursos remotamente, no modelo self care. Ou seja, o cliente tem acesso a um portal da Oi (backOffice técnico) que permite monitorar as máquinas e adicionar recursos automaticamente, por exemplo, o aumento da capacidade de processamento. Na área de gerenciamento de redes, os clientes podem optar por serviços

que variam de gestão de falhas e incidentes a problemas de disponibilidade; e relançamos o serviço de redes WAN e o de gestão de telefonia móvel (gestão mobilidade), onde oferecemos gerenciamento remoto e proativo. CLM: Vocês também atuam com uma rede de backup 3G. Qual é o diferencial dessa oferta? Ronaldo Motta: Essa rede aumenta a disponibilidade da conexão, inclusive em pontos críticos da operação dos clientes, e apoia operações em casos de falhas na rede principal de outra operadora, por um custo que pode chegar a 30% do valor que ele paga na rede principal. CLM: Quais são as novidades para o futuro?

Ronaldo Motta: Já temos alguns novos projetos em discussão. Ainda não é nada oficial, mas estamos vendo com a Cisco a possibilidade de ter uma participação na oferta da Oi de UC (Unified Communication), tendo em vista que eles são um player importante nessa área e queremos contar com eles na oferta de soluções de videoconferência e telepresença para o setor corporativo. Esse tema é importante dentro da nossa oferta de gestão de LAN (redes locais de clientes) e acreditamos no potencial da Cisco de alavancar esse projeto. CLM: Qual é a importância da Cisco no projeto da Oi de atuar no grande mercado corporativo brasileiro? Ronaldo Motta: A Cisco é um player de tecnologia de referência mundial e nosso movimento rumo a nos tornar uma operadora com foco em TI e Telecom integrado requer, na essência, a existência de parcerias. Não podemos pensar nesse movimento sem parcerias com a Cisco, pois a importância deles é vital para o nosso negócio. Por isso, esperamos contar com apoio irrestrito às nossas iniciativas.

“O movimento de nos tornarmos uma operadora com foco em TI e Telecom integrados requer, na essência, a existência de parcerias, e não podemos pensar nesse movimento sem a Cisco, pois a importância deles é vital para o nosso negócio” — Ronaldo Motta, da Oi

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a voz do cliente

HOSPITAL HI-TECH GANHA PRODUTIVIDADE Novo prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia tem rede e mais de mil ramais 100% IP

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om a mudança para uma nova sede, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), hospital público federal localizado no Rio de Janeiro, expandiu significativamente sua operação: ampliou o número de leitos (de 144 para 303), de consultórios (de 14 para 60) e de salas de cirurgia (de 8 para 21); permitindo o aumento do volume de cirurgias e de consultas ambulatoriais. Mas, a mudança precisava ser suportada por uma nova infraestrutura de TI, que devia ser ampliada nas mesmas proporções. Com o projeto definido e o edital publicado, a PromonLogicalis foi escolhida como a provedora de toda a infraestrutura de TI e telecomunicações, usando tecnologia Cisco. De acordo com Carlos Junior, gerente de tecnologia do INTO, o core da rede está apoiado na família Nexus, há dezenas de switches de borda e acesso, além de soluções de balanceamento de tráfego, virtualização e segurança do ambiente. Todo o sistema de telecomunicações está baseado em telefonia IP. “São mais de mil ramais, entre aparelhos fixos, dispositivos preparados para videochamadas, telefones móveis e softphones instalados em alguns computadores”, detalha o executivo, destacando que o gerenciamento do ambiente é realizado pelo Call Manager.

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O executivo revela que toda a automação predial, segurança de perímetro (por meio de câmeras IP), assim como sistemas de gestão hospitalar e o PACS (Picture Archiving and Communication System - Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens) roda sobre a nova rede. O ambiente também está preparado para receber as inovações previstas para a segunda etapa do projeto, entre elas a adoção de recursos de colaboração móvel - com o uso de tablets e smartphones - e a identificação por

6 “O ambiente é gerenciado integralmente pelo Cisco Call Manager” — Carlos Junior, do INTO

radiofrequência (RFID). “A rede wireless já está toda preparada para o RFID. Em breve, pretendemos usar a tecnologia para controle de ativos e materiais de alto custo, e até mesmo para a localização rápida de profissionais”, antecipa Carlos Junior.

6 SALTO O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) ampliou a capacidade de atendimento depois de mudar de prédio. Veja os números: Leitos saltou de 144 para 303 Consultórios

saltou de 14 para 60

Salas de cirurgia

saltou de 8 para

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Data Center Alta performance ligando sua empresa ao futuro. Veja alguns dos benefícios:

A Embratel acaba de inaugurar o Data Center Lapa, o 5o Data Center da Embratel no Brasil, com certificação TIER III. Ele oferece os melhores serviços em Cloud Computing, Hosting, Segurança e Disaster Recovery,

Redução de investimentos em infraestrutura e custos de manutenção. Conexão direta com backbone IP com dupla redundância. Alta segurança e alta tecnologia. Atendimento da sazonalidade da operação com escalabilidade dos serviços. Interligação entre sites via Rede OTN (Fotônica) com alta disponibilidade (99,999%).

garantindo maior tranquilidade à sua empresa e permitindo maior foco em seu core business. É assim que a Embratel liga sua empresa ao futuro.

www.embratel.com.br


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a voz do cliente

TELEPRESENÇA DERRUBA FRONTEIRAS Rexam investe em projeto mundial de telepresença com serviços da Dimension Data

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íder mundial em embalagens para consumo, a Rexam investiu em um amplo projeto de telepresença com tecnologia Cisco e serviços da Dimension Data para aprimorar a comunicação entre os executivos de suas subsidiárias no Brasil e nos Estados Unidos, e também na matriz da empresa, que fica na Inglaterra. De acordo com André Caneca, gerente de relacionamento de negócios TI da Rexam na América do Sul, a busca por ganhos de produtividade dos principais executivos foi o principal fator que motivou a realização do projeto. “Buscamos reduzir o número de viagens dos profissionais e ter mais rapidez na tomada de decisões”, explica. Cada uma das salas instaladas conta com uma unidade de Telepresença Cisco 3010 - comercializada e implementada pela Dimension Data - e passou pelo processo de adequação

6 “Buscamos reduzir o número de viagens dos profissionais e ter mais rapidez na tomada de decisões” — André Caneca, da Rexam na América do Sul

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6 Cada uma das salas instaladas conta com uma unidade de Telepresença Cisco 3010 necessário para o uso da tecnologia com qualidade de imagem e áudio. Na subsidiária brasileira, cerca de 30 executivos, entre gerentes e diretores que têm necessidade de comunicação constante com as unidades de Londres e Chicago, utilizam a sala.

Empatia Caneca ressalta a eficiência da tecnologia de telepresença para uma melhor comunicação entre os executivos da Rexam. “Quando você tem a oportunidade de ver a pessoa do outro lado com qualidade, a empatia é maior e os assuntos são resolvidos mais facilmente. Hoje, nossa sala de telepresença é utilizada quase todos os dias e os ganhos vão muito além dos financeiros”, diz. O sucesso do projeto de telepresença vem fazendo com que a Rexam avalie a ampliação da iniciativa em outras subsidiárias. “Nosso objetivo é que, a partir de 2013, outras unidades na América do Sul também tenham salas e passem a desfrutar dos mesmos benefícios de comunicação”, conclui.


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a voz do cliente

TIM ACELERA INSTALAÇÃO DE WI-FI EM ESPAÇOS PÚBLICOS Projeto de ativação de 10 mil hotspots também vai ampliar a capacidade de expansão da operadora

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onectividade. A palavra que tem mobilizado projetos de operadoras para expandir as redes de telecomunicações em tempo de atender à demanda por transmissão de dados em especial durante os eventos esportivos de 2014 e 2016, foi traduzia pela TIM como Wi-Fi. A empresa firmou contrato com a Cisco para instalar novas redes sem fio em locais de grande circulação de público, como aeroportos, shoppings centers e estádios. O projeto prevê a instalação de 10 mil hotspots até dezembro. A operadora anunciou que já deu início às instalações e testes de equipamentos em alguns locais públicos, como na comunidade de Paraisópolis (SP), além de 13 aeroportos no País. A parceria permitirá a entrega de uma infraestrutura robusta, que promete conexão à internet de alta velocidade nas grandes cidades, inclusive nas que sediarão os eventos esportivos. “Com certeza, antes da Copa do Mundo, vamos entregar os melhores serviços, e já estamos conversando com clubes para levar

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conectividade aos estádios”, relata o diretor de marketing da TIM Intelig, Rafael Marquez.

credencia o projeto, principalmente por sua magnitude, pois somos uma operadora entrante no Wi-Fi, e em um ano vamos prover 10 mil hotspots a um país que conta com apenas 4 mil”, afirma o diretor de marketing. Como parte da estratégia para melhorar o acesso à internet em locais públicos no Brasil, a TIM também acredita que investir em parcerias, inclusive com concorrentes, é imprescindível nesse momento. “Nos eventos esportivos haverá mais gente do que o normal, então a parceria com as outras operadoras será a forma de atender à demanda por conexão às redes 3G e Wi-Fi”, afirma Marquez.

Transbordo Segundo ele, esse projeto surge como alternativa para desafogar o tráfego na rede 3G e atender à demanda de internet em dispositivos móveis. “O projeto é o que chamamos de offload da rede 3G para o Wi-Fi. Nossa estratégia é ampliar a rede móvel, que já apresenta um crescimento de base resultante da demanda por aparelhos conectados”, explica. A infraestrutura contará com três equipamentos da Cisco. Uma linha outdoor (1552), para locais abertos; e duas Indoor (1042 e 3502) — a primeira para ambientes com pouca interferência; e a última, a mais robusta e com espectro mais complicado, para estabelecimentos como shopping centers. A parceria entre a Cisco e a Intelig acrescenta qualidade à infraestrutura do projeto, considerado inovador pela quantidade de hotspots instaladas. “A tecnologia Cisco, conhecida mundialmente pela qualidade,

“Somos uma operadora entrante no Wi-Fi e em um ano vamos prover 10 mil hotspots a um país que conta com apenas 4 mil” — Rafael Marquez, da TIM Intelig


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a voz do cliente

GÊNERO DE PRIMEIRA NECESSIDADE Grupo Pão de Açúcar terá rede IP conectando quase 700 localidades e mais de 30 mil ramais

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primorar cada vez mais a experiência de compra do consumidor nas lojas, através de interação digital, promover maior agilidade na comunicação e colaboração entre funcionários independente da distância. Diretrizes do chamado “varejo do futuro”, esses itens já são realidade no Grupo Pão de Açúcar, que está implantando uma rede IP, considerada a maior do setor. A Telefônica | Vivo foi contratada para migrar 100% da rede para IP. A nova infraestrutura começou a ser implementada na sede da empresa e deve ser concluída até o final de 2013 em todas as 626 lojas de Pão de Açúcar, Extra (hiper, super e minimercado) e Assaí no Brasil.

A rede dará suporte a novas aplicações, como videoconferência, quiosques multimídia, treinamento a distância e aplicativos para o consumidor. “Trata-se de um passo importante para que possamos oferecer o que há de mais inovador tanto para o nosso consumidor quanto para o nosso cliente interno”, diz Ney Santos, CIO do Grupo Pão de Açúcar. Para executivos e colaboradores, a rede IP possibilitará a instalação de quiosques multimídia e treinamento a distância, facilitando a realização de reuniões virtuais e maior colaboração entre os 150 mil funcionários do Grupo. “A ideia é que o aumento dos recursos de colaboração dê

mais agilidade à tomada de decisões”, acrescenta Santos.

Big rede Com a nova rede, totalmente baseada em tecnologia Cisco, o Grupo Pão de Açucar pretende integrar mais de 30 mil ramais de voz sobre IP em 700 localidades. Três mil aparelhos serão habilitados para vídeo, e a rede também terá licenças WebEx, Jabber e Jabber Video, juntamente com toda a plataforma de integração de 4 call centers, incluindo helpdesk, field service e SAC. “Trata-se da instalação de uma das maiores redes IP do País”, afirma Maurício Azevedo, diretor executivo do Segmento Corporativo da Telefônica | Vivo.

Avanço O projeto do Grupo Pão de Açúcar foi desenhado em conjunto com consultores da Cisco, visando também uma nova arquitetura wireless de alto desempenho, que apoiará realidades como mobile shopping, tablets, coletores de dados para gerenciamento de estoque em tempo real, balança Wi-Fi, entre outras. Segundo Eduardo Frade, gerente de vendas da Cisco para o segmento de varejo, a iniciativa ilustra o projeto da Cisco de criar lojas no conceito “Flex Store”, ambientes que têm como base a arquitetura Lean Retail Architecture, sobre a qual a rede é preparada tanto para integrar aplicações existentes, quanto para receber o conceito de lojas de nova geração.

6 “O aumento dos recursos de colaboração irão permitir mais agilidade na tomada de decisões” — Ney Santos, CIO do Grupo Pão de Açúcar

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BOLA NA REDE

Em parceria com a Tecnoset, São Paulo Futebol Clube renova e moderniza infraestrutura de rede

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São Paulo Futebol Clube contratou a Tecnoset, parceira da Cisco na área de integrações de soluções BPO de Gestão Documental, Networking e Segurança Digital, para iniciar a modernização tecnológica da infraestrutura de redes do estádio do Morumbi, do Centro de Treinamento da Barra Funda e o do Centro de Formação de Atletas de Cotia. Para o SPFC, que está em ascensão e cada vez mais recebe shows, jogos e eventos nacionais e internacionais, era necessário contar com uma rede confiável e poderosa para disponibilizar conectividade segura aos colaboradores, torcedores e visitantes. O clube, que tem como um de seus objetivos tornar seu estádio referência em tecnologia e serviços, precisa estar preparado para as futuras demandas de aplicações, publicidade e entretenimento móvel,

que requerem conexão cabeada e wireless capazes de suportar a crescente demanda de tráfego de dados e gerenciamento. Assim, após estudo minucioso, a Tecnoset, em parceria com a Cisco, apresentou um projeto com a arquitetura Borderless Networks ao SPFC,

distribuição para as demais unidades. Com a arquitetura, o clube estará preparado para implantar as próximas fases do projeto, que incluem uma nova rede wireless gerenciada, capaz de integrar os serviços de comunicação, colaboração e entretenimento móveis, com suporte para

6 Solução permitirá ao clube oferecer serviços de rede sem fio ao público freqüentador do estádio capaz de atender à expectativa do clube em aumentar seu quadro de colaboradores, quantidade de eventos, público e serviços de entretenimento.

Praticidade A solução possibilitará a oferta de serviços e informações através da rede wireless ao público, proporcionando uma experiência mais envolvedora. Além disso, o clube contará com redundâncias na rede e poderá centralizar seu link de dados no estádio com

teleconferência e videovigilância. Para Andréa Domingues Cubos, gerente comercial da unidade de Networking & Security da Tecnoset, “a conquista deste cliente confirma a expertise que temos para atuar em diversos setores e ratifica nossa certeza de que atingiremos as metas estipuladas para 2012, uma vez que já conseguimos um crescimento da ordem de 18% nesta unidade de negócios, apenas no primeiro semestre de 2012”.

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inovação

HORA DE EXPANDIR O ACESSO

Com 4G e expansão da banda larga no Brasil, Bob Gault, vice-presidente global para operadoras da Cisco, vê no País uma grande oportunidade de negócios

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rovedores de serviço se encontram em um momento de inflexão: por um lado, sofrem cobranças para entregar cada vez mais conectividade, no outro, precisam rentabilizar os altos investimentos mantendo a qualidade dos serviços. No Brasil, com iniciativas federais em curso, como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e o recente leilão das frequências para a quarta geração de telefonia móvel (4G), o mercado deve permanecer aquecido e atraindo investimentos. Conversamos com o vice-presidente global de canais para provedores de serviço da Cisco, Bob Gault, para falar um pouco sobre novas tecnologias e o bom momento do mercado brasileiro.

Cisco Live Magazine: Após um período de reestruturação, a Cisco voltou a mostrar resultados positivos. Qual o papel do mercado de provedores de serviço nesse desempenho? Bob Gault: O segmento de provedores de serviço contribuiu fortemente com o crescimento da Cisco

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desde a reestruturação em 2011. Na primeira metade de 2012, a vertical de provedores de serviço cresceu em torno de 16% no primeiro trimestre e 12% no segundo. Para o ano, esperamos crescimento de 8%, o que o torna um dos segmentos da companhia que mais crescem. Isso se baseia na alta demanda por soluções de mobilidade, cloud, vídeo, infraestrutura etc. Além disso, temos alto e crescente volume de investimentos em NGN (next-generation network, ou redes de próxima geração. Acreditamos que estamos ganhando participação no mercado entre os provedores de serviço com nosso foco em arquitetura, e ao auxiliá-los a monetizar as oportunidades de negócio através da rede. CLM: O mercado financeiro global ainda hesita sobre a recuperação da Cisco. Essa suspeita se deve à empresa ou ao mau momento da economia global? Gault: Acho que você está certo quando olhamos os resultados do segundo trimestre, porque houve algum questionamento sobre a recuperação da empresa. Quando o

mercado viu os resultados mais recentes, comemorou. Continuamos fazendo aquilo que dissemos que faríamos, e o mercado reconheceu a transformação da companhia, incluindo nossa habilidade de reconhecer tendências de mercado, com foco no consumidor e na inovação. Acredito que estamos retornando a patamares do passado. Nossas receitas cresceram 7%, enquanto nossa rentabilidade cresceu 14%, ou seja, duas vezes mais. Com isso, dissemos o que somos capazes de fazer e obtivemos comentários positivos. CLM: A crise na Europa afetou os resultados da Cisco no segmento de operadoras? Gault: Ela continua sendo um desafio. Ao redor do mundo continuamos sendo desafiados pela pressão econômica, mas acho que fora da Europa há um pouco mais de estabilidade e visibilidade em todos os mercados, incluindo provedores de serviço, grandes empresas e o setor financeiro. No continente europeu ainda há preocupações e impacto


nos resultados globais, não só para a Cisco, mas para todos os fabricantes de equipamentos de rede. CLM: Qual a participação do segmento de operadoras nas receitas globais da Cisco?

CLM: Que avaliação pode ser feita do atual mercado brasileiro de provedores de serviço? Gault: Vejo oportunidades tremendas de crescimento para a Cisco e para os provedores de serviço. Uma das razões principais é a baixa penetração

6 Gostamos de pensar que ao combinar as nossas ganhamos competitividade Gault: Os provedores de serviço representam cerca de um terço do faturamento global da companhia, incluindo produtos e serviços. CLM: O Brasil acabou de leiloar as frequências que serão usadas para implantação das redes 4G/LTE. Como a Cisco pretende aproveitar essa oportunidade? Gault: Vemos as operadoras brasileiras investindo pesadamente para implantar redes 4G a tempo de cobrir localidades específicas impostas pelos órgãos reguladores durante grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíada. Com o tráfego móvel e a venda de dispositivos explodindo, inclusive no Brasil, os provedores de serviço estão procurando arquiteturas mais voltadas ao tráfego de dados, na qual possam convergir LTE, SP Wi-Fi, 3G, e outras redes legadas em um único e inteligente core de rede. O resultado é que, nesse cenário, devemos manter nossa posição de liderança com nossas tecnologias de Packed Core junto aos maiores provedores no Brasil. Há oportunidades em IP RAN e arquiteturas de backhaul, como SP Wi-Fi integrado as redes móveis, além de arquiteturas orientadas para vídeo móvel. As oportunidades existem em todo o País e acho que estamos bem posicionados para capitalizá-las.

de banda larga e tevê por assinatura em todo o território. Isso aliado ao crescimento econômico recente e a ascensão de mais de 40 milhões de pessoas para a classe média, aumentando drasticamente a demanda por computadores, tablets, smartphones e serviços de telecomunicações. A Cisco vê um mercado crescente nos próximos anos para os provedores de serviço, que continuam confiando na empresa como conselheira e provedora de

arquiteturas, especialmente na área de NGN, vídeo, nuvem e mobilidade. CLM: No segmento de carrier Wi-Fi, alguns players relativamente novos estão crescendo rapidamente. Como a Cisco se prepara para competir nesse mercado? Gault: Nossa plataforma ASR 5000, que é uma tecnologia chave no segmento de operadoras móveis, possui 67% do mercado. Em SP Wi-Fi temos quase 100%. Nossas soluções causam grande impacto nos provedores de serviço. As operadoras realmente entenderam e adotaram nossa abordagem focada na arquitetura. Enquanto nossos competidores fornecem soluções únicas, gostamos de pensar que ao combinar as nossas ganhamos competitividade, e oferecemos a estratégia adequada para o mercado.

“As oportunidades existem em todo o País e estamos bem posicionados para capitalizá-las” — Bob Gault, da cisco

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segurança

A SERVIÇO DA SEGURANÇA

Cisco aposta em soluções que protegem o elemento central das tecnologias corporativas: a própria rede

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tribuí-se ao matemático e cientista da computação Vint Cerf, considerado um dos “pais da internet”, a ideia de que o melhor e o pior atributo da rede é a possibilidade de se conectar com todo mundo. Ao mesmo tempo em que serve de porta para inúmeras aplicações positivas, a web também expõe pessoas e empresas a um crescente número de ameaças. Nos últimos anos, os golpistas virtuais tornaram usuários comuns e grandes corporações seus grandes alvos. Para proteger seus clientes, fabricantes de tecnologia como a Cisco investem no combate e na prevenção de ameaças, o que fez com que o mercado de appliances para segurança de rede corporativa (que inclui firewalls, VPN, UTM e IPS) alcançasse US$ 10,2 bilhões em 2011, segundo a IDC. E estima-se que esse valor ultrapasse US$ 13,4 bilhões até o fim do ano que vem.

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A maioria dos fabricantes endereçam seus esforços para segurança de rede em equipamentos de UTM (Unified Threat Management), appliances que incluem recursos integrados de hardware e software. “Não usamos muito o termo UTM”, explica o gerente de negócios para arquitetura Bordeless Networks da Cisco do Brasil, Alexandre Lessa. “Essa nos parece uma solução simples, voltada para alguns mercados, principalmente o de pequenas e médias empresas. A Cisco não acredita nesse tipo de solução, pois entende que segurança deve atender a qualquer tamanho de empresa.” Outro problema dessas soluções,

cada nível de segurança na rede”, diz. Arquitetura é a palavra chave para a Cisco: com novas e cada vez mais sofisticadas formas de ataque, uma solução única não possui a mesma eficiência que uma solução bem desenhada e endereçada. Segundo Lessa, appliances específicos atuam de forma mais efetiva do que aqueles que reúnem tantas funcionalidades em um só dispositivo. “Temos equipamentos que são líderes mundiais, mas com funcionalidades específicas. Firewalls de aplicação integrados com soluções de filtragem de web na nuvem, proteção de e-mail e antivírus”, classifica.

6 “A estratégia da Cisco prevê segurança fim a fim” — Alexandre Lessa, da cisco

explica o executivo da Cisco, é a degradação do hardware conforme surgem novos e poderosos ataques. “É preciso ter soluções específicas para

Focar a segurança na rede é uma estratégia melhor, segundo a Cisco, porque leva em conta a conexão entre todos os elementos do ambiente:


rança fim a fim”, explica Alexandre Lessa. “Não basta ter um bom firewall se não estou endereçando a segurança pelo lado da conexão wireless, ou de um novo dispositivo entrando na rede. A mobilidade fez expandir as soluções de segurança para empresas além daquele perímetro da internet.” Assim, provam-se eficientes abordagens como a da arquitetura Cisco Bordeless Networks, na qual as fronteiras da segurança deixam de repousar sobre um único ponto da rede. A demanda por segurança, aliás, nunca

Parte do sucesso dessas soluções pode ser explicada pelo Cisco SIO (Security Intelligence Operations), centro responsável por monitorar a internet e identificar ameaças contra as redes globais. Ele é responsável por criar uma base de dados e assinaturas que protegerão de forma ativa soluções na nuvem como o ScanSafe e appliances ASA, entre outros equipamentos. “Com isso, conseguimos reagir em tempo real a novas ameaças que apareçam. Nosso firewall ASA CX assume

6 O mercado de appliances para segurança de rede corporativa (que inclui firewalls, VPN, UTM e IPS) alcançou US$ 10,2 bilhões em 2011 e deve ultrapassar US$ 13,4 bilhões até o fim do ano que vem, segundo a IDC usuários, dispositivos, aplicações e data centers, sejam físicos, virtuais ou na nuvem. “A rede faz esse link, é o ponto onde se insere a segurança”, explica Lessa. “As ameaças, plataformas, clientes e dispositivos mudam. Dois anos atrás o líder em smartphones era a RIM, hoje é a Apple. Quem será daqui a dois anos?”

Drivers Se o número crescente de usuários potencializa o surgimento de mais golpistas virtuais, o que dizer da explosão de novos dispositivos, conectados em múltiplas redes de acesso (wireless, WiFi, VPN)? Para a Cisco, a mobilidade se tornou outro grande impulsionador para as soluções de segurança. As empresas, de olho no aumento de produtividade decorrente do uso de dispositivos móveis, também se preocupam com as vulnerabilidades que surgem no novo ambiente. “A estratégia da Cisco prevê segu-

foi tão grande. O próprio CEO da Cisco, John Chambers, já declarou mais de uma vez que essa é a primeira e a maior preocupação dos clientes, o que causou mudanças estruturais na própria Cisco, que passou a buscar o desenvolvimento de uma arquitetura cada vez mais forte. “Para bem ou para mal, a tendência é que cada vez mais ameaças e anomalias cheguem. É necessário que as empresas invistam para se proteger”, explica Lessa.

posição de liderança em termos de tecnologia usando uma base com mais de 1 milhão de appliances espalhados em todo o mundo”, explica Lessa, referindo-se ao firewalls de aplicação da Cisco, já disponíveis em linhas high-end. No fim de 2012 ele terá uma versão para empresas de menor porte (mid-end).

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Portfólio Globalmente, segundo a IDC, a Cisco lidera o mercado de appliances de segurança com 18,4% da receita. O segmento de firewalls/VPN foi o que obteve o maior crescimento no segundo trimestre de 2012 (23,3%), grande parte graças ao crescimento da Cisco nesse mercado. Mas o portfólio da empresa vai bem além, abrangendo soluções de segurança web e de email, também em posição de liderança.

• A Cisco lidera o mercado de appliances de segurança com 18,4% da receita • O segmento de firewalls/ VPN foi o que obteve maior crescimento no segundo trimestre de 2012 (23,3%) Fonte: IDC

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Artigo

AS PRINCIPAIS AFLIÇÕES NAS DECISÕES DOS LÍDERES DE TI Erros estratégicos podem ser devastadores às organizações

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tomada de decisão é a atitude mais importante e com maior capacidade de transformação das nossas vidas. Mas ainda há gestores que avaliam não ser necessária uma abordagem lógica e estruturada para a tomada de decisões estratégicas. Na área de TI a melhoria dos processos decisórios é uma preocupação. O Gartner realiza regularmente pesquisas com 1000 CIOs para definir os temas prioritários à condução do negócio e, desde 2005, o tema BI está no topo da lista, porque frequentemente eles buscam melhorar as decisões. No entanto, para entendermos o quê melhorar, precisamos avaliar a realidade em algumas organizações. Habitualmente, os problemas não são bem definidos no mundo dos negócios. Os processos decisórios são fluidos, desestruturados e com metas ambíguas. É complicado definir metas consensuais quando elas e seus significados não estão claramente definidos. Por vezes, não de forma consciente, adotam-se soluções prontas baseadas em conhecimentos e habilidades que atendem aos interesses de um grupo. Por isso, podem ser criadas situações para se justificar as decisões. Dessa forma, nas organizações coexistem soluções prontas, com novos problemas, e soluções de todos os tipos que surgem ao longo do tempo. Sei que muitos leitores pensarão que consegui descrever o seu dia-a-dia, mas esta dinâmica funcional foi descrita em 1972 no artigo A Garbage Can Model of Organizational Choice*, publicado pela Cornell University. Considero pesado o termo “garbage can”, mas a análise por ele apresentada espelha o que tenho vivenciado em projetos de TI de empresas dos setores aeroespacial, petroquímico, infraestrutura, celulose, financeiro entre outros. Quando as metas são definidas e o problema identificado, as atividades de definição, classificação e estruturação das informações, geralmente fluem. No rumo para a melhoria dos processos decisórios é importante observar que eles podem ser estruturados com metodologias robustas que fornecem resultados rápidos tanto para os gestores de TI como para seus colaboradores.

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*Roberto Camanho

As metodologias de apoio à decisão levam a uma conversação estruturada e à busca dos questionamentos corretos.

Prioridades Acredito que frente a decisões complexas é saudável definir quais são as questões que precisam de respostas. Fazer as perguntas certas já é um bom começo para estruturar uma decisão. Lembre que resolver errado o problema certo é melhor que resolver certo o problema errado. Para que estas metodologias de apoio à decisão tenham sucesso é necessário definir o processo funcional que irá suportá-las. Além de definir o fluxo das informações é recomendável fazer a avaliação do ambiente, da liderança, das perguntas, da metodologia e da execução. Os tópicos em cada um destes temas estão apresentados na figura abaixo.

O sucesso da implantação de processo de apoio à decisão depende de um sponsor dedicado. A mudança cultural não é simples, fica sempre a questão se não estamos complicando o processo. Para dar conforto aos gestores empenhados em estruturar seus processos decisórios informo que vários estudos são publicados demonstrando retorno na implantação destas metodologias.

* Roberto Camanho é sócio-fundador da Side C, consultor em processos decisórios estratégicos e professor da ESPM/SP nos cursos de pós-graduação e graduação. Atua nos setores de telecomunicação, aeroespacial, petroquímico, financeiro e celulose para a seleção de investimentos em TI.


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