REVISTA DO
SESCON-SP
ANO XXIX . JULHO 2018
NO 350
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO FILIADO À FENACON
BR EM AÇÃO GOVERNO IMPEDE PAGAMENTO DE IR E CSLL COM CRÉDITO FISCAL E EMPRESAS VÃO À JUSTIÇA
TECNOLOGIA WHATSAPP PARA A COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE VALE A PENA?
QUALIDADE DE VIDA O ESTRESSE E O AUMENTO DO RISCO DA PRESSÃO ALTA
FORÇA TAREFA PARA ‘SALVAR’ O
DIANTE DO DESAFIO DE INSERIR 33 MILHÕES DE TRABALHADORES NO SISTEMA, ENTIDADES EMPRESARIAIS PROPÕEM NOVO MODELO DE FASEAMENTO
SUMÁRIO
ANO XXIX . NO 350 . JULHO 2018 Edição encerrada em: 2 de Julho de 2018
SESCON-SP SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO
REVISTA DO
SESCON-SP
4 EDITORIAL 5 LINHA DIRETA 6 PARCERIAS 7 CÂMARA SETORIAL DE CONTABILIDADE CÂMARA DE CONTABILIDADE DEBATE A PROFISSIONALIZAÇÃO DA ÁREA COMERCIAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS
8 SESCON-SP
Presidente: Márcio Massao Shimomoto Vice-Presidente: Reynaldo Pereira Lima Junior Vice-Presidente Administrativo: Antonio Carlos Souza dos Santos Vice-Presidente Financeiro: Carlos Alberto Baptistão Diretor Administrativo: José Dini Filho Diretor Financeiro: Benedicto David Filho Diretor Social: Demétrio Cokinos Diretores Suplentes: Adalmo Coutinho, Alexandre De Labetta Filho, Jorge Luiz Gonçalves Rodrigues Segeti, Marcelo Voigt Bianchi, Marcos Feijó Felipe, Rinaldo Araujo Carneiro e Valdemir Arnesi Conselho Fiscal Efetivo: José Serafim Abrantes, Irineu Thomé e Adauto Cesar de Castro Conselho Fiscal Suplente: Ricardo Roberto Monello, Domingos Orestes Chiomento e Antonio Marangon Delegação Federativa Efetiva: Márcio Massao Shimomoto e Sérgio Approbato Machado Júnior Delegação Federativa Suplente: José Maria Chapina Alcazar e Antonio Marangon Conselho Consultivo: Adauto César de Castro, Antonio Marangon, Aparecida Terezinha Falcão, Arthur Magalhães de Andrade (in memoriam), Carlos José de Lima Castro, Francisco Antonio Feijó (in memoriam), Hatiro Shimomoto, Irineu Thomé, João Gondim Sobrinho (in memoriam), José Maria Chapina Alcazar e José Serafim Abrantes Conselho Editorial: Presidente: Márcio Massao Shimomoto . Coordenadora da Comissão: Terezinha Anneia . Membros: Carlos Alberto Baptistão, Rinaldo Araújo Carneiro, Marcos Feijó Felipe e Jorge Luiz G. R. Segeti, Marcelo Zetune e Jackeline Carvalho
AESCON-SP ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
SINDICATO FAZ CAMPANHA DO AGASALHO E ASSINA PARCERIA COM FABRICANTE DE MEIAS
9 SESCON-SP NÚCLEO DE JOVENS EMPRESÁRIOS DEBATE SOBRE A APLICAÇÃO E AS VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL
10 SESCON-SP ENCONTRO DO IBRACON DISCUTE O FUTURO DE CONTADORES E AUDITORES E A INSERÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO SETOR
11 SESCON-SP SESCON-SP PARTICIPA DE LEVANTAMENTO DE DADOS PARA PESQUISA DO BANCO MUNDIAL, A DOING BUSINESS
12 DIREITO & JUSTIÇA
Presidente: Márcio Massao Shimomoto Vice-Presidente: José Vanildo Veras da Silva Vice-Presidente Administrativo: Wilson Gimenez Júnior Vice-Presidente Financeiro: Nilton de Araújo Faria Diretora Administrativa: Terezinha Annéia Diretor Financeiro: José Carlos Rodrigues Diretor Social: Elcio Valente Diretores Suplentes: Alaíde da Silva Pereira Vitorino, Alexandre de Carvalho, Ana Maria Galloro Laporta, Carlos Euripedes Limberti, Humberto Sérgio Batella, Ives Della Torre e Juraci José Pereira Conselho Fiscal Efetivo: Carlos José de Lima Castro, Tikara Tanaami (in memoriam) e Salvador Strazzeri Conselho Fiscal Suplente: Júlio Augusto dos Reis, Valdemir Atílio Arnese e Francisco Antonio Feijó (in memoriam)
A LEI DA ANISTIA DEVE SER REVISTA APÓS AS NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A DITATURA MILITAR?
14 BR EM AÇÃO GOVERNO IMPEDE PAGAMENTO DE IR E CSLL COM CRÉDITO FISCAL E EMPRESAS VÃO À JUSTIÇA
18 CAPA FASEAMENTO É SAÍDA ÚNICA PARA EVITAR ‘COLAPSO’ NO eSOCIAL
22 ENTREVISTA PRESIDENTE DO CRCSP, MARCIA RUIZ ALCAZAR, FALA SOBRE OS DESAFIOS DA ENTIDADE NO RELACIONAMENTO COM OS CONTADORES
24 GESTÃO TRIO DA CONTABILIDADE PODE AJUDAR NA HORA DE GERIR CUSTOS
26 TECNOLOGIA WHATSAPP PARA A COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE VALE A PENA?
28 CARREIRA EM QUE HORÁRIO VOCÊ É MAIS PRODUTIVO?
29 QUALIDADE DE VIDA O ESTRESSE E O AUMENTO DO RISCO DA PRESSÃO ALTA
30 SESCON EM PAUTA
EXPEDIENTE Produção Editorial: Act One Agenciamento e Comunicação Ltda. Editor: Marcelo Zetune Arte: Paula Ubatuba Tannuri Jornalista Responsável . Edição: Jackeline Carvalho Reportagens: Jackeline Carvalho Revisão: Gabriel Alves Silva Colaboração: Área de Conteúdo Sescon-SP e Comunicação Interativa Impressão: Companygraf Tiragem: 6.000 exemplares Versão Digital: www.revistasesconsp.com.br Fale com o Editor: editor@sescon.org.br Para anunciar: raphael.pace@sescon.org.br . (11) 3304-4434 Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da Entidade.
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EDITORIAL
TEMPO NUBLADO NO eSOCIAL
Para evitar gastos excessivos pelas empresas, o governo criou uma plataforma semelhante ao eSocial dos empregados domésticos. E aí já podemos resgatar os transtornos vividos pelos empregadores nos primeiros meses do sistema. Outro fator que nos leva ao sentimento de apreensão é a experiência vivida pelas grandes corporações, que vêm enfrentando dificuldades desde o início do ano, quando passaram a ser obrigadas a atender às novas regras. O objetivo do Sistema é simplificar e unificar a entrega das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais em todo país. Este é um ambiente que merece nosso total apoio, porque, mais adiante, deve simplificar e até mesmo reduzir o número de obrigações assessórias na área trabalhista, algo que, há muito tempo, defendemos e pleiteamos. Porém, é grande o volume de empresas, trabalhadores e das informações que devem constar dos novos cadastros. E justamente por acreditarmos nos benefícios do Sistema é que sugerirmos uma nova revisão no calendário de implantação das pequenas e médias empresas e dos microempreendedores individuais com empregados, que acontece agora, a partir de julho. Junto com outras entidades empresariais, o SESCON-SP conclui que os preparativos das empresas – um grupo assistido praticamente em sua totalidade pelas organizações contábeis – está aquém do que exige o Sistema. Muitos sequer ouviram falar sobre o eSocial, um quadro que gera resistência e coloca toda a responsabilidade de conformidade sobre os ombros dos contadores. Teremos que explicar, convencer as empresas e trabalhadores sobre os benefícios das mudanças e ainda inserir todos os dados no sistema. Adicionalmente, as informações ainda precisam ser ajustadas
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aos formatos exigidos pelo eSocial, tarefa que, pelo volume, demandará, na nossa visão, muito mais tempo do que prevê o calendário preparado pelo governo. Na reportagem de capa dessa edição 350 da revista SESCON-SP podemos entender por que, sem a alteração proposta, viveremos dias turvos, e corremos o risco de não conseguir atender à totalidade do requisito, o que pode gerar dificuldade na emissão e pagamento de guias. Uma visão da realidade diante do perfil das pequenas e médias empresas e dos MEIs, que, vale lembrar, ainda não acompanham o nível de investimento e informatização do governo. Boa leitura!
Foto: Sérgio de Paula
O início da inserção de dados dos trabalhadores, das empresas de pequeno e médio portes e dos microempreendedores individuais no Sistema de Escrituração Pública Digital (SPED) causa apreensão. No total, este segundo grupo de empresas obrigadas a atender às novas regras soma 4 milhões de organizações e 33 milhões de trabalhadores, sendo 2.692.632 empresas do Simples Nacional, que empregam mais de 13 milhões de profissionais.
Márcio Massao Shimomoto Presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP presidente@sescon.org.br
SESCON-SP LINHA DIRETA
SUGESTÕES E COMENTÁRIOS DOS
leitores INTERCONT CONTABILIDADE EMPRESARIAL Conforme orientação via telefone com a atendente do SESCON-SP, solicito as seguintes informações: Referente a desenquadramento de Sociedade Uniprofissional (SUP), retroativamente inclusive recebendo auto de infração com consequente multa. Gostaria de ter uma orientação a respeito e de como o SESCON-SP está orientando seus associados a respeito, ou se o SESCON-SP entrará com ação coletiva ou defesa administrativa. Aguardo retorno urgente em virtude do prazo para recurso. .................... SESCON-SP Olá, pode comparecer ao Sescon-SP para uma reunião com o departamento jurídico!
SCALLA ASSESSORIA CONTÁBIL Estou tentando enviar para Receita Federal um DBE há mais de uma semana porém o sistema não lê o certificado. Podem, por favor, verificar se o site da rede SIM está com algum problema? .................... SESCON-SP O sistema da REDESIM e o COLETOR NACIONAL estão funcionando normalmente. Poderia enviar os erros apresentados para que possamos orientá-lo?
WORK CONTEC Desde o mês passado estamos tentando emitir o parcelamento previdenciário e não consigo. A tela não abre. Sabem o que posso fazer? Obrigada! .................... SESCON-SP Conforme falamos, utilizar o navegador Firefox. Caso não funcione, nos comunique.
JAMILA SUELI DA SILVA DAGHASTANLI Solicitei a atualização de cadastro de duas empresas que já foram abertas há mais de um ano, mas não houve atualização. Gostaria de saber como prosseguir, pois solicitei mais de duas vezes. .................... SESCON-SP Sua solicitação foi encaminhada para o departamento responsável, que entrará em contato.
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SESCON-SP PARCERIAS
AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS CONTÁBEIS
ERP COM QUASE 70% DE DESCONTO
NOVA PARCEIRA DO SESCON-SP, A JETTAX FORNECE SUPORTE IMPORTANTE AO DIA A DIA DA EMPRESA CONTÁBIL, AO AUTOMATIZAR PROCESSOS DE CAPTURA DE ARQUIVOS DE NOTA FISCAL E GERAÇÃO DE GUIAS, ENTRE OUTROS
VANTAGEM É OFERECIDA A CLIENTES DOS ASSOCIADOS AO SESCON-SP; SPARTAN TRABALHA NA NUVEM E PERMITE ACESSO DO CONTADOR AOS REGISTROS CONTÁBEIS GERADOS PELO SISTEMA
A Jettax é uma empresa de tecnologia criada para automatizar rotinas de empresas de contabilidade, reduzindo custos com ganho de qualidade e produtividade, objetivando escala e competitividade. Seu produto é uma plataforma, em nuvem, com módulos integrados que automatizam os processos da empresa contábil, conforme abaixo: JETTAX . Captura de arquivos na prefeitura (TXT’s NFS-e Emitidas, Recebidas, NFTS e guia do ISS) - solução com processamento por agendamento de data evitando o sobrecarregamento do site da prefeitura no período de fechamento . Reduz em cinco dias o fechamento fiscal e do ISS DAS (SIMPLES NACIONAL) Gera a apuração do DAS e o sistema classifica automaticamente o código de serviço da NFS-e emitidas com o anexo do Simples Nacional. A solução proporciona a geração do DAS em escala com relatórios para conferência e aprovação, em seguida disponibiliza as guias do DAS, extrato do Simples Nacional e Recibo de Entrega. Também faz a transmissão de DAS sem movimento. AUDITOR DE RETENÇÕES Audita as retenções (PCC, IRRF e INSS) através da análise dos TXT’s das NFS-e Emitidas, Recebidas e NFTS de cada cliente, alertando o usuário sobre as divergências e corrigindo automaticamente o TXT para importação para o ERP Contábil, sem a necessidade da correção manual. Na parceria com o SESCON-SP, a empresa oferece condições diferenciadas para os associados ao Sindicato. Para os clientes dos associados ao SESCON-SP, nos três primeiros meses o valor da mensalidade é de R$ 150,00, independentemente da quantidade de CNPJs.
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A SpliceNet iniciou suas atividades em 1996 como provedor de acesso à internet. Em 2003, com a transferência do pessoal de TI da Splice do Brasil, foi criada uma unidade de negócio, a de desenvolvimento de software. O resultado foi a criação do ERP Spartan. Com o sistema o cliente efetua sozinho todos os lançamentos contábeis: compra, venda, empréstimos, aplicações, imobilização, depreciação, juros ativos, juros passivos, antecipação de clientes, distribuição de lucros, CIAP, SPED’s e e-Lalur. Os clientes dos associados ao SESCON-SP podem contratar um sistema ERP como serviço, pagando 67% menos sobre o valor da licença de software. Esta é a vantagem oferecida pela SpliceNet, fornecedora do pacote de sistemas de gestão empresarial (ERP) Spartan.
O SESCON-SP atua como interlocutor entre seus associados e as empresas parceiras, não se responsabilizando, em hipótese alguma, por quaisquer danos causados pela contratação de produtos e serviços em decorrência da presente parceria, ou ainda por qualquer alteração futura de preços e condições estabelecidas. PARA SABER MAIS, ENTRE EM CONTATO COM SESCON-SP RELACIONAMENTO, ATRAVÉS: 11 3304-4400 . parceriaseconvenios@sescon.org.br
CÂMARA SETORIAL DE CONTABILIDADE
No encontro da Câmara de Contabilidade, os líderes que já têm equipes comerciais profissionalizadas compartilharam o modelo, experiências e até algumas dificuldades
A VEZ DAS AÇÕES COMERCIAIS NAS EMPRESAS CONTÁBEIS TÍMIDO NAS INICIATIVAS DE PROSPECÇÃO DE CLIENTES E VENDA DE SERVIÇOS, SETOR CONTÁBIL DEBATE A CRIAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO DE ÁREAS COMERCIAIS PARA PROMOVER A EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS
A maioria das empresas contábeis centraliza no sócio a prospecção de novos clientes e se mantém passiva à espera de indicações. Mas este cenário tende a mudar. Na reunião de Junho da Câmara de Contabilidade, que aconteceu na sede do SESCON-SP, os empresários debateram a importância de profissionalizar a atividade comercial, com a montagem da equipe, estabelecimento de metas e análise de resultados. O tema atraiu mais de 100 empresários ao encontro, o maior nos últimos tempos, segundo o coordenador da Câmara, Antonio Carlos Souza dos Santos. “O tema chamou bastante a atenção do público”, diz. Ele confirma ser raro encontrar empresas do setor com áreas comerciais profissionalizadas. “A atividade de prospecção ainda é muito passiva, depende mais de indicação”, reitera, inclusive, a tendência de mudança. A começar pela troca de experiências entre os empresários durante o encontro da Câmara de Contabilidade. No evento, líderes que já têm equipes comerciais profissionalizadas compartilharam o modelo, experiências e até algumas dificuldades. Entre os pontos abordados esteve principalmente a
Durante a reunião, o vice-presidente Administrativo da Aescon-SP, Wilson Gimenez Jr., foi homenageado pela sua dedicação na coordenação do grupo nos últimos dois anos e meio
definição de metas e resultados. “Abordamos vários aspectos estratégicos”, indica Antonio Carlos Souza dos Santos. Três deles chamaram a atenção: a atuação em segmentos de mercado; o marketing como ferramenta de prospecção; e a venda de serviços dentro da própria carteira. Os empresários comentaram que a atuação em segmentos de mercado, como postos de combustíveis, supermercados e empresas de engenharia, por exemplo, facilita o trabalho de prospecção e comercial. O Marketing foi apontado como forma de prospecção ativa – principalmente o Marketing Digital, a partir do qual as empresas podem usar ferramentas como anúncios no Google e nas redes sociais, para se apresentar a possíveis clientes, e não aguardar apenas as indicações feitas por aqueles que já estão na carteira de clientes. Por fim, os empresários também indicaram ser possível fazer novas vendas dentro da própria carteira de clientes. “Muitas vezes vemos o cliente contratando junto a terceiros serviços que nós mesmos podemos oferecer. Precisamos estar atentos”, destacou. Além de Antonio Carlos Souza dos Santos, a mesa do debate foi integrada ainda pelos demais membros da Câmara: os diretores Ana Maria Galloro Laporta, Carlos Euripedes, Alexandre de Carvalho e Nilton Araújo Faria. A próxima reunião será em 30 de julho e o tema a ser debatido são os processos de fusões e aquisições de empresas contábeis.
5 DICAS PARA CONSTRUIR UMA EQUIPE DE VENDAS VENCEDORA #1. VENDEDORES PRECISAM USAR TECNOLOGIA; #2. OS VENDEDORES PRECISAM DE UMA PODEROSA FERRAMENTA DE PROSPECÇÃO; #3. ENCONTRE MÉTRICAS PARA MEDIR O DESEMPENHO E FIQUE DE OLHO; #4. TOQUE NO INSTINTO COMPETITIVO DE SUA EQUIPE DE VENDAS; E #5. SEMPRE RECRUTE
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SESCON-SP
SESCON-SP E AESCON-SP DÃO INÍCIO À CAMPANHA DO AGASALHO 2018
AS ENTIDADES FIZERAM O LANÇAMENTO OFICIAL DA CAMPANHA NO DIA 7 DE JUNHO, COM UM CAFÉ DA MANHÃ PARA SEUS DIRETORES E COLABORADORES
“MUITAS VEZES TEMOS PEÇAS QUE NÃO USAMOS HÁ ANOS. VAMOS DESAPEGAR E DAR UMA BOA UTILIZAÇÃO PARA ELAS”, DISSE. NA MESMA LINHA FALOU A COORDENADORA DA COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, ALAÍDE DA SILVA PEREIRA VITORINO, DIRETORA DA AESCON-SP
Lançamento oficial da Campanha do Agasalho
Como em anos anteriores, o SESCON-SP e a AESCON-SP se mobilizam para mais uma edição da Campanha do Agasalho, iniciativa do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, que visa a coleta de roupas para doação a entidades assistenciais, hospitais e albergues paulistas. A ação faz parte das iniciativas do SESCON Solidário, programa de responsabilidade social criado com o objetivo principal de atuar no desenvolvimento de atividades de integração com a comunidade, por meio de projetos institucionais e comunitários, eventos culturais, de formação, de integração e de lazer. As Entidades fizeram o lançamento oficial da campanha no dia 7 de junho, com um café da manhã para seus diretores e colaboradores. Somente nesta ação, foram
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arrecadados 111 itens para doação. O presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, abriu o encontro, e falou sobre a importância da mobilização de todos em torno de uma questão social tão importante como esta. “Muitas vezes temos peças que não usamos há anos. Vamos desapegar e dar uma boa utilização para elas”, disse. Na mesma linha falou a coordenadora da Comissão de Responsabilidade Social, a diretora da AESCON-SP, Alaíde da Silva Pereira Vitorino. “Essas ações fazem bem para quem ganha e para quem doa”, destacou. O Sindicato e a Associação mantêm postos de coletas de agasalhos em sua sede, na Capital Paulista e nas Regionais espalhadas pelo Interior do Estado. Novidade da campanha de 2018 é a parceria das entidades com um grande
fabricante de meias e roupas íntimas, a Puket. “Eles recebem as meias, trituram e, com o algodão, fazem cobertores”, explica Alaíde. “É uma ação muito interessante, porque são peças que chegam a custar até R$ 7 no mercado”, completa. Para a diretora da AESCON-SP, a campanha do agasalho tem dupla função: ajudar a quem precisa e desenvolver o espírito de cidadania aos participantes. Acredita na responsabilidade social constante, não apenas pontual. “Também é parte da cidadania lutar para que este cenário mude. Vemos cada vez mais gente em condição vulnerável e sem esperança de futuro melhor”, pontua. As entidades instalam caixas de arrecadação em todas as portas do SESCON-SP, na sede e nas regionais, em parceiros e também promove arrecadações em todos os eventos organizados ao longo do período de campanha. Em sua 13ª edição, a Campanha do Agasalho do SESCON-SP e da AESCON-SP será concluída neste mês de julho, para entrega ao Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo.
SESCON-SP
MARKETING DIGITAL: COMO IMPULSIONAR O NEGÓCIO SEM COMPLICAÇÃO
GRUPO DE JOVENS EMPRESÁRIOS DO SESCON-SP DEBATE O CONCEITO E A EXPANSÃO DO MARKETING DIGITAL
NJE se propõe a desenvolver a integração, o associativismo e o espírito de liderança dos jovens sucessores e dos novos empresários
A 10a Mesa do Núcleo dos Jovens Empresários do SESCON-SP, realizada no dia 17 de maio, debateu o tema “Marketing Digital: como impulsionar o seu negócio sem complicação”. O Marketing Digital é definido como um conjunto de atividades que uma empresa (ou pessoa) executa on-line para atrair novos negócios, criar relacionamentos e desenvolver uma identidade de marca. Uma das principais razões pelas quais a prática é cada vez mais adotada em relação aos canais tradicionais, sobretudo os canais off-line, é a interatividade com o público. Ou seja, o foco não está mais no produto e sim na experiência do usuário em sua jornada de compra. As empresas fazem campanhas, publicações e ações e, do outro lado, os consumidores podem interagir, opinar e indicar para outras pessoas apenas com alguns cliques, aumentando o engajamento com as marcas, bem como as exigências do público. No evento do NJE, a professora da área de Gestão de Negócios da UNISESCON, Simone Ayoub, fez uma dinâmica com os participantes do encontro em torno do Business Model Canvas, ferramenta de planejamento estratégico que viabiliza o desenvolvimento de novos modelos de negócios ou reestruturação dos que já existem. Em seguida, a diretora de estratégia e o diretor de mídia da Wunderman, respectivamente, Juliana Laporta e Bruno Antunes, falaram sobre Marketing Digital. O comportamento de pessoas e empresas no universo on-line e globalizado e a grande disrupção acontecida na área foram analisadas por
Juliana Laporta. “Hoje nós utilizamos celulares para acessar mapas, utilizar um despertador, ouvir música, tirar fotos e muito mais. Quando nos desconectamos por um tempo, já vem a preocupação sobre o que foi perdido. A vida digital continua acontecendo, ela é ininterrupta”, destacou a especialista. Outro aspecto apontado por Juliana foi a sociabilidade do brasileiro, que é o segundo colocado em número em presença em redes sociais: 58% está em alguma rede, com 3h45 diárias. “E este número cresce anualmente”, acrescentou. Já Bruno Antunes falou sobre a democratização acontecida com as redes sociais na área de Marketing. “Hoje a mídia é granular, a empresa pode expor a sua marca, a baixo custo, e atingir o público que deseja”. Para isso, segundo o especialista a definição do objetivo é vital. “É preciso ter essa clareza para trabalhar os targets, entender o que você quer e, na mesma importância, o que você não quer”, ressaltou, ao falar que as experiências de erros e acertos são todas positivas. Após as apresentações, os especialistas responderam às perguntas dos participantes e falaram de casos práticos sobre a utilização do Marketing Digital. O vice-presidente do SESCON-SP, Reynaldo Pereira Lima Júnior, abriu o evento em nome do presidente Márcio Massao Shimomoto e a coordenadora do NJE, Ana Ana Maria Galloro Laporta, moderou as perguntas.
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SESCON-SP
HAVERÁ AMANHÃ PARA CONTADORES E AUDITORES INDEPENDENTES?
AO FALAR SOBRE A FORMAÇÃO DE NOVOS PROFISSIONAIS, O PROFESSOR E PESQUISADOR MIKLOS A. VASARHELYI DEFENDEU QUE É PRECISO REDUZIR A DISTÂNCIA ENTRE A ACADEMIA E O MERCADO DE TRABALHO
Cerca de 800 auditores e contabilistas, entre eles o presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, acompanharam a 8ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), em meados de junho, em São Paulo. A alta frequência é uma constante no evento, mas este ano o tema do evento foi um motivador adicional: o debate envolveu o futuro da profissão de auditores e contabilistas independentes. Uma preocupação provocada pela alta tendência de uso de novas tecnologias, como inteligência artificial e big data, para o desenvolvimento de tarefas antes exercidas pelos profissionais. O evento reuniu 30 especialistas nacionais e internacionais para a reflexão sobre o futuro da profissão. Ao abrir o encontro, o presidente do Ibracon Nacional, Francisco Sant’Anna, falou da proposta do evento. “Queremos repensar a nossa profissão, especialmente no momento disruptivo em que estamos vivendo, e trazer o que há de mais moderno em conceitos e tecnologia para os nossos associados, reguladores e demais públicos”, disse.
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A PERGUNTA É MOTIVADA PELA APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO DIA A DIA DA PROFISSÃO, MOVIMENTO QUE COLOCA EM CHEQUE O FUTURO DOS ESPECIALISTAS, E QUE FOI TEMA DA 8ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE E AUDITORIA INDEPENDENTE DO IBRACON
Os palestrantes traçaram um cenário nacional e internacional de uso de novas tecnologias, debateram a remuneração dos serviços de auditoria, a participação das universidades na formação de novos profissionais e, principalmente, a necessidade de atrair novos talentos para o setor. O professor e pesquisador Miklos A. Vasarhelyi abriu sua palestra falando sobre o que os estudantes pensam da contabilidade antes de ingressar no curso. “Eles acham um setor tedioso, que exige muitas horas de trabalho e que gera um financeiro baixo”, citou. O especialista prosseguiu discorrendo sobre a aplicação de novas tecnologias no setor e disse que a área de Robotic Process Automation (RPA) assumirá todas as tarefas repetitivas. “O RPA vai automatizar muito de auditoria e eliminar o que for tedioso”, afirmou o professor. Ao falar sobre a formação de novos profissionais, o pesquisador reforçou a necessidade de reduzir a distância entre a academia e o mercado de trabalho, alertando sobre a importância de uma urgente revisão do currículo acadêmico. Afirmou que é preciso enfatizar a racionalização, compreensão de processo e habilidade de pensamento lógico. “Estamos há 3 anos lutando para mudar o currículo”, apontou. Sobre a remuneração, o professor Vasarhelyi relatou, como referência para o planejamento de carreira, que as firmas de auditoria duplicam o salário do auditor a cada seis anos. Ou seja, a remuneração pode ser baixa no início da carreira, mas evolui. Em contrapartida ele disse que a concorrência entre os profissionais tende a aumentar. Isso porque, além de disputar espaço com os seus pares, contadores e auditores passaram a dividir o mercado com profissionais especializados em tecnologia, com matemáticos, estatísticos, entre outros. “Quando integramos dados de cadastro de clientes a informações disponíveis na internet, podemos responder a uma série de questões. E ainda contaremos, no futuro próximo, com as informações geradas pelos sistemas de internet das coisas (IoT), que vai contar com a integração de máquinas e a geração de informações a partir deste sistema”, reforçou ao justificar o perfil multidisciplinar das novas equipes de auditores. Vasarhelyi concluiu a sua apresentação apresentando o resultado de um estudo, segundo o qual 94% dos processos em contabilidade e auditoria serão automatizados. Para ele, no entanto, a carreira não vai desaparecer. “Acho até que o trabalho de auditor vai aumentar. Mas será imperativo automatizar”, disse.
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BANCO MUNDIAL PREPARA NOVA PESQUISA SOBRE A SAÚDE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS PELA PRIMEIRA VEZ, SESCON-SP É CONVIDADO A PARTICIPAR DO RELATÓRIO DOING BUSINESS/2019; ESTUDO MEDE, ANALISA E COMPARA AS REGULAMENTAÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS E O SEU CUMPRIMENTO EM 190 ECONOMIAS E CIDADES
Um novo estudo sobre a saúde do ambiente de negócios no Brasil e em outras 189 economias e cidades no mundo será divulgado no final de outubro. O Doing Business, elaborado pelo Banco Mundial, mede, analisa e compara as regulamentações aplicáveis às empresas. Pela primeira vez, o SESCON-SP foi convidado pela Secretaria de Governo – Programa Bem Mais Simples, a participar efetivamente do relatório. Lançado em 2002, o projeto Doing Business examina as pequenas e médias empresas e analisa as regulamentações aplicadas a elas durante o seu ciclo de vida. Assim, este estudo serve de ferramenta para se medir o impacto das regulamentações sobre as atividades empresariais ao redor do mundo. Ao coletar e analisar dados quantitativos abrangentes, podemos comparar os ambientes regulatórios das atividades empresariais em várias economias ao longo do tempo. Desta forma, o Doing Busines incentiva os países a competir para alcançar uma regulamentação mais eficiente; oferece padrões de referência sobre reformas regulatórias; e serve como uma ferramenta para acadêmicos, jornalistas, membros do governo, empresários, pesquisadores e outros interessados no ambiente de negócios de cada país. Além disso, o projeto Doing Business inclui relatórios subnacionais, que analisam em detalhes a regulamentação das atividades
LANÇADO EM 2002, O PROJETO DOING BUSINESS EXAMINA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS E ANALISA AS REGULAMENTAÇÕES APLICADAS A ELAS DURANTE O SEU CICLO DE VIDA. ASSIM, ESTE ESTUDO SERVE DE FERRAMENTA PARA SE MEDIR O IMPACTO DAS REGULAMENTAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES EMPRESARIAIS AO REDOR DO MUNDO.
empresariais e as reformas em diferentes cidades e regiões de uma nação. Esses relatórios fornecem dados sobre a facilidade de se fazer negócios, classificam cada localidade e fazem recomendações sobre reformas para melhorar o desempenho em cada uma das áreas analisadas. As cidades selecionadas podem comparar as regulamentações de suas empresas com as de outras cidades no país ou região e com 190 economias no mundo. No Brasil, para abertura de empresa, a pesquisa é realizada para as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Publicado em 2003, a primeira edição do estudo cinco conjuntos de indicadores em 133 economias. Na 15ª edição do projeto denominado: Reformar Para Gerar Empregos verificou que empreendedores em 119 economias se beneficiaram de melhorias no ambiente regulatório dos negócios. Entre os meses de junho de 2016 e junho de 2017, o relatório documentou um total de 264 reformas regulatórias. As reformas mais comuns em 2016-17 foram as que reduziram a complexidade e o custo dos processos necessários para a abertura de empresas e a obtenção de crédito. A outra área com mais reformas identificadas foi a do comércio internacional. A edição do Doing Business de 2017 incluiu ainda quatro estudos de caso sobre as áreas da abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, registro de propriedades e resolução de insolvência, bem como um anexo sobre a regulamentação do mercado de trabalho. Grande parte dos indicadores são baseados em leis e regulamentos, e embasadas por tabelas e taxas oficiais. Os respondentes do Doing Business preenchem as pesquisas e fornecem as referências, para corroborar aquilo que foi inserido. Muitos indicadores são baseados na prática e na realidade, e ninguém melhor para ajudar na construção deste relatório, senão o empresário contábil. Para atender ao convite do Governo brasileiro, o presidente do SESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, solicitou que o assunto fosse conduzido pela comissão técnica interna. A entidade convidou 15 empresários contábeis, para responder sobre os indicadores (Pagamento de Impostos e Abertura de Empresas), e o resultado foi encaminhado à FENACON, responsável pela consolidação das informações coletadas no Rio de Janeiro e São Paulo.
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DIREITO E JUSTIÇA
A LEI DA ANISTIA DEVE SER REVISTA APÓS AS NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A DITATURA MILITAR? NÃO, A LEI DA ANISTIA É IRREVOGÁVEL; REABERTURA DO TEMA NÃO TEM CHANCE DE ÊXITO NO STF
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS Professor Emérito da Universidade Mackenzie e da Escola de Comando e Estado, Maior do Exército – ECEME e Presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio-SP
Em 31 de março de 1964, as Forças Armadas brasileiras derrubaram o governo Jango com apoio de inúmeros partidos. A manifestação dos sargentos instigada pelo presidente da República contra os oficiais superiores, em 13 de março, e o risco de não ser realizada a eleição em 1965, com dois candidatos já declarados (Juscelino e Lacerda), gerou apreensão, desaguando na multidão que, em 19 de março na Praça da Sé, repudiou o ato de seis dias antes. Diversos partidos apoiaram a intervenção militar, e os mais importantes jornais brasileiros (Folha, O Estado de S.Paulo, O Globo e outros) aplaudiram o movimento,
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considerando-o necessário para preservar as instituições, nos dias subsequentes. O Ato Institucional 2/65, extinguindo os partidos e suprimindo as eleições de 1965, fez com que muitos dos que aderiram ao movimento dele se desligassem. Surgiu, à época, prolongando-se até 1971, uma ação guerrilheira contra o regime militar. Muitos de seus participantes pretendiam instalar uma ditadura semelhante à cubana no país. Houve violência, de lado a lado, com torturas e mortes por parte das autoridades e atos terroristas por parte dos opositores, inocentes civis tendo sido sacrificados nesse embate. Quando a rebelião armada perdeu força e os jornais foram censurados, as vozes que passaram a ser ouvidas, na luta pela redemocratização brasileira, foram dos advogados. Liderados pela figura maiúscula de Raymundo Faoro (1925-2003), não só conseguiram gradativamente pavimentar o caminho para a redemocratização sem sangue, como trazer para a vida pública aqueles opositores à mão armada – que mataram, segundo dados oficiais, 129 civis e militares no período. A lei da anistia de 6.683, de 28 de agosto de 1979, redigida por Raymundo Faoro, colocou uma pá de cal naquelas lutas fratricidas, anistiando guerrilheiros e autoridades. Permitiu que o Brasil, de 1979 a 1985, caminhasse para democracia, finalmente alicerçada, primeiramente com a vitória de Tancredo Neves (1910-1985) e confirmada pela Lei Suprema de 1988, onde constitucionalizadas foram suas
disposições (art. 8º do ADCT). Ao ser levantada a tese de que teria a lei que ser revista – no momento em que os antigos opositores assumiram o poder com a eleição do presidente Lula -, o Supremo Tribunal Federal decidiu, com parecer favorável do então advogado-geral da União – o ex-advogado do PT Dias Toffoli, que era irrevogável, até porque cláusula pétrea da Constituição proibia a revogação com efeitos retroativos de lei penal (artigo 5º, inciso XXXVI). O governo de então, em que grande parte dos opositores ao regime militar assumiu cargos de relevância, estabeleceu uma Comissão denominada “da Verdade”, para apuração dos crimes do período. Da verdade parcial, pois os crimes dos guerrilheiros não foram apurados. Pretenderam, seus membros, a revogação da lei da anistia, sob o argumento de ser imprescritível o crime de tortura. Não o era, à época dos fatos. Novamente, a tese não foi hospedada pelo Pretório Excelso. Parece-me que a pretendida reabertura do tema à luz de um relatório da CIA – é de se lembrar que foi a CIA que, num relatório, declarou que havia armas de destruição em massa no Iraque de Saddam Hussein, jamais encontradas – continua, do ponto de vista jurídico, a não ter a menor possibilidade de êxito junto ao Supremo, em face da clareza da Carta sobre a matéria e as decisões daquela Corte, que continua respeitando o disposto na Constituição, em seu artigo 5º, inciso XXXVI, cuja dicção é a seguinte: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”
BRASIL EM AÇÃO
GOVERNO IMPEDE COMPENSAÇÃO DE IR E CSLL COM DÉBITOS FISCAIS E EMPRESAS VÃO À JUSTIÇA LIMINARES MANTÊM A POSSIBILIDADE DE COMPENSAR IMPOSTO DE RENDA (IRPJ) E CSLL COM DÉBITOS FISCAIS; PRÁTICA PASSOU A SER PROIBIDA COM A LEI Nº 13.670/2018, A MESMA DA REONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
O governo escondeu na Lei de Reoneração da Folha de Pagamentos, aprovada em meio à greve dos caminhoneiros, um recurso que impede as empresas de pagarem Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL com crédito fiscal. O trecho que trata sobre a compensação está no artigo 6º, um dispositivo que acrescenta cinco incisos no artigo 74 da Lei no. 9430, de 1996. A nova legislação afeta empresas de lucro real. A medida passou despercebida por contribuintes e também advogados, no dia em que a lei foi aprovada, porque toda a publicidade era sobre a reoneração da folha. A lei foi votada no fim de maio, em meio à greve dos caminhoneiros, como saída para amenizar as perdas que a União teria com a redução dos tributos do óleo diesel. O mais polêmico, segundo advogados, é o que trata das empresas do lucro real que optaram pelo recolhimento de IR e CSLL por estimativa, mês a mês. Não atingindo,
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portanto, os contribuintes que optaram pelo pagamento trimestral. Também está vedada, para abatimento de débitos, a utilização de créditos que estejam sob procedimento fiscal e de valores de quotas de salário-família e salário-maternidade. Antes da nova lei, as empresas podiam abater dos pagamentos mensais de IR e CSLL os valores que tinham a receber do Fisco. Esse crédito era gerado, por exemplo, com recolhimento a maior, em outras ocasiões, do próprio IR e da CSLL e também de PIS e Cofins. Agora, com a lei já sancionada e em vigor, as empresas estão buscando na Justiça liminares para manter o modelo anterior de compensação e recolhimento dos impostos com créditos fiscais. “A lei é inconstitucional, porque viola o princípio da anterioridade, muda as regras
“A LEI É INCONSTITUCIONAL, PORQUE VIOLA O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, MUDA AS REGRAS NO MESMO EXERCÍCIO FINANCEIRO E IMPÕE MAIS CARGA TRIBUTÁRIA AOS CONTRIBUINTES”, BRENO DE PAULA É ADVOGADO TRIBUTARISTA E PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
no mesmo exercício financeiro e impõe mais carga tributária aos contribuintes”, afirma Breno de Paula é advogado tributarista e professor de Direito Tributário da Universidade Federal de Rondônia, em artigo publicado na revista Revista Consultor Jurídico. “Sem dúvida, há uma evidente violação à segurança jurídica. A opção adotada pelo contribuinte no início do exercício, vinculante para todo o ano de 2018, implica ato jurídico perfeito e não pode ser modificada ao bel prazer da autoridade fazendária”, completa. Há ao menos três liminares, proferidas nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, permitindo que até o fim deste ano a compensação continue sendo feita da forma antiga. Sem conseguirem compensar, as empresas teriam que fazer um pedido de restituição ao Fisco. O Projeto de Lei (PL) que deu origem à Lei nº 13.670 foi enviado pelo Executivo ao Congresso no fim de 2017. E, quando encaminhou a proposta, o governo não negou que tinha caráter arrecadatório. “Essa alteração é necessária e decorre da queda de arrecadação para a qual as inúmeras compensações contribuem”, diz no texto assinado pelo então ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
BRASIL EM AÇÃO
RECEITA FEDERAL REGULAMENTA A COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1810, DE 2018, QUE DISCIPLINA A COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA, FOI PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DE MEADOS DE JUNHO A compensação tributária unificada será aplicável somente às pessoas jurídicas que utilizarem o eSocial para a apuração das referidas contribuições. As empresas que utilizarem o eSocial poderão, inclusive, efetuar a compensação cruzada (entre créditos e débitos previdenciários ou fazendários), observadas as restrições impostas pela legislação decorrentes da transição entre os regimes. O regime de compensação efetivado por meio de informação em GFIP não será alterado para as pessoas jurídicas que não utilizarem o eSocial. O ato normativo também dispõe sobre as vedações decorrentes da Lei nº 13.670, de 2018, quanto à compensação de débito de estimativa do IRPJ ou da CSLL, de valores de quotas de salário-família e salário-maternidade e de crédito objeto de procedimento fiscal. No que se refere à vedação da compensação de débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa do IRPJ e da CSLL, tem-se que as “estimativas indevidamente compensadas geram falso saldo negativo do imposto que por sua vez também é indevidamente compensado com outros débitos, inclusive de outras estimativas, implicando o não pagamento sem fim do crédito tributário devido
pelo contribuinte” — Exposição de Motivos nº 00107/2017 MF ao Projeto de Lei nº 8.456, de 2017. Em relação à vedação da compensação de crédito objeto de procedimento fiscal, “pretende-se eliminar a possibilidade de extinção de dívidas tributárias por meio de utilização de créditos quando, em análise de risco, forem identificados indícios de improcedência e o documento apresentado pelo contribuinte estiver sob procedimento fiscal para análise e reconhecimento do direito creditório” — Exposição de Motivos nº 00107/2017 MF ao Projeto de Lei nº 8.456, de 2017. A vedação se aplica somente ao procedimento fiscal distribuído por meio de Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal (TDPF), não se aplicando aos procedimentos fiscais de análise de restituição, reembolso, ressarcimento ou compensação que dispensam a emissão de TDPF. Define-se, ainda, que a compensação de crédito de contribuição previdenciária decorrente de ação judicial, por meio de declaração de compensação, poderá ser realizada somente após a prévia habilitação do crédito, mantendo-se a sua dispensa somente para a compensação em GFIP.
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REPORTAGEM DE CAPA
FASEAMENTO DIFERENCIADO
É SAÍDA ÚNICA PARA EVITAR CATÁSTROFE NO eSOCIAL
Foto: Sérgio de Paula
O GOVERNO MARCOU O DIA 16 DE JULHO COMO DATA DE ENTRADA DAS EMPRESAS NO SISTEMA; MESMO ASSIM ENTIDADES CONGRAÇADAS ALERTAM PARA AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR CONTADORES E PEQUENAS E MÉDIAS ORGANIZAÇÕES
“SOMOS FAVORÁVEIS AO eSOCIAL. ACHAMOS QUE É UM BOM PROJETO E, POR ACREDITARMOS NA INICIATIVA, NO FATO DELA TRAZER SIMPLIFICAÇÕES, ATENDENDO AOS PLEITOS DE ELIMINAR AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS, NÃO QUEREMOS QUE CAIA EM DESCRÉDITO”, MÁRCIO MASSAO SHIMOMOTO, PRESIDENTE DO SESCON-SP
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Atendendo a pedidos e reconhecendo a complexidade do eSocial, o governo se convenceu parcialmente da necessidade de rever a entrada das pequenas e médias empresas e do microempreendedor individual no sistema. O novo divisor de águas, 16 de julho, não atende, no entanto, o pleito das entidades empresariais que, com base nas dificuldades enfrentadas pelas grandes corporações e no fato de que são poucas as PMEs preparadas para o desafio, pedem um faseamento diferenciado de entrada das empresas no sistema a fim de evitar um colapso no relacionamento das empresas com os órgãos envolvidos no eSocial. Em meados de julho iniciaria o período para adesão de 155 mil Microempreendedores Individuais (MEI) com empregados e 2,7 milhões de empresas do Simples Nacional - empresas com limite de faturamento até R$ 4,8 milhões. Para isso, o governo também preparou plataformas simplificadas na Internet, sendo que para o MEI foi desenvolvido um portal semelhante ao eSocial do Empregador Doméstico.
igualmente sem necessidade de um sistema próprio, digitando os dados diretamente na página do eSocial. Os empregadores com apenas um trabalhador também poderão usar o código de acesso. Tendo mais de um empregado será obrigatório o uso de um certificado digital. No total deverão aderir ao eSocial nesta segunda etapa 4 milhões de empregadores, com um total de 33 milhões de trabalhadores, sendo 2.692.632 empresas do Simples Nacional, que empregam mais de 13 milhões de trabalhadores. As empresas que não possuem empregados deverão acessar anualmente o eSocial para informar que possuem nenhuma atividade que as obriguem a escrituração.
A expectativa é que o ambiente simplificado não exija qualquer sistema do empregador, uma vez que os dados serão informados diretamente no site do sistema.
Porém, a menos de um mês do prazo para as empresas se integrarem ao sistema, menos de 10% delas afirmavam estar preparadas. Levantamento realizado pela multinacional britânica de software de gestão Sage aferiu que 65% das empresas não tinham conhecimento, naquele momento, sobre as informações que devem ser reportadas ao eSocial. Ao mesmo tempo, 11% não se preocupavam, apoiando-se totalmente na figura de seu contador para cumprir com a obrigação.
Microempresas e empresas de pequeno porte (Simples Nacional) também terão a opção de utilizar o portal web para inserção de dados de seus trabalhadores,
A pesquisa ouviu 366 companhias de pequeno e médio porte e 686 escritórios de contabilidade, grandes parceiros dessas empresas nessa mudança. Segundo os
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escritórios contábeis, a área de recursos humanos recebeu a maior parte dos investimentos para se adaptar ao eSocial, com 28% dos recursos destinados a ela. Na sequência, vem contabilidade, com 16%, e TI, com 14%. “Os escritórios contábeis terão um papel fundamental nesta etapa da implantação do novo sistema, pois as pequenas e médias organizações irão contar com a ajuda e a consultoria desses profissionais para se manterem em conformidade”, afirma o vice-presidente da unidade de Negócios Accountants da Sage Brasil, Elton Donato. “O eSocial traz grandes mudanças na forma de trabalho das empresas e escritórios de contabilidade no que diz respeito, principalmente, às rotinas do departamento
pessoal, que agora passam a ter que reportar ao governo, praticamente em tempo real, tudo o que acontece na vida laboral de seus empregados”, alerta. Foi exatamente por essa razão, e com conhecimento profundo da realidade desse grupo de empresas que o SESCON-SP e as entidades do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor pleitearam junto à Receita e aos demais órgãos envolvidos no projeto um faseamento diferenciado de implantação para as empresas com faturamento até 4,8 milhões. “Somos favoráveis ao eSocial. Achamos que é um bom projeto e, por acreditarmos na iniciativa, no fato dela trazer simplificações, atendendo aos pleitos de eliminar as obriga-
ções acessórias, não queremos que caia em descrédito”, diz Márcio Shimomoto. Para ele, a decisão do governo de flexibilizar, mas não realizar um faseamento diferenciado de entrada das empresas do Simples Nacional no eSocial, anteriormente prevista para julho, apenas adiará o problema, tornando-o ainda mais complexo diante do calendário das obrigações acessórias de final de ano e a coincidência com as folhas de pagamento de 13º e Férias. Atualmente, a implementação do eSocial ao Grupo 2, onde estão as empresas do Simples Nacional, está prevista em cinco fases (veja quadro “5 Etapas”), mas somente as três primeiras ocorrem em 2018. Em julho, acontece a primeira fase, onde
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“OS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS TERÃO UM PAPEL FUNDAMENTAL NESTA ETAPA DA IMPLANTAÇÃO DO NOVO SISTEMA, POIS AS PEQUENAS E MÉDIAS ORGANIZAÇÕES IRÃO CONTAR COM A AJUDA E A CONSULTORIA DESSES PROFISSIONAIS PARA SE MANTEREM EM CONFORMIDADE”, ELTON DONATO, VICE-PRESIDENTE DA UNIDADE DE NEGÓCIOS ACCOUNTANTS DA SAGE BRASIL
HISTÓRICO O eSOCIAL É UM PROJETO DO GOVERNO FEDERAL QUE ENVOLVE A RECEITA FEDERAL, MINISTÉRIO DO TRABALHO, CAIXA ECONÔMICA, SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA E INSS. É UM SISTEMA DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS, PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS COM OS OBJETIVOS DE REDUZIR A BUROCRACIA E DE ELIMINAR REDUNDÂNCIAS NAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS. A PRIMEIRA FASE DE ADESÃO AO SISTEMA ACONTECEU COM AS GRANDES EMPRESAS. INICIOU-SE EM JANEIRO DE 2018 E ENVOLVEU 13.114 EMPRESAS COM MAIS DE 12 MILHÕES DE TRABALHADORES. EM JANEIRO DE 2019 PASSAM À OBRIGATORIEDADE TAMBÉM OS ÓRGÃOS PÚBLICOS.
ENTIDADES SIGNATÁRIAS DO PLEITO PARA FASEAMENTO DO eSOCIAL PARA AS EMPRESAS DO SIMPLES SESCON-SP, AESCON-SP, ACSP, FIESP, FECOMERCIOSP, CRCSP, SINDCONT-SP, FECONTESP, SINAENCO, SINDHOSP, ANAFRE, ANEFAC, CESA, SINDILOJAS-SP, CESA, SINDICATO DOS ECONOMISTAS DO ESTADOD E SÃO PAULO, SINDETUR-SP, SINFAC-SP E SINSA.
devem ser enviadas informações relativas às empresas (cadastros de empregadores e tabelas). A segunda fase está prevista para setembro, onde serão repassadas informações referentes aos trabalhadores (admissões, afastamentos e desligamentos). E, a partir de novembro, torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento. “O governo está tirando a obrigatoriedade de as empresas cumprirem o prazo das etapas um e dois, mas exigindo que, quem adiar, cumpra tudo na etapa três, justamente no final do ano”, dispara Shimomoto. Caso fossem transferidas para o Grupo 3, as empresas do Simples teriam um calendário totalmente diferenciado, com a primeira fase prevista para janeiro de 2019. No atual calendário, janeiro marca a implementação da quarta fase do Grupo 2, onde ocorre a substituição da GFIP (Guia de informações à Previdência Social) e compensação cruzada. Para o presidente do SESCON-SP, as alterações não condizem com o pleito requerido pelo Sindicato e outras entidades, que desejam três alterações significativas que não foram atendidas: primeiro que as empresas do Simples só entrassem no eSocial junto com o Grupo 3 dos órgãos públicos; segundo que a guia de impostos fosse gerada através dos softwares das empresas contábeis e não pelo ambiente do eSocial; e terceiro que não houvesse multas/penalizações neste primeiro momento. “Isso não vai solucionar o problema, só empurrar as obrigações todas para novembro”, argumentou Shimomoto. “Já esperávamos uma grande demanda de questionamentos sobre a terceira fase, mas agora podemos aguardar problemas sobre as três primeiras fases num mesmo momento”.
DESPREPARO Levantamento feito pelo SESCON-SP no início de dezembro, junto a 800 empresários contábeis, mostrou que mais de 70% das organizações de médio e pequeno portes não estão prontas para o eSocial. Alinhada aos pleitos já manifestados
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“EMBORA NA TEORIA TENHA HAVIDO TEMPO DE ADAPTAÇÃO, NA PRÁTICA A GRANDE MAIORIA SÓ FOI TOMAR CONHECIMENTO MAIS RECENTEMENTE, QUANDO AS EMPRESAS E SEUS CONTADORES COMEÇARAM A SE PREPARAR E PERCEBERAM QUE NÃO É ALGO SIMPLES”, MARCEL SOLIMEO, SUPERINTENDENTE INSTITUCIONAL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO
CINCO ETAPAS
IMPLANTAÇÃO DO eSOCIAL ESTÁ PREVISTA EM CINCO ETAPAS
ETAPA 1 EM JULHO OCORRERÁ O CADASTRO DO EMPREGADOR .......................
ETAPA 2 EM SETEMBRO, SERÁ A VEZ DO REGISTRO DOS DADOS DOS TRABALHADORES E SEUS VÍNCULOS COM AS EMPRESAS .......................
ETAPA 3 EM NOVEMBRO, SERÁ OBRIGATÓRIO O ENVIO DAS FOLHAS DE PAGAMENTO .......................
ETAPA 4 EM JANEIRO DE 2019, PASSARÁ A VALER A SUBSTITUIÇÃO DA GFIP – GUIA DE INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL .......................
ETAPA 5 TAMBÉM EM JANEIRO DE 2019, FOCARÁ NOS DADOS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
pela FENACON e pela FecomercioSP, a reivindicação clama pelo tratamento diferenciado ao setor estabelecido na Constituição, tendo em vista que são empresas pequenas, sem grandes estruturas e carentes de assessorias para treinamento, capacitação e orientação. “Embora na teoria tenha havido tempo de adaptação, na prática a grande maioria só foi tomar conhecimento mais recentemente, quando as empresas e seus contadores começaram a se preparar e perceberam que não é algo simples”, comenta Marcel Solimeo, superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo, ao lembrar, inclusive, que a exigência do certificado digital para que empresas com empregados façam as atualizações no sistema é algo recente. Outro ponto de preocupação das entidades é a ausência de um contingenciamento para o cumprimento de obrigações principais, em caso de não adaptação de empresas ao sistema no prazo estabelecido. “Contribuintes e governo serão prejudicados. Portanto, é preciso analisar uma outra forma de geração de guias e de recolhimentos de tributos, como o IR e o INSS”, destaca o documento levado ao governo. As entidades reafirmam o apoio ao projeto, acreditando que a médio prazo trará grande simplificação e transparência, entretanto, destacam que, para o seu êxito, é vital a consideração da realidade das empresas e dos problemas operacionais e sistêmicos que o envolvem atualmente. “Não há dúvidas de que é um sistema que vai facilitar, mais adiante, depois que as empresas e pessoas estiverem familiarizadas. Mas é muito complexo para boa parte das empresas, inclusive para os microempresários. Está além do entendimento da grande maioria afetada pelo eSocial neste momento”, explica Marcel Solimeo. O pedido de faseamento diferenciado sugere a transferência do início da adesão obrigatória ao sistema para janeiro de 2019, e não julho.
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ENTREVISTA
PRESENTE X FUTURO PRESIDENTE DO CRCSP, MARCIA RUIZ ALCAZAR, FALA SOBRE OS DESAFIOS DA PROFISSÃO E OS PLANOS DA ENTIDADE PARA MANTER O SETOR FORTALECIDO
DIANTE DO EXCESSO DE TRABALHO, DA ALTA BUROCRACIA E DAS MUDANÇAS PROVOCADAS PELO USO DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS, O SETOR CONTÁBIL ENFRENTA O DESAFIO DE ATRAIR E RETER NOVOS E TALENTOSOS PROFISSIONAIS. NO CRCSP, A OFERTA CONSTANTE DE CURSOS DE ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL MINIMIZA O DRAMA DA FORMAÇÃO, MAS AINDA HÁ VÁRIOS DESAFIOS, CONFORME EXPLICA A PRESIDENTE DA ENTIDADE, MARCIA RUIZ ALCAZAR. ACOMPANHE A ENTREVISTA CONCEDIDA POR E-MAIL.
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SESCON-SP: COMO É ESTAR À FRENTE DO MAIOR CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO PAÍS? MARCIA RUIZ ALCAZAR: Ter sido eleita presidente do CRC SP é, sem dú-
vida, o resultado de muito trabalho e dedicação à classe contábil e à profissão, além de uma grande honra, é claro. Venho de uma família de contadores e a contabilidade sempre esteve presente na minha vida; ela faz parte da minha história. Em relação às entidades da classe contábil, é motivo de orgulho ver mais mulheres ocupando cargos de liderança e poder fazer parte dessa mudança. SESCON-SP: NESTE MARCO DE 100 DIAS DA GESTÃO 2018/2019, QUE LIÇÕES PROFISSIONAIS E DE LIDERANÇA VOCÊ PODE COMPARTILHAR? MARCIA RUIZ ALCAZAR: Precisamos sempre buscar a inovação. Vivemos
em um mundo onde negócios disruptivos se tornaram frequentes, oferecendo mais benefícios aos consumidores, seja pela simplicidade, pelo preço, conveniência ou atendimento de novas demandas que surgem. No CRCSP, oferecemos serviços aos profissionais registrados e buscamos essa disrupção, pois queremos oferecer sempre o melhor. A maior novidade foi o lançamento do aplicativo CRCSP. É o único aplicativo do profissional da contabilidade com funções e serviços para facilitar o dia a dia e o contato com o Conselho. Por meio dele, o profissional pode agendar atendimento, atualizar seu
ENTREVISTA cadastro, assinar a revista impressa gratuitamente, inscrever-se em atividades de desenvolvimento profissional. Ele também pode consultar sua situação em relação à Educação Profissional Continuada, afinal, cada vez mais aumenta o número de contadores e técnicos em contabilidade obrigados a cumprir a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 12. O CRCSP oferece todas as condições para que os profissionais possam exercer a profissão de forma plena e o aplicativo foi desenvolvido pensando no profissional: é uma inovação fantástica. Além disso, o prazo para concessão de registro profissional, quando solicitado nas delegacias regionais e locais era muito demorado e esse sempre foi o maior índice de reclamação em nossa Ouvidoria. Implementamos um novo procedimento e conseguimos reduzir esse prazo de mais de 30 dias para apenas uma hora. Outra ação importante foi o lançamento do atendimento na sede do CRCSP com horário marcado. O profissional pode agendar o atendimento pelo aplicativo ou via serviços on-line disponível no portal do CRCSP. SESCON-SP: QUAIS SÃO AS PRIORIDADES DO CRCSP, ATUALMENTE? MARCIA RUIZ ALCAZAR: Uma de nossas prioridades é o Desenvolvimen-
to Profissional. Estamos investindo ainda mais em atividades nessa área para assegurar aos profissionais registrados todas as condições necessárias para o exercício pleno da profissão contábil e o cumprimento do Programa de Educação Profissional Continuada. Descentralizamos as atividades na capital e intensificamos a divulgação, o que resultou, até o momento, em 479 profissionais e 246 estudantes participando pela primeira vez em uma atividade do Conselho. Também oferecemos conteúdo a distância para que o profissional possa adquirir conhecimento via internet, escolhendo o horário e o local para se aprimorar. SESCON-SP: COMO UM JOVEM UNIVERSITÁRIO DEVE SE PREPARAR PARA OS DESAFIOS FUTUROS? MARCIA RUIZ ALCAZAR: Receber o diploma de bacharel em Ciências Con-
tábeis é apenas o primeiro passo. O segundo é ser aprovado no exame de suficiência. Em outras palavras: é preciso estudar sempre e, para exercer a profissão legalmente, obter o registro profissional junto ao CRC do estado onde irá atuar. A nossa profissão é regulamenta e uma das normas profissionais nos obriga a cumprir um Programa de Educação Profissional Continuada (NBC TG 12), com propósito de nos manter atualizados sempre. Esse programa já existe há 15 anos e está sendo ampliado para que, num futuro breve, todos os profissionais da contabilidade brasileiros cumpram essa exigência.
SESCON-SP: MUITO SE DIZ SOBRE O IMPACTO DE NOVAS TECNOLOGIAS, COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, NO MERCADO DE CONTABILIDADE. NA SUA OPINIÃO, QUAIS MUDANÇAS DEVEM REALMENTE SER CONSIDERADAS? MARCIA RUIZ ALCAZAR: São muitas mudanças acontecen-
do ao mesmo tempo. Estamos vivendo a quarta revolução industrial, a era da revolução digital. Não são apenas os profissionais da contabilidade que estão sendo afetados, mas toda a humanidade. As áreas mais impactadas são finanças, saúde e educação e a contabilidade está inserida dentro do contexto global dessa revolução nos serviços financeiros. Investir no desenvolvimento de plataformas colaborativas, internet das coisas, tecnologia aplicada aos dispositivos móveis são alternativas já acessíveis e que muito impactarão no dia a dia da contabilidade. O governo brasileiro saiu na frente e vem investimento muito nesse sentido. A nossa profissão vem se inovando desde a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Tudo que exige um trabalho manual será automatizado e quem ousar em não “surfar” essa onda, morrerá afogado. SESCON-SP: QUE MUDANÇAS EFETIVAS SERÃO IMPOSTAS AO MERCADO APÓS A REGULAMENTAÇÃO DA LEI QUE REGE A PROFISSÃO DO CONTADOR? MARCIA RUIZ ALCAZAR: O Conselho Federal de Conta-
bilidade (CFC) criou a Comissão para Apresentar Proposta de Reformulação do Decreto-Lei n.º 9.295/1946, da qual tenho o prazer de fazer parte. Desde a promulgação desse decreto, foram inúmeras as mudanças na profissão e, por isso, a atualização é tão necessária. Já tivemos algumas reuniões, mas ainda é cedo para falarmos em mudanças a serem impostas ao mercado. Precisamos considerar também que o mercado influencia diretamente o desenvolvimento da profissão e, em nossas discussões, estamos atentos a essa relação. No entanto, também seguimos pautados na garantia dos direitos já conquistados e em estabelecer limites de responsabilidades, com propósito de dar a segurança jurídica desejada no desempenho das funções do contador em todas as áreas de sua atuação.
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GESTÃO
TRIO DA CONTABILIDADE PODE AJUDAR NA HORA DE GERIR CUSTOS MENSURAÇÃO, INFORMAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO SÃO CONCEITOS QUE AJUDAM A MELHORAR A QUALIDADE DO SERVIÇO E A DIMINUIR GASTOS NOS PROCESSOS
O lucro de uma empresa nada mais é que a subtração das despesas sobre a receita. O cálculo simples resume que, para se ter lucro, é preciso que os ganhos sejam maiores que os gastos ao fim do período. Aumentar as vendas é uma forma de chegar ao objetivo e outra é a redução de custos. Mas algo básico dentro da contabilidade pode ajudar a facilitar a forma de chegar lá, ao mesmo tempo em que se trabalham os dois elementos já citados. Chamada de trindade da contabilidade, a mensuração, informação e tomada de decisão tem o papel importante no trabalho contábil. O primeiro item é o responsável por dar valor aos eventos e números mensurados na captura dos dados de uma empresa. Em seguida, vem a tarefa de gerar informação a partir do que foi capturado. Enfim, se chega no ponto final, tomar a decisão em cima dos dois conceitos anteriores. Para Wellington Rocha, professor da FEA USP e diretor presidente da FIPECAFI, a aplicação da “trindade sagrada” na gestão das empresas pode aumentar a qualidade dos produtos e serviços sem afetar o custo do processo. O primeiro passo é mensurar o custo da qualidade para melhorar a tomada de decisão. E o especialista aponta o caminho: “Saber quem gasta, com o que gasta e, principalmente, para que gasta”. Rocha também salienta que é preciso aplicar a trindade na cadeia de distribuição de seus fornecedores. “O desafio é gerenciar o custo de fora para dentro, ou seja, avaliar o preço que o produto deve ser vendido para se ter o lucro desejado, tendo em vista o valor que seus concorrentes cobram”, explica. Dessa forma, o gestor deve estipular o preço máximo do produto,
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O SEGREDO É ELIMINAR ATIVIDADES QUE NÃO AGREGAM VALOR, AQUELAS QUE PODEM SER ELIMINADAS SEM IMPACTO À QUALIDADE DO SERVIÇO E O NÍVEL DE ATENDIMENTO
considerando a concorrência, e ajustar o valor da produção e os tributos ao teto da cobrança. O processo de produção não pode ser oneroso, destaca Rocha, senão o empresário vai ter que aumentar seu preço ou perder a margem de lucro. O segredo para evitar o problema é eliminar atividades que não agregam valor (NAV), ou seja, qualquer ação que possa ser eliminada sem atrapalhar a qualidade do serviço e o nível de atendimento. Aqui, o desafio se torna identificar as NAVs, já que dependem de cada empresa. O professor explica que NAVs podem ser o retrabalho, como a corrigir ou refazer algo já feito, movimentação de matérias e documentos (mudanças desnecessárias de layouts de escritórios) e atividades realizadas em duplicidade. Outra opção é saber o que o cliente considera mais importante no produto ou serviço, cortando os custos do que não é tão significativo e aumentando, se necessário, o valor daquilo que realmente importa. O custo deve se concentrar naquilo que for mais importante. Ainda para Rocha, o contabilista pode tanto aplicar estes conceitos em sua própria empresa quanto em seus clientes. Ajudar as empresas a descobrirem onde seus negócios são onerosos, corroborando com o papel de analista do profissional contábil. “É preciso calcular e atribuir valores aos eventos e gerar relatórios e dados que substanciam a mensuração. E nada disso terá valor se não for usado para a tomada de decisão, definição de estratégias e para a gestão empresarial”, finaliza.
TECNOLOGIA
WHATSAPP PARA COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE, VALE A PENA? NOVA VERSÃO DO APLICATIVO, LANÇADA EXCLUSIVAMENTE PARA EMPRESAS, PRETENDE AJUDAR O PEQUENO EMPRESÁRIO A SE RELACIONAR COM O CLIENTE
O WhatsApp lançou, nos últimos meses, uma versão do conhecido aplicativo voltada a pequenas e médias empresas. Chamada Business, a novidade trouxe a oportunidade de mudar a qualidade do atendimento ao cliente e trazer para mais perto daquilo em que estamos acostumados na comunicação entre amigos e familiares no dia a dia. Usar o WhatsApp não é novidade. De acordo com números de 2017, divulgados pelo Facebook, dono do aplicativo, 120 milhões de pessoas utilizam a ferramenta no Brasil. Já uma pesquisa sobre SAC, realizada ano passado pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP) e OnYou, registrou que as empresas estão investindo cada vez mais em canais alternativos para atender ao consumidor brasileiro, como o chat e o WhatsApp. O estudo verificou que a oferta do app chegou a ser sete vezes maior em 2017, em comparação a 2015 (de 1% para 6,9% da oferta). Com uma ferramenta disponível exclusivamente para empresas, a tendência é que o seu uso aumente ainda mais. Isso porque diversas funções foram habilitadas, sendo a principal a possibilidade de automatizar o envio de mensagens. No WhatsApp Business, assim que o cliente entrar em contato com uma empresa pela primeira vez ou após 14 dias, receberá uma mensagem de saudação pré-programada. Também é possível editar uma mensagem de ausência, enviada em períodos fora do horário de atendimento. Para facilitar ainda mais o dia a dia do empresariado, a aplicação ainda conta a opção de respostas rápidas, onde é possível cadastrar mensagens prontas para responder a dúvidas frequentes de diferen-
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tes clientes. Outro recurso permite separar clientes por etiquetas, marcando aqueles que fizeram novos pedidos, estão com pagamentos pendentes ou criar novas categorias. Apesar dos recursos serem muito úteis, o Sebrae recomenda alguns cuidados na hora de utilizar o aplicativo. O primeiro passo é deixar que o cliente tome a iniciativa, evitando entrar em contato ou iniciar uma conversa sem autorização prévia para evitar o spam no celular. Treinar os funcionários para lidar com o aplicativo também é importante. Por enquanto, apenas um smartphone pode usar a conta corporativa, o principal ponto fraco da ferramenta. O que significa que o responsável por responder pelo WhatsApp Business deverá usar uma linguagem adequada, nem tão formal, nem informal demais, e se prepare para as reclamações que poderão vir. É necessário também que a equipe se adeque às demandas que vierem e, caso a procura esteja além do esperado, é preciso ter um plano B. Nós já estamos acostumados a receber mensagens imediatas e, provavelmente, o seu cliente também esteja. Se você não tiver essa disponibilidade, deixe claro quanto tempo leva para que a sua empresa responda e estabeleça um horário de atendimento. O Sebrae também recomenda a integração dos atendimentos realizados via WhatsApp com os demais feitos por outros canais, como e-mail, telefone e presencial. É fundamental para o sucesso da sua empresa manter um histórico atualizado de seus clientes. Há empresas que oferecem soluções já prontas para atendimentos via WhatsApp, o que pode ser uma opção.
CARREIRA
QUE HORÁRIO VOCÊ É MAIS PRODUTIVO? IDENTIFICAR A HORA DE MELHOR PRODUTIVIDADE PERMITE O REMANEJAMENTO DE TAREFAS MAIS ÁRDUAS PARA ESTES PERÍODOS E AUMENTA O DESEMPENHO
Se manter produtivo durante um dia inteiro não é tarefa fácil. De acordo com especialistas, temos horários de pico de energia e aqueles em que precisamos pegar mais leve, permitindo uma pausa para tomar um café ou esticar as pernas para recuperar a força de vontade e criatividade. Joshua Zerkel, líder de Global Community na Asana e especialista no uso da tecnologia para aprimorar fluxos de trabalho e comunicação, explica que existem formas de descobrir o horário em que você atinge a melhor performance, e impulsionar a produtividade para trabalhar nas tarefas mais desafiadoras e criativas. Segundo ele, todos nós temos um “relógio” interno que nos acompanha 24 horas e determina estados de alerta e quais serão os momentos de sono. Os horários são diferentes para todo mundo, mas o ciclo é universal.
qual o grau de foco, entusiasmo e energia dedicado a essas funções. A ideia é treinar sua mente para perceber se algum fator vem atrapalhando o desempenho. “Após alguns dias de coleta de dados, um padrão deve se formar”, diz o especialista. “Após uma semana ou duas, você terá indicadores consistentes das horas do dia ou da noite em que seus ciclos ultradianos estarão ativos para ajudá-lo a impulsionar sua produtividade.” Ao reconhecer quais os períodos de maior energia e foco, é hora de otimizá-los em blocos de tempo ininterruptos para trabalhar. Durante 90 minutos, Zerkel recomenda focar no projeto mais importante. Após esse período, se dê um intervalo e volte revigorado para um segundo impulso de produtividade. “Ao atingir o seu limite, é hora de voltar sua atenção para trabalhos de menor concentração, como reuniões com colegas e respostas a e-mails. Termine o dia com um último ciclo de produtividade de 60 minutos”, aconselha.
No entanto, um fato se mantém constante: os períodos de produtividade duram, em média, de 90 a 120 minutos. Estes períodos de tempo são conhecidos como “ciclos ultradianos”. O começo deste ciclo é o momento em que o indivíduo tem o seu cérebro mais energizado e focado. Aos poucos, a energia passa a diminuir e, ao final, simplesmente a efetividade não será tão alta.
É preciso que, em seu pico de produtividade, você se coloque em modo de concentração total e não se distraia. Tente aliar o seu pico de produtividade ao período no qual você sabe que as interrupções serão menores.
São esses os momentos de produtividade máxima que representam então a hora certa para dedicar-se aos projetos mais desafiadores. Ao passo que, para as tarefas mais rotineiras e soluções de problemas menos complexos, a ideia é usar os períodos de menor energia para resolver estes pontos e, assim, não tornar o seu cérebro sobrecarregado.
Algumas pessoas são melhores no começo da manhã: levantar antes do sol nascer dá a elas o silêncio e o foco que precisam. Outras, fazem o seu melhor trabalho ao final do dia. Ao descobrir quando você passa pelos picos de produtividade, usando estes momentos de maneira mais eficiente, você também consegue experimentar um tempo de descanso necessário sem aquela sensação de que você deveria ou poderia estar fazendo mais.
Para identificar quais são os ciclos ultradianos, Zerkel recomenda algumas dicas. A primeira delas é anotar quais foram as tarefas cumpridas. Isso deve ser feito durante uma semana, em intervalos de tempo de mais ou menos 1 hora, e, para cada uma delas, se pergunte
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A verdade é que nem sempre você conseguirá realizar tanto quanto gostaria, mas descobrir o seu momento de produtividade máxima já é um passo significativo para um dia a dia proveitoso.
QUALIDADE DE VIDA
ESTÁ PROVADO: ESTRESSE AUMENTA RISCOS DE PRESSÃO ALTA SEGUNDO PESQUISA, MOMENTOS DE ESTRESSE CAUSAM BATIMENTOS CARDÍACOS MAIS FORTES E AUMENTAM A PRESSÃO ARTERIAL, PODENDO AMPLIAR PROBLEMAS DO CORAÇÃO; CONHEÇA OS CUIDADOS E TRATAMENTOS
Mau humor. Insônia. Fadiga. Falta de concentração ou de motivação. Estes são alguns dos sintomas do estresse, mas o mal não afeta só a mente, também o corpo. Segundo estudo publicado no Journal of the American Heart Association, momentos de estresse aumentam a pressão arterial e causam batimentos cardíacos mais fortes em algumas pessoas, o que pode desencadear problemas de pressão alta no futuro e ampliar problemas do coração. O estresse é uma reação natural do corpo a alguma ameaça externa, uma resposta fisiológica que libera uma série de agentes químicos no nosso cérebro, como a adrenalina, para lidar com situações adversas. Segundo o doutor Drauzio Varella, sem esse mecanismo, nem os primeiros antepassados dos homens nem outros animais teriam conseguido lidar com situações perigosas, como o enfrentamento de uma fera. O problema é que os tempos mudaram e, hoje, a situação é bem diferente. O acúmulo de pequenos e repetitivos problemas, como falta de tempo, preocupações com dívidas, problemas familiares, entre outros, podem trazer as consequências descritas pelo estudo. Por isso, Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade, diz que o estresse deve ser tratado mesmo que bem leve, para que não se acumule. A qualidade de vida, diz ele, deve ser pensada sempre, independentemente do nível de pressão que alguém tem enfrentado no seu dia a dia. O especialista, que também é CEO da TriadPS, empresa de consultoria, lista seis passos para lidar com o estresse:
1.
ACEITE O PROBLEMA: TER ESTRESSE NÃO É O FIM DO MUNDO, QUALQUER PESSOA ESTÁ SUJEITA A MOMENTOS DE ESTRESSE NA VIDA. PORTANTO, É FUNDAMENTAL QUE VOCÊ ACEITE ISSO E PREVINA-SE. ADMITIR O PROBLEMA AJUDA A TOMAR A ATITUDE DE MUDAR;
2. SEJA MAIS PRODUTIVO: QUANTO MAIS TEMPO VOCÊ TIVER PARA AQUILO QUE VOCÊ REALMENTE GOSTA DE FAZER, MENOS ESTRESSE VOCÊ
TERÁ. COM TEMPO DISPONÍVEL, CONSEGUE SAIR COM OS AMIGOS, SE DEDICAR MAIS A FAMÍLIA E AOS SEUS SONHOS;
3. INVISTA NOS SEUS HOBBIES: VOCÊ PRECISA TER UMA VÁLVULA DE ESCAPE, ALGO QUE TE AJUDE A SE SENTIR MELHOR AO INVESTIR O SEU TEMPO. PODE SER UM HOBBY, UMA PRÁTICA RELIGIOSA, MEDITAÇÃO OU QUALQUER OUTRA COISA QUE O DEIXE MAIS CONCENTRADO. SAIA DO LUGAR E TENTE ENCONTRAR O MELHOR “REMÉDIO NATURAL” PARA VOCÊ; 4. FAÇA DIFERENTE: DE NADA ADIANTA SABER QUE ESTÁ ESTRESSADO E CONTINUAR INSISTINDO NAQUILO QUE ESTÁ MINANDO SUA RESISTÊNCIA. É NECESSÁRIO FAZER ALGUMA MUDANÇA, PODE SER NA ALIMENTAÇÃO, NO SEU ESTILO DE VIDA OU NO TRABALHO. A REGRA É ÓBVIA, SE VOCÊ FIZER AS COISAS DO MESMO JEITO, SEU ESTRESSE PERMANECERÁ. DEFINA AS SUAS ÁREAS DE MUDANÇA E COMECE ALGO NOVO; 5. PROCURE AJUDA: NÃO TENTE ENFRENTAR ESTRESSE SOZINHO. CERCADO DE PESSOAS QUE GOSTAM DE VOCÊ, FICA MAIS FÁCIL RESOLVER O PROBLEMA. CONVERSE COM O SEU CHEFE, FAMILIARES OU AMIGOS. PEÇA AJUDA PARA MARCAR MÉDICOS, PARA IR COM VOCÊ À ACADEMIA OU SIMPLESMENTE PARA APROVEITAR MAIS A VIDA; 6. NEM TUDO É TÃO GRAVE QUANTO PARECE: QUE MUITA GENTE FAZ TEMPESTADE EM COPO DE ÁGUA É INEGÁVEL. QUANTAS TAREFAS URGENTES NÃO SÃO TÃO URGENTES ASSIM? A PRÓXIMA VEZ QUE SURGIR UM PROBLEMA, ANALISE COM OBJETIVIDADE EM VEZ DE ALIMENTÁ-LO. UM POUCO DE LEVEZA AJUDA MUITO A REDUZIR O ESTRESSE E A FOCAR OS PENSAMENTOS EM ATITUDES MAIS RELAXANTES. REVISTA DO Sescon-SP
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SESCON EM PAUTA ACONTECE
SESCON-SP PRESTIGIA POSSE DE ENTIDADES DO SUL DO BRASIL Durante o mês de junho, o presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, participou das posses das novas diretorias de sindicatos de empresas de contabilidade e de assessoramento do sul do País, ligadas ao Sistema Sescons/Sescaps. No dia 14, o SESCON-RS, em solenidade realizada em Porto Alegre e que contou com a presença do prefeito Nelson Marchezan Jr., empossou seus novos diretores, encabeçados pelo empresário Célio Levandovski, que em seu discurso falou sobre o futuro do sindicato. “Será uma gestão humana, forjada por empresários com formação em exatas. Pois acreditamos que é no equilíbrio entre coração e razão que se constrói o futuro”, destacou. O SESCON-SC empossou a diretoria para a Gestão 2018-2022 no dia 15, em solenidade realizada na cidade de Joinville. A entidade será presidida pelo empresário Claudinei Bertotto, da cidade de Caçador. “Nossa meta é estar cada vez mais presente e atuando ao lado dos nossos representados, para juntos sermos ainda mais fortes”, destacou em seu discurso. Já o SESCON-GF deu posse à nova diretoria no dia 26, em cerimônia realizada na Grande Florianópolis. O empresário Darley Grando comandará a entidade na Gestão 2018/2022. “Parabéns a todos os envolvidos e muito trabalho a frente deste novo desafio”, disse, ao tomar posse.
SESCON-SP PARTICIPARÁ DE COMITÊ GESTOR EM PROL DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Posse no SESCON-RS
Em mais uma ação da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e Combate à Guerra Fiscal, presidida pelo deputado Itamar Borges, o SESCON-SP deve integrar um Comitê Gestor que auxiliará a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo em questões sobre empreendedorismo. Em 11 de junho, o presidente Márcio Shimomoto, responsável pela secretaria executiva da Frente, juntamente com Itamar Borges e especialistas em educação empreendedora, reuniu-se com o secretário da Educação, João Cury Neto, para alinhar ações. Participaram ainda da reunião a secretária adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio; o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, Luis Celso Vieira Sobral; o consultor Silverio Crestana e representantes das instituições: Aliança Empreendedora, Centro Paula Souza, DSOP - Educação Financeira, Empreende IFA, SENAC, Fiesp, Mackenzie, Manacá Atitude Empreendedora, Sebrae-SP, UFABC, SENAI, SESI, Desop- Educação Financeira; e coordenadores CGEB da Secretaria da Educação.
Posse no SESCON-SC
Posse no SESCON-GF
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Encontro aconteceu na sede da Secretaria da Educação
SESCON EM PAUTA ACONTECE
SESCON-SP DEBATE PROGRAMA “NOS CONFORMES” COM SEFAZ/SP E FIESP O SESCON-SP participou, no dia 18 de junho, de um debate sobre a Nova Lei Complementar n. 1.320/18, que institui o programa de estímulo à conformidade tributária – “Nos conformes”, realizado pela FIESP e o CIESP. O programa, que foi apresentado pelo secretário de Estado da Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, cria condições para um ambiente de confiança recíproco entre o contribuinte e a administração tributária. Os princípios adotados são a simplificação do sistema tributário estadual, boa-fé e previsibilidade de condutas, segurança jurídica pela objetividade e coerência na aplicação da legislação tributária. Os contribuintes do ICMS serão classificados nas categorias A+, A, B, C, D, E e NC (não classificado), sendo esta classificação competência dos agentes fiscais de rendas. Em sua participação, como membro da mesa de debates, o presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, destacou que as entidades sempre lutaram pela simplificação e pela prioridade da fiscalização orientativa, em detrimento da punitiva, além de parabenizar a Sefaz/SP pela iniciativa. O líder setorial aproveitou a oportunidade ainda para fazer duas reivindicações: a facilitação da desvinculação de contadores de algumas empresas e o atrelamento das comunicações do DEC a um e-mail do contribuinte. O encontro foi aberto pelo presidente em exercício da FIESP, José Ricardo Roriz Coelho, que falou da evolução do relacionamento fisco-contribuinte com o “Nos Conformes”. “Uma grande simplificação do sistema tributário de São Paulo”, disse. Também participaram do evento o diretor titular do Departamento Jurídico da Fiesp e do Ciesp (Dejur), Helcio Honda, o coordenador da Coordenadoria da Administração Tributária (CAT–Sefaz), Gustavo de Magalhães Gaudie Ley, o vice-presidente da ACSP, Carlos Roberto P. Monteiro, e o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte (CODECON), Fábio Nieves Barreira.
Fábio Nieves Barreira, Márcio Shimomoto, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, Helcio Honda, Gustavo de Magalhães Gaudie Ley e Carlos Roberto P. Monteiro
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SESCON EM PAUTA REGIONAIS
PERT É DEBATIDO EM PRESIDENTE PRUDENTE
REUNIÃO DE EMPRESÁRIOS EM OSASCO
A Regional do SESCON-SP em Presidente Prudente realizou, no dia 7 de junho, a palestra “PERT – Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional”. O conteúdo foi ministrado pelo contador, administrador de empresas e chefe de equipe de Arrecadação da Receita Federal do Brasil, Carlos Shigueo Uehara.
A Regional do SESCON-SP em Osasco realizou, no dia 21 de junho, mais uma “Reunião de Empresários”, evento que se propõe a debater temas pertinentes ao empreendedorismo, bem como troca de conhecimentos e experiências entre os participantes. Realizado no Auditório da Regional, e evento foi conduzido pelo diretor do SESCON-SP em Osasco e empresário contábil Valdeir Ferreira de Resende.
Mais de 50 empresários participaram
Encontro aconteceu na sede da Regional
EMPRESÁRIOS DE MARÍLIA DEBATEM NBC TG (RS) E NBC TG 1000
GRANDE ABC TRATA DE COMUNICAÇÃO EMPÁTICA
A Regional do SESCON-SP em Marília realizou, no dia 20 de junho, na Casa do Contabilista, em conjunto com o CRCSP e as demais entidades de contabilidade locais, a palestra “Notas Explicativas com Foco nos balanços das PMEs – NBC TG (RS) e NBC TG 1000”. O contador, auditor e administrador de empresas Thiago Von Atzingen Bueno apresentou o tema e deu dicas aos participantes de como lidar com as normas internacionais de contabilidade nas micros e pequenas empresas.
No dia 18 de junho, a Regional do SESCON-SP no Grande ABC promoveu a palestra “Comunicação empática para as contabilidades” visando despertar a consciência sobre a forma como se fala e para situações em que se pode melhorar resultados por intermédio da comunicação, além de treinar e desenvolver competências humanas relacionadas à comunicação empática e colaborativa. A comunicadora social, especialista em gestão estratégica e consultora Luciana Salgado conduziu o tema e deu dicas sobre comunicação empática aos participantes.
Encontro foi realizado na Casa do Contabilista
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Luciana Salgado conduziu o tema
SESCON EM PAUTA MÍDIA
PARCERIA COM MACKENZIE, PROPOSTAS DO SESCON-SP PARA UM BRASIL MELHOR E PRORROGAÇÃO DO eSOCIAL SÃO DESTAQUES DE MÍDIA EM JUNHO A parceria firmada entre a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Universidade Corporativa do SESCON-SP para lançar o MBA em Controladoria e Gestão de Serviços Contábeis, o primeiro do gênero no país, foi destaque em diversos veículos em junho. “A proposta é entender qual o perfil do profissional contábil que será demandado nos negócios”, afirmou a professora Liliane Segura, coordenadora de Pesquisa do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Mackenzie, em matéria publicada na revista Ensino Superior. Com a aproximação das eleições, a corrida eleitoral acirra os ânimos de candidatos, da economia e da sociedade. O presidente do SESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, expos a opinião da entidade com base na enquete realizada com cerca de 600 empresários contábeis e que identificou como principais demandas do Brasil uma carga tributária mais justa, serviços básicos de qualidade e o fim da corrupção. O artigo “Propostas para um país melhor” ganhou repercussão em veículos como Diário do Comércio (MG), Correio do Sul (MG), Jornal Empresas & Negócios (SP), Gazeta do Paraná, Jornal do Commercio (AM), O Liberal (PA) e Correio Popular (Campinas). A enquete do SESCON-SP sobre o assunto também foi mencionada em nota em jornais como A Tribuna (ES) e O Imparcial, de Presidente Prudente (SP). Em junho também foram repercutidos os debates em torno do eSocial, sistema que passa a ser obrigatório para micro e pequenas empresas a partir de julho, de acordo com calendário. Diversas entidades, entre elas o SESCON-SP reinvidicaram a adoção de um faseamento diferenciado para os pequenos negócios. O presidente da entidade, Márcio Massao Shimomoto, foi entrevistado sobre o assunto e diversos veículos da imprensa repercutiram o tema, entre eles o jornal DCI e os portais Contábeis e Contadores. Para acompanhar o Sescon-SP na mídia acesse o site: www.sescon.org.br.
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SESCON CONTATOS
REGIONAIS FRANCA
ARAÇATUBA Rua Fernando Costa, 226 Bandeiras - Araçatuba / SP . CEP: 16025-130 Tel: (18) 3622.9476 . Fax: (18) 3621.9985 Diretor: André Luis Magustero Américo e-mail: regionalaracatuba@sescon.org.br
Diretor: Thiago Ribeiro Vanini e-mail: sesconspfranca@sescon.org.br
GRANDE ABC
Rua Expedicionários do Brasil, 678 São José - Araraquara / SP . CEP: 14800-230 Diretor: Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues e-mail: regionalararaquara@sescon.org.br
Rua Itaquera, 811 . Jardim Stela Santo André / SP . CEP: 09185-690 Tel: (11) 4436.0112 Posto Receita Federal / Junta Comercial Tel: (11) 4468.1764 Diretor: Edmilson de Ataide e-mail: regionalgrandeabc@sescon.org.br
BAURU
GUARULHOS
ARARAQUARA
Rua Araújo Leite, 20 - 49 Vila Santa Tereza - Bauru / SP . CEP: 17012-055 Tel: (14) 3227.4091 . Fax: (14) 3234.3824 Diretor: José Fernando Fontes e-mail: regionalbauru@sescon.org.br
Rua Haroldo Lobo, 380 Jd. Pinhal - Guarulhos / SP . CEP: 07120-030 Tel: (11) 2441.1622 . Fax: (11) 2408.7649 Diretora: Silvana Cesário de Araújo e-mail: regionalguarulhos@sescon.org.br
BIRIGUI
ITU
MARÍLIA
RIBEIRÃO PRETO
Rua Taquaritinga, 112 Alto Cafezal - Marília / SP . CEP 17500-220 Tel: (14) 3301.9322 Diretor: Marcos Calil e-mail: regionalmarilia@sescon.org.br
Av. Cap. Salomão, 280 / 290 Campos Elíseos - Ribeirão Preto / SP . CEP: 14080-210 Tel: (16) 3610.0624 / 3235.6421 Fax: (16) 3610-0624 Diretor: José Eduardo da Silveira e-mail: regionalribeiraop@sescon.org.br
MOGI DAS CRUZES
SÃO CARLOS
Diretor: Max Oliveira e-mail: regionalmogi@sescon.org.br
Diretor: Luis Carlos Bacchini e-mail: regionalscarlos@sescon.org.br
OSASCO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Rua Lírio, 82 A - Jardim das Flores Osasco / SP . CEP 06112-110 Tel: (11) 3682.3960 / 3683.8657 Fax: (11) 3682.3960 Diretor: Valdeir Ferreira de Resende e-mail: regionalosasco@sescon.org.br
Rua Orsini Dias de Aguiar, 285 Jardim Alvorada - São José do Rio Preto / SP CEP: 15020-070 Tel: (17) 3222.1854 . Tel / Fax: (17) 3222.4355 Diretor: Sérgio Ricardo Salomão Ernandes e-mail: regionalriopreto@sescon.org.br
PIRACICABA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
JAÚ
Rua Pasqual Guerrini, 55 Castelinho - Piracicaba / SP . CEP: 13403-058 Tel: (19) 3402.2999 . Fax: (19) 3402.5076 Diretor: Charles Semmler e-mail: regionalpiracicaba@sescon.org.br
CAPITAL LESTE
Diretor: José Luiz Zugliani Junior e-mail: sesconspjau@sescon.org.br
PORTO FERREIRA
Rua Mario Alves de Almeida, 225 Jd. Satélite - São José dos Campos / SP CEP: 12231-690 Tel / Fax: (12) 3933.3899 Diretor: Sergio Juliano dos Santos e-mail: regionalsjcampos@sescon.org.br
Diretor: Márcio Teruel Tomazeli e-mail: regionalleste@sescon.org.br
JUNDIAÍ
Diretor: Gilson Fantinato e-mail: sesconsppferreira@sescon.org.br
SOROCABA
PRESIDENTE PRUDENTE
Diretor: Vancrei de Azevedo e-mail: regionalsorocaba@sescon.org.br
Rua Mário de Souza Campos, 773 Vila Roberto - Birigui / SP . CEP: 16200-167 Diretor: Élcio Cleber Feitosa Sanches e-mail: regionalbirigui@sescon.org.br
Diretor: Rodrigo Alexandre de Oliveira e-mail: sesconspitu@sescon.org.br
Diretora: Andréia dos Santos Silva e-mail: sesconspnorte@sescon.org.br
Av. Fernando Arens, 955 Vila Arens II - Jundiaí / SP . CEP 13202-571 Diretor: Leonardo Michel Rodrigues Mazzola e-mail: regionaljundiai@sescon.org.br
CAPITAL OESTE
LIMEIRA
CAPITAL NORTE
Diretor: Claudio Aníbal Cleto e-mail: sesconspoeste@sescon.org.br
Diretor: Antonio Ademir Bobice e-mail: sesconsplimeira@sescon.org.br
CAPITAL SUL
LINS
Rua Francisco de Morais, 329 - Chácara Santo Antônio São Paulo / SP . CEP: 04714-010 Tel: (11) 3304.4423 Diretor: Ives Della Torre e-mail: regionalsul@sescon.org.br
Diretor: Flamarion Aparecido Câmara e-mail: sesconsplins@sescon.org.br
ÁREA DE CONTEÚDO: 3304.4475
PQEC: 3304.4477
ÁREA DE RELACIONAMENTO: 3304.4540
RECEITA FEDERAL / JUCESP / PREFEITURA
CADASTRO: 3304.4472
Para Informações: 3304.4462 / 4468 / 4470 / 4471
CÂMARA DE CONTABILIDADE E NÚCLEO DOS
REGIONAIS: 3304.4533
JOVENS EMPRESÁRIOS: 3304.4513
RESPONSABILIDADE SOCIAL: 3304.4537
CERTIFICAÇÃO DIGITAL: 3304.4504
SECRETARIA: 3304.4403
COBRANÇA: 3304.4416
TECNOLOGIA: 3304.4426
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EVENTOS: 3304.4482
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Rua: Dr. Gurgel, 1218 Vila Estádio - Presidente Prudente / SP . CEP: 19015-140 Tel: (18) 3901.1504 Diretor: Jaime Marques Caldeira e-mail: regionalpprudente@sescon.org.br
TAUBATÉ Diretor: Álvaro Alexandre Caninéo e-mail:sesconsptaubate@sescon.org.br
REGISTRO Diretor: José Augusto Martins e-mail: sesconspregistro@sescon.org.br
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