CBMGA E EXPOMAN PALCO DE NOVIDADES, EFICIÊNCIA E OTIMISMO Trigésima edição do CBMGA e da EXPOMAN teve a inovação como norte e trilhou um caminho de otimismo para o mercado brasileiro de manutenção.
LANÇAMENTO Abraman lança nova certificação para avaliadores de Sistemas de Gestão de Ativos
ANO 27 EDIÇÃO 155 161
PARCERIA Abraman e EG Global levam PNQC e cursos à distância a outros países latinos ISSN 0102-9401
IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT
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PALAVRA DO PRESIDENTE
ROGÉRIO ARCURI FILHO, Presidente do Conselho de Administração da Abraman
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DIVISOR DE ÁGUAS
stamos no último trimestre de um ano absolutamente conturbado do ponto de vista político e, principalmente, econômico. É certo que a problemática avassaladora dos números congelou os investimentos e está exigindo maior empenho de todos os profissionais, em todos os níveis, mas, por outro lado, passamos também por um período de aprendizado, do qual podemos extrair grandes e proveitosas lições. A primeira delas é que o ideal não é cortar custos indiscriminadamente, mas racionalizar recursos, modelo que a própria ABRAMAN adotou para a realização do 30o Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, em agosto. Não se tratou do nosso maior Congresso, mas sim da grata constatação de que podemos superar qualquer obstáculo, seja do tamanho que for. Reunimos palestrantes consagrados, professores universitários, importantes gestores e tomadores de decisão, especialistas renomados e, além disso, contamos com um grande e expressivo número de apresentações de Trabalhos Técnicos. Conforta-nos saber que os profissionais de Manutenção e Gestão de Ativos não estão afogados nas lágrimas jorradas pela escassez econômica. Assumimos o controle da situação justamente em um momento no qual as indústrias brasileiras, em todos os setores, demandam maior confiabilidade do parque de máquinas instaladas, sem poder investir em novos equipamentos e tendo que garantir baixos custos de produção, com menos horas de
máquinas paradas para a correção de problemas. Durante o Congresso, também foi destacado um tema interessante: o compliance e a responsabilidade dos gestores de Manutenção e de Ativos. Neste momento em que se evidenciam a ética e a capacidade de administrar recursos de terceiros, os congressistas foram convocados a cuidar melhor não apenas do suporte e da manutenção dos maquinários, mas das especificações e compras necessárias a estas atividades. Outro fato que chamou a atenção: o número de casos brasileiros de sucesso apresentados no dia dedicado à Gestão de Ativos, o primeiro do programa técnico do evento. A pluralidade e a maturidade dos projetos mostram que o País já tem muito a ensinar nesta área. O próximo Congresso e Exposição de Manutenção e Gestão de Ativos ocorrerá em Curitiba, no Paraná, em outubro de 2016, e esperamos que aconteça em momento mais otimista da economia brasileira. Estou certo de que na ocasião poderemos reunir e apresentar grandes projetos desenvolvidos justamente para superar a atual crise e que serão ensinamentos para a vida toda. Nas próximas páginas, encontra-se a cobertura completa do 30o Congresso de Manutenção e Gestão de Ativos e da XXX Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos (Expoman 2015). Boa leitura!
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NOTAS
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DISTRIBUIDORES DE ENERGIA EM ALERTA: CONSUMIDOR PODERÁ VIRAR PRODUTOR
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á imaginou poder produzir a própria energia elétrica e depender das concessionárias apenas para contenção em momentos de emergência? É isso que o Jo Arne Lindstad, vice-presidente de indústria e sociedade para América Latina da Ericsson, aponta para o futuro. Em congresso realizado em 24/9, durante o 13o Latin American Utility Week, o executivo disse que os distribuidores devem se atualizar para não perderem negócios, aumentando a capacidade de comunicação e segurança. Segundo Lindstad, as casas conectadas trarão o conceito de microgrid, onde o consumidor utilizará soluções para produzir a própria energia, deixando a rede convencional como contenção. “A microgrid traz diversos benefícios, como o custo e maior confiabilidade, provando que o usuário se tornou consciente”, diz. Para tanto, ele cita o uso de energias renováveis, como a solar, como soluções que tornaram isso possível.
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Notas
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Especial CBMGA - Novos Talentos
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Certificação - WPiAM
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Parceria - EG Global
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Caso de Sucesso - Eletronuclear
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Carreira - Manserv
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Caso de Sucesso - AES Tietê
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Carreira - Gorceix
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Espaço do Associado
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Especial CBMGA - Depoimentos
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Especial CBMGA - Capa
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Para o executivo, as casas conectadas trarão novos players para o mercado, como grandes empresas de TI, por isso a necessidade das distribuidoras em aproveitar as oportunidades que se abrirão. “Mas novas tecnologias também trarão benefícios de medição, visualização, automação e segurança para elas”, explica.
MEMBRO FUNDADOR DO GLOBAL FORUM
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REVISTA
ANO 28 - EDIÇÃO 161
é uma publicação bimestral da Abraman Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos Av. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080 Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.br Críticas, dúvidas e sugestões: revistamanutencao@abraman.org.br CONSELHO EDITORIAL: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (ACTEMIUM); Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARIA); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNISE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Wagner Gorza (ARCELORMITTAL); PRODUÇÃO: Comunicação Interativa Editora - Tel: (11) 3032.0262 - JORNALISTA RESPONSÁVEL: Jackeline Carvalho (MTB 12456); EDIÇÃO E REPORTAGEM: Rodrigo Conceição Santos, Nelson Valencio; COLABORADORES: Débora Lopes, Letícia Milaré, João Rubens e Luiz Vinagre (Fotos); PUBLISHER: 4 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS Jackeline Carvalho; DESIGN GRÁFICO: Ricardo Alves de Souza (Diretor) e Josy Angélica (Assistente).
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CERTIFICAÇÃO
CERTIFICAÇÃO DE CLASSE MUNDIAL Comprometida com o desenvolvimento Profissional, Abraman lança nova certificação para avaliadores de Sistemas de Gestão de Ativos no Brasil
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Abraman firmou parceria com quatro associações mundiais que atuam na área de gestão de ativos: SMRP (Society for Maintenance & Reliability Professionals), dos EUA; AM Council (Asset Management Council), da Austrália; PEMAC (Plant Engineering and Maintenance Association of Canada), do Canada; e IFRAMI (Institut Français d’Asset Management et d’Infrastructure), da França. Essa parceria resultou na criação de uma joint-venture internacional chamada World Partners in Asset Management (WPiAM). Com base na estrutura de conhecimentos definida pelo Global Forum on
Maintenance and Asset Managemnet (GFMAN) e em conformidade com a série de Normas ISO 55.000 e ISO 17.0215, a WPiAM desenvolveu a certificação para Avaliadores de Sistemas de Gestão de Ativos ou, no inglês, CAMA (Certifiled Asset Management Assessor). A primeira edição brasileira do exame CAMA foi realizada oficialmente no dia 07 de agosto, em Campinas (SP), no final da programação do 30o Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos (CBMGA) e da Expoman 2015. De acordo com a metodologia estabelecida, o exame foi composto por 110 questões objetivas e aplicado
por duas horas de duração em inglês ou português, de maneira on-line. O candidato é certificado quando obtém o mínimo de 70% de acertos e a certificação tem validade de três anos, podendo ser renovada por meio de atendimento a requisitos específicos. Até o momento, 13 brasileiros receberam o CAMA, que é válido na Austrália, Brasil, Canadá, França e Estados Unidos. A certificação também é reconhecida em outros países, incluindo a África do Sul e o Reino Unido. l
Mais informações sobre o programa podem ser obtidas nos sites http://www.wpiam.com ou www.abraman.org.br
os xiliar e candidat Examinador, au ento m ça lan do am que participar A no Brasil do exame CAM
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CASE DE SUCESSO
TREINAMENTO É A BOLA DA
VEZ NA ELETRONUCLEAR
Empresa que chegou a perder 40% do quadro de funcionários especializados em determinados departamentos, cria programa de preparação contínua para substitutos em cargos técnicos como o de manutenção e gestão de ativos
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tos qualificados para suprir as vagas, mas a dificuldade é encontrar gente experiente que saiba lidar com os equipamentos da empresa”, explica. Para o executivo, o treinamento é a solução para lidar com esse problema e não por menos a Eletronuclear criou o Programa de Preparação de Substitutos, composto por diversas etapas como mapeamento de competências a partir de questionários, planejamento de treinamentos e capacitação de novos gerentes. O objetivo é trazer essa experiência aos funcionários. “Esse modelo de DIVULGAÇÃO / ELETRONUCLEAR
lguns setores da Eletrobras Eletronuclear – empresa que administra as usinas nucleares de Angra I e II, em Angra dos Reis (RJ) – perderam até 40% do seu efetivo de funcionários experientes e qualificados por motivos de aposentadoria ou demissão incentivada. Com o mesmo volume de trabalho a executar, esse cenário é, para a companhia, motivo de atenção, como relata Olivio Napolitano, Assessor Técnico da Diretoria de Operação e Comercialização da companhia. Segundo ele, “há inscrição de candida-
USINA NUCLEAR Angra III
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gestão de treinamento deve ser perene, porque sempre terá renovação de pessoal”, salienta. Ele espera que o programa esteja completamente implementado na empresa até 2016. A principal característica do programa é o repasse de conhecimento, algo que pode ocorrer de três formas: a forma implícita, fácil de entender, mas difícil de transmitir, é a primeira delas. Depois vêm o conhecimento tácito, onde o funcionário adquire cancha a partir da experiência com os equipamentos e, em seguida, vem o conhecimento explícito, passível de ser transmitido com treinamentos. “O grande dilema é o conhecimento implícito”, afirma. Nesses casos, a solução é colocar o novo colaborador junto a um supervisor, para que haja um acompanhamento e a transmissão do conhecimento num processo um tanto demorado. “Por exemplo, pode levar seis anos para se tornar um líder da sala de controle nuclear, pois é necessário ter três anos de empresa e mais três anos de treinamento, além de realizar uma prova no órgão regulador”, explica. “Por isso existe a necessidade de um programa continuado de preparação de substitutos”, finaliza Napolitano. l
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CASE DE SUCESSO
GESTÃO E ALTA TECNOLOGIA
PAUTAM AÇÕES PRODUTIVAS DA AES TIETÊ Empresa buscou a PAS 55 para gerir equipamentos e reduziu em 88% as quedas não programadas de energia. Adoção de drone é outra inovação dessa subsidiária da AES Brasil e permite a fiscalização mais eficiente dos mananciais administrados pelo Grupo
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çadas após adoção de certificação internacional para gestão de ativos e a adoção de drones – sim, aqueles aviõezinhos não tripulados – para mapear os níveis dos reservatórios de água que atendem a produção hidrelétrica de energia distribuída pela AES. No primeiro caso, o número de quedas forçadas de energia foi reduzido em 88% na AES Tietê, bra-
ço da geração e comercialização de energia do grupo AES Brasil. O resultado foi demonstrado pelo Diretor do Grupo AES Brasil, Britaldo Soares, em palestra durante o 30o Congresso Brasileiro de Manutenção de Gestão de Ativos (CBMGA). De acordo com ele, o primeiro ponto de atenção na gestão dos ativos é conferir a eficiência dos equipamentos e avaliar se eles es-
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espondendo por 12% da geração de energia distribuída no país, o grupo AES Brasil atende 23 milhões de consumidores espalhados em 8 milhões de residências e apresenta esses números para contextualizar que tecnologia e gestão de ativos são assuntos de primeira ordem na liderança da empresa. Dois casos recentes ilustram a máxima: a redução de paradas for-
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tórios, na verificação e preservação tão remunerando o investimento. das matas ciliares, e ainda analisa o Foi por isso que a AES Tietê busNúmero de assoreamento dos reservatórios e cou a certificação PAS 55, focando quedas forçadas de identifica áreas de reflorestamento. em padrões e técnicas que elevaenergia foi reduzido em Com apenas 0,7 kg e pouco meram o desempenho dos ativos e nos de um metro de diâmetro, permitiram o alcance do resultado o drone voa a 57 km/h e resiste apresentado acima. “Como é uma a ventos laterais de até 45 km/h. situação diferente e complexa, com Além de GPS e satélite, o equipaequipamentos mais espalhados, mento conta com rádios transoptamos por trazer um selo extermissores e câmera fotográfica de no para avaliar a nossa metodolo16MP. Cada voo dura, em média, gia de gestão, envolvendo cerca de 45 minutos, tempo suficiente para três mil pessoas nesse processo”, explica Soares. O executivo destaca ainda que a AES cobrir uma área de 10 km². A decolagem é feita com impulso manual e são neTietê e a AES Eletropaulo já obtiveram a certificação da ISO 55001, enquanto a AES Sul já foi auditada e aguar- cessários apenas cinco metros de área livre para realizar a manobra. O pouso é automático e ocorre no mesmo da a confirmação da certificação. local da decolagem. A AES Tietê conta com um parque com capacidade CUIDANDO DA FONTE Para assegurar a preservação das bordas dos reservató- para gerar 2.658 MW e opera nove usinas hidrelétricas rios de água de onde a AES Tietê retira a energia elétrica e três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Estaque distribui, um drone, ou veículo aéreo não tripulado do de São Paulo. l (Vant), sobrevoa as áreas da empresa em busca de possíveis mudanças de relevo, ocupações e desmatamentos. A companhia investiu R$ 200 mil no dispositivo. Guiado por GPS e satélite, e voando a 500 metros de altura, o veículo registra imagens em alta resolução de áreas de difícil acesso. Regiões alagadas, brejos, encostas ou locais com outros empecilhos são monitorados com muito mais rapidez e agilidade. “Às vezes, com uma equipe de barco ou caminhonete, levamos um dia ou mais para acessarmos e avaliarmos riscos ambientais de uma área. Com o Vant, conseguimos realizar a inspeção em poucos minutos e sem dificuldades”, afirma o diretor geral da Geração da AES Tietê, Italo Freitas Filho. O veículo sobrevoa o local escolhido, mapeia o solo e identifica mudanças de relevo, construções, desmatamentos, entre outras alterações. “A definição das fotos é extremamente precisa e faz um retrato fiel das áreas de interesse. Dessa forma, temos mais agilidade na tomada de decisão para combater irregularidades”, diz Freitas Filho. A ação faz parte da Gestão dos Reservatórios da geradora, que tem como objetivo mapear e regularizar ocupações e construções atendendo todas as legislações ambientais. A tecnologia também ajuda no controle de erosões nas margens dos rios para preservar os reserva-
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um evento de bastante relevância para o setor de manutenção brasileira, tanto pela qualidade das palestras quanto pela possibilidade de realizar o networking, conversando com as pessoas que estão realizando e transformando a manutenção dentro do Brasil. Existem vários estudos de casos e apresentações importantes ao que tange o setor, principalmente a gestão de ativos, o tema deste ano. De fato, é uma transformação que estamos passando no Brasil ao mudar o nosso modelo de manutenção e nos preparar para adequar a empresa para a nova manutenção de ativos.” GERALDO SOUZA, gerente de Manutenção de Serviços da Thyssenkrupp SA e associado da Abraman
“O
Congresso da Abraman é uma excelente oportunidade para melhorar nosso networking com outras empresas e outros segmentos. A grande vantagem desse congresso é essa: sair um pouco de papel e celulose e olhar a manutenção em outros segmentos, onde podem haver melhores resultados. Tivemos muitas apresentações de trabalhos técnicos com boa aplicabilidade dentro de cada área e muita inovação tecnológica. É a nova onda da gestão de ativos, que é o caminho da quarta geração de manutenção do Brasil.” JAILSON ZOCOLOTTI, gerente de manutenção de engenharia de confiabilidade na Suzano Papel e Celulose (Mucuri-BA) e associado da Abraman
“N
o congresso, temos a oportunidade de ver novas tecnologias e novos conceitos que estão em uso no mercado. Aquilo que se destaca em cada empresa é selecionado para vir ao congresso e o foco dessa feira é a produtividade no cenário econômico, onde precisamos transformar nosso trabalho em resultados mais produtivos. O networking que fazemos aqui traz muitas coisas boas para o nosso dia a dia. O evento é importante para alinhar nossas expectativas, ver as inovações do mercado e encontrar as pessoas de referência para cada tipo de assunto, agregando valor para o próprio trabalho.” JEFFERSON DIAS, coordenador de Manutenção da Braskem Petroquímica
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odas as apresentações e palestras são boas, o Congresso está muito bom. Fico feliz de ver a Abraman forte como está. Eu tenho 32 anos de Petrobras Jeep e a gente vem sempre com expectativa de ver coisas novas. A área de gestão de ativos, por exemplo, está em franca expansão. Vi várias empresas apresentando trabalhos que me deixam feliz porque podemos aprender com aquilo. Diversos segmentos estão presentes, como a área de lubrificação, na qual eu vi muita coisa legal sobre a qual eu estou levando muitas coisas para implantação na empresa, pois é um momento que demanda algumas mudanças.” MARCO ANTÔNIO LOPES MENEZES, gerente setorial da Área de Equipamentos Dinâmicos da Petrobras Jeep
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articipo dos congressos da Abraman com certa regularidade e esse é um dos melhores que eu vi até hoje. Tanto pela qualidade técnica dos trabalhos que estão sendo apresentados quanto pelas conferências nacionais e mesas redondas. São assuntos bastante atuais e onde soluções novas vão aparecendo. É importante estar por dentro para aprender e aproveitar os aprendizados que se enquadram no nosso ambiente de trabalho. E inovação é a palavra chave. Tivemos oportunidade de assistir uma série de palestras de gente bastante experiente que está buscando e implementando soluções novas em manutenção. Não tenho dúvida de que a manutenção seja uma técnica, mas a gestão da manutenção é algo que se aprimora com o tempo, principalmente nesse momento de crise. Há uma grande evolução.” MOISÉS PANARO, gerência corporativa de Manutenção da Suzano – Papel e Celulose
“O
principal aspecto que eu tenho observado é a preocupação muito grande com relação à definição da manutenção, principalmente com as técnicas de manutenção preditiva. Eu acho que quando a gente compartilha experiências com outros grupos de manutenção em um evento como esse, a gente tem oportunidade de fazer um benchmarking, de entender como está o seu processo de manutenção frente a soluções disponíveis no mercado e, principalmente, obter subsídios para tentar vencer esse desafio cada vez maior de redução de custo sem perder a confiabilidade dos ativos.” MOZART, engenheiro de Experimentação da Braskem
“O
Congresso está explorando bastante a gestão de ativos no âmbito da manutenção e os benefícios que a própria norma brasileira pode trazer para as grandes corporações, e como ela pode beneficiar o modelo de tomada de decisão das empresas. O fato é que podemos, cada vez mais, envolver a questão da manutenção não só aos colaboradores internos, mas também os stakeholders, os nossos clientes e os fornecedores da cadeia de valor.“ MARIA MÔNICA, gerente de Conhecimento e fundadora da HIM Consultoria Empresarial
“O
congresso tem sido uma boa oportunidade para fazer contatos com fornecedores e colegas da mesma área, além de ser uma boa oportunidade para ver novas tecnologias. Eu me surpreendi com fornecedores por causa de algumas inovações. A chance de ter acesso a novas formas de gestão está muito alinhado com que estamos buscando, que é a competitividade e produtividade. Além de uma impressão muito boa do evento – está é a segunda vez que eu participo – levo novos conhecimentos e a oportunidade de fazer novos contatos dentro da área, que é o mais importante.” PAULO ESCOTE, coordenador de Manutenção Operacional, Braskem Duque de Caxias
“O
evento foi bastante proveitoso. Não é o meu primeiro Congresso, é a minha quinta oportunidade, mas é sempre bacana a interação com os colegas e ver que todas as empresas acabam tendo um perfil bastante parecido. Às vezes aquela boa descoberta praticada em uma outra companhia acaba funcionando na nossa, por termos o mesmo problema.” RAFAEL GARGANTINI, engenheiro de Processos de Manutenção da 3M do Brasil
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ABERTURA OFICIAL do Congresso reúne diretoria da Abraman, executivos do setor e autoridades.
PALCO DE NOVIDADES, EFICIÊNCIA E OTIMISMO Trigésima edição do CBMGA e da EXPOMAN teve a inovação como norte e trilhou um caminho de otimismo para o mercado brasileiro de manutenção.
A
realização do 30o Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos (CBMGA), maior evento conjunto do setor na América Latina, em agosto, foi encarada pela Abraman como um divisor de águas para o negativismo que tomou conta das cadeias produtivas industriais do Brasil nos últimos meses. Foi assim que Rogério Arcuri Filho, Presidente do Conselho Administrativo da Associação, avaliou o evento, ressaltando a qualidade da programação realizada e os mais de 650 inscritos entre palestrantes, convidados e visitan-
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tes. “Esse congresso mostra um ponto de virada do negativismo dentro do Brasil e do nosso setor. Conseguir realizar um evento desse porte com tantas dificuldades na indústria brasileira, reunindo empresas de grande porte de diversos segmentos, nos enche de esperança e eu, particularmente, saio daqui reanimado e reaquecido para prosseguir nessa luta”, disse. Com o tema Gestão de Ativos e Manutenção: Novo patamar empresarial para os novos tempos, o evento foi um sucesso, na visão de Arcuri, e mostrou que há muita gente
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Esse congresso mostra um ponto de virada do negativismo dentro do Brasil e do nosso setor ROGÉRIO ARCURI FILHO, Presidente do Conselho Administrativo da Associação
man conseguiu com uma presença maciça de palestrantes participando com recursos próprios, até mesmo de deslocamento, coffee breaks patrocinados, etc”, diz o Presidente do Conselho Administrativo da En-
tidade. “Isso é importante porque há uma tendência de cortar custos em momentos de delicadeza econômica, o que não é o ideal. O ideal é racionalizar os recursos, como fizemos”, reforça. Em termos absolutos, ele explica que a edição deste ano não foi a maior já realizada pela Abraman, mas em termos técnicos, administrativos e financeiros, os resultados estão entre os melhores já alcançados. “O que não nos tira das problemáticas conjunturais, como todas as organizações estão vivendo, mas que nos permitiu ganhar um bom fôlego para os próximos períodos”, avalia. Durante o CBMGA, ocorreram as apresentações dos principais trabalhos técnicos acerca da Manutenção e Gestão de Ativos realizados no
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séria acreditando no Brasil e na Manutenção e Gestão de Ativos como uma ferramenta para o avanço. “Inclusive, vale pontuar que notamos que o aumento do índice de desemprego ocorre fora do ambiente de Manutenção e Gestão de Ativos”, diz. Durante os quatro dias do evento, as discussões técnicas ficaram concentradas nas 22 conferências e dez mesas redondas, com um número de palestrantes que passou de 50 profissionais entre gerentes gerais, diretores e presidentes de empresas. O Congresso ocorreu em paralelo à EXPOMAN (Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos). “O evento deste ano também foi um avanço no que tange a racionalização de recursos, algo que a Abra-
CORTE DA FITA inaugural do evento
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Brasil no último ano. Nesta edição, foram apresentados 153 deles, sendo 93 oralmente e os outros 60 mostrados por meio de pôsteres. Luiz Alberto Verri, Representante da Regional São Paulo/Centro-Oeste da Abraman e Coordenador da Comissão Técnica de Análise dos Trabalhos, explicou como esses trabalhos foram selecionados: “a equipe de avaliação, composta por expoentes da manutenção como Luiz Tavares de Carvalho, Ségio Nagao, Milton Zen e Tarcísio Baroni, todos ex-diretores da Regional de São Paulo da Associação, compuseram uma equipe de 31 integrantes para selecionar os trabalhos”. Verri lembrou que o alto número de trabalhos recebidos mostra o interesse dos profissionais do setor de manutenção em avançar no conhecimento Técnico e de Gestão, independente da crise econômica. Ele também afirmou que os trabalhos, em sua maioria, foram inovadores do ponto de vista técnico e industrial. Para a escolha dos materiais, a comissão responsável recebeu cerca de 300 trabalhos técnicos no total, sendo 250 pré-selecionados através da sinopse. Posteriormente, cada um deles foi avaliado por três integrantes da comissão. Os critérios de avaliação – com notas de zero a dez – envolveram quatro quesitos: qualidade em geral, resultado prático, nível de inovação e qualidade da escrita. INOVAÇÃO FOI O NORTE Inovação, realmente, foi a palavra da vez no evento e, como ícone dela ficou caracterizado um trabalho de estudantes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolvido em 2014. Trata-se de um carro de corrida elétrico, capaz de ir de 0
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a 100 quilômetros por hora em três segundos e alcançando velocidade máxima de 180 km/h. O veículo exposto na EXPOMAN pesa 210 kg e foi totalmente desenhado por uma equipe de aproximadamente 45 estudantes, denominada E-Racing, e atual tricampeã nacional e bicampeã mundial da Fórmula SAE Eletric, categoria em que tanto o desempenho quanto a concepção do veículo são avaliadas. Diogo Fernandes, estudante do terceiro ano de Engenharia Mecâni-
Reconhecimento a quem merece A abertura do
30o CBMGA foi marcada pela homenagem aos integrantes da Abraman • Célio Cunha de Almeida Prado • Eduardo de Santana Seixas • Regina Maria Gomes Ricci falecidos em maio deste ano. Na solenidade, a Abraman agradeceu a contribuição que os três colaboradores trouxeram para o sucesso da associação. Para a entidade, tanto o setor de Manutenção e Gestão de Ativos quanto o Brasil foram beneficiados pelo trabalho dos profissionais, classificados como competentes, dedicados e transformadores.
ca e capitão do time, diz que foi realizado um investimento de R$ 250 mil no desenvolvimento da máquina, com algum aporte oriundo da própria universidade, mas com o maior investimento realizado por patrocinadores, como o Instituto Eldorado. “O desenvolvimento desse veículo faz parte de uma atividade extracurricular da Universidade, também contando com participação de alunos de outras engenharias, como física, elétrica e computação”, diz. A Qualidados mostrou que também entendeu o recado quanto a inovação. Palestrante e patrocinador da 30a edição do Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, ela mostrou como tecnologias high tech podem fazer a diferença em projetos de Gestão e Manutenção de Ativos. O tema da apresentação da companhia foi Planejamento de Projetos em Paradas de Manutenção, destacando como a aplicação de tecnologias inovadoras aliadas ao know-how em planejamento pode impactar positivamente nos resultados de projetos, principalmente quando há associação com paradas programadas de manutenção. No rol de assuntos abordados pela Qualidados estão os aspectos cruciais para a sobrevivência e o fortalecimento da competitividade da indústria, como a otimização de resultados. Pontos como o alcance de metas, a redução de custos e desperdícios e o cumprimento de prazos também fizeram parte da palestra. Já em termos de metodologias, a companhia destacou os estudos de construtibilidade apoiados pela utilização de tecnologias 3D, entre elas, as nuvens de pontos. Esse conjunto de ferramentas, quando adotado em projetos de construções e mon-
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FOTOS: DIVULGAÇÃO / ABRAMAN
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CORREDORES cheios durante os intervalos das palestras demonstram o sucesso do evento
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tagem, segundo a Qualidados, possibilitam uma avaliação adequada das interferências e melhor entendimento do sequenciamento de montagem. A empresa também acredita que, quando utilizadas em conjunto, as metodologias e tecnologias promovem a redução de incertezas e o aumento de previsibilidade dos resultados do projeto. A Quant – que era uma área de negócio da ABB – enxergou no evento uma vitrine para expor sua capacidade de negócios. Com oito clientes no Brasil atualmente, entre eles a Shell e a própria ABB, a empresa expôs na EXPOMAN com a expectativa de prospectar durante a feira. A Quant pertence atualmente ao fundo de investimentos Nordic Capital e herdou de sua empresa-mãe a expertise em gestão de ativos. Mesmo com esse histórico, o Gerente Nacio-
nal da Quant no Brasil Kelly Starling, destaca a oportunidade de divulgar a nova marca em uma Feira importante como a EXPOMAN para alavancar negócios. “É uma possibilidade de formar novas parcerias e também de falar com nossos clientes”, diz. Starling enxerga dois movimentos na conjuntura do setor de Manutenção e Gestão de Ativos no Brasil, onde, em um primeiro momento, houve um “boom” de maneira a tratar a manutenção como redução de custos. “Agora vem uma segunda parte que é a aglutinação de pequenos contratados que não adicionam valor sobre a gestão de uma empresa mais forte”, diz. Segundo ele, apesar do setor ter um grande tempo de terceirização, ainda é imaturo, e nele é difícil convencer os clientes de que uma boa parceria trará uma Gestão Estratégica da Manutenção.
DOCUMENTO NACIONAL MOSTRA TENDÊNCIA NO REMANEJAMENTO DAS EQUIPES DE MANUTENÇÃO DE ATIVOS DAS EMPRESAS
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Documento Nacional, realizado a cada dois anos pela Abraman, foi apresentado durante o CBMGA e trouxe as principais tendências do setor. Nesta edição, a análise, interpretação, consolidação e confecção do Documento ficou a cargo de Gabriel Silva, Engenheiro de Terminais de Dutos da Petrobras/Transpetro. Entre os destaques do estudo, esteve a queda do custo relativo com o pessoal de Manutenção, com a diminuição do crescimento de treinamentos na área de 3,9%, em 2013, para 2,7% em 2015. Outro fator que teve leve queda foi a disponibilidade dos equipamentos do parque fabril passando de 89,3% para 88,7%. A indisponibilidade devido a manutenção subiu para 6,32%, com diferença de 0,17% para o estudo anterior, enquanto a indisponibilidade por outros fatores subiu de 4,6% para 5%.
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A Quant trabalha com quatro tipos de serviços, tendo sempre como estratégia um modelo flexibilizado. “Nós podemos assumir tanto a Gestão de Ativos completa de uma companhia quanto apenas o Gerenciamento do Projeto, sem a execução”, explica o gerente. Outro modelo de serviço é a gerência de áreas específicas dentro da empresa do cliente, caso não haja interesse em uma gestão completa. O quarto modelo é a implementação do Gerenciamento dos Ativos, algo que vai desde a criação do parque fabril do cliente. RUMO AO FUTURO A edição deste ano do CBMGA e da EXPOMAN foi realizada estrategicamente em Campinas (SP), que é um dos principais polos brasileiros de ciência, tecnologia e inovação e está entre as 10 cidades do mundo que mais realizam eventos de negócios nesses setores: são cerca de 6 mil deles ao ano. A cidade, localizada privilegiadamente em volta de cinco grandes rodovias: Anhanguera, Bandeirantes, Dom Pedro I, Adhemar de Barros e Santos Dumont, abriga o maior aeroporto de cargas do país, Viracopos e representa cerca de 5% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. Para a próxima edição dos eventos, a Abraman já escolheu a cidade de Curitiba, onde há uma grande concentração de polos urbanísticos e industrias, principalmente na região sul-leste da cidade, onde ficam as principais instituições de ensino do Estado como a Universidade Federal do Paraná (UFPR) a Pontífica Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). l
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ESPECIAL CBMGA | NOVOS TALENTOS
JOVENS E COMPETENTES TRABALHOS APRESENTADOS POR ENGENHEIROS DA NOVA GERAÇÃO SÃO SUCESSO NO CBMGA E VALIDAM A MÁXIMA DE QUE OS NOSSOS KNOW-HOW VEM DESDE OS PROFISSIONAIS MAIS JOVENS DA ENGENHARIA. EDERSON RAMALHO
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ALESSANDRO PACHECO
manutenção e a gestão de ativos têm sangues novos e competentes. É o que demonstraram os trabalhos técnicos apresentados durante o trigésimo Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, em agosto. Ederson Ramalho e Alessandro Pacheco Souza, entrevistados por esta edição, representam o grande número de engenheiros da nova geração presentes no evento, e uma síntese dos seus trabalhos apresentados confirmam que a qualidade está nivelada por cima na nossa engenharia. O trabalho técnico “Automatização da Calibração de Instrumentos eletrônicos do Metrô de São Paulo”, apresentado por Ramalho, por exemplo, mostra como o processo proporcionou ganhos de mais de 70% na produtividade das calibrações dos instrumentos eletrônicos e mecânicos. “Esses equipamentos precisam passar por atividades de calibração periodicamente, atendendo às normas de qualidade, e a calibração manual despendia um tempo significativo de mão de obra dos metrologistas”, explica ele. Segundo o especialista, o sistema automatizado proporcionou ganho de produtividade acima de 70% nos instrumentos nos quais foi aplicado e ainda certificou a confiabilidade a números proximamente altos. “O mundo que vivemos hoje é muito diferente do de 30 anos atrás. Tudo fica obsoleto rapidamente e, por isso, as ideias que possam melhorar os processos produtivos são sempre bem-vindas”, sintetiza ele. Com formação técnica em eletrônica e processos industriais, Ederson Ramalho começou a carreira como técnico de manutenção de equipamentos eletrônicos.
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Já Alessandro Pacheco Souza é autor do trabalho técnico “Desenvolvimento e Implantação do Sistema de Gestão de ativos na AngloGold Ashanti”. Ele possui graduação em engenharia mecânica, MBA em gestão empresarial e pós-graduação em engenharia ferroviária, background esse que ele usa diariamente na função de gerente de gestão de ativos e engenharia da AngloGold Ashanti, onde lidera uma equipe de dez engenheiros que atuam na implantação do sistema de gestão nas quatro operações da empresa no Brasil. Seu trabalho técnico consiste na implantação de um sistema para a gestão de ativos nas operações da empresa. A solução alinha os objetivos estratégicos com as atividades de gestão dos processos contidos no ciclo de vida dos ativos para obter o melhor desempenho, com os custos e a gestão dos riscos compatíveis com a necessidade do negócio. “Na implantação do sistema, temos tecnologias de controle e automação, como operação por controle remoto de ativos, para reduzir a exposição das pessoas ao risco, aumentar a produtividade e reduzir custos”. Segundo Pacheco, a manutenção tem atuação direta em cerca de 65% dos processos contidos no ciclo de vida do ativo e, como tal, tem grande responsabilidade nas suas eficácias. “Nos dois últimos CBMGA que participamos, percebemos que várias empresas, de diversos segmentos como mineração, siderurgia, logística, prestação de serviços, entre outras, estão cada vez mais conscientes do potencial da engenharia no contexto econômico atual e atuam para utilizá-lo ao máximo”, conclui. l
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PARCERIA
UNIÃO
DE ESFORÇOS E COMPETÊNCIAS Abraman e EG Global firmam parceria para levar PNQC e cursos à distância a outros países latinos, asiáticos e africanos
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Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) está em negociação avançada com a EG Global, corporação australiana de certificação com operação mundial, para exportar os cursos e treinamentos. Os primeiros contatos entre as duas organizações ocorreram no Fórum Global de 2014 e foram reforçados durante o XXX Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, que ocorreu em agosto deste ano. Quem ditará a forma em que as duas instituições vão trabalhar em conjunto é o protocolo de intenções, que aborda o Programa Nacional de Qualificação e Certificação (PNQC), os cursos à distância da Abraman e um congresso mundial sobre gestão de ativos. Segundo Nelson Cabral, Diretor Executivo da Abraman, a intenção é levar o Programa Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal (PNQC) para países da África, Ásia e América Latina. Ele diz que o conteúdo técnico do programa não será alterado, cabendo a EG Global apenas realizar a prospecção de clientes, o marketing e a implantação da certificação no local. “Todo o risco ficará a cargo deles, cabendo a nós apenas fornecer a metodologia de ensino”, afirma.
Já sobre os cursos à distância serão exportados à América Latina e a EG Global fica responsável por traduzir o material para o espanhol e aplica-lo em nossos “Hermanos”. De acordo com Cabral, há a possibilidade remota desses produtos serem lecionados em países da África que falem a língua portuguesa ou espanhola, o que depende da companhia australiana. O plano de realizar um congresso mundial sobre gestão de ativos ainda está em discussão. Cabral diz que a intenção é que ele ocorra em paralelo ao XXXI Congresso Brasilei-
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ro de Manutenção e Gestão de Ativos, que será realizado em outubro de 2016. O Diretor da Abraman ressalta que a relação entre o EG Global e a associação não é um mero flerte e deve ser fortificada a cada dia. Segundo ele, a corporação australiana, que já emitiu mais de 100 mil certificados pelo mundo, tem um escritório para representação na cidade de São Paulo, mas pretende se estabelecer no Rio de Janeiro, se aproximando, inclusive fisicamente, da Abraman (que conta com sua matriz na capital fluminense). l
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DIVULGAÇÃO / MANSERV
CARREIRA
POR QUÊ DESENVOLVER
LÍDERES COMO GESTORES COMPLETOS? É o que responde a Manserv, que criou um programa com esse intuito e já mede resultados como a redução do turnover de liderança de 15 para zero em apenas seis meses
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m um processo de manutenção e gestão de ativos industriais, afinar a ação da equipe e a liderança a qual ela seguirá durante os processos não é uma tarefa fácil. Pelo menos é o que a Manserv identificou. A empresa, cuja especialidade é gerir ativos de indústrias em vários segmentos, atua no Brasil e Argentina atendendo cerca de 200 clientes de médio a grande porte. Para isso, conta com uma equipe com mais de 20 mil colaboradores, entre os quais estão os líderes de equipe que precisam ter visão diferenciada sobre os atendimentos.
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“Geralmente, os líderes de equipes de manutenção e gestão de ativos são estritamente técnicos e identificamos que eles precisam ter um nível de liderança que vai além disso, com conceitos mais afinados sobre negociação de data base, controle de horas extras, melhorias de gestão de saúde e segurança do trabalho, etc.”, diz Anderson Abreu, diretor regional da Manserv no Brasil. Para isso, a Manserv lançou um programa de treinamento específico para seus líderes de equipes, a fim de que eles possam enxergar de forma mais abrangente o
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negócio dos clientes que atendem e também possam trabalhar a gestão de ativos de modo mais alinhado aos resultados de produção, de negócios e financeiros esperados. Esse método de gestão de conhecimento, segundo Abreu, tem como meta transformar o líder de equipe em primeiro gestor do processo. Assim, foi criada uma agenda de treinamentos com o objetivo de levar os líderes, até então técnicos, ao último nível de gestão empresarial, e 180 deles já estão passando por esse processo. Sim, o que era a linha de chegada para muitos desses técnicos, agora é o ponto de partida para que eles se aperfeiçoem em busca da liderança global. “Portanto, não se trata de um programa de treinamento, mas sim de um programa de eliminação de gaps, de modo que, obrigatoriamente, devemos medir o retorno de cada treinamento realizado”, diz o executivo. Em termos práticos, os líderes passam por quatro etapas para o treinamento, começando com a identificação do seu perfil para a função. Em seguida são feitas avaliações de lacunas de desempenho, perfil psicológico e identificação de gestão e comportamento em função do perfil traçado. A terceira etapa envolve
Objetivos do programa da Manserv
• Desenvolver lideranças fortes para aumentar a rapidez na respostas aos clientes
• Reter talentos • Gerar lealdade
e relações mais duradouras
• Criar compromisso
com o futuro das pessoas e da empresa
treinamentos teóricos e práticos, sempre voltados à redução de gaps operacionais e de liderança. A certificação é o passo final, envolvendo subsídios para sucessões e promoções, diferenciação em processos seletivos, visibilidade na empresa e indicações para treinamentos avançados. “Com isso, estamos percebendo que passamos a ter melhor
resultado na identificação correta de problemas e as nossas equipes passaram a agir com ritmo mais acelerado para alcançar resultados”, revela Anderson Abreu. O executivo lembra que a presença do líder de equipe de gestão de ativos não somente é importante para o processo, mas também é uma necessidade para que os clientes fiquem isentos de qualquer relação trabalhista com ele e com a equipe de prestação de serviços. Por isso, fica ainda mais interessante a ideia de potencializar ao máximo as ações da liderança para obter melhores resultados. Neste ano, os líderes treinados atuam em indústrias de mineração, siderurgia e petroquímica, três nichos de mercado com maior penetração da Manserv. Os resultados alcançados até agora foram representativos, caso da redução do índice de absenteísmo em quatro vezes num período de 12 meses (jan-dez de 2014). Já o turnover de liderança caiu de quase 15 pessoas em janeiro do ano passado para zero em junho. “Agora estamos expandindo a ação para atendimento a outros segmentos de mercado. A ideia é ter essa metodologia de liderança implantada em todos os nossos clientes nos próximos anos”, diz o diretor regional. Esse trabalho foi apresentado em painel durante o 30º Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, realizado em agosto em Campinas (SP). Para Anderson Abreu, o evento foi um sucesso, pois sua palestra contou com mais de 50 participantes que, não só apreciaram a apresentação, mas que até hoje interagem com a Manserv enviando questionamentos e pedidos de cotação. l
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SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO GANHAM NOVO MBA EM GESTÃO DE ATIVOS Curso é resultado da parceria entre Abraman e Fundação Gorceix e já é aplicado em Belo Horizonte
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ARQUIVO / ABRAMAN
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Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) e a Fundação Gorceix ampliaram sua parceria para oferecer o curso de MBA em Gestão de Ativos. Assinado durante a XXX Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos (Expoman), que aconteceu no mês de agosto em Campinas (SP), o acordo vai expandir a especialização para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de continuar sendo lecionado em Belo Horizonte (MG). De acordo com Cristovam Paes de Oliveira, presidente da Fundação Gorceix, a integração entre a Abraman, a indústria e a academia segue o exemplo de grandes economias mundiais, que souberam associar a universidade com o mercado de trabalho e obter resultados positivos com a prática. “Por esse e outros motivos, é uma honra para a Associação renovar este compromisso com a Fundação Gorceix”, diz Rogério Arcuri, Presidente do Conselho de Administração da Abraman. A parceria começou há dois anos, quando o curso foi implementado na capital mineira. Na época, a Co-
mau, companhia especializada em soluções de manutenção e serviços para a indústria, foi a primeira empresa a contratar o MBA para os seus engenheiros e abriu o caminho para uma legião de outras empresas e profissionais independentes aderirem à programação e ampliar os seus predicados para alcançar o sucesso na manutenção e gestão de ativos a nível mundial. O CURSO Segundo a Abraman, o público-alvo do MBA não se restringe apenas a engenheiros ou graduados na área de exatas, mas também abran-
ge profissionais com quaisquer outras formações superiores com experiência em ativos. Mas para garantir o alto-nível técnico do curso, os alunos inscritos têm seu currículo analisado durante o processo seletivo. A grade curricular tem cerca de 540 horas, incluindo carga horária para Estudos de Casos e disciplinas sobre Planejamento Estratégico em Gestão de Ativos, Gestão do Processo Decisório de Investimento de Capital, Gestão do Ciclo de Vida do Portfólio de Ativos, Gestão e Avaliação de Riscos e Gestão de Pessoas e Facilitadores do Conhecimento. l
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Veja o Trabalho Técnico na íntegra no site da Abraman: www.abraman.org.br
ESPAÇO DO ASSOCIADO
LEITORES PASSAM A CONTRIBUIR COM A REVISTA M&GA
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onforme noticiamos na nossa edição 159, sob o título “Revista M&GA Abre espaço para seus associados”, abrimos inscrições para a participação dos nossos Associados na Revista. Para esta edição 161, o Associado sorteado foi engo Márcio Barreto, formado em Engenharia Ind. Mecânica pelo IFBA, atualmente atuando como técnico de Manutenção Mecânica na Petrobras. Ele optou por solicitar a sua participação nesta edição através da apresentação do Trabalho Técnico 178, “Aumento da Confiabilidade Operacional através do Monitoramento de Anomalias", que ele elaborou juntamente com a Marinilda Souza do Senai BA. Este TT foi selecionado e já apresentado no 30o CBM&GA.
TRABALHO APRESENTADO NO 30o CBM&GA
AUMENTO DA CONFIABILIDADE OPERACIONAL ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DE ANOMALIAS Marcio C. dos S. Barreto1 | Marinilda Lima Souza2 RESUMO necessidade de se transportar fluidos, para armazená-los ou processá-los, e a grande aplicação que as bombas centrífugas possuem, tem instigado as empresas a optarem por esse tipo de equipamento. Mas apesar da grande utilização dessas máquinas por indústrias, a sua manutenção ainda é precária em alguns aspectos, o que ocasiona paradas de emergência devido a grande quantidade de falhas nestes equipamentos. Um dos motivos do grande número de falhas é a manutenção deficiente, pois a maioria das empresas tem a cultura de somente realizar a intervenção após o acontecimento de uma pane ou da queda brusca do desempenho da máquina, ou seja, realizar a manutenção corretiva não planejada. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é demonstrar que com o tratamento de anomalias, a aplicação das técnicas de confiabilidade e a utilização da gestão de ativos, onde todos devem ser envolvidos para busca da excelência da organização, podem-se alcançar excelentes resultados na manutenção, que sendo uma função estratégica, reflete em toda cadeia produtiva. O resultado demonstra que a eficácia do método de tratamento de anomalias é um grande aliado para o aumento de confiabilidade, redução dos custos, melhoria da segurança, redução de impactos ao meio ambiente contribuindo sobremaneira para o sucesso operacional da empresa.
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1. INTRODUÇÃO Devido à grande demanda por produções em largas escalas e busca incessante por maior qualidade, nas últimas décadas, o termo confiabilidade vem se tornando cada vez mais comum nas organizações. Para Lafraia (2001) o conceito de confiabilidade está diretamente relacionado com a credibilidade que se tem em um produto, equipamento ou sistema. A norma NBR 5462 (1994) da ABNT, define confiabilidade como: “capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um dado intervalo de tempo”. Neste sentido, as empresas procuram com a aplicação da confiabilidade, ter o controle dos seus ativos, reduzir custos, aumentando a disponibilidade, garantia da segurança, porém, sem reduzir a qualidade de produto. Portanto, as organizações nos dias atuais, com a finalidade de obter bons resultados e vencer a alta concorrência, tem como foco manter a disponibilidade, assim como a confiabilidade, já que são de vital importância para a competitividade e sobrevivência no mercado. A confiabilidade pode ser definida por Moubray (1997) como o período de tempo em que um equipamento, planta ou organização está disponível para realizar sua função. Este conceito pode ser observado sob três pontos de vista, o empresarial, o operacional e o técnico. Isso se deve à grande necessidade das empresas estarem focadas na otimização da produção e para isso seus setores necessitam acompanhar essa deman-
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ESPAÇO DO ASSOCIADO da, mas com focos diferentes. Do ponto de vista empresarial pode-se ter como disponibilidade o tempo que a empresa está atendendo a demanda do mercado e seus clientes, não se preocupando com variáveis operacionais nem com os equipamentos da planta, mas extremamente dependente dos bons resultados dos dois. Do ponto de vista operacional, a disponibilidade é o tempo que a planta está produzindo para atender à necessidade empresarial, neste aspecto, os pontos mais importantes são as variáveis operacionais, como pressão, vazão, temperatura, especificação do produto etc. Sob a ótica da técnica, a disponibilidade é o tempo em que os equipamentos estão liberados e em condição de operar de forma que atenda a necessidade da produção. Como se pode ver existem várias maneiras de buscar a disponibilidade, mas todas elas estão ligadas entre si, de forma que uma depende da outra, formando uma pirâmide de dependência. A Figura I a seguir, ilustra a relação de dependência dos focos de disponibilidade. Nota-se que a disponibilidade dos equipamentos afeta diretamente a confiabilidade operacional da empresa, o que consequentemente influencia na gestão de ativos da organização. Tomando como referência a necessidade da implantação da gestão de ativos e baseado na manutenção produtiva total, onde se busca a perda zero e a confiabilidade máxima da planta, o objetivo deste trabalho é apresentar a implantação do Grupo de Prevenção de Falhas (GPF) cuja finalidade foi aumentar a confiabilidade operacional dos equipamentos dinâmicos, em uma indústria de refino de petróleo. Este estudo ainda visa demonstrar que através do tratamento de anomalias em equipamentos dinâmicos, pode-se detectar o primeiro sinal de falha no equipamento, denominada nesse momento de anomalia, e reduzir o dano que essa falha causaria se chegasse a um potencial catastrófico. A implantação da metodologia impactou na redução de paradas inesperadas, no aumento da disponibilidade e confiabilidade de modo a garantir o controle dos ativos organizacionais. Neste aspecto, o tópico a seguir aborda a gestão de ativos na manutenção. 2. GESTÃO DE ATIVOS NA MANUTENÇÃO De acordo com Pinto e Xavier (2001), a importância da área da manutenção é cada vez mais fator determinante para o sucesso operacional das empresas. Por ser uma área estratégica, a gestão da manutenção é capaz não somente de implementar soluções, mas, gradativamente propor melhorias. Com ênfase nos aspectos técnicos, a evolução nos processos produtivos, tem desenvolvido sistemas com níveis consideráveis de segurança e confiabilidade. Diante disto, considerando a necessidade de gestão de seus ativos, o desafio para os gestores de manutenção é a perene busca por melhorias com a finalidade de aumentar a con-
fiabilidade operacional. De acordo com a PAS 55 (2008), os ativos devem ser gerenciados com a finalidade de se atingir os objetivos estratégicos das empresas e devem ser concebidos como fator contribuinte para aumento da qualidade de serviços para a gestão da manutenção. Segundo Bloch e Geitner (1999), com a necessidade cada vez maior de se aumentar a produção devido à alta competitividade do mercado, as empresas estão levando os seus equipamentos a operar em condições mais críticas do que no passado. No que tange às máquinas dinâmicas, nota-se que isto tem levado alguns destes equipamentos a apresentarem grande número de falhas. Dentre estas máquinas, devem-se destacar as bombas que são imprescindíveis nas indústrias de processos contínuos. Elas são responsáveis por transportar os fluidos de um local para o outro, essencial e comum na grande maioria das indústrias, pode-se dar foco às bombas centrífugas, por serem os equipamentos mecânicos mais sensíveis a essas variações, principalmente do processo. Elas transformam energia de velocidade em energia de pressão através da rotação do impelidor e ao formato de espiral da carcaça, onde reduz-se a secção da descarga em relação a sucção da bomba, para com a redução do volume do fluido, conseguir o aumento da pressão. Existem alguns modelos de bombas centrífugas classificadas pela API 610 (2010), dentre elas estão as com rotor entre mancais e as de ou também conhecidas como Back Pull Out (BPO), as duas mroatoisr ceomm buanlsa neçmo indústrias de refino. Observa-se que devido a essa alta demanda de produção as bombas tendem a falhar com maior frequência e as principais causas de falhas são: • Falhas de mancais; • Falhas de selo; • Baixa vazão; • Desalinhamento • Desbalanceamento; Através dessas falhas surge a necessidade crescente de tomar conta dos “ativos". Sendo estes ativos físicos, econômicos até humanos, empresa. Para os filósofos Gorovitz e MacIntyre (1970 apud Gawande, 2011), a “falibilidade é inevitável”, ou seja, ela está além da capacidade humana e em algum momento vai acontecer. l 1) M arcio C. dos S. Barreto – Pós Graduando em Engenharia de Confiabilidade. Engenheiro Industrial Mecânico – IFBA – Instituto Federal da Bahia. Técnico em Manutenção Mecânica – Petrobras. E-mail: marcioeng@yahoo.com.br. 2) Marinilda Lima Souza – Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial. Pesquisa e docência – Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec. Membro do Grupo de Pesquisa em Manutenção de Equipamentos Industriais e do grupo Fatores Humanos e Aprendizagem Tecnológica. E-mail: marinilda.lima@fieb.org.br.
PARTICIPAÇÃO NO ESPAÇO DO ASSOCIADO – A cada edição, será sorteado um Associado que tenha enviado a sua solicitação de inscrição para eventos1@abraman.org.br com o título “Participação no Espaço do Associado Abraman”. A participação do Associado sorteado será feita através da publicação de um Trabalho Técnico, um “Case”, uma Entrevista explicando algum aspecto da atividade que o sócio individual desenvolve na sua empresa, etc. Lembrando que no caso de artigo técnico, antes da publicação, este será avaliado previamente pela Abraman. Não perca tempo faça já sua inscrição e participe da Maior Publicação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos!
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