CISCO LIVE MAGAZINE EDIÇÃO 04

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> setembro de 2011 | edição 4

Cidades conectadas

Ferramentas TIC compõem soluções de infraestrutura para um desenvolvimento sustentável

A Cisco em 2012 Operação Brasil conquista status e ganha possibilidade de investimentos

Parceiro tem voz Ecossistema Cisco relata as prioridades de negócios para o próximo ano

Setor financeiro Agências bancárias usam vídeo e colaboração para “acolher” clientes TV PAGA Video on demand muda perfil do setor1


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editorial

sumário

CANTEIRO DE OBRAS

É

possível que, em pouco tempo, tenhamos a impressão de que o Brasil se transformou em um imenso canteiro de obras. Pelo menos até 2016. E não apenas de projetos voltados à construção civil, pois existe a necessidade e urgência de investir em tecnologias estruturais para acelerar a produtividade das empresas e a eficiência dos serviços públicos, juntamente com novas formas de educar crianças, jovens e adultos em sala de aula ou fora dela, apenas para citar alguns setores. O país está no centro da economia mundial, e as apostas são as novas ferramentas de colaboração, mobilidade, virtualização e vídeo. Na Cisco, o pensamento e a prática não são diferentes. Temos que manter o foco em nossos segmentos core, como roteadores e switches, mas sem ignorar estas alavancas de crescimento da nova fase das tecnologias da informação e comunicação. No Brasil, a aposta da Cisco ganha ânimos ainda maiores em função da sustentação econômica e da previsão dos investimentos em infraestrutura. São conceitos interdependentes e orientações para a estratégia que colocamos em prática a partir desse novo ano fiscal, iniciado em agosto. A operação local ganhou status de “Americas” dentro da Matriz, e isso deve nos render frutos de investimentos em produção e no estímulo ainda maior à nossa rede de parceiros e alianças estratégicas. Entre essas mudanças, está a periodicidade da nossa revista Cisco LIVE Magazine, recentemente premiada pela Associação Nacional dos Editores de Publicações Segmentadas (ANATEC), que passa a ser trimestral a partir dessa edição. E tudo conectado - Radio Cisco, Redes Sociais e mais um show no novo Pavilhão Cisco no Futurecom 2011, com grandes novidades. Conteúdo colaborativo, no melhor estilo brasileiro. Um novo ano fiscal, com grandes oportunidades de sucesso para a Cisco do Brasil e nossos parceiros de negócios. Então, mãos à obra! Um abraço, Marco Barcellos

cisco live magazine é uma publicação da Cisco do Brasil Equipe Responsável Cisco do Brasil Presidente Rodrigo Abreu Diretor de Engenharia de Sistemas Marcelo Ehalt Diretor de Canais Eduardo Almeida Diretor de Marketing & RP Marco Barcellos Conselho Editorial Adriana Bueno, Carolina Morawetz, Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho, Kiki Gama, Mariana Fonseca, Monica Lau e Marco Barcellos

PRODUÇÃO Comunicação Interativa Editora Jornalista Responsável Jackeline Carvalho MTB 12456 Diretora de Redação Jackeline Carvalho Edição Luciana Robles Reportagem Francine Mendonça Marcelo Vieira Ruan Segretti

Revisão Comunicação Interativa Editora Asssessoria de Imprensa In Press Porter Novelli Fotos Ricardo Kataoka Cimagem Produções Diagramação Marcelo Max Gráfica Prol Editora Gráfica

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Inclusão Prefeitura do RJ e Cisco oferecem cursos em comunidades carentes. Rocinha é a primeira comunidade a certificar profissionais

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É só baixar Tablet Cius ganha loja de aplicativos na web

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Educação AL é a região mais otimista no uso de tecnologia de ponta na sala de aula

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Cidades conectadas Como as ferramentas TIC podem melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos aos cidadãos

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Mutação Colaboração e mobilidade transformam ambiente de trabalho

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Telepresença Itaú Unibanco ganha tempo, economiza e reduz desgastes de executivos ao disponibilizar novas salas

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Futurecom Parceiros e clientes demonstram soluções aplicadas em casos práticos no Brasil

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Apostas para 2012 Parceiros Cisco revelam suas crenças para o próximo ano

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Negócios em alta Executivos da Cisco do Brasil falam sobre os planos da empresa para o novo ano fiscal

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A nova agência bancária Recursos de vídeo e colaboração ajudam a agradar e a atrair clientes

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TV por assinatura Video on demand dita as regras do setor

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Gestão de demanda NET usa solução Cisco para prover novo serviço

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Virtualização Senai/SC adota solução para otimizar processos

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Artigo

Tiragem 5500 exemplares

Colaboração Especial Carmen Lucia Nery (RJ)

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sustentabilidade

A ppp do treinamento Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e a Cisco oferecem aulas em áreas carentes da cidade. Morro da Rocinha é a primeira comunidade a certificar profissionais incluindo o CCNA (Cisco Certified Ne- integradas a sistemas eficientes de inovatwork Associate), na área de redes de ção”, afirma Franklin Coelho, Secretário comunicação de dados, e CCNP (Cisco Municipal de Ciência e Tecnologia do Certified Network Professional) para Rio de Janeiro, que completa: “realizada profissionais de rede. em favelas, a iniciativa é parte da política de pacificação destes territórios e O curso de um esforço para que a superação de Ao ingressar no programa, as tur- fronteiras na cidade se faça não só social mas têm acesso ao IT Essential, mó- e territorialmente como também em dulo que traz conceitos básicos de TI termos de ciência e tecnologia”. em hardware e software, como mon“O lançamento do programa Cisco tagem e configuração de computador Networking Academy nas comunidades e instalação de sistemas operacionais carentes do Rio de Janeiro representa e softwares. O programa prepara o um passo importante da Prefeitura para estudante para a obtenção de certi- oferecer formação profissional a jovens ficações valorizadas pelo mercado de baixa renda, reforçando também o de trabalho e indispensáveis para a papel fundamental da educação no obtenção de melhores oportunidades combate à violência”, afirma Rodrigo e desenvolvimento de carreira. Abreu, presidente da Cisco do Brasil. O projeto inclui as comunidades do Rio de Janeiro em uma grande rede de academias que atende a mais de Comunidades um milhão de alunos em 165 países, sendo que, desse número, 25 mil são 1 Gamboa brasileiros. O projeto foi lançado no 1 Santa Cruz país, em 2001, e já formou mais de 1 Ilha do Governador 100 mil estudantes por meio de par1 Alemão cerias da Cisco com cerca de 300 1 Vila Cruzeiro instituições educacionais no Brasil. 1 Maré O programa Cisco Networking 1 Vila Kennedy Academy atenderá imediatamente 10 1 Campo Grande Casas Rio Digital e o objetivo é replicar 1 Pedra de Guaratiba o curso em mais seis até o final de 2011. 1 Caju “O projeto Cisco Net Academy, in1 Macacos tegrado à Política Pública de Ciência e 1 Cidade de Deus Tecnologia, contribui para o esforço e 1 Cidade da Criança aposta dos Governos Federal, Estadual e 1 Centro Municipal em priorizar a formação qua1 Formiga lificada de uma nova força de trabalho, 1 Acarí capaz de absorver novas habilidades

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Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, em parceria com a Cisco, lançou um programa exclusivo para oferecer treinamento em Tecnologia da Informação para capacitação profissional e certificação em TI de rede às comunidades carentes da cidade. A parceria está oferecendo cursos de telecomunicações e tecnologia do Cisco Networking Academy, na Casa Rio Digital, telecentros localizados em regiões carentes. A primeira turma iniciou as aulas no morro da Rocinha e será a primeira comunidade a obter certificações Cisco. A previsão é que 500 estudantes recebam as certificações ainda este ano no Rio de Janeiro,

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Cisco Cius

nova loja de aplicativos para tablet AppHQ alia liberdade e gestão em pacotes de apps testados para as empresas

com recursos inéditos. Todos os apps disponíveis na plataforma passaram por testes de validação, não importando se foram desenvolvidos pela Cisco, por parceiros ou por usuários. O processo inclui testes de interoperabilidade, tanto do aplicativo em si quanto das configurações típicas do dispositivo. A Cisco, inclusive, diz que dará suporte à comunidade de desenvolvedores para a AppHQ. O diretor de produtos da Cisco, Tom Puorro, afirma que a união do Cius com a AppHQ consolida de forma prática os dispositivos utilizados dentro de uma empresa. Afinal de contas, a consumerização é irreversível, e as pessoas querem utilizar dispositivos enquanto trabalham. “A AppHQ é a primeira loja de aplicativos corporativa, assim como o Cius foi o primeiro tablet corporativo. Isso é o sonho de todo gestor de TI”, diz Puorro.

Prateleira

A Cisco continuará adicionando aplicativos ao AppHQ conforme as demandas de seus clientes. Além disso, os gestores de TI podem selecionar novos recursos dentro do próprio Android

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Cisco reuniu seus principais mitir a criação de pacotes de recursos executivos mundiais da área especificamente personalizados para de colaboração para apresen- suas organizações. Assim, os funcionátar o AppHQ, ecossistema de aplica- rios podem encontrar, publicar e adquitivos criado especificamente para o rir aplicativos que complementem seus tablet corporativo Cius. Baseado no ambientes de negócios. Esse recurso sistema operacional Android, o ta- permite equilibrar liberdade individual blet combina recursos de voz, vídeo, e políticas corporativas, tendo sempre colaboração e virtualização, com o em vista segurança e eficiência de custos. objetivo de proporcionar às organizações uma solução de mobilidade Controle e comunicação unificada segura e Quão bem pode funcionar o modeintegrada à rede corporativa. lo de aplicativos nas grandes empreLançado mundialmente no dia 31 de sas? A AppHQ, segundo a Cisco, é a julho, o Cius chegou ao mercado já con- resposta. O Cius representa controtando com um recurso importante, que le e foi desenvolvido especialmente permite às empresas novas maneiras de para o gerenciamento seguro de TI, criar, gerenciar e implantar aplicativos: defende a empresa. o AppHQ. Por meio dessa ‘loja corporaBaseada em cloud computing, a tiva’, os gestores de TI podem controlar AppHQ se apresenta como uma fonte quais apps serão utilizadas, além de per- confiável de aplicativos corporativos

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6 Todos os apps disponíveis na plataforma passaram por testes de validação, não importando se foram desenvolvidos pela Cisco, por parceiros ou por usuários Market, do Google, que conta com mais de 200 mil apps disponíveis. E isso é bem fácil de fazer: a interface do AppHQ é amigável, tornando fácil encontrar e instalar aplicativos, que são separados em categorias fáceis de identificar. No que tange à colaboração, o Cius oferece ainda acesso integrado ao pacote Cisco Collaboration, que inclui WebEx, Quad, Jabber e aTelepresence. Além disso, os clientes terão, como benefício, garantia corporativa e uma central de suporte de número único.


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educaÇão

Para educadores, tecnologia na sala de aula é fundamental

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Pesquisa encomendada pela Cisco mostra a América Latina como região mais otimista no uso de tecnologia de ponta no setor educacional

ma pesquisa global, realizada pelo Clarus Research Group, revelou uma quase unanimidade: na América Latina, 99% dos profissionais acham que a tecnologia tem um papel fundamental no modo como os alunos aprendem no ambiente escolar. O estudo constatou que no Brasil e no México os professores e diretores são os mais entusiastas, à frente inclusive dos EUA, Índia, China (84%) e Japão (68%). A maioria dos entrevistados brasileiros (88%) considera que a tecnologia é positiva no processo de ensino, auxiliando professores e educadores. No mundo, a média não passou de 76%. “O ponto principal da pesquisa é mostrar que a tecnologia representa uma grande oportunidade para a educação”, diz o diretor sênior para o mercado de educação da Cisco, Frank Florence. O segmento de educação ocupa hoje a quarta posição em investimentos para a Cisco, atrás do setor bancário, de governos e indústrias. “A esperança que a América Latina tem no setor é maior que em qualquer outro lugar do mundo. Os governos desta região veem com cada vez mais atenção a relação entre tecnologia de ponta na educação e um futuro de bem estar social”, diz Florence. No Brasil, as atividades da vertical de educação da Cisco começaram em dezembro do ano passado. “Apesar de

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“A adoção de novas tecnologias na sala de aula incentiva o setor” — Ricardo Santos, diretor da Cisco do Brasil

recente, a demanda por soluções na área, como virtualização de servidores em universidades, instalação de redes wi-fi e equipamentos de segurança nas escolas, está nos surpreendendo”, diz Ricardo Santos, diretor local da unidade. Foram entrevistados 1,1 mil professores e gestores da área de educação, além de profissionais de TI diretamente envolvidos com o setor, entre setembro e novembro de 2010, sendo 600 nos EUA e 500 em outros 14 países. Metade dos entrevistados era de escolas de ensino fundamental e médio e os

demais de faculdades e universidades. No Brasil e no México, 94% dos entrevistados acreditam que a tecnologia garantirá aos alunos boa preparação para uma economia cada vez mais globalizada. O estudo aponta para uma nova “aprendizagem conectada” em uma economia em rede, que exige o desenvolvimento da tecnologia para aumentar a competitividade global da educação. Considerando os inúmeros desafios que a educação brasileira ainda deve enfrentar, Ricardo Santos é otimista: “a adoção de novas tecnologias na sala de aula incentiva o setor. Os professores se sentem valorizados com a aquisição de equipamentos que melhoram a forma de ensinar e aprender.”

estímulo 199% dos profissionais acham que a tecnologia tem um papel fundamental no modo como os alunos aprendem no ambiente escolar 1 88% consideram que a tecnologia é positiva no processo de ensino 1 94% dos entrevistados acreditam que a tecnologia possui um papel importante na preparação da força de trabalho do futuro


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Smart+Connected

A VIDA URBANA SOB ANÁLISE Ferramentas avaliam status e indicam como municípios e estados podem adotar tecnologias da informação e comunicação para melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos aos cidadãos 10

A

Cisco realizou, no Rio de Janeiro, pela primeira vez na América Latina, o evento Smart+Connected Comunities Institute (S+CC), que reuniu especialistas locais e internacionais, acadêmicos, gestores públicos e o setor privado, para debater os desafios da sustentabilidade urbana e o papel da tecnologia na saúde, educação, transporte e segurança pública. O contexto para a realização dos eventos S+CC são as transformações pelas quais passam as cidades, pois pela primeira vez, a maioria da população mundial vive em áreas urbanas. Dados apresentados no evento indicam que em 2050 mais de 100 cidades terão população superior a 1 milhão de residentes. Desenvolver a infraestrutura dessas metrópoles consumirá trilhões de dólares, e o impacto ambiental dessa urbanização maciça é considerável. Por exemplo:

os centros urbanos consomem 75% da energia e são responsáveis por 80% das emissões de gases estufa. A mensagem consolidada do S+CC é que as cidades que usam a internet como plataforma para planejar, construir e gerenciar operações diárias conquistarão melhor gestão dos serviços públicos, crescimento econômico contínuo, melhor qualidade de vida e urbanização sustentável. O S+CC é uma iniciativa global da Cisco, criada em junho de 2010, como uma grande área de conhecimento sobre o uso da tecnologia para o desenvolvimento urbano. O Instituto conta com 10 membros de diferentes áreas do setor público e privado, e é formado por uma comunidade global que reúne os representantes de governos, empresas, universidades e mais de 100 cidades em todo o mundo. Para disseminar essas práticas e conceitos, o grupo que coordena o S+CC realiza


eventos em várias partes do mundo. meio de uma infraestrutura de redes, O seminário do Rio foi promovido segurança e vídeo, soluções para serem parceira com o Instituto Metro- viços de saúde ­- via videoconferência, polis, organização não-governamental transporte, educação e serviços púsediada em Barcelona, na Espanha, que blicos voltados para eventos mundiais, reúne 160 cidades do mundo todo. como Copa do Mundo e Olimpíadas. Durante dois dias, temas como plane“No Brasil, há projetos em São Paujamento urbano integrado, sustenta- lo. E muitos países estão investindo bilidade, inclusão social por meio da no desenvolvimento de infraestrutecnologia, transporte inteligente e in- tura e na economia para se prepafraestrutura tecnológica para suportar rarem para ter cidades sustentáveis, tudo isso foram amplamente discutidos. do ponto de vista social, ambiental O Rio foi escolhido para a realização e econômico. Este é o ponto central do seminário em função dos grandes de nosso trabalho. Estamos fazendo eventos esportivos que irá sediar, o que muitos projetos em várias cidades representará desafios e oportunidades. para permitir melhor qualidade de

Princípio

“A cidade já conta com um Centro de Operações, implantado pela IBM em parceira com a Cisco, que é o coração da infraestrutura tecnológica. Mas, ao redor dele, devem ser instaladas uma série de soluções de vigilância e monitoramento, sistemas de gerenciamento de transporte e monitoramento de tráfego e congestionamento. A cidade também precisa construir infraestrutura de aeroportos, hotéis e estádios. Há muito trabalho a ser feito”, enumera Amr Salem, que abriu o seminário como diretor para a estratégia Smart Connected Communities, e responsável por cidades e projetos nacionais de infraestrutura em países em desenvolvimento. Salem diz que a Cisco vem acompanhando o desenvolvimento, ou já implementando projetos, em várias partes do mundo, sejam novas cidades que surgem na Coreia e na China ou mesmo no Brasil, como o Comperj — complexo petroquímico que está sendo construído na região metropolitana do Rio. Os projetos são variados e já se consolidaram no próprio Rio de Janeiro, em São Paulo, Cidade do México, Jalisco, Bogotá e em outros lugares, onde tem sido possível desenvolver, por

vida, com melhores serviços, comunidades mais seguras, e menores custos de operação, com o apoio da tecnologia”, diz Salem. Sudarshan Krishnamurthi, gerente global do S+CC, convidou o Brasil a se integrar à comunidade global do Instituto, em função de seus imensos desafios com os eventos internacionais e pela oportunidade de trocar experiências com outras cidades. “Para dar conta destes desafios, as cidades brasileiras podem aproveitar a experiência de especialistas e gestores de outras cidades. O objetivo do instituto é reunir pessoas com experiências e compartilhar melhores práticas”, diz. No primeiro dia do seminário foram apresentados os projetos das cidades de Chicago, que disputou com o Rio de Janeiro a oportunidade de sediar os Jogos de 2016, e de Londres, que sediará os jogos de 2012. Esta última optou por criar dois planos: um para os jogos e outro para o que vai acontecer com a cidade após o evento e como lidar com os legados que ele vai deixar.

Transformação

“As cidades brasileiras podem aproveitar a experiência de especialistas e gestores de outras cidades. O objetivo do instituto é reunir pessoas com experiências e compartilhar melhores práticas” — Sudarshan Krishnamurthi, gerente global do S+CC

O evento também contou com as presenças do Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e do Secretário Municipal de Conservação e Serviços, Carlos Roberto Osório, que discorreram sobre as transformações que a cidade vem passando rumo a um novo patamar de urbanização, segurança, desenvolvimento econômico e cidadania. Hardik Bhatt, membro do S+CC e diretor do Centro de Globalização da Cisco foi, por nove anos, Chief Information Office (CIO) de Chicago e participou do projeto de candidatura aos jogos de 2016. Na ocasião, um dos diagnósticos realizados na cidade foi a necessidade de construir uma rede integrada de fibra ótica, conectando uma série de redes segmentadas já existentes. Ele disse que

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Smart+Connected

“No Brasil há projetos em São Paulo, e muitos países estão investindo no desenvolvimento de infraestrutura e na economia para se prepararem para ter cidades sustentáveis, do ponto de vista social, ambiental e econômico” — Amr Salem, diretor para a estratégia Smart Connected Communities

6 Os centros urbanos já consomem 75% da energia e são responsáveis por 80% das emissões de gases estufa o exemplo pode ser replicado no Rio de Janeiro, que planeja implementar uma rede de altíssima velocidade, integrando as redes das operadoras privadas, as redes acadêmicas e as redes de governo.

de infraestrutura é o setor público, mas também abrange segmentos privados como empreendimentos de portos, criação de novas cidades, novos bairros, projetos de desenvolvimento de regiões urbanas, em que muitas vezes, a diretriz é pública mas a implementação é privada, ou por meio de Parcerias Público Privadas. “Um exemplo é o Porto Maravilha, projeto de revitalização da região portuária do Rio, que foi idealizado pelo setor público, mas acabou ganhando vida por meio de uma PPP. O consórcio da Odebrecht com a OAS venceu a licitação e está realizando todo o investimento na infraestrutura privada na região”, diz. O projeto, segundo ele, está em fase inicial de implementação. “Estamos conversando sobre várias propostas. A decisão passa por toda a infraestrutura de conectividade e todas as aplicações que esta infraestrutura permite, desde vigilância e segurança pública até controle ambiental, sistema de comunicação de vídeo para o setor privado, enfim, as possibilidades são muitas”, diz Abreu, presidente da Cisco do Brasil. Ele faz uma distinção entre os conceitos de cidades digitais, área na qual o Brasil tem obtido avanços, e o de cidades conectadas. O primeiro é o conceito mais antigo de cidades que oferecem conectividade para a população, acesso à banda larga, e acesso sem fio disponível para os cidadãos. A Cisco realizou vários projetos nesta linha, inclusive no Rio de Janeiro, onde é responsável por toda a Baixada Digital. Já o conceito de cidade conectada, vai além do oferecimento de conexão para a população, e passa pelo uso da tecnologia na gestão da cidade e nos serviços públicos, para melhorar a eficiência da saúde, segurança pública e educação.

de Tecnologia da Informação possui três centros: um em Guadajarra, onde há um parque de software; outro em Japala, que reúne um parque multimídia; e outro em Guzman, que tem um site de outsourcing e serviços gerenciados. “Estamos desenhando com a Cisco Troca uma comunidade digital, um centro Após o evento, Bhatt se reuniu com comunitário que será modelo em sua o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Ja- concepção, arquitetura, serviços e na neiro, para apresentar sua experiência capacitação dos monitores para os dena gestão de uma mega cidade como mais centros do estado. Além disso, Chicago, que na preparação para os temos uma rede digital WiMax com jogos, focou em várias áreas entre elas produtos Cisco. A rede conecta escolas, transporte, educação e infraestrutura. hospitais e empresas. Agora estamos “Minha experiência diz que está na in- trabalhando em uma rede para as áreas fraestrutura tecnológica a saída para rurais com tecnologia WiMax e de saa gestão da municipalidade, algo que télites”, informa Victor Manuel Gonzáestamos apresentando aos prefeitos. A lez Romero, secretário de planejamento nossa mensagem é que a tecnologia é do estado de Jalisco, no México. a principal alavanca para o desenvolvimento econômico e social”, diz Bhatt. Visões Outro projeto apresentado no evento Segundo Rodrigo Abreu, presidenfoi de Jalisco, o estado mexicano que te da Cisco do Brasil, a empresa já Visão integrada mais produz tecnologia e que vem im- conta, no país, com um time dedica“Estamos começando vários proplementando vários projetos com a Cis- do ao S+CC com várias áreas focos jetos nesta linha. O Rio de Janeiro co. A região conta com vários parques e segmentadas da vertical governo. tem sido um dos focos por motivos tecnológicos, e o Instituto Jalisciense Ele diz que o grande foco na criação óbvios, mas o município de São

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6 Em 2050 mais de 100 cidades terão população superior a 1 milhão de residentes Paulo também é foco de adoção de tecnologias no planejamento urbano. Os próprios projetos da Prodam (Companhia de Processamento de Dados) têm possibilitado esta visão mais integrada de implementação de tecnologia. E todas as sedes da Copa são foco. A ideia é fazer com que estes projetos sejam uma parte importante da vertical do setor público, que é uma das áreas que mais cresce na Cisco”, afirma. Darren Ware, da unidade de estratégia e desenvolvimento de negócios da Cisco, apresentou uma metodo-

“A nossa mensagem é que a tecnologia é o principal driver para o desenvolvimento econômico e social” — Hardik Bhatt, membro do S+CC e diretor do Centro de Globalização da Cisco

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logia e ferramenta de diagnóstico que já foi empregada em seis cidades: Londres, Seul, Amsterdan, Austin, Toronto e Sidney. A ferramenta analisa cinco áreas: serviços básicos, serviços online, administração interna (BackOffice), ambiente de TIC, e penetração da banda larga. No backoffice, a ferramenta avaliou como os administradores estão usando a tecnologia para gerenciar e administrar a cidade em áreas como orçamento, telefonia e data centers. No ambiente de TIC, o objetivo é avaliar políticas e regras municipais que afetam a adoção das tecnologias. Ou seja, identificar se a cidade tem um programa de conectividade e banda larga, áreas onde pode influir e fazer intervenções para fomentar o uso da tecnologia. E, por fim, o quinto item analisa como a cidade está cuidando da penetração da banda larga municipal e residencial. As análises constataram que, na média, estas seis cidades oferecem muitos serviços online ao cidadão, mas avançaram pouco no backoffice. “Isso, por um lado, é bom porque foca no cidadão, mas é complicado porque o backoffice, a parte administrativa dos serviços públicos, pode não acompanhar a demanda. Há cidades que oferecem muitos serviços de e-gov, mas têm uma penetração de banda larga baixa e, portando, estão oferecendo coisas que o cidadão não pode usar. Uma das alternativas é que a cidade abra sua infraestrutura para um novo provedor de serviços. Há muitas ações que podem ser feitas”, acrescentou. O diagnóstico foi publicado no Forum Econômico Mundial, em março de 2010. A ferramenta está online para ser usada em colaboração com as cidades. Após o diagnóstico, feito a partir de entrevistas, os dados são inseridos na ferramenta e depois é

“A maior preocupação é abrir a cabeça dos administradores para o papel que a tecnologia pode ter quando eles enfrentam os problemas das cidades nas áreas de saúde, segurança, transporte” — Darren Ware, da área de estratégia e desenvolvimento de negócios para mercados emergentes da Cisco

gerado um relatório que é compartilhado com a cidade, com a indicação de como a Cisco pode contribuir e partir para o plano de ação. Segundo Ware, a empresa negocia com cidades do mundo inteiro. “Mas a maior preocupação é abrir a cabeça dos administradores para o papel que a tecnologia pode ter quando eles enfrentam os problemas das cidades nas áreas de saúde, segurança e transporte. Muitas vezes eles estão mais preocupados com engenharia civil, construir estradas, metrô, etc. O que queremos dizer é que a tecnologia pode otimizar a infraestrutura existente e aumentar a eficiência dos serviços públicos básicos”, conclui.


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inovação

Colaboração e mobilidade transformam ambiente de trabalho Evento debate tecnologias de conectividade, comunicações unificadas e colaboração para ampliar a produtividade corporativa

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tecnologia está mudando as A forma como as pessoas coopepessoas, e todos sabemos ram e interagem nas empresas deve disso. Mudam a forma como se alterar drasticamente nos próxipensam, consomem e, claro, mos anos, diz a Cisco, conforme se trabalham. Discutir como os novos torne mais intenso o uso de vídeo, recursos de tecnologia colaborativa tablets, softwares sociais, conteúdo estão transformando definitivamente em nuvem e virtualização. O vídeo, nossa produtividade foi o objetivo do aliás, é “a nova voz”: a empresa acreevento “Colaboração sem Fronteiras”, dita que o futuro reserva às imagens realizado pela Cisco do Brasil no espa- nada menos que a onipresença. “O ço Villa Noah, em São Paulo. vídeo vai representar 90% do tráfego de internet nos próximos quatro ou cinco anos”, ponderou o presidente da Cisco do Brasil, Rodrigo Abreu. Até pouco tempo um recurso bastante restrito, o vídeo deve estar integrado a todos os dispositivos e seguirá o usuário a qualquer lugar, quando aliado aos recursos de redes sem fio e virtualização. O tablet corporativo Cius é uma prova dessa tendência, aposta a Cisco. As mídias sociais também fazem parte desse futuro imaginado pela empresa. “Vieram para ficar em qualquer ambiente de trabalho colaborativo”, defende Abreu. O SocialMiner, programa desenvolvido pela Cisco para permitir às empresas monitorarem o que se diz sobre elas, e responderem proativamente a publicações em redes sociais como o Twitter, o Facebook ou blogs, prova a sua importância crescente. Concebido para permitir aos execuRodrigo Abreu, presidente da Cisco, tivos de todos os ramos da indústria fez a abertura do evento

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conhecer e experimentar as soluções de colaboração da Cisco, o evento contou com a participação de 20 parceiros, todos empenhados em mudar a maneira como as pessoas se comunicam e trabalham, aumentando a produtividade, agilizando os processos de negócios e, consequentemente, tornando as empresas mais competitivas.

Virtualização

Quem participou pode ver, pela primeira vez no Brasil, uma demonstração do sistema de virtualização de desktops VXI (Virtualization Experience Infrastructure). Também foi feito o lançamento do Unified Communications 6000 Series, sistema integrado de colaboração para empresas que tem entre cem e mil funcionários. Ideal para migração de sistemas de telefonia analógica para digital ou híbrida, o UC 6000 contém recursos de voz, mensagens unificadas, mobilidade, disponibilidade de presença e de vídeo. O evento contou ainda com apresentações de executivos globais e brasileiros da Cisco, que mostraram quais novas experiências a empresa espera para o futuro das comunicações. A Cisco acredita que o processo de globalização e a grande velocidade com que as mudanças se impõem mudam o nosso modo de viver. Uma pesquisa bastante inusitada


1 aponta que 87% das pessoas levam seus smartphones para a cama antes de dormir, e 84% veem e-mails. Isso prova que as estruturas tradicionais (cujo símbolo maior é o computador pessoal) já não são mais o que se espera do ambiente corporativo. Assim, é exigida uma nova arquitetura de redes e de TI, que suporte uma enorme diversidade de dispositivos. Assim, ferramentas de comunicação unificada em multiplataformas (como o Jabber), ou uma versão do WebEx para o Android, além é claro de dispo-

Diretor sênior de colaboração da Cisco, Andy Chew.

sitivos voltados para uso corporativo, como o Cius, emergem da visão da Cisco de que, nos próximos cinco anos, o vídeo estará “em todos os terminais”. Allan Bjørnstad, diretor de desenvolvimento de negócios de colaboração da Cisco, acredita que a comunicação do futuro inclui o vídeo porque “em equipamentos de voz

O evento terminou com uma palestra do apresentador Marcelo Tas

perde-se 100% da comunicação não-verbal, por isso a importância de ver com quem nos comunicamos. Assim, se soubessem o que a telepresença pode fazer, todos iriam querer.” A telepresença, outro dos grandes drivers da Cisco em termo de colaboração e vídeo, atende a ânsia de dez entre dez executivos: reduzir custos. Sem a necessidade de viagens longas e onerosas, os gestores podem se reunir em um ambiente virtual seguro e prático – as salas de telepresença, apesar de exigirem investimentos em infraestrutura, se conectam com equipamentos menores em qualquer lugar do mundo, como o Cius, por exemplo. Mobilidade, afinal, é o que vai realmente mudar o mundo, disse o diretor sênior de colaboração da Cisco, Andy Chew. “A mobilidade deve ser um imperativo, e fazer parte da estratégia de arquitetura de colaboração das empresas, já que esses dois fatores juntos representam um grande diferencial competitivo”. Se antes o trabalho era um espaço determinado, geralmente um escritório com desktops sobre as mesas, a mobilidade e a colaboração alteram essa noção.

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casos de sucesso

MENOS POLUIÇÃO, MAIS EFICIÊNCIA Banco Itaú Unibanco instala telepresença em iniciativa sustentável e que permite redução de custos com viagens e novas formas de fechar negócios

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ntre os vários casos de sucesso apresentados durante o evento “Colaboração sem Fronteiras”, a utilização da Telepresença da Cisco pelo Itaú Unibanco chamou particular atenção. As sete salas de telepresença do Itaú Unibanco começaram a ser implantadas em 2009, quando, além dos equipamentos para transmissão de imagem em tempo real e em alta resolução, a instituição financeira também adquiriu alguns servidores para suportar o serviço de uso exclusivo dos seus executivos. Um ano depois foram instaladas mais cinco salas e, para 2011, o plano de expansão continua. Segundo Robinson Patara, responsável pelas funções de Telepresença no Itaú Unibanco, o objetivo é tornar as salas disponíveis nos vários prédios administrativos do banco, tanto no Brasil como no exterior. “O índice de satisfação entre os usuários é altíssimo”, diz Patara. “Além da redução de custos com viagens e aumento de

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produtividade dos executivos, que não precisam mais passar longos períodos em trânsito, foi possível notar melhora na qualidade de vida desses colaboradores.”

Preservação

Apesar de não saber exatamente quanto o banco economiza com a utilização da tecnologia, milhares de quilômetros deixaram de ser percorridos. Com a expansão das salas de telepresença na rede e consequente redução das emissões de gás carbônico por carros e aviões transportando executivos, o banco reafirma

“As salas são muito concorridas, todos querem usar”, — Robinson Patara, responsável pelas funções de Telepresença no Itaú Unibanco

1 sua responsabilidade ambiental e de sustentabilidade. É a chamada “TI Sustentável”, em que todas as emissões de CO2 são revertidas em plantio de árvores. Além disso, com a recente integração entre Itaú BBA e Itaú Unibanco, esse recurso facilita na hora de alavancar negócios. “Nós convidamos os grandes clientes e investidores a fecharem negócios usando a Telepresença”, conta Patara. Hoje, o acesso à tecnologia não se restringe aos executivos. Gerentes e outros funcionários também podem usar as salas. “Em maio de 2011 já atingimos quase a mesma frequência de utilização da Telepresença que registramos no ano passado”, comemora Patara. “As salas são muito concorridas, todos querem usar.” Não houve, explica o engenheiro, nenhum tipo de resistência por parte dos funcionários na hora de utilizar a nova tecnologia. Pelo contrário: as vantagens do sistema se sobrepõem aos obstáculos de uso. A rede que suporta toda essa infraestrutura foi montada sobre o backbone do Itaú, e cada sala de Telepresença utiliza em média 15 Mbps de banda. No caso de reuniões internacionais, essa banda sobe para 30 Mbps. A logística de agendamento das salas é feita por uma equipe dedicada, que já era responsável pelos recursos de videoconferência do banco. O próximo passo do projeto, além da ampliação do número de salas ativas, é integrar seu uso com clientes Premium da instituição.


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Futurecom 2011

A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE EM TRÊS DIAS Espaço com mais de 300 metros quadrados reunirá parceiros e clientes, demonstrando as mais modernas soluções tecnológicas aplicadas em casos práticos no Brasil

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Cisco mostra como suas soluções tecnológicas estão transformando os negócios de seus clientes durante o maior evento das telecomunicações do País, o Futurecom 2011. Renovando sua participação a cada ano, a iniciativa apresentada entre os dias 12 e 14 de Setembro será pautada pelos clientes. Alguns deles estarão reunidos no estande de mais de 300 metros quadrados para apresentar as experiências e os resultados com o uso de tecnologias inovadoras. Entre essas empresas estão a Telebrás, O Boticário, NET, Embratel, Telefônica, SENAC, HSBC e Terremark, entre outros. Para destacar as experiências dessas empresas serão apresentadas as principais tecnologias Cisco escolhidas por elas. No caso da NET, por exemplo, será demonstrado o NOW, novo serviço de vídeo sob demanda da operadora de TV por assinatura, projetado a partir da solução do Cisco CDS (Content Delivery Systems). A demonstração das soluções Cisco para O Boticário inclui infraestrutura de redes, wireless, segurança e roteamento, implementadas nas lojas da marca no país. Para a Telebrás, a Cisco destaca o fornecimento de soluções de última geração para a rede de backbone da operadora, que viabilizará o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), e clientes como

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Participação da Cisco no Futurecom poderá ser acompanhada remotamente pelo website da companhia www.cisco.com.br

o banco HSBC e o SENAI também apresentam soluções inovadores em tecnologia da informação. Além dos clientes, o Estande Cisco 2011 também conta com o lançamento de alguns serviços de diver-

sos parceiros de negócios, como o CaaS (Collaboration as a Service), oferecido pela Damovo, o serviço de aceleração WAAS da Telefônica e o TPaaS (Telepresence as a Service) operacionalizado pela Embratel. A

AÇÕES DOS PARCEIROS Soluções

Provedor

CaaS (Collaboration as a Service)

Damovo

WAAS (Serviço de aceleração de rede)

Telefônica

TPaaS (Telepresence as a Service)

Embratel

Next Generation Datacenter

Panduit

Virtualização

Teltec


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Futurecom 2011

Panduit apresentará a sua proposta integrada do Next Generation Datacenter, já implementada na SAP e a Teltec traz a solução de Virtualização do SENAI de Santa Catarina. A Cisco também demonstra em seu estande o recente projeto realizado para o quinto Jogos Mundiais Militares, ocorrido em julho no Rio de Janeiro. A empresa forneceu todas as plataformas de conectividade, vídeo e segurança para o evento. “Objetivo maior da Cisco é seguir apostando na inovação para reforçar o nosso ‘DNA’ e, cada vez mais, a força de um ecossistema potente e consistente, envolvendo nossos clientes, parceiros e alianças estratégicas”, comenta Marco Barcellos, diretor de marketing da Cisco do Brasil. “A

melhor forma de apresentar as soluções Cisco é exatamente mostrando as aplicações reais em nossos clientes e como a Cisco pode trabalhar junto com nossos parceiros para aumentar a produtividade das empresas”, reforça. Além das tecnologias aplicadas em seus clientes, a Cisco apresenta no Futurecom seus recentes lançamentos. Entre eles está o Videoscape, uma plataforma de TV abrangente para operadoras, que reúne o conteúdo da TV digital e on-line a aplicativos de rede social e comunicações, disponibilizando a programação da TV em variados dispositivos, com maior interação do usuário. Outro lançamento é o tablet corporativo Cius (mais informações na página 06), o único do merca-

do que combina recursos de voz, vídeo, colaboração e virtualização, com segurança de nível empresarial, como uma extensão natural da rede corporativa. O produto proporciona aos clientes recursos de mobilidade, gerenciamento centralizado, criação de conteúdos virtuais e computação, além de um pacote abrangente de aplicativos de colaboração. A Cisco do Brasil também promete uma exposição de Marketing no Futurecom 2011 totalmente inovadora e em sincronismo com as novas tendências de comunicação 2.0. Durante a feira, além de uma cobertura em tempo real pelas suas Redes Sociais e em Vídeo em rempo real, a empresa também terá o “Pavilhão Cisco Virtual” – um estande virtual onde os

Debate sobre o setor A Cisco estará presente também nos principais debates sobre o mercado de telecomunicações durante o Congresso Futurecom. Veja a programação:

Data

Executivo da Cisco

Painel

12/9, a partir das 11h15

Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil

Sociedades conectada, conexões que transformam

12/9, a partir das 16h

Amos Maidantchik, diretor de Public Sector da Cisco do Brasil

Cidades Inteligentes Melhorando a Segurança e a Qualidade de Vida dos Cidadãos

12/9, a partir das 17h20

Marcelo Menta, Managed & Cloud Services, Cisco do Brasil

Podem as organizações obter soluções mais seguras e mais econômicas com o uso do cloud computing?

13/9, a partir das 14h40

Giuseppe Marrara, diretor de Government Affairs da Cisco do Brasil

Discutindo os grandes desafios da regulação na América Latina

13/9, a partir das 16h40

Rodrigo Uchoa, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cisco do Brasil

Copa do Mundo e Olimpíadas: grandes desafios de infraestrutura a serem vencidos

14/9, a partir das 10h10

Ricardo Ogata, gerente de desenvolvimento de negócios de colaboração da Cisco do Brasil

O extraordinário mundo dos tablets e dos smartphones revolucionando o estilo de vida das pessoas

14/9, a partir das 14h40

Marco Barcellos, diretor de Marketing da Cisco do Brasil

O impacto das redes sociais na vida das pessoas, no Governo e nos negócios das empresas

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visitantes remotos poderão navegar dentro de um ambiente virtual e buscar as informações e as soluções que a Cisco e seus parceiros apresentarão durante o Futurecom 2011. A Radio Cisco 2.0 também realizará a cobertura do evento com entrevistas, informações e anúncios direto do Transamerica Expo Center, em São Paulo. Através destas ações, a Cisco possibilitará a participação de seus clientes e parceiros que estejam fora de São Paulo durante o evento.

A Radio Cisco terá programação especial durante o Futurecom com entrevistas, informações e anúncios

Pavilhão Cisco Virtual: www.cisco.com/web/BR/pavilhaocisco2011/index.html

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tendências

As apostas para 2012 As opiniões dos parceiros sobre as tecnologias que irão gerar negócios nos próximos anos “Cloud Computing é irreversível. Essa tendência veio para ficar. A única questão é a velocidade que esse conceito se aporta e a segurança. Também acreditamos que as soluções de cloud vão ser híbridas, em três níveis: o cloud prático, o privado e ‘on premises’. Os clientes sempre querem mais eficiência na rede, ou seja, querem mais SLA e upgrades cada vez menos percebidos - a infraestrutura tem que ter cada vez mais flexibilidade. As empresas também procurarão fazer mais Opex. Elas estão preocupadas com a depreciação dos equipamentos. Antigamente, a depreciação era de 10 anos, hoje podemos encontrar depreciação em três, então para que eu vou comprar? Eu entendo também que cada vez mais o System Integrator tem que entender o que o mercado quer e buscar soluções, de maneira a fazer com que esses problemas sejam minimizados ou totalmente resolvidos”.

Alberto Ferreira, presidente da Damovo Brasil

“A Cisco é uma parceria internacional extremamente estratégica. Graças à força da empresa, nós aqui da Fluke Networks vemos que a grande tendência de mercado para os próximos anos, por conta da grande demanda que temos recebido, é a gestão de aplicações críticas de negócio das empresas. Hoje, não somente as redes são fatores críticos mas, também esse gerenciamento acaba convergindo um pouco para a gestão de aplicações. O que

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vemos e apostamos para o próximo ano, são em ferramentas colaborativas que permitam, não somente, os profissionais de TI trabalharem na rede, mas também na aplicação. Outra tendência que observamos são as redes wi-fi. As empresas estão colocando suas redes de produção não mais no cabeamento, mas no wi-fi. O ceticismo sobre essa prática não ser segura está começando a desaparecer. A parceria com a Cisco é muito importante para nós, devido à grande penetração da empresa no mercado mundial. Para nós e para a própria Cisco é importante que nossos parceiros estejam prontos para enfrentar o mercado de TI, que está em constante mudança.

Kléber Oliveira, gerente nacional de vendas da Fluke Networks

“Mesmo dentro da mobilidade, existe a visão da computação em nuvem, algo que acreditamos ser uma tendência e em que estamos engajados junto com a Cisco. Também temos alguns projetos de comunicação sendo vendidos como serviço. Aliás, não só em comunicação, mas em unified communication e collaboration. A Cisco é especializada em conectividade, tem servidores, que são base para cloud computing, e a NEC tem como principal especialidade a plataforma que dá sustentabilidade a tudo isso. Temos também a questão da mobilidade, que vai exigir mais banda, até mesmo porque as pessoas estão exigindo mais e mais capacidade. Ainda lidamos com o grande problema da qualidade das redes 3G e 4G, o que vai demandar muitos investimentos na infraestrutura de suporte ao ambiente mobile. No mercado de enterprise, nesta mesma linha, o que é demandado cada vez mais são as comunicações unificadas – o profissional quer conexão onde ele estiver. A expansão dos tablets e smartphones prova isso. E a qualidade dessa comuni-


cação depende da qualidade da rede onde o profissional está, ou seja, isso gera uma exigência das corporações para que as redes abertas ofereçam a mesma qualidade das privadas. E nós apostamos que tudo isso seja oferecido como serviço. As empresas, provavelmente, não gastarão mais nada investindo em infraestrutura. Porém, existem problemas que precisam ser superados, até mesmo culturais, porque essa proposta muda o perfil do CIO”.

Luiz Villela, diretor de marketing e negócios da NEC no Brasil

“Independente das incertezas ocasionadas pela crise mundial, na qual os investimentos devem ser reordenados, estamos otimistas e acreditamos que o mercado de TIC no Brasil deve continuar aquecido, até mesmo em função da proximidade dos eventos esportivos que teremos a partir de 2014. Já percebemos movimentos nas empresas para adequarem suas infraestruturas de rede frente às novas demandas de serviços. As redes, no geral, tanto as corporativas como as para o mercado SMB, devem ampliar sua cobertura wireless, disponibilizando maior acessibilidade para usuários móveis, bem como migrar ou substituir seus ativos de rede para as novas tecnologias ‘green IT’, que proporcionam importante redução de custos, principalmente quanto ao consumo de energia. Outro ponto que merece destaque é a procura crescente por soluções VoIP e Comunicações Unificadas, que já são uma realidade e hoje se posionam com preços competitivos também no SMB, gerando uma nova onda de negócios”.

Jeferson Casteluci, Diretor Comercial da Phonoway Sistemas

“A UC (unified communication) é o nosso foco. Ainda está no início, mas tem uma área enorme, e a nossa parceria está exatamente nessa oportunidade. Estamos investindo muito nos nossos novos produtos,

buscando clientes que necessitem de UC, além do simples headset. Estamos também focando em software para integrar nossos produtos e em nosso relacionamento com a Cisco. Temos colaboradores totalmente focados nessa parceria com o objetivo de oferecer uma solução completa de UC para os clientes. Hoje, a área de rede nos EUA ainda é muito diferente da nossa, mas eu vejo o Brasil indo na mesma direção. O mercado americano ainda está alguns anos à frente, mas vemos um belo investimento sendo feito aqui no Brasil. Já quanto a soluções de UC baseadas em wireless, no Brasil ainda é distinto do resto do mundo, assim como a Europa é diferente dos Estados Unidos. O ideal seria haver um padrão mundial, pois essa diferenciação atrasa um pouco o desenvolvimento de dispositivos UC Wireless”.

Tatiana Junqueira, Marketing Manager Latin America & Canada da Plantronics

“A Panduit compartilha da visão sobre a crescente importância das Tecnologias da Informação e Comunicação no panorama mundial. Cada vez mais dispositivos estão conectados às redes e exigindo maior largura de banda e performance. Os usuários não acessam mais as redes somente a partir de seus computadores, mas também de tablets e smartphones, equipamentos que estão se tornando rapidamente mais acessíveis e populares. O acelerado crescimento da utilização desses dispositivos de rede e a forte demanda por novas aplicações conduzirão a um tráfego IP global estimado em 70 hexabytes por mês até 2014. O tráfego de vídeo já é uma realidade e seguirá crescendo exponencialmente devido não somente às novas aplicações, mas também à tendência das empresas em optarem pela convergência das redes, por uma infraestrutura física unificada na qual são transmitidos dados, voz, vídeo, controle e energia, o que exigirá redes mais robustas, de altas velocidades e com elevados níveis de confiabilidade. As soluções de infraestrutura da Panduit já estão preparadas para esta nova e crescente realidade. Investindo anualmente mais de 8% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, contamos com soluções de ponta que oferecem alta performance, confiabilidade e diversos diferenciais em termos de eficiência energética, gerenciamento de riscos, implementação de altas densidades,

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tendências

economia de espaço e facilidade de instalação. O alinhamento entre a visão das duas empresas é tal que diversas soluções foram desenvolvidas conjuntamente pelos engenheiros da Panduit e da Cisco. Podemos destacar os racks fechados Net-Access, que foram submetidos a vários estudos de termologia com switches Cisco. Soluções para gerenciamento da camada física, que agregam valor ao oferecer maior segurança, gerenciamento, organização e funcionalidades, como monitoramento térmico e de consumo de energia no rack, são também estratégicas para a Panduit. Acreditamos que as redes serão cada vez mais críticas para o sucesso das empresas, e seu monitoramento será não somente desejável, mas necessário.”

Silvio César Freire, Diretor Regional da Panduit

“Um requisito essencial para os clientes é a capacidade de registrar e analisar as chamadas e outras interações com os consumidores. Isso é fundamental em alguns setores, como finanças, seguro e saúde e em algumas áreas de aplicação, como call centers. A Verint continua trabalhando de maneira muito próxima com a Cisco no desenvolvimento de novas tecnologias, de acordo com as demandas de mercado e tendências na indústria. Olhando o futuro, ambas as empresas veem a importância do mercado de hospedagem e estão fornecendo soluções para os clientes que lideram a forma de implementação de soluções de colaboração hospedadas”.

Diego G. Gomes, Vice-Presidente de Vendas da América Latina e Caribe da Verint

“Identificamos duas grandes tendências, a primeira refere-se à segurança para dispositivos móveis. De acordo com as estimativas do Gartner, até 2013, o número

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de dispositivos móveis ultrapassará o número de PCs. Esse cenário traz uma grande preocupação de segurança da informação para os CIOs, pois são equipamentos que não estão preparados ou não trazem sistemas de segurança que impeçam o roubo de informações. A segunda tendência é a computação na nuvem. Com a massificação dos dispositivos móveis, dependeremos cada vez mais de aplicações, que precisarão estar disponíveis na nuvem para sua utilização através desses dispositivos. Os clientes absorverão essas tendências de forma natural, e o uso de dispositivos móveis crescerá. Junto com eles, um grande número de aplicações corporativas, das mais variáveis categorias e associadas aos benefícios para os usuários de dispositivos móveis, ganharão mais espaço nesse mercado, até então era voltado para usuários pessoais. Assim, cada vez mais os usuários corporativos serão beneficiados. Estamos certos de que, em parceira com a Cisco, desenvolveremos grandes negócios para esse novo mercado chamado Mobilidade”.

Anderson Ferreira Barbosa, gerente desenvolvimento de produtos da Net Service

“Muitas empresas ainda possuem sistemas de comunicação desatualizados. Para os próximos anos, acreditamos que elas começarão a se preocupar em atualizar seus sistemas de comunicação para VoIP. Também não podemos esquecer de outras tendências que devem movimentar bastante o mercado, como convergência, colaboração e mobilidade. O foco da nossa parceria com a Cisco será a comercialização das soluções de contact center e de comunicações unificadas. Essa parceria é importante porque a Cisco é uma empresa com notoriedade e confiança perante o mercado mundial. E isso, somado a nossa qualidade de atendimento e à ampla experiência em integração, são vantagens competitivas”.

Carlos Louro, diretor superintendente da Wittel


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cisco

a boa fase da economia nacional e seus reflexos Com crescimento de 35% e alcançando lugar entre as 10 maiores operações globais, a Cisco do Brasil aposta na expansão da economia e, consequentemente, nas novas demandas da sociedade brasileira para manter os resultados acelerados

V

ivendo a dualidade do otimismo e das dificuldades internacionais, o ano fiscal da Cisco, iniciado em agosto, traz o desafio de reduzir os gastos das operações globais, sem abrir mão das oportunidades de vendas por força da alta demanda mundial por dispositivos de rede. Diante desse cenário de boa safra e calibrando negócios deficitários, a empresa anunciou em maio uma reestruturação que, entre outras medidas, extinguiu a unidade de Mercados Emergentes – na qual estava inserida a Cisco do Brasil. Nova integrante da grande área Américas (sendo as outras duas Europa e Ásia; e Oriente Médio e África), a Cisco do Brasil apresenta resultados “extraordinários”, define o presidente da operação, Rodrigo Abreu. “No último trimestre, tivemos um crescimento na casa dos 35%, o que representa bem os resultados durante todo o ano. De fato, isso acabou colocando a Cisco do Brasil entre as operações da companhia que mais cresceram, não só ao longo do último ano, mas de vários deles”, diz. Os resultados foram tão expressivos que, em praticamente todos os anúncios trimestrais no último ano fiscal, foram feitas observações

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sobre o desempenho da operação brasileira. Com destaque ao fato de, pela primeira, vez a Cisco do Brasil integrar o bloco das 10 maiores operações globais da empresa, fato ocorrido no trimestre passado e que, segundo Abreu, ganha ainda mais importância quando considerados seus, apenas, 17 anos de atividade (foi instalada em 1994).

Equilíbrio

“Foi um crescimento muito equilibrado em todos os segmentos e tecnologias. Conseguimos aumentar o share em praticamente todos os mercados em que atuamos, mesmo naqueles em que já éramos líderes”, comemora Abreu. Segundo ele, a explicação para o resultado vem do ótimo momento econômico e estrutural

Essa abordagem pensa o uso da tecnologia não como um fim, mas como um meio de aumentar a eficiência dos negócios. Um entendimento fundamental, diz Abreu, para que o Brasil chegue a níveis mais próximos da utilização de tecnologia em que se encontram países desenvolvidos. “Além disso”, completa ele, “a aposta no modelo de vendas baseado em um ecossistema de parceiros de canais muito sólido se provou acertada.” Mas e a reestruturação das operações globais da Cisco? Afeta o Brasil? “Do ponto de vista estrutural, praticamente em nada. Pelo contrário. Ficamos até mais próximos da estrutura da área de Américas”, diz Abreu. O executivo está, a bem da verdade, bastante otimista com o novo momento estratégico da

6 A Cisco tem investido em um trabalho de conscientização do uso da tecnologia como ferramenta de competitividade, tanto em governos como em empresas pelo qual passa o País. Mas essa não é a principal explicação. Nos últimos anos, a Cisco tem investido em um trabalho de conscientização do uso da tecnologia como ferramenta de competitividade tanto em governos como em empresas.

empresa, porque a entrada das operações brasileiras na área de Américas, pode trazer, inclusive, vantagens econômicas. “Podemos até receber mais recursos, porque a área de Américas é a maior estrutura de negócios da Cisco hoje, responsável por praticamente


metade do que a empresa faz no mundo inteiro”, pondera o presidente. Mesmo a descontinuidade de algumas linhas de produtos, como a de câmeras de vídeo Flip, voltadas para o consumidor final, tem pouco impacto nos negócios da Cisco do Brasil. O foco da empresa por aqui, sempre voltado para o B2B, se apoia nos produtos core da companhia: roteamento, switching, vídeo, segurança e wireless, para citar os guardas-chuvas. E a estratégia deve continuar sendo essa, mas sem perda de espaço para inovação.

Amplitude

O modelo de negócios da Cisco do Brasil para esse novo ano fiscal, faz parte de um plano maior, traçado há quase três anos e que busca dar continuidade a ações como “aumentar a eficiência da operação básica, aproveitar todas as grandes oportunidades de crescimento, sejam elas de arquitetura, tecnologia, segmentos ou produtos, e continuar apostando a longo prazo no crescimento do País”, enumera Abreu. Entre essas grandes apostas, estão incluídas uma presença maior no setor público e a dedicação a grandes projetos, como Copa do Mundo e Olimpíadas. O objetivo é continuar crescendo a taxas acima de 30% ao ano. “Óbvio que o desafio se intensifica, pois o delta de crescimento terá que ser ainda maior em números absolutos”, reconhece o principal executivo da Cisco no País. Ele explica que esses eventos e consequentes grandes obras são a tônica dos planos futuros a médio e longo prazos, à medida em que criam novas áreas de crescimento, que vão além da conquista de share onde a empresa é considerada um player tradicional. “Aí entram áreas como data center, em que estamos conquistado um espaço significativo,

colaboração e comunicações unificadas, ligadas a vídeo empresarial”, sentencia Abreu. Outra das apostas da Cisco é a verticalização. Com o crescimento, esse processo afetou a estrutura da empresa no País de maneira intensa. No último ano fiscal, a verticalização permitiu à Cisco atuar em vários setores de maneira individualizada. No segmento empresarial, são seis verticais: financeira, energia e utilities, óleo e gás, manufatura, serviços e varejo. No setor público, quatro: saúde, educação, governo federal e governos locais. Na vertical de educação, após investimentos na construção de uma equipe de especialistas, tanto para desenvolvimento de negócios como para venda e engenharia, o resultado foi um crescimento de 400%. “O ano passado foi um ano de construção de presença, estratégias, oportunidades. Esse ano, a expectativa é que já comecemos a olhar, de fato, para grandes projetos”, diz Rodrigo Abreu.

Aquecimento segmentado

O cenário econômico brasileiro também serve de justificativa para o otimismo. Dentro dele, a tecnologia surge como boa solução para vários problemas e desafios do País, como aumento de competitividade e eficiência dos investimentos, além de transparência. “Sem muito medo de errar, dá para dizer que o Brasil poderia dobrar o uso de tecnologia”, pondera

Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil: Otimismo com o novo momento estratégico da empresa, porque a entrada das operações brasileiras na área de Américas pode trazer, inclusive, vantagens econômicas

Rodrigo Abreu. “É óbvio que existem problemas, mas vivemos um momento estruturalmente muito bom.” Entre as novas oportunidades de negócio no Brasil, está o setor de TV por assinatura, que deve sofrer uma explosão nos próximos dois ou três anos graças à aprovação do PLC 116, que altera a regulamentação de prestação de serviços de vídeo e dados no País. É com uma solução voltada para esse setor, inclusive, que a Cisco do Brasil iniciou

MODELO DE NEGÓCIO Nova estratégia da Cisco tem base no tripé: 1 Aumento da eficiência da operação básica 1 Aproveitamento de todas as grandes oportunidades de crescimento, sejam elas de arquitetura, tecnologia, segmentos ou produtos 1 Aposta a longo prazo no crescimento do País

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cisco

Parceiros

“Todas essas tecnologias estão em evolução e sendo trabalhadas no Brasil” — Marcelo Ehalt, líder do time de Engenharia da Cisco do Brasil

a manufatura local de set top boxes. Anunciado no ano passado, o plano de manufatura nacional de equipamentos entregou as primeiras unidades há poucos meses. A ideia é acelerar o ritmo de produção e estendê-la às linhas de produtos tradicionais da empresa entre os próximos 12 ou 18 meses. O plano de negócios ainda está em estudo. Entre as vantagens da fabricação nacional estão o aumento de competitividade, da disponibilidade local e da agilidade, principalmente se considerada a burocracia decorrente da importação de grandes volumes de produtos. “Passamos a ter a possibilidade de aumentar nossa presença, reconhecimento e relevância como empresa que faz negócios no País”, explica Abreu. “Também se torna possível continuar crescendo em áreas nas quais eventualmente atingiríamos platôs de penetração. Agora podemos olhar para novos mercados.”

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O modelo de canais deve continuar evoluindo com os parceiros sendo a principal estratégia de entrada da Cisco no mercado. Eles, inclusive, terão o novo papel de integradores. “Em muitos casos, é necessária a capacidade de integrar outros produtos, como softwares e sistemas, e aí os parceiros tem um diferencial competitivo fundamental”, pontua Abreu. Segundo ele, o programa deve não só se expandir, mas ter também ganhos de qualidade, obtidos por meio de treinamentos e ampliação do número de produtos nos portifólios. Abreu diz que o valor disso também se reflete na relação com os parceiros. “Continuar o programa permite qualidade de inovações e mantém o modelo saudável, com os parceiros crescendo no mesmo ritmo da Cisco. O resultado dessa equação acaba sendo muito positivo”, afirma.

Tecnologia

Apesar do portifólio bastante expandido da Cisco, o foco tecnológico da empresa reside sobre uma estratégia base, a “rede como plataforma”, no centro da utilização tecnológica de telecomunicações e tecnologia da informação. Em função disso, as prioridades internas se voltam para

cinco grandes vertentes, explica Rodrigo Abreu. Primeiro, aumentar a participação de produtos de rede core, como roteadores, switches e os serviços para suportá-los. Em seguida, a área de colaboração, que compreende todas as aplicações de vídeo empresarial, como comunicação unificada. As redes de próxima geração para as operadoras de telecom são o terceiro ponto e nelas, se inserem produtos para mobilidade, banda larga e arquitetura de rede. Essas três áreas representam a consolidação do posicionamento da empresa no mercado. As outras duas, vídeo – com o lançamento da arquitetura VideoScape – e data centers, de operações mais recentes no País, simbolizam possibilidades de grande crescimento. Especificamente sobre data centers, Abreu diz que a utilização cada vez mais intensa de cloud computing é um dos seus grandes drivers. “No Brasil, nossa atuação é mais recente, mas a ideia é olhar para o mercado com apetite.” “Todas essas tecnologias estão em evolução e sendo trabalhadas no Brasil”, diz Marcelo Ehalt, líder do time de engenharia da Cisco do Brasil. “A Cisco tem mais tecnologias, mas essas são o foco não só no Brasil, mas também na operação mundial.”

ORIENTAÇÕES As prioridades internas da Cisco se voltam para cinco grandes vertentes: 1 Primeiro – aumentar a participação de produtos de rede core, como roteadores, switches e os serviços para suportá-los 1 Segundo – enfatizar presença na área de colaboração, que compreende todas as aplicações de vídeo empresarial, como comunicação unificada e colaboração 1 Terceiro – consolidar posicionamento no mercado, ao focar as redes de próxima geração para as operadoras de Telecom. Nelas, se inserem produtos para mobilidade, banda larga e arquitetura de rede 1 Quarta – demarcar território na área de vídeo, com o lançamento da arquitetura VideoScape 1 Quinto – estabelecer presença em data centers


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ciab

nova geração das agências bancárias Serviços financeiros utilizam mais recursos de vídeo e colaboração para agradar e atrair clientes

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Cisco participou ativamente do Ciab 2011, 21ª edição do congresso e exposição de tecnologia da informação voltada a instituições financeiras e promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Ciab é considerado o maior evento da América Latina do setor. O tema do evento foi “A Tecnologia Além da Web”. Soluções tecnológicas que aprimoram, sobretudo, o atendimento ao cliente das instituições financeiras foram a aposta da Cisco no evento. A intenção da empresa foi promover uma nova geração de agências bancárias, mais ágeis, eficientes e amigáveis ao cliente. Entre os destaques apresentados estavam soluções de vídeo, segurança, virtualização, mobilidade e, claro, colaboração. Além disso, três executivos da empresa (inclusive internacionais) contribuíram com as discussões sobre o setor bancário. Philip Farah, diretor de serviços financeiros da Cisco, falou sobre a nova era da experiência dos clientes; Airton Melo, especialista em data center da Cisco do Brasil, discutiu como serão os data centers da próxima geração; e Michael David Capellas, CEO da VCE – joint venture criada pela Cisco, VMware e EMC – discutiu os rumos da infraestruturas de TI nas instituições bancárias. No futuro, as agências bancárias serão muito diferentes das atuais, com espaços de conveniência e ferramentas tecnológicas disponíveis para aumentar a interação entre instituição e cliente.

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Mais parecidas com livrarias do que com bancos, estes ambientes terão como objetivo manter o usuário dentro do espaço interno da agência, e não afugentá-lo. Portanto, nada de senhas e filas, uma vez que boa parte dos clientes não precisa mais delas: muitos dos serviços poderão ser acessados online ou mesmo nos caixas eletrônicos.

Ponto de venda

Para conseguir transformar essa visão em realidade, a Cisco apresentou, durante o CIAB 2011, uma série de soluções de colaboração, principalmente de vídeo e comunicações unificadas. “No futuro, as agências bancárias sofrerão uma mudança de paradigmas, o que possibilitará sua transformação de meras prestadoras de serviços para vendedoras de produtos financeiros”, pondera o diretor de soluções para o mercado financeiro na América Latina da Cisco, Rodrigo Gonsales. Assim, soluções como o Especialista Remoto ganham importância. Por exemplo: se um cliente tem dúvidas a respeito de um produto financeiro e deseja conversar com um especialista no assunto, ele é convidado a participar de uma sessão de telepresença com funcionários de outras filiais do banco. A solução garante reuniões virtuais com funcionalidades avançadas de áudio e vídeo e praticamente elimina barreiras espaciais, permitindo aos clientes de lugares remotos acesso a informações antes disponíveis apenas nos grandes centros e agilizando atendimentos específicos. Outra alternativa para os bancos


Cisco apresenta produtos e serviços no Ciab 2011

seria oferecer a telepresença como um valor agregado em carteiras de serviço para clientes premium.

Reconhecimento e segurança

Mais um ganho de agilidade é possível através do conceito de integração multicanal, que inclui comunicações unificadas na plataforma de rede já existente em grande parte das instituições brasileiras. Essa implantação integra todos os canais de atendimento do banco, agilizando e otimizando o atendimento. “A interação com o cliente possibilita um incremento de receita, porque a agência se torna mais pró-ativa”, diz Gonsales. Imagine então se, ao entrar na agência, o cliente fosse automaticamente reconhecido pelo sistema interno do banco para, em seguida, receber ofertas de produtos e serviços personalizados. Isso é possível com o DMS – Digital Media System, que permite integração com sistemas de reconhecimento e de análise de negócio, podendo disponibilizar ofertas dinâmicas em tempo real. “O banco saberá quem você é e o que você gosta, oferecendo de maneira estratégica produtos e serviços que podem agradar ao seu perfil”, explica o diretor de soluções financeiras da Cisco.

O reconhecimento facial pode assumir outro papel fundamental para as agências: segurança. A solução de videovigilância da Cisco, o Physical Security, pode minimizar a ação de criminosos capturando imagens e permitindo o reconhecendo de rostos armazenados em um banco de dados específico. Após essa identificação, o sistema pode ser programado para disparar um alarme ou fazer uma chamada telefônica para serviços de emergência, por exemplo. Também é possível reconhecer padrões estranhos de comportamento, como alguém pa-

Miner, solução que monitora citações nas principais redes sociais (como Twitter e Facebook). Isso permite aos bancos agirem de forma pró-ativa em caso de problemas ou repercussão negativa, preservando a marca e aumentando a interação com os clientes. A mobilidade também pode desempenhar papel importante no futuro imaginado pela Cisco. Soluções como o tablet corporativo Cius podem funcionar para personalizar ainda mais o atendimento, levando a agência até o cliente. “A mobilidade permite novas formas de atender. Conectado a uma rede 3G, um gerente pode, por exemplo, usar o Cius durante visita a um dos correntistas”, diz Gonsales.

Virtualização

Suportar estes serviços, no entanto, pode ser um desafio para as instituições financeiras, que precisam integrar todos os seus canais. Além das tecnologias voltadas diretamente para o cliente, a Cisco apresentou no Ciab soluções focadas na expansão de infraestrutura de rede e redução de custos. Entre elas está o VCE (Virtual Computing Enviroment), desenvolvido em parceria com a VMware e a EMC e voltado para o desenvolvimento de soluções para virtualização e data center. O objetivo da solução é simplificar

6 Integração multicanal inclui comunicações unificadas na plataforma de rede das instituições financeiras para simplificar o acesso dos clientes rado por longos períodos de tempo dentro da agência. Outra solução de segurança demonstrada pela empresa é o Wireless IPS (WIPS), que evita a invasão nas redes sem fio das agências identificando invasores e bloqueando acessos ilegais. Mesmo as redes sociais devem ser um fator importante na atuação dos bancos nos próximos anos. A Cisco demonstrou durante o Ciab o Social-

a gestão dos bancos, a partir da redução de despesas com hardware (que em boa parte do tempo permanece ocioso), otimizando espaço físico nas agências, economizando energia e diminuindo drasticamente os custos com manutenção. A proposta de virtualização das agências também inclui o VXI (Virtualization Experience Infraestructure), sistema de virtualização de desktops ou estações de trabalho

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que ajuda a proteger as informações do banco em um data center, atendendo também à grande expectativa das instituições por mais proteção nas redes. Afinal, o futuro também traz perigos.

Bancos comunitários

O banco internacional Umpqua se tornou um community banking: auxilia pequenas e médias empresas (PME) a divulgarem seus produtos e serviços, como se fosse um site de compras coletivas, que atrai e fomenta as vendas locais. “É um serviço de valor agregado. Este banco oferece até aulas e filmes”, explicou Philip Farah, diretor de serviços financeiros da Cisco, na conferência “The New Era of the Consumer Experience”, que aconteceu no Ciab Febraban. No Japão, o Citibank elaborou sua estratégia vislumbrando o cenário de grandes cidades e volume de transações, além de clientes com pouco tempo disponível. “A interação envolve vídeoconferência, acesso a mídias interativas, além de informações sobre o que acontece na cidade”, conta Farah. Os clientes de maior porte do HSBC, quando viajam, têm seus perfis e históricos bancários reconhecidos via dispositivos de radiofrequência em outras agências fora de seus países de origem. Desta maneira, têm as mesmas condições de crédito e atendimento diferenciado mundialmente, possibilitando que os atendentes se tornem consultores globais. O executivo ainda mencionou que no Canadá há bancos trabalhando com videoconferência para atender clientes que têm casas de veraneio em diferentes locais, inclusive regiões em que não há bancos, e têm conseguido fazer com que estes retornem às agências mais rapidamente, estreitando relacionamento. Farah também destacou como avanço que nem nos depósitos em cheque o JP Morgan usa mais papel, e que quando o Bank of Américas introduziu o Internet Banking de forma

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6 TRÍADE DO DATA CENTER Os data centers do futuro vão ficar menores, mais eficientes e mais densos, acomodando uma quantidade maior de equipamentos em menores espaços. É essa a previsão da Cisco, da Emerson Network Power e da Panduit, que anunciaram durante a edição 2011 do Ciab Febrabran uma parceria para a próxima geração de data centers. O “Data Center Next Generation Team”, como é chamado, objetiva a sinergia entre as empresas na construção da data centers, que pense ao mesmo tempo a virtualização, o gerenciamento e as tecnologias verdes. “Temos que pensar o data center de uma forma diferente, convivendo com as estruturas legadas e melhorando esses ambientes, do ponto de vista da energia, serviços e virtualização”, diz Airton Melo, da Cisco. Segundo Douglas Ozanan, da Panduit, a ideia da parceria é prestar um serviço em três frentes diferentes: projeto, infraestrutura e serviços. As empresas alegam que assim conseguem construir uma estrutura do zero, com arquitetura em conjunto. “Nossa rede deve estar habilitada e certificada para novas velocidades e novas gerações”, diz Melo, enfatizando a necessidade de uma infraestrutura que suporte a demanda crescente por dados pesados em trânsito, como vídeos. “Na construção de um data center, é necessário levar em consideração os próximos 10 anos”, diz Ozanan. Segundo o grupo de empresas, a consolidação é um pré-requisito para a virtualização. “Recomendamos a compra apenas do necessário, e depois esse hardware precisa ser constantemente gerenciado para melhorar o desempenho. Falar de cloud é fácil, mas nós precisamos pensar primeiro na estrutura”, diz Melo. Para Marcio Kenji, gerente de vendas da Emerson Network Power, a adoção de melhores práticas também é fundamental. “Para evitar problemas de performance e desligamento, é necessária atenção às novas tecnologias e soluções de refrigeração.”

Green data centers Segundo Kenji, com o aumento da consciência ambiental dentro das empresas, é necessário pensar data centers mais eficientes. “A partir do uso de melhores e mais modernas fontes energéticas, com o uso da virtualização e de refrigeração em alta densidade, é possível obter índices de eficiência considerável”, diz. Ao contrário do que se pensa, diz Kenji, a maior parte do consumo energético de um data center, ou 52%, é de responsabilidade dos equipamentos de computação, enquanto refrigeração, iluminação, transformadores e perdas energéticas ficam com 48%. “Mas boa parte dos administradores de data center não medem o quanto gastam com refrigeração, o que é um grande problema”, diz Douglas Ozanan. O problema é ainda maior pois, se considerados de maneira isolada, os gastos com resfriamento ainda o maior vilão de um data center, representando sozinhos 38% do total.


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ciab

Atendimento on-line e em tempo real nas agências ou pela internet farão diferença

mais impessoal só conseguiu adesão de 11% dos clientes, mas ao envolver seus funcionários em apresentações mais customizadas das vantagens de usar a web nas transações bancárias, por volta de 50% dos clientes começaram a usar o meio.

Solução nacional

O palestrante ainda elogiou uma solução descoberta na feira: “caixas com reconhecimento facial, que registram quando clientes não finalizaram uma transação e bloqueiam se outro usuário tenta usar as informações indevidamente para uma operação diferente na sequência”. Ele ressaltou também a medida dos bancos nacionais mancharem notas roubadas para conter a explosão de caixas automáticos. A interatividade entre bancos e seus clientes mudou as relações. “Os usuários deverão acessar 30% de produtos bancários de internet e vídeo pelas redes sociais. Globalmente, há instituições usando Facebook para dividir melhores práticas internamente e consultores trazendo mais negócios por estas redes”, comentou Farah. O executivo percebe que cada vez mais os clientes ditarão os rumos do atendimento e das inovações bancárias. “As instituições financeiras

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terão que segmentar e a tecnologia ajudará. Será preciso conhecer quem são os clientes e o que querem, além de premiá-los. Não é uma questão de vender mais e sim de vender melhor”. Um exemplo bem sucedido entre bancos e universitários vem de Hong Kong, onde os estudantes tinham acesso a consultores, recebiam aconselhamento em planejamento de viagens e outras assistências, indo além do serviço bancário clássico. Na Holanda, o Rabobank criou oportunidades de trabalho para este público, estreitou relacionamento com a família e a manteve informada sobre o movimento do cartão dos filhos.

Socialização

O executivo afirma que a Cisco pode ser um parceiro estratégico não só com soluções, mas compartilhando casos de sucesso, explorando inovações nas redes sociais e

de funcionalidades de localização de deslocamento pelo celular. Na mesma palestra, Douglas McKibben, do Gartner, previu que nos Estados Unidos e no Reino Unido, 25% dos consumidores vão interagir com subprodutos que forem gerados nas mídias sociais. A previsão é para 2013. “Hoje, 3% dos adultos destes países estão conectados aos bancos pelas redes sociais”. O executivo acredita que estes canais não podem ser usados pelas instituições financeiras para “controlar” o que será comentado sobre elas, mas sim conhecer o que fazem, querem e gostam os internautas que estão no seu público de interesse, fazendo abordagens mais específicas. “E cada vez mais os usuários das mídias sociais vão interferir no planejamento destes bancos”, diz. McKibben também não aconselha o uso das redes sociais para vender produtos: “sua utilização tem que ser mais estratégica, de engajamento com clientes. Há instituições oferecendo informações de esportes e estreitando relacionamento com seus clientes de forma muito diferenciada”. O ideal, segundo ele, é acompanhar o que escrevem sobre os bancos e envolver os clientes nas decisões das empresas. “É possível personalizar a interface desta interação com o cliente”, afirmou o executivo. Com relação a serviços móveis, ele acredita que não basta só ofertar mobile payment. “É preciso oferecer produtos

6 Criações nacionais como manchas em notas roubadas em caixas eletrônicos e identificação de clientes são destacadas por executivo da Cisco estudando possibilidades no Google, com a colaboração ou telepresença. No Brasil, ele destacou uma solução da Itautec que avisa quando alguém observa de forma suspeita atrás do cliente no auto atendimento, além

que ‘transcendam’ ao banco. Algumas seguradoras rastreiam o carro e as operadoras de cartão acompanham o cliente: se está em São Paulo e consta um gasto do cartão noutra região, bloqueiam o plástico”, explicou McKibben.


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abta

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Vídeo on demand muda cenário de tv por assinatura

Cisco apresenta soluções para operadoras durante ABTA 2011

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ídeo em todas as telas: smartphones, tablets, computadores, videogames, tevês inteligentes... O conceito de TV Everywhere, tendência mundial de entrega de conteúdo, foi o maior destaque da Cisco durante a ABTA 2011, feira e congresso realizada pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, em agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O consumo de vídeo está passando por uma verdadeira revolução, principalmente com a ascensão de sites como o Youtube e serviços como o Netflix e o Hulu. Neles, milhões de clipes são adicionados por consumidores e estúdios. “O conteúdo é avaliado e comentado pelos outros consumidores, e o que for mais popular sobe para o topo da página e chega a audiências ainda maiores”, diz o CTO do Service Provider Group da Cisco, Bob McIntyre.

Onipresença

Entre as soluções apresentadas no estande da empresa estava o Videoscape, plataforma de TV voltada para as operadoras que reúne conteúdo digital e online a aplicativos de rede social e comunicações. Mas essa evolução convergente exigirá dos prestadores de serviço muitas mudanças para conseguir enriquecer a experiência e conquistar o usuário. “Na nova revolução da TV, veremos

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conteúdo interativo e multimídia em uma diversidade de telas, vindo de uma diversidade de fontes”. Assim, é possível disponibilizar programação em variados dispositivos, aumentando a interação com os usuários. O Videoscape vem ao encontro da visão da Cisco de que, um dia, o

vídeo será um recurso onipresente. “No futuro, os aplicativos se moverão para a nuvem e rodarão em qualquer device, inclusive set-top boxes virtuais, permitindo dispositivos cada vez mais baratos”, diz McIntyre. A solução faz parte da estratégia de vídeo da empresa: simplificar o


acesso à próxima geração de conteúdo de TV para os consumidores e gerar novas oportunidades para os provedores de serviços – inclusive capacidade de entrega de aplicativos, telepresença em casa ou e-commerce. Utilizando cloud computing, o Videoscape entrega conteúdo de vídeo linear (broadcast) e não linear (on demand). Para McIntyre, a diluição dos limites entre televisão e web exigirá que os provedores desses serviços se unam. “Aconselho os provedores de serviço a não competirem com os ‘over the top’, mas sim que se unam a eles, em parceria”, disse. O novo cenário, diz McIntyre, exige que se pensem novos modelos de negócio, mais rentáveis, que não releguem às provedoras de acesso o papel de mero pipe (cano, em inglês) para transporte de dados. A Cisco também apresentou o

6 O Videoscape vem ao encontro da visão da Cisco de que, um dia, o vídeo será um recurso onipresente 4682DVB HD Digital Interactive Media Server, set-top box de alta definição que já está sendo produzido no Brasil. O produto foi customizado para oferecer o conjunto completo de serviços de vídeo da operadora NET, como o NOW (serviço de vídeo sob demanda) — veja detalhes na página 40 — , HDTV, 3DTV, guias eletrônicos de programação e jogos interativos. Entre as outras soluções de vídeo demonstradas estavam o Content Processing Display, parte do Videoscape que reúne soluções de processadores, transcodes e encoders utilizados para transmitir o conteúdo para qualquer tela, além de redes de acesso, como CMTS (Cable Modem Termination Systems), DPON, Indoor Amplifier, Mini-Node e outros.

“Na nova revolução da TV, veremos conteúdo interativo e multimídia em uma diversidade de telas vindo de diferentes fontes”, — Bob McIntyre, CTO do Service Provider Group da Cisco

6 FTTH é a banda larga do futuro Em três anos, as redes de fibra ótica FTTH (Fiber to the Home) devem dominar as conexões de banda larga domésticas nos EUA, e elas representam o futuro do mercado de conexões rápidas. A previsão foi feita por Bob McIntyre, durante sua participação no painel “Novas tecnologias para novos serviços”, na ABTA 2011. McIntyre admite que a popularização dessa tecnologia ainda esbarra nos custos de implantação e no pouco tráfego gerado pela maioria dos usuários. “Em muitos casos as pessoas não precisam de tanta banda”, disse. Outro participante do debate, o diretor de planejamento e operações da Via Embratel, Antônio Carlos Marteletto, concorda com McIntyre. “A FTTH é o futuro, mas ainda há muito caminho a percorrer antes dela. Estamos no ‘estado da arte’ do HFC, o que torna os negócios nesse padrão mais rentáveis”, diz. Rodrigo Duclós, diretor de tecnologia e projetos da Net Serviços, acredita que a dicotomia tecnológica brasileira – no qual o consumidor exige serviços cada vez mais avançados em redes ainda legadas – faz parte da atividade do setor no País. “Temos que facilitar a experiência do consumidor e aumentar a qualidade, agregar valor, ir atrás do que os outros não fazem, pois somos detentores desse ativo que é a rede”, diz. Virgílio Amaral, diretor de tecnologia da TVA/Telefonica, empresa que já explora comercialmente no Brasil a tecnologia FTTH, disse que a experiência do usuário com a fibra ótica é “sensacional”. “É uma rede estável, que não sofre qualquer tipo de interferência, e que eu uso em casa para testar com folga serviços de streaming, por exemplo”. Além de McIntyre, o diretor de arquitetura de network da Cisco, Timothy Brophy, participou do debate “Solução em Triple Play”, no qual apresentou soluções tecnológicas eficientes para a oferta de pacotes de dados, voz e vídeo. O País viverá em breve uma expansão nas licenças de cabo, e as alternativas de evolução das redes HFC, além de como gerenciar banda nesse cenário, foram discutidas pelo executivo.

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caso de sucesso

televisão sob demanda e em alta definição Serviço da operadora NET usa sistema de gestão de conteúdo de imagem para simplificar seleção de programação

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NET, operadora de multisserviços via cabo da América Latina, selecionou o Cisco CDS (Content Delivery Systems) para seu novo serviço de vídeo sob demanda, o NOW. A solução possibilita que o cliente da NET escolha o conteúdo que deseja assistir em seu televisor, na hora em que quiser, com a mais alta qualidade de som e imagem, como se tivesse uma locadora dentro de casa. A Cisco também foi a responsável pela gestão de integração de sistemas para este projeto da NET. O NOW foi lançado inicialmente para clientes NET HD e NET HD Max em algumas regiões na cidade de São Paulo. O serviço agora está sendo expandido para o Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Campinas e Belo Horizonte. A implantação será gradativa e a previsão é que o NOW esteja disponível para todos os clientes HD destas cidades até o final do ano.

Descentralização

“Com o NOW, a NET passa a transmitir milhares de canais personalizados. É um canal para cada cliente assistir o que desejar, na hora em que quiser”, afirma Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da NET.

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O Cisco CDS garante capacidades de grande capacidade de distribuição. flexibilidade e escala à NET, atendendo Além disso, cada servidor do CDS às exigências de qualidade e eficiência pode ser otimizado para uma ou mais necessárias na oferta de VoD. A arqui- tarefas, como inserção de conteúdo, tetura distribuída da solução oferece armazenamento central, armazenadesign altamente escalável e descen- mento descentralizado inteligente e tralizado, o que minimiza o impacto na sistema de distribuição baseado na infraestrutura da rede IP, e possibilita tecnologia SSD (Solid-State Drive). que os vídeos mais assistidos estejam sempre disponíveis nos principais cen- Set top box nacional tros de distribuição da NET. Além de fornecer a infraestrutura para o novo serviço da NET, a Cisco iniciou, neste ano, a produção brasileira de Set  O NOW foi lançado Top Box de alta definição para a operainicialmente para clientes dora. O Cisco 4682DVB HD Digital InNET HD e NET HD Max teractive Media Server foi customizado em algumas regiões na para oferecer o conjunto completo de serviços de vídeo da NET, incluindo o cidade de São Paulo NOW, HDTV, 3DTV, guias eletrônicos de A plataforma da Cisco é composta programação e jogos interativos. A porta por um ou mais servidores de distri- USB 2.0 no set top box possibilita, ainda, buição, ou Content Delivery Engines, a conectividade a dispositivos eletrônique podem ser agrupados como um cos de consumo, permitindo aos clientes único sistema lógico, permitindo, as- novas formas de diversão tais como fotos sim, que novos servidores possam ser e áudio em MP3. As melhorias futuras incluídos facilmente na infraestrutura previstas para o desenvolvimento conNET para o armazenamento, prati- junto incluem capacidade de gravação camente ilimitado, de vídeo e com de vídeo em formato digital.

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caso de sucesso

SENAI/SC parte para virtualização Objetivo é agilizar os processos na infraestrutura de tecnologia da informação

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SENAI de Santa Catarina acaba de implantar o Cisco Unified Computing System - UCS. O investimento surgiu da necessidade de ampliar o parque de servidores da instituição para atender às crescentes demandas de TI na educação profissional. Com o novo sistema, as 35 unidades do SENAI no estado, seus cerca de três mil colaboradores e 100 mil estudantes matriculados anualmente, tanto na modalidade presencial quanto a distância, serão suportados de forma mais confiável e segura. O grande diferencial da solução é o rápido provisionamento de serviços possibilitado pelos recursos do UCS, como a integração entre

os ambientes de rede local (LAN) e armazenamento de dados (SAN), que reduzem a complexidade no ambiente de data center. Segundo Paulo Alberto Violada, coordenador de TI do SENAI/SC, o tempo de provisionamento de servi-

6 O tempo de provisionamento de serviços será reduzido de oito para uma hora ços será reduzido de oito para uma hora, além de possibilitar a execução de manutenções preventivas no horário comercial, sem interrupção ou degradação da qualidade dos serviços. A solução adotada trouxe outros ganhos, como o aumento da velocidade de comunicação no data center, por meio da integração entre UCS e a plataforma Nexus 5000, a facilidade e simplicidade de crescer o ambiente computacional, e a redução no consumo de energia elétrica, estimada em 18%. Agora o SENAI/SC está prepara-

do para entrar na era do cloud computing. Nesta etapa, 22 servidores físicos serão virtualizados em três lâminas do Cisco UCS. Mesmo com toda a complexidade, inerente a data centers e a necessidade de instalação da solução sem a parada dos serviços, o projeto foi considerado um sucesso. “Um dos motivos para adoção da solução Cisco UCS foi a capacidade de atacar todos os itens de complexidade com uma solução unificada”, afirma Rafael Silva, gerente de projetos da Teltec, empresa parceira da Cisco e responsável pelo projeto e venda da solução. Segundo Marco Antônio Dociatti, diretor do SENAI/SC, “ser um early adopter significa depositar confiança em um fabricante como a Cisco”. Ainda assim, o principal objetivo é agilizar o atendimento a todos os públicos. “As mudanças estão sendo realizadas para oferecer um diferencial de mercado no atendimento de nossos clientes”, finaliza Dociatti. Para o diretor comercial da Cisco, Marco Sena, as necessidades apresentadas pelo SENAI de Santa Catarina foram solucionadas pela Cisco. “Após a fase final de instalação do projeto, temos certeza de que todas as premissas foram atendidas e que esse case é inovador e um sucesso tanto para a Cisco quando para a Teltec”, finaliza Sena.

Na boca do caixa O SENAI/sc adquiriu os seguintes equipamentos: 1 Cisco UCS B-Series (servidores B-200 M2) 1 Cisco Nexus 5020 1 Cisco MDS 9148.

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BOA LEITURA! LIVE MAGAZINE recomenda o livro CISCO FIREWALLS, de Alexandre Moraes Por marco barcellos

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livro “Cisco Firewalls: Concepts, design and deployment for Cisco Stateful Firewall solutions”, lançado pela Cisco Press em junho de 2011, é produto da vasta experiência profissional do autor brasileiro Alexandre M. S. P. Moraes nos mercados de Segurança e Redes. O livro já está disponível para aquisição pela internet, a venda nas livrarias norteamericanas Amazon e Barnes&Noble, e tem previsão de chegar por aqui ainda este ano. Somente versões em Inglês estarão disponíveis - o que é comum para os principais livros técnicos e materiais mais avançados na área de tecnologia da informação. Apesar do título sugerir uma obra orientada a produtos, trata-se de um trabalho centrado em promover o correto entendimento dos principais conceitos teóricos, indo muito além dos tradicionais manuais de configuração. Partindo da clássica discussão sobre a importância de se definir uma política de Segurança antes de se investir em qualquer implementação prática, o autor apresenta um histórico das diversas categorias de firewall e devota particular atenção à tecnologia de stateful firewalls e sua evolução. Adotando uma abordagem bastante original, Alexandre detalha o uso das

O livro Por enquanto a forma mais econômica de adquirir o livro no Brasil é através do site da Amazon: http://www.amazon.com/Cisco-FirewallsNetworking-Technology-Security/ dp/1587141094/ref=dp_return_1? ie=UTF8&n=283155&s=books

ferramentas que permitem entender a operação das funcionalidades de firewall e recorre consistentemente a tais recursos para criar a importante conexão entre teoria e prática. Os vários conceitos tratados no livro são amplamente ilustrados com o intuito de permitir ao leitor uma utilização

consciente de cada técnica de proteção em um contexto de “projeto de segurança”, caracterizando que a disciplina de Segurança deve ser tratada com uma visão de sistemas e que não se pode confiar cegamente em pretensas “caixas mágicas” que alegam resolver todos os problemas. Além da forma estruturada de organizar o conteúdo, outra notável virtude do livro reside no fato de trazer discussões elaboradas a respeito de assuntos que, a despeito de sua importância prática, foram historicamente negligenciados. De forma bastante didática o autor explica, por exemplo, como agregar Segurança a ambientes que envolvam IPv6, AAA, Telefonia IP, Multicast e Virtualização. O último capítulo do livro, denominado “Firewall Interactions”, merece especial menção, pois traz uma interessante análise das interações dos Firewalls com outras tecnologias tais como Sistemas de Prevenção de Intrusões (IPS), conectividade segura através de VPNs (SSL ou IPSEC), balancemeanto de carga (SLB), Qualidade de Serviço (QoS) e redes MPLS. Além do valor da discussão técnica para cada item, o consagrado princípio de investir em múltiplas camadas de defesa é mais uma vez enfatizado. Esta é, sem dúvida, uma obra relevante para qualquer profissional que deseje se desenvolver na área de Segurança de Redes e para aqueles que buscam extrair o máximo dos produtos que a Cisco provê nesse domínio (sejam eles os firewalls dedicados da família ASA ou os roteadores Cisco com serviços integrados de Segurança). Leitura mais que recomendada!

O autor Alexandre M. S. P. Moraes é graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e atua como Engenheiro de Sistemas na Cisco desde 1998. Está baseado em Brasília e possui as certificações CCIE (Routing/Switching, Segurança e Service Provider) e CISSP. Suas principais áreas de interesse são Segurança, Roteamento, Multicast e Projetos de Redes MPLS.

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Leia também: Artigo escrito pelo autor (“Revisiting Firewall Performance Parameters”) https://supportforums.cisco.com/ docs/DOC-16954


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