CISCO LIVE MAGAZINE EDIÇÃO 05

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> dezembro de 2011 | edição 5

O legado dos mundiais

Como TIC pode alavancar melhorias em cidades que hospedam grandes eventos esportivos

SAÚDE A DISTÂNCIA Projetos provam que telemedicina reduz custos e aumenta escala do atendimento

Mobilidade TIM e Claro anunciam projetos milionários para atender demanda crescente

PMEs A telepresença aplicada em pequenos e médios negócios 1


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editorial

sumário

Vai começar o jogo!

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Cloud Computing Pesquisa aponta que nuvem pode gerar US$ 1 bi no mercado de switches

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Telepresença Cisco apresenta solução para pequenos negócios

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Telefonia IP Vídeo é uma das novidades em novo pacote voltado a médias empresas

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Data center Cisco lança produtos e serviços para computação em nuvem

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Virtualização Parcerias com VMware e Citrix encurtam caminho para o cloud computing

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Colaboração Colaboration as a service pode democratizar uso de plataformas UC

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Geração web Pesquisa revela que jovens identificam a web como gênero de primeira necessidade

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Bordless Networks A 4ª fase das redes sem fronteiras

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Usuário conectado Cisco, Intel, IDC e Telefônica debatem tendências de uso da telefonia móvel

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Smart Grid As mudanças no setor elétrico mundial

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Plantão médico Projetos comprovam como telemedicina reduz custos e aumenta a escala de atendimento na saúde

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Caso de Sucesso Ramos Transportes adota soluções de rastreabilidade e de VoIP

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Artigo A segurança nas intranets

inda existem dúvidas sobre os investimentos em infraestrutura de TIC para suportar os grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil. Mas pelo menos já há um consenso: nada que for aplicado na Copa do Mundo ou nas Olimpíadas deve ser pontual. Devemos concentrar os esforços no planejamento adequado para deixar um forte legado de infraestrutura e em serviços para o país do futebol. E de preferência, não apenas para as cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo, mas para toda a imensa população brasileira. E não podemos ficar só na torcida. Por isso, esse é o tema central desta edição da Cisco LIVE Magazine. Já na reportagem de capa, Rodrigo Uchoa indica pontos de atenção na lista de infraestrutura e de serviços necessários para suportar o crescimento populacional como, por exemplo, transporte e segurança, entre outros. Seguindo na linha dos investimentos, mostramos também como as operadoras TIM e Claro estão ampliando a capacidade de suas redes para atender à explosão de demanda por mobilidade. Afinal, todas as pesquisas indicam que há cada vez mais smartphones em operação, ou seja, usuários conectados 100% do tempo. O resultado é um tráfego crescente de áudio e vídeo consumindo mais capacidade de banda, e isso não pode ser ignorado pelas operadoras. E para mostrar que este cenário não é uma exclusividade das grandes corporações, apresentamos também o caso de sucesso da Transportadora Ramos, cujo projeto reforça a importância da tecnologia nos negócios das empresas brasileiras. Também abordamos as ações do segmento vertical de Saúde, que vem desenvolvendo projetos de telemedicina ao redor do mundo, para provar o quanto essa prática gera economia de tempo e dinheiro. Afinal, saúde é o que interessa. E você ainda vai conhecer diversos lançamentos de produtos Cisco e parcerias estratégicas ao longo do último trimestre do ano. Enfim, o tempo não para. Então, que venha 2012! A Cisco do Brasil e seus parceiros não param de inovar. No jargão popular, a empresa segue “bombando” nas Redes Sociais, e a audiência da Rádio Cisco não para de crescer exponencialmente. E por fim, estamos em contagem regressiva para a próxima edição do CISCO PLUS (antigo Cisco Networkers), que já tem data e local definido: 2 a 4 de Abril de 2012, pela primeira vez na Cidade Maravilhosa. Pode reservar sua agenda para uma viagem pelas principais tendências e novidades do mundo da tecnologia da informação. Boa leitura e um ótimo ano!

Capa O legado de TIC para os grandes eventos esportivos

Gartner A nova rodada de investimentos em TI Mobilidade Operadoras de telefonia celular renovam rede para acompanhar demanda

Marco Barcellos

cisco live magazine é uma publicação da Cisco do Brasil Equipe Responsável Cisco do Brasil

Diretor de Marketing & RP Marco Barcellos

Presidente Rodrigo Abreu

Conselho Editorial Adriana Bueno, Carolina Morawetz, Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho, Kiki Gama, Mariana Fonseca, Monica Lau e Marco Barcellos

Diretor de Engenharia de Sistemas Marcelo Ehalt Diretor de Canais Eduardo Almeida

PRODUÇÃO

Edição Luciana Robles

Revisão Comunicação Interativa Editora

Diagramação Marcelo Max

Jornalista Responsável Jackeline Carvalho MTB 12456

Reportagem Francine Mendonça Marcelo Vieira Ruan Segretti

Asssessoria de Imprensa In Press Porter Novelli

Gráfica Prol Editora Gráfica

Diretora de Redação Jackeline Carvalho

Colaboração Especial Carmen Lucia Nery (RJ)

Fotos Ricardo Kataoka Cimagem Produções

Tiragem 5500 exemplares

Comunicação Interativa Editora

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curtas

6 Nuvem deve gerar US$ 1 bi no mercado de Switches Ethernet Novos e poderosos dispositivos nas pontas vão exigir maior capacidade da rede e movimentar o mercado O mercado de switches Ethernet está passando por uma transformação tecnológica nos data centers, conforme a virtualização muda a forma com que os aplicativos se conectam aos usuários finais. É o que revela um white paper divulgado pela empresa de pesquisas Dell’Oro. O impacto da nuvem no mercado pode chegar a US$ 1 bilhão. São apontadas duas grandes tendências que devem alterar para sempre o mercado. A primeira diz respeito às significativas mudanças tecnológicas do 10 GE e fabrics dentro dos data centers. A segunda refere-se ao surgimento de novos e poderosos clientes. “As empresas estão consolidando seus data centers e movendo a infraestrutura em direção ao ambiente hospedado em cloud”, diz Alan Weckel, diretor sênior da Dell’Oro. “Essas migrações em direção à nuvem estão reduzindo o número de data centers e usuários finais de TI, que estão tomando decisões de compra discretas, mas grandes, já que equipamentos são necessários.” Nos próximos cinco anos, acredita Weckel, os grandes fabricantes irão se expandir e consolidar conforme a batalha pela supremacia nas redes de data centers se intensifica. “O resultado é que nunca houve momento melhor para novos operadores, ou melhor oportunidade, para os fornecedores já estabelecidos ganharem participação”, diz.

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6 Primeiros passos

da reestruturação

A Cisco anunciou que seu lucro trimestral foi superior às estimativas do mercado e que a reestruturação da empresa, anunciada este ano, está surtindo efeito. No primeiro trimestre fiscal (terminado em 29 de outubro), a empresa teve lucro ajustado de US$ 0,43 por ação, frente à previsão média de analistas de US$ 0,39, segundo a Thomson Reuters. Em termos de receita, o avanço foi para US$ 11,3 bilhões, valor superior aos US$ 10,75 bilhões registrados no mesmo período do ano passado e também às previsões de analistas, de US$ 11 bilhões.


TELEPRESENÇA SIMPLIFICADA FACILITA ACESSO DE PEQUENOS NEGÓCIOS Lançamento tem o objetivo de levar a tecnologia a um grande grupo de empresas

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Cisco disponibiliza no mercado o MX 300, telão de 55’’ com sistema integrado para telepresença de menor porte, de fácil configuração; o VX Clinical Assitant, coder de telepresença para ambientes médicos (permite consultas médicas remotas, atendimento virtual e e-learning); o Call Way, plataforma de infraestrutura de telepresença na nuvem (serviço de assinatura baseado na colaboração cloud da empresa); e o Jabber Client, software gratuito para o endpoint do usuário final fazer telepresença a partir de um convite por e-mail. As novidades estão disponíveis no mercado norteamericano e devem chegar ao Brasil em janeiro. Com os lançamentos, a fabricante quer fazer com

que a telepresença chegue também às pequenas e médias empresas. No País, são atendidos de 40 a 50 clientes. Já no mundo, a participação de telepresença é de 52% e de 70% das empresas Fortune. Quando a Cisco ingressou no segmento de conferência por imagem, há cinco anos, a telepresença crescia 3% ao ano. Atualmente, este índice é de 25 a 30%. O uso está se expandindo graças à redução de custos de viagem e otimização da produtividade do empregado para aumento da velocidade de decisão de negócios e transformação de modelos e processos corporativos, segundo os especialistas. Em uma sessão envolvendo funcionários, clientes e parceiros, a Cisco demonstrou como está levando

a telepresença da sala de reuniões para o desktop e fazendo com que o uso aconteça além das reuniões. Um dos clientes citados é a Procter & Gamble, que usa a tecnologia em quiosques para fazer venda personalizada, contabilizando que a cada US$ 1 investido, o retorno é de US$ 4. Para se ter uma ideia do mercado que as novas soluções pretendem atingir, nos Estados Unidos as pequenas e médias empresas somam seis milhões e 18% planejam investir em vídeo de alta definição (HD) no ano que vem, 33% deve fazer aportes em cloud nos próximos dois anos e, no mundo, o mercado de videoconferência para PME deve ser de US$ 5,5 bilhões em 2015. Os lançamentos têm interoperabilidade, podem ser comprados, alugados, elaborados em multipropostas e endpoints pessoais, conectados e hospedados no serviço Call Way, parte da nuvem de colaboração da empresa. Desta forma, os custos e a complexidade são significantemente reduzidos. As assinaturas do Call Way partem de US$ 99 e comportam doze pessoas. O Jabber é uma aplicação de ligação em vídeo HD criada para convidar participantes para fazer parte da telepresença a partir de seus desktops, laptops ou tablets. Um usuário acessa um site global e manda convite para colegas de trabalho móvel ou fornecedores e estes podem se integrar à telepresença gratuitamente. Um programa beta será posto em teste no primeiro trimestre de 2012. O MX300 é uma multiproposta de sala de telepresença criada para facilitar a integração dos negócios entre funcionários, parceiros e fornecedores à distância. Ela pode ser montada em quinze minutos e proporcionar telepresença com até nove pessoas. São 30 frames por segundo e vídeo HD por preço honesto.

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curtas

FOCO NAS EMPRESAS DE MÉDIO PORTE

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Adição de vídeo é uma das novidades no pacote de telefonia IP anunciado pela Cisco

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Cisco aprimora suas soluções de telefonia IP para facilitar o acesso das empresas de médio porte aos seus sistemas de padrão corporativo com funcionalidades integradas de colaboração, sem comprometer os orçamentos de TI das companhias. A estratégia global, que inclui o mercado brasileiro, traz soluções personalizadas, visam maior simplicidade e preço competitivo. A empresa introduz inovações no Business Edition 6000 (antigo Unified Communications Manager Business Edition 6000), já disponível no Brasil, e, em março do ano que vem, lançará no país o “Business Edition 3000”. Agora, as empresas de médio porte podem adquirir mais facilmente as ofertas de colaboração - que vão além da simples telefonia, incluindo Business Edition 6000 e WebEX oferecem funcionalidades completas para empresas de médio porte

vídeo, mensagem instantânea (IM) e presença - a preços atraentes para um mercado sensível a custos. A família Business Edition, juntamente com o WebEx e TelePresence para pequenas e médias empresas lançados no final do mês passado, oferece um portifólio completo de funcionalidades para organizações de médio porte. Muitas empresas de médio porte ainda usam antigos sistemas de telefonia tipo PABX, que não apresentam muitas capacidades de expansão, oneram as despesas com manutenção e não permitem a mobilidade do con-

junto de ferramentas de colaboração. Os sistemas de telefonia IP oferecem performance e eficiência, mas muitas organizações ainda acreditam que eles estão fora do alcance dos seus orçamentos e do nível de habilidade de suas áreas de TI.

Colaboração Com esses lançamentos, a companhia disponibiliza licenças por cerca de US$ 100 por usuário (preço sugerido nos Estados Unidos), possibilitando o uso de Comunicações Unificadas às empresas menores. “Buscamos auxiliar as organizações de médio porte a obter melhores resultados via colaboração mais massiva, eficiente e dinâmica entre seus funcionários e com os seus clientes e fornecedores. As inovações permitem atender às necessidades específicas do mercado de médias empresas, a custos bastante atrativos”, destaca Cleber Giorgetti, gerente de desenvolvimento de negócios de colaboração para o mercado de médias empresas da Cisco do Brasil. O Business Edition 6000, para empresas com 100 a 800 usuários, tem menos complexidade com a integração das ofertas de nuvem, custos reduzidos com o software de virtualização integrada e menor limite mínimo de usuários.

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curtas

REFORÇO NO DATA CENTER Cisco apresenta novos produtos e serviços para cloud computing

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Cisco anunciou novas adições ao seu portifólio de redes de data center, com o objetivo de oferecer flexibilidade e escala arquitetônica para ambientes físicos, virtuais ou de computação em nuvem. Os novos produtos de switching expandem o portifólio Cisco Unified Fabric, composto por switches de data center Nexus e switches de armazenamento MDS, que conectam servidores, armazenamento de dados e redes corporativas dentro do data center e da nuvem. Também foram anunciados recursos da segunda geração para a família Nexus 7000 e o suporte para Cisco FabricPath para o switch Nexus 5500. Juntos, eles prometem escalabilidade de data center fabric, oferecendo suporte a mais de 12 mil portas de servidor 10 GbE. Foram acrescentados novos switches com latência de submicrossegundos para a família de switches de latência ultra-baixa Nexus 300 e uma versão virtualizada da ferramenta ASA, para oferecer segurança para ambientes virtualizados e em nuvem.

Recursos Entre os recursos de segunda geração para switches da série Nexus 7000, estão o novo módulo Fabric 2 e a nova placa de alta densidade L2/ L3 10GbE F2 Series, com portas 10 GbE de 768 e taxa de linha L2/L3 em um único chassi, e potência reduzida por porta (inferior a 10 W por porta de 10 GbE). A segunda geração do Nexus 7000 tem capacidade para, segundo a Cisco, reprodução simultânea de 4,5 milhões de filmes Netflix, download em 114

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segundos de 250 milhões de fotos postadas no Facebook (média de 1 MB por foto). Houve também a ampliação do FabricPath para o Nexus 5500, que promete estabilidade e a escalabilidade do roteamento para redes de camada 2 e daí para todo o data center. Com a adição das capacidades do adaptador FEX e VM-FEX (baseado no padrão IEEE 802.1BR), a série Nexus 5500 pode suportar milhares de máquinas virtuais com um único ponto de gerenciamento. Isso amplia o gerenciamento simplificado e os benefícios de escalabilidade da tecnologia Nexus 2000 Fabric Extender para placas de rede e máquinas virtuais. A empresa também apresentou o Nexus 7009. Projetado para atender às necessidades de ambientes de data center de missão crítica e implementações-chave em empresas, o 7009 apresenta um formato compacto (14RU) e suporte de virtualização. A Cisco também expandiu seu portfólio de segurança e adicionou

um firewall virtual para ambientes de multilocatários e de nuvem. O Adaptive Security Appliance (ASA) estará disponível em formato virtual: o novo ASA 1000V cloud firewall, que se integra ao switch de software Nexus 1000V.

Serviços Novos serviços também foram anunciados. O Cisco Network Operation Automation Service ajuda a automatizar tarefas de gerenciamento de rede e a integrar as práticas recomendadas ao ambiente do cliente, para tornar sua infraestrutura fabric unificada mais inteligente e fácil de gerenciar. A automatização de tarefas, como provisionamento, gerenciamento de incidentes e gerenciamento de mudanças, reduz os custos de suporte de instalação, manutenção e infraestrutura de redes, minimiza o erro humano e permite que recursos de TI concentrem-se em atividades mais estratégicas.


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virtualização

A VIRTUALIZAÇÃO EM PRIMEIRO PLANO Parcerias com VMware e Citrix auxiliam clientes a acelerar jornada rumo à nuvem com economia e escalabilidade

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isco e VMware são parceiras de longa data. Desde 2008, quando a primeira investiu cerca de US$ 13 milhões em ações da segunda em um dos IPOs mais bem sucedidos da história da Nasdaq, as duas empresas trabalham juntas em pesquisa e desenvolvimento para eliminar obstáculos. Para fortalecer ainda mais os laços entre as empresas, a Cisco participou do VMware Forum 2011, realizado em outubro, em São Paulo. As duas companhias atuam em conjunto para construir infraestruturas principalmente para computação em nuvem, tanto pública como privada ou híbrida, cuja

adoção maciça no ambiente corporativo é uma tendência sem volta. “A nuvem não é uma coisa nova. Mas a adoção por parte das empresas sim”, disse Gustavo Santana, engenheiro consultor de sistemas na Cisco do Brasil para virtualização e data center, que proferiu a palestra “Inovando juntos: como Cisco e VMware colaboram para construir a nuvem”. Durante a sessão, Santana abordou o futuro da jornada rumo à nuvem e apresentou as soluções em que as duas companhias trabalham para apoiar seus clientes neste caminho. O ano de 2008, aliás, representa um fortalecimento do suporte, nas soluções da Cisco, à plataforma

Gustavo Santana, engenheiro da Cisco Brasil, discutiu a jornada rumo à nuvem

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vSphere, da VMware. Desde essa data, a Cisco faz questão de lançar anualmente algum de seus produtos durante o VMworld, evento global sobre infraestrutura de virtualização e cloud organizado pela VMware. Esses lançamentos são muito bem recebidos pelos participantes do evento. O Nexus 7000 Overlay Transport Virtualization (OTV), por exemplo, foi considerado, em 2010, o melhor hardware para virtualização do VMworld. Este ano não foi diferente, e a tecnologia Virtual Extensible Local Area Network, ou VXLAN, também foi premiada.

Outras alianças Também em outubro, a Cisco anunciou globalmente uma série de novos produtos e parcerias para a plataforma de virtualização de desktops VXI (Virtualization Experience Infrastructure). Entre os lançamentos estão dispositivos, aplicações de software e uma parceria com a Citrix para suporte ao XenDesktop. O acordo tem seu primeiro reflexo na tecnologia Wide Area Application Services (WAAS) otimizada para o XenDesktop, para reduzir o uso de banda na implementação virtual de desktops em redes amplas (WAN) e permitir melhor escalabilidade e experiências de colaboração do usuário. Como parte do acordo anunciado, além do WAAS, a Cisco oferece a tecnologia HDX para aumentar o desempenho de aplicativos e desktops


“Nossa experiência permite que esta solução seja comprovadamente bem executada”

melhor experiência para o usuário final. “O problema é que o tráfego de voz e vídeo na virtualização e através do data center não era eficiente”, explicou durante o lançamento Phil Sherburne, vice-presidente de arquitetura e sistemas empresarias da Cisco. Os clientes que tentam rotear chamadas de voz e vídeo através do data center consomem muita banda, além de criar problemas de latência, o que atrapalha a experiência do usuário. O novo produto da Cisco permite ligações ponto a ponto feitas diretamente entre dois dispositivos num ambien-

te de desktop virtual, resolvendo o problema. O dispositivo funciona em conjunto com o Citrix XenDesktop e VMware View em desktops Windows XP ou Windows 7. Outro produto, o VXC 4000 é um software para Windows baseado em um cliente de desktop virtual capaz de comportar diversas mídias. Além da capacidade de acessar aplicações e dados corporativos virtualmente, o VXC 4000 oferece acesso às capacidades de colaboração em tempo real, usando processador de mídia local no PC.

— Alberto Ferreira, da Damovo

6 GERAÇÃO SERVIÇO

virtuais através da WAN. Os benefícios incluem a entrega de desktops virtuais e aplicativos até 70% mais rápidos para dispositivos remotos. Além disso, a capacidade de usuários de desktop virtual é dobrada, reduzindo o consumo de banda por usuário em até 60% e ajudando no corte de custos de rede. O WAAS passa a ser testado, validado, suportado e verificado como uma solução Citrix Ready, fornecendo interoperabilidade automatizada com tecnologia HDX, incluindo o protocolo de arquitetura de computação independente, o Independent Computing Architecture (ICA). O WAAS também é validado para funcionar com criptografia, compressão e recursos de gerenciamento de rede XenDesktop.

A Damovo, parceira Cisco, anunciou em setembro uma nova oferta de Collaboration as a Service (CaaS) no Brasil voltada para grandes e médias empresas, reforçando a aposta das duas empresas no serviço como forma de acelerar a adoção de comunicação unificada no País. A oferta é baseada na arquitetura Cisco Hosted Collaboration Service e funciona a partir de dois data centers redundantes brasileiros. “Com essa oferta pioneira, a Damovo e a Cisco oferecem ao mercado o que há de mais moderno, seguro e robusto em termos de soluções baseadas em management on cloud”, diz Alberto Ferreira, CEO e presidente da Damovo do Brasil. “A nossa experiência em integração de redes de voz, dados e vídeo permite que o desenho desta solução, bem como a implementação e gerenciamento, sejam comprovadamente bem executados.” Segundo Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, o projeto em parceria com a Damovo permite que mais clientes acessem soluções de colaboração da Cisco a partir da nuvem, sem necessidade de adquirir infraestrutura própria e reduzindo custos. “O modelo também garantirá expansões e provisionamentos mais rápidos”, diz Abreu. Um dos grandes atrativos da solução é a entrega rápida dos sistemas, além da alta disponibilidade, baixa obsolescência e o fato de as empresas poderem trabalhar com uma previsão mensal efetiva de custos. Outra inovação é que o dispositivo de acesso ao sistema pode ser desde um desktop até um tablet ou smartphone, e as empresas poderão selecionar grupos de demanda para cada tipo de acesso e de aplicativos.

A melhor experiência Entre os produtos anunciados pela Cisco está o VXC 6215, thin client com atualização de firmware opcional, que oferece capacidade de processamento de voz e vídeo e ajuda a fornecer

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COLABORAÇÃO

COLABORAÇÃO COMO SERVIÇO DEMOCRATIZA USO DE UC Executivos debatem ‘Colaboration as a Service’

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os próximos 3 ou 4 anos, entre 80 e 90% das empresas estarão usando algum tipo de serviço hospedado na nuvem. Isso inclui não só aplicações críticas de negócio, como BI e CRM, mas também ferramentas de comunicação unificada, mensageria, videoconferência e, claro, colaboração. Será o advento do Colaboration as a Service. Executivos da Orange Business Services, divisão da France Telecom, da Cisco e da Informa participaram de uma mesa-redonda para discutir o acesso a ferramentas de colaboração em cloud. Os debatedores foram unânimes: o modelo pode democratizar essas plataformas dentro das empresas, além de prover comunicação imediata e diminuir o tempo de resposta para decisões cruciais nos negócios. “A tecnologia está pronta e os clientes precisam dela. É hora de investir”, disse o diretor sênior de soluções de colaboração da Cisco, Eric Schoch. O novo modelo de colaboração empresarial traz não só agilidade para os negócios, mas também promove a redução dos preços. “É um modelo em que se paga pelas interações, e o foco nos equipamentos deixa de existir”, diz Camille Mendler, analista sênior da Informa. Cédric Parent, diretor de marketing de soluções de comunicação e colaboração da Orange Business Services, ressaltou que essa mudança e consequente queda de preços decorre do fim da necessidade de aquisição de licenças

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e atualização de equipamentos. “Agora é só comprar o serviço, você paga pelo que usa e pronto”, pondera. Além da flexibilidade no atendimento da demanda, o CaaS também permite gestão centralizada, o que facilita o trabalho dos departamentos de TI das empresas. Para Camille, da Informa, o novo modelo de colaboração é uma grande oportunidade de fornecer ferramentas nunca antes disponíveis. “A indústria naval ou petrolífera, por exemplo, precisa

“Agora é só comprar o serviço. Você paga pelo que usa e pronto” — Cédric Parent, diretor de marketing de soluções de comunicação e colaboração da Orange Business Services

de ferramentas que permitam não só comunicação entre seus escritórios, mas também a obtenção de conhecimento em lugares remotos, como plataformas e estaleiros, que antes precisavam mandar helicópteros até suas sedes apenas para buscar alguns dados.” O cenário que surge como consequência da computação em nuvem é profundo, ponderam os debatedores. A inovação está formando uma nova geração de trabalhadores, que espera ter disponíveis capacidades de conexão em qualquer lugar e a qualquer hora. “Conectividade é fundamental para um ambiente de trabalho que pretenda potencializar as capacidades dos trabalhadores”, diz Eric Schoch, da Cisco. No entanto, a adoção de serviços de colaboração na nuvem depende mais de propostas de produtos e serviços que atendam as necessidades de negócio do que de tecnologia. “A Cisco possui tecnologias para atender essas necessidades, mas essa não é a questão principal”, diz Camille. “O importante é descobrir o que os negócios precisam”, completa Schoch. O diretor de marketing da Orange, Cédric Parent, lembra que as mudanças também afetam drasticamente as organizações. As atribuições do CIO, por exemplo, diminuem, uma vez que a adoção de serviços na nuvem passa a ser decidida por departamentos de negócios, e não mais pela área de TI. “A função do CIO é manter a estrutura funcionando”, diz Parent.


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geração web

GÊNERO DE PRIMEIRA NECESSIDADE

Pesquisa global revela que 33% dos jovens compara conexão à web a ar, água, alimento e moradia

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s redes têm um papel cada vez maior na vida das pessoas. Esta é a conclusão do Relatório Mundial de Tecnologia Conectada da Cisco de 2011, segundo o qual um em cada três universitários e jovens profissionais (33%) considera a internet um recurso essencial para o ser humano, assim como ar, água, alimento e moradia. Além disso, mais da metade dos entrevistados não conseguiria viver sem internet e a considera “parte integrante de sua vida” - em alguns casos, mais importante do que carros, namoro e festas.

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Em sua segunda edição, o estudo anual investiga a relação entre comportamento humano, internet e difusão das redes. O objetivo é conhecer o pensamento, as expectativas e o comportamento da próxima geração da mão de obra mundial e como ela influenciará o mundo corporativo. Os resultados também divulgam os desafios das empresas para manterem-se competitivas, levando em conta o futuro das comunicações corporativas, mobilidade e segurança, com tecnologias capazes de fornecer informações em cada vez mais lugares - de data centers virtualizados e computação em nuvem a redes tradicionais com e sem fio. A pesquisa foi realizada em 14 países, com universitários e profissionais com até 30 anos de idade dos EUA, Canadá, México, Brasil, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Itália, Rússia, Índia, China, Japão e Austrália.

Sessenta e cinco porcento dos estudantes e 61% dos jovens profissionais brasileiros consideram a internet tão importante para suas vidas como água, alimento, ar e moradia, enquanto a média mundial é de 33%. Cerca da metade de todo grupo pesquisado nos 14 países (49% dos universitários e 47% dos trabalhadores) acredita que a internet tem um grau de importância “bem próximo” a isso.

Está no sangue Combinados os dois grupos, quatro em cada cinco universitários e jovens trabalhadores, dos países pesquisados, acreditam que a internet é parte vital de seus recursos essenciais diários. Mais da metade dos entrevistados (55% dos universitários e 62% dos trabalhadores) disse que não conseguiria viver sem a internet e a mencionam como “parte integrante de suas vidas”. A taxa no Brasil foi de 66% dos estudan-


tes e 75% dos profissionais pesquisados. Se tivesse de escolher entre um e outro, a maioria dos universitários de todo o mundo - cerca de dois em cada três (64%) - escolheria uma conexão com a internet, ao invés de um carro, índice praticamente igual no Brasil, com 63% dos entrevistados com esta opinião. A China e o Japão destacam-se na preferência de internet frente ao carro, com 85% e 84%, respectivamente. No entanto, mais da metade dos universitários dos EUA, França e Rússia preferem um carro ao acesso à internet.

Vida social Dois em cada cinco universitários entrevistados em todo o mundo (40%) disseram que a internet é mais importante do que namorar, sair com os amigos ou ouvir música, opinião disparada no Brasil, com 72%. Enquanto as gerações anteriores preferiam interagir pessoalmente, a próxima geração indica uma mudança rumo à interação online. Vinte e sete porcento dos universitários entrevistados em todo o mundo disse que se manter atualizado no Facebook é mais importante do que ir a baladas, namorar, ouvir música ou ficar com os amigos. Mais uma vez, a média do Brasil é maior, com 50% dos estudantes achando a interação pelo Facebook mais importante que o contato pessoal. A Espanha também se destaca, com 54% dos estudantes com esta mesma opinião. Dois terços dos universitários (66%) e mais da metade dos trabalhadores (58%) mencionam um dispositivo móvel (laptop, smartphone, tablet) como “a tecnologia mais importante de suas vidas”. No Brasil, a taxa é menor em relação a outros países, com 35% dos estudantes e 36% dos trabalhadores,

que consideram o dispositivo móvel como a tecnologia mais importante. O desktop ainda é o mais importante no País, citado por 47% dos empregados e 52% dos estudantes. Mas os smartphones estão próximos de ultrapassar os desktops na corrida para ser a ferramenta mais prevalente em uma perspectiva global, já que 19% dos universitários consideram os smartphones como seu dispositivo “mais importante” usado no dia a dia, em comparação com os 20% dos universitários que mencionaram seus desktops.

Cerca de nove em cada 10 (91%) dos universitários e trabalhadores (88%) em todo o mundo disseram que têm uma conta do Facebook entre eles, 81% dos universitários e 73% dos trabalhadores verificam sua página do Facebook pelo menos uma vez por dia. Desses, um em cada três (33%) afirmou que faz esse acesso pelo menos cinco vezes ao dia.

NOTA: Mais detalhes sobre o Cisco Connected World Technology Report podem ser obtidos no endereço cisco. com/go/connectedreport.

PALAVRA DE BLOGUEIRO Para comentar a pesquisa e entender as razões dos resultados apurados no Brasil, a Cisco reuniu blogueiros para um café da manhã em sua sede, em São Paulo. Os executivos da companhia, Renier Souza, Ghassan Dreibi e Marco Barcellos, apresentaram os dados e ouviram dos comentaristas virtuais que a facilidade de comunicação nas redes virtuais, tanto para a troca de informações quanto para desabafos e comentários, é que tem ocasionado a atual necessidade de conexão. A demanda por conexão vai tão longe que o levantamento da Cisco identificou uma inversão nos objetos de desejo dos novos profissionais. “Antes, todos queriam uma linha telefônica. Hoje as pessoas estão preocupadas em ter carro, TV, etc. Elas querem um smartphone”, comentou Dreibi. Blogueiros e executivos concluíram que a coqueluche do momento são as redes sociais, e algo que impulsiona as necessidades de comunicação e atualização e potencializa a demanda por conectividade sem fio.

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Borderless Networks

Borderless Networks: nova geração de olho no usuário Quarta fase da arquitetura de Redes sem Fronteiras diminui limites entre uso pessoal e profissional de dispositivos

O

s departamentos de tecnologia da informação das empresas se encontram em um momento particularmente difícil. Nunca antes os usuários corporativos mudaram tão rapidamente a forma de consumir dados, graças à proliferação de

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dispositivos móveis capazes de, por exemplo, gerar e receber vídeo. O trabalho remoto se torna cada vez mais comum, e pode ser feito a partir de qualquer lugar e a qualquer hora. Aos profissionais de rede, dizem as grandes consultorias internacionais, cabe a tarefa de suportar essa enor-

me gama de novos recursos de forma efetiva e segura. De olho nessas dificuldades, a Cisco do Brasil apresentou, em setembro, a quarta fase de sua arquitetura de redes Borderless Networks, ou Redes sem Fronteiras, que conta com novas soluções de segurança, geren-


ciamento e vídeo, visando manter a liderança da empresa no mercado. O conceito de Redes sem Fronteiras, criado pela Cisco, promete funcionamento de forma integrada de funcionalidades desde as mais básicas até as mais complexas, como segurança, gestão de aplicativos e de acesso sem fio, além de aceleração de funcionalidades ligadas ao consumo de energia dos equipamentos. “Pela complexidade das redes atuais, é impossível trabalhar soluções ou equipamentos de forma isolada”, explicou o presidente da Cisco do Brasil, Rodrigo Abreu, durante coletiva de imprensa para o lançamento da nova geração da Bordeless Networks. A atualização privilegiou três aspectos: primeiro, a diminuição das fronteiras entre o uso profissional e pessoal, com tablets e smartphones trazidos pelos usuários inseridos nas redes corporativas; depois, a possibilidade de gerenciamento integrado para os departamentos de TI; por último, suporte a diversos tipos de aplicações trafegadas, principalmente vídeo, que deve representar mais de 50% do volume transportado nos próximos anos. Nesse sentido, a arquitetura de Redes sem Fronteiras incorpora roteadores, switches, mobilidade, segurança e otimização de redes de longa distância. “Estamos em um momento interessante, de aproximar cada vez mais a tecnologia do negócio”, disse Ghassan Dreibi Junior, gerente de desenvolvimento de negócios da Cisco do Brasil. Segundo o executivo, a Bordeless Networks foca sempre a experiência do usuário, e que ela seja de qualidade independente do lugar, momento ou dispositivo de acesso. “O grande problema das empresas em termos de segurança são os dispositivos wireless pessoais conectados

Arquitetura de Redes sem Fronteiras incorpora roteadores, switches, mobilidade, segurança e otimização de rede de longa distância

à rede corporativa. O que a Cisco permite hoje é uma gestão de todos esses dispositivos com segurança e qualidade de acesso”, explicou. O que a nova arquitetura faz é, basicamente, classificar cada um dos acessos feitos a rede corporativa por meio de perfis, não importando o dispositivo utilizado. Essa classificação leva em conta local de acesso e hierarquia do funcionário na empresa, sendo que a triagem é feita a partir da nuvem. “O uso de cloud valoriza o que o usuário pode acessar, deixando de lado a restrição por tipo de dispositivo - nos tornamos agnósticos em termos de device”, contou Dreibi.

Em detalhes Os novos produtos e serviços do portifólio incluem o Cisco Identity Services Engine, ou ISE, mecanismo de políticas centralizadas para a solução TrustSec. Ele permite que as organizações definam e gerenciem políticas de segurança de forma eficiente. O ISE resolve o desafio de aceitar qualquer dispositivo na rede impondo uma política de segurança de acesso com interpretação de contexto. Ele distingue dispositivos de pro-

priedade da organização de dispositivos pessoais, cujo usuário é o dono, e automatiza a segurança em toda a organização com políticas de acesso e criptografia impostas pela rede. Isso simplifica as operações de TI e permite que as definições de política se espelhem nas regras de negócio com base no usuário, dispositivo, aplicação e localização. Para que os departamentos de TI gerenciem as redes e serviços com mais eficiência, o lançamento inclui também o Cisco Prime for Enterprise, criado em uma base centrada em serviços e um conjunto de atributos operacionais comuns. Ele proporciona uma experiência de usuário intuitiva

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Borderless Networks

e orientada para o fluxo de trabalho entre arquiteturas, tecnologias e rede para simplificar o gerenciamento, melhorar a eficiência operacional, oferecer solução rápida de problemas e aumentar a previsibilidade dos serviços. O gerenciamento unificado de acesso para redes com e sem fio é feito com base no perfil do usuário, e fornece visibilidade na política de acesso dos dispositivos para solução mais rápida de problemas e maior eficiência operacional. Assim, pode-se obter diagnósticos inteligentes de mídia, usados ​​ para monitorar, solucionar problemas e relatar sessões e caminhos de mídia da Telepresença, por exemplo, por meio de inteligência de rede incorporada. Novos e avançados recursos de análise e otimização permitem monitoramento sofisticado e aceleram a solução de problemas de aplicativos de rede e de desempenho. Os fluxos de trabalho integrados gerenciam a camada de aplicativo até a infraestrutura, simpli-

ficando o fornecimento e o gerenciamento de serviços como EnergyWise, TrustSec e Medianet, reduzindo erros e acelerando implantações. Por último, o Medianet e a videoconferência permitem a otimização da trans-

missão de vídeos ao incorporar inteligência de mídia e rede para os dispositivos. Seu uso permite às organizações reduzir custos, economizar tempo e tomar decisões melhores para o planejamento de rede e de aplicativos de vídeo.

RECURSOS E FUNCIONALIDADES Os novos produtos e serviços do portifólio incluem as seguintes ferramentas:

Identity Services Engine mecanismo de políticas centralizadas para a solução TrustSec

Prime for Enterprise proporciona uma experiência de usuário intuitiva e orientada para o fluxo de trabalho entre arquiteturas, tecnologias e rede para simplificar o gerenciamento, melhorar a eficiência operacional, oferecer solução rápida de problemas e aumentar a previsibilidade dos serviços

Medianet e videoconferência Os novos produtos e serviços do portifólio incluem o Cisco Identity Service Engine, mecanismo de políticas centralizadas para solução TrustSec

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permitem a otimização da transmissão de vídeos ao incorporar inteligência de mídia e rede para os dispositivos


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O LEGADO DOS MUNDIAIS

Países sede de eventos esportivos, como o Brasil de 2014 e 2016, precisam centrar esforços não só na hospitalidade e disponibilidade de serviços, mas nos dividendos dos investimentos feitos para os espetáculos internacionais

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6 Nec e Cisco na Soccer Ex

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á é regra entre os interlocutores que comentam a infraestrutura necessária tanto para a Copa do Mundo, que mobiliza várias cidades no País, quanto para as Olimpíadas, que acontecerão no Rio de Janeiro, ressaltar que os investimentos nos grandes eventos esportivos devem privilegiar os projetos derivados dos campeonatos, principalmente aqueles ligados à infraestrutura nas cidades sede, item que envolve não só as arenas esportivas, mas o transporte, hospitalidade, segurança pública, broadcast, entre outros. Rodrigo Uchoa, diretor de novos

“Cada evento e país tem orçamentos próprios de TIC para eventos esportivos. A variação vai de US$ 50 milhões a US$ 500 milhões” — Rodrigo Uchoa, diretor da Cisco Brasil

A Cisco marcou presença, em parceira com a Nec, na mostra de tecnologias esportivas Soccer Ex, em novembro, no Rio de Janeiro. Foram demonstradas as soluções da Cisco que não apenas funcionam como sinalização digital, mas integram os sistemas de telefonia IP, lojas, lanchonetes e restaurantes do estádio. Um dos exemplos de aplicação apresentado foi o uso do celular para realizar pedidos de comidas, bebidas ou escolher o conteúdo para as telas dos camarotes. Também foi observado que é possível inserir avisos gerais, como emergências e a indicação das saídas e de procedimentos de evacuação ao público, em tempo real, nas telas de informação espalhadas pelas dependências dos estádios. O pacote Connected Sports é composto por três soluções, a Connected Stadium, a Connected Vision e a Connected Stadium Wifi. A primeira delas é uma rede que reúne acesso, comunicação entretenimento e operação. Esta solução otimiza distribuição de vídeo e realiza serviços de colaboração integrados com dispositivos móveis, além da segurança dos estádios. O Amsterdam Arena, da Holanda, usa a plataforma. O Stadium Vision fornece vídeo de alta definição e conteúdo digital eficiente para todos os monitores de TV do estádio. É possível maximizar receita com patrocinadores, com anúncios customizados. Em linha com a estimativa de que até 2015 os dispositivos móveis cheguem a 5,6 bilhões no mundo com aumento de 2600% na transferência de dados móveis, o Connected Stadium Wifi atende multidões de torcedores, jornalistas e colaboradores do estádio, tanto os que compartilham informações quanto os que trabalham. Esta solução permite aplicativos móveis específicos para estádios.

negócios da Cisco, indica que o provimento de infraestrutura de TIC é uma das estratégias. A fabricante provê a infraestrutura para o planejamento. “Não vemos o evento só pela duração, mas além disso: a maioria dos projetos em que estamos envolvidos ficará como infraestrutura legada, que vai gerar novas oportunidades depois do evento”, diz. Ele cita como exemplo os estádios que estão em construção ou reforma e devem se transformar em arenas esportivas. Depois da Copa e Olimpíadas, poderão sediar outros eventos, gerando

novas divisas e atraindo público. Os investimentos não são demandas só para a Copa ou Olimpíada. “Serão necessárias melhorias na infraestrutura do País e das cidades envolvidas”, comenta. Segundo Uchoa, a Cisco vê este momento como uma oportunidade de reflexão sobre a infraestrutura transportes, aeroportos etc - do País, e percebe os eventos como elementos motivadores para que as melhorias, que já eram necessárias, sejam realizadas. “Os eventos estão expondo as necessidades de melhorias. O País se organiza e dá um salto inevitável. É uma melhoria

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muito maior que nos Estados Unidos ou na Alemanha, que tinham mais infraestrutura. Também será necessário investir em capacitação, pois o inglês não foi uma questão crítica na África, mas aqui será”, alerta o executivo. Com relação às cifras históricas de investimento em TIC para eventos esportivos como as Copas, Olimpíadas, Copa das Confederações e Jogos Militares, Uchoa analisa que cada evento e cada País têm um valor diferente.

“Varia de US$ 50 milhões a US$ 500 milhões, dependendo da competição e local. Entre a Alemanha e a África do Sul houve muita diferença, pois a primeira estava preparada e a outra não. Só em tecnologia, pelo Comitê Organizador e governo, foram quase US$ 500 milhões na África, mas se incluir as operadoras de telecomunicações, este montante pode triplicar”, revela. Uchoa afirma que entre os desafios

6 A telepresença entra no jogo A ESPN estimou uma economia média de US$ 25 mil por entrevista usando a Cisco Telepresença na transmissão ao vivo e gravada dos jogos da 19ª Copa do Mundo de Futebol da Fifa, que aconteceu na África do Sul em 2010. Equipes, jogadores e treinadores foram conectados pela ferramenta. Esta tecnologia permitiu qualidade de vídeo e áudio em alta definição. Foi usada a rede de banda larga da Cisco localizada na África do Sul, o que agilizou a entrega do conteúdo de vídeo. Foi a estréia da solução de vídeo HD TelePresença da Cisco em cobertura ao vivo e em tempo real. A latência foi imperceptível, não importando a distância. No Centro Internacional de Transmissão da Cisco, que fica em Johanesburgo, foi instalado um estúdio remoto para entrevistas com técnicos, torcedores e jogadores.

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a serem aprimorados para sediar estes grandes eventos, o Brasil ainda precisa melhorar a infraestrutura de banda larga fixa e móvel. Principalmente a móvel, segundo Uchoa, porque nas arenas esportivas com alta concentração de pessoas, com dispositivos móveis sofisticados, como smartphones e tablets, esta necessidade será enorme. A maioria que frequenta estes jogos – jornalistas, torcedores – tem alta adoção tecnológica. Tanto para 2014 quanto para 2016, a expectativa é de explosão da difusão dos aplicativos e dispositivos móveis, com o adicional da sofisticação dos sistemas, o que demandará alta capacidade das redes de banda larga, não apenas pela maior quantidade de usuários, mas em razão do requinte das aplicações. As previsões confirmam. Segundo o Instat Research divulgou em julho deste ano, em 2015 espera-se 120 bilhões de conexões hotspot Wi-Fi no mercado global. E neste mesmo ano, o mundo deve contar com 5 a 6 bilhões de dispositivos móveis, de acordo com o levantamento da Cisco, o Visual Networking Index. “De 2010 a 2015, o volume de tráfe-


go móvel global será multiplicado por 26 vezes”, revela Uchoa. Segundo estudo feito pela Cisco, somente o tráfego de vídeo deve representar 66% deste total. Uma explosão de dispositivos, aplicativos e uso de vídeo vai gerar um ambiente onde o maior desafio tecnológico será o desempenho e qualidade da banda larga.

Capilaridade Outro desafio apontado pelo diretor da Cisco é que a Copa acontecerá em 12 cidades e em 32 subsedes brasileiras. “Será preciso manter a qualidade dos sistemas de telecomunicações em todos os municípios”, alerta Uchoa. Para ele, a Telebras e o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) podem ser caminhos que nivelem mais o serviço nas diferentes regiões. Para Uchoa, no Brasil apenas uma parte da infraestrutura de centros como São Paulo e Rio de Janeiro tem maturidade. “Diferente de Manaus, Natal ou mesmo a região Sul do País. O interior receberá times e há uma grande diferença histórica no volume de investimentos nas capitais e nas cidades menores. Numa Copa, não pode haver desigualdade na qualidade da infraestrutura da banda larga, pois receberemos jornalistas, turistas e jogadores”, pondera. Mas então por onde começar? Quais são os investimentos imprescindíveis? Um dos focos neste planejamento, segundo a Cisco, são as redes Wi-Fi como complemento às redes banda larga móvel. “Parte da solução do problema de expansão da rede de banda larga móvel é o uso cada vez maior com novas funcionalidades para suportar a alta concentração de dispositivos no mesmo local – estádios, centros de convenções etc”, cita Uchoa.

6 Experiência regional De 16 a 24 de julho de 2011, as tecnologias de conectividade, comunicação, segurança eletrônica e distribuição de vídeo digital da Cisco foram utilizadas nos V Jogos Militares Mundiais do Rio de Janeiro. O evento envolveu 6 mil participantes de 144 países e 20 modalidades esportivas, marcando a migração das competições dos quartéis para as instalações olímpicas e a internet. A Cisco participou dos projetos de comando e controle, dos centros integrados da rede de transporte e ainda do sistema integrado de áudio e vídeo. O coronel Luiz Krau, da Fundação Ricardo Franco, detalha: “foram fornecidos os equipamentos de rede tradicionais, como switches, roteadores, sistemas de integração de rádio comunicação, no caso Ipics e também câmeras digitais wireless”. Segundo Rodrigo Uchoa, diretor de novos negócios da Cisco, um dos grandes desafios era desenvolver uma solução que permitisse a produção de conteúdo audiovisual e sua distribuição para mais de 100 países através de novos mecanismos como a Internet. Como o evento não tinha um grande apelo de mídia, foi criada uma divisão de áudio/vídeo para tentar gerar visibilidade, de acordo com Roberto Gomes, da mesma Fundação. A internet assumiu um papel primordial na distribuição deste conteúdo e integrou todos os países participantes da competição. Dezesseis engenheiros especializados da Cisco foram responsáveis pelo planejamento, implementação e operação das plataformas. Instalado nos lugares de competição e Internet, o Siav (Sistema Integrado de Áudio e Vídeo) permitiu o acompanhamento em tempo real das competições. A tecnologia permitiu transmitir sinais de vídeo ao vivo e pré-gravados para mais de 100 países, enviando para smartphones e tablets, com alto desempenho. A operação começava quando a transmissão ao vivo iniciava. Era feito o monitoramento e controle de qualidade, com uma equipe dedicada para garantir o recebimento do sinal com qualidade por todos os dispositivos em todos os países participantes. “Nosso sistema, por suas características de abrangência, constitui-se na maior e mais importante solução do gênero implantada no Brasil”, afirma Krau. Amos Maidantchik, diretor do segmento de governo da Cisco, explica o peso de esportes e entretenimento para a companhia: “esta experiência nos credencia e nos prepara para contribuir, provendo soluções aos grandes jogos que vêm pela frente: em 2014 na Copa do Mundo e 2016, nos Jogos Olímpicos”. No balanço dos Jogos, o Brasil superou as expectativas e conquistou 114 medalhas, ficando em 1º lugar. Para os envolvidos, foi um marco na utilização da Internet como um dos principais canais midiáticos.

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Tecnologia LTE Ele também lembra que o governo se preparar para ter prontas as redes LTE (4ª geração da telefonia celular) para a Copa, em 2014. Porém, ainda há pendências a serem resolvidas com as operadoras, já que essas alegam já terem investido muito na terceira geração (3G) e não acham que sejam válidos novos aportes para um evento de apenas 30 dias. A Cisco acredita, portanto, que a tecnologia Wi-Fi pode ser, mais uma vez, uma alternativa. “Esta tecnologia tem um papel importante na transição do 3G para o 4G. Ela pode oferecer o mesmo nível de serviço que seria ofertado pelo 4G, sem depender da liberação, leilão de freqüência, nova regulamentação e, principalmente, novos investimentos. “O Wi-Fi deve assumir um papel mais relevante que a LTE para a Copa, atendendo à demanda e com investimentos menores”, diz Uchoa.

Reforço internacional E a operação brasileira da Cisco recebe forte apoio da matriz para desbravar os investimentos junto com clientes e parceiros. O suporte completo vem da unidade de esportes e entretenimento, que demonstra a relevância da área e do próprio marketing da corporação, que definiu a estratégia do patrocínio da Olimpíada de Londres em 2012. Uchoa reitera que apesar dos desafios ligados à infraestrutura, TIC também é um componente estratégico em segurança pública, hospitalidade, atendimento ao turista, saúde, educação etc. “Não dá para integrar as polícias, capacitar colaboradores, viabilizar transporte público e aeroportos eficazes sem TIC. Atuamos

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Vice-almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, na organização do 5º Jogos Mundiais Militares, que aconteceram no Rio de Janeiro, em 2011

fortemente em Telecom, mas também temos como estratégia levar TIC aos demais setores”, diz.

Marca das Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro

Por parte do governo e da iniciativa privada, o primeiro ciclo de investimentos planejados para a Copa está estimado em R$ 24 bilhões, e inclui somente aeroportos, mobilidade urbana, estádios e portos. “Historicamente, a tecnologia embarcada nestas áreas varia de 2% a 5% do total. Acho que cerca de 5% deste valor, de R$ 500 milhões a R$ 1,3 bilhão, seja TIC dentro destes projetos”, esclarece Uchoa. O segundo ciclo de investimentos programados para a Copa está atrasado e se espera que seja definido em 2012. Nele deve se estabelecer valores para sustentabilidade, segurança, hotelaria, segmento turístico, Telecom, TI, energia e saúde. E nele, a Cisco pode não só ser uma fornecedora temporária, como agregar valor com sua experiência.


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usuário conectado

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CONEXÃO MÓVEL SEM RESTRIÇÃO

Cisco, Intel, IDC e Telefônica debatem tendências de uso da telefonia móvel, necessidade de gerenciamento e expansão do volume de dados. E concluem: a segurança é ponto crítico

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qui no Brasil os dados da Anatel registram expressivos crescimentos da base de telefones celulares prépagos, mas mundialmente é no ambiente corporativo que o uso de dispositivos móveis tem apresentado maior destaque. O estudo Connected Life User Experience, feito no ano passado, indica um crescimento de 20%, sendo as empresas responsáveis por 14% dos novos negócios e o uso pessoal 7%. “Isto mostra a força de uma tendência que classificamos como ‘Bring Your Own Device’, pela qual cada vez haverá menos fronteiras entre a utilização pessoal e profissional dos dispositivos. Os usuários estão intensificando o uso de equipamentos pessoais no trabalho”, afirmou Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, em painel sobre a era dos zetabytes, realizado em setembro. O debate também contou com a participação dos presidentes das operações brasileiras da Intel, Fernando Martins; da IDC, Mauro Peres; e da Telefônica, Vladimir Barbieri. Pelo estudo “Stracting Value from the chaos”, da IDC, o volume de informações mais que dobrará a cada ano e em 2020 deve chegar a 1.9 bilhão de terabytes. No mundo já se somam 2.6 bilhões de smartphones, 1.3 trilhão de sensores, 25 bilhões de dispositivos inteligentes em operação. A expectativa é que

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cerca de US$ 4 trilhões sejam gastos para organizar parte das informações entre 2005 e 2015. A grande mudança discutida pelos executivos foi que na época do mainframe, a informação era estruturada e mais controlada por

“Padronização do monitoramento do tráfego IP permite identificar anomalias, verificar corrupção, acompanhar tráfego de voz, vídeo e ERP” — Rodrigo Abreu, presidente da Cisco Brasil

poucos, enquanto hoje 90% são dados não estruturados, o que deve demandar, até 2020, dez vezes mais servidores e duas vezes mais investimentos em sistemas de gerenciamento e mão de obra. Como alternativa para minimizar o esforço imposto aos departamentos de TI das corporações, o cloud computing é visto por 98% dos entrevistados no levantamento pela IDC como tendência consolidada e não algo passageiro. Em quatro anos, 10% das informações deverão estar em cloud computing. A segurança ainda parece uma questão que demanda atenção, pois, segundo Peres, apenas 1/3 dos dados têm proteção mínima. Outro comparativo comentado no debate é o crescimento em 1,5 vez dos esforços humanos para dar conta do volume de informações geradas, enquanto as máquinas para a mesma demanda provavelmente cresçam 20 vezes. Chama a atenção também o crescimento de tráfego IP na América Latina ser o maior do mundo, e a previsão de que ele terá um aumento de 50% ao ano até 2015, por causa da ampliação de dispositivos pessoais integrados às redes de dados. Em 2015, a proporção deve ser de dois dispositivos conectados per capita. Os participantes reforçaram que 90% do tráfego da Internet deverá ser de vídeo.


Segurança da informação

“Tem sido mais perigoso perder o smartphone do que a carteira” — Vladimir Barbieri, presidente da Telefônica no Brasil

Com relação à segurança, a Telefônica tem oferecido aos clientes corporativos a possibilidade de, em períodos de fechamento de balanço, por exemplo, bloquear tráfego de vídeo e priorizar ERP (os sistemas de gestão). “Hoje, se uma rede para, um banco não abastece o ATM (caixa eletrônico), uma escola não fornece o conteúdo e uma montadora não faz um carro”, comenta Barbieri. Fernando Martins, da Intel, analisou que a segurança tem sido tão importante para a empresa que, não por acaso, compraram a McAfee. “Integramos arquitetos de processamento aos de segurança. Temos

Sem controle Abreu mencionou que o volume de dados globais está dobrando a cada 18 meses, praticamente revisando a lei de Moore, que previa que o poder de processamento dos computadores (a informática geral, não os computadores domésticos) dobraria a cada 24 meses. No Brasil, por exemplo, estima-se que sejam gerados, mensalmente, 3 hexabytes de dados. “Comparado ao ritmo de crescimento no mundo, temos um crescimento dobrado de dados”, pontua o executivo da Cisco. As empresas têm cada vez mais lidado com colaboradores que usam redes sociais, chat e mensagens instantâneas por smartphones e tablets e, definitivamente, distinguirão cada vez menos a utilização pessoal e profissional de seus equipamentos. Tanto que Vladimir Barbieri, da Telefônica, comparou: “tem sido mais perigoso perder o smartphone do que a carteira.”

“O cloud computing é visto por 98% dos entrevistados no levantamento da consultoria como tendência consolidada e não algo passageiro. Em quatro anos, 10% das informações deverão estar em cloud computing” — Mauro Peres, presidente da IDC Brasil:

“Integramos arquitetos de processamento aos de segurança. Temos aliado soluções de software ao hardware e, de 2010 a 2015, devemos melhorar em cinco vezes a eficácia dos processos de nuvem” Fernando Martins, presidente da Intel do Brasil

aliado soluções de software ao hardware e, de 2010 a 2015, devemos melhorar em cinco vezes a eficácia dos processos de nuvem”, destacou. Abreu aponta a padronização do monitoramento do tráfego IP como caminho para uma maior segurança. “É possível identificar anomalias, verificar corrupção, acompanhar tráfego de voz, vídeo e ERP, e levar a gestão das redes IP para qualquer dispositivo”, disse. Barbieri indica necessidade de estabelecimento de políticas, processos e treinamentos com funcionários, agora que as fronteiras entre navegação corporativa e pessoal são tênues demais. “Com a M2M, teremos que ‘capacitar’ a geladeira para não fazer compras quando a família sair de férias”, lembrou.

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smart grid

SMART GRID: O FUTURO DAS REDES ELÉTRICAS Tecnologias de redes inteligentes atendem a expectativas de preservação ambiental, aumentam lucratividade de concessionárias e facilitam a gestão do consumo

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preocupação com o meio ambiente há muito deixou de ser mera bandeira de ativistas. São muitas as empresas que perceberam os bons resultados obtidos com a adoção de políticas ambientais, e as vantagens decorrem não só dos consequentes ganhos de uma imagem “responsável”, muito apreciada pela opinião

pública e, claro, pelos consumidores, mas também por outros puramente econômicos, decorrentes da adoção de medidas de redução de consumo de energia elétrica, por exemplo. Na contramão dessas prerrogativas, a entrada massiva de tecnologias da informação e de telecomunicações nas empresas aumenta o consumo de energia elétrica. O número de

“O século XXI exige a integração de redes de comunicação inteligente” — John Chambers,presidente mundial da cisco

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data centers aumenta na medida em que os servidores transmitem cada vez mais áudio e vídeo a um número crescente de dispositivos, como notebooks, tablets, smartphones... Assim, o consumo de energia sobe cada vez mais, fator preocupante, já que muitos países não adotam fontes de geração de energia renovável e precisam utilizar cada vez mais combustíveis fósseis (ou nucleares) para dar conta da demanda. Na outra ponta desta cadeia de consumo estão as grandes usinas produtoras de energia. Elas, ao contrário de muitas outras indústrias, registraram pouca evolução no seu modelo de negócios no último século. Mas as mudanças decorrentes da reformulação das redes de transmissão, da convergência com as telecomunicações e a inovação de subestações, transformadores e até no processo de medição de consumo podem mudar esse retrospecto historicamente negativo. Claro que essas mudanças não ocorrem da noite para o dia, uma vez que neste setor as decisões só são tomadas depois de muito planejamento. Mas nos próximos 20 anos, a estimativa é que os consumidores de energia elétrica contem com recursos de inteligência que permitam programar gastos e aumentar a vida


útil das redes de transmissão, ativo muito caro às empresas geradoras. É aí que entram os smart grids. Em termos gerais, smart grid, ou rede inteligente, é a aplicação de tecnologia da informação (TI) no sistema elétrico de potência, integrada aos sistemas de telecomunicações e à infraestrutura de rede automatizada. Ele envolve, entre outras medidas, a instalação de sensores nas linhas de transmissão e o estabelecimento de sistemas de comunicação confiável. Esses sensores possuem chips integrados, que geram informações sobre a operação e desempenho da rede, como tensão e corrente, e as analisam para determinar, por exemplo, se a tensão está muito alta ou baixa. Se algum problema é detectado, as informações são enviadas para um sistema analítico central, que irá utilizar os dados para determinar o que está errado e quais as medidas a serem tomadas.

Contabilidade As vantagens da aplicação desses sistemas são várias. Primeiro, a empresa concessionária ganha eficiência, consumindo menos energia para manter a mesma qualidade de prestação de serviço, isso sem contar a redução das emissões de carbono, no caso de usinas que utilizam fontes não-renováveis. Confiabilidade é outro fator importante. A rede inteligente detecta falhas ou redução do desempenho dos equipamentos que compõem a rede, permitindo que a concessionária consiga repará-los ou substituí-los antes que haja interrupção do forne-

Laura Ipsen: “Temos mais de 200 clientes ao redor do mundo, que incluem desde empresas de energia até companhias como a Petrobrás”

Neste contexto, a Cisco considera que a criação de estratégias efetivas de negócios e políticas públicas deve ajudar a transformar a indústria elétrica global, exigindo alinhamento da política, economia e tecnologia. Na vice-presidência da área de Energia Conectada da Cisco – que conduz as operações da empresa no campo de smart grid – está, há dois anos, a executiva Laura Ipsen. “Temos uma arquitetura fim a fim, que vai da geração ao consumo”, explica Laura. “Começamos com a automação de subestações e hoje temos mais de 200 clientes ao redor do mundo, que incluem desde empresas de energia até companhias como a Petrobrás, do setor de petróleo e gás.”

Tudo IP cimento de energia. A rede consegue detectar uma falha e localizá-la com precisão, permitindo respostas muito rápidas ao problema e isolando o impacto aos clientes. Na prática, esses recursos evitam grandes blecautes. Uma última vantagem diz respeito à integração da rede de ponta a ponta, que permite, por exemplo, a instalação de medidores inteligentes na casa do consumidor, painéis solares ou veículos elétricos. O setor elétrico encontra-se, portanto, em um ponto de inflexão, no qual ritmo de mudança e oportunidade de novos negócios aceleram. Políticas energéticas e mudanças estruturais combinam evolução social e tecnológica, criando pressão sobre a indústria elétrica, relativas a novos designs, modos de operação, infraestrutura e regulação.

Segundo Laura, muitos desses clientes procuram a Cisco para definir a estrutura de smart grid a ser empregada. “Não fabricamos o medidor eletrônico, mas fornecemos a inteligência do medidor”, explica. “As tecnologias de smart grid permitem à empresa de energia capturar a informação gerada em sua operação, que pode até ser transformada em novas fontes de receita no futuro.” Laura também enumera que, em curto prazo, a oportunidade para as empresas de energia é o aumento de eficiência. “Antes de tudo é preciso criar esse ‘tecido’ de redes de transmissão IP, desde a geração de energia na usina até a casa do consumidor”, explica. Atualmente, a Cisco possui projetos de smart grid em grandes empresas de energia ao redor do mundo, in-

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smart grid

1 cluindo Ásia, Austrália e Estados Unidos. Neste último, uma das maiores preocupações é aumentar a segurança das redes. Já no Brasil, a grande oportunidade é reduzir fraudes. Nesse caso, a diminuição do número de ocorrências decorreria do uso de medidores digitais, mais difíceis de serem fraudados que os tradicionais. Além disso, com esses equipamentos conectados, a medição do consumo de energia pode ser feita a distância. O País, no entanto, ainda não possui um mercado regulado para o smart grid. Os primeiros passos estão sendo dados pelas concessionárias, com projetos pilotos e iniciativas internas de implantação. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mantém na gaveta desde 2009 uma resolução baseada em consulta pública para a instalação de medidores, devido principalmente aos altos custos dos projetos e a inexistência de padrões de mercado, entre outras divergências.

Soluções A Cisco possui um portifólio extenso de soluções de smart grid. Elas compreendem inclusive automação de subestações, por meio de robustos roteadores e switches preparados para lidar com esses ambientes hostis. As tecnologias EnergyWise e Network Building Mediator estão no pacote de gestão corporativa de energia, que auxiliam as empresas a reduzir custos e a pegada de carbono.

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Soluções da Cisco incluem tecnologia de segurança física e virtual, além de serviços para adequação regulamentar e mitigação de ameaças

No que tange a segurança da rede inteligente, as soluções da Cisco incluem tecnologia de segurança física e virtual, além de serviços para adequação regulamentar e mitigação de ameaças. Com relação à implantação e operação de data centers, a Cisco possui expertise reconhecida no provimento de tecnologia segura e altamente escalável no manejo e storage de dados, inclusive para operações de smart grid. Com o ecossistema de parceiros, também são oferecidas uma ampla carteira de serviços para smart grid, que inclui planejamento, construção e execução de soluções para transmissão e distribuição automatizada, além de segurança, manejo e medição energética tanto residencial como corporativa.

Transformação Segundo o presidente e CEO da Cisco, John Chambers, a estratégia da empresa no setor de energia é resolver os problemas dos clientes utilizando tecnologias de rede e arquiteturas inteligentes e integradas.

“Transformar a produção, distribuição e consumo de energia usando plataformas IP fim a fim é o melhor caminho para a sustentabilidade”, diz. Essa visão, que prevê uma abordagem arquitetônica sobre as necessidades dos clientes, é positiva também na prevenção de problemas como latência e interconectividade. “As empresas também ganham segurança, pois essa rede em malha é a plataforma ideal para defesa”, explica o CEO. Chambers também chama a atenção para utilização de plataformas de colaboração na estrutura corporativa das concessionárias. O uso de ferramentas como o Cisco Quad e o WebEx, incorporadas a dispositivos móveis com vídeo - como o tablet Cius - e aplicadas ao cotidiano de uma usina de energia podem contribuir muito para o ganho de eficiência e agilidade na resolução de problemas. “O século XXI exige a integração de redes de comunicação inteligente. A Cisco reconhece a oportunidade e a responsabilidade apresentada.”


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smart grid

Duke Energy adota soluções de smart grid da Cisco

Além de garantir confiabilidade da rede, com maior visibilidade e análise em tempo real, projeto de smart grid da Duke Energy, melhorou a segurança da infraestrutura

C

onforme a infraestrutura da Duke Energy crescia nos EUA, a rede de sistemas de subestações cada vez mais complexa desafiava a companhia. Os ativos legados começaram a limitar a disponibilidade de dados em tempo real para telemetria, e os sistemas se tornavam limitados em termos de escalabilidade. Para agravar o cenário, a empresa contava com equipamentos com mais de uma década em serviço e um plano orçamentário que restringia atualizações rápidas. Para lidar com essas questões, os gestores começaram a planejar uma série de iniciativas para melhorar as subestações da concessionária e integrar suas capacidades de rede, criando um smart grid automatizado sobre dispositivos eletrônicos inteligentes (IEDs), relays de proteção e rede baseada em IP. A Duke Energy é uma das maiores

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empresas de energia elétrica nos Estados Unidos, com quatro milhões de clientes. Sua capacidade de produção é de aproximadamente 35 mil megawatts. A empresa também opera usinas de geração de energia na América do Sul, incluindo de energia renovável. O projeto de smart grid da empresa incluía a criação de uma rede coesa em todos os sistemas da planta e na área corporativa. Baseada em protocolos padronizados, a infraestrutura, além de ajudar a garantir a confiabilidade da rede com maior visibilidade e análise em tempo real, também objetivou melhorar a segurança, proporcionando maior visibilidade sobre o desempenho e a saúde dos sistemas de subestação. Foram implementados IEDs para coletar mais dados de telemetria para monitoramento, registro e auditoria e prolongar a vida útil de ativos com diagnósticos remotos e manutenção preditiva. “Reconhecemos que, com o crescente número de dispositivos inteligentes na subestação, que contam com o protocolo IP para comunicações, precisávamos de dispositivos de rede altamente confiáveis e robustos para suportar essas duras condições ambientais”, diz Elvis Landry, gerente de design e suporte da rede de telecomunicações da Duke Energy. “O roteador e switch conectado em grid da

Cisco alterou totalmente nosso desafio ambiental, aumentando a flexibilidade operacional”, completa.

Solução A Duke Energy tomou a decisão de adotar padrões da indústria para garantir a confiabilidade do equipamento mesmo em ambientes hostis como os das subestações. Eles escolheram o padrão IEEE-1613 como referência, para blindar equipamentos de comunicação contra interferências eletromagnéticas e condições meteorológicas extremas. Com base neste protocolo, a empresa escolheu duas soluções da Cisco, o Connected Grid Router 2010 (CGR 2010) e o Connected Grid Switch 2520 (CGS 2520) como infraestrutura de rede IP para suas subestações primárias. Ao ampliar a infraestrutura IP, a Duke é agora capaz de suportar transmissões operacionais e não operacionais de dados em uma única rede. Hoje, a empresa conecta suas subestações usando as mesmas ferramentas do sistema corporativo, proporcionando maior transparência e capacidade de gerenciamento de ativos de rede dentro de cada localidade. Melhor visibilidade e controle remoto desses dispositivos melhoraram a confiabilidade da rede e produtividade. O novo nível de automação permite um gerenciamento de programas de manutenção proativa com base em sistemas telemetria mais precisos e completos. A padronização também protege o investimento e permite, eventualmente, a adição de serviços como voz sem fio, sobre IP (VoIP) e vídeo de negócios. Segundo as empresas, o total apoio da Cisco ao protocolo IPv6 protege o investimento e garante a implantação de novas tecnologias para manter as redes de subestação seguras, confiáveis e escaláveis para os próximos anos.

6 Empresa de energia passa a suportar transmissões operacionais e não operacionais de dados em uma única rede


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gartner

VÍDEO assume a liderança Cisco explica por quê deposita várias fichas na inegável tendência de inclusão do vídeo em todas as aplicações, sejam elas corporativas ou pessoais

hora, em qualquer lugar e de qualquer dispositivo. “Nós, fornecedores de soluções, não temos opção senão suportar tudo isso”, disse O’Kon.

Any...

A Cisco destacou o Branch Transformation 3.0 durante a exposição do Symposium ITXpo 2011. Solução possibilita rápida implementação de filiais, maior uso de vídeo, mobilidade, alta performance de comunicação e redução de custos

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Cisco participou ativamente do Symposium ITxpo 2011, realizado em São Paulo, no fim de outubro, pela empresa de pesquisas e consultoria em tecnologia Gartner. A edição brasileira do evento – que acontece em várias cidades do mundo – é o principal encontro do Gartner no País e apresentou conteúdos estratégicos e pesquisas de mercado exclusivas. Participaram mais de 1,1 mil pessoas, incluindo mais de 200 CIOs e 24 analistas internacionais. As sessões expuseram temas estratégicos como tendências de TI, computação em nuvem, outsourcing, mobilidade, mídias sociais, segurança, desafios para os CIOs, entre outros. O diretor de engenharia para colaboração para a América Latina e Caribe da Cisco, Mariano O’Kon, foi o responsável por mostrar aos participantes do

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6 Os gastos em cloud computing devem crescer 5 vezes mais rápido que outros investimentos em TI evento as principais apostas da empresa para a área. E a onipresença do vídeo nas plataformas de negócio continua sendo a maior delas. “A nova experiência de colaboração da Cisco inclui componentes de mobilidade, sociais, visuais e virtuais”, explicou O’Kon. “E o vídeo permeia todo esse contexto, permitindo o que as pessoas mais querem: se relacionar.” Com a explosão de dispositivos conectados e as empresas se tornando cada vez mais sociais, a onipresença do vídeo é iminente, e altera o jeito como as pessoas se relacionam, acredita a Cisco. E essa mudança permite uma gama de novas formas de colaboração, que pode acontecer a qualquer

Explicando a proposta “anywhere, anytime, any device” da Cisco, O’Kon apresentou no ITxpo uma série de soluções para suporte de vídeo, incluindo os novos dispositivos compatíveis com Telepresença, tecnologia que vem sendo usada de forma pioneira na América Latina pelo setor de saúde, em países como Argentina e Chile. Outras tecnologias, como o Vídeo Content, o Jabber e os clientes para virtualização da Cisco, “colocam as pessoas no centro das atenções dos departamentos de TI das empresas, cada vez mais sociais”, explica O’Kon. O estande da Cisco no evento destacou o Branch Transformation 3.0, solução voltada para o rápido avanço tecnológico das filiais das empresas, e que possibilita o uso da tecnologia para otimizar negócios ou criar novos serviços. A solução possibilita ainda o maior uso de vídeo, mobilidade, alta performance de comunicação e redução de custos para os clientes, independente da quantidade de filiais.

NO TOPO DA LISTA Os quatro grandes pilares de crescimento, segundo o Gartner: 1 cloud computing 1 mídias sociais 1 explosão de dados (ou informações) 1 mobilidade


NOVA RODADA DE INVESTIMENTOS EM TI Gartner diz que mercado de TIC no Brasil está saudável e se manterá em expansão

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urante o Symposium ITxpo 2011, o Gartner fez prognósticos bastante otimistas sobre o mercado de tecnologia da informação e comunicação (TIC) no Brasil para os próximos anos. Os gastos com TI no País, revelou a empresa de pesquisas, devem chegar à marca de US$ 143,8 bilhões no ano de 2012, resultado 10,1% superior aos US$ 130,6 bilhões registrados em 2010. O setor deve crescer anualmente, até 2014, uma média de 9,9%, resultado muito acima do registrado por países como EUA e Japão – a média mundial não ultrapassará os 5%. “As organizações brasileiras abraçaram a recessão global como uma oportunidade e buscaram a tecnologia como um fator decisivo, o que ajudou o País a se recuperar rapidamente na demanda e no crescimento de TI”, disse o vicepresidente e global head de pesquisas do Gartner, Peter Sondergaard. O analista acredita que o papel da TI dentro das empresas mudou radicalmente, uma vez que as novas tecnologias não só suportam os negócios, mas também criam novos produtos e serviços. “Somente este ano, 350 companhias globais vão investir mais de US$ 1 bilhão em tecnologia”, diz o executivo. Esse impulso na adoção de TI pelas empresas (e também pelos consumidores) se vincula a quatro grandes pilares, segundo o executivo: cloud computing, mídias sociais, explosão de dados (ou informações) e mobilidade. A mudança dos tradicionais modelos

“Até 2014, lojas de aplicativos serão implementadas por 60% das organizações de TI. O impacto dessas forças fará com que as arquiteturas dos últimos 20 anos fiquem obsoletas” — Peter Sondergaard, vicepresidente do Gartner

de TI para novas formas de negócio baseadas em nuvem ainda se encontra em estágio inicial, avalia o Gartner. Os gastos de US$ 74 bilhões em cloud este ano representam apenas 3% dos gastos totais com tecnologia das empresas. No entanto, esses serviços devem crescer 5 vezes mais rápido que outros investimentos em TI. No caso das mídias sociais, Sondergaard acredita que o próximo passo

após a massificação – 20% da população mundial participa ao menos de uma rede social – é a integração de clientes, cidadãos e funcionários com os sistemas empresariais de colaboração. Quanto às empresas, 58% delas usam alguma mídia social, sendo o Facebook e o Twitter as duas preferidas, e mais 21% delas estão se preparando para lançar alguma iniciativa. “Os líderes de TI devem incorporar imediatamente as capacidades de software social em seus sistemas empresariais”, defende o analista. A mobilidade consolida essas mudanças e já deixou de ser tendência. Segundo a empresa de pesquisas, entre 2010 e 2016 serão vendidos quase 920 milhões de tablets no mundo. Os sistemas operacionais para computadores deixarão de ser predominantes em 2014, uma vez que dispositivos como smartphones serão maioria. É uma mudança grande não só comportamental ou para os departamentos de TI das empresas, mas também para a setor, já que empresas como a Microsoft perderão relevância. “Até 2014, lojas de aplicativos serão implementadas por 60% das organizações de TI. O impacto dessas forças fará com que as arquiteturas dos últimos 20 anos fiquem obsoletas”, ponderou Sondergaard.

6 O mercado de TI no Brasil, segundo o Gartner: 1 US$ 130,6 bilhões, em 2010 1 US$ 142 bilhões, em 2011 1 US$ 143,8 bilhões, em 2012 37


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OPERADORAS

OPERADORAS EM AÇÃO

TIM e Claro anunciam projetos milionários para atender demanda crescente

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vertical de operadoras da Cisco do Brasil está em um momento tão aquecido quanto o mercado de banda larga do País. Aliadas a boa situação econômica e aos investimentos governamentais, a explosão de dados - oriunda da adoção massiva de smartphones e tablets - e a entrada das provedoras de TV a cabo no mercado de conexões rápidas acelera os investimentos em infraestrutura. “Estamos presentes em todas as operadoras, gigantes, grandes e médias, com abrangência”, diz Rodrigo Dienstmann, diretor de operadoras da Cisco do Brasil. “A Cisco está presente neste negócio com tecnologias cada vez mais relevantes, pois o crescimento dessas empresas está atrelado à oferta de dados, data center e vídeo, em que temos posição excepcional”, completa, ao dizer que, hoje, a parti-

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cipação da vertical de operadoras é de aproximadamente 50% no faturamento total da Cisco do Brasil. As soluções são diversificadas. O cerne do fornecimento repousa sobre as arquiteturas de roteamento, que

trabalhado não só na adequação e posição de redes móveis, mas também em projetos da nova tecnologia chamada SP WiFi. Com ela, a partir de hotspots espalhados pela cidade, é possível utilizar redes WiFi para escoar tráfego 3G

6 A Claro anunciou investimentos em infraestrutura e capacitação de rede com a tecnologia IP RAN para suportar a redes 4G. Até o fim de 2011, a operadora pretende ter 100% da sua rede de acesso em IP conectam desde as regiões metropolitanas (Carrier Ethernet) até backbones internacionais, para transmissão de dados de redes fixas e móveis. Tecnologias da Cisco estão presentes na parte de switching e servidores de data centers em praticamente todas as grandes provedoras de rede nacionais. Novas soluções de mobilidade também estão em foco. A Cisco tem

em redes de mais baixo custo, além de agregar valor para o cliente final. A telepresença é outro destaque. “Em 2011, praticamente todas as grandes operadoras compraram soluções de telepresença para uso interno”, conta Dienstmann. Para o diretor, enquanto utilizam a tecnologia, além de obter vantagens operacionais (aumento da produtividade e redução de custos com


viagens), as operadoras naturalmente procuram formas de vender a tecnologia como um serviço. Durante o Futurecom 2011, a Embratel foi a primeira operadora do País a lançar uma oferta desse tipo com equipamentos da Cisco.

Demanda O crescimento das operadoras está muito acelerado, graças à explosão de dados de vídeo e à penetração da banda larga. Em 2011, o Natal promete ser “dos smartphones”, aumentando ainda mais a demanda. “Os serviços de data center e vídeo estão fazendo com que a Cisco alcance níveis de venda inéditos”, diz Dienstmann. E o futuro também reserva diversificação das soluções adotadas pelo mercado. A Cisco deve continuar investindo nas arquiteturas tradicionais, mas o aumento desproporcional do consumo de vídeo deve motivar as operadoras a consumir ainda mais soluções na área de redes óticas, data center e cloud computing. Segundo Dienstmann, “todas as operadoras estão nos procurando ao se depararem com a demanda, mas em velocidades diferentes”. Esse movimento não se restringe aos grandes players. As pequenas operadoras também estão crescendo, como é o caso daquelas atuantes no mercado de TV a cabo, setor recentemente regulamentado. Elas precisam de toda sorte de serviços, desde financiamento até assistência técnica, para o projeto de suas redes. Suas necessidades tecnológicas são tão sofisticadas quanto às das grandes operadoras. Essas empresas, chamadas de “challengers”, ou desafiantes, contam com uma área exclusiva na Cisco, que cuida das operadoras de menor porte, dedicada a entender o mercado e criar soluções compatíveis

com as restrições de pessoal e recursos.

Casos de sucesso Nos últimos meses, algumas operadoras divulgaram esforços de modernização de suas redes com a utilização de soluções da Cisco. É o caso da TIM, que investiu R$ 1,3 milhão na migração de sua rede para o protocolo IPv6. Assim, a operadora espera obter ganho imediato de escala para roteamento e transporte de dados, sobretudo em serviços como vídeo e IPTV, além de expandir o portifólio de serviços e base de clientes. A condução do projeto foi realizada em parceria com Cisco e Promon Logicalis. As empresas construíram o planejamento técnico e a definição das ações para determinar padrões e configurar a rede e os sistemas. “Com a preparação da rede IP, a Intelig (do grupo TIM Brasil) garante a expansão da

“Estamos presentes em todas as operadoras” — Rodrigo Distmann, diretor da Cisco Brasil

quantidade de números IP disponíveis”, explica Claudio Merulla, responsável pela rede de transporte da TIM Brasil. “Além disso, passa a contar com novas tecnologias para ampliar a capacidade de uso dos serviços de voz e dados.” “Todas as operadoras estão com iniciativas extremamente sérias para o IPv6, pois essa é uma migração inexorável”, diz Rodrigo Dienstmann. Conforme acabam os endereços IPv4, as operadoras estão fazendo um roadmap que envolve não só novos equipamentos, mas também uma estratégia operacional para convivência das duas arquiteturas e distribuição de investimento. Outra grande operadora nacional, a Claro anunciou recentemente investimentos em infraestrutura e capacitação de rede com a tecnologia IP RAN (IP Radio Access Network), que interliga estações rádio base ao backbone com fibra ótica. O objetivo é suportar a próxima geração de redes móveis (4G). Além disso, até o fim de 2011, a Claro pretende ter 100% da sua rede de acesso em IP, e a Cisco é uma das fornecedoras da solução. “Estamos nos preparando para ter uma rede de acesso totalmente IP, com mais de 8,5 mil roteadores instalados, utilizando prioritariamente a fibra ótica como meio de transporte, e totalizando mais de 89 mil quilômetros de fibra construídos”, diz Márcio Nunes, diretor de plataformas e rede da Claro. Atualmente, a Claro possui 73% de seus sites 3G com a tecnologia IP RAN. O investimento anunciado pela operadora no Brasil até o fim de 2012 é da casa de R$ 3,5 bilhões. Considerando todas as empresas do grupo América Móvil – Claro, Embratel e NET – serão R$ 10 bilhões na ampliação de rede e na conquista de novos mercados.

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SAÚDE

PLANTÃO MÉDICO Cisco encabeça projetos de telemedicina para comprovar que a prática não só reduz custos, mas aumenta a escala de atendimentos e soluciona problemas como a remoção de pacientes críticos

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Cisco começa a colher os frutos dos projetos que vem realizando ao redor do mundo para disseminar os benefícios da utilização da telemedicina na solução de diferentes demandas na área de saúde. A companhia conta com uma nova vertical que, ao lado da de educação, é uma das prioritárias da empresa e, há três anos, vem conduzindo oito projetos pilotos com diferentes aplicações em telemedicina. Os primeiros resultados dessa iniciativa começam a surgir agora. No Chile, onde a Cisco realizou um projeto piloto logo após o terremoto de fevereiro de 2010, a empresa integra pelo menos

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dois consórcios vencedores das licitações públicas para a instalação da tecnologia. E na Argentina, o piloto realizado em um hospital de excelência pediátrica gerou um projeto de 130 pontos, atualmente em licitação. Gustavo Menendez-Bernales, diretor do internet business solution group da Cisco, diz que a telemedicina é uma das aplicações mais promissoras para a tecnologia de vídeo - uma das cinco prioridades da Cisco, e vista pela empresa como a new voice. “Assim como a voz foi o elemento de comunicação até agora, a empresa entende que o vídeo será a nova forma de comunicação de toda a

sociedade futura. Acreditamos que a tecnologia terá muito impacto na área de saúde, e decidimos fomentar pilotos em conjunto com parceiros ao redor do mundo, cobrindo distintas necessidades. E acreditamos que o vídeo aplicado na área médica tem muito a impulsionar”, diz Menendez.

Reconstrução O executivo esteve no Brasil para uma apresentação no 1º Congresso Anual Mundial de Assistência Médica – América Latina, realizado entre os dias 24 e 25 de outubro no Rio de Janeiro. No painel “Inovações Tecnológicas Acessíveis para Teleatendimento


e Atendimento de Saúde”, Menendez apresentou na palestra “Inovação e Modelos de Colaboração por meio de Soluções de Telesaúde, uma Perspectiva Latino-americana”, os resultados dos pilotos realizados na Argentina, Chile, EUA, Nova Zelândia, Índia, França, Escócia e China. Nos projetos, além da tecnologia, a Cisco entra com as soluções para automatizar o fluxo de trabalho, oferecendo uma camada de serviços de consultoria que auxiliam os clientes na implementação dos projetos e, sobretudo, no gerenciamento da mudança. No Chile, por exemplo, o projeto auxiliou o ministério da saúde local a recuperar quase 60% da capacidade operacional do sistema de saúde perdida durante o terremoto de 27 de fevereiro de 2010. O projeto buscou usar a tecnologia para prover maior capacidade opera-

cional médica, principalmente para os hospitais menores que não tinham tantos médicos nem infraestrutura, mas receberam muitos pacientes. Foram instaladas salas de telepresença em um hospital central de alta complexidade, em dois hospitais remotos de médio e pequeno porte de áreas rurais e em um centro de atenção primária à saúde em Santiago, cidade mais afetada pelo terremoto. A partir daí, foram oferecidas especialidades nas áreas clínica, cardiológica, de nefrologia, psiquiatria, pediatria, dermatologia e gastro. Os resultados podem ser medidos pela redução do tempo de espera para atendimento, que caiu de 200 para cinco dias, e pelo enxugamento de processos, que foram reduzidos de 70 passos mais burocráticos, dos quais os médicos não participavam, para apenas 10 etapas, com a partici-

Vertical de saúde da Cisco vem conduzindo projetos pilotos com diferentes aplicações de telemedicina

Gustavo Menendez-Bernales, diretor do internet business solution group da Cisco: telemedicina é uma das aplicações mais promissoras para a tecnologia de vídeo

pação ativa dos médicos. “A decisão médica se tornou muito mais ágil”, observa Menendez.

Medicina a distância Na Argentina o projeto foi conduzido com o Hospital Garrahan, unidade nacional de excelência em pediatria e doenças infecciosas e o melhor hospital infantil daquele país. A unidade atrai para suas instalações, em Buenos Aires, pacientes de todo o país, o que colapsa o atendimento. O projeto visa atender os pacientes a distância, sem que ele precisem ir a Buenos Aires, para otimizar a capacidade do hospital e evitar transtornos com pessoas que têm problemas de locomoção. O piloto foi feito com um hospital da cidade de Neuquen, na Patagônia, e agora o governo está expandindo para 130 hospitais com recursos de fundos do Ministério de Ciência e Tecnologia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. “Os resultados podem ser comprovados pela checagem dos diagnósticos feitos a distância que se mostraram iguais em 99% dos casos. Além disso, houve alto índice a satisfação dos usuários - médicos, pacientes e pais”, observa Menendez.

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SAÚDE

6 A uso de telemedicina na reconstrução do sistema de saúde do Chile, após o terremoto de 2010, gerou os seguintes benefícios: 1 Tempo de espera para atendimento caiu de 200 para cinco dias 1 Os processos foram reduzidos de 70 passos mais burocráticos para apenas 10 etapas

Clínica virtual Nos EUA, a própria Cisco participou do projeto da medicina laboral, com a instalação de equipamentos no campus onde trabalham 10 mil funcionários da empresa. O campus ganhou uma clínica virtual conectada com uma clínica de seguro médico. Já na China, a telemedicina foi utilizada em unidades móveis de atendimento. Na Nova Zelandia e na Índia o projeto envolve telemedicina rural para acesso dos médicos a localidades remotas. Equipados com laptop contendo tecnologia de vídeo e câmara de alta definição, os médicos se conectam, por meio de aplicativos de consulta médica eletrônica, a um centro médico remoto que provê as especialidades. Uma

informação de ultrassonografia pode ser enviada ao centro e este responde com um diagnóstico, interage com o médico por vídeo e, em alguns casos, também com o paciente. Na França, a Cisco conectou o Hospital de Paris a uma casa geriátrica para evitar os traslados dos pacientes idosos, gerando principalmente economia financeira, já a remoção de pacientes geriátricos exige ambulância e equipe de apoio, com enfermeiros e motorista, a um custo elevado e agravado pelo tempo - se a consulta dura mais de seis horas tem que trocar outra equipe. O ministério da saúde francês não divulga os valores, mas os resultados apontam para uma economia substancial, assegura Menendez.

Questões regulatórias Cada país tem suas particularidades, mas os que mais avançaram na regulação de telemedicina foram a Colômbia e o Brasil, que têm regras mais voltadas para medicina rural e em comunidades indígenas, mas ainda não regulou a prática médica. Já a Colômbia estabeleceu que, para as instituições fazerem telemedicina, será necessário obter uma creditação como entidade emissora e receptora de telemedicina.

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Frutos Todas essas iniciativas foram realizadas em parceria com services providers, fabricantes e operadoras de telefonia, cada um aportando sua especialidade sem custo. Além dos projetos em fase de licitação pelos governos chileno e argentino, a experiência tem gerado negócios em outros países da região. No México, por exemplo, a Cisco implementou um projeto com 170 pontos para o Instituto de Serviços Sociales de Traballadores Del Estado. Os pontos podem ser uma sala primária de saúde, um consultório ou hospitais. Na Colômbia, duas instituições privadas já manifestaram interesse em fazer telemedicina. Nos EUA há uma parceria com uma instituição que quer fazer telemedicina para países da América Latina. No Brasil, a Cisco negocia projetos com dois hospitais de excelência em São Paulo. A estratégia é seguir com outros pilotos em áreas que não foram contempladas e áreas de inovação como telemedicina no leito paciente ou na transferência de pacientes de salas primárias de saúde para hospitais de alta complexidade. “Queremos seguir fazendo mais pilotos diferentes e relevantes E para os que já fizemos estamos vendo muitas oportunidades de mercado”, conclui Menendez.


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caso de sucesso

MEIO MILHÃO NO CAIXA Ramos Transportes adota solução de rastreabilidade e de VoIP em projeto que gera redução de custos de R$ 500 mil por mês

A

os 73 anos e entre as maiores e mais tradicionais transportadoras do País, a Ramos Transportes contabiliza os resultados de projetos pioneiros na América Latina: a instalação de uma estrutura de telefonia baseada em VoIP centralizada, facilmente gerenciável e com custo de operação reduzido e de uma rede WiFi para controle de reastreamento de cargas, além da

adoção de coletores de dados. Os projetos da companhia mineira fundada por Roque Ramos em 1938 foram conduzidos pela NEC do Brasil, em parceria com a Cisco, para prevenir problemas no gerenciamento das comunicações e operações da Ramos. De acordo com o gerente de infraestrutura de TI da Ramos Transportes, Fabiano Matos Pinheiro, em ambos houve ganhos em termos de flexibilidade e escalabilidade, além da redução de custos. “O atendimento ágil e a eficiência operacional são elementos cruciais para o nosso negócio. Conseguimos aumentar a eficiência operacional e facilitar ações de manutenção e gerenciamento, além uma redução de custos de cerca de R$ 500 mil por mês”, destaca.

Centralização

“O atendimento ágil e a eficiência operacional são elementos cruciais para o nosso negócio” Fabiano Matos Pinheiro, gerente de infraestrutura de TI da Ramos Transportes

Com filiais em todo o Brasil e em contínua expansão, a transportadora atualmente possui 68 unidades. A estrutura de rede WiFi suporta cerca de 500 coletores de dados utilizados para controlar e rastrear o fluxo de cargas. O sistema possui cerca de 2 mil ramais, entroncamento SIP com operadora e plano de numeração para todo o Brasil, além de interfaces em todas as filiais e infraestrutura wireless com gerenciamento centralizado. Luiz Villela, diretor de marketing e negócios da NEC no Brasil, explica que o projeto viabilizou a centraliza-

ção do atendimento por meio de um único call center. “A constante expansão da Ramos Transportes tornou os negócios da empresa extremamente capilarizados. Por isso, desenvolvemos uma solução totalmente customizada e pioneira na América Latina, atendendo especificamente às necessidades do cliente”, afirma. A Cisco participou do projeto auxiliando no entendimento total da operação do cliente e fornecendo uma solução de colaboração, com alto custo-benefício. O alto conhecimento do time de vendas da fabricante sobre os seguimentos verticais também foi parte integrante no entendimento total das necessidades do cliente, o que fez da Cisco e da Nec consultores de tecnologia de confiança da Ramos. No estabelecimento do conceito de colaboração, as ligações telefônicas entre as filiais passaram a ser realizadas como se fossem por ramais e as ligações para números externos são contabilizadas com tarifação única, contribuindo também para a redução de custos com telefonia. “Essa estrutura se tornou vital para as operações da Ramos, pois alimenta todo o sistema de logística das cargas. Procuramos a NEC em um momento em que constatávamos certa instabilidade e, como sempre, a resposta foi imediata e eficiente”, finaliza Pinheiro.

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INTRANETS SEGURAS E EXPANSÍVEIS COM GET VPN Pode-se empregar GET VPN para a montagem de um grupo Intranet e, ao mesmo tempo, IPSec tradicional para uma conexão Internet segura por Alexandre M. S. P. Moraes*

O

termo VPN (Virtual Private Network) é utilizado para representar tecnologias que se propõem a emular as características de uma rede privada mesmo quando os dados são transportados sobre uma infraestrutura compartilhada. A motivação comum às várias soluções de VPN é prover uma alternativa ecomonicamente viável aos circuitos dedicados de comunicação WAN, sem comprometer os aspectos de segurança. Mas o termo segurança é abrangente e pode representar recursos bem distintos quando considerado sob a perspectiva de cada tecnologia analisada. As duas modalidades mais comuns de VPN (IPSec e MPLS-VPN) são otimizadas para resolver problemas complementares e possuem desafios também complementares. A arquitetura de segurança IPSec provê respostas para as questões de criptografia de dados, integridade, autenticação e gerenciamento de chaves criptográficas. E tudo isso é feito através de protocolos e algoritmos padronizados, fato este que a tornou uma referência quase onipresente quando o assunto é VPN. No entanto, o modelo IPSec prevê o uso de negociações ponto a ponto entre as partes comunicantes e encontra desafios, principalmente de roteamento, quando precisa ser implantada em larga escala. Já o serviço MPLS-VPN provê a segmentação lógica da Rede de transporte

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e roteamento otimizado (any-to-any) mas não traz qualquer definição associada à classe de disciplinas tratadas pelo framework IPSec. Diante das capacidades expostas, consideremos agora a demanda de montar a Intranet de uma grande empresa que usa Comunicações Unificadas IP entre seus sites (interesse de tráfego any-to-any) mas que, para atender a regulamentações de seu segmento de mercado, precisa lançar mão dos benefícios providos pelo IPSec (especialmente criptografia de dados). Em primeira análise, duas respostas simplistas poderiam ser apresentadas: Montar sessões IPSec ponto-aponto entre cada entidade remota e o site central. Tal abordagem não seria satisfatória, pois poderia comprometer a meta de delay aceitável (150ms) para o tráfego de voz. Além disso, estaríamos abrindo mão da conectividade full-mesh que caracteriza o MPLS. Configurar sessões (túneis) entre cada dois pontos remotos, de modo a evitar a passagem pela localidade central. Além de ser praticamente ingerenciável sob o ponto-de-vista de configuração, um tal cenário ainda exigiria que cada gateway de VPN remoto (tipicamente um roteador) suportasse um número muito grande de túneis simultâneos, o que implicaria aumento de custo. Se a mera sobreposição do IPSec e ao MPLS não atende as necessidades especificadas, por que não desenvolver

uma tecnologia que utilize as definições IPSec sem dispensar a conectividade otimizada provida pelo MPLS ? Foi exatamente o que a Cisco fez… Tomando por base a RFC 3547 (Group Domain of Interpretation – GDOI) e assumindo a premissa de que para Intranets não é necessário se preocupar com a questão de esconder o endereçamento IP privado, foi criada tecnologia Group Encrypted Transport VPN (GET VPN), cujas características essenciais são elencadas a seguir: Criação de Security Associations para grupos de gateways em vez do tradicional ponto-a-ponto. Tal escolha se justifica, pois no âmbito de Intranets assume-se que os gateways VPN participantes possuem o mesmo nível de confiança. O controle de admissão de um gateway (Group Member, no contexto GET VPN) a um grupo é efetuado por uma nova entidade denominada Key Server, a qual também é responsável por distribuir, de forma centralizada, as chaves e políticas de criptografia a serem usadas pelos membros do grupo. Preservação do cabeçalho IP no pacote criptografado, sem mudar o formato de pacote IPSec (ESP) padronizado. Isso significa que um pacote criptografado com GET VPN é um caso particular de IPSec e, portanto, permite o aproveitamento de todos os algoritmos e hardwares criptográficos construídos para a tradicional tecnologia de VPN.


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Alguns benefícios decorrem naturalmente de tais definições: A preservação do cabeçalho garante que os pacotes cifrados usem o mesmo roteamento dos pacotes nãocifrados, dispensando assim a criação de uma nova camada de roteamento para o tráfego VPN. O valor do campo DSCP é automaticamente copiado para o header IP externo e, portanto, o investimento em QoS (classificação e marcação) continua válido para o tráfego cifrado. Pode-se contabilizar a utilização da rede, por usuário, independentemente dos pacotes serem cifrados, o que representa um ganho de visibilidade em relação ao IPSec tradicional. Dado que os Group Members possuem a chave para decifrar o tráfego enviado por qualquer membro do grupo, torna-se natural e direta a distribuição de conteúdo multicast com criptografia (de forma idêntica à que se faria para tráfego não cifrado). Ressalte-se aqui que o GET VPN é a primeira tecnologia

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a vencer tal desafio. O gerenciamento de políticas de criptografia é bastante facilitado, pois é feito pelo Key Server de maneira centralizada. Isso é particularmente relevante para os provedeores de serviço que não mais necessitam configurar túneis VPN e definições de interesse de tráfego cifrado em centenas de equipamentos. Um aspecto crítico a se manter em mente é que um roteador habilitado para tal solução não deixa de dispor dos recursos do IPSec clássico. Pode-se empregar GET VPN para a montagem de um grupo Intranet e, ao mesmo tempo, IPSec tradicional para uma conexão Internet segura. Outro ponto relevante é que um mesmo roteador pode participar simultaneamente de vários grupos distintos, permitindo, assim que se obtenha uma solução simples de isolamento de departamentos dentro de uma mesma empresa. Esta capacidade de extrair o melhor dos mundos IPSec e MPLS-VPN faz

da solução GET VPN uma excelente escolha para a montagem de Intranets seguras, particularmente para aquelas instituições que precisam seguir regulamentações mais restritivas (tais como as dos setores financeiro, de saúde e governamental). Portanto, se você tem um projeto de Rede WAN e se preocupa com segurança de dados, é altamente recomendável que considere esta poderosa opção de conectividade segura.

Para saber mais sobre a tecnologia GET VPN: http://www.cisco.com/en/US/products/ps7180/index.html Mini Biografia * Alexandre M. S. P. Moraes é graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e atua como Engenheiro de Sistemas na Cisco desde 1998. Está baseado em Brasília e possui as certificações CCIE (Routing/Switching, Segurança e Service Provider) e CISSP.


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