CISCO LIVE MAGAZINE EDIÇÃO 07

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> 3º trimestre 2012 | edição 7

Tecnologia é a solução Setor bancário aposta em tecnologias da informação e telecomunicações como forma de atender clientes cada vez mais refinados; mobilidade e internet banking são principais escolhas

HSBC Banco investe em vídeo e equipe de TI traça estratégia para ter alto nível de certificação Cisco

Colaboração Demanda por videoconferências e expansão dos dispositivos móveis alavancam projetos de comunicações unificadas no Brasil

Caso de sucesso Michael Page terceiriza infraestrutura e expande comunicações IP 1


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editorial sumário

BOUTIQUES DE RELACIONAMENTO s resultados da pesquisa anual da Febraban, sobre os investimentos dos bancos e instituições financeiras em novas tecnologias e na manutenção do parque de TI, nos mostram uma grande e constante migração das transações para o meio eletrônico. A internet está em primeiro lugar, mas também, nessa área, a mobilidade dá sinais de crescimento, com o mobile banking. Esse novo comportamento social, que fez os bancos apresentarem investimentos e despesas de R$ 18 bilhões em 2011, com 42 milhões de correntistas usando a internet para acessar os serviços bancários, muda o perfil das agências bancárias. As salas de autoatendimento estão maiores e refinadas, com ATMs mais ágeis e cada vez mais inteligentes. E na área interna, o relacionamento. Os caixas, em número diminuto, ainda têm demanda, porém em dias concentrados e em menor volume do que há 10 anos, por exemplo. Como já previam os especialistas no setor financeiro há alguns anos, o relacionamento interno para investimentos, esclarecimento de dúvidas, obtenção de crédito, e outros serviços, levam as agências a se transformarem em boutiques, área em que os bancos podem explorar seus diferenciais. Na reportagem de capa dessa edição, uma frase se alinha a todo esse contexto de alto investimento e nos chama a atenção: se considerarmos os serviços bancários como comodities, a disponibilidade dos serviços se torna um grande diferencial competitivo. É assim que um dos executivos do HSBC, ouvidos pela equipe de jornalistas da Cisco Live, define o atual cenário de oferta cada vez maior dos serviços pelos canais eletrônicos, algo que tenciona a rede corporativa dos bancos, a infraestrutura por onde trafegam bilhões de reais ao longo de cada ano. Robustez, escalabilidade e estabilidade são requisitos indispensáveis a qualquer infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação (TIC) que um banco deseje implementar hoje. E não se pode ignorar a expansão das conferências em vídeo, também relatadas na reportagem de capa, e o acesso móvel. Enfim, vimos durante o Cisco Plus Brasil 2012, evento que reuniu toda a comunidade Cisco, em abril, no Rio de Janeiro, que, foco de alguns setores, como educação e saúde, nos investimentos em TIC, a infraestrutura que suporta os negócios no Brasil, independente do segmento, está em evidência e nós, aqui na Cisco, estamos prontos para apoiar parceiros e clientes em diferentes projetos alinhados às atuais e futuras demandas.

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Curtas Dicas de preparação para os exames de certificação; Virada Digital cria rede de conhecimento e inovação; área de commercial da Cisco do Brasil tem nova diretora; Girl’s Day e Beehive integram iniciativas de responsabilidade social

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Colaboração Dispositivos móveis e vídeo impulsionam comunicações unificadas

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Data centers Linha Cisco UCS reduz custos e abre caminho para as nuvens

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Serviços gerenciados Operadoras reagem à queda de receitas e lançam novas ofertas

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Bancos Para atender demanda, instituições financeiras investem mais em TICs

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Qualificação Equipe de suporte IP do HSBC se concentra em certificações Cisco

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Nova voz Videoconferência permite ao HSBC aumentar eficiência e reduzir custos

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Outsourcing e colaboração Michael Page terceiriza infraestrutura e expande comunicações IP

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Velocidade ATG adota rede de baixa latência em ambiente de missão crítica

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Futuro Fabricação e pesquisa receberão R$ 1 bilhão da Cisco até 2014

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Saúde Informatização aumenta eficiência do setor

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Segurança Rede surge como posição privilegiada na guerra contra o cibercrime

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Suporte Smart Care agrega expertise de parceiros e dá segurança aos clientes

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Artigo Cresce importância do roteador na gestão da nuvem

Educação Analistas e professores debatem vantagens da tecnologia no ensino

Abraços, Marco Barcellos

cisco live magazine é uma publicação da Cisco do Brasil Equipe Responsável Cisco do Brasil

Diretor de Canais Eduardo Almeida

Presidente Rodrigo Abreu

Diretor de Marketing & RP Marco Barcellos

Diretor de Engenharia de Sistemas Marcelo Ehalt

Conselho Editorial Adriana Bueno, Carolina Morawetz, Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho, Kiki Gama, Mariana Fonseca, Monica Lau e Marco Barcellos

PRODUÇÃO Comunicação Interativa Editora Jornalista Responsável Jackeline Carvalho MTB 12456 Diretora de Redação Jackeline Carvalho

Reportagem Jackeline Carvalho Marcelo Vieira Colaboração Especial Carmen Lucia Nery (RJ)

Asssessoria de Imprensa In Press Porter Novelli

Gráfica Inergraf

Arte Marcelo Max

Tiragem 5000 exemplares

Revisão Comunicação Interativa

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6 QUASE UM VESTIBULAR Ana Lúcia de Faria, arquiteta de soluções da Cisco do Brasil, dá dicas de como se preparar para os exames de certificação Cisco

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anter funcionais e altamente eficientes as redes internas das corporações, que não param de crescer, exige profissionais capacitados. Ao oferecer treinamento para as mais recentes tecnologias, certificando a capacidade técnica e fornecendo recursos para um aprendizado contínuo, o programa de certificações da Cisco auxilia não só os profissionais de

redes, mas também às empresas que os empregam juntamente com o mercado como um todo. Para Ana Lucia de Faria, arquiteta de soluções da Cisco do Brasil e detentora de duas certificações da empresa (Cisco Certified Internetwork Expert, ou CCIE, em router switching e service provider), o programa traz duas grandes vantagens. A primeira é o reconhecimento do mercado

de tecnologia. “Eu, que trabalho na Cisco, sou cobrada por meus clientes”, diz ela, que se recorda de uma história. “Lembro que o primeiro cliente que visitei pela Cisco perguntou se eu tinha certificação. Isso marcou muito e me motivou a buscar a qualificação.” O segundo bom motivo para ter a certificação é a própria satisfação pessoal. E as dificuldades não devem desmotivar os interessados em passar pelo processo de certificação. Ana Lúcia tem algumas dicas. Estabelecer metas ajuda, pois sem elas o estudante é tentado a dar mais atenção a outras atividades. Formar um grupo de estudo também pode ser uma boa solução. “É preciso esforço, mas compensa tanto em termos profissionais como pessoais”, incentiva a arquiteta de soluções.

6 VIRADA DIGITAL CRIA GRANDE

REDE DE CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

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nir inovação e interatividade em busca de um desenvolvimento cada vez mais sustentável é o objetivo do festival Virada Digital, que aconteceu entre os dias 11 e 13 de maio em Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. A Cisco foi uma das patrocinadoras do evento, que contou com painéis, palestras, conferências, seminários, debates, oficinas, demonstrações científicas, shows e ações especiais, tudo gratuito. Foram 74 atividades nos três

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dias do evento, que terminou com a proposta de tornar mais acessíveis conteúdos e tecnologias. “Eventos como esse deveriam acontecer em todas as cidades”, pondera Flávio Provedel, da Networking Academy da Cisco e coordenador de uma oficina de conectividade e montagem de computadores, oferecida durante o evento. Ricardo Santos, responsável pelo desenvolvimento da vertical de educação da Cisco do Brasil, proferiu uma palestra sobre a tecnologia

aplicada à educação. “Hoje os alunos vivem conectados e é muito importante para o professor e para a escola se adequarem a esse novo perfil.” Agora, o festival se transforma na Caravana Digital. Em novembro de 2012, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília terão uma edição extra do evento. Depois, a Caravana visitará mensalmente cada uma das 12 cidades brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.


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6 Girl’s Day

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6 TALENTO

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na Claudia Plihal assumiu recentemente a direção da área de commercial da Cisco no Brasil. Responsável pela atuação da fabricante no segmento de pequenas e médias empresas, a executiva tem como objetivo expandir a base de parceiros por meio do programa Cisco PartnerLed, que reforça a estratégia de atuação da Cisco com a colaboração dos canais. A executiva responderá diretamente ao presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Abreu, e substitui Marco Sena, diretor de commercial para América Latina que acumulava a função também no País. Ana Claudia trabalhou na Microsoft nos últimos 14 anos. Também ocupou posições como gerente de produtos, gerente de vendas para o mercado de médias empresas, entre outras. Antes da Microsoft, foi gerente de marketing de produto da Oracle. É graduada em Administração de Empresas e Ciência da Computação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Marketing Estratégico pela ESPM.

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omo parte das iniciativas de responsabilidade social da Cisco, a empresa participou do Girl’s Day, movimento global para incentivar as mulheres a atuarem no setor de tecnologia da informação e telecomunicações. A iniciativa é da ITU (International Telecommunication Union), organização das Nações Unidas para o setor de tecnologia da informação e comunicação. A Cisco do Brasil sediou, em seus escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, dois dos vários eventos realizados no mundo. Participaram mais de vinte garotas de 15 a 18 anos de idade, alunas do Networking Academy em organizações não-governamentais como a Aldeias Infantis e a Fundação Despertar. Durante o evento, as meninas puderam interagir, por telepresença, com participantes do mesmo evento na Cisco de Portugal. A programação incluiu ainda palestras sobre mercado de trabalho em tecnologia, dicas para procurar emprego e a importância de se ter certificações para atuar no setor, entre outros assuntos.

6 RETORNO SOCIAL

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tilizar a tecnologia para informar e mudar a vida de pessoas de baixa renda: esse é o objetivo da One Economy, organização global sem fins lucrativos que lançou no Brasil, com o apoio da Cisco e de outros parceiros, o Beehive Brasil (brasil.thebeehive.org). O site foi criado para conectar pessoas de baixa renda a conteúdos online como empregos, finanças, saúde, educação, direitos civis e outras questões pertinentes a todo cidadão. Beehive, que em português significa “colmeia”, é um projeto global já lançado na África, Europa, México, Ásia e Oriente Médio. Desenhado para ajudar pessoas com pouca experiência na internet, o site facilita o encontro de informações que ajudarão as pessoas a se integrar melhor na economia nacional.


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COLABORAÇÃO TEM GRANDE POTENCIAL DE CRESCIMENTO NO PAÍS Popularização de dispositivos inteligentes e do vídeo online impulsionam ferramentas de comunicação unificada e pautam rumos da Cisco

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m mundo em que o número de dispositivos móveis é maior que o de habitantes deve ser realidade até 2015. Infelizmente isso não significa que cada ser humano no planeta será dono de um smart device, e sim que os usuários avançados (os chamados “heavy users”) terão cinco ou seis deles, entre laptops, tablets e smartphones (incluindo aparelhos que ainda nem foram inventados). Essa perspectiva impacta diretamente os rumos da Cisco, uma vez que todo esse aparato estará conectado em rede, e através dele será possível acessar a web e as redes sociais, ver vídeos e, mais importante, colaborar e produzir. A colaboração, aliás, foi um dos temas de destaque do Cisco Plus Brasil 2012, realizado no Rio de Janeiro. O “Colaboration Day”, período do evento dedicado exclusivamente a discutir os rumos e soluções da empresa para as comunicações unificadas do futuro, definiu colaboração como “parte fundamental da estratégia da empresa, talvez com o

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maior potencial de crescimento no País”, segundo o presidente da Cisco do Brasil, Rodrigo Abreu. “Essa migração vai acontecer muito rápido”, definiu. Quatro grandes pilares sustentam a estratégia no segmento de colaboração da Cisco: visual, virtual, social e mobilidade. Esta última é, com a popularização dos dispositivos móveis, a mais consolidada no País. O vídeo (incluído no primeiro pilar), por sua vez, é o que exercerá maior impacto sobre a infraestrutura das redes do futuro, tanto nas empresas como nas operadoras. “O vídeo está se tornando a nova voz”, disse o diretor de arquiteturas para a Cisco na América Latina, Carlos Torales, repetindo o lema que a empresa adotou nos últimos anos para a divulgação de suas tecnologias de colaboração. “O mundo está geopoliticamente diferente, muito mais conectado, e a economia está mudando muito rápido. A colaboração surge neste contexto como forma de aumentar a produtividade.” Segundo o executivo, cerca de

60% das companhias atualmente avaliam adotar ferramentas para unificar suas comunicações. Deste total, 31% o farão através de ofertas via cloud computing, ponderou o vice-presidente global para desenvolvimento de negócios da matriz americana da Cisco, Pat Romzek. “A virtualização permite entregar as mesmas soluções de ambientes físicos via nuvem, com benefícios financeiros, flexibilidade e agilidade, e permitindo vantagens estratégicas para companhias cada vez mais globais.”


6 Cerca de 60% das companhias atualmente avaliam adotar ferramentas para unificar suas comunicações

Casos de sucesso Nada mais apropriado para falar sobre comunicações unificadas do que apresentar histórias de uso da tecnologia em empresas do ramo de mídia. Durante o “Colaboration Day”, a Editora Abril, com sede na capital paulista, e a TV Globo, com sede no Rio de Janeiro e filiais espalhadas por todo o Brasil, compartilharam suas experiências na implantação de novas infraestruturas de comunicação utilizando padrões IP (internet protocol).

No caso da Editora Abril, a necessidade de mais robustez para suportar a criação de novos serviços e reduzir custos pautou a renovação da infraestrutura de comunicação da empresa. As demandas, oriundas tanto de jornalistas como de funcionários administrativos, incluíam o uso da nuvem, a necessidade de agregar dispositivos pessoais na rede corporativa com segurança (consumerização), mobilidade e o uso intenso de vídeo. “Nossas preocupações incluíam não só a entrega da tecnologia, mas também o ajuste de todo o ecossistema em torno dela”, explicou Gerson Ferreira, gestor da área de TI da editora. Padronização foi a palavra chave do processo. A empresa optou pela utilização de soluções Cisco pela possibilidade de implantar uma arquitetura ponta a ponta, ou seja, que não oferecia riscos de integração entre as diferentes soluções. Como resultado, só a plataforma de voz sobre IP permitiu reduções de custos com telecomunicações na casa de 40%. Também foram implantadas soluções de WiFi, LAN, WAN e, claro, segurança. “Cerca de 44% dos funcionários já usavam dispositivos pessoais para trabalhar, isso em março de 2011”, disse Ferreira, justificando a necessidade de soluções de defesa em uma rede de acessos tão voláteis. Também foram implantadas soluções de telepresença nos escritórios da Editora Abril no Rio de Janeiro e em Brasília, além da sede em São Pau-

lo, para uso inclusive dos jornalistas. Eles utilizam a tecnologia para fazer reuniões e entrevistas remotas. “O jornalista consegue fazer entrevistas por telefone, mas em alguns casos nada substitui o ‘olho no olho’”, explicou o gestor. Há ainda oito salas de videoconferência que integram os escritórios paulistas da empresa. A interoperabilidade dos sistemas foi fator fundamental, pois eles são utilizados para reuniões com parceiros da editora, que muitas têm instaladas soluções de outros fabricantes.

Globo Já a TV Globo optou pela implantação de um sistema de telefonia IP em toda a Central Globo de Produção (ou CGP, também conhecida como Projac). Trata-se de um projeto longo, que começou em 2007 e que deve terminar apenas em 2012. O processo de migração para o novo padrão de voz começou na filial da Globo em São Paulo. As vantagens observadas foram tamanhas que o projeto migrou para o Rio de Janeiro. Tudo com tecnologia Cisco. São 2.800 ramais integrados, que abrem portas para outros serviços como videochamada, videoconferência, colaboração, serviços virtualizados... “Assim a telefonia passa a ser um serviço adicional, mais um item no desktop, o que facilita a gestão e gera economias”, concluiu Claudio Rangel, gestor de tecnologia e suporte da TV Globo.

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UMA CENTRAL DE DADOS MAIS SIMPLES E BARATA Linha UCS da Cisco se baseia em arquitetura unificada que reduz custos de propriedade e prepara empresas para um futuro virtualizado

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oração, do latim cordis. Em tradução livre centro, núcleo. É um dos músculos mais importantes do corpo humano, uma vez que dele depende a circulação sanguínea e a alimentação de todas as células do organismo. Nas redes de dados atuais, o data center é o coração que alimenta uma infinidade de terminais conectados (fixos, móveis, virtualizados etc). Para atender às atuais e futuras demandas por dados, as empresas preci-

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sam primeiro voltar sua atenção para os centros de dados (data centers), agentes críticos para a transformação das organizações, que precisam ser cada vez mais dinâmicas e eficientes. Ao encontro dessa ideia, a estratégia da Cisco para o segmento se baseia em oferecer uma arquitetura fim a fim de padrões abertos, que simplifica e otimiza o desempenho, reduzindo custos de propriedade e aumentando a produtividade. Durante o Cisco Plus 2012, no Rio de Janeiro, os data centers receberam

atenção especial. Com o movimento rumo à nuvem, esses equipamentos serão o centro das infraestruturas de TI da maioria das corporações do futuro. Atualmente, boa parte delas possui infraestruturas legadas que, apesar de entregarem desempenho e qualidade, geram altos custos de operação e complexidade. Além disso, com os consumidores se movendo cada vez mais para os ambientes virtualizados, surge a necessidade de combinar legado e novas tecnologias. “As ofertas de TI como serviço exi-


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6 O UCS proporcionou, segundo a Cisco, economia de custos e benefícios significativos de negócios em todas as indústrias e cenários gem prontidão para missão crítica de aplicativos, velocidade nas configurações ‘self-service’ e economia, ou seja, uma nova abordagem”, explicou Matt Erickson, gerente de desenvolvimento de negócios e parceiros da Cisco das Américas. “O que sugerimos é uma combinação do que há de melhor nos dois mundos.” A estratégia de data center da empresa se baseia em oferecer uma arquitetura unificada de padrões abertos (x86), que considera três grandes pilares: fabric, computação e gerenciamento unificados. “O foco deixa de, simplesmente, estar sobre as tecnologias e passa para as reais necessidades de cada negócio”, ponderou Erickson. Fornecer conectividade com alta velocidade e disponibilidade, com segurança e qualidade de experiência para os aplicativos de data center, é o papel da infraestrutura e dos serviços de rede integrados. Os sistemas de computação, por sua vez, integram rede de acesso, armazenamento e gerenciamento desses componentes em uma estrutura escalável para aplicativos físicos e virtualizados. O gerenciamento unificado aumenta o ciclo de vida e a automação simplifica a implantação e as operações no data center.

Alta performance Além disso, o Cisco Unified Data Center oferece suporte às soluções Cisco Hosted Collaboration. Os padrões abertos e as APIs permitem integrar e gerenciar as soluções de

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hardware e software de ecossistemas dos parceiros com maior flexibilidade. Sobrepondo-se a isso, uma carteira completa de serviços de ciclo de vida para produtos de data center permitem assistência de especialistas em otimização, implantação e planejamento da infraestrutura de TI, serviços estratégicos de TI, arquitetura, suporte técnico e gerenciamento de operações. A infraestrutura única, inteligente e unificada, reduz as complexidades do sistema ao mesmo tempo em que o otimiza para processos de virtualização, que exigem muita memória e capacidade de I/O. Assim, o custo do ambiente, ao longo de sua vida, é bastante reduzido e cai, em sua totalidade, 50% com a adoção da arquitetura da Cisco, segundo Erickson.

UCS O portfolio da empresa, dentro da já tradicional linha UCS, inclui servidores blade e em rack, interconexões em fabric e o UCS Management, que gerencia todos os componentes do sistema e configurações através de uma política unificada. Recursos como o Cisco Intelligent Automation for Cloud (que inclui um portal self-service para configurações de IaaS, incluindo catálogo, orquestração, governança, automação, ciclo de vida dos componentes etc) complementam as soluções voltadas para a nuvem e focadas em redução de custos e complexidade.

Não por acaso, em pouco mais de dois anos desde o lançamento, o Sistema de Computação Unificado (UCS) tem captado a atenção de gerentes de data centers e CIOs de todo mundo. Em fevereiro de 2012, o Cisco UCS totalizou mais de 10 mil clientes no mundo, incluindo 3 mil na Europa e centenas na América Latina. O UCS proporcionou, segundo a Cisco, economia de custos e benefícios significativos de negócios em todas as indústrias e cenários. Desde o início de sua distribuição, em julho de 2009, a solução unificada conquistou 53 recordes mundiais de benchmarks de desempenho, além de dezenas de prêmios da indústria pela inovação. Parte do sucesso se explica pelo trabalho da Cisco junto a fabricantes líderes da indústria de infraestrutura de software, incluindo BMC, CA, Citrix, EMC, Hitachi Data Systems, Microsoft, NetApp, Oracle, Red Hat, SAP e VMware.


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TELCOS LANÇAM OFERTAS DE SERVIÇOS GERENCIADOS

Queda da receita dos serviços de voz leva operadoras a estruturarem ambientes baseados em cloud computing

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os primeiros meses de 2012, algumas operadoras de Telecom anunciaram planos e ofertas de serviços de cloud computing, como forma de materializar suas soluções de serviços gerenciados. Os alvos principais são as áreas de infraestrutura e segurança e o modelo de negócio se apoia na penetração da banda larga fixa e móvel, principalmente para quando o cliente é uma pequena ou média empresa. Com a estagnação de voz, Carlos Ferreira, consultor de marketing da Telefônica Vivo, argumenta que a

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alternativa das operadoras é investir em ofertas que gerem valor às corporações e, consequentemente, sejam mais rentáveis às telcos. “Os mercados de cloud computing e managed service são os mais fortes dentro da Telefônica Empresas, justamente por este perfil”. A aceleração das conexões e a segurança são as ofertas que essas empresas já têm formatadas, inclusive com propostas customizadas para cada demanda de negócio. A Embratel, segundo André Arruda, gerente de produto, registra “êxito nesta iniciativa já há 2 anos, aproximadamen-

te”. Segundo ele, os gestores de TI buscam alinhar o uso da tecnologia com resultados de negócios. Citando dois exemplos de clientes que obtiveram sucesso com a contração de serviços de aceleração, ele comenta: “uma rede varejista conseguiu ampliar em cinco vezes o número de validações de cartões de crédito. Outro caso foi de uma multinacional de logística que tinha sido multada duas vezes no Porto de Santos (litoral de São Paulo), por atraso na liberação da nota fiscal; e com a aceleração conseguiu zerar o problema.”


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A Telefônica/Vivo anunciou uma oferta de serviços de infraestrutura de TI na nuvem (IaaS). Em parceria com VCE (Virtual Computing Environment, joint venture formada por Cisco, EMC, Intel e VMware), e batizada de Vivo Cloud Plus, a oferta também reforça o entrada da operadora no segmento de soluções de TI na nuvem. Trata-se do primeiro produto da empresa lançado sob a marca unificada da Vivo. Os serviços já existem na Europa desde o segundo semestre de 2011, e o desempenho positivo naquela região estimulou o lançamento na América Latina, em cinco países simultaneamente. “O cliente consegue contratar, de forma 100% modular e flexível, capacidade de processamento, backup e armazenamento para crescer ou diminuir operações na nuvem, conforme a necessidade”, explica o diretor executivo da Telefônica/Vivo, Maurício Azevedo. “A rede não é simplesmente parte adicional de um produto, mas integrante dele. Esse produto engloba rede, infra e gestão.”

Alta demanda Os serviços são endereçados ao mercado corporativo, cuja demanda por procesamento na nuvem é crescente. Uma pesquisa do IDC Brasil com 325 executivos de TI de médias e grandes empresas aponta que 98% acreditam que cloud não é mais uma novidade tecnológica, mas um modelo que terá crescimento constante nos próximos anos. A própria Cisco estima que o mercado latino ameri-

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cano de cloud services alcance US$ 5 bilhões até 2013. Para a oferta na América Latina, a Telefônica/Vivo utiliza cinco data centers na região, instalados no

da Vivo no País, os investimentos ininterruptos feitos nos últimos 10 anos e a forma de trabalhar totalmente segmentada, na qual cada cliente conta com uma área de vendas, comercial e

6 Executivos de TI de médias e grandes empresas acreditam que cloud não é mais uma novidade tecnológica, mas um modelo que terá crescimento constante nos próximos anos Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. “Os serviços na nuvem devem alavancar a adoção de serviços terceirizados da infraestrutura de TI, que é nossa especialidade”, explica Azevedo. Para Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, as operadoras têm um papel fundamental na oferta de serviços em nuvem, pois elas detêm um ativo fundamental: a rede. “É natural que exista essa integração”, diz. A oferta de infraestrutura como serviço da operadora é composta por um portfolio voltado a empresas de todos os portes, especialmente as médias e grandes. “A capilaridade nacional combinada das redes da Telefônica e

pós-venda 100% especializada, são os diferenciais de nossa oferta de cloud no País”, defende Azevedo. A Telefônica/Vivo possui uma estratégia global para serviços de cloud, tendo criado uma área específica para o desenvolvimento dessas soluções. A parceria com a Cisco e a VCE tem o objetivo de prover uma arquitetura única para os países em que a companhia está presente. No Brasil, a operadora estima que os serviços na nuvem respondam por 1/3 do crescimento de serviços de TI em 2012. Na América Latina, o segmento atende a mais de 2 mil empresas e, entre as mil maiores, 30% utilizam soluções de TI e conectividade.


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BANCOS INTENSIFICAM INVESTIMENTOS EM TIC Para acompanhar o aumento do consumo e os avanços do poder aquisitivo da população, instituições aumentam aportes em novas tecnologias para atedimento eletrônico. Mobile banking é um dos destaques

O

s brasileiros estão mais e mais ativos nos relacionamentos com os bancos. Uma das provas dessa ascensão é o aumento de 7% no número de agências em operação no País entre 2010 e 2011, de acordo com estudo

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elaborado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em parceria com a consultoria Booz & Company. O estudo também identificou aumento nas transações feitas pelo internet banking e por dispositivos móveis – smartphones e tablets.

Os investimentos e despesas em tecnologia dos bancos no Brasil tiveram um crescimento de 11% em 2011, atingindo R$ 18 bilhões. O montante consolida o setor como o principal usuário de TI do Brasil, de acordo com a pesquisa.


6 Investimentos e despesas em tecnologia dos bancos somaram R$ 18 bilhões em 2011 Um dos destaques do estudo é o aumento de 49% das operações bancárias feitas por meio de dispositivos móveis – mobile banking –, como smartphones e tablets. De acordo com o levantamento, existem 3,3 milhões de correntistas no Brasil com acesso aos serviços bancários por dispositivos móveis. Em 2010, eram 2,2 milhões. As estimativas da Febraban apontam que até 2018 as transações por dispositivos móveis serão tão expressivas quanto as feitas pela internet fixa. Os dados mostram que, em 2011, 42 milhões de correntistas usaram a internet para acessar os serviços bancários, 11% a mais que em 2010 (38 milhões). Em 2002, os correntistas que tinham acesso à internet não passavam de 9 milhões. Segundo a Febraban, a média de crescimento anual foi de 18%. Foram realizadas 66,4 bilhões de transações bancárias, 12% a mais do que em 2010. Destas, 15,7 bilhões foram via internet, número 25% maior que em 2010. No caso do autoatendimento nos terminais, foram registrados 9 bilhões de acessos, representando um crescimento de 14% sobre 2010, quando houve 8,6 bilhões de transações. O número de terminais de autoatendimento (ATM) chegou a 182 mil, contra 179 mil em 2010. O estudo aponta, ainda, que a taxa de penetração dos ATM no Brasil já chegou a níveis se-

6 42 milhões de correntistas usaram a internet para acessar os serviços bancários

melhantes aos observados em outros países. Em 2010, o Brasil tinha 9,1 terminais para cada 10 mil habitantes, com 4.295 transações por mês. Nos Estados Unidos, são 13,8 terminais, com 2.303 transações por mês. Essas e outras informações serão apresentadas e debatidas durante o Ciab Febraban 2012, que acontece em São Paulo, com o tema “A Socie-

dade Conectada”. Este ano, o evento deve receber 19 mil representantes dos bancos, demais instituições financeiras e de empresas de TI, e registrar até 1,9 mil congressistas (mantendo o perfil internacional de seu congresso). Entre os mais importantes congressos de bancos e a maior exposição de TIC do País, o evento deve ter cerca de 200 expositores.

6 Espaço Inovação: oportunidade para as startups Em sua oitava edição, o Espaço Inovação, iniciativa conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Instituto de Tecnologia de Software (ITS), contará com o apoio da Cisco do Brasil durante o CIAB 2012. A iniciativa busca identificar, entre as startups brasileiras, soluções que contribuam para a modernização do setor bancário e financeiro, melhorando qualidade do atendimento e aumentando a segurança, entre outros fatores. “O objetivo é agregar valor aos serviços financeiros no Brasil”, explica Descartes de Souza Teixeira, presidente do conselho do ITS e coordenador do comitê de seleção. “Temos escolhido empresas e soluções tão boas que muitas delas hoje são fornecedoras do setor bancário, algumas com estandes próprios dentro do CIAB.” O Espaço, pondera Teixeira, contribui muito para a inovação do setor. Prova disso é que a Febraban continua com a iniciativa ano após ano. É o maior estande coletivo do evento, com 24 soluções expostas, e também o mais visitado – em 2011 foram mais de 4 mil interessados. “O Espaço é a grande vedete do CIAB”. Mobilidade e segurança prometem ser os grandes destaques da edição deste ano. E a expectativa de sucesso é grande. “O comitê avaliou que a qualidade das soluções deste ano é maior que a dos anos anteriores”, comemora Teixeira. “Os visitantes irão se encantar com o que nossa moçada anda fazendo.”

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CLIENTE OU PARCEIRO, EIS A QUESTÃO? Equipe brasileira de suporte a rede IP do HSBC é a única no Grupo no mundo a ter 100% dos profissionais com certificação Cisco CCNA

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empenho e o alto investimento dos parceiros da Cisco no treinamento e certificação de seus profissionais, nas várias categorias tecnológicas da fabricante, é algo comum. Inusitado, no entanto, é ver um cliente com a mesma dedicação, e mais, com um número de profissionais certificados equivalente a um parceiro Silver. Este é o perfil da equipe de rede IP do HSBC Brasil, responsável por toda a rede do Banco, e cujo padrão mundial é Cisco. As 16 pessoas do grupo lidam diariamente com projetos, instalação, configuração e gerenciamento de roteadores, switches e de todos os dispositivos de rede presentes na infraestrutura. A certificação, indica Marcos Souza, gerente de área de rede IP, é importante porque se traduz em inovação, melhor serviço e maior disponibilidade para os clientes do Banco. “Temos switches no core da rede com uptime de mais de 4 anos, e só chegamos a este nível de estabilidade em função da capacitação da equipe, ou seja, algo que chamo de fazer certo da primeira vez”, afirma Souza, dono

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de todas as certificações e instrutor do Programa Cisco Networking Academy.

“Já temos duas pessoas com certificação CCNP, que exige três provas. Em 2013 vamos ter pelo menos duas pessoas com CCIE e todo o restante da equipe com certificação CCNP” — marcos souza, do hsbc

Gerenciando mais de 7 mil dispositivos de rede no Brasil todo, Souza diz que a equipe não tem oportunidade de errar, “por isso temos que fazer certo e na melhor configuração possível da primeira vez, para permitir estabilidade e disponibilidade”. Para ele, o fato dos serviços bancários serem considerados uma commodity torna a disponibilidade dos serviços um grande diferencial competitivo. Como as pessoas estão cada vez mais dependentes dos cartões e os bancos oferecem cada vez mais serviços pelos canais eletrônicos, há uma maior pressão por disponibilidade da rede, segundo o executivo. “Brinco que na rede do HSBC não passa bit, passa dinheiro”, conta Souza. O plano de certificação dos profissionais foi previsto para três anos e começou em 2011. A meta inicial era que 100% das pessoas tivessem a certificação CCNA (Cisco Certified Network Associate), a segunda certificação da pirâmide, já que em 2010 foi criada uma nova certificação de entrada, a Certificação CCENT (Certified Entry Networking Technician). Três empresas estão envolvidas no projeto: o HSBC, a Dimention Data


(integradora) e a Cisco, as duas últimas fornecendo os vouchers para as provas. Já em 2011, 100% da equipe de rede IP do banco conseguiu a certificação CCNA, exigência que agora é porta de entrada inclusive para os estagiários. “Nosso trabalho exige esse conhecimento... Temos que nivelar por cima ...”, cita Souza. Ele conta que a meta para 2012 é ter ao menos um CCIE (Certified Internetwork Expert) e diz que o grupo já trilha este caminho. Já temos duas pessoas com certificação CCNP, que exige três provas. Em 2013 vamos ter pelo menos duas pessoas com CCIE e todo o restante da equipe com certificação CCNP. Esse esforço trouxe ganhos interessantes – diversas pessoas que fizeram CCNA (routing) estão buscando outras especialidades. “Já temos pessoas com duplo CCNA como routing + wirelless, routing + segurança”, confirma Souza, contando que o movimento já produz resultados também em outras equipes, como o time de suporte de segundo nível, em que já existem dois profissionais com CCNA. “Agora estamos levando a ideia para o time de primeiro nível e esperamos ter pelo menos um CCNA até o final do ano”, revela. Outro ganho importantíssimo é a inovação. O HSBC, de acordo com Souza, foi a primeira e única instituição financeira do Brasil a participar do Projeto de Troca de Tráfego do Comitê Gestor da Internet Brasil (PTT-BR), uma espécie de zona franca de troca de tráfego de internet, por onde é escoado 20% o tráfego de internet o banco “com excelente desempenho e economias significativas”, afirma. Outra solução inovadora: “o HSBC

6 Três empresas estão envolvidas no projeto: o HSBC, a Dimention Data (integradora) e a Cisco, as duas últimas fornecendo os vouchers para as provas é o único banco no Brasil a oferecer acesso a internet WiFi nos aeroportos onde possui sala VIP, compartilhando a infraestrutura WiFi da Infraero. Hoje o nível de certificação das pessoas orienta o plano de treinamento da equipe, e é considerado na avaliação de desempenho, que sensibiliza o bônus. A equipe do HSBC se equipara a um Silver Partner da Cisco e busca novas certificações para conquistar perfil de Gold Partner até 2013. “Não somos uma empresa de tecnologia, somos um banco e tudo é feito com esforço pessoal e fora do horário de trabalho”, ressalta Souza. “Há também uma iniciativa de mentoring, onde quem atingiu uma certificação maior tem, por função ajudar os demais”, acrescenta. Em função dessa agitação gerada pelas certificações, o executivo conta que a equipe conseguiu fomentar novas

atitudes, novas ideias e várias inovações que têm sido consistentemente reconhecidas pelos Programas internos, como é o caso do Destaque HTS, um reconhecimento trimestral pelas boas ideias e atitudes que fizeram a diferença em IT. “Nossa equipe já coleciona 17 premiações”, orgulha-se Souza. Uma das ideias premiadas se chama “HSBC e a Mina de Ouro na Terra do Sol”, uma solução de ativação de um Posto de Atendimento Bancário usando VPN Internet no meio de uma mineradora, onde nenhuma operadora de Telecom fornecia recursos. Outro projeto vencedor foi a reciclagem dos cabos de rede retirados das instalações do banco por uma empresa parceira. “Muito mais do que o conhecimento que gera reconhecimento, temos hoje uma poderosa ferramenta de motivação, inovação e gestão”, finaliza Souza.

6 Conheças as certificações Cisco EXPERT CCIE (Cisco Certified Internetwork Expert) Capacitação: Roteamento e comutação; Comutação WAN; Discagem ISP; Integração SNA/IP; Projeto PROFESSIONAL CCNP (Cisco Certified Network Professional) CCDP (Cisco Certified Design Professional) Capacitação: Roteamento e comutação; Comutação WAN ASSOCIATE CCNA (Cisco Certified Network Associate) CCDA (Cisco Certified Design Associate) Capacitação: Roteamento e comutação; Comutação WAN (apenas CCNA)

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1 NAS ONDAS DO VÍDEO, HSBC GANHA EFICIÊNCIA capa

Instituição renova infraestrutura e expande uso de videoconferência em processos internos

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aior cliente da plataforma de colaboração Cisco WebEx no mundo, o HSCB tem encontrado no uso de sistemas para transmissão de imagens uma solução para aumento de eficiencia e ganho de produtividade. Assim, a operação banco brasileira da instituição dedicou o ano de 2011 à atualização e expanção das salas de videoconferência para 63 pontos, com endpoints de vídeo espalhados pelo País. O movimento alterou o comportamento de todos os profissionais, que mudaram hábitos de deslocamento e registraram maior agilidade na comunicação interna. “A interação por vídeo parece ser mais efetiva. Hoje, nossos usuários têm intensificado a procura por um sistema de videopresença”, resume Angel Leon, gerente de área de colaboração do HSBC, a satisfação do público interno com a nova infraestrutura oferecida no Brasil. As salas de videoconferência, segundo ele, não são exatamente uma novidade para o HSBC, lembrando, que utiliza o recurso há mais de 15 anos. Mas a adoção de sistemas pessoais de vídeo chama a atenção no comportamento atual. “A partir de notebooks e desktops, os usuários podem tanto fazer conferências ponto a ponto, como ligações telefônicas, ou mesmo usar o sistema multiponto”, indica o gestor. Hoje, um grupo de aproximadamente 750 usuários de nível gerencial faz uso intenso do sistema, e a tendência, segundo Leon, é de

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rápido crescimento. Já as salas de videoconferência estão instaladas nas unidades do banco que concentram maior número de usuários e onde estão aqueles que precisam de interação com o resto da empresa.

Treinamento A transmissão de vídeo também funciona como plataforma de treinamento dos funcionários das agências. O ambiente estabelece o conceito de nivelamento e padronização dos serviços do banco através da promoção de boas práticas. “O objetivo é identificar boas práticas em um determinado segmento e repassá-las aos demais”, pontua Leon. “Junto com o serviço de coaching, a

iniciativa tem proporcionado saltos de eficiência e produtividade”, acrescenta. Para propiciar a adoção das plataformas de vídeo, a equipe de TI do HSBC precisou promover um upgrade da infraestrutura e aproveitou para integrar os serviços em uma mesma rede. Assim, o ambiente anterior, dedicado ao transporte de vídeo, foi totalmente substuído por uma rede IP. “A rede V35 não existe mais há muito tempo. Foi criada quando o banco implantou seu primeiro sistema de videoconferência, mas há 4 ou 5 anos foi migrada para IP, porém com equipamentos que apresentavam limitações em relação a QoS e à velocidade de banda, o que degradava a qualidade”, lembra Leon. Na atualização tecnológica, os usuários ganharam não só um novo padrão de imagem, agora em HD, como tiveram a velocidade de conexão aumentada para o padrão de 512 Kbps e algumas salas para até 2 Mbps, além do uso de telepresença.

Telepresença

“A interação por vídeo parece ser mais efetiva. Hoje, nossos usuários têm intensificado a procura por um sistema de videopresença” — angel leon, do hsbc

Nos próximos meses, o HSBC deve ter instalada também uma sala de telepresença no condomínio de São Paulo, semelhante às que já existem nas operações no resto do mundo. Angel Leon informa que “a atualização da infraestrutura abriu caminho para o vídeo em HD, o compartilhamento de serviço e da infraestrutura”. Segundo ele, o banco agora dispensa conexões ISDN (Integrated Services Digital Network) para se comunicar com outras empresas ou instituições.


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voz do cliente

MICHAEL PAGE TERCEIRIZA SUPORTE A SISTEMAS E REDES IP Com prazo de três anos, contrato selado com a Dimension Data inclui mais de 700 equipamentos como telefones, roteadores, switches e call managers

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Michael Page, empresa global dedicada à área de recrutamento e seleção de executivos para empresas de grande e médio porte, optou pela Dimension Data - multinacional focada em serviços de tecnologia da informação e provedora de soluções de planejamento,

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desenvolvimento, suporte e gerenciamento de infraestruturas de TI – para desenvolver um projeto que envolve o suporte a toda a estrutura de telefonia IP, redes e videoconferência da empresa em seus 24 escritórios na América Latina. De acordo com Leonardo Cardoso, gerente de TI da Michael Page para a

América Latina, a escolha se deu pelo bom e longo relacionamento já existente entre as duas empresas. “A Dimension Data implementou toda a infraestrutura de telefonia IP, videoconferência e redes com tecnologia Cisco nos escritórios latino americanos da Michael Page. Sempre tivemos um ótimo relacionamento com seus profissionais que possuem um perfil qualificado e que atende às nossas necessidades. Isso motivou o fechamento deste novo contrato”, afirma. Com o acordo, a Dimension Data será responsável por toda a manutenção do parque de equipamentos Cisco existente na Michael Page América Latina. A estrutura compreende 700 telefones, roteadores, switches e call managers que serão cobertos por uma garantia da Dimension Data. O projeto envolve também equipamentos de videoconferência e servidores Cisco. Para Cardoso, os benefícios do contrato para o departamento de TI da Michael Page vão além da redução de custos para a manutenção dos equipamentos. “O core business da Michael Page não é telefonia, nem tecnologia da informação. Ao mantermos este serviço com um parceiro qualificado, permitimos que nossos profissionais de TI desenvolvam atividades mais estratégicas para o negócio”, ressalta. Além do Brasil, a Michael Page tem operações na Argentina, México, Chile, Colômbia, Uruguai e Peru e todos os escritórios da empresa contam com infraestrutura de telefonia IP, videoconferência e redes com tecnologia Cisco implementada pela Dimension Data.


TRADING ADOTA REDE DE BAIXA LATÊNCIA EM AMBIENTE DE MISSÃO CRÍTICA Americos Trading Group renova rede de negociação para melhorar oferta de serviços na América Latina

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m 2012, de forma visionária, a ATG (Americas Trading Group) – empresa que fornece serviços e soluções de e-commerce para investidores no mercado de capitais – decidiu posicionar-se em um novo nicho de mercado, sendo pioneira na prestação de serviços de alto valor agregado no Brasil. Para tanto, investiu massivamente em inovação e, dentre as soluções, desenvolveu uma plataforma de produtos e serviços multibroker de Electronic Trading. A iniciativa conta com uma rede de negociação de baixíssima latência, algoritmos proprietários de execução, tela de negociação, dentre outros produtos.

Objetivos Com a adoção cada vez maior de sistemas com tecnologia HFT – High Frequency Trading – maior velocidade e maior resiliência (disponibilidade)

tornaram-se premissas fundamentais no negócio da ATG. O grande desafio foi entender os objetivos de negócio da empresa com foco em seus clientes finais, para ofertar uma solução de acordo com essas expectativas e necessidades, e levando em consideração o pouco tempo para realização do projeto – cerca de 4 meses. O objetivo do projeto foi desenhar a estrutura tecnológica junto com os executivos da ATG, possibilitando que a empresa oferecesse seus produtos em uma estrutura tecnológica de ponta. Como resultado viria o reconhecimento da organização como o principal player de roteamento de ordens em HFT da América Latina, criando um ambiente de baixíssima latência para clientes institucionais da Europa e dos Estados Unidos. A solução, desenhada pela Proof em conjunto com o time da ATG, foi baseada na tecnologia Cisco. Para o projeto, foram utilizadas as linhas de

switches de última geração HFT – Nexus; e de roteadores de grande porte. Foi implantada uma rede em alta disponibilidade distribuída em dois data centers distintos em São Paulo, sendo um deles dentro da própria Bolsa, bem como a construção da infraestrutura do escritório da matriz. Posteriormente, a mesma arquitetura foi replicada para os data centers do México e Chile, aumentando ainda mais a abrangência do negócio na América Latina. As medições e resultados obtidos com o projeto apontam para diminuição drástica no tempo de processamento total (round-trip) das ordens ao patamar de microssegundos (menor nível de latência possível com as tecnologias atuais). Os beneficiados com o projeto são os clientes da ATG, que ganharam com acesso confiável e extremamente rápido e hoje podem contar com a rede mais eficiente de trading da América Latina.

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inovação

A BOLA DOS INVESTIMENTOS ESTÁ EM JOGO Com aporte de R$ 1 bilhão até 2014, Cisco traz fabricação de roteadores e switches para o Brasil, em SP; abrirá centro de pesquisas no Rio de Janeiro; investirá em um fundo de Venture Capital; e desenvolverá acordos de propriedade intelectual e parcerias com empresas e entidades brasileiras

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Cisco mundial está de bem com o Brasil. Foi com esta sensação que usuários e parceiros da fabricante vivenciaram os três dias do Cisco Plus Brasil 2012, evento no qual se debatem principalmente, tendências tecnológicas e oportunidades de negócios. A operação brasileira da empresa chegou à maioridade (completou 18 anos) e, com isso, trouxe algumas conquistas para o País, sumarizadas em R$ 1 bilhão de investimentos a partir deste ano até 2014. Os executivos locais tanto tentaram que conseguiram aprovação para a instalação de uma fábrica local de switches e roteadores. São Paulo sediará a iniciativa, que começa a funcionar já neste ano, utilizando a infraestrutura da sua parceira global Flextronix. A previsão é que os primeiros equipamentos estejam no mercado já no último trimestre do ano. Os investimentos em produção da Cisco no Brasil foram inaugurados em 2011, com a fabricação de settop boxes em Manaus (Amazonas),

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linha que já foi expandida duas vezes, segundo presidente da companhia no País, Rodrigo Abreu. Desta vez, o projeto inclui a fabricação local alguns best-sellers nas linhas de switches e roteadores. O projeto está em linha com as regras da lei de informática, que define o conceito de PPB (Processo Pro-

dutivo Básico) e, portanto, concede incentivo fiscal a equipamentos com grande percentual de nacionalização. Outra parcela do orçamento de R$ 1 bilhão será aplicada em inovação, transformação e desenvolvimento socioeconômico. Rodrigo Abreu, presidente da operação local, anunciou as seguintes iniciativas: 1 - Abertura de um centro de inovação da Cisco no Rio de Janeiro; 2 - Investimentos em um fundo de Venture Capital focado na tecnologia da informação e comunicação e economia digital no Brasil; 3 - Expansão da produção local; 4 - Acordos de propriedade intelectual e parcerias com empresas e entidades brasileiras para o codesenvolvimento de inovações para melhor atender ao mercado. A Cisco espera que esses investimentos gerem cerca de 800 empregos no Brasil, direta ou indiretamente, via seu ecossistema de parceiros e, principalmente, que criem uma plataforma para a inovação e empreendedorismo de alta tecnologia no País. “Os investimentos representam o comprometimento da Cisco com as principais prioridades brasileiras de inovação e sua presença de longo prazo por aqui”, determinou Abreu.

Cisco Plus Brazil 2012 contou com a presença do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes


Apoio político Os anúncios foram feitos durante a cerimônia de abertura do Cisco Plus Brazil 2012, no Rio de Janeiro, evento que contou com a presença do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Sobre o Centro de Inovação da Cisco no Rio, Abreu informou que o plano é desenvolver novas soluções de tecnologia especialmente adaptadas às necessidades brasileiras. A principal atividade do centro será integrar o portfolio Cisco com tecnologias produzidas por empresas locais, criando soluções que atendam às necessidades do mercado brasileiro. Inicialmente, o Centro de Inovação se concentrará no desenvolvimento de soluções para o desenvolvimento urbano (Smart+Connected Communities), esportes e entretenimento, segurança pública, educação e saúde. Áreas adicionais de solução serão integradas em 2013, incluindo Óleo & Gás e Smart Grid/rede elétrica.

Fundo de investimento Já o Fundo de Venture Capital para TIC e Economia Digital terá como prioridade o incentivo ao desenvolvimento de novas empresas brasileiras de tecnologia e empreendedorismo no país. O plano da fabricante é investir até R$ 50 milhões, além do aporte de investidores locais, que se tornarão parceiros no veículo de investimento a ser administrado pelo gestor de fundos escolhido. O mercado brasileiro de tecnologia de informação e comunicação tem um enorme potencial econômico e de inovação. Ao reconhecer esse potencial, a intenção da Cisco é acelerar a introdução de novas tecnologias e fornecer vantagem competitiva com investimentos pioneiros em inovações tecnológicas emergentes, apoiando o desenvolvimento

“Os investimentos representam o comprometimento da Cisco com as principais prioridades brasileiras de inovação e sua presença de longo prazo por aqui” — Rodrigo Abreu, da Cisco do Brasil

de empresas pequenas e médias de alto crescimento nos setores de tecnologia, mídia digital e telecomunicações.

Transferência tecnológica A Cisco também está buscando oportunidades para desenvolver acordos com empresas e entidades locais, para atender áreas-chave do mercado brasileiro e para incentivar o desenvolvimento de tecnologia local, ao mesmo tempo em que fortalece o setor brasileiro de TIC. Recentemente, foi anunciado um acordo de propriedade intelectual com a Intelbras para atender ao crescente mercado de telefonia por IP (Internet Protocol) Protocolo de Internet no Brasil. As empresas estão trabalhando em conjunto para ajudar os negócios brasileiros de pequeno e médio porte a atingir a colaboração pelo uso do recém-anunciado Cisco Business

Edition 3000 e do licenciamento da tecnologia Cisco Unified Communications para determinados telefones e gateways IP da Intelbras. A Cisco e a Intelbras disponibilizarão o Cisco Business Edition 3000 utilizando mais de 10.000 canais parceiros da Intelbras no Brasil. As empresas de médio porte - com até 300 usuários – poderão desfrutar dos benefícios de um sistema eficiente de Comunicações Unificadas, com funcionalidades profissionais que podem suportar um crescimento futuro. Também foi anunciado um acordo de Programa de Transformação de Força de Trabalho (WTP na sigla em inglês) e um memorando de entendimento de parceria com o SENAC-RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que beneficiará mais de 1.000 estudantes do Rio de Janeiro, interessados em iniciar uma carreira em rede. A importante área de Pesquisa e Desenvolvimento, o Planetary Skin Institute, uma organização global independente de pesquisa e desenvolvimento e sem fins lucrativos, inicialmente incubada pela Cisco e pela NASA, desenvolveu diversos acordos com instituições brasileiras líderes na área de P&D no governo, na área acadêmica e no setor privado para o desenvolvimento em parceria de plataformas de decisão, sobre gestão de riscos e de recursos, que são fundamentais para a manutenção da posição de destaque internacional do Brasil em desenvolvimento sustentável. Abreu finalizou dizendo que a Cisco continuará a expandir suas iniciativas de responsabilidade social corporativa no País, particularmente com o programa Cisco Networking Academy, que conta com cerca de 25.000 estudantes anualmente no Brasil, em mais de 250 centros acadêmicos. O programa estabeleceu parcerias com diversas instituições públicas e privadas para continuar a expansão do número de estudantes no país.

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inovação

INFORMATIZAÇÃO DA SAÚDE AUMENTA EFICIÊNCIA DO SETOR Hospitais, clínicas e laboratórios investem na integração da informação, mas ainda pecam na segurança dos dados, concluem especialistas durante o evento Cisco Plus Brasil 2012. Avanços da Rede D´Or, com a consolidação de informações e adoção da tecnologia IP também foram destacados

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segurança da informação foi um dos temas de maior destaque durante o Cisco Plus Brazil 2012. O Forum Vertical de Saúde, que aconteceu no terceiro dia do evento, apresentou não só a carência dos hospitais nessa área, como, também, os avanços da telemedicina e outros serviços que exploram os recursos da tecnologia da informação e comunicação. A pesquisa assinada pela Escola Paulista de Medicina e conduzida por Heitor Gottberg, atualmente gerente de negócios para healthcare da Cisco, sobre Gestão da Segurança da Informação em Hospitais, apontou que as unidades brasileiras de saúde ainda têm muito que evoluir nesta área. O objetivo era identificar quão protegidos estão os prontuários dos pacientes. Para isso, definiu-se um “padrão ouro” que foi aplicado a um grupo seleto de hospitais. Segundo Gottberg, o tema da segu-

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rança na saúde é muito debatido em países como o Reino Unido, EUA e Austrália, que têm legislações específicas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) já traduziu a Norma 27001, genérica, e a Norma 27799, específica para área de saúde. O que se nota é que a crescente informatização dos prontuários vem trazendo novos desafios ao setor. Gottberg comenta, ainda, quea atuação da Cisco no segmento tem como objetivo ajudar os hospitais a melhor definir e implementar a gestão da segurança da informação, por meio de um portfolio e uma arquitetura completa, que vai desde a segurança de borda, para evitar ataques, até a segurança interna, por meio de aplicativos que garantem que nenhuma informação será retirada da empresa sem permissão. A pesquisa foi realizada em 2009, através de um questionário que media a aderência dos hospitais às recomendações das normas 27001, e,

numa pontuação mais alta, a norma 27799. Foram avaliadas questões ligadas aos processos de segurança e, também, relativas aos sistemas de prontuário eletrônico. Gottberg explica que a implantação de prontuários eletrônicos, que ganhou força nos últimos cinco anos, muda o paradigma de segurança nos hospitais. Antes, os dados ficavam guardados em prontuários físicos e a garantia de sua confiabilidade e confidencialidade era dos médicos e enfermeiros. Com o prontuário eletrônico, os dados ficam armazenados em servidores e é preciso avaliar como os hospitais estão se preparando para garantir o mesmo grau de confiabilidade. Esse, aliás, é um dos três pilares nos quais a pesquisa foi baseada: confidencialidade, integridade e disponibilidade, com 11 capítulos dedicados às normas, incluindo temas como política, contratos de confidencialidade


com funcionários e terceiros, acesso à informação de funcionários desligados, entre outras questões. Em alguns itens, os resultados foram superiores a 50%, como a norma que prevê a implementação de política e a de contratos de confidencialidade dos funcionários, além de critérios de segurança para equipamentos usados fora do hospital e processos de backup. Em outras questões, nenhum dos 11 hospitais que participaram atingiu 100% de conformidade, como o item da norma 27799 que determina que os dados a serem guardados devem ser criptografados. Além disso, quais procedimentos adotar em caso de falhas de segurança da informação e informações sobre o grau de confidencialidade dos documentos foram os itens de menor pontuação, o que mostra que os hospitais sabem pouco o que fazer nestes casos. “Os resultados mostraram uma baixa média geral de conformidade em processos de segurança (37,1%) e em sistema (38,7%). Isso deixa claro que ainda há muito a amadurecer, mas, a medida que os sistemas forem sendo implantados, esses processos tendem a evoluir. A informatização está vindo, mas é preciso superar alguns problemas para que a média avance”, diz. Gottberg observa, no entanto, mudanças significativas de 2009 até hoje, porque os softwares estão passando por auditoria da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde. A pesquisa avaliou, por exemplo, se a quantidade de acreditações que um hospital possui, influencia ou não no bom desempenho da gestão da segurança. “Ficou provado que sim, pois só os que tinham acreditações estavam acima de 50%. Já em relação aos sistemas, mesmo um hospital sem nenhuma acreditação conseguiu ter

nota alta, pois ela é focada em processos de negócios”, observou. A Cisco vem conduzindo diversos projetos em instituições como o Albert Einstein, que utiliza soluções de prevenção e detecção de intrusos. Segundo Gottberg, a segurança é um caminho de evolução sem volta. “Estamos passando de um estágio de baixa percepção em relação aos padrões internacionais recomendados, para um estágio de maior maturidade e conscientização, pois há uma demanda real por maior confiabilidade, confidencialidade e disponibilidade, e todo este cenário deve mudar”, prevê.

Telemedicina No segundo painel, “A Evolução da Telemedicina a Serviço do Paciente: Como a Tecnologia pode melhorar o

“A telemedicina vem sendo utilizada no país desde 1999 para interação entre médicos a título de consulta à especialista ou segunda opinião” — Francisco Javier Fernandez, da ITMS Telemedicina do Brasil

atendimento a distância”, Francisco Javier Fernandez, vice-presidente executivo da ITMS Telemedicina do Brasil observou que, embora a legislação brasileira não permita consulta médicopaciente com recursos de tecnologia da informação, a telemedicina vem sendo utilizada no país desde 1999 para interação entre médicos a título de consulta à especialista ou segunda opinião. Um dos hospitais brasileiros mais avançados na área é o hospital de excelência HCor, que usa telemedicina para monitoramento e recursos de telepresença da Cisco nas unidades de terapia intensiva, entre outras áreas. “Telemedicina não é somente o uso de recurso de tecnologia com conteúdo de medicina. Ela visa melhorar o serviço e a qualidade do atendimento médico, melhorar a produtividade e a eficiência da área de saúde. Uma vez alcançado os dois benefícios, é preciso considerar aspectos de segurança e privacidade do paciente”. Com esta afirmação, Fernandez resumiu os preceitos do Ministério da Saúde da Noruega, um dos países mais avançados na área de telemedicina. Ele diz que é possível usar as oportunidades das TIC para transportar a informação e não o paciente, permitindo tratar doentes tão perto quanto for possível de seu leito ou de sua casa. Ainda existem questões envolvendo protocolos de rede para homecare, mas, no futuro, a maior parte das residências já contará com um ponto de rede IP. Fernandez também apresentou dados do Chile, que conta com mais de 600 pontos de atendimento primário, mas apenas 400 cardiologistas, 85% deles nas três maiores cidades. Além de contar com uma norma de saúde para o tema, a telemedicina permitiu a redução de 30% da mortalidade por enfermidades isquêmicas, segundo da-

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inovação

dos do Ministério da Saúde do Chile. No Brasil, o SAMU atende com 114 serviços de saúde, em 926 cidades e uma população de 109 milhões de pacientes. Nesta infraestrutura, 428 unidades, hoje, já operam com recursos de telemedicina. A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro vai elevar para 60 o número de postos de saúde equipados com recursos de telemedicina. Atualmente, são 15 UPAs 24 horas que oferecem serviços de teleconsulta para segunda opinião e telediagnósticos de eletrocardiogramas. Durante o evento, a Cisco apresentou uma solução integrada de telepresença com equipamentos médicos de telemedicina em conjunto com a ITMS, parceiro da empresa na área. “Existem projetos em fase piloto e incentivos do governo, mas trata-se de uma área que ainda tem muito a crescer. Estamos lançando no mercado uma solução integrada de equipamentos médicos como estetoscópio Bluetooth, câmeras

dermatológicas e ocular e um software para registro da integração do médico especialista com as unidades remotas”, informou Heitor Gottberg, gerente de negócios para healthcare da Cisco. O Forum foi encerrado, com a apresentação do case da Rede D´Or. Desde 2004, a rede empreendeu uma agressiva política de crescimento via novos hospitais e aquisições. Hoje, são 21 unidades que somam 2,7 mil leitos e a meta do grupo é chegar a 4,5 mil leitos e R$ 3,9 bilhões de faturamento em 2015. Segundo Fabio Costa, gerente corporativo de TI, o rápido crescimento trouxe alguns desafios de gestão e tecnologia; e destacou que a infraestrutura de rede foi fundamental para suportar a acelerada expansão da empresa. “A cada novo hospital havia uma estrutura e, portanto, um desafio diferente. Muitos apresentavam potencial de crescimento e o foco da TI e da gestão da empresa era ajustar os processos. Mas, muitos hospitais não

Ministro Paulo Bernardo medindo pressão durante Cisco Plus Brasil 2012 , no Rio de Janeiro

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tinham nenhum investimento em TI”, lembra Costa. A empresa precisou empenhar esforço para consolidar e padronizar ativos e integrar a informação, já que conta com as três principais soluções de ERP hospitalar do mercado: WPD, MV e Tasy. “Era necessário produzir informação gerencial, mas como estava em papel, era difícil consolidar o dado, pois cada solução tem uma maneira diferente de nomear e processar o faturamento, além de diferenças de tecnologia e de processos”, observa Costa. A solução foi montar uma arquitetura de integração ligando todas as unidades em uma rede e levando para um data center as informações que são geradas nas pontas dos hospitais. Na central, os dados são consolidados em uma camada de integração de onde são extraídas as informações gerenciais. Depois de consolidada, esta informação é devolvida para as unidades e para a gestão corporativa. “Nada disso seria viável se não tivéssemos uma robusta arquitetura de rede, que contratamos com a Cisco. Hoje, todos os problemas de integração e consolidação de informações e sistemas estão resolvidos com a camada de integração do business inteligence que desenvolvemos e uma rede bem estruturada”, resume Costa. A estrutura de redes também reduziu os custos. A empresa iniciou a arquitetura com links de dados, depois agregou switches da Cisco e foi pioneira em telefonia IP na área de saúde. Segundo Costa, as unidades dos laboratórios tinham receitas muito baixas, que não justificavam o custo de tecnologia local. “Com a centralização da operação e da rede IP, foi possível eliminar o investimento de uma central telefônica para cada unidade”, conclui.


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inovação

EDUCAÇÃO irá AUMENTAR INVESTIMENTOS EM TIC Analistas e professores debatem possibilidades e aplicações

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setor educacional brasileiro vive um de seus melhores momentos históricos: o processo da inclusão se efetivou, e as discussões passam a girar em torno da qualidade e dos pro-

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cessos de qualificação profissional. Nesse contexto, e com a popularização dos tablets, s mar t phones e redes sociais, o setor vê nas tecnologias da informação e comunicações um caminho natural de investimentos. “As instituições de ensino privadas do Brasil movimentam R$ 30 bilhões anualmente, e os investimentos em tecnologia oscilam dependendo da região”, explica William Klein, diretor de operações da Hoper Educação. “Mas essa média de investimentos não é boa, ficando entre 5% e 8%. A maior parte do orçamento de uma instituição de ensino privada vai para a folha de pagamento”, completa. O executivo acredita que o grande desafio é mostrar a essas escolas e universidades que vale a pena investir em tecnologia, e que mesmo os problemas com folha de pagamento podem ser melhor resolvidos. “É um mercado


6 A Sala de Aula Virtual viabiliza - sem a necessidade de baixar aplicativos - a execução de aulas e seminários para EAD, além de reuniões administrativas e de professores financeiramente rico, está aquecido e tem demanda”, pondera Klein. Com a evolução das tecnologias de rede, o setor de educação a distância (EAD) surge como um dos mais promissores. O sucesso atual dessa modalidade de ensino se deve ao grande desenvolvimento no Brasil, movido, principalmente, pela necessidade de licenciar professores da rede de educação básica. Mas, as possibilidades não param por aí. Há uma enorme gama de conteúdos (e públicos) potenciais. Os smartphones e tablets, já nas mãos inclusive de crianças em idade escolar, são outra plataforma potencial para o desenvolvimento de uma educação mais tecnológica. “Temos que nos preparar para ter 25 milhões de usuários de smartphones na rede de ensino brasileira”, prenuncia Klein. Esses recursos tecnológicos, segundo ele, devem servir ao propósito de motivar o aluno, fazendo com que ele estude mais e, assim, aprenda mais. “Será que os vídeos e conteúdos multimídia podem ajudar? Tudo indica que sim. Onde é que isso vai rodar? Precisamos de infraestrutura: data centers, roteadores, wireless, tablets etc”, explicou o analista.

Soluções Transformar o sistema educacional brasileiro em um padrão de classe mundial, integrando-o à sociedade do conhecimento do século XXI, na qual o aprendizado se torna possível a qualquer hora, lugar ou tela: essa é a proposta da Cisco para o setor no País. Atualmente,

várias soluções da empresa são aplicadas na área de educação, principalmente em instituições de ensino superior. Os pontos de atenção da empresa no setor, explica Ricardo Santos, responsável pela vertical de educação da Cisco do Brasil, são a infraestrutura, a sala de aula, o currículo e, claro, o professor. O portfolio de soluções para conectividade, segurança e colaboração permite, através de produtos e arquiteturas, a criação de um ambiente tanto presencial como à distância. “A telepresença, por exemplo, pode servir para comunicações via vídeo que dependam de muito tempo em frente à tela, ou de visualização de detalhes em alta definição”, explica Santos. “Cursos de capacitação de professores, defesas de teses a distância e cursos técnicos profissionalizantes são exemplos de aplicação destas tecnologias.” Escolas conectadas também crescem em possibilidades, explica o executivo. Com as tecnologias da Cisco é possível instalar infraestrutura de rede em toda a escola ou campus (ou mesmo entre campi), garantindo conectividade aos alunos, professores e administradores. Essa rede pode servir de base para suportar atividades acadêmicas, como TVs universitárias, por exemplo. Também permite sistemas de monitoramento para inibir vandalismo, proteger o perímetro escolar e reduzir gastos com segurança. O portfolio de “Ensino e Aprendizagem 3.0” é outro grande trunfo. Por meio dele, é possível criar uma infraestrutura completa de ensino a distân-

cia (EAD), com estúdio para criação e edição de vídeos educacionais e administrativos. A Sala de Aula Virtual, por sua vez, viabiliza - sem a necessidade de baixar aplicativos - a execução de aulas e seminários para EAD, além de reuniões administrativas e de professores. Sistemas de vídeo social para armazenamento, busca e qualificação de conteúdos, como aulas, seminários e pesquisas, de forma que alunos e professores compartilhem seus conteúdos e trabalhem em colaboração através de vídeo. Assim é o Portal Acadêmico, que disponibiliza todos esses recursos via web.

Pesquisa A pesquisa é outro ponto interessante. O portfolio “Pesquisa e Inovação Globalizada” inclui recursos como o Pesquisador Conectado, que permite a integração via telepresença, em ambiente de alta resolução, com pesquisadores de Centros de Pesquisa Nacionais e Internacionais, de forma a maximizar o potencial de inovação e de troca de conhecimento. Os data centers acadêmicos, por sua vez, permitem a gestão de recursos de processamento, armazenamento e transmissão de dados através da virtualização e da computação em nuvem, integrando recursos valiosos em um único sistema virtual. Esses centros de dados podem tanto viabilizar pesquisas científicas que exijam alto nível de processamento, como, com a capacidade ociosa, virtualizar acervos de livros, por exemplo.

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inovação

A NOVA FRONTEIRA DA SEGURANÇA Cisco oferece soluções que ampliam visibilidade na guerra contra o cibercrime, e investe em roteamento em satélites

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ciberespaço é a nova fronteira para as defesas militares. Tão ou mais importante que as três fronteiras tradicionais (ar, terra e mar), ele já é considerado por muitos especialistas como a mais crítica, dada a rapidez com que os ataques se alastram e os danos que podem causar, principalmente de natureza intelectual. Mesmo empresas que contam com competentes departamentos de TI sofrem com os recorrentes ataques, levando esta “guerra” para dentro do setor corporativo. As ameaças virtuais são cada vez mais severas, sofisticadas e comuns. “Em 2011 foram mais de 8 bilhões de transações maliciosas via web bloqueadas por nossos sistemas de segurança”, explicou Barbara Adey, diretora sênior do grupo de segurança e governos da Cisco, durante o fórum vertical que discutiu a segurança das redes de dados, no Cisco Plus Brasil 2012. “Os ciberataques atrapalham tanto o crescimento das empresas quanto a atuação dos governos, e a velocidade com que eles ocorrem cresce exponencialmente.”

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São muitos os níveis de ameaça que os profissionais de TI devem considerar quando formulam uma estratégia de defesa cibernética. As constantes evoluções tecnológicas, a explosão de dispositivos móveis (inclusive nas redes corporativas) e as políticas de segurança mui-

tas vezes errôneas, que impactam no custo e na flexibilidade dos negócios, são fatores a serem considerados. No entanto, o primeiro e mais privilegiado espaço para mostrar, entender e rastrear essas ameaças é, sem dúvida, a própria rede: essa é a visão da Cisco. Segundo


Barbara, cerca de 35% do tráfego global de emails, por exemplo, passa por soluções vendidas pela empresa. “A rede pode ser a fundação para a segurança cibernética. Acreditamos que ela confere uma posição privilegiada para entender o tráfego das organizações e mostrar o que está acontecendo.” Assim, acredita a executiva, a Cisco surge como parceira natural para desenvolver soluções de segurança. “Alguns dos casos de brechas mais famosos poderiam ter sido evitados com essa abordagem e políticas adequadas de segurança”, diz.

Cisco TrustSec tem sua infraestrutura de reconhecimento de identidade reforçada de maneira escalável, ajudando a garantir “a confidencialidade completa dos dados com criptografia onipresente entre os dispositivos acessando a rede”, explica Barbara. O portfolio da Cisco ainda inclui soluções de segurança embarcadas para mobilidade, nuvem, virtualização de desktops, além de prevenção contra perda de dados e compliance de PCI. “Além disso, temos o maior time de análise de ameaças do mundo”, alega Barbara.

Fundação

No terreno militar de fato, Steve Legge, gerente de negócios globais para o desenvolvimento da Cisco Satellite Solutions, falou sobre a atuação da empresa no setor de satélites. “O último grande segmento da indústria a aderir à tecnologia IP”, segundo ele, representa um mercado enorme e ainda em desenvolvimento. As soluções de satélite da Cisco integram arquiteturas otimizadas a veículos espaciais utilizando a linha IRIS (de Internet Routing in Space), através de produtos de roteamento da série Cisco 18000 Space. Segundo Legge, o mercado das comunicações por satélite se encontra em um ponto de inflexão, graças à capacidade orbital crescente combinada aos sistemas

Três pilares sustentam as tecnologias de segurança da Cisco: confiança, visibilidade e resiliência. Eles são a base para a arquitetura SecureX, que estabelece e reforça políticas de segurança através de toda a rede distribuída, e não apenas em um único ponto do fluxo de dados. O objetivo é responder às necessidades de segurança dos ambientes de rede em constante evolução, alavancando o uso de inteligência de segurança global e local para obter proteção em tempo real. Dessa arquitetura nascem recursos como o TrustSec, com sua exclusiva plataforma baseada em políticas de segurança, o Identity Services Engine (ISE), para serviços integrados de acesso baseados em contexto. O

Satélites

terrestres que utilizam cada vez mais tecnologias IP, através de padrões de mobilidade. A tecnologia Cisco IRIS promete transformar a maneira como agências governamentais e mesmo organizações privadas usam serviços de rede baseada em tecnologia IP. O roteador Cisco 18400 está sendo usado, atualmente, pelo Intel IS-14, um dos mais avançados satélites comerciais em órbita. Por meio dessa tecnologia, os serviços de conectividade podem ser providos sob demanda. Além disso, os roteadores espaciais permitem que as organizações alcancem múltiplos continentes a partir de uma única conexão com a infraestrutura de rede da TCS, canal parceiro da Cisco que oferece os primeiros serviços gerenciados comerciais de satélite com tecnologia IRIS. Essa infraestrutura permite o tráfego de voz, dados e vídeo com flexibilidade e eficiência maiores, se comparadas às atuais e fragmentadas redes de comunicação via satélite. “Clientes Cisco podem liderar esta transição com nossas soluções de satélite ao estender suas ofertas de mobilidade e WiFi para provedores de serviço, entregando serviços escaláveis em redes corporativas, banda larga e aplicações de backhaul”, explicou Legge. “A tecnologia traz vantagens que vão se tornar tendência, e o Brasil tem chances de ser pioneiro.”

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inovação

SMART CARE: CONFIANÇA PARA O CLIENTE, VALOR PARA O PARCEIRO Serviço colaborativo entre canais e Cisco aprimora monitoramento das redes e aumenta eficiência corporativa

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esenhado especialmente para ajudar organizações de pequeno e médio portes a simplificar a manutenção de suas infraestruturas de rede, por meio de avaliações regulares, monitoramento pró-ativo, além de suporte e reparo remotos, o programa de serviços Cisco Smart Care desponta como interessante escolha para os clientes – e parceiros – da empresa. Baseado em uma abordagem colaborativa para prestação de serviços, ele combina os pontos fortes da Cisco e dos seus parceiros. O Smart Care consiste de um cliente de software ou appliance de rede instalado na infraestrutura do contratante para coletar informações prédeterminadas. Estas são enviadas de forma segura para o parceiro Cisco, que pode receber notificações sobre quaisquer riscos ou problemas identificados. Em muitos casos, também, pode ser obtida uma correção específica para o incidente, bem como a capacidade de aplicar remotamente essa correção. Se necessária a substituição de um equipamento, o SLA é sempre respeitado.

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Os relatórios gerados permitem visualizar a saúde da infraestrutura, incluindo disponibilidade e segurança dos dispositivos de rede por meio de um painel fácil de usar. O appliance também serve como plataforma para avaliações proativas e serviços de reparação, e pode cobrir desde um único até centenas de dispositivos. Assim, o Smart Care não só aprimora o Smart Net, outro programa de suporte da Cisco, como também oferece aos parceiros de canal a oportunidade de agregar valor aos serviços. “Nós queríamos atrelar nossos produtos e expertise em algo menos passivo, para que o cliente obtivesse um pouco mais de gerenciamento”, explica Luciano Faria, diretor comercial da N&DC, integradora parceira Cisco que oferece o Smart Care há cerca de dois anos. Nesse caso específico, o produto resultante da colaboração entre fabricante e integrador foi chamado de N&DC Smart Care. “O cliente não tem mais o trabalho de abrir chamados, fazer atualizações etc, e conta com um pacote de horas de

pós-venda”, explica o diretor da empresa, que possui atualmente contratos com indústrias, operadoras, instituições educacionais, do setor público e financeiro. “O Smart Care não tem um mercado específico. Qualquer cliente com equipamentos Cisco pode contratá-lo.” Atualmente, entre os mais de 500 parceiros de todos os níveis da Cisco do Brasil, somente 30 oferecem Smart Care. Parceiros interessados em oferecer o serviço precisam possuir certificação Select ou superior. “Nossa expectativa para os próximos 3 a 6 meses é, no mínimo, dobrar o número de contratos”, explica Marcelo Nunes, responsável da Cisco pelos negócios Smart Care no Brasil. “E também o número de parceiros. Em 10 meses, crescemos 50%. Desde agosto de 2011 crescemos mais de 118% em receita e número de contratos”, acrescenta. Nunes conta que para ser oferecido no País, o Smart Care passou por um período de preparação e maturação e que, agora, os números vão crescer efetivamente. “Os parceiros são um ponto forte nesta estratégia”, diz.


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Artigo

A IMPORTÂNCIA DA WAN NO AMBIENTE DE CLOUD * Por Mauricio Gaudencio

Cresce a relevância do roteador na gestão da infraestrutura que suporta os aplicativos na nuvem

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m dos temas mais falados e comentados no mundo de IT hoje é cloud ou nuvem. A grande maioria das empresas tem planos de migrar suas aplicações e serviços para a nuvem, seja esta uma nuvem pública ou privada. Aplicativos baseados neste ambiente, como ScanSafe, Salesforce.com e Google, têm se multiplicado, e as empresas concentram cada vez mais os aplicativos nos data centers, tirando os aplicativos das filiais e dos escritórios menores. Há muito tempo os profissionais de IT desejam centralizar os aplicativos em um data center, visando, basicamente, ganhos de eficiência e economia, através do compartilhamento de recursos tanto em instalações físicas, consumo de eletricidade, segurança e até pessoal especializado. Porém, o desempenho dos aplicativos, o custo e a confiabilidade dos links WAN, além da necessidade de um ambiente tolerante a falhas, sempre foram inibidores dessa centralização. Hoje, no entanto, a conectividade WAN está mais confiável, com velocidades maiores, e o preço vêm caindo rapida-

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mente. Isto permite às empresas terem links de maior velocidade e os links de backup muitas vezes com velocidades similares ao link principal. Esta evolução, aliada às tecnologias de virtualização no data center, permitiu às empresas iniciarem a centralização de seus aplicativos em um data center, e alavancou a crescente utilização de aplicativos baseados na nuvem. Porém, há um ponto fundamental que muitas vezes é negligenciado: o papel do roteador de acesso. Responsável por prover o acesso à rede de dados, esse equipamento oferece apenas a conectividade básica, sem levar em conta diversos serviços que se tornam necessários na nuvem. Uma operação em cloud precisa confiar muito mais na conectividade WAN para qualquer tarefa do dia-a-dia e, se por algum motivo ela ficar inoperante, instável ou lenta, a produtividade e a satisfação dos clientes ficam seriamente comprometidas. Necessitamos de mecanismos


Agora você poderá encontrar seus amigos e clientes trazendo o conceito de TelePresença ao seu desktop, não importa em que cidade ou país eles estejam. Características: ● Tela de 21,5 polegadas full HD ● Controle touch screen ● Resolução de vídeo com 1080p30 e 720p60 ● Suporte aos protocolos H.323 e SIP com bandwith de até 6 Mbps para chamadas ponto a ponto, possibilitando o estabelecimento de chamadas de alta qualidade ● Possui câmera Cisco TelePresence PrecisionHD, levando qualidade e clareza para as chamadas de vídeo ● 2 caixas de som de alta performance integradas na parte frontal do equipamento, elevando a qualidade do áudio Compartilhe conteúdos em alta definição (HD) com apenas um toque. A Telepresença da Série EX da Cisco vai se tornar indispensável no seu dia a dia. Com ele você tomará decisões de maneira rápida, estreitará relacionamentos e ainda aumentará a eficiência de seu trabalho.

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Artigo

que garantam não só a conectividade, mas que apenas os aplicativos necessários estejam consumindo banda, que os aplicativos tenham um desempenho excelente mesmo quando utilizados remotamente e, finalmente, precisamos de mecanismos de sobrevivência e tolerância a falhas. Dados como latência, atraso e jitter, muitas vezes afetam mais o desempenho de um aplicativo do que a largura da banda. E esta falta de visibilidade e controle levou a Cisco a desenvolver novos mecanismos e melhorar funcionalidades que já temos há anos em nossos roteadores. Funcionalidades como NBAR, NetFlow, IPSLA, embutidas no IOS, permitem aos administradores de redes ter uma visão em profundidade do uso da WAN. E mecanismos como QoS e HQoS permitem aos administradores controlarem o ambiente priorizando os aplicativos conforme sua necessidade. Com o AVC (Application Visibility and Controll) e com o PA (Performance Agent), estamos dando mais um passo. O AVC 1.0 permite o reconhecimento de mais de 1000 aplicativos com o uso do NBAR2. Assim, é possível fazer uma Inspeção de Pacotes em Profundidade (DPI), sem adicionar equipamentos à rede. Somado à nova interface gráfica, o Cisco Insight aumenta a visibilidade dos aplicativos trafegando na WAN e cria políticas de QoS de forma mais granular e automática. O Performance Agent (PA) também faz parte do IOS e é habilitado nos roteadores de acesso para nos dar uma visibilidade maior sobre as características de conectividade e como isto afeta o tempo de resposta dos aplicativos. Sem adicionar mais equipamentos, o PA permite estender as funcionalidades de NAM (Network Analysis Module) a todos os escritórios. WAAS (Wide Area Application Services) é a família de dispositivos da Cisco voltada à aceleração de aplicativos. Recentemente anunciamos o WAASx, ou WAAS Express, que é a funcionalidade de Aceleração de Aplicativos integrada ao sistema operacional IOS dos roteadores. Ou seja, podemos prover aceleração de aplicativos desde o roteador de acesso, sem a necessidade de mais um elemento na rede ou a troca de qualquer equipamento. PfR (Performance Router) é um mecanismo desenvolvido pela Cisco, que garante a utilização máxima de todos os links WAN, através de um balanceamento de carga inteligente, baseado nas necessidades dos aplicativos, e proporcionando também um tempo de convergência muito menor ao permitir à rede se recuperar muito mais rapidamente de uma condição de falha. Usando mecanismos como IPSLA, NetFlow ou mesmo

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RTP, o roteador mantém uma tabela com as condições de cada link (com informações como Jitter, Atraso, Latência ...) e executa o balanceamento de carga baseado nas necessidades da aplicação e nas condições de cada link. Este mecanismo garante que todos os links sejam utilizados todo o tempo e com balanceamento inteligente de carga. No caso de alguma falha ou até congestionamento em algum link, isto será imediatamente percebido pelo roteador que irá redirecionar o tráfego, garantindo um tempo de recuperação muito menor. Migrar para nuvem é um movimento inevitável. Porém, a infraestrutura de rede deve estar adequada para suportar esta migração, e roteador de acesso tem um papel fundamental neste movimento. Mecanismos embutidos nos equipamentos Cisco nos permitem ter visibilidade do ambiente de redes remotas, maior controle sobre os aplicativos e como eles utilizam a rede, além de acelerar os aplicativos e garantir o máximo de uso de todos os links com um tempo menor para recuperação de falhas. O Roteador Cisco ISR é hoje o único roteador no mercado que pode prover todos estes serviços de forma integrada, permitindo uma migração mais segura e tranqüila para a nuvem.

* Mauricio Gaudencio é Product Manager – Latin America Services Router Technology Group da Cisco Systems


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