Revista Construir Nordeste - Edição 65

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ano XIII | nº 65 | dezembro 2012 | www.construirnordeste.com.br

arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços

CIDADES planejadas

R$ 12,90 | € 5,60

RCN Editores Associados

A inteligência A serviço dos grandes centros urbanos

Economia e negócios Cotas imobiliárias, facilidade para a compra de um segundo imóvel

entrevista

Steve Lewis: O Recife e o Brasil inteligente

VidaSustentável Projeto incentiva a coleta do lixo em edifícios






SUMÁRIO capa | 40 A inteligência a serviço das cidades

Infraestrutura

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Corredores viários melhoram infraestrutura das cidades

tecnologia

54

Pré-fabricados aceleram obras no Nordeste

Como se faz

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Manutenção predial

economia & negócios

85

Sistema de cotas imobiliárias chega ao Nordeste

Dia a dia | 24

Lugar de mulher também é na obra

seções

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PALAVRA

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ENTREVISTA

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Responsabilidade social

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PAINEL CONSTRUIR

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VITRINE

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ESPAÇO ABERTO

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CUSTO UNITÁRIO BÁSICO – CUB

94 INSUMOS 100

ONDE ENCONTRAR

colunas Vida Sustentável | 69 O Movimento Vida Sustentável – MVS, vem colocando o tema Sustentabilidade da Construção Civil de maneira contínua na ordem do dia, entre empresários, profissionais, professores, estudantes e sociedade. Busca contribuir com o aperfeiçoamento e a modernização do setor, divulgando os princípios da construção sustentável, com foco nas pesquisas e boas práticas; na divulgação de projetos, produtos e iniciativas eficientes; na multiplicação de conhecimento com a promoção de debates e capacitação, com ênfase na geração de energia, no reúso da água e em drenagens e na gestão sustentável dos resíduos.

14 SHARE 48 MOVIMENTO EM JP – Ricardo Castro 52 Construir Direito – Thiago A. Lima 74 VISTO DE PORTUGAL – Renato Leal 88 CONSTRUIR ECONOMIA – Mônica Mercês 92 INDICADORES IVV – Danyelle Monteiro



CARO LEITOR Caro Leitor, O ano de 2012 foi bastante promissor para a construção civil no Nordeste. A região recebeu importantes investimentos e, apesar dos altos e baixos do mercado financeiro, as obras não pararam. São diversos empreendimentos que estão colocando os nossos nove estados no esteio do desenvolvimento. O grande desafio do ano foi aliar os desenvolvimentos econômico e urbano. A julgar por toda essa aceleração, esse desafio continuará na pauta de 2013. Uma saída, talvez, seja o incentivo às cidades planejadas, matéria de capa desta edição. Na reportagem, o jornalista Antônio Martins Neto apresenta New Sondgo, na Coreia do Sul, onde esteve. A metrópole é considerada a cidade do futuro e combina educação, urbanismo, tecnologia de ponta, comunicação e qualidade de vida. E, falando em desenvolvimento urbano, alternativa a ser considerada são as smart cities, cidades inteligentes, que usam poderosos softwares para o planejamento e a solução de demandas na gestão de uma comunidade. O assunto foi tema do Smart City Business, encontro promovido pela ADVB Pernambuco. O evento teve apoio da revista Construir Nordeste e contou com a presença do britânico Steve Lewis e do arquiteto e urbanista Cláudio Leite, entrevistados desta edição. A conversa com Lewis — fundador e executivo-chefe da LivingPlanIT, empresa de tecnologia que desenvolveu uma plataforma aberta de dados para levar inteligência às cidades — você confere nas páginas 18 a 21. Já Leite (págs. 76 a 78), autor do recém-lançado livro Cidades Inteligentes, Cidades Sustentáveis, traz novos conceitos sobre desenvolvimento urbano sustentável. Para não faltar no amanhã, é preciso capital humano. Construtoras investem na mão de obra feminina, e empresas da construção civil, na formação profissional. Confira os exemplos da Conic e da Brennand Cimentos nas seções Dia a Dia na Obra e Responsabilidade Social. O caderno Construir Vida Sustentável mostra, na capa, a experiência do urbanista e ambientalista Mark Burr com o projeto Edifício Ecológico. A iniciativa leva a coleta seletiva do lixo domiciliar a prédios comerciais e residenciais das regiões metropolitanas do Recife e de Maceió. Você também vai encontrar um resumo completo do que foi discutido no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, ação do Movimento Vida Sustentável, nos meses de novembro e dezembro — e descobrir que o Fórum foi vencedor, na categoria Instituição, do XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente. Reafirmando nosso compromisso de valorizar a “personalidade” regional, realizamos mais uma edição do Espaço Construir e do Encontro Construir Nordeste, com o tema Acústica Urbana. As ações, promovidas pela revista Construir Nordeste, aconteceram durante a Ficons. Você confere tudo aqui. A VIII Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços de Construção se consolida como um dos maiores eventos do setor e comprova que as atenções estão voltadas para o Nordeste e que 2013 vem cheio de ótimas perspectivas. Tudo isso e muito mais você encontra nesta edição, a última de 2012. São matérias produzidas, com muito carinho, pela nossa equipe!

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EXPEDIENTE RCN Editores Associados Diretora | Elaine Lyra

Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Carlos Valle, Celeste Leão, Clélio Morais, Daniela Albuquerque, Eduardo Moraes, Elka Porciúncula, Francisco Carlos da Silveira, Inez Luz Gomes, Joaquim Correia, José Antônio de Lucas Simon, José G. Larocerie, Kilvio Alessandro Ferraz, Luiz Otavio Cavalcanti, Luiz Priori Junior, Mário Disnard, Mônica Mercês, Nélio Arcanjo, Otto Benar Farias, Ozéas Omena, Renato Leal, Risale Neves, Serapião Bispo, Vera Brandão, Gustavo Farache, Janaina Waléria Conselho Técnico Professores: Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas Publisher | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br A diagramação é da agência NoAr Comunicação Editora de conteúdo | Renata Farache renata@construirnordeste.com.br Reportagem Antônio Martins Neto I Daniel Vilarouca | Gil Aciolly | Patrícia Felix | Rafael Sabóia I Renata Farache I Yuri Assis Revisão de texto Consultexto editor de arte | Michael Oliveira Diagramação e ilustração Michael Oliveira | Hiago Mota Fotografia Antônio Alves, Esdras Guimarães, Inês Campelo, Ivaldo Bezerra, José Alves, Marcello Furtado, Michael Oliveira. Colunistas Danyelle Monteiro I Mônica Mercês I Renato Leal I Ricardo Castro CoRRESPONDENTES Gustavo Farache - Rio Grande do Norte Janaina Waléria e Mário Disnard - Agreste de Pernambuco Publicidade Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br +55 81 3038-1045 | construir@construirnordeste.com.br Representantes para publicidade Ceará NS&A – Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br Santa Catarina | Media Opportunities - Lúcio Mascarenhas +55 48 3025-2930 | luciomascarenhas@mobrasil.com.br Rio de Janeiro | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br São Paulo | Media Opportunities - Demetrius Sfakianakis +55 11 3255-2522 | demetrius@mobrasil.com.br Rio Grande do Sul | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br Portugal - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal 351 210329111 | renato.leal@b4.com.pt Administrativo-Financeiro | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br Assinaturas e Distribuição | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br NÚCLEO ON LINE | Daniel Vilarouca daniel@construirnordeste.com.br Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste Endereço e telefones Av. Domingos Ferreira, 890, sl 704 – Boa Viagem. Recife/PE. 51011-050 +55 81 3038 1045 / 3038 1046



CARTAS

AGENDA

Este canal de comunicação objetiva auxiliar os profissionais da construção em seus questionamentos e dúvidas relacionadas à gestão e tecnologia da construção de edifícios.

Pergunta: Quais as fases de um projeto de fundação de um edifício? Quanto custa? Resposta: Um projeto de fundações geralmente envolve três fases: (i) dimensionamento e interpretação da prospecção geotécnica, onde são especificadas e interpretadas as sondagens de reconhecimento do terreno, bem como eventuais ensaios de campo e de laboratório que sejam necessários ao perfeito entendimento geológico-geotécnico do subsolo; (ii) anteprojeto de fundação, onde é feito o pré-dimensionamento das possíveis soluções de fundação que sejam tecnicamente viáveis. Ao final dessa fase, é escolhida a solução mais apropriada ao contexto da obra, levando-se em consideração vários aspectos, tais como custos, prazos, interferências com vizinhos, entre outros; (iii) projeto executivo, onde é feito o detalhamento da solução de fundação escolhida, e os produtos do projeto são desenhos e especificações. O custo de um projeto de fundação corresponde a um valor entre 2 e 5% do provável custo da fundação (por exemplo, se a solução for fundação profunda, há que se considerar o custo do estaqueamento mais o custo dos blocos de coroamento). *Prof. Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc. PEC/POLI/UPE Em que consiste o conceito de prevenção de acidentes através da elaboração do projeto na construção de edificações? Resposta: O conceito de que o projeto afeta o custo, qualidade e duração da construção é amplamente aceito por arquitetos e engenheiros em todo o mundo. Tendo como base esta perspectiva é que o conceito da prevenção através da etapa de projeto é fortalecido na década de 90 com a pesquisa de Gambatese e Hinze nos Estados Unidos. Prevenção através da etapa de projeto conhecida em inglês como PtD (Prevention through Design) é uma tendência emergente nos projetos e na industria da construção no qual os profissionais responsáveis pela elaboração de projeto consideram a segurança dos trabalhadores da construção durante a fase de projeto. Isto requer que o projetista tenha o conhecimento e utilize de instrumentos durante a elaboração do projeto que visem eliminar ou diminuir os riscos de acidentes para o trabalhador responsável pela construção ou manutenção da edificação construída.

EXPO REVESTIR Data: 05 a 08/03 Local: São Paulo/SP exporevestir.com.br FEICON Data: 12 a 16/03 Local: São Paulo/SP Feicon.com.br EXPO ROAD BRASIL Data: 19 a 21/03 Local: São Paulo/SP brazilroadexpo.com.br BAUMA Data: 15 a 21/04 Local: Alemanha Bauma.de/en FÓRUM CONSTRUIR CARUARU Data: 23/05 Local: Caruaru/PE construirnordeste.com.br KITCHEN BATH Data: 03 a 05/07 Local: São Paulo/SP kitchenbathexpo.com.br CONCRETE SHOW Data: 28 a 30/08 Local: São Paulo/SP concreteshow.com.br FICONS Data: 05 a 08/08 Local: Olinda/PE ficons.com.br

* Profa. Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani, Ph.D. Professora Associada da Universidade de Pernamubuco (PEC/LSHT/POLI/UPE).

CARTAS redacao@construirnordeste.com.br

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ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@construirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h

REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS Avenida Domingos Ferreira, 890/704 Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 001-050



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Ambientes da Casa Cor no portal CONSTRUIR NE Os ambientes que compuseram a Casa Cor PE e Casa Cor RN podem ser conferidos também no portal da Construir NE. É que uma galeria com todas as imagens do evento está disponível em nosso site. As tecnologias usadas no revestimento e na automação dos ambientes foram destaque na Casa Cor dos dois estados. Nas fotos, o internauta pode perceber cada um desses detalhes e como aplicá-los ao lar.

Concreto celular no centro da discussão A Construir NE, através do seu portal, abre um fórum para discutir o uso do concreto celular na construção civil. De acordo com especialistas, a tecnologia apresenta uma qualidade técnica superior e um maior conforto ao ambiente com relação ao concreto convencional. O Nordeste é classificado como Região 8; ou seja, apresenta altos índices de luminosidade e efeitos dos raios solares, o que é altamente prejudicial à construção. O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião em nosso site.

Mais informação

Espaço Aberto

A partir deste mês de janeiro, nosso portal conta com um novo espaço para a publicação de artigos. O primeiro texto é de Gamal Asfura, engenheiro estrutural e diretor técnico da Engest. Ele destaca os mitos por trás do uso da alvenaria estrutural. Asfura afirma que a tecnologia é segura, diferentemente da alvenaria portante muito utilizada entre os anos de 1960 e 1980 e que deu origem aos chamados prédios-caixão.

Nesta edição da Construir NE, você pôde conhecer um pouco sobre a tese de mestrado de Paula Maciel Silva. O trabalho trata da conservação dos prédios em estilo moderno. O conteúdo completo desse material e detalhes sobre o valor histórico dessas edificações podem ser conferidos no portal. Acesse e confira o trabalho completo!

Promoção Quer ganhar um exemplar do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes, de Carlos Leite, ou Gestão da Manutenção Predial – Uma Aplicação Prática, de Ana Karina Marques e Herbert Lopes de Souza? Curta a nossa página no Facebook, compartilhe os links e fique de olho nas promoções. Você pode levar um desses livros para casa!

Acesse: www.construirnordeste.com.br Escreva: faleconosco@construirnordeste.com.br Siga-nos (Twitter): @Construir_NE Compartilhe nossa fan page no Facebook

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PALAVRA

A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO NA NBR 15575 DEVE MUDAR Luis Alberto Carvalho*

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esde os primórdios da civilização, a habitação tem sido fundamental na mitigação dos efeitos de fatores climáticos adversos na vida humana. Para nós, moradores das regiões Norte e Nordeste do País, as elevadas temperaturas constituem, sem quaisquer dúvidas, um fator climático adverso. A ABNT NBR 15575 Edificações Habitacionais – Desempenho – Partes 1 a 6, em fase de análise da consulta nacional, estabelece que a habitação cuja temperatura interna máxima não exceda a temperatura externa máxima está aprovada quanto ao desempenho térmico. Para nós, nascidos e criados nas regiões Norte e Nordeste, esse critério é inadmissível. Embora restrinjamos essa comunicação às regiões Norte e Nordeste, vale lembrar que os verões, em outras regiões do País, Sul e Sudeste, por exemplo, atingem temperaturas superiores às máximas do Norte e Nordeste. Ainda mais, a transmissão de calor é, por assim dizer, um fenômeno de mão dupla, isto é, se um dado elemento habitacional não isola o calor, também não isolará o frio. A NBR 15575 preconiza três métodos para avaliação do Desempenho Térmico, a saber, Simplificado (Normativo), Simulação Computacional (Normativo) e Medição em Protótipos ou Habitações Prontas (Informativo). O processo Simplificado, resumidamente, estabelece limites superiores para a transmitância térmica dos elementos. A Simulação Computacional, em resumo, emprega séries climáticas do Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet, e, com base em propriedades térmicas dos elementos constituintes da habitação, determina as temperaturas internas mínimas e máximas. Para ilustrar o nosso ponto de vista, vamos considerar o sistema construtivo

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racionalizado, normalizado (NBR 16055), de paredes de concreto moldadas no local cujos principais atrativos são a elevada velocidade de execução e a alta qualidade potencial do produto acabado, o que o torna, particularmente, vocacionado para empreendimentos de média e larga escalas. O Desempenho Térmico desse sistema construtivo não atende ao processo Simplificado, restando, portanto, o processo da Simulação Computacional. Consideremos, pois, duas Simulações do Conforto Térmico em casas térreas. (a) Furnas Centrais Elétricas S.A. – Sistemas construtivos de concreto moldado in loco e tilt-up, avaliação de desempenho, 2008, contratada pela Abesc: parede com espessura de 11 cm, laje de forro de concreto com 10 cm de espessura e subcobertura (EPS 4 cm) e telha cerâmica; (b) Roriz Engenharia Bioclimática – Níveis de desempenho térmico de edificações com paredes de concreto, 2010, contratada pela ABCP: parede com espessura de 10 cm, laje de forro de concreto com 10 cm de espessura, telha cerâmica, fibrocimento ou concreto. Gentileza consultar os respectivos relatórios para maiores detalhes. Temperaturas máximas internas e externas no Norte e Nordeste do Brasil: FURNAS

Temperatura externa máxima verão - Teresina-PI (em ºC) Temperatura interna máxima verão - Teresina-PI (em ºC) Temperatura externa máxima verão - Petrolina-PE (em ºC) Temperatura externa máxima verão - Petrolina-PE (em ºC)

RORIZ

38,5

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38,5

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33,1

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NBR 15575

a espessura das paredes, introduzir revestimentos antitérmicos, entre outras. Com base nesse estudo, apresentamos voto à Consulta Nacional da NBR 15575, posteriormente apresentado e aprovado durante a segunda reunião plenária especial de análise da consulta nacional das seis partes da NBR 15575, em São Paulo, no dia 24 de outubro deste ano, consistindo na criação de limites absolutos mínimo (12 ºC) e máximo (27 ºC) para o Desempenho Térmico. A princípio, esses limites estão abertos à discussão. Como tópicos para futuras revisões da NBR 15575, gostaríamos de sugerir: • Uma maior sistematização e uniformização dos procedimentos de Simulação Computacional do Desempenho Térmico. • Uniformização dos critérios de avaliação do Desempenho Térmico das diversas regiões bioclimáticas, de vez que os critérios atuais passam, por exemplo, a impressão de um relaxamento dos critérios visando facilitar a aprovação do Desempenho Térmico na zona bioclimática Z8, aproximadamente 90% das regiões Norte e Nordeste e 54% de todo o território nacional. Deve-se atentar, ainda, para o alto risco representado por relatórios de Simulação Computacional com o carimbo de “aprovado” segundo a Norma de Desempenho (NBR 15575) nas mãos de analistas sem o domínio do tema, mas com poder de decisão quanto, por exemplo, a financiar ou não um dado empreendimento.

Aprovado

Aprovado

O que fazer diante de temperaturas internas escaldantes (38,5 ºC), inaceitáveis sob o ponto de vista econômico, social, de engenharia e sustentabilidade? Engenharia, empregando soluções que o setor da construção civil já conhece, tais como reduzir a densidade do concreto, aumentar

*Luis Alberto Carvalho é engenheiro civil, Ph.D. e professor na Universidade Federal do Ceará – UFC.



Entrevista Steve Lewis

o recife e o brasil inteligente por Antônio Martins Neto

O britânico Steve Lewis já vinha com certa frequência ao sudeste do Brasil. Nos últimos meses, incluiu o Recife nesse roteiro. E não é apenas pelo mar que banha a capital pernambucana. Lewis, fundador da Living PlanIT, empresa de tecnologia que leva inteligência às cidades, tem dado palestras no Estado e conversado com empresários, especialistas e políticos, como o governador Eduardo Campos. Com o Porto Digital e o Porto de Suape, ele encontrou em Pernambuco um terreno fértil para ideias e produtos que colocam a tecnologia a serviço da eficiência e da qualidade de vida nas cidades. Como em Paredes, em Portugal, onde sensores instalados pela cidade garantem a eficiência de edifícios e o monitoramento do trânsito, num projeto premiado em 2012 pelo Fórum Econômico Mundial. Em entrevista à Construir Nordeste, Lewis deixa claro que esse know-how está prestes a chegar por aqui. Mas esconde o jogo, como todo bom estrategista — o executivo foi jogador profissional de futebol até ser parado por um câncer. Lewis se recuperou em 1982, quando passou a trabalhar em empresas como Microsoft e IBM. foto: Living PlanIT

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Entrevista O que é uma cidade inteligente para o senhor? Há vários níveis [de cidades inteligentes]. O primeiro [nível] está relacionado a como os moradores dessas cidades levam uma vida mais produtiva, seja no trabalho, na educação, na saúde ou em qualquer outra atividade social. E assim, fundamentalmente, a razão para levar tecnologia às cidades seria aumentar tanto a produção econômica quanto a coesão social, o desenvolvimento social. Ou seja, é sobre as pessoas. O segundo nível está relacionado à melhoria da utilização dos recursos naturais, uma vez que, quando as pessoas se unem em cidades, elas tendem a consumir mais recursos naturais do que o fariam se estivessem em ambientes rurais. O terceiro nível está ligado a uma certa cultura, a como uma cidade se projeta para competir num cenário mundial e sua luta para se tornar uma cidade inteligente a ponto de atrair pessoas para competir, produzir e exportar. Em que país esse processo se encontra mais avançado? Eu diria que cada país está em um estágio muito inicial para realmente entender as implicações disso. Eu dividiria em três os tipos de abordagem. Existem algumas nações que estão construindo novas cidades, fundamentalmente porque a população está se movendo em massa das zonas rurais para os ambientes urbanos e por isso elas têm de construir cidades completamente novas. Isso é mais encontrado no mundo em desenvolvimento e na Ásia, especificamente no Paquistão, na China e na Índia. Mas você também vê a mesma mudança na África e em outras nações que fazem parte dos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nos países desenvolvidos, temos cidades que estão passando por crescimento urbano. Assim, quando você olha para

as 20 maiores cidades do mundo, apenas uma talvez não existisse há 15 ou 20 anos. Todo o resto é de cidades preexistentes, que tiveram um grande crescimento da população. Então, o que você encontra nessas cidades são áreas existentes que não são mais utilizadas para sua atividade original ou estão caindo em desuso ou são bolsões de pobreza. As cidades tendem a se concentrar na regeneração dessas áreas. Dessa forma, no mundo em desenvolvimento as pessoas tendem a construir novas cidades e, no mundo desenvolvido, elas tendem a regenerar e adaptar. Para responder sua pergunta original, eu diria que os países que estão

Já o Brasil, de todos os lugares do mundo, vai ser uma das áreas mais interessantes para inovar em cidades inteligentes

crescendo muito rapidamente levam uma vantagem muito grande ao desenvolver novos lugares para viver e trabalhar. Onde eles constroem novas cidades, a oportunidade de utilizar novas tecnologias, conhecimento, novos materiais e novas técnicas é muito mais simples do que tentar encaixar tudo isso em uma cidade já existente. E é por isso que vejo a China sendo muito agressiva nessa área, pois não se trata apenas da cidade, mas da oportunidade de exportar esse conhecimento e esses produtos para outros lugares. Eu acho que a Índia vai demorar um

pouco mais. Já o Brasil, de todos os lugares do mundo, vai ser uma das áreas mais interessantes para inovar em cidades inteligentes. Por quê? Em primeiro lugar, porque a cultura se presta a isso. É um ambiente menos complicado culturalmente que a China, por exemplo. Em segundo lugar, porque o Brasil é mais pragmático. Eu acho que há um pouco mais de harmonia no País. É uma população mais jovem e que vai exigir melhores ser viços de suas cidades. Tudo por causa da cultura, do crescimento e da necessidade de aproveitar o capital humano para continuar a crescer no ritmo que o Brasil precisa. E também para diminuir a desigualdade que existe. O senhor já visitou o Brasil algumas vezes, inclusive o Recife. Qual a sua impressão da cidade e como o senhor analisa esse processo para torná-la de fato inteligente? Há áreas da cidade que são realmente muito bonitas. Há muito contexto histórico. A linha costeira e os recursos naturais também são incrivelmente úteis, além do Porto de Suape. Há uma diversidade de atividades econômicas e sociais na cidade, mais ampla do que em algumas outras cidades onde não há porto, como Londres. Então você tem o turismo, atividade de distribuição econômica de exportação, mineração e materiais, você tem atividades comerciais e você tem um novo cluster digital. A partir desse cenário, acredito que haja oportunidades para mais desenvolvimento e, uma vez agindo rapidamente, acho que haverá também uma imediata melhoria na qualidade de vida. Algumas áreas devem ser abordadas. Eu focaria inicialmente na melhora da segurança e do fluxo do trânsito. Acho que o rio que corta o Recife também deveria ser incluído nessa questão. Acho que ele abre uma série de oportunidades. Mas o mais

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Entrevista importante para o desenvolvimento dessa infraestrutura é a possibilidade de incorporar as novas tecnologias nesses serviços e fazê-lo de forma rápida. Se nos próximos dez anos o desenvolvimento do Recife e dos municípios vizinhos for guiado por uma legislação inteligente e por uma política pública visionária, que conte com a colaboração da comunidade, eu acho que o Recife será uma dessas luzes brilhantes em relação à inovação capaz de mostrar ao mundo o caminho para se tornar inteligente. O poder no Brasil costuma ser muito centralizado, seja nos níveis federal, estadual ou municipal. O senhor acha que essa característica pode ser uma barreira para tornar nossas comunidades mais inteligentes? Eu traçaria um paralelo com Portugal, onde nós trabalhamos há alguns anos. Como vocês, Portugal também tem um sistema centralizado. Mas uma das vantagens que encontramos no país foi justamente a sua natureza centralizada, que permitiu que o governo se digitalizasse rapidamente e se tornasse um e-governo. Agora, eles são, provavelmente, o governo mais conectado do mundo em termos de plataforma. Portanto, acho que a centralização pode ser útil. Há também o aspecto cultural. O que os cidadãos exigem hoje é dramaticamente diferente do que exigiam há dez anos. A cultura do smartphone mudou para sempre as crianças que cresceram nos últimos 15 ou 20 anos e que têm uma expectativa completamente diferente em relação a onde e quando obter dados e que uso fazer deles. A combinação da sociedade civil, do investimento empresarial e da colaboração com o governo pode criar um excelente exemplo para o País. E como melhorar esse processo num contexto de crise econômica? Alguns podem dizer que neste momento o Brasil está se saindo melhor

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do que outros países do mundo. Mas isso não significa que o governo tenha um monte de dinheiro. O governo precisa investir em infraestrutura, educação e saúde, o que significa que nem sempre há recursos para levar adiante o desenvolvimento, com exceção talvez do investimento em superinfraestrutura. Portanto, temos que focar em algumas coisas. A construção civil, por exemplo, que é extremamente ineficiente. Na verdade, de todas as indústrias é a menos eficiente. E é ineficaz por várias razões: a forma como está organizada e também a completa falta de tecnologias para planejamento dos produtos. Quando o setor de manufatura projeta uma aeronave, um navio ou um carro, ela usa tecnologias bastante sofisticadas de modelagem e simulação para descobrir como esses produtos vão funcionar antes de serem construídos. No final, ela reduz

bairros inteligentes], e o resultado é a implantação de menos capital. Vamos imaginar um edifício de 100 milhões de dólares. É possível construir esse edifício com 70 milhões, e, às vezes, até menos, usando essas técnicas. Além disso, é possível investir 10 milhões do que foi economizado em materiais de construção mais sofisticados, numa eletrônica melhor, melhor software. Dessa forma, economiza-se 20 milhões na construção e tem-se um edifício muito mais sofisticado, que respeita o meio ambiente, produz sua própria energia, trata a própria água e também resíduos. E, ironicamente, um prédio cuja construção custou menos produz mais receitas e vale mais porque houve eficiência. Portanto, no meu ponto de vista, os governos precisam se tornar mais rigorosos nos padrões de licenciamento. Não permitir que os prédios sejam feitos como há 200 anos, mas pensar nas necessidades de daqui a 30 ou 40 anos.

A combinação de sociedade civil, do investimento empresarial e da colaboração com o governo pode criar um excelente exemplo para o País

E o senhor se reuniu recentemente com o governador Eduardo Campos. Isso significa que a sua empresa terá um projeto em Pernambuco? Estamos, sim, comprometidos com trabalhos aí no Recife, tanto em nível municipal quanto em nível estadual. O que posso dizer no momento é que os projetos estão em duas áreas de grande interesse para nós. Um deles é sobre sensores e controles avançados. O outro é sobre pesquisa e desenvolvimento urbano, que deverá ser desenvolvido no Recife desde que encontremos o ambiente adequado. Meus instintos dizem que sim. Tivemos reuniões no Centro de Estudos Avançados do Recife – C.E.S.A.R., e também com líderes da sociedade civil, políticos e empresários, e há espaço para uma excitante colaboração. Portanto, para responder brevemente a sua pergunta, eu suspeito que em um mês ou dois estarei fazendo alguns anúncios relacionados aos nossos compromissos com Pernambuco.

o risco e o gasto de tempo, não só na entrega do produto, mas também no seu funcionamento. Portanto, uma das coisas que fazemos nos projetos que estamos envolvidos é a aplicação de tecnologias avançadas para planejamento, desenho, modelagem, simulação e fabricação e, em seguida, operação desses lugares [cidades e



responsabilidade social

Reforma em ala pediátrica melhora autoestima de pacientes Através do Projeto Casa da Criança, a ala de internação pediátrica do Hospital Napoleão Laureano agora é lugar de brincadeiras e motivação Por Patrícia Felix

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médico, copa, espaço de manipulação, área de convívio para acompanhantes e sala de tevê infantil com brinquedoteca. “Os pacientes têm, hoje, mais privacidade no tratamento. Antes, a enfermaria era composta por três quartos, cinco leitos e apenas um quarto para o isolamento. Agora, as crianças contam com mais leitos e oito quartos individuais, onde são internados os pacientes mais graves com infecções e baixa imunidade”, explica a médica Andréa Gadelha. Danielle Soares, enfermeira do ambulatório de oncologia pediátrica Q’Alegria, destaca a mudança positiva no comportamento dos, aproximadamente, 140 pacientes mensais que se submetem às sessões de quimioterapia no Hospital. “Logo após a inauguração, os resultados já foram perceptíveis. A alegria, o entusiasmo e a disposição de cada criança são nítidos. O medo e a ansiedade que antecediam o tratamento foram

transformados em expectativa em ser o próximo a ser atendido para ‘brincar’ no Q’Alegria”, afirma. Patrícia Chalaça, presidente do Projeto Casa da Criança, comemora a inauguração e fala da gratificação que é ouvir o depoimento dos médicos e da equipe sobre o quanto a iniciativa contribui para a autoestima e a cura das crianças. “A cada etapa, sentimos uma satisfação que vem da alma”, diz. O Projeto Casa da Criança é uma organização reconhecida pelo Governo Federal como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). O objetivo principal é defender os direitos de crianças e jovens por meio de ações que vão desde reformas e construções até as de interesse nacional que primam pela qualidade do atendimento. Atuando em todas as regiões do País, hoje o Projeto está presente em 15 estados mais o Distrito Federal.

O quarto projetado pelas arquitetas Suellen Montenegro e Larissa Vinagre trouxe mais conforto para as crianças e passou a estimular a imaginação dos internos da ala pediátrica do Hospital foto: DIVULGAÇÃO

uidar da criança com a leveza e a alegria que ela merece é o objetivo do Projeto Casa da Criança. Com esse propósito, o grupo acaba de inaugurar a ala de internação pediátrica do Hospital Napoleão Laureano totalmente reformada. O trabalho contou com a ajuda de voluntários, que têm a sensação de dever cumprido. O espaço já traz resultados positivos, como a elevação da autoestima dos pequenos. Localizado em João Pessoa, o Hospital Napoleão Laureano é uma instituição sem fins lucrativos, referência no tratamento do câncer, e recebe, diariamente, pacientes da Paraíba e dos estados vizinhos. As instalações da ala de internação pediátrica passaram por um processo de humanização que foi viabilizado graças a doações de produtos e serviços. Ao todo, foram R$ 800 mil em investimentos arquitetônicos e o trabalho voluntário de 35 profissionais, entre arquitetos, designers e artistas plásticos. Cibelli Gomes, arquiteta do Projeto, explica que tentou deixar os ambientes da ala mais leves e acolhedores para receber as crianças em tratamento. “Ao arquitetar o quarto, pensei no que poderia fazer para deixar mais agradável a vida daquela criançada. O resultado foi um espaço suave e aconchegante, fugindo do clima tenso de um hospital”, diz. Franqueada social e também arquiteta, Sandra Moura destaca que a ação beneficiou não só as crianças, mas também os profissionais envolvidos na causa. “Como arquiteta, tenho a convicção da responsabilidade de inspirar outros profissionais”, ressalta. Numa área de 600 m², a ala de internação conta agora com 21 leitos, repouso


responsabilidade social

PROJETO forma profissionais para construção Empresa promove uma série de ações para transformar pescadores e agricultores em profissionais da construção civil Por Patrícia Felix

romovido pela Brennand Cimentos, o Projeto Mãos Dadas com o Futuro tem como objetivo principal qualificar moradores de Pitimbu, na Paraíba, para trabalhar na construção e operação da fábrica de cimentos, que será construída no Estado. A capacitação, que pretende formar, ao todo, 896 profissionais até o final do ano de 2013, é uma parceria entre a Brennand Cimentos, o Governo da Paraíba, a Federação das Indústrias da Paraíba, o Senai-PB, a ONG Mais Consultoria e a Prefeitura Municipal de Pitimbu. Francisco Carlos da Silveira, coordenador do Mãos Dadas com o Futuro, ressalta que a ação é essencial porque Pitimbu é um município voltado para a pesca e agricultura. “O Projeto é necessário para que os próprios munícipes sejam aproveitados”, explica. Os moradores da cidade, que antes eram pescadores e agricultores, são transformados em profissionais da construção. O Projeto oferece 17 cursos nas áreas de construção civil, elétrica e metalmecânica. São eles: Armador de Estrutura de Concreto Armado, Carpinteiro de Obras, Pedreiro, Meiooficial (Pedreiro), Servente, Caldeireiro, Ajustador Mecânico, Eletricista de Instalações Prediais, Instalador de Hidráulico, Encanador Industrial, Montador de Andaimes, Encarregado, Mecânico Montador, Soldador, Eletricista de Instalações Industriais, Instrumentista e Eletricista Montador. Seis turmas já foram formadas — duas estão em andamento —, e, até outubro de 2013, serão concluídas 56 turmas no total. Inscreveram-se, em média, 2 mil pessoas. Todos os candidatos passaram por

foto: DIVULGAÇÃO

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Alunos do Curso de Carpinteiro têm aulas práticas através do Senai

um processo de seleção, que consiste em aplicação de testes de Língua Portuguesa e Matemática, de acordo com a escolaridade exigida no respectivo curso, e entrevista individual para levantamento do perfil socioeconômico do candidato. Ademir de Souza, 27 anos, é um dos beneficiados pelo Projeto. Ele, que concluiu o curso de Carpinteiro em outubro deste ano, comemora o novo emprego no segmento da construção civil. “Sempre tive vontade de adquirir conhecimento nessa área, e aí surgiu a oportunidade. Estava desempregado e, antes de terminar o curso, já fui chamado para trabalhar. Mudei meu horário, terminei a capacitação e hoje estou empregado. O Projeto me deu muitas oportunidades”, conclui.

Além da capacitação de cada curso, os alunos recebem um módulo voltado para a cidadania, que engloba, entre outros assuntos, ética, valores, direitos e deveres do cidadão e postura no ambiente de trabalho. Transporte gratuito e cestas básicas mensais também são alguns dos benefícios disponibilizados pelo Projeto. Francisco explica que essas ações servem para garantir a permanência dos alunos até o final do curso. Erika Correia, diretora da ONG Mais Consultoria, ressalta que a construção de uma fábrica causa um grande impacto em seu entorno. Dessa forma, o Projeto entra com o papel de melhorar as condições da comunidade. “Ações como essas são importantes porque investem no município, mudam a rotina da comunidade e preparam a população para as modificações”, destaca.

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LUGAR DE MULHER TAMBÉM É NA OBRA Presença de mulheres na construção civil mudou o perfil do canteiro de obras. Atenção redobrada e acabamento refinado são as principais características do seu trabalho

fotos: guilherme veríssimo

Por Daniel Vilarouca

Com carteira assinada, as pedreiras Joselene Pina e Viviane Pereira têm uma nova perspectiva no mercado de trabalho

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um mercado dominado por homens, elas foram chegando de mansinho, como arquitetas e engenheiras. Agora, as mulheres colocam literalmente a mão na massa e ajudam a construir um Nordeste melhor. Para suprir as demandas nas frentes de trabalho, construtoras têm recorrido, cada vez mais, à contratação de mão de obra feminina. Com isso, ofertam mais que um emprego, oferecem uma nova oportunidade de vida. Há quatro meses trabalhando como pedreira, Joselene Pina ainda comemora o primeiro emprego com carteira assinada. Aos 30 anos, ela é uma das oito

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mulheres que trabalham na construção de um edifício residencial na Rua da Aurora, centro do Recife. “Aqui, eu trabalho com alvenaria, acabamento e rejunte. Só não sei ainda aplicar cerâmica, mas estou correndo atrás para aprender”, comenta satisfeita. O serviço na construção civil não era novidade para ela que já realizava pequenos trabalhos com a família, mas a jovem conta que precisou se especializar para concorrer à vaga de pedreira. “Somente quando fiz aulas no Senai é que me senti capacitada e pronta para participar da seleção. Sei que o curso foi importante neste processo”, afirma a pedreira.

Assim como para Joselene, o trabalho na construção civil vem representando um novo rumo na vida de Viviane Pereira. Com 38 anos, casada e mãe de três filhos, a também pedreira vê no emprego a oportunidade de melhorar de vida. “Com o salário que ganho aqui posso ajudar nas despesas da minha casa e na formação dos meus filhos”, argumenta. Elas trabalham na mesma construção e contam que, no serviço, não sofrem nenhuma discriminação. São tratadas de igual para igual com os homens. Viviane lembra que houve um estranhamento, no início, por


dia a dia parte dos trabalhadores da obra, mas que hoje já não há mais diferença entre os homens e as mulheres no canteiro. “Acho que era novo para eles ter uma mulher fazendo o mesmo serviço, levantando parede, pintando. Agora, não. Eles até nos ajudam bastante”, diz Viviane. O trabalho mudou a rotina delas. De segunda a sexta-feira, a partir das 7h, elas estão envolvidas na obra, mas não reclamam, pois sabem que têm uma nova profissão. “Antes, eu era dona de casa e tive de me acostumar com um ritmo de trabalho totalmente diferente. Mas, aqui, eu me sinto uma profissional de verdade ao ver minha carteira de trabalho assinada e participar de todo este processo da construção”, fala Joselene Pina.

As mulheres tem um cuidado maior na finalização dos serviços, com mais capricho e cuidado”, conta Florence.

Cursos que capacitam para o mercado Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2010, as mulheres já somavam mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada na construção civil, praticamente o dobro do número registrado em 2006. Atualmente,

De 2006 a 2012, o número de mulheres envolvidas na construção civil cresceu 65%, dados do Ministério do Trabalho.

A construtora Conic, responsável pela obra em que Joselene e Viviane trabalham, é uma das empresas no Nordeste que contam com mulheres no seu quadro de profissionais. Atualmente, ela está envolvida em 17 obras das quais duas tem a participação de mão de obra feminina. “Inserir a mulher no canteiro de obras foi um projeto que a Conic abraçou, visto que a mão de obra masculina está escassa”, explica a gerente de Recursos Humanos da Conic, Florence Olsen. Segundo ela, a empresa teve de adaptar os canteiros de obras para a chegada das operárias com vestiários e banheiros exclusivos. Ela acrescenta que as mulheres já ocupam quase 10% do quadro de trabalhadores da empresa. Para Florence, as mulheres ainda estão numa fase de aprendizado e, por isso, ainda não atingiram uma produtividade ideal, mas há um ganho na qualidade do serviço prestado por elas. “Elas trouxeram mais qualidade na realização da atividade, pois são atenciosas, cuidadosas, tem facilidade com a leitura dos projetos e estão sempre atentas a colocação dos equipamentos.

fotoS: MICHAEL OLIVEIRA

Cuidado e atenção no trabalho final

elas já representam quase 10% dos profissionais envolvidos com o setor no país. De olho neste mercado, escolas de ensino superior e técnico têm investido na capacitação das mulheres para a construção civil. O Senai de Pernambuco é uma dessas instituições. Num levantamento realizado no mês de outubro, foi constatado que dos 10.284 alunos matriculados em seus cursos, 3.193 são do sexo feminino. As áreas mais procuradas por elas são para trabalhar como armadora, carpinteira de obra, pedreira, pintora e gesseira. “As empresas de construção civil têm procurado o Senai para a contratação de mulheres porque sabem da capacidade e do preparo das nossas alunas”, comenta o diretor regional do Senai, Sérgio Galdêncio. Segundo ele, na Olímpiada Brasileira do Conhecimento, a prova de concreto de alvenaria contou com a participação de uma pernambucana. “Ela era a única mulher da prova e ficou entre os cinco melhores do Brasil”, finaliza Galdêncio.

Florence Olsen, gerente de recursos humanos da construtora Conic, afirma que a mulher no canteiro de obras é mais atenciosa, cuidadosa e tem facilidade para ler os projetos

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painel construir Smart City A ADVB-PE realizou o Encontro Café da Manhã – Empreendimentos e Bairros Planejados, paralelamente ao evento Smart City Business. O encontro teve como foco a apresentação dos 14 projetos de bairros planejados que serão construídos em Pernambuco nos próximos dez anos. Juntos, eles somam um investimento de quase R$ 10 bilhões. O objetivo é articular os principais dirigentes das incorporadoras responsáveis por esses projetos com os diretores e presidentes das principais empresas de tecnologia mundial, visando parcerias e futuros negócios.

PRÊMIO DE MARKETING Doze empresas do setor de Marketing e Propaganda de Pernambuco foram condecoradas na 9ª edição do prêmio Top Marketing. Promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Pernambuco - ADBV-PE. o evento deu destaque para as propagandas direcionadas ao setor imobiliário. A Arcos Propaganda Ltda. (foto), com um projeto para o home resort Evolution, da Moura Dubeux, foi uma das vencedoras. Além dela, receberam o prêmio Alphaville Urbanismo, Arena Pernambuco, Banco Gerador, Bradesco Capitalização, Convida Cidades Planejadas, Empetur, Fiat Automóveis, Officina Design, Pamesa do Brasil, Tintas Iquine e Transpetro.

XXIV Congresso Pan-americano de Arquitetos O Centro Cultural e de Exposições de Maceió recebeu o XXIV Congresso Pan-americano de Arquitetos, realizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB. O evento foi palco de diversos debates sobre campos de ação e reflexão crítica dos arquitetos e teve como tema Viver o território, imaginar a América. O assunto mais comentado foi o polêmico Plano Brasília 2060, contrato firmado entre o Governo do Distrito Federal e a empresa Jurong Consultoria, de Cingapura, para o planejamento de Brasília para os próximos 50 anos.

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Camará Shopping inicia obras Começa em janeiro, a construção do Camará Shopping, um empreendimento de 42 mil m² dentro da Reserva Camará Complexo Multiúso, no município de Camaragibe, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Com três pavimentos, o shopping contará com 290 lojas, cinco salas de cinema, playpark, brinquedoteca e 26 operações de alimentação mais um terraço panorâmico. Além de estacionamento para 1.200 veículos, sendo 900 vagas cobertas. O Camará Shopping atenderá à demanda da região onde está sendo construída a Arena Pernambuco, que sediará jogos da Copa do Mundo de 2014.


painel construir Evento de Comunidades Planejadas reúne mais de 200 empresários do setor na Bahia Definitivamente as comunidades planejadas são a bola da vez no mercado imobiliário brasileiro. Essa afirmação foi consenso entre os especialistas e empresários que marcaram presença no segundo Seminário Internacional de Comunidades Planejadas - Complan, que aconteceu em outubro em Costa do Sauípe, Bahia. Mais de 200 empresários de várias regiões do Brasil e especialistas internacionais do setor estiveram presentes no evento, que contou com 15 painéis, dois workshops, visita técnica e Speed Networking. O evento contou também com Inês Magalhães, Secretária Nacional de Habitação do Ministério do Turismo. Promovida pela Adit Brasil, a terceira edição do Complan ocorrerá em 2013 no mês de setembro. Informações: www.adit.com.br

Krona inaugura fábrica em Alagoas A Krona Tubos e Conexões inaugurou, no mês de outubro, sua primeira fábrica fora do eixo Sul. Localizada no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro/AL, a nova unidade da empresa busca atender ao crescente mercado da construção civil no Norte e Nordeste do País. A expectativa é de que, com a nova unidade, a Krona aumente em 50% a sua capacidade produtiva e a participação de 60% nos pontos de venda nessas regiões num prazo de dois anos. Além da fábrica em Alagoas, a empresa possui duas outras unidades em Joinville/SC e um portfólio composto de cerca de 600 itens.

Capital do Agreste sedia 8º Salão Imobiliário A cidade de Caruaru promoveu o 8º Salão Imobiliário com um público de mais de 10 mil pessoas. O evento é um dos mais esperados por profissionais do setor da construção civil, imobiliárias, lojas de material de construção e consumidor final do Agreste pernambucano. Participou do encontro, um total de 19 imobiliárias e 11 construtoras, com o apoio das câmaras setoriais da construção civil e corretores de imóveis da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru – Acic.

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painel construir Projeto de Lei: Mobilidade Urbana O plano de mobilidade urbana para Caruaru coloca em pauta o direito do cidadão de ir e vir, independentemente de qualquer circunstância de transporte. Os primeiros critérios a serem postos em prática são: readequação de calçadas, requalificação urbana do centro da cidade, garantia de acessibilidade, revitalização do Alto do Moura — Centro de Artes Figurativas das Américas — e redesenho da territorialidade do município.

Caruaru: ACIC confraterniza com os associados e empossa nova diretoria A confraternização da Acic foi palco de muitas homenagens e contou com a participação de autoridades locais. O governador Eduardo Campos e o vice João Lyra Neto, o deputado federal Wolney Queiroz, as secretárias estaduais Laura Gomes e Raquel Lyra e o vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes, representando o prefeito José Queiroz, marcaram presença. Na ocasião, tomou posse a nova diretoria da Associação. Eduardo Campos salientou que está à disposição e que será um facilitador na realização dos projetos. Atualmente, a Diretoria é composta por 21 empresários atuantes, além de 13 integrantes no Conselho Deliberativo.

nova fábrica Os diretores executivo e técnico comercial da Argatop, Emerson Pinto e Eduardo Galvão, apresentaram a marca na Ficons 2012. O produto chega ao mercado e instala sua primeira fábrica no Recife. A Argatop é uma argamassa que não leva cimento nem água e vem pronta para usar. Ela é utilizada para assentamento de tijolo cerâmico e bloco de concreto e, por ser mais leve, pode reduzir o volume de ferro na construção, chegando a atingir uma economia de até 30% no final da obra.

reconhecimento O Fórum Pernambucano de Construção Sustentável levou o XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente, na categoria Instituição. Representando o projeto, Serapião Bispo e Renildo Guedes receberam o prêmio das mãos do coordenador da Câmara de Meio Ambiente do Crea-PE, Nielsen Christianne. Promovido pelo Movimento Vida Sustentável, o Fórum realiza encontros mensais no Sinduscon-PE para discutir formas e ações que diminuam os impactos da construção civil no meio ambiente. Na ocasião, também foram entregues as premiações do X Prêmio Crea-PE de Fotografia.

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vitrine A inspiração que faltava 2013 vai ser violeta. A cor do ano foi definida através de um estudo internacional realizado anualmente pela Coral, o Colour Futures, e chama-se violeta inspirado. A pesquisa envolve diversos especialistas em cores e tendências que, por meio de constantes pesquisas e estudos de campo, chegam a um consenso dos tons que serão os símbolos de cada ano, levando em consideração áreas como moda, arquitetura, decoração e comportamento. O violeta inspirado é um tom de índigo que possui influência do violeta nobre, sábio e profundo, e também está associado à honestidade, tornando-se uma cor versátil.

Moderno e sofisticado A Toto inicia o ano com novidades notáveis. A Torre de Chuveiro Neorest é uma delas e se destaca no box dos banheiros mais exigentes do mundo. Esse chuveiro de parede possui três jatos para o corpo e uma ducha de mão. A peça está disponível na cor cromo polido e ainda inclui: botões que acionam o chuveiro com bicos de borracha e três jatos direcionais; manopla de controle da temperatura; chave de controle de volume; mangueira de chuveiro manual e rain shower, e válvula misturadora termostática – SMA.

ECOLOGICAMENTE EFICIENTE A Vedacit/Otto Baumgart lançou o Vedapren Fast. A manta líquida reúne, em um só produto, secagem rápida — 2 horas a 25 ºC —, número de demãos reduzido — necessárias duas demãos apenas — e embalagem quadrada, única no segmento. Disponível nas cores concreto, terracota, verde e branco, o produto tem fácil aplicação, boa cobertura, alto rendimento, grande elasticidade, resiste a altas pressões de água sobre a laje, protege contra raios solares e é ecologicamente correto, com ação fungicida e isento de amoníaco.

Segurança e resistência A placa cimentícia impermeabilizada da Brasilit é indicada para edificar paredes, tanto internas quanto externas, conferindo um acabamento perfeito, rapidez e limpeza na execução da obra. Impermeabilizada de fábrica, a solução para a construção industrializada da Brasilit utiliza a exclusiva tecnologia de Cimento Reforçado com Fios Sintéticos – CRFS, e é 100% livre de amianto crisotila em sua composição. Com elevada durabilidade, as placas são resistentes à umidade, ao ataque de cupins (devido à base alcalina) e altamente resistentes a impactos e vibrações; podem receber revestimento de vários tipos, bem como pintura e textura, ou ficar aparentes.

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O Brasil já ocupou um lugar de destaque no cenário da arquitetura moderna. Hoje, este patrimônio, que teve em Oscar Niemeyer um de seus expoentes, é pouco valorizado e carece de atenção para não desaparecer

CONSERVAR: UMA QUESTÃO DE DECISÃO. A arquitetura moderna como objeto de preservação resumo Apresentado como tese de conclusão de curso, no Mestrado em Desenvolvimento Urbano, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em março de 2012, sob a orientação do profº Silvio Zancheti, o texto a seguir trata da preservação e do valor histórico das construções em arquitetura moderna no Brasil. Escrito pela arquiteta e urbanista Paula Maciel Silva, o material especifica o espaço/tempo característico dessas edificações, sua funcionalidade e atual estado de conservação. Os edifícios em estilo moderno têm uma plasticidade muito própria; por isso, não agrada a todos. Dessa forma, essas construções vêm perdendo espaço em meio a imensos arranha-céus. Tais espaços não podem esperar por um processo natural de seleção, pois estão ligados diretamente a momentos na história do país. Professora no curso de Arquitetura, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Paula Maciel é ainda consultora em conservação de edifícios e eficiência energética.

palavras-chave Arquitetura moderna. Conservação. Valor histórico.

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Paula Maciel Silva1 O termo conservação abrange todos os cuidados, de preservação ou de restauração, dispensados a um bem para manter suas características que apresentem significação cultural (Carta de Burra, Icomos, 1980). É a soma de atividades que incluem os atos de preservar — manter o estado atual do objeto, consolidar — e restaurar — alterar o aspecto físico do objeto (MUÑOZ-VIÑAS, 2005). A forma de intervir nos bens históricos passou por mudanças graduais no decorrer dos séculos até chegar ao pensamento atual, que é o da preservação como um ato de cultura, no qual se dá importância relevante aos aspectos estéticos, históricos, memoriais e simbólicos dos bens também com fins educativos. E ainda “as questões de ordem prática deixaram de ser únicas e prevalentes [...] e passaram a ser concomitantes, a ter caráter indicativo, mas não determinante” (KUHL, 2009, p. 60). A conservação integrada acrescenta outra ação, que é a de adaptação. É o agenciamento de um bem a uma nova destinação sem destruição de sua significação cultural. As modificações necessárias devem ser reversíveis ou requerer um impacto mínimo (p. 2). A mudança de uso é vista como uma das possíveis alternativas que contribuem para a conservação do bem. Conservar edifícios do passado é uma atitude aceita e valorizada por grande parte da população. A questão adquire novos desafios quando o objeto da conservação é o patrimônio recente. Estamos aqui nos referindo especificamente à arquitetura moderna. Por arquitetura moderna, entende-se uma arquitetura que é consciente de sua modernidade e esforça-se por mudança (COLQUHOUN, 2002). O termo refere-se à produção arquitetônica que aconteceu entre os anos 1920 e 1980 “baseada em novas técnicas construtivas e na nova estética das vanguardas artísticas que geraram novas formas de ver e conceber o espaço arquitetônico” (MOREIRA & NASLAVSKY, 2010, p. 2). Já se passou quase um século do início da arquitetura moderna, que trouxe consigo um modo inovador de conceber o edifício. O domínio de tecnologias e materiais na época desconhecidos ou pouco utilizados viabilizou a construção de edifícios e cidades e respondeu à necessidade decorrente do crescimento acelerado da população. Sentimentos de aceitação e rejeição se alternam diante de exemplares da arquitetura moderna. Alguns, pela sua ousadia na plasticidade, encantam; outros decepcionam pela rapidez com que se deterioram; outros ainda passam despercebidos no meio da malha urbana ou são esquecidos na periferia das cidades. Na verdade, a arquitetura moderna continua sendo um patrimônio considerado vulnerável porque possui uma proteção legal frágil e pouca apreciação por parte do público em geral (OERS, 2003). Destaca-se o papel relevante do especialista como sendo aquele que “entende” a linguagem do objeto, como o protagonista do processo de identificação da significância que depois envolve as partes interessadas, como demais profissionais, Estado-membro, usuários, cidadãos comuns. O início do século XXI depara-se com o questionamento do que deve ser preservado do passado recente para as futuras gerações e, mais ainda, de como isso deve ser preservado. O valor da arquitetura moderna pode ser reconhecido pelo público em geral? Dentre os aspectos que representam um desafio para o reconhecimento da significância da arquitetura moderna, existe o fato de que grande parte do estoque construído das cidades foi edificada no século XX2. Os exemplares de maior significância da arquitetura moderna estão imersos no conjunto de edificações e não são facilmente diferenciados. A raridade é um aspecto que evidencia o valor e concorre para que este se torne senso comum. É um aspecto relativo a “número” e retira o caráter da unicidade que identifica muitos dos bens históricos protegidos. Porém, a qualidade de “ser comum” na arquitetura moderna não vai durar para sempre. É verdade que a grande maioria não pode ser considerada obra de arte. Por outro lado, não se pode deixar a arquitetura moderna entregue a um processo de seleção natural (SAINT, 1996). Existem algumas obras-primas que, pela sua monumentalidade e notoriedade, se destacam na paisagem e possuem significado facilmente reconhecido pelas pessoas em geral. O Museu Guggenheim, 1943–1959, de Wright, em Nova York; a Capela de Notre-Dame-du-Haut, 1950–1954, de Le Corbusier, em Ronchamp (França); o Complexo das Nações Unidas, 1947–1950, de Wallace Harrison e Max Abramovitz, em Nova York (EUA); a Catedral Metropolitana de Brasília, 1958, de Niemeyer, no Plano-piloto de Brasília (Brasil); o Congresso Nacional, 1962–1975, de Louis Kahn, em Daca (Bangladesh); a Ópera de Sidney, 1957–1973, de Jorn Utzon, em Sidney (Austrália), são alguns exemplos. Essas, entre outras, são, sem dúvida, obras relevantes e já estão sob proteção patrimonial, algumas em nível mundial, outras em nível nacional ou regional. Entretanto, reduzir a arquitetura moderna a obras de escala monumental representaria uma perda do impacto que a novidade da arquitetura moderna trouxe ao dia a dia da população. É o significado contido no cotidiano. Um dos valores que conferem significância à arquitetura moderna é a inovação, que abrange aspectos estéticos, sociais ou técnicos (PRUDON, 2008). De fato, a maior parte da produção da arquitetura moderna a ser reconhecida é feita de obras relevantes pelo caráter inovador quando do período da construção, mas são obras que nem sempre se destacam na paisagem das cidades contemporâneas. Seria necessário compreendê-la a partir do entendimento histórico. O reconhecimento do

1. Doutora em Desenvolvimento Urbano pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco. Membro da Rede Conservação_BR do Centro de Estudos e Conservação Integrada. 2. Nos Estados Unidos, mais de 75% das edificações existentes foram construídas após a 2ª Guerra Mundial. No Reino Unido, esse valor sobe para 80% (PRUDON, 2008, p. 158). Na evolução da rede urbana brasileira, observa-se a predominância de 12 centros que reforçam sua atuação e se mantêm como as principais cabeças de rede do sistema urbano brasileiro entre 1966 e 2007 (IBGE, 2010).

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valor olha para o objeto a partir de duas direções: quando o tempo-referência é o presente, o objeto é um elemento passado; quando é o passado, o objeto é um elemento futuro. As questões anteriormente apresentadas referem-se, todas, à primeira situação. Imaginar o contexto histórico que viu o surgimento da arquitetura moderna é exercício que contribui para o reconhecimento do seu valor e do caráter inovador que ela representou no modo de construir e conceber edifícios. O cenário característico das cidades era composto por fachadas adornadas com molduras, frisos e elementos decorativos; vãos de portas e janelas que definem limites entre interior e exterior; espaços internos segregados. Homens, paletós, chapéus. Mulheres, vestidos, sombrinhas. Nas fábricas, a máquina, a produção. Na rua, o carro. Gente, gente, muita gente para morar. Guerra3, destruição. Reconstruir; há pressa. Moléstias, salubridade. O sol, o vento. Abrir, vazar. Liberar o espaço, o intelecto. Reformular padrões sociais, formais. Transição, mudança, abertura para o novo. O modelo existente das edificações privadas e públicas pré-modernas já não se adequava ao perfil da crescente população dos espaços urbanos. As indústrias direcionavam-se, cada vez mais, para uma produção em série e com menor custo. A repercussão social seria o acesso de um maior número de pessoas aos bens produzidos industrialmente. As edificações ainda continuavam com seu formato tradicional. Novos materiais e tecnologias, como o aço e os elevadores, permitem a modificação na forma de se ocupar o espaço urbano. As cidades crescem verticalmente como consequência da valorização de suas áreas centrais. Entretanto, a tecnologia, por si só, não é capaz de suscitar uma nova estética. As primeiras construções com o uso do concreto armado, por exemplo, são do final do século XIX, mas ainda revestidas por uma envoltória eclética ou art déco, e seguiram o mesmo conceito da estrutura de madeira. Vigas iam de parede a parede e de coluna a coluna, e a coberta, estendendo-se sobre elas, adquiria a forma de uma laje plana (GIEDION, 2004). A arquitetura moderna precisou da nova estética das vanguardas artísticas do início do século XX para encontrar o novo modo de conceber o espaço das edificações. Significativa foi a contribuição dos pintores cubistas, a qual ajudou a introduzir a ideia de favorecer as visadas e a superposição de imagens durante o percurso. A técnica permitiu, por exemplo, que as paredes deixassem de ser elementos portantes, e, na nova concepção espacial, elas tornaram-se planos flutuantes no espaço. Voltando à questão da conservação da arquitetura moderna, o início do século XXI depara-se com o questionamento do que deve ser preservado do passado recente para as futuras gerações e, mais ainda, de como isso deve ser preservado. Decide-se conservar um edifício porque se entende que ele tem um valor que o diferencia dos demais. O valor existe no objeto. São os atributos que carregam o valor, mas é o sujeito quem o reconhece (MUÑOZ-VIÑAS, 2005). No âmbito global, a Unesco é a instituição que reconhece o valor dos bens culturais e os protege para que permaneçam como patrimônio para as gerações futuras. Os bens listados pela Unesco possuem Valor Universal Excepcional (Outstanding Universal Value). Seu valor “transcende as fronteiras nacionais e se reveste de caráter inestimável para as gerações atuais e futuras” (UNESCO, 2008, § 49). A Convenção do Patrimônio Mundial enquadra esses bens na categoria de Patrimônio Cultural4. Listar objetos para o Patrimônio Mundial é um processo complexo. “Para um patrimônio ser registrado, não apenas determinados critérios têm de ser cumpridos, mas também uma objetiva, verdadeiramente global, visão tem de ser apresentada no seu significado e importância” (OERS, 2003, p. 10). A avaliação da significância em geral requer um distanciamento temporal, e essa é uma das dificuldades do reconhecimento do valor da arquitetura moderna. O Brasil foi o primeiro país no mundo a implementar ações legais visando à salvaguarda da arquitetura moderna. Em 1947, foi feita a inscrição, no Livro de Tombo das Belas Artes do Iphan, da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, em Belo Horizonte, de Oscar Niemeyer, após quatro anos de sua inauguração. Não tardou para que outros exemplares fossem também registrados: o edifício do Ministério de Educação e Saúde, atual Palácio Capanema, no Rio de Janeiro; a Estação de Hidroaviões e o Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro; e o Catetinho e a Catedral Metropolitana de Brasília (ANDRADE et al., 2009). O objeto de um projeto de conservação é um bem cujo diagnóstico aponta, em geral, a obsolescência funcional e física. Partes do edifício permanecem, partes são retiradas (subtração) e outras adicionadas de modo que o edifício pós-conservação traga marcas do passado e novas adições que o projetem no futuro. O projeto deve responder às novas expectativas para o edifício: mudança na função, alteração nas formas de uso decorrentes de novos padrões de ocupação, legislações, requisitos tecnológicos, exigência de melhoria no desempenho térmico, etc. A intervenção ocorre para resgatar, consolidar ou adicionar valores material, estético, social, de uso, etc., valores que nem sempre podem continuar existindo simultaneamente. As exigências de uso, forma e estética orientam a ação da conservação em direção à integridade, mas, em geral, ocorre uma redução da autenticidade do material (ALLAN, 2007). Conceitualmente, a ação da preservação visa retardar ao máximo o processo de decadência de uma edificação ou elemento arquitetônico. Entretanto, até certo ponto, os materiais demandarão uma substituição. No caso da arquitetura moderna, essa necessidade acontece em um tempo bem menor do que na arquitetura tradicional, em função do tipo de material utilizado (PRUDON, 2008). Uma característica do século XX foi a rapidez com que as mudanças ocorreram, e isso repercutiu no uso das edificações. Uma vez que mudam as necessidades, tornam-se necessárias adequações: adequar para continuar a desempenhar a mesma função ou adequar

3. O início do século foi marcado pela 1ª Grande Guerra Mundial. 4. A Convenção do Patrimônio Mundial (Artigo 1) considera Patrimônio Cultural os monumentos, os conjuntos, os locais de interesse.

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para abrigar uma nova função. O uso é um valor no Patrimônio Cultural (valor de utilização: Declaração de Amsterdã, ICOMOS, 1975). Brandi (1963), entretanto, alerta que, no projeto de conservação, ele é um meio, e não um fim. A preservação da arquitetura moderna, portanto, requer uma mudança de foco para expressões menos tangíveis. Enquanto significância, historicamente, fundamentouse na realidade física do edifício. A significância da arquitetura moderna gravita em torno de um conceito: a intenção do projeto do arquiteto (PRUDON, 2008). A preservação de edifícios, estruturas ou sítios do período recente é muito mais do que, simplesmente, a preservação do material existente. Há, também, importância fundamental às ideias e à filosofia dos arquitetos, dos seus clientes e seus ocupantes (PRUDON, 2008, p. 4. Tradução da autora). Isso não significa que as decisões são arbitrárias. O rigor metodológico é uma condição para que se respeite o bem e este seja condutor de um processo criativo. Há referenciais teóricos e metodológicos, mas que não implicam em regras fixas. O esforço interpretativo acontece caso a caso, de modo que a intervenção não pode ser enquadrada a priori numa determinada categoria fixa (KÜHL, 2006). A decisão da conservação é resultado de um julgamento. O julgamento é uma decisão, resultado de uma avaliação (CAPLE, 2006). Avaliação é a aquisição sistemática de informações que fornecem feedback sobre um determinado objeto (TROCHIM, 2006). O procedimento se dá a partir de uma comparação, e, para tanto, faz-se necessária uma referência. Uma crítica que a autora faz ao modo como vem sendo abordada a conservação da arquitetura moderna é que se dá grande importância às características estéticas do projeto, tendo como referência o projeto na forma como foi concebido pelo arquiteto e executado. Priorizam-se a integridade dos atributos e a autenticidade da concepção projetual, com o objetivo de evidenciar os atributos mais relacionados com a imagem histórica do objeto como sendo o fator que influencia mais diretamente na sua significância. Ou seja, depende do quanto é possível se compreender e visualizar o edifício pela forma, e não tanto suas reminiscências físicas. A proposta é que o referencial para avaliação e julgamento das decisões da conservação seja um Documento de Referência, que não é apenas o projeto arquitetônico, nem apenas o que está documentado em imagens, nem somente o modo como os usuários o definem como sendo original. É resultado da interpretação da trajetória do edifício. A ação para conservação deve restabelecer a unidade potencial da obra de arte o máximo possível, sem cometer um fake e sem destruir traços da história. A reintegração deve ser reconhecida, identificada a distâncias próximas. Um questionamento no modo como intervir na arquitetura moderna é como podem distinguir-se como intervenções contemporâneas do edifício existente se muitos dos materiais ainda são os mesmos? O nível de integridade existente influenciará as ações a serem realizadas de modo a se perder o mínimo possível de autenticidade. Essa é uma recomendação geral. Por outro lado, a ação deve manter a significância, e esse pode ser o preço da autenticidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLAN, John. Points of Balance. Patterns of Practice in the Conservation of Modern Architecture. In: MACDONALD, Susan; NORMANDIN, Kyle; KINDRED, Bob (ORG.). Conservation of Modern Architecture. Dorset: Donhead Publishing, 2007. p. 13-46. BRANDI, Cesare. Teoria del Restauro. Torino: Einaudi, 1963. CAPLE, Chris. Conservation Skills: Judgement, Method and Decision Making. London and New York: Routledge – Taylor & Francis Group, 2000. COLQUHOUN, Alan. Modern Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2002. GIEDION, Sigfried. Espaço, Tempo e Arquitetura. O Desenvolvimento de uma Nova Tradição. São Paulo: Martins Fontes, 2004. HITCHCOCK, Henry-Hussel & JOHNSON, Philip. The International Style (1932), In: MALLGRAVE, Francis & CONTANDRIOPOULOS, Christina. Architectural Theory. Volume II. An Anthology from 1871-2005. Oxford: Blackwell Publishing, 2008, p. 166-167. ICOMOS. 1975. The Declaration of Amsterdam. Disponível em: <http://www.icomos.org/docs/amsterdam.html>. Acesso em 26 out. 2008. ____. 1980. The Burra Charter. Disponível em: <http://australia.icomos.org/wp-content/uploads/BURRA_CHARTER.pdf>. Acesso em 26 out. 2008. KÜHL, Beatriz Mugayar. Restauração Hoje: Método, Projeto e Criatividade. Desígnio: Revista de História da Arquitetura e do Urbanismo. / Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. n. 6, setembro de 2006. São Paulo: Annamblume, 2006. p. 19-34, MOREIRA, Fernando Diniz. Os Desafios Postos pela Conservação da Arquitetura Moderna. In: Revista CPC, n. 11, Nov. 2010/Abr. 2011. São Paulo, 2011. p. 152-187. MUÑOZ-VIÑAS, Salvador. Contemporary Theory of Conservation. Oxford: Elsevier Butterworth-Heinemann. 2005. OERS, Ron van. Introduction to the Programme on Modern Heritage. In: OERS, Ron van (ORG.). Identification and Documentation of Modern Heritage. UNESCO World Heritage Centre. Paris, 2003. p. 8-14. Disponível em: <http://whc.unesco.org/documents/publi_wh_papers_05_en.pdf>. Acesso em 31 dez. 2011. PRUDON, Theodoree H. M. Preservation of Modern Architecture. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc. 2008. SAINT, Andrew. Philosophical Principles of Modern Conservation. In: MACDONALD, Susan (ORG.). Modern Matters. Principles and Practice in Conserving Recent Architecture. Dorset: Donhead Publishing, 1996. p. 15-28. TROCHIM, William M.K. 2006. General Issues in Scaling. Disponível em: <http://www.socialresearchmethods.net/kb/scaling.php>. Acesso em 31 out. 2010. UNESCO, WORLD HERITAGE CENTRE. 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espaço PEC

INFLUÊNCIA DO TIPO DE CIMENTO NA CORROSÃO DAS ARMADURAS EM ARGAMASSAS SOB A AÇÃO DE CLORETOS *Victor Correia de Oliveira Pereira e *Profa. Eliana Cristina Barreto Monteiro

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concreto armado apresenta-se como uma das principais soluções para a construção de estruturas. Não obstante, diversas manifestações patológicas podem incidir sobre esse tipo de estrutura, ocasionando danos significativos e frequentes. Entre as manifestações patológicas que atuam sobre as estruturas de concreto armado, a corrosão de armaduras iniciada por íons cloretos representa o ataque mais severo e a principal causa de corrosão prematura. Devido à formação de produtos expansivos no interior do concreto, a corrosão de armaduras provoca a perda da seção das barras de aço, fissuração, lascamento e destacamento do cobrimento. Os aspectos tecnológicos (relação água-cimento, distribuição granulométrica, composição química do cimento) envolvidos na produção dos concretos e das argamassas influenciam na iniciação e propagação do processo corrosivo. Entretanto, na maioria das vezes, pouca atenção é dada ao momento da especificação dos materiais a serem utilizados, sobretudo no que diz respeito à composição química do cimento. A atual norma brasileira ABNT NBR 6.118:2007 (Projeto de Estruturas de Concreto) não leva em consideração a influência do tipo de cimento na durabilidade das estruturas. Nesse sentido, procurou-se realizar um estudo comparando o desempenho dos principais tipos de cimento existentes no mercado da Região Nordeste (CPII-Z-32, CPIII-40 e CPIV-32) diante da corrosão ocasionada por íons cloretos. Para isso, utilizou-se o ensaio acelerado de corrosão com a aplicação da técnica eletroquímica de potencial de corrosão. Para a execução do ensaio, foram moldados corpos de prova prismáticos de argamassa para cada tipo de cimento estudado, com relação água-cimento igual a 0,4 e submetidos ao período de 28 dias de cura em câmara úmida. O ensaio de corrosão acelerada é caracterizado por semiciclos de secagem e umectação, conforme Tabela 1 a seguir. A avaliação do potencial

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de corrosão foi realizada ao final de cada semiciclo, conforme as zonas de probabilidade de corrosão apresentadas no gráfico. Através da Figura 1, observa-se para as três séries, além das diferentes amplitudes de variação de potencial, valores nitidamente superiores de potencial de corrosão na etapa de secagem a 50 ºC, devido à perda de água e à consequente diminuição de volume de eletrólito nos poros. SEMICÍCLO

CONDIÇÃO

DURAÇÃO

Secagem Umectação

Estufa Parcialmente submerso

5 dias 2 dias

Tabela 1 – Etapas do ensaio cíclico.

Nota-se também a tendência dos valores medidos na etapa de umectação de se apresentarem mais negativos, indicando uma maior probabilidade de corrosão. Verifica-se que a série do CPII-Z-32 adentrou na região de valores mais negativos que -350 mV após 42

dias de ensaio (ao final do 6º ciclo). Já a série do CPIII-40 foi a que apresentou os melhores resultados, já que só passou a apresentar probabilidade de corrosão acima de 90% ao final do 8º ciclo (56 dias de ensaio), dois ciclos após a série do CPII-Z-32. A série do CPIV-32 foi a que ofereceu menor resistência à corrosão, uma vez que apresentou valores menores que -350 mV a partir do 4º ciclo. De acordo com a técnica eletroquímica de potencial de corrosão aplicada no ensaio de corrosão acelerada, foi possível classificar os três cimentos utilizados em ordem crescente de desempenho, conforme segue: CPIV-32, CPII-Z-32 e CPIII-40. Conclui-se que, para aumentar a durabilidade das estruturas, deve-se especificar o cimento a ser utilizado de acordo com as condições ambientais potencialmente agressivas a que as mesmas estarão expostas.

Figura 1 – Evoluções dos potenciais de corrosão para os três tipos de cimento utilizados.

*Victor Correia de Oliveira Pereira é engenheiro civil, Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco, área de concentração em Construção Civil.

*Profa. Eliana Cristina Barreto Monteiro é engenheira civil, Mestre em Estruturas pela Universidade de Brasília e Doutora em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo – USP.



capa

cidades inteligentes A inteligência a serviço das cidades

por Antônio Martins

Planejamento, tecnologia e soluções ambientais melhoram a vida nas cidades e transformam o conceito de eficiência urbana, da Ásia ao Nordeste do Brasil por Antônio Martins Neto



capa

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ma bela casa sem muros, cercada por ruas bem pavimentadas, de traçado funcional, calçadas perfeitas e ciclovias de primeiro mundo. Esse cenário ainda pode ser para poucos, mas já é realidade do litoral ao sertão do Nordeste, onde centenas de cidades e bairros planejados começam a sair do papel. Quase todos usam a tecnologia para garantir eficiência tanto no fluxo de pessoas e de automóveis quanto na utilização dos recursos naturais, como água e energia. Só em Pernambuco, são 14 projetos de grande porte, que somam investimentos de 20 bilhões de reais. Destes, a Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, é o que se encontra em estágio mais avançado. O bairro, na verdade uma série de condomínios de luxo, com hotéis, edifícios empresariais e até um shopping, já está na sua terceira etapa. Trata-se de um conjunto de 66 mansões, com preços a partir de 4 milhões de reais. É, por enquanto, o que há de mais concreto em Pernambuco dessa que é

uma tendência mundial: cidades e bairros que já nascem planejados, inteligentes e sustentáveis. “Se a gente planeja uma cidade do início, a gente tem mais chances de torná-la inteligente ou de empregar soluções inteligentes”, diz Kiev Gama, engenheiro de sistemas e membro de um grupo de pesquisa criado pelo Centro de Estudos Avançados do Recife, o C.E.S.A.R., para estudar o conceito de cidade inteligente. Foi o que fez a Coreia do Sul, que em 2005 deu início ao projeto que ficou conhecido como Cidade do Futuro. New Songdo, a 65 quilômetros da capital, Seul, é inteligente, conectada e sustentável. A cidade, totalmente coberta por rede sem fio, tem avenidas, parques e edifícios monitorados em tempo integral e já entrou para a história como a primeira cidade do mundo — e única até agora — a receber um certificado de sustentabilidade. O selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) atesta, por exemplo, que a madeira usada em toda e

qualquer construção é reciclada, que os edifícios públicos, comerciais e residenciais têm sistema de eficiência energética e que boa parte da água consumida em escritórios, lojas, escolas e residências é reaproveitada. New Songdo já tem 7.500 moradores, mas ainda está em construção. Em 2005, seus 53,4 quilômetros quadrados sequer existiam no mapa territorial da Coreia do Sul. A área é um grande aterro — foi tomada do mar — e desde 2007 vem sendo pavimentada e urbanizada de forma a garantir que 40% dos espaços sejam abertos. O principal deles é o Central Park, cujos canais usam água do mar, o que economiza milhares de litros de água potável por dia, e os jardins são irrigados com água da chuva. As precipitações são monitoradas para que o armazenamento e o uso racional da água garantam a irrigação do parque mesmo em tempos secos. Além disso, foram plantadas apenas espécies que não demandam muita água. foto: Songdo IBD

Ásia: a 65 quilômetros de Seul, capital da Coreia do Sul, New Songdo ocupada uma área aterrada de 53,4 quilômetros quadrados, tem 7.500 moradores e 40% do espaço destinado a parques e lagos

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capa foto: divulgação

Quarta etapa da Reserva do Paiva ocupa uma área de 41.900 m² e prevê um parque púplico integrdo à praia

Mas o principal compromisso em New Songdo é garantir conforto, qualidade de vida e acesso à tecnologia a uma população estimada em 253 mil pessoas — e isso emitindo apenas um terço do gás carbônico lançado hoje na atmosfera por uma cidade com o mesmo número de habitantes. Para que a meta seja cumprida, foi construída uma ciclovia de 25 quilômetros de extensão que conecta blocos residenciais, parques, comércio, edifícios empresariais e prédios públicos. Nos estacionamentos, foram instalados pontos de recarga para veículos elétricos e há ainda vagas especiais para os carros que poluírem menos. “O que a gente percebe é que a intenção do governo é trabalhar com o design enraizado nessa nova filosofia,” analisa a professora Ana Paula Perfetto Demarchi, do Departamento de Design da Universidade Estadual de Londrina. A pesquisadora visitou New Songdo no final do ano 2009, depois de participar de uma conferência de design

na Coreia do Sul, e saiu impressionada com a rapidez com que a cidade vinha sendo levantada. “Eles têm uma meta e vão construindo colaborativamente para cumpri-la”, observa.

Negócios A pressa dos coreanos é proporcional às divisas que a nova cidade pode trazer ao país. New Songdo está inserida num projeto maior, que envolve outros dois distritos econômicos localizados no município de Incheon, na Grande Seul: o centro de logística de Yeongjong e o centro cultural e de entretenimento de Cheongna. As três zonas formam um hub de negócios com foco no mercado asiático e não por acaso estão a 15 minutos de distância do Aeroporto Internacional de Incheon — um dos principais da Ásia e considerado um dos melhores do mundo. “O projeto tem como objetivo trazer investimento estrangeiro direto para Songdo, uma cidade que foi construída

para atrair especialistas e companhias para a Coreia”, diz o professor Jorge Nelson, diretor-geral da Chadwick International School. A unidade vai abrir as portas no mês que vem para os primeiros 2.080 alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Setenta por cento são estrangeiros; e o restante, coreanos. “Eu penso que eles começaram com essa escola porque a melhor maneira de trazer especialistas de outras partes do mundo é oferecer uma escola internacional que possa atender às necessidades de suas famílias.” Combinar educação, tecnologia de ponta e comunicação com o mundo é a missão de New Songdo, que terá três universidades e um parque tecnológico. Na escola do professor Jorge Nelson, por exemplo, equipamentos de teleconferência foram instalados em quase todas as salas, até nas de Educação Infantil. “A Cisco também está instalando uma versão menor nos apartamentos de Songdo City, de forma que as famílias possam acompanhar os benefícios desse tipo

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capa de tecnologia não só numa instituição, num nível educacional, mas também num nível familiar, pois este pode ser o telefone da nova geração”, diz Andrius Valadka, um dos diretores da Chadwick International School. A ideia é que os pais possam falar com professores e também com médicos e outros serviços públicos

carteira de identidade. A construção de New Songdo deve ser concluída em 2015 e consumir investimentos da ordem de 35 bilhões de dólares, tendo à frente a Gale International, do empresário norte-americano Stan Gale.

oferecidos na cidade sem precisar sair de casa. Também nos apartamentos, monitores com telas sensíveis ao toque vão permitir que o morador controle a temperatura e a luminosidade dos apartamentos. As portas poderão ser trancadas e destrancadas por um comando no celular ou com um cartão de crédito, que vai substituir ainda a

Antigas

foto: Songdo IBD

Centro de Convenções de New Songdo. A construção da cidade deve ser concluída em 2015 e consumir cerca de 35 bilhões de investimentos.

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O surgimento das cidades ecointeligentes tem tornado ainda mais evidente a precariedade das cidades comuns, que cresceram de forma orgânica, e não a partir de um plano. Mas até estas podem se beneficiar dos avanços da tecnologia e da informática, desafio sobre o qual se debruçam os pesquisadores do C.E.S.A.R. “No caso de cidades que já foram criadas e foram crescendo sem planejamento, a gente pode melhorar a qualidade de vida delas usando a tecnologia”, diz Kiev Gama. “A tecnologia seria só um meio para atingir esses objetivos, mas isso envolve uma mudança cultural das pessoas para tornar as cidades mais inteligentes.” E essa cultura já começa a mudar em cidades seculares, como o Rio de Janeiro, onde a prefeitura liberou o acesso do cidadão comum aos dados sobre trânsito, saúde e educação e lançou um concurso para estimular a criação de aplicativos para celulares e tablets que trouxessem soluções para os problemas da cidade. Mais de 50 propostas foram classificadas, desde alertas de chuvas e inundações até serviços para informar onde encontrar vagas em unidades da rede pública de saúde de acordo com localização e especialidade. O aplicativo Buus, que informa sobre lotação e atraso dos ônibus, ganhou o primeiro lugar. “Eu sempre fui usuário e sempre desejei ter mais informações acerca dos ônibus, principalmente nos horários mais escassos, à noite e de madrugada”, diz André Ikeda, criador do aplicativo, numa prova de que a verdadeira inteligência das cidades está na capacidade dos moradores de transformar os problemas em soluções.



interiores

Exposição antecipa tendências em revestimento Com o tema Moda, Estilo e Tecnologia, a 16ª edição da Casa Cor Pernambuco sugere o uso de materiais resistentes no revestimento de ambientes planejados por Daniel Vilarouca

m plena Conde da Boa Vista, uma das avenidas mais movimentadas do Recife, está um casario do século XIX que já foi residência, maternidade e hospital psiquiátrico. Foi nessa construção ímpar que a Casa Cor Pernambuco realizou sua 16º edição. Com 34 espaços planejados, o evento surpreendeu, mais uma vez, por apresentar ambientes que adéquam o moderno design à arquitetura clássica. Um conjunto de renomados arquitetos pernambucanos foi convidado para projetar os ambientes que compuseram a 16ª edição da Casa Cor Pernambuco. Para produzir o efeito desejado por esses profissionais, a diretoria do evento promoveu importantes parcerias com empresas de revestimento. O resultado pôde ser visto, por exemplo, no espaço-café da Casa Cor, localizado na terceira casa da exposição. Projetado pelos arquitetos Fred Mota, Renata Berenguer e Roberta Gama, em parceria com a Studio Revest, o espaço contou com revestimento ciszer stone na textura croco, que tem um efeito de couro e é mais resistente que o mármore, chão de porcelanato cimentício, painel usinado de MDF, fibras vegetais e papelão para compor o teto sustentável, com tecnologia para absorção de som. Para compor e trazer glamour ao ambiente, manequim de pastilha de vidro italiana. Tendências antenadas com a sustentabilidade, uma preocupação dos projetos arquitetônicos atuais. Na sala de almoço da segunda casa, foi utilizado o revestimento 3-D da Refinare, com efeito de isopor prensado, que dá um ar futurista ao ambiente, além de ser prático, leve e fácil de aplicar. O espaço foi pensado pela arquiteta Gabriela Alencar.

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Foto: IVALDO bezerra

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A sala de almoço, projetada por Gabriela Alencar, utilizou revestimento com efeito de isopor prensado para dar um estilo futurista ao ambiente. O material é prático, leve e fácil de usar

Já na champanheria, de Danielle Guedes, Raissa Jucene, Francisco Lira, Daniella Luna e Carina Berardo, há uma mistura do rústico com o moderno; do tijolo aparente que recepciona os visitantes às surpresas das pastilhas que produzem um efeito 3-D na parede e à pista de dança, que faz alusão à moda através das pastilhas de vidro douradas. “As pessoas que visitam a Casa Cor saem encantadas com tantas possibilidades de textura, cor e forma. Esta é sem dúvida a oportunidade ideal para quem pensa em construir ou reformar com os melhores produtos, que dão o efeito desejado e garantem sofisticação aos espaços”, comenta Danielle Guedes. O casario histórico — formado por um conjunto de três chalés, o casario do século XIX — que abrigou a Casa Cor Pernambuco

2012 foi projetado para ser a residência do primeiro médico oftalmologista de Pernambuco. Em seguida, foi uma das primeiras maternidades do Estado e, por fim, o Instituto de Psiquiatria Luiz Inácio, que funcionou até meados de 2010. Desde então, pertencem à construtora Conic, empresa pernambucana dona do terreno e parceira da mostra nesta edição. A construção acaba de ser incluída na lista do Imóveis Especiais de Preservação do Recife e, segundo a Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Cidade, há registros fotográficos do local que datam de 1904. As edificações são consideradas um marco da arquitetura eclética pela influência de vários estilos e por seus suntuosos jardins, que deixaram de existir com a expansão da Avenida Conde da Boa Vista.


interiores

Automação de ambientes é destaque na Casa Cor RN Tecnologia integra sistemas eletrônicos do lar e permite comandá-los, mesmo a distância, a partir de um tablet ou um smartphone por Daniel Vilarouca

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“Além desses, ainda apresentamos outros três ambientes em que aplicamos a automação em toda a parte de iluminação, controle do ar-condicionado e cortinas, por exemplo”, comenta o proprietário da THS, Fábio Rodrigues. Segundo ele, a grande vantagem em escolher o sistema de automação é poder controlá-lo a partir de um único aparelho e a distância. “Todo o controle da automação pode ser feita de maneira interna ou externa. No segundo caso, o cliente pode acompanhar todo o movimento da casa pela internet, programar uma música ambiente no horário do despertar, ligar e desligar os aparelhos à distância ou mesmo abrir e fechar”, afirma Fábio Rodrigues. A sustentabilidade também esteve presente nos ambientes da Casa Cor RN.

O desafio de utilizar produtos recicláveis ou ecologicamente corretos foi proposto para os arquitetos envolvidos no evento. “Espaços ecologicamente corretos, com redução de consumo de água e resíduos, jardins verticais, além de móveis e revestimentos com madeira de demolição, têm se tornado itens de desejo de quem aprecia arquitetura e decoração”, ressaltou César Revorêdo, um dos franqueados da Casa Cor no Rio Grande do Norte. Em 47 dias de funcionamento, o evento ofereceu oportunidades e visibilidade para profissionais e fornecedores, além da geração de 1.500 empregos diretos e indiretos. “Durante toda a mostra, a CasaCor RN recebeu mais de 30.000 visitantes”, comemorou a franqueada Nereide Figueiredo.

Foto: Esdras Guimarães

uncionalidade foi a palavra de ordem nos 44 ambientes projetados para a Casa Cor Rio Grande do Norte este ano. Unir tecnologia ao conforto do lar ditou a elaboração dos espaços pensados pelos 76 arquitetos convidados para participar da mostra. Com isso, a implantação dos sistemas de automação foi destaque na exposição, levando dois dos cinco prêmios oferecidos pelo evento. Sistemas de automação podem ser aplicados a qualquer ambiente do lar. Com ele, a casa ganha mais espaço e funcionalidade, uma vez que a maioria dos equipamentos eletrônicos fica invisível e controlável por um único aparelho, que pode ser um tablet ou um smartphone. Nesse sentido, uma das novidades apresentadas pela Casa Cor RN foi a TV-espelho, uma tecnologia em que a televisão ultrafina ganha o reflexo de um espelho enquanto está desligada. A tecnologia, que varia entre 22 e 55 polegadas, foi apresentada pela THS Automação, que aplicou projetos de integração de sistemas eletrônicos em cinco ambientes da exposição. Dois desses espaços conquistaram os prêmios de Melhor Ambiente Público e Melhor Ambiente da Casa Cor. O primeiro para um banheiro público feminino e o segundo para o Hall Casa Cor. O banheiro público feminino trouxe, além da TV-espelho, um sistema de som ambiente que, através de um pequeno painel de 4 x 4 cm, pode receber arquivos de pen drive, cartão de memória e aparelho celular. No Hall Casa Cor, foi feita toda a automação do sistema de som para que ele ficasse invisível e unificado por todo o ambiente.

O banheiro feminino ganhou mais conforto e luxo com a TV-espelho e som ambiente que pode receber arquivos externos de pen drive, celular e cartão de memória. Tudo controlado por um sistema de automação

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movimento em João Pessoa

Ricardo Castro

Natuzzi Group Grupo de arquitetos e lojistas paraibanos visitam a Natuzzi Group na Bahia

A poderosíssima Natuzzi Group, através da loja Espaço A, de João Pessoa, convidou o grupo do Circuito AD, que estava em Salvador (BA), para visitar uma de suas unidades no Brasil. A fábrica baiana é líder em mobiliário e sua unidade abastece pontos de venda no Brasil e outros países da América do Sul. Atualmente, a Natuzzi está presente em 293 lojas e 366 galerias no mundo, e sua fábrica na Itália é a maior produtora de sofás de couro, com um padrão de qualidade ímpar. Na ocasião, aconteceu também o 2º Congresso de Vendas da Natuzzi Group, evento que reuniu empresas parceiras de todo o Brasil, além de arquitetos de renome nacional, e que inclui o lançamento no mercado brasileiro da principal marca do Grupo, a Natuzzi Italia.

Turquoise Collection As arquitetas Débora Julinda, Zorilda Roque e Marta Lins no lançamento da Turquoise

A noite da quarta-feira 10 de outubro foi marcada por um luxuoso lançamento na loja Adroaldo Tapetes e Carpetes do Mundo, em João Pessoa. O gerente, Roberto Lopes, e Adroaldo Henrique Carneiro reuniram um seleto grupo de arquitetos e decoradores de João Pessoa para lançar a linha de tapetes cinco-estrelas Turquoise Collection. Os tapetes, apresentados na ocasião, são feitos com fios de seda e lã extrafina trazidos da Nova Zelândia. São verdadeiras preciosidades, pois a coleção é exclusiva no Brasil.

B&M Iluminação Christiane Vitalino, Alain Moszkowicz, Vivianne Sanguinetti e Juliana Dantas

A loja B&M Iluminação, em João Pessoa, promoveu um coquetel balada para apresentação de suas novas luminárias, que estão expostas no amplo showroom da loja. A B&M Iluminação, administrada pelo jovem casal Leonardo e Juliana Dantas, é uma das excelentes referências no mercado de iluminação da Paraíba. O evento teve coordenação de Rafaela Trindade, do Galpão Club — associação de incentivo a lojas e profissionais de decoração e arquitetura de João Pessoa.

Casa Cor Bahia 2012 Arquitetos, decoradores e lojistas paraibanos na Casa Cor Bahia 2012

Considerada uma das melhores mostras de decoração do Brasil, a 18ª edição da Casa Cor Bahia, que aconteceu no Salvador Praia Hotel, no bairro de Ondina, continua firme, forte e fazendo jus à sua fama reunindo os trabalhos dos melhores arquitetos e decoradores do Estado. Os arquitetos que viajaram com o Circuito AD — grupo de lojistas e arquitetos da Paraíba — puderam conferir de perto todas as novidades da mostra, que este ano teve como tema Moda, estilo e tecnologia. Foram 45 ambientes com trabalhos de 68 profissionais, entre arquitetos, designers de interiores, paisagistas e decoradores.

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infraestrutura

Corredores viários melhoram infraestrutura das cidades Construção dos corredores Norte-Sul e Leste-Oeste em Pernambuco diminuem tempo de deslocamento e contribuem para a qualidade de vida por Daniel Vilarouca

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ernambuco é o estado que mais cresce no Brasil atualmente. Esse boom de desenvolvimento faz com que o Governo do Estado invista na infraestrutura das cidades para receber novos empreendimentos. A construção dos corredores viários Norte-Sul e Leste-Oeste é um exemplo dessas iniciativas. Juntos, eles prometem mudar a vida de quem precisa se deslocar entre os municípios da Região Metropolitana. O projeto, encabeçado pela Secretaria das Cidades de Pernambuco em

parceria com o Governo Federal, investe R$ 196 milhões na construção de 45,7 km de corredor viário. A infraestrutura é a mesma empregada em lugares como Bogotá (Colômbia), Johannesburgo (África do Sul) e Curitiba (Brasil). Cria corredores exclusivos para ônibus e promove melhorias nas faixas de trânsito. As obras já estão em curso e podem ser observadas na Avenida Caxangá, zona oeste do Recife, com a substituição das velhas paradas de ônibus por 22 estações elevadas, que abrigarão os passageiros

Projeto do Corredor Norte-Sul irá beneficiar cinco cidades.

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enquanto aguardam por seu coletivo. A construção do Corredor Leste-Oeste está a cargo das empresas consorciadas Mendes Júnior-Servix, com o orçamento de R$ 145 milhões. Já os serviços no Corredor Norte-Sul estão sob responsabilidade do consórcio Emsa-Aterpa, ao custo de R$ 151 milhões. Nele, serão instaladas 33 estações elevadas, estruturas de concreto e metal construídas no mesmo nível dos ônibus para que não haja acidentes nem transtornos na hora de entrar no veículo.


infraestrutura Agilidade e tempo de locomoção Ao entrar numa dessas 55 estações, o passageiro pagará a tarifa referente ao coletivo que irá tomar. Dessa forma, ele aguarda apenas pelo embarque. O Corredor Leste-Oeste ligará a Praça do Derby, no centro do Recife, ao Terminal Integrado de Camaragibe, município vizinho. O Norte-Sul atenderá às cidades de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e do Recife. O objetivo é ligar o Terminal Integrado de Igarassu ao Terminal da Joana Bezerra, no Recife. Ao passar pelo Complexo de Salgadinho, em Olinda, um ramal do Corredor seguirá pela Avenida Cruz Cabugá até a Estação Central do Metrô. “Para percorrer, por exemplo, os 33km de extensão do Corredor Norte-Sul, os usuários terão um ganho de 15 minutos em cada viagem, o que significa que o trabalhador terá economizado meio dia (12h) de seu tempo ao final de cada mês. Já os usuários do Corredor Leste-Oeste, terão um ganho ainda maior: cerca de 30 minutos em cada viagem, o que significa que o trabalhador terá economizado um dia de seu tempo ao final de cada mês”, argumenta o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco e Doutor Engenheiro em Mobilidade Urbana Oswaldo Lima Neto aponta a construção de corredores viários como a solução para o trânsito nas grandes cidades. “A quantidade de carros na Região Metropolitana do Recife cresce, em média, 9% ao ano. Em oito anos, teremos uma frota de, aproximadamente, 1 milhão de veículos circulando pelas ruas. Se não fizéssemos uma obra como esta, é certo que o nosso trânsito pararia”, afirma. De acordo com ele, isso mexe também com a economia do Estado. Oswaldo Lima Neto cita o exemplo de empresas situadas no município de Jaboatão dos Guararapes que, com transporte próprio, buscam e levam seus

fotoS: SECRETARIA DAS CIDADES DE PERNAMBUCO

Economia e qualidade de vida

Acima, viadutos marcam percurso do Corredor Norte-Sul. Abaixo, as velhas paradas de ônibus já começam a ser substituídas por estações elevadas no Corredor Leste-Oeste

funcionários em casa para diferentes turnos de trabalho. “Já aconteceu, várias vezes, de esses funcionários não conseguirem chegar a tempo para o seu turno normal de trabalho, mesmo no ônibus da empresa, por conta dos engarrafamentos. Qual a companhia que vai querer se instalar num estado que não apresenta melhoras para essa situação?”, alerta. O especialista lembra ainda que investir na

infraestrutura das cidades e promover a mobilidade urbana aumenta a qualidade de vida de seus habitantes. Para o professor, as pessoas ficam muito mais estressadas no trânsito e até deixam de sair de casa quando pensam nas dificuldades que irão enfrentar nas ruas. “Mas isso envolve não só o trânsito. É preciso fazer mais ciclovias, melhorar as calçadas, entre outras ações”, finaliza.

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construir direito

A importância do EVA nos empreendimentos imobiliários Tiago Andrade Lima*

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omumente, o empreendedor, ao iniciar o processo de aquisição de uma gleba, restringe sua análise jurídica, em síntese, à situação de regularidade do imóvel e dos seus débitos vinculados, bem como de seu proprietário, e, posteriormente, analisa as questões urbanísticas. As restrições previstas nas normas ambientais, nesse momento, não são consideradas. Ou seja, a segurança jurídica e a viabilidade empresarial do processo de compra de uma porção de terra se sustentam na análise documental a respeito da propriedade do bem somada à análise de débitos civis e tributários, culminando numa análise das leis de uso e ocupação do solo, do plano diretor e dos demais instrumentos de planejamento territorial. Em regra, somente após a anuência do projeto pelo município, quando se encontra apto a requerer o licenciamento ambiental, o empreendimento passa a sofrer adequações decorrentes das restrições legais de caráter ambiental, retardando, por consequência, o conhecimento prévio sobre o real potencial construtivo da porção de terra adquirida. Desse modo, somente após a aquisição do imóvel, a aprovação do projeto junto ao município e o pedido de licenciamento ambiental, o empreendedor toma ciência dos gravames ambientais impostos ao empreendimento. Trata-se de um risco desmedido a que se encontra submetido o adquirente, na medida em que o potencial construtivo do empreendimento, que já sofre restrições de ordem urbanística, poderá ser submetido a novas limitações ambientais. Para tanto, os grandes empreendedores, no intuito de realizar um planejamento adequado do empreendimento, vêm se utilizando do Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA, no afã de previamente conhecer as limitações normativas ambientais

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impostas à propriedade e ao seu entorno, buscar uma alternativa locacional mais adequada e ainda adquirir subsídios para a análise do Valor Geral de Venda – VGV, do negócio. Nesse ínterim, vários são os impactos decorrentes das normas ambientais sobre um empreendimento, sendo estes, portanto, o objeto de análise do EVA. O novo Código Florestal brasileiro – Lei Federal nº 12.727/2012, por exemplo, considerou como critério de reflorestamento nas margens dos cursos de água, o tamanho da propriedade, ficando, dessa forma, as grandes propriedades com uma maior responsabilidade ambiental. Em se tratando de propriedade rural, o artigo 12 da Lei supracitada,

Vários são os impactos decorrentes das normas ambientais sobre um empreendimento

manteve a obrigação de manutenção da área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal. Ademais, a legislação brasileira instituiu ainda o Sistema Nacional de Unidades de Conservação — Lei Federal nº 9.985/2000 — que regulamenta os usos em áreas localizadas em Unidades de Conservação ou no

seu entorno, criando restrições que afetam sobremaneira o adquirente de uma gleba localizada na região. Importante ressaltar, também, que a competência concorrente para legislar em matéria ambiental atribuída pela Constituição da República concedeu a prerrogativa a estados e municípios para editarem suas normas ambientais, sempre de forma mais restritiva e favorável ao meio ambiente, outorgando, dessa forma, ainda mais obrigações ambientais ao empreendedor, reforçando cada vez mais a necessidade do EVA. Assim, antes de realizar o negócio jurídico, é de suma importância que o pretenso comprador observe se, na alternativa locacional proposta para o empreendimento e o seu entorno, existem restrições legais de ordem ambiental a exemplo de fauna ameaçada de extinção, passivos ambientais e cursos de água. Tais análises são primordiais para a constatação do potencial construtivo do terreno, uma vez que criam restrições que podem inclusive inviabilizar o projeto proposto para a localidade. Dessa forma, a incorporação do EVA à fase de planejamento de um processo de aquisição de grandes áreas e de viabilização de empreendimentos poderá representar um diferencial significativo para minimizar os riscos de insucesso do negócio, dotando o empreendedor dos conhecimentos necessários à tomada de decisão.

*Tiago Andrade Lima é especialista em Direito Ambiental, Mestre em Tecnologia Ambiental e titular da área de Direito Ambiental da Queiroz Cavalcanti Advocacia.



TECNOLOGIA

Pré-fabricados aceleram obras no Nordeste Escassez de mão de obra especializada fez com que empresas investissem na fabricação de estruturas pré-fabricadas de cimento, que chegam aos canteiros prontas para montagem Por Daniel Vilarouca

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inônimos de rapidez e economia na execução de uma obra, os pré-fabricados de concreto vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado da construção civil. O que era uma alternativa passou a ser uma opção de destaque quando empresas de grande porte se especializaram na fabricação desses produtos. Hoje, o Nordeste apresenta projetos arrojados na área da construção civil em que os pré-fabricados estão presentes na quase totalidade dos serviços. Atualmente, ao desenvolver um projeto e optar pela utilização de pré-fabricados, o arquiteto escolhe não só otimizar o tempo de trabalho na obra, mas também diminuir o risco de acidentes, a produção de

resíduos, o espaço do canteiro de obras e, claro, os custos com o serviço. “É possível ainda programar cada etapa da construção, uma vez que as vigas e demais peças chegam prontas para montagem”, afirma Bruno Veloso, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Pernambuco – Sinprocim-PE. Todas as estruturas pré-fabricadas são produzidas fora do canteiro de obras. Isso elimina o uso de escoramentos e os gastos com possíveis excessos ou o desperdício de material na construção. Sem contar que os pré-fabricados passam por um processo de rastreabilidade. Ou seja, ao sair da fábrica, a peça é nomeada. Logo, se o cliente encontrar algum problema na

estrutura, é possível identificar o seu histórico técnico. Segundo Bruno Veloso, a falta de mão de obra qualificada para a construção civil foi um dos fatores que impulsionaram o uso da tecnologia no Nordeste. Pensando nisso, duas empresas investiram forte na produção dessas estruturas, suprindo as necessidades da Região e alavancando o mercado. Bruno Veloso aponta a T&A Pré-fabricados e a Pernambuco Industrial como responsáveis por essa mudança. “Antigamente, via-se muito o pré-moldado na construção de viadutos e edifícios-garagem. Mas a chegada da T&A e da Pernambuco Industrial fez com que esses projetos se expandissem para shoppings e estádios de futebol”, comenta o presidente do Sinprocim-PE.

Ajudando a construir um mercado

Vitor Almeida, diretor da T&A, comemora o crescimento das vendas nos últimos anos

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Há 16 anos trabalhando na produção de pré-fabricados, a T&A está presente em cerca de 23 obras por todo o Nordeste e no Estado de São Paulo. Com quatro unidades industriais (Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo), a empresa tem uma capacidade de produção média de 22 mil m³ de concreto por mês e seu percentual de vendas teve um crescimento de 30% nos últimos anos. “A T&A tem investido bastante no controle de qualidade do concreto através de estudos quanto ao insumo, e feito constantes ampliações em suas linhas de produção para aumentar a sua capacidade e atender a novas obras de grande porte”, comenta o diretor da empresa, Vitor Almeida. Ele cita, por


exemplo, que aumentou a capacidade produtiva da indústria da Bahia quando produziu a estrutura da Arena Fonte Nova, em Salvador, e do parque fabril de Pernambuco, para a construção do Shopping RioMar, no Recife. Este último teve o seu tempo de construção reduzido em, pelo menos, 30% graças ao uso dos pré-fabricados de concreto. “Também temos investido na capacitação de nossa equipe, com cursos de Gestão, Liderança e até mesmo de Alfabetização para funcionários do setor de Produção. Investir em capacitação, aliás, é uma grande característica da nossa empresa”, destaca. Mais nova no mercado de pré-fabricados, a Pernambuco Industrial já chega com larga capacidade de produção. Inaugurada em julho deste ano e ancorada em Suape, a empresa faz parte do grupo Pernambuco Construtora e vem recebendo a demanda de Pernambuco e estados vizinhos. Com isso, já opera com 40% da sua capacidade total e produz, sozinha, 4 mil m³ de concreto por mês.

Fotos: T&A Pré-fabricados

TECNOLOGIA

Com a utilização de pré-fabricados, o Shopping RioMar (em Pernambuco) teve seu tempo de construção reduzido em pelo menos 30%

Para o diretor da Pernambuco Industrial, Alexandre Wanderley, essa capacidade de produção deve duplicar no primeiro semestre do próximo ano para atender estados como Alagoas, Sergipe e Paraíba. “O pré-fabricado industrializa o processo da

construção civil e elimina uma série de fatores que comprometem o andamento da obra. Sem contar que torna a construção sustentável, pois todas as estruturas de concreto são produzidas fora do canteiro de obras”, conclui.

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TECNOLOGIA Rígido controle de qualidade são facilmente identificados através dessa etiqueta. É uma forma de rastrear cada peça e, caso alguma delas apresente defeito, será possível corrigir a falha na linha de produção. “A principal falha que temos percebido é no acabamento do concreto. A indústria tem investido cada vez mais para melhorar a tecnologia do concreto para ter um acabamento melhor com menos mão de obra e menos custo”, comenta o diretor da T&A Pré-fabricados, Vitor Almeida. Ao sair da indústria, as estruturas pré-fabricadas são transportadas até o canteiro de obras por caminhões de grande porte, pois as peças apresentam diferentes tamanhos — de 12 a 40 metros. Cada

estrutura é projetada levando em conta a maneira de se transportar. As peças de até 12 m são levadas até o canteiro de obras em carretas; até 24 m, uma carreta extensiva carrega o material ao seu destino; a partir daí até 40 m é utilizado um caminhão do tipo dolly. O transporte de pré-fabricados com um peso superior a 40 toneladas é feito com veículos que usam a linha de eixo. Uma vez no canteiro de obras, a montagem das peças é feita por um profissional qualificado e treinado para o ser viço, geralmente da empresa fabricante das estruturas. “É necessário ter experiência, cuidado no trabalho em alturas e ser muito atento para não montar o pré-fabricado no lugar errado”, finaliza Vitor Almeida.

fotos: divulgação

O uso de pré-fabricados de concreto tem se consolidado nos canteiros de obras de todo o Brasil. Especialmente, na Região Nordeste, onde o mercado da construção civil se encontra em franca expansão. Essa tecnologia tem ajudado a acelerar ser viços, como a edificação de estádios de futebol e shopping centers. Mas todo o processo que assegura a eficiência e a economia características dessas estruturas começa ainda na fábrica. Durante o processo de produção dos pré-fabricados, cada peça é numerada e nomeada com uma etiqueta, o que identifica os detalhes da sua fabricação. Ou seja, todos os elementos empregados no seu preparo, como o cimento e o tipo de ferro que compõem a estrutura,

Peças de até 12m, são transportadas em carretas menores

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como se faz

Manutenção Predial Para deixar o prédio em ordem, condôminos, síndico, empresas de manutenção e construtora precisam estar de braços dados por Patrícia Felix

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anutenção predial é um tema que vem sendo bastante discutido não só entre os que lidam diretamente com a construção civil, mas também entre síndicos e condôminos. A conscientização em relação à sua importância é essencial, principalmente quando o assunto é segurança. Partindo do princípio de que manter significa, principalmente, garantir a funcionalidade do condomínio, o que fazer quando não se sabe como realizar as diversas demandas de conservação que um prédio exige? A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, expõe, na NBR 5.674, de uma forma geral, a necessidade de se realizar a constante manutenção de qualquer construção, de forma a prolongar sua vida útil e evitar custos com reparações ou construções de novas edificações. Mas onde encontrar informações para gerenciar os nossos prédios? Foi através

desse questionamento que Ana Karina Lessa, engenheira civil e especialista em gestão empresarial na construção civil, resolveu escrever o livro Gestão da Manutenção Predial em parceria com o engenheiro mecânico Hebert Souza. De acordo com Karina, uma questão importante é a atenção à contratação de profissionais para realizar o serviço de manutenção. É preciso analisar e buscar empresas qualificadas. A engenheira destaca que é primordial conhecer o prédio de forma geral e os equipamentos instalados nele. “A partir do momento em que se passa a observar as estruturas do prédio, entende-se as suas necessidades para projetar um plano de manutenção anual eficiente”, diz. Esse ponto é importante para que as despesas com conservação estejam previstas nos custos gerais do condomínio. Inicialmente, é necessário entender o conceito de manutenção em dois tipos:

A engenheira civil Ana Karina Lessa, que já trabalhou com manutenção predial, escreveu um livro sobre o tema foto: MICHAEL OLIVEIRA

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preventiva — realizada com planejamento — e corretiva — executada apenas quando o aparelho apresenta defeito. Verena Pinheiro, diretora da empresa de manutenção predial BN Service, explica que a manutenção preventiva é necessária para que a corretiva seja evitada. “A maioria dos condomínios prefere fazer a manutenção apenas quando algo deixa de funcionar, achando que, assim, estará economizando. É a chamada economia falha. Você acaba gastando muito mais quando o aparelho precisa ser trocado”, diz. É importante ressaltar a responsabilidade do síndico em relação ao tema. Caso a carência de manutenção dê origem à aparição de vícios ou defeitos na edificação, ele pode ser responsabilizado por negligência e falta de cuidado. “Isso não quer dizer que o morador deva ser omisso em relação ao dever de conservação das áreas comuns da edificação. Na verdade, o próprio Código Civil estabelece, em seu art. 1.336, II, que é vedado ao condômino, por exemplo, realizar obras que comprometam a segurança da edificação”, explica o advogado Rafael Accioly. Carlos Paixão, síndico há três anos, diz que a fiscalização é essencial para que os problemas sejam evitados. Ele conta que o condomínio possui contrato com três empresas que fazem a prevenção planejada da manutenção. “É como um carro: as revisões são feitas periodicamente. Percebendo algo diferente, o profissional responsável pelo serviço é acionado. Estou sempre checando para que não haja problemas. É importante que os condôminos recebam retorno e o imóvel continue valorizado”, explica.



como se faz CheckList de Manutenção Preventiva

Estrutura

É importante fazer vistorias anuais no prédio. Qualquer reforma que implique em derrubada de paredes, alterações estruturais ou aumento de carga deve ser acompanhada por especialista. Atenção para evitar infiltrações.

Instalações elétricas

A cada seis meses, verificar as condições do sistema de aterramento. O quadro de força deve ser mantido lacrado. Disjuntores devem estar identificados. Verificar nos disjuntores se há aquecimento nos fios ou mau contato e controlar para evitar cabos descascados, pó e umidade. Uma empresa especializada deve verificar se o sistema elétrico do prédio está bem dimensionado para evitar sobrecarga elétrica.

Instalações hidráulicas

BOMBAS – Atenção à existência de duas bombas para revezamento, mantendo as duas em funcionamento. É importante manter um contrato de manutenção com empresa idônea, que garanta pronto-atendimento, e ficar atento a qualquer ruído anormal no funcionamento da bomba. TUBULAÇÕES – Verificação constante e reparos de vazamentos devido a ruptura ou corrosão.

Monitoramento de água potável

Realizar limpeza dos reservatórios (caixas-d’água a cada seis meses), sendo obrigatória a limpeza anual.

Sistema de gás

Acompanhar o consumo, pois mudanças bruscas podem representar sinal de vazamento. Anualmente, um técnico ou uma empresa habilitada deve verificar todo o sistema.

Elevadores

Equipamentos de combate a incêndio

Equipamentos de esporte e lazer

O condomínio é obrigado a ter uma empresa responsável pelos elevadores, geralmente com contrato mensal de manutenção. É necessária a emissão do Relatório de Inspeção Anual – RIA, dos elevadores, com anotação de responsabilidade técnica do engenheiro responsável. Deve ter, em mãos, o livro de ocorrência para elevadores, onde são registradas as informações referentes ao funcionamento do equipamento. Inspeção dos para-raios e da luz-piloto. Hidrantes e extintores devem ser carregados e revisados anualmente. Verificar o fechamento, a regulagem e a existência do selo do fabricante das portas corta-fogo. Verificação de iluminação de emergência. PISCINA – Atenção ao controle de qualidade da água e à manutenção dos equipamentos (filtros, bomba). PARQUES INFANTIS – Verificar constantemente se há farpas, ferrugem ou peças soltas nos brinquedos. Antes e após as férias escolares, recomenda-se uma inspeção mais detalhada e serviços de recuperação e manutenção. EQUIPAMENTOS DE LAZER – Lubrificação, ajustes, apertos de conexões e constante verificação dos equipamentos dos salões de jogos, ginástica, festas, quadra, campinhos, entre outros. Fonte: Ana Karina Lessa, especialista em Gestão Empresarial na Construção Civil

O que diz a legislação: • O prazo para o adquirente solicitar da construtora a reparação de eventuais vícios do empreendimento varia de acordo com a classificação destes: a) vício que compromete a segurança, solidez e habitabilidade: cinco anos de garantia a partir da entrega da obra (art. 618 do Código Civil); b) vício redibitório, que torna a coisa imprópria para o fim desejado ou diminui o seu valor: um ano para pleitear rescisão do contrato ou indenização pela desvalorização do imóvel (art. 445 do Código Civil); e c) vício decorrente da falta de qualidade dos produtos

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empregados na obra: prazo de 90 dias para pleitear a reparação, a contar do aparecimento do defeito ou da entrega do imóvel (art. 26, II, do Código de Defesa do Consumidor). • Se não forem observadas as regras básicas de manutenção, o proprietário pode perder seu direito de garantia/reparação dos vícios, sobretudo se ficar evidente que o risco decorre da não realização das medidas necessárias para a conservação da construção. • Nos condomínios, a manutenção da parte comum cabe ao síndico (art. 1.348,

V, do Código Civil). Caso a carência de manutenção dê origem à aparição de vícios ou defeitos na edificação, poderá, ele, vir a ser responsabilizado por sua negligência e falta de cuidado. • O condômino, contudo, não deve ser omisso em relação ao dever de conservação das áreas comuns do prédio. O próprio Código Civil estabelece, em seu art. 1.336, II, que é vedado ao condômino realizar obras que comprometam a segurança da edificação. Fonte: Queiroz Cavalcanti Advocacia




especial ficons

Feira reúne mais de 200 expositores e público de 30 mil pessoas. Números da oitava Ficons revelam bom momento do setor da construção

OS NOVOS PERNAMBUCANOS A Ficons se consagra como maior evento do setor no Norte e Nordeste. Além de apresentar novidades da área e possibilitar novos negócios, o evento mostrou que o mundo está de olho no Nordeste por Gil Aciolly

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odas as novidades em equipamentos, tecnologia e serviços da construção civil juntas num espaço de 28 mil m², no Centro de Convenções de Pernambuco. O local recebeu a VIII Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção – Ficons, que cresceu 8 mil m² em relação à edição anterior, em 2010. A ampliação é constante. Os pré-agendamentos para 2014 se esgotaram ainda durante a realização do evento, de 2 a 6 de outubro. O sucesso é fruto do aquecimento do setor. Mais do que novidades, a Feira mostrou que todos estão de olho no Nordeste, especialmente em Pernambuco. O Estado, que virou um canteiro de obras, atrai empresas do Brasil e do mundo. Muitas participaram da Ficons pela primeira vez. Para elas, o evento representa um espaço para expor, fechar negócios e mostrar que vieram para ficar.

É o caso da Argatop, um entre os 200 expositores nacionais e internacionais presentes na Feira. A empresa acaba de abrir sua primeira fábrica no Nordeste, precisamente no Recife. “O projeto de expansão era para daqui a dois anos, mas foi preciso adiantar. Com a construção civil em alta em Pernambuco, não dava para ficar de fora. O Recife tá bombando. É o maior polo da construção civil do Brasil atualmente.” Entusiasma-se o diretor-executivo da Argatop, Emerson de Oliveira Pinto. A capital pernambucana foi escolhida como porta de entrada para o Nordeste. A intenção é abrir 50 novas unidades na Região já no próximo ano. Emerson comemora o pequeno espaço que conseguiu nesta edição da Feira e já faz planos para a próxima. “No segundo dia, 500 pessoas pararam aqui querendo

saber sobre o produto. Recebemos ligações de pessoas interessadas na distribuição da nossa argamassa. Na próxima edição, queremos construir uma casa”, adianta. Tanto interesse é por conta do diferencial do produto, bem diferente do convencional. A Argatop dispensa o uso de cimento, areia, cal, água e até do processo de mecanização. Com secagem rápida e promessa de alto rendimento, impermeabilidade e três vezes mais resistência, ela já vem pronta para o uso. De quebra, é ecológica, pois evita o desperdício, reduzindo os custos pela metade. Outra empresa que acaba de inaugurar uma filial em Pernambuco e também participa pela primeira vez da Feira é a Hard. Em seu estande, foram apresentados produtos para sistema de fixação e vedação para construção civil e metálica. Mas a intenção

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especial ficons mesmo era estabelecer um contato com seus principais clientes. Desde março deste ano, a empresa, que surgiu em 1985, em Porto Alegre, abriu uma filial em Pernambuco. “Nossa marca já é conhecida. Já tínhamos representantes por aqui. Viemos à Feira mostrar que estamos mais perto dos nossos clientes. Antes, levávamos dez dias para entregar nossos produtos. Essa logística mudou com a nossa chegada”, esclarece a coordenadora de comunicação e marketing, Josiane de Oliveira Izche. As empresas que já estavam em Pernambuco há mais tempo tiveram que se expandir. Um exemplo é a Isoeste, que há dois anos chegou ao Estado, embora esteja no mercado há 27 anos, no ramo de construtivos isotérmicos. Voltou à Ficons, pela segunda vez, para mostrar que cresceu de 2010 para 2012. A área da fábrica, localizada em Vitória de Santo Antão, por exemplo, subiu de 7 para 10 mil m² e, atualmente, emprega 100 pessoas. A filial pernambucana foi aberta estrategicamente, aproveitando o aquecimento do mercado, para lançar

uma nova linha de blocos em poliestireno expandido – EPS, que proporciona isolamento térmico e acústico. “Daqui, atendemos da Bahia ao Ceará”, justifica o responsável pelas vendas técnicas da empresa, Aristides Carvalho Filho. A aposta deu certo. Uma das grandes obras da Isoeste no Estado é o Shopping RioMar, que teve toda a sua cobertura realizada com isotelhas. O revestimento da área externa do cinema e do teatro foram executados com wall pur fabricado em Vitória. O olhar diferenciado para Pernambuco é reflexo de números já conhecidos do setor. O Produto Interno Bruto – PIB, do Estado cresceu 2,8% só no primeiro semestre de 2012, bem acima da média nacional, de 2,4%. Esses índices foram alavancados pela indústria, com taxa de crescimento de 3,4%, mais uma vez ancorada na construção civil. Com um cenário favorável ao desenvolvimento, a Ficons reuniu num só lugar um mix de produtos que vai desde equipamentos pesados, passando pelos usados no canteiro

de obras, até os usados no acabamento de interiores. Tudo para um ávido público de construtoras, armazéns, além de engenheiros, arquitetos e consumidores finais, que comemoram a realização de grandes obras públicas e privadas. Os potenciais afloram na efervescência de Suape, em hidroelétricas, viadutos, barragens, indústria petroquímica e em programas como Minha Casa Minha Vida. “Através da Ficons, Pernambuco se consolida como maior polo de eventos de negócios do Nordeste. Os resultados foram bem acima do esperado na véspera da Feira, quando a perspectiva de geração de negócios a partir de um primeiro contato efetuado na Ficons era de R$ 260 milhões. Diante disso, estamos confiantes no potencial da Susteincon, feira de negócios que o Sinduscon-PE promoverá no segundo semestre de 2013, voltada para produtos e serviços com características sustentáveis”, diz o presidente do Sinduscon-PE, Gustavo de Miranda.

Depoimentos

Crisanto Holanda – Coordenador Comercial – Romazi Para a Romazi, a feira é uma oportunidade de sermos mais conhecidos em Pernambuco e nos outros estados do Nordeste. Há um fortalecimento da nossa relação com os clientes, que vêm ao nosso estande. Não podemos ficar restritos aos atacadistas. Temos que nos expor para o consumidor final, engenheiros e arquitetos. A pergunta que mais ouvimos na Feira foi “Onde encontrar os produtos de vocês em Pernambuco?”. Já estamos colhendo os frutos. Fechamos muitos agendamentos de visitas que serão realizadas após o evento. Foi nossa primeira participação na Ficons e já pré-agendamos nossa participação na próxima edição.

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Silvia Almeida – Diretora-administrativa – T&A Pré-fabricados Sempre participamos da Ficons por ser um evento muito importante para o meio. É uma oportunidade de encontrar nossos clientes e fornecedores, além de pessoas interessadas em visualizar nossos produtos. Também representa uma ação de visibilidade institucional. Mostramos o que estamos fazendo em Pernambuco e nos outros estados do Nordeste. São grandes obras como a construção do estádio Fonte Nova, em Salvador, que sediará a Copa; do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco; além de grandes shoppings, em Fortaleza, como North Shopping e RioMar. O mercado está muito aquecido.


especial ficons Luciano Borges – Gerente de Marketing – HERC Esta é a terceira edição da Ficons de que participamos. É uma feira muito importante para a HERC, pois movimenta todo o setor de construção no Nordeste, uma região estratégica para a nossa empresa. Durante o evento, percebemos claramente o tamanho do desempenho do Nordeste na economia brasileira. Nossa empresa cresceu, o mercado mudou e aqui temos ótimas oportunidades de negócio. Nesta edição, apresentamos nossa cantoneira para banheiros, um produto com muitos diferenciais que será lançado a partir de novembro. Josiane Izche – Coordenadora de Comunicação e Marketing – Hard É a primeira vez que participamos da Ficons. Nosso objetivo é fortalecer a imagem da Hard no Nordeste e, especialmente, em Pernambuco. Acabamos de inaugurar nossa filial no Estado embora nossa marca já seja bastante conhecida. Estamos tendo contatos com os principais clientes. Isso vai gerar bons frutos, como agendamento de visitas, demonstração de produtos, prospects e palestras. Elaine Rodrigues – Gerente de Vendas – Ancora Gostei muito da Feira. É uma das melhores das quais já participei. Todos têm focos bem definidos e são realmente envolvidos com a construção civil. O movimento é ótimo e a divulgação do evento é muito boa. Já fizemos uma pré-reserva para 2014, quando viremos como expositores. Será mais um espaço para mostrar a qualidade da Ancora, que faz 20 anos. Queremos vir para o Nordeste e nos consolidar por aqui. Nossa sede é em São Paulo e vamos abrir ainda neste segundo semestre um Centro de Distribuição, em Lages, Santa Catarina.

Eduardo Moraes – Gerente Regional N/NE da ABCP Participamos da Ficons desde a primeira edição. É uma feira com crescimento impressionante. O diferencial dela é ser bianual, um intervalo primordial para as empresas que também participam de grandes eventos em outras regiões. É uma oportunidade de mostrar a engenheiros, arquitetos e ao público em geral o nosso trabalho. Temos inovações focadas nos aspectos da racionalização e da produtividade. Tudo fruto de uma relação da ABCP com as universidades, onde são desenvolvidos projetos, laboratórios de estudos e apresentadas novidades em teses de mestrado e doutorado.

Aristides Carvalho e Roberto Pimentel – Isoeste – Vendedores É a segunda Ficons da qual participamos. É bem diferente da primeira participação. Nesses dois anos, crescemos, ganhamos ainda mais reconhecimento do mercado. Temos 27 anos e abrimos uma fábrica há dois anos em Pernambuco. Neste evento, o foco são os blocos em EPS, um produto que proporciona excelente isolamento térmico e acústico.

Nelson Benevides – Diretor – ABTelhas O evento é um sucesso. Uma ótima oportunidade de fechar negócios. Quem quer que sua empresa cresça não pode ficar de fora dele. Queremos mostrar nossos produtos e a qualidade que sempre buscamos. Ele marca 15 anos de atuação da ABTelhas no mercado.

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Acústica é desafio para setor da construção civil Novas alternativas para combater ruídos foram apresentadas no segundo Encontro Construir Nordeste, realizado na Ficons por Gil Aciolly

O português Hugo Borrego apresentou a cortiça, produto sustentável e popular na Europa como isolante acústico

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uando falamos em problemas acústicos e poluição sonora, lembramos logo a perda de audição. Mas a lista é bem mais abrangente. Inclui danos à saúde física e mental e também ao sono. Os ruídos ainda causam problemas gastrointestinais, cardiovasculares e respiratórios, além dos mais comuns e perceptíveis, como dor de cabeça e irritabilidade. Apesar de todos esses malefícios, as discussões sobre as formas de combate aos problemas relacionados à acústica são recentes. Começaram somente há algumas décadas. Entre as saídas apontadas, algumas passam pela construção civil. Preocupada com a situação,

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a Construir Nordeste trouxe a discussão sobre acústica à tona na segunda edição do Encontro Construir Nordeste, realizado durante a Ficons 2012. O tema foi Comportamento dos sons nas grandes cidades. Mais do que simplesmente debate, o encontro apontou caminhos a serem seguidos no enfrentamento da questão, além de produtos sustentáveis que minimizam o efeito dos ruídos em nossas vidas. “É uma área nova, que muita gente desconhece. Por isso, a conscientização é nossa grande aliada, mas ela não existe por causa da falta de conhecimento”, alerta o arquiteto urbanista Francisco Buarque, que

coordenou a mesa do evento. Pós-graduado em Acústica, ele revela que, por o assunto ser novo, todos estão aprendendo ao mesmo tempo. O enfrentamento do problema esbarra na legislação. Em cada local, há um nível de tolerância estabelecido. Pegando o Estado de Pernambuco como exemplo, só no Recife, há três leis em vigor. Uma de edificações geradoras de ruídos, outra de salões de festas, além de uma nova, de 2012, que regula templos e igrejas. Sem falar nas leis municipais de cidades como Caruaru e Petrolina, cada uma com limites específicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, todo


especial ficons e qualquer som acima de 55 decibéis já pode ser considerado nocivo à saúde. No Brasil, há leis que aceitam ruídos acima desse valor. Por causa de tanto conflito, Buarque é categórico. “Temos que trabalhar com conforto, e não com legislação”, diz. Para ele, é necessária a conscientização de quem projeta e executa. “Os profissionais precisam ter mais respeito quando projetam e constroem. Eles precisam buscar informações. Tudo isso vem para mudar a forma da engenharia, mas, sobretudo, para melhorar nossas vidas”, argumenta. O presidente do Sindicato dos Arquitetos de Pernambuco, Henrique Lins, aposta na conscientização do consumidor, que deveria exigir das construções níveis de ruídos ideais para o ser humano. “Não adianta legislar sem fiscalizar. Tem que verificar o cumprimento das leis durante a obra, ver que tipo de materiais é empregado”, afirma. Ele ainda acrescenta o problema da concorrência desleal à discussão. “Sem fiscalização, o mau empreendedor vai passar por cima do bom empreendedor”, alerta. Os parâmetros para construção vão ganhar uma nova norma. Trata-se da NBR 15.575, que entra em vigor em março de 2013. A norma de desempenho, que permite avaliar a performance de edifícios habitacionais, impõe critérios acústicos de qualidade à construção. Há requisitos de desempenho para a acústica de pisos, paredes (vedações externas e internas), coberturas e até para instalações hidrossanitárias. Os profissionais correm contra o tempo para se qualificar e estar preparados para o novo mercado. A atualidade do assunto foi um dos responsáveis pelo sucesso do encontro, que atraiu profissionais e estudantes. “A norma é importante e útil. Temos que conhecer o assunto, saber que produtos poderemos empregar nos projetos. O evento é uma oportunidade de se atualizar”, enfatizou a estudante de Arquitetura Adjane Prado. Foi para buscar conhecimento que a engenheira de segurança

e arquiteta Daniele Gouveia marcou presença no encontro. “A construção tem que dar conforto ao usuário. Quero projetar e construir corretamente”, ressaltou.

Novas Tecnologias Aliadas à Acústica A questão da acústica não é só preocupação de quem constrói e projeta. Quem fabrica materiais aposta na redução de ruídos para ganhar mercado. Tubulações, pisos antivibráticos, madeiras, poliestireno expandido, portas, vidros e até a cola usada

já é usado em Portugal há 30 anos. O material conhecido por todos, através das rolhas que vedam garrafas, ganhou forma de mantas, que proporcionam ótimo isolamento térmico e acústico. “Aplicada entre a laje e o contrapiso e entre o contrapiso e o piso, a manta de cortiça proporciona o isolamento de ruídos de impactos no edifício. A redução fica entre 6 e 33 decibéis”, garante o engenheiro de materiais Hugo Borrego. Segundo ele, o Nordeste foi escolhido por causa da sustentabilidade, tão disseminada na região. “Já estamos com parceiros que vão distribuir

No Espaço Construir, o público pôde conferir os cases da Amorim, no uso da cortiça, e da Green Wall, com os jardins verticais

como isolante são aprimorados. Há soluções acústicas correspondentes a cada tipo de material. E elas são cada vez mais eficazes. Pensando no conforto do usuário, o isolamento acústico já é projetado conjuntamente ao térmico e aliado ao design. Sem deixar de falar nas propostas que contemplam a sustentabilidade, como foi o caso das ideias apresentadas no Encontro Construir Nordeste. Um dos produtos apresentados vem da Europa, do grupo português Amorim, que chega ao Nordeste de olho nas novas regras de desempenho acústico. Sua novidade é a cortiça. Pelo menos por aqui, pois o produto

nossas mantas, lançadas aqui na Ficons”, revela. O produto é fabricado num processo totalmente sustentável. O grupo Amorim mantém plantações de sobreiro, árvore da qual a cortiça é extraída e que contribue para redução de CO 2 e combate a desertificação. Com essa proposta ecológica, ele já detém 30% da distribuição mundial. Seus maiores mercados são Europa e Estados Unidos. Outra proposta, também de isolamento térmico e acústico, garante beleza aos ambientes e muito conforto. São os jardins verticais, construídos a partir de blocos de cerâmica, pela GreenWall. Estudos têm

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demonstrado que as folhas das plantas podem atenuar os sons por meio de reflexão e absorção da energia acústica. Já a diminuição da temperatura nos ambientes onde eles são instalados pode chegar a três graus, dispensando o uso do ar-condicionado e tornando-os uma opção sustentável. “A cerâmica funciona melhor como isolante acústico do que o concreto. O design da peça contribui ainda mais para esse isolamento”, explica a arquiteta Fernanda Durães. O bloco cerâmico usado nos jardins, autoportante, já é usado em residências, escritórios e restaurantes do Nordeste. A tendência também é uma aposta na redução de CO 2 . Embora não densa, a folhagem “sequestra” esse tipo de gás, responsável pelo efeito estufa. Os jardins ainda proporcionam o contato das pessoas que vivem nas cidades com o verde. É

uma alternativa aos espaços verticais, que são livres. “Temos produtos excelentes, que podem ser usados como alternativas ao isolamento acústico. É preciso pensar nas várias possibilidades de cada um deles. Saber o que oferecem, verificar se absorvem o som”, destaca o arquiteto Francisco Elihimas, um dos debatedores do Encontro, elogiando o desempenho dos jardins verticais e das mantas. Se depender dos futuros profissionais que assistiram à discussão, o conselho será seguido. “Conhecer novas tecnologias é fundamental. Eu, por exemplo, não sabia que a cortiça era usada como isolante acústico”, revelou a estudante de Arquitetura Isabel Sobral, da plateia. Depois do evento, a sensação é de que o conhecimento sobre o comportamento acústico nas cidades precisa crescer. “Nossa região é carente de eventos como este”, constatou Elihimas, parabenizando a Construir Nordeste pela iniciativa.

fotos: JOSÉ ALVES

especial ficons

O arquiteto Francisco Elihimas defende o isolamento térmico e acústico com o uso de cortiças


ano III | nº 14 | novembro/dezembro 2012

EDIFÍCIO ECOLÓGICO

Idealizado por Mark Burr, projeto incentiva a coleta seletiva de lixo em prédios comerciais e residenciais nas regiões metropolitanas do Recife e de Maceió

Entrevista

O ambientalista Carlos Leite traz novas ideias para a reinvenção dos grandes centros urbanos

Visto de Portugal

Renato Leal fala dos desafios para conciliar os desenvolvimentos Econômico e Urbano



sumário 72 COLUNA EU DIGO

Prédios inteligentes: filosofia dos edifícios e sustentabilidade

74 COLUNA VISTO DE PORTUGAL

Um pouco mais sobre o Recife que queremos

79 BOAS PRÁTICAS

ISO 14001 e a sustentabilidade planejada

80 Capa

Edifício Ecológico leva coleta seletiva a prédios comerciais e residenciais

75 PREMIAÇÃO MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL Fórum Pernambucano de Construção Sustentável recebe prêmio do Crea-PE

76 ENTREVISTA

Carlos Leite fala sobre sustentabilidade na construção civil e no desenvolvimento imobiliário urbano

agenda 2013 MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL Cursos: - Eficiência energética: conforto termoacústico 08 a 10 de maio - Reúso da água: tratamento de esgotos para o reúso controlado da água | 06 e 07 de junho

Fórum Pernambucano de Construção Sustentável: - Eficiência energética: Entendendo LEDS | 08 de maio - Reúso da água | 05 de junho - Retrofit: avaliação de sustentabilidade do ambiente construído | 03 de julho - Paisagismo e gestão do verde | 04 de setembro - Arquitetura sustentável. Cases | 02 de outubro - Gestão jurídica | 06 de novembro - Gerenciamento de risco | 04 de dezembro

Seminário PE Construção Sustentável:

82 FÓRUM

A bióloga Olga Marinho trouxe a experiência da coleta seletiva do lixo em repartições públicas do Governo de Pernambuco

- NBR 15 575. Conceito na visão da engenharia e do direito | 03 de abril - Gerenciamento de resíduos da construção | 06 e 07 de agosto

Sustencons Data: 05 a 08 de agosto de 2013 Local: Olinda/PE www.ficons.com.br

SIACS www.siacs.com.br Salvador Data: 30 de outubro de 2013 Local: Salvador/BA Recife Data: 03 de setembro de 2013 Local: Recife/PE Fortaleza Data: 05 de setembro de 2013 Local: Fortaleza/CE

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eu digo

Prédios Inteligentes: Fisiologia dos edifícios e sustentabilidade Ulisses Mello*

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Já existem iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para, em um futuro não muito distante, os edifícios serem como organismos vivos, capazes de monitorar automaticamente a infraestrutura que os faz funcionar

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alta taxa de crescimento populacional no Brasil mostra-se preocupante. Muitas cidades brasileiras estão crescendo mais rápido que sua infraestrutura, e a prova disso é o fato de mais de 80% da população já viver em áreas urbanas. Esse avanço é acompanhado de desafios que se tornam críticos a cada dia, como cidades densamente povoadas, necessidade crescente de energia, congestionamentos que afetam o deslocamento e a qualidade de vida da população. E a pergunta é: isso tem solução? Sim, desde que as cidades, para sustentarem seu crescimento, cresçam de forma inteligente. O uso eficiente da tecnologia em construções pode reduzir o uso da água em 30%, de energia em 40% e os custos com manutenção predial em mais de 30%. Muito se tem falado em sustentabilidade aliada à tecnologia. Realmente, a tecnologia é agente essencial para que possamos, com mais inteligência, gerir cidades e diminuir o impacto ambiental e sociológico que alguns fatores podem causar aos cidadãos. Segundo o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA, prédios comerciais e residenciais consomem 1/3 da energia mundial. Hoje em dia, uma cidade mais inteligente através da informatização não é mais ficção. Coletar, gerenciar e analisar dados fornece inteligência e discernimento para as decisões de gestão de espaço, energia e instalações. Sendo assim, as construções podem interagir com os seus ocupantes, bem como com o ambiente que as rodeiam, através do fluxo de informação, tornando as operações mais eficientes e sustentáveis. Resumindo: um prédio inteligente economiza dinheiro e protege o meio ambiente.

Já existem iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para, em um futuro não muito distante, os edifícios serem como organismos vivos, capazes de monitorar automaticamente a infraestrutura que os faz funcionar, como acondicionamento climático, redes de água, esgoto e eletricidade. A tecnologia vai ainda mais longe, permitindo que essas construções implementem mudanças para conservar recursos e cortar emissões de carbono. Os prédios podem contar com sistemas que possibilitam aos consumidores acompanhar o consumo de energia e a poluição gerada para, assim, poderem tomar medidas corretivas em tempo real. Nesse cenário, surge a “fisiologia dos edifícios”, que trata a construção como o corpo humano: o sistema de aquecimento e resfriamento é semelhante ao sistema respiratório; elevadores e corredores são o sistema circulatório; e os sensores inteligentes são o sistema nervoso. A construção de infraestrutura inteligente será primordial para que, no futuro, a população tenha qualidade de vida, mesmo com o crescimento acelerado das cidades. Construtoras, companhias de saneamento, distribuidoras de energia, empresas, proprietários de imóveis e governos devem ficar atentos para que consigamos unir sustentabilidade e qualidade de vida com inteligência.

*Ulisses Mello é diretor de Recursos Naturais e Descobertas do Centro de Pesquisas da IBM Brasil.



visto de portugal

UM POUCO MAIS SOBRE O RECIFE QUE QUEREMOS Renato Leal

A

falta de investimento em infraestrutura ao longo de décadas, além da incapacidade de gestão dos últimos prefeitos e de suas equipes e da falta de importância dada ao planejamento urbano foram, ao meu ver, as grandes causas do colapso da cidade do Recife e de suas naturais consequências na qualidade de vida dos munícipes e na impressão de vivermos em uma cidade sem dono e respeito pelos seus cidadãos. O crescimento econômico do Estado de Pernambuco apenas acelerou e antecipou a ocorrência desse colapso, fazendo da nossa capital – e de sua zona metropolitana – um entrave ao seu desenvolvimento. São muitos os estudos, as denúncias e as críticas a esta situação que vivemos feitos por técnicos, personalidades, empresários e cidadãos que se utilizam da mídia convencional e das redes socias para esse fim. O Recife que precisamos, que gostaríamos que fosse são expressões de movimentos já consolidados que vêm gerando ideias, documentação, fotografias, críticas e propostas que esperamos sejam exaustivamente analisadas e implementadas para a melhoria geral da nossa cidade. O foco está nos aspectos práticos do dia a dia e que nos incomodam de forma permanente: 1. Mobilidade – trânsito, sistema de transporte público, calçadas e estacionamento. 2. Segurança – nas empresas, nas ruas e em nossa própria casa. 3. Comodidade – ruídos, buzinas, o descalabro do visual e de serviços públicos. Aproveitando esse embalo, enfatizo aqui uma questão que não está alinhada acima, mas que, se não cuidada, não mais poderá ser recuperada: a perda da identidade do nosso burgo. E o que quero dizer com isso? Cada cidade tem as suas marcas para quem vive nela e para quem a visita. Elementos que definem as suas características centrais. E, no Recife, quais são?

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1. As águas – a Praia de Boa Viagem, uma das mais belas praias urbanas do País; os rios Capibaribe e Beberibe; e os manguezais. 2. O verde – novamente os manguezais, as sobras da Mata Atlântica, os nossos coqueirais; o modelo de arborização que ainda teima em continuar vivo em alguns bairros do Recife e suas espécies; e as nossas maltratadas praças e calçadas.

Os críticos vão logo dizer que sou contra o progresso. Não é isso. Sou contra a perseguição deste com a dilapidação da história da cidade

3. Traça urbana – as grandes avenidas que estruturam a nossa cidade e que estão desfiguradas e degradadas e sem função: José Estelita, Conde da Boa Vista, Guararapes, Avenida Rosa e Silva, Estrada do Arraial, Dantas Barreto, Boa Viagem, Domingos Ferreira, Conselheiro Aguiar, Caxangá e as avenidas Norte e Sul. 4. Arquitetura histórica – representada pelos diversos estilos arquitetônicos em que a cidade foi se montando e que vão sendo amputados indiscriminadamente para a construção de novos prédios de arquitetura alheia à nossa cidade. Nas ruas do centro da cidade, na Rua da Aurora, nas igrejas e nos monumentos históricos.

Nas casas onde viveram os grandes personagens da nossa história e na arquitetura básica dos bairros da Boa Vista, do Espinheiro, da Torre, do Derby, entre outros. Urge inventariar tudo isso e proteger da explosão imobiliária. Os críticos vão logo dizer que sou contra o progresso. Não é isso. Sou contra a perseguição deste com a dilapidação da história da cidade. E quem achar que isso não é possível que percorra a Europa inteira e veja os inúmeros exemplos do que ando aqui a escrever. Além de construir novos prédios, vamos reabilitar o que já está construído, fazendo disso uma forma de manutenção e valorização da história da cidade. Há que se pensar e priorizar estímulos públicos à reabilitação urbana. Tudo isso tem que estar no centro do novo projeto urbano do Recife, sendo premissas sobre as quais os urbanistas e engenheiros de tráfego, entre outros, têm que trabalhar e respeitar. A cidade tem que ser pensada não apesar disso, mas, sim, em função disso, como é feito em todas as cidades do mundo desenvolvido — como um dia queremos ser. Pensem no que recordamos das cidades que visitamos como turista ao longo do mundo. Lembrem-se de que nós, cidadãos, temos que nos rever na cidade em que vivemos. Não vamos dar as costas para essas questões. Não podemos cair no erro de construir uma nova cidade e nos sentirmos intrusos dentro dela.- Isso é para os árabes, que andam a construir cidades nos desertos. Vamos desde já preservar cada um desses símbolos, destacá-los na cidade e fazer deles parte da nossa vida. Caso contrário, teremos que espalhar placas pela nossa cidade lembrando: “Não se preocupe, você está no Recife”. Esta cidade — o Recife — nos pertence. Vamos desenvolvê-la e preservá-la, antes de tudo, para os seus cidadãos.


prêmiação movimento vida sustentável

Fórum Pernambucano de Construção Sustentável recebe prêmio do CREA-PE Destaque na categoria Instituição, do XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente, Fórum promove debates mensais sobre ações sustentáveis dentro da construção civil por Daniel Vilarouca

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Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco – Crea-PE entregou, no início de dezembro, as premiações do seu XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente e X Prêmio Crea-PE de Fotografia. Foram condecorados notáveis projetos de sustentabilidade e fotógrafos que tiveram um olhar especial sobre a construção civil este ano. Luiz Priori Jr., conselheiro da revista Construir NE, também foi premiado com a foto Selva Urbana. Dividido em duas categorias, Instituição e Personalidade, o XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente premiou o Fórum Pernambucano de Construção Sustentável e o projeto Adote uma Árvore, respectivamente. Promovido pelo Movimento Vida Sustentável, o Fórum realiza encontros mensais, no auditório do Sinduscon-PE, para discutir formas e ações que diminuam os impactos da

construção civil no meio ambiente, como a produção de resíduos e o consumo de água. Serapião Bispo e Renildo Guedes representaram o Fórum e receberam das mãos do presidente do Crea-PE, o engenheiro José Mário Cavalcanti, a estatueta e o certificado que simbolizam o Prêmio. Para Bispo, a condecoração é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Movimento Vida Sustentável e contribui para dar visibilidade e divulgar a iniciativa. Além deles, estiveram presentes à solenidade os coordenadores do MVS, Renato Leal e Elaine Lyra. Já o X Prêmio Crea-PE de Fotografia premiou profissionais ligados ao Conselho e à imprensa pernambucana, entre eles Gil Vicente, Hélia Cheppa e Luiz Priori Jr. Este último, com a fotografia Selva Urbana, em que destaca o trabalho de grafiteiros em

meio às grandes construções. Os primeiros lugares, além de certificado, receberam ainda uma premiação em dinheiro. Durante a solenidade de premiação, estudantes dos ensinos Técnico e Superior do IFPE, da UFPE, UPE e Unicap receberam diploma de mérito por se destacarem nos estudos da Engenharia e Agronomia. Pela primeira vez na história do Crea-PE, foram entregues aos conselheiros que compuseram a diretoria durante o triênio 2009-2011, certificados de Serviços Relevantes Prestados à Nação e de Função. Também foram concedidas homenagens a Joseph Mesel (in memoriam), com a Medalha Lauro Borba, por seus importantes ensinamentos, e a Adalberto Cavalcanti, com a Medalha Pelópidas da Silveira, por seu projeto do medidor individual do consumo de água.

Selva Urbana, de Luiz Priori Jr., foi uma das vencedoras do X Prêmio Crea-PE de Fotografia

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entrevista Carlos Leite

A IDEIA É REINVENTAR por Renata Farache

Há 15 anos estudando desenvolvimento sustentável urbano e percorrendo o mundo conhecendo personagens e cidades que se reinventaram, o arquiteto e urbanista Carlos Leite é um apaixonado pelo que faz. Mestre e doutor pela Universidade de São Paulo – USP, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do recém-lançado livro Cidades Inteligentes, Cidades Sustentáveis, Leite diz à revista Construir Nordeste que, na perspectiva de um planeta com população cada vez mais urbana, dando origem às megacidades, é preciso criar novos modelos de sustentabilidade urbana e afirma que as cidades, no século 21, são o elemento-chave para o desenvolvimento sustentável global. O que são cidades sustentáveis? Existem atualmente no mundo diversos exemplos de cidades autoproclamadas ou indicadas por especialistas como sustentáveis. As ações que defendem esses exemplos variam muito de acordo com as características das metrópoles e com o foco dos responsáveis pelos projetos. Com relação ao direcionamento dos executores das iniciativas, dois grupos se destacam. No primeiro, o foco são aspectos sociais para promoção da sustentabilidade urbana, como governança local, mudanças de comportamento e atitudes, revisão dos objetivos do

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planejamento do uso do solo, entre outros. Uma vez que muitas tecnologias que visam ao grande desempenho em aspectos da sustentabilidade ainda têm altos custos, impedindo sua utilização, a alternativa passa a ser a realização de ações visando eficiência por redução de consumo e desperdício, apoio a serviços com baixas emissões de carbono e revitalização urbana, promovendo a valorização do espaço público. A outra opção, investe em tecnologia de ponta alinhada com o conceito de smart sustainable city. São usados equipamentos e sistemas modernos para

que a cidade, especialmente nos setores de energia, mobilidade e gestão de resíduos, possam alcançar altos índices de desempenho em aspectos como emissões de gases de efeito estufa e destinação de resíduos. O senhor pode citar exemplos? Copenhague é considerada uma das cidades mais sustentáveis do mundo basicamente por conta da ativa participação de toda a sociedade, incluindo-se o fato de 37% da população locomover-se por bicicleta e o transporte público utilizar bateria, e não combustível; 51% da comida


entrevista consumida nos órgãos públicos municipais é orgânica. Portland, Curitiba e Bogotá são frequentemente colocadas entre as cidades mais sustentáveis em termos de mudanças significativas que a sociedade vem alavancando. Já Masdar, nos Emirados Árabes Unidos, está sendo planejada no meio do deserto para abrigar 45 mil moradores e 45 mil trabalhadores. O objetivo é a emissão nula de gases de efeito estufa e o reaproveitamento total dos resíduos gerados. A base para o alcance dessas metas é o uso massivo de tecnologia de ponta no planejamento da região, na geração de energia, na mobilidade e nas construções. O alto desempenho da cidade é contrabalançado pela dificuldade de replicação do modelo, pelos seus custos e pela dificuldade de encontro das condições necessárias para sua realização. A China também está desenvolvendo a sua cidade eco-friendly-high-tech, Dongtan. Então, uma cidade sustentável não é necessariamente uma cidade inteligente? Não necessariamente. Considero que uma cidade sustentável completa contempla oito grandes temas: Planejamento e Ordenamento Territorial; Questões Ambientais; Segurança e Inclusão; Habitação, Serviços e Equipamentos; Mobilidade; Construções e Infraestruturas Sustentáveis; Governança e Oportunidades. No tema Governança, inclui-se a questão cada vez mais importante das cidades inteligentes (smart cities). E um pacote de gestão com parâmetros de smart cities é muito desejável, mas isso por si só não faz uma cidade sustentável. O senhor afirma que o desenvolvimento urbano sustentável impõe o desafio de refazer as metrópoles contemporâneas, e não ocupar áreas distantes. Por quê? Refazer a cidade ao invés de substituí-la é um fundamental parâmetro

no desenvolvimento sustentável urbano. Nesse sentido, fazê-la se reinventar, fazê-la mais compacta, de modo qualificado junto das infraestruturas existentes é muito mais desejável do que expandir. Novas territorialidades são alternativas válidas como exceção, e não como a regra. É preciso buscar novos modelos de funcionamento, gestão e crescimento diferentes daqueles praticados principalmente no século 20, de “expansão com esgotamento”. A opção pelos parâmetros de cidades com grande densidade tem sido consenso internacional: o modelo de desenvolvimento urbano que otimiza o uso das infraestruturas urbanas — eficiência energética, melhor

A capacidade de inovação se traduz na competitividade e prosperidade uso das águas e redução da poluição — promove relativamente altas densidades de modo qualificado, com adequado e planejado uso misto do solo, misturando as funções urbanas (habitação, comércio e serviços). Esse modelo é baseado num sistema de mobilidade urbana que conecte os núcleos adensados em rede, promovendo maior eficiência nos transportes públicos e gerando um desenho urbano que encoraje a caminhada e o ciclismo, além de novos formatos de carros (compactos, urbanos e de uso como serviço avançado). A população residente tem mais oportunidades para interação social, bem como uma melhor sensação de segurança pública, uma vez que se estabelece melhor o senso de comunidade — proximidade, usos mistos, calçadas e espaços de uso coletivo

vivos — que induz à sociodiversidade territorial — uso democrático do espaço por diversos grupos de cidadãos. Metrópoles com bons sistemas de transporte público e que têm evitado o seu crescimento desmedido apresentam menores níveis de emissões de gases estufa por pessoa do que cidades que não têm. Cingapura, por exemplo, tem um quinto da população de carros per capita em comparação com cidades de outros países de elevado rendimento, mas também uma maior renda per capita. A maior parte das cidades europeias que têm altas densidades possui centros onde andar a pé e de bicicleta são meios de locomoção preferidos por grande parte da população. Um olhar mais atento para os fatores específicos que contribuem para a eficiência de carbono revela a dinâmica de como um determinado território compacto pode apresentar melhores indicadores ambientais, seja no meio rural, seja no modelo dos subúrbios. Dois fatores decisivos são a otimização dos recursos consumidos na cidade, incluindo a redução do consumo de energia associado a edifícios — aproveita-se a infraestrutura geral quando se tem concentrações edificadas — e transportes: territórios compactos geram maiores níveis de acessibilidade e permitem a redução da intensidade de viagens. Se nesse modelo de cidade compacta promovem-se densidades qualificadas — com uso misto do solo e multicentralidade ligadas por uma eficiente rede de mobilidade (transportes públicos eficientes, ciclovias e áreas adequadas ao pedestre) —, têm-se os ingredientes básicos para uma cidade sustentável. Finalmente, lembre-se de que qualquer cidade sustentável se desenvolve a partir de uma adequada, amigável e ponderada ligação entre o ambiente construído e a geografia natural. É fundamental respeitar as características geográficas do território e promover uma boa relação com as águas e as áreas verdes.

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entrevista Por que as megacidades — densas, vivas e diversificadas nas áreas centrais — propiciam novas oportunidades de crescimento, gerando inovação e conhecimento? As metrópoles são o locus da diversidade — da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E diversidade gera inovação. As maiores cidades do Hemisfério Norte descobriram isso há alguns anos e têm se beneficiado enormemente desse diferencial — inclusive com atração de investimentos — e promovido seus projetos de regeneração através de políticas de inovação. Centros urbanos diversificados, em termos de população e usos, com empresas ligadas à nova economia, têm se configurado nas novas oportunidades de inovação urbana em áreas anteriormente abandonadas. É o caso dos projetos Barcelona 22@ e San Francisco Mission Bay e de diversas áreas em Nova York, Boston e Londres. A capacidade de inovação se traduz em competitividade e prosperidade. Alguns parâmetros são fundamentais: presença da nova economia, sistema de mobilidade inteligente, ambientes criativos, recursos humanos de talento, habitação acessível e e-governance. Qual é a importância do Poder Público e da sociedade para a regeneração urbana sustentável? É preciso serviços de governo mais inteligentes, ágeis, transparentes e eficientes, através de compartilhamento de informações (transporte, energia, saúde, segurança pública e educação). Mas cada vez mais se busca ir além dos governos e construir novas instâncias de governança junto à sociedade civil organizada. Como exemplo temos o movimento Bogotá Cómo Vamos, que ajudou muito na reinvenção da capital. Aqui no País se replica atualmente com os movimentos da Rede Social Brasileira Cidades Justas e Sustentáveis, composta por organizações apartidárias e inter-religiosas. Na essência, uma

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cidade sustentável e inteligente pressupõe sempre cidadãos partícipes. É a chamada cidade para as pessoas — e não para os carros, não para os condomínios fechados e distantes, não para a exclusão, etc. Nesse sentido, cidadãos em cidades mais conectadas, onde a TIC seja low tech e low cost é o ideal. É preciso observar que a gestão local dos prefeitos nunca foi tão importante — e a crescente importância das cidades sustentáveis só vem corroborar a cobrança sobre maior competência e menos corrupção de nossos políticos, que devem, no ideal, ser grandes Gestores de Cidades, como em Bogotá, Barcelona, Copenhague e Nova York. Uma boa iniciativa foi a de ACM Neto, que acaba de anunciar a Secretaria da Cidade Sustentável em Salvador. E o papel dos setores da construção civil e imobiliário? Dois setores extremamente relevantes para o desenvolvimento urbano sustentável são o da construção civil e o do mercado imobiliário. É fundamental que eles busquem se reinventar para caminhar para modelos mais sustentáveis. Essa busca engloba a construção e adoção de sistemas de indicadores de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva: incorporação, desenvolvimento imobiliário, projeto, construção e uso/manutenção das edificações na cidade. E passa, sobretudo, pelo enorme desafio de verdadeiramente se reinventar o modelo. A construção civil no País urge adotar, não como exceção, mas como regra, sistemas industrializados de construção, transformando obras em montagens, mais limpas, rápidas e eficientes. Vale para as obras edificadas em geral e é fundamental para a promoção de habitação coletiva em larga escala. É notório que o Brasil atual pode em poucos anos vencer seu ainda enorme déficit habitacional (algo em torno de 7 milhões de unidades em 2010), desde que adote sistemas inteligentes de construção habitacional

industrializada, pré-moldada, com tecnologias recentes e mão de obra qualificada. Ou seja, é possível e desejável que se busque parâmetros de um design massivo para resolver rapidamente e com soluções de design e arquitetura de qualidade. Quanto ao mercado imobiliário, está evidente que o setor precisa aproveitar a oportunidade do boom atual e alavancar uma reinvenção de seus modelos de incorporação. A sociedade anseia pelo resgate de modelos imobiliários — seja residencial, seja comercial e de serviços — que construam cidades de verdade, menos estanques, com a desejável sociodiversidade territorial. Se a classe média brasileira viaja para o exterior para apreciar a qualidade da vida urbana de cidades que possuem ampla sociodiversidade territorial, como Barcelona, Paris, Londres, Nova York, São Francisco ou Vancouver, é dever do setor imobiliário promover o mesmo por aqui: menos condomínios residenciais fechados e distantes entremeados por imensos shopping centers fechados e mais vida urbana, como se tem em bairros valorizados e queridos, como Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro, e Higienópolis ou Vila Madalena, em São Paulo. Um agente fundamental para a promoção da sustentabilidade nas cidades é o indivíduo presente no setor da construção, por seu papel como planejador, construtor e, por vezes, gestor de espaços urbanos. Daí a necessidade de suas empresas se alinharem com os princípios da sustentabilidade. O senhor acredita que o futuro será de cidades inteligentes, cidades sustentáveis? Totalmente. Vivemos o Século das Cidades. É nelas que o planeta tão populoso está cada vez mais escolhendo viver, é nelas que se gera inovação e vida inteligente. As cidades, no século 21, são o elemento-chave para o desenvolvimento sustentável global.


boas práticas

ISO 14001 e a sustentabilidade planejada Construtora apresenta projetos ambientais, sociais, de segurança e saúde e conquista o ISO 14001 por Patrícia Felix

ustentabilidade é a nova ordem nos canteiros de obras de todo o mundo. Reduzir a produção de resíduos e os impactos ambientais na construção civil significa economia e credibilidade numa sociedade que amplia e fortalece seus conceitos sobre o cuidado com o meio ambiente. Pensando nisso, a Pernambuco Construtora aplicou uma série de novas ações nas suas frentes de trabalho e acaba de conquistar mais um certificado de excelência, o ISO 14001. Para receber esse certificado, a Pernambuco Construtora precisou mapear todos os aspectos ambientais inerentes às suas atividades e padronizar ações e rotinas de controle, minimizando, assim, os impactos ambientais. “Foram mais de 50 serviços, envolvendo a parte de obras, área técnica e escritório”, explica a gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional da empresa, Maria Carolina Valente. De acordo com ela, muitas ações ambientais já eram realizadas antes do processo de certificação, mas foram necessárias três ações para que tudo ficasse de acordo com as normas do ISO. Agora, com o 14001 e já tendo obtido o ISO 9001 (qualidade) e o OHSAS 18001 (segurança e saúde ocupacional), a Pernambuco Construtora passa a introduzir em suas ações o Sistema de Gestão Integrada (SGI). Reduzindo os impactos das obras nas comunidades, o atestado traz melhorias no uso consciente dos recursos naturais, diminuindo o consumo de água e energia; a destinação correta dos resíduos produzidos nas obras e no

foto: MARCELLO FURTADO

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Maria Carolina Valente, gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional da Pernambuco Construtora, foi uma das responsáveis pelas ações que resultaram na conquista do certificado

escritório, reaproveitando materiais; e o cumprimento da legislação ambiental vigente. Além de ações ambientais, a Pernambuco Construtora adotou iniciativas sociais, de segurança e saúde para os seus funcionários. São atividades como ginástica laboral, campanha de vacinação antitetânica e antigripal e convênio com academias de ginástica. Associados a isso estão os programas de inclusão e capacitação com o incentivo aos estudos, a

biblioteca na obra, a contratação de portadores de deficiência e jovens aprendizes e o contato prévio com a vizinhança para a instalação do canteiro de obras. Carolina Valente destaca a importância do contato com a comunidade localizada nos arredores da obra. Ela diz que essa preocupação veio com o processo.“O nosso olhar para fora do canteiro mudou. Hoje, nós nos preocupamos com o entorno da obra, com a vizinhança, que mudará sua rotina a partir dela”, ressalta.

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CAPA – Caderno VIDA SUSTENTÁVEL

Edifício Ecológico leva coleta seletiva a prédios comerciais e residenciais Projeto auxilia na preservação do meio ambiente ao destinar para reciclagem o lixo produzido por famílias e trabalhadores nos edifícios das grandes cidades por Daniel Vilarouca

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Mark Burr, urbanista e ambientalista, é coordenador da ONG Ambiental 21 responsável por sensibilizar empresários e síndicos para a importância da coleta seletiva e implantação do projeto Edifício Ecológico

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ocê já parou para pensar na quantidade de lixo que uma única família pode produzir em um ano e o destino que é dado a esses resíduos? Ao se fazer essa mesma pergunta, o urbanista e antropólogo Mark Burr iniciou um estudo que deu origem ao projeto Edifício Ecológico, que leva a coleta seletiva a prédios da Região Metropolitana do Recife e de Maceió. O objetivo é melhorar as condições de vida de catadores e reduzir impactos ambientais. ”Em um ano, uma família produz uma quantidade de lixo equivalente ao peso de um elefante. Multiplique isso pelas várias famílias que moram em um edifício e, depois, pela quantidade de prédios comerciais e residenciais que existem nas grandes cidades. É um número preocupante. Principalmente quando a maioria das pessoas não sabe

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que mais da metade desse lixo pode ser reciclado e, com isso, acaba jogando seus resíduos em qualquer lugar e de forma desordenada“, afirma Mark Burr, coordenador da ONG Ambiental 21. A organização é responsável por sensibilizar síndicos e empresários para a importância da coleta seletiva e implantar o projeto Edifício Ecológico nos prédios. O sistema é simples e barato. Consiste, basicamente, na conscientização de moradores e pessoas que utilizam aquele espaço para que destinem corretamente os resíduos produzidos por eles. Mark explica que todo o projeto pode ser implantado em uma semana e o único custo é com a aquisição de recipientes para a separação correta do lixo e a sinalização dos ambientes. ”Nós vamos até o edifício para uma

conversa com os moradores sobre coleta seletiva e a destinação dos resíduos. Depois, vamos de porta em porta ratificando o que foi conversado coletivamente. Fazemos a instalação dos recipientes coletores, a sinalização e um acompanhamento por três meses”, explica o urbanista. Por fim, a Ambiental 21 ainda estabelece contato entre um catador ou associação de recicladores para que fique responsável pela coleta do lixo naquele edifício que acabou de receber o projeto. Com isso, o catador pode incrementar a sua renda mensal a partir da venda dos resíduos recicláveis. Segundo Mark Burr, a ONG procura um catador ou associação de recicladores que já atua com a coleta seletiva no bairro. A ideia é estreitar as relações entre esses profissionais e os condôminos para que a seleção do lixo se torne mais ágil e eficaz. ”Em nosso site (www.edificioecologico.org.br), temos o depoimento de catadores que se sentem mais valorizados a partir do trabalho com o Edifício Ecológico“, comenta. Ainda há muito trabalho pela frente. Com 76 apartamentos, divididos em seis torres, o Condomínio Residencial Quinta dos Portos, no Poço da Panela, bairro nobre do Recife, acaba de implantar o projeto Edifício Ecológico. Há pouco mais de dois meses, seus moradores vêm separando o lixo de forma correta e já pensam em ampliar o sistema. ”A ideia foi apresentada por uma moradora durante a assembleia do condomínio, foi aprovada e o Mark Burr nos trouxe o projeto. Instalamos dois grupos de coletores por andar e a participação dos condôminos e funcionários


tem sido muito boa. Estamos pensando, inclusive, em levar esse sistema para a nossa caixa de lixo, pois o que sobra ainda é dispensado de forma muito desordenada“, diz Gustavo Mota, síndico do Quinta dos Portos. Além deste, pouco mais de 500 edifícios comerciais e residenciais aderiram ao projeto Edifício Ecológico nas cidades do Recife, de Jaboatão dos Guararapes, Gravatá, Camaragibe e Maceió, esta última em Alagoas e as demais em Pernambuco. Parece um bom número, mas só na Região Metropolitana do Recife existem mais de 10 mil edifícios. Por ano, a Ambiental 21 consegue implantar o sistema de coleta seletiva em 30 prédios. Uma lista com outros 200 edifícios espera para receber o projeto, mas eles carecem de recursos para a compra de coletores e instalação da sinalização. ”É um custo muito baixo, mas todos esses edifícios estão com suas contas comprometidas com a

FOTOS: INÊS CAMPELO

CAPA – Caderno VIDA SUSTENTÁVEL

A coleta do lixo nos prédios e condomínios é feita sempre por uma pessoa ou associação de catadores que já realiza a coleta seletiva no bairro. É uma maneira de valorizar o trabalho desse profissional

manutenção predial. O que não deixa reservas para um projeto como este“, argumenta Mark Burr. De acordo com ele, a ONG está em busca de parceiros para financiar o projeto. A organização se compromete a colocar a marca dos patrocinadores nas peças gráficas e nos materiais produzidos para o Edifício Ecológico. ”Imagine um supermercado patrocinando

o projeto. Seria muito interessante, até para o próprio supermercado, pois grande parte do lixo que produzimos vem de produtos que compramos nesses estabelecimentos. A empresa poderia ser pioneira no ramo ao promover a sustentabilidade e incentivar a reciclagem dos resíduos que são gerados a partir do que consumimos“, conclui o ambientalista.


fórum

Renato Leal apresentou o site do Movimento Vida Sustentável. Um espaço onde pessoas interessadas em sustentabilidade vão encontrar estudos e publicações sobre o tema

Coleta seletiva é foco de Fórum de Construção Sustentável Durante o encontro, o Movimento Vida Sustentável lançou o seu site, um espaço para diálogo e troca de experiências por Daniel Vilarouca

O

Movimento Vida Sustentável realizou, no auditório do Sinduscon-PE, o 10º Fórum Pernambucano de Construção Sustentável. A iniciativa é uma parceria do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Pernambuco, da revista Construir Nordeste e do Governo do Estado, que, mensalmente, promovem o encontro para debater projetos que trabalham a sustentabilidade. Na ocasião, também foi lançado o site do Movimento, um novo espaço onde o internauta encontrará detalhes sobre vida sustentável. Estiveram presentes ao Fórum especialistas e gestores de projetos que aplicam a sustentabilidade no dia a dia de empresas, condomínios e na construção civil, como o professor Romildo Morant, que apresentou o trabalho Propostas de Regulamento Técnico para a Redução do Desperdício na Construção Civil. Já a bióloga Olga Marinho trouxe a experiência vivida dentro da Secretaria de Administração do Estado e nas unidades do Expresso Cidadão.

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Ela e sua equipe vêm implantando a coleta seletiva em órgãos públicos e detalham os ganhos com a iniciativa. “Já conseguimos implantar o projeto em cinco unidades do Expresso Cidadão em Pernambuco e na Secretaria de Administração. Só no nono andar da Secretaria, conseguimos ter uma redução de 75% nos gastos com copos descartáveis. Em valores, isso equivale a R$ 829,44”, destacou Olga Marinho. Em meio à verticalização dos grandes centros urbanos, Mark Burr apresentou o projeto Edifício Ecológico, que promove a coleta seletiva em condomínios. O trabalho promove parcerias entre moradores de edifícios e associações de catadores. Os primeiros tratam de separar o lixo reciclável para que os catadores deem a destinação correta a esses resíduos. “Devemos praticar a coleta seletiva e reciclar o nosso lixo. Do contrário, não teremos mais onde colocar tantos dejetos. Só para se

ter ideia, uma família pequena pode produzir, em um ano, uma quantidade de lixo equivalente ao peso de um elefante”, comentou Burr. Durante o encerramento do Fórum, Renato Leal, da revista Construir Nordeste, apresentou o site do Movimento Vida Sustentável. “Eu fico feliz em dizer que as duas palavras que mais ouvimos aqui foram educação e informação, que são a chave para uma vida sustentável. Por isso, colocamos no ar, hoje, o site do nosso movimento”, disse. Segundo ele, o site é um espaço onde os internautas podem encontrar artigos, estudos, legislação, entre outros documentos que contribuirão para pesquisas e projetos de sustentabilidade. A proposta é articular uma rede de pessoas interessadas no tema. “É um site com a cara do Nordeste, mas que pretende dialogar com o Brasil e o mundo. Inclusive trazendo técnicos e especialistas de outros estados para a troca de experiências”, finalizou Renato Leal.


fórum

Sistemas de monitoramento e planejamento viabilizam Smart Cities Sistemas informatizados ajudam a prever e diagnosticar problemas em bairros planejados por Yuri Assis

O

planejamento urbano sustentável requer o uso de sistemas inteligentes que captem e analisem dados. É dessa forma que se viabiliza a existência de uma smart city, isto é, uma cidade informatizada, cujo desenvolvimento parte de uma definição estratégica. O monitoramento dos dados ajuda a traçar um perfil urbano, indicando quais as principais ações a serem tomadas com o fim de aperfeiçoar a gestão de recursos. Esta foi a temática da palestra Uso da Tecnologia e de Processos na Construção de Cidades Mais Inteligentes, apresentada pela Business Development Executive para Smarter Cities da IBM Brasil, Débora Linhares Barros. A conferência fez parte da 11ª edição do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, que ocorreu no

Sindicato da Indústria de Construção Civil de Pernambuco – Sinduscon-PE. “Montar um banco de dados auxilia na tomada de decisões, permitindo antecipar problemas e resolvê-los de forma proativa”, explica Débora Barros. “A finalidade dessas ferramentas é melhorar a coordenação de recursos, com maior gestão de controle”, destaca. A executiva ainda ressalta que o conceito smart passa pela instrumentação e pela interconexão para chegar à fase da inteligência. “É necessário prover os instrumentos que vão captar os dados e integrá-los para compor esse painel”, detalha. Dessa forma, por exemplo, pode-se diminuir o desperdício de água, localizando o fator responsável pelo mau uso. Outros itens também podem ser monitorados dessa maneira, como o tráfego e a distribuição

de energia. A implantação de um bairro inteligente incluiria a previsão de todos os fatores envolvidos em diversas situações referentes à sua estrutura. “O sistema calcularia as condições necessárias para construir o bairro de forma sustentável e com planejamento de recursos”, completa Débora. As metrópoles brasileiras devem ficar mais afeitas ao conceito smart até 2016. “Estamos recebendo uma série de eventos e empreendimentos que demandam um enquadramento nessa proposta, como, por exemplo, a expansão portuária do Recife”, pontua a executiva. “Os gestores precisam identificar quais projetos necessitam receber investimento para aproximá-los do contexto smart. Só a visão de conjunto advinda da captação de dados possibilitaria essa escolha”, finaliza. Fotos: Agência Antônio Rodrigo

Para Débora Linhares, o uso de sistemas inteligentes diminui os gastos com a manutenção urbana e o desperdício de produtos essenciais como a água

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Economia e negócios

Sistema de cotas imobiliárias chega ao Nordeste Formato de vendas começa a se consolidar no Brasil, mas ainda esbarra na falta de planejamento do brasileiro por Rafael Sabóia

M

uito utilizado fora do Brasil e já conhecido nas regiões Sul e Centro-oeste do país, o sistema de cotas imobiliárias representa um ótimo investimento para famílias que programam suas férias. Com estrutura de resort, o comprador pode usar o imóvel em períodos específicos do ano e, quando não estiver ocupando-o, disponibilizar para locação. O primeiro empreendimento a utilizar o sistema no Nordeste fica pronto em 2015. O modelo já existe nas américas do Norte e Central, Caribe e Europa onde é conhecido como “fractional”.

O sistema de cotas imobiliárias é considerado inteligente, pois possibilita a compra, a baixo custo, de um imóvel num empreendimento de luxo com a estrutura e comodidades de um resort. Isso porque o valor do apartamento será fracionado entre os diferentes cotistas que irão utilizar o espaço em momentos distintos do ano. Ou seja, no sistema “fractional”, o mesmo imóvel será vendido a mais de uma pessoa. Com isso, o custo para adquirir o apartamento cai, uma vez que o valor total do espaço será dividido e proporcionalizado à quantidade de

vezes que o novo proprietário utilizar o imóvel. É daí que deriva a expressão “cotistas” usada no Brasil para definir o sistema, pois cada pessoa assume uma cota na compra do apartamento. Cada cota compreende o período mínimo de cinco semanas que podem ser distribuídas, ao longo do ano, da maneira que o comprador desejar. Cada comprador pode adquirir uma ou mais cotas. Desta forma, um casal pode comprar as cotas dos meses de janeiro e julho, por exemplo, e aproveitar, em família, as férias escolares dos filhos.

Construído em Pitimbú, litoral paraibano, o resort Collina Del Mare fica pronto em 2015 e será inteiramente comercializado no sistema de cotas imobiliárias

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Economia e negócios As semanas não precisam ser seguidas, como no caso citado. Elas podem ser distribuídas aleatoriamente durante o ano, desde que não se choquem com as datas escolhidas por outra pessoa que já tenha adquirida estas cotas. A ideia é oferecer momentos de conforto e lazer aos compradores de forma perpétua, uma vez que quitada a cota, o comprador recebe uma escritura pública autônoma do imóvel. Logo, fica registrado, no cartório da cidade onde o empreendimento está instalado, que o apartamento é do seu comprador pelo resto da vida. Especificamente, naquele período do ano que escolheu.

Paraíba recebe o primeiro sistema de cotas do NE O primeiro empreendimento a usar o sistema de cotas imobiliárias no Nordeste será construído em Pitimbú, no litoral paraibano. A iniciativa é da incorporadora CCTM (Consultoria, Comercialização, Treinamento, Marketing em Hotelaria, Turismo e Imobiliária) que entregará o resort Collina Del Mare em 2015.

pelo comprador. “Você paga uma taxa referente apenas ao tempo em que ocupa o imóvel”, diz. Segundo ele, com o empreendimento pronto, todos os serviços de manutenção passam a ser administrados por uma empresa que terceiriza os funcionários e cuida para dar ao local o luxo e o conforto de um resort. Com isso, a “taxa de manutenção” pode variar entre R$ 120 e R$ 150, a depender também do tamanho do imóvel. De acordo com Guilherme Pessoa, a CCTM escolheu o Nordeste para instalar seu mais novo empreendimento por ser uma região em franca expansão e que atrai investimentos nas áreas turísticas e imobiliárias, especialmente no tocante a lazer e férias. Ele conta que muitos clientes de outras regiões do país já têm demonstrado interesse no Collina Del Mare. “O nosso público alvo é composto por famílias com filhos cujos pais estejam na idade compreendida entre os 28 e 55 anos, que procuram oferecer aos seus amigos e familiares um resort de luxo, com serviços hoteleiros completos e que atenda os desejos de lazer de todas as idades do grupo familiar”, exemplifica.

“A venda dos imóveis já inicia no primeiro semestre de 2013”, adianta o gerente comercial da empresa, Guilherme Pessoa. Segundo ele, investir num sistema de cotas é mais vantajoso ao comprar uma segunda residência porque não envolve altos valores na negociação, nem compromete o orçamento familiar. “Dependendo do empreendimento e do tamanho do imóvel, o valor de um apartamento no sistema de cotas varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Diferentemente, de um que não seja vendido a partir deste modelo, que pode custar quatro vezes mais”, explica o gerente. “Sem contar que, no sistema de cotas, o comprador ainda dispõe de todo o conforto e comodidade de um resort”, completa. Guilherme Pessoa se refere aos serviços de hotelaria prestados dentro do resort. São camareiras, arrumadeiras, manobristas, recepcionistas, entre outros profissionais que ajudam na manutenção do local. Estas equipes são mantidas a partir de uma espécie de “taxa de condomínio” que também é fracionada com base na quantidade de cotas adquiridas

O brasileiro ainda não planeja suas férias

foto: ricardo lins

Guilherme Pessoa, gerente comercial da CCTM, garante que aderir ao sistema de cotas é mais econômico e vantajoso ao comprar uma segunda residência

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A funcionária pública do Rio de Janeiro, Deise Pacheco, comprou uma cota imobiliária no resort Le Jardim Suítes, localizado em Caldas Novas, no estado de Goiás. Este é mais um dos empreendimentos da CCTM que possui ainda o Marina Flat & Náutica, o Mirante da Serra e o Atrium Thermas Residence. “Descobri que existia esse tipo de sistema quando visitava Caldas Novas. Então, conheci o Le Jardim e achei um ótimo negócio a se fazer, pois há a possibilidade de retorno financeiro. Minha última estada lá foi em outubro e tenho direito a voltar em março, mas como não poderei ir, vou deixar para locação”, lembra Deise Pacheco. Para Eduardo Moura, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco


Economia e negócios (ADEMI-PE), o sistema de cotas amplia o mercado imobiliário e é um formato que deu certo na Europa e agora se consolida no Brasil. “O sistema beneficia a quem não pretende ter um empreendimento que custe caro, sem usá-lo constantemente. Com as cotas, o consumidor poderá comprar uma residência, com um preço bem mais acessível a ele, na qual irá escolher quando pretende desfrutar”, afirma. Moura aponta a barreira cultural como uma das razões para que o sistema de cotas ainda não seja tão conhecido entre os brasileiros. “O grande problema do brasileiro é a falta de planejamento. Nós ainda não sabemos programar nossas férias ou quando teremos momentos de ócio. Isso não ocorre com os Europeus que já sabem sua programação pré-estabelecida. Talvez, essa ainda seja uma barreira cultural que nós, latino-americanos, temos. Um sistema tão positivo, como é o de cotas, não pode ficar desconhecido”, conclui.

As vantagens de investir num empreendimento através do sistema de cotas imobiliárias: Baixo valor de investimento Ao término da obra, uma administradora cuidará do imóvel Baixo custo de manutenção, pois o valor é dividido entre os proprietários/cotistas A cota pode ser adquirida diante da necessidade de lazer e férias da família Gerenciamento hoteleiro com padrão de serviço e qualidade Apartamento entregue totalmente mobiliado, equipado e decorado. Incluindo enxoval de cama, mesa e banho Possibilidade de intercâmbio com outras cidades e países que adotam o sistema de cotas imobiliárias Patrimônio familiar Escritura autônoma de propriedade registrada em cartório Perpetuidade Herdável Retorno financeiro, pois quando não estiver ocupando o imóvel, o proprietário pode disponibilizá-lo para locação Garantia de férias confortáveis para o resto da vida


Construir economia

EUA, Brasil e China: a quais reflexões nos leva o atual momento desses mercados imobiliários? Mônica Mercês*

E

clodiu, há apenas quatro anos, a crise imobiliária nos EUA, assombrando o mundo e revelando as fragilidades da economia americana, dada a propagação pelo seu mercado financeiro. De lá para cá, muita coisa mudou. E mudou principalmente no Brasil, que, diferentemente dos EUA, vivenciou os efeitos de um mercado imobiliário aquecido depois de décadas de total contração. Estatísticas recentes (até setembro/12) mostram que o movimento de recuperação da indústria imobiliária americana sinaliza dias melhores à frente. A aposta dos analistas é que tal trajetória de crescimento seja consistente, muito embora eles estimem que seu impacto no conjunto da economia da era Obama não será percebido tão cedo. Os números do Escritório do Censo dos EUA/Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano apontam uma expansão de 35% do número de unidades de construções iniciadas, no comparativo setembro/12 com setembro/11, e de 15% no mensal (setembro/12 com agosto/12), sendo este o melhor resultado dos últimos quatro anos, surpreendendo os observadores de plantão. Quando se observa o ritmo dos últimos seis meses desse indicador com o dos seis meses imediatamente anteriores, a expansão atinge 9%. Mas o que mostra a volta do “apetite” do mercado imobiliário americano é a análise conjunta desses números de construções iniciadas com os de autorizações para construir. Estes últimos, de setembro/11 para setembro/12, aumentaram 45% e, no comparativo dos últimos seis meses com os seis meses imediatamente anteriores, cresceram

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| DEZEMBRO 2012

12%. Na última observação mensal divulgada (setembro/12 – agosto/12), a expansão acompanha essa mesma média (12%). Sabe-se que um mercado saudável vive do presente, mas principalmente de suas expectativas futuras, e ao que parece estas são positivas por lá. Também é interessante ressaltar a queda nos estoques de unidades que estavam no mercado americano, sendo grande parte fruto de distratos dos clientes que não conseguiram honrar seus financiamentos. Isso oxigena o novo mercado, além de já se verificar que os bancos retornaram à concessão dos financiamentos à produção.

Como num jogo de xadrez, é importante refletir muito e planejar antes de dar os próximos passos Essas notícias chegam num momento em que uma parte das grandes empresas do mercado imobiliário brasileiro de capital aberto anunciou desempenhos negativos no acumulado do ano, no período de janeiro a setembro/12, contra igual intervalo em 2011, nos indicadores de lançamentos e vendas contratadas. Mas vale ressaltar que algumas outras seguem crescendo de forma estruturada e consistente,

demonstrando que esse mercado, como outros, é soberano, mas, indiscutivelmente, caprichoso. Então, atenção a ele! Como num jogo de xadrez, é importante refletir muito e planejar antes de dar os próximos passos. As várias informações e/ou evidências do momento atual, quer seja do mercado imobiliário nacional, quer do internacional, devem ser correlacionadas com variáveis outras que interferem nos exercícios de projeção futura. Se hoje trago as estatísticas imobiliárias americanas positivas, chamo a atenção para o nosso momento, para a economia brasileira numa fase de juros mais baixos. Recomendo observar a dinâmica recente de outros mercados, Europa e China. Este último enfrenta um problema que se traduz em 64 milhões de imóveis vazios, em seus mais variados segmentos (casas, apartamentos, escritórios, shoppings), resultado da grande expansão do crédito no país e do enorme investimento na atividade. Segundo especialistas no mercado chinês, o estouro da temida bolha imobiliária se avizinha. Como já assistimos a esse filme há quatro anos e não gostamos, certamente, não há o mínimo desejo em assisti-lo novamente.

*Mônica Mercês é economista e assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da Diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário – QGDI.



Custo Unitário Básico – Cub

NOVEMBRO de 2012

O

s valores ao abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção – CUB/ m², calculados de acordo com a Lei Federal nº 4.591, de 16/12/64, e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Esses custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006. Na formação desses custos unitários básicos, não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores,

Projetos

Padrão De Acabamento

Projetos-Padrões

bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, entre outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais; projetos arquitetônicos, estrutural, de instalação, especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador. Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de: 1 a 23 de setembro de 2012. A partir de fevereiro de 2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721:2006, adotamos o projeto-padrão R-16-N como o novo CUB Padrão do Sinduscon/PE e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam esse CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses. Variação Percentual R$/ m² Mensal

Acumulado No Ano

Acum. Em 12 Meses

RESIDENCIAIS R-1 (Residência Unifamiliar)

PP-4 (Prédio Popular)

R-8 (Residência Multifamiliar)

R-16 (Residência Multifamiliar)

Baixo

1.089,70

0,26%

10,13%

10,14%

Normal

1.322,72

0,20%

10,34%

10,37%

Alto

1.680,97

0,20%

9,47%

9,49%

Baixo

997,38

0,36%

7,98%

8,13%

Normal

1.246,45

0,28%

10,52%

10,71%

Baixo

943,12

0,39%

7,95%

8,16%

Normal

1.064,61

0,28%

9,38%

9,60%

Alto

1.351,61

0,32%

9,61%

9,81%

Normal

1.038,34

0,31%

9,21%

9,45%

Alto

1.337,67

0,31%

9,06%

9,39%

716,10

0,36%

9,04%

8,91%

1.029,09

0,22%

8,31%

8,31%

1.204,78

0,35%

9,51%

9,80% 10,15%

PIS (Projeto de Interesse Social) RP1Q (Residência Popular) COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres)

Normal Alto

1.323,07

0,37%

9,95%

CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)

Normal

1.023,35

0,30%

9,37%

9,67%

Alto

1.153,55

0,30%

10,07%

10,20%

CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)

Normal

1.362,83

0,32%

9,15%

9,46%

Alto

1.535,91

0,32%

9,87%

10,01%

575,94

0,35%

7,61%

7,75%

GI (Galpão Industrial)



INDICADORES IVV

Vendas de imóveis comerciais aquecidas na região metropolitana do Recife Danyelle Monteiro*

C

om a crescente instalação de novas empresas em Pernambuco — além das que estão ampliando sua capacidade produtiva (cerca de 472 projetos apresentados à Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – Ad Diper, entre 2007 e 2011), gerando mais emprego e renda —, o efeito multiplicador na economia não tardou a aparecer, e o setor imobiliário, mais especificamente as empresas que trabalham com imóveis comerciais, já vem contribuindo com um índice de velocidade de vendas mais robusto nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto o ano de 2008 registrou 318 vendas na Região Metropolitana do Recife – RMR, em 2011 o resultado mais que triplicou, registrando 1.184 vendas de imóveis comerciais na região. No acumulado de 2012, de janeiro a outubro, já foram comercializadas 874 unidades, espalhadas entre os bairros de Casa Amarela, da Boa Vista, do Paiva, do Espinheiro, de Boa Viagem, da Ilha do Leite, do Pina e do Cabo. Ao realizarmos o cruzamento entre os bairros de localização desses imóveis e a área em metro quadrado, as estatísticas apontam que, nos anos de 2008, 2009 e 2010, a maior parte dos imóveis comerciais possuíam área entre 35 e 50 m², enquanto nos anos de 2011 e 2012 (de janeiro a outubro) o destaque foram aqueles com área entre 20 e 35 m². No tocante à localização desses imóveis comerciais vendidos anualmente, os bairros de Boa Viagem, do Pina e de Casa Amarela sobressaíram no intervalo de 2008 a outubro de 2012, conforme nos mostra a Tabela I. Quando analisamos o total das vendas de imóveis comerciais na RMR no período em questão por todas as faixas de metro quadrado, predominaram as vendas de imóveis com área entre 35 e 50 m² (39,2% das vendas) e aqueles com área entre 20 e 35 m² (31,3% do total). Outro número que se destacou foi o do percentual de vendas de imóveis comerciais

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| DEZEMBRO 2012

maiores, com área de 80 m² ou mais (18,1%), seguidos pelos imóveis com área entre 50 e 65 m² (7,5% das vendas). Pela continuidade do crescimento da economia pernambucana e pelos investimentos que diariamente chegam ao Estado, só nos resta aguardar as

próximas estatísticas apresentadas pela Pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas – IVV, da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, para acompanharmos o rebatimento desses investimentos no setor imobiliário da região.

GRÁFICO I - TOTAL DAS VENDAS EM VALORES ABSOLUTOS – DE 2008 A 2012*

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

TABELA I – PERCENTUAL DE VENDAS DOS BAIRROS DESTAQUES – DE 2008 A 2012*

BAIRRO-DESTAQUE

2008

2009

2010

2011

2012

Boa Viagem

Boa Viagem

Pina

Boa Viagem

Casa Amarela

PARTICIPAÇÃO (%) NO TOTAL

71,4

43,4

55,9

51,3

26,3

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

TABELA II - TOTAL DAS VENDAS DE IMÓVEIS COMERCIAIS POR FAIXAS DE M² - DE 2008 A 2012*

Faixas em m²

2008

2009

2010

2011

2012 0

Total 89

% de vendas por faixas

Até 20 m²

0

0

0

89

20-35 m²

33

29

62

443

459

1.026

31,3

2,7

35-50 m²

267

157

302

218

341

1.285

39,2

50-65 m²

6

32

146

30

32

246

7,5

65-80 m²

0

0

11

17

7

35

1,1

80 m² ou +

12

61

98

387

35

593

18,1

Total

318

279

619

1.184

874

3.274

100,0

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

*Economista, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pernambuco – Corecon-PE, atua na Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.



insumos NOVEMBRO-2012 - Cotação no período de 01 a 23-08-2012. Esta seção contém a listagem de preços unitários de insumos para construção civil. Responsabilidade técnica do engenheiro Clelio Fonseca de Morais (CREA nº 041752. Titular da CM-Assessoria de Obras Ltda.) Fone: (81) 3236.2354 - 9108.1206 | cleliomorais.custodeobras@gmail.com | www.cleliomorais.com.br Assinantes da Revista Construir Nordeste têm desconto de 50% sobre o preço da assinatura anual da lista de preços de serviços, contendo a listagem resumida de preços unitários (com preços unitários de materiais e mão de obra separados); um quadro com diversos indicadores econômicos e setoriais dos últimos 13 meses, e mais outras informações interessantes para o setor.

AGLOMERANTES Cal hidratado Calforte Narduk Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg) Cimento Portland

kg

0,59

sc

5,85

kg

0,410

Cimento Portland (saco c/ 50 kg)

sc

20,71

Cimento branco específico Narduk Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg) Gesso em pó de fundição (rápido) Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg) Gesso em pó para revestimento (lento) Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg) Gesso Cola

kg

1,02

sc

40,99

Gesso Cola (saco com 5kg)

kg

0,39

sc

15,71

kg

0,31

sc

12,50

kg

1,27

sc

6,33

un

1,55

un

1,75

un

2,07

ARTEFATOS DE CIMENTO Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa) Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's aberta 60x40x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's fechada 60x40x50cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x50x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x45x60cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's fechada 70x45x60cm Elemento vazado de cimento AcinolCB2/L com 19x19x15cm Elemento vazado de cimento AcinolCB6/L/Veneziano 25x25x8cm Elemento vazado de cimento AcinolCB7/L/Colmeia com 25x25x10cm Elemento vazado de cimento AcinolCB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2 Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2) Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1

94 |

| DEZEMBRO 2012

un

2,40

un

3,05

un

56,33

un

71,97

un

74,83

un

86,33

un

73,00

un

2,80

un

4,20

un

4,90

un

4,20

m2

15,13

m2

16,10

un

15,50

m

8,17

m2

28,00

m2

30,50

m2

32,67

m2

35,50

m2

33,67

m2

37,33

m2

31,83

Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1 Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2 Verga de concreto armado de 10x10cm Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m

35,68

m

55,25

m

105,30

m

154,60

m

230,00

m

45,00

m

56,15

m

73,00

m

106,00

m

187,25

m

249,50

m

469,00

m

12,45

m

8,13

m

8,72

m

7,32

m

7,91

m

7,38

m

12,97

m

7,62

m

14,53

m

8,12

m

8,91

ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit

un

79,02

un

142,95

un

257,17

un

4,62

un

4,62

un

49,90

un

49,90

un

34,07

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit

un

46,90

un

54,42

un

62,87

un

39,50

un

49,70

36,67 23,33

Barro para jardim

m3

32,50

Pó de pedra

m3

43,33

Brita 12

m3

75,00

Brita 19

m3

75,00

Brita 25

m3

73,33

Brita 38

m3

66,67

Brita 50

m3

63,33

Brita 75

m3

64,00

Pedra rachão

m3

49,33

Paralelepípedo

un

0,38

Meio fio de pedra granítica

m

8,50

ARGAMASSA PRONTA

626,55 7,01

456,09

39,13

m3

un

203,93

un

33,63

Barro para aterro

un

un

un un

45,00

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit

52,23

m3

27,92

254,74

46,08

Saibro

m

un

un un

42,50

557,78

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit

38,80

m3

un

239,94

32,63

un

m3

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit

220,99

un

un

Areia grossa

19,12

un

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit

28,06

Areia fina

m

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit

186,39

un

79,90

504,33

163,72

un

un

un

126,18

un

162,96

AGREGADOS

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit

un

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit

115,55

un

59,50

12,60

34,07

un

69,70

m

un

12,86

un

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit

34,07

12,48

un

un

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg) Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg) Massa para alvenaria (saco 40kg) Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg) Reboco externo pronto (saco 20kg)

un

un

sc

5,47

kg

0,27

sc

10,08

kg

0,51

sc

21,93

sc

23,21

sc

12,22

sc

4,59

sc

6,02

Rejunte aditivado interno (saco 40kg)

sc

47,06

Rejunte aditivado interno Narduk Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg)

kg

1,18

sc

57,14


insumos Rejunte aditivado flexível externo Narduk

kg

1,43

Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm

kg kg

5,70 5,79

Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm

kg

6,47

Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm

kg

6,83

Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm

kg

Arame recozido 18 BWG preto Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm rolo com 250m Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm rolo com 400m Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm rolo com 250m Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm rolo com 500m

kg

Bóia para bomba com 20 amperes

86,13

un

Adaptador de 2.1/2"x1.1/2"

un

56,07

un

68,37

un

245,33

8,19

un

17,67

6,67

Esguicho Jato sólido de 1.1/2"

un

54,33

Extintor de água pressurizada 10 litros

un

120,00

Extintor de CO2 de 6kg

un

461,00

Extintor de pó quimico 4kg

un

96,60

Extintor de pó quimico 6kg

un

112,27

Extintor de pó quimico 8kg

un

147,33

Extintor de pó quimico 12kg Mangueira predial de 1.1/2" x 15m com união Mangueira predial de 1.1/2" x 30m com união Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m

un

179,33

un

215,00

un

403,33

un

Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m Registro Globo 45° de 2.1/2" Tampa de ferro fundido de 60x40cm "incêndio" Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado

117,42

un

187,78

un

99,75

un

185,34

un

511,67

un

546,00

un

578,67

un

773,33

un

832,00

un un

668,73 1.344,53

un

1.659,50

un

444,00

un

518,00

un

563,33

un

162,67

un

166,00

un

205,00

un

42,67

un

42,73

CARPETES Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm

m

Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial Chave Storz

BOMBAS CENTRÍFUGAS Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG Bóia para bomba com 10 amperes

Tubo de ferro galvanizado de 4" EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO

ARAMES

m2

11,23

m2

12,15

CONCRETO USINADO Concreto usinado FCK=10MPa

m3

236,50

Concreto usinado FCK=15MPa

m3

240,50

Concreto usinado FCK=15MPa bombeável

m3

261,00

Concreto usinado FCK=20 MPa

m3

256,50

Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável

m3

277,50

Concreto usinado FCK=25 MPa

m3

281,33

Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável

m3

295,00

Concreto usinado FCK=30 MPa

m3

293,00

Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável

m3

315,00

Concreto usinado FCK=35 MPa

m3

310,00

Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável

m3

332,50

Taxa de bombeamento

m3

32,50

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO Janela de alumínio com bandeira

m2

313,33

Janela de alumínio sem bandeira Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m Porta de alumínio com saia e bandeira

m2

280,00

m2

306,67

Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador)

m2

440,00

ESQUADRIAS DE FERRO

mês

87,00

Pistola finca pinos

mês

170,00

Pontalete metálico regulável (1 peça)

mês

6,33

Serra elétrica circular de bancada

mês

190,22

FERROS Ferro CA-25 de 12,5mm

kg

2,95

Ferro CA-25 de 20mm

kg

3,26

Ferro CA-25 de 25mm

kg

3,21

Ferro CA-50 de 6,3mm

kg

3,68

Ferro CA-50 de 8mm

kg

3,70

Ferro CA-50 de 10mm

kg

3,42

Ferro CA-50 de 12,5mm

kg

3,25

Ferro CA-50 de 16mm

kg

3,23

Ferro CA-50 de 20mm

kg

3,31

Ferro CA-50 de 25mm

kg

3,09

Ferro CA-50 de 32mm

kg

3,05

Ferro CA-60 de 4,2mm

kg

3,40

957,50

Ferro CA-60 de 5mm

kg

3,43

un

977,50

Ferro CA-60 de 6mm

kg

3,33

un

136,50

Ferro CA-60 de 7mm

kg

3,30

un

225,67

Ferro CA-60 de 8mm Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

kg

2,61

kg

5,59

m2

5,56

kg

5,55

m2

8,49

kg

5,50

m2

9,89

kg

5,64

m2

12,40

un

7,50

un

60,12

un

60,85

un

55,25

un

55,75

ESQUADRIAS DE MADEIRA Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera

Motor elétrico para vibrador

un

64,67

un

68,30

un

66,55

un

74,02

un

84,44

un

167,30

un

198,07

un

242,67

un

241,77

un

182,00

un

203,00

FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada

3,25

m

15,00

m

18,00

m

22,50

m

15,00

m

19,00

FERRAGENS DE PORTA un

219,25

un

154,26

un

160,26

un

185,67

un

216,00

un

45,33

un

106,33

un

55,00

EQUIPAMENTOS h

75,83

Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)

mês

12,00

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte

Betoneira elétrica de 400L sem carregador

mês

344,55

m2

283,33

Compactador CM/13 elétrico

mês

363,33

m2

326,67

Compactador CM/20 elétrico

mês

688,08

m2

510,00

Cortadora de piso elétrica

mês

411,10

m

18,37

Furadeira industrial Bosch ref. 1174

mês

201,67

Tubo de ferro preto de 4"

m

38,76

Guincho de coluna (foguete)

mês

302,33

Tubo de ferro preto de 6"

m

90,87

Tubo de ferro galvanizado de 2"

m

31,12

Mangote vibratório de 35mm

mês

78,00

GRANITOS

Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2"

m

38,98

Mangote vibratório de 45mm

mês

78,00

Granilha nº 02 (saco com 40kg)

Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4" Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 Tubo de ferro preto de 2"

un

DEZEMBRO 2012 |

un

4,31

un

4,55

un

8,74

un

81,22

un

61,11

un

60,25

un

56,31

un

46,41

un

46,41

un

73,87

un

49,67

un

54,59

un

127,63

un

101,49

un

101,49

sc

10,40

| 95


insumos Granilha nº 02 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp. Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm

kg

0,17

m

163,30

m

19,93

m

24,95

m

16,70

m2

103,08

m2

118,30

m2

124,33

m

215,77

m

30,37

m

37,00

m

25,33

m2

115,17

m2

132,75

ml

174,34

ml

23,43

ml

29,17

ml

19,67

m

4,74

m

14,88

un

46,61

1,79

55,93

Caixa de passagem em PVC de 4"x2" Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3" Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4" Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho

un

un

un

2,82

un

71,45

un

81,88

un

17,72

un

25,98

un

30,12

un

36,26

un

41,99

MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS

5,82

m

2,87

Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6")

m

4,25

un

0,30

Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9")

m

5,61

Bucha de alumínio de 3/4"

un

0,43

Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") Madeira serrada para coberta (Massaranduba) Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm

m

8,09

Bucha de alumínio de 1"

un

0,62

m3

2.379,00

Bucha de alumínio de 1.1/4"

un

0,84

Bucha de alumínio de 1.1/2"

un

1,01

Bucha de alumínio de 2" Bucha de alumínio de 2.1/2" Bucha de alumínio de 3" Arruela de alumínio de 1/2" Arruela de alumínio de 3/4"

un un un un un

1,89 2,40 2,93 0,19 0,28

140,05

Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (galão de 3,6 litros) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (balde de 18 litros) Frioasfalto (galão de 3,9 kg)

kg

38,83

gl

32,52

bd

132,22

gl

23,60

Frioasfalto (balde de 20kg)

bd

117,17

Neutrol (galão de 3,6 litros)

gl

55,71

Neutrol (lata de 18 litros)

lata

221,08

Vedacit (galão de 3,6 litros)

bd

16,35

Vedacit (balde de 18 litros)

bd

64,78

Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg)

gl

39,26

Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg)

bd

143,38

Vedaflex (cartucho com 310ml)

cart

25,70

Vedapren preto (galão de 3,6 litros)

gl

37,34

Vedapren preto (balde de 18kg)

bd

142,75

Vedapren branco (galão de 4,5 kg)

gl

68,93

Vedapren branco (balde de 18kg)

bd

213,08

Sika nº 1 (balde de 18 litros)

bd

57,66

Igol 2 (balde de 18kg)

bd

136,43

Igol A (balde de 18kg)

bd

201,48

Silicone (balde de 18 litros)

bd

170,01

MADEIRAS Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm

m2

71,74

Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm

m2

78,05

Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm Folha de "fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m Folha de "fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m Estronca roliça tipo litro

| DEZEMBRO 2012

m

8,93

m2

29,50

m

26,93

m

18,39

m

9,53

1,24 2,36

m

bd

un

3,06

Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4")

Bianco (balde de 18 litros)

1,02

Arruela de alumínio de 2.1/2"

un

Barrote de madeira mista de 6x6cm

32,11

un un

1,80

gl

0,80

Arruela de alumínio de 2"

Caixa de passagem em PVC de 4"x4"

m

Bianco (galão de 3,6 litros)

un

Arruela de alumínio de 3"

43,47

295,11

0,64

Arruela de alumínio de 1.1/2"

41,18

un

66,41

lata

0,48

un

un

47,97

gl

Acquella (lata de 18 litros)

un

Arruela de alumínio de 1.1/4"

28,53

un

Acquella (galão de 3,6 litros)

Arruela de alumínio de 1"

m

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2" Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4" Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m) Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" Bucha de alumínio de 1/2"

IMPERMEABILIZANTES

96 |

Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m

m

1,12

m

1,53

vara

4,00

vara

5,35

vara

7,85

vara

10,83

vara

13,53

vara

17,30

vara

36,58

un

3,00

un

1,60

Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho

un

1,79

Cabo de cobre nú de 10mm2

m

4,07

Cabo de cobre nú de 16mm2

m

5,63

Cabo de cobre nú de 25mm2

m

7,84

Cabo de cobre nú de 35mm2 Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico Fita isolante de 19mm (rolo com 20m)

m

11,24

m

0,50

m

0,77

m

1,44

m

1,94

m

3,60

m

6,63

m

11,44

m

13,65

m

0,54

m

0,83

m

1,42

m

2,17

un

9,95

Disjuntor monopolar de 10A Pial

un

8,63

vara

44,20

un

1,05

Disjuntor monopolar de 15A Pial

un

6,92

Disjuntor monopolar de 20A Pial

un

7,60

un

1,18

Disjuntor monopolar de 25A Pial

un

8,63

un

1,78

Disjuntor monopolar de 30A Pial

un

7,25

Disjuntor tripolar de 10A Pial

un

47,45

un

2,65

Disjuntor tripolar de 25A Pial

un

46,68

Disjuntor tripolar de 50A Pial

un

49,14

un

3,08

Disjuntor tripolar de 70A Pial

un

67,32

un

5,10

Disjuntor tripolar de 90A Pial

un

68,53

Disjuntor tripolar de 100A Pial

un

68,26

un

12,40

Disjuntor monopolar de 10A GE

un

5,38

Disjuntor monopolar de 15A GE

un

5,25

un

14,33

Disjuntor monopolar de 20A GE

un

5,50

Disjuntor monopolar de 25A GE

un

5,50

Disjuntor monopolar de 30A GE

un

5,50

Disjuntor tripolar de 10A GE

un

45,00

un

0,43

un

0,67

Disjuntor tripolar de 25A GE

un

41,25

un

0,89

Disjuntor tripolar de 50A GE

un

42,00

Disjuntor tripolar de 70A GE

un

69,35

un

1,40

Disjuntor tripolar de 90A GE

un

60,00

un

1,78

Disjuntor tripolar de 100A GE Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores

un

60,00

un

12,43

un

39,83

un

70,85

un

119,99

un

37,73

un

123,50

un

46,33

un

181,95

un

66,10

un

2,80

un

8,00

un

9,68


Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de embutir Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de sobrepor Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis

un

28,90

un

29,35

cj

5,65

cj

9,97

cj

13,41

cj

7,37

cj

13,40

cj

12,38

cj

11,30

cj

14,55

cj

5,97

cj

12,55

cj

7,85

cj

8,90

cj

10,55

cj

5,68

cj

6,10

cj

12,20

un

0,61

Suporte padrão 4"x4" Pial

un

1,23

Placa cega 4"x2" Pial Pratis

un

2,05

Placa cega 4"x4" Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus Suporte padrão 4"x2" Pial Plus

un

5,04

cj

8,75

Placa cega 4"x2" Pial Plus Placa cega 4"x4" Pial Plus Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus Cabo telefônico CCI 50 - 1 par

un

5,43

un

22,35

cj

10,40

Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares

m

0,47

Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares

m

0,78

cj

15,16

cj

21,40

cj

11,38

cj

21,45

cj

18,90

cj

16,26

cj

18,75

cj

7,24

cj

16,13

cj

13,68

cj

11,03

cj

10,50

cj

8,23

cj

8,46

cj

13,59

un

1,00

un

2,20

cj

16,80

cj

14,65

cj

22,38

m

0,33

Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares

m

1,12

Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares

m

1,31

Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm

m

1,69

un

51,30

un

81,56

un

119,85

un

144,44

un

212,33

un

356,38

un

895,48

un

7,46

un

10,55

un

17,38

un

17,83

un

4,64

un

1,31

un

1,25

un

1,08

Curva de PVC soldável para água de 25mm

un

1,34

Curva de PVC soldável para água de 32mm

un

3,07

Curva de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 2" Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre

un

6,00

un

1,80

un

0,87

un

1,55

un

2,33

un

5,90

un

6,93

un

13,70

un

0,29

un

0,43

un

1,25

un

2,85

un

3,02

un

13,74

un

46,08

MATERIAIS HIDRÁULICOS Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm Curva de PVC soldável para água de 20mm

DEZEMBRO 2012 |

un

56,33

un

8,78

un

0,98

un

1,57

un

2,00

un

9,68

un

61,20

un

96,18

un

43,12

un

48,33

un

64,65

un

1,23

| 97


insumos

Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubode dePVC PVCsoldável soldávelde de40mm 32mmCL15 CL15 Tubo Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara (varac/ c/6m) 6m) Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol Vedação para saída de vaso sanitário Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro) Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)

un

1,72

un

4,31

un

9,13

un

11,50

un

18,80

un

0,63

un

17,00

un

31,80

un

50,10

un

4,52

vara

18,57

vara

24,36

vara

51,80

vara

65,46

vara vara

78,92 121,13

vara

8,03

vara

11,56

vara vara

25,06 40,00

vara

48,45

vara

78,73

vara

118,33

vara

132,29

vara

21,15

vara

33,92

54,75

Massa acrílica (lata c/18 litros)

145,50

un

5,21

litro

25,83

litro

24,46

Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un

144,25

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un

185,15

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un

266,75

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un

454,30

| DEZEMBRO 2012

gl

60,73

Esmalte sintético brilhante (galão)

gl

50,77

un

473,65

Tinta à óleo (galão)

gl

41,64

un

122,95

Tinta à óleo para cerâmica (galão)

gl

66,67

gl

30,63

un

402,90

lata

144,30

un

619,25

Tinta acrílica especial para piso (galão) Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros) Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão)

gl

135,97

l

16,30

un

12,68

m

130,20

m

416,53

m

197,47

m2

116,40

m2

62,67

m2

58,33

m2

101,67

m2

96,67

m

14,00

m

21,33

m

48,33

m

21,33

m

31,00

22,90

vara

un

Esmalte sintético acetinado (galão)

gl

41,78

127,01

290,83

Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros) Selador acrílico para parede externa (galão) Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) Massa corrida PVA (galão)

vara

vara

un

MATERIAIS DE PINTURA

Massa corrida PVA (lata c/18 litros)

MATERIAIS DE INOX

98 |

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x1 1/2", Franke Douat MÁRMORES Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm Bancada de mármore branco extra de 60x2cm Bancada de mármore travertino de 60x2cm Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm Rodapé em mármore travertino de 7x2cm Soleira em mármore branco extra de 15x2cm Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm Soleira em mármore travertino de 15x2cm

Massa acrílica (galão)

gl

70,67

gl

23,87

lata

110,35

gl

23,27

lata

98,83

gl

10,53

lata

32,57

lata

93,03

Massa à óleo (galão)

gl

41,33

Solvente Aguarrás (galão c/5 litros)

gl

57,56

Tinta latex fosca para interior (galão)

gl

23,57

lata

101,93

Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros) Tinta latex para exterior (galão)

gl

40,10

Tinta latex para exterior (lata c/18 litros)

lata

175,93

Líquido para brilho regulador (galão) Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros) Tinta acrílica fosca (galão)

gl

45,07

lata

223,47

gl

43,13

Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros)

lata

181,90

gl

22,27

lata

96,73

Textura acrílica (galão) Textura acrílica (lata c/18 litros) Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) Tinta antiferruginosa Zarcão (galão)

gl

57,46

gl

49,60

gl

64,10

Diluente epoxi (litro) Lixa para parede

un

0,42

Lixa para madeira

un

0,38

Lixa d'água

un

0,90

Lixa para ferro

un

1,75

Estopa para limpeza

kg

6,35

Ácido muriático (litro)

l

3,56

Cal para pintura

kg

0,68

Tinta Hidracor (saco com 2kg) Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)

sc

3,26

lata

4,95

MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m)

un

60,40

un

96,31

un

113,68

un

202,30

un

374,96

un

75,95

un

42,86

un

15,20

un

244,57

un

163,90

un

280,83

un

277,45

un

120,53

un

236,83

un

67,68

un

123,95

MATERIAIS SANITÁRIOS Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca

un

125,95

Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca

un

169,30

Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca

un

173,83

Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca

un

47,78

Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca

un

46,93

Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca

un

76,00

un

71,90

un

58,70

un

140,92


insumos Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/ engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi Chuveiro de PVC de 1/2" com braço Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par) Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m) Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca Válvula de PVC para lavatório Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha

un

73,73

un

49,45

un

2,30

un

18,45

un

2,88

un

3,63

un

5,66

un

203,30

par

7,27

par

12,13

par

10,76

un

46,95

un

71,50

un

7,38

un

3,02

un

260,33

un

70,60

un

185,35

un

68,63

un

163,45

un

47,10

un

50,55

un

69,56

un

80,53

un

240,10

un

372,30

un

359,60

un

56,50

un

52,12

un

86,85

un

55,50

un

180,75

un

179,30

un

94,52

un

153,10

un

130,16

un

25,47

un

32,86

un

2,93

un

2,93

Corda de nylon de 3/8" Tela de nylon para proteção de fachada Bucha para fixação de arame no forro de gesso Pino metálico para fixação à pistola com cartucho Cola Norcola (galão com 2,85kg) Cola branca (pote de 1 kg)

kg m2

15,68 3,38

kg

4,00

Bloco de EPS para laje treliçada

OUTROS

un

0,59

gl kg

31,71 6,92

m3

208,75

Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm

mil

393,33

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm

mil

186,50

PRODUTOS CERÂMICOS

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm

mil

326,67

Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm

mil

421,39

Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2 Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2 Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm Massa refratária seca Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro) Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada

mil

474,39

mil

605,00

mil

400,00

mil

417,50

mil

420,00

mil

770,00

mil

950,00

mil

2.250,00

mil

1.640,00

mil

1.285,80

kg

0,72

mil

50,00

mil

720,00

kg

5,96

PREGOS E PARAFUSOS Prego com cabeça de 1.1/4"x14 Prego com cabeça de 2.1/2"x10 Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16" Porca de alumínio para parafuso de 5/16" Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4" Porca de alumínio para parafuso de 1/4"

kg

5,98

un

1,28

un

0,16

un

0,17

un

0,15

un

0,31

un

0,52

un

0,71

un

0,92

un

0,17

un

0,12

un

0,10

m2

17,52

m2

14,45

m2

36,24

m2

31,66

m2

23,65

m2

30,73

m2

21,65

m2

17,17

m2

16,41

REVESTIMENTOS CERÂMICOS Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A" Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4 Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A" REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS Pedra Ardósia cinza de 20x20cm Pedra Ardósia cinza de 20x40cm Pedra Ardósia cinza de 40x40cm Pedra Ardósia verde de 20x20cm Pedra Ardósia verde de 20x40cm Pedra Ardósia verde de 40x40cm Pedra Itacolomy do Norte irregular Pedra Itacolomy do Norte serrada Pedra São Thomé Cavaco Pedra Cariri serrada de 30x30cm Pedra Cariri serrada de 40x40cm Pedra Cariri serrada de 50x50cm Pedra sinwalita de corte manual Pedra Sinwalita serrada Pedra portuguesa (2 latas/m2) Pedra Itamotinga Cavaco Pedra Itamotinga almofada Pedra Itamotinga Corte Manual Pedra Itamotinga Serrada Pedra granítica tipo Canjicão Almofada Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm

m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2

12,33 13,33 14,67 20,03 26,00 26,42 20,67 27,34 33,00 17,34 17,67 18,00 21,00 27,67 15,33 15,67 18,33 20,67 26,67 32,00

m2

27,00

Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)

lata

33,00

gl

38,80

m2

33,65

m2

38,83

m2

43,32

m2

20,50

REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHA Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar TELHAS METÁLICAS Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm

m2

29,27

un

111,07

m2

24,29

un

92,18

m2

28,33

m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2

28,59 100,01 31,26 24,52 30,91 39,21 45,23 73,55 90,10 126,27 149,61 186,17 44,73 68,50 113,72

m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2

145,69 38,11 61,41 95,35 119,37 52,69 77,97 117,46

m2

128,73

m2

147,54

m2

165,81

un m kg

10,01 0,40 1,18

h h h h h h h h h h h h h h h h h h

5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 4,11 3,09

VIDROS Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado) Vidro Canelado incolor (cortado) Vidro aramado incolor de 7mm (cortado) Vidro anti-reflexo (cortado) Vidro liso incolor de 3mm (cortado) Vidro liso incolor de 4mm (cortado) Vidro liso incolor de 5mm (cortado) Vidro liso incolor de 6mm (cortado) Vidro liso incolor de 8mm (cortado) Vidro liso incolor de 10mm (cortado) Vidro laminado incolor 3+3 (cortado) Vidro laminado incolor 4+4 (cortado) Vidro laminado incolor 5+5 (cortado) Vidro bronze de 4mm (cortado) Vidro bronze de 6mm (cortado) Vidro bronze de 8mm (cortado) Vidro bronze de 10mm (cortado) Vidro cinza de 4mm (cortado) Vidro cinza de 6mm (cortado) Vidro cinza de 8mm (cortado) Vidro cinza de 10mm (cortado) Espelho prata cristal de 3mm (cortado) Espelho prata cristal de 4mm (cortado) Espelho prata cristal de 6mm (cortado) Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado) Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado) Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado) Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado Junta de vidro para piso Massa para vidro MÃO DE OBRA Armador Azulejista Calceteiro Carpinteiro Eletricista Encanador Gesseiro Graniteiro Ladrilheiro Marceneiro Marmorista Pastilheiro Pintor Serralheiro Telhadista Vidraceiro Pedreiro Servente

DEZEMBRO 2012 |

| 99


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