Material de Análise - 3º ano, Ensino Médio

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MATERIAL DE ANÁLISE

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ENSINO MÉDIO – 3O ANO


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BIOLOGIA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

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BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

Objetivos de aprendizagem:

• Verificar as propriedades químicas da água e sua importância para os processos metabólicos; • Compreender a importância dos carboidratos na nutrição animal reconhecendo suas diversas funções, observando a classificação e suas propriedades;

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• Reconhecer a importância dos lipídios na nutrição animal, definindo-se e compreendendo suas funções;

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• Compreender a importância, a estrutura de proteínas no organismo em suas diferentes utilidades, além de compreender o que são enzimas, como e onde atuam, reconhecendo os fatores que influenciam sua atividade; • Verificar as diversas funções dos sais e vitaminas, e as diversas avitaminoses e suas consequências.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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Qual a importância da água?

(Disponível em: https://goo.gl/BdXJwT)

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Você já parou para pensar na importância que a água tem para as nossas vidas? Você sabia que é um elemento essencial para a sobrevivência de animais e vegetais na Terra? A verdade é que estamos tão habituados à presença da água, mas só entendemos a sua real relevância, quando ela nos faz falta. Neste caderno, você irá perceber que a maior parte das células de nosso corpo possui água. Além disso, também iremos estudar a importância dos carboidratos, lipídios, proteínas, sais e vitaminas.

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1) Compostos orgânicos e inorgânicos

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Para que uma célula possa realizar seu metabolismo, determinados compostos devem ser constantemente fornecidos a ela, que servirão de matéria-prima para a construção de componentes necessários. Esse padrão de necessidade metabólica para determinados compostos se manteve ao longo do processo evolutivo que deu origem aos diversos seres vivos hoje existentes. Tanto nos seres vivos mais simples quanto nos mais complexos, encontramos esse padrão de distribuição de elementos divididos em componentes inorgânicos e componentes orgânicos.

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Compostos Inorgânicos

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Compostos Orgânicos

Água

Carboidratos

Sais Minerais

Lipídios Proteínas Vitaminas Ácidos Nucleicos

Esses compostos estão presentes em todos os seres vivos. E é graças a eles que a vida se tornou possível.

Composição média dos seres vivos

(Disponível em: https://goo.gl/fGN548.pdf. Acesso em: novembro de 2016)

2) Água Você já parou para pensar o porquê de os cientistas sempre procurarem se há água em outros planetas? Qual a importância da água para os seres vivos? A molécula de água é uma das mais importantes moléculas encontradas em todas as formas de vida. Pela sua abun-


BIOLOGIA

a) Atividade ou taxa metabólica – quanto maior for a taxa metabólica de um organismo, maior será sua concentração de água; quanto menor sua atividade metabólica, menor a concentração de água.

(região onde encontramos o oxigênio), logo, sendo chamada de molécula polar. Essa polaridade é responsável por promover uma interação entre a molécula de água e outras moléculas polares. O hidrogênio, com carga positiva, atrai-se pelo oxigênio, com carga negativa de uma outra molécula, por exemplo, ou com cargas negativas de íons.

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dância em nosso planeta, acredita-se que a vida tenha surgido em um ambiente aquoso e, por isso, todos os seres vivos apresentam, por menor que seja, uma quantidade definida de água. Na verdade, a concentração de água nesses seres dependem de quatro fatores:

• cérebro – 90% de água em sua composição química.

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• músculo – 80% de água em sua composição química. • ossos – 30% de água em sua composição química.

b) Idade – Quanto maior for a idade (tempo de vida) de um organismo, a sua concentração de água tende a diminuir.

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• recém-nascido – 80% de água. • homem adulto – 65% de água.

• homem idoso – 55 a 60% de água. c) Espécie – a concentração de água varia de acordo com a espécie do ser vivo em questão e do meio ambiente que ele normalmente habita. • água-viva – 96% de água. • homem – 65% de água

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• camaleão – 45% de água.

2.1) Propriedades químicas da água

2.2) Funções da água a) Solvente Universal: A água dissolve grande variedade de substâncias químicas. Essas substâncias dissolvidas podem se deslocar com maior facilidade dentro da célula. As substâncias que se dissolvem facilmente na água são chamadas de hidrófilas e chamadas de hidrófobas se forem insolúveis. NaCl (sal de cozinha) = Hidrófila Óleo (lipídio) = Hidrófoba b) Local de Reações Químicas: Como a água dissolve uma grande gama de moléculas, várias reações químicas são realizadas em um meio aquoso. As duas reações mais conhecidas são as reações de hidrólise (a água é um dos reagentes) e as de desidratação (onde a água é um dos produtos).

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A importância da água para os seres vivos é decorrente de suas características químicas. Ela é formada por dois átomos de hidrogênio ligados covalentemente a um de oxigênio, estabelecendo entre sua geometria um ângulo especial. Por isso, nessa molécula encontramos um polo positivo (região onde encontramos os hidrogênios) e um outro negativo

(Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/3/ 1222334/slides/slide_6.jpg. Acesso em: novembro de 2016)

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(Disponível em: https://goo.gl/gAxx7V. Acesso em: novembro de 2016)


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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H

H

H

H

H

O

H

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O

H

H

H

H

O H

O

H

H H

O

(Disponível em: https://lh3.googleusercontent.com/gGKgMzgGh_ Dkor-Dm0-bZx-bxHk5a-nR2rro3VrdOhtMW_YRw0cDH9X2rR8sMwC-8fDmw=s96. Acesso em: novembro de 2016)

• Homeotermos ou endotérmicos: são animais com temperatura corpórea, praticamente constante. São endotérmicos as aves e os mamíferos.

Observação

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d) Capilaridade: A molécula de água apresenta duas importantes propriedades: • coesão: forte atração entre as moléculas de água que tendem a permanecer unidas, graças as ponte de hidrogênio estabelecidas entre as moléculas de água. • adesão: atração entre as moléculas de água e outras moléculas polares. Graças a essas duas propriedades, as moléculas da água tendem a subir tubos muito finos, conhecidos por capilares, vencendo a ação da própria gravidade. Esse exemplo pode ser encontrado nas plantas que transportam a água absorvida pelas raízes até as folhas dos galhos mais altos.

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capilaridade

Observação

• Pecilotermos ou ectotérmicos: são animais que não conseguem manter a temperatura do corpo constante, sofrendo grande influência da temperatura ambiental. São eles: os invertebrados, os peixes, os anfíbios, os répteis (não sentem calor e nem frio).

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parede capilar

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Vapor H 2O

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c) Regulador Térmico: A água é considerada uma das melhores substâncias reguladoras de temperatura por apresentar alto calor específico, isto é, a quantidade de energia térmica para aquecer uma determinada quantidade de água é extremamente alta. Isso faz com que a água atue no equilíbrio da temperatura dentro da célula, impedindo grandes variações que afetem o seu metabolismo. Quando a temperatura do meio ambiente se eleva a determinados valores, as glândulas sudoríparas eliminam suor; a água do suor para evaporar, levando com ela parte do calor da superfície corpórea.

Tensão superficial

(Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/wpcontent/uploads/2015/01/Superficial-Tens%C3%A3o. jpg. Acesso em: novembro de 2016)

Tensão superficial da água é promovida pelas forças de coesão. Devido a essa propriedade, a superficie se comporta como uma membrana, gerando resistência e possibilitando que corpos leves flutuem.


BIOLOGIA

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(ENEM) A água apresenta propriedades físico-químicas que a coloca em posição de destaque como substância essencial à vida. Dentre essas, destacam-se as propriedades térmicas, biologicamente muito importantes, por exemplo, o elevado valor de calor latente de vaporização. Esse calor latente refere-se à quantidade de calor que deve ser adicionada a um líquido em seu ponto de ebulição, por unidade de massa, para convertê-lo em vapor na mesma temperatura, que, no caso da água, é a 540 calorias por grama.

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A propriedade físico-química mencionada no texto confere à água a capacidade de: a) servir como doador de elétrons no processo de fotossíntese; b) funcionar como regulador térmico para os organismos vivos; c) agir como solvente universal nos tecidos animais e vegetais;

Sais minerais

Funções

Íon fostato

Confere rigidez ao esqueleto, sob a forma de fosfato de cálcio. Fundamental nos processos energéticos das células e na estrutura de ácidos nucleicos.

Íon magnésio

É o átomo central da molécula de clorofila, a responsável pela captação da energia solar na fotossíntese.

Íon cloreto

Participa dos processos de equilíbrio hídrico celular, além de compor o suco gástrico, formando o ácido clorídrico, HCL.

Íon sódio

Está ligado a condução de estímulos nervosos nos neurônios, e atua no equilíbrio hídrico da célula.

Íon ferro

É indispensável para a formação da molécula de hemoglobina, responsável pelo transporte de gases da respiração no sangue.

Íon potássio

Também esta relacionado a condução de impulsos nervosos e balanço hídrico das células. Ao contrário do sódio, encontra-se em maior concentração no meio intracelular e menor no meio extracelular.

Íon cálcio

Presente em sua maioria na forma de sais de cálcio, nos ossos. Presente sob a forma iônica nos músculos, onde é fundamental para o processo de contração muscular. Encontrado também na linfa e no sangue, onde auxilia no processo de coagulação sanguínea.

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d) transportar os íons de ferro e magnésio nos tecidos vegetais;

Gabarito: B

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e) funcionar como mantenedora do metabolismo nos organismos vivos.

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Tendo a água um papel central na manutenção da vida, o entendimento de suas propriedades é de fundamental importância. Assim, o estudante deve atentar para como as propriedades da água são importantes para os mecanismos fisiológicos dos seres vivos, como é exemplificado em cada uma das opções da questão.

Substâncias encontradas em concentrações variáveis em um organismo, dependendo da função fisiológica que exercem. São conseguidos através da água e de alimentos ou nutrientes ingeridos, podendo se apresentar de três formas: • íons – dissolvidos em água na célula ou fora dela; • cristais – formando o esqueleto de certas estruturas do organismo; • associadas às moléculas orgânicas como, por exemplo, o ferro na molécula de hemoglobina.

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3) Sais minerais

Como propriedades da água pode cair no ENEM?


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

O pH (potencial de hidrogênio iônico) representa o grau de acidez ou basicidade (alcalinidade) de uma solução. Algumas substâncias liberam íons H+ quando dissolvidas em água e são chamadas de ácidos. Outras são capazes de liberar íons OH- (Hidroxila) e são denominadas Bases ou Alcalinas. HCl dissolvido em H2O → H+ + ClNaOH dissolvido em H2O → Na+ +OH-

Monossacarídeos: Os monossacarídeos têm, normalmente, a fórmula Cn(H2O)n, onde n, geralmente, varia de 3 a 7. Assim, nos monossacarídeos existe a proporção de um carbono para dois hidrogênio e para um oxigênio. Eles são classificados de acordo com o número de átomos de carbono. Os monossacarídeos mais frequentes nos organismos são as pentoses (5C) e as hexoses (6C).

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A partir daí, nota-se que a presença de um ácido tende a aumentar a concentração de H+ e a presença de uma base tende a aumentar a concentração de OH-.

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pH

suas moléculas, isto é, pelo número de carbonos que ela possui. O tamanho é extremamente variável, podendo atingir tamanhos extraordinariamente grandes, como veremos a seguir. • açúcares, e também podem ter outras duas funções; • reserva energética (sob a forma de glicogênio e amido); • estrutural (sob a forma de quitina e celulose).

Observação

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Se o pH diminui, fica mais ácido e se aumenta fica mais básico. O pH varia de 0 a 14 na escala que mede essa variação.

• Trioses – C3H6O3 • Hexoses – C6H12O6 • Tetroses – C4H8O4 • Heptoses – C7H14O7 • Pentoses – C5H10O5

(Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-LL7-IUm97MM/ ULveaFY6-7I/AAAAAAAAASI/PALtuna1NlU/s1600/ Escala+de+pH+[exemplos].png. Acesso em: novembro de 2016)

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Grandes variações de pH alteram reações metabólicas e estruturais das células, tais como, a carga elétrica das proteínas e o funcionamento das enzimas que são catalisadores biológicos de natureza proteica. Cada enzima tem um pH ótimo onde há um melhor rendimento da reação observada.

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4) Glicídios

São também conhecidos por carboidratos ou hidratos de carbono por apresentarem em sua composição química, basicamente, átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Têm como principal função o fornecimento de energia para a célula. Os glicídios são classificados de acordo com o tamanho das

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(Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/7/1853101 /slides/slide_6.jpg. Acesso em: novembro de 2016)

Dissacarídeos: São carboidratos formados a partir da união de dois monossacarídeos. Essa reação resulta na formação de uma molécula de água (síntese por desidratação) e podem ser decompostos por hidrólise. Frutose

Glicose 6

CH OH2 H 4

HO

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H OH H3 CH OH2

H HO

H OH H

Hidrólise

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2 H

OH

2

H OH

H

4

HO CH2

+

O

Sacarose

H OH

5

CH2 OH 6

H

OH H2 O

H

OH

3

OH

O H

O

HO CH2

O H H 1

O

H

OH H

CH2 OH


Os mais importantes são: Maltose Glicose + Glicose O açúcar dos cereais Malte. Lactose

Glicose + Galactose

O açúcar do leite. Sacarose

Glicose + Frutos

O açúcar da cana de açúcar, beterraba e batata-doce.

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(Disponível em: http://i0.wp.com/classconnection.s3.amazonaws. com/359/flashcards/551359/jpg/ch3_starch_and_glycogen_ structure_and_function1306718446173.jpg?w=150&h=150. Acesso em: novembro de 2016)

Observação • A hidrólise dos dissacarídeos e polissacarídeos possibilita a sua absorção e utilização no organismo. A hidrólise é catalisada por enzimas digestórias; • O amido pode ser detectado com o iodo dando uma cor azulada; • A celulose não é digerida por animais, somente por alguns protozoários, bactérias e fungos; • O teor de glicose no sangue é chamado de glicemia e possui taxas normais de 70 mg/dl de sangue até 110 mg/dl de sangue. Valores abaixo = hipoglicemia; Valores acima = hiperglicemia.

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Polissacarídeos: São as maiores moléculas de glicídios formadas pela união de muitos monossacarídeos. Na maioria das vezes, são insolúveis em água, o que permite aos seres vivos usar este tipo de substância como armazenadora de energia e como componentes estruturais de uma célula. Não são doces. As moléculas de polissacarídeos apresentam grandes variações entre si, como por exemplo, a molécula de amido, que é formada por mais de 1.400 glicoses, e o glicogênio, que pode apresentar mais de 30.000 glicoses. Mesmo assim, ambas apresentam a mesma função.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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sáveis por formarem o importante grupo fornecedor de energia para os organismos vivos. Eles chegam a fornecer duas vezes mais energia que a mesma quantidade de glicídios. Na formação das suas moléculas, ocorre a saída de uma molécula de água por desidratação. Acido Graxo

Glicerol

OH H

Saida de 3H2O Sintese por desidratação

OH H OH H

5) Lipídios

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O que você pensa quando ouve falar em lipídios? Logo associamos lipídios às gorduras, porém existe uma gama imensa de lipídios além das gorduras. A principal característica dos lipídios é a sua insolubilidade em água. São solúveis em solventes orgânicos (álcool, benzeno, éter e clorofórmio). Isso ocorre pelo fato de os lipídios serem moléculas apolares, não formando polos positivos e nem negativos, como acontece com a água que é uma molécula polar. Além disso, os diversos lipídios têm outras funções como reserva energética (fonte de energia para os animais hibernantes), isolante térmica (mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das células (os fosfolipídios). Quimicamente, os lipídios mais típicos são associações entre moléculas de ácidos graxos e álcool, formando com essa união um grupo químico chamado éster.

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5.1) Classificação dos lipídios Glicerídios: São a forma mais conhecida dos lipídios e se apresentam na forma de óleo (líquidos a temperatura ambiente de 20°C) e gorduras (sólidas em temperatura ambiente de 20°C) produzidas tanto por células animais quanto vegetais. Essas substâncias são respon-

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Trigiceridio

Observe a reação de forma mais detalhada:

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(Disponível em: https://goo.gl/yba9CW. Acesso em: novembro de 2016)

Entrada de 3H2O Quebra por Hidrolise

(Disponível em: http://image.slidesharecdn.com/ auladebioqumicacelular-120520175133-phpapp02/95/aulade-bioqumica-celular-16-728.jpg?cb=1337536395)

Cerídios: Também são conhecidos por ceras e são muito parecidos com o grupo anterior. A única diferença está no tamanho da molécula de álcool que ele possui (extremamente longa). As ceras são altamente insolúveis em água fazendo com que várias formas de vida se aproveitem dessa propriedade para a impermeabilização de algumas de suas estruturas. Cera da Carnaúba, cera da abelha. Esteroides: É um grupo extremamente importante pelas suas funções biológicas. Esse grupo é responsável: • pela síntese dos hormônios sexuais (testosterona e estrogênio) graças a um tipo de esteroide chamado colesterol; • pela síntese dos hormônios corticosteroides; • pela participação da composição dos sais biliares do fígado;


BIOLOGIA

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Observação

Fosfolipídios: São lipídios que pertencem a um grupo especial, pois apresentam, além das substâncias típicas dos lipídios, um grupo fosfato.

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• precursor da formação da vitamina D, através do ergosterol (esteroide produzido pelos vegetais ativado, pela ação dos raios ultravioleta).

(Disponível em: https://goo.gl/VZYABv)

• H.D.L. (High Density Lipoprotein= Lipoproteína de Alta Densidade) - “Bom” colesterol.

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• L.D.L. (Low Density Lipoprotein= Lipoproteína de Baixa Densidade) - “Mau” colesterol.

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O colesterol não “anda” sozinho no sangue. Ele se liga a uma proteína e, dessa forma, é transportado. Há dois tipos principais de combinações: o HDL, que é o bom colesterol, e o LDL, que é o mau colesterol. O LDL transporta colesterol para os diversos tecidos e também para as artérias, onde é depositado, daí a denominação mau colesterol. Já o HDL faz exatamente o contrário, isto é, ele transporta o colesterol das artérias, principalmente, para o fígado onde ele é inativo.

(Disponível em: https://goo.gl/8ajJL3. Acesso em: outubro de 2016)

São extremamente importantes porque eles atuam como principal constituinte das membranas celulares. Um dos mais importantes fosfolipídios encontrados na membrana da célula é a lecitina. Essa molécula possui uma região polar (com cargas elétricas) que se mistura bem com água e uma região apolar (sem cargas) que se mistura bem com óleos e gorduras. Graças a esse arranjo natural, a formação de membranas com duas camadas de lipídios dispostas como o desenho apresentado é devido a uma diferenciação de cargas elétricas. Além disso, essa camada dupla de lipídios se apresenta de maneira fluida, permitindo a movimentação de moléculas na membrana.

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O colesterol é uma substância extremamente importante, pois também atua na composição química das membranas celulares das células animais. Mas também pode ser extremamente perigoso, pois pode se acumular na parede interna dos vasos sanguíneos, endurecendo-a e diminuindo a eficiência da passagem do sangue, o que caracteriza a doença chamada arteriosclerose. O colesterol é encontrado em alimentos de origem animal, já que os vegetais não podem sintetizá-lo.


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BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

A importância das proteínas para ter uma vida saudável Quais alimentos são ricos em proteínas?

com.br.

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Diversas substâncias do nosso organismo possuem grande fama, porém uma que sempre está presente em papos fitness são as proteínas. Elas realizam diversas atividades que são essenciais para a vida e vale relembrar que são formadas por aminoácidos. Os aminoácidos, pelo seu próprio nome já diz, são formados por um ou mais grupamento amino (–NH2) e um ou mais grupamento carboxila (–COOH). Existem diversos alimentos ricos em proteínas e que precisam fazer parte da sua dieta, alguns deles são: ovos, feijão, frango, peixe laticínios, amendoim, carne e soja. Para saber mais sobre esse tema, acompanhe-me até o www.4newsmagazine.

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#vemproteína #aminoácidossempre

PRATICANDO

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1) A principal substância inorgânica que encontramos nas células dos seres vivos é (são): a) a água; b) gorduras; c) proteínas; d) sais; e) vitaminas.

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2) (PUC) No sal de cozinha, costuma-se adicionar sais de iodo. O iodo participa da constituição dos hormônios da glândula tireoide. A falta do iodo pode provocar nas pessoas: a) barriga-d’água; b) amarelão; c) papo; d) mau hálito.

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3) (ENEM) Arroz e feijão formam um “par perfeito”, pois fornecem energia, aminoácidos e diversos nutrientes. O que falta em um deles pode ser encontrado no outro. Por exemplo, o arroz é pobre no aminoácido lisina, que é encontrado em abundância no feijão, e o aminoácido metionina é abundante no arroz e pouco encontrado no feijão. A tabela seguinte apresenta informações nutricionais desses dois alimentos. Arroz (1 colher de sopa) 41 kcal

Feijão (1 colher de sopa) 58 kcal

carboidratos

8,07 g

10,6 g

proteínas

0,58 g

3,53 g

lipídios colesterol

0,73 g 0g

0,18 g 0g

calorias

(SILVA, R.S. Arroz e feijão, um par perfeito. Disponível em: HTTP://www. correpar.com.br. Acesso em: novembro de 2016)


BIOLOGIA

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Com base nessas informações, avalie as afirmativas a seguir: I) O risco de ocorrerem doenças cardiovasculares por ingestões habituais da mesma quantidade de carne é menor se esta forma carne branca de frango de que se for toucinho. II) Uma porção de contrafilé cru possui, aproximadamente, 50% de sua massa constituída de colesterol. III) A retirada da pele de uma porção cozida de carne escura de frango altera a quantidade de colesterol a ser ingerida. IV) A pequena diferença entre os teores de colesterol encontrados no toucinho cru e no cozido indica que esse tipo de alimento é pobre em água. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

A partir das informações contidas no texto e na tabela, conclui-se que: a) os carboidratos contidos no arroz são mais nutritivos que os do feijão; b) o arroz é mais calórico que o feijão por conter maior quantidade de lipídios; c) as proteínas do arroz têm a mesma composição de aminoácidos que as do feijão; d) a combinação de arroz com feijão contém energia e nutrientes e é pobre em colesterol; e) duas colheres de arroz e três de feijão são menos calóricos que três colheres de arroz e duas de feijão.

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4) (ENEM) Defende-se que a inclusão da carne bovina na dieta é importante, por ser uma excelente fonte de proteínas. Por outro lado, pesquisas apontam efeitos prejudiciais que a carne bovina traz à saúde, como o risco de doenças cardiovasculares. Devido aos teores de colesterol e de gordura, há quem decida substituí-la por outros tipos de carne, como a de frango e a suína. O quadro a seguir apresenta a quantidade de colesterol em diversos tipos de carne crua e cozida.

cozido

carne de frango (branca) sem pele

58

75

carne de frango (escura) sem pele

80

124

pele de frango

104

139

carne suína (bisteca)

49

97

carne suína (toucinho)

54

56

carne bovina (contrafilé)

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6) (PUC) Não é necessário que a alimentação

carne bovina (músculo)

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molécula se acumule no corpo, pois ela pode

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Alimento

Colesterol (mg/100g)

seja rica em gordura para que esse tipo de ser produzida a partir do excesso de glicose. 11

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5) (ENEM) Ao beber uma solução de glicose (C6 H12O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo; b) inflamável que, queimada pelo organismo, produz água para manter a hidratação das células; c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o teor de oxigênio no organismo; d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo; e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter estável a taxa de carbono na atmosfera.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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Considere a afirmativa: Há uma relação direta entre as taxas de colesterol no sangue e a incidência de ateromas, tromboses e infartos. Marque a opção correta: a) Concentrações de HDL e LDL não possuem importância na avaliação da predisposição para o infarto. b) Alta concentração de HDL e baixa de LDL significam pequeno risco de infarto. c) Alta concentração de LDL e baixa HDL significam menor risco de infarto. d) O aumento das taxas de colesterol depende somente da alimentação e não é influenciado por fatores genéticos, estresse, fumo e diminuição da atividade física. e) A afirmativa é incorreta, pois não há provas significativas que correlacionem os níveis de colesterol com a incidência de tromboses e infartos.

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É por esse motivo que alimentos ricos em glicídios podem engordar. A vantagem do organismo transformar o excesso de glicose em gordura está no fato de que os lipídios: a) quando metabolizados pelo organismo, produzem menos energia que os glicídios, mas geram mais calor; b) sendo insolúveis em água, permitem ao organismo formar uma reserva energética sem aumentar muito o volume corporal; c) por serem formados por moléculas menores que as dos glicídios, facilitam o trabalho mitocondrial de produção de energia; d) por difundirem bem o calor, depositam-se sob a pele permitindo trocas de calor entre o organismo e o ambiente; e) como são formados por moléculas apolares, constituem os principais componentes do sistema coloidal das células.

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7) Alguns ciclistas de competição que fazem corridas de fundo levam na bicicleta uma bisnaga que, geralmente, contém uma solução de glicose. Por que motivo não seria vantajoso eles utilizarem uma solução de sacarose que também é energética?

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8) (UFF) O colesterol é um importante constituinte da membranas celulares estando relacionado à síntese dos hormônios esteroides e sais biliares. No plasma, ele é encontrado ligado a corpúsculos lipoproteicos conforme mostra a figura:

(Disponível em: https://lh3.googleusercontent.com/i2-XTq 3Eqe8lO8bwvDfyK072wywRTKOPxY_1EXn_lNTVvyg0dLWltKxSzDHLTlcE5k4eBU=s100. Acesso em: novembro de 2016)

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9) (UNIFICADO) Os íons ou sais minerais compreendem cerca de 4% das substâncias contidas nas células e são os cloretos, carbonatos, nitratos, iodetos de sódio, potássio, cálcio, ferro etc., os quais possuem diversas funções, por exemplo: as reações de transformação de íons carbonato em bicarbonato ou de fosfato em bifosfato na manutenção do pH; o papel do Ca+2 na contração muscular, coagulação sanguínea e exocitose; a distribuição dos íons Na+ e K+, nos meios intra e extracelulares, o que permite a geração dos potenciais de ação do neurônio; o ferro na oxigenação das células, entre outros. Paralelamente, cientistas descrevem que ratos alimentados com uma dieta de baixas calorias, com restrição calórica equilibrada, atingem idades mais avançadas do que aqueles que recebem uma dieta normal. Estes resultados sugerem que os alimentos são determinantes para a longevidade. (Adaptado do texto de: NÓBREGA, F.G. Restrição Calórica, genes e longevidade, Ciência Hoje, v. 27, p.12–13)

Os gráficos a seguir representam a porcentagem de sobrevivência de ratos de acordo com a idade (meses). O que melhor ilustra os


BIOLOGIA

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Aquele que melhor representa a variação das concentrações, em função do tempo de incubação, da sacarose e da glicose, é o de número: a) 4 b) 3 c) 2 d) 1

resultados obtidos na experiência relatada no texto com ratos com restrição calórica, isto é, alimentados com dieta de baixa caloria e com ratos alimentados com a dieta normal é:

6) Vitaminas

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M

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10) (UERJ) A invertase é a enzima que hidrolisa a sacarose em glicose e frutose. Incubou-se, em condições adequadas, essa enzima com sacarose, de tal forma que a concentração inicial, em mil mols por litro, do dissacarídeo fosse de 10mM. Observe os gráficos a seguir:

13

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DE A

São substâncias utilizadas em pequenas doses pelo metabolismo celular. Quase sempre atuam como coenzimas de importantes sistemas enzimáticos do nosso metabolismo. As vitaminas também participam da formação de hormônios, células sanguíneas, substâncias químicas do sistema nervoso central e material genético. As 13 vitaminas identificadas são classificadas de acordo com sua capacidade de dissolução em gordura ou em água. As vitaminas lipossolúveis A, D, E e K são ingeridas junto com alimentos que contêm gordura e, como podem ficar armazenadas na gordura do corpo, não precisam ser consumidas todos os dias. As vitaminas hidrossolúveis, as oito do complexo B e a vitamina C, não podem ser armazenadas, portanto, devem ser consumidas com frequência, de preferência todos os dias. O corpo só pode produzir vitamina D; todas as outras devem ser ingeridas através da alimentação. • Vitamina A: Esse composto é derivado de uma molécula de origem vegetal, o betacaroteno. Esta provitamina A consiste de duas moléculas de retinal ligadas entre si. O betacaroteno ingerido é quebrado na luz intestinal liberando retinal, sendo este produto reduzido a retinol por uma enzima da mucosa intestinal. Uma outra parcela do retinal é oxidada a ácido retinoico.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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provitamina D na derme e epiderme. Durante a exposição à luz solar a provitamina D3 ou 7-Desidrocolesterol é convertida em pré-vitamina D3. Assim que a pré-vitamina D3 é produzida na pele, ela imediatamente começa a equilibrar termicamente a vitamina D se isomerizando em vitamina D3. A deficiência de vitamina D provoca raquitismo, uma doença que acomete crianças em crescimento, caracterizada por mineralização defeituosa dos ossos provocando alargamento das epífises dos ossos longos e da caixa torácica e encurvamento das pernas e da coluna. Em adultos, a deficiência de vitamina D provoca a osteomalácia, que é a mineralização defeituosa do osso em qualquer idade, devido à diminuição de absorção de cálcio dietético. A osteomalácia é mais comum em idosos, pois estes apresentam capacidade reduzida para produzir vitamina D e muitos não se favorecem do efeito benéfico dos raios solares.

DE A

A vitamina A, retinol, desempenha papel na visão por ser um dos componentes do pigmento visual rodopsina. A rodopsina, um fotorreceptor presente nos bastonetes da retina. A vitamina A é armazenada no fígado e sua deficiência ocorre apenas após falta prolongada de uma fonte adequada na dieta. O primeiro sintoma da deficiência é a cegueira noturna, seguida por queratinização dos tecidos epiteliais dos olhos (xeroftalmia), pulmões, trato gastrointestinal etc. E redução da secreção mucosa. Pode-se obter a vitamina de fontes como leite integral, queijo, manteiga, gema de ovo, pimentão, mamão, abóbora e verduras em geral

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Ovos: fontes de vitamina A.

(Disponível em: http://static.bolsademulher.com/ files/2013/10/clara-de-ovo-gema-de-ovo-ovo-166637025.jpg. Acesso em: novembro de 2016)

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• Vitamina D: A vitamina D é essencial para manter o equilíbrio mineral no corpo. É uma vitamina lipossolúvel e as formas principais são conhecidas como vitamina D2 ou ergocalciferol, encontradas em alimentos de origem vegetal, e vitamina D3 ou colecalciferol: sintetizada na pele por ação dos raios ultravioletas do Sol. A principal função fisiológica da vitamina D é manter as concentrações de cálcio e fósforo em uma taxa suficiente para a homeostase, aumentando a eficiência do intestino delgado em absorver o cálcio e o fósforo da dieta mobilizando os depósitos destes nos ossos. O Sol emite um amplo espectro de radiação eletromagnética e uma pequena faixa de radiação (UVB) é responsável pela fotólise da

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• Vitamina E: A vitamina E é lipossolúvel e tem como principal função no organismo a sua forte ação antioxidante. Assim, este nutriente combate os radicais livres formados metabolicamente ou encontradas no ambiente que podem prejudicar as células. • Vitamina K: A vitamina K é encontrada em varias formas, a vitamina K1 (filoquinona, fitonadiona) encontra-se principalmente nos vegetais. A vitamina K2 (menaquinona), é sintetizada por bactérias no trato intestinal dos seres humanos e de vários animais. A vitamina K3 (menadiona) é um composto sintético que pode ser convertido em K2 no trato intestinal. A vitamina K é necessária principalmente para o mecanismo da coagulação sanguínea, que nos protege de sangrar até à morte a partir de cortes e feridas, bem como contra as hemorragias internas. A vitamina


BIOLOGIA

uma proteína que converte o fibrinogénio solúvel em circulação no sangue numa proteína bastante insolúvel chamada fibrina, o componente principal de um coágulo sanguíneo. As fontes: os vegetais de folhas verdes, tais como

folhas de nabo, espinafres, couve e alface.

A, tem um papel chave no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras e, é por isso importante na manutenção e reparação de todas as células e tecidos. As fontes são: os ovos, leite, vegetais, legumes e cereais de grão inteiro. • Vitamina B6: Chamada de piridoxina, possui como principal função a de ser coenzima. Tem um papel importante no metabolismo dos aminoácidos. As principais fontes são: peixe (atum, truta e salmão), nozes (amendoins, avelãs), pão, milho e cereais de grão integral.

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K é essencial para a síntese da protrombina,

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• Vitamina B9: Comumente chamada de ácido fólico, o qual é a forma ativa dos folatos no organismo, atua como uma coenzima em numerosas reações metabólicas essenciais. Tem um papel importante no metabolismo dos aminoácidos, os constituintes das proteínas. Estão também envolvidas na síntese dos ácidos nucléicos. O ácido fólico é assim essencial para o crescimento correto e para o funcionamento ótimo do sistema nervoso e da medula óssea. É encontrada em fígado, vegetais de folha verde escura, feijões, gérmen de trigo e levedura. Outras fontes são a gema de ovo, o linho, o sumo de laranja e o pão de trigo integral.

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• Vitamina B1: Conhecida como tiamina, é essencial para o metabolismo dos carboidratos através da suas funções coenzimáticas. Atua principalmente no processo de respiração celular. A avitaminose de B1 causa a chamada beribéri. É encontrada: nos grãos de cereais, o farelo rico em tiamina é removido durante a moagem do trigo para produzir a farinha branca e durante o polimento do arroz integral para produzir arroz branco.

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• Vitamina B2: O nome oficial é riboflavina e atua como um intermediário na transferência de elétrons em numerosas reações essenciais de oxiredução. Participando de várias reações metabólicas dos carboidratos, gorduras e proteínas e na produção de energia através da cadeia respiratória. Está no leite de vaca, ovelha e cabra.

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• Vitamina B3: Chamada de niacina, mantém o tônus muscular e o bom funcionamento do sistema digestório, atua na coordenação nervosa. A avitaminose causa a pelagra, que possui como sintomas fraqueza, nervosismo extremo, distúrbios digestivos (diarréias), feridas na pele. É encontrada em carnes magras, ovos, leite fígado. • Vitamina B5: Chamado também de ácido pantoténico, é constituinte da coenzima

• Vitamina B12: É fundamental para a formação dos corpúsculos do sangue, do revestimento dos nervos e de várias proteínas. E de ácidos nucleicos. É a coenzima para o metabolismo de ácidos nucleicos. As fontes são: os peixes, os ovos e os lacticínios. • Vitamina C: É necessária para a produção de colágeno, a substância intercelular que dá estrutura aos músculos, tecidos vasculares, ossos e cartilagens. A vitamina C também contribui para a saúde dos dentes e gengivas e auxilia na absorção do ferro a partir da dieta. É também necessária para a síntese dos ácidos biliares. É encontrada em pimentão doce, salsa, couve-flor, batatas, batatas doces, morangos, goiaba, manga e sua deficiência causa o escorbuto.

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Brocolis: fonte de vitamina K.

(Disponível em: https://goo.gl/YFgvF1. Acesso em: novembro de 2016)


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

PRATICANDO

11) (UNIRIO) Tomando uma grande dose de vitamina A, uma pessoa pode suprir suas necessidades por vários dias; porém, se fizer o mesmo em relação à vitamina C, não terá o mesmo efeito, necessitando de reposições diárias dessa vitamina. Essa diferença na forma de administração se deve ao fato de a vitamina: a) A ser necessária em menor quantidade; b) A ser sintetizada no próprio organismo; c) A ser lipossolúvel e ficar armazenada no fígado; d) C ser mais importante para o organismo; e) C fornecer energia para as reações metabólicas.

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DE A

A obesidade, que nos países desenvolvidos já é tratada como epidemia, começa a preocupar especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira está acima do peso, ou seja, 38,8 milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias são as dietas e os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos, foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta algumas contraindicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, pois:

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Compreender qual o papel de vitaminas e lipídios no metabolismo celular, regulando e favorecendo as reações químicas que ocorrem nas células. Esses conhecimentos são importantes para o aluno, pois são os mesmos dados que instituições como o IBGE usam em suas análises. Lembre-se que o ENEM tenta utilizar em suas questões dados aplicados por instituições de pesquisa numa forma de aproximar a questão ao cotidiano do aluno.

e) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles.

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d) as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas;

Gabarito: E

Como vitaminas e lipídios pode cair no ENEM?

M

a) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios para sua absorção; b) a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas desnecessária;

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c) essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras vitaminas;

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12) (UFV) Recentemente, a engenharia genética possibilitou a transferência de genes controladores da rota de biossíntese da provitamina A para o genoma do arroz. Deste modo foi produzido o chamado Golden Rice, ou arroz dourado. De acordo com os autores do projeto, o consumo desse tipo de arroz poderia amenizar os problemas de carência dessa vitamina em populações de países subdesenvolvidos. Em relação à provitamina A, é INCORRETO afirmar que: a) está associada ao betacaroteno; b) sua deficiência está normalmente associada ao escorbuto;


BIOLOGIA

16) (CESGRANRIO) Suponha que um determinado pernilongo esteja com deficiência de vitamina A e que procure uma fonte rica nessa vitamina. Tem que optar por picar indivíduos entre um grupo de pessoas sofrendo de doenças carenciais. Dentre pacientes acometidos das doenças abaixo, deve ser preterido o que apresenta: a) beribéri; d) raquitismo; b) cegueira noturna; e) quilose. c) escorbuto;

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DE A

13) (PUC) Analise as afirmações sobre avitaminoses ou doenças de carência, que são formas de estados mórbidos, ou seja, são doenças causadas pela carência de uma ou mais vitaminas no organismo: I) O escorbuto é uma doença que se instala pela falta de Vitamina D; II) O raquitismo é uma doença que surge pela falta de Vitamina C; III) A xeroftalmina, que pode levar à cegueira, é consequência de falta de Vitamina A; IV) O beribéri é causado pela falta de vitamina do Complexo B. Estão corretas as afirmações: a) apenas I, II e III b) I, II, III e IV c) apenas I e II d) apenas II e III e) apenas III e IV

arroz. A substância necessária em pequenas quantidades na dieta para evitar o beribéri, é a vitamina denominada: a) E b) C c) B1 d) A

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c) pode ser encontrada como provitamina na cenoura e abóbora; d) sua deficiência está associada à xeroftalmina; e) não é biossintetizada pelo organismo humano.

Entre as moléculas orgânicas, a mais abundante nas células são as proteínas, encontradas em todas as células. São macromoléculas formadas pela união de várias moléculas menores denominadas aminoácidos. As proteínas apresentam diversos papéis no organismo como o transporte (hemoglobina), sustentação (colágeno), hormonal (insulina), contrátil (actina e miosina), logo o seu estudo é de fundamental importância. Qualquer molécula de aminoácido tem um grupo carboxila (–COOH) e um grupo amina (–NH2) ligados a um átomo de carbono.

15) (UERJ) Um médico holandês observou, no final do século XIX, que galinhas alimentadas com arroz polido, ou descascado, apresentavam os sintomas de uma doença conhecida como beribéri, que era curada com a ingestão da película, ou casca, retirada dos grãos do

(Disponível em: http://www.quimica.net/emiliano/fenilcetonuria/ estrutura_aminoacido.gif. Acesso em: novembro de 2016)

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M

AT

14) A carência de vitaminas representadas por I, II e III produz avitaminoses cujos sintomas são, respectivamente, escorbuto, raquitismo e cegueira noturna. Que alternativa apresenta as vitaminas correspondentes aos números I, II e III? a) I – vit. C, II – vit. D, III – vit. E; b) I – vit. E, II – vit. B, III – vit. A; c) I – vit. C, II – vit. D, III – vit. A; d) I – vit. A, II – vit. B, III – vit. E; e) I – vit. C, II – vit. B, III – vit. A.

7) Proteínas


Sempre que dois aminoácidos se unem para formar um dipeptídeo, uma molécula de água (H2O) é formada.

DE A

O que faz um aminoácido (AA) se diferenciar de outro é o seu radical (R). Esse radical pode ser um simples hidrogênio, um grupo metil (CH3) ou grupos mais complexos. Existem 20 aminoácidos diferentes presentes na natureza que são a “matéria-prima” para a síntese de todas as proteínas. Os vegetais conseguem produzir todos os tipos de AA. As células animais, no entanto, não conseguem produzi-los em sua totalidade. Por isso, chamamos de naturais os aminoácidos que o organismo animal consegue produzir e de essenciais aqueles que ele só consegue adquirir pela ingestão de alimentos. Sem eles, várias proteínas animais não seriam produzidas.

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BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

7.2) Estrutura das proteínas

Cada proteína formada tem uma ordem e sequência de AA estabelecida pelo material genético contido na célula. Essa sequência constitui a estrutura primária de uma proteína, como, por exemplo, insulina, ocitocina. No entanto, a proteína não é um fio esticado, ela pode apresentar dobras e enrolamentos determinados por atrações químicas entre os aminoácidos. Esse fio se torce, tomando geralmente a forma de uma hélice, como uma trepadeira que cresce em volta de um poste. Se o filamento proteico tiver uma forma helicoidal, a sua estrutura é secundária, como, por exemplo, queratina, colágeno.

AT

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Importante: Cada espécie na natureza apresenta uma necessidade específica de aminoácidos essenciais. Na espécie humana, os aminoácidos naturais e essenciais estão divididos em:

(Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-TGBCRdKghyk/Vl_ NpKaL1-I/AAAAAAAAAAw/v4aSvItucEY/s1600/Proteinas_aa.jpg. Acesso em: novembro de 2016)

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M

7.1) Ligação peptídica Todas as proteínas são formadas pela união de aminoácidos, diferindo entre si na quantidade, nos tipos e sequência de aminoácidos. A ligação estabelecida entre dois aminoácidos é chamada de ligação peptídica.

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(Disponível em: https://goo.gl/jQ4V4r. Acesso em: novembro de 2016)


BIOLOGIA

tadora dessa hemoglobina anormal é frágil, tendo vida mais curta e sua destruição em grande escala causa anemia, às vezes, fatal. Além disso, em concentrações baixas de oxigenação, as hemácias se deformam, adquirindo o aspecto de foice, agrupando-se e entupindo pequenos vasos sanguíneos.

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Na maioria dos casos, porém, o filamento helicoidal dobra-se sobre si mesmo, de tal maneira que a molécula fica de forma arredondada, formando uma estrutura terciária.

10 µm

DE A

glóbulos vermelhos normais

glóbulo vermelho falciforme

hemoglobina normal His

Leu

Tre

Pro

Glu

Glu

Lis

1

2

3

4

5

6

7

8

Tre

Pro

Val

Glu

Lis

hemoglobina anormal Val

Mioglobina

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Alguns autores consideram uma quarta forma de classificação para as proteínas. Elas são chamadas de quaternárias pelo fato de possuírem estruturas terciárias ligadas entre si.

(Disponível em: https://goo.gl/UNxc88. Acesso em: novembro de 2016)

hemoglobina

M

Val

Qualquer alteração na estrutura de uma proteína pode modificar suas propriedades. No homem, por exemplo, existe uma doença, a anemia falciforme, causada por uma modificação de apenas um único aminoácido, na molécula de hemoglobina. A hemácia por-

His

Leu

(Disponível em: https://goo.gl/uVPHg6. Acesso em: novembro de 2016)

Alterações na forma das proteínas podem ser causadas por outros fatores, tais como altas temperaturas e variações no pH do meio. Nesses casos, falamos em desnaturação da proteína onde a perda da forma provoca a perda da sua função. A desnaturação pode ser reversível, quando as condições do meio voltam ao normal. No entanto, em muitos casos, é irreversível, como acontece com a albumina da clara do ovo; com o aquecimento, a albumina se desnatura e a clara solidifica-se; após o resfriamento, não volta a se liquefazer. Estrutura terciária de uma proteína aumento de temperatura

ligações de dissulfeto

proteína desnaturada

(Disponível em: https://goo.gl/dJKTkc. Acesso em: novembro de 2016)

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(Disponível em: http://www2.fm.usp.br/dim/genquant/ protterciaria.jpg. Acesso em: novembro de 2016)


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

(Disponível em: https://goo.gl/5F5KKG. Acesso em: novembro de 2016)

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Estrutural

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Participam da estrutura de células e tecidos. Exemplos de proteínas teciduais: • colágeno: proteína de alta resistência encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e tendões. • queratina: proteína impermeabilizante encontrada na pele, no cabelo e nas unhas. Evita a dessecação, o que contribui para a adaptação do animal à vida terrestre. várias hélices enroladas como fios de uma corda

R

C

O

R

Queratina (proteína fibrilar)

C

NH

C

R

C

NH

C

R

C

O

NH

C

C

R

NH

O forma O helicoidal A Queratina é a estrutura em hélice de um filamento de polipeptídeo

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membrana celular.

Canal de Proteína Permite que certas moléculas e íons atravessem a membrana plasmática livremente. A fibrose cística, é uma doença causada pela falta de canais de cloro - Cl.

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Várias são as funções das proteínas nos seres vivos. Entre as mais importantes estão:

• Contrátil – Encontradas, principalmente, nas células musculares. Actina e Miosina. • Coagulação – É uma proteína que impede a perda de sangue quando um vaso é rompido. Fibrinogênio. • Transporte – Proteína que transporta os gases respiratórios (O2 e CO2) no sangue. • Hemoglobina – transporta gases no sangue. • Hemocianina – transporta O2 nos invertebrados. • Hormonal – Muitos hormônios são de natureza proteica. • Ocitocina – contração uterina.

7.3) Papel da proteína

Proteína Carreadora Interage especificamente com certas moléculas e certos íons carregando-os através da membrana plasmática. Uma das causas da obesidade pode ser certa incapacidade das células de transportarem íons Na+ e K+.

(Disponível em: https://goo.gl/qfA59Z. Acesso em: novembro de 2016)

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Proteína Receptora

Proteína de reconhecimento

• Insulina – controla a taxa de açúcar no sangue (glicemia). • Defesa – Na presença de substâncias estranhas, chamadas de antígenos, o organismo produz proteínas de defesa, denominadas anticorpos de imunoglobulinas. O anticorpo combina-se, quimicamente, com o antígeno, de maneira a neutralizar o seu efeito. A reação antígeno x anticorpo é altamente específica, o que significa que um determinado anticorpo neutraliza apenas o antígeno responsável pela sua formação.

8) Enzimas Algumas proteínas são enzimas, isto é, proteínas que aceleram uma reação química. Essas proteínas especiais são chamadas de catalisadores e são, talvez, as substâncias mais importantes de um organismo vivo. As enzimas conseguem acelerar uma reação química porque elas diminuem a energia de ativação de uma reação. Isto significa, que as enzimas reduzem a “energia inicial” que todas as moléculas necessitam para começar a reagir. O calor é um bom exemplo de energia de ativação, mas em alguns casos, a quantidade de calor necessária para desencadear


uma reação dentro da célula é tão alta, que acabariam destruindo a célula. E é exatamente aí que as enzimas entram na história, em reações cuja energia de ativação (a energia inicial) era alta demais e, com a enzima, sofreu uma redução.

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BIOLOGIA

(Disponível em: http://science.halleyhosting.com/sci/ibbio/ chem/notes/chpt8/enzyme.gif. Acesso em: novembro de 2016)

DE A

Conclusão: Assim como no exemplo apresentado, o encaixe entre a enzima e o substrato depende de ajuste físico entre eles, do mesmo modo que a chave se encaixa perfeitamente a uma única e específica fechadura. A maioria das enzimas é designada pela adição do sufixo ASE ao nome do substrato. amilase, maltase e lactase.

(Disponível em: https://goo.gl/NTU8Lr. Acesso em: novembro de 2016)

• Temperatura: A elevação da temperatura também aumenta a velocidade das reações químicas. Porém, quando a reação é enzimática, observamos que a velocidade aumenta até certo ponto e, então, começa a diminuir. Esse prejuízo na velocidade, a partir de uma determinada temperatura, é consequência da desnaturação da enzima pelo excesso de calor. Seu perfil se modifica, dificultando o encaixe do substrato. Se a desnaturação for crescente, a velocidade tende a chegar a zero, podendo até mesmo parar.

• PH: Cada enzima exige um pH específico para funcionar. A pepsina, enzima que “quebra” as proteínas, presentes no suco gástrico, só

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Como qualquer catalisador, a enzima permanece intacta após a reação que ela acelerou. Uma reação química se torna muito mais rápida em presença de uma enzima. Essa velocidade pode chegar a 100 trilhões mais rápido do que uma reação sem a enzima O modelo teórico para o funcionamento da enzima é o de “chave-fechadura”. Segundo esse modelo, a enzima se “encaixa” no substrato (substância química cuja transformação é acelerada pela enzima), formando um complexo. Essa união da enzima com o substrato é transitória e é ela que permite a ação da enzima, que se separa logo em seguida. A região da molécula da enzima que se encaixa com o substrato é denominada sítio ativo. Uma das propriedades fundamentais das enzimas é a especificidade para o substrato, isto é, cada enzima só age em um tipo de substrato. É essa especificidade que faz o nome do mecanismo “chave-fechadura” ser um bom exemplo. Milhares de chaves e portas diferentes existem, mas somente uma chave consegue abrir determinada porta.

8.1) Fatores que influenciam na atividade enzimática


atua em pH ácido (entre 1,8 e 2,2). Já a tripsina, que também degrada as proteínas atua, no intestino delgado com um pH ao redor de 8,0.

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BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

(Disponível em: https://goo.gl/aepdSr. Acesso em: novembro de 2016)

Os inibidores não competitivos são aqueles que não se assemelham ao substrato e, portanto, ocupam um sítio diferente do sítio ativo. A ligação do inibidor permite que o substrato se ligue ao sítio ativo da enzima, como mostra o esquema abaixo, mas não ocorre reação com formação de produto.

(Disponível em: https://goo.gl/Sz8Fpd. Acesso em: novembro de 2016)

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DE A

• Concentração de substrato: A velocidade da ação enzimática é também proporcional à concentração do substrato do meio. Quanto maior for a concentração do substrato, mais rapidamente se dará a reação. Nesse caso também, há um “ponto ótimo” a partir do qual se houver aumento da concentração do substrato, a velocidade da reação não aumentará mais, atingindo a sua velocidade máxima.

(Disponível em: http://www2.bioqmed.ufrj.br /enzimas/inibidores.htm. Acesso em: novembro de 2016)

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• Efeito de um inibidor: A atividade das enzimas pode ser reduzida por diversos tipos de substâncias químicas, num processo que recebe o nome de inibição enzimática. Os inibidores competitivos são aqueles que se assemelham ao substrato e, portanto, ocupam o sítio ativo. A ligação do inibidor não permite que o substrato se ligue ao sítio ativo da enzima, como mostra o esquema a seguir:

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(Disponível em: https://goo.gl/Cv3TWY. Acesso em: novembro de 2016)


BIOLOGIA

17) (UFMA) As enzimas biocatalisadoras da indução de reações químicas reconhecem seus substratos através da: a) temperatura do meio; b) forma tridimensional das moléculas; c) energia de ativação; d) concentração de minerais; e) reversibilidade da reação.

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PRATICANDO

18) Cerca de 27 milhões de brasileiros têm intolerância ao leite por deficiência na produção de uma enzima do intestino.

(Folha de S.Paulo, 09/08/98)

M

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19) O citocromo C é uma proteína respiratória que se encontra em todos os organismos aeróbios. A molécula desta proteína existe em todas as espécies com a mesma função, sendo constituída por 104 aminoácidos. No decurso da evolução, as mutações mudaram os aminoácidos em certas posições da proteína, mas o citocromo C de todas as espécies tem, incontestavelmente, estrutura e função semelhantes, tornando-se, para o evolucionismo, uma evidência de ordem: a) paleontológica; d) anatômica; b) embriológica; e) bioquímica. c) citológica; 20) O gráfico mostra a correlação entre a atividade enzimática e a temperatura. Que indica o ponto assinalado pela seta? Que acontece com a enzima a partir desse ponto?

22) Suponha que fossem fornecidas dietas deficientes em 7 aminoácidos para larvas de Trituruscarnifex (salamandra), e que a porcentagem de larvas sobreviventes tenha sido a da tabela a seguir: Aminoácido ausente Arginina Lisina Triptofano Cisteína Metionina Histinina Alanina Dieta Completa (controle)

Larvas sobreviventes (%) 78 % 0% 80 % 0% 82 % 5% 8% 95 %

Dentre os aminoácidos testados, quais você classifica como essenciais? Justifique sua resposta.

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DE A

Sobre a enzima citada no artigo e as enzimas em geral, podemos afirmar que: a) aumentam a energia de ativação necessária para as reações; b) atuam de forma inversamente proporcional ao aumento da temperatura; c) são consumidas durante o processo, não podendo realizar nova reação do mesmo tipo; d) são estimuladas pela variação do grau de acidez do meio; e) são altamente específicas em função de seu perfil característico.

21) Analise as seguintes afirmativas: I) A enzima que digere a lactose também digere a sacarose, pois ambas são dissacarídeos; II) Aumento na concentração do substrato de uma enzima é acompanhado por aumento proporcional na velocidade da reação; III) Mudanças no pH modificam a velocidade da reação química catalisada por uma enzima porque sua estrutura terciária se altera. a) são verdadeiras I, II e III; b) são verdadeiras apenas I e II; c) são verdadeiras apenas I e III; d) apenas I é verdadeira; e) apenas III é verdadeira.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

2 4 6

w

x

y

z

0

0

0

0

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8

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27

27

24

8

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25

24

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23

21

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12

26

21

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A meia-vida de uma proteína na célula corresponde ao tempo necessário para que, desconsiderando o processo de síntese, a quantidade de suas moléculas se reduza à metade. A proteína de menor meia-vida do experimento é identificada por: a) W; b) X; c) Y; d) Z.

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24) (UFRJ) Logo após a colheita, os grãos de milho apresentam sabor adocicado, devido à presença de grandes quantidades de açúcar em seu interior. O milho estocado e vendido nos mercados não tem mais esse sabor, pois cerca de metade do açúcar já foi convertida em amido por meio de reações enzimáticas. No entanto, se o milho for, logo após a colheita, mergulhado em água fervente, resfriado e mantido num congelador, o sabor adocicado é preservado. Por que esse procedimento preserva o sabor adocicado dos grãos de milho?

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Radioatividade especifica (unidades)

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23) Os açúcares complexos, resultantes da união de muitos monossacarídeos, são denominados polissacarídeos. a) Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de origem vegetal. b) Indique um órgão animal e um órgão vegetal, onde cada um destes açúcares pode ser encontrados.

Tempo (minuto)

APROFUNDANDO

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25) (UERJ) A taxa de síntese e a taxa de degradação de uma proteína determinam sua concentração no interior de uma célula. Considere o seguinte experimento: • o aminoácido glicina marcado com 14C é adicionado, no momento inicial do experimento, a uma cultura de células; • a intervalos regulares de tempo, são retiradas amostras das células, sendo purificadas as proteínas W, X, Y e Z de cada amostra; • a quantidade de radioatividade incorporada por miligrama de cada uma dessas proteínas – suas radioatividades específicas – é medida ao longo do experimento. Observe o resultado dessa medição na tabela seguir:

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26) (UNIFESP) A proteína 1 foi isolada a partir do sangue de um vertebrado, e a proteína 2 foi isolada a partir de um meio de cultura de bactérias. Após estudos de sequenciamento, foi observado que ambas as proteínas apresentavam, cada uma, 471 resíduos de aminoácidos em sua estrutura. Com base nas informações apresentadas acima, podemos afirmar que as duas proteínas são iguais entre si? Explique. 27) (UNIFESP) A hidroponia consiste no cultivo de plantas com as raízes mergulhadas em uma solução nutritiva que circula continuamente por um sistema hidráulico. Nessa solução, além da água, existem alguns elementos químicos que são necessários para as plantas em quantidades relativamente grandes e outros que são necessários em quantidades relativamente pequenas.


BIOLOGIA

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c) III é correta; d) I e III são corretas; e) II e III são corretas.

29) Uma criança apresenta crescimento deficiente, teor de cálcio e de fosfato aumentado nas fezes e ossos arqueados sugerindo raquitismo. Esses sintomas podem ter como causa _______________ e é possível prevenir ou curar esses sintomas com _______________ . A alternativa que preenche corretamente esses espaços é: a) avitaminose D – leite, ovo, manteiga e sal; b) avitaminose A – leite, manteiga e óleo de fígado de peixe; c) avitaminose D – vegetais e frutos como caju e goiaba; d) avitaminose A – cereais, carne e leguminosas; e) avitaminose C – vegetais e frutos como caju e goiaba.

a) Considerando que a planta obtém energia a partir dos produtos da fotossíntese que realiza, por que, então, é preciso uma solução nutritiva em suas raízes? b) Cite um dos elementos, além da água, que, obrigatoriamente, deve estar presente nessa solução nutritiva e que as plantas necessitam em quantidade relativamente grande. Explique qual sua participação na fisiologia da planta.

(Adaptação de: APCD, Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, v. 53, n. 1, jan.-fev. 1999.)

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Com base nesse texto, são feitas as afirmações abaixo: I) a fluoretação da água é importante para a manutenção do esmalte dentário, porém não pode ser excessiva; II) os lençóis freáticos citados contêm compostos de flúor em concentrações superiores às existentes na água tratada; III) as pessoas que adquirem fluorose podem ter utilizado outras fontes de flúor, além da água de abastecimento público, como cremes dentais e vitaminas com flúor. Pode-se afirmar que apenas: a) I é correta; b) II é correta;

30) (FAAP) Leia com atenção os versos abaixo: E foi de doença crua e feia, A mais que eu nunca vi, desampararam Muitos a vida, e em terra estranha e alheia Os ossos para sempre sepultara. Quem haverá, que sem o ver, o creia Que tão disformemente ali lhe incharam As gengivas da boca, que crescia A carne e juntamente apodrecia? Apodrecia com um fétido e bruto Cheiro, que o ar vizinho inficionava: Não tínhamos ali médico astuto, Cirurgião sutil menos se achava; Mas qualquer, neste ofício pouco instruto Pela carne já podre assim cortava, Como se fora morta; e bem convinha, Pois que morto ficava quem a tinha (Camões, Os Lusíadas, canto V, 81/82)

De acordo com os versos de Camões, a doença descrita é: a) raquitismo, devido à falta de vitamina D; b) xeroftalmia, devido à falta de vitamina A; c) escorbuto, devido à falta de vitamina C; d) anemia, devido à falta de vitamina B12; e) beribéri, devido à falta de vitamina B1.

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28) (ENEM) No Brasil, mais de 66 milhões de pessoas beneficiam-se hoje do abastecimento de água fluoretada, medida que vem reduzindo em cerca de 50% a incidência de cáries. Ocorre, entretanto, que profissionais da saúde muitas vezes prescrevem flúor oral ou complexos vitamínicos com flúor para crianças ou gestantes, levando à ingestão exagerada da substância. O mesmo ocorre com o uso abusivo de algumas marcas de água mineral que contêm flúor. O excesso de flúor – fluorose – nos dentes pode ocasionar desde efeitos estéticos até defeitos estruturais graves. Foram registrados casos de fluorose tanto em cidades com água fluoretada pelos poderes públicos como em outras abastecidas por lençóis freáticos que naturalmente contêm flúor.


BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

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Algumas vitaminas, entre elas o ácido ascórbico e o tocoferol ou vitamina E, são preconizadas em doses elevadas pelos defensores da chamada medicina ortomolecular, com o objetivo de prevenir uma série de doenças provocadas, segundo eles, por um acúmulo de radicais livres no organismo. A utilização com essa finalidade está baseada na seguinte propriedade química dos compostos citados: a) oxidante; b) redutora; c) detergente; d) emulsionante.

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(Época, 14/09/98.)

síntese de glicogênio. A glicose ocorre nos tecidos em geral e a síntese de glicogênio ocorre, principalmente, no fígado. A síntese do glicogênio somente acontece quando existe excesso de glicose no sangue. Essa é uma forma de armazenar esse açúcar. Observe a figura a seguir, que apresenta as velocidades de reação dessas duas enzimas em função da concentração da glicose. Níveis normais de glicose no sangue estão ao redor de 4mM.

31) VITAMINAS, megadoses de desconfiança, utilização de tratamentos alternativos e práticas de terapia ortomolecular provocam polêmica entre médicos.

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32) (UFRJ) A glicoquinase e a hexoquinase são duas enzimas que reagem com o mesmo substrato, a glicose. Ambas são enzimas intracelulares que fosforilamaglicose formando glicose 6 – fosfato (G6P). Dependendo da enzima produtora, a G6P pode ou não ser degradada na via da glicose para gerar energia ou então ser usada para

Qual das duas enzimas gera G6P para síntese de glicogênio hepático? Justifique sua resposta. BIO0008

33) (UFF) Em relação às vitaminas lipossolúveis, especifique as doenças provocadas pela carência de cada uma delas.

DESAFIANDO

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34) (UFRJ) A fenilcetonúria é uma doença que resulta de um defeito na enzima fenilalanina hidroxilase, que participa do catabolismo do aminoácido fenilalanina. A falta de hidroxilase produz o acúmulo de fenilalanina que, por transaminação, forma ácido fenilpirúvico. Quando em excesso, o ácido fenilpirúvico provoca retardamento mental severo. Por outro lado, o portador desse defeito enzimático pode ter uma vida normal desde que o defeito seja diagnosticado imediatamente após o nascimento e que sua dieta seja controlada. A fenilcetonúria é tão comum que mesmo nas latas de refrigerantes dietéticos existe o aviso: “Este produto contém fenilcetonúricos!”. Qual o principal cuidado a tomar com a dieta alimentar de um portador desse defeito enzimático? Por quê?

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BIOLOGIA

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35) Leia os textos abaixo e complete as informações pedidas. TEXTO I: Após passar muito tempo sem se preocupar com sua saúde, o Sr. José resolveu ir ao médico e fazer uns exames de rotina. Em conversa com o médico, relatou seus hábitos alimentares, ressaltando a preferência por frituras e carnes gordurosas. O médico ficou alarmado ante as preferências alimentares de seu paciente, principalmente depois de ter analisado o resultado do seu exame de sangue e constatado um nível de colesterol muito alto. Recomendou-lhe, então, uma nova dieta composta de frutas, legumes e verduras. Analise a dieta recomendada pelo médico, apresentando argumentos que a justifiquem.

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TEXTO II Depois de orientar o Sr. José quanto à alimentação, o médico explicou-lhe que uma dieta rica em gordura saturada e colesterol é um dos fatores que pode contribuir para o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Com isso, as artérias vão ficando endurecidas e estreitas, diminuindo o fornecimento de sangue para os órgãos do corpo. Além disso, aumenta a probabilidade de formação de coágulos, os quais podem obstruir artérias importantes, como as que alimentam o coração. Nesse caso, porções maiores ou menores do músculo cardíaco podem parar: é o infarto do miocárdio, que pode provocar a morte. Apesar dos malefícios causados por sua alta concentração, é correto afirmar que o colesterol não é importante para o funcionamento do organismo? Justifique sua resposta.

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36) (FUVEST) Kwashiorkor e o marasmo são doenças infantis por deficiência nutricional encontradas em regiões subdesenvolvidas. Kwashiorkor é uma palavra de origem africana que significa “doença que afeta uma criança quando nasce outra (uma irmã ou um irmão)”. A doença caracteriza-se por retardo de crescimento, cabelos e pele descoloridos e inchaço do corpo, principalmente da barriga, devido ao acúmulo de líquido nos tecidos. Esse quadro decorre da falta quase completa de proteínas na dieta, a qual é constituída essencialmente por carboidratos. O marasmo, fraqueza extrema, caracteriza-se por atrofia dos músculos, ossos salientes e fácies de um velho; é um quadro de subnutrição completa causada por deficiência calórica e protéica. a) Explique a relação entre a causa do kwashiorkor e o significado atribuído a essa palavra africana. b) Por que alimentos protéicos são fundamentais na composição da dieta das crianças? c) Explique por que a deficiência calórica faz a criança emagrecer.

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37) (UFRRJ) Radicais livres – um assunto da moda. Há muito tempo que a Medicina já reconhece os radicais livres como verdadeiros vilões do nosso organismo. Eles são átomos ou moléculas livres dotados de cargas elétricas, resultantes, muitas vezes, das próprias reações intracelulares, ou provenientes do meio externo, que se mostram prejudiciais à saúde. São consequências do estresse, dos desvios alimentares, do fumo, das atividades físicas exageradas e da poluição ambiental. Atualmente, estão sendo muito comentados, tendo em vista os avanços da Medicina Ortomolecular. A partir do exposto, responda: a) De que maneira os radicais livres agem no organismo humano? b) Cite um exemplo de local e forma de ação dos radicais livres no organismo do homem.


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BIOQUÍMICA: COMPOSTOS NECESSÁRIOS À VIDA

RESUMINDO

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• A água é a substância que se encontra em maior quantidade no interior da célula. É considerado um solvente universal, atuando como dispersante de inúmeros compostos orgânicos e inorgânicos das células. Também é muito importante sob o ponto de vista biológico, devido às suas propriedades físico-químicas, como o calor específico muito alto, poder de dissolução muito grande, tensão superficial grande, atuando no transporte de substâncias e na termorregulação; • Os sais minerais encontram-se em pequenas porcentagens no organismo, porém são indispensáveis para a fisiologia celular. Aparecem de 3 maneiras no organismo: dissolvidos na forma de íons de água no corpo; formando cristais, ou ainda combinados com moléculas orgânicas;

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• Os carboidratos, de modo geral, são utilizados pelas células como combustível. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos. Oligossacarídeos e polissacarídeos são moléculas maiores constituídas pela reunião de vários monossacarídeos; • Os lipídios são compostos com estrutura molecular variada, apresentando diversas funções orgânicas: reserva energética, isolante térmico, além de colaborar na composição da membrana plasmática das células;

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• As vitaminas são nutrientes essenciais na dieta para que o corpo possa funcionar corretamente. As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela uniãode vários aminoácidos, unidos por ligações peptídicas. As enzimas são proteínas, que catalisam reações biológicas pouco espontâneas e muito lentas. O poder catalítico de uma enzima relaciona a velocidade das reações com a energia despendida para que elas aconteçam.

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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

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¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

Objetivos de aprendizaje: • Conhecer algumas estratégias para leitura;

• Praticar a leitura de textos utilizando as estratégias; • Conhecer as pessoas de um discurso;

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• Entender os pronomes pessoais;

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• Aprender o uso dos artigos definidos e indefinidos.


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¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

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¡Hola chicos! ¿Cómo están? ¿Y qué tal está tu lectura en Español? Empezaremos este cuaderno conociendo a algunas estrategias de lectura y al final practicarlas con los textos de exámenes. Así, estas estrategias te ayudaran a interpretar mejor los textos, como también el entendimiento sobre la idea principal. También vamos a recordar cuales son las personas de un discurso. ¿Y te acuerdas de los pronombres personales, los artículos? Bueno, entonces ¡vamos a recordar todo eso, ahora!

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(Disponível em: https://goo.gl/rpBNH2. Acesso em: setembro de 2016)

1) Estrategias basicas de lectura

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Muy bien amigos, vamos a empezar con algunas estrategias de lectura ya que las recientes pruebas de selectividad priorizan la interpretación de textos. De esta manera, antes de abordarnos las cuestiones gramaticales de Español, vamos a conocer algunas de estas estrategias básicas para la lectura de un texto de la lengua extranjera, ¿vale?

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1.1) Utiliza tu conocimiento de mundo ¿Cómo está tu conocimiento de mundo? ¿Qué es eso? Bueno, para que tu dispongas de este recurso, es esencial la práctica diaria de la lectura. Así, tu estarás mejor preparado para los principales temas que podrán ser objetos de los textos de las pruebas.

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La comprensión e interpretación de los textos serán más fáciles, ya que tu tienes el conocimiento previo de la materia.

1.2) Utiliza tu conocimiento lingüístico – textual – discursivo ¡Por supuesto que el ideal es que el alumno tenga el dominio básico de las estructuras léxicas, gramaticales, sintácticas y semánticas de la lengua española para poder identificar a todos los elementos del texto y así, construir su sentido. Pero puede también ser útil saber hacer buen uso de las semejanzas existentes entre Portugués y Español, incluso teniendo en cuenta los “falsos amigos”. Además, ¿Lo que se puede esperar cuando un texto es un anuncio, una tira cómica, un poema, una información jurídica, etc? ¿Qué objetivos poseen? ¿Estos aspectos cambian bruscamente de una lengua para otra?


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Como conhecimento de mundo pode cair no ENEM? ESP0001

O conhecimento enciclopédico, ou de mundo, é uma estratégia de leitura de grande importância no ENEM. Reúne habilidades linguísticas, genéricas (relativa aos gêneros textuais) e textuais do aluno.

Antes de leer el texto, algunas suposiciones sobre el contenido u objetivo ya pueden ser construidas a partir de los siguientes elementos, por ejemplo: • Imagenes/ilustraciones; • Gráficos; • Distribución gráfica del texto; • Tipo de texto; • Título; • Autor.

¿Has visto que las estrategias presentadas no funcionan individualmente? Ellas son interdependientes.

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1.3) Haz suposiciones

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1.4) Haz un reconocimiento global de las palabras conocidas

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(ENEM) O texto publicitário utiliza diversas estratégias para enfatizar as características do produto que pretende vender. Assim, no texto, o uso de vários termos de outras línguas, que não a espanhola, têm a intenção de: a) atrair a atenção do público-alvo dessa propaganda; b) popularizar a prática de exercícios esportivos; c) agradar aos compradores ingleses desse tênis; d) incentivar os espanhóis a falarem outras línguas; e) enfatizar o conhecimento de mundo do autor do texto.

Gabarito: A

Este reconocimiento de las palabras es el procedimiento natural de la primera lectura que desencadena y permite la ejecución de los procedimientos que vamos a conocer ahora: • Formar una idea general del texto; ¿Ya has leído un texto que no has comprendido algunas palabras? ¡Por supuesto que sí! Pero esto no debe ser motivo de ansiedad, porque podemos construir la idea general del texto sin que, necesariamente, tengamos que traducir cada palabra. Debemos solo saber separar el principal del secundario. • Deducir el significado de las palabras por el contexto; ¿Qué hacer cuando no sabemos el significado de la palabra? Bueno, intentamos “adivinar” través del contexto que están inseridas. • Seleccionar la información correcta u objetiva. Esta sería la manera de llamarnos una lectura guiada por las preguntas hechas por la banca examinadora. No puedes perder tiempo “viajando” con el texto, entonces, muchas reflexiones no interesan a la resolución de la prueba, sirven solo para tomar preciosos minutos. Como hablamos anteriormente, tienes que ser capaz de seleccionar lo que efectivamente es importante para contestar a la pregunta.


¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

tões de números 1 a 4.

Los padres somos de Marte, y los hijos de Júpiter Entre padres e hijos: la comunicación

(Disponível em: http://www.somospadres.com Acesso em: setembro de 2016)

1) “¿Es el castellano igual para padres e hijos?” (l. 7). Tras leer el texto, se puede deducir que la finalidad del autor al formular la pregunta es: a) alegar que la razón del conflicto proviene de lenguajes distintos; b) mostrar que la diferencia de edad es un impedimiento intransponible; c) indicar que entre padres e hijos existen diferencias en el uso del léxico; d) enseñar que el ruido en la comunicación puede ser la causa del conflicto.

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Dices “papá”, y él riéndose y meneando los brazos, te dice que “ajó”. Años después le dices “ordena tu cuarto”, y al rato te lo encuentras mirando la tele con la habitación hecha una cuadra. Dices “a las nueve en casa”, y un enano de trece años te responde que eres un “tirano” que “coarta” su libertad. ¿Es el castellano igual para padres e hijos? Mientras la Real Academia no saque dos diccionarios habrá que pensar que sí. Padres e hijos tenemos muy distintas experiencias, lo que hace que ante una misma situación nuestras cabezas nos lleven a pensar cosas contrapuestas. Por ejemplo: tu pequeño ve un perro enorme y sin bozal que se le acerca corriendo. Lo único en lo que va a pensar es en abrazarlo y jugar, mientras tú no haces otra cosa que agarrarle en seguida y llevártelo lejos de ahí. Si la vida es distinta “según el color del cristal con que se mire”, no hace falta recordar que nuestro cristal es bastante diferente al de un peque que no ha salido de la guardería. Y el caso es que ahora precisamente la persona que más nos importa crece con la cabeza en ese mundo de dibujos animados, juegos y risas mientras que nosotros pensamos en responsabilidades, obligaciones, facturas, problemas... Eso hace que entender lo que le pasa o lo que intenta decirnos sea a veces como intentar entender el chino. Y sin embargo… La soledad y la incomprensión es la raíz de la mayoría de los problemas psicológicos.(…) Fíjate en la manera que tienes de escuchar a tu hijo. A veces viene a decirnos algo absurdo para nosotros pero importantísimo para él. Puede que incluso nos pille en ese momento ocupados haciendo otra cosa. Sin embargo merece la pena evitar que tenga la impresión de que sus

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(UERJ) Com base no texto, responda as ques-

cosas “super importantes” no te interesan. Si puedes, para un momento con lo que estabas haciendo y espera a que él termine de hablar, y si estás muy ocupada hazle saber que tiene que esperar, pero díselo con cariño. Cuéntale que te gustará mucho escuchar eso más tarde, pero que te tiene que ayudar esperándose un poco. En cualquier caso no te quedes en la superficie de las palabras, pues más allá de su significado, detrás siempre hay un sentimiento y un estado de ánimo que también tienes que intentar percibir.

PRACTICANDO

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2) Para intentar solventar el problema presentado respecto a la relación entre padres e hijos, el enunciador propone a los padres el comportamiento indicado en: a) tratar a los hijos como si adultos fueran; b) “mirar el cristal” como lo miran los hijos; c) interactuar con los hijos de modo respetuoso; d) poner límites a los hijos con un tono de severidad. 3) Un autor puede intentar convencer al lector de lo correcto de sus ideas haciendo uso de diferentes recursos. En este texto, se hace uso del siguiente recurso para sustentar la argumentación: a) discurso relatado; b) ejemplos genéricos; c) contraargumentación; d) relato de experiencias.


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Como aparição do enunciador pode cair no ENEM? ESP0002

Em um texto, encontramos algumas marcas de subjetividade, como por exemplo, a in clusão do enunciador por meio da 1a pessoa do plural. Entendê-las e saber identificá-las nos ajuda a compreender melhor o texto.

4) El sentido de cualquier texto se construye a través de distintas relaciones. Se puede establecer una relación de causa y efecto en el intervalo comprendido entre las líneas de número: a) 23 a 29 b) 33 a 35 c) 39 a 43 d) 46 a 49

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Com base no quadrinho abaixo, responda às questões de números 5 e 6.

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6) La historieta evidencia uno de los varios tipos de problemas existentes en la relación entre padres e hijos. En esta tira el autor da énfasis al problema relacionado mayoritariamente con: a) la pérdida de poder; b) la diferencia de gustos; c) la ausencia de cordialidad; d) el conflicto de generaciones.

Com base nas comparações que faz a personagem com as diferentes culturas, o que podemos concluir sobre a ideia final da personagem acerca do outro? a) A alteridade, o outro não é tão distinto de nós. Não somos superiores, mas sim somos interdependentes; b) Nossas semelhanças são menores do que as diferenças que imaginamos das diferentes culturas; c) As culturas do outro são as mesmas que a nossa e, por isso, temos pontos em comum. d) Estamos mais próximos pelas nossas semelhanças e, ao mesmo tempo, afastados pelas nossas diferenças. e) A questão da alteridade é impossível de ser alcançada na sociedade.

Gabarito: A

5) ¡Qué buena estrategia para los adolescentes que contradicen todo el día a sus padres!! La estrategia que ha sido adoptada por el padre es: a) ordenar lo que suele condenar; b) condenar lo que busca aceptar; c) prohibir lo que acostumbra permitir; d) permitir lo que cree ser un equívoco;


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¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

O islamismo é a religião que mais cresce no mundo

A expansão muçulmana no continente africano tem impulsionado os números para uma elevação frente às demais religiões e ao ateísmo

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Entre todas as religiões do mundo e, sobretudo entre as três grandes religiões monoteístas – cristianismo, judaísmo e islamismo – aquela que segue Maomé como último profeta de Deus é a que possui o maior crescimento entre os habitantes do mundo. Alta natalidade e reação frente ao processo de globalização estão entre os fatores que justificam tal crescimento. O radicalismo terrorista simboliza, porém, um alerta para algumas nações. #LuaCrescenteIslamica

2) Pronombres personales

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¿Vamos a recordar cuales son los pronombres personales en Español? Mira: Yo – 1a persona del signular Tú – 2a persona del signular Él / Ella / Usted – 3a persona del signular Nosotros(as) – 1a persona del plural Vosotros(as) – 2a persona del plural Ellos / Ellas / Ustedes – 3a persona del plural

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Los pronombres personales tambíen son llamados de sujetos.

3) Personas de un discurso Ahora que recordamos los sujetos, vamos a hablar sobre las personas de un discurso.

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• 1a persona – Es la persona que habla. También conocida como emisor o enunciador. Aquí se incluye la persona yo o nosotros en el texto. La persona que habla también se incluye en el texto. Ejemplo: Me preocupo por los cambios que conlleva la globalización.

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El uso de la 1a persona tiene 3 significaciones textuales: 1) Inclusión del enunciador en el texto; 2) Expresión del ponto de vista del enunciador; 3) Establecer cumplicidad/indentificación con alguien que algunas veces, es el lector. • 2a Persona – Es la persona con quien se habla. También es llamado de receptor, destinatário o coenunciador. La persona a quien habla es tratado por tú/vosotros(as), usted(es). La forma de tratamiento puede ser: – Formal – Usted/Ustedes (en America, ustedes es utilizado también como informal). Esta forma de tratamiento no se muestra mucha intimidad con la persona a quien habla. Ejemplo: ¿Cómo sabe si está enfermo? – Informal – Tú/Vosotros es usado cuando se quiere tener una cierta intimidad con el receptor. Ejemplo: ¿Crees en Dios? • 3a pessoa – Es de quien se habla. También conocido como referencial. Utilizamos los pronombres Él, ella, ellos o ellas. La terce-


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La Nación (19/08/00:1)

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“El juez federal Jorge Urso procesó al ex ministro de Defensa Antonio Erman González y al ex canciller Guido Di Tella por distintos delitos vinculados con la venta de armas a Ecuador y a Croacia. Entre 1991 y 1995, el entonces presidente Carlos Menem firmó varios decretos que consignaban que el país les vendía grandes cargamentos de material bélico a Panamá, Bolivia y Venezuela, cuando, en realidad, según se supo después, las armas terminaron en Ecuador y en Croacia. Hace varios meses, Urso procesó al ex titular del Ejército teniente general ® Martín Balza…”

do puentes, tantos como sean necesarios, para revertir esa indeseable situación. La divulgación del conocimiento científico es, probablemente, el más importante de ellos. Somos miembros de una sociedad en contato diario con los últimos adelantos científicos y tecnológicos pero, por otro lado, incomprensiblemente, una parte significativa de esa sociedad cree a pies juntillas al primer cuentista que se cruza en su camino, vendiendo historias de adivinación del futuro, viajes astrales, contactos con “extraterrestres”, curaciones fantásticas mediante “energías positivas” etc. Y, a pesar de esto, la inmensa mayoría de los científicos no hace nada por modificar la situación: nos quejamos todavía de que los medios de comunicación ignoran la Ciencia, porque “lo poco que publican no es acerca de principios y métodos, sino de noticias triviales y sensacionalistas”. Es fácil, como apunta, H.Braum, culpar a los editores por esto, pero los científicos no son menos culpables. Muchos de los investigadores que trabajan en el sector público todavía se resisten a reconocer que tienen la responsabilidad de comunicar, de una manera asequible, los resultados de su trabajo a la sociedad que les paga, independientemente de la comunicación que cristaliza en la publicación científica especializada.(…) Todo esto viene a cuento para decir, parafraseando a Laín Entralgo, que se trata de igualar por arriba, nunca por abajo: de poner la imaginación de puntillas, nunca cómodamente sentada. En definitiva, como ya dijo alguien: las instituciones no deben obtener una victoria estadística a costa de una derrota intelectual.

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ra persona y el uso de sustantivos como palabras claves del texto son los requisitos que nos hacen descubrir que la función referencial es la principal en este texto. Mira:

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(UERJ) Com base no texto a seguir, responda às questões de número 7 a 9.

En defensa de la Divulgación científica

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De las diversas encuestas de opinión llevadas a cabo por los responsables de la Unión Europea entre sus ciudadanos, relativas a la actitud del público hacia la Ciencia, se desprenden resultados preocupantes al tiempo que, aparentemente, contradictorios. Una gran mayoría de encuestados coincide al afirmar que es una de las principales fuentes de progreso y bien-estar para la humanidad y, al mismo tiempo, también una mayoría similar afirma que los descubrimientos científicos pueden acarrear consecuencias muy peligrosas. Esta especie de relación amorodio no es más que la consecuencia del profundo foso que se ha abierto, sobre todo, en los últimos años, entre la Ciencia y la Sociedad. Existe entre los ciudadanos una extraordinaria desconfianza hacia los científicos. Se impone, por tanto, ir tendien-

(Dr. José María Riol Cimas. Disponível em: http://www.ull.es/noticias)

7) El texto expone el punto de vista del autor respecto a la divulgación científica. Se puede afirmar que el objetivo principal del texto es: a) criticar la actuación de los medios de comunicación; b) presentar el resultado de encuesta de opinión; c) responsabilizar la institución de investigación; d) resaltar la omisión de los investigadores.

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(Disponível em: https://goo.gl/AfBJgM. Acesso em maio de 2016. [Adaptado])


¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

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11) Distinguiéndose de otros productos, la producción de libros se caracteriza por: a) tener reglas flexibles; b) someterse a censura previa; c) presentar semejanzas regionales; d) relacionarse a un código de ética. 12) Di cuál es el pronombre personal sujeto de las siguientes frases: a) Vivimos en Brasil. b) Está muy delgada. c) Tengo que trabajar menos. d) ¿Cómo os llamáis? e) Debes estudiar más.

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9) El autor se incluye en una crítica a su propio grupo. El fragmento que expone tal inclusión es: a) “Somos miembros de una sociedad en contacto diario” (líneas 20 – 21); b) “la inmensa mayoría de los científicos no hace nada” (líneas 28 – 29); c) “nos quejamos todavía de que los medios de comunicación ignoran la ciencia,” (líneas 29 – 31); d) “Muchos de los investigadores que trabajan en el sector” (líneas 35 – 36).

10) La comparación que el texto establece entre libros y alimentos está representada en la imagen por medio de la: a) flecha hacia el libro; b) lectura atenta de un libro; c) cita del autor indicada en el texto; d) figura del joven relleno de escrituras.

8) El autor busca apoyo a sus argumentos por medios de distintas citas: La cita que atenúa la culpabilidad atribuida a los periodistas es: a) “De las diversas encuestas de opinión (...) se desprenden resultados” (líneas 1 – 4); b) “Es fácil, como apunta, H.Braum,” (línea 33); c) “Todo esto viene a cuento para decir, parafraseando a Laín Entralgo,” (líneas 42 – 43); d) “En definitiva, como ya dijo alguién:” (líneas 45 – 46).

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Com base no texto a seguir responda às questões de número 10 e 11.

El desafío de editar libros para niños y jóvenes

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No es lo mismo producir remeras o zapatillas que libros. No digo alimentos ya que en cada país hay códigos alimentarios acerca de lo que está permitido y lo que está prohibido producir y vender. El libro también se ingiere. De tal modo que el escritor Joseph Brodsky llega a sostener: “somos lo que leemos”. Pero, por suerte, las normas acerca de lo que se puede escribir y editar no están escritas, ya que estaríamos hablando de limitaciones o de la odiosa censura. En este contexto, resulta obvio que cada uno de nosotros se guía por sus propios códigos y valores personales. (...) Y si editar libros no es una tarea inocente, sabemos que menos inocente aún es editar libros para niños y adolescentes. En la tarea cotidiana de elegir un texto, un ilustrador, de proyectar una colección o un libro singular entrarán en juego sutilmente las fidelidades del editor. (CANELA, revista Quincenal de Literatura Infantil y Juvenil. Disponível em: http://www.imaginaria.com.ar)

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13) Completa las frases eligiendo el pronombre personal sujeto que falta: Ustedes – Nosotros – Usted – Tú – Yo – Vosotros a) Si ____________________ no dirás, __________________ tampoco diré. b) ¿Cómo se llama ____________________? c) ¿Quieren ______________________________ beber algo? d) ______________________________ nos levantamos muy temprano. e) ¿Trabajáis _________________________ por la noche?

4) Los artículos ¿Te recuerdas de los artículos? Aquí estan ellos: • Determinados – El / Los / La / Las • Indeterminados – Un / Unos / Una / Unas Masculino Femenino Neutro

Singular Plural el/ un los / unos la/ una las / unas lo


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Os artigos determinados e indeterminados contribuem para a coerência e coesão textual. Dentre suas muitas funções, destacamos seu valor dêitico, isto é, em um discurso, ele retoma uma realidade já mencionada anteriormente por um substantivo.

Duerme negrito

Te va a traer carne de cerdo para ti.

Te va a traer muchas cosas para ti [...]

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Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito…

Trabajando, trabajando duramente, trabajando sí. Trabajando y no le pagan, trabajando sí.

(Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 26 jun. 2012. [fragmento])

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Duerme negrito é uma cantiga de ninar da cultura popular hispânica, cuja letra problematiza uma questão social, ao: a) destacar o orgulho da mulher como provedora do lar; b) evidenciar a ausência afetiva da mãe na criação do filho; c) retratar a precariedade das relações do trabalho no campo; d) ressaltar a inserção da mulher no mercado de trabalho rural; e) exaltar liricamente a voz materna na formação cidadã do filho.

El artículo LO es utilizado antes de adjetivo + preposición. Si después del adjetivo no tuviera preposición, utilizase el artículo definido masculino singular EL. Lo bonito en las personas es la humildad. El bello sonido viene de aquella casa. Nunca pongas el artículo neutro LO antes de los sustantivos masculinos. En este caso debemos poner EL.

PRACTICANDO 14) Pon delante de cada palabra el artículo correspondiente (el / la): a) ______ hombre; b) ______ mujer; c) ______ cabeza; d) ______ oficina; e) ______ dinero; f) ______ coche; g) ______ leche; h) ______ puente; i) ______ viaje; j) ______ legumbre. 15) Completa las frases con el artículo determinado que sea necesario: a) “_________ hombre inteligente está siempre atento a _________ ideas nuevas.” (Proverbios c. 18 v. 15);

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Te va a traer codornices para ti.

¡OJO!

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Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito...

¿Sabes la diferencia entre el artículo el y lo? Bueno, el artículo neutro lo, inexistente en la lengua portuguesa, es utilizado para sustantivar adjetivos y adverbios. Mira los ejemplos: Lo mejor de todo fue la fiesta. (mejor = adjetivo) La paz es lo más valioso sentimiento. (más = adverbio) También se utiliza delante del pronombre relativo que: Lo que me encanta es tu inteligencia.

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4.1) El artículo neutro – lo

Como artigos determinados e indeterminados pode cair no ENEM?

Gabarito: C


¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

a) leche; b) nariz; c) mensaje; d) legumbre.

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17) Podemos completar con el artículo lo:

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16) Acepta el artículo el:

zas hacia del comienzo el día. El grado de acatamiento del alto el fuego superó las expectativas más optimistas y se estima que esta situación podría mantenerse más allá de esta semana. De ser así los alcances de la campaña mundial “El 2000 sin guerras” aún son impredecibles. Un portavoz de la organización reconoció com satisfación que el éxito de la campaña era total y que sólo indicaba “el comienzo de la entrada de la humanidad en la historia verdadera y su salida definitiva de la prehistoria”. Como se recordará la campaña iniciada cinco años atrás, en enero de 1995, cobró especial vigor cuando se difundió el nombre de decenas de Premios Nobel que no sólo habían suscrito el manifiesto sino que además participaban activamente en la organización involucrando con su influencia a sectores cada vez más amplios de los intelectuales, la política y outros representantes sociales. Fue entonces cuando grupos de interés intentaron hacer boicó tratando de dividir y confundir – con escasos resultados – a la opinión pública mundial. Hoy por hoy cabe reconocer que dado el éxito conseguido por los “sin guerras”, un mundo de verdadera paz es definitivamente posible.

b) “_________iniquidad se repara con misericordia y verdad; _________ mal se evita mediante _________ reverencia a Dios. “ (Proverbios c. 16 v. 6); c) “_________ sabiduría es _________ fin principal de _________ hombres sensatos, pero _________ metas del necio están en _________ confines de _________ tierra” (Proverbios c. 17 v. 24).

a) Fluminense es _________ mejor equipo de Rio de Janeiro; b) Dios bendice _________ que es sincero; c) _________ importante es que digas la verdad; d) Valora _________ fiel amigo.

(UERJ)

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PROFUNDIZANDO

Mundo sin guerras

¿Crees que esto es posible? ...nosotros también

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Hoy se pararon todas las guerras en el mundo. El virtual estado de tregua mundial puede mantenerse durante toda la semana. De confirmarse, sería la primera vez en la historia que ocurriera un hecho de estas características. Conforme a lo previsto, hacia la tarde de la víspera han ido cesando los combates en los 34 puntos de conflicto del planeta. Los observadores internacionales apostados en las zonas calientes informaron que, a las primeras luces del alba, el cese del fuego era total. La noticia fue recibida con júbilo por la opinión pública en general, ya que si bien el cese de las hostilidades debía regir desde las cero horas de hoy, se temían escaramu-

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(Reuters. 1o Mayo, 2000. Edición internacional, año 5. Disponível em: http://nuevo2.humanismo.gi/humanismo/msg/)

18) “Hoy se pararon todas las guerras en el mundo”. A inclusão de uma notícia como esta de 1/5/2000 na internet, dentro da página da ONG Mundo sin Guerras, tem como objetivo: a) identificar o grupo de boicote da campanha pela paz; b) divulgar a luta dos participantes pelo mundo sem guerras; c) informar o leitor dos avanços da tarefa do “2000 sin guerras”; d) apresentar os resultados possíveis de uma campanha pela paz.


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21) Las informaciones sobre el cese del fuego, en cuanto a su duración, nos indican que él: a) permaneció constante hasta las primeras luces del alba; b) sucedió de forma gradual hasta el día primero de mayo; c) aconteció de pronto en la fecha determinada; d) ocurrió justo a la cero hora del día primero. 22) (UERJ – Adaptada) Com base no texto a seguir, responda o que se pede.

El futuro de la humanidad

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La evolución humana en los próximos miles de milenios

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Supongamos que la raza humana se empeña em seguir existiendo por los próximos millones de años. Supongamos que no nos destruimos entre nosotros, que la Tierra sigue siendo habitable y que un asteroide no nos extingue. Sigamos suponiendo y afirmemos que no nos atacan los alienígenas, ni los zombies se levantan de sus tumbas para comer nuestra jugosa carne. Supongamos eso, y mucho más, para hacernos la siguiente pregunta: ¿Cómo evoluciona-

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20) “¿Crees que esto es posible? (...) nosotros también” En este mensaje podemos identificar como su emisor y receptor, respectivamente: a) el organizador de la campaña y un Premio Nobel; b) un portavoz de la organización y la gente del año 2000; c) la agencia Reuters y un lector de Mundo sin Guerras; d) la ONG Mundo sin Guerras y un usuario actual de Internet.

ría el ser humano en los próximos millones de años? La respuesta la encontramos en una pieza de ciencia especulativa que usamos como punto de partida para tejer nuestras propias hipótesis. Puede sonar a ciencia ficción, pero te aseguramos que todas las afirmaciones que leerás en este artículo fueron realizadas por científicos expertos en la materia. La pregunta es: ¿Cómo evolucionará el ser humano en los próximos millones de años? Partamos de la base que ningún científico, por más erudito que sea, puede predecir esto con precisión. Pero algunos se animan a especular, estudiando cómo se ha dado la evolución en el pasado, las tecnologías actuales (y en lo que se convertirán) y el impacto que éstas tendrán en la humanidad. Es una apuesta arriesgada basada solo en teorías especulativas pero, como ninguno de nosotros estará vivo para confirmarlas o negarlas, no hay ninguna reputación en juego. Entre los diferentes escenarios posibles apuntados por los cientistas, hay los astrans (raza humana alienígena). No nos estamos refiriendo a que un día invadirán los extraterrestres y tendrán hijitos mitad humanos, mitad E.T. Pero, en el transcurso de millones de años, y si el humano llega a conquistar otros planetas, y según el principio de especiación, bien podríamos divergir en las más variadas especies, una por planeta conquistado. La teoría del viaje hiper espacial ya está siendo estudiada, y hay indicios de que podría ser posible. Si no lo fuera, y gracias a las mejoras genéticas, podríamos lograr humanos que puedan hibernar por siglos, capaces de soportar un prologando viaje en naves robóticas con “piloto automático”. ¿Imposible? No, no lo es. Existe un tipo de invertebrados (los tardigrada u osos de agua) capaz de soportar (sin ningún tipo de protección) un viaje por el espacio, manteniéndose inactivo en estado de hibernación. Si hay un organismo vivo que lo pueda hacer, nosotros podríamos lograrlo (hablamos de millones de años). El prestigio-

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19) Na notícia, diz-se que o estado de tregua mundial é virtual pela seguinte razão: a) O fim da guerra decisiva é uma certeza. b) A conclusão do conflito mundial é uma farsa. c) O estado de paz definitiva é uma possibilidade. d) A simulação de tregua criada é uma necessidade.


¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

Vocabulário: 1) Especiación: proceso mediante el cual una población de una determinada especie da lugar a otra u otras poblaciones, aislados reproductivamente entre sí y con respecto a la población original. 2) SETI: sigla em inglês para Búsqueda de Inteligencia Extraterrestre.

25) (UFF) Señala la única forma equivalente al uso de lo en “como un rey Midas convierte en oro todo lo que toca”: a) Las madres lloran por lo poco que comen sus hijos; b) Las madres de Sudán lo han solicitado ya; c) El rey Midas le felicitó a la madre por lo hermoso de ese nacimiento; d) Madona apenas lo vio y lo eligió padre de su hijo; e) La niña recibió todo lo que sus padres soñaron.

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a) El autor usa la 1a persona del plural en el 3º párrafo, una vez incluyendo el lector u otra lo excluyendo. Entresaca de este párrafo, en español, un ejemplo de uso de la 1a persona del plural que excluya el lector y outro que lo incluya. Luego, justifica cada unos de los ejemplos. b) El autor argumenta de la posibilidad del hombre realizar en un futuro lejano viajes hiper espacial. Explique la condición hecha por el autor para que esa hazaña se concretice. Luego, justifica la importancia del experimento con los tardígrados para probar que el viaje es posible para el hombre. c) A lo largo del texto, el autor aclara que las teorías presentadas sobre el futuro están basadas en afirmaciones de especialistas en el asunto. ¿Cuál es el objetivo del autor al aclarar tales teorías? Luego, indica los especialistas citados.

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(Max Ferzzola. Disponível em: www.neoteo.com)

24) “(...) los más importantes países (...)” El singular de lo subrayado está en la opción: a) “por todo lo alto”; b) “es lo que vamos a hacer”; c) “de todo el mundo”; d) “cuando lo celebremos”.

so paleontólogo Peter Ward está de acuerdo en que, de ser posible la conquista de otros planetas, sí se daría. Shostak, astrónomo en jefe del proyecto SETI, también lo ve posible. ¿Eso se dará? Nunca lo sabremos.

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23) “(...) perfecto distingo lo negro (...)” O artigo neutro assinalado acima pode preencher corretamente a lacuna da seguinte alternativa: a) ___________ mejor de la excursión fue la visita al Prado; b) ___________ buen amigo debe de actuar de ese modo; c) ___________ gran reloj está lejos de esta calle; d) __________ último candidato estaba muy cansado; e) ___________amable director conoce a tu familia.

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26) (UFF) Señala la respuesta donde lo tenga, respectivamente, idéntico valor que en “lo que la competición ganó en extensión lo perdió en intensidad”: a) Lo del fútbol laborioso es un cuento, pero no es lo que nos importa; b) Lo bueno en un partido puede ser lo malo en otro; c) Lo que los responsables entendieron fue lo exitoso en el Mundial; d) Lo que importa en el Mundial lo dijeron a diversos equipos; e) Lo lúdico es lo que importa en un Mundial. 27) (UFF) Marca la opción donde lo tenga uso idéntico a “lo mejor de la tradición” : a) el pensamiento, debemos mantenerlo vivo; b) lo hermoso es poder pensar; c) lo que se exige son cambios sociales; d) contagiar el sueño y para hacerlo hay que trabajar; e) tener un pequeño sueño es mejor que no tenerlo.


28) (UFRRJ) Las palabras que presentan el mismo género de “colores y paisaje” que aparecen en el texto son: a) costumbre / leche / sal; b) puente / legumbre / agua; c) sangre / olor / hambre; d) equipaje / dolor / árbol; e) risa / muchedumbre / equipaje.

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DESAFIANDO

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29) (ENEM)

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As marcas de primeira pessoa do plural no texto da campanha de amamentação têm como finalidade: a) incluir o enunciador no discurso para expressar formalidade; b) agregar diversas vozes para impor valores às lactantes; c) forjar uma voz coletiva para garantir adesão à campanha; d) promover uma identificação entre o enunciador e o leitor para aproximá-los; e) remeter à voz institucional promotora da campanha para conferir-lhe credibilidade.


¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

30) (ENEM)

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El robo

Para los niños anchos espacios tiene el día y las horas son calles despejadas abiertas avenidas.

A nosotros, se estrecha el tiempo de tal modo que todo está apretado y oprimido.

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Se atropellan los tiempos Casi no da lugar un día a otro. No bien ha amanecido cae la luz a pique en veloz mediodía y apenas la contemplas huye en atardeceres hacia pozos de sombra.

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Dice una voz: entre vueltas y vueltas se me fue el día. Algún ladrón oculto roba mi vida

(MAIA, C. Obra poética. Montevidéu: Rebecalinke, 2010)

O poema El robo, de Circe Maia, poetisa uruguaia contemporânea, trata do(a): a) problema do abandono de crianças nas ruas; b) excesso de trabalho na sociedade atual; c) angústia provocada pela fugacidade do tempo; d) violência nos grandes centros urbanos; e) repressão dos sentimentos e da liberdade.

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31) (ENEM)

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A acessibilidade é um tema de relevância tanto na esfera pública quanto na esfera privada. No cartaz, a exploração desse tema destaca a importância de se: a) estimular os cadeirantes na superação de barreiras; b) respeitar o estacionamento destinado a cadeirantes; c) identificar as vagas destinadas a cadeirantes; d) eliminar os obstáculos para o trânsito de cadeirantes; e) facilitar a locomoção de cadeirantes em estacionamentos.

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32) (UEG)

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A través del lenguaje verbal y del no verbal, en la viñeta se expresa una crítica hacia: a) el desánimo con que los terapeutas enfrentan el radicalismo; b) la incongruencia que refleja una voluntad sin acción; c) las manías que derivan en la adquisición de armas; d) los motivos inventados que justifican la violencia. 33) (UECE) La frase “Ahora me doy cuenta de __________________ maduras que están estas peras” se completa correctamente con: a) las – artículo determinante; b) lo – artículo neutro; c) el – artículo definido; d) lo – pronombre complemento directo.

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34) (Makiyama) “Sin embargo, la OMS apunta que Perú es uno de los 77 países que no cuenta con cifras fiables sobre las causas de las muertes registradas.” Os termos “los” e “cuenta”, acima e em negrito, são classificados neste contexto, correta e respectivamente, como: a) artigo e verbo; b) pronome e substantivo; c) adjetivo e substantivo; d) preposição e numeral.


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¿ESTRATEGIAS DE LECTURA: COMO ENTENDERLAS?

RESUMIENDO

• Para una mejor comprensión de textos podemos utilizar algunas estrategias básicas de lectura: conocimiento de mundo, conocimiento lingüístico, textual, discursivo, suposiciones y reconocimiento global de las palabras conocidas;

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• El reconocimiento global de las palabras conocidas desencadena y permite: formar una idea general del texto, deducir el significado de las palabras por el contexto y seleccionar la información correcta u ojetivo; • Los pronombres personales son: Yo – 1a persona del signular, Tú – 2 a persona del signular, Él / Ella / Usted – 3 a persona del signular, Nosotros(as) – 1a persona del plural, Vosotros(as) – 2 a persona del plural, Ellos / Ellas / Ustedes – 3 a persona del plural;

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• Las personas de un discurso son: 1a persona (Yo, Nosotros)– Es la persona que habla (emisor o enunciador), 2 a persona (tú, vosotros, usted, ustedes) – Es la persona con quien se habla (receptor, destinatário o coenunciador) y 3 a pessoa (él, ellos, ella, ellas) – Es de quien se habla (referencial); • El uso del emisor tiene 3 significaciones textuales: inclusión del enunciador en el texto, expresión del ponto de vista del enunciador, establecer cumplicidad / indentificación con el lector; • Los artículos son: Determinados – El / Los / La / Las e Indeterminados – Un / Unos / Una / Unas;

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• El artículo neutro LO es utilizado para sustantivar adjetivos y adverbios y no viene nunca antes de sustantivo masculino singular.

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FILOSOFIA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: O INDIVÍDUO NOS SÉCULOS XX E XXI

Objetivos de aprendizagem: • Discutir o conceito de indivíduo; • Problematizar a noção de responsabilidade individual; • Abordar a transvaloração dos valores de Nietzsche; • Apresentar a fenomenologia de Husserl;

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• Abordar o existencialismo de Sartre.

(Disponível em: https://pixabay.com/pt/cabode-guerra-monumento-wismar-515183/ – falco. Acesso em: setembro de 2016)


O sujeito individual livre

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FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: O INDIVÍDUO NOS SÉCULOS XX E XXI

“O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo.”

(Jean-Paul Sartre)

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Houve um tempo em que não existia o conceito de “liberdade individual”. O indivíduo era compreendido como parte de um grupo: a família, os amigos, a pólis. A concepção do indivíduo desprovido da individualidade, mas inserido em um conjunto social e político, foi substituída, na Idade Média, pela ideia de um sujeito essencialmente dotado de liberdade e, por isso, independente de suas circunstâncias sociais e políticas. A concepção do indivíduo como um ser absolutamente livre foi desenvolvida até a sua radicalidade a partir do fim do século XIX. Essa noção é a que, em nosso tempo, utilizamos como a própria definição de sujeito individual livre: uma pessoa que pode escolher livremente seus objetivos e suas ações em todas as dimensões de sua vida.

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1) A responsabilidade individual

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Uma questão sempre associada ao problema da liberdade individual é a responsabilidade em relação às nossas ações. Em que medida nós somos influenciados pelas circunstâncias nas quais vivemos? Até que ponto somos realmente livres? Será que nossas ações, que acreditamos serem realizadas de modo autônomo, são, de algum modo, determinadas por fatores sobre os quais não temos controle? Essas perguntas não têm uma resposta simples e imediata. Afinal, é difícil estabelecer o alcance das influências de nossas circunstâncias em nossa liberdade individual quando tudo o que pensamos e fazemos circunscreve-se ao nosso horizonte de pensamentos e ações possíveis, o que inevitavelmente nos conduz a um “ponto cego” em relação às causas de nossas atitudes. É por isso que geralmente consideramos o nosso entendimento sobre o mundo semelhante ao mundo em si, e tendemos a pensar

que aqueles que entendem de modo diferente estão errados. Essa é a razão pela qual é tão comum a atitude de negar, sem exame, as opiniões alheias. A saída para esse “ponto cego”, raiz da incompreensão, da intolerância e do preconceito, é compreender que todas as percepções que temos a respeito da “realidade” são simplesmente percepções, constituídas a partir de uma singularidade existencial e de muitas circunstâncias. Há muitos filósofos influentes que abordam a necessidade de percebermos os limites de nossa visão de mundo, para que não a confundamos com o próprio mundo. Neste caderno, estudaremos três deles: Nietzsche, Husserl e Sartre.

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(Disponível em: https://leb.fbi.gov/2016/april/image/youngman-in-a-crowd.jpg. Acesso em: setembro de 2016)


FILOSOFIA

2) Friedrich Nietzsche (1844–1900)

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Ora, se “Deus está morto”, o ser humano deve construir, livremente, sua própria existência – o que significa, em primeiro lugar, afirmar-se como o criador de sua própria vida e de seus próprios valores, único responsável por si e pelas suas ações.

2.2) Sem Deus, tudo é possível?

Podemos fazer um paralelo da afirmação de Nietzsche de que “Deus está morto” com a ideia expressa por Fiódor Dostoyevsky (1821–81) em Os irmãos Karamazov: se Deus não existe, tudo é possível. É assim que Dostoyevsky escreve: (...) Ivan Fiodorovitch Karamazov declarou em tom solene que em toda a face da Terra não existe absolutamente nada que obrigue os homens a amarem seus semelhantes, que essa lei da natureza, que reza que o homem ame a humanidade, não existe em absoluto e que, se até hoje existiu o amor na Terra, este não se deveu a lei natural mas tão só ao fato de que os homens acreditavam na própria imortalidade. Ivan Fiodorovitch acrescentou, entre parênteses, que é nisso que consiste toda a lei natural, de sorte que, destruindo-se nos homens a fé em sua imortalidade, neles se exaure de imediato não só o amor como também toda e qualquer força para que continue a vida no mundo. E mais: então não haverá mais nada amoral, tudo será permitido, até a antropofagia. Mas isso ainda é pouco, ele concluiu afirmando que, para cada indivíduo particular, por exemplo, como nós aqui, que não acredita em Deus nem na própria imortalidade, a lei moral da natureza deve ser imediatamente convertida no oposto total da lei religiosa anterior, e que o egoísmo, chegando até ao crime, não só deve ser permitido ao homem mas até mesmo reconhecido como a saída indispensável, a mais racional e quase a mais nobre para a situação.

(Disponível em: https://goo.gl/jTFDq9. Acesso em: setembro de 2016)

2.1) Niilismo

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A palavra “niilismo” vem do termo latino nihil, que significa “nada”. O niilismo é a teoria segundo a qual a vida não tem sentido, objetivo, propósito ou valor intrínseco. Para o niilista, nada existe de modo inerente; ou seja, é tudo questão de escolha arbitrária, inclusive quando se trata dos conceitos de moral, de verdade e de justiça. Assim, tanto faz escolher um, outro ou nenhum caminho de vida. Para Nietzsche, a cultura de seu tempo já abandonou qualquer compromisso genuíno com o Deus da fé cristã. Assim, diz Nietzsche, a ideia de Deus se torna irrelevante – ou, em suas palavras, “Deus está morto” (conforme afirma em seu Assim falou Zaratustra).

(DOSTOYEVSKY, F. Os irmãos Karamazov. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2008, p. 109.)

Dostoyevsky, em outra passagem, se refere ao que aconteceria se todos rejeitassem Deus: Quando a humanidade, sem exceção, tiver renegado Deus (e creio que essa era virá), então cairá por si só, sem antropofagia, toda a velha

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Nietzsche é considerado um dos filósofos mais influentes no século XX. Pensador polêmico, não organizou sua filosofia como um sistema; em vez disso, construiu um estilo de escrita no qual expõe, sem o rigor dos escolásticos, suas ideias, muitas vezes sob a forma de aforismos seguidos de explicações. Para alguns intérpretes de seu pensamento, Nietzsche é um filósofo niilista. Para outros, ele é um anti-niilista, e lança um programa de reafirmação da vida, no qual propõe um reexame da existência humana a partir da perspectiva da ausência de qualquer tipo de vida transcendental ou posterior à morte. Essa reafirmação da vida se daria a partir da rejeição da moral e do desprezo em relação aos valores das pessoas comuns – especialmente os valores cristãos.


FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: O INDIVÍDUO NOS SÉCULOS XX E XXI

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PRATICANDO 1) Para Nietzsche, “Deus está morto”. Em Os Irmãos Karamazov, Dostoyevsky extrai uma consequência moral da ideia da “morte de Deus”. Qual é essa consequência?

3) Edmond Husserl (1859–1938)

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concepção de mundo e, principalmente, toda a velha moral, e começara o inteiramente novo. Os homens se juntarão para tomar da vida tudo o que ela pode dar, mas visando unicamente à felicidade e à alegria neste mundo. O homem alcançará sua grandeza imbuindo-se do espírito de uma divina e titânica altivez, e surgirá o homem-deus. Vencendo, a cada hora, com sua vontade e ciência, uma natureza já sem limites, o homem sentirá assim e a cada hora um gozo tão elevado que este lhe substituirá todas as antigas esperanças no gozo celestial. Cada um saberá que é plenamente mortal, não tem ressurreição, e aceitará a morte com altivez e tranquilidade, como um deus. Por altivez compreenderá que não há razão para reclamar de que a vida é um instante, e amará seu irmão já sem esperar qualquer recompensa. O amor satisfará apenas um instante da vida, mas a simples consciência de sua fugacidade reforçará a chama desse amor tanto quanto ela antes se dissipava na esperança de um amor além-túmulo e infinito.

(Ibid., p. 840.)

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Isso significa que, embora Nietzsche e Dostoyevsky concordassem com o fato de que a cultura de seu tempo rejeitava a ideia de Deus, eles atribuíam um valor diferente a isso. Para Nietzsche, a “morte de Deus” tinha um valor positivo: o de libertar o ser humano para a realização livre de todas as suas potências individuais, sem as amarras da moralidade. Para Dostoyevsky, a “renegação de Deus” tinha o valor negativo de eliminar todos os freios morais que impedem que os homens se tornem vis e criminosos, mas também o valor positivo de levá-los a aproveitar intensamente os prazeres da vida.

Cena do filme Os Irmãos Karamazov, de Richard Brooks – 1957 – (Disponível em: https://goo.gl/yP5M5q.jpg. Acesso em: setembro de 2016)

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(Disponível em: https://elmarhussein.files.wordpress. com/2015/11/edmund_husserl_1.jpg. Acesso em: setembro de 2016)

Edmond Husserl foi um filósofo alemão muito relevante para a filosofia do século XX. Husserl estava interessado no estabelecimento de uma ciência fundamental e sistemática para compreender o modo pelo qual nós pensamos o que pensamos – ou seja, a estrutura da consciência. Essa ciência foi chamada por Husserl “fenomenologia”. A fenomenologia é uma ciência filosófica que visa investigar a intencionalidade. Para isso, é necessário, segundo Husserl, evitar a “perspectiva natural”, que é o modo como percebemos normalmente o mundo, com objetos aos quais atribuímos propriedades que não dependem de nós, mas que emanam dos próprios objetos. Husserl propõe um novo olhar sobre a realidade: para ele, é preciso


FILOSOFIA

3.1) Intencionalidade

PRATICANDO

2) Husserl considera que, para estudar o próprio processo de pensar, é preciso adotar a atitude chamada “redução fenomenológica”. O que é essa atitude?

4) Jean-Paul Sartre (1905–80)

(Disponível em: http://simoneklugman.com/wp-content/ uploads/2016/01/sartre.jpg. Acesso em setembro de 2016)

Sartre é um dos mais importantes filósofos franceses no século XX. Ele é conhecido principalmente por ter participado do desenvolvimento da filosofia existencialista. Sartre foi também um dramaturgo, romancista e ativista político. Tornou-se um dos mais proe5

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A intencionalidade é a qualidade de estar com a consciência voltada para alguma coisa – seja um pensamento, uma crença, um anseio, um sonho, um desejo, uma percepção. O problema da intencionalidade é a questão de compreender em que consiste a relação entre um estado mental (como um pensamento, uma percepção etc.) e as coisas sobre as quais esse estado mental se constitui. Em oposição à “perspectiva natural”, Husserl propõe a adoção da “perspectiva fenomenológica”: nela, o objeto deixa de ser algo simplesmente “externo”, deixa de ser entendido como algo que possui uma realidade em si que é acessada pelos sentidos; o objeto passa a ser compreendido como um grupo de aspectos percebidos na consciência. Assim, na perspectiva fenomenológica o objeto não é tomado como “real”. Isso significa que a essência do objeto não está nele mesmo, mas na relação entre ele e o sujeito da percepção. Em outras palavras, o conteúdo do ato mental é imanente, e o que é exterior à natureza intrínseca do ato mental é secundário ou irrelevante. As questões sobre a “realidade exterior”, assim, devem ser “postas entre parênteses”. Para compreender melhor o mundo das aparências e dos objetos, a fenomenologia procura identificar as características invariantes do modo como os objetos são percebidos, “pondo em parênteses” tudo o que não diz respeito à própria percepção na consciência. Com esse objetivo, Husserl propõe o método da “redução fenomenológica”, também chamado de “epoché”: a suspensão do juízo sobre “a realidade natural” para, assim, focar na análise da intencionalidade. Na atitude de epoché ou de redução fenomenológica, o sujeito coloca de lado a questão da real existência dos objetos contemplados, assim como

todas as outras questões sobre sua natureza física ou objetiva. Por exemplo: o ato de ver uma árvore é uma experiência, independentemente de a árvore ser vista pessoalmente, num sonho ou numa alucinação. “Colocar a árvore entre parênteses” corresponde a suspender todo o julgamento da árvore como algo existindo em si; e, em lugar disso, analisar a “árvore como percebida” como constituída de atos da intencionalidade. A filosofia de Husserl constituiu uma das bases do existencialismo do século XX. Com a criação da fenomenologia, que é uma ciência que analisa o processo de constituição da consciência do ser humano, Husserl direcionou parte da filosofia dos últimos 100 anos na direção da ideia de que a consciência humana é essencialmente livre. Essa ideia foi desenvolvida de modo radical na filosofia de Sartre.

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examinar como nós, ao direcionarmos nossa intencionalidade, na verdade constituímos os objetos.


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A filosofia existencialista foi desenvolvida por filósofos do final do século XIX e do início do século XX que defendiam que a filosofia não se encerra no mero pensamento, mas que diz respeito à maneira de viver, de sentir e de agir de cada ser humano individual. O principal valor, para o existencialismo, é a liberdade individual, e a principal virtude é a autenticidade. Segundo os existencialistas, o ponto de partida de todos os seres humanos é a desorientação e a confusão diante do absurdo do mundo. Esse sentimento de estar perdido diante do absurdo é chamado de “atitude existencial”. De acordo com Sartre, a principal tese do existencialismo é a de que “a existência precede a essência”, ou seja, de que os indivíduos são primariamente singulares, independentes, conscientes e responsáveis por seus atos, e que rótulos, papéis sociais, estereótipos, definições e outras categorias pré-concebidas não determinam o que o indivíduo “é”. É a vida real, com os pensamentos, as atitudes, as ações de cada indivíduo que significam o que ele “é”. Para Sartre, cada ser humano, por meio de sua própria consciência, cria seus próprios valores e determina o sentido de sua vida. Assim, cada pessoa somente pode ser definida em termos do que faz com sua vida. Deste modo, alguém que age com bondade para com os outros é definida como uma pessoa “boa”, e quem age com crueldade é definida como uma pessoa “cruel”. Cada um é responsável pelas suas próprias ações, e não se pode atribuir o comportamento de alguém a nada externo: à sociedade, às condições econômicas, à religião, à formação familiar... Para os existencialistas, quem atribui

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4.1) O existencialismo

suas ações a outras causas (sejam sociais, sejam genéticas) age com “má-fé”, ou seja, age se enganando, escondendo de si mesmo a condição radical de liberdade do ser humano. Os mais importantes existencialistas foram: Soren Kierkgaard (1813–1855), Fiódor Dostoyevsky (1821–1881), Friedrich Nietzsche (1844–1900) e Sartre (1905–80). Boa parte da tradição da filosofia pressupõe uma diferença entre a aparência e a essência. A aparência é o fenômeno, é contingente; a essência é o substrato que possibilita o fenômeno, é necessária. Sartre recusa essa distinção. Para Sartre, é preciso reconhecer que a aparência não esconde, mas revela a essência – ou, em outros termos, que a aparência é a essência. Sartre afirma que “o homem é condenado a ser livre”. Com isso, ele quer dizer que a liberdade é um dado absoluto da existência humana. O ser humano é necessariamente livre. Mesmo a decisão de seguir ordens de outra pessoa é tomada livremente: a escolha de não ser livre é uma escolha livre. Por essa razão, cada pessoa é completamente responsável por todas as suas ações. O sujeito não pode responsabilizar outras pessoas, a sociedade, as circunstâncias, a formação, a religião etc. por seus atos: eles são de total responsabilidade do agente. Para Sartre, o dado imediato da existência humana é a consciência. É a consciência que torna o ser humano absolutamente livre, ou seja, capaz de escolher cada uma de suas ações. A consciência de que se é um sujeito diferente de todos os outros e de todas as coisas conduz à compreensão de que se está sozinho no mundo. De acordo com Sartre, não há Deus, não há o outro, não há as circunstâncias para amenizar essa solidão; consequentemente, cada homem precisa tomar todas as decisões de sua vida de modo absolutamente solitário. Ele é o único responsável por todos os seus atos. Todavia, na filosofia de Sartre não há lugar para prescrições morais. Não existe no mun-

minentes defensores do marxismo no século XX. Teve um relacionamento aberto com a feminista Simone de Beauvoir (1908–86) por 61 anos: de 1929 até a sua morte. Foi escolhido para o Nobel de literatura em 1964, mas recusou o prêmio.

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4.2) Simone de Beauvoir

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Uma das mais importantes feministas do século XX, Simone procura desenvolver a tese de Sartre no sentido de elaborar uma teoria sobre o papel da mulher na sociedade. Sua obra mais importante é O segundo sexo, publicado pela primeira vez em 1949. A tese central de O segundo sexo é que a mulher é historicamente oprimida pelos homens: elas são relegadas ao papel de ser o “Outro” do homem. De acordo com Simone, a mulher é considerada “o incidental, o inessencial, opostamente ao essencial. Ele é o Sujeito, o Absoluto – ela é o Outro”. O livro divide-se em duas partes. O primeiro livro investiga os “Fatos e Mitos” sobre as mulheres sob múltiplas perspectivas: a biológica, a psicanalítica, a marxista, a histórica, a literária e a antropológica. O livro II apresenta, logo no início, a mais famosa frase de Simone: “Ninguém nasce mulher; torna-se mulher”. Com essa afirmação, ela pretende destruir a ideia de que as mulhe-

res nascem “femininas”, propondo, no lugar dessa ideia, a posição de que o “feminino” é construído por uma doutrinação social. Simone de Beauvoir descreve a educação da mulher desde sua infância, passa por sua adolescência e finalmente chega às experiências de iniciação sexual e de lesbianismo. Em cada estágio, Simone ilustra como as mulheres são forçadas a esconder suas demandas e a aceitar um papel “passivo” e “alienado” diante das demandas “ativas” e “subjetivas” dos homens. Nesse sentido, ela estuda os papéis sociais das esposas, das mães e das prostitutas para defender a ideia de que as mulheres são forçadas a viver existências monótonas parindo filhos, cuidando da casa e sendo receptáculos sexuais para a libido masculina.

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do o “certo” e o “errado”, o “justo” e o “injusto”, a não ser na consciência de cada um, em cada situação. Sartre propõe uma ética que considera o fato da realidade humana em sua situação.

(Sartre e Simone de Beauvoir – Disponível em: https://fauufpa. files.wordpress.com/2015/11/sp.jpg. Acesso em: setembro de 2016)

Somos realmente livres?

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Uma reflexão sobre o livre-arbítrio

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Somos realmente donos de nossas próprias posições? Por que tomamos as decisões que tomamos? Há uma relação existente entre o que achamos que sabemos e aquilo que age sobre nós em um inconsciente que trabalha constantemente. Vamos abrir um pouco mais essas ideias em nosso portal www.4newsmagazine.com.br. #EuControloMeuGuidom


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(BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1980)

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Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a): a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual; b) ressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho; c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero; d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos; e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

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3) (ENEM) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.

se chegarmos a descobri-las, rejeitamos ainda em publicá-las, tanto nos parecem grosseiras! Tanto aparentam caluniar a moralidade! Veja-se, por exemplo, a proposição principal: a moralidade não é outra coisa (portanto, antes de tudo, nada mais) senão a obediência aos costumes, sejam eles quais forem; ora, os costumes são a maneira tradicional de agir e de avaliar. Em toda parte onde os costumes não mandam, há moralidade; e quanto menos a vida é determinada pelos costumes, menor é o cerco da moralidade. O homem livre é imoral, porque em todas as coisas quer depender de si mesmo e não de uma tradição estabelecida: em todos os estados primitivos da humanidade, “mal” é sinônimo de “individual”, livre”, “arbitrário”, “inabitual”, “imprevisto”, “imprevisível”. Nesses mesmos estados primitivos, sempre segundo a mesma avaliação: se uma ação é executada, não porque a tradição o exija, mas por outros motivos (por exemplo, por causa de sua utilidade individual) e mesmo pelas razões que outrora estabeleceram o costume, a ação é classificada como imoral e considerada como tal até mesmo por aquele que a executa: pois este não se inspirou na obediência para com a tradição. E o que é a tradição? Uma autoridade superior à qual se obedece, não porque ordene o útil, mas porque ordena. Em que esse sentimento da tradição se distingue de um sentimento geral do medo? É o temor de uma inteligência superior que ordena, de um poder incompreensível e indefinido, de alguma coisa que é mais que pessoal – há superstição nesse temor. Na origem, toda a educação e os cuidados do corpo, o casamento, a medicina, a agricultura, a guerra, a palavra e o silêncio, as relações entre os homens e as relações com os deuses, pertenciam ao domínio da moralidade: esta exigia que prescrições fossem observadas, sem pensar em si mesmo como indivíduo. Nos tempos primitivos, tudo dependia, portanto, do costume e aquele que quisesse se elevar acima dos costumes devia tornar-se legislador, curandeiro e algo como um semideus: isto é, deveria criar costumes – coisa espantosa e muito perigosa!

PRATICANDO

4) De acordo com Sartre, “o homem está condenado a ser livre”. O que significa essa afirmação?

Textos complementares Texto 1

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O conceito da moralidade dos costumes

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Se compararmos nossa maneira de viver com aquela da humanidade durante milhares de anos, constataremos que nós, homens de hoje, vivemos numa época muito imoral: o poder dos costumes enfraqueceu de uma forma surpreendente e o sentido moral sutilizou e se elevou de tal modo que podemos muito bem dizer que se volatilizou. É por isso que nós, homens tardios, tão dificilmente penetramos nas ideias fundamentais que presidiram a formação da moral e,

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pria comunidade: essa pena é uma punição sobrenatural, cuja manifestação e limites são tão difíceis de captar para o espírito, que os analisa com um medo supersticioso. A comunidade pode obrigar o indivíduo a reparar, em relação a outro indivíduo ou à própria comunidade, o dano imediato que é a consequência de seu ato, pode igualmente exercer uma espécie de vingança sobre o indivíduo porque, por causa dele – como uma pretensa consequência de seu ato – as nuvens divinas e as explosões da cólera divina se acumularam sobre a comunidade – mas ele considera, no entanto, acima de tudo, a culpabilidade do indivíduo como culpabilidade própria dela e suporta sua punição como sua própria punição: “Os costumes estão relaxados”, assim geme a alma de cada um, “uma vez que tais atos se tornaram possíveis”. Toda ação individual, toda maneira de pensar individual fazem tremer; é totalmente impossível determinar o que os espíritos raros, escolhidos, originais tiveram de sofrer no curso dos tempos por serem assim sempre considerados como maus e perigosos – mais ainda, por se terem sempre eles próprios considerado assim. Sob o domínio da moralidade dos costumes, toda forma de originalidade tinha má consciência; o horizonte dos melhores tornou-se ainda mais sombrio do que deveria ter sido. (NIETZSCHE, F. Aurora. Tradução de Antônio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2007, pp. 22-25.)

Texto 2 O que é bom? Tudo aquilo que eleva no homem o sentimento do poder, a vontade de poder, o próprio poder. O que é mau? Tudo aquilo que provém da fraqueza. O que é a felicidade? O sentimento de que a força cresce, de que uma resistência foi superada. Não a satisfação, mas mais poder; não a paz em si mesma, mas a guerra; não a virtude, mas a capacidade (virtude no estilo da Renascença, a virtù, a virtude isenta de moralismo). Os fracos e os fracassados devem morrer: primeiro princípio de nossa filantropia. E realmente se deve ajudá-los nisso. 9

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Qual é o homem mais moral? Em primeiro lugar, aquele que cumpre a lei com mais frequência: por conseguinte, aquele que, semelhante ao brâmane, em toda a parte e em cada instante conserva a lei presente no espírito de tal maneira que inventa constantemente ocasiões de obedecer a essa lei. Em seguida, aquele que cumpre a lei também nos casos mais difíceis. O mais moral é aquele que mais sacrifica aos costumes; mas quais são os maiores sacrifícios? Respondendo a essa pergunta, chega-se a desenvolver várias morais distintas; contudo, a diferença essencial continua sendo aquela que separa a moralidade do cumprimento mais frequente da moralidade do cumprimento mais difícil. Não nos enganemos acerca dos motivos dessa moral que exige como sinal de moralidade o cumprimento de um costume nos casos mais difíceis! A vitória sobre si próprio não é exigida por causa das consequências úteis que tem para o indivíduo, mas para que os costumes e a tradição apareçam como dominantes, apesar de todas as veleidades contrárias e todas as vantagens individuais: o indivíduo deve se sacrificar – assim o exige a moralidade dos costumes. Em compensação, esses moralistas que, semelhantes ao sucessores de Sócrates, recomendam ao indivíduo o domínio de si e a sobriedade, como suas vantagens mais específicas, como a chave mais pessoal de sua felicidade, esses moralistas constituem a exceção – e se vemos as coisas de outro modo é porque simplesmente fomos criados sob a influência deles: todos seguem uma via nova que lhes vale a mais severa reprovação dos representantes da moralidade dos costumes: eles se excluem da comunidade, uma vez que são imorais, e são, na acepção mais profunda do termo, maus. Da mesma forma que um romano virtuoso da velha escola considerava como mau todo cristão que “aspirava, acima de tudo, à sua própria salvação”. Em toda a parte onde existe comunidade e, por conseguinte, moralidade dos costumes, reina a ideia de que a punição pela violação dos costumes recai em primeiro lugar sobre a pró-


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o tipo do réprobo, do “homem depravado”. O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo, fracassado, instituiu como ideal a oposição aos instintos de conservação da vida forte; viciou até mesmo a razão das naturezas mais fortes no espírito, ensinando a classificar os valores mais elevados da intelectualidade como enganosos, como tentações.

(NIETZSCHE, F. O anticristo. Tradução de Antônio Carlos Braga. 2ª Ed. São Paulo: Escala, 2008, pp. 19-22.)

Texto 3

A filosofia como autorreflexão da humanidade

A tarefa a que se propõe o filósofo – sua finalidade de vida como filósofo – consiste em alcançar uma ciência universal do mundo, um saber universal, definitivo, uma totalidade das verdades em si sobre o mundo, sobre o mundo em si. O que se pode pensar sobre esta finalidade? Pode ser alcançada? Posso encontrar uma verdade, uma verdade definitiva? Uma verdade definitiva que eu possa encerrar em um enunciado sobre um ser em si, tendo a segurança indubitável de seu caráter definitivo? Se eu dispusesse de semelhantes verdades dotadas de “evidência imediata”, poderia por via mediata derivar delas novas verdades. Mas onde elas estão? Existe em alguma parte um ser em si do que eu esteja tão indubitavelmente seguro por experiência imediata que eu mesmo possa, com o auxílio de conceitos descritivos, ajustados imediatamente à experiência, ao conteúdo da experiência, enunciar verdades em si de caráter imediato? O que vale, em conjunto e em detalhe, a experiência da ordem mundana, desta ordem da qual tenho uma certeza intuitiva de caráter imediato enquanto ser espaço-temporal? É uma certeza, mas uma certeza pode ser modalizada: o certo pode chegar a ser duvidoso, dissipar-se em simulacro no curso da experiência: nenhum enunciado sobre a experiência imediata me dá um ser de acordo com o que é em si, senão uma coisa pensada segundo o modo de certeza que deve se confirmar no fluxo movente de minha vida de experiência. Mas a simples confirmação,

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O que é mais nocivo que um vício qualquer? A compaixão em ato para todos os fracassados e os fracos – e o cristianismo... O problema que apresento assim não é o de saber o que deve substituir a humanidade na escala dos seres: mas que tipo de homem se deve criar, se deve querer, como tipo de um valor mais elevado, mais digno de viver, mais seguro de um futuro. Esse tipo de um valor mais elevado já se apresentou muitas vezes – mas como um feliz acaso, como uma exceção, nunca como resultado de uma vontade. Pelo contrário, é ele que justamente foi o mais temido, era até aqui quase a coisa mais temida em si; e esse temor fez com que se quisesse, se desejasse, se obtivesse o tipo contrário: o animal doméstico, o animal de rebanho, o homem animal doente – o cristão... A humanidade não representa em absoluto uma evolução em direção ao melhor, ao mais forte, ao mais elevado no sentido como se acredita hoje. O “progresso” é apenas uma ideia moderna, ou seja, uma ideia falsa. O europeu de hoje, em valor, fica muito abaixo do europeu da Renascença; o prosseguimento da evolução não implica em absoluto, como consequência de alguma forma inevitável, a elevação, o acréscimo, o aumento da força. Em outro sentido, há um sucesso contínuo de casos individuais nos locais mais diversos da Terra e nas mais variadas culturas, casos em que se manifesta o que é de fato um tipo mais elevado: algo que, se comparado à humanidade em seu conjunto, parece uma espécie de sobre-humano. Semelhantes acasos felizes de sucesso sempre foram possíveis e talvez serão sempre possíveis; e até mesmo famílias, linhagens, povos em seu conjunto podem, em certas circunstâncias, representar semelhantes acasos felizes. Não se deve embelezar nem enfeitar o cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra esse tipo superior de homem, excomungou todos os instintos fundamentais desse tipo, tomou todos esses instintos para fazer deles um concentrado do mal, o mau: o homem forte como

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argumenta e se decide racionalmente – mas tem um sentido em si a ideia total de verdade? Não é, por acaso, uma invenção filosófica, como a ideia correlata de ser em si? E, certamente, ela não é uma ficção, uma invenção de que poderíamos prescindir e que careceria de significado; é uma invenção que eleva o homem a um novo nível, ou, ao menos, que está destinada a elevar o homem a um plano em que a vida humana adquire uma nova dimensão histórica: em relação com esta, a nova ideia de verdade desempenha o papel de enteléquia; designa o processo filosófico ou científico que lhe está ordenado, o princípio metodológico de um pensamento científico de novo gênero. (HUSSERL, E. A filosofia como ciência estrita.)

Texto 4

O existencialismo é um humanismo

Ao concebermos um Deus criador, identificamo-lo, na maioria das vezes, com um artífice superior, e, qualquer que seja a doutrina que considerarmos – quer se trate de uma doutrina como a de Descartes ou como a de Leibniz –, admitimos sempre que a vontade segue mais ou menos o entendimento ou, no mínimo, que o acompanha, e que Deus, quando cria, sabe precisamente o que está criando. [...] O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Afirma que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como diz Heidegger, a realidade humana. O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la. O homem é tão-somente, não apenas como ele se concebe, mas também como ele se quer; como 11

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constituída pela concordância da experiência real, não basta para prevenir a possibilidade do simulacro. Através de toda a experiência, em que vivo como um eu, em que penso, sou necessariamente um eu, um eu que tem um tu, que tem seus nós e seus vós, o eu dos pronomes pessoais. E o mesmo que eu sou, nós somos necessariamente, no seio de uma comunidade de eus, o correlato da coisa que abordamos a título de existentes mundanos e que pressupomos sempre quando nos dirigimos a ela e fundamos sobre ela um ato de reconhecimento. Pressupomos a coisa como algo de que se pode ter uma experiência em comum. Em função dessa experiência, quando colocamos em comum a vida de consciência, que de outro modo não pode ser isolada de um indivíduo a outro, mas participa da intimamente em uma comunidade, a coisa existe para nós, é real, vale para nós. Mas ao mesmo tempo essa experiência comunitária é de tal índole que o mundo é nossa realidade comum: assim é necessariamente a título de exigência ontológica; sem dúvida, posso entrar em contradição a respeito dos detalhes com meu próximo, com aquele outro, entrar no caminho da dúvida e da negação do ser, como faço até comigo mesmo. Por outro lado, como e em que ponto eu poderia ter posse de um existente definitivo, de um ser em si? A experiência, a experiência comunitária, com suas correções mútuas, escapa tão pouco à relatividade de toda experiência como a experiência pessoal própria com as correções que exerce sobre si mesma; ainda mais que a experiência comunitária é relativa; são, por isso mesmo, necessariamente relativos todos os enunciados relativos e são relativas todas as consequências concebíveis, sejam elas dedutivas ou indutivas. Como poderia o pensamento dar outros frutos que não sejam verdades relativas? E, sem dúvida, o homem da vida corrente não carece de razão; é um ser pensante; possui o atributo que falta no animal; possui, em consequência, a linguagem, o poder de descrever, de deduzir; suscita problemas sobre a verdade; comprova,


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mos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser. Escolher ser isto ou aquilo é afirmar, concomitantemente, o valor do que estamos escolhendo, pois não podemos nunca escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem e nada pode ser bom para nós sem o ser para todos. Se, por outro lado, a existência precede a essência, e se nós queremos existir ao mesmo tempo que moldamos nossa imagem, essa imagem é válida para todos e para toda a nossa época. Portanto, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, pois ela engaja a humanidade inteira. Se eu sou um operário e se escolho aderir a um sindicato cristão em vez de ser comunista, e se, por essa adesão, quero significar que a resignação é, no fundo, a solução mais adequada ao homem, que o reino do homem não é sobre a terra, não estou apenas engajando a mim mesmo: quero resignar-me por todos e, portanto, a minha decisão engaja toda a humanidade. Numa dimensão mais individual, se quero casar-me, ter filhos, ainda que esse casamento dependa exclusivamente de minha situação, ou de minha paixão, ou de meu desejo, escolhendo o casamento estou engajando não apenas a mim mesmo, mas a toda a humanidade, na trilha da monogamia. Sou, desse modo, responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo-me, escolho o homem. Tudo isso permite-nos compreender o que subjaz a palavras um tanto grandiloquentes como angústia, desamparo, desespero. Como vocês poderão constatar, é extremamente simples. Em primeiro lugar, como devemos entender a angústia? O existencialista declara frequentemente que o homem é angústia. Tal afirmação significa o seguinte: o homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira, não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade. É fato que muitas pessoas não sentem ansiedade, porém nós estamos convictos de que estas pessoas mascaram a ansiedade perante si

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ele se concebe após a existência, como ele se quer após esse impulso para a existência. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo. É também a isso que chamamos de subjetividade: a subjetividade de que nos acusam. Porém, nada mais queremos dizer senão que a dignidade do homem é maior do que a da pedra ou da mesa. Pois queremos dizer que o homem, antes de mais nada, existe, ou seja, o homem é, antes de mais nada, aquilo que se projeta num futuro, e que tem consciência de estar se projetando no futuro. De início, o homem é um projeto que se vive a si mesmo subjetivamente ao invés de musgo, podridão ou couve-flor; nada existe antes desse projeto; não há nenhuma inteligibilidade no céu, e o homem será apenas o que ele projetou ser. Não o que ele quis ser, pois entendemos vulgarmente o querer como uma decisão consciente que, para quase todos nós, é posterior àquilo que fizemos de nós mesmos. Eu quero aderir a um partido, escrever um livro, casar-me, tudo isso são manifestações de uma escolha mais original, mais espontânea do que aquilo a que chamamos de vontade. Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Assim, quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que o homem é apenas responsável pela sua estrita individualidade, mas que ele é responsável por todos os homens. A palavra “subjetivismo” tem dois significados, e os nossos adversários se aproveitaram desse duplo sentido. Subjetivismo significa, por um lado, escolha do sujeito individual por si próprio e, por outro lado, impossibilidade em que o homem se encontra de transpor os limites da subjetividade humana. É esse segundo significado que constitui o sentido profundo do existencialismo. Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que quere-

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o direito de agir de tal forma que os meus atos sirvam de norma para toda a humanidade? E, se ele não fazer a si mesmo esta pergunta, é porque estará mascarando sua angústia. Não se trata de uma angústia que conduz ao quietismo, à inação. Trata-se de uma angústia simples, que todos aqueles que um dia tiveram responsabilidades conhecem bem. Quando, por exemplo, um chefe militar assume a responsabilidade de uma ofensiva e envia para a morte certo número de homens, ele escolhe fazê-lo, e, no fundo, escolhe sozinho. Certamente, algumas ordens vêm de cima, porém são abertas demais e exigem uma interpretação: é dessa interpretação – responsabilidade sua – que depende a vida de dez, catorze ou vinte homens. Não é possível que não exista certa angústia na decisão tomada. Todos os chefes conhecem essa angústia. Mas isso não os impede de agir, muito pelo contrário: é a própria angústia que constitui a condição de sua ação, pois ela pressupõe que eles encarem a pluralidade dos possíveis e que, ao escolher um caminho, eles se deem conta de que ele não tem nenhum valor a não ser o de ter sido escolhido. Veremos que esse tipo de angústia – a que o existencialismo descreve – se explica também por uma responsabilidade direta para com os outros homens engajados pela escolha. Não se trata de uma cortina entreposta entre nós e a ação, mas parte constitutiva da própria ação. Quando falamos de desamparo, expressão cara a Heidegger, queremos simplesmente dizer que Deus não existe e que é necessário levar esse fato às últimas consequências. O existencialista opõe-se frontalmente a certo tipo de moral laica que gostaria de eliminar Deus com o mínimo de danos possível. Quando, por volta de 1880, os professores franceses tentaram constituir uma moral laica, disseram mais ou menos o seguinte: Deus é uma hipótese inútil e dispendiosa; vamos suprimi-la: porém, é necessário – para que exista uma moral, uma sociedade, um mundo policiado – que certos valores sejam respeitados e considerados como existentes a priori; é preciso que seja obrigatório, a priori, ser honesto, não mentir, não bater na mulher, fazer filhos etc. Vamos portanto realizar uma pequena manobra que nos permitirá demonstrar que esses valores 13

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mesmas, evitam encará-la; certamente muitos pensam que, ao agir, estão apenas engajando a si próprios e, quando se lhes pergunta: mas se todos fizessem o mesmo?, eles encolhem os ombros e respondem: nem todos fazem o mesmo. Porém, na verdade, devemos sempre perguntar-nos: o que aconteceria se todo mundo fizesse como nós? e não podemos escapar a essa pergunta inquietante a não ser através de uma espécie de má fé. Aquele que mente e que se desculpa dizendo: nem todo mundo faz o mesmo, é alguém que não está em paz com sua consciência, pois o fato de mentir implica um valor universal atribuído à mentira. Mesmo quando ela se disfarça, a angústia aparece. É esse tipo de angústia que Kierkegaard chamava de angústia de Abraão. Todos conhecem a história: um anjo ordena a Abraão que sacrifique seu filho. Está tudo certo se foi realmente um anjo que veio e disse: “tu és Abraão e sacrificarás teu filho”. Porém, para começar, cada qual pode perguntar-se: será que era verdadeiramente um anjo? ou: será que sou mesmo Abraão? Que provas tenho? Havia uma louca que tinha alucinações: falavam-lhe pelo telefone dando-lhe ordens. O médico pergunta: “Mas afinal, quem fala com você?” Ela responde: “Ele diz que é Deus”. Que provas tinha ela que, de fato, era Deus? Se um anjo aparece, como saberei que é um anjo? E se escuto vozes, o que me prova que elas vêm do céu e não do inferno, ou do subconsciente ou de um estado patológico? O que prova que elas se dirigem a mim? Quem pode provar-me que fui eu, efetivamente, o escolhido para impor a minha concepção do homem e a minha própria escolha à humanidade? Não encontrei jamais prova alguma, nenhum sinal que possa convencer-me. Se uma voz se dirige a mim, sou sempre eu mesmo que terei de decidir que essa voz é a voz do anjo; se considero que determinada ação é boa, sou eu mesmo que escolho afirmar que ela é boa e não má. Nada me designa para ser Abraão, e, no entanto, sou a cada instante obrigado a realizar atos exemplares. Tudo se passa como se a humanidade inteira estivesse de olhos fixos em cada homem e se regrasse por suas ações. E cada homem deve perguntar a si próprio: sou eu, realmente, aquele que tem


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nunca, também, que o homem pode conseguir o auxílio de um sinal qualquer que o oriente no mundo, pois considera que é o próprio homem quem decifra o sinal como bem entende. Pensa, portanto, que o homem, sem apoio e sem ajuda, está condenado a inventar o homem a cada instante. Ponge escreveu, num belíssimo artigo: “O homem é o futuro do homem”. É exatamente isso. Apenas, se por essas palavras se entender que o futuro está inscrito no céu, que Deus pode vê-lo, então a afirmação está errada, já que, assim, nem sequer seria um futuro. Se se entender que, qualquer que seja o homem que surja no mundo, ele tem um futuro a construir, um futuro virgem que o espera, então a expressão está correta. Porém, nesse caso, estamos desamparados. Tentarei dar-lhes um exemplo que permita compreender melhor o desamparo; contarei o caso de um dos meus alunos, que veio procurar-me nas seguintes circunstâncias: o pai estava brigando com a mãe e tinha tendências colaboracionistas; o irmão mais velho morrera durante a ofensiva alemã de 1940; e esse jovem, com sentimentos um pouco primitivos mas generosos, desejava vingá-lo. A mãe vivia só com ele, muito perturbada pela semitraição do pai e pela morte do filho mais velho, e ele era seu único consolo. Esse jovem tinha, naquele momento, a seguinte escolha: partir para a Inglaterra e alistar-se nas Forças Francesas Livres, ou seja abandonar a mãe, ou permanecer com a mãe e ajudá-la a viver. Ele tinha consciência de que a mãe só vivia em função dele e que o seu desaparecimento, talvez a sua morte, a mergulharia no desespero. Tinha também consciência de que, no fundo, cada ato que ele fazia em relação à mãe tinha uma resposta concreta, no sentido de que ele a ajudava a viver, enquanto cada ato que ele fizesse para partir e combater seria ambíguo, poderia perder-se na areia, não servir para nada; por exemplo: partindo para a Inglaterra, ele poderia permanecer indefinidamente num campo espanhol ao passar pela Espanha; poderia chegar à Inglaterra, ou a Argel, e ser colocado num escritório preenchendo papéis. Encontrava-se, assim, perante dois tipos de ação muito diferentes; uma delas concreta, imediata, porém dirigida a um só indivíduo; a ou-

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existem, apesar de tudo, inscritos num céu inteligível, se bem que, como vimos, Deus não exista. É essa, creio eu, a tendência de tudo o que é chamado na França de radicalismo: por outras palavras, a inexistência de Deus não mudará nada; reencontramos as mesmas normas de honestidade, de progresso, de humanismo e teremos assim transformado Deus numa hipótese caduca, que morrerá tranquilamente por si própria. O existencialista, pelo contrário, pensa que é extremamente incômodo que Deus não exista, pois, junto com ele, desaparece toda e qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível; não pode mais existir nenhum bem a priori, já que não existe uma consciência infinita e perfeita para pensá-lo; não está escrito em nenhum lugar que o bem existe, que devemos ser honestos, que não devemos mentir, já que nos colocamos precisamente num plano em que só existem homens. Dostoyevsky escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dela nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas. Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz. O existencialismo não acredita no poder da paixão. Ele jamais admitirá que uma bela paixão é uma corrente devastadora que conduz o homem, fatalmente, a determinados atos, e que, consequentemente, é uma desculpa. Ele considera que o homem é responsável por sua paixão. O existencialista não pensará

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o universo. O drama do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da mesma maneira para as crianças dos dois sexos; têm elas os mesmos interesses, os mesmos prazeres; a sucção é, inicialmente, a fonte de suas sensações mais agradáveis; passam depois por uma fase anal em que tiram, das funções excretórias que lhe são comuns, as maiores satisfações; seu desenvolvimento genital é análogo; exploram o corpo com a mesma curiosidade e a mesma indiferença; do clitóris e do pênis tiram o mesmo prazer incerto; na medida em que já se objetiva sua sensibilidade, voltam-se para a mãe: é a carne feminina, suave, lisa, elástica que suscita desejos sexuais e esses desejos são preensivos; é de uma maneira agressiva que a menina, como o menino, beija a mãe, acaricia-a, apalpa-a; têm o mesmo ciúme se nasce outra criança; manifestam-no da mesma maneira: cólera, emburramento, distúrbios urinários; recorrem aos mesmos ardis para captar o amor dos adultos. Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada. […] Assim, a passividade que caracterizará essencialmente a mulher “feminina” é um traço que se desenvolve nela desde os primeiros anos. Mas é um erro pretender que se trata de um dado biológico: na verdade, é um destino que lhe é imposto por seus educadores e pela sociedade. A imensa possibilidade do menino está em que sua maneira de existir para outrem encoraja-o a pôr-se para si. Ele faz o aprendizado de sua existência como livre movimento para o mundo; rivaliza-se em rudeza e em independência com os outros meninos, despreza as meninas. Subindo nas árvores, brigando com colegas, enfrentando-os em jogos violentos, ele apreende seu corpo com um meio de dominar a

(SARTRE, Jean-Paul, O existencialismo é um humanismo)

Texto 5

Ninguém nasce mulher; torna-se mulher

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Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como sexualmente diferençada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a irradiação de uma subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que apreendem

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tra, dirigida a um conjunto infinitamente mais vasto, uma coletividade nacional, mas, por isso mesmo, ambígua, e podendo ser interrompida a meio caminho. Simultaneamente, ele hesitava entre dois tipos de moral. De um lado, uma moral da simpatia, da devoção individual; e, de outro lado, uma moral mais ampla, mas de uma eficácia mais contestável. Precisava escolher uma das duas. Quem poderia ajudá-lo a escolher? A doutrina cristã? Não. A doutrina cristã diz: sede caridosos, amai o próximo, sacrificai-vos por vosso semelhante, escolhei o caminho mais árduo etc. Mas qual é o caminho mais árduo? Quem devemos amar como irmão, o combatente ou a mãe? Qual a utilidade maior: aquela, vaga, de participar de um corpo de combate, ou a outra, precisa, de ajudar um ser específico a viver? Quem pode decidir a priori? Ninguém. Nenhuma moral estabelecida tem uma resposta. A moral kantiana diz-nos: nunca trate os outros como um meio, trate-os como um fim. Muito bem; se eu ficar junto de minha mãe, estarei tratando-a como um fim e não como um meio, mas, por isso mesmo, estarei correndo o risco de tratar como meio aqueles que combatem à minha volta, e, vice-versa, se eu me juntar àqueles que combatem, estarei tratando-os como fim e, pelas mesmas razões, posso estar tratando minha mãe como meio.


FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: O INDIVÍDUO NOS SÉCULOS XX E XXI

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Haverá sempre tias, avós, primas para contrabalançar a influência do pai. Normalmente, o papel deste em relação às filhas é secundário. Uma das maldições que pesam sobre a mulher está em que, em sua infância, ela é abandonada às mãos das mulheres. O menino também é, a princípio, educado pela mãe; mas ela respeita a virilidade dele e ele lhe escapa desde logo; ao passo que ela almeja integrar a filha no mundo feminino.

(BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo)

APROFUNDANDO

5) Em que sentido se pode afirmar que Nietzsche é um filósofo niilista? 6) Em que sentido se pode afirmar que Niewtzsche é um filósofo anti-niilista?

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natureza e um instrumento de luta; orgulha-se de seus músculos como de seu sexo; através de jogos, esportes, lutas, desafios, provas, encontra um emprego equilibrado para suas forças; ao mesmo tempo conhece as lições severas da violência; aprende a receber pancada, a desdenhar a dor, a recusar as lágrimas da primeira infância. Empreende, inventa, ousa. Sem dúvida, experimenta-se também como “para outrem”, põe em questão sua virilidade, do que decorrem, em relação aos adultos e a outros colegas, muitos problemas. Porém, o mais importante é que não há oposição fundamental entre a preocupação dessa figura objetiva, que é sua, e sua vontade de se afirmar em projetos concretos. É fazendo que ele se faz ser, num só movimento. Ao contrário, na mulher há, no início, um conflito entre sua existência autônoma e seu “ser-outro”; ensinam-lhe que para agradar é preciso procurar agradar, fazer-se objeto; ela deve, portanto, renunciar à sua autonomia. Tratam-na como uma boneca viva e recusam-lhe a liberdade; fecha-se assim um círculo vicioso, pois quanto menos exercer sua liberdade para compreender, apreender e descobrir o mundo que a cerca, menos encontrará nele recursos, menos ousará afirmar-se como sujeito; se a encorajassem a isso, ela poderia manifestar a mesma exuberância viva, a mesma curiosidade, o mesmo espírito de iniciativa, a mesma ousadia que um menino. É o que acontece, por vezes, quando lhe dão uma formação viril; muitos problemas então lhe são poupados. É interessante observar que é um gênero de educação que o pai de bom grado dá à filha; as mulheres educadas por um homem escapam, em grande parte, às taras, da feminilidade. Mas os costumes opõem-se a que as meninas sejam tratadas exatamente como meninos. Conheci numa aldeia meninas de 3 a 4 anos que o pai obrigava a usar calças; todas as crianças perseguiam-nas: “São meninas ou meninos?” e procuravam verificá-lo; a tal ponto que elas suplicavam que as vestissem como meninas. A não ser que levem uma vida muito solitária, mesmo quando os pais autorizam maneiras masculinas, os que cercam a menina, suas amigas, seus professores sentem-se chocados.

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7) No século XIX, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche vislumbrou o advento do “super-homem” em reação ao que para ele era a crise cultural da época. Na década de 1930, foi criado nos Estados Unidos o Super-Homem, um dos mais conhecidos personagens das histórias em quadrinhos. Apresente uma diferença entre os dois “super-homens”. 8) A filosofia de método fenomenológico foi criada na Alemanha pelo matemático e filósofo Edmund Husserl. A fenomenologia como teoria do conhecimento contesta tanto o empirismo quanto o idealismo. Para a fenomenologia, o empirismo conduz ao ceticismo, e o idealismo reduz o conhecimento a uma atividade puramente psicológica. Qual a ideia central da fenomenologia? 9) Um dos objetos de investigação da fenomenologia é a intencionalidade. O que significa esse termo? 10) “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. (...) Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá


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que deve ser. Escolher isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos. Se a existência, por outro lado, precede a essência e se quisermos existir, ao mesmo tempo em que construímos a nossa imagem, esta imagem é válida para todos e para a nossa época. Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade”.

jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada ou definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre.” (SARTRE, J.-P.)

(SARTRE, J.-P.)

Considerando o texto citado e o pensamento sartreano, apresente o valor mais importante para o ser humano.

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Com base no excerto citado, explique por que, de acordo com Sartre, o homem é um ser necessariamente livre.

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11) “Quando dizemos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos

Ao defender as principais teses do Existencialismo, Jean-Paul Sartre afirma que o ser humano está condenado a ser livre, a fazer escolhas e, portanto, a construir seu próprio destino. Qual é o pressuposto básico que sustenta essa argumentação de Sartre?

DESAFIANDO

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12) “Temos que encarar as coisas como elas são. E, aliás, dizer que nós inventamos os valores não significa outra coisa senão que a vida não tem sentido a priori. Antes de alguém viver, a vida, em si mesma, não é nada; é quem a vive que deve dar-lhe um sentido; e o valor nada mais é do que esse sentido escolhido”. (SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo. Trad. de Rita Correia Guedes. 3 cd. São Paulo: Nova Cultural. 1987, p. 21. [Os Pensadores])

Tomando o texto acima como referência, responda: Por que Sartre afirma que “(...) a vida, em si mesma, não é nada”?

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13) “Eu não podia admitir que a gente recebesse o ser de fora, que ele se conservasse por inércia, nem que os movimentos da alma fossem os efeitos de movimentos anteriores (...). Diziam-me amiúde: o passado nos impele; mas eu estava convencido de que o futuro me puxava”. (Sartre – As palavras)

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O que significa, segundo Sartre, dizer que “O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele”?


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RESUMINDO

• O conceito de “liberdade individual” não é evidente. Ele se tornou predominante no século XIX; • Um sujeito individual livre é uma pessoa que pode escolher livremente o que faz de sua vida; • A toda liberdade corresponde uma responsabilidade;

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• Nietzsche é compreendido como niilista por alguns e como anti-niilista por outros filósofos; • O niilismo é a filosofia que afirma que nada faz sentido no mundo; • Para Nietzsche, “Deus está morto”, o que significa que não há parâmetro independente do homem para nada: tudo é relativo ao ser humano; • Husserl funda a fenomenologia, que é a ciência que visa a compreender a estrutura da consciência; • Intencionalidade é a direção da consciência para algum objeto;

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• A “perspectiva natural” é a concepção de que temos acesso à realidade mesma por meio de nossas faculdades sensoriais e cognitivas; • A “perspectiva fenomenológica” é a concepção de que tudo o que apreendemos existe como tal na consciência; • “Redução fenomenológica” ou “epoché” é a suspensão do juízo sobre a “realidade natural” apreendida na consciência; • Sartre é o mais importante filósofo existencialista; • O existencialismo é a concepção de que o ser humano não tem, a princípio, uma essência independente da existência aparente, mas sim uma existência absolutamente livre; • Para Sartre, a liberdade é um dado fundamental e absoluto da existência humana. • Sartre considera que não existe nenhuma regra moral absoluta;

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• Sartre foi companheiro de Simone de Beauvoir, feminista que propôs que a mulher é tradicionalmente oprimida na sociedade dominada pela cultura que valoriza a masculinidade.

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FÍSICA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

Objetivos de aprendizagem:

• Compreender a importância do sistema internacional de unidades na padronização e na universalização da produção científica, e as conversões de mediadas;

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• Saber expressar corretamente as medidas científicas (algarismos significativos, notação científica, ordem de grandeza e arredondamento de medidas); • Entender o que é uma grandeza vetorial, realizar as operações fundamentais envolvendo vetores (soma, subtração e multiplicação por um escalar) e compreender a decomposição de vetores;

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• Compreender os fundamentos das três leis de Newton e as forças mais comuns no estudo da Dinâmica (Peso, Normal e Tração).

(Disponível em: https://goo.gl/xDPQwn. Acesso em: dezembro de 2017)


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

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Cabo de guerra!

(Disponível em: http://www.daverieke.com/2012_01_01_archive.html)

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Em nosso dia a dia, utilizamos muitos conceitos que estão ligados diretamente à Física. Mas nem sempre sabemos o que de fato são esses conceitos. Na figura acima, vemos uma brincadeira muito conhecida: o cabo de guerra. Nessa disputa, ganha o lado que fizer mais força. Mas o que é força, afinal? É uma grandeza de que tipo? Qual é a sua unidade de medida? Repare que, só nesse simples exemplo, abordamos várias questões pertinentes. Então, vamos iniciar o estudo da Física?

1) Unidades

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A Física, assim como as demais ciências, tem uma linguagem própria para se expressar. No caso, a Matemática é a linguagem mais predominante, embora não seja a única. Sabemos também, que a Física procura investigar e medir os fenômenos da natureza. Nesse sentido, para que o estudo de um fenômeno seja bem feito, é necessário que se tenha a medida das grandezas envolvidas, isto é, seu valor numérico acompanhado de uma unidade. Por motivos históricos, os países usam unidades diferentes uns dos outros. Uma primeira tentativa de padronização foi feita no século XVIII, na Revolução Francesa, mas foi só em 1960, com a criação do Siste-

ma Internacional de Unidades (SI), que houve uma aceitação muito maior no mundo científico. Porém, no meio comercial ainda existe muita confusão de unidades.

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(Disponível em: https://goo.gl/GVWvt1)


FÍSICA

1.1) Sistema Internacional (SI)

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1.3) Massa

(Disponível em: https://goo.gl/eEDiZm)

(Disponível em: https://goo.gl/mbG8ne)

Uma das grandezas mais utilizadas na Física e em nosso cotidiano (como na feira, da imagem acima) é a massa, podendo ser definida como a quantidade de matéria que um corpo possui. A sua unidade no sistema internacional é o quilograma (kg), que apresenta a seguinte relação com seus múltiplos.

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O Brasil é um dos países que utiliza o Sistema Internacional de medidas. As unidades fundamentais na Mecânica são o metro (m) de comprimento, o quilograma (kg) de massa e o segundo (s) de tempo. Todas as demais unidades, na Mecânica, são derivadas dessas três. Por exemplo, o Newton (unidade de força) corresponde a kg.m/s2. Na figura acima, os países que utilizam o Sistema Internacional de unidades estão indicados pela cor verde.

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1.2) Relações e múltiplos importantes

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Apesar de existirem as unidades fundamentais, nem sempre são elas as utilizadas. Muitas vezes, o aluno encontrará problemas que mencionam unidades de outros sistemas ou múltiplos e submúltiplos dessas mesmas unidades, dessa forma, faz-se necessário que o aluno saiba algumas relações consideradas importantes. km

hm

dam

m

dm

cm

mm

kg

1 kg = 1000 g = 103 g hg

dag

g

dg

cg

mg

Transformando-se uma medida de uma unidade maior para outra menor, deve-se dividir por 10 elevado ao número de níveis percorridos, do contrário, deve-se multiplicar por 10 elevado ao número de níveis percorridos. n → número de casas percorridas 10 –n km hm dam m dm cm mm kg hg dag g

dg

cg mg

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1.4) Tempo

Em relação, principalmente ao volume, existem unidades fora do SI que são importantes, como o litro (L). 1L = 1 dm3 = 10 –3 m3

(Disponível em: https://goo.gl/r7sZU5)

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Os múltiplos do metro mais importantes são o centímetro e o quilômetro. 1 km = 1000 m = 103 m 1 cm = 0,01 m = 10 -2 m


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

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quentemente, a divisão do dia em 24 horas seria impossível e toda nossa referência na medição do tempo estaria comprometida. Mas perceba que a própria unidade hora também tem uma referência, assim como o minuto, que tem uma correspondência com o segundo, e que por sua vez tem como referência um outro evento periódico: as 9.192.631.770 oscilações que o átomo de césio-133 sofre, quando estimulado por ondas eletromagnéticas. Como é? Isso mesmo, o segundo é definido como sendo o intervalo de duração que leva para que esse átomo realize esse número de oscilações, esse é o princípio de funcionamento do relógio atômico, o instrumento mais preciso para se medir o tempo. Fascinante, não? No SI, a unidade de tempo é o segundo (s), porém, é muito comum o aluno encontrar problemas com minutos(min) e horas (h), cuja as relações são as seguintes: 1 min = 60 s 1 h = 60 min = 3600 s

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Toda hora falamos sobre o tempo no nosso cotidiano, não é mesmo? Mas o que vem a ser o tempo? Talvez seja a mais importante e intrigante grandeza da Física e, por isso, não é fácil conceituá-la. A definição que apresentaremos não é única, mas é bem simples e objetiva. O tempo é a duração de eventos sucessivos. Essa duração é medida por meio de outros eventos, que obedecem a uma periodicidade. Muito confuso? Vamos a um exemplo. Imagine que chova na Amazônia todo dia às 17h da tarde. Como medimos o intervalo de duração desse evento, quer dizer, como sabemos que chove de 24 em 24 horas nesse horário? Por meio de um evento periódico que nos serve de referência: a rotação da Terra. É graças à rotação constante da Terra que dividimos o nosso dia em 24 horas. Pense nisso: se a rotação da Terra não obedecesse a uma periodicidade, o Sol nasceria em momentos muito diferentes e aleatórios, conse-

Excesso de tempo dedicado à internet pode gerar estresse

Nos dias úteis, 36% dos brasileiros estão checando os seus celulares a cada cinco minutos

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A partir da modernização dos diversos aparelhos eletrônicos, em especial, no início do século XXI, as ações humanas no cotidiano sofreram grandes mudanças. Uma delas é a quantidade de tempo que as pessoas ficam em frente ao computador e celular, se comunicando, jogando, ou até mesmo realizando outras atividades. No entanto, essa prática já vem demonstrando problemas na saúde de diversos indivíduos. Para saber mais sobre esse tema, acompanhe-me até www.4newsmagazine.com.br #vamoqvamo #menoscelular #saidecasaminhagente

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FÍSICA

Exemplo: Calcular a OG dos seguintes números: a) 60 = 6,0. 101 6,0 > 3,16 → a OG é 101+1= 102 b) 113 = 1,13. 102 1,13 < 3,16 → a OG é 102 c) 205,46 = 2,0546. 102 → 2,0546 < 3,16 → a OG é 102 d) 0,053 = 5,3. 10 -2 → 5,3 > 3,16 → a OG é 10 –2+1= 10 –1

A ordem de grandeza é muito útil quando pretendemos expressar determinados números. Por exemplo, o número de oscilações do átomo de césio-133 que vimos anteriormente é muito grande, mas podemos representá-lo de uma maneira mais simples, utilizando uma potência de base 10, assim, o número 9.192.631.770 se aproxima de 10 bilhões, ou seja, podemos representá-lo como 1010. Dessa forma, dizer a ordem de grandeza de um número significa indicar a potência de 10 (dez) mais adequada para representá-lo. A ordem de grandeza do número 90 será 102 pois a potência de 10 mais perto de 90 é o número 100 (102). Porém, a ideia de “mais próximo” não deve ser levada ao pé da letra, porque a ordem de grandeza do número 40, por exemplo, é 102 apesar de 40 estar mais próximo de 10.

III) se a parte decimal for maior que 3,16, soma-se 1 (um) ao expoente da potência de 10, do contrário, a potência permanece a mesma; IV) A OG é a potência final.

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2) Ordem de grandeza

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O valor 3,16 foi escolhido como parâmetro por ser a raiz mais próxima de 10. Dessa forma: 1 OG = 100 3,16 OG = 101

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Escrever uma medida na notação científica é escrevê-la com apenas um algarismo, diferente de ZERO, antes da vírgula e fazer o ajuste com potências de 10. Exemplo: Colocar em notação científica os seguintes números: 120 = 1,20. 102 1523 = 1,523. 103 103,45 = 1,0345. 102

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A seguir, veremos como calcular corretamente a ordem de grandeza de um número.

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2.2) Cálculo da ordem de grandeza Para se calcular a OG de um número, deve-se: I) colocar o número em questão em notação científica; II) verificar se a parte decimal é maior ou menor que 3,16;

101

100,5

2.3) Algarismos significativos Na Física, como em outras ciências, os resultados das experiências precisam ser expressos corretamente, isto é, devem indicar a precisão das medidas. Vejamos um exemplo:

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1

2

3

4

(m)

No desenho acima, vemos uma fita métrica e um objeto que desejamos conhecer seu comprimento. Podemos dizer, com certeza absoluta, que o objeto tem mais de 3 metros e menos de 4 metros, mas quantos centímetros? Eu posso achar que o objeto mede 3,6 m e você, 3,7 m. Quem está correto? Nenhum dos dois, ou melhor, não sabemos, já que os algarismos 6 e 7 foram “chutados”. Nesse caso, chamamos o 3 de algarismo correto, e 6 e 7 de algarismos duvidosos. Assim, em qualquer medida, os algarismos corretos mais o algarismo duvidoso são chamados de significativos, em nosso exemplo, existem dois algarismos significativos.

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2.1) Notação científica

10°


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2.6) Multiplicação ou divisão de medidas Ao se multiplicar ou dividir medidas, o resultado deve ter um número de algarismos significativos igual ao da medida que tiver o menor número de algarismos significativos. Exemplo: 3,22 kg . 2,1 m/s = 6,762 kg .m/s = 6,8 kg . m/s → a resposta deve ter apenas dois algarismos significativos, logo deve haver um arredondamento.

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A régua centimetrada mede uma lapiseira, quantos algarismos significativos tem a medida? Pela figura, vemos que a lapiseira está entre 11 e 12 centímetros, logo, a medida é expressa em 11 centímetros e um algarismo significativo, que é chutado, podendo ser 11,6 cm; 11,4; 11,7 etc. Portanto, o número de algarismos significativos é igual a três. Importante observar: • Não se coloca algarismo após o algarismo duvidoso; • Se a medida foi feita corretamente, o último algarismo será sempre o duvidoso; • ZERO a esquerda do primeiro algarismo diferente de zero não conta como significativo. 0,00304 km só possui 3 algarismos significativos; • Potência de dez não conta como algarismo significativo.

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Exemplos: a) 7,36 m + 1,2 m + 42,112 m = 50,672 m = 50,7 m uma casa decimal, pois 1,2 m é a medida com menor número de casas (uma casa). b) 52 g – 3,22 g = 48,78 g = 49 g → como o resultado deve ter somente uma casa, ele foi arredondado.

Vamos a mais um exemplo:

2.4) Arredondamento

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Arredondar uma medida é escrevê-la com um número menor de algarismos significativos. Duas regras devem ser observadas: (1º) Se o primeiro algarismo a ser abandonado for 0, 1, 2, 3 ou 4, a medida não altera. 5,729m com apenas dois algarismos significativos fica 5,7m; (2º) Se o primeiro algarismo a ser abandonado for 5, 6, 7, 8, ou 9 acrescenta-se uma unidade no algarismo da direita. 5,729m com três algarismos significativos fica 5,73m.

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M

2.5) Soma ou subtração de medidas O resultado fisicamente correto de uma soma ou subtração de medidas deve ter um número de casas decimais igual ao da medida que tiver menor número de casas decimais.

6

PRATICANDO

1) O sino de uma igreja bate uma vez a cada meia hora, todos os dias. Qual é a ordem de grandeza do número de vezes que o sino bate em um ano? a) 105 b) 104 c) 106 d) 103 2) Qual é a ordem de grandeza do número de batimentos cardíacos de um aluno do Ensino Médio (15 anos de idade), desde o seu nascimento? Considere que o coração bate, em média, 70 vezes por minuto. a) 104 b) 105 c) 107 d) 109 3) O número 0,0052 cm, têm quantos algarismos significativos? a) 5 b) 4 c) 3 d) 2


FÍSICA

DE A

5) Os números 25000 e 0,0000123 estão expressos, corretamente, em notação científica da seguinte forma: a) 2,5 . 104 e 1,23 . 10 -5 b) 2,5 . 104 e 1,23 . 105 c) 2,5 . 103 e 1,23 . 10 -6 d) 2,5 .102 e 1,23 . 10 -4

apenas do valor numérico e da unidade, para ficarem bem definidas. Quando necessitamos de alguma informação sobre a massa de um objeto, basta conhecer o seu valor, não existe uma noção de direção e sentido. As grandezas físicas deste tipo, que precisam do valor numérico (módulo) acompanhado de sua unidade para ficarem bem definidas, recebem o nome de grandezas escalares. Chamamos de grandezas vetoriais todas aquelas grandezas que para ficarem bem definidas necessitam, além do módulo e da unidade, que se conheça sua direção e sentido. Velocidade é um exemplo de grandeza vetorial. Por exemplo, ao saber que um elevador se locomove com 10 m/s você pode se perguntar: Mas em que direção? No caso do elevador, vertical. Mas ele está subindo ou descendo, ou seja, qual é o sentido da velocidade? Veja que não basta o módulo da velocidade, precisamos da direção e sentido para se conhecer plenamente essa grandeza. Outros exemplos de grandezas vetoriais são: aceleração, força, impulso etc. Para compreendermos bem as grandezas vetoriais, vamos estudar a seguir um pouco do que é o vetor. Muita atenção agora, aluno! Boa parte da Mecânica (Dinâmica e Cinemática) está assentada nas propriedades vetoriais (módulo, direção e sentido) e nas operações básicas com vetores (adição, subtração e produto de um vetor por um escalar). Por isso, é importante que o próximo tópico a ser abordado seja visto com mais cautela, nele, abordaremos a matemática mais enfaticamente, deixando os conceitos físicos um pouco de lado.

LI SE

4) Qual a ordem de grandeza do número de segundos existente em um século? a) 107 b) 106 c) 109 d) 108

M

AT

ER IA L

3) Grandezas escalares e vetoriais

(Disponível em: https://goo.gl/Fhzv78)

Será que é possível saber se os elevadores estão subindo ou descendo conhecendo somente os módulos de suas velocidades? Existem na Física, certas grandezas, tais como massa, volume e tempo, que precisam

4) Vetores Vetor é um segmento de reta orientado. O vetor possui as três características da grandeza vetorial: módulo, direção e sentido. Representa-se um vetor da seguinte for→ ma: AB, sendo “A” a origem e “B” a extremidade. Outra forma consiste em utilizar uma → letra: a .

7

EM3FIS01

6) Efetue as operações corretamente: 1°) 3,54 + 12,7 + 5,33 = 2°) 12,5 x 3,4 =


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

4.1) Vetor oposto

A

B 5m A

ER IA L

AT

v

–v

4.2) Operações com vetores Além de conhecermos o que é um vetor e suas características, é importante para o estudo das grandezas físicas vetoriais, saber as operações básicas com vetores (adição, subtração e multiplicação de um vetor por um escalar).

4.2.1) Adição vetorial:

O módulo de um vetor corresponde ao comprimento do vetor, no caso 5m. O módulo de um vetor é representado da seguinte → forma: |AB| ou |→ a |. Retas determinam uma direção. Retas paralelas indicam uma mesma direção. No caso, a direção é perpendicular à horizontal. Em uma dada direção, existem dois sentidos possíveis. Na direção vertical, os dois sentidos são para cima ou para baixo.

→ Dados dois vetores → α e b: →

b

a

Existem duas regras que podem ser utiliza→ → das para se obter o vetor soma ( S ), sendo S → → = a + b : Regra da Poligonal e Regra do Paralelogramo.

Regra da Poligonal para a adição vetorial

Observação →

Denomina-se versor, de um dado vetor v ,

M

DE A

Como já foi dito, em alguns casos, uma informação não é suficiente para entendermos bem uma grandeza. E, assim sendo, devemos fazer outras perguntas. Por exemplo, consideremos um indivíduo em um ponto qualquer do plano. Sabe-se que este indivíduo se desloca 5 m em linha reta. Apesar desta informação, não sabemos qual é a direção. Suponhamos que agora é sabido que o indivíduo se desloca em uma trajetória perpendicular à horizontal. Ainda pode haver uma pergunta: para cima ou para baixo? A resposta é para cima e agora, a grandeza está definida.

Assim como existe um escalar oposto ou simétrico (o oposto de 3 é –3, por exemplo), o mesmo ocorre com os vetores. Dado um ve→ → tor v , denomina-se vetor oposto (– v ) aquele que possui mesmo módulo, mesma direção esentido oposto.

LI SE

a

B

o vetor que possui módulo unitário, isto é,

A partir da extremidade de um vetor traçamos outro. Em seguida, unimos a origem do primeiro vetor traçado com a extremidade do último.

módulo igual a 1(um) e tem a mesma dire-

ção e sentido de v .

b

a

EM3FIS01

s

8


FÍSICA

a

b

c

→ b

c

s

b

→ a

→ s

→ a

perpendiculares. Nesse caso, podemos calcular o módulo do vetor resultante utilizando o Teorema de Pitágoras.

LI SE

A regra da poligonal deve ser utilizada na soma de mais de dois vetores. Mesmo que se troquem a ordem dos vetores, a soma não se altera. → → → Exemplo: Determine o vetor S = a + b

→ → → | S | = | a |2 + | b | 2

4.2.2) Subtração vetorial A subtração vetorial consiste em um processo muito similar à adição vetorial. As regras são as mesmas, pois ocorre, na subtração, o mesmo processo que o da adição com o vetor oposto. → → → → → d = a – b → d =→ a + (– b )

DE A

Regra do paralelogramo:

Esta regra somente deve ser utilizada na soma de dois vetores. Utilizaremos os mes→ → mos vetores a e b , do caso anterior. Coloca-

ER IA L

-se a origem de um vetor junto com a origem do outro vetor. Em seguida, traçam-se paralelas dos dois vetores nas extremidades, assim, forma-se um paralelogramo; para se obter o vetor soma, deve-se traçar a diagonal do paralelogramo a partir das origens dos vetores. →

b

S

θ

d

–b

a

b

No cálculo do módulo do vetor diferença, utilizaremos: |d|2 = |a|2 + |b|2 – 2|a||b|cosθ

AT

Para se obter o módulo do vetor soma, utilizaremos a lei dos cossenos. Sendo θ o ângu→ lo formado por dois vetores de módulos | a | → e | b |, o módulo do vetor soma será:

M

→ → → → → | S | = | a | + | b | + 2| a | b |cos θ

O valor máximo da soma de dois vetores acontece quando eles possuem o mesmo sentido. O valor mínimo ocorre quando os dois vetores possuem sentidos opostos. Outro caso particular ocorre quando os vetores formam um ângulo de 90°, ou seja, são

4.2.3) Produto de um vetor por um escalar

→ Dado um vetor v , se o multiplicarmos por um número real k qualquer, resultará outro → vetor que, nos exemplos, chamaremos de u → e este terá familiaridades com o vetor v com as seguintes alterações: → Módulo o módulo do vetor u será o mó→ dulo de v multiplicado por k; → Direção é a mesma de v ; Sentido se o número real k for positivo, o → sentido de v se mantém, do contrário (sinal negativo), o sentido inverte. → Nesse caso, diz-se que o vetor v é um múl→ tiplo do vetor u , e vice-versa.

9

EM3FIS01

a


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

y

a

ay θ

ax

F1

10) Qual o vetor soma de dois vetores perpendiculares entre si cujos módulos são 6 e 8 unidades? 11) Na figura, estão desenhados dois vetores, → → x e y , que representam deslocamentos sucessivos de um corpo. Determine o módulo → → do vetor soma x e y . A escala da figura é 1:1.

DE A

F2

x

y

x

As componentes foram chamadas de ax (projeção no eixo x) e ay (projeção no eixo y), e θ é o ângulo que o vetor faz com a horizontal. Pela trigonometria, sabemos que: cateto oposto

senθ =

→ senθ =

|→ ay | → |a |

ER IA L

hipotenusa

→ → |ay | = | a | senθ

cosθ =

cateto adjacente

→ cosθ =

hipotenusa → → |ax | = | a | cosθ

|→ ax | → |a |

AT

PRATICANDO

7) Que características de um vetor precisamos conhecer para que ele fique determinado?

M

8) O que são vetores iguais? E vetores opostos? Dê exemplo de cada um deles.

EM3FIS01

9) Sobre o bloco da figura a seguir, atuam as forças F1, F 2, F 3 e F4 de módulos F1 = 10N, F2 = 2,0N, F3 = 3,0N e F4= 4,0N. Determine o módulo, a direção e o sentido da força resultante.

10

F4

LI SE

Na resolução e no estudo de sistemas físicos, que possuem vetores, é muito comum a decomposição de vetores em um par de eixos. Esses vetores, resultantes da decomposição, serão chamados de projeções ou componentes. O processo utilizado para essa decomposição consiste na formação de um paralelogramo e utilização de relações trigonométricas. Veja a figura:

F3

4.3) Decomposição de vetores em um par de eixos

1 cm

1 cm

12) (UFRJ) Sejam três cartazes idênticos em tamanho e massa, pendurados, como mostra a figura. Os cabos têm massas desprezíveis. As tensões nas cordas são, respectivamente, T1, T 2, e T 3. T

T

1

1

T

2

Boa sorte

T

2

Boa sorte

T

3

Boa sorte

T

3

Compare as tensões T1, T2 e T3 e ordene-as de maneira crescente. Justifique sua resposta.

5) Leis de Newton A Dinâmica é a parte da Mecânica que relaciona as grandezas posição, velocidade, aceleração, força, massa, energia etc. com


FÍSICA

LI SE

6) A Primeira Lei de Newton: O Princípio da Inércia A Primeira Lei de Newton se confunde (podemos entender que ambos querem dizer a mesma coisa), com o Princípio da Inércia. Dois modos tradicionais de enunciar o Princípio da Inércia: “Inércia é a propriedade geral da matéria, segundo a qual todo corpo tende a manter seu vetor velocidade”. “Qualquer corpo, em repouso ou em movimento retilíneo e com velocidade constante tende a permanecer nesses estados, a não ser que uma força externa atue sobre ele”. Agora o mais tradicional dos enunciados da Primeira Lei de Newton: “A resultante das forças que agem sobre um corpo em equilíbrio (entenda por equilíbrio: Repouso e Movimento Retilíneo Uniforme) é nula”. Pode parecer trivial a Primeira Lei de Newton, mas na verdade, foi a que deu mais trabalho para o físico inglês, ao ponto de revisar em vários momentos a inércia, mesmo depois de já ter enunciado e estabelecido a segunda e a terceira lei da Dinâmica. Vale lembrar que a Primeira Lei de Newton não foi simplesmente uma nova lei da Física, ela trouxe uma ruptura de mais de 20 séculos com a filosofia e a Física de Aristóteles, cuja influência abrangia boa parte da Europa. Para o filósofo grego, um corpo só poderia se mover na presença de uma força, cessada a atuação da força, o corpo tenderia ao repouso. Mas, como vemos no enunciado da Primeira Lei, um corpo tende ao repouso ou ao movimento retilíneo e uniforme se nenhuma força atuar sobre ele ou se a força resultante for nula.

(Disponível em: https://goo.gl/uunGFR)

M

AT

Fazendo a correção para o calendário adotado atualmente, denominado calendário Gregoriano, adotado na Inglaterra em 1752, Newton nasce em 4 de janeiro de 1643, ano da morte de Galileu. Newton veio de uma família de agricultores, mas seu pai morreu antes de seu nascimento. Embora, sempre seja citado nas áreas da Mecânica e da Astronomia. Newton publicou, em 1704, um tratado sobre Óptica, a natureza da luz e cor. Tornou-se presidente da Casa da Moeda Real e inventou essas ranhuras que as moedas possuem para que ninguém subtraísse o ouro e a prata das moedas. Na figura acima, uma gravura de Isaac Newton e ao lado, sua obra mais famosa: “Os princípios Matemáticos da Filosofia Natural”.

11

EM3FIS01

ER IA L

DE A

o objetivo de explicar claramente as causas dos movimentos dos corpos. A preocupação de explicar os movimentos dos corpos vem de mais de 2.000 anos, mas coube a Isaac Newton (1642–1727), publicar em 1686, um trabalho rico em conceitos e em tratamento matemático a que todos chamam de Mecânica Newtoniana e que se baseia em três leis, conhecidas como Leis de Newton. Isaac Newton nasceu no dia de Natal do ano de 1642, em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra.


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

8) A Terceira Lei de Newton: Princípio da Ação e da Reação

LI SE

Discuta o exemplo de Inércia, a seguir:

“Quando dois corpos A e B interagem, se A aplica sobre B uma força, esse último aplicará sobre A outra força de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário”. a

b

→ FBA

→ FBA = Força que B faz em A. → FAB = Força que A faz em B.

DE A

7) A Segunda Lei de Newton: Princípio Fundamental da Dinâmica

→ FBA

ER IA L

A Segunda Lei de Newton pode ser enunciada como segue: “A aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à resultante das forças que agem sobre ele, e, inversamente proporcional à sua massa”. Podemos transformar o enunciado em uma expressão matemática:

Apesar da ação e reação se constituírem de forças de mesmo módulo, direção e sentidos contrários, elas não se cancelam, pois agem em corpos diferentes. Muitos fenômenos são explicados pela lei da ação e reação. Na figura, o nadador consegue se mover porque ele “empurra” a água para trás e, como reação, esta o empurra para frente.

→ R =m.a

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M

AT

É importante não esquecer: Resultante e Aceleração possuem sempre a mesma direção e o mesmo sentido, pois a massa de um corpo é sempre positiva. A unidade de força no SI é o newton, sua definição nem sempre é de fácil entendimento: Um newton é uma força que produz num corpo de massa 1 kg uma aceleração de 1m/s2. Em termos de equivalência de unidades: 1N = 1 kg.m/s 2. Uma maneira de se ter uma boa noção de quando se faz uma força de 1 N é imaginar nossa mão na horizontal e sobre ela um corpo de 98,1 g (100 g é mais prático). Além do newton, podem cobrar de você o conhecimento das seguintes unidades: O dina (d): 1N = 105 d O quilograma-força (kgf): 1 kgf = 9,8 N (10N na prática).

12

Vamos reforçar as características do par ação-reação: • Elas sempre terão o mesmo módulo. • Elas sempre terão a mesma linha de ação (observe que ter a mesma linha de ação é mais do que ter a mesma direção, pois serem paralelas é ter a mesma direção, mas não terão a mesma linha de ação). • Elas sempre terão sentidos opostos. • Elas sempre agirão em corpos distintos. • A única maneira inequívoca de reconhecer o par ação-reação é verificando se uma tem o “nome contrário” da outra. Observe no exemplo do começo: Força de A sobre B e Força de B sobre A.


FÍSICA

9.2) Força Normal

Quando um corpo está apoiado em uma superfície, ele exerce sobre ela uma força (representada na figura por NMESA ), e pelo princípio da ação e reação, a superfície exerce sobre o corpo uma força que é representada por NBLOCO e recebe o nome de reação normal. O estudo da força de contato entre duas superfícies será dividido em duas partes no nosso curso: nesta primeira parte nós vamos imaginar que não há nenhuma espécie de atrito entre as superfícies em contato. Neste caso, essa força de contato entre as superfícies é perpendicular às superfícies de contato, como Normal é sinônimo de perpendicular essa força acaba sempre por ter o apelido de Normal. Tanto faz ser a força da superfície sobre o corpo como ser sua reação, a força do corpo sobre superfície. Não há uma expressão específica para determinar seu valor. Sua função é evitar que o corpo penetre superfície adentro.

ER IA L

A força da Terra sobre um corpo, apelidada de Peso do corpo é gerada pela atração gravitacional Terra e corpo. São características do peso: Módulo: P = m.g

M

AT

Direção: sempre a vertical do local; Sentido: sempre para o centro da Terra; • Como o valor da aceleração da gravidade (g) varia sobre a Terra, o peso de um corpo é variável, pouco, mas é; • Não confunda peso (como é força expresso em newtons) com massa (expressa em kg). A confusão diária ocorre pois a balança na qual nos pesamos na farmácia é um instrumento para medir a força que fazemos sobre ela, mas, sua graduação está em kg, que é unidade de massa; • Cuidado com essa: a reação da força peso; Nome da força: Força da Terra sobre o corpo; Agente da força: a Terra; Onde atua a força: no corpo (seu centro de gravidade); Reação: Força do corpo sobre a Terra;

NBLOCO

NBLOCO

NMESA →

NMESA

9.3) Tração ou Tensão Exercer uma tração ou tracionar um corpo é alongá-lo ou tentar alongá-lo por um par de forças idênticas e opostas aplicadas em suas extremidades, é mais comum em fios, cordas, cabos etc. Depois, por extensão tornou-se o apelido da força que uma corda, fio ou cabo exerce sobre um corpo. É comum nos proble-

13

EM3FIS01

9.1) Força Peso

DE A

Existem algumas forças que aparecem, constantemente, em problemas e merecem uma atenção especial. As forças podem ser classificadas em forças de contato, que são aquelas que só existem enquanto houver contato entre os corpos, e as forças de campo que existem mesmo que os corpos não estejam em contato. No nosso curso três serão as forças de campo: a força gravitacional (Peso), a força devido ao Campo Elétrico (Força Elétrica) e a força devido ao Campo Magnético (Força Magnética), no momento só nos preocuparemos com a força gravitacional.

Agente da força: o corpo; Onde atua a reação: no centro da Terra. Observe que para qualquer corpo a reação de seu peso atuará sempre no centro da Terra.

LI SE

9) Principais forças da Dinâmica


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

Fig. B

Fig. C

Tteto

T

T2fio

T fio ideal

T 1fio

T

T bloco

T

13) Se duas forças agirem sobre um corpo, a que condições essas forças precisam obedecer para que o corpo fique em equilíbrio? 14) A respeito do conceito da inércia, assinale a frase correta: a) Um ponto material tende a manter sua aceleração por inércia. b) Uma partícula pode ter movimento circular e uniforme, por inérci. c) O único estado cinemático que pode ser mantido por inércia é o repouso. d) Não pode existir movimento perpétuo, sem a presença de uma força. e) A velocidade vetorial de uma partícula tende a se manter por inércia; a força é usada para alterar a velocidade e não para mantê-la.

ER IA L

DE A

Toda vez que trabalhamos com cordas ou fios ideais, e esse será maioria no nosso estudo, a força num ponto de uma corda ou fio será sempre igual à força em qualquer outro ponto do mesmo fio. Observe nas figuras anteriores que a tração tem sempre o sentido de puxar, nunca de empurrar. Dinamômetro: O Dinamômetro é um aparelho utilizado para medida da intensidade de força e consiste em uma mola com uma graduação.

LI SE

Fig. A

PRATICANDO

mas, considerarmos os fios como ideais, ou seja, inextensíveis (não se esticam) e de massa desprezível.

0 1 2 3 4

O Dinamômetro também pode ser utilizado para medição de massa, para isso, basta que sua escala seja dividida pela aceleração da gravidade:

15) Uma pequena esfera pende de um fio preso ao teto de um trem que realiza movimento retilíneo. Explique como fica a inclinação do fio se: a) o movimento do trem for uniforme; b) o trem se acelerar; c) o trem frear. 16) A qual das Leis de Newton, refere-se atirinha abaixo?

AT

P P=m.g→m= g

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M

O melhor exemplo deste tipo de dinamômetro é a balança de mola. A balança sempre representa o valor da normal, por isso, nem sempre calcula-se o peso corretamente com uma balança. As balanças encontradas em farmácias e em casas já estão graduadas para se obter diretamente a massa, porém, nos problemas, é mais comum a graduação para a obtenção da força aplicada.

14

17) Sabendo que uma partícula de massa 2,0 kg está sujeita à ação exclusiva de duas forças perpendiculares entre si, cujos módulos são: F1 = 6,0 N e F2 = 8,0 N. Determine: a) O módulo da aceleração da partícula? b) Orientando-se convenientemente tais forças, qual o módulo da maior aceleração que a resultante dessas forças poderia produzir na partícula?


FÍSICA

18) (ENEM) Uma editora pretende despachar um lote de livros, agrupados em 100 pacotes de 20 cm x 20 cm x 30 cm. A transportadora acondicionará esses pacotes em caixas com formato de bloco retangular de 40 cm x 40 cm x 60 cm. A quantidade mínima necessária de caixas para esse envio é: a) 9 d) 15 b) 11 e) 17 c) 13 19) (UFF) A memória de um computador armazena dois milhões de unidades de informação. Uma calculadora tem capacidade de armazenar 0,1% deste valor. A ordem de grandeza do número de unidades de informação da memória desta calculadora é: a) 103 b) 104 c) 105 d) 106 e) 107

DE A

(ENEM) O ônibus espacial Atlantis foi lançado ao espaço com cinco astronautas a bordo e uma câmera nova, que iria substituir uma outra danificada por um curto-circuito no telescópio Hubble. Depois de entrarem em órbita a 560 km de altura, os astronautas se aproximaram do Hubble. Dois astronautas saíram da Atlantis e se dirigiram ao telescópio. Ao abrir a porta de acesso, um deles exclamou: “Esse telescópio tem a massa grande, mas o peso é pequeno.”

LI SE

FIS0004

APROFUNDANDO

Como força peso pode cair no ENEM?

20) (UERJ) Uma estrada recém-asfaltada entre duas cidades é percorrida de carro, durante uma hora e meia, sem parada. A extensão do percurso entre as cidades é de, aproximadamente: a) 103 m b) 104 m c) 105 m d) 106 m 21) São grandezas escalares: a) Tempo, deslocamento e força; b) Força, velocidade e aceleração; c) Tempo, temperatura e volume; d) Temperatura, velocidade e volume. 22) Um móvel desloca-se 300 m para o norte e, a seguir, 400 m para o leste. Determine o módulo do deslocamento resultante.

15

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Gabarito: D

M

AT

ER IA L

Considerando o texto e as Leis de Kepler, pode-se afirmar que a frase dita pelo astronauta: a) se justifica, porque o tamanho do telescópio determina a sua massa, enquanto seu pequeno peso decorre da falta de ação da aceleração da gravidade; b) se justifica, ao verificar que a inércia do telescópio é grande comparada à dele próprio, e que o peso do telescópio é pequeno porque a atração gravitacional criada por sua massa era pequena; c) não se justifica, porque a avaliação da massa e do peso de objetos em órbita tem por base as Leis de Kepler, que não se aplicam a satélites artificiais; d) não se justifica, porque a força peso é a força exercida pela gravidade terrestre, neste caso, sobre o telescópio e é a responsável por manter o próprio telescópio em órbita; e) não se justifica, pois a ação da força peso implica a ação de uma força de reação contrária, que não existe naquele ambiente. A massa do telescópio poderia ser avaliada simplesmente pelo seu volume.


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

24) (UERJ) Observe o “carrinho de água” abaixo representado:

orifício

oeste

leste

ER IA L

Os pontos cardeais indicam a direção e os sentidos para os quais o carrinho pode se deslocar. Desse modo, enquanto o pistão se desloca para baixo, comprimindo a água, um observador fixo à Terra vê o carrinho na seguinte situação: a) Mover-se para oeste. b) Mover-se para leste. c) Permanecer em repouso. d) Oscilar entre leste e oeste

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M

AT

25) (UERJ) Considere a situação abaixo, que ilustra aconhecida experiência dos hemisférios de Magdeburg.

Na experiência original, foram utilizados 16 cavalos divididos em 2 grupos de 8, cada qual capaz de exercer uma força resultante F

16

LI SE

26) (UERJ) Em uma viagem ao exterior, o carro de um turista brasileiro consumiu, em uma semana, 50 galões de gasolina, a um custo total de 152 dólares. Considere que um dólar, durante a semana da viagem, valia 1,60 reais e que a capacidade do galão é de 3,8 L. Durante essa semana, o valor, em reais, de 1 L de gasolina era de: a) 1,28 c) 1,75 b) 1,40 d) 1,90

DE A

pistão

sobre o hemisfério. Imagine que o idealizador do experimento só dispusesse de 8 cavalos para tracionar, com a mesma força F, um dos hemisférios, e prendesse o outro a um tronco resistente e fixo no chão. Seja T a tração total exercida pelas cordas sobre os hemisférios nessa nova situação e To, a da experiência original. Assim, a razão T/T0 é igual a: a) 1 c) 1/4 b) 1/2 d) 1/8

23) Duas forças, uma de módulo 30 N e outra de módulo 50 N, são aplicadas simultaneamente num corpo. A força resultante R, vetorial certamente tem módulo R tal que: a) R > 30N; b) R > 50N; c) R = 80N; d) 20N ≤ R ≤ 80N; e) 30N ≤ R ≤ 50N.

27) (UERJ) A meia-vida é o parâmetro que indica o tempo necessário para que a massa de uma certa quantidade de radio isótopos se reduza à metade de seu valor. Considere uma amostra de 53I133 , produzido no acidente nuclear, com massa igual a 2 g e meia-vida de 20 h. Após 100 horas, a massa dessa amostra, em miligramas, será cerca de: a) 62,5 c) 250 b) 125 d) 500 28) (UECE) A descarga do rio Amazonas no mar é de cerca de 200.000 m3 de água por segundo e o volume nominal do açude Orós é da ordem de dois trilhões de litros. Supondo-se que o açude Orós estivesse completamente seco e que fosse possível canalizar a água proveniente da descarga do rio Amazonas para alimentá-lo, o tempo necessário para enchê-lo completamente seria da ordem de: a) 2 meses; c) 2 dias; b) 3 semanas; d) 3 horas.


FÍSICA

LI SE

32) (UERJ) Um bloco de madeira desloca-se sobre uma superfície horizontal, com velocidade constante, na direção e sentido da seta, puxado por uma pessoa, conforme a figura a seguir.

29) A cidade de Cuiabá é bastante plana, com suas ruas retas, de tal forma que a figura a seguir pode muito bem representar uma planta de alguns bairros da cidade. Para caminhar de sua casa (ponto A) até a casa de sua namorada (ponto B) e ambos caminharem juntos até o cinema (ponto C):

DE A

a) Qual a menor caminhada, em metros, possível? b) O vetor com origem em A e extremidade em C representa o vetor deslocamento (você estudará em breve). Qual o módulo desse vetor deslocamento?

AT

Se somarmos os vetores a e v, e do resultado dessa soma subtrairmos o vetor w, encontraremos um vetor com que características? Considere 1,0 cm o lado do quadrado da figura.

M

31) (FATEC) Um ponto material movimenta-se a partir do ponto A, sobre o diagrama, da seguinte forma: 6 unidades(u) para o sul: 4 u para o leste e 3 u para o norte. O módulo do deslocamento vetorial desse móvel foi de: a) 13u; d) 3u; b) 5u; e) 1u. c) 7u;

DESAFIANDO 34) (UERJ) Divulgou-se, recentemente, que cientistas brasileiros extraíram átomos de carbono a partir de álcool etílico obtido da cana-de-açúcar. Esses átomos foram agrupados de modo a formar um cristal de diamante. Em sua fabricação são despendidas 24 horas, para que se obtenha uma placa de 1 cm2. Suponha que esses cientistas, nas mesmas condições e mantendo o ritmo de produção constante, quisessem produzir uma placa quadrada, com 1 m de lado e mesma espessura da anterior. A ordem de grandeza 17

EM3FIS01

ER IA L

30) Observe os vetores dados na figura.

33) (UERJ) A figura abaixo representa uma escuna atracada ao cais. Deixa-se cair uma bola de chumbo do alto do mastro – ponto O. Nesse caso, ela cairá ao pé do mastro – ponto Q. Quando a escuna estiver se afastando do cais, com velocidade constante, se a mesma bola for abandonada do mesmo ponto O, ela cairá no seguinte ponto da figura: a) P; b) Q; c) R; d) S.


INTRODUÇÃO À FÍSICA: NOTAÇÃO CIENTÍFICA, ORDEM DE GRANDEZA E LEIS DE NEWTON

RESUMINDO

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II) Na teoria do Big Bang, o Universo surgiu há cerca de 15 bilhões de anos, a partir da explosão e expansão de uma densíssima gota. De acordo com a escala proposta no texto, essa teoria situaria o início do Universo há cerca de: a) 100 anos; d) 1.500 anos; b) 150 anos; e) 2.000 anos. c) 1000 anos;

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35) (ENEM) Este enunciado refere-se aos dois problemas seguintes. Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos, com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher.

I) O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de: a) 365 anos; d) 10.000 anos; b) 460 anos; e) 460.000 anos. c) 900 anos;

do tempo necessário, em horas, para que o trabalho seja concluído é: a) 105 b) 104 c) 103 d) 102

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• Ordem de grandeza são os números expressos pela potência de base dez; • Algarismos significativos são aqueles formados pelos algarismos corretos e um duvidoso; • Notação científica é escrever uma medida com apenas um algarismo diferente de zero antes da vírgula, utilizando a potência de base dez; • A soma e subtração dos vetores são feitas por dois métodos: Regra do poligonal e Regra do paralelogramo; • O produto de um escalar por um vetor resulta em outro vetor, de mesma direção, mas módulo diferente (se o escalar for diferente de 1) e sentido igual (se o escalar não for negativo);

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• A Primeira Lei de Newton diz que todo corpo tende ao repouso ou movimento retilíneo uniforme, se a força resultante sobre ele for nula; → • A Segunda Lei de Newton diz que: R = m . a;

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• A Terceira Lei de Newton diz que toda ação gera uma reação de mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário.

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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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INDÚSTRIA: DOS PRIMÓRDIOS ATÉ A CRISE DE 1929

Objetivos de aprendizagem: • Entender a indústria e o processo capitalista;

• Entender as alterações técnicas nas estruturas produtivas; • Compreender relações políticas, econômicas e sociais no processo industrial;

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• Entender o que é o Taylorismo;

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• Compreender a relação entre o liberalismo e a Crise de 1929.

(Disponível em: http://www.gratisography. com/industria. Acesso em: agosto de 2016)


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As indústrias e você

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Você sabe dizer como a indústria pode impactar a vida social? A indústria é capaz de alterar a vida social como também a organização do trabalho e sua dinâmica, impactar com novas tecnologias e ao mesmo tempo o processo de territorização da produção e da circulação de riqueza, modificar a configuração socioespacial e ambiental. Além disso, gerar transformações no espaço rural e urbano, sobretudo, no que tange a seu uso e apropriação, nesse processo criando uma nova imposição para o mundo do trabalho.

1) O capitalismo e a indústria

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Na história da humanidade é possível observar distintos modelos de organização dos meios sociais, econômicos e políticos, que exerceram grande influência no modo de viver das sociedades e na organização do espaço geográfico. Dentre esses sistemas, aquele que mais realizou transformações no espaço e nas sociedades foi o capitalismo, a partir de constantes inovações técnicas e a égide de desenvolvimento, esse é o sistema no qual se perpetuou e se expandiu para a sociedade global ao longo dos anos. As constantes inovações técnicas são o principal elo de sustentação e dinamismo, esse processo gerou transformações ao longo dos anos na organização do trabalho e na vida da sociedade.

Observação

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Para alguns autores, o capitalismo é o sistema hegemônico mundial.

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Etapas de desenvolvimento do capitalismo. (Disponível em: http://www.cocemsuacasa.com.br/ebook/content/ pictures/2002-11-171-05-i001.jpg. Acesso em agosto de 2016)

O capitalismo possui um conjunto de características que o definem, sendo, portanto, a essência desse modelo. A mais importante delas está correlacionada ao maior objetivo do sistema, que é o lucro (vantagens econômicas), ou seja, a reprodução do capital, que vai justificar todas as outras características. Tem-se uma estrutura de propriedade baseada na propriedade privada, na qual os meios de produção (terras, equipamentos, matérias-primas etc.) pertencem aos agentes econômicos, podendo ser privados ou estatais. Além disso, existe um predomínio do trabalho assalariado e de uma sociedade dividida em classes, de acordo com a concentração de renda. A indústria é a base para as constantes alterações técnicas e por sua vez para as transformações no capitalismo (embora seja possível desassociar deste sistema político,


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da humanidade, pois foi um período de intensas modificações nas estruturas sociais e políticas, o que levou a Eric J. Hobsbawm denominá-lo de A Era das Revoluções. Por um lado teve-se a Revolução Francesa, que modificou as estruturas sociais e políticas do Antigo Regime; por outro teve-se a (1o) Revolução Industrial (a inserção da indústria na estrutura econômica e social), um divisor de águas na economia mundial, modificando a forma de produzir, as relações de trabalho e a organização do espaço mundial. Com a inserção da indústria, a humanidade ampliou consideravelmente a sua capacidade de transformar a natureza, a partir de máquinas movidas a vapor e da combustão do carvão mineral, possibilitando um aumento na produtividade e na reprodução de capitais pelos detentores dos meios de produção. Nesse sentido, a lucratividade não era mais garantida pelo comércio e sim pela produção industrial, algo obtido a partir da mais-valia, que consiste no trabalho não pago ao trabalhador. A mais-valia permite compreender o porquê de o trabalho assalariado ser a relação predominante no sistema. Segundo a lógica Marxista “[…] a relação de domínio da classe burguesa é a acumulação da riqueza. A formação e multiplicação do capital. A condição do capital é o trabalho assalariado […] só que este trabalhador assalariado para manter sua sobrevivência, retorna por completo ou por uma grande parte esse dinheiro recebido, para o próprio pagador burguês […]” (MARX, K. e ENGELS, F. [1987, p. 46])

A ascensão de uma burguesia industrial (ou capitalista) também provocou modificações nas formas de atuação do Estado; a sua intervenção direta não era favorável aos interesses dessa classe. Sendo assim, uma nova doutrina econômica estruturou-se, o Liberalismo Econômico, que pregava a livre concorrência como princípio básico, tendo em Adam Smith e David Ricardo os seus principais autores. No século XIX, observou-se uma expansão da atividade industrial pela Europa Ocidental, ocorrendo um concomitante processo de melhoria das tecnologias já desenvolvidas, que tornava a escala produtiva cada 3

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econômico e social), pois é a partir da inserção da indústria que se afirmou a relação no trabalho de empregador e empregado, consequentemente da divisão do trabalho. Tanto o capitalismo quanto a indústria foram divididos de forma temporal e cronológica de transformações ao longo do tempo por diversos autores. O capitalismo, por exemplo, pode ser dividido em três etapas: capitalismo comercial, capitalismo industrial e capitalismo financeiro. O Capitalismo Comercial: A primeira etapa de desenvolvimento do sistema capitalista, que perdurou entre os séculos XV e XVIII, teve a circulação de mercadorias (comércio) como a principal forma de obtenção de capitais. Alguns autores classificam essa fase como um “Pré-Capitalismo”, sendo uma fase de transição entre o Feudalismo e o Capitalismo, ocorrendo uma estruturação das principais características do último. A economia funcionava sob a égide da Doutrina Mercantilista, que pregava a forte ação do Estado na economia como forma de promover o desenvolvimento da nação e a ampliação do poder do Estado. Sendo assim, existia uma forte preocupação no acúmulo de riquezas nos cofres nacionais, medidas a partir de metais preciosos, em um princípio que foi denominado de metalismo. Soma-se a isso a questão da balança comercial favorável, ou seja, o Estado deveria exportar mais do que importar e, com isso, poderia também acumular riquezas em seus cofres a partir dos lucros obtidos, para isso, foi comum a prática do pacto colonial ou exclusivo metropolitano, estando vinculado a isso as Grandes Navegações. A colonização, foi o elemento fundamental das práticas econômicas do Capitalismo Comercial, tem-se aquilo que Karl Marx denominou de acumulação primitiva de capitais que, concomitantemente a outros fatores, possibilitou a ocorrência de profundas transformações na produção e nos métodos de reprodução do capital, a partir das constantes inovações técnicas vinculadas, sobretudo, a indústria iniciando-se, assim, a segunda fase denominada de Capitalismo Industrial. O Capitalismo Industrial: O século XVIII possui uma grande importância na história


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A expansão imperialista é o processo no qual evidencia o processo de Divisão Internacional do Trabalho (DIT), ou seja, as diferentes formas de inserção dos países na produção da economia global capitalista, de acordo com as funções que realizam nos mercados internacionais. Esse processo intensificou-se e se alterou com distintas transformações técnicas. Exemplo da DIT nesse período: Os países africanos especializaram-se no fornecimento de matérias-primas de pouco valor agregado aos países que se industrializavam (destaque para europeus). O Capitalismo Financeiro: Com a forte expansão da economia capitalista, a partir da industrialização e da ampliação das relações econômicas entres os países, observou-se uma forte tendência de concentração de capitais; pois, a grande concorrência existente, associada com as novas invenções, favoreceu as empresas de grande porte, levando a processos de fusões e incorporações, resultando na monopolização ou oligopolização dos setores econômicos no final do século XIX. Sendo assim, iniciava-se a terceira fase do sistema, o Capitalismo Financeiro. Apesar de ter iniciado em fins do século XIX, foi no período pós-Primeira Grande Guerra que essa etapa verdadeiramente se consolidou. Nessa etapa ocorreu uma intensificação nos mercados de capitais, pois diversas empresas optaram pela venda de ações nas bolsas de valores, levando a uma intensa abertura de capitais que possibilitou a consolidação de grandes corporações (que existem na atualidade) na economia capitalista. Esse processo foi muito mais intenso na economia norte-americana, que já estava assumindo o posto de maior potência do capitalismo mundial. No final da década de 1929 e início da década de 1930, o sistema capitalista atravessou um período de forte crise nos setores produtivos e financeiros, em uma época conhecida como a Grande Depressão, tendo como marco a quebra da Bolsa de Nova York no dia 24

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vez mais ampla. Em meados desse século ocorreu aquilo que convencionalmente denomina-se de Segunda Revolução Industrial (um recorte temporal para descrever novas inovações técnicas), com o advento de novas fontes de energia (eletricidade e petróleo), matérias-primas (aço) e tecnologias (motor de combustão interna), sendo EUA e a Alemanha os pioneiros nesse processo. A expansão produtiva associada com a retração dos mercados europeus fez surgir a necessidade por novos mercados, novas áreas para investimentos e novas áreas fornecedoras de matérias-primas, o que fez as potencias industriais europeias se lançarem na expansão imperialista, sobretudo, no continente africano e asiático. A Conferência de Berlim, em 1885, representou o principal marco nesse processo, sendo realizada a partilha do continente africano pelas potências, em uma tentativa de evitar um confronto direto pelo domínio dos novos territórios. O imperialismo e a construção de fronteiras artificiais trouxeram consequências humanas, políticas, sociais e econômicas deprimentes ao continente africano.

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gerando a industrialização dependente de empresas, capitais e equipamentos das multinacionais, que viam nesses países a chance de reduzir seus custos produtivos, além de expandir seus mercados. Esse processo ocorreu em épocas de Guerra Fria e, sendo assim, os centros do capitalismo viam na industrialização uma forma de manter os países (para alguns autores “subdesenvolvidos”) em suas órbitas de poder. Por isso que tanto estimularam o ingresso de suas companhias nos países mais pobres. A industrialização Incompleta: por ter sido um processo acelerado e dependente do capital externo, os países que buscavam o processo de “modernização” (para alguns autores subdesenvolvidos) não desenvolveram todos os setores industriais. Em geral, observa-se que o setor de bens de capital é inexistente ou pouco expressivo, gerando uma dependência de máquina se equipamentos dos países centrais, ampliando ainda mais a dependência tecnológica e financeira. A Industrialização Incoerente: por não possuírem uma indústria de bens de capital, alguns países importam máquina de equipamentos necessários para sua industrialização. Nesses países “desenvolvidos”, em geral, existe uma tendência de redução das taxas de natalidade e da oferta de trabalhadores, o que leva a uma necessidade de máquinas poupadoras de mão de obra. Além disso, há uma expressiva força de trabalho, as máquinas poupadoras de mão de obra tornam o desemprego ainda mais amplo. A Industrialização Não Acumulativa: grande parte da lucratividade das empresas nos países que buscavam a modernização não ficam em sua economia. Primeiro, porque as empresas multinacionais tendem a remeter seus lucros para os países nos quais estão suas sedes. Além disso, no caso das empresas nacionais, parte dos lucros se dirige ao mercado externo no momento de compra de novos equipamentos industriais.

2) A industrialização no mundo

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O processo de industrialização não foi de forma homogênea pelo mundo, desta forma no mundo há distintos processos de industrialização, a partir disso pode-se classifica-los de: A Industrialização Tardia e Acelerada: enquanto as economias centrais vêm desenvolvendo sua industrialização desde finais do século XVIII ou início do século XIX, nos países que buscavam o processo de “modernização” só teve início entre 1940 ou 1950. Foi um processo muito acelerado, os países precisaram de apenas algumas décadas para transformarem seu espaço geográfico em urbano-industrial. A Industrialização Imposta: Esse processo foi induzido pelo capital estrangeiro, no qual de certa forma alterava sua estrutura, econômica, política e social, desta forma

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de outubro de 1929, data conhecida como “A Quinta-Feira Negra”. A superprodução industrial e agrícola, associada com o subconsumo e o pensamento “Liberal” (destaque para a Lei da Oferta e Procura) foram os responsáveis pelo período de crise, que começaria a ser solucionada a partir de 1930, com a implementação da política do New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevelt, o qual utilizou a teoria econômica do economista John Maynard Keynes (teoria essa que ficou conhecida como Keynesianismo). As tendências de concentração de capitais, associação do capital industrial com o bancário, mercados, matérias-primas e fontes de energias iniciados na Segunda Revolução Industrial ainda existem na atualidade. A intensificação do processo de Globalização da Economia, que promove uma maior integração entre os territórios do espaço mundial, tende a concentrar tais necessidades, levando a um mundo cada vez mais interconectado e a um sistema capitalista cada vez mais expansivo.


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A globalização é um dos assuntos mais importantes para o Enem, pois seus efeitos influenciam diretamente na vida de todos. Um deles foi a transformação do papel dos Estados Nacionais com a evolução do processo capitalista e do processo de globalização em diferentes contextos históricos, polítcos e geográficos. A questão seguinte aborda essa transformação e assim, para respondê-la é necessário o reconhececimento do seu papel ao longo do processo descrito.

As novas fronteiras da geopolítica do inglês

(....) Daqui por diante, a geopolítica do inglês é menos geográfica, menos vinculada ao fenômeno do progresso econômico da Inglaterra e dos Estados Unidos. (....) O inglês ocupa o campo do digital. A densidade dos internautas acompanha os avanços do inglês. A internet é um índice revelador da potência cultural americana – isto é, da língua inglesa. (...) O inglês é a língua das grandes organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. (....) A escala do mundo mudou. Doravante, o poder da língua inglesa decorre do fato de que ela é a língua dos Estados Unidos.

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A rigor, a história do capitalismo pode ser vista como a história da mundialização, da globalização do mundo. Um processo histórico de larga duração, com ciclos de expansão e retração, ruptura e reorientação. Alguns dos seus centros históricos e geográficos assinalam épocas importantes: Veneza, Amsterdã, Madri, Lisboa, Londres, Paris, Berlim, Nova Iorque, Tóquio e outros. Assim se caminha do século XVI ao XX, passando pelo mercantilismo, a acumulação originária, o despotismo esclarecido, as revoluções burguesas, os imperialismos, as revoluções de independência, as revoluções socialistas, o terceiro mundismo e a globalização em marcha nessa altura da história.

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PRATICANDO

Como globalização e os estados nacionais pode cair no ENEM?

(Ianni, O. A sociedade global 1992. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. p. 55-56.)

Como podemos observar, a mídia frequentemente faz referência ao tema globalização. Como mostra o texto, trata-se de um novo momento do capitalismo. Esse processo de surgimento e expansão das grandes empresas favoreceu o(a):

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a) fim das soberanias nacionais;

b) fortalecimento das economias periféricas; c) diminuição da exclusão social; d) limitação da intermediação do Estado;

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e) distribuição igualitária de renda.

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Gabarito: D

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(Le Breton in Lacoste, Y. (org.) “A geopolítica do inglês”, 2005, pp. 12-26 [Adaptado])

1) (UFF) A partir da análise do texto sobre o papel do inglês no mundo atual, é correto afirmar: a) a linguagem da informática é subordinada ao inglês, devido às exigências de organismos como ONU, FMI, OMC e BID; b) as diferenciações geográficas tendem a desaparecer face à homogeneização promovida pelo inglês em todo o mundo; c) o inglês tornou-se a língua do poder, transformando organizações internacionais em novas superpotências; d) a língua inglesa é um dos principais fatores da globalização comunicacional-cultural, afirmando-se como língua franca; e) a geopolítica do inglês corresponde ao imperialismo norte-americano, restaurando o papel de superpotência da Inglaterra. 2) (UNIRIO) Como fatores que têm contribuído para deflagrar o processo de enfraquecimento do Estado de Bem-Estar Social, podemos indicar como corretas, as afirmativas a seguir, EXCETO uma. Assinale-a.


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que passaram por um processo recente de democratização e consequente estabilidade política; c) A neutralidade da América Latina em relação às políticas colonialistas dos países industrializados, impostas ao continente africano e direcionadas para a disputa de territórios e exploração dos recursos minerais; d) O lucro obtido pelos europeus e norte-americanos com o tráfico negreiro, que dilapidou a população e os recursos minerais africanos e que permaneceu ativo ao Norte do Equador até o final do século XIX; e) As decisões da Conferência de Berlim em 1884, a qual dividiu politicamente o continente africano entre os Estados Unidos e os principais países europeus, sem qualquer preocupação com a autonomia das populações locais.

3) (CESGRANRIO) No que diz respeito à organização do espaço mundial, o cartum a seguir chama a atenção, inequivocamente, para:

4) (FGV–SP) Observe a figura a seguir:

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a) A presença, no século XXI, de um novo modelo de colonialismo, no qual os países africanos sem tecnologia, financiamentos e mão de obra especializada suficiente para explorar suas riquezas ficam dependentes de empresas e governos estrangeiros, configurando assim a pouca autonomia econômica do continente; b) A crescente exploração de minérios no continente africano, subsidiada por empresas estrangeiras, o que explica a onda de crescimento econômico, principalmente nos países

A representação da África permite várias interpretações, como as que seguem abaixo: I. A África chora a destruição das estruturas econômicas e sociais de suas antigas comunidades, decorrente da partilha colonial europeia, oficializada pela Conferência de Berlim. II. A lágrima, lembrando o formato de diamante, registra a pobreza de países africanos que possuem tal recurso. Em Angola, Congo ou Serra Leoa essas pedras tornaram-se motores de trabalho escravo, assassinato e colapso econômico. 7

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a) Retomada de pressupostos relacionados ao liberalismo econômico que tem gerado um processo de privatizações. b) Descontentamento, por parte dos empresários e das classes privilegiadas, com relação aos altos impostos cobrados. c) Fortalecimento de forças políticas que se opõem à manutenção do Estado assistencialista e, que em diversos países, chegam ao poder com a perspectiva de desmontá-lo. d) Crise econômica vivida por esses países e aumento do desemprego, o que tem pressionado os custos para manter os investimentos sociais. e) Crise do socialismo no Leste Europeu, que provocou o fim dos partidos comunistas nos países desenvolvidos, principais responsáveis pela estruturação e manutenção do Estado de Bem-Estar social.


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d)

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c)

e)

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III. Engrossada pelo lago da Vitória, a lágrima alcança as proximidades de Zimbábue, país que enfrenta grave crise social, e de Moçambique, onde crianças desnutridas pagam com a vida a dívida externa do país; IV. O cabelo trançado é uma alusão à população negra, predominante na porção setentrional do Continente; V. As tranças, próximas umas das outras, indicam a elevada densidade demográfica na África do Norte. Somente são verdadeiras as interpretações contidas em: a) I, II e III b) II, III e IV c) I, III e V d) II, IV e V e) I, IV e V

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5) (MACKENZIE) Leia as sentenças a seguir e responda: I. Durante a partilha da África, nos tratados da Conferência de Berlim, no final do século XIX, essa região coube à Itália; II. É uma região de tradicional rivalidade religiosa entre cristãos e muçulmanos; III. Aproximadamente 45% da população dessa região vivem na miséria e enfrentam secas e inundações recorrentes; IV. É uma região estratégica, uma vez que é rota internacional de petróleo. A sub-região do continente africano, a que se referem I, II, III e IV, está corretamente assinalada em: a)

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3) As inovações técnicas (revoluções industriais) As inovações técnicas (tecnológicas) ao longo do tempo proporcionaram, como já supracitado, transformações na organização do trabalho, na organização na vida social e também no processo de territorialização da produção. Autores em suas intepretações sobre essas transformações propuseram recortes temporais, neste caso serão destacadas as três etapas utilizadas por Lucas, Robert E., Jr. (2002) e Eric Hobsbawm, são elas: Primeira Revolução Industrial (ou simplesmente Revolução Industrial), Segunda Revolução Industrial e a Terceira Revolução Industrial. Além das elaboradas por Milton Santos que foram formuladas tendo como núcleo central as alterações técnicas, são elas: O Meio Natural, O Meio Técnico e o Meio Técnico-Científico-Informacional. A Revolução Industrial pode ser considerada, de forma sucinta, um conjunto de profundas


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Nesse sentido, a Revolução Industrial deu início a mudanças significativas no modo de vida da população global, além de alterar as relações econômicas, sociais e até mesmo políticas em escala global, isso através de contínuos desenvolvimento técnico que por sua vez davam suporte e manutenção ao sistema capitalista. Desta forma, compreender a Revolução Industrial significa compreender a própria história da humanidade e a produção do espaço geográfico capitalista, desde o campo produtivo até aos campos referentes aos problemas e impactos ambientais que a humanidade convive no mundo contemporâneo.

(LANDES, D.S. Prometeu Desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa Ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005).

(A espacialização mundial do fenômeno industrial.)

A atenta observação da projeção cartográfica acima, que apresenta as principais concentrações industriais do planeta, possibilita uma rápida conclusão: o fenômeno industrial apresenta-se de forma bastante desigual no espaço geográfico mundial, existindo grandes manchas industriais e imensas áreas que a produção industrial ainda está ausente. Sendo assim, é fundamental realizar uma reflexão sobre essa tendência e buscar os principais motivos que explicam-na. Como elemento central a ser compreendido é a questão das necessidades industriais. De acordo com o tipo de produto a ser fabricado, cada indústria vai buscar uma localização que possibilite a redução de custos produtivos e a maior proximidade de mercados consumidores que possibilitem a ampliação da escala produtiva. Ao conjunto de necessidades das fábricas se dá o nome de “fatores locacionais”, que são variáveis de acordo com o tempo e com o espaço, influenciando decisivamente na geografia das Indústrias. Dentre

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mudanças que ocorreram nos métodos de transformação de matérias-primas naturais em produtos a partir do trabalho humano. Entretanto, deve-se levar em conta que essa revolução provocou (e ainda provoca) intensas transformações no espaço geográfico mundial, nos campos naturais, sociais, econômicos e políticos. David S. Landes, professor emérito de História Econômica em Harvard, em sua obra Prometeu Desacorrentado, magistralmente afirma: “As mudanças tecnológicas que denotamos como Revolução Industrial implicaram um rompimento muito mais drástico do que qualquer outro fato desde a invenção da roda. Do lado empresarial, exigiram uma clara redistribuição dos investimentos e, ao mesmo tempo, uma revisão do conceito de risco. Enquanto antes quase todos os custos da manufatura tinham sido variáveis – sobretudo matérias-primas e mão de obra – uma parcela cada vez maior do capital passou a ter de ser alocada em custos fixos de fabricação [...]. Para o trabalhador, a transformação foi ainda mais fundamental, pois não apenas seu papel ocupacional, como também seu estilo de vida, estavam em jogo. Para muitos – embora não para todos – a introdução da maquinaria acarretou, pela primeira vez, uma completa separação dos meios de produção; o trabalhador converteu-se em um “operador”. A máquina impôs uma disciplina a quase todos. A fiandeira não podia girar sua roda e o tecelão não podia correr sua lançadeira em casa, livres de supervisão, no horário que lhes conviesse. A partir de então, o trabalho era feito em fábricas, em um ritmo estabelecido por incansáveis equipamentos inanimados, como parte de uma grande equipe que tinha de começar, interromper e parar ao mesmo tempo – sob estrita fiscalização de supervisores, que impunham a assiduidade por meio dia compulsão moral e pecuniária e, às vezes, por ameaça física. A fábrica era um novo tipo de prisão e o relógio, um novo tipo de carcereiro.


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Dependendo do tipo de indústria, cada um desses fatores pode ganhar uma importância maior, sendo o principal elemento para determinar a sua localização industrial. Por exemplo, durante a Primeira Revolução Industrial, a proximidade das jazidas de carvão mineral (fonte de energia predominante) era o maior determinante, o que explica as concentrações industriais em torno das bacias carboníferas britânicas (pioneira de tal revolução), destacadamente em Yorkshire, Lancashire, Midlands e Northumberland. Nas indústrias ligadas à Revolução Técnico-Científica-Informacional a questão dos fatores locacionais ganha uma nova roupagem, naquilo que habitualmente é denominado de nova lógica de localização industrial. Para tais indústrias a disponibilidade de mão de obra altamente qualificada e de redes informacionais velozes e estáveis são os fatores de terminantes em sua localização. Sendo assim, as indústrias de alta-tecnologia costumam localizar-se nos Tecnopolos (Exemplo: No Vale do Silício). Nota-se que na evolução do fenômeno industrial, a geografia das indústrias sofreu bastantes modificações, existindo um período de forte concentração industrial, dentro de uma lógica fordista de produção, ocorrendo uma forte metropolização, enquanto que, a partir de 1970, a nova lógica pós-fordista de produção gerou uma desmetropolização. A forma mais típica de classificação das indústrias, as divide em três grupos: • Indústria de base ou bens de produção: são indústrias responsáveis pela transformação das matérias-primas brutas em industriais, como, por exemplo, as siderúrgicas,

metalúrgicas e petroquímicas. Localizam-se nas proximidades das fontes de matérias-primas ou em regiões portuárias. • Indústria de bens de capital: segmento industrial responsável pela fabricação de máquinas e equipamentos que serão utilizados na linha de produção de outras indústrias. Geralmente se localizam próximas aos seus mercados consumidores, nas grandes regiões industriais. • Indústria de bens de consumo: seus produtos destinam-se ao abastecimento da população. Podem ser classificadas como não duráveis (alimentos, bebidas etc.), semiduráveis (vestuário, calçados etc.) e duráveis (móveis, eletrodomésticos, automóveis etc.).

as indústrias tradicionais, ligadas à Primeira e à Segunda Revolução Industrial, predominam como fatores locacionais: • Matérias-primas; • Fontes de energia; • Mão de obra; • Mercado consumidor; • Infraestrutura de transporte; • Posicionamento Geográfico; • Rede de comunicações; • Incentivos fiscais.

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4) Primeira Revolução Industrial A primeira etapa da Revolução Industrial, iniciada no final do século XVIII, teve sua origem na ilha da Grã-Bretanha. O pioneirismo inglês é fruto de uma série de características que possibilitaram uma forte ascensão das indústrias. Com as revoluções inglesas ocorridas no século XVII, observou-se a ascensão da burguesia ao poder, com a introdução de uma monarquia parlamentarista na qual os poderes ficam nas mãos do primeiro-ministro. Em outras palavras, estava no poder no Reino Unido uma classe capitalista, que tinha como preocupação central o lucro e o acúmulo de capitais. Sendo assim, essa estaria disposta a utilizar o Estado inglês como forma de atingir seus objetivos econômicos, sendo um fator de terminante para a eclosão da Revolução Industrial. Soma-se a isso a questão da acumulação primitiva de capital. Durante o predomínio da doutrina econômica mercantilista, nenhuma outra potência conseguiu acumular um volume tão grande de riquezas como a Inglaterra, devido ao intenso comércio realizado durante o capitalismo comercial. Tais riquezas foram utilizadas na dotação de infraestrutura, como rede de transporte, extração de carvão mineral e matérias-primas, e para a instalação de indústrias. Existiu também um grande


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Nas últimas décadas do século XIX, o avanço tecnológico prosseguia com tamanha amplitude nas indústrias mais antigas, que a tarefa do historiador torna-se extremamente complexa. [...] O progresso amplo, como observa Rostow, é a marca da maturidade: as inovações básicas difundem-se do pequeno grupo de indústrias que se encontram no cerne da revolução para o restante do setor produtivo. [...] tentaremos organizar os dados do progresso tecnológico em linhas analíticas [...]: novos materiais e novas maneiras de preparar materiais antigos; novas fontes de energia e força; mecanização e divisão do trabalho.

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avanço nas técnicas e equipamentos para a produção, chegando-se a descoberta das máquinas a vapor, algo que mudou completamente a história da produção. Os maiores avanços foram nos setores têxteis, navais e metalúrgicos, principais indústrias da primeira etapa da Revolução Industrial. Além disso, houve a questão da existência de jazidas carboníferas na ilha da Grã-Bretanha, principal matriz energética da Primeira Revolução Industrial. A existência de minério de ferro favoreceu a expansão das indústrias metalúrgicas, navais, ferroviárias e de máquinas.

(Imagem que retrata a produção industrial em uma indústria têxtil durante a Primeira Revolução Industrial.)

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Por fim, a Lei do Cercamento dos Campos (Enclosure Acts), no final do século XVII favoreceu a saída de pessoas do meio rural (êxodo rural) em direção ao meio urbano e, com isso, paulatinamente as cidades estavam contando com uma oferta de mão de obra para o trabalho nas nascentes indústrias na Inglaterra. Esse processo foi tão intenso que gerou um exército industrial de reserva, massa de trabalhadores desempregados que mantém baixo o valor dos salários pagos ao proletariado. Com todos esses elementos, a Revolução Industrial pôde surgir e fazer da Inglaterra a grande potência durante a fase industrial do sistema capitalista.

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5) Segunda Revolução Industrial Ao longo do século XIX o fenômeno industrial foi atingindo novos territórios e adquirindo novas formas, a partir das melhorias realizadas nas técnicas e equipamentos desenvolvidos com a Revolução Industrial. David S. Landes afirma:

A esse conjunto tão grande de avanços e mudanças na forma industrial de produzir, os especialistas atribuem o nome de Segunda Revolução Industrial, que se estendeu do final do século XIX até meados do século XX. Essa revolução apresenta uma importantíssima mudança na geografia das indústrias, a partir das modificações nos métodos de produção do espaço e pela ascensão de indústrias fora do continente europeu, nos EUA e no Japão. O primeiro grande avanço a ser destacado foi a descoberta do aço, a partir da combinação do minério de ferro com o carbono, sendo um material de grande resistência e de maior durabilidade e resistência quando comparado ao ferro. Com isso, os produtos fabricados a partir do aço teriam um tempo de vida maior e uma maior leveza, que facilitaria a sua circulação, além de permitir a produção de meios de transportes mais ágeis e com menor consumo de combustíveis. Além disso, ocorreram profundos avanços nas fontes de energia, com a descoberta do petróleo (que além de ser uma fonte de energia com grande poder de combustão, fornece vários derivados que também podem ser utilizados como matérias-primas) e da eletricidade. Concomitantemente foi desenvolvido o motor de combustão interna, que possibilitaria um melhor e mais econômico funcionamento

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(LANDES, D.S. Prometeu Desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa Ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005).


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que em pouco tempo se transformou no centro da economia capitalista. Nessa fase, o aparecimento de modelos de produção e as mudanças na doutrina econômica são fundamentais para a compreensão do forte desenvolvimento econômico ocorrido, algo que será trabalhado no próximo módulo.

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Como condições de trabalho nas fabricas pode cair no ENEM?

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O mundo do trabalho é um assunto de destaque por ser um foco de conflitos e de lutas sociais, refletindo as transformações impostas pelo porcesso produtivo marcado pela indústria moderna. A questão a seguir, mostra como esse tema pode ser cobrado no Enem, abordando algumas dessas mudanças ocorridas com o início do processo de industrialização, a partir do século XVIII, marcadas pela precarização e exploração do trabalhador e assim, para chegar à resposta, é necessária a identificação dessas novas condições.

A partir da segunda metade do século XVIII transformações no processo produtivo, iniciadas com a separação do trabalhador dos instrumentos de trabalho e da divisão do processo produtivo marcaram o universo do que, mais tarde, seria conhecida como indústria moderna. No entanto, essas transformações trouxeram significativas modificações no universo produtivo, relacionadas às condições de trabalho que se caracterizaram por: a) jornadas de trabalho reguladas, grande quantitativo de mão de obra e proibição do trabalho infantil; b) presença de trabalho infantil e feminino, longas jornadas de trabalho e ausência de leis trabalhistas; c) formação de leis trabalhistas, presença de trabalho infantil e feminino e jornadas de trabalho regulamentadas; d) proibição do trabalho infantil e feminino, jornadas de trabalho exaustivas e pequeno uso de mão de obra; e) longas jornadas de trabalho, pequeno uso de mão de obra e automação industrial.

Gabarito: B

das máquinas e meios de transporte. A partir da expansão da Revolução para outros países e da grande ampliação da escala produtiva, os mercados europeus começaram a ficar esgotados, gerando uma necessidade por novas áreas para a realização de investimentos, novos mercados consumidores e para a obtenção de matérias-primas e fontes de energia. Tais necessidades levariam as potências europeias à corrida imperialista na África e na Ásia, cujo elemento simbólico foi a Conferência de Berlim que definiu a partilha do continente africano. O resultado dessa expansão foi a deterioração dos modos de viver nas colônias e a eclosão das Guerras Mundiais. Uma grande transformação no espaço geográfico foi o aparecimento das metrópoles, cidades de grande porte que concentravam os distritos industriais, devido à lógica produtiva de aglomeração das atividades industriais como forma de baratear os custos produtivos. Tal expansão elucida a intensificação do processo de urbanização no mundo. Nessa fase, o pioneirismo ficou por conta dos EUA, que reuniam as condições favoráveis para a industrialização, dentre as quais: • A colonização de povoamento, que trouxe migrantes ingleses que possuíam habilidades no trabalho artesanal e manufatureiro. Como existia uma relação de trabalho assalariada, aos poucos um mercado interno foi sendo desenvolvido; • Intenso acumulo de capitais pela burguesia comercial e industrial, disposta a realizar os investimentos necessários para a ampliação da lucratividade; • Vitória da classe burguesa na guerra de Independência, em 1776, e na Guerra de Secessão, entre 1861–65; • Predomínio de um grupo populacional ligado a religiões protestantes, que não condenavam o enriquecimento e viam no trabalho uma forma de salvação; • Existência de uma grande oferta de recursos naturais no território, que possibilitou o abastecimento da indústria emergente no país. Todos esses fatores levaram a uma grande arrancada industrial nos Estados Unidos, na região próxima aos Grandes Lagos,


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Jornada de trabalho de 80 horas?

Aumentar a duração do trabalho e reduzir os salários prejudica a demanda, mas isso não parece preocupar a CNI

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O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira disse, no dia 21 de julho de 2016, que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, vai mandar até o final do ano três propostas de reforma trabalhista ao Congresso Nacional. São elas uma atualização da CLT, a regulamentação da terceirização e a transformação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) em algo permanente. A proposta é polêmica e sempre enfrentou forte rejeição das centrais em governos anteriores. Ela permite que a negociação em acordo coletivo prevaleça sobre determinação legal, desde que respeitadas a Constituição e as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Saiba mais sobre o tema em nossa página: www.4newsmagazine.com.br #ReformaDasLeisTrabalhistas

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6) Quais os dois tipos de transportes que foram fundamentais para a Revolução Industrial? a) Transporte marítimo (através dos navios a vapor) e transporte ferroviário (locomotivas a vapor). b) Transporte aéreo (aviões e helicópteros) e transporte ferroviário (locomotivas a vapor). c) Transporte marítimo (através dos navios a vapor) e transporte veicular (automóveis e caminhões). d) Transporte aéreo (aviões e helicópteros) e transporte animal (bois, cavalos, etc).

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7) Qual das alternativas abaixo aponta uma das principais invenções que foi fundamental para a Revolução Industrial? a) Telefone. b) Telégrafo. c) Calculadora manual. d) Máquina a vapor.

8) (UNESP) “A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era desafiada por qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria a ganhar se as matérias-primas e os gêneros alimentícios fossem baratos. Isto não era ilusão: a nação estava tão satisfeita com o que considerava um resultado de sua política que as críticas foram quase silenciadas até a depressão da década de 80.” (Joseph A. Schumpeter, “HISTÓRIA DA ANÁLISE ECONÔMICA”)

Desta exposição conclui-se por que razão a Inglaterra adotou decididamente, a partir de 1840, o: a) isolacionismo em sua política externa; b) intervencionismo estatal na economia; c) capitalismo monopolista contrário à concorrência; d) agressivo militarismo nas conquistas de colônias ultramarinas; e) livre-comércio no relacionamento entre as nações. 13

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PRATICANDO


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b) no caráter defensivo dos sindicatos que essas massas de trabalhadores formaram nesta época; c) no caráter inexpressivo do consumo dos trabalhadores, já que a indústria não precisava, na Inglaterra do século XIX, de seu mercado consumidor interno; d) no fato de ser a própria massa de trabalhadores, que também era o contingente populacional dos grandes centros urbanos, a massa de consumidores que demandavam os produtos industrializados; e) no fato de o homem comum, apontado no texto, ter ser tornado soberano e instituído um regime político anarquista após a Revolução Industrial.

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9) (UEL) Um fator que contribuiu decisivamente para o processo de industrialização na Inglaterra do século XVIII foi: a) a acumulação de capital resultante da exploração colonial praticada pela Inglaterra através do comércio; b) a concorrência tecnológica entre ingleses e americanos, que estimulou o desenvolvimento econômico; c) a expulsão das tropas napoleônicas do território inglês, que uniu os interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento; d) o movimento ludista na Inglaterra com a destruição das máquinas consideradas obsoletas, ao incentivar a invenção de novas máquinas; e) a abertura de mercados na Alemanha e na França para a Inglaterra, por meio de um acordo comercial conhecido por Pacto de Berlim.

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10) Leio o texto a seguir: “O fato marcante da Revolução Industrial foi o de ela ter iniciado uma era de produção em massa para atender às necessidades das massas. Os assalariados já não são mais pessoas trabalhando exaustivamente para proporcionar o bem-estar de outras pessoas; são eles mesmos os maiores consumidores dos produtos que as fábricas produzem. A grande empresa depende do consumo de massa. Em um livre mercado, não há uma só grande empresa que não atenda aos desejos das massas. A própria essência da atividade empresarial capitalista é a de prover para o homem comum. Na qualidade de consumidor, o homem comum é o soberano que, ao comprar ou ao se abster de comprar, decide os rumos da atividade empresarial.” (MISES, L. Von. Fatos e mitos sobre a Revolução Industrial.)

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De acordo com o economista austríaco, L. Von Mises, a importância das massas de trabalhadores assalariados para a consolidação da Revolução Industrial consiste: a) no fato de terem sido explorados pelos industriais capitalistas que compravam sua força de trabalho e não pagavam o que era proporcional a essa força;

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6) Taylorismo, liberalismo econômico e a Crise de 1929 Quarenta e cinco anos depois que Joseph Braddock escapara da pobreza e dos preconceitos do norte da Inglaterra e se dirigira à América do Norte, seu filho James se esforçava para alimentar e vestir a família que crescia. Devia dinheiro ao senhorio, ao leiteiro, à companhia de gás e de eletricidade e a seu agente, para citar apenas alguns de seus credores. No inverno rigoroso de 1933–34 caminhara com sapatos rotos pelas ruas de North Bergen, em Nova Jersey. Sentia fome a maior parte do tempo. O declínio de James Braddock como lutador de boxe formava um paralelo perfeito com a queda do país na Depressão. [...] a partir do dia da quebra da Bolsa, em 1929, ele perdeu 16 das 26 lutas que participou [...]. Sem poder lutar, procurou trabalho nos cais dos portos de Hoboken e de Weehawken. Ele, que apenas cinco anos antes chegara a quase conquistar o campeonato mundial dos meio-pesados, estava reduzido a carregador de vigas, retirando-as dos navios que vinham do sul e colocando-as em vagões ferroviários [...]. Como dezenas de milhões de norte-americanos que haviam prosperado na década de 1920,


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mestre ensinava ao aprendiz o ofício. Com o passar do tempo, este modo sofreu modificações. Inicialmente, as fábricas ainda tinham a mesma estrutura do feudalismo, porém aos poucos o homem já não é mais o dono do seu trabalho, aparece a figura do chefe do capital das forças produtivas. Esse usa ferramentas para gerar lucro (trabalho humano e a máquina). O trabalho em série faz com que o homem perca a intimidade com o trabalho, sua responsabilidade fica fragmentada, porém oferece ao capitalista maior eficiência na possibilidade de ampliar seu lucro. O Taylorismo é um modelo de produção que vem consolidar o processo capitalista no qual o trabalhador perde a autonomia e a criatividade acentuando a dimensão negativa do trabalho. Recebe esse nome por ser um método de planejamento e de controle dos tempos e movimentos no trabalho, com as seguintes características: I – Padronização e produção em série como condição para a redução de custos e elevação de lucros; II – Trabalho de forma intensa, padronizado e fragmentado na linha de produção, proporcionando ganhos de produtividade. O método de administração científica de Frederick W. Taylor (1856–1915) tem o objetivo de aumentar a produtividade do trabalho. Para ele o grande problema das técnicas administrativas existentes consistia no desconhecimento, pela gerência, bem como pelos trabalhadores, dos métodos ótimos de trabalho. A busca dos métodos ótimos seria efetivada pela gerência, através de experimentações sistemáticas de tempos e movimentos. Uma vez descobertos, os métodos seriam repassados aos trabalhadores que se transformavam em executores de tarefas pré-definidas. O Taylorismo consiste ainda na dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, ou seja, o processo de trabalho deve ser independente do ofício, da tradição e do conhecimento dos trabalhadores, mas inteiramente dependente das políticas gerenciais.

(SCHAAP, J. Homem Cinderela: James J. Braddock, Max Baer e a maior reviravolta da história do boxe. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007).

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O fragmento acima foi retirado do livro Homem Cinderela, de Jeremy Schaap, que relata a vida do boxeador James J. Braddock, um dos maiores mitos da história do esporte. A história de Braddock coincide com o período de profunda crise na economia norte-americana e mundial, a Grande Depressão, marcada pela expansão da pobreza e do desemprego, falência de empresas e bancos e forte estagnação da economia. Na citação acima, a vida do boxeador acaba demonstrando como estava a condição de sobrevivência da população nesse período do capitalismo. Neste módulo será feito um estudo sobre os fatores que levaram a economia capitalista a esse período de estagnação: o modelo taylorista de produção e o pensamento liberal de funcionamento da economia, buscando-se estabelecer paralelos entre eles. Por fim, abordará sobre a situação da população nesse período. Taylorismo e o gerenciamento científico: No período feudal, o modo de produção se estruturava em estamentos. Não havia mobilidade social e o espaço de trabalho era coletivo, onde todos iniciavam e terminávamos seus trabalhos participando de todo o processo de confecção da produção. Nessa época, o aprendizado ocorria nas oficinas onde o

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Braddock foi tragado pelo colapso econômico. Grande parte do dinheiro que ganhara lutando em arenas famosas [...], desapareceu com a falência do Banco dos Estados Unidos, no qual ele depositara milhares de dólares. Seus companheiros na fila dos candidatos a estivadores, esperando ser escolhidos pelo capataz, eram não só operários, mas também advogados, banqueiros e corretores de ações. A Depressão fizera com que todos descessem de nível, e às vezes mais do que apenas alguns degraus [...]. Mesmo assim, o trabalho era incerto. Havia dias em que percorria em vão os quase 5 quilômetros desde seu apartamento em Woodcliff até o cais de Hoboken [...].


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e na vida das pessoas. O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith. Podemos citar como princípios básicos do liberalismo: • Defesa a propriedade privada; • Liberdade econômica (livre mercado); • Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado); • Igualdade perante a lei (estado de direito). Além disso, existe uma ideia central na doutrina Liberal, totalmente correlacionada com a liberdade econômica, que é a Lei da Oferta e da Procura. Segundo essa lei, a economia possui a característica de autoregulação, de acordo com a oferta dos produtos e a busca pelos mesmos, levando a um controle do valor do produto e da própria economia. Esse foi um elemento importantíssimo para a ocorrência da Grande Depressão, pois os industriais, mesmo observando a redução aumento dos estoques, mantiveram das vendas e a produção em alta, porque acreditavam que o próprio mercado iria resolver tal problema. Entretanto isso não ocorreu, o mercado não solucionou o problema, a Bolsa de Nova York quebrou, bancos e empresas faliram. Iniciava-se, assim, a Grande Depressão. A Crise de 1929 e a Grande Depressão: A Crise de 1929 estourou nos Estados Unidos como crack da bolsa de Nova Iorque e depois assolou praticamente todo o mundo ocidental numa crise econômica considerada como a maior desde o advento da Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII, ocorrida na Inglaterra. No dia 24 de outubro de 1929, a “Quinta-feira negra”, 16 milhões de títulos foram colocados à vendas em que aparecessem compradores. Os preços dos títulos desabaram. A queda se acelerou e, no começo de novembro, os títulos perderam mais de um terço de seu valor. Acreditava-se que a crise era passageira. O presidente norte-americano, Herbert Hoover, afirmava tratar-se de uma simples recessão: “Comprem, a

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Taylor separa a concepção (cérebro, patrão) da execução (mãos, operário). Nega ao trabalhador qualquer manifestação criativa ou participação. A partir disso, observa-se uma grande elevação da capacidade produtiva nas fábricas, pois o trabalho repetitivo permitiu uma especialização dos trabalhadores, que passaram a realizar os movimentos de forma cada vez mais ágil, somado com a questão do gerenciamento produtivo, que buscou evitar o desperdício de tempo durante as jornadas de trabalho. Entretanto, os ganhos produtivos não resultaram em um aumento do padrão salarial dos trabalhadores, o que fazia o mercado consumidor interno nos Estados Unidos ser reduzido. A ausência de um mercado de consumo interno, associado com a recuperação da Europa da Primeira Grande Guerra são fatores fundamentais para a compreensão da crise. O gráfico a seguir, conhecido como Gráfico de Taylor, elucida isso.

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A questão do subconsumo já pode ser explicada pela questão dos mercados internos e europeus, da mesma forma que a superprodução foi explicada pelo grande aumento da produtividade. Sendo assim, uma pergunta pode surgir: por que os industriais não reduziram a produção como forma de evitar a crise? A resposta dessa pergunta é simples: devido ao modelo liberal. O Liberalismo Econômico: Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Nesse sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia

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ciclo vicioso de desenvolvimento, ou seja, um ciclo de crise, que tornava a Depressão cada vez mais intensa. O esquema abaixo facilita a compreensão do ciclo nesta crise do sistema capitalista:

prosperidade está na próxima esquina”. No começo de 1930, ocorreu uma melhora nas cotações. Os grandes especuladores aproveitaram para despejar no mercado os títulos que possuíam. Novo pânico se instaura arruinando milhares de pequenos investidores, que pagavam prestações de empréstimos pela compra de ações de que eram portadores, mas que não tinham mais valor. A queda nas cotações disparava: as ações da US Steel, de 250 passaram a valer 22 pontos. As ações da Chrysler, de 135 passaram a 5 pontos, segundo os índices de valores da Bolsa de Nova Iorque. Para saldar compromissos, os bancos norte-americanos deixaram de abrir linhas de crédito aos países estrangeiros e passaram a repatriar os capitais que tinham investido no exterior. Esses capitais haviam sido reinvestidos a longo prazo e na maior parte das vezes não se encontravam imediatamente disponíveis. Empréstimos não eram renovados e as dívidas passaram a ser executadas. A sequência de falências é impressionante. Quebram bancos, e com eles as companhias que neles faziam seus depósitos em conta corrente. A onda de desemprego aumenta exponencialmente. Sem empregos, não há rendas disponíveis, não há consumo, não há procura e, por conseguinte, não há produção e não há empregos. Este é o ciclo terrível: a crise alimentar a crise, que adquire uma dimensão mundial. Queda na produção industrial, queda no preço de produtos agrícolas. Países como Brasil, México e Argentina chegaram a ter que destruir estoques agrícolas para tentar sustentar preços no mercado mundial. O comércio internacional ficou totalmente desorganizado. O desemprego mundial, que era avaliado em 10 milhões em 1929, atinge a cifra de 30 milhões em 1932 – cifra que está aquém da realidade, pois trata de empregos e desempregos registrados. As tensões sociais aumentam gravemente. A economia norte-americana e mundial entraria em um

Como crise de 1929 pode cair no ENEM? GEO0005 A Crise de 29 mostra a dimensão de uma crise financeira, ultrapassando as fronteiras nacionais, o papel das organizações políticas e as transformações socioeconômicas envolvidas. Apesar de ter ocorrido em outro contexto histórico-geográfico, é um tema importante para o Enem, como mostra a questão. Ela utiliza dados numéricos e para resolvê-la é preciso relacionar as duas crises financeiras.

Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil. Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em

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A partir de 1933 os Estados Unidos iniciariam a sua recuperação econômica, a partir de medidas tomadas pelo presidente Franklin Roosevelt e pelo advento de um novo modelo produtivo, o Fordismo. Tais assuntos serão trabalhados com maior clareza no próximo módulo.


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Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção: a) Questionar a interpretação da crise. c) Instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de valores. d) Relacionar os fatos passados e presentes. e) Analisar dados financeiros americanos.

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Gabarito: D

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11) (UFPE) A importância do processo de modernização na modelação das economias subdesenvolvidas só vem à luz plenamente em fase mais avançada quando os respectivos países embarcam no processo de industrialização. (Celso Furtado)

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Sobre esse assunto, podemos afirmar que: I) as primeiras indústrias que se instalam nos países subdesenvolvidos concorrem com a produção artesanal e se destinam basicamente a produzir bens simples não duráveis. II) a industrialização de um país subdesenvolvido tende a assumir a forma de manufatura local daqueles bens de consumo que eram previamente importados; III) na fase de industrialização dos países subdesenvolvidos, o controle da produção por firmas estrangeiras facilita e aprofunda a dependência econômica desses países;

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12) (UNIFESP) O processo de industrialização tardia verificado após a Segunda Guerra Mundial promoveu: a) uma divisão territorial do trabalho baseada na troca desigual de commodities; b) a reunião de líderes de países pobres contra o capital internacional; c) uma articulação produtiva entre núcleos de países centrais e de países pobres; d) a atuação decisiva de países periféricos no Conselho de Segurança da ONU; e) uma frente de países ricos que atuou pela libertação colonial dos povos.

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b) Comunicar sobre o desemprego.

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(Gazeta Mercantil, 05/01/1999)

IV) a industrialização, nas condições de dependência, de uma economia periférica, requer intensa absorção de progresso técnico, sobretudo para a produção de novos produtos; V) é durante a fase de “substituição das importações” que tem início, realmente, a formação de um sistema industrial nos países periféricos. Estão corretas: a) I,II, III e IV apenas; d) I, II e V apenas; b) II e IV apenas; e) Todas. c) I e III apenas;

nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores – cerca de 25% da população ativa – entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome.

13) (UECE) Leia o texto e analise seu conteúdo. A agricultura se voltou ainda mais para o mercado, e agora produzia matérias-primas para a indústria; os camponeses foram expulsos para as cidades, onde as fábricas careciam de mão de obra. As informações contidas no texto expressam as grandes mudanças no espaço geográfico: a) na Idade Média; b) com a recente Revolução Técnico-Científica; c) com a globalização atual, em que a indústria toma a dianteira dos serviços; d) durante a grande evolução tecnológica ocorrida com a Revolução Industrial. 14) (CESGRANRIO) Em virtude de sua extrema variedade, a indústria é passível de ser classificada de acordo com múltiplos critérios. Dentre as alternativas a seguir, assinale a ÚNICA que expressa um conceito INCORRETO acerca de modos ou critérios de classificação da indústria.


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c) somente II e III d) somente I, II e III e) somente II, III e IV

16) (FUVEST) No mapa adiante, as manchas negras representam regiões:

a) Considera-se como indústria de base aquela que produz bens e matérias-primas para outras indústrias, conforme o exemplo da siderurgia e das montadoras de veículos automotores. b) Define-se como indústria de bens-duráveis aquela que produz bens que não se esgotam imediatamente, como a dos eletrodomésticos e de maquinaria agrícola. c) Entende-se como indústria de alta tecnologia aquela que produz bens, cujos investimentos em pesquisa científica correspondem a mais de 50% dos custos finais, a exemplo da robótica e da microeletrônica. d) Compreende-se como indústria de bens de capital aquela que produz equipamentos para outras indústrias, como os setores de caldeiraria pesada, prensas e tornos mecânicos. e) Designa-se indústria tradicional aquela cujo emprego de mão de obra é alto em relação ao valor da produção, sendo pouco automatizada, conforme alguns ramos dos setores alimentício e têxtil.

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15) (CESGRANRIO) A evolução da geografia da indústria, desde a introdução das primeiras máquinas, no século XVIII, pode ser dividida em quatro fases, tendo como base os tipos de bens e produtos de maior rentabilidade. A esse respeito, afirma-se que: I) a primeira fase foi dominada pela produção têxtil, que tinha na Alemanha o seu maior centro, até meados do século XIX; II) a segunda época corresponde à emergência do complexo metalomecânico e ao surgimento de novas potências industriais, que dariam início aos fenômenos do Imperialismo e das Guerras Mundiais; III) o terceiro período foi marcado pela hegemonia norte-americana, estruturada na produção de bens de consumo de massa, que atingiria seu apogeu nas décadas de 1950 e 60; IV) o quarto momento foi inaugurado com a grande crise mundial de 1973, e vem tendo como base o desenvolvimento de setores tecnologicamente avançados, especialmente no Japão. Das afirmativas acima, estão corretas: a) somente I e II b) somente I e III

17) (PUC) Na escolha de um local para a implantação das indústrias, os fatores mais importantes estão relacionados a matérias-primas, fontes de energia, mão de obra, recursos financeiros e acesso ao mercado consumidor dos bens produzidos. A importância de cada fator em relação aos demais pode variar. Depende do tipo de bens a produzir, da escala de produção pretendida, do grau de desenvolvimento, das técnicas utilizadas e da infraestrutura existente. Da leitura do texto é possível concluir que: a) as indústrias leves contam com maior número de opções, quanto à escolha do local para sua instalação; b) as indústrias pesadas dispersam-se mais pelo espaço, em função dos fatores disponíveis; c) em função do destino final da produção, as indústrias leves necessitam de maiores espaços e investimentos;

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a) densamente povoadas, com elevada produção de petróleo e hidroeletricidade; b) de cinturões agrícolas que produzem cereais para o mercado mundial; c) fortemente industrializadas e de espaço intensamente transformado; d) onde se pratica mineração em grande escala, com alta tecnologia; e) exportadoras de grande volume de matérias-primas para áreas mais industrializadas.


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18) (UNIRIO) A instalação industrial em uma região depende dos fatores favoráveis, que podem ser considerados gerais ou específicos. Em relação à localização podemos destacar os fatores a seguir, dos quais um NÃO está apresentado corretamente. Indique-o: a) Mercado Consumidor – importante para as empresas que trabalham com produtos finais de baixo custo unitário e de consumo. b) Matérias-primas – é determinante para as indústrias que as utilizam em grandes quantidades, como é o caso das indústrias de base. c) Água – algumas indústrias tendem a manter uma estreita relação com a água, como é o caso das siderúrgicas. d) Mão de obra – fator decisivo tanto para as empresas que utilizam grande número de trabalhadores quanto para as que requerem trabalho altamente qualificado. e) Transporte – é fundamental para viabilizar a atividade produtiva, sendo que nos grandes centros a maior flexibilidade faz do transporte ferroviário a melhor opção.

a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque; b) a Crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário; c) a Crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos; d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado; e) a Crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema monetário.

d) como dependem de infraestrutura, as indústrias pesadas devem estar próximas a portos marítimos; e) as indústrias leves são muito mais sensíveis às condições da infraestrutura nos setores de transportes e energia.

(Paul Raynaud - La France a Saivé L’europe, T. I. Flamarion)

Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos.

O autor se refere à crise mundial de 1929, iniciada nos Estados Unidos, da qual resultou: a) o abalo do liberalismo econômico e a tendência para a prática da intervenção do Estado na economia; b) o aumento do número das sociedades acionárias e da especulação financeira; c) a expansão do sistema de crédito e do financiamento ao consumidor; d) a imediata valorização dos preços da produção industrial e fim da acumulação de estoques; e) o crescimento acelerado das atividades de empresas industriais e comerciais, e o pleno emprego.

A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença entre essas duas crises, pois:

21) Em linhas gerais, pode-se dizer que a Grande Depressão (1929) resultou principalmente: a) da queda da exportação, desemprego e aumento de consumo interno;

19) (ENEM)

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A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de milhões de transações diárias no ciberespaço.

(ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de S.Paulo, 11 dez. 2011. [adaptado].)

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(Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks. com. Acesso em: 17 ago. 2011. [adaptado].)

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20) (FUVEST) A crise atingiu o mundo inteiro. O operário metalúrgico de Pittsburgo, o plantador de café brasileiro, o artesão de Paris e o banqueiro de Londres, todos foram atingidos.

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de carros em série que mudou para sempre os costumes e a paisagem da América. (Luís Fernando Veríssimo, O Globo, 15/04/2010 [Adaptado])

De acordo com o texto, há um elemento do fordismo verificado no Brasil apenas recentemente. Aponte esse elemento. Nomeie ainda o atual modelo produtivo capitalista, sucessor do fordismo, e apresente duas de suas características. As novas formas de organização da produção industrial foram chamadas por alguns autores de pós-fordismo, para diferenciá-las da produção fordista. a) Apresente dois aspectos do processo industrial fordista e dois do pós-fordista. b) Caracterize o espaço industrial no fordismo e no pós-fordismo.

b) da desvalorização da moeda, com o objetivo de elevar os preços dos gêneros agrícolas; c) do fechamento temporário dos bancos e a requisição dos estoques de ouro para sanear as finanças; d) da superprodução industrial e agrícola, que foi se evidenciando quando o mercado não conseguiu mais absorver a produção que se desenvolvera rapidamente; e) da emissão de papel-moeda e o abandono do padrão-ouro que permitiram ao Banco Central financiar o seguro-desemprego.

APROFUNDANDO

23) Leia o texto e responda:

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O patrono

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Um estudo recente encomendado pelo banco BNP Paribas, francês e insuspeito, mostrou que nos últimos cinco anos a classe C brasileira cresceu e aumentou sua renda mais do que as classes A/B, enquanto as classes D/E diminuíram de tamanho. O que deve interessar a todo o mundo é que está se criando uma coisa que até agora não existia no Brasil. E o patrono desta transformação não é Karl Marx, é Henry Ford. Henry Ford ficou na história porque criou o fordismo, um método revolucionário de produção

24) A situação do desemprego no mundo é dramática. Cálculos apresentados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) para 1997 registraram 800 milhões de desempregados no planeta, número que, acrescido ao dos trabalhadores subempregados chegou a 1 bilhão de pessoas, ou seja, um terço da força de trabalho mundial. Trata-se do nível mais alto de desemprego desde a Grande Depressão dos anos 1930. Aponte e explique duas causas responsáveis pelo elevado nível de desemprego mundial na atualidade. 25) O processo de inserção do neoliberalismo enquanto ideologia e corrente de pensamento para a condução das políticas e dos recursos públicos no território brasileiro se deu de forma lenta e gradual, num período que compreende quase três décadas.

(Mirlei Fachini Vicente Pereira e Samira Peduti Kahil. Disponível em: www.ub.edu. [Adaptado])

Indique dois fundamentos da ideologia neoliberal e dê um exemplo de política ou prática neoliberal implantada no Brasil a partir dos anos 1990, apontando suas consequências à sociedade e à economia brasileira.

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22) A grave crise econômico-financeira que atingiu o mundo capitalista na década de 30 tem suas origens nos Estados Unidos. A primeira medida governamental que procurou, internamente, solucionar essa crise foi o New Deal, adotado por Roosevelt, em 1933. Uma das medidas principais desse programa foi o(a): a) encerramento dos investimentos governamentais em obras de infraestrutura; b) fim do planejamento e da intervenção do Estado na economia; c) imediata suspensão da emissão monetária; d) política de estímulo à criação de novos empregos; e) redução dos incentivos à produção agrícola.


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antes de poderem ossificar-se. Tudo o que era estável se volatiliza, e os homens são por fim obrigados a encarar com os olhos bem abertos a sua posição na vida. (MARX e ENGELS. Manifesto do Partido Comunista [Adaptado])

Em 1848, na defesa de uma nova sociedade, o Manifesto Comunista criticou as transformações advindas da modernização capitalista nos países da Europa Ocidental. Dois aspectos dessa modernização, então criticados, foram: a) crescimento industrial – garantia de direitos sociais; b) aceleração tecnológica – aumento da divisão do trabalho; c) mecanização da produção – elevação da renda salarial média; d) diversificação de mercados – valorização das corporações sindicais.

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26) (PUC) Na América Latina, países como o Brasil, o México, a Argentina e o Chile deflagraram processos industriais antes da Segunda Guerra Mundial, baseados no desenvolvimento do mercado interno (substituição de importações) e, mais tarde, em estímulos à indústria de base. No Leste Asiático, os pequenos “dragões” ou “Tigres Asiáticos” ingressaram na industrialização pós-guerra, utilizando como modelo a exportação de bens de consumo de baixo investimento tecnológico, orientado para o mercado dos países desenvolvidos. Refletindo para além do texto, pode-se afirmar que os países subdesenvolvidos: a) mencionados, industrializaram-se em momentos diferentes da história do capitalismo, embora com caminhos diferentes, vêm, aos poucos, superando a situação de pobreza econômica e social; b) mencionados, podem servir como modelos para todos os demais que desejarem sair da condição de subdesenvolvimento, pois o caminho é a industrialização; c) mencionados, não tiveram na industrialização o caminho para a superação de seus problemas sociais, uma vez que são, todos eles, países dependentes política, econômica e tecnologicamente; d) podem, de modo geral, seguindo o exemplo dos chamados “tigres da Ásia”, tornarem-se desenvolvidos, distanciando-se do tipo de industrialização latino-americana; e) não mencionados, vêm conhecendo processos mais recentes de industrialização, o que a prazos maiores ou menores, os levarão a superar suas condições de pobreza econômica e social.

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28) (UERJ)

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27) (UERJ) O permanente revolucionar da produção, o abalar ininterrupto de todas as condições sociais, a incerteza e o movimento eternos distinguem a época de todas as outras. Todas as relações fixas e enferrujadas, com seu cortejo de representações e concepções, são dissolvidas, todas as relações recém-formadas envelhecem

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(Disponível em: http://inet.sitepac.pt [Adaptado])

A história em quadrinhos apresenta uma característica fundamental do modo de produção capitalista na atualidade e uma política estatal em curso em muitos países desenvolvidos. Essa característica e essa política estão indicadas em: a) liberdade de comércio – ações afirmativas para grupos sociais menos favorecidos;


GEOGRAFIA

29) (UERJ) O ex-presidente do Banco Central americano disse ontem que “um tsunami do crédito que ocorre uma vez por século” tragou os mercados financeiros. Em audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, frisou que as instituições não protegeram os investidores e aplicações tão bem como ele previa.

mia, além de considerável dívida para com bancos estrangeiros. b) Nível científico e tecnológico elevado, com altas taxas de escolaridade proporcionando um grande crescimento industrial. c) Elevado nível de vida da população, com boas condições de alimentação e habitação, além de elevada eficiência na prestação de serviços. d) Agricultura intensiva com elevados índices de produtividade resultantes do emprego de tecnologia avançada. e) A população apresenta no seu conjunto elevado nível de vida com baixas taxas de mortalidade infantil e de expectativa de vida.

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b) sociedade de classe – sistemas de garantias trabalhistas para a mão de obra sindicalizada; c) economia de mercado – programas de apoio aos setores econômicos pouco competitivos; d) trabalho assalariado – campanhas de estímulo à responsabilidade social do empresário.

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A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países a partir da década de 1980. A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com: a) diminuição das garantias trabalhistas; b) estímulo à competição entre as empresas; c) reforço da livre circulação de mercadorias; d) redução da regulação estatal da economia.

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30) (UFAL) Uma expansão violenta por parte dos Estados, ou de sistemas políticos análogos, da área territorial da sua influência ou poder direto, e formas de exploração econômicas em prejuízo dos Estados ou povos subjugados, geralmente conexas com tais fenômenos (...) O texto, de autoria de Norberto Bobbio, expressa o conceito de: a) liberalismo; b) dependência; c) imperialismo; d) socialismo; e) globalização. 31) (UFPI) Com relação a algumas características socioeconômicas dos países subdesenvolvidos, assinale a alternativa correta. a) Forte influência de empresas multinacionais que controlam grande parte da econo-

32) (UFRRJ) Países em desenvolvimento são os que, apesar de apresentarem várias características inerentes aos países subdesenvolvidos, encontram-se em um nível intermediário de desenvolvimento. Uma característica desse grupo de países é: a) o aumento do setor primário, tendo em vista que o seu processo de industrialização clássica tem mecanizado a lavoura, liberando mão de obra qualificada para o setor terciário; b) o aumento da participação dos setores secundário e terciário da economia, que determina mais um crescimento econômico do que um desenvolvimento do país, visto que o setor secundário é representado por uma industrialização tardia; c) uma industrialização voltada para a fabricação de bens de produção, já que atingiram um alto grau de tecnologia nacional e possuem um grande mercado consumidor interno; d) a planificação de sua economia, com os meios de produção nas mãos do estado e com ênfase às indústrias de base, como, por exemplo, a siderurgia; e) o desenvolvimento satisfatório de vida e autonomia de criar sua própria tecnologia, usando seu próprio capital para o seu desenvolvimento econômico. 23

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(Adaptado de O Globo, 24/10/2008)


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(TERRA, Lygia e outros. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2008.)

No caso dos modelos C e D, as mudanças socioeconômicas que justificam as escolhas de novos locais para instalação de usinas siderúrgicas nas últimas décadas são, respectivamente: a) dispersão dos mercados consumidores – revalorização das economias de aglomeração; b) eliminação dos encargos com a mão de obra – generalização das redes de telecomunicação; c) diminuição dos preços das matérias-primas – substituição de fontes de energia tradicionais; d) redução dos custos com transporte – ampliação das práticas de sustentabilidade ambiental.

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33) (UFRRJ) No texto a seguir, são feitas algumas considerações sobre o capitalismo e o seu processo de desenvolvimento ao longo da história. O capitalismo, como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. Seus principais mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações ao longo do tempo. O capitalismo evoluiu gradativamente e foi se transformando à medida que novas dificuldades surgiam, apresentando, assim, um grande dinamismo ao longo do seu processo de desenvolvimento. Para melhor entender a sua evolução e a construção do espaço geográfico, costuma-se dividir o capitalismo em 3 (três) fases distintas.

(Adap. SENE, E. de e MOREIRA, J. C. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998. p. 14.)

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Considerando o capitalismo e o seu processo de desenvolvimento através da história, marque a opção que corresponde respectivamente a essas fases. a) Capitalismo Comercial, Capitalismo Financeiro e Capitalismo Industrial. b) Capitalismo Financeiro, Capitalismo Industrial e Capitalismo Comercial. c) Capitalismo Comercial, Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro. d) Capitalismo Industrial, Capitalismo Financeiro e Capitalismo Comercial. e) Capitalismo Industrial, Capitalismo Comercial e Capitalismo Financeiro.

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34) (UERJ) Os fatores locacionais da indústria passaram por grandes modificações, desde o século XVIII, alterando as decisões estratégicas das empresas acerca da escolha do local mais rentável para seu empreendimento. O esquema a seguir apresenta alguns modelos de localização da siderurgia, considerando os fatores locacionais mais importantes para esse tipo de indústria: minério de ferro, carvão mineral, mercado e sucata.

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35) (PUC) No mundo capitalista, a industrialização contemporânea apresenta uma certa dispersão do processo produtivo em áreas que oferecem maiores vantagens econômicas. Entre os reflexos dessa realidade nos países periféricos, assinale a afirmação INCORRETA. a) Ocorre implantação de avanços tecnológicos e expansão da produção em países periféricos, como estratégias instituídas pelo modelo industrial vigente, para ampliar seus mercados. b) Existe incentivo ao consumo dos produtos disponibilizados pela indústria moderna, alterando hábitos culturais nos países periféricos e atendendo ao sistema de capital mundial.


GEOGRAFIA

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37) (FATEC) Considere o texto apresentado a seguir. As indústrias estão distribuídas de forma desigual no planeta, pois tendem a se concentrar nos lugares onde há fatores favoráveis a sua localização. Como esses fatores são definidos historicamente, variam com o passar do tempo, dependendo do tipo de indústria.

(Sene e Moreira, 1998.)

Assim, genericamente, tal como oferta de incentivos fiscais, mão de obra e mercado consumidor, pode-se considerar como principais fatores locacionais para indústrias:

c) Há discrepância entre o setor público dos países periféricos, com pouca capacidade de investimento, e o da iniciativa privada internacional e/ou nacional, que investe, cresce e se globaliza em diversos setores. d) Há uma ordem pré-estabelecida para o acesso a uma vida mais digna, favorecida pela expansão do processo de produção em países periféricos.

Fontes Infraestrutura Rede de Disponibilidade de ener- de transcomunicações de águas gia portes

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Revolução industrial na Inglaterra (representação do ambiente fabril externo): a) trata-se do segundo ganho tecnológico, evidenciado pelo período científico-produtivo; b) trata-se do início do processo industrial, com fábricas rudimentares e altamente poluidoras; c) retrata a chegada o período de melhoria tanto no ambiente produtivo como nas condições de trabalho nas fábricas, próprio do segundo momento de grande ganho produtivo; d) retrata a preocupação, desde a origem, com o ambiente fabril produtivo e os cuidados junto às comunidades locais; e) demonstra um sítio urbano fortemente preparado para a recepção produtiva e populacional, sem prejuízos para ambas as partes.

a)

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b)

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c)

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d)

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e)

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X

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38) (MACKENZIE) A tradicional região industrial dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, teve como principais fatores para o seu desenvolvimento, entre outros: a) a existência de importantes centros de pesquisas e a localização de terminais ferroviários procedentes do Pacífico; b) a presença de entroncamentos de transportes aéreos, facilitando o escoamento da produção por todo o país; c) a proximidade de matéria-prima como o ferro e o carvão e a existência de importante rede de transportes; d) a modernização das atividades rurais, que obrigou o deslocamento da população para os centros industriais; e) a aglomeração de instituições financeiras, alimentando recursos para a expansão das atividades. 25

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36) O desenvolvimento industrial está relacionado ao processo de ganho de novas técnicas e tecnologias envolvidas na aceleração do processo de produção. Podemos distinguir momentos diferenciados de ganhos significativos de produtividade ao longo da história do desenvolvimento industrial. Diante desse fato e da imagem abaixo, marque a alternativa que engloba corretamente o momento industrial da imagem:


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b) Segunda Revolução Industrial surgida desde o final do século passado até os anos 70 do século XX. c) Rerceira Revolução Industrial, típica das inovações tecnológicas da época atual. d) Aplicação de inovações técnicas na produção, sem caracterizar uma periodização das Revoluções Industriais.

41) (ENEM)

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39) (PUC) Refletindo sobre os tipos de indústrias e os modelos de desenvolvimento, assinale a afirmativa que contiver a aplicação conceitual ERRADA: a) O uso do conceito bens de consumo duráveis está cada vez mais contraditório, uma vez que o mundo capitalista tem tornado os produtos das indústrias leves cada vez mais descartáveis, visando à reposição cada vez mais rápida. b) Nos países centrais, as indústrias pesadas e leves desenvolveram-se simultaneamente, ao passo em que nos países emergentes periféricos capitalistas, as indústrias de bens de consumo se desenvolveram mais e antes do que as de bens de produção. c) Os primeiros tipos de produtos fabricados pelas indústrias leves na história – no início da Revolução Industrial – foram os bens de consumo duráveis; no entanto, durante a Guerra Fria, o mundo entrou no período da Segunda Revolução Industrial, quando surgiram os motores a combustão interna e eletricidade, possibilitando a produção de bens de consumo não duráveis. d) O Brasil é um exemplo de país cujo modelo de industrialização baseou-se na substituição de importações, uma vez que as indústrias surgiram priorizando o abastecimento do mercado interno. e) Ainda hoje, a imensa maioria dos países do planeta é classificada como dependente tecnológica, com pouca participação do setor secundário da economia na composição de seu PIB.

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40) (UECE) Leia, com atenção, o texto do geógrafo J. W. Vesentini. A descoberta da eletricidade e dos motores elétricos traz grandes inovações técnicas. O carvão vai sendo substituído pelo petróleo. No lugar da indústria têxtil, os setores mais importantes passam a ser a siderurgia, as indústrias metalúrgicas, a petroquímica e a indústria automobilística. O texto trata da: a) Primeira Revolução Industrial que ocorreu de meados do século XVIII até por volta de 1870.

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(Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011. [adaptado].)

Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na: a) autonomia do produtor direto; b) adoção da divisão sexual do trabalho; c) exploração do trabalho repetitivo; d) utilização de empregados qualificados; e) incentivo à criatividade dos funcionários. 42) (UFC) A Primeira Revolução Industrial provocou uma grande transformação no espaço geográfico. A esse respeito, leia as afirmações abaixo. I) Aconteceu um intenso processo de urbanização, e as cidades passaram a comandar as atividades econômicas e a organização do espaço geográfico; II) Com a ampliação da divisão internacional do trabalho, alguns países europeus especializaram-se na produção industrial, controlando o mercado mundial de produtos industrializados; III) Aconteceram grandes mudanças no modo de produção, sem implicações na organização política e territorial da Europa. Assinale a alternativa correta.


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ção das fábricas, surgindo grandes regiões industriais em torno das bacias carboníferas de Londres e do Reno-Ruhr; d) o mercado consumidor é um dos fatores determinantes da localização da indústria, o que explica a ligação histórica entre o fenômeno industrial e as concentrações urbanas; e) em virtude dos avanços tecnológicos, a indústria contemporânea já pode prescindir das redes de transportes e comunicações, o que explica o atual processo de desconcentração espacial.

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a) Apenas I é verdadeira; b) Apenas III é verdadeira; c) Apenas I e II são verdadeiras; d) Apenas II e III são verdadeiras; e) I, II e III são verdadeiras.

43) (UFPR) Observe o mapa abaixo:

45) (UNIRIO) Desde o seu advento até os dias de hoje, a atividade industrial passou por várias transformações e teve várias etapas ou fases. São características da Segunda Revolução Industrial a(o): a) liderança dos Estados Unidos, o petróleo como principal fonte de energia e a indústria automobilística; b) liderança inglesa, o predomínio da máquina a vapor e as indústrias têxteis; c) disputa pela liderança entre Japão, Estados Unidos e Europa Ocidental, a robótica, a informática e a biotecnologia; d) dispersão espacial da indústria e a utilização de várias fontes de energia como a nuclear, a solar e a eólica; e) uso do carvão mineral como principal fonte de energia, o Taylorismo e o Fordismo.

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44) (UFSM) Com relação aos fatores locacionais da indústria, pode-se afirmar: a) independentemente do tipo de indústria, os fatores locacionais, em ordem crescente de importância, são a mão de obra, as fontes de energia e as matérias-primas; b) a qualificação da força de trabalho foi mais importante nos setores típicos da Primeira Revolução Industrial, o que caracterizou as zonas industriais até meados do século XIX; c) na Segunda Revolução Industrial, as jazidas de carvão mineral condicionavam a localiza-

46) (ENEM) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de maté27

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Com base no mapa e nos conhecimentos de Geografia, assinale a alternativa correta. a) O mapa indica os centros políticos e econômicos das maiores potências militares e geopolíticas do mundo. b) Estão indicadas as maiores concentrações populacionais de cada uma das grandes civilizações modernas: a americana, a europeia, a russa, a negra, a oriental e a austral. c) A maioria das grandes concentrações urbanas do mundo se localiza no hemisfério norte, devido ao papel do clima temperado e dos grandes vales pluviais na origem da civilização. d) As áreas indicadas mostram concentrações urbanas e industriais que vêm perdendo importância relativa na economia mundial em função do crescimento demográfico e industrial da Índia. e) As áreas indicadas são grandes concentrações industriais em termos de valor da produção, sem considerar diferenças relacionadas à sofisticação dos produtos e da tecnologia.


(THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 [adaptado].)

Esses dois momentos estiveram relacionados à: a) alta crescente dos preços agrícolas, que impediram o deslocamento do poder aquisitivo para a compra de bens industriais e serviços; b) decisão norte-americana de reduzir o ritmo da produção industrial e agrícola alcançado no período da Guerra de 1914–18; c) expansão da oferta de mercadorias, da publicidade e da indústria do lazer favorecidas pelo crédito fácil e aliadas à especulação com ações; d) onda puritana que fortaleceu o espírito de poupança, contendo os investimentos da classe média e do operariado.

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Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque: a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais; b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes; c) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados; d) os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência; e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.

ria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos.

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47) No período chamado de Entreguerras, um acontecimento norte-americano alcançou repercussão mundial. Trata-se da Quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929. Foram causas dessa crise econômica: a) Intervenção do Estado na economia, contrariando o ideal do liberalismo, profundamente arraigado na cultura norte-americana. b) Retomada da produção europeia, aumento do preço do petróleo no mercado internacional e redução do consumo interno. c) Explosão do consumo, aumento das taxas de juros e uma sequência de nacionalizações de empresas estrangeiras. d) Aumento das exportações e dos preços dos produtos, sem que houvesse um aumento de produção de matérias-primas. e) Superprodução agrícola e industrial, diminuição nos níveis de exportação e queda nos preços no mercado interno.

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48) As imagens reunidas na figura a seguir expressam dois momentos significativos da vida econômica e social norte-americana: a riqueza dos anos 20 do século XX, traduzida pela crença otimista no modo de vida americano – “o american way of life” –, popularizado durante o New Deal, e a depressão econômica dos anos 30 do mesmo século, com suas enormes filas de pobres e desempregados.

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49) (UFSM) Considerando a crise do capitalismo liberal nos EUA, nas décadas de 1920 e 30, é possível afirmar: a) A quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, foi o fato gerador da crise de superprodução da economia norte-americana. b) A produção industrial mantida num patamar elevado, sem que houvesse mercado consumidor, foi o elemento desencadeador da crise. c) O crescimento econômico dos anos 20 aparelhou a agricultura e a indústria dos EUA, para enfrentar as crises decorrentes da retração do mercado. d) A Bolsa de Valores de Nova York, ao longo da década de 1920, pautou seus negócios com objetividade, sem permitir especulações com o valor das ações. e) A aspiração por enriquecimento rápido e fácil, comum na sociedade dos EUA, não colaborou para a quebra da Bolsa de Valores de Nova York.


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DESAFIANDO

50) (UERJ)

(Disponível em: http: //gestaoboechat.blogspot.com. Acesso em setembro de 2016)

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A fusão da Sadia com a Perdigão, em maio de 2009, resultou na criação da Brazil Foods, décima maior empresa alimentícia do continente americano e segunda do país. Esse evento é decorrente de uma estratégia das grandes corporações e representa uma tendência mundial da atual fase do capitalismo. A denominação da atual fase do capitalismo e uma justificativa para a adoção dessa estratégia estão indicadas em: a) liberal – redução dos preços das mercadorias; b) monopolista – ampliação da participação no mercado; c) monetarista – diminuição dos custos de comercialização; d) concorrencial – aumento da escala de compras da companhia. 51) (Uerj)

Projeção de Investimentos Estrangeiros Diretos - IED(2010-2012)

120

80 60 40 20

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bilhões de dólares

100

0

China (1)

Índia (3)

Brasil (4)

EUA (2)

Rússia (5) México (12) Reino Unido (6)

Vietnã (11) Indonésia (9) Alemanha (7)

*Os números entre parênteses indicam a posição no ranking em 2009. (Adaptado de O Globo, 07/09/2010)

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Os Investimentos Estrangeiros Diretos nos países incluem todo tipo de capital investido, à exceção daqueles para fins especulativos no setor financeiro. No atual momento do capitalismo, a posição ocupada pelos países emergentes indicados no gráfico reflete, principalmente, a seguinte característica de suas economias: a) Crescimento potencial do mercado consumidor. b) Perspectiva de produção agrícola de exportação. c) Industrialização tardia baseada em energia limpa. d) Desenvolvimento expressivo de bens de alta tecnologia.


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RESUMINDO

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• Na história da humanidade é possível observar distintos modelos de organização dos meios sociais, econômicos e políticos, que exerceram grande influência no modo de viver das sociedades e na organização do espaço geográfico. E o capitalismo sem dúvida é o sistema político, econômico e sociais que se consolidou e perpetuou ao longo da história; • O Capitalismo não surgiu com a indústria! É possível realizar a classificações de tipo de capitalismo a partir das alterações na conjuntura, sobretudo técnica desse sistema;

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• Além da classificação do capitalismo é possível classificar as alterações técnicas, sobretudo no que tange o modo de produção e meios de produção, como a 1º, 2º e 3º Revolução. Além disso é possível classificar tipo de indústriais a partir do que produz, como indústria de base, de capital e de bens de consumo;

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• As mudanças técnicas alteraram as relações no trabalho e sociais, os principais exemplos possíveis disso é a “Expansão Imperialista”, na qual países europeus foram em busca de matéria-prima, mão de obra, entre outros, sobre o continente africano e asiático.

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HISTÓRIA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

Objetivos de aprendizagem:

• Compreender as razões que levaram Portugal a iniciar a expansão ultramarina; • Analisar as relações entre os europeus e os nativos indígenas durante o período colonial brasileiro;

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• Identificar as funções da Igreja na organização do sistema colonial; • Entender a relação do Mercantilismo europeu com a montagem da economia açucareira no Brasil;

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• Perceber o papel de africanos, nativos indígenas e europeus na formação cultural brasileira.

(MEIRELLES, Victor. A Primeira Missa no Brasil [1861])


Qual a origem da questão fundiária no Brasi?

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BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

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O atual panorama brasileiro de concentração fundiária faz com que muitos movimentos sociais reivindiquem a execução de uma reforma agrária. A medida, que consiste na realização de uma distribuição de terras, visa diminuir as desigualdades existentes no país. O Movimen(Disponível em: http://antigo.mst.org.br/sites/default/files/ acusamos%20OS%20TR%C3%8AS%20PODERES.jpg. Acesso to dos Trabalhadores rurais Sem em: abril de 2016) Terra (MST) é um exemplo de organização responsável por essa luta. Muitos historiadores veem no sistema de capitanias hereditárias, implementado no Brasil Colônia, a origem deste problema de má distribuição de terra no Brasil. O território brasileiro, na época da colonização, foi dividido por esse sistema em quinze lotes de terra, tendo cada capitania teria seu donatário responsável por administrá-la. Desse modo, a posse de todo o território brasileiro ficaria restrita a quinze fidalgos portugueses.

1) Expansão marítima e comercial europeia

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O que explica um país tão rico como o Brasil ter tanta miséria? As respostas são complexas e incertas, mas a certeza é que esta contradição assola o país desde a sua formação. Para começar a responder esta pergunta podemos analisar a Expansão Marítima empreendida por Portugal a partir do século XV, que visava o desenvolvimento de sua economia mercantilista. Muita riqueza foi explorada e produzida no Brasil nesse contexto, mas a maior parte da mesma atravessou o Atlântico e ficou em terras portuguesas, holandesas e inglesas, principalmente.

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1.1) Formação do estado nacional português A expansão marítima portuguesa foi pioneira, entre outras razões, pelo fato do Es-

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tado Nacional em Portugal ter sido precocemente desenvolvido. A unificação do poder nas mãos do rei trouxe a centralização e estabilidade necessária para o país poder desenvolver seu sistema colonial. A presença muçulmana na Península Ibérica, desde o ano de 711 da era cristã, representava, entretanto, um grande obstáculo aos projetos de unificação política dos reinos desta região. O combate ao infiel gerou um espírito de “Cruzada” ao processo de centralização, que estaria presente do mesmo modo na experiência da Expansão Marítima e Comercial Atlântica. A ligação entre o nascente poder monárquico em Portugal e a Igreja Católica seria uma das características mais marcantes daquele precoce reino, por séculos. Devemos encontrar a origem de Portugal no século XIII, processo derivado da chamada


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estaria associado diretamente com o típico espírito de cruzada dos tempos da formação política portuguesa. Os portugueses inauguraram a aventura ultramarina com a conquista da praça muçulmana de Ceuta, no estreito de Gibraltar, em 1415. A monarquia portuguesa assumia o papel de representante de interesses difusos no processo de expansão atlântica, além de atender aos interesses dos elementos agregados ao Estado – a nobreza e o clero católico – e às demandas de uma ascendente classe burguesa mercantil.

(Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_O0sTG870-M8/ TJ-1aTG5zwI/AAAAAAAAAN4/_Nf-Emk-o8k/s400/expansao.jpg. Acesso em: abril de 2016)

1.2) Pioneirismo português A expansão marítima e comercial atlântica portuguesa pode ser explicada, portanto, pelo papel primordial que o Estado passou a exercer como agente da expansão, associado aos demais grupos interessados. Um fator que também explica a primazia portuguesa é a utilização de revolucionárias técnicas de navegação para a época, como, por exemplo, a caravela, a vela latina, leme de charneira ou cadaste, o astrolábio e a bússola. A iniciativa patrocinadora do Infante D. Henrique, o navegador, administrador geral da Ordem de Cristo, a despeito deter sido reconhecida pela historiografia, foi interpretada de modo equívoco a admitir a existência de um centro de estudos náuticos, a famosa “Escola de Sagres”. Admite-se hoje que o conhecimento náutico dependia sobremaneira de conhecimentos 3

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“guerra de reconquista”, quando os cavaleiros do norte de Portugal iniciaram um processo de expansão da fé católica contra o Islã que levaria ao centralismo político. A Cruzada do Ocidente, como também foi chamada a reconquista, que Afonso Henriques e outros monarcas ibéricos levaram a cabo, favoreceu o reino, enriquecendo-o e consolidando o poder dos monarcas, apoiados pelo clero católico e pela nobreza guerreira. Seria somente em 1249, durante o reinado de Afonso III, contudo, que os portugueses expulsariam, definitivamente, os muçulmanos do país, ocupando o território do Algarve. O processo de sucessão do poder político na época, ainda tipicamente medieval, era realizado através da herança familiar. A falta de um herdeiro levou ao casamento da princesa portuguesa D. Beatriz com D.João I, rei de Castela, confiando a regência do reino à rainha mãe Leonor Telles, estabelecendo a perpétua manutenção da separação dos dois reinos. D. João I, porém, rompeu as promessas de independência do Reino de Portugal e o invadiu, tencionando anexá-lo aos seus domínios. A resistência contra a agressão de Castela coube a D. João, filho bastardo do rei D. Pedro, e intitulado Mestre de Avis. Em 1385, ainda durante a luta contra os invasores, o Mestre de Avis fizera-se proclamar rei com o título de D. João I (1385) em Cortes convocadas em Coimbra. Os castelhanos sofreram fragosas derrotas nas batalhas de Aljubarrota, Trancoso e Valverde. O primeiro armistício foi assinado em 1387, enquanto a paz definitiva seria celebrada somente em 1432. A vitória portuguesa afastou a ameaça de anexação e consolidou a independência do reino, o qual passou a ser governado por uma nova dinastia, que seria responsável pela empresa ultramarina. Em 1411, consolidado o Estado Nacional português por D. João I, iniciou-se um projeto de expansão militar no norte da África, o qual


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1.3) Périplo africano: o início da expansão

A conquista de Ceuta foi o primeiro passo de um projeto que promoveria ainda a colonização das ilhas atlânticas de Madeira (1419) e Açores (1439), nas quais os portugueses implantaram com sucesso o sistema de capitanias hereditárias e o modelo de latifúndio agroexportador açucareiro escravista, além da produção de cereais. A passagem do Cabo Bojador, em 1434, por Gil Eanes, marca o início da política de contorno do litoral africano que teria seu auge com a descoberta do Cabo das Tormentas por Bartolomeu Dias, 54 anos depois. Em 1445, na baía de Arguim, os portugueses estabeleceram o primeiro sistema de feitorias, o qual tinha por objetivo garantir a posse do território contra incursões de possíveis competidores, promover o armazenamento de produtos explorados na região e, finalmente, servir de base para o abastecimento das caravelas, já que as longas viagens favoreciam a proliferação de doenças como o escorbuto, que vitimavam os marinheiros pela péssima qualidade da alimentação a bordo. O arquipélago de Cabo Verde foi colonizado a partir de 1456, confirmando o caráter pioneiro lusitano. O regime econômico durante o processo de expansão era de monopólio real, contudo, os particulares participavam do projeto mediante a entrega de concessões reais.

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empíricos e da transmissão informal. A posição geográfica portuguesa, apesar de ser invariavelmente apontada como uma condição da expansão, é questionada por Charles R. Boxer, autor de O Império Colonial Português, obra de referência sobre o tema. Boxer advoga que “a costa portuguesa tem muitos poucos portos naturais, sendo Lisboa e Setúbal os dois únicos portos naturais de dimensões convenientes”. As condições, portanto, estavam chanceladas pelo binômio centralização estatal e primazia tecnológica. Os motivos que levaram os portugueses a se lançarem na aventura ultramarina são diversos, entretanto, a máxima “por ouro e por Cristo” sintetiza boa parte do desejo lusitano. Ademais, o comércio colonial de especiarias orientais e o mítico reino de Preste João alimentavam o imaginário português pela expansão. Posteriormente, o “infame comércio” de escravos negros começaria também a alimentar a máquina mercantil portuguesa. A associação com a Igreja Católica fica evidente em vários elementos. Inicialmente, poderíamos mencionar as bulas papais. A bula Dum Diversas, de 1452, autorizava o rei de Portugal a “atacar, conquistar e submeter arracenos, pagãos e outros descrentes inimigos de Cristo, a capturar os seus bens e territórios, a reduzi-los à escravatura perpétua e a transferir suas terras e territórios”. Posteriormente, outras cartas papais confirmavam e estendiam as prerrogativas de conquista dos Estados católicos ibéricos. A relação entre Estado e Igreja passou a ser denominada de padroado, na qual a Coroa portuguesa passaria a ser responsável pela expansão da fé católica através da imposição desta religião em seus domínios, enquanto caberia, do mesmo modo, ao monarca administrar o dízimo, além de indicar os membros da alta hierarquia católica para as funções dos cargos da Igreja nos domínios de Portugal.

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(Disponível em: http://s3.thingpic.com/images/eA/ qBdUh1xCemh1TGuRxvySh6Er.jpeg. Acesso em: abril de 2016)


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Novo Mundo, em 1492, por Colombo, portanto, não estava em seus planos. De qualquer maneira, os atritos provocados pela expansão colonial entre as duas mais importantes nações católicas do mundo poderiam ter efeitos desastrosos para ambas as partes.

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O projeto português de descoberta de um caminho alternativo para as Índias denominava-se “périplo africano” e consistia em contornar o continente negro de modo a chegar até o Oriente quebrando o monopólio das cidades italianas. A mais importante viagem nesse sentido foi a comandada por Bartolomeu Dias, que, em 1488, descobriu a passagem para o Oriente pelo Cabo das Tormentas, no extremo sul da África, posteriormente rebatizado de Cabo da Boa Esperança. O vice-almirante Vasco da Gama completaria o projeto português dez anos mais tarde, quando quebraria realmente o monopólio italiano ao chegar em Calicute. O feito de Vasco da Gama, iniciado em 1415 com a conquista de Ceuta, deslocaria, irremediavelmente, o eixo comercial do mundo, do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico.

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(Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro: Vasco_da_Gama_-_1838.png. Acesso em: abril de 2016)

1.4) A legitimação das conquistas ibéricas pela Igreja Católica

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A centralização política do Estado espanhol, decorrente do casamento político de Fernão de Aragão e Isabel de Castela possibilitou o início da expansão atlântica daquele novo reino, quebrando a exclusividade lusitana nesse empreendimento. O projeto espanhol era dirigido por Cristóvão Colombo, que acreditava ser possível chegar até as Índias navegando no sentido oeste. A descoberta do

O Papa Alexandre VI estabeleceu, em 1493, a bula Inter Coetera, na qual todo o mundo colonial conhecido e por ser descoberto, seria dividido, exclusivamente, entre os dois reinos ibéricos. Pela bula papal, estabelecia-se que os territórios localizados a oeste do meridiano traçado a 100 léguas do arquipélago de Cabo Verde seriam de possessão espanhola, enquanto caberia à Portugal as terras a leste. A queixa portuguesa de que o meridiano deveria ser deslocado mais a oeste sugere que os lusitanos tinham informações sobre a existência de terras nessa região. O navegador Pacheco Duarte Coelho teria realizado missões secretas na costa americana a serviço da Coroa portuguesa. Em 1494, as duas Coroas Ibéricas celebraram o Tratado de Tordesilhas, que, ao estender o meridiano a 370 léguas do arquipélago de Cabo Verde, garantiu aos portugueses, além do controle da África e Ásia, pequena faixa do litoral atlântico da América do Sul. Aos espanhóis ficou garantida a posse da maior parte da América e do arquipélago das Filipinas. 5

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(Disponível em: http://redesagrado.com/sagrado-coracaomarilia/_upload2/files/Vera_Mansur2015/FormaPortugal.pdf. Acesso em: abril de 2016)


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O aperto de mão histórico encerra um longo período de embates intensos

Barack Obama e Raul Castro, respectivamente os presidentes de EUA e Cuba, estiveram em reunião bilateral e sinalizaram para mudanças, “pero no mucho”

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(Disponível em: https://goo. gl/1vCk6o. Acesso em: abril de 2016)

Um momento histórico ocorreu no ano de 2016: as relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos foram reestabelecidas, para que ambos possam vislumbrar um novo futuro, após décadas de trocas de acusações. Apesar da grandeza do momento, não se deixe enganar! Feridas profundas não cicatrizam com um simples curativo, mesmo que tenham a bênção papal de Francisco. Para saber mais, só no portal www.4newsmagazine.com.br #EUAVoltaPraCuba

PRATICANDO

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1) (PUC) Em plena Idade Média (1139–40) nasceu Portugal, originário do Condado Portucalense. Enquanto o feudalismo era a marca política da Europa Ocidental, em Portugal mostrava-se frágil: o pequeno reino nascia unificado. Sobre o tema e evolução posterior, assinale a opção correta: I) O Condado Portucalense transformou-se em Estado, tendo sua independência proclamada por D. Afonso Henriques. II) Nos finais do século XIV ocorreu uma crise dinástica: com a morte de D. Fernando extinguiu-se a dinastia de Borgonha. III) A Revolução de Avis levou ao trono D. João, Mestre de Avis, apoiado pela burguesia de Lis-

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boa e do Porto, além da adesão entusiástica da “arraia-miúda”. IV) A dinastia de Avis repeliu a política de expansão marítima, fixando prioridades da agricultura, meio de agradar à alta nobreza lusitana. V) Devido à política da dinastia de Avis, a expansão marítima somente ocorreria com o advento da dinastia de Bragança. a) As opções I, II e III estão corretas; b) Apenas a opção III está correta; c) As opções II, III e IV estão corretas; d) As opções III, IV e V estão corretas; e) As opções II, IV e V estão corretas. 2) (UERJ) As grandes navegações dos séculos XV e XVI possibilitaram a exploração do oceano Atlântico, conhecido, à época, como mar Tenebroso. Como resultado, um novo movi-


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(...) Quando se iniciou o ciclo das Grandes Navegações, Roma decidiu confiar aos monarcas da Península Ibérica o padroado sobre as novas terras descobertas. (AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e Ideologia. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 64[adaptado])

As relações entre os Estados nascentes e a Igreja Católica constituíram-se em um dos mais importantes eixos de conflito ao longo da etapa final da Idade Média. Ao contrário de outras regiões, na Península Ibérica a resolução do problema implicou no estreitamento das interações entre uma e outra instituição. Indique a principal fonte de arregimentação de recursos para a realização das tarefas que, por meio do padroado, estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América nos séculos XVI e XVII. Cite duas das atribuições das Coroas Ibéricas contidas na delegação papal do padroado, cujo fim era a expansão do catolicismo nas terras recém-descobertas da América.

mento penetrava nesse mundo de universos separados, dando início a um processo que foi considerado por alguns historiadores uma primeira globalização e no qual coube aos portugueses e espanhóis um papel de vanguarda. a) Apresente o motivo que levou historiadores a considerarem as Grandes Navegações uma primeira globalização. b) Aponte dois fatores que contribuíram para o pioneirismo de Portugal e Espanha nas Grandes Navegações.

(MUNANGA, K. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.)

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Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que: a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente; b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente; c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil; d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna; e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa. 4) (UFRJ) À frente do projeto de expansão do luso-cristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV, os papas haviam concedido o direito do padroado.

2) A chegada dos portugueses e o Período Pré-Colonial A viagem ao Brasil do navegador português Pedro Álvares Cabral fez parte do grande projeto de expansão atlântica do Reino de Portugal. A hipótese de que a chegada dos portugueses ao território que hoje conhecemos como Brasil foi acidental, não sobrevive ao estudo mais aprofundado do tema. A manutenção do controle do Atlântico Sul era de vital importância para os portugueses, ademais existia o precedente da pressão portuguesa em estender a linha de demarcação de Tordesilhas, a qual as outras nações europeias não viriam a respeitar. O rei da França, Francisco I, teria feito um comentário jocoso, questionando a existência de um testamento de Adão que concederia o mundo colonial aos ibéricos.

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3) (ENEM) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.


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A carta de Caminha é um dos mais famosos documentos que relataram o encontro dos europeus com o que chamaram de “Novo Mundo”, a América. O encontro foi marcado por um grande estranhamento entre as diversas culturas que habitavam o continente e a Europeia, e, no caso destes, de julgamentos sobre os hábitos dos grupos nativos. Os indígenas eram tratados como inferiores por não serem dotados dos valores europeus, oriundos do cristianismo. Por isso, eram considerados como povos a serem, fundamentalmente, catequizados.

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Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.

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A visão tradicional que se refere à chegada dos portugueses ao Brasil como “descobrimento” deixa escapar uma concepção eurocêntrica da relação entre os europeus e os povos nativos que habitavam a América. As diferenças culturais, entretanto, não foram um empecilho para que portugueses e indígenas estabelecessem uma relação econômica. Tal relação se desenvolveu ao longo das três primeiras décadas da História do Brasil, que foram batizadas pelos historiadores como “Período Pré-Colonial”, já que não houve uma colonização efetiva. O lucrativo comércio com o Oriente ainda era prioritário nas relações ultramarinas de Portugal. A terra de Vera Cruz, primeiro nome dado ao território brasileiro, entretanto, não foi totalmente abandonada pelos portugueses. A estratégia inicial da Coroa portuguesa foi o envio de expedições de reconhecimento e guarda-costas, as quais batizaram os primeiros acidentes geográficos do Brasil, invariavelmente com nomes católicos. A Coroa também concedeu os primeiros estancos, isto é, autorizações reais para a exploração econômica da colônia por particulares. Fernão de Loronha, cristão-novo, foi um dos primeiros exploradores que utilizou a mão de obra indígena como forma de obter pau-brasil, uma espécie natural encontrada na costa. O pau-brasil era utilizado para se extrair uma tintura vermelha, muito rara naquela época. A mão de obra indígena neste período era empregada através da troca de objetos de pequeno valor para os portugueses pelo pau-brasil, isto é, mediante o escambo. Os cristãos-novos tornaram-se comuns em Portugal, sobretudo, no momento posterior à Contrarreforma Católica, quando a Igreja assumiu uma posição de maior intolerância para com os não católicos. O cristão-novo era um judeu convertido ao catolicismo. Muitos destes indivíduos acabaram migrando para o Brasil definitivamente para fugir dos temíveis tribunais da Inquisição em Portugal, organiza-

Como a carta de Pero Vaz de Caminha pode cair no ENEM?

(CAMINHA, P. V. In: RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 [adaptado])

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O texto é parte da famosa carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a: a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra; b) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do indígena; c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra; d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa da posse da nova terra; e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios.

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Gabarito: B

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mais prosperaria economicamente na colônia por conta da cana-de-açúcar. O projeto de ocupação populacional da colônia, entretanto, foi estabelecido entre 1534 e 1536, com a adoção do sistema de capitanias hereditárias. O cinema, em 2003, brindou os brasileiros com a reconstrução do período colonial em Desmundo. Esse sistema já havia sido empregado com sucesso nas ilhas atlânticas e, além do Brasil, seria estendido à Angola. O objetivo do rei D.João III com o sistema de capitanias hereditárias era promover a ocupação territorial transferindo o ônus para particulares. O modelo era semelhante ao do senhorio português da Idade Média, entretanto, não podemos afirmar que esse sistema criou relações feudais, haja vista que no caso brasileiro existia um Estado Nacional centralizado patrocinando um projeto colonizador. O sistema de capitanias hereditárias consistia na concessão do rei de extensos domínios a particulares, os quais recebiam uma carta de doação real e um foral, no qual estavam consubstanciadas suas obrigações. O donatário, nome dado ao particular que recebia a capitania, tinha o direito de explorar economicamente sua capitania, administrar a Justiça e, ao mesmo tempo, estava obrigado a se sujeitar à autoridade da Coroa, recolher os tributos e expandir a fé católica, entre outras atribuições. Cabia ao donatário, ainda, a concessão de sesmarias, grandes extensões de terras que estão na origem do latifúndio no Brasil. O sistema, contudo, começou a apresentar problemas para os donatários. Poucas foram as capitanias que efetivamente prosperaram. As dificuldades dos donatários eram as mais diversas possíveis: ataques de piratas europeus, assim como de grupos indígenas, o alto custo do empreendimento, a falta de

2.1) A montagem da colonização

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Além da ameaça estrangeira, a diminuição na lucratividade do comércio com as Índias e a descoberta de metais preciosos na América Espanhola fez com que a Coroa portuguesa resolvesse dar início a uma colonização efetiva do Brasil. Mas a grande questão era: como organizar uma colônia tão grande, com tão pouca gente? Qual modelo daria conta de manter a ordem e permitir o desenvolvimento econômico da colônia sob o domínio português? Foi tentando buscar soluções para essas perguntas que o rei D. João III idealizou a primeira expedição colonizadora. Para comandá-la, designou o fidalgo Martim Afonso de Souza que tinha a missão de criar núcleos de povoamento e desenvolver a produção açucareira no Brasil. O capitão-mor fundou a vila de São Vicente, no atual litoral paulista, na qual estabeleceu a primeira experiência bem-sucedida de povoamento na América Portuguesa. Apesar das dificuldades iniciais, São Vicente seria, juntamente com Pernambuco, a região que

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dos a partir de 1536. No Brasil, a Inquisição não chegou a ser instalada, procedendo apenas visitações do Tribunal do Santo Ofício na colônia. Um dos responsáveis pelas expedições guarda-costas entre 1516 e 1528, o navegador Cristóvão Jacques, teria advertido a monarquia portuguesa da necessidade de providências urgentes no sentido de promover a ocupação territorial imediata, sob pena de se perder o domínio da colônia para aventureiros de outras nacionalidades, sobretudo franceses, que exploravam o litoral brasileiro. A dificuldade em patrulhar toda a colônia era facilmente verificada pela grande extensão da costa e pelos limitados recursos tecnológicos da época. A despeito da criação das primeiras feitorias em Cabo Frio, em 1511, e Pernambuco, em 1516, havia a necessidade de promover um modelo de colonização efetivo.


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cabia ao Governo-Geral estabelecer a defesa da colônia no caso de ataques de estrangeiros ou de indígenas, fiscalizar e recolher impostos para a Coroa, promover a interiorização, entre outras obrigações. Os cargos de capitão-mor, ouvidor-mor e provedor-mor, responsáveis, respectivamente, pela defesa, justiça e fisco, foram criados juntamente com o de governador-geral. Os primeiros padres jesuítas chegaram ao Brasil na expedição de Tomé de Souza. A Companhia de Jesus, criada pelo soldado espanhol Ignácio de Loyola, foi organizada no clima de Contrarreforma Católica e era peça fundamental no projeto de expansão da fé católica para regiões coloniais, em um período em que o cisma protestante ameaçava as posições da Igreja Católica. A Ordem dos Jesuítas foi apelidada de “tropa de choque de Cristo” pelo papel de vanguarda que exercia na expansão católica nas posses ultramarinas e pela sua hierarquia militarizada. Os jesuítas acrescentavam, ainda, um quarto voto além dos tradicionais votos de celibato, obediência e pobreza, a obediência ao Papa. No Brasil, a Companhia de Jesus teria papel de extrema relevância até o século XVIII, quando foi expulsa durante as reformas pombalinas. Dotados de uma formação intelectual clássica, os jesuítas detiveram na colônia uma espécie de monopólio no campo da educação, sendo responsáveis pelo ensino dos colonos e pela conversão do gentio ao catolicismo. Além da educação, a administração de sacramentos como o batismo e o casamento eram outras estratégias da Igreja Católica para expandir sua fé. A proteção das populações indígenas, entretanto, sempre foi um ponto de atrito entre a Ordem religiosa e certos colonos que, a despeito das proibições reais, tencionavam utilizar os ameríndios como uma alternativa barata ao trabalho escravo negro. A Coroa admitia, entretanto, que os índios capturados em “guerras justas” fossem empregados no trabalho compulsório. O sistema de governo municipal na colônia era preenchido por meio de eleições trienais

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assistência por parte da Coroa. De qualquer maneira, o sistema de capitanias hereditárias inaugurou, de fato, a colonização do Brasil, sendo extinto somente no século XVIII, durante a administração pombalina.

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(Disponível em: mW1Zq2EOjwM/UZzhInO2erI/AAAAAAAAJCM/ HwUYJZNKxt8/s1600/Chttp://3.bp.blogspot.com/APITANIAS+HEREDITARIAS.jpg. Acesso em: abril de 2016)

2.2) A administração colonial

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Em face das dificuldades encontradas pela grande maioria dos donatários na administração das capitanias hereditárias, o próprio rei D. João III iniciou o projeto de revisão da recente política de colonização do Brasil. Em 1548, o rei transformou a capitania da Bahia em capitania da Coroa, criando o Governo-Geral naquela localidade, o qual deveria promover a centralização da administração colonial e prestar auxílio aos donatários. Francisco Pereira Coutinho, donatário da capitania da Bahia, havia sido devorado pelos índios tupinambás. O sistema de capitanias hereditárias não foi abolido, mas os donatários ficariam subordinados ao governador-geral. O primeiro governador-geral do Brasil foi Tomé de Souza, o qual recebeu suas atribuições em um regimento datado de 1548. Além de promover a centralização administrativa da colônia e prestar o auxílio aos donatários,

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ra, apoiado pelo famoso almirante Coligny, no qual os protestantes poderiam gozar de maior tolerância. O rei Henrique II patrocinaria o empreendimento, que começou em novembro de 1555 com o estabelecimento de cerca de 600 franceses em um forte na localidade. Nascia, assim, a chamada França Antártica. As disputas entre católicos e protestantes, entretanto, não tardaram a acontecer na América, o que explica em boa parte o fracasso do projeto colonizador. A cisão entre os dois grupos foi documentada por dois clérigos: o missionário reformista Jean de Léry e o cronista católico André Thevet. Foi somente com a nomeação do terceiro governador-geral, o fidalgo Mem de Sá, que substituía Duarte Coelho, que a Coroa portuguesa conseguiria expulsar definitivamente os franceses da região. Em 1560, depois de intensos combates em que os franceses foram apoiados pelos índios tamoios, os portugueses conseguiram expulsar os estrangeiros do chamado forte Coligny. Posteriormente, Estácio de Sá, sobrinho do governador-geral, fundou, em 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em uma tentativa de estabelecer um núcleo de colonização para evitar nova intervenção estrangeira. Até 1567, entretanto, os portugueses travaram batalhas com os franceses na região, uma das quais custou a vida do próprio Estácio de Sá, até que foram definitivamente anulados.

2.3) França Antártica (1555–67)

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A França viveu um período conturbado devido à luta entre católicos e huguenotes, como eram denominados os protestantes naquele país. Somente com a terrível Noite de S. Bartolomeu, em 1572, quando milhares de huguenotes foram chacinados nas ruas de Paris, foi possível ao catolicismo se estabelecer com relativa segurança como religião predominante no país. Os conflitos entre católicos e protestantes franceses tiveram repercussões nas primeiras décadas da colonização do Brasil. Na década de 1550, o vice-almirante da Bretanha, Nicolas Durant Villegagnon, desenvolveu um projeto para estabelecer um núcleo de colonização na baía de Guanaba-

PRATICANDO 5) (ENEM) Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?” (LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.)

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que escolhiam um pequeno número de vereadores entre os chamados “homens bons”, derivação de uma sociedade moderna do Antigo Regime que nega qualquer princípio de igualdade. Os “homens bons” poderiam ser identificados como católicos, grandes proprietários que possuíssem preferencialmente títulos de nobreza em uma sociedade colonial aristocrática que tentava reproduzir os padrões europeus. As Câmaras Municipais eram compostas por um procurador, um escrivão, um tesoureiro e, eventualmente, oficiais camarários e juízes do povo. As Câmaras Municipais tinham por competência resolver assuntos pertinentes ao cotidiano das populações coloniais que viviam nas vilas, tais como abastecimento, limpeza pública e urbanização. Em 1696, a Coroa portuguesa introduziu a figura do Juiz de Fora, um magistrado responsável por presidir os trabalhos da Câmara Municipal, tomando-lhe parte de sua autonomia de caráter local. Muitos juízes de fora, entretanto, acabavam criando laços estreitos com a vila em que exerciam seu mister e identificando suas demandas mais com a localidade e menos com as aspirações metropolitanas.


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nossos vizinhos. Tive uma resposta muito boa. Eles me prometeram se rebelar e persegui-los quando eu quiser. Nossos selvagens preparam um exército de mais de três mil homens para vingar os danos que aqueles nossos vizinhos lhes fizeram no ano passado. Eu mandei um navio em boa ordem costear todo o nosso país até trinta e seis graus, aproximando-se de nosso polo, onde tenho notícia de que os castelhanos vêm por terra do Peru, procurar metais. Espero que envieis notícias pelo primeiro de nossos navios. Eu vos suplico, mas que lhe apraza me socorrer com algum dinheiro para ajudar a trazer meus navios, e espero satisfazer o seu desejo, de sorte que não terá o socorro que lhe aprouver me conceder por mal empregado.

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O viajante francês Jean de Léry (1534–1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido: a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais; b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais; c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil; d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas; e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.

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6) (UFRJ) Em meados do século XVI, mais da metade das receitas ultramarinas da monarquia portuguesa avinham do Estado da Índia. Cem anos depois, esse cenário mudava por completo. Em 1656, numa consulta ao Conselho da Fazenda da Coroa, lia-se a seguinte passagem: A Índia estava reduzida a seis praças sem proveito religioso ou econômico. (...) O Brasil era a principal substância da coroa e Angola, os nervos das fábricas brasileiras. (Adaptado de HESPANHA, Antônio M. [coord]. História de Portugal – O Antigo Regime. Lisboa: Editora Estampa, s/d.)

Identifique duas mudanças nas bases econômicas do império luso ocorridas após as transformações assinaladas no documento.

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7) (UFRJ) Meu Senhor, por sua graça, favoreceu tanto nossos negócios que terminei minha fortaleza e a coloquei em tal estado que penso ainda não ter visto uma outra tão fácil de guardar. Por isso, pude colocar em terra sessenta pessoas num forte de madeira que fiz à vista de meu castelo, ao alcance de minha artilharia, onde eles têm o cuidado de plantar e semear para viver de seu trabalho. Prendi uns quarenta escravos de uma aldeia de inimigos que destruí. Mandei visitar todas as nossas fronteiras depois da partida dos nossos navios e experimentar a vontade dos amigos de-

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(Fonte: Carta de Villegagnon ao duque de Guise, par de França, de 30 de novembro de 1557, da fortaleza de Coligny, na França Antártica, In: Cartas por N. D. de Villegaignon e textos correlatos. Coleção Franceses no Brasil, séculos XVI e XVII. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, vol. 1,pp.37-38)

A despeito do relato otimista de Villegagnon sobre o futuro do empreendimento, dez anos após esta carta os franceses foram definitivamente expulsos da região meridional da América portuguesa. Cite um objetivo econômico e outro religioso que motivaram os franceses a invadir a baía de Guanabara e ali fundar a França Antártica.

Como homofobia pode cair no ENEM? HIS0003 A homofobia é um dos principais problemas sociais em grandes cidades em todo mundo. No Brasil, os índices de violências associados a tal comportamento são altos. A prova do Enem busca discutir a temática associando-a a uma tradição de intolerância contra homoafetivos oriundas da atuação do Tribunal da Inquisição, que julgava a sodomia como heresia passível da máxima punição: o auto de fé.

“Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito.


HISTÓRIA

O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no país.

(Disponível em: http://imperiobantuspovoescravisados. blogspot.com.br/2015/11/o-surgimento-da-humanidade- naterra.html. Acesso em: abril de 2016)

Durante o período inicial da colonização o grande protagonista da produção de riquezas no Brasil era o açúcar. Nos dias atuais, é difícil imaginar que um produto tão comum tenha sido alvo de tanta cobiça e de toda uma organização colonial voltada para a exploração de seu potencial econômico. É necessário, portanto, que para compreensão da economia colonial, se entenda o contexto europeu da época. O açúcar era um produto conhecido no continente europeu desde o século XII, pelo menos. Ele era qualificado como uma especiaria, possuindo alto valor de mercado, sendo de consumo quase exclusivo da aristocracia europeia. Era usado com propriedades medicinais, como conservante do sabor dos alimentos, e, por vezes, era utilizado como dote de casamento. Por ser voltado para tal mercado suntuário e por seu caráter de exclusividade, consumir açúcar reafirmava os padrões sociais de uma sociedade europeia marcada por privilégios e exclusividades aristocráticas. Durante o processo da expansão marítima, no qual os portugueses foram pioneiros, a produção açucareiras e expandiu pelas ilhas atlânticas do Açores e da Madeira. Lá se constituiu um primeiro grande centro de produção de cana-de-açúcar voltado para os mercados europeus. Essa primeira experiência com o produto seria fundamental para o desenvolvimento da cultura da cana no Brasil. Na América Portuguesa, a cultura do açúcar responderia a várias necessidades da metrópole. A produção açucareira geraria uma ocupação efetiva do território, o que ajuda-

A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas:

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a) à baixa representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de cidadania dos homossexuais; b) à falência da democracia no país, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas relacionadas à violência contra homossexuais;

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c) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de exercer seus direitos políticos. d) a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância;

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e) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de correntes filosófico-científica.

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(Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/ ultimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acessado em: 29 abr 2014 [adaptado])

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(NOVAIS, F. MELLO e SOUZA, L. História da vida privada no Brasil. V.1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 [adaptado].)

3) A economia açucareira

A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.

Gabarito: D


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

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Entretanto, a sociedade colonial não era apenas um mero complemento da economia metropolitana, mas uma extensão de uma sociedade que se pensava como de Antigo Regime, mas nas Américas. Uma sociedade de Antigo Regime nos Trópicos. Dessa forma, a sociedade colonial foi palco de uma reprodução e de uma readaptação da sociedade europeia, sob um prisma tipicamente colonial. O engenho de açúcar, núcleo produtivo, também pode ser analisado como um núcleo social que reflete as principais tensões e aspirações dessa sociedade. Nas palavras do historiador Stuart Schwartz, o “engenho é o espelho e metáfora da sociedade colonial”. O latifúndio monocultor também consistiu num centro que se traduzia em prestigio político e status social. Ele caracterizava os símbolos de riqueza e prestígio social dos chamados “homens bons”, literalmente a “nobreza da terra” da sociedade colonial. Essa elite rural, denominada por Evaldo Cabral de Mello como a “açucarocracia”, reproduzia padrões da vida nobiliárquica europeia nas Américas, mesmo sem possuir títulos de nobreza ou distinções honoríficas. O poder político desses homens, exercido a nível local, concentrava-se nas Câmaras Municipais. Além de ser dono de terras, conferia amplo status ao senhor de engenho possuir escravos. Ter a posse sobre estes, numa sociedade patriarcal, reforçava o caráter extremamente hierárquico da sociedade colonial, herdeira de uma mentalidade de Antigo Regime. Nas palavras do jesuíta Antonil, “ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos”.

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ria na proteção contra as possíveis invasões estrangeiras. Além disso, graças às condições naturais do território, a produção de açúcar ganhava relevo. Nas colônias, os portugueses encontraram amplas extensões territoriais, um clima tropical favorável e, especialmente no Nordeste, um rico solo argiloso de massapé, que favorecia o cultivo da cana. Além disso, a região Nordeste, grande foco produtivo no Brasil colonial, encontrava-se próxima das principais rotas comerciais rumo ao Velho Continente. A produção do açúcar centrou-se nas unidades agro-manufatureiras conhecidas como engenhos. Esses grandes complexos produtivos demandavam muito capital para serem construídos. Tradicionalmente, era necessário que os homens que atuavam na sua montagem pedissem empréstimos a banqueiros estrangeiros, especialmente aos holandeses. Os flamengos ainda participavam da economia açucareira em atividades como o refino do açúcar e sua distribuição no continente europeu. Outra fonte de recursos tradicionalmente utilizada para a montagem dos engenhos eram os recursos que a elite colonial conseguia participando de cargos administrativos na colônia.

3.1) O monopólio português

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Apesar da presença estrangeira em certas atividades, a exploração da riqueza colonial, especialmente o açúcar, era regido pelo sentido do Pacto Colonial. Por ele, caberia aos colonos produzir segundo a lógica da complementação da economia e da riqueza da metrópole; dessa forma, haveria um sentido da colonização, que nortearia as ações dos colonos. Assim, a exploração colonial se daria por monopólios ligados à Coroa portuguesa, e o sistema colonial seria uma importante fonte de recursos para enriquecer a metrópole, no contexto da economia mercantilista. A exploração do açúcar se dava pelo regime da plantation, caracterizada pela grande propriedade monocultora, voltada para o mercado externo e pela utilização da mão de obra escrava.

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3.2) Para além do açúcar No entanto, existiam outros tipos sociais e atividades econômicas no Brasil colônia. Era muito marcante a presença dos comerciantes. Muitos atuavam no abastecimento interno, outros no comércio ligado aos circuitos europeus. Também eram importantes os comerciantes de escravos, que alimentavam com “braços” a economia colonial. Os grandes


HISTÓRIA

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9) (FUVEST) Foram características dominantes da colonização portuguesa na América: a) Pequenas unidades de produção diversificada, comércio livre e trabalho compulsório. b) Grandes unidades produtivas de exportação, monopólio do comércio e escravidão. c) Pacto colonial, exploração de minérios e trabalho livre. d) Latifúndio, produção monocultora e trabalho assalariado de indígenas. e) Exportação de matérias-primas, minifúndio e servidão.

comerciantes na colônia eram conhecidos como “comerciantes de grosso-trato”. Muitas vezes, eram economicamente mais poderosos que os senhores de engenho. No entanto, em uma sociedade que se pensa como de Antigo Regime, não necessariamente a riqueza representa status, e ser comerciante não era valorizado socialmente. A estes homens era relegado um papel secundário, em função de seus “defeitos mecânicos”, ou seja, de trabalharem com as mãos. A lavoura de cana-de-açúcar favoreceu ainda o desenvolvimento de atividades litorâneas secundárias. A lavoura, limitada ao espaço litorâneo do Brasil, cedeu o interior para a pecuária, responsável pelo abastecimento interno dos colonos. A pecuária era indispensável para a alimentação em uma época em que não era possível ser dependente da importação de víveres. Existia ainda um número considerável de lavradores livres, que recebiam uma pequena recompensa financeira pelo trabalho nos engenhos. Apesar dessas outras atividades econômicas, a atividade açucareira tornou-se, ao lado do tráfico negreiro, a principal fonte de receita econômica da metrópole até a segunda metade do século XVIII, quando os holandeses iniciaram uma concorrência com o açúcar produzido nas Antilhas.

PRATICANDO

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8) (FUVEST) A produção de açúcar, no Brasil colonial: a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população; b) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural; c) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português; d) desde o início garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República; e) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.

(Ambrósio Fernandes Brandão, 1618. Adaptado de PRIORE, M. del; VENÂNCIO,R. P. O livro de ouro da história do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001)

Considera-se hoje que o Brasil colonial teve um desenvolvimento bastante diferente da interpretação de Caio Prado Júnior. É que mudou a ótica de observação: os historiadores passaram a analisar o funcionamento da colônia. Não que a intenção da política metropolitana fosse diferente do que propõe o autor. Mas a realidade se revelava muito mais complexa. No lugar da imagem de colonos engessados pela metrópole, vem à tona um grande dinamismo do comércio colonial. (Sheila de Castro Faria. Adaptado de www. revistadehistoria.com.br)

O texto do século XVII enumera interesses da metrópole portuguesa em relação à colonização do Brasil; já o segundo texto, uma análise mais contemporânea, descreve uma sociedade mais complexa, que ia além dos planos dos exploradores europeus.

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10) (Uerj) Pelo que, começando, digo que as riquezas do Brasil consistem em seis coisas, com as quais seus povoadores se fazem ricos, que são estas: a primeira, a lavoura do açúcar; a segunda, a mercância; a terceira, o pau a que chamam do Brasil; a quarta, os algodões e madeiras; a quinta, a lavoura de mantimentos; a sexta e última, a criação de gados. De todas estas coisas, o principal nervo e substância da riqueza da terra é a lavoura dos açúcares.


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos;

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Indique dois objetivos da Coroa portuguesa com a implantação da empresa açucareira no Brasil colonial. Em seguida, identifique duas características da economia colonial que comprovam o seu dinamismo interno.

e) no período posterior à Revolução Francesa, devido às grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto.

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4) Escravidão no Brasil Colônia 4.1) Visões sobre a África

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Na sociedade colonial era muito importante para a elite demonstrar sua posição hierárquica superior através de práticas e representações que lhe eram restritas. Assim, era comum que existissem espaços destinados exclusivamente à frequência dos segmentos de maior status social. Muitas Igrejas – geralmente as mais sofisticadas – eram apenas para os “homens bons” da colônia, local onde frequentavam, para onde doavam recursos e onde eram enterrados, garantindo, mesmo após a morte, o status para o nome de sua família.

Gabarito: C

Como hierarquias do Brasil colonial pode cair no ENEM?

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Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.

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No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos:

a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos;

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b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma; c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social;

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Durante séculos, o continente africano foi encarado pelos europeus como um local exótico e virtualmente desconhecido. A visão estereotipada dava conta de uma densa mata que cobriria cada pedaço do “continente negro”, apenas contrastando com as gigantescas áreas desérticas, com destaque para o Saara. No interior da mata, viveriam espaçadas tribos, de técnicas e hábitos extremamente rudimentares, num estágio, ao olhar europeu, de “pré-civilização”. Essa visão da África, moldada pelos europeus ao longo de mais de quatro séculos de contato com os africanos, é carregada pelo que antropólogos e cientistas sociais denominam de etnocentrismo. Por essa expressão, podemos entender qualquer visão de mundo na qual um povo ou sociedade considera suas crenças, valores, hábitos e técnicas melhores que os de outras sociedades, e, a partir disso, olham com preconceito ou com desvalorização a cultura de outros povos. Tal concepção levou historiadores, durante décadas, a analisar o continente africano segundo uma ótica eurocêntrica, portanto, carregada de preconceitos e juízos de valor. A África seria um continente “a-histórico”, onde o progresso seria gerado apenas pelo contato com os europeus. Nas palavras do historiador inglês Trevor-Roper, “não existe história da África, mas sim história dos europeus na África”.


HISTÓRIA

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para eles, prática defendida, principalmente, entre os povos islâmicos. Além disso, apesar da venda de escravos já ser frequente, não havia um comércio em larga escala como aconteceu após a chegada dos europeus.

4.2) Os africanos escravizados

(Disponível em: https://goo.gl/k6zc9b. Acesso em 29/03/2016])

O tráfico negreiro, como negócio complexo envolvendo a captura em massa de africanos e seu transporte em larga escala para a América, só se caracterizou após a introdução dos comerciantes europeus nos circuitos do tráfico de escravos. A atividade negreira se tornou frequente desde inícios do século XV até o XIX, fazendo parte da lógica mercantilista inerente à expansão marítima e atlântica. O tráfico e a escravização dos africanos foram defendidos e estimulados pela Igreja Católica desde o início da expansão marítima. Bulas, como a Romanus Pontifex (1455), apontavam o cativeiro como forma única de retirar os africanos do hostil ambiente em que viviam e convertê-los ao catolicismo. Apesar de a América ser o principal destino dos escravos, também havia cativos no continente europeu. Estima-se, por exemplo, que em fins do século XVI, 10% da população de Lisboa fosse escrava. Os escravos eram obtidos pelos comerciantes negreiros a partir do escambo de produtos considerados valorosos para a sociedade africana. Era frequente a troca dos cativos, por exemplo, pelo fumo produzido no Recôncavo baiano, pela aguardente produzida no Rio de Janeiro ou por tecidos finos importados da Índia. O lucro obtido com o tráfico e com as diversas atividades econô-

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Uma análise mais crítica do continente africano já desfaz uma série de mitos: primeiro, a tal “densa mata”, que abrigaria os “nativos”, seria restrita a uma parte específica do território. A África moderna, entendida entre os séculos X e XVIII, era marcada por uma grande diversidade geográfica, étnica e linguística. O Saara dividia dois locais bem diferentes: a África “branca”, ao norte, com povos predominantemente islamizados, que travavam intensos fluxos com outras partes do continente e mesmo da Europa através de caravanas de mercadores; e a África “negra”, ao sul. Nessa, predominaria o grupo linguístico herdeiro da tradição oral Níger-congo. Este grande grupo, e uma variante em especial, os bantos, ocupariam o sul da África, dividindo-se entre a floresta tropical e a savana, esta última predominante no continente. Além da grande diversidade étnica e linguística, outro mito sobre a sociedade africana não encontra sustentação nas pesquisas recentes: a imagem da África de sociedade saldeãs rurais. Existiam grandes centros urbanos por todo o território africano, especialmente no litoral. Além disso, existiam mesmo alguns grandes Impérios, extremamente hierarquizados e organizados socialmente. Durante a Idade Moderna, os mais destacados eram o Império do Mali (desenvolvido as margens do Níger), o Império do Benin (na atual Nigéria), o Império do Monomotapa (atual Moçambique) e o Reino do Congo. A capital do Reino do Congo, M’banza Congo, chegou a ter mais de 100 mil habitantes. Nesses grandes Impérios, era largamente difundida a instituição da escravidão. Tradicionalmente, os perdedores dos conflitos militares e suas famílias eram aprisionados pelos vencedores. Dessa forma, havia a escravização de africanos pelos próprios africanos, muito antes da chegada dos europeus. Entretanto, a escravidão na África, em geral, configurou-se muito diferente do que aconteceria no Novo Mundo. Primeiramente, os escravos tinham funções predominantemente caseiras e havia a prática de prover condições de vida minimamente decentes


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

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para circular nas cidades, desempenhar seus ofícios e obter dinheiro para seus senhores. Não existe uma estatística confiável ou oficial sobre o número de cativos que entraram no Brasil desde os primeiros anos da colonização. Até a proibição formal do tráfico, em 1850, entretanto, estima-se entre 3 a 8 milhões o número de escravos negros que entraram no Brasil no referido período. A dificuldade da estatística reside no fato de não existirem fontes fidedignas para a construção do cálculo. Ademais, o numerário não leva em conta o grande número de negros que acabavam morrendo na longa travessia do Atlântico.

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micas que ele estimulava também pode ser apontado como fator fundamental para a adoção da mão de obra africana como predominante nas Américas. Dessa forma, desenvolveu-se uma ampla conexão econômica entre diferentes partes do Brasil e a costa africana, genericamente chamada de “Guiné”, ao longo dos séculos XV até o XIX. Regiões como o Benin, São Jorge da Mina e São Paulo de Luanda tinham um fluxo comercial gigantesco com cidades como Salvador e Rio de Janeiro. Essa conexão levou historiadores como Alberto da Costa e Silva a destacar que a história do Brasil colonial e do continente africano estavam conectadas por “um rio chamado Atlântico”. O padre jesuíta Antonil, em célebre frase, argumentou que “os escravos são os pés e as mãos do senhor de engenho”. De fato, trabalho escravo no Brasil passou a ser identificado com o trabalho negro. As populações indígenas, protegidas pelos padres jesuítas em seus aldeamentos, chegaram a sofrer cativeiro, sobretudo no início do processo de colonização e no momento de invasão holandesa no litoral nordestino, quando o tráfico negreiro sofreu forte desestabilização. A baixa densidade demográfica de índios no Brasil, dispersos pelo extenso território colonial, entretanto, dificultava a obtenção de ameríndios como cativos. O ataque de bandeirantes aos aldeamentos ou missões jesuíticas era a forma mais garantida de apresar índios. Os inacianos, em determinadas ocasiões, armaram-se para defender suas missões de ataques de bandeirantes e colonos. A pressão dos traficantes, e da própria Coroa portuguesa, que lucrava com o “infame comércio”, fornecem também indícios da opção pelo emprego do trabalho de africanos escravizados. Posteriormente, com o processo de urbanização da colônia na segunda metade do século XVIII, surgiu uma nova modalidade de escravo, denominado “escravo de ganho”, o qual desempenhava funções urbanas, como as vendedoras de quitutes ou os barbeiros, gozando de maior autonomia

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Como cultura afrodescendente pode cair no ENEM? HIS0007 A escravidão deixou diversas heranças no Brasil contemporâneo, um século após a abolição. Embora tenha sido responsável por marcas, como o preconceito racial, ela deixou de legado uma riquíssima cultura afrodescendente, que, durante décadas, foi tratada de forma marginal. Atualmente, diversas iniciativas governamentais e da sociedade civil buscam valorizar e recuperar tal cultura, entendendo-a como marco da pluralidade e riqueza cultural do Brasil.

A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente. (Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.)

Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas: a) permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos; b) perderam a relação com o seu passado histórico;


HISTÓRIA

tras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.

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c) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira; d) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual; e) demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos europeus.

(SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP. n. 12, dez./jan./fev. 1991–92 – [Adaptado])

Gabarito: C

4.3) A resistência negra

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tornou possível a: a) formação de uma identidade cultural afro-brasileira; b) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias; c) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos; d) manutenção das características culturais específicas de cada etnia; e) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.

PRATICANDO

11) (ENEM) Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a ou-

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12) (UERJ) (...) E permite El-Rei que sejam estes índios escravos por estar certificado de sua vida e costumes que não são capazes para serem forros, e merecem que os façam escravos pelos grandes delitos que têm cometido contra os portugueses, matando e comendo centos deles, e milhares deles, em que entrou um bispo e muitos sacerdotes. (SOUZA, Gabriel Soares de. In: Anais da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: 1941)

Em sua obra datada de 1587, o autor legitimava a escravidão dos indígenas brasileiros, enumerando razões para esse posicionamento. a) Indique uma razão ideológica e uma razão econômica, utilizadas pelos agentes da colonização, para justificar a escravização do indígena. b) Aponte um argumento utilizado pela historiografia atual para explicar a introdução da escravidão negra no Brasil. 19

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Nos dias atuais, os movimentos sociais negros lutam por direitos e igualdade. Algumas conquistas já foram alcançadas em decorrência da organização desses movimentos que ainda lutam para tentar criar uma situação de igualdade étnica num país que guarda marcas da desigualdade desde os tempos da escravidão. A luta dos negros, porém, não começou agora. Os africanos que foram trazidos como escravos para o Brasil não aceitaram sua condição. A resistência deles e de seus descendentes existiu durante todo o período da escravidão. Foram diversas formas de resistência que iam desde assassinatos de senhores de engenho, suicídios e abortos até fugas, formação de quilombos e resistência cultural. A manutenção de práticas culturais de origem africana foi um fator fundamental para a unidade dos negros e para manter vivos diversos elementos que vieram a formar a cultura brasileira. Obrigados a se converterem ao catolicismo, os cativos mantinham suas práticas religiosas em paralelo, o que originou o sincretismo religioso característico do povo brasileiro.


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

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APROFUNDANDO

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14) (PUC) Em meio a grave conflito diplomático, em 1494, foi assinado o famoso Tratado de Tordesilhas para “dividir o mundo descoberto ou por descobrir” entre Portugal e Espanha. A partilha do mundo ultramarino, assegurada com esse acordo, garantia à Coroa portuguesa: a) a conquista de Ceuta, no norte da África, ponto comercial importante, visando ao abastecimento de produtos para o mercado português; b) a posse do Atlântico afro-brasileiro, dando continuidade à expansão lusa incentivada pelo rei D. João II, concretizada no reinado de D. Manuel; c) o controle sobre todo o continente sul-americano, onde os portugueses esperavam encontrar os metais preciosos, antes dos espanhóis; d) o desbravamento da região amazônica através de expedições, já que os portugueses acreditavam encontrar ali o tão sonhado Eldorado.

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(FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. História para o Ensino Médio. Belo Horizonte: Lê. 1998. p.182. [Adaptado])

Dentre os motivos que levaram a França a iniciar, tardiamente, sua expansão marítima e comercial, podemos destacar: a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional; b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha; c) a falta de associação entre a Coroa e a burguesia francesa; d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos; e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.

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Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de: a) exclusão social; b) imposição religiosa; c) acomodação política; d) supressão simbólica; e) ressignificação cultural.

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(Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR, R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994 [Adaptado]).

15) (UFRRJ) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão. Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte.

13) (ENEM) Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza.

16) (UFRRJ) Leia o texto adiante sobre a expansão comercial e marítima portuguesa e, com base nele, responda às questões a seguir. Em 1498, o português Vasco da Gama consegue chegar a Calicute, nas Índias, contornando o cabo da Boa Esperança. Em seguida, as frotas portuguesas procuraram estabelecer um maior controle do oceano Índico. À medida que as rotas de navegação se consolidam, Portugal centraliza o comércio das especiarias alterando o papel a ser desempenhado pelas cidades de Gênova e Veneza. (THEODORO, J. Descobrimento e Renascimento. São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.)

a) Mencione duas razões que explicam o pioneirismo português nas navegações e descobrimentos dos séculos XV e XVI.


HISTÓRIA

(J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo Cia. das Letras. 2009 [adaptado].)

Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de: a) gosto pela aventura; b) fascínio pelo fantástico; c) temor do desconhecido; d) interesse pela natureza; e) purgação dos pecados.

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17) (FUVEST) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir.

regrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens.

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b) Estabeleça uma relação entre práticas mercantilistas e a assim chamada expansão comercial e marítima.

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O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias; b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América; c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas; d) o projeto de expansão territorial portuguêsa na Europa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América; e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa. 18) (ENEM) Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua pe-

19) (ENEM) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. (Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.[Adaptado])

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. 21

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(Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.)


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

(FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.)

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Com base no trecho acima, é correto afirmar que: a) o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas; b) várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana; c) a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940; d) a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu; e) não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural.

No contexto da colonização das terras do Brasil, o regimento do rei Felipe III apresenta medidas associadas: a) à afirmação do poder da Coroa espanhola, em detrimento dos comerciantes e colonos portugueses; b) ao caráter monopolista da extração do pau-brasil, pois era necessária autorização expressa da Coroa para atividade extrativista; c) às preocupações da Coroa na preservação da Mata Atlântica, que estava sendo devastada pelos colonos; d) à importância do pau-brasil no comércio colonial como principal produto de exportação da América Portuguesa, em inícios do século XVII; e) à afirmação da política absolutista dos reinos europeus cerceadora de todas as iniciativas dos colonos nas Américas.

20) (FUVEST) A colonização, apesar de toda violência e disrupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje.

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21) (PUC) Eu, El-Rei, faço saber aos que este meu regimento virem, que sendo informado das muitas desordens que há no sertão do pau-brasil, e na conservação dele, de que se tem seguido haver hoje muita falta, cada vez será o dano maior se não se atalhar e der nisso a ordem conveniente (...): mando que nenhuma pessoa possa cortar, nem mandar cortar o dito pau-brasil, por si ou seus escravos, sem expressa licença do provedor-mor da minha Fazenda (...); e quem o contrário fizer incorrerá em pena de morte e confiscação de toda a sua fazenda. (Felipe III, Regimento do pau-brasil, 1605 [Adaptado])

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22) (ENEM) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.

(GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 [adaptado].)

A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a: a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras; b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização; c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena; d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses; e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.


HISTÓRIA

(VILHENA, Luís dos Santos. A Bahia no século XVIII. Bahia: Itapuã, 1969.)

A avaliação acima, feita por um português do final do século XVIII, aponta alguns traços da sociedade do Brasil colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos proprietários de terra, existiam grupos marginalizados. a) Indique dois grupos sociais que constituíam os marginalizados da sociedade colonial. b) Descreva o papel desempenhado pelos grandes proprietários de terra na vida política e administrativa do Brasil colonial.

cessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneirados selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados. De tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada, tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...). Neste texto, Jean de Léry: a) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos; b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de “selvagens”; c) reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos europeus; d) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades; e) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos pelos católicos.

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23) (Uerj) [O Brasil era] a morada da pobreza, o berço da preguiça, o teatro dos vícios.

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24) (Uerj) “Governo do Estado acusa o prefeito Cesar Maia de difamar a polícia em artigo O procurador-geral do estado do Rio, Francesco Conte, pediu ontem à Justiça agilidade no processo aberto na quarta-feira contra o prefeito Cesar Maia, que atacou a política de segurança pública do governo estadual em artigo publicado no dia 15 de agosto na seção “Tendências/ Debates” da Folha.”

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Os conflitos entre as várias instâncias político-administrativas não constituem um problema exclusivo dos dias de hoje. Desde a época colonial, cada instância administrativa desejava o poder para si, tornando-se cenário de disputas diversas. O seguinte órgão local da administração constituía-se como espaço de negociação política, no Brasil colonial: a) Câmara Municipal; b) Tribunal da Relação; c) Capitania Hereditária; d) Conselho Ultramarino.

25) (ENEM) Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto a seguir, ele relata o cerco à cidade de Sancerrepor tropas católicas. (...) desde que os canhões começaram a atirar sobrenós com maior frequência, tornou-se ne-

26) (FUVEST) Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas diligências e por qualquer via se procura. Há pouco mais de cem anos que esta folha se começou a plantar e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma folha antes desprezada e quase desconhecida tem dado e dá atualmente grandes cabedais aos moradores do Brasil e incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes. (ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. [Adaptado])

O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711, revela que: a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar; b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que ocorria com outros produtos, era direcionado à metrópole; 23

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(Folha de S.Paulo, 24/08/2001)


BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

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27) (FUVEST) A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de: a) Camarões, Angola e África do Sul; b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul; c) Angola, Moçambique e Cabo Verde; d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão; e) Camarões, Congo e Zimbábue.

a) a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar; b) as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia; c) a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justificá-la com base na Bíblia; d) clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão; e) havia formas de discriminação religiosa que se sobrepunham às formas de discriminação racial, sendo estas, assim, pouco significativas.

c) não se pode exagerar quanto à lucratividade propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, desde seu início, era maior; d) os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente o potencial econômico de suas colônias americanas; e) a economia colonial foi marcada pela simultaneidade de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua inserção em mercados internacionais.

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28) (FUVEST) Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio [...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos.

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(P. Antônio Vieira, “Sermão décimo quarto”. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.). Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73–75.[Adaptado])

A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente, que, nas terras portuguesas da América:

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29) (FUVEST) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia: a) tabaco, algodão e derivados da pecuária; b) ferro, sal e tecidos; c) escravos indígenas, arroz e diamantes; d) animais exóticos, cacau e embarcações; e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. 30) (PUC) A “vida indígena” e a reação das tribos à presença portuguesa, bem como as particularidades das condições naturais do Novo Mundo representaram, para o colonizador português, alguns dos desafios no processode implantação de um sistema colonial. Após algumas iniciativas, esse sistema se estabeleceu quando: a) foram construídas feitorias e fortes em pontos estratégicos do litoral, para garantir a dominação colonial e a comercialização do pau-brasil;


HISTÓRIA

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a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos; b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios; c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho; d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa; e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.

b) foram fundadas as primeiras vilas pelos jesuítas, que impulsionaram núcleos de povoamento e, no Norte, o extrativismo das chamadas “drogas do sertão”; c) foi organizada a produção em larga escala da cana-de-açúcar, voltada para o mercado externo, com utilização de mão de obra escrava; d) foi instituído o Pacto Colonial, que garantia o monopólio comercial e a certeza de que toda a renda obtida na colônia pertenceria à metrópole; e) foram implementados latifúndios de propriedade da Coroa Portuguesa, cuja produção era fiscalizada e administrada pelo chamado Governo-Geral.

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34) (UERJ)

31) (UFRJ) A primeira coisa que os moradores desta costa do Brasil pretendem são índios escravizados para trabalharem nas suas fazendas, pois sem eles não se podem sustentar na terra.

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Nesse trecho, percebe-se a adesão do cronista ao ideário dos colonos lusos no Brasil de fins do século XVI. Com base no texto, e considerando que em Portugal prevalecia uma hierarquia social aristocrática e católica, explique por que, ao desembarcarem na América portuguesa da época, os colonos imediatamente procuravam lançar mão do trabalho escravo.

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32) (FUVEST) (...) algumas escravas procuram de propósito o aborto, só para que não cheguem os filhos de suas entranhas a padecer o que elas padecem. (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711[Trecho])

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Relacione outras formas de resistência do escravo africano, além do mencionado no texto. 33) (FUVEST) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, entre outros motivos, devido:

Os monumentos históricos possuem relação com a memória, de modo a destacar imagens e valores para a identidade coletiva de povos e sociedades. As fotos anteriores retratam monumentos históricos brasileiros produzidos em épocas distintas. A comparação entre ambos evidencia uma mudança refererente à identidade nacional brasileira. Essa mudança está mais claramente vinculada à valorização da: a) tradição democrática; b) integração territorial; c) miscigenação racial; d) diversidade étnica. 35) (ENEM) Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante ao que o mesmo Salvador padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez, servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe

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(Adaptado de GANDAVO, Pero Magalhães. Tratado descritivo da terra do Brasil. São Paulo: Ed. Itatiaia e EDUSP, 1982, p. 42 [1576])


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(VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello& irmão. 1951 – [Adaptado])

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O trecho do sermão do padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de Cristo e: a) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros; b) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana; c) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios; d) o papel dos senhores na administração dos engenhos; e) o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

século XV, dando início a um movimento que alguns estudiosos consideram um primeiro processo de globalização. Identifique duas motivações para a expansão portuguesa e explique por que essa fase de expansão pode ser considerada um primeiro processo de globalização.

deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.

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36) (UERJ)

Mar Português

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Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!

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Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa)

O poema de Fernando Pessoa descreve aspectos da expansão marítima portuguesa no

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HISTÓRIA

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DESAFIANDO 37) (ENEM) Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”.

(BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autourdu monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 – [Adaptado])

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38) (PUC)

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O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela: a) seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana; b) demarcava a submissão do povo à autoridade constituída; c) definia o pertencimento dos padres às camadas populares; d) afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção; e) harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores.

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Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios ‘‘africanos’’ (...) trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. (...) Há razões para pensar que representantes desses povos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos. (SLENES, Robert. “Malungo, ngoma vem!”: África coberta e descoberta no Brasil. Revista USP. no 12, dez 1991 / jan-fev 1992, p. 49.[Adaptado])

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Tomando como base a imagem e o texto acima: a) Explique a ideia de que a África foi “descoberta” no Brasil pelas nações negras trazidas para cá como escravas. b) Cite duas formas de reconstrução dos elos culturais entre os africanos escravizados no Brasil.


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RESUMINDO

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BRASIL COLÔNIA: A FORMAÇÃO DO BRASIL COLONIAL

• A expansão marítima portuguesa esteve relacionada aos seus interesses mercantilistas; • A lucratividade do comércio das Índias fez com que os portugueses não montassem uma colonização efetiva até 1530, organizando então um sistema de escambo de pau-brasil com o trabalho indígena. A montagem do sistema colonial no Brasil deu origem à concentração fundiária e a uma sociedade altamente hierarquizada;

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• A Igreja Católica teve papel fundamental não só na legitimação das Grandes Navegações como na manutenção da ordem colonial. A economia colonial se baseou na monocultura agroexportadora de açúcar com a utilização de mão de obra de africanos escravizados. A produção de riquezas no Brasil estava sob o monopólio da Coroa portuguesa através do Pacto Colonial. A sociedade colonial deu origem a formação de uma cultura no Brasil tendo como matrizes as culturas europeias, indígenas e africanas;

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• A fuga para quilombos e a manutenção de práticas culturais foram as principais formas de resistência dos cativos no Brasil colonial.

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INGLÊS 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

Learning objectives:

• Compreender os elementos estruturais e semânticos que compõem um texto; • Estabelecer progressão temática em função das marcas de segmentação textual;

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• Aprimorar conhecimentos do sistema linguístico, a fim de codificar um texto coerente e coeso.

(Disponível em: https://goo.gl/J5a3gX. Acesso em: dezembro de 2016)


Reading and more reading

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BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

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Hi dear! Reading is the bedrock of your studying this year. You’re about being tested and you gotta give your best in order to get access to the university environment. For that reason, a lot of effort should be driven towards this direction. Let us start by understanding that a text is not merely a random sequence of thoughts or sentences. On the other hand, it has to appear as a single unit. For this reason, you are learning coherence and cohesion. Cohesion refers to the degree to which sentences are connected so that the flow of ideas is easy to follow. To achieve good cohesion, you need to know how to use “cohesive devices”, which are certain words or phrases that serve the purpose of connecting two statements, usually by referring back to what you have previously written or said. So, let’s have a closer view on how sentences and parts of sentences link together because when the texts are cohesive and coherent they become easier to read.

1) Cohesion and coherence 1.1) What is cohesion?

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You know when a text is cohesive if it’s elements are all linked. Cohesion happens when grammatical and lexical relationship between different elements of a text hold it together.

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1.2) What is coherence? A text is coherent if it makes sense. Coherence is the extent to which the reader is able to infer the writer’s communicative intentions at the idea level.

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(Disponível em: https://goo.gl/DoWDGb)

Attention!!! Keep in mind that a text may be cohesive (i.e. linked together), but incoherent (i.e. meaningless). Thus, cohesion is objectively verifiable, while coherence is more subjective.

1.3) How do I know a text is cohesive? To achieve cohesion, the link of one sentence to the next can be given through: Theme and thematic progression – a text must carry a central idea through it; Vocabulary choices – The use of repetition, synonyms and opposites, and other language choices ensures that the reader does not lose the thread of what is being written;


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overlooked, but probably the most elegant method of creating cohesion; Transitions – a conjunction or conjunctive adverb is used to link sentences with particular logical relationships; Verbal Connection – identify the function or the use of one specific tense in the text.

Reference – Using forward and backward reference within texts enables the author to pick up information already referred to, without having to repeat the same words and phrases; Parallelism – A repeat sentence structure is the oldest technique applied, also most

Rumo ao Norte

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O Pará tem tudo para se tornar a mais eficiente rota de exportação das commodities agrícolas

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1.4) How do I know a text is coherent?

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To achieve coherence, the organizational principle choosen to sequence and present information, arguments and supporting evidence must be meaningful. The meaning of the text generally unlocks the theme of the text.

PRACTICING

1) Do you know Coldplay? Take a look over one of their songs “Clock” and see if you understood the differences:

Clocks Lights go out and I can’t be saved Tides that I tried to swim against You’ve put me down upon my knees Oh I beg, I beg and I plead Singing Come out things unsaid Shoot an apple of my head And a Trouble that can’t be named A tiger’s waiting to be tamed Singing

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A agenda de investimentos em novos projetos de logística portuária, incluídos os leilões de arrendamento de áreas para terminais a partir de março de 2016, garantirá o protagonismo do Pará na consolidação do Arco Norte como alternativa para o escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste. A opinião é consenso entre autoridades, empresários da indústria e do agronegócio presentes no seminário Diálogos Capitais – Setor Portuário: Desafios e Oportunidades, em Belém. O Pará tem tudo para se tornar a mais eficiente rota de exportação das commodities agrícolas. Quer saber por quê? Saiba mais em nossa página www.4newsmagazine.com.br. #oparaénosso


BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

And nothing else compares Oh! no, nothing else compares And nothing else compares You are, you are

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Home, home where I wanted to go Home, home where I wanted to go Home (you are), home where I wanted to go Home (you are), home where I wanted to go

(Disponível em: https://m.youtube.com/watch?v=QGr8Y0YTJzY)

2) What is theme?

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The theme in a story is its underlying message, or “big idea”. In other words, it’s a critical belief about life the author tries to convey in the text. It is what the story means.

2.1) Why is the theme important?

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Theme is an element of a story that binds together various other essential elements of a narrative. It is a truth that exhibits universality and stands true for people of all cultures. Through themes, a writer tries to give his readers an insight into how the world works or how he or she views human life.

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You are, you are You are, you are

Check out the most common themes of UERJ. 2016.1 – human behavior (philosophy and religion) 2016.2 – human behavior (racial injustice) 2015.1 – political issues 2015.2 – theories about the discourse 2014.1 – longevity 2014.2 – citizenship and music 2013.1 – theories about the discourse 2013.2 – gender issues (feminism) 2012.1 – human behavior (memories) 2012.2 – environment 2011.1 – technology 2011.2 – technology 2010.1 – theories about the discourse 2010.2 – art

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You are, you are Confusion that never stops Closing walls and ticking clocks Gonna Come back and take you home I could not stop, that you now know Singing Come out upon my seas Cursed missed opportunities Am I A part of the cure? Or am I part of the disease? Singing

3) What is thematic progression? The coherent text can be seen from how the information in the clauses goes on; This progression, according to Eggins (1994:303– 305) is called thematic progression.

4) Types Progression of constant theme: the theme is shown continuously throughout the text, and you are adding new information each time it occurs. Linear progression of item: it’s when you know the subject and new information is added to contribute to theme.

5) Argumentation There are many ways in which an argumentation can be developed. The author can make use of some resources to build it up. The text itself is divided in introduction, plot and conclusion. Let’s study each part of the text separately so that you can have a broad idea of what is being studied.

5.1) Introduction • Question – In this kind of introduction the author makes one or more questions about


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whereas site involves physical characteristics of the specific location. Situation is normally much more important to the continuing prosperity of a city. If a city is well situated in regard to it’s hinterland, it’s development is much more likely to continue. Chicago, for example, possesses an almost unparalleled situation: it is located at the southern end of a huge lake that forces east-west transportation lines to be compressed into its vicinity, and at a meeting of significant land and water transport routes. It also overlooks what is one of the world’s finest large farming regions. These factors ensured that Chicago would become a great city regardless of the disadvantageous characteristics of the available site, such as being prone to flooding during thunderstorm activity. Similarly, it can be argued that much of New York City’s importance stems from its early and continuing advantage of situation. Philadephia and Boston both originated at about the same time as New York and shared New York’s location at the western end of one of the world’s most important oceanic trade routes, but only New York possesses an asy-access functional connection (the Hudson-Mohawk lowland) to the vast Midwestern hinterland. This account does not alone explain New York’s primacy, but it does include several important factors. Among the many aspects of situation that help to explain why some cities grow and others do not, original location on a navigable waterway seems particularly applicable. Of course, such characteristic as slope, drainage, power resources, river crossings, coastal shapes, and other physical characteristics help to determine city location, but such factors are normally more significant in early stages of city development than later.

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• Enumeration – Means the author can define, classify or even expose the facts. It can be done throughout statistic data, testimonials etc; • Exemplification – It is a way of showing all the aspects he/she wants to cover; • Comparison – it is when the author presents the subject making use of comparative statements; • Description – when the author describes the ideas he wants to exposure; • Cause and effect – It is a method in which the author analyzes the reasons for and/or the consequences of an action, event, or decision.

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PRACTICING

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Cities develop as a result of functions that they can perform. Some functions result directly from the ingenuity of the citizenry, but most functions result from the needs of the local area and of the surrounding hinterland (the region that supplies goods to the city and to which the city furnishes services and other goods). Geographers often make a distinction between the situation and the site of a city. Situation refers to the general position in relation to the surrounding region,

(Disponível em: http://www.eduers.com/toeflibt/SampleTOEFL-Reading-Questions.htm)

2) What does the passage mainly discuss? a) The development of trade routes through United States cities. 5

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5.2) Development

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the theme of the text. He himself is supposed to give the answer along the development of the argumentation. None of the questions will be left out. • Exemplification – to introduce the theme of the argumentation the author may make use of written examples or even pictorical clues. This device is very common in the exams. • Quotation – the author may choose a quotation to introduce the argumentation. It gives more credibility to his point of view. • Scrip – this kind of introduction is not so used in the exams. It has the purpose of showing the reader the author’s intension in the development of the argumentation. Ex. “The main purpose of these comments...”


BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

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3) The primary purpose of paragraph 1 is to: a) summarize past research and introducea new study; b) describe a historical period; c) emphasize the advantages of one theory over another; d) define a term and illustrate it with an example.

anyone who tries to make sense of the American education system. This academic year, the better part of $1 trillion will be spent on education in the United States. Besides that an awful lot of spending, approaching 10 percent of the overall economy. However what exactly is the return on all of that money? When the costs are fairly simple to calculate, the benefits of education are harder to sum up. Read the text and answer the questions: The term “art deco” has come to encompass three distinct but related design trends of the 1920’s and 1930’s. The first was what is frequently referred to as “zigzag moderne” – the exotically ornamental style of such skyscrapers as the Chrysler Building in New York City and related structures such as the Paramount Theater in Oakland, California The word “zigzag” alludes to the geometric and stylized ornamentation of zigzags, angular patterns, abstracted plant and animal motifs, sunbursts, astrological imagery, formalized fountains, and related themes that were applied in mosaic relief and mural form to the exterior and interior of the buildings. Many of these buildings were shaped in the ziggurat form, a design resembling an ancient Mesopotamian temple tower that recedes in progressively smaller stages to the summit, creating a staircase-like effect. The second manifestation of art deco was the 1930’s streamlined moderne” style – a Futuristiclooking aerodynamic style of rounded corners and horizontal bands known as “speed stripes”. In architecture, these elements were frequently accompanied by round windows, extensive use of glass block, and flat rooftops. The third style, referred to as cither “ international stripped classicism, ”or simply“ classical moderne,” also came to the forefront during the Depression, a period of severe economic difficult in the 1930’s. This was amore conservative style, blending a simplified modernistic style with a more austere form of geometric and stylized relief sculpture and other ornament, including interior murals. May buildings in this style were erected nationwide

b) Contrasts in settlement patterns in United States. c) Historical differences among three large United States cities. d) The importance of geographical situation in the growth of United States cities.

4) According to the passage, Philadelphia and Boston are similar to New York City in: a) size of population; b) age; c) site; d) availability of rail transportation.

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5) To see how well you understand cohesion, try this. There are two texts below. Which one do you prefer? Discuss the answer with your teacher.

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Socrates once said that the more he learned, the more he became convinced of his own ignorance. It’s a familiar feeling for anyone who tries to make sense of the American education system. This academic year, the better part of $1 trillion will be spent on education in the United States. That’s an awful lot of spending, approaching 10 percent of the overall economy. But what exactly is the return on all of that money? While the costs are fairly simple to calculate, the benefits of education are harder to sum up.

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Text B

Socrates once said that the more he learned, the more he became convinced of his own ignorance. Furthermore a familiar feeling for

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9) According to the passage, which of the following statements most accurately describes the relationship between art deco and art nouveau? a) They were art forms that competed with each other for government support during the Depression era. b) They were essentially the same art form. c) Art nouveau preceded art deco and influenced it. d) Art deco became important in the United States while art nouveau became popular in England.

through government programs during the Depression. Although art deco in its many forms was largely perceived as thoroughly modern, it was strongly influenced by the decorative arts movements that immediately preceded it. For example, like “art nouveau” (1890 – 1910), art deco also used plant motifs, but regularized the forms into abstracted repetitive patterns rather than presenting them as 25) flowing, asymmetrical foliage, Like the Viennese craftspeople of the Wiener Werkstatte, art deco designers worked with exotic materials, geometricized shapes, and colorfully ornate patterns. Furthermore, like the artisans of the Arts and Crafts Movement in England and the United States, art deep practitioners considered it their mission to transform the domestic environment through well-designed furniture and household accessories.

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10) The passage is primarily developed as: a) the historical chronology of a movement; b) a description of specific buildings that became famous for their unusual beauty; c) an analysis of various trends within an artistic movement; d) an argument of the advantages of one artistic form over another.

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7) In line 9, the author mentions “an ancient Mesopotamian temple tower ” in order to: a) describe the exterior shape of certain “artdeco” buildings; b) explain the differences between ancient and modern architectural steles; c) emphasize the extent of architectural advances; d) argue for a return to more traditional architectural design. 8) The streamlined modern style is characterized by all of the following EXCEPT: a) animal motifs; b) flat roofs; c) round windows; d) “speed stripes”.

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Wiser and older Sometimes the world of science and medicine produces something that can only be described as unalloyed good news. We are used to stories about pollution scares and increases in the rates of cancer, but bubbling beneath is the stark reality that we live at a time when humans are healthier and live longer than at any time in our history. The Office for National Statistics figures, recently released, make heartening if surprising reading. They show that most men are surviving until the age of 85, while women are living four years longer. Furthermore, we can expect these figures to increase as the century progresses. What’s driving this extraordinary increase in human longevity? The increase has been driven by a number of advances. Firstly, the huge reduction in neonatal and infant deaths. These days, nearly all babies born in a prosperous advanced nation can expect

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6) What aspect of art deco does the passage mainly discuss? a) The influence of art deco on the design of furniture and household accessories. b) Ways in which government programs encouraged the development of art deco. c) Architectural manifestations of art deco during the 1920’s and 1930’s. d) Reasons for the popularity of art deco in New York and California.


BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

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extending far beyond the individual older person and the immediate family, touching broader society and the global community in unprecedented ways”. What the figures show more than anything is that we need a rapid and radical rethink of how we treat the elderly among us, as they will soon be the majority.

11) The first paragraph introduces the subject of the text by calling it unalloyed good news (l. 2). This expression refers to the following fact: a) people are living longer; b) science is changing quickly; c) pollution is increasing slowly; d) medicine is developing faster.

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to survive into adulthood. Over half the couples in the world are having fewer than two children each. This is partly because almost everywhere infant mortality is falling, globally faster today than at any time in human history. Sanitation, vaccination and better diets have increased lifespans once we survive infancy, but they cannot wholly explain why people are living into their eighties and beyond. A cut in physical stress and a huge reduction in exposure to toxic and carcinogenic substances in the environment may explain much of the increase. In the 1950s, thousands died or became very ill during the London smogs. That threat, along with numerous other environmental containments, has gone. We have also begun to stop smoking and we are drinking less, too. Finally, life is much safer than it used to be. As psychologist Steven Pinker shows in his book, The better angels of our nature, the history of all societies has shown an amazing decline in violence over the past century. We are ten times less likely to be murdered today than we were two hundred years ago, and three times less likely to be killed on the roads than we were in the 1960s. So, can the increase in longevity continue? According to gerontologists, there is no clear answer. Currently the maximum human lifespan is 122 years, attained by the French woman Jeanne Calment who died in 1997. Significantly, no one has come close to her astonishing record. Instead, more and more of us are dodging the bullets of middle age and living to our personal genetic potential. So how long is the natural human lifespan? The answer seems to be that, in a world where infectious diseases are kept at bay and where we are safe from predators and starvation, and provided we keep our lifestyles in check, most people should reach 80 or 90. Something very big is going on, wrote Ban Ki-moon, the United Nations secretary general. He warned that “the social and economic implications of this phenomenon are profound,

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12) “most men are surviving until the age of 85, while women are living four years longer.“ (l. 6-7) According to the sentence above, women will probably reach the age of: a) 80 b) 80 c) 85 d) 89 13) From the third to the fifth paragraph, the author presents the advances that led to an increase in human longevity. In the fourth paragraph, the pair of factors affected by those advances is: a) diet and stress; b) society and lifespan; c) sanitation and infancy; d) lifestyle and environment. 14) “most people should reach 80 or 90.” (l. 31) The function of should in the fragment above is to: a) give advice; b) clear doubt; c) express possibility; d) impose obligation.


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Brazilian protest songs: “Peace without a voice is no peace but fear”

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amnesty of political prisoners and activists in exile, which was announced later in that same year. In fact, due to the extreme censorship during the period of military dictatorship in Brazil, songs were one of the few ways to send political messages. Despite the tight surveillance of the censors, they flourished, giving a voice to the resistance movement. Like Para não dizer que não falei das flores, by Geraldo Vandré, which was interpreted as a call for armed struggle. Words and phrases with double meanings were used to escape censorship and persecution. The greatest master in this art was Chico Buarque de Holanda. His clever lyrics were often approved by the censors, who would only later realise what the songs were really about. But then, of course, it was too late. That was the case with Apesar de você, which was censored only after it had already become an anthem on the streets. At first sight, it appears to be a samba about a lover’s quarrel. Actually, it was a sharp critique of the authoritarian regime and an act of direct defiance aimed at the dictators. With the advent of democracy and the new freedom of expression in the late 1980s, protest songs played less of a role in Brazil for a while, but in the 1990s they once again became a powerful channel to voice social discontent. One of bands active in this period was O Rappa, with the song A paz que eu não quero. The fight against social inequality, urban and police violence and racial discrimination are the most common themes. Nowadays, the lyrics are explicit and the messages are clear.

15) Words and expressions such as older (title), live longer (l. 4), longevity (l. 8), older person (l. 34) and the elderly (l. 36) belong to the same semantic field. The elderly is translated as: a) antigos; b) idosos; c) obsoletos; d) longínquos.

(Mariângela Guimarães rnw.nl)

16) “Peace without a voice is no peace but fear” (title) is a line from the song A paz que eu não quero, by the Brazilian band O Rappa. This line is an example of intertextuality. The resource used by the author that signals this process of intertextuality is: a) parody; b) summary; c) quotation; d) paraphrase.

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I was born a year after the military coup in Brazil. The dictatorship that followed lasted from 1964 until 1985 – all my childhood and teenage years. But until I was 13 or 14 years old, I had no clue of what was going on in my country. I lived in a small town and my parents were not involved in politics. We listened to the radio, watched the news on TV and had a subscription to a national newspaper, but all the media were completely censored at that time. The fact that the newspaper was sometimes printed with a blank space or a cake recipe in the middle of the news never really caught my attention. It was always like that and I didn’t know any better. I had my first glimpse of what it really meant to have a military government and what kind of things were going on through songs. There was a song that I liked a lot, O bêbado e a equilibrista, although the lyrics didn’t make much sense to me: “My Brazil... / that dreams of the return / of Henfil’s brother / and so many people that left / on rocket fins”. Henfil was a famous cartoonist, but who was his brother? Who were the people who left? What were they singing about? This was in 1979 and I was 13. Thanks to this song by João Bosco and Aldir Blanc (sung by Elis Regina) and the questions I started to ask, I heard for the first time about all the artists, journalists and activists that had been persecuted, imprisoned, tortured and exiled. Many had disappeared or been killed by the military regime. This song became an anthem for the


BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

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(UERJ)

What is authority? Differentiating authority, power and legitimacy

The term “authority” refers to an abstract concept with both sociological and psychological components. As a child born of a myriad of different social situations which have some rough similarities, no easy definition exists. Of particular concern throughout the literature on the topic is the entanglement of the concepts of authority, power and legitimacy. Power is the ability, whether personal or social, to get things done – either to enforce one’s own will or to enforce the collective will of some group over others. Legitimacy is a socially constructed and psychologically accepted right to exercise power. A person can have legitimacy but no actual power (the legitimate king might reside in exile, destitute and forgotten). A person can have actual power but not legitimacy (the usurper who exiled the king and appropriates the symbols of office). In all social situations a person is treated as an authority only when he has both power and legitimacy. We might consider, for example, the phrase uttered so often when someone intrudes into our business in order to give commands: “You have no authority here.” What does that mean? It might mean that the person has no legitimate claim to be heard or heeded. It might mean that the person has no social power – he has not the ability to enforce his will over the objections of others. Or, it might be both. In any event, both must be present for authority to exist (socially) and be acknowledged (psychologically).

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18) According to the author, Chico Buarque de Holanda was an expert in the art of writing songs with double meanings. He did that with the following aim: a) inflict torture; b) resist change; c) overcome failure; d) avoid repression.

His clever lyrics were often approved by the censors, (l. 24-25) Nowadays, the lyrics are explicit (l. 34) Based on these examples, lyrics is translated as: a) letras; b) poesias; c) músicas; d) melodias.

17) Besides describing the effect of the Brazilian political situation on the media, the first paragraph also mentions that the author had no idea of this situation at the time. The author’s complete lack of knowledge is best established by means of the following sentence: a) I was born a year after the military coup in Brazil. (l. 1); b) I had no clue of what was going on in my country. (l. 2-3); c) all the media were completely censored at that time. (l. 5); d) a cake recipe in the middle of the news never really caught my attention. (l. 6-7).

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19) At first sight, it appears to be a samba about a lover’s quarrel. Actually, it was a sharp critique of the authoritarian regime (l. 27-28) If the two sentences above are rewritten as one, the result is: a) it appears to be a samba about a lover’s quarrel, therefore it was a sharp critique of the authoritarian regime; b) as long as it appears to be a samba about a lover’s quarrel, it was a sharp critique of the authoritarian regime; c) it appears to be a samba about a lover’s quarrel, because it was a sharp critique of the authoritarian regime; d) even though it appears to be a samba about a lover’s quarrel, it was a sharp critique of the authoritarian regime. 20) Context often helps if one needs to guess the meaning of an unknown word. For example, the word lyrics appears in three sentences from the text: although the lyrics didn’t make much sense to me: (l. 10)

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23) The author conceptualizes “authority” in psychological terms, describing the kind of influence exerted by those who are in power. The psychological component is more clearly expressed in the following fragment: a) “In all social situations a person is treated as an authority only when he has both power and legitimacy.”; b) “It might mean that the person has no legitimate claim to be heard or heeded.”; c) “When a person has authority over others, it means something a bit more than simply that he has a right to exercise existing power.”; d) “Your acceptance of me as an authority implies that you have implicitly agreed to be persuaded, and won’t demand explicit explanations and reasons.”

(AUSTIN CLINE - Disponível em: http://atheism.about.com)

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21) The text establishes interrelations between the concepts of authority, power and legitimacy. The position of the author is best expressed in the following relationship: a) legitimacy weakens power; b) power undermines authority; c) authority presupposes legitimacy; d) legitimacy encompasses authority.

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22) The argumentative structure of the text contains three phases that reflect the writer’s reasoning process. The correct ordering of stages in the argumentation developed by the author is: a) thesis – problem – explanation; b) opinion – assertion – synthesis; c) suggestion – justification – contrast; d) hypothesis – discussion – disagreement.

24) Connectors establish a set of semantic roles while linking clauses. Observe the kind of link employed in the sentence below. It isn’t simply that he accepts the factual existence of power or legitimacy; rather, it’s that he accepts that an authority figure is justified in making a decision without also explaining the reason for that. The information that follows the underlined connector functions as: a) enumeration; b) replacement; c) reinforcement; d) exemplification.

Sticky Fingers By Olivia Judson In 1905, two brothers, Alfred and Albert Stratton, were found guilty of murdering a shopkeeper and his wife in Deptford, a town outside London. The evidence? A thumbprint at the scene of the crime. The brothers were hanged. The Stratton trial was the first time in Western jurisprudence that fingerprint evidence had been presented in a murder case. As such, it was 11

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When a person has authority over others, it means something a bit more than simply that he has a right to exercise existing power. The missing ingredient is psychological – the previously mentioned but not explicated issue of acknowledgment. Both power and legitimacy are social in that they exist in the interplay between two or more humans. Yet what goes on in the mind of a person when he acknowledges the authority of another? It isn’t simply that he accepts the factual existence of power or legitimacy; rather, it’s that he accepts that an authority figure is justified in making a decision without also explaining the reason for that, and persuading others to accept that the decision was reached properly. If I have authority over you, I can expect that when I make a decision you will go along with that decision, even if I don’t take the time to explain it to you and persuade you that itis indeed right. Your acceptance of me as an authority implies that you have implicitly agreed to be persuaded, and won’t demand explicit explanations and reasons. When you act, it won’t be because of me enforcing my will over you, nor will it have anything to do with the legitimacy of my power. Instead, it will simply be you exercising your will for your own reasons.


BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

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25) According to the information in the article, Alfred and Albert Stratton: a) worked with the police to develop the use of fingerprints to solve a murder; b) found the fingerprints of a shopkeeper and his wife murdered near London; c) admitted that they had murdered a shopkeeper and his wife near London; d) were the first people to be convicted of murder because of fingerprint evidence; e) were the first people to use fingerprints to prove that a murder had been committed. 26) Which of the following probably best explains the importance of Francis Galton? a) He was the first person to collect and use fingerprint samples on a systematic basis. b) He was the first person to show that each person’s fingerprints are unique and therefore can be used to help solve crimes. c) He was the first person to use fingerprints as a reliable means of identification. d) He was the person who found the thumbprint that the police used to convict Alfred and Albert Stratton of murder. e) In helping to investigate a murder near London, he proved that a thumbprint at the scene of the crime belonged to one of the Stratton brothers.

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a triumph for Charles Darwin’s cousin Francis Galton. Galton had spent years collecting fingerprints, studying and classifying their patterns of loops, arches, and whorls. It was he who had not just speculated, but demonstrated that fingerprints are a reliable way of telling one person from another, and persuaded the police that they could be used to solve crimes. Up to that point, fingerprints had been used not as a means to identify criminals, but as a way for you to prove that you were you and not someone else. The ancient Babylonians sometimes impressed fingerprints on clay tablets that recorded business transactions, and centuries ago the Chinese made use of thumbprints on clay seals. In India in the nineteenth century, a fingerprint took the place of a signature for people who were illiterate and could not, therefore, sign their names. The first use of fingerprints by “officialdom” didn’t come until the 1860s, when William Herschel, a magistrate for the British colonial administration in India, realized that fingerprints could be used as a means of identification when people came to collect their pensions. The person collecting the pension would give a print, which would be compared to a print on file; in that way, fingerprints could be used to prevent identity fraud. In instituting this, Herschel made the assumption that individuals have unique fingerprints; the fact that it was actually so remained to be proved. That proof was provided by Galton, who demonstrated statistically that the odds of two people having the same fingerprints are vanishingly remote. He also – using prints sent to him by Herschel – confirmed Herschel’s observation that fingerprints do not change with age, a crucial feature if they were to be a reliable form of identification. And Galton began to develop a method for cataloging fingerprints, so that police could file fingerprints by type and quickly compare any two sets. (A full-fledged cataloging system, based on Galton’s, was subsequently developed by Edward Richard Henry, who had served as inspector general of police in Bengal; the finger print classification system came to be known as the “Henry System.”) In short, Galton laid the groundwork for the police to begin to build a usable fingerprint database.

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27) According to the information in the article: a) in India in the nineteenth century, an illiterate person could give his fingerprint instead of his signature; b) in the nineteenth century, India’s knowledge of fingerprints was more advanced than China’s; c) to facilitate commerce between their countries in the nineteenth century, the Indians and the Chinese used fingerprints to register cross-border business transactions; d) the Indian intelligent sia in the nineteenth century used fingerprints instead of signatures to identify themselves; e) for Indians in the nineteenth century, giving your fingerprint instead of signing your name was considered a disgrace.


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c) As the years pass, a person’s fingerprints remain the same. d) It is possible to collect and catalog fingerprints. e) Only identical twins can have identical fingerprints. 32) With respect to the information in the article, which of the following is not true about Francis Galton: a) He was related to Charles Darwin. b) His fingerprint research took years. c) In his fingerprint work he received help from William Herschel. d) He verified the existence of important fingerprint characteristics. e) His fingerprint cataloging system is an important part of police work around the world.

28) According to the article, in the 1860s William Herschel: a) became chief magistrate for the British colonial pension administration in India; b) set up a fingerprint-identification system in colonial India to prevent fraud when people received their retirement money; c) decided that Indians must leave a signature when they collected their pensions from the British colonial administration; d) restructured India’s colonial pension system; e) made it impossible for illiterate Indians to defraud the British colonial administration in India.

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29) In paragraph 4, this in the phrase “In instituting this…” most likely refers to: a) a pension system for British civil servants in colonial India; b) the use of fingerprints in identifying known criminals; c) are structuring of fingerprint-identification techniques; d) fingerprint identification to prevent dishonesty in the pension system; e) a strengthening of pension laws in British colonial India.

31) Which of the following probably best describes the “crucial feature” mentioned in paragraph 4? a) Fingerprints can be an important part of police investigations. b) Each person’s fingerprints are unique.

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30) According to the information in the article: a) William Herschel believed that no fingerprint is the same as any other fingerprint, but he never proved it; b) William Herschel developed modern police fingerprinting techniques; c) William Herschel was unaware of the great importance of fingerprints in solving crimes; d) William Herschel’s work in India proved that each fingerprint is unique; e) William Herschel’s use of fingerprint identification eliminated fraud in the British colonial administration in India.

33) “President Barack Obama has approved a significant troop increase for Afghanistan, Pentagon officials said Tuesday. The new troop deployment is expected to include 8,000 Marines from Camp Lejeune, North Carolina, as well as 4,000 additional Army troops from Fort Lewis, Washington.” a) there are two different verb tenses; b) there is no auxiliary verb; c) there are only regular verbs; e) there are only irregular verb; d) there is only one verb tense.


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CHALLENGING

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Ways of meeting oppression

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Oppressed people deal with their oppression in three characteristic ways. One way is acquiescence: the oppressed resign themselves to their doom. They tacitly adjust themselves to oppression, and thereby become conditioned to it. In every movement toward freedom some of the oppressed prefer to remain oppressed. There is such a thing as the freedom of exhaustion. Some people are so worn down by the yoke of oppression that they give up. This is the type of negative freedom and resignation that often engulfs the life of the oppressed. But this is not the way out. To accept passively an unjust system is to cooperate with that system; thereby the oppressed become as evil as the oppressor. Non-cooperation with evil is as much a moral obligation as is cooperation with good. A second way that oppressed people sometimes deal with oppression is to resort to physical violence and corroding hatred. Violence often brings about momentary results. Nations have frequently won their independence in battle. But in spite of temporary victories, violence never brings permanent peace. It solves no social problem; it merely creates new and more complicated ones. The third way, open to oppressed people in their quest for freedom, is the way of nonviolent resistance. Nonviolence can touch men where the law cannot reach them. When the law regulates behavior it plays an indirect part in molding public sentiment. The enforcement of the law itself is a form of peaceful persuasion. But the law needs help. Here nonviolence comes in as the ultimate form of persuasion. It is the method which seeks to implement the just law by appealing to the conscience of the great decent majority who through blindness, fear, pride, or irrationality has allowed their consciences to sleep. The nonviolent resisters can summarize their message in the following simple terms: We will take direct action against injustice without waiting for other agencies to act. We will not obey unjust laws or submit to unjust practices. We will do this peacefully, openly, cheerfully because our aim is to persuade. We adopt the means of nonviolence because our end is a community at peace with itself. We will try to persuade with our words, but if our words fail, we will try to persuade with our acts. We will always be willing to talk and seek fair compromise, but we are ready to suffer when necessary and even risk our lives to become witnesses to the truth as we see it. The way of nonviolence means a willingness to suffer and sacrifice. It may mean going to jail. It may even mean physical death. But if physical death is the price that a man must pay to free his children from a permanent death of the spirit, then nothing could be more redemptive. (MARTIN LUTHER KING Jr. DisponĂ­vel em: http://www.gibbsmagazine.com)

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34) In the text, the argumentation is structured by means of descriptions of situations and restrictions. The following elements contribute to this structural organization: a) definite articles and gradable adjectives; b) forceful tone and contrastive connectives; c) short paragraphs and independent clauses; d) plural personal pronouns and enumerative conjuncts.

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35) Nonviolent resistance is central to Martin Luther King Jr.’s philosophy as a way to cure society’s ills. This action is best understood as a way of: a) turning the other cheek; b) avoiding retaliation; c) disregarding power; d) rejecting injustice.

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36) Laws are not so effective as nonviolent behavior. The fragment that reiterates the idea of the sentence above is: a) “Nonviolence can touch men where the law cannot reach them.” b) “When the law regulates behavior it plays an indirect part in molding public sentiment.” c) “Here nonviolence comes in as the ultimate form of persuasion.” d) “We will not obey unjust laws or submit to unjust practices.”

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37) Reflexive pronouns have two distinct uses: basic and emphatic. The reflexive pronoun used emphatically is found in: a) “the oppressed resign themselves to their doom.” b) “They tacitly adjust themselves to oppression” c) “The enforcement of the law itself” d) “our end is a community at peace with itself.”


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BUILDING THE TEXT: HOW TO UNDERSTAND THE STRUCTURES?

SUMMARIZING

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• Coherence means the overall “understandability” of what you write or say. It involves such features as: summarizing the overall argument of an essay in the introductory paragraph; presenting ideas in a logical sequence; putting separate, major points into separate paragraphs; and beginning each paragraph with a “topic sentence”, following by supporting sentences; • Coherence is based more on the logic of the ideas and how they are presented rather than on the language that is used to express these ideas;

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• Students may have trouble understanding a text that seems to have easy words and concepts because they fail to identify the cohesive ties; • The success of an argument depends on the authors’ skill in convincing their readers – through sound reasoning, persuasion, and evidence – of the strength of his point of view;

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• The argumentative text requires investigating a topic; collecting, generating, and evaluating evidence; and establishing a position on the topic in a concise manner.

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LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

Objetivos de aprendizagem:

• Entender a estrutura do texto argumentativo, reconhecendo os conceitos de tese e argumento; • Identificar a estruturação do parágrafo argumentativo;

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• Entender a dissertação como um gênero textual que se estrutura de modo argumentativo, a partir de uma postura crítica sobre um tema qualquer; • Compreender a estrutura dos parágrafos de introdução e de conclusão;

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• Aplicar o modelo de produção textual cobrado pelo Enem, com suas características próprias estruturais.


Escrever é realmente muito difícil?

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TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

Considerada uma das melhores escritoras do Brasil, Clarice Lispector, famosa por contos e romances bem complexos, um dia falou: “escrever é realmente muito difícil”. Agora, imagine você: se para ela é difícil, o que dizer para nós? Botar no papel suas ideias, expor pensamentos, defender opiniões. E ainda por cima com uma estrutura perfeita. Concordemos com a nossa escritora. Bota difícil nisso. Vale, antes, entender a relação com a língua. Leia um textinho da Clarice sobre essa relação com a língua portuguesa:

Declaração de amor

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Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A Língua Portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisto de uma frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope. Eu queria que a língua p ortuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega. Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida. (LISPECTOR, Clarice. A Descoberta do Mundo. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1999.)

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1) O texto argumentativo: a dissertação — o ponto de vista crítico e o interlocutor universal A dissertação se caracteriza pela defesa de uma ideia, de um ponto de vista, ou pelo questionamento acerca de um determinado assunto. Para a fundamentação desse ponto de vista, o texto dissertativo utiliza uma estrutura argumentativa, pois é a partir desses argumentos que se justificará a ideia central da dissertação.

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nida a tese, podemos selecionar os argumentos mais contundentes que possam sustentar a tese que se pretende defender.

2.1) Tipos de argumento Uma argumentação sustenta-se basicamente de quatro maneiras: Argumentos de valor universal – aqueles que são incontestáveis. Se dissermos, por exemplo, que sem resolver os problemas de família não se resolvem os das crianças de rua, vai ser difícil alguém o contradizer; Dados colhidos na realidade – as informações têm de ser exatas e do conhecimento de todos. Informações falsas ou sem respaldo suficiente não convencem ninguém; Citações de autoridade – neste caso, o embasamento pode vir dos principais autores sobre o assunto. É importante ler muito e se informar; Exemplos e ilustrações – recorrer a exemplos conhecidos, de domínio público, ajuda a fortalecer a argumentação. Nesse item, como no anterior, a investigação da coletânea fornecida é de vital importância para a construção textual.

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2) Seleção de argumentos e sua tipificação

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A seleção de argumentos e ainda a forma de argumentar serão decisivos para a estruturação e o sucesso do texto. A consistência da argumentação se deve, basicamente, à consistência dos argumentos escolhidos para defender o ponto de vista, a tese. Acerca de um tema podemos obter vários pontos de vista diferentes. Por isso, é fundamental que se eleja, antes de tudo, a tese que será defendida a respeito daquele tema. Defi-

E como se organiza um parágrafo argumentativo? Segundo Luiz Carlos Figueiredo, em seu livro “A redação pelo parágrafo”, o parágrafo deve apresentar a ideia central (por meio de um período) e construir outras secundárias (por meio de outros períodos) orientadas para a aquela visão central, de modo a formar um raciocínio completo. Veja um exemplo proposto por Figueiredo de um parágrafo sem o desenvolvimento das ideias secundárias: O presidente da República deve ser eleito para governar durante cinco anos Em tempo mais curto, o presidente não implanta uma boa administração, e o país não

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Então, vamos lá. Antes de a gente aprofundar esse gênero textual, é preciso investigar a organização do pensamento de modo argumentativo. Parafraseando o linguista francês Patrick Charaudeau, a argumentação pressupõe quatro fatores: uma afirmação (uma tese) que seja sustentável sobre o mundo em que se insere; um quadro de problematização orientado pelo sujeito que argumenta; um sujeito problematizador que se engaja nesse processo de persuasão, e um sujeito interlocutor, que se torna o alvo dessa argumentação. Dessa forma, a malha de um texto argumentativo se estrutura da seguinte maneira: a) afirmação do sujeito acerca de algum fenômeno posto em questão, seguida da análise de seus termos fundamentais a respeito desse fenômeno; b) posicionamento do sujeito sobre a tese apresentada, com aderência parcial ou total a respeito das nuances que envolvem tal proposição; c) quadro de problematização em que se insere uma perspectiva que orienta a argumentação, seja política, social, filosófica; formulação de argumentos, que possam ser aceitos e justificáveis; d) conclusão, a que se chega a partir do desenvolvimento dos argumentos, inferindo uma ideia ou apresentando uma proposta para a problematização apresentada.


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

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Veja um bom exemplo de texto dissertativo:

A empregabilidade em ambiente de globalização

O processo de internacionalização da economia, conhecido como globalização, traz consigo uma nova visão da natureza do emprego. Agora, não basta estar apto a conquistá-lo, é também necessário conseguir mantê-lo, em um ambiente submetido a fortes pressões competitivas e em permanente mudança. A esse fenômeno dá-se o nome de empregabilidade, definida por Chiavenato como o “conjunto de competências e habilidades necessário para uma pessoa manter-se colocada na empresa”. A revolução da tecnologia da informação, a uniformização mundial dos padrões de consumo e as facilidades de comunicação e de transporte viabilizam o planeta, e não mais um país ou continente, como o espaço econômico disputado pelas empresas. Fluxos internacionais de informação, de capitais e de mercadorias, bem como a intensificação da competitividade, são a tônica da economia globalizada. Esse contexto está provocando rápidas e profundas alterações nos perfis profissionais exigidos pelas organizações. De início, educação básica completa tornou-se requisito imprescindível para o trabalhador comum habilitar-se a qualquer colocação, mesmo que não especializada. Flexibilidade, multifuncionalidade e capacidades de raciocínio e decisão também são competências crescentemente requeridas. Em atividades de maior qualificação, nas quais é ainda maior a obsolescência de conhecimentos técnicos, o profissional deve adotar a postura do aprendizado permanente, mantendo-se sempre atualizado e capacitado a acompanhar as transformações do mercado.

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Agora, enriquecido com pormenores e explicações, o parágrafo fica assim: O presidente da República deve ser eleito para governar durante cinco anos. As principais razões: a eleição para presidente da República demanda tempo e dinheiro e não pode ser realizada em período muito curto, sob pena de sangrar a economia do país; um período menor, de três ou quatro anos, dificulta a formação de uma boa equipe administrativa, o planejamento e a execução de programas sérios; por outro lado, um período muito longo, de seis a nove anos, pode viciar ou amolecer a vontade de governar, impedir o progresso do país principalmente se o presidente e sua equipe demonstrarem incompetência administrativa, ou favorecer a implantação da ditadura política.

não se justifica o uso exagerado de figuras de linguagem em um texto dissertativo, pois os subtextos que a linguagem figurada cria pode, de alguma forma, esvaziar o poder argumentativo do texto.

vai para a frente. Ele normalmente gasta muito tempo com política, ficando com pouco tempo para agir como executivo.

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Voltando à dissertação... Em geral, para se obter maior clareza na exposição de um ponto de vista, costuma-se distribuir o texto dissertativo em três partes: Introdução: em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista a ser defendido; Desenvolvimento ou Argumentação: em que se desenvolve o ponto de vista para tentar convencer o leitor, usando uma sólida argumentação, com exemplos, citações, ou fornecimento de dados; Conclusão: em que se dá um fecho ao texto, coerente com o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em um texto dissertativo não há, de forma alguma, a marca de interlocução. Argumenta-se para convencer um leitor hipotético, chamado de interlocutor universal. Portanto, em uma estrutura dissertativa a presença da 2a pessoa ou de vocativos implica uma inadequação ao tipo de texto a que se propõe. A elaboração de uma dissertação não está centrada na função poética da linguagem e sim na colocação e na defesa de ideias, logo

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Veja que esses argumentos servem de sustentação para a tese que se encontra na conclusão do texto: “o profissional moderno precisa, para garantir sua empregabilidade, ir além, colocando-se à frente das mudanças e tornando-se o agente de transformações que cria novas vantagens competitivas para ele próprio e para sua empresa.” Um texto dissertativo, ao contrário de uma narração, não apresenta uma progressão temporal; os conceitos são genéricos e não se prendem a uma situação de tempo e espaço, por isso o emprego de verbos no presente. De fato, a progressão textual se dá por meio do desenvolvimento da própria argumentação e do encadeamento dos parágrafos – mecanismo fundamental para deixar o texto claro e coeso.

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Tal empregabilidade é, portanto, o conceito-chave no mercado de trabalho contemporâneo. Significa criar e renovar, a cada dia, competências e habilidades profissionais, incluindo, não somente o domínio técnico de novos sistemas e tecnologias, mas também o aprimoramento contínuo em campos como a negociação, línguas estrangeiras, relacionamento interpessoal e compreensão de valores de outras culturas e etnias. As exigências atuais são tão intensas que Chiavenato sugere, inclusive, a possibilidade da existência de “uma verdadeira seleção natural de espécies profissionais”, referindo-se ao conceito darwiniano de luta pela sobrevivência. Nesse ambiente de feroz competição, o profissional moderno precisa, para garantir sua empregabilidade, ir além, colocando-se à frente das mudanças e tornando-se o agente de transformações que cria novas vantagens competitivas para ele próprio e para sua empresa.

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Repare que na introdução já se percebe o tema a ser desenvolvido: a empregabilidade no mundo globalizado. Para embasar o conceito de empregabilidade e deixar claro o corte que será feito sobre assunto, cita-se Chiavenato, autor que escreveu sobre este tema. É a importância da leitura de vários tipos de texto que está sendo posta em prática aqui. Nos parágrafos 2, 3 e 4 vemos o desenvolvimento da argumentação. O parágrafo 2 desenvolve a ideia de que “fluxos internacionais de informação, de capitais e de mercadorias, bem como a intensificação da competitividade, são a tônica da economia globalizada”; o parágrafo 3 traz como tópico frasal a ideia de que “o profissional deve adotar a postura do aprendizado permanente, mantendo-se sempre atualizado e capacitado a acompanhar as transformações do mercado”. E parágrafo 4 centra-se na visão de que “tal empregabilidade é, portanto, o conceito-chave no mercado de trabalho contemporâneo.”

Os textos a seguir tratam de um grave problema que assola não só o Brasil, mas o mundo: o processo de favelização da humanidade. Texto I

Uma bomba-relógio Relatório da ONU prevê que dois bilhões de pessoas viverão em favelas em 2030 O número de pessoas vivendo em favelas vai dobrar até 2030, chegando a dois bilhões de pessoas, em consequência da urbanização acelerada e do aumento da pobreza, afirmou o relatório do Programa de Assentamentos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU-Habitat) “O desafio das favelas”, divulgado ontem, para marcar o Dia Mundial do Hábitat. Segundo o ONU-Habitat, com sede em Nairóbi (Quênia), um sexto da população mundial – ou 924 milhões de pessoas – vive em favelas. Na introdução ao relatório, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que a população pobre está se movendo do interior para a cidade, um processo chamado “urbanização da pobreza”. 5

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(Redação de um candidato ao mestrado de Administração da Fundação Getúlio Vargas)

PRATICANDO


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O relatório do ONU-Habitat elogiou o programa Favela-Bairro, do Rio, considerado um exemplo em política habitacional. Segundo o organismo, “a continuidade do programa vai permitir a melhoria de alguns aspectos de gerenciamento e estrutura, consolidando a ideia chave de integração entre as áreas de exclusão social e as aglomerações formais da cidade”. Mas o relatório observa que a segregação entre áreas ricas e pobres é, hoje, uma característica da cidade. [...] Segundo Anna Tibaijuka, o problema da água na América Latina não é de escassez, como em outras partes do mundo, mas de má administração de recursos e falta de vontade política. — Eu acredito ser necessário investimento público, mas também da comunidade e do setor privado – disse a diretora do ONU-Habitat.

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— Até 2050 estimamos que a população mundial seja de nove bilhões de pessoas, seis bilhões das quais viverão nas cidades. Destas, 3,5 bilhões (38%) estarão vivendo em favelas se não fizermos alguma coisa radical para resolver esse problema – disse a diretora-executiva do ONU-Habitat, Anna Tibaijuka. O diretor de Análises de Políticas do ONU-Habitat, Naison Mutizwa-Mangiza, resumiu o problema: — É uma bomba-relógio. Apesar de o crescimento acelerado das favelas ser evidente, o relatório ressalta que há pouco ou nenhum planejamento para acomodar a população que se desloca para as cidades em busca de uma vida melhor. A falta de habitação, água, saneamento e emprego abre caminho para a explosão da criminalidade. Anna criticou, no relatório, a apatia e falta de vontade política dos governos para resolver a questão da pobreza urbana. E lembrou que a extrema pobreza leva a comportamentos antissociais, o que faz disso um problema global. Mutizwa-Mangiza lembrou que o trabalho informal é extremamente importante para melhorar a renda dos habitantes das favelas e deve ser encorajado. E ressaltou que uma medida importante para lidar com o problema das favelas é encarar seus moradores como parte da solução, não do problema. [...] O relatório do organismo faz um apelo para que se trate do problema do desemprego entre os habitantes das favelas e da população urbana pobre em geral: “As políticas para as favelas devem estar integradas com políticas de redução da pobreza urbana mais amplas, focadas nas pessoas, que lidem com aspectos como emprego e renda, abrigo, comida, saúde, educação e acesso a infraestrutura e serviços urbanos básicos”. [...]

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(Nairóbierio. In: www.jornalreciclado.kit.net [Adaptado de O Globo].)

Texto II

ONU: 17% vivem na pobreza no Rio

O crescimento das favelas é um reflexo do processo de industrialização e urbanização do país, atraindo para os grandes centros urbanos famílias em busca de uma oportunidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de moradores nessas áreas do Rio cresceu de 882.482 para 1.092.476 (23%), entre 1991 e 2000. O número de domicílios em favelas, por sua vez, passou de 226.141 para 308.581 no mesmo período. Segundo a Habitat, divisão das Nações Unidas para habitação, ano passado 17% da população do Rio viviam abaixo da linha da pobreza (segundo critério do Banco Mundial, quem vive com menos de US$ 2 por dia). Em São Paulo, essa proporção era de 6,5% em 2002. No Rio, a Habitat identificou quatro tipos de habitação com problemas de infraestrutura: favelas, loteamentos, cortiços e invasões. Em São Paulo, apenas dois: favelas e cortiços. (In: www.jornalreciclado.kit.net [Adaptado de O Globo].)


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1) Com base nos textos, determine: a) as causas do processo de favelização; b) as consequências do processo de favelização; c) as possíveis soluções para que esse processo seja interrompido.

2) Crie um argumento, não explícito no texto, que possa justificar esse processo de favelização.

Exemplo 2: Diante do quadro socioeconômico de crise no Brasil, o alastramento da violência, sempre temido pela sociedade, atinge, agora, um dos últimos “refúgios” de esperança e perspectiva de um futuro decente: a escola. Se tínhamos na educação o meio mais eficiente de absorção dos conceitos de sociabilidade e cidadania, pode-se perceber, devido aos violentos incidentes envolvendo estudantes, uma espécie de esquecimento do real significado dessas palavras.

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Mesmo empregando linguagens com tons diferentes, os dois parágrafos apenas expõem o assunto que será abordado ao longo da dissertação, sem revelar os tópicos frasais que serão desenvolvidos. Veja um exemplo, com outro tema, no qual os tópicos frasais são apresentados:

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3) Desenvolva o argumento criado no item 2 em um parágrafo de 5 a 8 linhas.

3.1) O parágrafo de introdução

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Um parágrafo de introdução dissertativo deve anunciar o assunto que será desenvolvido ao longo do texto. Além desse assunto, a tese a ser defendida nos parágrafos de argumentação pode estar presente na introdução, ainda que seja comum encontrá-la no parágrafo conclusivo. Uma introdução pode anunciar, também, os tópicos frasais que serão desenvolvidos em seguida. Veja dois exemplos de introdução para o mesmo tema [Violência nas Escolas de Ensino Médio no Brasil]:

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Exemplo 1: Recentemente, as grandes cidades brasileiras têm assistido a violentos incidentes nas escolas de ensino médio. Tais acontecimentos vêm preocupando pessoas de todas as classes sociais, não apenas pelo grau de criminalidade que os caracterizam, mas, principalmente, pela frequência com que têm ocorrido: somente em São Paulo, pelo menos dez estudantes já foram assassinados em escolas no ano passado.

[Tema: As Chuvas de Verão: Enchentes e mortes no Rio de Janeiro] As chuvas de verão trazem, a cada ano, consequências mais graves para o Rio de Janeiro. As autoridades governamentais, responsáveis diretas por esse assunto, parecem não dar grande importância ao problema, deixando a cidade à mercê de enchentes e desabamentos causados pela força das águas. A falta de controle ambiental por parte das instituições responsáveis, a ausência de uma consciência ecológica por parte da população e o total descaso com que o governo do Rio trata a questão fazem os versos de “Águas de Março”, de Tom Jobim, parecerem bem menos poéticos. Podemos perceber que os parágrafos de argumentação irão desenvolver os tópicos frasais apresentados na introdução: A falta de controle ambiental por parte das instituições responsáveis, a ausência de uma consciência ecológica por parte da população e o total descaso com que o governo do Rio trata a questão. 7

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3) Os parágrafos de introdução e de conclusão


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

“Há tempos o Brasil vem passando por uma série de transformações. Trata-se de mudanças econômicas, políticas e, também, socioculturais. Estas últimas, por sua vez, parecem ser as mais notáveis, uma vez que são refletidas diretamente no dia a dia do povo, nos seus hábitos e costumes.” (Tema: A palavra como indicador das transformações sociais)

(Tema: A Ética no mundo contemporâneo)

3.1.6) Com frases nominais

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3.1.2) Com uma interrogação sobre o tema a ser discutido

Pode-se conceituar Ética como “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja do modo absoluto.” Se a Ética encara a virtude como prática do bem e esta como a promotora da felicidade dos seres, quer individual ou coletivamente, o mundo contemporâneo precisa rever seus conceitos éticos urgentemente.

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3.1.1) Com uma declaração inicial

3.1.5) Com definição

Para iniciarmos um parágrafo, temos várias maneiras diferentes de apresentar o assunto. Observe alguns exemplos, a partir de redações de alunos dos ensinos fundamental e médio:

“É fato que não existe apenas um Brasil, e sim vários, diferentes culturalmente, economicamente, socialmente. O que nos faz, então, reconhecer-nos brasileiros? O que faz todos deste imenso território esquecerem-se de suas diferenças e dizerem: sou brasileiro?”

“Chacina da Candelária. Massacre dos Carajás. Assassinato de 21 pessoas em Vigário Geral. Esses são os fatos e os números da impunidade no país. Procedimento que se repete continuamente sem que o Estado, seja através do poder público ou da polícia, tome qualquer providência. A responsabilidade desses atos, como sempre, recai sobre o povo.” (Tema: Violência urbana)

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(Tema: O que marca a identidade brasileira?)

3.1.3) Com referências a frases, cenas e fatos conhecidos

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“As grades do condomínio são para trazer proteção. Mas também trazem a dúvida se é você que está nesta prisão. Esses versos do grupo O Rappa representam o contraste que marca a nossa sociedade diante da violência urbana. Lado a lado, segurança e falta de liberdade.” (Tema: Violência urbana)

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3.1.4) com divisão do assunto (dialético)

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“De um lado, condomínios luxuosos, uma das maiores rendas per capita do estado; do outro, a maior favela urbana da América Latina. Eis o retrato da desigualdade socioeconômica que assola o país, encravado na zona sul da Rio de Janeiro.” (Tema: Desigualdade social)

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PRATICANDO 4) Crie um parágrafo de introdução para os seguintes temas: Tema 1 Muito se discute, hoje, sobre qual seria a marca de ser brasileiro. O que definiria o tom de brasilidade que nos faria reconhecer-nos brasileiros. Texto I

O coração do Brasil Onde é que fica o Brasil, exatamente? Em São Paulo não é, embora os paulistas insistam que sim, e digam que o resto do país é acessório. No Rio de Janeiro certamente não é. Aquela é uma estranha terra provisória que ainda não se convenceu da própria inviabilidade. Um dia, alguém finalmente dirá: “Olha, gente, aqui não


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Brasil é séria, mas nada é muito sério no Álvaro ou no Leblon. O Rio é uma cidade improvável e eu gosto de pensar que o Brasil ainda tem uma chance. Decididamente, o Brasil está em alguma parte, e nos olhando desconfiado. (VERISSIMO, Luis Fernando. A mesa voadora: crônicas de viagem e comida. Globo.)

Texto II

Aquarela do Brasil

dá” e tentará comandar o êxodo para a planície, mas ninguém o seguirá. Já tentaram e ninguém foi. Dizem que aquela posição do Cristo Redentor, braços abertos sobre a cidade, é de permanente incredulidade: — Mas como?! O Rio é uma cidade pouco provável. Se recusa a acreditar que às suas costas há um continente para ser ocupado e fica ali, entre as montanhas e o mar, pagando caro para não sair. Porque o Rio é bonito. As pessoas falam de Israel, que fundou uma civilização no deserto, mas o milagre do Rio é maior: fundou uma civilização na paisagem. Tudo no Rio é luxuriante, o deserto do Rio é a luxúria. Copacabana é uma espécie de Kibutz ao contrário, tentando sobreviver ao excesso de fertilidade. O Rio não tem mais o poder e está rapidamente deixando de ser o centro cultural do país, mas se apega à paisagem e ao jeito carioca de ser – que não é mais do que um jeito de se adaptar à paisagem – como suas últimas resistências ao continente. O Rio em relação ao Brasil é um pouco como Hong Kong, uma anomalia enquistada na costa da China. Com a diferença que o Brasil é um país amigo. Dizem que o coração da América fica num pequeno povoado de Indiana. O coração da França? Deve haver em algum café de Provence um funcionário público mal-humorado que pode declarar que la France, c’est lui. O coração da Itália; da Argentina, do Nepal e da Austrália são fáceis de descobrir. Mas e o coração do Brasil? Brasília é o cérebro, e às vezes se distrai. De São Paulo para baixo estão os (tosse, tosse) pulmões. O Rio não é o coração. É um delírio, uma ideia errada que o brasileiro faz de si mesmo. O coração do Brasil deve estar no Piauí. O Brasil é um país que a gente não conhece nem gostaria de visitar. Foi isso que eu pensei na quinta-feira passada, tomando o terceiro chope no Álvaro, trazido por um garçom que torcia pelo Fluminense e me servia com fingida má vontade desde que me apresentaram a ele como conselheiro do Internacional, entre risadas gerais. A situação do

(Ary Barroso)

Texto III O brasileiro é um pecador incontrolável. Famoso pelo “jeitinho” com que lida com temas delicados, pelo já crônico desrespeito às instituições e tido como “corpo mole”, ele comete diariamente “pecados” que já se tornaram folclore. [...] Uma espécie de síntese de todos os “pecados”, o jeitinho brasileiro presta-se à interpretação em vários níveis. Apesar de veementemente repudiado pela publicitária Christina Carvalho Pinto, vice-presidente nacional de criação da Norton Publicidade, encarregada de criar anúncio para o tema, o jeitinho é interpretado de forma mais branda por antropólogos e sociólogos, que, apesar de se dizerem contra essa forma de interferência, não são rígidos ao condená-la. 9

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Brasil, meu Brasil brasileiro (...) O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor, Terra do Nosso Senhor (...) Brasil, terra boa e gostosa Da morena sestrosa De olhar indiferente (...) Esse coqueiro que dá coco Oi, onde amarro a minha rede Nas noites claras de luar (...) Oi, esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro (...)


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

O bicho, meu Deus, era um homem. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20a ed. Rio Janeiro: Nova Fronteira, 1993.)

(Disponível em: www.folha.uol.com.br.)

Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

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“Sou a favor da luta pela cidadania sem jeitinhos, mas em algumas ocasiões esse jeitinho ameniza uma situação difícil”, afirma o antropólogo Edward MacRae. Opinião que certamente contraria o que pensa Christina Carvalho Pinto: “Por trás do jeitinho está insinuado todo o processo de corrupção que assola o país”.

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Texto IV

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Tema 2 (PUC) Do grande avanço tecnológico da década de 90, resultou o mundo da mídia digital, das redes, da realidade virtual. O homem, ao fazer uso cada vez mais frequente do computador nas escolas, nos lares e no trabalho, vem-se adaptando ao novo veículo de comunicação, o que ocasiona o surgimento de outras formas de interação como, por exemplo, os bate-papos através do computador e o correio eletrônico. Reflita sobre o impacto do computador nas formas de comunicação do homem moderno, em um texto dissertativo.

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5) (UFSC) Redija uma dissertação considerando o texto e as ilustrações dadas. [Adaptada]

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Tema 3

O bicho

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Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava:

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3.2) O parágrafo de conclusão Um parágrafo de conclusão encerra a linha de pensamento que se construiu ao longo do texto. Essa definição pode apontar para duas tendências: ou se resumem as ideias apresentadas nos parágrafos anteriores através dos tópicos frasais desses parágrafos, ou se apresenta uma solução para a problemática levantada pelo projeto de texto. Veja um exemplo em que a conclusão retoma os tópicos frasais: Tema: Violência nas Escolas de Ensino Médio no Brasil Recentemente, as grandes cidades brasileiras têm assistido a violentos incidentes nas escolas de ensino médio. Tais acontecimentos vêm preocupando pessoas de todas as classes sociais, não apenas pelo grau de criminalidade que os caracterizam, mas, principalmente, pela frequência com que têm ocorrido: somente em


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Veja agora um exemplo no qual a conclusão apresenta uma proposta: (ENEM) Tema: direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional? A Constituição Brasileira vem sendo ofensivamente desrespeitada, de forma notória à frente da sociedade e do Estado, no que se refere às crianças e adolescentes do país. Seus direitos, assegurados no Artigo 227, não são efetivados e as perspectivas que se apresentam não são boas para aqueles que irão ter, em breve, o Brasil nas mãos. Com diversas famílias vivendo de baixa renda, o país passa por uma inversão de valores; há uma obrigatoriedade familiar explícita, até considerada digna, de menosprezar a formação do jovem em detrimento do trabalho informal e exploratório, único meio necessário à sobrevivência. E isso não é tudo. As más condições de vida enfrentadas pela família também levam ao descaso, ao abuso e muitas vezes ao abandono. Vulneráveis, esses jovens são facilmente seduzidos pelo mundo do crime e tornam-se, desde logo, não só intermediários de bandidos e traficantes, mas principalmente vítimas e usuários. É cientificamente comprovado que crianças e adolescentes com uma infância saudável e em contato com as artes e os esportes, além da convivência de grupo, desenvolvem melhor suas personalidades e têm mais discernimento físico e moral para defesa e crítica, principalmente quando adultos. Aliados à ideia de que o diferencial está inevitavelmente na educação, o Estado deve manter, como paliativo imediato, os programas bolsa-escola e bolsa-alimentação para tentar contornar a evasão escolar. Além disso, deveria formar convênios com empresas particulares, de forma que essas pudessem “adotar” escolas públicas em troca de redução nos impostos, o que, funcionando de forma correta, até poderia, com menos burocracia e mais atenção, aumentar a qualidade do ensino nessas instituições.

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São Paulo, pelo menos dez estudantes foram assassinados em escolas no ano passado. A facilidade com a qual se podem adquirir armas de fogo é, de fato, uma das inúmeras razões que explicam esse quadro. Por via ilegal, armamentos tornam-se acessíveis para qualquer cidadão, o que tende a aumentar diretamente a incidência de crimes, principalmente entre jovens. A ineficiência do sistema de fiscalização do setor acaba por permitir essa enorme acessibilidade às armas. Um outro fator que contribui para a violência nos grandes centros são os baixos níveis de vida de grande parte da população, que, por conseguinte, reduzem muitíssimo a perspectiva de futuro dos adolescentes. A criminalidade e a violência tornam-se, assim, as grandes esperanças de ascensão social – ou simplesmente de sobrevivência – para esses jovens de baixa renda. Além disso, a violência na sociedade contemporânea tem sua visão completamente banalizada devido, entre outros fatores, à influência dos meios de comunicação. O poder de polarização ideológica destes tem crescido de forma surpreendente: as grandes produções do cinema são exemplos de instrumentos que provocam, de alguma forma, uma distorção na imagem da violência. Nelas, os homicídios são tão frequentes que chegam a ser vistos com extrema naturalidade, o que põe em detrimento a seriedade da questão. A resolução dessa grave crise a que estamos submetidos não apresenta, portanto, uma visão unilateral, mas uma complexa rede de ações que poderiam apontar para uma solução. O livre acesso, que se vê hoje no país, às armas de fogo; os altos índices de desemprego, levando a população a níveis baixíssimos de qualidade de vida, e a extrema banalização com que é tratada pelos meios de comunicação de massa, como cinema e televisão, acabam por colocar a violência num patamar quase insustentável. Apontar soluções para esses problemas determina, quem sabe, o primeiro passo para o fim desse processo de violência nas escolas de ensino médio que nos tem sido imposto nos últimos anos.


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TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

Brasil fica no topo de ranking de violência contra professores

Professores dizem serem vítimas de agressões verbais e intimidações

PRATICANDO

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O Brasil está em primeiro lugar no ranking de violência contra professores divulgados pela OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico. Será que os pais dos estudantes têm consciência da gravidade desse resultado e do que ele significa para a educação dos seus filhos? Quer saber mais sobre o tema? Então, visite a nossa página: www.4newsmagazine.com.br. #PatriaEducadora #ViolenciaContraProfessor

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6) A seguir apresenta-se uma dissertação para o tema “O século XX”. Redija o parágrafo de conclusão com base no texto dado:

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O “breve século XX” foi, sem dúvidas, um divisor de águas na história. É muito provável que ele seja lembrado no futuro como o século em que a vida humana foi literalmente colocada em segundo plano. Só pra lembrar, foi nele que a prática do genocídio foi criada, além de ter ocorrido nele o maior número de mortos em guerras da história. Se por um lado ocorreram diversos avanços científicos no sentido de curar doenças e prorrogar a morte, houve também incidentes lamentáveis, como a Guerra do Vietnã e atentados terroristas. O primeiro genocídio da história ocorreu logo após a 1a Guerra, e foi levado a cabo pelos Turcos contra os Armênios. O que se passou foi que a opinião pública europeia da época literalmente fingiu que não viu. Afinal, tratava-se dos Armênios, um povo desconhecido e sem expressão. Doravante, Hitler, que se apropriou da “prática” para utilizá-la contra os judeus, esperava que

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a Europa novamente cruzasse os braços. Dessa vez, porém, o genocídio estava exposto, e as potências foram obrigadas a agir. É por isso que está correto dizer que o século XX criou a “indústria da morte”, na qual o número de mortos em guerras não é mais contado em dezenas ou centenas, mas sim em milhares e até em milhões. Não há a menor dúvida de que foi neste século que ocorreu o maior número de mortes da história. Por outro lado, temos também incríveis avanços médicos e científicos, como a descoberta da penicilina, que possibilitou a cura de inúmeras doenças. E é aí que está a contradição intrínseca a este século: em meio a tantas descobertas que permitem, por exemplo, uma mulher estéril ter filhos, ocorrem também barbaridades, como a Guerra do Vietnã, e mais recentemente os atentados no Oriente Médio. 7) A seguir apresenta-se uma dissertação para o tema “O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?”. Redija o parágrafo de conclusão com base no texto dado:


LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

A base de uma sociedade democrática consiste na livre escolha de um governante pelo povo, que exerce, dessa forma, seu direito como cidadãos. Porém, é contraditório pensar em democracia quando as pessoas não têm liberdade para optar se querem ou não votar. Além disso, ao fazê-lo sem um mínimo de consciência política ou vontade, prejudica-se a população, uma vez que o voto possivelmente será dado a um candidato corrupto ou incapaz de cumprir suas promessas. O fato de, atualmente, todos acima de dezesseis anos poderem votar, sendo obrigatório a partir dos dezoito, pode ser considerado uma grande vitória. Muitos tiveram que lutar para que aqueles de classe mais baixa, as mulheres, os analfabetos, entre outros, adquirissem também esse direito. Portanto, deve ser um ato valorizado e feito com orgulho. Entretanto, a pessoa deveria ser livre para decidir se quer ou não participar das eleições. Do contrário, votar torna-se um processo hipócrita, por ser uma ação “democrática” imposta. Dessa forma, passa a ser apenas um dever, e não um direito. Acrescentando, há ainda muitas chances de ser escolhido um candidato aleatoriamente, já que muitos eleitores não têm interesse ou conhecimento o suficiente para analisar racionalmente as propostas e os verdadeiros benefícios que um determinado candidato pode trazer à população. Assim, ao invés de se ter uma eleição justa e consciente, tem-se apenas mais uma vitória dos corruptos e poderosos.

planeta, apenas 22% da cobertura florestal original. A Europa Ocidental perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%; a África, 92%; a Oceania, 78%; a América do Norte, 66%; e a América do Sul, 54%. Cerca de 45% das florestas tropicais, que cobriam originalmente 14 milhões de km quadrados (1,4 bilhão de hectares), desapareceram nas últimas décadas. No caso da Amazônia Brasileira, o desmatamento da região, que até 1970 era de apenas 1%, saltou para quase 15% em 1999. Uma área do tamanho da França desmatada em apenas 30 anos. Chega.

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Dever ou direito?

(Paulo Adário, Coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace. Disponível em: http://greenpeace.terra.com.br)

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8) Dada uma proposta de redação do ENEM (2011), crie um parágrafo de conclusão que apresente uma solução para o problema sugerido no tema “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”. Texto I Conter a destruição das florestas se tornou uma prioridade mundial, e não apenas um problema brasileiro. [...] Restam hoje, em todo o

(“O planeta é um problema pessoal - Desenvolvimento sustentável” Disponível em: www.wwf.org.br)

Texto III De uma coisa temos certeza: a terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence a terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Trecho de uma das várias versões de carta atribuída ao chefe Seattle, da tribo Suquamish. A carta teria sido endereçada ao presidente nor13

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Texto II Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial. [...] Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser perguntado se, depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida britânico, teria respondido: “[...] a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcançar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?” A sabedoria de Gandhi indicava que os modelos de desenvolvimento precisam mudar.


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

Texto IV Estou indignado com a frase do presidente dos Estados Unidos, George Bush. “Somos os maiores poluidores do mundo, mas se for preciso poluiremos mais para evitar uma recessão na economia americana”. (R.K., Ourinhos, SP. Carta enviada à seção “Correio” da Revista Galileu. Ano 10, junho de 2001)

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(PINSKY, Jaime e outros (Org.). “História da América através de textos”, 3a ed. São Paulo: Contexto, 1991.)

Temos legislação dura para a violência sexual – o estuprador tem que cumprir integralmente a pena. Portanto, é razoável uma lei que garanta o direito de interrupção dessa mesma violência. (Zulaiê Ribeiro, deputada. JB, 24/8/97)

Fragmento 2: Por questões éticas e também por razões religiosas, sou contra esse projeto. Não adianta, esse projeto não passa. Vou conversar com o presidente e pedir que ele também não aceite essa proposta.

te-americano, Franklin Pierce, em 1854, a propósito de uma oferta de compra do território da tribo feita pelo governo dos Estados Unidos.

(Carlos Albuquerque, (então) Ministro da Saúde. JB, 27/8/97)

Fragmento 3: É lamentável saber que um país com graves problemas de saúde pública tem no comando do Ministério da Saúde Carlos Albuquerque, um senhor que coloca suas convicções religiosas acima da lei, isto é, do direito ao aborto em caso de gravidez decorrente de estupro ou que coloque em risco a vida da gestante, garantido por lei há mais de 57 anos. [...]

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Texto V

9) Os fragmentos a seguir analisam a aprovação, pelo Congresso, de uma lei que obriga os hospitais do SUS a realizarem aborto em casos de estupro e gravidez de risco, como autoriza o Código Penal desde 1940. Leia-os com atenção e faça o que se pede:

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Fragmento 1: Toda confusão do aborto acontece porque, no centro da questão, estão as mulheres. Precisamos retomar neste país a discussão em torno dos direitos das mulheres. [...] Você não ouve críticas à lei penal, mas ouve críticas às mulheres. Que elas vão mentir no hospital para conseguir o aborto, ou que vão compensar uma violência com outra violência. Vamos parar e pensar no estupro, que, pelas nossas leis, é um crime hediondo. Sabe o que a hipocrisia social quer? Que a mulher sofra violência sexual e fique calada.

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(Jacira Melo – Via Internet)

Fragmento 4: A estuprada é vítima, mas pode ser que tenha sido conivente. O único inocente nessa história, que é o feto, é o que vai pagar pelo erro dos outros. (Bispo de Anápolis. Folha de S. Paulo, 22/8/97)

Indique a oposição que o fragmento 3 faz ao fragmento 2. 10) Subjacente à questão do aborto, encontra-se outra questão no fragmento 1. Qual? Justifique. 11) Os fragmentos 2 e 4 se colocam contrários ao aborto. Cite um argumento que cada um levanta nas suas falas. Justifique com passagens dos textos. 12) Determine o argumento analisado no fragmento 3.


LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

A proposta de redação do Enem exige que o candidato elabore um texto argumentativo acerca de um tema comum. O que se espera é, como em outras avaliações, que o candidato articule várias áreas do conhecimento e possa elaborar um texto que reflita a ideia de seu produtor com argumentos consistentes. Para isso, o Enem estabelece cinco competências que servirão de base para a análise do texto produzido, a saber:

dação e a utilização de seus conhecimentos de mundo para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Ou seja, é preciso que você elabore um texto que apresente, claramente, uma tese a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática levantada pela proposta de redação, mantendo-se nos limites do tema. Nesse aspecto, um tema constitui a essência das ideias sobre as quais a tese se organiza. Em âmbito mais abrangente, o assunto recebe uma delimitação através do tema. Ou seja, um assunto pode ser abordado por diferentes temas.

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4) O modelo Enem

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Competência 2 – “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo” O segundo aspecto a ser avaliado no seu texto é a compreensão da proposta de re-

Competência 3 – “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista” O terceiro aspecto a ser avaliado no seu texto é a forma como você selecionou, relacionou, organizou e interpretou informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. Ou seja, é preciso que você elabore um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática levantada pela proposta de redação. Além disso, é necessário que as ideias desenvolvidas no texto correspondam aos conhecimentos de mundo relacionados ao tema. Essa competência trata da inteligibilidade do seu texto, ou seja, de sua coerência, da possibilidade de ele ser entendido pelo leitor, correspondendo ao seu conhecimento do mundo. Está, pois, ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação. O leitor “processa” esse texto, e é levado a refletir a respeito das ideias nele apresentadas. Competência 4 – “Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação” Os aspectos a serem avaliados nesta competência dizem respeito à estruturação lógica

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Competência 1 – “Demonstrar domínio da norma-padrão da língua escrita” A primeira competência a ser avaliada no seu texto é o domínio do padrão escrito formal da língua. Por isso, para atender a essa exigência, você precisa ter consciência da distinção entre modalidade escrita e oral, bem como entre registro formal e informal. Outra diferença entre as duas modalidades diz respeito à constituição das frases. No registro oral informal, elas são muitas vezes fragmentadas, já que os interlocutores podem complementar as informações com o contexto em que o diálogo ocorre, mas, no registro escrito formal, as frases precisam ter as informações completas, porque o leitor não conta com os dados da situação. A entoação, recurso expressivo importante da oralidade, e as pausas, que conferem coerência ao texto, são muitas vezes marcadas, na escrita, por meio dos sinais de pontuação. Por isso, as regras de pontuação assumem também essa função lógica de organização do texto.


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

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ção. Além disso, é necessário que ela respeite os direitos humanos, ou seja, não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural. (Guia do Participante, INEP.)

Essa última competência merece maior atenção. Na grade de correção do ENEM, lê-se que a nota máxima (200 pontos) é dada a quem “elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto”. Portanto, as propostas devem ser concretas, específicas e consistentes, deixando claro como elas podem ser viabilizadas. Vejamos um exemplo para a proposta “Movimentos imigratórios para o Brasil no séc. XXI”: Portanto, para impedir a continuidade dessa situação, é imprescindível a intervenção governamental, por meio da fiscalização de empresas que apresentem imigrantes como funcionários, bem como a realização de denúncias de exploração por brasileiros ou por imigrantes. Ademais, é necessário fomentar o respeito e a assistência a eles, ideais que devem ser divulgados por campanhas e por propagandas do governo ou de ONG’s, além de garantir seu acesso à saúde e à educação, por meio de políticas públicas específicas a esse grupo. O candidato propõe uma intervenção governamental, a realização de denúncias, o fomento de respeito e assistência, além da garantia do acesso à saúde e à educação. Isso seria viabilizado por meio da fiscalização de empresas e divulgação de campanhas de políticas públicas específicas para tal questão por intermédio do governo e de ONG’s. Dessa forma, o candidato apresenta uma proposta concreta de intervenção além de demonstrar os caminhos para a concretização de tal proposta.

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e formal entre as partes do texto. Como todo texto é o resultado de um encadeamento de ideias, na hora de elaborar a sua redação é necessário que você tenha sempre presente que seu texto será o resultado da combinação de um conjunto de ideias associadas em torno de uma ideia a ser defendida: a tese. Cada parágrafo será composto de um ou mais períodos também articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores. Assim, na produção da sua redação, você deve utilizar inúmeros recursos linguísticos que garantam as relações de continuidade essenciais à elaboração de um texto coeso.

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Competência 5 – “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos” O quinto aspecto a ser avaliado no seu texto é a apresentação de uma proposta de intervenção para o problema abordado. Assim, a sua redação, além de apresentar sua tese sobre o tema, apoiado em argumentos consistentes, precisará oferecer uma proposta de intervenção na vida social. Essa proposta, ou seja, a solução para o problema, deve contemplar cada ponto abordado na argumentação. Assim, a proposta deve manter um vínculo direto com a tese desenvolvida no texto e manter coerência com os argumentos utilizados, já que expressa a sua visão, como autor, das possíveis soluções para a questão discutida. A proposta de intervenção precisa ser detalhada de modo a permitir ao leitor o julgamento sobre sua exequibilidade; deve conter, portanto, a exposição da proposta e o detalhamento dos meios para realizá-la. A sua proposta deve refletir seus conhecimentos de mundo, e sua coerência será um dos aspectos decisivos no processo de avalia-

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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético.

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APROFUNDANDO 13) (UFRJ)

(Xisto T. de Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil. Diário de Natal. 21/10/2000).

Submetidas aos constrangimentos da miséria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do trabalho, como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinquentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas.

(O Globo. Magazine, 11/05/2004.)

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A crueldade do trabalho infantil é um pecado social grave em nosso país. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos fundamentais que não lhes são reconhecidos: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante

( Joel B. Marin. O trabalho infantil na agricultura moderna. Disponível em: www.proec.ufg.br).

Art. 4º – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.)

Com base nas ideias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:

O trabalho infantil na realidade brasileira Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

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14) (ENEM)

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O cartum, adaptado de Jules Feiffer, traz o tema desta redação: “Que geração é essa que não lê e disto nem se envergonha?” Procure responder através de uma dissertação em até trinta linhas, dando sua opinião sobre o papel da leitura aqui e agora.


TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

Uns iguais aos outros

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os homens são todos iguais (...)

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Brancos, pretos e orientais Todos são filhos de Deus (...) Kaiowas contra xavantes Árabes, turcos e iraquianos São iguais os seres humanos São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros Americanos contra latinos Já nascem mortos os nordestinos Os retirantes e os jagunços O sertão é do tamanho do mundo Dessa vida nada se leva Nesse mundo se ajoelha e se reza Não importa que língua se fala Aquilo que une é o que separa Não julgue pra não ser julgado (...) Tanto faz a cor que se herda (...) Todos os homens são iguais São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros

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O cartum usa o recurso do humor para sugerir um anterior tipo de relação entre o homem e os meios de comunicação. Para você, os meios de comunicação devem sofrer alguma forma de controle, ou todo controle representa uma censura indevida? Defenda seu ponto de vista em uma dissertação, no registro padrão da língua, usando uma estrutura argumentativa completa, com o mínimo de 20 e o máximo de 30 linhas. Dê um título para seu texto. 16) (ENEM)

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Ninguém = Ninguém

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Há tantos quadros na parede há tantas formas de se ver o mesmo quadro há tanta gente pelas ruas há tantas ruas e nenhuma é igual a outra (ninguém = ninguém) me espanta que tanta gente sinta (descaradamente) a mesma mentira todos iguais, todos iguais mas uns mais iguais que os outros (...)

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(Engenheiros do Hawaii)

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(Titãs)

“A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras”. (UNESCO. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural).


Todos reconhecem a riqueza da diversidade no planeta. Mil aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas no mundo todo; nem todas, entretanto, conseguem conviver com as diferenças individuais e culturais. Nesse sentido, ser diferente já não parece tão encantador. Considerando os textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema: desafio de se conviver com as diferenças

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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

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17) (UFF)

(CAULOS pinturas, texto de Wilson Coutinho, 1998)

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Quando falamos, para além das palavras, o corpo emite sinais significativos na construção da mensagem. O receptor, ao “ler” estes sinais percebe o conteúdo, o assunto, a personalidade, o desejo, a sinceridade ou não do emissor. Redija um texto de caráter predominantemente dissertativo sobre o seguinte tema: as possibilidades de leitura das linguagens do corpo.


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RESUMINDO

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TEXTO ARGUMENTATIVO: COMO PRODUZI-LO DE FORMA EFICAZ?

• A dissertação é um gênero textual que se caracteriza pela defesa de uma ideia, de um ponto de vista, ou pelo questionamento acerca de um determinado assunto; • Para a fundamentação do ponto de vista, o texto dissertativo utiliza uma estrutura argumentativa, pois é a partir desses argumentos que se justificará a ideia central da dissertação; • Um texto dissertativo não se dirige a ninguém, por isso apresenta uma estrutura com um interlocutor universal;

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• Um parágrafo de introdução dissertativo deve anunciar o assunto que será desenvolvido ao longo do texto. Além disso, pode também lançar os tópicos frasais a serem desenvolvidos ao longo do texto;

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• Um parágrafo de conclusão ou resume as ideias apresentadas nos parágrafos anteriores através dos tópicos frasais desses parágrafos, ou apresenta uma solução para a problemática levantada pelo projeto de texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

Objetivos de aprendizagem:

• Compreender o conceito de Língua como instrumento de interação verbal; • Entender as diferenças intrínsecas às linguagens verbal e não verbal; • Apreender o conceito de signo linguístico;

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• Identificar as variabilidades linguísticas como falares distintos;

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• Compreender as funções da linguagem, o emprego de cada uma das funções, segundo o modelo proposto por Jakobson.


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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“Somos plurilíngues”

(ORLANDELI; RAMOS, P. Disponível em: http://www.revistadacultura.com.br.)

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Certa vez, o escritor e jornalista Millôr Fernandes disse: “Com o uso que a tevê faz da gramática, dentro em breve o português vai ser uma língua morta. Mas com excelente padrão de qualidade”. A ironia do escritor aponta para o caminho do desuso das regras gramaticais, da flexibilização da norma culta. Sabe aqueles “esses” que se perdem nas novelas? E a prosódia para lá de forçada das minisséries que se passam no nordeste? São variabilidades linguísticas. Somos plurilíngues. Socorro, Millôr Fernandes! Calma, é isso mesmo. Para cada contexto, usamos uma modalidade da língua, que, dinâmica como é, apresenta variantes, que podem ser regionais ou sociais entre outras. A língua é muito mais que um conjunto de regras ocultas em baú que estamos deixando de lado. É ela que nos identifica em um grupo social, é por meio dela que interagimos. Alguém vai dizer que falar “bolacha” está errado, e que o certo é “biscoito”? E os brotos que habitavam os sonhos dos jovens dos anos de 1960? Hoje não existem mais? A língua é viva. Não há certo ou errado aqui; há o que está adequado ao contexto em que se insere: um palestrante usando gírias em uma conferência internacional será tão inadequado quanto um pai usando um vocabulário erudito em casa brincando com os filhos menores. E como fica tudo isso estruturado em um texto? Como organizar o pensamento de modo argumentativo? Sabe a intenção de convencer alguém das nossas ideias? Então, vamos falar disto: a dissertação, adequação dos registros linguísticos, o uso das modalidades formal e informal, a seleção das palavras, conforme o gênero do texto. E tudo isso sem esquecer que é ela, a língua, que sustenta todo esse processo. Um filósofo russo um dia declarou que a língua é a ponte que une as pessoas. É isso. Fiquem agora com um textinho do escritor Ruy Castro, que ilustra bem essa história toda:

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PORTUGUÊS

O autoclismo da retrete

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RIO DE JANEIRO - Em 1973, fui trabalhar numa revista brasileira editada em Lisboa. Logo no primeiro dia, tive uma amostra das deliciosas diferenças que nos separavam, a nós e aos portugueses, em matéria de língua. Houve um problema no banheiro da redação e eu disse à secretária: “Isabel, por favor, chame o bombeiro para consertar a descarga da privada.” Isabel franziu a testa e só entendeu as quatro primeiras palavras. Pelo visto, eu estava lhe pedindo que chamasse a Banda do Corpo de Bombeiros para dar um concerto particular de marchas e dobrados na redação. Por sorte, um colega brasileiro, em Lisboa havia algum tempo e já escolado nos meandros da língua, traduziu o recado: “Isabel, chame o canalizador para reparar o autoclismo da retrete.” E só então o belo rosto de Isabel se iluminou. (Ruy Castro, “Folha de S.Paulo”.)

1) O conceito de língua, linguagem e signo linguístico

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Veja esta tira de Luis Fernando Verissimo:

(VERISSIMO, Luis Fernando. Aventuras da Família Brasil. Porto Alegre: L&PM, 1993.)

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A tira é construída em três cenas. Nelas se verifica uma situação de conversação entre os personagens envolvidos. A filha é quem representa papel de locutor, isto é, a pessoa que fala, na primeira cena. Os pais são os interlocutores, isto é, as pessoas com quem se fala. Essa tira retrata uma situação de comunicação, pois as pessoas interagem pela linguagem, de tal forma que modifica o comportamento do outro. Assim, o que uma pessoa transmite a outra na forma de linguagem chama-se mensagem. A comunicação ocorre quando, ao emitirmos uma mensagem, fazemo-nos compreender por outras pessoas. Em um ato de comunicação não estão em jogo somente palavras, mas também gestos

e movimentos. Quando empregamos esses elementos com a intenção de estabelecer uma comunicação, estamos usando diferentes linguagens. Essa linguagem, por conceito, é a representação do pensamento por meios de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Tais sinais que permitem o ato de comunicação são os chamados signos linguísticos. Segundo o escritor e linguista Umberto Eco, define-se como signo aquilo que “à base de uma convenção social previamente aceita, possa ser entendido como algo que está no lugar de outra coisa”. Por exemplo, quando se diz que alguém é uma raposa, por uma convenção, estabelece-se que se trata de alguém esperto, por uma analogia com o animal; o vocábulo “raposa” está em lugar de “esperto” no contexto. Os signos podem ser verbais (as palavras) ou não verbais (gestos, símbolos, cores, até o tom de voz). Repare que em um anúncio de sorvetes, por exemplo, há, normalmente, sol e uma luz alaranjada, signos que representam o calor. Da mesma maneira, propagandas que querem sugerir uma certa intelectualida3

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AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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Leia este anúncio da LPCE (Liga portuguesa contra epilepsia):

O ser humano utiliza diferentes tipos de linguagem, como a da música, da dança, da pintura, da fotografia. Essas várias linguagens se organizam em dois grupos: a linguagem verbal, que tem por unidade os signos verbais, as palavras; e as linguagens não verbais, que têm como unidade signos não verbais, como o gesto, a imagem, o movimento, como analisado anteriormente. Há, ainda, as linguagens mistas, como a das histórias em quadrinhos, o cinema, a televisão, que utilizam a palavra e a imagem. Numa situação de comunicação, se empregamos palavras, gestos, movimentos, estamos empregando um código. Código é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a transmissão da mensagem. Não só as palavras e gestos são códigos, mas também os sinais de trânsito, os símbolos, o código morse, as buzinas de automóveis. É importante notar que só haverá comunicação utilizando um código se os interlocutores tiverem essa convenção internalizada. Determinados gestos podem representar sentidos diferentes dependendo das comunidades em que se vive. Na nossa comunidade, usamos a língua portuguesa como principal código. Em cada sistema linguístico, há regras de diversas naturezas, sejam lexicais, sejam sintáticas. Quando escutamos palavras como “love” ou “sun”, percebemos que estamos diante do código empregado na língua inglesa, pois se trata de palavras do vocabulário desse idioma. Porém, dominar bem uma língua não significa apenas saber seu vocabulário; é preciso também ter domínio de suas leis combinatórias, de suas ordens internas, de sua sintaxe. Saber, por exemplo, que no código da língua inglesa o adjetivo vem sempre anteposto ao substantivo, enquanto que, na língua portuguesa, a anteposição do adjetivo pode, inclusive, alterar o sentido da palavra. Outro traço fundamental em jogo nesse sistema linguístico é o aspecto fonético. Quantas vezes ouvimos nas resenhas internacionais sobre jogos da seleção brasileira a pronúncia “errada” do meio-campo Falcão,

de costumam usar atores com óculos, signo de uma possível bagagem cultural. Tais signos, juntos, ajudam o interlocutor a perceber a intenção da mensagem que se quer passar. A partir desses conceitos, percebe-se que, na tira, houve uma falha na comunicação entre o pai e namorado da filha. O rapaz não entendeu a mensagem porque a palavra “Shakespeare” não representa um signo para ele, não lhe comunica nada: o nome do escritor inglês é interpretado como algo para beber.

(Disponível em: http://www.lpce.pt)

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A intenção do anunciante é divulgar a ideia do voluntariado para ajuda à associação. Os questionamentos dirigidos ao público (“Sente necessidade de ser útil? Necessidade de dar apoio e suporte?”) se juntam à conclusão simples, porém fundamental: “com pequenos gestos podemos melhorar a vida de outras pessoas... seja voluntário”. Repare que o anúncio mostra várias mãos juntas como num “cabo de guerra”. Tal procedimento dá ao público uma imagem de que a associação precisa de sua colaboração nesse “jogo”. Ora, essa imagem nos remete à ideia de que, quanto mais pessoas estiverem ajudando, a tarefa a ser cumprida será menos árdua. A imagem das mãos no “cabo de guerra” é, portanto, um sinal que ajuda a perceber a intenção da mensagem do anúncio. É um signo não verbal.

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enunciação. Diz ele: “A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua”.

2) Norma padrão, norma culta e variabilidades linguísticas Uma língua apresenta diferentes usos, seja por diferenças regionais, de idade ou ainda de grupos sociais distintos. São as variabilidades linguísticas. É importante notar que essas variabilidades não representam um acerto ou um erro. Assim, não há uma variedade certa ou errada, o que há é uma variedade adequada. Há uma diferença entre o que se convencionou chamar de “norma padrão” e “norma culta”. A primeira é o conjunto de regras impostas pela gramática normativa. Já a norma culta representa a ideia das práticas linguísticas e dos modelos de uso encontrados em textos formais, especialmente na modalidade escrita, definido por formadores de opinião, como escritores, acadêmicos, jornalistas renomados. As gírias, os jargões de grupos ou profissões, os desvios da coloquialidade fazem parte da chamada norma popular. Do falante de língua portuguesa espera-se que ele domine não somente a norma culta, mas também as nuances da norma popular para que, dependendo do contexto em que está inserido, faça uso de uma ou outra norma, adequando a variabilidade utilizada ao contexto discursivo. Em letras de música, é muito comum o eu lírico do texto usar uma linguagem com marcas de um registro popular, seja para adequar seu discurso ao contexto da música, seja para atingir o interlocutor de maneira direta. Veja este trecho da música “Berreco”, de Claudinho e Buchecha: “Berreco, abre o seu olho / para outro não tomar sua sopa / mantenha sua barba de molho, / sua mina anda quase sem roupa / e sai por aí dando bolada, / ela só quer zoar, ela nem quer saber”

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hoje técnico de futebol? Invariavelmente ouvíamos “Falcao”, sem o til. Essa nasalização, característica da língua, causa dificuldades em falantes não nativos. Da mesma maneira, nós, falantes de língua portuguesa, apresentamos grandes dificuldades para a realização de certos fonemas de outros códigos linguísticos, como a pronúncia do inglês “the” (com a língua projetada nos dentes, inclusive), ou ainda o “ich” alemão. Além disso, um conhecedor da língua é, presumivelmente, um conhecedor das nuances que regem essa língua. Um estrangeiro poderá ter dificuldades ao receber como resposta um “pois não”. Entrar na “lista negra” não significará uma cor dessa tal lista. Quando se fala em saber usar a língua, percebe-se que a intenção do falante é o que realmente importa, ele é o sujeito dessa ação e é fundamental dominá-la, até mesmo para jogar com suas possibilidades, com suas ambiguidades, seus duplos sentidos. Em outras palavras, em uma situação de conversação, será sempre o falante o sujeito da ação de escolher os enunciados que melhor se ajustem às suas intenções. Toma-se um exemplo recolhido da fala do professor Agostinho Dias Carneiro, em uma palestra para professores de Língua Portuguesa no Colégio Pedro II: A menina, adolescente, chega a casa altas horas da noite. O pai, sisudo, esperando por ela: – A senhora sabe que horas são? – O pneu do carro do Rodrigo furou. – Que isso nunca mais se repita. Repare que a menina não respondeu ao que o pai perguntou. Ela jogou com a língua da maneira mais conveniente para ela. E o pai, ao lançar a fala final, definitiva, sabe que, na maioria dos casos, aquilo se repete, sim. Um usuário da língua deverá entender a nuance que regeu esse diálogo, no qual não vale o que se está dizendo, mas o que está subentendido. Dessa forma, como afirma o linguista russo, Mikhail Bakhtin, a verdadeira substância da língua não está num sistema abstrato de formas linguísticas, mas no fenômeno social da interação verbal, realizado através da


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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A informação pode ser recuperada por um gesto, ou um movimento. Ou ainda, ao perguntar para alguém: “Quer?”. Ora, o que foi oferecido está à vista do interlocutor, não há a necessidade do complemento. São marcas da oralidade que a escrita não tem. Há registros que rompem totalmente o padrão culto da língua, como na foto a seguir, recolhida na internet:

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A música utiliza uma linguagem adequada ao universo do funk. A “suposta” traição da mulher é descrita como “dar uma bolada”, sinal de que outro está “tomando a sua sopa”. O vocabulário aqui empregado é perfeitamente adequado ao contexto sociolinguístico dos músicos. A norma culta, se empregada nessa música, seria totalmente inadequada. Repare neste outro trecho, da música “As Mariposa”, de Adoniran Barbosa: “As mariposa quando chega o frio fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá” Nessa música, existe uma valorização do espaço rural em relação ao espaço urbano, que pode ser determinante na variabilidade que se emprega. A ausência da concordância, além da grafia próxima à fala, é também uma valorização do discurso oral em relação ao discurso escrito. Não há que se pensar que a escrita tem mais valor que a oralidade. São modalidades distintas, com sintaxes próprias. Numa sala de aula, por exemplo, quando o professor chama a atenção para algo: “Olha só isso!”, não há a necessidade que se explicite o que é “isso”. Os alunos estão vendo.

(Disponível em: https://2.bp.blogspot.com/-P8AHuZw5vEI/ UBEDi6-Kj_I/AAAAAAAACZE/e7Pa2M3yhRw/s1600/000+(45). jpg. Acesso em outubro de 2016)

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Apesar de saudável, tapioca deve ser consumida com atenção

Desde que ganhou os quatro cantos do país, tapioca virou a queridinha de 10 entre 10 pessoas que buscam uma vida mais saudável. Mas, nutricionistas alertam para as calorias e o alto índice glicêmico

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A tapioca, uma comida típica das regiões Norte e Nordeste, assim que chegou aos outros cantos do Brasil já virou moda fitness. Porém, devemos ficar ligados, pois seu uso de forma aleatória pode gerar, em alguns casos, o efeito contrário de quem quer emagrecer. Para estar atualizado sobre esse alimento tão interessante, venha comigo até www.4newsmagazine.com.br. #TapiocaÉDeTodos #ModaFitness?

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3) O estrangeirismo

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Compreender que o Brasil é um país de proporções continentais e que a consequência disso é o fato de cada região ter sua própria variação linguística é uma competência muito cobrada pelo ENEM. Essa competência pode estar associada a uma outra, como ocorre na questão abaixo, que envolve variação regional e recurso expressivo da linguagem.

Outro fator que envolve o estudo da língua e da linguagem tem causado, ultimamente, uma enorme preocupação e tem sido motivo de fóruns de discussões: o uso de estrangeirismos na língua. Entende-se como estrangeirismo (de estrangeiro + -ismo) o emprego de termos estrangeiros ou locução estrangeirada na fala ou na escrita do português. Os estrangeirismos utilizados presentemente, tanto em Portugal como no Brasil, para já não falar nos outros países de língua oficial portuguesa, são muitos, alguns justificáveis, outros nem tanto. Exemplos: fax, site, on-line, software. Até que ponto tal fato representa um enriquecimento, ou, o contrário, uma desvalorização do idioma? Países como França e Espanha criaram leis que regulam o uso de palavras estrangeiras ao seu idioma em anúncios, lojas e restaurantes. No Brasil, existem movimentos que apontam para esse procedimento. De qualquer forma, a língua pode ser um instrumento de subserviência cultural, dependendo de como o falante nativo interage com essas possibilidades da utilização do sistema linguístico. Alguns estrangeirismos já são incorporados na língua, como shampoo [inglês] ou abajour [francês] e já estão “aportuguesados” para “xampu” e “abajur”. Outros são usados na sua formação original e ainda não sofreram esse processo, como “shopping” ou “release”. Contudo, há palavras, como “meeting” ou “paper”, que são totalmente dispensáveis, pois já existem correspondentes no português: [encontro]; [artigo]. Na verdade, indicam uma elitização da palavra, uma sofisticação que implica uma desvalorização do idioma materno e uma subserviência cultural que em nada contribui para a nossa formação.

Como o uso regional da língua pode cair no ENEM?

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Veja que o falante não inventa regras: se “cozer” forma “cozida”, “fazer” formar “fazida” não é algo tão absurdo assim, não é mesmo? De uma maneira ou de outra, ocorre a comunicação. O que importa é reconhecer a adequação ao contexto discurso em que se está inserido.

Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber: – Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional; – Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”; – Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borraxaria” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”; – Nenhum livro de Gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”. (PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S.Paulo, 8/04/2001.)

No texto acima, o autor: a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra deturpações de uso; b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da língua;

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(ENEM) Só falta o Senado aprovar o projeto de lei (sobre uso de termos estrangeiros no Brasil) para que palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas.


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem;

e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes.

2) (UFRJ) O texto a seguir é um trecho de uma entrevista do geógrafo Milton Santos: “Minha impressão é que a cultura popular já ganhou a parada... Há 30 ou 40 anos, quando a gente discutia sobre música popular brasileira, sobre os novos baianos velhos, sobre a questão da técnica, a bossa nova, dizia-se que a cultura de massa ia invadir e tomar conta de tudo. Agora, não apenas os baianos, mas outros, inclusive os “rapistas”, se impuseram, independente da cultura de massas, e estão tendo a revanche, num movimento de baixo para cima...”

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c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante brasileiro;

Gabarito: A

(SANTOS, Milton. Território e sociedade – entrevista. 2a ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.)

3) Nos quadrinhos a seguir, sucesso de Henfil nos anos 70, Graúna, ave da caatinga e eterna crítica do Sul maravilha, dialoga com o Bode Francisco Orelana:

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PRATICANDO

Nesse trecho da entrevista, Milton Santos faz uso de uma linguagem coloquial. Com base nos dois primeiros períodos do texto, retire dois exemplos que comprovem a afirmação. Justifique sua resposta.

(MEDDICK, Jim. Robô. Intercontinental Press, 1999.)

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O humor do cartum se baseia no emprego de uma variabilidade linguística. Com base nas falas da família que volta de viagem, determine se essa variabilidade apresenta valor positivo ou negativo. Justifique sua resposta com frases completas, utilizando exemplos do texto.

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(HENFIL. O Globo, maio de 2005.)

Através da televisão, Graúna aprende as “novidades” do Sul maravilha. Considerando a ironia presente nos quadrinhos, explique a crítica que se pode entender do texto.


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5) O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário – de disfarçar a potencial supressão de trecho do texto – reforça a eficácia pretendida, revelada na estratégia de: a) ressaltar a informação no título, em detrimento do restante do conteúdo associado; b) incluir o leitor por meio do uso da 1a pessoa do plural no discurso; c) contar a história da criação do órgão como argumento de autoridade; d) subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem; e) impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto.

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(Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed.2120, ano 42, no 27, 8 jul. 2009.)

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Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se que o objetivo do autor do texto é: a) informar os consumidores em geral sobre a atuação do Conar; b) conscientizar publicitários do compromisso ético ao elaborar suas peças publicitárias; c) alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia;

6) (ENEM)

O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar: a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico; b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade; c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina; d) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social; e) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador.

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Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu SÓ? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.

d) chamar a atenção de empresários e anunciantes em geral para suas responsabilidades ao contratarem publicitários sem ética; e) chamar a atenção de empresas para os efeitos nocivos que elas podem causar à sociedade, se compactuarem com propagandas enganosas.

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4) (ENEM)


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 [adaptado].)

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9) (ENEM)

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Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido: a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade; b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco; c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais); d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo; e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem. a) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”. b) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”. c) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”. d) “... e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”. e) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”.

7) (ENEM) Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

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8) (ENEM)

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(BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o horrível, v. 2. L&PM pocket, p.55-6 [com adaptações].)

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Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário: a) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua; b) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita; c) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção;


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Palavras jogadas fora

10) (ENEM)

A discussão empreendida sobre o (des) uso do verbo “pinchar” nos traz uma reflexão sobe a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que: a) as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o título; b) o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras; c) o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais. d) as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua; e) o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.

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d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita; e) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso.

(VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 [adaptado].)

4) Funções da linguagem Quando estabelecemos uma comunicação, reconhecemos os elementos básicos: o emissor, o receptor e a mensagem. Além desses elementos, temos o código pelo qual a mensagem é decodificada e o canal, que é o suporte físico que sustenta a comunicação. O ar, por exemplo, é o canal mais comum. O último elemento desse sistema de comunicação é o contexto ou referente. Quando se dá uma comunicação, damos ênfase a um desses elementos, o que determina uma função a essa linguagem. Segundo um modelo proposto pelo linguista Roman Jakobson, são seis as funções da linguagem. Veja só: A ênfase no fator: Emissor → Emotiva ou Expressiva Receptor → Apelativa ou Conativa Referente → Referencial Mensagem → Poética Código → Metalinguística Canal → Fática Em um ato de comunicação, podemos reconhecer quase sempre que há mais de uma função, embora uma delas prevaleça:

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Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à extinção? É louvável que nos preocupemos com a extinção das ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extremamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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Quando a intenção do produtor do texto é posicionar-se em relação ao que está abordando, é expressar seus sentimentos e emoções e o texto resultante é subjetivo, temos a função emotiva. Uma autobiografia, um diário são exemplos desses textos. Veja outros exemplos:

Como função emotiva pode cair no ENEM?

4.1) A função emotiva

Ainda que de gêneros diferentes, os dois textos – a tira de Quino e a música dos Tribalistas – apresentam uma linguagem centrada na 1a pessoa, dando ênfase à expressividade, à subjetividade do emissor.

(QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2002.)

Velha Infância

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Você é assim Um sonho pra mim E quando eu não te vejo

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Eu penso em você Desde o amanhecer Até quando eu me deito

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Eu gosto de você E gosto de ficar com você Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo é o meu amor [...]

(ANTUNES, A. / BROWN, C. / MORAES, D. / MONTE, M. / BABY, Pedro. CD Tribalistas. EMI. 2002.)

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As funções da linguagem estão presentes todos os anos nas prova do ENEM. O candidato precisa conhecer quais são as seis funções e saber qual é a função de cada uma. Na prova, é comum encontrarmos, principalmente as funções emotiva, como na questão abaixo, apelativa (ou conativa), metalinguística e poética.

(ENEM) Aula de português A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o Amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)

Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em: a) situações formais e informais; b) diferentes regiões do país; c) escolas literárias distintas; d) textos técnicos e poéticos; e) diferentes épocas.

Gabarito: A

“Embora distingamos seis aspectos básicos da linguagem, dificilmente lograríamos encontrar mensagens verbais que preenchessem uma única função. A diversidade reside não no monopólio de algumas dessas diversas funções, mas numa diferente ordem hierárquica de funções. A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante.” (Roman Jakobson)


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China quer investir na produção de soja no país

A China, maior importador mundial de soja, está promovendo uma ofensiva em várias frentes e em vários Estados no Brasil visando aumentar a sua presença na cadeia produtiva da cultura no país, informam Fabiano Maisonnave e Estelita Hass Carazzai. A estratégia será concretizada por meio de acordos de exportação com os agricultores, investimentos em indústrias e compra de (...)

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Quando a intenção do produtor da mensagem é influenciar, envolver, persuadir o destinatário; quando a mensagem se organiza em forma de ordem, chamamento, apelo ou súplica, temos a função conativa ou apelativa da linguagem. A linguagem publicitária utiliza essencialmente essa função da linguagem:

palavras empregadas em seu sentido denotativo. Portanto, essa é a função que predomina em textos técnicos, institucionais, jornalísticos – informativos por excelência. Veja um exemplo:

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4.2) A função apelativa

(Disponível em: www.folha.uol.com.br)

(In: www.mappcomunicacao.com.br. )

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Veja que o anúncio se constrói a partir de um apelo ao leitor para que experimente a tinta da HP. Repare, também, nos verbos no Imperativo [ouse, invente]. O foco da mensagem está centrado no receptor. O uso do imperativo é representativo dessa função da linguagem.

4.3) A Função referencial A função referencial centra-se na informação. Quando a intenção é transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma forma direta e objetiva, sem ambiguidades, com

Quando a intenção do produtor do texto está voltada para a própria mensagem, mas não com a informação somente, e sim com a construção dessa mensagem, com uma melhor arrumação das palavras, quer na escolha, quer na combinação delas, temos a função poética. Assim, a função poética abarca elementos fundamentais expressivos como a sonoridade, o ritmo, o belo e o inusitado das imagens, valores conotativos, figuras de palavras. Este belo poema de Manuel Bandeira dispensa comentários maiores. Apenas absorva a beleza de sua linguagem e de suas imagens poéticas:

Belo Belo I Belo belo belo, Tenho tudo quanto quero. Tenho o fogo de constelações extintas há milênios. E o risco brevíssimo – que foi? passou – de tantas estrelas cadentes. A aurora apaga-se, E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.

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4.4) A Função poética


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

As dádivas dos anjos são inaproveitáveis: Os anjos não compreendem os homens.

4.6) A função fática

A preocupação do emissor em manter o contato com o interlocutor, prolongando uma comunicação ou então testando o canal com frases do tipo “Veja bem...” ou “Olha...” ou “Entende?” caracteriza a função fática. Assim, o início, a retomada e o final de uma conversação centram-se numa função fática. Veja um trecho da canção “Sinal Fechado”, de Paulinho da Viola, que caracteriza essa função: — Olá, como vai? — Eu vou indo. E você, tudo bem? — Tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro e você? — Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo, quem sabe... — Quanto tempo. — Pois é. Quanto tempo. [...]

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Não quero amar, Não quero ser amado. Não quero combater, Não quero ser soldado.

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Belo belo belo, Tenho tudo quanto quero. Não quero o êxtase nem os tormentos. Não quero o que a terra só dá com trabalho.

Repare que nos dois exemplos temos uma metalinguagem. O cronista escreve um texto em que utiliza o código da língua portuguesa exatamente para falar da língua portuguesa; já o verbete do dicionário é o exemplo típico, uma vez que as palavras se organizam para explicar as próprias palavras.

O dia vem, e dia adentro Continuo a possuir o segredo grande da noite.

— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.

(Manuel Bandeira)

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A linguagem publicitária frequentemente utiliza a função poética em seus anúncios. Repare a imagem poética gerada pela palavra “princípio” em uma campanha veiculada na década de 90: Ética: uma questão de princípio.

4.5) A função metalinguística

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Quando a preocupação do emissor está voltada para o próprio código utilizado, ou seja, o código é o tema da mensagem ou é utilizado para explicar o próprio código, temos a função metalinguística. Veja os exemplos: “Gosto da palavra fornida. É uma palavra que diz tudo o que quer dizer. Se você lê que uma mulher é bem fornida, sabe exatamente como ela é. Não gorda, mas cheia, roliça, carnuda. E quente. Talvez seja a semelhança com forno. Talvez seja apenas o tipo de mente que eu tenho.” [Luis Fernando Verissimo]

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Glossário: • Fornido: Abastecido, provido, robusto, carnudo, nutrido, alentado. (HOLLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio Eletrônico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.)

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PRATICANDO 11) Leia o texto e responda:

Poema brasileiro No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes


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tidão de excluídos, desempregados ou biscateiros da periferia das grandes cidades, que são, de uma forma ou de outra, gente também ligada à questão da terra – porque perdeu a propriedade, porque não choveu, porque o pai vendeu a fazenda, porque ela foi inundada por uma represa.

antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade

(“Sangue em Eldorado”. Veja. SP, 24/04/96.)

(GULLAR, Ferreira. Toda Poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1980.)

Um dos aspectos do problema tematizado em “Terra em chamas” está discutido no seguinte trecho: “O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à-toa esconde-se outro problema agrário brasileiro.”

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Terra em chamas

Vocabulário: conflagrado (linha 2) - em agitação, em convulsão.

O texto utiliza, além da poética, duas outras funções de linguagem em sua estrutura. Diga quais são elas e justifique sua resposta. 12) (UFRJ)

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de completar 8 anos de idade

Aponte a diferença de sentido entre “terra ociosa” e “terra à toa”, no trecho destacado. 13) O emprego da expressão “terra à toa”, em confronto com a expressão “terra ociosa”, manifesta a função emotiva (ou expressiva) da linguagem. Explique por quê. POR0006

14) (UFRJ)

A certa personagem desvanecida Soneto Um soneto começo em vosso garbo: Contemos essa regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo.

Na quinta torce agora a porca o rabo; A sexta vá também desta maneira: Na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi? Direi que vós, Senhor, a mim me honrais Gabando-vos a vós, e eu fico um rei.

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Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas apenas 14% dessa terra, igual à Alemanha, tem algum tipo de plantação. Outros 48%, área quase igual à do México, destinam-se à criação de gado. O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à toa esconde-se outro problema agrário brasileiro. Quase metade da terra cultivável está nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertence a 3,1 milhões de produtores rurais. É como se a população da cidade de Resende, no interior do Estado do Rio de Janeiro, fosse dona de três Franças, enquanto a população da Nova Zelândia tivesse apenas um Estado de Santa Catarina. ................................................................................. [...] Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os conflitos, que nos últimos quinze anos, só em chacinas, fizeram 115 mortos. Daí surge a massa de sem-terra, formada tanto por quem perdeu seu pedaço para plantar como pela mul-


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

Qual a função da linguagem que, ao lado da função poética, sobressai no soneto? 15) O soneto de Gregório de Matos emprega níveis de linguagem contrastantes. Transcreva uma expressão da segunda estrofe e outra da terceira que comprovem essa afirmativa.

(BASTOS, Cristóvão / BLANC, Aldir. CD 50 Anos. Alma Produções Ltda., 1996.)

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16) O texto a seguir faz parte de uma campanha publicitária do banco HSBC:

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(MATTOS, Gregório de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1989.)

e gane que nem cachorro correndo atrás do momento que foi vivido. Venha de onde vier ninguém lembra porque quer. Eu beijo na boca de hoje as lágrimas de outra mulher. 50 anos são Bodas de Sangue: casei com a inconstância e o prazer. Perdoo a todos, não peço desculpas — foi isso que eu quis viver. Acolho o futuro de braços abertos, citando Cartola: eu fiz o que pude. Aos 50 anos, insisto na juventude.

Nesta vida um soneto já ditei; Se desta agora escapo, nunca mais Louvado seja Deus, que o acabei.

Além da função poética, verifica-se outra função de linguagem no texto. Diga qual é ela e Justifique sua resposta com trechos da letra.

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18) (ENEM)

(Disponível em: www.clickmarket.com.br)

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A função apelativa desta propaganda se vale de recursos não verbais para persuadir seu público alvo. Explique como se dá tal processo. 17)

50 Anos

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Eu vim aqui prestar contas de poucos acertos, de erros sem fim. Eu tropecei tanto às tontas que acabei chegando no fundo de mim. O filme da vida não quer despedida e me indica: acha a saída e pede socorro onde a lua encanta o alto do morro

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(XAVIER, C. Disponível em: www.releituras.com. Acesso em: 24 abr. 2010)


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d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais; e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 20) (ENEM)

Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer comunicação determinam, em uma situação de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função de linguagem. Nesse texto, predomina a função que se caracteriza por: a) tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se tomarem certas medidas para a elaboração de um livro; b) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para sua obra seus sonhos e histórias; c) apontar para o estabelecimento de interlocução de modo superficial e automático, entre o leitor e o livro; d) fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios que estruturam a forma e o conteúdo de um livro; e) retratar as etapas do processo de produção de um livro, as quais antecedem o contato entre leitor e obra.

(Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 [adaptado].)

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O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor: a) a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio; b) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror; c) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente; d) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular; e) a percepção do sentido literal da expressão “noites do terror”, equivalente à expressão “noites de terror”.

19) (ENEM)

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Desabafo

Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. (CARNEIRO, J.E. Veja, 11 set. 2002 [fragmento])

APROFUNDANDO 21) (UERJ)

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Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função de linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois: a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código; b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito; c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem;


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)

No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho: a) “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2). b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6). c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14). d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15). e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).

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No cartum, há uma alusão aos “rolezinhos”, manifestações em que jovens, em geral oriundos de periferias, formam grandes grupos para circular dentro de shoppings. Com base no diálogo entre os guardas e nos elementos visuais que compõem o cartum, é possível inferir uma crítica do cartunista baseada no seguinte fato: a) os jovens se descontrolam em grupos muito numerosos; b) os guardas pertencem à mesma classe social dos jovens; c) os guardas hesitam no cumprimento de medida repressiva; d) os jovens ameaçam as atividades comerciais dos shoppings.

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22) Por meio de aspectos gráficos, o cartum sugere o caráter generalizante que pode ter um preconceito. Um aspecto que aponta para essa generalização é: a) o traçado plano do cenário principal; b) a forma difusa das pessoas ao fundo; c) o destaque dado ao letreiro do shopping; d) a nitidez da representação dos dois guardas. 23) (ENEM)

Aula de português

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A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora,

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24) (ENEM) No romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (...) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2003.)

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho: a) “Não se conformou: devia haver engano” b) “e Fabiano perdeu os estribos” c) “Passar a vida inteira assim no toco” d) “entregando o que era dele de mão beijada!” e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou”


PORTUGUÊS

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O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda: a) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador; b) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões; c) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”; d) usar corretamente a expressão “indicador de desemprego”, mesmo sendo criança; e) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patrões.

25) (ENEM) Os signos visuais, como meios de comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade. Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um signo da categoria dos indícios.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro)

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26) (ENEM)

(QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Agir, 1994.)

A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente: a) pelo alcance de cada cultura; b) pela capacidade visual do observador; c) pelo senso de humor de cada um; d) pela idade do observador; e) pela altura do ponto de observação. 28) (ENEM) Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se

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27) (ENEM)


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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d) acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa do português europeu; e) defende que a quantidade de falantes português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador.

29) (ENEM)

Pequeno concerto que virou canção

Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu coração Não, nem há por que seguir cantando só para explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor

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tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar do verbo “haver”, como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”. No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparecem centenas desses usos. Se nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque recebemos esses usos de nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora. Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português que em toda a Europa! (Entrevista com Marcos Bagno . Informativo Parábola Editorial, s/d.)

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Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma de padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele: a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão; b) apresenta argumentos carentes de comprovação científica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na materialidade do texto; c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados;

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(VANDRE. G. Disponível em: http://www.letras. erra.com.br. Acesso em: 29 jun. 2011.)

Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor: a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos; b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção; c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento; d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção; e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada.


PORTUGUÊS

É água que não acaba mais

Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Essa quantidade de água será suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasa, Argentina, Paraguai e Uruguai.

escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Dai vem o entendimento de que a escrita e mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão e que nem sempre nos damos conta disso.

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30) (ENEM)

(S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, no 231, abr. 2010 [fragmento adaptado])

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O assunto tratado no fragmento e relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso: a) regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil; b) literário, pela conformidade com as normas da gramática; c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos; s) coloquial, por meio do registro de informalidade; e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.

(Época. Nº623. 26 abr. 2010.)

32) (ENEM)

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Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa cientifica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza: a) as suas opiniões, baseadas em fatos; b) os aspectos objetivos e precisos; c) os elementos de persuasão do leitor; d) os elementos estéticos na construção do texto; e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.

S.O.S. Português

Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e

(Disponível em: http://www.ccsp.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 [Adaptado].)

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31) (ENEM)


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

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Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmicas. No texto, a autora: a) a ressalta a importância dos professores incentivarem os jovens às práticas de leitura; b) critica pesquisas tradicionais que atribuem a fata de leitura à precariedade de bibliotecas; c) rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à crise de leitura; d) questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de pesquisas acadêmicas; e) atribui a crise de leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por livros de qualidade.

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O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com vistas a: a) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças estéticas; b) enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal postura; c) criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população, propondo a redução desse consumo; d)associar o vocábulo “açúcar” à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante; e) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo humano que não desenvolve atividades físicas, incentivando a prática esportiva.

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33) (ENEM)

Censura moralista

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Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacionais têm tomado a peito investir em livros e em leitura. (LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2003 [fragmento].)

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34) (ENEM) Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. (POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber: a) descartar as marcas de informalidade do texto; b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla; c) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico;


PORTUGUÊS

(CUNHA, M .F. A. (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998.)

35) Eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né… que… minha mãe morava no Piauí com toda a família… né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco… no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o…escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… minha família veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar

na rua do meu pai… né…e começaram a se conhecer…namoraram onze anos …né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de casados.

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d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto; e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

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Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um: a) índice de baixa escolaridade do falante; b) estratégia típica da manutenção da interação oral; c) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala; d) manifestação característica da fala nordestina; e) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.

DESAFIANDO 36) (ENEM)

Exmº Sr. Governador:

Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928. […]

(Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929. GRACILlANO RAMOS RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962.)

O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista para esse gênero, pois o autor:

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ADMINISTRAÇÃO Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame. proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela – um telegrama.


AS VÁRIAS LINGUAGENS: COMO ENTENDÊ-LAS?

RESUMINDO

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a) emprega sinais de pontuação em excesso; b) recorre a termos e expressões em desuso no português; c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o destinatário; d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especializado; e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional.

• Linguagem, por conceito, é a representação do pensamento por meios de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas; • Segundo o escritor e linguista Umberto Eco, define-se como signo aquilo que “à base de

uma convenção social previamente aceita, possa ser entendido como algo que está no lugar de outra coisa”;

• Os signos podem ser verbais (as palavras) ou não verbais (gestos, símbolos, cores, até o

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tom de voz);

• Uma língua apresenta diferentes usos, seja por diferenças regionais, de idade ou ainda de grupos sociais distintos. São as variabilidades linguísticas; • Há uma diferença entre “norma padrão” e “norma culta”. A primeira é o conjunto de regras impostas pela gramática normativa. Já a norma culta representa a ideia das práticas linguísticas e dos modelos de uso encontrados em textos formais, escritos por formadores de opinião, como escritores, acadêmicos, jornalistas renomados;

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• Quando se dá uma comunicação, dá-se ênfase a um dos elementos da comunicação (emissor, receptor, mensagem, canal e código), o que determina uma função a essa linguagem. Segundo um modelo proposto pelo linguista Roman Jakobson, são seis as funções da linguagem: emotiva, apelativa, referencial, poética, fática e metalinguística.

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LITERATURA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

Objetivos de aprendizagem: • Identificar as características do texto literário;

• Distinguir a verossimilhança interna e a verossimilhança externa; • Diferenciar os tipos de herói;

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• Conhecer conceitos de catarse e de epifania na Literatura;

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• Perceber traços próprios na estrutura da linguagem poética.

(Disponível em: https://goo.gl/PsLQcG. Acesso em: julho de 2016)


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A literatura nos abre horizontes

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A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

(Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/fotos/charges-do-alpino. Acesso em: julho de 2016)

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O ser humano nasceu para sonhar. Não importa a idade, o sexo, a classe social ou a religião. Todos nós temos sonhos e são eles que nos impulsionam e que dão razão ao nosso cotidiano, não é mesmo? Ao começar a tomar consciência de seu papel no mundo, certamente você criou – e cria – seus sonhos, seus projetos, suas utopias, seus anseios. E como isso é bom! Sem eles, a vida não teria sentido. Mas... você pode achar que o texto literário é difícil, que não consegue entender o que o poeta “quis dizer”... Essa não deve ser a sua preocupação. Mergulhe no mundo das palavras e deixe a sua emoção falar! Há poesia em tudo na vida. Além disso, a literatura nos abre horizontes. A partir da obra literária, questionamos o mundo que nos circunda – como fez a menininha da charge acima. E isso nos permite crescer como indivíduos e como cidadãos. Ao ler e analisar os textos deste caderno, você perceberá que sonhos alimentam as palavras, que poetas e escritores se apropriam das ideias e dos acontecimentos e, com emoção e sensibilidade, ultrapassam a simples existência e perpetuam com as palavras a vida. Essa inquietação é que deve levar-nos à eterna busca de respostas para as grandes indagações sobre o existir. A poesia, os contos, os romances, a literatura, enfim, apresentam uma linguagem para a sensibilidade, sobretudo. Suas palavras procuram denunciar o caos, as desigualdades, as assimetrias humanas, mas também falam sobre plenitudes, inseguranças, buscas e anseios, ou simplesmente cantam o amor. Como o menino que carregava água na peneira do poema a seguir, vamos entrar agora no mundo das palavras, da poesia e da literatura. Leia o texto com atenção.

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LITERATURA

1.1) Conceitos e contextos

Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.

A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta! Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens, e algumas pessoas vão te amar por seus [despropósitos!

O menino que carregava água na peneira

O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor. A mãe reparava o menino com ternura.

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1) Estudo do texto literário: natureza, conceitos e contextos. Funções da literatura

Para analisar o conceito de Literatura, vamos ler o seguinte texto:

Ambiguidades, simbolismos, metáforas, obscuridades, enigmas, alegorias

A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água. O mesmo que criar peixes no bolso.

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O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio, do que do cheio. Falava que vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito, porque gostava de carregar água na peneira.

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Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira.

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No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de modificar a tarde botando uma [chuva nela.

A pessoa quando lê um livro pode ter várias reações. Pode cochilar (há quem leia, apenas na cama, duas ou três páginas, para ter sono e dormir), pode se divertir, aprender, criar, sonhar. Mas pode também ter reações como se emocionar sem saber bem o porquê; ou ficar perplexa, na dúvida se é cinza ou é preto; ou não entender, mas sentir, com admiração, que há algo sendo dito. Ou coçar a cabeça e perguntar-se espantada, “que diabo é isto?”. Toda literatura tem sua dosagem de ambiguidades, enigmas, simbolismos, metáforas, obscuridades, alegorias, mas é rara a peça literária em que todos esses elementos se apresentam simultaneamente.(...) Então o texto literário pode ser enigmático? Pode, desde que não seja um criptograma maçante. A poesia pode ter uma imponderabilidade desconcertante, mas ao mesmo tempo atraente. O poeta Wallace Stevens, ao examinar os principais critérios referente à criação poética, disse que ela deve ser abstrata, além, é claro, de dar prazer. (...) Poesia não precisa ser entendida (“no meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho”), basta deixar o leitor perturbado e/ou emocionado. Ela não é bula de remédio ou vade-mécum. Literatura de ficção pode e deve ter suas ambiguidades, possuir vários significados, ser analisada de várias maneiras. Exemplo 3

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A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

(Manoel de Barros)


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

LI SE

Dê uma olhada mais atenta no romance, no conto ou no poema que está lendo. (Rubem Fonseca – Disponível em: www.portalliteral.com.br)

Muito se tem discutido sobre a função e a estrutura do texto literário, ou ainda sobre a dificuldade de se entenderem os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. Mas é exatamente aí que reside o seu encanto: no trabalho com a palavra, com seu aspecto conotativo, com seus enigmas. Sem dúvida, a literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análise de mundo e de compreensão do homem. Sófocles, Camões, Shakespeare, Rousseau, Dostoievski, Machado de Assis, Eça de Queiroz, Kafka, Clarice Lispector... Todos preocupados com o grande mistério: entender a alma humana. Assim como eu e como você! Cada época conceituou a literatura e suas funções de acordo com a realidade e com o contexto histórico e cultural daquele momento. Veja os principais conceitos de literatura: I) “Arte é imitação (mimesis em grego)”. “O imitar é congênito no homem (e nisso difere dos outros viventes, pois, de todos, é ele o mais imitador e, por imitação, apreende as primeiras lições), e os homens se comprazem no imitado”. (Aristóteles) II) “Uma coisa é escrever como poeta, outra coisa como historiador: o poeta pode contar ou cantar coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja”. (Miguel de Cervantes) III) “Literatura é arte e só pode ser encarada como arte. É a arte pela arte.” (Leconte de Lisle) IV) “Literatura é a linguagem carregada de significado. Grande literatura é a linguagem carregada de significado até o máximo grau possível.” (Ezra Pound)

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de ambiguidade: Dom Casmurro, de Machado de Assis. Até hoje os estudiosos discutem, exaustivamente: a) Se a esposa de Bentinho, Capitu, era amante de Escobar; b) Se Bentinho era homossexual e estaria apaixonado por Escobar desde o tempo em que estudaram juntos no seminário; c) Se Ezequiel, o filho de Bentinho com Capitu, era, na verdade, filho de Escobar. Essa ambiguidade nunca fez mal ao livro, ao contrário. Mas a ambiguidade dos ficcionistas nada tem a ver com aquela dos chamados “profetas”. Eles sabem que têm que ser ambíguos e obscuros para poder acertar sempre. Nostradamus, um dos mais renomados profetas da História, é reverenciado até hoje pelos ingênuos (nasce um otário a cada minuto, como disse o empresário circense Barnum), exatamente porque suas previsões sobre a morte de papas, catástrofes naturais etc., escritas em estrofes de quatro versos, podiam ser interpretadas de inúmeras maneiras. Sua astuta obscuridade facilitava sua adaptabilidade aos novos fatos. (...) Em matéria de polissemia textual, nenhum livro ganha de Ensaios sobre o silêncio, de Elbert Hubbard, talvez o primeiro a publicar um livro apenas de páginas em branco, sendo fiel a um dos seus inúmeros ditados: “Para evitar a crítica, não faça nada, não diga nada, não seja nada”. Existem muitos outros livros de páginas em branco, os mais conhecidos são Memórias de um amnésico e O livro do nada não confundir com The Book of Nothing: A Natural History of Zero, do matemático John D. Barrow, definido por um crítico como “um livro essencial que mostra como nada pode ser alguma coisa, ao contrário da terrível ideia de que nada pode ser qualquer coisa”. Não faltam ambiguidades e enigmas na ficção e na poesia. Aliás, todo texto literário (mesmo o de caráter religioso, como a Bíblia) é, de certa maneira, uma charada a ser resolvida.

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LITERATURA

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(SILVA, Vítor M. de A. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina, 1982.)

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1.2) Características do texto literário

A importância da verossimilhança nas narrativas surgiu como preocupação e objeto de estudo desde Aristóteles. De forma geral, o conceito de verossimilhança está relacionado à verdade, ao que se apresenta – ou tem aparência − de verdadeiro. Esse estudo é fundamental para a literatura. Veja os conceitos e definições abaixo: (...) o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim, o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade.

V) “A arte, e portanto a literatura, é uma transposição do real para o ilusório por meio de uma estilização formal da linguagem , que propõe um tipo arbitrário de ordem para as coisas, os seres, os sentimentos.” (Antonio Candido) VI) “A literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros e com os quais ela toma corpo e nova realidade.” (Afrânio Coutinho)

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1.3) Verossimilhança interna e externa

(Ilustrações e texto de Will Eisner para o livro Narrativas gráficas)

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Tanto na representação dos caracteres como no entrecho das ações, importa procurar sempre a verossimilhança e a necessidade; por isso, as palavras e os atos de uma personagem de certo caráter devem justificar-se por sua verossimilhança e necessidade. (ARISTÓTELES; Arte Poética)

Verossímil. 1. Semelhante à verdade; que parece verdadeiro. 2. Que não repugna à verdade, provável. (FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.)

A literatura, como toda obra de arte, não é verdadeira, não é real, mas apresenta uma equivalência de realidade, de verdade, a verossimilhança. É possível distinguir dois tipos de verossimilhança: a) Interna: percebida pela própria estrutura da obra, pela coerência dos elementos que a estruturam; b) Externa: percebida no mundo real, confere ao mundo imaginário a percepção de realidade. Textos como Dom Casmurro ou Robinson Crusoé representam a verossimilhança externa – há uma ausência total do elemento fantástico. Trata-se de personagens inspiradas em homens comuns, com vidas comuns e diante de situações relativamente comuns: a possibilidade da traição e a busca de sobrevivência após um naufrágio. As soluções desses textos são perfeitamente aceitáveis no mundo real. Em A Metamorfose, de Kafka, o protagonista Gregor Samsa, ao despertar, percebe

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• Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vários significados. Valoriza-se a linguagem conotativa. • Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o, recriando-o. • Aspecto subjetivo: o texto apresenta, normalmente, o olhar pessoal do artista, suas experiências e emoções. • Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário manipula a palavra, revestindo-a de caráter artístico.


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

LI SE

Esse fragmento poético ilustra o seguinte tema constante entre autores modernistas: a) A nostalgia do passado colonialista revisitado. b) A preocupação com o engajamento político e social da literatura. c) O trabalho quase artesanal com as palavras, despertando sentidos novos.

d) A produção de sentidos herméticos na busca da perfeição poética.

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e) A contemplação da natureza brasileira na perspectiva ufanista da pátria.

Como características do texto literário pode cair no ENEM?

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No texto de Drummond, o sujeito lírico mostra-se voltado para o trabalho com a palavra literária e suas possibilidades polissêmicas. A preocupação com a palavra e seu caráter multissignificativo é assunto constante no ENEM.

(ENEM) No poema Procura da poesia, Carlos Drummond de Andrade expressa a concepção estética de se fazer com palavras o que o escultor Michelangelo fazia com mármore. O fragmento abaixo exemplifica essa afirmação.

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Penetra surdamente no reino das [palavras. Lá estão os poemas que esperam ser [escritos. (...) Chega mais perto e contempla as [palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: trouxeste a chave?

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(ANDRADE, Carlos Drummond. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1997)

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Gabarito: C

que havia se tornado um inseto repugnante. O inexplicável só é acentuado pelo absurdo de que, mesmo metamorfoseado num bicho, tudo que o personagem mais deseja é se levantar e ir trabalhar. De forma intensa e abrupta, o elemento fantástico se apodera da narrativa; o fantástico assume sua posição. Mas a narrativa apresenta uma ambiência que nos permite aceitá-la, o que caracteriza a verossimilhança interna. Ela mostra que uma obra literária – seja um romance, um conto, um drama ou uma obra de ficção científica – é possível de ter acontecido dentro do universo narrado.

PRATICANDO

(UERJ) Texto para as próximas questões.

Gaveta dos guardados

A memória é a gaveta dos guardados. Nós somos o que somos, não o que virtualmente seríamos capazes de ser. Minha bagagem são os meus sonhos. Fui o poeta das ruas, das vielas silenciosas do Rio, antes que se tornasse uma cidade assolada pela violência. Sempre fui ligado à terra, ao meu pátio. No Rio Grande do Sul estou no colo da mãe. Creio que minha fase atual, neste momento, em 1993, reflete a eterna solidão do homem. A obra só se completa e vive quando expressa. Nos meus quadros, o ontem se faz presente no agora. Lanço-me na pintura e na vida por inteiro, como um mergulhador na água. A arte é também história. E expressa a nossa humanidade. A arte é intemporal, embora guarde a fisionomia de cada época. Conheci em Paris um escultor brasileiro, bolsista, que não frequentava museus para não perder a personalidade, esquecendo que só se perde o que se tem. (...)


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a) “A obra só se completa e vive quando expressa.” b) “Nos meus quadros, o ontem se faz presente no agora.” c) “Lanço-me na pintura e na vida por inteiro.” d) “A percepção do real tem a concreteza, a realidade física.” 2) Escrever pode ser, ou é, a necessidade de tocar a realidade que é a única segurança de nosso estar no mundo – o existir. É difícil, se não impossível, precisar quando as coisas começam dentro de nós. Esse parágrafo relaciona-se com o parágrafo anterior pela associação de: a) registro e dor; b) texto e verdade; c) escrita e passado; d) literatura e solidão.

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(Folha de S.Paulo, 09/05/1998. Contido em: CAMARGO, Iberê. In: NESTROVSKI, Arthur [Org.]. Figuras do Brasil: 80 autores em 80 anos de Folha. São Paulo: Publifolha, 2001.)

Glossário:

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• Inaferrável: Pode ser entendido como “inalcançável”.

1) A memória é a gaveta dos guardados. A frase expressa a importância das experiências individuais na criação artística. A passagem do texto em que mais facilmente se percebe o vínculo entre memória e obra de arte é:

3) (ENEM) Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor. Lembro-me de que certa noite, eu teria uns quatorze anos, quando muito, encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam carneado.. (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (...) Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do

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A memória é a gaveta dos guardados, repito para sublinhar. O clima dos meus quadros vem da solidão da campanha, do campo, onde fui guri e adolescente. Na velhice perde-se a nitidez da visão e se aguça a do espírito. A memória pertence ao passado. É um registro. Sempre que a evocamos, se faz presente, mas permanece intocável, como um sonho. A percepção do real tem a concreteza, a realidade física, tangível. Mas como os instantes se sucedem feito os tique-taques do relógio, eles vão se transformando em passado, em memória, e isso é tão inaferrável* como um instante nos confins do tempo. Escrever pode ser, ou é, a necessidade de tocar a realidade que é a única segurança de nosso estar no mundo – o existir. É difícil, se não impossível, precisar quando as coisas começam dentro de nós. (...) A vida dói... Para mim o tempo de fazer perguntas passou. Penso numa grande tela que se abre, que se me oferece intocada, virgem. A matéria também sonha. Procuro a alma das coisas. Nos meus quadros o ontem se faz presente no agora. A criação é um desdobramento contínuo, em uníssono com a vida. O autorretrato do pintor é pergunta que ele faz a si mesmo, e a resposta também é interrogação. A verdade da obra de arte é a expressão que ela nos transmite. Nada mais do que isso!


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

Escusando-me1 por repetir truísmo2 tão martelado, mas movido pelo conhecimento de que os truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das pessoas não sabe ler e é no fundo muito ignorante, rol no qual incluo arbitrariamente você, repito o que tantos já dizem e vivem repetindo, como quem usa chupetas: a realidade é, sim, muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção, pois esta requer uma certa arrumação falaciosa3, a que a maioria dá o nome de verossimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se ficção para fortalecer a noção estúpida de que há sentido, lógica, causa e efeito lineares e outros adereços que integrariam a vida. Lê-se ficção, ou mesmo livros de historiadores ou jornalistas, por insegurança, porque o absurdo da vida é insuportável para a vastidão dos desvalidos que povoa a Terra.

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Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma das funções do escritor e, por extensão, da literatura: a) criar a fantasia; b) permitir o sonho; c) denunciar o real; d) criar o belo; e) fugir da náusea.

Porque a realidade é inverossímil

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(VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.)

(UERJ) Texto para as três próximas questões.

horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

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4) (ENEM) Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. “Textos guardados acabam cheirando mal”, disse Silvia Plath, (...) que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? guardar ou jogar fora? (SCLIAR, Moacyr. O escritor e seus desafios.)

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Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase: a) “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.” b) “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.” c) “O período de maturação na gaveta é necessário, (...).” d) “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma.” e) “ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho.”

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(João Ubaldo Ribeiro. Diário do Farol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.) Glossário: 1) escusando-me: desculpando-me; 2) truísmo: verdade trivial, lugar comum; 3) falaciosa: enganosa, ilusória.

5) O título do texto soa contraditório, se a verossimilhança for tomada como uma semelhança com o mundo real, com aquilo que se conhece e se compreende. Essa contradição se desfaz porque, na interpretação do autor, a ficção organiza elementos da vida, enquanto a realidade é considerada como: a) linear; b) absurda; c) estúpida; d) falaciosa. 6) Para justificar a repetição de algo já conhecido, o autor se baseia na relação que mantém com os leitores. Com base no texto, é


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7) “os truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das pessoas não sabe ler” O narrador justifica a necessidade de truísmos pela dificuldade de leitura da maior parte das pessoas. Encontra-se implícita no argumento a noção de que o leitor iniciante lê melhor se: a) estuda autores clássicos; b) conhece técnicas literárias; c) identifica ideias conhecidas; d) procura textos recomendados.

A proposta de um projeto como o “Pão e Poesia” objetiva inovar em sua área de atuação, pois: a) privilegia novos escritores em detrimento daqueles já consagrados; b) resgata poetas que haviam perdido espaços de publicação impressa; c) prescinde de critérios de seleção em prol da popularização da literatura; d) propõe acesso à literatura a públicos diversos; e) alavanca projetos de premiações antes esquecidos.

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possível perceber que essa relação se caracteriza genericamente pela: a) insegurança do autor; b) imparcialidade do autor; c) intolerância dos leitores; d) inferioridade dos leitores.

8) (ENEM)

2) Aspectos do texto ficcional

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Poesia quentinha

Projeto literário publica poemas em sacos de pão na capital mineira

(Língua Portuguesa, no 71, set. 2011.)

2.1) Tipos de herói Na literatura, nas histórias em quadrinhos, no teatro, no cinema, na televisão, o texto ficcional apresenta uma galeria de protagonistas que marcaram as nossas memórias, como o inseguro Bento Santiago, o fidalgo Dom Quixote, o angustiado Hamlet, o apaixonado Romeu, o dedutivo Sherlock Holmes, o vigilante Batman, o forte Peri ou o inteligente

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Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os mineiros estão diante de um verdadeiro banquete. Mais do que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto “Pão e Poesia”, que faz do saquinho de pão um espaço para veiculação de poemas, escritores como Affonso Romano de Sant’Anna e Fernando Brant dividem espaço com estudantes que passaram por oficinas de escrita poética. São ao todo 250 mil embalagens, distribuídas em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a boa literatura para o cotidiano de pessoas, além de dar uma chance a escritores novatos de verem seus textos impressos. Criado em 2008 por um analista de sistemas apaixonado por literatura, o Pão e Poesia já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura.


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

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Então passou-se sobre esse vasto deserto de água e céu uma cena estupenda, heroica, sobre-humana; um espetáculo grandioso, uma sublime loucura. Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores já cobertas de água, e com esforço desesperado cingindo o tronco da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-o até as raízes. Três vezes os seus músculos de aço, estorcendo-se, inclinaram a haste robusta; e três vezes o seu corpo vergou, cedendo a retração violenta da árvore, que voltava ao lugar que a natureza lhe havia marcado. Luta terrível, espantosa, louca, desvairada: luta da vida contra a matéria; luta do homem contra a terra; luta da força contra a imobilidade. Houve um momento de repouso em que o homem, concentrando todo o seu poder, estorceu-se de novo contra a árvore; o ímpeto foi terrível; e pareceu que o corpo ia despedaçar-se nessa distensão horrível: Ambos, árvore e homem, embalançaram-se no seio das águas: a haste oscilou; as raízes desprenderam-se da terra já minada profundamente pela torrente.

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Indiana Jones. Protagonistas podem também ser classificados como heróis ou anti-heróis. Em suas crenças, seus mitos e seus rituais, todos os povos – mesmo sem considerar seu estágio social ou econômico – possuem indivíduos destacados, diferentes dos demais homens daquela estrutura social. Os gregos, ao tratarem desse tema, classificaram-nos como heróis, em função de seus feitos grandiosos passados de geração a geração. Exaltados e idealizados nas crenças do povo, esses feitos, reais ou não, refletiram o que o povo desejava ser. E, até hoje, percebe-se a necessidade que o homem tem de criar os seus heróis. Na modernidade, o herói entra em conflito e se revela um ser inseguro, com fraquezas e questionamentos. Essas variações na caracterização do protagonista de uma obra permitem a classificação de três tipos de herói, elencados a seguir.

2.1.1) Herói clássico, épico, medieval

(ALENCAR, José de. O guarani. Série bom livro. Editora Ática, São Paulo [Adaptado].)

2.1.2) Herói moderno ou problemático

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Desde a antiguidade clássica grega, o herói épico é personificado como um ser invencível e tem como papel defender e proteger os fracos e oprimidos da humanidade. Segundo suas convicções, a justiça e a bondade devem prevalecer sobre tudo. Para tal, é necessário combater o mal e, nesse contexto, permitir que o bem vença. Ele sempre enfrenta o perigo com fé e disposição para vencer. Na literatura, em especial nas epopeias e nos textos medievais, heróis são dotados de grande força física e de disposição para vencer quaisquer obstáculos. Com força e coragem, levam adiante suas ações com o objetivo de construir uma sociedade alicerçada no bem e na justiça. Exemplos desse tipo de herói são os semideuses da mitologia grega e os protagonistas das epopeias como Aquiles, Hércules, Ulisses e Perseu. Na literatura brasileira, Peri, do romance O Guarani, é exemplo do herói medieval. Na essência desses personagens estão os mitos gregos reinventados ao longo dos tempos. Veja a seguir a descrição desse herói no Romantismo:

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(Disponível em: https://goo.gl/UcLbMM. Acesso em: julho de 2016)


LITERATURA

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aspecto físico, moral, ético. Ele desconstrói a imagem do herói clássico. Mário de Andrade criou em Macunaíma um exemplo do anti-herói na literatura brasileira. Macunaíma, o herói sem caráter, demonstra, já na introdução do enredo, um conjunto de traços físicos e comportamentais que o classificam como anti-herói: foi parido como fruto do medo da noite e era feio, preguiçoso, esperto e ganancioso.

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(ASSIS, Machado de. Ressurreição. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Garnier, 1988.)

2.1.3) Anti-herói

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O anti-herói não é o antagonista da obra, a quem são atribuídas características negativas. O anti-herói é apresentado de forma caricatural, a ele faltam atributos físicos e/ou morais característicos do herói clássico. Em uma visão direta e simplista, o anti-herói é uma espécie de herói com imperfeições, no

(Disponível em: www.meucinelabrasileiro.com.br)

No fundo do mato-virgem, nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia Tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro, passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar, exclamava: – Ai! Que preguiça... e não dizia mais nada. (ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1978.)

Na cultura popular, os personagens Pica-pau e Pernalonga, por suas características, podem ser também considerados anti-heróis. Adorados pelo público, Pica-pau ficou marcado por ser esperto, travesso e mau, em especial com seus predadores, e Pernalonga personifica a astúcia, a esperteza.

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Esses heróis frágeis são encontrados na literatura moderna e contemporânea. Personagens como Chaplin, Bentinho, de Machado de Assis, Fabiano e Paulo Honório, de Graciliano Ramos, sentem-se abaixo dos homens comuns. Moralmente abatidos, expondo suas contradições e fraquezas, o herói moderno é resultante das situações de conflito que caracterizam o mundo moderno. É o homem comum que reconhece as suas inseguranças em relação ao mundo, tornando-se um herói melancólico. Assim Machado de Assis caracteriza Félix, no romance Ressurreição, por exemplo: Não direi que fosse bonito, na significação mais ampla da palavra; mas tinha as feições corretas, a presença simpática, e reunia à graça natural a apurada elegância com que vestia. A cor do rosto era um tanto pálida, a pele lisa e fina. A fisionomia era plácida e indiferente, mal alumiada por um olhar de ordinário frio, e não poucas vezes morto. Do seu caráter e espírito melhor se conhecerá lendo estas páginas e, acompanhando o herói por entre as peripécias da singelíssima ação, que empreendo narrar. Não se trata aqui de um caráter inteiriço, nem de um espírito lógico e igual em si mesmo; trata-se de um homem complexo, incoerente e caprichoso, em quem se reuniam opostos elementos, qualidades exclusivas, e defeitos inconciliáveis.


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A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

CrossFit – Herói ou Vilão?

Um bom esclarecimento do que é esta modalidade e para quem ela realmente é indicada

3) Catarse

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Atualmente, o Crossfit vem se popularizando cada vez mais e já está presente em diversas academias de ginástica atingindo pessoas de várias faixas etárias. Muitos especialistas já consideram um esporte de alto rendimento que faz o corpo chegar ao seu limite suportado, gerando, em muitos casos, a otimização das capacidades físicas individuais. Porém, como nem tudo são flores, se esse tipo de exercício for realizado de maneira incorreta e sem supervisão de um profissional especializado, podem ocorrer sérios danos à sua saúde. Para ficar por dentro de tudo, siga-me até o site www.4newsmagazine.com.br. #CrossfitComCautela #MáximoRendimento

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A tragédia é uma imitação da ação, elevada e completa, dotada de extensão, numa linguagem temperada, com formas diferentes em cada parte, que se serve da ação e não da narração, e que, por meio da comiseração e do temor, provoca a purificação de tais paixões. (Aristóteles)

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O termo “catarse” (do grego katharsis) foi tomado da linguagem médica por Aristóteles e estava relacionado a um processo purificador que limparia o corpo de elementos nocivos. Na literatura e nas artes em geral, a catarse é um processo de depuração psicológica, emocional e intelectual que leva o homem a um prazer superior. Ao entrar em contato com os problemas, com as dores dos personagens, o leitor-espectador coloca-se no lugar deles e projeta seus próprios conflitos na situação apresentada. Dessa forma, consegue aliviar suas tensões ao constatar, com alívio, que tudo o que leu, viu ou sentiu encontra-

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-se apenas no mundo ficcional. A experiência não é real, mas lhe permitiu expurgar ansiedades, dores, angústias.

4) Epifania Do grego epiphainein, “manifestar”; raiz em phainein, “mostrar, fazer aparecer”. Antes do cristianismo, o termo designava as aparições dos deuses, como uma súbita manifestação espiritual. O termo assumiu, posteriormente, um caráter literário e foi definido por Affonso Romano de Sant’Anna como o “relato de uma experiência que a princípio se mostra simples e rotineira, mas que acaba por mostrar toda a força de uma inusitada revelação”. Trata-se de um momento, ainda que efêmero, registrado na vida das personagens que traz uma revelação, uma iluminação, como um episódio provocado por atos comuns do dia a dia, que resulta num momento de êxtase. Exemplos constantes de epifania encontram-se nos textos de Clarice Lispector.


LITERATURA

Observe que, no texto romântico de Gonçalves Dias, a necessidade de o autor romântico criar um herói nacional leva-o a idealizar o elemento nativo, caracterizando-o como perfeito, destemido – o próprio herói épico, medieval, clássico. O texto de Mário de Andrade, oposto ao do autor romântico em relação à construção das personagens, mostra o anonimato e o desaparecimento da personagem Macunaíma, que se despe da ideia de herói clássico para se transformar em um anti-herói.

(ENEM)

a) Ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro apresentada de forma realista e heroica, como símbolo máximo do nacionalismo romântico; b) A abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos indígenas do Brasil; c) As perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1o texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2o texto) expressam diferentes visões da realidade indígena brasileira; d) O texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do processo de colonização no Brasil;

DE A

O canto do guerreiro

LI SE

POR0048

A leitura comparativa dos dois textos indica que:

Como texto ficcional pode cair no ENEM?

Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. — Ouvi-me, Guerreiros, — Ouvi meu cantar. Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? — Guerreiros, ouvi-me;

(Gonçalves Dias)

AT

Macunaíma (Epílogo)

Acabou-se a história e morreu a vitória.

M

Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? (Mário de Andrade)

PRATICANDO 9) (ENEM)

A velha Totonha de quando em vez batia no engenho E era um acontecimento para a meninada (...). Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras! Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis! O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os

13

EM3LIT01

— Quem há, como eu sou?

Gabarito: C

ER IA L

e) Os versos em primeira pessoa revelam que os indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas foram silenciados pela colonização, como demonstra a presença do narrador, no segundo texto.


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

(Fernando Chui)

10) Os quadrinhos se aproximam da abordagem do texto. Essa proximidade está relacionada com o seguinte aspecto: a) foco na celebridade; b) luta contra a tirania; c) referência a conflitos; d) humanização do herói.

ER IA L

DE A

Na construção da personagem velha Totonha, é possível identificar traços que revelam marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-se que a velha Totonha: a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa; b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional; c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana europeia em concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil; d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a europeia; e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura europeia universalizada.

LI SE

(REGO, José Lins do. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 – com adaptações).

Não se ama um herói pelos seus poderes, mas pela sua dor. Nossos olhos podem até se voltar a eles por suas habilidades fantásticas, mas é na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular. Os super-heróis que não sofrem ou simplesmente trabalham para o sistema vigente tendem a se tornar meio bobos, como o Tocha-Humana ou o Capitão América.

rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.

EM3LIT01

M

AT

(UERJ) Texto para as próximas questões.

12) Nas falas do personagem há uma frase interrogativa. No contexto, essa frase tem a função de: a) desfazer uma incerteza; b) relativizar uma opinião; c) buscar um interlocutor; d) demonstrar uma realidade. 13) Considerando o comportamento e a postura do personagem dos quadrinhos anteriores, que tipo de herói ele representa? Justifique a sua resposta.

(Capitão América. Rio de Janeiro. Editora Vecchi.)

14

11) Em geral, nos textos em quadrinhos, o sentido é construído por elementos verbais e não verbais. Nestes quadrinhos, o uso apenas de balões de pensamento reforça, a respeito do herói, a seguinte característica: a) tom de revolta; b) orgulho ferido; c) condição solitária; d) sentimento de culpa.


LITERATURA

LI SE

Em sete anos praticamente assexuados, sem ao menos um filho para chorar o silêncio de nossas noites, meu príncipe encantado se desencantou sob a forma de uma gema arrebentada em cima da clara. (GIUDICE, Victor. Salvador janta no Lamas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.)

15) Pelo trecho passam várias representações da figura do herói na literatura, através do personagem do professor de Matemática. Para a narradora, ele se transforma de um tipo de herói em outro. Essa transformação pode ser comprovada pela identificação do personagem do professor, respectivamente, com os seguintes tipos de herói: a) épico e anti-herói; b) medieval e moderno; c) intelectual e provedor; d) verdadeiro e problemático.

DE A

14) (UERJ) Comenta-se, um pouco rápido demais, que a predileção que nós leitores sentimos por um ou outro personagem vem da facilidade com que nos identificamos com eles. Esta formulação exige algumas pontuações: não é que nos identifiquemos com o personagem, mas sim que este nos identifica, nos aclara e define frente a nós mesmos; algo em nós se identifica com essa individualidade imaginária, algo contraditório com outras identificações semelhantes, algo que de outro modo apenas em sonhos haveria logrado estatuto de natureza. A paixão pela literatura é também uma maneira de reconhecer que cada um somos muitos, e que dessa raiz, oposta ao senso comum em que vivemos, brota o prazer literário.

(Traduzido de SAVATER, Fernando. Criaturas del aire. Barcelona: Ediciones Destino, 1989.)

ER IA L

Este texto trata de um conceito importante na teoria da literatura: o conceito de catarse. De acordo com o autor, pode-se definir catarse como o processo que afeta o leitor no sentido de: a) valorizar o imaginário; b) superar o senso comum; c) construir a personalidade; d) liberar emoções reprimidas. POR0049

5) Aspectos do texto poético Mulheres de Atenas

(Ovid: Metamorphoses, B. VI. Niobide by Pablo Picasso who was just 15 at the time. Disponível em: https:// hemmahoshilde.wordpress.com/2015/12/22/who-was-niobe. Acesso em: julho de 2016)

15

EM3LIT01

M

AT

(UERJ) Texto para as próximas questões. Na última série do curso colegial, antes que eu completasse dezoito anos, o professor de Matemática, com mais de trinta, invadiu a sala de aula montado num corcel que pertencera a Sir Percival, metido na armadura que roubara do Rei Artur. Ao tirar o elmo, percebi que seus cabelos dourados, numa grandiosa revolução sobre a testa, quase encobriam o azul das íris. Em seguida, saltou do cavalo e veio até minha carteira, de espada em punho, apontar as duas incógnitas da equação em que eu me transformara: o amolecimento dos membros inferiores e a taquicardia de cento e vinte por minuto. Não houve jeito. Fiquei apaixonada e me casei no ano seguinte. Mas o casamento foi um teorema que só serviu para demonstrar a inutilidade da espada: era de papelão e não resistia ao menor embate.

16) No trecho do conto do Giudice, os termos matemáticos são usados de maneira irônica. O melhor exemplo dessa ironia ocorre através do estabelecimento da seguinte relação: a) Equação e paixão. b) Teorema e casamento. c) Revolução e azul das íris. d) Incógnitas e espada em punho.


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

LI SE

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas

DE A

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas. Sofrem por seus maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar violentos Carícias plenas, Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Às suas novenas, Serenas

MMirem-se no exemplo daquelas mulheres [de Atenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; Cadenas

AT

ER IA L

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar um carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas, Helenas

EM3LIT01

M

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas, Morenas

16

(Chico Buarque e Augusto Boal)

Mulheres de Atenas é um poema musical construído com um primoroso trabalho formal. O texto apresenta, fundamentalmente, cinco nonas (estrofes de nove versos) e cria uma sequência rítmica do tipo AABBACCAA. No aspecto da métrica, pode-se observar a habilidade com que o autor compôs o seu poema: os dois primeiros versos são bárbaros – apresentam 14 sílabas poéticas; o terceiro, o quarto, o sexto e o sétimo têm oito sílabas (octossílabos); o quinto e o oitavo têm quatro (polissílabos) e o nono tem duas sílabas (dissílabo). Todas as estrofes apresentam esse mesmo padrão. Essa sequência demonstra uma busca de musicalidade que remete a uma situação cíclica própria das ladainhas, como se a situação das mulheres devesse ser repetida para ser analisada e pensada, por força de um esgotamento causado pela penitência e pelo sofrimento a que a sociedade as submete. Observe as alusões feitas às mulheres, Penélope, mulher de Ulisses, herói do poema Odisseia, que esperou pelo marido por vinte anos, tecendo uma mortalha e portando-se com dignidade e completa fidelidade, e Helena, esposa de Menelau, seduzida e raptada por Páris, considerada a mulher mais bela do mundo. Sua história foi contada na Ilíada por Homero. No texto, os autores, com ironia e sensibilidade, elaboram um hino contra a submissão das mulheres que se sujeitaram às regras da sociedade patriarcal. E assim é a poesia. Sen-


LITERATURA

6) Aspectos estruturais do poema

DE A

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto Que o meu peito me dói como em doença E quanto mais me seja a dor intensa Mais cresce na minha alma teu encanto.

ER IA L

Como a criança que vagueia o canto Ante o mistério da amplidão suspensa Meu coração é um vago de acalanto Berçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a alma Nem melhor a presença que a saudade Só te amar é divino, e sentir calma (...) E é uma calma tão feita de humildade Que tão mais te soubesse pertencida Menos seria eterno em tua vida.

M

AT

• Metrificação: decomposição (escansão) do verso em sílabas métricas. No processo de escansão, considere: – a contagem apenas até a última sílaba tônica; – duas vogais átonas de palavras diferentes se juntam em uma sílaba métrica. Que1 o / meu2 / pei3 / to4 / me5 / dói6 / co7 / mo8 em / do9 / en10 / ça11. De acordo com a métrica, os versos recebem o nome de monossílabo, dissílabo, trissílabo, redondilha menor (ou pentassílabo), redondilha maior (ou heptassílabo), octossílabo, decassílabo (heroico), dodecassílabo (alexandrino), bárbaro (14 sílabas). Os versos que apresentam liberdade de ritmos são chamados VERSOS LIVRES e predominaram no primeiro momento do Modernismo. • Rima: – alternadas (ou cruzadas): ABAB – opostas ou interpolares: ABBA

(Manuel Bandeira)

• Estrofe: de acordo com o número de versos, as estrofes recebem a seguinte denominação: dístico, terceto, quarteto (ou quadra), quintilha, sextilha, sétima (ou setilha), oitava, nona, décima. • Formas fixas: o poema de Vinícius de Moraes é uma composição de forma fixa. Trata-se de um soneto, forma que apresenta dois quartetos e dois tercetos. Além do soneto, há outros poemas de forma fixa, como o rondó (composição poética com estribilho constante); a balada (três oitavas e uma quadra); o haicai (três versos: pentassílabo, heptassílabo e pentassílabo). Observe o exemplo de haicai abaixo, de Guilherme de Almeida:

Infância Um gosto de amora comida com sol. A vida chamava-se “Agora”. • Cavalgamento (enjambement): a unidade sintática completa-se no verso seguinte. Sonho profundo, ó Sonho doloroso, Doloroso e profundo Sentimento,

17

EM3LIT01

Soneto de contrição

Veja o exemplo a seguir: A vida não me chegava pelos jornais nem [pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos é macaquear A sintaxe lusíada A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem.

Leia o texto a seguir, de Vinícius de Moraes, e procure observar os sons e o ritmo do soneto:

– emparelhadas: AABBCC – pobres: palavras de mesma classe gramatical (suspensa / imensa) – ricas: palavras de classes diferentes (tanto / encanto) – raras/preciosas (vence-a / sonolência) Os versos que não apresentam rima são chamados versos brancos.

LI SE

timentos, lembranças, sensações surgem provocados pela imaginação e pela emoção. E o trabalho com a palavra, seu ritmo, sua forma, seu cheiro, sua angústia contribui para o deleite estético do leitor.


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

De quem são as velas onde me roço? De quem as quilhas que vejo e ouço? (Fernando Pessoa)

a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos; b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção; c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento; d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção; e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada.

DE A

• Recursos Poéticos: o poeta pode utilizar diversos recursos, como: – crase: fusão de duas vogais idênticas. E quanto mais me seja a dor intensa. – elisão: supressão de uma vogal átona. Menos seria eterno em tua vida.

LI SE

• Paralelismo: é a repetição de ideias e expressões aproximadas.

(Cruz e Sousa)

Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor:

Como texto poético pode cair no ENEM?

POR0059

ER IA L

A função poética da linguagem é valorizada no texto como manifestação do cuidado com a estética e da presença de elementos linguísticos que demonstram o trabalho de manipulação da palavra literária, como recursos sonoros e rítmicos. Essa preocupação se manifesta em contribuição à função emotiva, que revela o sofrimento do sujeito lírico.

(ENEM)

Pequeno concerto que virou canção

M

AT

Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu [coração Não, nem há por que seguir cantando só para [explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor

EM3LIT01

(VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras. terra.com.br. Acesso em: 29 jun. 2011.)

Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas.

18

Gabarito: A

Vai, vai nas harpas trêmulas do vento Chorar o teu mistério tenebroso.

PRATICANDO

(UERJ) Texto para as próximas questões.

A***

Falo a ti – doce virgem dos meus sonhos, Visão doirada dum cismar tão puro, Que sorrias por noites de vigília Entre as rosas gentis do meu futuro. Tu m’inspiraste, oh musa do silêncio, Mimosa flor da lânguida saudade! Por ti correu meu estro1 ardente e louco Nos verdores febris da mocidade. Tu, que foste a vestal2 dos sonhos d’ouro, O anjo-tutelar dos meus anelos3, Estende sobre mim as asas brancas... Desenrola os anéis dos teus cabelos! (Poema de 20/08/1859. Publicado em: ABREU, Casimiro. Obras, Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50) Glossário: 1) Estro: imaginação criadora; 2) Vestal: mulher casta ou virgem; 3) Anelo: desejo ardente.


LITERATURA

LI SE

d) a aproximação não usual do agente citado e a ação de “cheirar”; e) o emprego do artigo indefinido “um” e do artigo definido “o” na mesma frase. POR0051

(UERJ) Texto para as próximas questões.

Qualquer canção

Qualquer canção de amor É uma canção de amor Não faz brotar amor E amantes

17) Analisando os aspectos estruturais do texto, é possível identificar as seguintes características formais: a) a presença de versos brancos e de versos livres; b) a simetria das estrofes e o ritmo de seus versos; c) o uso da redondilha maior e a forma fixa de soneto; d) o uso de rimas emparelhadas e da ordem inversa.

Porém, se essa canção Nos toca o coração O amor brota melhor E antes

DE A

18) O eu lírico, no texto, dirige-se a uma mulher com características específicas. A alternativa em que se atribui à mulher características semelhantes às definidas nesse texto é: a) Pra distrair minhas mágoas/ Namoro e toco vitrola.

(Murilo Mendes)

b) É um traço característico do século: a mulher está perdendo a superstição do homem.

(Machado de Assis)

c) Não creias, não, mulher: ele te engana / As lágrimas são galas da mentira.

ER IA L

(J. Manuel de Macedo)

d) Eu senti-a tremer, e a transluzir-lhe / nos olhos negros a alma inocentinha.

Qualquer canção de dor Não basta a um sofredor Nem cerze um coração Rasgado Porém, inda é melhor Sofrer em dó menor Do que você sofrer Calado

(Álvares de Azevedo)

(Entrevista com Mário Carvalho. Folha de S.Paulo, 24/05/1988. adaptação)

M

O que deu ao verso de Drummond o caráter de inovador da língua foi: a) o modo raro como foi tratado o “futuro”; b) a referência ao cão como “animal de estimação”; c) a flexão pouco comum do verbo “cheirar” (gerúndio);

Qualquer canção de bem Algum mistério tem É o grão, é o germe, é o gen Da chama E essa canção também Corrói como convém O coração de quem Não ama (Chico Buarque)

20) A coerência é determinada, entre outros fatores, por elementos que contribuam para a progressão do texto. Na letra da canção de Chico Buarque, a coerência do texto decorre da utilização dos seguintes recursos: a) marcação rítmica, repetição vocabular, paralelismo sintático;

19

EM3LIT01

AT

19) (ENEM) Eu começaria dizendo que poesia é uma questão de linguagem. A importância do poeta é que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais belos versos da língua portuguesa com duas palavras comuns: cão e cheirando. “Um cão cheirando o futuro”


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

LI SE

DE A

21) A pluralidade de sentidos, característica da linguagem poética, pode ser obtida por meio de vários mecanismos, como, por exemplo, a elipse de termos. Esse mecanismo está presente, de modo mais marcante, no seguinte verso: a) “E amantes” (v. 4) b) “E antes” (v. 8) c) “Rasgado” (v. 12) d) “Calado” (v. 16)

cor das folhas que tombavam das árvores, num pátio branco, a forma dos montes verdes, tintos de luz, frases autênticas, gestos, gritos, gemidos. Mas que significa isso? Essas coisas verdadeiras não ser verossímeis. E se esmoreceram, deixá-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagino que valiam pouco. Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las. Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (...) Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. Outros devem possuir lembranças diversas. Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas: conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade (...)

b) marcação rítmica, repetição vocabular, multiplicidade temática; c) repetição vocabular, paralelismo sintático, multiplicidade temática; d) Marcação rítmica, paralelismo sintático, multiplicidade temática.

22) Na última estrofe do texto, o mistério a que se refere o eu lírico indica uma construção paradoxal.

ER IA L

Os elementos que compõem esse paradoxo são: a) início e fim; b) alegria e dor; c) música e silêncio; d) criação e destruição.

APROFUNDANDO

POR0047

EM3LIT01

M

AT

(UERJ) Texto para as próximas questões. (...) Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. Certamente me irão fazer falta, mas terá sido uma perda irreparável? Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material. Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol pálido, em manhã de bruma, a

20

(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio, São Paulo: Record, 1984.)

23) O fragmento transcrito expressa uma reflexão do autor-narrador quanto à escrita de seu livro contando a experiência que viveu como preso político, durante o Estado Novo. No que diz respeito às relações entre escrita literária e realidade, é possível depreender, da leitura do texto, a seguinte característica da literatura: a) revela ao leitor vivências humanas concretas e reais; b) representa uma conscientização do artista sobre a realidade; c) dispensa elementos da realidade social exterior à arte literária; d) constitui uma interpretação de dados da realidade conhecida. 24) Por causa da perda das anotações, relatada pelo narrador, o texto é impregnado de dúvidas acerca da exatidão do que será levantado no livro. O trecho que melhor representa um exemplo dessas dúvidas é: a) “quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material”; b) “outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las”;


LITERATURA

Sonata (trecho)

A história que vou contar não tem a rigor um princípio, um meio e um fim. O Tempo é um rio sem nascentes a correr incessantemente para a Eternidade, mas bem se pode dar que em inesperados trechos de seu curso o nosso barco se afaste da correnteza, derivando para algum braço morto, feito de antigas águas ficadas, e só Deus sabe o que então nos poderá acontecer. No entanto, para facilitar a narrativa, vamos supor que tudo tenha começado naquela tarde de abril.

25) A relação entre autor e narrador pode assumir feições diversas na literatura. Pode-se dizer que tal relação tem papel fundamental na caracterização de textos que, a exemplo do livro de Graciliano Ramos, constituem uma autobiografia – gênero literário definido como relato da vida de um indivíduo feito por ele mesmo. A partir dessa definição, é possível afirmar que o caráter autobiográfico de uma obra é reconhecido pelo leitor em virtude de: a) conteúdo verídico das experiências pessoais e coletivas relatadas; b) identidade de nome entre autor, narrador e personagem principal; c) possibilidade de comprovação histórica de contextos e fatos narrados; d) notoriedade do autor e de sua história junto ao público e à sociedade.

(UERJ) Texto para as próximas questões.

LI SE

c) “neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado”; d) “não as contesto, mas espero que não recusem as minhas”.

26) Observe atentamente o trecho transcrito abaixo. (...) o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade.

AT

(SILVA, Vítor M. de A. Teoria da Literatura. Coimbra: Almedina, 1982.)

A partir da leitura do fragmento, pode-se

deduzir que a obra literária tem o seguinte

M

objetivo: a) opor-se ao real para afirmar a imaginação criadora; b) anular a realidade concreta para superar contradições aparentes; c) construir uma aparência de realidade para expressar dado sentido; d) buscar uma parcela representativa do real para contestar sua validade.

os jornais ou dar ouvidos às pessoas que falavam em combates, bombardeios e movimentos de tropas. “Os alemães romperão facilmente a linha Maginot”, assegurou-me um dia o desconhecido que se sentara a meu lado num banco de praça. “Em poucas semanas estarão senhores de Paris.” Sacudi a cabeça e repliquei: “Impossível. Paris não é uma cidade do espaço, mas do tempo. É um estado de alma e como tal inacessível às Panzerdivisionen. O homem lançou-me um olhar enviesado, misto de estranheza e alarma. Ora, estou habituado a ser olhado desse modo. Um lunático! É o que murmuram de mim os inquilinos da casa de cômodos onde tenho um quarto alugado, com direito à mesa parca e ao banheiro coletivo. E é natural que pensem assim. Sou um sujeito um tanto esquisito, um tímido, um solitário que às vezes passa horas inteiras a conversar consigo mesmo em voz alta. “Bicho-de-concha!” – já disseram de mim. Sim, mas a esta apagada ostra não resta nem o consolo de ter produzido em sua solidão alguma pérola rara, a não ser... Mas não devo antecipar nem julgar. Homem de necessidades modestas, o que ganho, dando lições de piano a domicílio, basta para o meu sustento e ainda me permite comprar discos de gramofone e ir de vez em quan-

21

EM3LIT01

ER IA L

DE A

Era o primeiro ano da Guerra e eu evitava ler


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

(ENEM)

LI SE

respectivamente, pelos seguintes elementos do texto: a) outono, ruas, piano; b) tempo, rio sem nascentes, barco; c) Segunda Guerra, Paris, Beethoven; d) gramofone, cômodos, bicho-de-concha.

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios.

DE A

do a concertos. Quase todas as noites, depois de vaguear sozinho pelas ruas, recolho-me ao quarto, ponho a eletrola a funcionar e, estendido na cama, cerro os olhos e fico a escutar os últimos quartetos de Beethoven, tentando descobrir o que teria querido dizer o Velho com esta ou aquela frase. Tenho no quarto um piano no qual costumo tocar as minhas próprias composições, que nunca tive a coragem nem a necessidade de mostrar a ninguém. Disse um poeta que, entre a ideia e a realidade, entre o movimento e o ato, cai a Sombra. Pois entre essa Sombra e a mal-entrevista claridade duma esperança vivia eu, aparentemente sem outra ambição que a de manter a paz e a solitude. No inverno, na primavera e no verão sinto-me como que exilado, só encontrando o meu clima nativo, o meu reino e o meu nicho no outono – a estação que envolve as pessoas e as coisas numa surdina lilás. É como se Deus armasse e iluminasse o palco do mundo especialmente para seus mistérios prediletos, de modo que a qualquer minuto um milagre pode acontecer.

ER IA L

(VERÍSSIMO, Érico. Contos. Porto Alegre: Globo, 1980.) Glossário: • Panzerdivisionen: divisões nazistas de ataque.

EM3LIT01

M

AT

27) Este trecho faz parte do início de um conto. Seu narrador alerta o leitor para o caráter ficcional do relato que passará a ler. Isso se dá por meio do seguinte recurso: a) assumir uma história sem princípio, meio e fim; b) construir uma frase longa com ritmo fluente de narrativa; c) usar o verbo supor como marca de início dos acontecimentos; d) sugerir o Tempo e a Eternidade como metáforas humanizadas. 28) O início do conto Sonata estabelece as referências para categorias importantes da narrativa. As categorias de tempo, espaço e o caráter do personagem-narrador são delimitados,

22

(BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do século XXI. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74)

29) Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-se que: a) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm o mesmo valor na sua poesia;


LITERATURA

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DE A

(UERJ) Texto para as questões 30 e 31.

Era realmente um oceano, com o contorno irregular das praias terrestres, mas deserto, com um aspecto selvagem assustador. Se minha vista podia passear ao longe naquele mar, era porque uma luz “peculiar” iluminava seus menores detalhes. Não a luz do Sol, com seus fachos brilhantes e sua irradiação plena, nem a da Lua, com seu brilho pálido e impreciso, que é apenas um reflexo sem calor. Não, aquela fonte de luz tinha uma propagação trêmula, uma claridade branca e seca, uma temperatura pouco elevada e um brilho de fato maior que o da Lua, evidenciando uma origem elétrica. Era como uma aurora boreal, um fenômeno cósmico permanente numa caverna capaz de conter um oceano.

b) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem encontra para dar sentido à própria vida; c) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de modernização tecnológicos; d) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações da informática; e) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não comunicabilidade.

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De início, não enxerguei nada. Havia muito tempo sem verem a luz, meus olhos imediatamente se fecharam. Quando consegui ver de novo, fiquei mais assustado que admirado: — O mar! — É – respondeu meu tio –, o mar Lidenbrock, e espero que nenhum navegador vá me contestar a honra de tê-lo descoberto e o direito de batizá-lo com meu nome! Um enorme lençol de água, o começo de um lago ou de um oceano, estendia-se até onde minha vista não podia alcançar. As ondas vinham bater numa praia bastante recortada, formada por uma areia fina e dourada, salpicada por aquelas conchinhas que abrigaram os primeiros seres da criação. As ondas quebravam com aquele barulho característico dos ambientes muito amplos e fechados. Uma espuma leve era soprada por um vento moderado, e uma garoa me batia no rosto. A cerca de duzentos metros das ondas, naquela praia ligeiramente inclinada, estavam as escarpas de rochedos enormes, que se elevavam a uma altura incalculável. Alguns deles, cortando a praia com sua aresta aguda, formavam cabos e promontórios desgastados pelos dentes da arrebentação. Mesmo ao longe, seus contornos podiam ser vistos em contraste com o fundo nebuloso do horizonte.

(VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Ática, 2000.)

30) A descrição do narrador revela que ele toma conhecimento da paisagem de modo gradativo. Dois fragmentos que demonstram esse conhecimento gradativo são: a) (...) o começo de um lago ou de um oceano – Era realmente um oceano (...); b) (...) até onde minha vista não podia alcançar – Não a luz do Sol, com seus fachos brilhantes (...); c) (...) aquele barulho característico dos ambientes muito amplos – Mesmo ao longe, seus contornos podiam ser vistos(...); d) Uma espuma leve era soprada por um vento moderado – Era como uma aurora boreal... 31) “Não, aquela fonte de luz tinha uma propagação trêmula, uma claridade branca e seca, uma temperatura pouco elevada e um brilho de fato maior que o da Lua, evidenciando uma origem elétrica.” A passagem transcrita acima revela uma característica na descrição do cenário que pode ser definida como: a) exemplificação do tema do diálogo entre personagens;

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Viagem ao centro da Terra


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

antes de ferir a martelada à beira do brejo; andar assim pelas ruas, pelas praças, pelas estradas, pelas salas, recebendo cumprimentos: Doutor, como passou? Como está, doutor? Era sobre-humano! (...)

(UERJ) Texto para as próximas questões.

Glossário: 1) onímodo: de todos os modos, irrestrito 2) estorciam: agitavam 3) pallium: manto, capa 4) clâmide: manto 5) transidas: assustadas 6) inexoráveis: inflexíveis 7) inflado: vaidoso

32) O entusiasmo do personagem com o sonho de obter o título de doutor é construído por um discurso em primeira pessoa marcadamente emotivo. Essa emotividade do discurso do personagem é realçada pelo uso de recursos, tais como: a) estilo indireto e formas de negação; b) registro informal e perguntas retóricas; c) discurso repetitivo e inversões sintáticas; d) pontuação exclamativa e expressões interjetivas.

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DE A

A minha situação no Rio estava garantida. Obteria um emprego. Um dia pelos outros iria às aulas, e todo o fim de ano, durante seis, faria os exames, ao fim dos quais seria doutor! Ah! Seria doutor! Resgataria o pecado original do meu nascimento humilde, amaciaria o suplício premente, cruciante e onímodo1 de minha cor (...) Nas dobras do pergaminho da carta, traria presa a consideração de toda a gente. Seguro do respeito à minha majestade de homem, andaria com ela mais firme pela vida afora. Não titubearia, não hesitaria, livremente poderia falar, dizer bem alto os pensamentos que se estorciam2 no meu cérebro. O flanco, que a minha pessoa, na batalha da vida, oferecia logo aos ataques dos bons e dos maus, ficaria mascarado, disfarçado... Ah! Doutor! Doutor! (...) Era mágico o título, tinha poderes e alcances múltiplos, vários polifórmicos(...) Era um pallium3, era alguma cousa como clâmide4 sagrada, tecida com um fio tênue e quase imponderável, mas a cujo encontro os elementos, os maus olhares, os exorcismos se quebravam. De posse dela, as gotas da chuva afastar-se-iam transidas5 do meu corpo, não se animariam a tocar-me nas roupas, no calçado sequer. O invisível distribuidor de raios solares escolheria os mais meigos para me aquecer, e gastaria os fortes, os inexoráveis6 , com o comum dos homens que não é doutor. Oh! Ser formado, de anel no dedo, sobrecasaca e cartola, inflado7 e grosso, como um sapo-entanha

(BARRETO, Lima. In: VASCONCELOS, Eliane [org.]. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001.)

Recordações do escrivão Isaías Caminha

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b) intensificação do envolvimento do narrador com a cena; c) contraposição com os aspectos visuais relativos à paisagem; d) enumeração de elementos díspares na composição do espaço.

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33) A matéria narrada neste texto não é representada como um fato, mas como um projeto. O recurso linguístico que caracteriza essa representação é o emprego de: a) vocábulos cultos e raros; b) reticências na maioria dos parágrafos; c) formas verbais no futuro do pretérito; d) metáforas relativas ao objeto de desejo. 34) A realidade social compõe a obra literária sob diversas formas. No texto de Lima Barreto, o ponto de vista do autor acerca dos efeitos da exclusão social revela-se por meio do seguinte procedimento narrativo: a) Construção simbólica de problemas existenciais do personagem-narrador. b) Descrição pormenorizada das contradições do sistema de ensino pelo narrador.


LITERATURA

(ENEM)

Prima Julieta

Engenho de febre Sono e lembrança Que arma E desarma minha morte Em armadura de treva.

Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura um verde-azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.

Doce máquina Com engrenagem de músculos Suspiro e rangido O espaço devora Seu movimento (Braços e pernas sem explosão)

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c) Representação caricatural das esperanças de um personagem de origem humilde. d) Referência metafórica às dificuldades de integração entre personagens de classes distintas.

(Armando Freiras Filho)

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36) No poema, o eu lírico desenvolve, empregando diferentes imagens, a ideia de corpo como clausura. Isso não ocorre no seguinte verso: a) “Acrobata enredado” (v. 1); b) “Sem nenhuma ruptura” (v. 3); c) “Com engrenagem de músculos” (v. 7); d) “Em armadura de treva.” (v. 17).

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35) Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual: a) explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta; b) instrucional, em que se ensina o comportamento feminino, inspirado em prima Julieta; c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta; d) descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do enunciador captam; e) argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão do leitor a essas ideias.

M

(UERJ) Texto para as próximas questões.

O corpo

Acrobata enredado Em clausura de pele Sem nenhuma ruptura Para onde me leva Sua estrutura?

37) A concisão é uma das características que mais se destacam na estrutura do poema. Essa concisão pode ser atribuída a: a) clara ausência de conectivos, explorando a sonoridade do poema; b) pouco uso de metáforas, enfatizando a fragmentação dos versos; c) abrupta mudança de versos, reforçando a lógica das ideias; d) baixa frequência de verbos, exprimindo a inércia do eu lírico.

O “Adeus” de Teresa A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala “Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala... E ela, corando, murmurou-me: “adeus!”

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(MENDES, M. A idade do serrote. Rio de janeiro: Sabiá, 1968.)


A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

DE A

Quando voltei... era o palácio em festa!... E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra Preenchiam de amor o azul dos céus. Entrei!...ela me olhou branca... surpresa! Foi a última vez que vi Teresa!... E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”

(ALVES, Castro. Obra Completa)

Teresa

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A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo (os olhos nasceram e ficaram esperando que o resto do corpo nascesse) Da terceira vez não vi mais nada Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira)

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38) (UFF) Em relação ao ritmo, pode-se afirmar que o poema de Castro Alves: a) é tecido de maneira aleatória, com versos livres e sem rimas, levando ao extremo uma das lições do Modernismo; b) obtém sua musicalidade pela utilização de versos decassílabos, recurso intensificado pela ausência de estribilho; c) é constituído por versos decassílabos e versos alexandrinos intercalados, além do refrão

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Passaram tempos... séculos de delírio Prazeres divinais... gozos do Empíreo... ... Mas um dia volvi aos lares meus. Partindo eu disse: “Voltarei!...descansa!...” Ela, chorando mais que uma criança. Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”

estrategicamente repetido, sempre da mesma forma; d) é constituído por quatro estrofes, cada uma com cinco versos decassílabos e por um estribilho variável; e) é constituído por quatro estrofes, cada uma com cinco alexandrinos – versos de doze sílabas –, intercaladas por um estribilho variável.

Uma noite entreabriu-se um reposteiro... E da alcova saía um cavaleiro Inda beijando era uma mulher sem véus... Era eu... Era a pálida Teresa! “Adeus” lhe disse conservando-a presa... E ela entre beijos murmurou-me “adeus!”


LITERATURA

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DESAFIANDO 39)

Nova poética

DE A

Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito. Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e [na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe [o paletó ou a calça de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas [alfas, as virgens cem por cento e as [amadas que envelheceram sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. “Poesia completa e prosa”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993. p. 287.)

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A poesia modernista é assim: livre das amarras clássicas do fazer poético. Mas você pode perceber que sua proposta é tão intensamente poética quanto a de qualquer texto tradicional. O poeta passa a buscar no cotidiano os elementos da sua poesia. Imagine-se na situação do sujeito acima: sua calça de brim branco com a nódoa de lama. “É a vida”, diz o poeta. Tema e estrutura poética, a partir de uma visão inovadora, se misturam e causam uma certa perplexidade a todos nós, leitores. a) Com base nesse aspecto de inovação, e considerando a estrutura do poema, comente os aspectos de métrica e de rima. b) No primeiro verso, há o anúncio de uma teoria: a do poeta sórdido. Que elementos de um texto acadêmico-científico, presentes na 1a estrofe, justificam esse verso? c) De acordo com o dicionário Houaiss, a principal acepção de sórdido é: “que é ou está sujo, que tem sujeira no corpo e na roupa”. No texto, cria-se uma imagem antitética a partir da apresentação de campos semânticos diferentes em relação à visão do terno. Transcreva dois adjetivos pertencentes a cada um dos campos semânticos acima abordados.


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A LITERATURA E SEU MUNDO MÁGICO: COMO ENTENDER OS ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO?

RESUMINDO

• Plurissignificação: vários significados da palavra poética X linguagem conotativa; • Ficcionalidade: transfiguração do real;

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• Verossimilhança interna: coerência dentro da própria estrutura da obra; • Verossimilhança externa: semelhança plena com o mundo real; • Herói clássico, épico ou medieval: busca o bem e a justiça. Suas atitudes estão relacionadas à ética e à coragem; • Moderno ou problemático: são fracos, melancólicos e contraditórios; a insegurança e o conflito são inerentes à sua personalidade; • Anti-herói: desconstrói a imagem do herói clássico, bem como se distancia de aspectos morais, éticos e físicos;

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• Catarse: processo de expurgação de dores, angústias e ansiedades provocado pelo contato com manifestações artísticas; • Epifania: processo de iluminação, de revelação, a partir de situações aparentemente banais, do cotidiano; • Rimas: ABAB – alternadas ou cruzadas ABBA – opostas ou interpolares

AABBCC – emparelhadas

Pobres: mesma classe gramatical

Ricas: classes gramaticais diferentes

Versos brancos – não apresentam rima

Versos livres – não apresentam métrica regular.

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MATEMÁTICA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

Objetivos de aprendizagem:

• Reconhecer a necessidade de organizar informações em conjuntos; • Assimilar técnicas, notações e operações de conjuntos;

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• Representar e interpretar dados agrupados em tabelas e gráficos; • Compreender os conceitos básicos da formação do processo estatístico;

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• Calcular medidas estatísticas de tendência central e dispersão.

(Disponível em: https://goo.gl/3q2swo. Acesso em: agosto de 2016)


Como investir nosso capital?

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ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

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DE A

Imagine a seguinte situação: você tem uma determinada quantia em dinheiro, quer aplicar esse dinheiro de modo a obter o maior rendimento possível. Você precisa tomar uma decisão sobre qual investimento fazer. Existem muitas opções de investimentos, como por exemplo: Tesouro direto, CRI, Debêntures, Ações, Fundo de índice, Fundo imobiliário, dentre outros. De que maneira você pode escolher em qual investir? Como investir esse dinheiro com pouco, ou nenhum risco de prejuízo? Uma das respostas para essa pergunta é analisar o desvio padrão dos retornos dos fundos, que o mercado financeiro chama de volatilidade ou risco. Essa é uma maneira de verificar o distanciamento e as oscilações desses retornos em relação à sua média. Quanto menor é esse número, menor é o risco do fundo. Muitos investimentos e aplicações financeiras dependem de previsões, que em geral, são feitas através de processos estatísticos, que se baseiam na coleta e tradução de informações. Daí a importância da noção de conjuntos. Coletar dados é organizar conjuntos. Interpretar os dados é o que a Estatística faz com os elementos de um conjunto e é o que nós abordaremos a seguir.

1) Conceitos iniciais

No estudo sobre conjuntos são adotados os conceitos primitivos que são: conjunto, elemento de um conjunto e pertinência entre elemento e conjunto. A ideia de conjunto é a mesma ideia de coleção, como podemos mostrar a seguir: Conjunto de canetas

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AT

Coleção de moedas

Um conjunto é formado por elementos. Considere um conjunto A e um objeto a, a relação existente entre eles é: 2

• a é elemento de A: nesse caso diz-se que a pertence a A (a Э A), ou ainda; • a não é elemento de A: nesse caso diz-se que a não pertence a A (a Э A). Exemplo: Os livros de uma biblioteca formam um conjunto de livros. Um livro desta biblioteca é um elemento que pertence a esse conjunto.

2) Representação de um conjunto Em geral, um conjunto é denotado por uma letra maiúscula do alfabeto: A, B, C, ..., Z. Existem três formas fundamentais para representação de conjuntos, que veremos a seguir.

2.1) Representação tabular É aquela onde os elementos são apresentados entre chaves e separados por vírgula ou ponto e vírgula. A = {a, e, i, o, u}


MATEMÁTICA

3.3) Conjunto universo

É aquela onde os elementos são descritos por uma propriedade que os determina. (lê-se: A é o conjunto de todos os elementos x tal que x tenha a propriedade P) Exemplo: A = {x | x é vogal}

2.3) Diagrama de Venn

4) Subconjuntos Dizer que um conjunto B é subconjunto de um conjunto A é o mesmo que dizer que se x é elemento de B, então x é elemento de A. Para isso, temos como notação B ⊂ A, onde é lido “B está contido em A”. B ⊂ A = ( x) (x Є B → x Є A)

DE A A

a

b

c

3) Conjuntos notáveis

A

É aquela onde os elementos são simbolizados por pontos interiores a uma região fechada. Exemplo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Na linguagem cotidiana usamos a palavra universo com vários significados, um deles é o conjunto de ideias tomadas como referência, por exemplo: Universo do Direito é o conjunto de regras que disciplinam as relações em sociedade. Conjunto universo é aquele ao qual pertencem todos os elementos envolvidos em um determinado assunto ou estudo, e é simbolizado pela letra U.

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2.2) Representação por propriedade

B

A

3.2) Conjunto vazio É aquele que não possui elementos. (Notação: Ø ou { }. Exemplo: A = {x / x é ímpar e múltiplo de 2} = Ø

Atenção à forma de usar os sinais de pertinência e inclusão. Quando relacionamos elemento e conjunto, usamos Э ou Э (pertence ou não pertence). Contudo, ao relacionarmos conjunto com conjunto, usamos ⊂, ⊂, ou ⊂ (está contido, não está contido, contém ou não contém). elemento Э, Э conjunto conjunto ⊂, ⊂, , ⊂ conjunto Exemplo: Considere o conjunto A ={1,2,3,4}. Podemos dizer que: 1 Э A; 5 Э A; {1, 2} ⊂ A ou A {1, 2}; {3, 5} ⊂ A ou A ⊂ {3, 5}

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AT M

Conjunto dos estados brasileiros que fazem fronteira com o Uruguai: (Rio Grande do Sul).

Observação

(Disponível em: https://goo.gl/9wdjjT. Acesso em: agosto de 2016)

Exemplos: a) {a,b} ⊂ {a,b,c,d} b) {a,b} ⊄ {b,c,d} A sentença B ⊂ A é equivalente A ⊂ B (A contém B).

É aquele que possui somente um elemento. Exemplo:

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3.1) Conjunto unitário


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

LI SE U

U

6) Operações entre conjuntos 6.1) União de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, a sua união (in-

dicada por A ∪ B) é o conjunto formado por todos os elementos que pertençam a A ou a B. A∪B = {x / x Є A ou x Є B} Exemplo: Dados dois conjuntos A = {x, y, z} e

ER IA L

DE A

É aquele formado por todos os subconjuntos de certo conjunto, ou seja, todos os elementos deste conjunto também são conjuntos. O conjunto das partes de A é representado por ℘(A). Exemplo: Considere os conjuntos A = {a, b} e B = {a, b, c}. Dessa forma: A={a,b} ℘(A) = {Ø,{a},{b},{a,b}} B={a,b,c} ℘(B) = {Ø,{a},{b},{c},{a,b},{a,c},{b ,c},{a,b,c}}. Note que ℘(A) possui 22 elementos e ℘(B) possui 23 elementos. Podemos então observar que se um conjunto A possui n elementos, então ℘(A) possui 2n elementos, ou ainda, o número de subconjuntos de A é 2n. Exemplo: Um conjunto A = {1,2,3,4} possui 4 elementos, então A possui 24 = 16 subconjuntos. Um conjunto B = {7} possui 1 elemento, então B possui 21 = 2 subconjuntos. Um conjunto C = { } possui 0 elementos então ℘(C) possui 20 = 1 subconjunto (que é o próprio conjunto vazio).

são elementos de A e que todos os elementos de A são elementos de B. Por isso, dizemos que {verde, amarelo, azul, branco} = {amarelo, azul, verde, branco}. Dois conjuntos A e B, são iguais, se e somente se A B e B A.

4.1) Conjunto das partes e número de subconjuntos

5) Igualdade de conjuntos

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AT

Considere o conjunto das cores que formam a bandeira do Brasil B = {verde, amarelo, azul, branco}.

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(Disponível em: http://wallpaper.ultradownloads. com.br/269744_Papel-de-Parede-Bandeira-do-Brasil-269744_1440x900.jpg. Acesso em: agosto de 2016)

Considere agora o conjunto A com as seguintes cores A = {amarelo, azul, verde, branco}. Observe que todos os elementos de B 4

B = {z, w} a união dos conjuntos A e B será A ∪ B = {x, y, z} ∪ {z, w} = {x, y, z, w} A união de dois conjuntos A e B também pode ser representada por diagramas chamados diagramas de Venn, onde os conjuntos são círculos.

S

A∪B

A

B

6.2) Interseção de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, a sua interseção (indicada por ∩) é formada pelos elementos que pertencem a A e a B, ou seja, pelos elementos comuns aos dois conjuntos. A ∩ B = {x | x Є A e x Є B} Exemplos: a) {1, 2} ∩ {2, 3, 4} = { 2}; b) {a, b, c, d} ∩ {c, d, e} = {c, d}; c) {m, n} ∩ {p, q} = Ø. A interseção entre dois conjuntos A e B pode ser representada em diagramas de Venn pela figura a seguir.


MATEMÁTICA

B

Essa mesma ideia é aplicada ao conceito de Conjunto Complementar. Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chama-se complementar de B em relação a A, ao conjunto A – B, isto é, são os elementos de A que não estão em B. Pode-se pensar que o complementar de B, é o que falta para completar o B. B Em símbolos escreve-se C A Exemplo: Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 2, 3} B Nesse caso, C A = A – B = {4, 5}

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A

Observação

Observação

DE A

Se a interseção entre os conjuntos A e B for um conjunto vazio, ou seja, A e B não possuírem elementos comuns, dizemos que estes conjuntos são disjuntos.

A∩B

A e B são disjuntos ↔ A ∩ B = Ø

6.3) Diferença de conjuntos

ER IA L

A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e não pertencem” a B. A – B = {x | x Є A e x Є B } A diferença entre A e B pode ser representada em diagramas de Venn pela figura abaixo.

PRATICANDO

1) (UFF) Os conjuntos não vazios M, N e P estão, isoladamente, representados abaixo. M

N

P

B

M

Exemplos: a) {1, 2, 3} – {1, 3} = {2}; b) {a, b, c} – {c, d, e} = {a, b}; c) {a, b} – {a, b, c, d} = Ø

6.4) Complementar de um conjunto Pela definição da palavra complemento, temos que: “Complemento é a parte que se junta à outra, para esta formar um todo completo”.

Considere, ao lado, a seguinte figura que estes conjuntos formam. N

M P

A região hachurada pode ser representada por: a) M ∪ (N ∩ P); d) N – (M ∪ P); b) M – (N ∪ P); e) N ∪ (P ∩ M). c) M ∪ (N – P);

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AT

A

Sempre que A for o conjunto universo, C A = B. B


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

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Sintomas Frequência diarreia 62 febre 62 dor no corpo 72 diarreia e febre 14 diarreia e dor no corpo 08 febre e dor no corpo 20 diarreia, febre e dor no corpo X

Na tabela, X corresponde ao número de pessoas que apresentaram, ao mesmo tempo, os três sintomas. Pode-se concluir que X é igual a: a) 6 c) 10 b) 8 d) 12

DE A

2) (IFPE) Em uma cooperativa de agricultores do município de Vitória de Santo Antão, foi realizada uma consulta em relação ao cultivo da cultura da cana-de-açúcar e do algodão. Constatou-se que 125 associados cultivam a cana-de-açúcar, 85 cultivam o algodão e 45 cultivam ambos. Sabendo que todos os cooperativados cultivam pelo menos uma dessas duas culturas, qual é o número de agricultores da cooperativa? a) 210 d) 125 b) 255 e) 45 c) 165

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M

AT

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3) (UEG [Adaptada]) Em uma pesquisa realizada com 35 moradores na periferia de uma grande cidade para saberem a modalidade de leitura que realizam regularmente entre jornal, revista e outros livros, foi constatado que: 15 pessoas leem jornal, 17 pessoas leem revista, 14 pessoas leem outros livros, 7 pessoas leem jornal e revista, 6 pessoas leem revista e outros livros, e 5 pessoas leem jornal, revistas e outros livros. Suponha que as pessoas que leem jornais e outros livros, também leem revistas. Diante dessas informações verifica-se que: a) 5 pessoas não leem nenhuma das três modalidades; b) 4 pessoas não leem nenhuma das três modalidades; c) 3 pessoas não leem nenhuma das três modalidades; d) 2 pessoas não leem nenhuma das três modalidades; e) 1 pessoa não lê nenhuma das três modalidades. 4) (UERJ) Em um posto de saúde foram atendidas, em determinado dia, 160 pessoas com a mesma doença, apresentando, pelo menos, os sintomas diarreia, febre ou dor no corpo, isoladamente ou não. A partir dos dados registrados nas fichas de atendimento dessas pessoas, foi elaborada a tabela a seguir.

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5) (UFF) Uma pesquisa foi realizada para avaliar o consumo de três marcas de sucos. Descobriu-se que de 100 pessoas entrevistadas, 83 consomem pelo menos uma das três marcas, 57 consomem somente uma delas e 19 consomem somente duas das três marcas citadas. Determine o número de pessoas entrevistadas: a) Que não consomem nenhuma das três marcas; b) Que consomem as três marcas citadas. MAT0006

6) (CEFET) A classificação dos grupos sanguíneos é determinada pela presença ou não dos fatores A e B. O grupo A é constituído por pessoas que possuem apenas o fator A; o grupo B, por quem possui apenas o fator B. Se uma pessoa possui os dois fatores, é incluída no grupo AB; se não possui nenhum dos dois fatores, seu sangue é do tipo O. Em uma turma de 40 alunos, 15 são do grupo B, 23 não são do grupo A e 36 não são do grupo AB. Na turma, o número de alunos que possuem sangue do tipo O é: a) 4 d) 17 b) 8 e) 25 c) 13


MATEMÁTICA

Curiosidade: A escolha da letra Z para representar o conjunto dos números inteiros, deve-se a palavra Zahl, que em alemão significa número.

LI SE

Como pesquisa de opinião pode cair no ENEM? MAT0005

Note que N ⊂ Z (todo número natural é um número inteiro).

7.3) Conjunto dos números racionais É o conjunto dos números que podem ser escritos sob forma de fração.

DE A 5

ER IA L

Gabarito: A

Os números que usamos hoje em dia são divididos em grupos. Dependendo de suas características, cada grupo forma um tipo de conjunto de números. Esses conjuntos numéricos serão apresentados a seguir.

AT

7.1) Conjunto dos números naturais

M

Classificamos como naturais os números que representam quantidades de elementos de conjuntos finitos, inclusive o vazio. N = {0, 1, 2, 3,....}

7.2) Conjunto dos números inteiros Neste conjunto temos números positivos e negativos: Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,...}

/ a, b Є Z e b ≠ 0

b

Exemplos:

2

7) Conjuntos numéricos

a

Q=

,

–7 3

, 0,6 =

6 10

=

3 5

,7=

7 1

, 0,6666... =

6 9

=

2 3

Curiosidade: A utilização da letra ℚ deriva da palavra inglesa quotient, que significa quociente, já que a forma geral de um número racional é um quociente de dois números inteiros.

Observação • No conjunto dos Racionais encontram-se:

inteiros frações decimais exatos dizimas periódicas • Os números inteiros são também números racionais, pois podem ser considerados frações de denominador 1. • As frações que são números racionais são apenas aquelas que, na sua forma irredutível, possuem numerador e denominador 2 inteiros. Por exemplo é racional.

5

7

EM3MAT01

(ENEM) Numa pesquisa para se avaliar a leitura de três revistas A, B e C, descobriu-se que 81 pessoas leem, pelo menos, uma das revistas; 61 pessoas leem somente uma delas e 17 pessoas leem duas das três revistas. Assim sendo, o número de pessoas mais bem informadas dentre as 81 é: a) 3 d) 29 b) 5 e) 37 c) 12

Observação

As diversas formas de pesquisa de opinião, como torcida por clubes de futebol, candidatos à eleição, satisfação por determinado produto etc., sempre estarão restritos a um limitado número de respostas, sendo possível inclusive a escolha de mais de uma opção. O conteúdo de conjuntos permite facilmente extrair informações e conclusões a respeito dessas situações, podendo auxiliar em cálculos estatísticos e de probabilidade.


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

3 não é um número inteiro.

numerador

• Lembrete sobre operações com frações

Igualdade a c = b d

↔ ad = bc

Adição

Multiplicação

=

ad + bc bd

a c ac x = b d bd

Divisão

ER IA L

a c a d : = x b d b c

7.3.1) Dízimas Periódicas

Dízima periódica é o nome dado a um número decimal que possui uma parte periódica infinita. Exemplo: 0,333..., 1,252525... etc.

EM3MAT01

M

AT

Para representar uma dízima periódica na forma de fração, adotemos o seguinte método, descrito no passo a passo: 1o) Chame de x sua dízima; 2o) Multiplique por uma potência de 10 até isolar a parte periódica; 3o) Subtraia duas expressões com a parte periódica isolada; 4o) Isole x e obtenha a fração correspondente. Exemplos: Determine a fração geratriz de cada dízima.

8

b) 0,313131... x = 0,313131... 100x = 31,3131... – 0,3131... = 31 99x = 31 x = 31 99

DE A

a c + b d

LI SE

3 não é racional, pois o 2

• Mas, a fração

a) 0,777... x = 0,777... 10x = 7,777... 10x – x = 7,777... – 0,777... = 7 9x = 7 x= 7 9

7.4) Conjunto dos Números Irracionais Chamamos de Irracionais os números que não podem ser escritos sob forma de fração. Os números irracionais possuem infinitos algarismos decimais não periódicos. Em geral, o conjunto dos números irracionais é representado por Q (onde Q = R – Q). O símbolo ¡ representa o conjunto dos números reais, que será estudado mais adiante). Alguns textos usam I para representar o conjunto dos números irracionais. Vejamos alguns exemplos de números irracionais: • A diagonal de um quadrado unitário. Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:

d

1

1 d = 2 , onde: 2 = 1,4142136... • O número π ≈ 3,141592…


MATEMÁTICA

7.5) Conjunto dos números reais

O número π é definido como π =

LI SE

comprimento da circunferência C = diâmetro da circunferência 2r

O conjunto dos números reais R é a união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais (dízimas não periódicas).

onde r é o raio da circunferência. Assim, C = π → C = 2πr 2r

R=Q∪Q

7.6) Subconjuntos de conjuntos numéricos

O

r

C

Quando os sinais de (+), (–) ou (*) acompanham os conjuntos numéricos, trazem restrições a alguns elementos desses conjuntos. O sinal de (+) exclui os negativos O sinal de (–) exclui os positivos O sinal de (*) exclui o zero

DE A

• Diagonal de um cubo unitário Aplicando duas vezes o teorema de Pitágoras, temos: D = 3 , onde 3 ≈ 1,7320508…

AT

A razão áurea pode ser encontrada na natureza através de proporções nos seres humanos, padrões de crescimento em plantas, animais e insetos. O número de ouro traz uma interpretação de harmonia, continuidade e beleza. Vejamos algumas imagens:

M

Nas artes

Na natureza

7.7) Representação dos conjuntos numéricos em diagramas Como pôde ser observado pelas definições dos conjuntos vale a seguinte relação: N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R. Além disso, temos que Q C R, mas Q ∩ Q = O. Tudo isso pode ser representado pelo seguinte diagrama.

Z

Q

I

N

R

Note que no diagrama os conjuntos dos racionais e dos irracionais são disjuntos, isto é, a interseção é vazia. Mas ambos estão contidos no conjunto dos números reais.

9

EM3MAT01

ER IA L

• O número de Euler (e = 2,7182818), usado, por exemplo, no sistema de capitalização composta contínua (usado em juros compostos, por exemplo). • Radicais não exatos, como por exemplo ( 2 , 3 , 5 ): a raiz quadrada de um número natural, se não é inteira, é irracional. • O número de ouro (φ): 1 + 5 1,61803... 2

Vejamos alguns exemplos: N* = {1,2,3,…} Z– = {…–3, –2, –1,0} Z+* = {1,2,3,…}


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO {x Э R| x ≥ a} ou [a, + ∞[ ou [a, + ∞)

a

Em alguns cálculos aparecem situações em que precisamos extrair a raiz quadrada de números negativos. Números desse tipo não fazem parte de nenhum dos conjuntos estudados até agora. Em geral, números da forma

{x Э R| x > a} ou ]a, + ∞[ ou (a, + ∞)

a

NEGATIVO

8) Reta real

ER IA L

O conjunto pode ser representado por uma reta orientada que recebe o nome de reta real. –3 2 –2

–1

0

1

2 2

8.1) Intervalos reais

Dados dois números reais a e b, com a < b, define-se: Representação no eixo real

AT

Representação algébtica

{x Э R| a ≤ x ≤ b} ou [a,b]

a

b

{x Э R| a < x < b} ou ]a,b[ ou (a, b)

a

b

{x Э R| a ≤ x < b} ou [a,b[ ou [a, b)

a

b

{x Э R| a < x ≤ b} ou ]a,b] ou (a, b]

a

b

M EM3MAT01

10

a

{x Э R| x < a} ou ]–∞, a[ ou (–∞, a)

a

R ou ] –∞, + ∞[ ou (–∞, + ∞)

É comum usar também parênteses no lugar do colchete para fora para representar uma extremidade aberta de intervalo. Assim, ]2,3[ = (2,3). Porém, deve-se tomar cuidado para que essa notação não cause confusão com a notação para par ordenado.

DE A

não fazem parte do conjunto dos números reais. 4 6 Exemplos: –3 , –9 , –8 e –1 não são números reais. Números dessa forma fazem parte de um outro conjunto, chamado de conjunto dos números complexos, representado pelo símbolo ℂ. Esse conjunto será estudado com mais detalhes em outra ocasião. Uma observação que se faz agora sobre tal conjunto é que ℝ⊂ℂ.

{x Э R| x ≤ a} ou ]–∞, a] ou (–∞, a]

PAR

Intervalo ilimitado fechado à esquerda. Intervalo ilimitado aberto à esquerda. Intervalo ilimitado fechado à direita. Intervalo ilimitado aberto à direita. Intervalo ilimitado de –∞ a + ∞.

LI SE

Observação

PRATICANDO

7) (FUVEST) Se x e y são dois números inteiros, estritamente positivos e consecutivos, qual dos números abaixo é necessariamente um inteiro ímpar? a) 2x + 3y d) x + y + 1 b) 2xy + 2 e) xy + 1 c) 3x + 2y 8) (PUC) O valor de a) 0,222... b) 0,333... c) 0,444...

0,444.. é: d) 0,555... e) 0,666...

9) Interpretação de dados

Descrição Intervalo fechado de extremos a e b. Intervalo aberto de extremos a e b. Intervalo fechado em a e aberto em b. Intervalo aberto em a e fechado em b.

(Disponível em: https://goo.gl/faLMbK. Acesso em: agosto de 2016)

Todo dia, a todo momento somos bombardeados por diversos tipos de dados. Seja pe-


MATEMÁTICA

LI SE

c) Tabela periódica é onde ficam organizados os elementos químicos

los vários veículos de informações ou pelas sinalizações que nos rodeiam. Os vestibulares em geral, vêm dando uma atenção especial na habilidade de interpretar uma imagem, de ler e traduzir gráficos, na habilidade do tratamento da informação. A maneira de organizar essas informações pode fazer a diferença na hora de analisá-las. É isso que faremos agora, compreender as diversas formas de tratar uma informação.

9.1) Tabelas

9.1.1) Tabela de distribuição de frequências Destaca-se dentro das tabelas, uma muito importante denominada tabela de distribuição de frequências. Para isso, os elementos são separados em classes, e em seguida, a frequência de cada classe é contada. Cabe ressaltar que as classes podem ser unitárias, ou um intervalo real. Vejamos abaixo, um exemplo de classe unitária: Uma loja de roupas durante o mês de agosto vendeu 500 calças jeans dentre as numerações 38, 39, 40, 41 e 42. As numerações das calças vendidas podem ser classificadas de acordo com a tabela:

M

AT

b) Pesquisa sobre consumo de cerveja

Calças Jeans vendidas Quantidade Frequência Número (frequência) Relativa no 38

80

80 = 16% 500

no 39

110

110 = 22% 500

no 40

140

140 = 28% 500

no 41

130

130 = 26% 500

no 42

40

40 500

Total

500

= 8%

100%

11

EM3MAT01

ER IA L

DE A

As tabelas são de fundamental importância para organizar dados. Pode-se arrumar os dados coletados em diversos tipos de tabelas. Seguem abaixo alguns exemplos: a) Pesquisa sobre a quantidade de cafeína de alguns produtos


9.2) Gráficos

b)

DE A

Outra maneira de organizar dados é utilizando gráficos. Cada tipo de gráfico tem um objetivo.

Observe que são 80 calças número 38. Dizemos que 80 é frequência absoluta desse número de calças. Podemos dizer simplesmente que a frequência é 80. Se quisermos uma noção do quanto esse número representa em relação ao todo, usamos a frequência relativa, que é razão entre esse valor e o total. Dessa forma, a frequência relativa é a porcentagem de cada classe em relação ao total observado.

LI SE

ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

9.2.1) Gráfico em curva (ou gráfico em linha)

ER IA L

Esse tipo de gráfico é usado principalmente quando se tem observações temporais. Exemplo: O gráfico mostra a evolução da presença de homens e mulheres no mercado de trabalho entre os anos de 1940 e 2000.

9.2.3) Gráfico em setores Os gráficos em setores são utilizados para visualizar as proporções em relação ao todo. A medida do ângulo central, é diretamente proporcional à frequência do intervalo. Exemplo: Pesquisa sobre ameaças virtuais

AT

9.2.2) Gráfico em barras horizontais ou verticais (ou gráfico de colunas)

EM3MAT01

M

Os gráficos em barras são muito usados para comparar quantidades. As barras podem aparecer na vertical ou na horizontal. Em ambos casos, quanto maior o comprimento de uma barra, maior o valor que ela representa. Seguem alguns exemplos: a) Distribuição dos 64 jogos da Copa do Mundo de 2014 por região.

12

Quando falamos de tabela de distribuição de frequência, vimos o exemplo do número de calças vendidas em uma determinada loja. Mostraremos a seguir que, esse mesmo


exemplo pode ser representado de várias maneiras, usando os diferentes tipos de gráficos que acabamos de abordar.

Gráfico em barras horizontais

Calças jeans vendidas Gráfico em curva

LI SE

MATEMÁTICA

DE A

9.4) Histograma

ER IA L

Gráfico em barras verticais

Quando as classes são intervalos reais, a interpretação da distribuição de frequências em um sistema de eixos é feita por um tipo de gráfico chamado histograma. Exemplo: Para avaliar a altura de determinada faixa etária, um pesquisador retirou uma amostra de 80 adolescentes numa escola e mediu a altura deles, em centímetros, obtendo os seguintes resultados:

AT

Gráfico em setores

9.3) Infográfico

13

EM3MAT01

M

Infográfico é um conjunto de imagens e gráficos que, auxiliado por um breve texto, torna-se mais compreensível para o leitor. Este modelo de comunicação tem sido muito utilizado por diversos tipos de mídias e redes sociais, e cada vez mais explorado em vestibulares.


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

O polígono de frequência é obtido unindo-se os pontos médios da parte superior de cada retângulo do histograma com segmentos de reta. Vale a pena notar que a área delimitada pelo polígono de frequência é a mesma da soma dos retângulos que formam o histograma.

LI SE

9.4.1) Polígono de frequência

Preço dos imóveis tem queda real de 8,17% em um ano

ER IA L

DE A

O preço médio dos imóveis anunciados registrou queda real de 4,42%, descontada a inflação do período do primeiro semestre de 2016, de acordo com pesquisa divulgada pela FIPE, (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo portal ZAP imóveis divulgada no dia 05 de julho de 2016. Entenda os motivos da crise do setor imobiliário brasileiro. Quer saber mais sobre o tema? Então, visite a nossa página: www.4newsmagazine.com.br. #bolhaimobiliaria #querocasa

PRATICANDO

MAT0008

AT

9) (ENEM) No gráfico abaixo, mostra-se como variou o valor do dólar, em relação ao real, entre o final de 2001 e o início de 2005. Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$ 2,40. 4.00 3.60 3.20 2.80

M

2.40 2.00 1.80

EM3MAT01

1.20

jan 2002

jan 2003

jan 2004

jan 2005

(Banco do Brasil)

Durante esse período, a época em que o real esteve mais desvalorizado em relação ao dólar foi no: 14

a) Final de 2001 b) Final de 2002 c) Início de 2003 d) Final de 2004 e) Início de 2005 10) (ENEM) O número de indivíduos de certa população é representado pelo gráfico a seguir.


MATEMÁTICA

a)

b)

11) O gráfico apresenta informações referentes aos candidatos que se inscreveram para fazer uma prova. Na ficha de inscrição os candidatos informaram se tinham ou não irmãos.

Comparando os totais já vendidos nas três regiões, o gráfico que melhor compara os três vendedores é:

LI SE

Em 1975, a população tinha um tamanho aproximadamente igual ao de: a) 1960 d) 1970 b) 1963 e) 1980 c) 1967

DE A

c)

M

AT

12) Para estimular sua equipe comercial, uma empresa define metas de negócios de acordo com a região que cada vendedor atende. Na tabela estão apresentadas as metas mensais dos vendedores de três regiões e, respectivamente, o valor que falta para cada um vender na última semana de um determinado mês para atingir a meta. valor que falta Vendedor Meta mensal para atingir a meta Edu R$ 12.000,00 R$ 3.000,00 Fred R$ 20.000,00 R$ 2.000,00 Gil

R$ 15.000,00

R$ 6.000,00

d)

e)

13) (ENEM) O índice de eficiência utilizado por um produtor de leite para qualificar suas vacas é dado pelo produto do tempo de lactação (em dias) pela produção média diária de leite (em kg), dividido pelo intervalo entre partos (em meses). Para esse produtor, a vaca é qualificada como eficiente quando esse índice é, no mínimo, 281 quilogramas por mês, mantendo sempre as mesmas condições de manejo (alimentação, vacinação e outros). Na comparação de duas ou mais vacas, a mais eficiente é a que tem maior índice. A tabela apresenta os dados coletados de cinco vacas. 15

EM3MAT01

ER IA L

Analisando as informações apresentadas no gráfico, pode-se afirmar corretamente que o número de homens com irmãos corresponde, ao número de mulheres com irmãos, a: a) seis sétimos; b) três quartos; c) cinco sextos; d) dois terços; e) quatro quintos.


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

360

12,0

15

Mamona

310

11,0

12

Maravilha

260

14,0

12

Mateira

310

13,0

13

Mimosa

270

12,0

11

Após a análise dos dados, o produtor avaliou que a vaca mais eficiente é a a) Malhada d) Mateira b) Mamona e) Mimosa c) Maravilha

380

ER IA L

330

O cruzamento da quantidade de horas estudadas com o desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostra que mais tempo na escola não é garantia de nota acima da média. Notas no Pisa e carga horária (países selecionados)*

AT

NOTA DO PISA

Finlândia

M EM3MAT01

Coreia do Sul

5.500

Japão

6.000 6.500

Rússia

600

Média

550 Holanda

HORAS DE ESTUDO (dos 7 aos 14 anos)

Austrália 7.000

7.500

8.000

Portugal 450

8.500

9.000

Itália Israel

400

280 200 150 100

Tempo (em horas) 10

11

12

13

14

300

15

16

17

Neste dia, cinco investidores compraram e venderam o mesmo volume de ações, porém em horários diferentes, de acordo com a seguinte tabela. Investidor 1 2 3 4 5

Hora de compra 10:00 10:00 13:00 15:00 16:00

Hora de venda 15:00 17:00 15:00 16:00 17:00

Com relação ao capital adquirido na compra e venda das ações, qual investidor fez o melhor negócio? a) 1 d) 4 b) 2 e) 5 c) 3

México

*Considerando as médias de cada país no exame de matemática. (Nova Escola, São Paulo, dez. 2010 [adaptado]. Foto: Reprodução)

16

(ENEM) O gráfico fornece os valores das ações da empresa XPN, no período das 10 às 17 horas, num dia em que elas oscilaram acentuadamente em curtos intervalos de tempo. 460

Uma falsa relação

5.000

MAT0007

O domínio do universo dos investimentos depende, além da obtenção de informações relevantes, do raciocínio matemático. Um dos instrumentos mais importantes na análise do preço de uma ação é a Análise Técnica, no qual verifica-se o comportamento gráfico do preço do ativo, auxiliando os investidores na tomada de decisão.

Valor da ação (em reais)

14) (ENEM)

4.500

Como mercado de ações pode cair no ENEM?

DE A

Malhada

Gabarito: A

Vaca

Intervalo entre partios (em meses)

LI SE

Produção Tempo de média lactação diária (em dias) de leite (em kg)

Dos países com notas abaixo da média nesse exame, aquele que apresenta maior quantidade de horas de estudo é: a) Finlândia; d) México; b) Holanda; e) Rússia. c) Israel;

Dados relativos à produção das vacas


MATEMÁTICA

10.1) Média aritmética

Exemplo: A média aritmética entre os núme13 + 17 + 24 ros 13, 17 e 24 é X = = 18 3

ER IA L

10.2) Média aritmética ponderada

Acabamos de ver como calcular a média aritmética simples dos números x1, x2, ... ,xn. Suponha agora que o número x1 ocorre p1 vezes, o número x2 ocorre p2 vezes e assim sucessivamente até o número xn ocorre pn vezes. A média aritmética desses números é: P2 vezes

Pn vezes

AT X=

x1 + x1 + .... x1 + x 2 + x 2 + .... + x2 + .... + xn + xn.... + xn p1 + p2 + .... + pn

M

Dizemos que essa média é ponderada e que as frequências p1, p2, ... , pn dos números respectivamente são os pesos desses números. Podemos escrever então que a média aritmética ponderada é: X=

5 . 1 + 6,5 . 2 + 8 . 3 42 = =7 1+2+3 6

10.3) Mediana Se o número de elementos da distribuição é ímpar, mediana é a medida que ocupa a posição central num conjunto de dados ordenados, ou a média aritmética simples dos dois valores centrais se o número de elementos é par. Representaremos a mediana por Me Exemplos: a) Durante uma semana, um pesquisador coletou a temperatura média diária numa cidade e obteu 20°C, 25°C, 23°C, 23°C, 18°C, 19°C e 22°C. Note que o número de elementos é ímpar, logo existe um termo central. Colocando em ordem a amostra temos: 18 – 19 – 20 – 22 – 23 – 23 – 25. Observemos que o termo que ocupa a posição central é o 22. Logo a mediana será Me = 20 . b) Se a amostra coletada fosse 18 – 19 – 20 – 22 – 23 – 23, observe que temos agora dois termos centrais, dessa maneira a mediana será a média aritmética entre esses termos centrais. Logo a mediana será.

x1 . p1 + x2 . p2 + .... + xn . pn p1 + p2 + .... + pn

Me =

20 + 22 2

= 21

10.4) Moda Em uma amostra, Moda é o valor que aparece mais vezes. Representaremos a amostra por Mo. 17

EM3MAT01

x1 + x2 + .... + xn n

P1 vezes

X=

DE A

Definiremos média aritmética (simples) de uma lista de n números x1, x2, ... ,xn por X=

Resolução: 1a prova: 5,0 com peso 1 2a prova: 6,5 com peso 2 3a prova: 8,0. Com peso 3

Muitas vezes será mais prático usar um número para representar um conjunto de números. Em geral, é um número que assume perfeitamente as características de todo o conjunto, ou de pelo menos a grande maioria desses números. Ele é um representante desse conjunto. E é isso que as medidas de tendência central fazem.

Exemplo: Num bimestre, um professor de Matemática aplicou 3 provas com pesos 1, 2 e 3. As notas de Davi foram 5,0; 6,5; 8,0. Qual será a média?

LI SE

10) Medidas de tendência central


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

Observação

ER IA L

Caso possua 3 ou mais valores de maior frequência, a amostra é chamada de plurimodal.

PRATICANDO

15) (ENEM) O gráfico apresenta o comportamento de emprego formal surgido, segundo o CAGED, no período de janeiro de 2010 a outrubro de 2010.

AT

BRASIL - Comportamento do Emprego Formal no período de janeiro a outubro de 2010 - CAGED

400.000

300.000

305.068

181.419

209.425

299.415

212.952 181.796

246.875 204.804

M

200.000

266.415

298.041

100.000

EM3MAT01

0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010

Com base no gráfico, o valor da parte inteira da mediana dos empregos formais surgidos no período é:

18

d) 255.496 e) 298.041

LI SE

a) 212.952 b) 229.913 c) 240.621

MAT0032

16) (ENEM) Depois de jogar um dado em forma de cubo e de faces numeradas de 1 a 6, por 10 vezes consecutivas, e anotar o número obtido em cada jogada, construiu-se a seguinte tabela de distribuição de frequência. Número obtido 1 2 4 5 6

DE A

Exemplos: a) Num determinado concurso, foram coletadas notas de uma determinada parcela dos candidatos. As notas foram: 4, 6, 9, 6, 6, 3, 6 e 9 Colocando-os em ordem, obtemos 3, 4, 6, 6, 6, 9 e 9. Neste caso, o valor mais frequente é 6, ou seja, a moda é igual a 6. b) Determine a moda na sequência: 0, 1, 4, 4, 4, 6, 7, 7, 7 e 9. Nesse caso 4 e 7 aparecem com mais frequência e o mesmo número de vezes. Dizemos que a amostra é bimodal e que a amostra é 4 e 7. c) Determine a moda na sequência: 1, 4, 5, 7, 9 e 10. Note que nessa sequência não existe um elemento que mais se repete. Logo não existe moda. Uma amostra que não possui moda é chamada de amostra amodal.

Frequência 4 1 2 2 1

A média, mediana e moda dessa distribuição de frequências são, respectivamente: a) 3, 2 e 1 d) 5, 4 e 2 b) 3, 3 e 1 e) 6, 2 e 4 c) 3, 4 e 2 17) (ENEM) O quadro seguinte mostra o desempenho de um time de futebol no último campeonato. A coluna da esquerda mostra o número de gols marcados e a coluna da direita informa em quantos jogos o time marcou aquele número de gols. Gols marcados 0 1 2 3 4 5 7

Quantidade de partidas 5 3 4 3 2 2 1

Se X, Y e Z são, respectivamentes, a média, a mediana e a moda desta distribuição, então: a) X = Y < Z; d) Z < X < Y; b) Z < X = Y; e) Z < Y < X. c) Y < Z < X;


MATEMÁTICA

A

B

C

D

E

DE A

Mesmo sem aparecer as notas das equipes D e E, pode-se concluir que os valores da moda e da mediana são, respectivamente: a) 1,5 e 2,0 b) 2,0 e 1,5 c) 2,0 e 2,0 d) 2,0 e 3,0 e) 3,0 e 2,0

X1 =

ER IA L

X2 =

11) Medidas de dispersão

AT

Medir a dispersão é analisar o quanto os valores de um conjunto se afastam de uma regularidade. É verificar o quanto os elementos de um conjunto respeitam um padrão. Veremos a seguir os conceitos de variância e desvio padrão, que são medidas de dispersão, que indicam a regularidade de um conjunto de dados, em função da média aritmética.

11.1) Variância

M

(x1 – X)2 + (x2 – X)2 + ..... + (xn – X)2 n

6+7+6+5+6 5 8+7+6+5+4 5

=6

=6

=6

Calculemos a variância dos Grupos 1, 2 e 3. Var1(x) =

Var2(x) =

Var3(x) =

Considere uma amostra representada por {x1, x2, ...., xn} de n observações numéricas. A variância de uma população (Var(x)) é definida por:

Var(x) =

X3 =

6+6+6+6+6 5

(6 – 6)2 + (6 – 6)2 + (6 – 6)2 + (6 – 6)2 + (6 – 6)2 5

=0

(6 – 6)2 + (7 – 6)2 + (6 – 6)2 + (5 – 6)2 + (6 – 6)2 2 = = 0,4 5 5 (8 – 6)2 + (7 – 6)2 + (6 – 6)2 + (5 – 6)2 + (4– 6)2 5

=

10 5

=2

Note que o candidato 1, obteve todas as notas são iguais e assim, a variância é igual a 0. Entre os candidatos 2 e 3, não temos todas notas iguais. Note que Var2(x) < Var3(x), concluímos que o candidato 2 tem notas mais regulares do que o candidato 3. Como o candidato 1 obteve a menor variância, ele será selecionado para ocupar a vaga na empresa.

19

EM3MAT01

3 2 1 0

LI SE

Pontuação da gincana

18) (ENEM) Cinco equipes A, B, C, D e E disputaram uma prova de gincana na qual as pontuações recebidas podiam ser 0, 1, 2 ou 3. A média das cinco equipes foi de 2 pontos. As notas das equipes foram colocadas no gráfico a seguir, entretanto, esqueceram de representar as notas da equipe D e da equipe E.

Onde X é a média aritmética da distribuição. Exemplo: Três pessoas irão disputar um emprego em uma empresa multinacional. Após a entrevista, onde os três foram bem, a empresa decidiu colocá-los para fazer uma prova sobre assuntos relativos ao trabalho que executarão. Cada candidato fará cinco provas. Ao final das cinco provas, os três candidatos tiveram a mesma média, e dessa forma a empresa optou por selecionar o candidato com uma maior regularidade de conhecimento sobre os assuntos, contratando então o candidato com a menor variância. As notas dos candidatos foram: Candidato 1: 6,0; 6,0; 6,0; 6,0; 6,0. Candidato 2: 6,0; 7,0; 6,0; 5,0; 6,0. Candidato 3: 8,0; 7,0; 6,0; 5,0; 4,0. Note que as médias dos candidatos são


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

Var(x) =

(x1 – X)2 + (x 2 – X)2 + ..... + (xn – X)2 n

Como radar de trânsito pode cair no ENEM?

AT

Observação

EM3MAT01

M

• Quanto mais uniforme forem os valores, mais próximo de zero estará o desvio padrão. • Quando todos valores são iguais o desvio padrão é zero. Assim a amostra é perfeitamente uniforme. • Quando estamos interessados em saber qual conjunto de valores possui uma maior regularidade podemos usar tanto a variância, como o desvio padrão.

20

MAT0031

Os radares de trânsito são importantes, pois, em geral, utilizam o cálculo de velocidade média para monitorar os veículos que trafegam em níveis maiores do que o permitido. Portanto, o ENEM pode explorar muito bem os conceitos estatísticos como média, moda ou variância para avaliar situações envolvendo esse assunto.

(ENEM) Um sistema de radar é programado para registrar automaticamente a velocidade de todos os veículos trafegando por uma avenida, onde passam em média 300 veículos por hora, sendo 55 km/h a máxima velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos registros do radar permitiu a elaboração da distribuição percentual de veículos de acordo com sua velocidade aproximada. Veículos (%)

ER IA L

DE A

Exemplo: Voltemos para o exemplo anterior onde calculamos a variância de cada um dos três candidatos. Calculemos agora o desvio padrão das amostras das notas dos três candidatos. Grupo 1: 6,0; 6,0; 6,0; 6,0; 6,0. Grupo 2: 6,0; 7,0; 6,0; 5,0; 6,0. Grupo 3: 8,0; 7,0; 6,0; 5,0; 4,0. No candidato 1, a variância que encontramos foi zero. Como o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, segue que o desvio padrão também é zero. Além disso, todos os valores do candidato 1 são iguais a 6. Sempre que todos os valores forem iguais o desvio padrão será zero. No candidato 2, a variância encontrada foi Var2(x) = 0,4. Logo, o desvio padrão será s2= 0,4 ≅ 0,63. No candidato 3, a variância encontrada foi Var3(x) = 2. Logo, o desvio padrão será s3 = 2 = 2 ≅ 1,4. Note que, s2 < s3. Concluímos então que o candidato 2 tem notas mais regulares do que o candidato 3.

LI SE

s=

• O desvio padrão é expresso na mesma unidade de medida das variáveis do conjunto. • Se estivermos interessados em saber com mais precisão o quanto cada conjunto se afastou de uma uniformidade, é melhor calcular o desvio padrão, já que ele se encontra na mesma unidade de medida dos dados apresentados.

O desvio padrão é outra forma de analisar a regularidade de um conjunto de valores. O desvio padrão de uma população é dado pela raiz quadrada da variância. Logo temos:

45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

40 30 15 6

5 10

20

30

3

40 50 60 70 Velocidade (km/h)

1 80

90

100

A velocidade média dos veículos que trafegam nessa avenida é de: a) 35 km/h; d) 76 km/h; b) 44 km/h; e) 85 km/h. c) 55 km/h;

Gabarito: B

11.2) Desvio padrão


MATEMÁTICA

45

44

Equipes V

45

47

Desvio-padrão 5 4 1 3 2

ER IA L

Utilizando os dados estatísticos do quadro, a campeã foi a equipe: a) I b) II c) III d) IV e) V

M

AT

20) (ENEM) Marco e Paulo foram classificados em um concurso. Para a classificação no concurso o candidato deveria obter média aritmética na pontuação igual ou superior a 14. Em caso de empate na média, o desempate seria em favor da pontuação mais regular. No quadro a seguir são apresentados os pontos obtidos nas provas de Matemática, Português e Conhecimentos Gerais, a média, a mediana e o desvio padrão dos dois candidatos. Dados dos candidatos no concurso: Matemática Português

21) (FSP) Em uma determinada empresa, os trabalhadores devem se especializar em pelo menos uma língua estrangeira, francês ou inglês. Em uma turma de 76 trabalhadores, têm-se: • 49 que optaram somente pela língua inglesa; • 12 que optaram em se especializar nas duas línguas estrangeiras. O número de trabalhadores que optaram por se especializar em língua francesa foi: a) 15 b) 27 c) 39 d) 44 e) 64

Conhecimentos Gerais

Média

Mediana

Desvio padrão

Marco

14

15

16

15

15

0,32

Paulo

8

19

18

15

18

4,97

O candidato com pontuação mais regular, portanto mais bem classificado no concurso, é:

22) (UERJ) Em uma escola circulam dois jornais: Correio do Grêmio e O Estudante. Em relação à leitura desses jornais, por parte dos 840 alunos da escola, sabe-se que: – 10% não leem esses jornais; – 520 leem o jornal O Estudante; – 440 leem o jornal Correio do Grêmio. Calcule o número total de alunos do colégio que leem os dois jornais. 23) (ESPM) Considere os seguintes subconjuntos de alunos de uma escola: A: alunos com mais de 18 anos; B: alunos com mais de 25 anos; C: alunos com menos de 20 anos. Assinale a alternativa com o diagrama que melhor representa esses conjuntos: 21

EM3MAT01

Equipes IV

APROFUNDANDO

DE A

Equipes Média Moda Equipes I 45 40 Equipes II 45 41 Equipes III 45 44

19) (ENEM) Em uma corrida de regularidade, a equipe campeã é aquela em que o tempo dos participantes mais se aproxima do tempo fornecido pelos organizadores em cada etapa. Um campeonato foi organizado em 5 etapas, e o tempo médio de prova indicado pelos organizadores foi de 45 minutos por prova. No quadro, estão representados os dados estatísticos das cinco equipes mais bem classificadas. Dados estatísticos das equipes mais bem classificadas (em minutos).

a) Marco, pois a média e a mediana são iguais; b) Marco, pois obteve menor desvio padrão; c) Paulo, pois obteve a maior pontuação da tabela, 19 em Português; d) Paulo, pois obteve maior mediana; e) Paulo, pois obteve maior desvio padrão.

LI SE

PRATICANDO


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

– 3 crianças moram na Tijuca, vão de ônibus, mas não jantam na creche; – 9 crianças não moram na Tijuca, não vão de ônibus e não jantam na creche; – 11 crianças moram na Tijuca e jantam na creche; – 16 crianças moram na Tijuca; – 9 crianças vão de ônibus e jantam na creche; – 13 crianças vão de ônibus. Quantas crianças jantam na creche? a) 11 b) 15 c) 17 d) 18

LI SE

a)

b)

c)

DE A

26) (CEFET) Numa pesquisa com 2000 pessoas no Bairro Nova Cintra sobre a audiência de três programas de T V, obteve-se o seguinte resultado:

e)

ER IA L

d)

EM3MAT01

M

AT

24) Uma pesquisa realizada com 245 atletas, sobre as atividades praticadas nos seus treinamentos, constatou que 135 desses atletas praticam natação, 200 praticam corrida e 40 não utilizavam nenhuma das duas modalidades no seu treinamento. Então, o número de atletas que praticam natação e corrida é: a) 70 b) 95 c) 110 d) 125 e) 130 25) Numa creche com 32 crianças: – 5 crianças moram na Tijuca, vão de ônibus e jantam na creche;

22

Programas A B C AeB AeC BeC A, B e C

No de telespectadores 1220 400 1080 220 800 180 100

Analisando os resultados, a porcentagem de telespectadores que nãoassistem a nenhum desses programas é: a) 5% b) 10% c) 20% d) 30% 27) (CEFET) Na aplicação de uma avaliação com três questões A, B e C, em uma escola, obteve-se os seguintes resultados: Questão A B

Número de alunos que acertou 40 35


MATEMÁTICA

DE A

Com base nesses dados, o número de alunos que acertaram a questão C é: a) 30 b) 36 c) 51 d) 54

Os conjuntos numéricos são, como afirma o matemático, uma das grandes invenções humanas. Assim, em relação aos elementos desses conjuntos, é correto afirmar que: a) o produto de dois números irracionais é sempre um número irracional; b) a soma de dois números irracionais é sempre um número irracional; c) entre os números reais 3 e 4 existe apenas um número irracional; d) entre dois números racionais distintos existe pelo menos um número racional; e) a diferença entre dois números inteiros negativos é sempre um número inteiro negativo.

LI SE

AeB 15 AeC 10 BeC 10 A, B e C 5 30% dos alunos acertaram apenas a questão C, 24 alunos erraram todas as questões.

ER IA L

28) (UERN) Uma empresa de software aloca seus funcionários em duas equipes de trabalho: manutenção e atendimento. Sabe-se que 80% de seus funcionários trabalham na equipe de manutenção e 35% na equipe de atendimento. Sabendo-se que essa empresa possui 500 funcionários e que um funcionário não precisa necessariamente trabalhar em uma única equipe, então o número de funcionários que trabalham nas equipes de atendimento e de manutenção é: a) 50 c) 65 b) 60 d) 75

30) (UFF) Segundo o matemático Leopold Kronecker (1823–91) “Deus fez os números inteiros, o resto é trabalho do homem.”

Segundo as regras do jogo, quantas cartas da mão desse jogador podem formar um par com a carta da mesa? a) 9 d) 4 b) 7 e) 3 c) 5

23

EM3MAT01

M

AT

29) (PUC-RS) Em nossos trabalhos com matemática, mantemos um contato permanente com o conjunto R dos números reais, que possui, como subconjuntos, o conjunto N dos números naturais, o conjunto Z dos números inteiros, o Q dos números racionais e o dos números irracionais I. O conjunto dos números reais também pode ser identificado por a) N U Z; d) Z U I; b) N U Q; e) Q U I. c) Z U Q;

31) (ENEM) No contexto da matemática recreativa, utilizando diversos materiais didáticos para motivar seus alunos, uma professora organizou um jogo com um tipo de baralho modificado. No início do jogo, vira-se uma carta do baralho na mesa e cada jogador recebe em mãos nove cartas. Deseja-se formar pares de cartas, sendo a primeira carta a da mesa e a segunda, uma carta na mão do jogador, que tenha um valor equivalente àquele descrito na carta da mesa. O objetivo do jogo é verificar qual jogador consegue o maior número de pares. Iniciado o jogo, a carta virada na mesa e as cartas da mão de um jogador são como no esquema:


a)

T

Z

Y 0

b)

XZ

Y

X

X

Y

Z

ER IA L

T

0

d)

T

ZX

Y

0

e)

ZX

Y T

0

AT

33) (UERJ) O segmento XY indicado na reta numérica abaixo, está dividido em dez segmentos congruentes pelos pontos A, B, C, D, E, F, G, H e I. A

X

E F G H I Y

Admita que X e Y representem, respectiva3 1 mente, os números e . O ponto D re2 6 presenta o seguinte número: 1 a) 5 b) 8 15

M EM3MAT01

B C D

24

34) O gráfico apresenta uma comparação entre as porções que os alunos pesquisados consomem dos grupos alimentares citados bem como as porções recomendadas por nutricionistas.

T

0

c)

d) 7 10

DE A

Para que Clara atinja 40 pontos nessa rodada, a figura que representa seu jogo, após a colocação das fichas no tabuleiro, é:

c) 17 30

32) (ENEM) Em um jogo educativo, o tabuleiro é uma representação da reta numérica e o jogador deve posicionar as fichas contendo números reais corretamente no tabuleiro, cujas linhas pontilhadas equivalem a 1 (uma) unidade de medida. Cada acerto vale 10 pontos. Na sua vez de jogar, Clara recebe as seguintes fichas:

LI SE

ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

A partir da análise dos dados do gráfico, pode-se concluir que: a) o número de porções consumidas de óleo e gorduras é o triplo do número recomendado; b) o número de porções consumidas de leite, queijo e iogurte está acima do número recomendado; c) os alunos consomem doze porções de açúcares e doces para cada porção de verduras e legumes consumida; d) os adolescentes consomem, em quatro dos oito grupos alimentares citados, mais do que o dobro do recomendado pelos nutricionistas; e) o número de porções consumidas de carnes e ovos e de feijões e leguminosas supera o número de porções consumidas de arroz, pães, massa, batata e mandioca.


MATEMÁTICA

Suponha que a variação percentual relativa na taxa de fecundidade no período de 2000 a 2010 se repita no período de 2010 a 2020. Nesse caso, em 2020 a taxa de fecundidade no Brasil estará mais próxima de: a) 1,14 d) 1,70 b) 1,42 e) 1,80 c) 1,52

LI SE

35) Observe com atenção o quadro a seguir.

37) O gráfico abaixo apresenta informações sobre a participação dos três únicos vendedores de uma pequena corretora no valor total de vendas de seguros, no segundo quadrimestre de 2015.

DE A

IBGE: desemprego sobe mais entre jovens de 18 a 24 anos, chegando a 16,4%

O aumento do desemprego em maio foi maior entre os jovens, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). (Disponível em: www.uol.com.br. [Adaptado] Acesso em: 25/06/2015.)

M

AT

36) (ENEM) A taxa de fecundidade é um indicador que expressa a condição, reprodutiva média das mulheres de uma região, e é importante para uma análise da dinâmica demográfica dessa região. A tabela apresenta os dados obtidos pelos Censos de 2000 e 2010, feitos pelo IBGE, com relação à taxa de fecundidade no Brasil. Ano 2000 2010

Taxa de fecundidade no Brasil 2,38 1,90

(Disponível em: www.saladeimprensa.ibge.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2013.)

Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que contém uma afirmação correta. a) Não houve mês em que dois vendedores tiveram o mesmo valor de venda. b) O valor das vendas de Roberto, em junho, e o valor das vendas de Ana, em julho, foram necessariamente iguais. c) O valor das vendas de Mário, em agosto, foi necessariamente menor que o valor das vendas de Ana, em julho. d) No mês de maio, o valor das vendas de Ana necessariamente correspondeu ao dobro do valor das vendas de Mário. e) Em todos os quatro meses do segundo trimestre de 2015, os valores em vendas da corretora foram iguais. 38) (UERJ) As tabelas abaixo mostram os palpites de três comentaristas esportivos sobre os resultados de cinco diferentes times de futebol, em cinco partidas a serem realizadas.

25

EM3MAT01

ER IA L

No último censo realizado em 2010, o IBGE estimava a população de jovens entre 18 e 24 anos em torno de 24 milhões. Supondo que o número não tenha se alterado e tomando-o por base, pode-se dizer que o número de desempregados nessa faixa, 18 a 24 anos, aumentou, no último ano, em aproximadamente: a) 500 mil; b) 1 milhão; c) 1 milhão e meio; d) 2 milhões.


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

Empate

Vitória

Derrota X X

X X X

Comentarista B Empate

Vitória

X X X

Comentarista C Empate X

Vitória X X

Derrota

ER IA L

Time 1 2 3 4 5

Derrota X X

X

X

AT

O resultado de cada time foi acertado por pelo menos dois comentaristas. Se NA , NB e NC e são os números de palpites certos dos comentaristas A, B e C, a relação entre eles pode ser expressa por: a) NA > NB > NC; b) NA > NB = NC; c) NA = NB > NC; d) NA = NB = NC.

EM3MAT01

M

39) (ENEM) Uma pessoa, ao fazer uma pesquisa com alguns alunos de um curso, coletou as idades dos entrevistados e organizou esses dados em um gráfico.

26

40) O gráfico abaixo apresenta informações sobre os números de livros lidos no mês passado pelos alunos de uma determinada turma. Sabendo-se que a informação de todos os alunos consta nesse gráfico, e que não há aluno que leu mais de 3 livros, utilize-o para responder à(s) questão(ões). (modificação no gráfico, para melhor representar a ideia envolvida)

DE A

Time 1 2 3 4 5

Qual a moda das idades, em anos, dos entrevistados? a) 9 d) 15 b) 12 e) 21 c) 13

Time 1 2 3 4 5

LI SE

Comentarista A

A média do número de livros lidos no mês passado por essa turma é exatamente: a) 2,6 b) 1,5 c) 1,9 d) 2,05 e) 1,73 41) (ENEM) Em uma escola, cinco atletas disputam a medalha de ouro em uma competição de salto em distância. Segundo o regulamento dessa competição, a medalha de ouro será dada ao atleta mais regular em uma série


MATEMÁTICA

Atleta

1o salto 2o salto 3o salto Média Mediana

I II III IV V

2,9 3,3 3,6 2,3 3,7

3,4 2,8 3,3 3,3 3,5

3,1 3,6 3,3 3,4 2,2

3,1 3,2 3,4 3,0 3,1

3,1 3,3 3,3 3,3 3,5

Desvio padrão 0,25 0,40 0,17 0,60 0,81

43) (UERJ) Técnicos do órgão de trânsito recomendaram velocidade máxima de no trecho de uma rodovia onde ocorrem muitos acidentes. Para saber se os motoristas estavam cumprindo as recomendações, foi instalado um radar móvel no local. O aparelho registrou os seguintes resultados percentuais relativos às velocidades dos veículos ao longo de trinta dias, conforme o gráfico abaixo:

A medalha de ouro foi conquistada pelo atleta número: a) I d) IV b) II e) V c) III

c) Branca e os de número 36; d) Preta e os de número 38; e) Preta e os de número 37.

LI SE

de três saltos. Os resultados e as informações dos saltos desses cinco atletas estão no quadro.

ER IA L

DE A

42) (ENEM) Uma loja que vende sapatos recebeu diversas reclamações de seus clientes relacionadas à venda de sapatos de cor branca ou preta. Os donos da loja anotaram as numerações dos sapatos com defeito e fizeram um estudo estatístico com o intuito de reclamar com o fabricante. A tabela contém a média, a mediana e a moda desses dados anotados pelos donos. Estatísticas sobre as numerações dos sapatos com defeito Média Mediana Moda Numerações dos sapatos 36 37 38 com defeito

44) (ENEM) Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis de uma cidade, no qual foram anotados os valores, em reais, das diárias para um quarto padrão de casal e a quantidade de hotéis para cada valor da diária. Os valores das diárias foram: A = R$200,00; B = R$300,00; C = R$400,00 e D = R$600,00. No gráfico, as áreas representam as quantidades de hotéis pesquisados, em porcentagem, para cada valor da diária.

27

EM3MAT01

M

AT

Para quantificar os sapatos pela cor, os donos representaram a cor branca pelo número 0 e a cor preta pelo número 1. Sabe-se que a média da distribuição desses zeros e uns é igual a 0,45. Os donos da loja decidiram que a numeração dos sapatos com maior número de reclamações e a cor com maior número de reclamações não serão mais vendidas. A loja encaminhou um ofício ao fornecedor dos sapatos, explicando que não serão mais encomendados os sapatos de cor: a) Branca e os de número 38; b) Branca e os de número 37;

Determine a média de velocidade, em km/h, dos veículos que trafegaram no local nesse período.


Temperatura (em oC)

1

15,5

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

14 13,5 18 19,5 20 13,5 13,5 18 20 18,5 13,5 21,5 20 16

ER IA L

Dia do mês

EM3MAT01

M

AT

Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são, respectivamente, iguais a: a) 17°C, 17°C e 13,5°C; b) 17°C, 18°C e 13,5°C; c) 17°C, 135°C e 18°C; d) 17°C, 18°C e 21,5°C; e) 17°C, 13,5°C e 21,5°C. Texto para as próximas 2 questões: 46) (UERJ) Após serem medidas as alturas dos alunos de uma turma, elaborou-se o seguinte histograma:

28

Sabe-se que, em um histograma, se uma reta vertical de equação x – x0 divide ao meio a área do polígono formado pelas barras retangulares, o valor de x0 corresponde à mediana da distribuição dos dados representados. Calcule a mediana das alturas dos alunos representadas no histograma.

DE A

45) (ENEM) Uma equipe de especialistas do centro meteorológico de uma cidade mediu a temperatura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias intercalados, a partir do primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento é frequente, uma vez que os dados coletados servem de referência para estudos e verificação de tendências climáticas ao longo dos meses e anos. As medições ocorridas nesse período estão indicadas no quadro:

O valor mediano da diária, em reais, para o quarto padrão de casal nessa cidade, é: a) 300,00 d) 375,00 b) 345,00 e) 400,00 c) 350,00

LI SE

ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

47) Os dados do histograma também podem ser representados em um gráfico de setores. Observe:

Calcule o maior ângulo central, em graus, desse gráfico de setores. 48) (FGV) O gráfico de barras indica como informação principal o número de pessoas atendidas em um pronto-socorro, por faixa etária, em um determinado dia. Outra informação apresentada no gráfico, por meio das linhas verticais, é a frequência acumulada. Em virtude de um rasgo na folha em que o gráfico estava desenhado, as informações referentes à última barra, e apenas elas, foram perdidas, como se vê na figura.


MATEMÁTICA

LI SE

50) (UNICAMP) A pizza é, sem dúvida, o alimento preferido de muitos paulistas. Estima-se que o consumo diário no Brasil seja de 1,5 milhão de pizzas, sendo o estado de São Paulo responsável por 53% desse consumo. O gráfico abaixo exibe a preferência do consumidor paulista em relação aos tipos de pizza.

A média de idade do total de pessoas de 0 a 20 anos que frequentou o pronto-socorro nesse dia foi 12,4 anos. Nessas condições, na folha intacta do gráfico original, o comprimento da linha vertical posicionada na última barra, que indica a frequência acumulada até 20 anos de idade, em centímetros, era igual a a) 8,8 d) 11,2 b) 9,6 e) 12,0 c) 10,4

a) Se não for considerado o consumo do Estado de São Paulo, quantas pizzas são consumidas diariamente no Brasil? b) Quantas pizzas de mozarela e de calabresa são consumidas diariamente no Estado de São Paulo?

DE A

49) (UNESP) A média aritmética dos elementos de um conjunto formado por n valores numéricos diminui quatro unidades quando o número 58 é retirado. Quando o número 57 é adicionado ao conjunto original, a média aritmética dos elementos desse novo conjunto aumenta três unidades em relação à média inicial. Qual o valor da soma dos elementos originais do conjunto?

ER IA L

DESAFIANDO

AT

51) Um evento cultural ofereceu três atrações ao público: uma apresentação de dança, uma sessão de cinema e uma peça de teatro. O público total de participantes que assistiu a pelo menos uma das atrações foi de 200 pessoas. Sabe-se, também, que 115 pessoas compareceram ao cinema, 95 à dança e 90 ao teatro. Além disso, constatou-se que 40% dos que foram ao teatro não foram ao cinema, sendo que destes 25% foram apenas ao teatro. Outra informação levantada pela organização do evento foi que o público que assistiu a mais de uma atração é igual ao dobro dos que assistiram somente à apresentação de dança. Se apenas 2 pessoas compareceram a todas as atrações, então a quantidade de pessoas que assistiu a somente uma das atrações é: a) 102 d) 120 b) 114 e) 152 c) 98

29

EM3MAT01

M

52) (ENEM) Um produtor de café irrigado em Minas Gerais recebeu um relatório de consultoria estatística, constando, entre outras informações, o desvio padrão das produções de uma safra dos talhões de suas propriedades. Os talhões têm a mesma área de 30 000 m2 e o valor obtido para o desvio padrão foi de 90 kg/talhão. O produtor deve apresentar as informações sobre a produção e a variância dessas produções em sacas de 60 kg por hectare (10 000 m2). A variância das produções dos talhões expressa em (sacas/hectare) 2 é: a) 20,25 d) 0,50 b) 4,50 e) 0,25 c) 0,71


ESTATÍSTICA: TRABALHANDO CONJUNTOS E ESTRUTURANDO O PROCESSO ESTATÍSTICO

LI SE

53) (FGV) O gráfico a seguir indica a massa de um grupo de objetos.

RESUMINDO

DE A

Acrescentando-se ao grupo n objetos de massa 4 kg cada, sabe-se que a média não se altera, mas o desvio padrão se reduz à metade do que era. Assim, é correto afirmar que n é igual a: a) 18 d) 9 b) 15 e) 8 c) 12

• Relações de pertinência: elemento Э, Э conjunto; • Relações de inclusão: conjunto ⊂, ⊄, ⊃, ⊄;

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• O número de subconjuntos de um conjunto A com n elementos é 2n; • Média Aritmética X = X1+ X 2 + ..... + Xn ; n • Mediana: Se o número de elementos da distribuição é ímpar, mediana é o valor que ocupa a posição central num conjunto de dados ordenados. Se o número de valores da distribuição é par, a mediana é média aritmética simples dos dois valores centrais; • Moda: A moda (Mo) é essa observação mais frequente de um conjunto de dados; • Variância: Seja uma amostra representada por {x1, x2, .... , xn} de n observações numéricas. A variância de uma população (Var(x)) é definida por: (x1 – X)2 + (x2 – X)2 + ..... +(xn – X)2 ; n

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Var(x) = a2 =

• Desvio padrão: dpadão = Variância;

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• Tanto a variância quanto o desvio padrão é utilizado para medir a regularidade de uma amostra. Quanto menor é a variância, mais regular será a minha amostra.

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QUÍMICA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MATÉRIA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS

Objetivos de aprendizagem:

• Reconhecer as propriedades gerais e específicas e identificar as características macroscópicas e microscópicas; reconhecer as mudanças de estado físico e as energias envolvidas;

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• Descrever e classificar substâncias simples, compostas e alotrópicas: a ideia do elemento químico; • Reconhecer misturas homogêneas (sólida, líquida e gasosa) e heterogêneas e diferenciar de substâncias puras;

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• Interpretar e escolher os processos mais comuns de separação de misturas: evaporação, dissolução fracionada, filtração, destilação, decantação e liquefação, separação magnética, flotação, fusão fracionada, peneiração.


Primeira visão da Química...

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ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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Já na pré-história o ser humano desenvolveu uma cultura mística. O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cercava, levaram o homem primitivo a criar sistemas de crenças e rituais “mágicos”. Ele buscava o significado dos fenômenos da natureza e de sua própria existência. Imaginemos um filme sobre a (Disponível em: http://www.alquimia-sabores.com/ Imagens/quadro1.png. Acesso em abril de 2016) evolução da humanidade, desde o ser humano mais primitivo até os dias atuais. Notaríamos que o desenvolvimento material da humanidade ocorreu graças ao melhor aproveitamento e ao desenvolvimento das técnicas de transformação dos recursos disponíveis na natureza. Nesse contexto, como todo ramo do conhecimento humano, a Química também tem acompanhado a evolução histórica da humanidade. Com relação a esse caderno, teremos uma “primeira visão da Química”, devemos esclarecer que a “visão” aqui apresentada é, por enquanto, bastante simplificada e incompleta. Então, o objetivo deste é exatamente o de dar algumas ideias de matéria, suas transformações, e da energia que estas envolvem. Química é a ciência que estuda a composição e as propriedades das diferentes matérias, suas transformações e variações de energia; ela é utilizada em muitas atividades, como por exemplo, os agricultores a utilizam para melhorar a acidez do solo, os médicos para conhecer a composição das substâncias utilizadas como medicamento.

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1) Matéria, corpo, objeto e energia

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Hoje em dia, não há dúvidas de que, toda matéria é formada por minúsculas partículas denominadas de átomos. Desde o início da civilização até hoje, a humanidade pôde observar que a natureza é formada por materiais muito diferentes entre si. Todos esses materiais que nos rodeiam (a terra, as pedras, a água e os seres vivos) constituem o que chamamos matéria. Daí dizemos que:

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• Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço (isto é, tem volume). Massa e volume são então propriedades gerais da matéria. Vale lembrar que a matéria pode se apresentar sólida (por exemplo, as pedras), líquida (por exemplo, a água) ou gasosa (por exemplo, o ar que respiramos). Desta forma podemos definir que: • Corpo é qualquer porção limitada da matéria. Como por exemplo, uma tábua de madeira, um pedaço de ferro ou uma pedra de granito. • Objeto é um corpo que possui aplicações úteis para o homem.


QUÍMICA

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Laranja Amarelo Azul

Como, por exemplo, uma mesa de madeira, uma grade de ferro ou uma estátua de granito. E, afinal, o que é energia? É difícil defini-la, por se tratar de algo que não é material, mas nem por isso duvidamos de sua existência. De fato, até hoje ninguém viu a energia elétrica passando por um fio, mas, mesmo assim, evitamos o contato direto com fios desencapados. Sendo assim: • Energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar um trabalho.

2) Estados físicos da matéria

Qual é o estado físico da chama de uma vela? Depende da cor do fogo. Uma chama azulada é bem mais quente que uma amarela ou laranja. O fogo amarelo de uma vela está no estado gasoso, mas a chama azul (como o de um fogão) tem gás e plasma juntos. Podemos dar energia a um sólido para levá-lo ao estado líquido e depois ao estado gasoso, agora imagine que possamos dar energia a um gás, de forma a separá-lo em íons e elétrons. Isso é o plasma, uma mistura neutra de íons e elétrons. A chama de uma vela, a luminescência da lâmpada de luz fria, a descarga elétrica, o jato de fogo que sai de um foguete, o rastro que deixa o relâmpago e mais de 90% do que há no universo, são exemplos deste quarto estado da matéria, o plasma. Ainda há mais dois estados físicos: o condensado de Bose-Einstein e o condensado fermiônico.

(Disponível em: https://goo.gl/bZGY7n. Acesso em: abril de 2016)

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Cada um dos três estados de agregação apresenta características próprias que o definem – como volume, densidade e forma – mas que podem ser alteradas pela variação de temperatura ou de pressão. Quando uma substância muda de estado, sofre alteração nas suas características macroscópicas (volume, forma etc) e microscópicas (arranjo das partículas), não havendo alteração em sua composição. O quarto estado de agregação é o plasma.

3) Mudanças de estado O estado físico ou mudança de estado de agregação da matéria pode ser alterado por variações de temperatura e pressão, sem que seja alterada a composição da matéria. Cada mudança de estado recebe um nome particular. Vamos exemplificar estas mudanças de estado com a água, comum e usual no nosso cotidiano:

3

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No nosso cotidiano, a matéria é encontrada – fundamentalmente – em três estados físicos, que são conversíveis entre si: sólido, líquido e gasoso. Toda a matéria é constituída de pequenas partículas, e o seu estado físico depende do espaço entre elas, tendo assim, maior ou menor estado de agregação.

Incolor


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

Temperatura (°C)

(Disponível em: https://goo.gl/oShdgo. Acesso em: abril de 2016)

u

°C

) da

fu

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( ão

C) íci

od

ae

b

ç uli

ão

F im

In

0 (10

Água + vapor

Trecho de ebulição: Gelo + água coexistem água e Neste lo vapor em Trecho de trecho só Ge fusão: existe água temperatura conscoexistem (líquido), Neste gelo e água cuja tempe- tante trecho só (100 °C). em temperatura está existe gelo ratura cons- subindo (sólido), tante (0°C). cuja temperatura está subindo. u Ág

a

°C

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0 10 o(

°C

)

a

Neste trecho só existe vapor d’água, cuja temperatura está subindo.

Tempo

Neste gráfico notamos dois trechos horizontais (dois patamares). O primeiro patamar do gráfico exprime o fato de que a fusão do gelo ocorre à temperatura constante de 0 °C, que é a temperatura de fusão ou ponto de fusão (PF) do gelo. Do mesmo modo, o segundo patamar indica que a ebulição da água ocorre à temperatura constante de 100 °C, que é a temperatura de ebulição ou ponto de ebulição (PE) da água.

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O esquema resume as seguintes definições: • Fusão é a passagem do estado sólido para o líquido. Solidificação é o inverso; • Vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso (gás ou vapor). Este processo se divide em três tipos: – Evaporação é a vaporização lenta, que ocorre na superfície do líquido, sem agitação nem surgimento de bolhas; – Ebulição é a vaporização rápida, com agitação do líquido e aparecimento de bolhas; – Calefação é uma vaporização muito rápida, com gotas do líquido “pulando” em contato com uma superfície ultra-aquecida; • Liquefação ou Condensação é a passagem do gás ou vapor para o estado líquido; • Sublimação é a passagem do estado sólido diretamente para o gasoso (e menos frequentemente usada para a transformação inversa).

af

P.F. = 0 °C (temperatura de fusão)

od

(0

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P.E. = 100 °C (temperatura de ebulição)

íci

o sã

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Podemos observar que, nos processos de fusão e vaporização ocorre ganho de energia; já nos processos de liquefação e solidificação ocorre perda de energia. Se estas observações forem transportadas para um gráfico, teremos o chamado diagrama de mudança de estados físicos.

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PRATICANDO

1) (ENEM) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento: a) será maior porque a panela “esfria”; b) será menor, pois diminui a perda de água; c) será maior, pois a pressão diminui; d) será maior, pois a evaporação diminui; e) não será alterado, pois a temperatura não varia. 2) Resfriando-se progressivamente água destilada, quando começar a passagem do estado líquido para o sólido, a temperatura: a) permanecerá constante, enquanto houver líquido presente; b) permanecerá constante, sendo igual ao ponto de condensação da substância; c) diminuirá gradativamente; d) permanecerá constante, mesmo depois de todo líquido desaparecer; e) aumentará gradativamente.


QUÍMICA

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Qual o estado físico dessas substâncias à temperatura ambiente? Observação: Considere 20 °C como a temperatura ambiente.

4) Fenômenos

Atualmente, sabemos que algumas transformações são passageiras ou reversíveis, isto é, podem ser desfeitas. Transformações desse tipo recaem, em geral, no que chamamos de transformações físicas (ou fenômenos físicos). Exemplificando: • em montanhas muito altas, a água se congela; mas, com um pouco de calor, a neve ou o gelo se derretem facilmente, voltando à forma líquida; • num termômetro, o mercúrio se dilata com o calor e se contrai com o frio, mas continua sendo sempre o mesmo mercúrio; • o sal que dissolvemos na água pode ser recuperado, bastando que ocorra a evaporação da água.

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3) (VUNESP) O naftaleno, comercialmente conhecido como naftalina, empregado para evitar baratas em roupas, funde em temperaturas superiores a 80 °C. Sabe-se que bolinhas de naftalina, à temperatura ambiente, têm suas massas constantemente diminuídas, terminando por desaparecer sem deixar resíduo. Essa observação pode ser explicada pelo fenômeno da: a) fusão; b) sublimação; c) solidificação; d) liquefação; e) ebulição.

Temperatura (°C)

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150 100 50

20

10

30

Tempo (min)

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O ponto de fusão, o ponto de ebulição e o tempo durante o qual a substância permanece no estado líquido são, respectivamente: a) 150, 65 e 5; b) 65, 150 e 25; c) 150, 65 e 25; d) 65, 150 e 5; e) 65, 150 e 10. 5) Considere a tabela a seguir:

Oxigênio

Ponto de fusão (°C) –218,4

Ponto de ebulição (°C) –183

Fenol

43

182

Pentano

–130

36,1

Outras transformações são mais profundas e frequentemente irreversíveis, isto é, torna-se difícil (e, às vezes, impossível) retornar à situação inicial. São, em geral, transformações, fenômenos ou reações químicas. Exemplos: • depois de se queimar um pedaço de madeira, é impossível juntar as cinzas e a fumaça finais e refazer a madeira inicial; • depois de se preparar um ovo frito, é impossível fazer o ovo voltar à forma original; • se um objeto de ferro se enferruja, é muito difícil reverter o processo (raspar o objeto antes de pintá-lo significa apenas “jogar a ferrugem fora”, e não recuperar a porção de ferro oxidado.

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4) Uma substância sólida é aquecida continuamente. O gráfico a seguir mostra a variação da temperatura (ordenada) com o tempo (abscissa):


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

5) Propriedades da matéria

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7) Considere as seguintes tarefas realizadas no dia a dia de uma cozinha e indique aquelas que envolvem transformações químicas. 1) Aquecer uma panela de alumínio. 2) Acender um fósforo. 3) Ferver água. 4) Queimar açúcar para fazer caramelo. 5) Fazer gelo. a) 1, 3 e 4; b) 2 e 4; c) 1, 3 e 5; d) 3 e 5; e) 2 e 3.

Todas as substâncias possuem várias características ou propriedades diferentes. Por exemplo, duas das propriedades da gasolina são: ser líquida à temperatura ambiente e entrar em combustão sob determinadas condições. Essas duas propriedades são muito diferentes entre si, pois o fato de a água estar líquida, sólida ou gasosa não interfere na sua composição. Já quando ela queima, ocorre uma transformação na sua constituição e são produzidos outros materiais e energia. A partir desse exemplo, conseguimos perceber que as propriedades das substâncias podem ser classificadas em grupos diferentes. A seguir veremos esses grupos: • Propriedades gerais: são aquelas propriedades que não identificam uma substância como diferente das demais, pois ela pode se repetir com outros materiais. Por exemplo, a massa e o volume são propriedades usadas para medir diversos materiais, principalmente para comercializá-los. Portanto, a massa e o volume são propriedades gerais. • Propriedades específicas: são aquelas que não se repetem para mais de uma substância e que podem servir, portanto, para identificá-las. Por exemplo, a temperatura de fusão e de ebulição da água pura, ao nível do mar, é sempre 0°C e 100°C, respectivamente. Uma das propriedades específicas muito utilizada é a densidade. Onde podemos defini-la como: • Densidade é uma propriedade específica da matéria, é a massa por unidade de volume de uma substância.

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6) (MACKENZIE) A alternativa que contém um fenômeno físico observado no dia a dia é: a) a queima de um fósforo; b) o derretimento do gelo; c) a transformação do leite em coalhada; d) o desprendimento de gás, quando se coloca sal de frutas em água; e) o escurecimento de um objeto de cobre.

PRATICANDO

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8) (UFPE) Em quais das passagens grifadas abaixo está ocorrendo transformação química? 1) “O reflexo da luz nas águas onduladas pelos ventos lembrava-lhe os cabelos de seu amado.” 2) “A chama da vela confundia-se com o brilho nos seus olhos.” 3) “Desolado, observava o gelo derretendo em seu copo e ironicamente comparava-o ao seu coração.” 4) “Com o passar dos tempos começou a sentir-se como a velha tesoura enferrujando no fundo da gaveta.” Estão corretas apenas: a) 1 e 2; b) 2 e 3; c) 3 e 4; d) 2 e 4; e) 1 e 3.

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Densidade =

massa volume

A densidade existe para determinar a quantidade de matéria que está presente em uma determinada unidade de volume. O que você entenderia se te dissessem que o chumbo possui maior densidade do que o alumínio?


QUÍMICA

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6) Substâncias e Misturas

Como sabemos, a quantidade de materiais diferentes existente no mundo é também enorme, desta forma, é obrigação da química reconhecer e identificar cada um desses materiais. As propriedades gerais da matéria (massa e volume), sendo comuns a todo e qualquer material, não se prestam a essa identificação. As propriedades organolépticas (cor, sabor, odor etc.) também não, pois são de aplicação perigosa. Deve-se, então, recorrer às chamadas propriedades específicas, que são particulares e exclusivas de cada material. Já falamos, em páginas anteriores, no ponto de fusão (PF), no ponto de ebulição (PE) e na densidade dos materiais. Todas essas medidas, como têm valores fixos e constantes para cada material, são denominadas constantes físicas dos materiais.

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9) O esquema representa três tubos de ensaio de mesmo diâmetro, contendo cada uma mesma massa dos seguintes líquidos incolores: água, acetona e clorofórmio.

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Dadas as densidades: dágua= 1,00 g/cm3; dacetona = 0,80 g/cm3; dclorofórmio = 1,4 g/cm3, podemos afirmar que os tubos I, II e III contêm, respectivamente: a) acetona, água e clorofórmio; b) acetona, clorofórmio e água; c) água, clorofórmio e acetona; d) clorofórmio, água e acetona; e) clorofórmio, acetona e água. 10) (UFPE) Em um béquer com 100 mL de água, são colocados 20 mL de óleo vegetal, um cubo de gelo e uma barra retangular de alumínio.

6.1) Substâncias Podemos definir, como: • Substância pura (ou simplesmente substância, ou espécie química) é um material único, isento de outros materiais e que apresenta constantes físicas bem definidas. Podemos especificar as substâncias em dois tipos: substâncias simples e substâncias compostas. • Substâncias simples: são aquelas formadas por átomos de apenas um elemento químico. Exemplo: gás hidrogênio (H2), ozônio (O3) e enxofre (S8).

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PRATICANDO

Densidade 0,997 g/cm3 0,789 g/cm3 2,70 g/cm3 11,3 g/cm3 3,5 g/cm3 1,03 g/cm3 13,6 g/cm3

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Substância Água Álcool etílico Alumínio Chumbo Diamante Leite integral Mercúrio

Qual das figuras melhor representa a aparência dessa mistura?

A explicação é que, num dado volume de chumbo há mais matéria que em uma mesma quantidade de alumínio. Podemos caracterizar uma substância através de sua densidade. A densidade dos sólidos e líquidos é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). Vejamos a densidade de alguns compostos:


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

• Alotropia: é um fenômeno que consiste em um mesmo elemento químico formar mais de uma substância simples. Existem diversos exemplos de alotropia, dentre os quais se destacam:

TRANSFORMAÇÃO NÃO ESPONTÂNEA (descarga elétrica)

O2

O3

TRANSFORMAÇÃO ESPONTÂNEA

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– Do carbono – no caso do carbono, as variedades alotrópicas se diferem pela estrutura cristalina: grafite (Cn) e diamante (Cn);

• Substâncias compostas: São aquelas formadas por átomos de diferentes elementos químicos. Exemplo: água (H2O), álcool comum (C2H5OH) e gás carbônico (CO2).

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PRATICANDO

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11) (UFMG) Uma amostra de uma substância pura X teve algumas de suas propriedades determinadas. Todas as alternativas apresentam propriedades que são úteis para identificar essa substância, exceto: a) densidade; b) massa da amostra; c) solubilidade em água; d) temperatura de ebulição; e) temperatura de fusão.

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6.2) Misturas

As substâncias, definidas anteriormente, podem se apresentar misturadas de uma infinidade de maneiras diferentes, complicando, ainda mais, o estudo e a compreensão dos materiais que vemos todos os dias. Também é muito importante notar que as misturas, em geral, não têm composição constante e não têm constantes físicas definidas, ao contrário das substâncias puras. Podemos definir, como: Mistura é a reunião de mais de uma substância num determinado espaço. Além disso, os conceitos de fase e componente devem ser destacados: – Fase: é cada porção distinguida a olho nu ou no microscópio simples em uma mistura. Os sistemas, em geral, dividem-se em: monofásico, bifásico, trifásico ou polifásico. – Componente: é cada substância que compõe uma mistura. As misturas são separadas em dois tipos principais: mistura homogênea e mistura heterogênea. – Mistura homogênea, é toda aquela que possui somente uma fase, independente do número de componentes. Exemplo: Água e álcool; Água e açúcar etc. – Mistura heterogênea, é toda aquela mistura que possui duas ou mais fases, independente do número de componentes. Exemplo: Água e óleo; Álcool e gasolina etc.

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– Do oxigênio: existem duas variedades alotrópicas do oxigênio que se diferem pelo número de átomos: O2 e O3. O2 – gás oxigênio (mais estável) O3 – gás ozônio (menos estável).

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• Atomicidade: é o número de átomos existentes numa molécula de substância simples. Assim, moléculas monoatômicas são as que possuem somente um átomo (Fe, Cu, Au etc.); diatômicas, as que possuem dois (H2 , Cl2 , F 2 etc.), e assim por diante;

12) (FUVEST) Quais das propriedades a seguir são as mais indicadas para verificar se é pura uma certa amostra sólida de uma substância conhecida? a) cor e densidade; b) cor e dureza; c) ponto de fusão e densidade; d) cor e ponto de fusão; e) densidade e dureza.

Observação


QUÍMICA

13) O valor do ponto de ebulição, determinado experimentalmente numa amostra de uma certa substância, mostrou-se maior do que o valor encontrado em tabelas. Essa diferença pode ser atribuída ao fato de que, no experimento, usou-se: a) um combustível de alto poder calorífico; b) uma quantidade de substância muito grande; c) uma quantidade de substância muito pequena; d) uma substância composta; e) uma substância contendo impurezas.

16) (CEFET-PR) A maior parte das amostras de matéria na natureza é constituída por duas ou mais substâncias, isto é, as amostras são misturas. Diante disso, tornou-se necessária uma classificação para a matéria, seja ela natural ou sintética. Isso nos permite afirmar: I. Uma substância pura pode ser definida como aquela cujas propriedades não podem ser modificadas por processos de purificação;

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PRATICANDO

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II. O ouro e o diamante são casos especiais de materiais que ocorrem naturalmente na forma de substâncias puras; III. Uma mistura homogênea ou solução pode ser desdobrada através de métodos físicos adequados;

Composição química provável: Sulfato de cálcio 0,0038 mg/L Bicarbonato de cálcio 0,0167 mg/L

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Com base nessas informações, podemos classificar a água mineral como: a) substância pura; b) substância simples; c) mistura heterogênea; d) mistura homogênea; e) suspensão coloidal.

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15) Água mineral engarrafada, propanona (C3H6O) e gás oxigênio são classificados, respectivamente, como: a) substância pura composta, substância pura simples e mistura homogênea; b) substância pura composta, mistura homogênea e substância pura simples; c) mistura heterogênea, substância pura simples e substância pura simples; d) mistura homogênea, substância pura composta e substância pura composta; e) mistura homogênea, substância pura composta e substância pura simples.

IV. Em uma amostra de material classificado como heterogêneo (suspensão), as propriedades são iguais em toda a sua extensão. Das afirmações acima, somente são corretas: a) I e II; b) I e III; c) I, II e III; d) III e IV; e) II e IV. 17) No esquema a seguir estão representados cinco sistemas formados por moléculas constituídas por três tipos de átomos, representados por . I

II

IV

III

V

Qual é a alternativa que identifica os sistemas I, II, III, IV e V corretamente? 9

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14) (VUNESP) O rótulo de uma garrafa de água mineral está reproduzido a seguir:


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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tentamos preparar uma só substância, acabamos, normalmente, chegando a uma mistura de substâncias. Torna-se então importante, nos laboratórios e também nas indústrias químicas, separar os componentes das misturas até que cada substância pura fique totalmente isolada das demais. Alguns exemplos de métodos de separação, presentes em nosso cotidiano:

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a) Substância pura simples, substância pura composta, mistura de 2 componentes, mistura de 3 componentes, mistura de 4 componentes; b) Substância pura simples, substância pura composta, mistura de 3 componentes, mistura de 3 componentes, mistura de 4 componentes; c) Mistura de 2 componentes, substância pura composta, mistura de 3 componentes, mistura de 3 componentes, mistura de 4 componentes; d) Substância pura composta, substância pura simples, mistura de 3 componentes, mistura de 3 componentes, mistura de 4 componentes; e) Mistura de 2 componentes, substância pura composta, mistura de 3 componentes, mistura de 4 componentes, mistura de 4 componentes.

Observação

Quando preparamos café (ou chá a água quente faz a extração de componentes do pó de café (ou das folhas do chá), seguida fazemos uma filtração para separar o pó do líquido.

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Existem misturas especiais que acabam se comportando como se fossem substâncias puras, diante dos fenômenos de fusão/ solidificação ou de ebulição/condensação. No primeiro caso, temos uma mistura eutética (ou, simplesmente, um eutético), que se funde/solidifica em temperatura constante (como no caso da liga metálica que contém, em massa, 62% de estanho e 38% de chumbo, que se funde à temperatura constante de 183 °C); no segundo caso, temos uma mistura azeotrópica (ou, simplesmente, um azeótropo), que ferve/se condensa em temperatura constante (como ocorre com a mistura contendo, em volume, 96% de álcool comum e 4% de água, que ferve à temperatura constante de 78,1 °C).

(Disponível em: https://goo.gl/PQ4pRM. Acesso em: abril de 2016)

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7) Métodos de separação de mistura Como sabemos, os materiais encontrados na natureza são, em geral, misturas de várias substâncias. Mesmo em laboratório, quando

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(Disponível em: https://goo.gl/T6Mdv1. Acesso em: abril de 2016)

Quando se lança para cima a mistura de arroz e palha de arroz, o ar arrasta a palha. Ela está fazendo uma ventilação.


QUÍMICA

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Por exemplo, a areia que está em suspensão na água vai, lentamente, se depositando no fundo do recipiente (processo chamado sedimentação); no final, a água pode ser separada ou por inclinação cuidadosa do recipiente (processo de decantação).

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(Disponível em: https://goo.gl/q1weZY. Acesso em outubro de 2016. [Adaptado])

(Disponível em:https://goo.gl/G9xK4E. Acesso em: abril de 2016)

Ao passar a areia pela peneira, seperando-a de pedregulhos e outros materias grosseiros, o pedreiro está fazendo uma peneiração. Vamos explicitá-los a seguir:

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7.1) Filtração

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É um processo mecânico que serve para desdobrar misturas heterogêneas de um sólido disperso em um líquido ou em um gás, como nos exemplos práticos mostrados ao lado.

Também podemos usar a decantação para separar líquidos imiscíveis com densidades diferentes. Usa-se o funil de bromo ou funil de decantação. Num sistema formado por água e óleo, por exemplo, a água, por ser mais densa, localiza-se na parte inferior do funil e é escoada abrindo-se a torneira de modo controlado. A decantação pode ser feita de uma maneira mais rudimentar, utilizando-se um sifão (sifonação).

7.2) Decantação É também um processo mecânico que serve para desdobrar misturas heterogêneas de um sólido num líquido ou de dois líquidos imiscíveis entre si.

(Disponível em: https://goo.gl/fAznjg. Acesso em outubro de 2016. [Adaptado])

Existem “câmaras de poeira”; em um circuito em zigue-zague, as partículas sólidas perdem velocidade e se depositam.

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(Disponível em: https://goo.gl/5iVG44. Acesso em outubro de 2016. [Adaptado])


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

7.4) Cristalização

7.3) Destilação

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7.5) Dissolução fracionada

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É um processo físico que serve para desdobrar as misturas homogêneas, como as soluções de sólidos em líquidos (destilação simples) ou as soluções de dois ou mais líquidos (destilação fracionada). Quando destilamos dois líquidos miscíveis entre si, a separação tende a ser melhor quanto maior for a diferença entre as temperaturas de ebulição dos dois líquidos; nesse caso o líquido mais volátil destila em primeiro lugar. Laboratorialmente, a montagem para esta separação é apresentada da seguinte forma:

(Disponível em: https://goo.gl/LR2YPv. Acesso em outubro de 2016. [Adaptado])

É um processo físico que serve para separar e purificar sólidos. A água do mar contém vários sais. Em uma salina, entretanto, com a evaporação lenta da água, o sal comum (cloreto de sódio) cristaliza-se antes dos outros sais e, assim, é separado. O que acontece numa salina você mesmo pode verificar. Basta dissolver o máximo possível de sal de cozinha em água, colocar num pires e aguardar um ou dois dias.

(Disponível em: https://goo.gl/r9F5YB. Acesso em outubro de 2016. [Adaptado])

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O processo de destilação se separa em dois tipos: A destilação simples, que ocorre entre uma mistura de líquido e sólido. Como por exemplo, água e sal. E a destilação fracionada, que ocorre entre uma mistura de líquidos. Como por exemplo, água e álcool.

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É utilizada quando apenas um dos componentes da mistura é solúvel num dado líquido. Por exemplo, colocando-se uma mistura de sal comum e areia em água, o sal irá se dissolver, enquanto a areia não.

7.6) Separação magnética É utilizada quando um dos componentes da mistura é magnético, como é o caso das partículas de ferro. Pode-se então retirar essas partículas com o auxílio de um ímã ou eletroímã.

7.7) Flotação Usa-se a água ou outro líquido para separar sólidos de densidades diferentes, no qual o mais denso afunda e o menos denso flutua. Trata-se de uma técnica de separação muito usada na indústria de minerais, na remoção de tinta de papel e no tratamento de esgoto.

7.8) Fusão fracionada Serve para separar sólidos, tomando por base seus diferentes pontos de fusão. Exemplo: As ligas metálicas são formadas pela mistura de vários elementos. Como cada elemento tem um ponto de fusão diferente, quando a liga é aquecida cada um irá derreter


QUÍMICA

7.9) Liquefação fracionada

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Uma mistura de gases passa por um processo de liquefação e, posteriormente, pela destilação fracionada. Uma aplicação desse processo consiste na separação dos componentes do ar atmosférico: N2 e O2. Após a liquefação do ar, a mistura líquida é destilada e o primeiro componente a ser obtido é o N2, pois apresenta menor PE (–195,8°C); posteriormente, obtém-se o O2, que possui maior PE (-183°C).

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e se separar em uma temperatura diferente (às vezes são necessários processos mais complexos para separar ligas metálicas). Ligas metálicas mais comuns no cotidiano: • Aço – constituído por Fe e C (Aço inoxidável, constituído por Fe, C, Cr e Ni); • Ouro de Joias – constituído por Au (75% para o ouro 18K), Ag e/ou Cobre; • Amálgama dental – constituída por Hg, Ag e Sn; • Latão – constituído por Cu e Zn.

Limpeza de petróleo que vazou na Califórnia, nos EUA, pode levar meses

400 mil litros foram para o oceano após rompimento de oleoduto. 'Progresso só em uma ou duas semanas', diz Guarda Costeira.

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Infelizmente, acidentes envolvendo derramamento de petróleo tem sido comum nos ultimos anos. Só nos Estados Unidos há mais de dez mil vazamentos por ano. Para reduzir o impacto ambiental, o primeiro passo é reduzir a propagação da mancha de óleo, cercando a área contaminada. Em seguida, busca-se separar o óleo da água afim de preservar tanto um quanto o outro. Quer saber mais sobre tratamento de vazamentos e poluentes, venha para o 4newsmagazine.com.br

PRATICANDO

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18) (MACKENZIE) Necessitou-se retirar o conteúdo do tanque de combustível de um carro. Para isso, fez-se sucção com um pedaço de mangueira introduzido no tanque, deixando-se escorrer o líquido para um recipiente colocado no chão. Esse processo é chamado de: a) decantação; b) filtração; c) sifonação;

d) centrifugação; e) destilação. 19) Um dos estados brasileiros produtores de cloreto de sódio é o Rio Grande do Norte. Nas salinas, o processo físico que separa a água do sal é: a) filtração; b) sublimação; c) destilação; d) evaporação; e) ebulição.

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#LimpezaDeVazamentos


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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ma relativo à separação dos componentes de uma mistura constituída por azeite, água e açúcar totalmente dissolvido.

Examinando o fluxograma apresentado, você identifica os processos 1 e 2 como sendo, respectivamente:

Azeite + Água + Açúcar Processo I

Azeite

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21) Ao se preparar o tradicional cafezinho, executam- se dois processos físicos que são, respectivamente: a) extração e filtração; b) decantação e destilação; c) evaporação e filtração; d) filtração e liquefação; e) dissolução e liquefação.

24) A seguir, está esquematizado o fluxogra-

20) (UFRS) Qual dos métodos de separação seguintes se baseia na diferença de densidades? a) decantação; b) destilação fracionada; c) peneiração; d) cristalização; e) sublimação.

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22) Leia as atividades do cotidiano, abaixo, e as técnicas de laboratório apresentadas a seguir: A. Preparação de cafezinho de café solúvel B. Preparação de chá de saquinho C. Coar um suco de laranja 1. Filtração 2. Solubilização 3. Extração 4. Destilação A associação correta entre ambas é: a) A2, B3 e C1; b) A4, B2 e C3; c) A3, B4 e C1; d) A1, B3 e C2; e) A2, B2 e C4.

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23) (UFRJ) Com a adição de uma solução aquosa de açúcar a uma mistura contendo querosene e areia, são vistas claramente três fases. Para separar cada componente da mistura final, a melhor sequência é: a) destilação, filtração e decantação; b) cristalização, decantação e destilação; c) filtração, cristalização e destilação; d) filtração, decantação e destilação; e) centrifugação, filtração e decantação.

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Água + Açúcar Processo II Açúcar

Água

a) destilação e filtração; b) filtração e decantação; c) decantação e destilação; d) decantação e centrifugação; e) filtração e centrifugação.

8) Reduzir, reutilizar e reciclar Hoje, falamos muito em reciclar, mas os fenômenos físicos e químicos envolvidos na reciclagem por si só causam algum impacto ambiental. Talvez fosse mais sensato primeiro Reduzir, depois Reaproveitar e só então Reciclar.

REDUZIR

REUTILIZAR

RECICLAR


QUÍMICA

8.1) 1o Reduzir

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Como processo de reciclagem pode cair no ENEM? QUI0001

Vivemos em uma sociedade que gera uma enorme quantidade de resíduos sólidos e a reciclagem é uma maneira de aproveitar esses materiais. O alumínio é um metal de alto valor agregado, isso faz com que sua reciclagem seja muito vantajosa a nível econômico. A questão aborda uma etapa desse processo, onde o metal e as impurezas são fundidos a altas temperaturas.

A melhor solução é reduzir o lixo que produzimos em primeiro lugar. Só devemos comprar o que realmente precisamos, pois restos de comida, sacos plásticos e embalagens desnecessárias viram um montão de lixo. É preciso reduzir o tempo da torneira e do chuveiro abertos, como também evitar o desperdício de manter a luz e a televisão ligadas num cômodo que não tem ninguém.

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Reutilizar significa dar novos usos a materiais já utilizados. Desta forma reduz-se a quantidade de resíduos a tratar, a enviar para reciclar ou para destino final, e poupam-se recursos naturais. Antes de jogar alguma coisa fora devemos pensar: “Que utilização alternativa pode isto ter?”. A procura de novos usos para os materiais exige que sejamos práticos e criativos, ao invés de nos limitarmos a livrar-nos rapidamente deles.

8.3) 3o Reciclar

Se objetos como garrafas de vidro, latas de alumínio e de estanho, jornais e plásticos não puderem ser reutilizados, talvez seja possível reciclá-los. Por exemplo, o vidro é lavado em fábricas especiais, quebrado em pedacinhos

As latas passam por um processo de calação manual e por um jato de ar que arremessa as latas para o alto, possibilitando a identificação das que estão cheias de detritos. (mais pesadas)

O alumínio é resfriado em fôrmas que moldam lingotes. Os lingotes darão origem a novas latas

- Detectores de radiotividade são usados para identificar qualquer tipo de contaminação.

PRENSA Uma prensa cria fardos de latas.

- Imãs são usadas para detectar pedaços de ferro.

FORNO As tintas e outros produtos químicos são elimnados durante a fusão a 400°C - 700°C

A temperatura do forno em que o alumínio é fundido é útil também porque: a) sublima outros metais presentes na lata; b) evapora substâncias radioativas remanescentes; c) impede que o alumínio seja eliminado em altas temperaturas; d) desmagnetiza as latas que passaram pelo processo de triagem; e) queima os resíduos de tinta e outras substâncias presentes na lata.

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e, então, derretido para fazer vidro “novo”.

TRIAGEM

LIXO

No lixo, várias impurezas podem se misturar à lata.

Gabarito: E

8.2) 2o Reutilizar

(ENEM) O Brasil é um dos países que obtém melhores resultados na reciclagem de latinhas de alumínio. O esquema a seguir representa várias etapas do processo:

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(Disponível em: http://www.setorreciclagem.com.br/wp-content/uploads/2014/01/Reciclagem-de-Vidro-industria. jpg. Acesso em: abril de 2016)


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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A oxidação é o primeiro passo, quando os metais presentes na água, principalmente ferro e manganês, são oxidados através da injeção de substâncias como o cloro, tornando-os insolúveis. O que permitirá sua remoção nas próximas etapas. Na segunda etapa, de coagulação, é feita a remoção das partículas de sujeira através de uma mistura rápida de sulfato de alumínio ou cloreto férrico que irão aglomerar os resíduos formando flocos. Podemos, também, adicionar cal para melhorar o processo e manter o pH da água constante. Em seguida, na etapa de floculação, a água é movimentada para que os flocos se mis-

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9.1) Tratamento de água

turem ganhando peso e consistência. Com isso, na etapa de decanto irão se separar da água, ficando armazenados no fundo dos tanques. Então, a água passa por um processo de filtração para retirar as impurezas restantes. Geralmente, utilizam-se filtros constituídos por camadas e cascalho que irão segurar as partículas restantes. Começa então o processo de desinfecção, quando a água já limpa recebe o cloro para eliminar germes que podem estar presentes e garantir que ela continue assim nas redes de distribuição e nos reservatórios. Em seguida, é necessária a correção do pH da água para evitar a corrosão da canalização das casas ou a incrustação. Na última etapa, tem-se a fluoretação o que reduz a incidência de cárie dentária na população. Esquema de uma estação de tratamento:

9) Tratamento de água e tratamento de esgoto

9.2) Tratamento de esgoto

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Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade exigindo um tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida.

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Podemos separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento primário e tratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento. Cada um deles têm, respectivamente, o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).


QUÍMICA

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Como tratamento de água pode cair no ENEM? QUI0002

A água é indispensável para a manutenção na vida, mas para isso ela precisa estar própria para o uso. A água ao sair da fonte passa por várias etapas de tratamento, como coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração e fluoretação. A cloração, etapa abordada na questão é uma etapa de extrema importância para eliminar microorganismos causadores de doenças.

• Nível preliminar: são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente; • Tratamento primário: são sedimentados (decantação) os sólidos em suspensão que vão se acumulando no fundo do decantador formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo; • Tratamento secundário: microrganismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a em gás carbônico e água; • Tratamento terciário: também chamado de fase de pós-tratamento: são removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo etc.) e patogênicos (bactérias, fungos). Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior, ou quando o tratamento não atingiu a qualidade desejada. Quando se trata de efluentes industriais, a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria monitore a qualidade dos efluentes mandados para e estação. No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que não podem ser removidas pelo tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria ETE para tratar seu próprio efluente.

O procedimento adequado para tratar a água dos rios, a fim de atenuar os problemas de saúde causados por microrganismos a essas populações ribeirinhas é a: a) filtração; b) cloração; c) coagulação; d) fluoretação; e) decantação.

APROFUNDANDO 25) (ENEM) Com o uso intensivo do computador como ferramenta de escritório, previu-se o declínio acentuado do uso de papel para escrita. No entanto, essa previsão não se confirmou, e o consumo de papel ainda é muito grande. O papel é produzido a partir de material vegetal e, por conta disso, enormes extensões de florestas já foram extintas,

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(O Liberal. 8 jul. 2008. Disponível em: http://www. oliberal.com.br)

Gabarito: B

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(ENEM) Belém é cercada por 39 ilhas, e suas populações convivem com ameaças de doenças. O motivo, apontado por especialistas, é a poluição da água do rio, principal fonte de sobrevivência dos ribeirinhos. A diarreia é frequente nas crianças e ocorre como consequência da falta de saneamento básico, já que a população não tem acesso à água de boa qualidade. Como não há água potável, a alternativa é consumir a do rio.


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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Para um meio ambiente global mais saudável, apenas: a) a proposta I é adequada; b) a proposta II é adequada; c) a proposta III é adequada; d) as propostas I e II são adequadas; e) as propostas I e III são adequadas.

27) (ENEM) A caixinha utilizada em embalagens como as de leite “longa vida” é chamada de tetra brick, por ser composta de quatro camadas de diferentes materiais, incluindo alumínio e plástico, e ter a forma de um tijolo (brick, em inglês). Esse material, quando descartado, pode levar até cem anos para se decompor. Considerando os impactos ambientais, seria mais adequado: a) utilizar soda cáustica para amolecer as embalagens e só então descartá-las; b) promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as embalagens para outros fins; c) aumentar a capacidade de cada embalagem, ampliando a superfície de contato com o ar para sua decomposição; d) constituir um aterro específico de embalagens tetra brick, acondicionadas de forma a reduzir seu volume; e) proibir a fabricação de leite “longa vida”, considerando que esse tipo de embalagem não é adequado para conservar o produto.

uma parte sendo substituída por reflorestamentos homogêneos de uma só espécie (no Brasil, principalmente, eucalipto). Para evitar que novas áreas de florestas nativas, principalmente as tropicais, sejam destruídas para suprir a produção crescente de papel, foram propostas as seguintes ações: I) Aumentar a reciclagem de papel, através da coleta seletiva e processamento em usinas; II) Reduzir as tarifas de importação de papel; III) Diminuir os impostos para produtos que usem papel reciclado.

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26) (ENEM) Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de cerâmica não esmaltada) para conservar água a uma temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre porque: a) o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como se fosse isopor; b) o barro tem poder de “gelar” a água pela sua composição química. Na reação, a água perde calor; c) o barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor da moringa e do restante da água, que são assim resfriadas; d) o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na parte de fora da moringa. A água de fora sempre está a uma temperatura maior que a de dentro; e) a moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando substâncias higroscópicas que diminuem naturalmente a temperatura da água.

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28) (ENEM) Um grupo de estudantes, saindo de uma escola, observou uma pessoa catando latinhas de alumínio jogadas na calçada. Um deles considerou curioso que a falta de civilidade de quem deixa lixo pelas ruas acaba sendo útil para a subsistência de um desempregado. Outro estudante comentou o significado econômico da sucata recolhida, pois ouvira dizer que a maior parte do alumínio das latas estaria sendo reciclada. Tentando sintetizar o que estava sendo observado, um terceiro estudante fez três anotações, que apresentou em aula no dia seguinte: I) A catação de latinhas é prejudicial à indústria de alumínio; II) A situação observada nas ruas revela uma condição de duplo desequilíbrio: do ser humano com a natureza e dos seres humanos entre si; III) Atividades humanas resultantes de problemas sociais e ambientais podem gerar reflexos (refletir) na economia.


QUÍMICA

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30) (ENEM) O fósforo, geralmente representado pelo íon de fosfato (PO4) –3, é um ingrediente insubstituível da vida, já que é parte constituinte das membranas celulares e das moléculas do DNA e do trifosfato de adenosina (ATP), principal forma de armazenamento de energia das células. O fósforo utilizado nos fertilizantes agrícolas é extraído de minas, cujas reservas estão cada vez mais escassas. Certas práticas agrícolas aceleram a erosão do solo, provocando o transporte de fósforo para sistemas aquáticos, que fica imobilizado nas rochas. Ainda, a colheita das lavouras e o transporte dos restos alimentares para os lixões diminuem a disponibilidade dos íons no solo. Tais fatores têm ameaçado a sustentabilidade desse íon.

31) (ENEM) Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo de alunos pôde observar a série de processos de beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os quais se destacam: I) A cana chega cortada da lavoura por meio de caminhões e é despejada em mesas alimentadoras que a conduzem para as moendas. Antes de ser esmagada para a retirada do caldo açucarado, toda a cana é transportada por esteiras e passada por um eletroímã para a retirada de materiais metálicos; II) Após se esmagar a cana, o bagaço segue para as caldeiras, que geram vapor e energia para toda a usina; III) O caldo primário, resultante do esmagamento, é passado por filtros e sofre em açúcar refinado e etanol. Com base nos destaques da observação dos alunos, quais operações físicas de separação de materiais foram realizadas nas etapas de beneficiamento da cana-de-açúcar? a) Separação mecânica, extração e decantação; b) Separação magnética, combustão e filtração; c) Separação magnética, extração e filtração; d) Imantação, combustão e peneiração; e) Imantação, destilação e filtração.

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29) (ENEM) Por que o nível dos mares não sobe, mesmo recebendo continuamente as águas dos rios? Essa questão já foi formulada por sábios da Grécia antiga. Hoje responderíamos que: a) a evaporação da água dos oceanos e o deslocamento do vapor e das nuvens compensam as águas dos rios que deságuam no mar; b) a formação de geleiras com água dos oceanos, nos polos, contrabalança as águas dos rios que deságuam no mar; c) as águas dos rios provocam as marés, que as transferem para outras regiões mais rasas, durante a vazante; d) o volume de água dos rios é insignificante para os oceanos e a água doce diminui de volume ao receber sal marinho; e) as águas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade, onde são comprimidas pela enorme pressão resultante da coluna de água.

Uma medida que amenizaria esse problema seria: a) Incentivar a reciclagem de resíduos biológicos, utilizando dejetos animais e restos de culturas para produção de adubo; b) Repor o estoque retirado das minas com um íon sintético de fósforo para garantir o abastecimento da indústria de fertilizantes; c) Aumentar a importação de íons fosfato dos países ricos para suprir as exigências das indústrias nacionais de fertilizantes; d) Substituir o fósforo dos fertilizantes por outro elemento com a mesma função para suprir as necessidades do uso de seus íons; e) Proibir, por meio de lei federal, o uso de fertilizantes com fósforo pelos agricultores, para diminuir sua extração das reservas naturais.

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Dessas afirmações, você tenderia a concordar, apenas, com: a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) II; e) III.


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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35) (ENEM) "Águas de março definem se falta luz este ano". Esse foi o título de uma reportagem em jornal de circulação nacional, pouco antes do início do racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001. No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a utilização de recursos hídricos, estabelecida nessa manchete, se justifica porque: a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água nas barragens; b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia elétrica; c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para refrigeração; d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura; e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.

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32) (ENEM) Segundo uma organização mundial de estudos ambientais, em 2025, “duas de cada três pessoas viverão situações de carência de água, caso não haja mudanças no padrão atual de consumo do produto.” Uma alternativa adequada e viável para prevenir a escassez, considerando-se a disponibilidade global, seria: a) Desenvolver processos de reutilização da água; b) Explorar leitos de água subterrânea; c) Ampliar a oferta de água, captando-a em outros rios; d) Captar águas pluviais; e) Importar água doce de outros estados.

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33) (ENEM) A falta de água-doce no planeta será, possivelmente, um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se que, nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada habitante será drasticamente reduzida. Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando: a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no planeta; b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações; c) a qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre; d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos; e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no planeta.

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34) (ENEM) Considerando a riqueza dos recursos hídricos brasileiros, uma grave crise de água em nosso país poderia ser motivada por: a) reduzida área de solos agricultáveis; b) ausência de reservas de águas subterrâneas; c) escassez de rios e de grandes bacias hidrográficas; d) falta de tecnologia para retirar o sal da água do mar; e) degradação dos mananciais e desperdício no consumo.

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36) (ENEM) Considerando os custos e a importância da preservação dos recursos hídricos, uma indústria decidiu purificar parte da água que consome para reutilizá-la no processo industrial. De uma perspectiva econômica e ambiental, a iniciativa é importante porque esse processo: a) permite que toda água seja devolvida limpa aos mananciais; b) diminui a quantidade de água adquirida e comprometida pelo uso industrial; c) reduz o prejuízo ambiental, aumentando o consumo de água; d) torna menor a evaporação da água e mantém o ciclo hidrológico inalterado; e) recupera o rio onde são lançadas as águas utilizadas. 37) (ENEM) No verão de 2000 foram realizadas, para análise, duas coletas do lixo deixado pelos frequentadores em uma praia no litoral brasileiro. O lixo foi pesado, separado e classificado.


Os resultados das coletas feitas estão na tabela a seguir.

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QUÍMICA

Podemos observar que a extração e o uso de diferentes metais ocorreram a partir de diferentes épocas. Uma das razões para que a extração e o uso do ferro tenham ocorrido após a do cobre ou estanho é: a) a inexistência do uso de fogo que permitisse sua moldagem; b) a necessidade de temperaturas mais elevadas para sua extração e moldagem; c) o desconhecimento de técnicas para a extração de metais a partir de minérios; d) a necessidade do uso do cobre na fabricação do ferro; e) seu emprego na cunhagem de moedas, em substituição ao ouro.

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38) (ENEM) Na fabricação de qualquer objeto metálico, seja um parafuso, uma panela, uma joia, um carro ou um foguete, a metalurgia está presente na extração de metais a partir dos minérios correspondentes, na sua transformação e sua moldagem. Muitos dos processos metalúrgicos atuais têm em sua base conhecimentos desenvolvidos há milhares de anos, como mostra o quadro:

39) (ENEM) Os plásticos, por sua versatilidade e menor custo relativo, têm seu uso cada vez mais crescente. Da produção anual brasileira de cerca de 2,5 milhões de toneladas, 40% destinam-se à indústria de embalagens. Entretanto, este crescente aumento de produção e consumo resulta em lixo que só se reintegra ao ciclo natural ao longo de décadas ou mesmo de séculos. Para minimizar esse problema uma ação possível e adequada é: a) proibir a produção de plásticos e substituí-los por materiais renováveis como os metais; b) incinerar o lixo de modo que o gás carbônico e outros produtos resultantes da combustão voltem aos ciclos naturais;

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Embora fosse grande a venda de bebidas em latas nessa praia, não se encontrou a quantidade esperada dessas embalagens no lixo coletado, o que foi atribuído à existência de um bom mercado para a reciclagem de alumínio. Considerada essa hipótese, para reduzir o lixo nessa praia, a iniciativa que mais diretamente atende à variedade de interesses envolvidos, respeitando a preservação ambiental, seria: a) proibir o consumo de bebidas e de outros alimentos nas praias; b) realizar a coleta de lixo somente no período noturno; c) proibir a comercialização apenas de produtos com embalagem; d) substituir embalagens plásticas por embalagens de vidro; e) incentivar a reciclagem de plásticos, estimulando seu recolhimento.


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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Com base no texto e na análise realizada pelo técnico, as amostras que atendem às normas internacionais são: a) I e II; b) I e III; c) II e IV; d) III e V; e) IV e V.

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40) (ENEM) Bronze, “gelo-seco” e diamante são, respectivamente, exemplos de: a) mistura, substância simples e substância composta; b) mistura, substância composta e substância simples; c) substância composta, mistura e substância simples; d) substância composta, substância simples e mistura; e) substância simples, mistura e substância composta.

Um lote contendo 5 amostras de solda estanho-chumbo foi analisado por um técnico, por meio da determinação de sua composição percentual em massa, cujos resultados estão mostrados no quadro a seguir.

c) queimar o lixo para que os aditivos contidos na composição dos plásticos, tóxicos e não degradáveis sejam diluídos no ar; d) estimular a produção de plásticos recicláveis para reduzir a demanda de matéria prima não renovável e o acúmulo de lixo; e) reciclar o material para aumentar a qualidade do produto e facilitar a sua comercialização em larga escala.

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41) (ENEM) Certas ligas estanho-chumbo com composição especifica formam um eutético simples, o que significa que uma liga com essas características se comporta como uma substância pura, com um ponto de fusão definido , no caso 183 oC. Essa é uma temperatura inferior mesmo ao ponto de fusão dos metais que compõem esta liga (o estanho puro funde a 232 ºC e o chumbo puro a 320 oC), o que justifica sua ampla utilização na soldagem de componentes eletrônicos, em que o excesso de aquecimento deve sempre ser evitado. De acordo com as normas internacionais, os valores mínimo e máximo das densidades para essas ligas são de 8,74 g/ml e 8,82 g/ml, respectivamente. As densidades do estanho e do chumbo são 7,3 g/ml e 11,3 g/ml, respectivamente. Um lote contendo 5 amostras de solda estanho-chumbo foi analisado por um técnico, por meio da determinação de sua composição percentual em massa, cujos resultados estão mostrados no quadro a seguir.

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42) (ENEM) Seguem abaixo alguns trechos de uma matéria da revista Superinteressante, que descreve hábitos de um morador de Barcelona (Espanha), relacionando-os com o consumo de energia e efeitos sobre o ambiente. I) “Apenas no banho matinal, por exemplo, um cidadão utiliza cerca de 50 litros de água, que depois terá que ser tratada. Além disso, a água é aquecida consumindo 1,5 quilowatt-hora (cerca de 1,3 milhões de calorias), e para gerar essa energia foi preciso perturbar o ambiente de alguma maneira....”; II) “Na hora de ir para o trabalho, o percurso médio dos moradores de Barcelona mostra que o carro libera 90 gramas do venenoso monóxido de carbono e 25 gramas de óxidos de nitrogênio ... Ao mesmo tempo, o carro consome combustível equivalente a 8,9 kwh.”; III) “Na hora de recolher o lixo doméstico... quase 1 kg por dia. Em cada quilo há aproximadamente 240 gramas de papel, papelão e embalagens; 80 gramas de plástico; 55 gramas de metal; 40 gramas de material biodegradável e 80 gramas de vidro.” No trecho I, a matéria faz referência ao tratamento necessário à água resultante de um banho.


QUÍMICA

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No ciclo da água, a evaporação é um processo muito especial, já que apenas moléculas de H2O passam para o estado gasoso. Desse ponto de vista, uma das consequências da evaporação pode ser: a) A formação da chuva ácida, em regiões poluídas, a partir de quantidades muito pequenas de substâncias ácidas evaporadas juntamente com a água; b) A perda de sais minerais, no solo, que são evaporados juntamente com a água; c) O aumento, nos campos irrigados, da concentração de sais minerais na água presente no solo; d) A perda, nas plantas, de substâncias indispensáveis à manutenção da vida vegetal, por meio da respiração; e) A diminuição, nos oceanos, da salinidade das camadas de água mais próximas da superfície.

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As afirmações abaixo dizem respeito a tratamentos e destinos dessa água. Entre elas, a mais plausível é a de que a água: a) passa por peneiração, cloração, floculação, filtração e pós-cloração, e é canalizada para os rios; b) passa por cloração e destilação, sendo devolvida aos consumidores em condições adequadas para ser ingerida; c) é fervida e clorada em reservatórios, onde fica armazenada por algum tempo antes de retornar aos consumidores; d) passa por decantação, filtração, cloração e, em alguns casos, por fluoretação, retornando aos consumidores; e) não pode ser tratada devido à presença do sabão, por isso é canalizada e despejada em rios.

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44) (ENEM) Segundo o poeta Carlos Drummond de Andrade, a “água é um projeto de viver”. Nada mais correto, se levarmos em conta que toda água com que convivemos carrega, além do puro e simples H2O, muitas outras substâncias nela dissolvidas ou em suspensão. Assim, o ciclo da água, além da própria água, também promove o transporte e a redistribuição de um grande conjunto de substâncias relacionadas à dinâmica da vida.

45) (ENEM) Em nosso planeta a quantidade de água está estimada em 1,36 × 106 trilhões de toneladas. Desse total, calcula-se que cerca de 95% são de água salgada e dos 5% restantes, quase a metade está retida nos polos e geleiras. O uso de água do mar para obtenção de água potável ainda não é realidade em larga escala. Isso porque, entre outras razões: a) o custo dos processos tecnológicos de dessalinização é muito alto; b) não se sabe como separar adequadamente os sais nela dissolvidos; c) comprometeria muito a vida aquática dos oceanos; d) a água do mar possui materiais irremovíveis; e) a água salgada do mar tem temperatura de ebulição alta. 46) (ENEM) A possível escassez de água é uma das maiores preocupações da atualidade, considerada por alguns especialistas como o desafio maior do novo século. No entanto, tão importante quanto aumentar a oferta é investir na preservação da qualidade e no reaproveitamento da água de que dispomos hoje. 23

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43) (ENEM) A construção de grandes projetos hidroelétricos também deve ser analisada do ponto de vista do regime das águas e de seu ciclo na região. Em relação ao ciclo da água, pode-se argumentar que a construção de grandes represas: a) não causa impactos na região, uma vez que a quantidade total de água da Terra permanece constante. b) não causa impactos na região, uma vez que a água que alimenta a represa prossegue depois rio abaixo com a mesma vazão e velocidade; c) aumenta a velocidade dos rios, acelerando o ciclo da água na região; d) aumenta a evaporação na região da represa, acompanhada também por um aumento local da umidade relativa do ar; e) diminui a quantidade de água disponível para a realização do ciclo da água.


ASPECTOS MACROSCÓPICOS

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Consumo e restituição de água no mundo (em bilhões de m3 / ano)

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47) (ENEM) Algumas medidas podem ser propostas com relação aos problemas da água: I) Represamento de rios e córregos próximo às cidades de maior porte; II) Controle da ocupação urbana, especialmente em torno dos mananciais; III) Proibição do despejo de esgoto industrial e doméstico sem tratamento nos rios e represas; IV) Transferência de volume de água entre bacias hidrográficas para atender alto grau de poluição em seus mananciais. As duas ações que devem ser tratadas como prioridades para a preservação da qualidade dos recursos hídricos são: a) I e II; b) I e IV; c) II e III; d) II e IV; e) III e IV. 48) (ENEM) Boa parte da água utilizada nas mais diversas atividades humanas não retorna ao ambiente com qualidade para ser novamente consumida. O gráfico mostra alguns dados sobre esse fato, em termos dos setores de consumo.

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Consumo

Restituição sem qualidade

Coletividade Indústria e energia

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A ação humana tem provocado algumas alterações quantitativas e qualitativas da água: I. Contaminação de lençóis freáticos. II. Diminuição da umidade do solo. III. Enchentes e inundações.” Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas às alterações I, II e III são, respectivamente: a) Uso de fertilizantes e aterros sanitários / lançamento de gases poluentes / canalização de córregos e rios; b) Lançamento de gases poluentes / lançamento de lixo nas ruas / construção de aterros sanitários; c) Uso de fertilizantes e aterros sanitários / desmatamento / impermeabilização do solo urbano; d) Lançamento de lixo nas ruas / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários; e) Construção de barragens / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários.

Agricultura Total

(Adaptado de MARGAT. Jean-François. “A água ameaçada pelas atividades humanas”. In WIKOWSKI, N. (coord). Ciência e tecnologia hoje. São Paulo: Ensaio. 1994.)

Com base nesses dados, é possível afirmar que: a) mais da metade da água usada não é devolvida ao ciclo hidrológico; b) as atividades industriais são as maiores poluidoras de água; c) mais da metade da água restituída sem qualidade para o consumo contém algum teor de agrotóxico ou adubo; d) cerca de um terço do total da água restituída sem qualidade é proveniente das atividades energéticas; e) o consumo doméstico, dentre as atividades humanas, é o que mais consome e repõe água com qualidade.


QUÍMICA

DESAFIANDO

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49) (ENEM) Com base em projeções realizadas por especialistas, prevê-se, para o de temperatura média, no planeta, entre 1,4 °C e 5,8 °C. Como consequência desse aquecimento, possivelmente teremos mais enchentes em algumas áreas e secas crônicas em outras. O aquecimento também provocará o desaparecimento de algumas geleiras, o que acarretará o aumento do nível dos oceanos e a inundação de certas áreas litorâneas. As mudanças climáticas previstas para o fim do século XXI: a) provocarão a redução das taxas de evaporação e de condensação do ciclo da água; b) poderão interferir nos processos do ciclo da água que envolvem mudanças de estado físico; c) promoverão o aumento da disponibilidade de alimento das espécies marinhas; d) induzirão o aumento dos mananciais, o que solucionará os problemas de falta de água no planeta; e) causarão o aumento do volume de todos os cursos de água, o que minimizará os efeitos da poluição aquática. as cidades que já apresentam.

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50) (ENEM) A situação atual das bacias hidrográficas de São Paulo tem sido alvo de preocupações ambientais: a demanda hídrica é maior que a oferta de água e ocorre excesso de poluição industrial e residencial. Um dos casos mais graves de poluição da água é o da bacia do alto Tietê onde se localiza a região metropolitana de São Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão muito poluídos, o que compromete o uso da água pela população. Avalie se as ações apresentadas abaixo são adequadas para se reduzir a poluição desses rios. I) Investir em mecanismos de reciclagem da água utilizada nos processos industriais; II) Investir em obras que viabilizem a transposição de águas de mananciais adjacentes para os rios poluídos; III) Implementar obras de saneamento básico e construir estações de tratamento de esgotos. É adequado o que se propõe: a) apenas em I; b) apenas em II; c) apenas em I e III; d) apenas em II e III; e) em I, II e III. QUI0003

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51) (ENEM) A ação humana tem provocado algumas alterações quantitativas e qualitativas da água: I) Contaminação de lençóis freáticos. II) Diminuição da umidade do solo. III) Enchentes e inundações. Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas às alterações I, II e III são, respectivamente: a) Uso de fertilizantes e aterros sanitários / lançamento de gases poluentes / canalização de córregos e rios. b) Lançamento de gases poluentes / lançamento de lixo nas ruas / construção de aterros sanitários. c) Uso de fertilizantes e aterros sanitários / desmatamento / impermeabilização do solo urbano. d) Lançamento de lixo nas ruas / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários. e) Construção de barragens / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários.


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ASPECTOS MACROSCÓPICOS

RESUMINDO

• Matéria é tudo que ocupa lugar no espaço;

• Corpo é qualquer porção limitada da matéria;

• Objeto é o corpo que possui aplicabilidade para o homem; • Os estados físicos da matéria são: sólido, líquido e gasoso;

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• As mudanças de estados ocorrem com ganho de energia (fusão e vaporização) ou perda de energia (liquefação e solidificação);

• Fenômeno físico, não altera a natureza da matéria; já o fenômeno químico altera; • Substância pura possui propriedades físicas bem definidas. Já na mistura essas propriedades são variáveis;

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• Métodos de separação são usados para a separação de misturas, sólido-sólido, sólido-líquido, líquido-líquido, líquido-gasoso, gasoso-gasoso e sólido-gasoso.

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SOCIOLOGIA 3o ANO


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Direção Executiva: Fabio Benites

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Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico: Alan Giles Dominique Coutinho Erlon Pedro Pereira

Gestão Editorial: Maria Izadora Zarro

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Irium Editora Ltda Rua Desembargador Izidro, no 114 Tijuca - RJ CEP: 20521-160 Fone: (21) 2560-1349 www.irium.com.br

A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa, sujeitará o infrator, nos termos da Lei no 6.895, de 17/12/80, às penalidades previstas nos artigos 184 e 185 do Código Penal.


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CULTURA: QUAL O PAPEL DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO?

Objetivos de aprendizagem:

• Pensar sobre o papel da antropologia como a ciência capaz de identificar e refletir sobre as identidades culturais, perceber as diferenças e, assim, buscar o respeito e a paridade entre os homens; • Relacionar os conceitos: identidade e alteridade;

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• Relacionar os conceitos: identidade e pertencimento; • Identificar e caracterizar o conceito de nação moderna;

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• Perceber o relativismo como uma prática.

(Disponível em: https://pixabay.com/ en/mexico-the-ruins-of-the-chichenitza-1093919/ – jarmoluk. Acesso em: outubro de 2016)


CULTURA: QUAL O PAPEL DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO?

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A análise cultural

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(Disponível em: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/4d/64/07/4d640757679ed508f84866181b7ac7 6a.jpg. Acesso em: junho de 2016)

A análise cultural é (ou deveria ser) uma adivinhação dos significados, uma avaliação das conjecturas, um traçar de conclusões explanatórias a partir das melhores conjecturas e não a descoberta do continente dos significados e o mapeamento da sua paisagem incorpórea.

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(GEERTZ, Clifford. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. Pág 30)

1) Antropologia

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Afinal, o que faz o antropólogo? E em que medida essa ciência foi e é importante na construção da nossa percepção de mundo? A Antropologia se sistematiza no século XIX, como uma ciência que se preocupa em entender as diferenças entre os povos. A Antropologia Biológica estudava as características físicas das sociedades, definindo inclusive, a partir de perspectivas evolucionistas, que hierarquizavam os povos em graus de evolução, em que os critérios físicos (cor da pele, estatura, tamanho dos crânios) eram atrelados a categorias morais e características sociais. As chamadas “raças”, categoria essa, que foi redefinida no final deste mesmo século XIX e, assim, utilizando o estudo dos fósseis e pretendendo realizar uma arqueologia dos povos.

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A partir do momento em que essa análise passa do critério racial e evolucionista, para pensar os diferentes comportamentos, como construídos dentro das sociedades e entendendo-os a partir das diferenças, das particularidades, dentro de uma lógica social e histórica, surge uma nova área da Antropologia: a Antropologia Cultural. Antropologia segundo Gilberto Velho: “É uma área de conhecimento, uma disciplina que, originalmente, sobretudo no início, lidou com sociedades de pequena escala, sociedades tribais, mas que desde o início traz também a preocupação da análise da sociedade complexa moderno-contemporânea. E sendo assim, a antropologia cada vez mais abriu espaço com histórias de investigação, até nós chegarmos hoje a uma situação onde podemos dizer que a antropologia é o que o antropólogo faz. E o antropólogo faz o estudo de todos os tipos possíveis de


SOCIOLOGIA

(Trecho de entrevista concedida pelo antropólogo à Revista de Estudos e Pesquisa em Psicologia da UERJ – ano 6 no 2, 2o semestre de 2006)

Para compreendermos o papel do antropólogo, vamos recorrer ao conceito de cultura.

2) Como podemos entender cultura?

O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. Entre os bens materiais brasileiros estão os conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou paisagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro).

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grupos e situações socioculturais, e , obviamente, vai estar lidando o tempo todo com indivíduos”.

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“O conceito de cultura que eu defendo é essencialmente semiótico. Acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal amarrado à teias de significado que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo estas teias, e sua análise, portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado”.

Os símbolos, que são mencionados por Geertz, podem ser percebidos como materiais ou imateriais.

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3) Como podemos definir os símbolos materiais e imateriais e como podemos identificá-los nas sociedades?

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Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. Na lista de bens imateriais brasileiros estão a festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Feira de Caruaru, o frevo, a capoeira, o modo artesanal de fazer queijo de minas e as matrizes do samba no Rio de Janeiro.

PRATICANDO

1) O que é cultura? Quais os aspectos que a constitui? 2) O que são símbolos? Quais são os tipos de símbolos que existem? Dê exemplos. 3) Como Geertz percebe o conceito de cultura a partir da concepção dos símbolos?

4) Identidade, alteridade e pertencimento A identidade é criada no exercício da determinação da diferença, ou seja, quando estabeleço quem eu sou? Quando delimito quem eu não sou. Esta relação entre identidade e diferença ocorre, então, quando o grupo cria símbolos e partilha dessas mesmas normas de comportamento, valores, costumes, religiosidade, ritos e enxerga o outro – o que não partilha comigo desses símbolos – como “o” diferente.

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(GEERTZ, C. A Interpretação das culturas. R.J.: Zahar, 1978 p.15)


(Disponível em: https://goo.gl/EF13zB. Acesso em: junho de 2016)

A Identidade e sua formação em sociedades mais complexas aparecem na relação que se estabelece com a diferença, à medida que esse sistema de representações só pertence a um dado grupo ou nação e reflete a ideia de que “tudo aquilo que está fora” desse contexto não pertence a mesma identidade, ao mesmo grupo e àquela nação.

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Identidade cultural portanto, é a relação que se estabelece entre “semelhantes”, ou seja, os símbolos que constituem uma cultura quando são partilhados por um grupo acabam criando uma identidade cultural, que por vezes, acaba dando sentido a uma nação – esse conceito de nação passa a ganhar força a partir do século XVI, quando são constituídos os Estados Nacionais Modernos.

(Tarsila do Amaral – Operários)

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CULTURA: QUAL O PAPEL DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO?

5) Nação e identidade na modernidade

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A nação é constituída por um conjunto de pessoas que estão ligadas por vínculos culturais, por uma identidade cultural. O vínculo do idioma, dos valores, das tradições, dos costumes e da religião. E o Estado que dá forma a essa nação que por muitas vezes na modernidade, pode ser entendida como circunscrita num espaço (território) delimitado através de fronteiras definidas e reconhecidas pelos outros. Essa “nação” é constituída a partir de instituições políticas, dentre as quais um governo definido e legítimo. A construção da identidade nas sociedades antigas restringia-se ao “nós” dessas sociedades. Os integrantes do grupo se reconheciam como seres humanos e os estranhos a eles eram tratados como uma espécie de seres diferentes. O respeito ao outro e solidariedade se justificavam pelos laços afetivos de uma grande família unida na luta direta pela sobrevivência. Assim identidade significava “ser um de nós”, o que excluía a possibilidade de convivência com qualquer ser estranho que pudesse ameaçar a existência do grupo.

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Textos Complementares Texto I “A teoria social tem, nas últimas décadas rediscutido a questão da IdentIdade. Um dos autores que tem abordado essa questão é Hall, por exemplo, em seu livro Identidade Cultural na pós-modernidade. Para esse pensador, há uma crise das estruturas tradicionais das velhas identidades tanto no sujeito quanto na coletividade (sociedades, culturas, grupos sociais, nações...) a época atual estaria marcada pela fragmentação, descentração e deslocamento das identidades. Estaria havendo uma mudança estrutural que rompe com a ideia de uma “identidade” pessoal, social ou cultural, pela fragmentação dos sujeitos e culturas e pela superação dos conceitos de nacionalidade, raça, classe, gênero, sexualidade. O mundo moderno/pós-moderno tem sido marcado por três concepções diferentes de identidade: • Concepção iluminista: aquela centrada no indivíduo. A ideia de uma pessoa humana (indivíduo), detentora de uma identidade contínua. Haveria um “eu” central/interior idêntico e individual, que permaneceria ao longo da existência e que, apesar das mudanças, não se modificaria no essencial: seria progressivo, porém permanente.


SOCIOLOGIA

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modelos tradicionais de se conceber raça, classe social, diferenças de gênero, religiosidade e nação em nome da política da diferença; da globalização que tende à homogeneização cultural e onde, no próprio conflito entre a resistência das “identidades nacionais” frente à hegemonia globalizante, ocorre a formação de “identidades híbridas”, decorrentes da interconexão entre povos, grupos sociais e sujeitos/indivíduos. Nessa linha de pensamento, Hall conclui que “A identidade toma-se uma ‘celebração móvel’: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um ‘eu’ coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas”

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• Concepção sociológica: aquela centrada na relação sujeito/cultura. A ideia, na sociologia clássica, de um sujeito não totalmente autônomo, mas determinado pela relação sóciocultural, através dos valores, sentidos e símbolos culturais adquiridos. A identidade seria formada na “interação” entre o “eu” e a sociedade; • Concepção pós-moderna: aquela centrada na mudança e fragmentação do indivíduo e da sociedade. A ideia da ausência de uma identidade fixa. O sujeito e as sociedades manifestam múltiplas identidades: a unidade estaria fragmentada, não havendo uma identidade fixa, móvel, permanente. Os conceitos de subjetividade e de multiplicidade teriam superado o conceito de identidade. Desse modo, a concepção pós-moderna de identidade recusaria, portanto, a ideia de uma unidade identitária do sujeito ou da sociedade. Isto seria decorrente, sobretudo, de fatores como a crise dos princípios, tradições e projetos da “modernidade” e dos valores modernos, fundamentados na razão, no progresso contínuo, nos modelos ideais de cultura, sociedade e sujeito; da tendência a superação dos conceitos e

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(FILHO, Gerson Pereira. Artigo publicado na revista Gestão e conhecimento. V.2 , n 2 art 1/ março – junho 2006. PUC Poços de Caldas)

Como a França pode conjugar o combate ao terror e o multiculturalismo?

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Na sequência dos atentados em Paris, sociedades ocidentais enfrentam o desafio de combater o terror sem alimentar os ressentimentos que levam jovens a aderir ao jihadismo

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Os atentados terroristas que atingiram Paris no final de 2015, e a Bélgica em 2016, colocaram um ponto de interrogação sobre as prerrogativas de tolerância perante o exercício de outras culturas que não sejam originárias do território francês. É possível associar multiculturalismo e combate ao terrorismo? Vamos discutir isso um pouco mais no nosso portal www.4newsmagazine. com.br #RelativismoCultural


CULTURA: QUAL O PAPEL DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO?

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(FIORIN, José Luiz. Revista PUC-SP bakhtiniana, São Paulo, v. 1, n. 1, p.115-126, 1o sem. 2009)

APROFUNDANDO

4) (ENEM) Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.

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“A identidade nacional é uma criação moderna. Começa a ser construída no século XVIII e desenvolve-se plenamente no século XIX. Antes dessa época não se pode falar em nações propriamente ditas, nem na Europa nem em outras partes do mundo. Conta-se, como aprendemos em nossos livros de História do Brasil, que D. João VI, ao deixar o Brasil, despediu-se de seu filho, dizendo: “Pedro, se o Brasil vier a separar-se de Portugal, põe a Coroa sobre tua cabeça, que hás de me respeitar, antes que algum aventureiro lance mão dela”. Observe-se que D. João, como, aliás, qualquer outro rei europeu, não tinha nenhum sentimento nacional, tinha um sentimento dinástico. Renan mostra que uma nação é feita de “um rico legado de lembranças”, que é aceito por todos (1947, p. 903). Ela é uma herança, simbólica e material (THIESSE, 1999, p. 12). Assim, “pertencer a uma nação é ser um dos herdeiros desse patrimônio comum, reconhecê-lo, reverenciá-lo” (THIESSE, 1999, p. 12). A nacionalidade é, portanto, uma identidade. O processo de formação identitária consistiu, então, na “determinação do patrimônio de cada nação e na difusão de seu culto” (THIESSE, 1999, p. 12). O primeiro trabalho era estabelecer um patrimônio comum às diversas regiões de um país: quais seriam, por exemplo, os ancestrais comuns de fluminenses, pernambucanos, baianos, paulistas e gaúchos? Para criar, de fato, um mundo de nações não bastava fazer o inventário de sua herança; nem sempre ela existia, era preciso, pois, antes de tudo, inventá-la (THIESSE, 1999, p. 13). Era necessário buscar algo que pudesse ser “um vivo testemunho de um passado prestigioso e a representação eminente da coesão nacional” (THIESSE, 1999, p. 13). Essa é uma tarefa ampla, longa e coletiva. A nação nasce, pois, de “um postulado e de uma invenção” (THIESSE, 1999, p. 14). Ela condensa-se numa alma nacional, que deve ser elaborada. Uma nação deve apresentar um conjunto de elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece uma continuidade com os ances-

trais mais antigos; uma série de herois, modelos das virtudes nacionais; uma língua; monumentos culturais; um folclore; lugares importantes e uma paisagem típica; representações oficiais”

Texto II

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(SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 [adaptado].)

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tornou possível a: a) formação de uma identidade cultural afro-brasileira; b) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias; c) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos; d) manutenção das características culturais específicas de cada etnia; e) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas. 5) (ENEM) As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural, dessa região, são úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos. Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de:


SOCIOLOGIA

(BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www. semesp.org.br. Acesso em: 21 novo 2013 [adaptado].)

A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a: a) práticas de valorização identitária; b) medidas de compensação econômica; c) dispositivos de liberdade de expressão; d) estratégias de qualificação profissional; e) instrumentos de modernização jurídica.

DESAFIANDO

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7) (IFSUL)

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6) (ENEM) Parecer CNE/CP no 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas

que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.

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a) objetos arqueológicos e paisagísticos; b) acervos museológicos e bibliográficos; c) núcleos urbanos e etnográficos; d) práticas e representações de uma sociedade; e) expressões e técnicas de uma sociedade extinta.

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As manifestações públicas que vêm ocorrendo no Brasil nos últimos meses levaram às ruas grupos que defendem a volta do regime militar. Provavelmente, eles não têm conhecimento do Ato Institucional no 5 (AI 5), instituído nesse período, o qual alterou a vida de milhões de brasileiros ao: a) radicalizar o poder gerado pelo golpe político-militar de abril de 1964, com a anuência e o fortalecimento do Congresso Nacional; b) aumentar o volume de impostos e a consequente falência de um grande número de pequenas e médias empresas; c) produzir um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime; d) obrigar a transmissão, por todas as emissoras de rádio, do programa “A Voz do Brasil” e do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.


RESUMINDO

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CULTURA: QUAL O PAPEL DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO?

• Exposição da história da Antropologia como uma disciplina que estuda as diferenças entre os povos;

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• Identificamos a Antropologia Biológica no século XIX, o conceito de raça; • Através da Antropologia Cultural percebemos a definição de cultura, de símbolos e suas especificidades; • O conceito de nação pôde ser pensado a partir das noções de modernidade, e da construção da condição de povo e o sentimento de pertencimento;

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• O relativismo pode ser pensado através das perspectivas de multiculturalismo, dentro de uma lógica problematizadora.

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