23º Edição - GWG Telco: O Desafio de Fornecer Internet de Qualidade à Cidade Mais Alta do Brasil

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FICHA TÉCNICA

2021 ANO VII EDIÇÃO 23 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO

COLABORADORES

Andres Madero / Fábio Vianna Coelho / Abrint / Lacier Dias / Adrian Lovagnini / GWG TELCO / Alessandra Lugato / Vinicius Ochiro / Rogério Couto / Anna Gardemann Mariana Vidotti / Cleufe Almeida / Câmara Abrint Mulher Ronaldo Couto / Paulo Vitor / José Maurício dos Santos Pinheiro

OBS: Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da Revista ISP Mais.

DIRETOR DE ATENDIMENTO Ayron Oliveira

REVISÃO

Jéssica Paz / Alex Gaban / Paola Geraldi

IMAGENS

Shutterstock / Pexels / Pixabay / PXHere

IMPRESSÃO

Gráfica Paraná

Quer anunciar conosco? ispmais.com.br/comercial marketing@ispmais.com.br

CAPA

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Mateus Vitor Borges


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SUMÁRIO 06 ARTIGOS

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PROVEDOR EM DESTAQUE 36

GWG TELCO

O Desafio de Fornecer Internet de Qualidade à Cidade Mais Alta do Brasil

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Cinco Coisas Que Você Deveria Saber Sobre Aprendizado de Máquina

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A Concentração dos Pequenos Provedores de Internet

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Conheça o Programa Norte Conectado

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Quando o 5G Será uma Realidade no Brasil?

29 PESQUISA

Mecanismos de Controle de Uplink e Downlink de Assinantes em Redes GPON

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2021: Incertezas e Desafios

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Programa de Governança e Boas Práticas em Tratamento de Dados Pessoais

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Gestão às Cegas

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OLT GPON 4 Portas OT8836-GP

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COLUNA ABRINT MULHER

O Coração da Convergência e o Papel da Regulação

48 COLUNAS Tendências do Mercado de Telecomunicações para 2021 ESPAÇO

34 ABRINT

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Código de Cores de Cordões e Adaptadores Multimodo

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Os Cuidados Jurídicos na Contratação por Telefone

COLUNA 54 FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE

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Ataques DDOS na Nova Normalidade

Norte Conectado e As Oportunidades Para os Provedores Regionais

Redes de Acesso Totalmente Ópticas, um Novo Paradigma

58 Infográfico ISP Mais



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CINCO COISAS QUE VOCÊ DEVERIA SABER SOBRE APRENDIZADO DE MÁQUINA

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maturidade das soluções de aprendizado de máquina (ML – machine learning) tem crescido furtivamente nos últimos anos. Podemos ver o ML permeando silenciosamente muitos domínios em nossas vidas - ajuda nosso software de navegação GPS a encontrar o melhor caminho pela cidade, ajuda a detectar e mitigar ataques cibernéticos e fraudes de cartões de crédito online, sugere a próxima grande série de streaming para assistir. Onde se encontra a força do aprendizado de máquina? A computação tradicional requer que um computador seja programado por um ser humano com um algoritmo (um conjunto de regras, uma receita) a fim de resolver um problema. No entanto, muitos problemas são demasiado complexos para serem bem descritos por linhas de código - é aqui que o ML se destaca. O ML é a capacidade de um computador aprender a resolver

um problema sem ter sido programado para isso. Durante o processo de aprendizagem, os mecanismos de ML derivam modelos a partir de “dados de aprendizado”. Depois que a fase de aprendizagem é terminada, esses modelos são aplicados a novos dados. Com o mecanismo e a metodologia de treinamento adequados, o ML oferece soluções para problemas como classificação, regressão (previsão), descoberta de padrões ou classificação.

“ As soluções de ML não são produtos “de prateleira” a serem instalados e executados sem outras considerações.”

O planejamento, a implementação e a operação de redes de transporte de telecomunicações são áreas onde estes tipos de problemas são complexos de resolver, com sistemas baseados em regras apresentando limitações. Quais são as principais coisas que se deve saber sobre o ML, no que se refere às redes de transporte? Cinco coisas que você deveria saber: 1. É tudo uma questão de dados! Um sistema de ML eficaz requer grandes quantidades de dados, repetições de eventos semelhantes para que o sistema possa aprender com eles. Até alguns anos atrás, era difícil encontrar volumes tão grandes de dados sobre um determinado assunto. Os recentes avanços tecnológicos têm contribuído para a ubiquidade dos dados, sendo o mais relevante em nosso escopo a disponibilidade de dados de sensores de todos os tipos de hardware, incluindo dispositivos de rede.


ISP Mais Atualmente, roteadores, switches, ROADMs, amplificadores e transponders monitoram continuamente conjuntos ricos de dados, empurrando-os por meio de telemetria de fluxo em direção a lagos ou repositórios de dados. Como por exemplo, o mecanismo óptico mais recente da Infinera, o ICE6, monitora centenas de parâmetros que podem ser expostos a aplicativos através de streaming ou interfaces de usuário. 2. …e sobre o poder da computação Juntamente com grandes conjuntos de dados, vem uma grande escala computacional. Os processos de aprendizagem requerem um poder de processamento grande o suficiente para tirar proveito do “big data” num período de tempo razoável. A evolução dos processadores, incluindo hardware otimizado para “tarefas inteligentes”, e a virtualização dos processadores e técnicas de computação em nuvem tornaram a

capacidade de computação mais barata e mais acessível do que nunca.

“ Ao garantir que as expectativas certas sejam definidas e as melhores práticas sejam seguidas, o futuro é brilhante para a aplicação do ML às redes de transporte.”

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3. O ML tem muito a oferecer às redes de telecomunicações Nos últimos anos, os fornecedores de telecomunicações têm trabalhado com operadoras na aplicação de ML a problemas de rede. Os exemplos seguintes destacam o seu enorme potencial: • A previsão de falha de rede e a manutenção preventiva envolvem a previsão de problemas de rede com base em padrões aprendidos com os dados históricos da rede e a sua resolução antes de ocorrerem. Esta abordagem fornecerá disponibilidade de rede adicional, ajudará as operadoras a cumprir os SLAs, e melhorará a experiência do cliente. • A análise da causa principal e a solução de problemas usam um algoritmo de ML treinado com uma grande variedade de instantâneos de falhas de rede para classificar eventos de acordo com a causa principal subjacente, acelerando a sua resolução e reduzindo o tempo de inatividade. • A recomendação de aumento


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ispmais.com.br da rede, onde um algoritmo de ML treinado com grandes conjuntos de dados de rede para descobrir tendências de tráfego e ocupação, prevê o crescimento do tráfego, sugerindo atualizações de capacidade antes do tempo, permitindo uma melhor adequação do tempo de despesas às receitas de serviços. • Problemas de roteamento, onde um mecanismo de ML fornece previsões de padrões de tráfego e evolução para um mecanismo de computação de caminhos, permitindo o equilíbrio dinâmico dos pedidos de largura de banda e carga de rede. Este tipo de automatização resulta na maximização do retorno do investimento. • A avaliação rápida e precisa do desempenho óptico para caminhos arbitrários em redes ópticas abertas oferece os meios para maximizar a capacidade de transmissão, assegurando ao mesmo tempo o desempenho óptico requerido - outra forma de reduzir custos e maximizar o investimento. • Os elementos de rede com eficiência energética utilizam o ML para monitorar a utilização de recursos e determinar quando desligar o hardware com base nos dados históricos da rede. 4. O ML não irá resolver “por magia” todos os problemas No entanto, é fundamental definir as expectativas corretas. As soluções de ML não são produtos “de prateleira” a serem instalados e executados sem outras considerações. • O ML requer a preparação dos dados: garantindo a qualidade dos dados coletados, limpando-os de informações que possam distorcer o resultado, convertendo-os em um formato adequado para a modelagem, certificando-se de que as amostras de treino e teste vêm da mesma distribuição. • Em seguida, diferentes modelos precisam ser testados e o melhor deles selecionado. • As etapas para a produção da solução, tais como a integração em um ambiente de software e no processo empresarial, também merecem ser cuidadosamente consideradas. Outros aspectos a ter em mente ao adotar o ML são que estes

sistemas não são determinísticos, mas sim probabilísticos, e que as decisões de ML nem sempre podem ser descritas em termos de parâmetros físicos simples. Estes exigirão que fornecedores e operadores, cientistas de dados e especialistas em rede, trabalhem em conjunto na construção da confiança no ML, começando pelos aplicativos de baixo risco e evoluindo para sistemas de detecção e resolução totalmente automatizados. 5. O aprendizado de máquina já está hoje beneficiando as operadoras de rede O uso crescente de ML em vários setores está contribuindo para o aumento da demanda por largura de banda. As implantações típicas de ML integram um conjunto de sensores distribuídos, mas, devido a restrições de computação local, dependem de um armazenamento e processamento central de dados massivo, colocando novas cargas na conectividade de rede. Não é interessante que as mesmas técnicas na origem das novas demandas de largura de banda sejam em breve utilizadas pelas operadoras para melhorar a entrega dessa mesma capacidade de rede? A quantidade, o alcance e a qualidade dos dados disponíveis em uma rede moderna, e a capacidade de transmiti-los, armazená-los e processá-los, são fortes facilitadores para o uso de técnicas de ML. Ao garantir que as expectativas certas sejam definidas e as melhores práticas sejam seguidas, o futuro é brilhante para a aplicação do ML às redes de transporte.

Andres Madero, CTO de América Latina e Caribe na Infinera.



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A CONCENTRAÇÃO DOS PEQUENOS PROVEDORES DE INTERNET

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pós registrarem um crescimento de 32,5% em 2019, disponibilizando mais acessos de banda larga que a maior operadora do país, conforme dados da Anatel, os provedores regionais de Internet passam por um momento único, que deve se estender pelos próximos anos e acelerar sobremaneira a competição e a concentração no setor. Toda essa movimentação força as empresas a adotarem novos patamares de profissionalismo, particularmente quanto à sua gestão. Há anos, a expansão do segmento ganhou, em 2020, novas dimensões a partir de uma combinação de fatores. O principal foi a Covid-19. O isolamento social, que forçou boa parte dos profissionais a trabalharem de suas casas, fez a contratação de acessos de banda larga junto a provedores regionais saltar 43% entre março – início da pandemia – e setembro, segundo a Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações). A tendência não irá recuar tão cedo.

Crescente há anos, o home office tende a se tornar usual, mesmo após a pandemia. Muitas empresas descartam a reativação de pontos físicos, enquanto profissionais passam a considerar boa parte dos deslocamentos que realizavam para o exercício de suas atividades como desnecessária. Os pequenos provedores, que já respondiam pela maior parte dos novos acessos, concentrarão ainda mais as demandas por novas e melhores conexões.

“Um ponto fraco comum a muitos provedores de pequeno porte é a gestão.”

Esse quadro, que aumentou ainda mais as já elevadas perspectivas de crescimento do setor, dá-se num momento raro da política monetária nacional. Historicamente, o país sempre teve uma das maiores taxas de juros do mundo, o que fazia investidores de todos os portes terem a renda fixa – atrelada a títulos públicos – como principal escolha. Com a Selic em 2% ao ano, as opções do segmento passaram a ter rentabilidade real negativa, o que faz o capital migrar para a economia real. Por conta da crise, poucos segmentos respondem aos efeitos positivos da atual taxa de juros. Dentre esses, o de pequenos provedores é dos que mais se destacam. Cortejadas há tempos por grandes operadoras, essas empresas passam a interessar a investidores de todos os portes, desde os profissionais e institucionais, que adquirem participações acionárias, promovem fusões e realizam aquisições, até os pequenos, que ingressam como cotistas em fundos de private equity.


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O movimento impulsiona a melhoria e ampliação dos serviços, estabelecendo novos patamares de competição e de exigência dos consumidores. Um ponto fraco comum a muitos provedores de pequeno porte é a gestão, que pode comprometer tanto existência da empresa quanto a concretização de ofertas de interessados em aquisições ou na realização de aportes financeiros. Geralmente, o empreendedor do segmento é alguém que começa o negócio sozinho e vale-se de capacitação técnica e conhecimento tecnológico para compensar pouco ou – por vezes – nenhum preparo quanto à administração da empresa. A natureza da atividade, que permite a ampliação da base de clientes sem investimentos proporcionais em tecnologia e pessoal, faz com que a gestão fique em segundo plano, até que suas falhas comprometem a parte operacional do negócio, gerando má-reputação facilmente disseminada pela área de cobertura de sua rede.

Esses problemas tornam-se críticos quando as carteiras chegam à primeira centena de clientes. É aí que a gestão e mapeamento de redes, carteiras, planos distintos, integração de tecnologias, cobranças, contratos, tributos, suspensão de serviço a inadimplentes, dentre outros tornam-se inexequíveis sem o uso de um sistema de gestão adequado à atividade. Além de comprometer a parte operacional, a falta de uma gestão adequada pode resultar na desistência de investidores interessados em fazer aportes ou adquirir a empresa, situação que o momento vivido pelo setor torna comum. Parte significativa de fusões, aquisições e incorporações naufraga no processo de due diligence, principalmente por conta da parte contábil, e a falta de comprovantes de movimentações financeiras. Mesmo quando as redes e carteiras têm porte, interessados desistem por conta de passivos resultantes de má-gestão. Seja no auxílio à equipe contábil, administração da parte opera-

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cional ou no controle financeiro, o investimento em um software de gestão é, dependendo do porte do provedor, tão ou mais fundamental que a parte tecnológica. É a ferramenta que possibilita o controle adequado de equipes, parte financeira, tributária e dos planos, sem o que não se sobrevive mais no mercado. O momento atual gera oportunidade de ganhos significativos para quem atua no setor acompanhando seus novos patamares de profissionalismo.

Fábio Vianna Coelho, engenheiro eletricista e sócio da RadiusNet e da Vianatel, especializadas, respectivamente, em gestão e regularização de provedores de internet. contato@vianatel.com.br


Conheça o Programa Norte Conectado O QUE É O PROGRAMA NORTE CONECTADO? O Programa Norte Conectado é uma Política Pública Federal, que visa melhorar a conectividade da Região Amazônica, por meio da implantação de um backbone subfluvial de elevada capacidade em fibra óptica, assim como a construção de redes metropolitanas nas cidades da região amazônica. O programa atualmente é composto pelo Programa Amazônia Integrada e Sustentável – PAIS e GESAC Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão.

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS? Usar a tecnologia de redes de alta velocidade para alavancar a economia e o desenvolvimento da região amazônica nas verticais social, educação, pesquisa, inovação, segurança, meio ambiente, telecomunicações, defesa, saúde, justiça, cidadania, em todas as esferas de governo. Além de

Ampliar e melhorar o acesso à Internet;

Acelerar o desenvolvimento econômico e social;

Integração aos países vizinhos que compõem a Pan Amazônia;

Promover a inclusão digital;

Levar infraestrutura de fibra óptica às áreas urbanas de cidades polo em parceria com provedores regionais;

Reduzir as desigualdades social e regional; Promover a geração de emprego e renda;

Integração das regiões menos assistidas em banda larga ao Backbone Nacional;

Ampliar os serviços de Governo Eletrônico e facilitar aos cidadãos o uso dos serviços do Estado;

Compartilhar infraestrutura com o Estado e provedores;

Promover a capacitação da população para o uso das tecnologias de informação;

Resiliência das redes;

Aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade ;

Massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga;

Redução de custos de acesso;

POR QUE É IMPORTANTE? Redução de desigualdades regionais

Redução da exclusão digital

Aumento do desenvolvimento econômico e industrial regional

Mais conexão: mais acesso à educação, cultura, lazer e cidadania

Descentralização do acesso (hoje centralizado no sul e sudeste)*

* 68,4% no Norte, 64,0% no Nordeste e 79,6 no Centro-Oeste, contra 81,1% no Sudeste) e pessoas que utilizam a internet (60,1% no Norte, 58,4% no Nordeste e 76,6% no Centro-Oeste, contra 76,5% no Sudeste.


 09 Infovias 04

 10000 km de fibras óp�cas

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 Mais de 9 milhões de habitantes beneficiados  60 municípios + Rede Metropolitana

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 Escolas públicas urbanas, Hospitais escola, Tribunais, Organizações Militares, IFES, ICTs

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COMO SERÁ FEITO? Emprego de cabos de fibras ópticas Cabos subfluviais (depositados no leito dos rios)

Interligação de 59 municípios ao longo dos cursos dos rios Negro Solimões, Madeira, Purus, Juruá e Rio Branco;

10.000 km de cabos de fibras ópticas

Construção de 9 Infovias

Lançamento dos cabos feitos por navios especializados

Utilização de 10.000 km de fibras ópticas

QUEM SERÁ BENEFICIADO? 9,2 milhões de habitantes

18 IFES, ICTs**

2.200 Escolas públicas urbanas,

Provedores de pequeno porte do norte, que poderão participar do edital da RNP

9.424 Unidades Básicas de Saúde 162 Instituições de segurança Pública

QUANDO COMEÇARÁ? O programa está dividido em seis partes, sendo que a primeira etapa (Infovia 00) terá início em 10/12/2020. E a sexta e última parte tem previsão de término em 31/12/2023.

Elaboração: ABRINT

60 municípios e Rede Metropolitana * IFES – Instituto Federal de Ensino Superior | ICT – Instituto de Ciência e Tecnologia

CUSTOS O valor total da infraestrutra está estimado em R$ 795 milhões. Os custos de integração das redes, de operação e de manutenção durante 2 anos, somam R$ 905 milhões.


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QUANDO O 5G SERÁ UMA REALIDADE NO BRASIL?

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uando o 5G vai ser uma realidade no Brasil? Essa é uma pergunta que todo mundo ligado à internet está se fazendo. Não apenas entre os provedores de internet, agências reguladoras ou os grandes players das telecomunicações, mas inclusive, os usuários, pois, a nova tecnologia promete mudar a maneira que interagimos com o mundo em que vivemos. Entretanto, além de muitos benefícios e um mundo de possibilidades, há outro tanto de problemas e dificuldades que ainda precisam ser resolvidos antes que isso realmente seja implantado no Brasil. Sucintamente, o 5G é a quinta geração de internet móvel. Entre os diferenciais estão uma maior velocidade de conexão à internet nos dispositivos móveis, mas, essencialmente, a possibilidade de conectar objetos e permitir cidades inteligentes, como carros, geladeiras, máquinas de lavar, câmeras de segurança, etc. A promessa é de mais velocidade para downloads e uploads, cobertura

mais ampla e conexões mais estáveis. A expectativa é de uma revolução tecnológica sem precedentes. Afinal, com todos esses avanços, o 5G vai remodelar o setor produtivo e a própria vida das pessoas. No Brasil, em julho de 2020, a operadora Claro deu um passo à frente e anunciou a implantação do 5GDSS (compartilhamento dinâmico de espectro, do inglês), que é uma tecnologia de transição entre 4G e o 5G. Embora já exista a possibilidade de algumas operadoras utilizarem suas faixas e frequências de rádio para im-

“É preciso responder a muitas perguntas e resolver muitos problemas antes de implantar a tecnologia 5G.”

plantar a nova tecnologia, todas estão aguardando o grande leilão que será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ainda sem data definida. Entre as grandes e principais vantagens do 5G, podemos citar acesso a internet móvel próximas a 1Gbps, velocidade muito acima da que hoje é distribuída pelas redes móveis atuais. Não há dúvidas de que o 5G fará com que o usuário tenha uma experiência de velocidade muito alta, e isso será determinante para potencializar trabalhos, desenvolver o lado profissional, melhorar a comunicação pessoal e a maior interação com dispositivos inteligentes. Da mesma forma e sob o mesmo aspecto, diminuirá o que chamamos de latência, ou seja, diminuirá o tempo de resposta que as redes atuais dão quando abrimos um site, por exemplo. Isso significa que a internet móvel será praticamente instantânea. Tudo bem que hoje em dia a gente já tem uma experiência “quase instantânea” na hora de abrir um site num smartphone


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dos modelos mais novos, ou no próprio computador, entretanto, imagina como poderá ser se essa internet estiver pilotando seu carro? Será preciso algo com muita velocidade e baixíssima latência para não falhar, certo? Não podemos correr o risco de, enquanto um automóvel autônomo estiver em uso, ter de esperar alguns segundos de resposta do servidor. Até porque a tecnologia 5G é extremamente disruptiva, ou seja, veio para quebrar paradigmas e transformar totalmente a realidade, contudo ela não fará isso sozinha, precisaremos de muitas malhas ópticas para conectar as torres de 5G e consequentemente muito espaço em postes para termos estas fibras instaladas. Por outro lado, é preciso responder a muitas perguntas e resolver muitos problemas antes de implantar a tecnologia 5G, principalmente no Brasil, que tem algumas particularidades e especificidades em relação a outros países, como os Estados Unidos. Aqui, por exemplo, já se verificou que ocorrem muitas interferências nas antenas parabólicas, muito utili-

zadas por grande parte da população. Alguns testes estavam sendo realizados antes da pandemia do coronavírus e precisam ser retomados quando for possível. É preciso testar mais e verificar qual o melhor jeito de equacionar este e outros problemas. Além disso, a tecnologia 5G necessita de pelo menos dez vezes mais antenas que a tecnologia 4G, hoje amplamente utilizada no Brasil. Isso significa que serão necessários investimentos volumosos das empresas para melhorar e ampliar a estrutura. Fazendo um paralelo, precisamos construir as estradas de alta velocidade antes de colocar um carro de alta velocidade para andar, ou seja, é preciso, antes, instalar as milhares de antenas e cabos ópticos que serão necessários para suportar está super estrutura, senão, não haverá sentido trazer a tecnologia 5G. E nisso o leilão das faixas de frequências são fundamentais, para inserir a obrigatoriedade de investimentos, possibilitar que sejam criadas as “estradas” de alta velocidade com a implantação das antenas para o 5G e o ajuste

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das regras de uso dos postes, permitindo mais ocupantes por poste. Estas ações permitiriam que a infraestrutura e as políticas públicas chegassem com mais rapidez onde é necessário. Depois de tudo feito, todavia, ainda haverá custos impactados no bolso do consumidor. Qual será o preço dos aparelhos? Sabe-se que o poder de compra do usuário foi drasticamente afetado nessa pandemia e isso afetará de forma direta a compra e venda de novos aparelhos. Porque o 5G vai exigir novos aparelhos. Os que temos não estão preparados para operar essa nova tecnologia. Claro que poderemos continuar usando as gerações anteriores de dispositivos, desde o 2G até o 4G. Entretanto, se o usuário quiser aproveitar as vantagens do 5G, terá de trocar todos os aparelhos, e quando falo tudo não é exagero, estamos falando de trocar todos os celulares, carros, máquinas de lavar e qualquer outro que puder utilizar a nova tecnologia. Que essa mudança vai demorar, isso é fato. O processo é lento e caminha a passos vagarosos. Mas, ainda existe um fator alheio à tecnologia ou à técnica e que pode atrapalhar muito a implementação do 5G no país: a política. A China é um dos países que têm essa tecnologia em estágio avançado e, por conta de ideo-


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logias políticas, pode ou não ser autorizada a operar no Brasil. Da mesma forma que em países contrários à sua ideologização política, como os Estados Unidos. Só que isso impacta fortemente no custo dos aparelhos, no preço dos equipamentos, na operação como um todo além de outros fatores. Diante de tudo isso, os mais otimistas já preveem leilões das faixas em que será implementado o 5G já a partir do primeiro trimestre de 2021. Os mais pessimistas dizem que essa data é muito cedo e que todo o processo pode demorar a acontecer, desenrolando-se durante todo o ano de 2021. Enquanto isso, os usuários e a cadeia produtiva da internet aguardam ansiosos a implantação da tecnologia a fim de tirar do “papel” todas as possibilidades e colocá-las em prática.

Lacier Dias, Professor da VLSM para IPv6, Arquitetura, Design e Roteamento para redes, consultor para provedores de internet e redes corporativas. Diretor técnico da Solintel


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ATAQUES DDOS NA NOVA NORMALIDADE

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que são os ataques DDoS? Um ataque DDoS (Distributed Denial-of-Service) é uma tentativa maliciosa para perturbar o tráfego normal de um objetivo pontual como um servidor, um serviço ou uma rede (geralmente a rede do provedor) sobrecarregando o objetivo com uma quantidade excessiva de informação (por exemplo uma alta quantidade de pacotes PING). Um ataque de DDoS pode ser comparado com um congestionamento de tráfego travando a rodovia, impedindo que o tráfego habitual chegue ao destino final. Na nova normalidade As pesquisas indicam que desde o COVID-19 e o aumento do Work From Home (a nova normalidade) têm aumentado os incidentes e os esforços para causar interrupções de serviços tanto nas grandes empresas como em indivíduos. Os ISP’s estão se enfrentando cada vez mais as novas ameaças e desafios para descobrir tráfegos in-

detectáveis e/ou anormais antes de que se convertam em ataques baseados em reflexão (capazes de gerar tráfegos de até centos de gigabits por segundo). No terceiro semestre de 2020, o número de ataques DDoS aumentou quatro vezes em comparação ao nível do primeiro semestre, antes do começo da pandemia e o desenvolvimento massivo do Work From Home, segundo estatísticas da empresa Cloudfare.

“Os provedores devem ter um rol importante na luta contra atividades ilegais ou maliciosas na internet ”

Na Ucrânia, alguns meses atrás, um menino de 16 anos foi preso pela polícia logo depois de atacar o ISP local mediante a um ataque de DDoS e tentar extorqui-lo ameaçando distribuir informação pessoal de alguns dos clientes. O caso não foi o primeiro em que uma única pessoa, com poucos recursos consegue derrubar um ISP inteiro utilizando uma simples botnet (rede de dispositivos controlados) para DDoS. Nesse mesmo ano, houve também dezenas de cases na África com pequenos grupos ativistas derrubando as redes dos ISP’s em países como Libéria, Camboja e África do Sul. Tempo atrás foi descoberto também que um grupo de hackers conseguiram utilizar roteadores de uso pessoal com falhas de segurança (de marcas muito reconhecidas) no mundo inteiro como parte de uma botnet para ataques. Isto alertou também à comunidade, que percebeu que com o avanço do IoT, o dia de amanhã pode ser que até o nosso refrigerador seja parte de um ata-


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que DDoS. O desenho da internet, contempla que os hosts na última milha sejam quem tenham a inteligência para garantir os níveis de serviço, enquanto as redes intermediárias fornecem o mínimo serviço, no melhor esforço, o que deixa muitas vezes em mãos do provedor as medidas de segurança necessárias para segurar a rede. Novos métodos de detecção de DDoS As soluções ideais são aquelas que atuam na infraestrutura de rede, desviando o grande fluxo de dados maliciosos nos objetivos do ataque enquanto se permite que o tráfego normal continue. A evolução dos métodos de defensa, está sendo dirigida para serviços utilizando Machine Learning e análise de pacotes: estudos demonstram que esses tipos de sistemas são capazes de prever um ataque com eficiência de mais

FIGURA 1: Fonte: digitalattackmap.com – ataque em Agosto 2016, com tráfego de até 1200 Gbps com destino Arábia Saudita, República Checa e outros

de 99% utilizando os algoritmos de detecção corretos. Existem soluções de software capazes de fazer isto combinando várias tecnologias, mediante a realização de

capturas esporádicas de tráfego na rede, análise dos resultados e comparação deles com tráfegos anteriores e padrões de ataques para descobrir tráfego indeseja-


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FIGURA 2: Fonte: akamai.com – ataque DDoS de reflexão, aproveitando um open resolver para saturar um objetivo em particular

do e logo blocar os ofensores, garantindo a proteção tanto para o cliente como para o provedor. Para Empresas que possuem serviços online, existem ferramentas mais básicas, que conseguem proteger um único serviço fazendo uso de serviços cloud que permitem monitorar a aplicação e blocar tráfegos indesejados se baseando também na análise dos pacotes. Sem esse tipo de soluções o provedor geralmente tenta mitigar o ataque mediante redirecionamento do tráfego ofensor para rotas nulas (black-holing), ou colocando limitações de tráfego ou de pacotes para que o ataque não tenha sucesso, porém esse tipo de soluções geralmente são reativas e não preventivas.


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A responsabilidade dos ISP Os provedores devem ter um rol importante na luta contra atividades ilegais ou maliciosas na internet já que são tanto a primeira, como a última barreira para deter a entrada/saída de tráfego mal-intencionado desde e para a internet. Além disto, segundo o marco civil, os provedores devem em caso de crime informar por obrigação legal os dados cadastrais dos usuários para que a investigação se efetive. Segundo uma pesquisa realizada tampo atrás pela Corero (www.corero.com), o 89% dos provedores sentem-se responsáveis da aplicação de proteções contra DDoS tanto para segurança própria, como dos seus clientes, embora esses últimos sejam os mais afeitados nos ataques. Tam-

bém, mas do 80% dos provedores da pesquisa expressaram que os mecanismos para defensa ante DDoS têm a mesma, ou maior importância do que outros tipos de proteções de segurança próprias ou para clientes. Um exemplo clássico de ataques, é o dos servidores DNS: se o provedor não controlar corretamente seus servidores, eles podem estar respondendo consultas ilimitadas geradas por usuários de qualquer país (conhecidos como open resolvers). Esses tipos de servidores são frequentemente utilizados para ataques de DDoS, aproveitando a resolução de domínios para redirecionar tráfego malicioso para um objetivo em particular. Segundo a CERT.br, entre 2018 e 2019 houve uma redução muito significativa de esse tipo de prá-

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ticas mediante o Programa por uma Internet mais Segura mantido pela CGI.br e NIC.br (https:// bcp.nic.br/i+seg/acoes/amplificacao/). Esperamos que esse tipo de iniciativas continue para que os novos ataques dessa nova normalidade fiquem atrás dentro de pouco tempo.

Adrian Lovagnini, Adrian Lovagnini - Engenheiro em Telecomunicações com formação em Finanças. Atualmente é Assessor de Negócios TI e Consultor da VoIP Group ingadrianlovagnini@gmail.com


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O Desafio de Fornecer Internet de Qualidade à Cidade Mais Alta do Brasil


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A ideia de criar um provedor teve início em 2018, durante uma conversa informal entre amigos que aguardavam a saída dos filhos, no estacionamento da escola.

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bate-papo se deu entre Guilherme Centofante, empresário no setor de hotelaria há 16 anos e Wilson Biancalana, profissional de telecomunicações há mais de 20 anos. Ambos moradores de Campos do Jordão; uma cidade localizada na Serra da Mantiqueira, a uma distância 170 km de São Paulo, com 55 mil habitantes e com uma forte economia turística. Na ocasião Guilherme relatava um problema constante que ocorria em seus hotéis: as reclamações de seus hóspedes com a instabilidade do sinal de internet. “Sempre ouvia dos funcionários que os hóspedes ficavam irritados quando tentavam acessar a internet nos seus quartos e o sinal era instável. O hóspede, em boa parte das vezes, une lazer e negócios durante sua permanência na cidade e com a oscilação do sinal, não conseguia trabalhar direito”, explica Guilherme. Procurando soluções, entrava

“Sempre ouvia dos funcionários que os hóspedes ficavam irritados quando tentavam acessar a internet nos seus quartos e o sinal era instável” em contato com o provedor contratado e solicitava atendimento. Mas a resposta era sempre muito morosa, quando existia. Em muitas ocasiões seus estabelecimentos ficaram sem sinal até por dias seguidos! E isso foi gerando muita frustração e descontentamento. Durante a conversa, Wilson também compartilhou um problema semelhante: estava sem sinal em sua residência há vários dias. E mesmo depois de abrir um

chamado, continuava aguardando atendimento, sem sucesso. Com este contratempo recorrente, decidiram tomar uma iniciativa e unir a experiência empreendedora de Guilherme com o conhecimento tecnológico de Wilson. A intenção era suprir um nicho de mercado que estava insatisfeito, de maneira mais eficiente e mais rápida. A partir daí surgiram os primeiros rascunhos de um projeto que resultaria na criação da GWG Telco. O objetivo era desenvolver um provedor de qualidade, que focasse principalmente no atendimento ao cliente e no respeito ao consumidor. Durante os meses seguintes procuraram desenhar uma rede que inicialmente atendesse poucos clientes. Neste período de pré-operação foram adquiridos equipamentos e materiais, escolhido o local adequado para a instalação do POP, definido o ponto comercial, solicitadas as devidas autorizações, contratados os téc-


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nicos e colaboradores, concluídas as inscrições e enfim, ao final de julho de 2019, houve o início operacional. A criação do nome GWG foi resultado da união das iniciais de seus sócios, Guilherme e Wilson, além da inicial da palavra Gateway (muito usada em telecomunicação), o que acabou gerando um palíndromo interessante e sonoro. Assim, a GWG iniciou seus trabalhos a passos de formiguinha, com um estoque de 40 CTOs, 10 CEOs, 4 km de cabos, 5 km de drop e uma equipe de instalação com apenas 3 técnicos. Os desafios Os entraves encontrados pelo caminho foram inúmeros. A cidade de Campos do Jordão pode ser considerada o “pesadelo de qualquer provedor”, segundo os sócios. Apesar das infindáveis belezas naturais e da charmosa arquite-


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tura de estilo europeu que atrai 4,5 milhões de turistas por ano, a cidade conhecida como a Suíça Brasileira apresentou muitos obstáculos para o desenvolvimento de uma rede eficaz. “Aqui temos um período longo de chuvas, entre novembro e fevereiro. O relevo é bem irregular por se tratar de uma cidade serrana. Há extensas áreas de preservação ambiental. Existem araucárias centenárias espalhadas pela cidade, com mais de 30 metros de altura. E isso tudo em um ambiente a 1640 metros de altitude, considerado o mais alto do território nacional. Estas são características que dificultam bastante o trabalho do pessoal técnico. Também tivemos que confrontar a falta de padrão da estrutura dos postes elétricos. Há postes de madeira, postes de tamanhos variados, falta de postes, irregularidades na distância e posição entre eles...foi tudo muito trabalhoso”, descrevem os sócios. Além disso, a insegurança de muitos clientes para confiar em


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um novo provedor 100% jordanense foi complicada. Os consumidores de internet da cidade estavam acostumados com uma baixíssima qualidade de atendimento, oferecido por empresas muito maiores e já com mercado consolidado. Imagine acreditar em um projeto pequeno, como foi a GWG no início! Para refutar a premissa do ‘santo de casa não faz milagre’, o trabalho foi árduo. Contudo, os primeiros clientes foram surgindo no início de agosto de 2019 e através do boca-a-boca, a empresa alcançou a média de 2 a 3 instalações diárias. Já em dezembro do mesmo ano, com mais de 300 clientes e 5 instalações por dia, houve a necessidade de contratar uma segunda equipe técnica e providenciar o primeiro projeto de expansão da rede. Buscaram então novos fornecedores, que oferecessem materiais de qualidade. Elaboraram mudanças na estrutura e um novo cabo foi implantado para o alcance de novos pontos, principalmente em regiões mais debilitadas e

“Grande parte deste sucesso é devido a uma equipe comprometida e engajada, que vestiu a camisa da empresa. ” distantes, onde havia muitas áreas sem cobertura. Pandemia Com o decreto do lockdown, as cidades turísticas sofreram muito com a queda da economia e em Campos do Jordão não foi diferente. Vários clientes da GWG tiveram suas mensalidades postergadas, até se restabelecerem financeiramente. Mesmo com esta difícil condição, o número de pessoas que se deslocou dos

grandes centros e se instalou na cidade, temendo a contaminação por Covid19, chegou a igualar-se ao número de habitantes. Muitos proprietários de imóveis de temporada vieram com suas famílias, buscando um local mais calmo e afastado durante o isolamento. Esta ação gerou uma demanda inesperada de novos clientes, que precisou adequar seu dia-a-dia ao home office, às aulas on-line e ao maior consumo via web. Neste momento houve a contratação de mais equipes de atendimento e de instalação. Conquistas Hoje, a GWG conta com 6 colaboradores administrativos, 7 equipes de atendimento e 2.200 clientes. Seus produtos se apresentam como Link Banda Larga, Link Dedicado, Link Temporário (para eventos) TV e Consultorias de Rede e Projetos. Mesmo sendo uma empresa muito jovem, com apenas 18 meses de operação, a GWG alcançou um crescimento de 650% e sua


ISP Mais rede tem capacidade para mais de 10 mil clientes. Grande parte deste sucesso é devido a uma equipe comprometida e engajada, que vestiu a camisa da empresa. O atendimento online funciona entre 8:30h e 22h, enquanto as equipes de manutenção e reparos ficam à disposição 24h por dia. Por conseguinte, os colaboradores sempre recebem elogios dos clientes, pela qualidade dos serviços e pelo pronto atendimento. Isto também é resultado de um constante acompanhamento/treinamento de cada equipe técnica.

O principal objetivo da GWG é dar continuidade ao crescimento sustentável que vem desenvolvendo, mantendo o padrão de seus produtos e preservando a qualidade em seu atendimento, que sempre foi o diferencial da empresa. Outra perspectiva é a continua expansão, fomentada pela necessidade de um provedor como a GWG em outras cidades. Estes projetos iniciam-se a partir de 2021, para cobertura dos municípios de Santo Antônio do Pinhal, Tremembé, Taubaté, Pindamonhangaba e São Bento do Sapucaí.

Ação social Mesmo com o advento da pandemia, que adiou vários projetos no município, a GWG se preocupa com o desenvolvimento social local, e colabora com algumas iniciativas, como por exemplo o patrocínio do Futsal Feminino CDJ e o fornecimento gratuito de sinal WI-FI no Shopping Popular Itapeva.

O que dizem os clientes “Super recomendo a GWG! Me atenderam super bem, foram rápidos, prestativos, educados e cumpriram todos os prazos! Estou muito feliz com o serviço deles!” Ana Franco

Planos futuros

“Prestativos e rápidos. Onde nenhuma empresa quis instalar internet, eles não mediram esforços e no dia seguinte já estava instalado e funcionando. Reco-

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mendo. ” Danubia Torres “Melhor net para jogos online hoje em Campos do Jordão, super recomendo. ” Ronan N.Leonel “Onde todas as empresas de internet se negaram a instalar por inviabilidade, a GWG instalou! Foram dedicados e não mediram esforços.... Além disso, funcionários extremamente educados, da contratação à instalação. Recomendo! ” Juliana Messias “Ótima internet, sinal rápido e bom, com o preço acessível. Recomendo” Leandro Reis “Sim recomendo, atendimento rápido e instalação rápida. São muito atenciosos. E avisam quando irão fazer manutenção na rede, assim nos deixando a par da oscilação do sinal. Coisa que até hoje não vi nenhuma prestadora de internet fazer. ” Juliana Brum


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TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES PARA 2021

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evido a pandemia da COVID-19 iniciada em 2020, em 2021 o mercado de telecomunicações tende a continuar a sofrer mudanças principalmente nas estratégias de negócios. Esse mercado vem sendo moldado devido ao fato do isolamento social ter alterado todo o mercado não apenas a alta demanda de conectividade mas também, na forma de relacionamento com o cliente, sendo o acesso a internet atualmente uma necessidade básica na vida das pessoas e empresas. O mercado de ISP (provedor de serviços de internet) desempenha um papel importante na indústria de telecomunicações pois garante uma maior operabilidade com fornecedores de conexão e conteúdos diversos. Com esse cenário em vistas, foi feito uma pesquisa realizada entre os dias 16 de Fevereiro de 2021 a 06 de Março de 2021 sobre TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES 2021, onde 674 provedores foram contactados via Telefone, WhatsApp, Blog, e-mail, de todas as regiões do Brasil, desses 180 foram entrevistados tendo o perfil: 50,6% CEO, 21,7% Diretor Administrativo, 11,1% Diretor Operacional, 6,7% Diretor Comercial, 6,1% Sócio Diretor, 3,3% Diretor Financeiro e 0,6% Coordenador Administrativo. A pesquisa revelou dados sobre clientes e tecnologia utilizada e suas classes sociais, bem como tendências relacionadas às

Metas de Investimentos para captação de novos clientes, expansão de tecnologia, capital intelectual, mudanças de tecnologia (rádio para fibra), Marketing e comportamentos dos dirigentes dos provedores de Internet em relação aos desafios, concorrência, investimento em novas tecnologias e mão de obra especializada. Com vistas à pandemia, muitas tendências de mercado já estavam em crescimento, o isolamento social trouxe novas formas de relacionamento, como demanda por tecnologia, e uso indispensável de conexões de alta velocidade. As pessoas têm buscado essas conexões por serem importantes não só na sua vida profissional, mas também na sua vida pessoal. Hoje temos decisões de tribunais e audiências que são realizadas por videoconferência determinando que o uso da tecnologia de alta velocidade tem sido primordial para a continuidade e demandas da sociedade. Além disso, temos exemplos, streaming de músicas e vídeos, lives, cursos, palestras, oferecidos através dessas redes de conexão. Essa nova realidade de conexões de alta velocidade, moldou e tem modificado os padrões e comportamentos dos consumidores desses serviços. Os provedores de telecomunicações estão tendo a oportunidade de moldar um novo futuro, onde terão que observar o comportamento dos seus clientes, pois a demanda por conexão muda devido a vários fatores

como: classe social, renda, tecnologia empregada, mão de obra qualificada e serviços de produtos oferecidos pelas empresas. As empresas devem focar a sua atenção em abordagens de experiências, como: preço, tecnologia, assistência técnica. O avanço da tecnologia mudou as estratégias de negócios da área de telecomunicações, pois a demanda por oferta de serviços e pacotes fez com que esta área, tende a criar estratégias de abordagens que já vinham sendo utilizadas, como é o caso de videoconferências. As empresas precisam estar por dentro dessas mudanças pois elas determinarão os desafios das empresas nos próximos anos. Portanto, 2021 o mercado de telecomunicações, assim como 2020, terá papel fundamental nas relações sociais. As empresas deverão usar estratégias para se fortalecer no mercado entre seus concorrentes. A tecnologia oferecida por essas empresas ainda as diferenciam, entretanto as mudanças no mercado vão exigir que as empresas deem foco nas necessidades reais dos clientes e em experiências de entretenimento.

Deyvisson Barros Diretor Comercial Expertise Group


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NORTE CONECTADO E AS OPORTUNIDADES PARA OS PROVEDORES REGIONAIS

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pesar de ser uma das maiores economias do mundo, o Brasil enfrenta problemas graves no que se refere às desigualdades regionais, principalmente quando se trata de inclusão digital. Segundo a Anatel, a desigualdade de acessos está concentrada, principalmente no Norte e Nordeste. O PERT (Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações) da Anatel mostra que a densidade do SCM na região Norte é apenas de 23,5% (percentual de domicílios com acesso à Internet sobre o total de domicílios) e no Nordeste, 24%, enquanto que a região mais densa é a Sudeste com 60,4%. E quando se fala em desigualdade no acesso não se trata apenas do índice de desconectados, mas também da velocidade ofertada nessas regiões, afinal todos nós sabemos que a velocidade é determinante para atividades indispensáveis nos dias de hoje como trabalho remoto, videoconferência e aulas online, por exemplo. Na região Norte, 44% dos

domicílios têm algum acesso à Internet, mas em apenas 19% deles a conexão é por fibra ou cabo de TV. A velocidade média da banda larga também é desigual entre os estados e está relacionada à existência de infraestrutura robusta que a suporte. A disponibilidade de banda larga fixa em alta velocidade é bastante superior nos municípios que são atendidos por backhaul com tecnologia de fibra óptica. Ainda existem 1.558 municípios que não possuem backhaul de fibra óptica, sendo a maioria deles (53%) nas Regiões Norte e Nordeste do país. Tais fatos evidenciam uma das diversas lacunas que existem entre as regiões brasileiras e o desenvolvimento social e econômico, que estão diretamente relacionados à conectividade. Sendo a internet um serviço essencial, a sua ausência tem um peso importante, o que mostra a necessidade urgente de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de conectividade naquela região.

Já houve algumas iniciativas para promover a conectividade da região Norte, que embora tenham trazidos avanços pontuais, naufragaram, como mostram os dados acima. O programa Amazônia Conectada, por exemplo, que foi conduzido pelo Exército Brasileiro, apesar de não ter sido concluído, conseguiu lançar cabos subfluviais conectando as cidades de Manaus a Tefé e de Manaus a Barcelos. Depois do Amazônia Conectado, veio o PAIS (Programa Amazônia Integrada e Sustentável) e agora lançado pelo governo Jair Bolsonaro, o programa Norte Conectado que pretende integrar as rotas do Amazônia Conectada, formando um cinturão de 9 infovias conectando toda a região amazônica – de Belém até o extremo noroeste do pais em São Gabriel da Cacheira (AM). O programa também propõe ampliar o acesso à internet da região, com possibilidade de integração aos países vizinhos que compõem a região Pan Amazônia (Colômbia, Peru, Venezuela, Equa-


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dor, Bolívia, as Guianas e Suriname). O resultado esperado é o atendimento de mais de 9,2 milhões de habitantes, além de escolas, unidades básicas de saúde, Institutos Federais de Ensino Superior e Institutos de Ciência e Tecnologia. Segundo o relatório do programa, as melhorias adquiridas com a nova infraestrutura beneficiarão instituições públicas e privadas, assim como a população da região, e vão contribuir de modo importante para o desenvolvimento econômico e social na área servida e ao seu entorno. O Norte Conectado está sendo conduzido pela RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), mas o desejo do governo é que os troncais (as rotas subfluvias) sejam operadas e mantidas por um operador neutro, que será selecionado por meio de um processo licitatório. A falta de um parceiro para operar e manter a rede foi um dos problemas que paralisou o antigo Amazônia Conectada. Outra oportunidade que será gerada à iniciativa privada é a construção conjunta com a RNP de redes metropolitanas nas cidades onde haverá abertura de rede. A ideia é que o parceiro fique com

“Quando se fala em desigualdade no acesso não se trata apenas do índice de desconectados, mas também da velocidade ofertada nessas regiões”

parte da rede, enquanto a RNP fica com outra parte para o atendimento dos pontos de interesse do projeto como escolas, órgãos públicos etc. Essa fase está prevista já para o primeiro trimestre do ano que vem para a rede 00, que vai ligar Macapá a Santarém e Alenquer, passando por Almerim e Monte Alegre.

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O programa Norte Conectado é uma grade promessa de revolução digital na região amazônica, pelo seu potencial de conexão da região Norte por meio de uma ampla rede de infovias de cabos subfluviais. Ao integrar a iniciativa privada ao projeto, seja na operação e manutenção dos troncais, seja na construção conjunta das redes metropolitas, o Norte Conectado ganha o braço que impediu seu sucesso nas tentativas anteriores.

Alessandra Lugato, Diretora Executiva da ABRINT Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações


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MECANISMOS DE CONTROLE DE UPLINK E DOWNLINK DE ASSINANTES EM REDES GPON

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á explicamos em posts anteriores sobre o recurso que existe em redes GPON para limitação da banda utilizada pelos clientes (queues ou filas) chamado DBA (Dynamic Bandwidth Assignment). Tal recurso é nativo ao protocolo GPON como se pode ver no documento G.984.3 da ITU-T no qual se define as características lógicas do padrão. Temos acompanhado um crescimento gradual no número de provedores que estão migrando o controle de banda dos seus assinantes para a OLT, retirando este trabalho dos servidores de autenticação e, consequentemente, diminuindo o uso de cpu destes equipamentos. Esta recomendação é sempre válida pois a limitação de banda costuma ser mais adequada quando feita pela rede de acesso, sendo que o protocolo GPON foi escrito pelos desenvolvedores do protocolo e implementado pelos fabricantes com este recurso já ativo e, principalmente, em funcionamento mesmo sem o

operador de rede ter conhecimento. Sabemos que o principal empecilho desta migração está nos sistemas de gerenciamento de clientes que em sua maior parte ainda não estão com a devida integração com os diversos vendors de OLTs em funcionamento. Neste artigo, procuraremos nos aprofundar nos conceitos envolvidos neste processo para auxiliar no entendimento e posterior aplica-

“Tendo conhecimento destas opções, fica mais claro no momento de se definir os perfis de velocidade dos clientes para que esteja de acordo com a exigência em cada cenário.”

ção deste recurso nas respectivas operações. Controle de Banda de Uplink: No sentido de upstream (ONU para OLT), utiliza-se o mecanismo DBA no qual a OLT quem define o slot de tempo que cada ONU pertencente a uma mesma porta PON poderá encaminhar os dados no sentido de uplink. Isto porque todas as ONUs compartilham a mesma fibra ótica (mesma porta PON) e utilizam mesmo comprimento de onda para se comunicarem com a OLT. Se esta coordenação não existisse, ocorreria colisão de informações uma vez que mais de uma ONU estaria transmitindo o sinal ao mesmo tempo. Uma das vantagens deste processo é tornar a OLT capaz de identificar os usuários que necessitam de mais banda disponível em um determinado momento, continuamente se adaptando ao comportamento dos clientes. Isto resulta em maior eficiência no uso da banda disponível. A OLT utiliza-se de dois méto-


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FIGURA 1: Conceito de T-CONT

dos de coleta para deduzir a ocupação ou ociosidade dos buffers das ONUs: • SR-DBA - status report-DBA: a ONU envia relatórios de seus buffers solicitadas pela OLT • NSR-DBA - non-status report-DBA: OLT observa se o tempo alocado à determinada ONU não está sendo usado. O GPON usa o conceito de container de transmissão (T-CONT) que consiste na unidade básica para controle do tráfego de uplink. Existem cinco formas de se atribuir um perfil de banda de uplink a um cliente, chamado de tipos de T-CONT: Tipo 1 - Largura de banda fixa: aloca-se uma banda de uplink ao cliente que se mantém reservada a este de forma contínua, independente se está em uso ou da ocupação geral da PON; Tipo 2 - Largura de banda garantida: garante-se a banda ao cliente quando este necessitar porém, quando não está em uso, pode ser alocada a outros usuários que estejam precisando; Tipo 3 - Largura de banda garantida/não-garantida: garante-se a banda ao cliente e também uma banda extra caso o usuário necessite e se tenha recurso disponível; Tipo 4 - Largura de banda melhor esforço: não garante banda ao cliente, ou seja, somente terá recurso atribuído a ele caso haja disponibilidade; Tipo 5 - Modo híbrido: combina características dos demais tipos. Tendo conhecimento destas opções, fica mais claro no momento

de se definir os perfis de velocidade dos clientes para que esteja de acordo com a exigência em cada cenário. Controle de Banda de Downlink No sentido de downstream (OLT para ONUs), os dados são encaminhados por meio de broadcast com uma identificação chamada GEM Port ID. Assim, cada ONU identifica as informações pertencentes a ela através deste ID, filtrando os dados de forma correta. A limitação do tráfego de downlink é de total responsabilidade da OLT visto que não necessita se comunicar com as ONUs, apenas realizar o envio do tráfego adequado a cada uma delas. Costuma-se utilizar um algoritmo baseado em marcador de duas taxas e três cores (trTCM) descrito na RFC 2698 no qual se define parâmetros de compromisso (CIR - Committed Information Rate) e de pico (PIR - Peak Information Rate). Quando o tráfego está dentro do CIR, os pacotes são marcados com verde; entre CIR e PIR, são marcados com amarelo; e maior que o PIR, com vermelho. Assim, os pacotes são aceitos ou descartados baseando-se na cor com a qual foram marcados. O parâmetro CIR define a banda que desejamos garantir que seja entregue ao cliente enquanto o PIR estabelece a taxa máxima entregue ao cliente caso haja disponibilidade de banda. Existem também os parâmetros CBS (Committed Burst Size) e PBS (Peak Burst Size) definidos em by-

tes cujos valores pela recomendação da RFC é que sejam no mínimo o valor do maior tamanho de pacote a ser trafegado. Na prática, vemos fabricantes definirem automaticamente o valor mais adequado a partir dos valores de CIR e PIR. Na hora de se iniciar os testes, será necessário cadastrar os perfis das taxas tanto de upload quanto de download por terem características diferentes como pudemos verificar. Uma vez cadastrado o plano de velocidade, basta aplicá-lo a ONU/ONT do assinante durante a sua ativação. Com estas informações em mãos é possível prosseguir com os estudos e primeiros testes no cenário do provedor, além de poder auxiliar os desenvolvedores dos sistemas de gestão na implantação destes recursos para automatização da migração dos clientes. Vemos que este esforço apesar de grande pode trazer inúmeros benefícios para a operação da rede de acesso e, consequentemente, uma melhoria no serviço ofertado aos assinantes.

Vinicius Ochiro, Professor de Redes de Acesso FTTx xPON e consultor para provedores de internet na VLSM, com experiência em redes de IP/MPLS, L2/L3VPN, BGP e acesso FTTx xPON.


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2021: INCERTEZAS E DESAFIOS

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credito que este tem sido o momento mais difícil de minha vida profissional dos últimos trinta anos. Nunca foi tão real conviver com o “tudo posso, mas nem tudo me convém” para me proteger e proteger a todos de meu convívio. Durante o ano de 2020 registrei um recorde de “Não sei” como resposta para amigos, clientes, familiares e a mim mesmo. Foram centenas de milhares de vidas humanas que se foram. Outras tantas centenas de empresas não suportaram permanecer no setor de serviço, que foi diretamente o mais afetado no momento. Ele representa 70% do valor adicionado do PIB, segundo o IBGE, e viu, logo de cara, uma retração no primeiro mês da pandemia. Serviços de cuidados familiares, construção civil, saúde, entre outros, ficaram inertes diante do desespero da perda da vida. A economia sentiu; as empresas pararam suas produções e venderam o que tinham no estoque; as ruas e avenidas das grandes capitais ficaram ermas,

revelando o cenário do esvaziamento da vida urbana; entre os estrategistas, pairava a incerteza. De maneira impressionante, vimos a demanda da conectividade disparar no mercado de todas as regiões do Brasil, bem como o aumento improvável da demanda de conectividade em redes de rádio, porque as pessoas queriam voltar para a vida rural. Os ISPs foram os primeiros a participar de uma verdadeira revolução de

“Meus amigos, os desafios do 2021 que começa agora serão vários.”

conectividade nas unidades de saúde e assistência social e, principalmente, na vida das famílias. Registramos cenários de ISPs que tiveram, ano contra ano, o maior crescimento histórico. Agora é hora de pensar neste ano de 2021 e visualizar os impactos positivos e negativos que foram tomados no instante em que tudo parecia favorável. As contas irão chegar, as margens dos insumos dificilmente se manterão nos mesmos níveis, o subsídio do governo para a população deve desaquecer a economia, o desemprego deve assolar as rendas familiares e — não é possível — será que lá vem o “não sei” de novo? Quando entramos em um carro, do mais simples ao mais sofisticado, temos alguns pontos de visão que nos garantem a orientação de como devemos guiar o veículo, certo? O curioso é que temos apenas um que aponta para frente, o para-brisas, mas temos pelo menos outros três que nos orientam quanto ao que está para trás. Seria à toa isso? Acredito que


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não. Essa analogia é bastante pertinente para 2021. Nosso retrovisor não poderá ser menos importante que o para-brisas. Será um jogo para grandes pensadores. Enquanto as pessoas estão em busca de expectativas, veio a segunda onda… Imediatamente, me lembro de quando era criança, na praia. A segunda onda era a que realmente dava os “caldos” porque não esperava que ela pudesse aparecer… Fala sério! Uma tendência ficou evidente na minha e na de muitas pessoas, físicas e jurídicas. O ambiente virtual tornou-se comum. As videoconferências, que eram raras há pouco mais de cinco anos, hoje são uma realidade diária no Zoom, Microsoft Teams, Google Meet, GoToMeeting. A academia de ginástica veio pra dentro de casa, a festa de aniversário, a formatura da faculdade. Tudo online. O consumo de plataformas de entretenimento nunca foi tão acionado, exigindo facilidade de uso, alta qualidade de áudio e vídeo, confiabilidade. Até o pãozinho, que no meu tempo de criança era vendido por um senhor de bicicleta com uma cesta gigante, parece estar voltando. Só que, agora, trazido por um jovem de capacete e uma caixa nas costas. Meus amigos, os desafios do 2021 que começa agora serão vários. Nenhum deles, porém, será tão intenso quanto o de estar

atento à demanda do cliente. •As mídias convencionais, na minha modesta opinião, devem perder força. •A relação de atrair o cliente dificilmente será mantida na condição das ofertas “de/para”. •O consumidor está se alinhando à necessidade de manter-se conectado, e isso demanda estabilidade. Ele está mais convivente com a família, o que determina que estará atento aos desejos e frustrações de seu núcleo. •As empresas precisarão de segurança lógica e de informação para conectarem seus colaboradores em suas residências e, olha só, já vejo uma grande possibilidade de clientes começarem a optar em ter um segundo fornecedor de internet. Estou ficando louco? Há vinte anos, ninguém imaginou que o celular teria slots para dois chips e que seus usuários utilizariam duas operadoras. Fica a reflexão! Quem escolhe fazer uma opção dessa natureza no móvel certamente possui demanda contínua e precisa de garantias. Com as pessoas ficando mais em casa, ou diminuindo a mobilidade, adivinhe o que pode acontecer. •Recentemente, um grande amigo especialista em comunicação e tendências me disse que o eSport, modalidade que agrega os “gamers”, poderá reunir alguns bilhões de dólares entre jogadores e expectadores, tendo a probabilidade de, em cinco anos, ultrapas-

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sar as cifras dos eventos físicos e presenciais. •As formações eLearning possuem avanços consideráveis e há quem diga que a atração das crianças e jovens é muito mais produtiva do que a metodologia tradicional, como afirma Heather Stewart – gerente de marketing da SLA Digital com sede no Reino Unido. Enfim, desafios não faltarão para o ano de 2021. Para quem tem um ISP ou trabalha nele, vão algumas dicas: 1)Analise periodicamente o mercado em que você está. Não se envolva com modas que podem não fazer o menor sentido para seus clientes; 2)Mantenha uma relação de compartilhar desafios e indicadores com seus colaboradores e envolva-os na construção do resultado, provendo treinamentos e campanhas de incentivos; 3)Compartilhe com os clientes tendências, dicas de segurança na web e responsabilidades sociais, fazendo do seu ISP um novo conceito de comunidade” com disposição em ajudar e promover o bem estar social e virtual; 4)Escolha como quer crescer e com quem quer crescer; 5)Invista no seu cliente, ao invés de se preocupar em tirar o cliente da concorrência. Deixe essa tarefa para o seu cliente satisfeito. Enquanto não acho a “bola de cristal” que tem respostas para todas as perguntas, e a erradicação da pandemia não é uma realidade, peço que cuide de si e dos seus, com a certeza de que tudo isso irá passar. Feliz 2K21

Rogério Couto,

Fundador da RL2m - Consultoria e Treinamento, Consultor e Instrutor para Desenvolvimento Comercial e Qualidade do Atendimento. Instrutor na Primori e na Voz e Dados Cursos.


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PROGRAMA DE GOVERNANÇA E BOAS PRÁTICAS EM TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS ENTENDA O QUE É NECESSÁRIO PARA O SEU PROVEDOR ATENDER À LGPD

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Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), ou Lei nº 13.709/2018, que regulamenta o tratamento dos dados pessoais no Brasil, inclusive digitais, entrou em vigor em setembro de 2020, e suas penalidades pelo seu descumprimento passarão a ser aplicáveis a partir de 01/08/2021. Importante saber que a LGPD se aplica a todas as empresas privadas e públicas de todos os setores da economia e à administração pública, que realizem o tratamento de dados pessoais e/ou dados sensíveis, o que inclui sua coleta, armazenamento e descarte, entre outros. Ou seja, o provedor, independentemente do porte, também deverá se adequar à nova lei, sendo que não há, até o presente momento, assimetria regulatória para empresas de pequeno porte, de modo que as obrigações trazidas na LGPD são as mesmas para todas as empresas. Assim, nasce a necessidade de implementação dos princípios e

normas da LGPD também na rotina das organizações, e isso deve ser traduzido tanto na adequação de contratos e segurança dos dados de clientes, como mudanças internas, ou seja, adequação do processo seletivo para novas vagas, processo de contratação, adoção de políticas de proteção de dados, Código de Ética, entre outros.

“Vale lembrar que a LGPD instituiu novos conceitos, princípios, direitos e obrigações que, em conjunto, traduzem uma nova cultura de mercado.”

Dessa maneira, é preciso que o provedor coloque em prática um Programa de Governança e Boas Práticas em Tratamento de Dados Pessoais, conforme sugerido pela LGPD. O Programa de Governança e Boas Práticas em Tratamento de Dados Pessoais consiste em um conjunto de ações e políticas sugerido pela LGPD para demonstrar o comprometimento da empresa com os direitos dos titulares de dados pessoais e comprovar a adequação à lei. Entendemos que o esse Programa deve contemplar ao menos 4 etapas: (i) implementação, (ii) representação, (iii) capacitação e (iv) auditoria. Mas, é importante destacar que o processo de adequação de sua empresa à LGPD deve ter como ponto de partida o comprometimento da alta direção, é indispensável que a cultura de proteção de dados seja um valor da empresa, dos colaboradores, dos sócios e diretores.


ISP Mais (i) Implementação A primeira etapa do Programa de Governança e Boas Práticas de Tratamento de Dados Pessoais tem por foco a reestruturação de comportamentos e documentos com finalidade de adequar a empresa à LGPD, o que contempla, por exemplo, a criação de políticas internas de tratamento de dados e do devido descarte; revisão dos acessos a dados pessoais por pessoas que não necessitam conhecer esses dados; adequação do processo de armazenamento de documentos; revisão do processos de RH; revisão de contratos internos (empresa x empregado) e externos (clientes e fornecedores); etc. Durante o processo de implementação que deverá ser realizado o mapeamento dos dados tratados, que nada mais é do que levantar todos os dados tratados pelo provedor e desenhar o seu fluxo dentro da empresa, ou seja, identificar como são coletados, quem tem acesso, com quais departamentos são compartilhados, por quanto tempo permanecem armazenados e quando são excluídos. (ii) Representação - Necessidade de Indicação de um DPO A LGPD impõe como obrigação às empresas a nomeação de um DPO. Você poderá apontar alguém interno, como também poderá contratar prestador de serviço especializado. O DPO (encarregado) é a pessoa indicada pelo controlador responsável por fazer a comunicação entre controlador, titulares e autoridade nacional. A identidade e as informações de contato do DPO deverão ser divulgadas publicamente, de forma clara e objetiva, preferencialmente no site da empresa. O DPO deverá ser responsável por aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar esclarecimentos e adotar providências, bem como, receber comunicações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais – ANPD e adotar providências; Ainda, caberá ao DPO elaborar o Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais, que é um documento que averigua os riscos do tratamento de dados pessoais

e apresenta mecanismos para redução ou eliminação desses riscos. Este relatório, em determinados casos, poderá ser exigido pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD), que é órgão responsável pela fiscalização da LGPD. (iii) Capacitação Conforme já mencionado, a proteção e dados deverá ser uma conduta esperada de todos da empresa, empregados, sócios ou terceirizados. Desse modo, somente é possível exigir o cumprimento das políticas de tratamento de dados se todos conhecerem a LGPD. De tal forma, será necessária a capacitação de todos os membros da empresa, o que se sugere ser feito por meio de treinamentos regulares e fornecimento de conteúdo. (iv) Auditoria A auditoria do Programa de Governança e Boas Práticas de Tratamento de Dados Pessoais permite que a empresa possa melhorar processos, encontrar falhas e demonstrar à ANPD seu comprometimento, de modo que as auditorias devem ser periódicas. Por fim, vale lembrar que a LGPD instituiu novos conceitos, princípios, direitos e obrigações que, em conjunto, traduzem uma

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nova cultura de mercado nas operações com dados pessoais, de maior transparência e segurança, bem como autonomia do titular de dados. Com a entrada em vigor desta lei, as empresas se obrigam a tratar os dados pessoais apenas para fins do negócio, precisam controlar o acesso e manipulação aos dados e oferecer garantias de segurança do armazenamento destes dados aos titulares que os forneceram. O assunto é extenso, mas esperamos que esse material possa contribuir para a disseminação de conhecimento dos principais tópicos da LGPD, mas caso precise de maiores informações você poderá conversar conosco..

Dra. Anna Gardemann Dra. Mariana Vidotti Ambas compõem o corpo de Advogados da Gardemann & Vidotti Advogados Associados


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GESTÃO ÀS CEGAS

DEIXANDO DE SER OPERACIONAL PARA SER UM LÍDER DE RESULTADOS

É

sabido que na maioria das vezes o início das empresas se dá por oportunidade ou necessidade. Desta forma tudo é realizado entre erros e acertos, e/ou ainda a “quatro mãos” dividido entre gestão e operação. Estrutura enxuta, mas com o passar do tempo observa-se que existe um mercado e a possibilidade de crescer. Pronto! É preciso contratar, ensinar, treinar, delegar, dividir e gerenciar. Aquilo que no princípio seria mais fácil, começando pelas regras e padrão, se perde no fazer e fazer rápido. “Vou fazendo, vou arrumando, vou contratando, depois eu anoto, depois eu cobro, depois eu vejo, depois eu faço, deixa que eu faço…” Quem nunca falou, ou ouviu um gestor falar alguma (s) desta(s) frase(s)? E qual foi o resultado? É simples de constatar: inconsistência nas informações e dados, ausência de parâmetro, tomada de decisão pela gravidade e urgência, imprecisão na decisão, estresse, retrabalho, descontentamento da equipe, clima organi-

zacional em conflito, reclamação e insatisfação do cliente, cancelamentos de contratos, enfim…muitos são os problemas advindo de uma “Gestão às Cegas” atrelada a um comportamento de “faz tudo”, ou ainda “ser bombeiro” (não desmerecendo a profissão, mas no sentido de apagar incêndio aqui e acolá). “Às cegas” em decorrência de não gerir os resultados, as in-

“Ver o que se quer ver, enxergar aquilo que precisa ser visto” Cleufe Almeida

formações, os números, a produtividade e o desempenho. Abaixo há alguns pontos percebidos e vivenciados durante a intervenção nas consultorias, não existindo uma ordem, muito menos proporções ou intensidades exatas, ou seja, tudo dependendo da maturidade e da dinâmica da gestão. 1. Imprecisões nas informações: Diversos locais, alteração e migração no sistema, ausência de continuidade, backups incompletos; 2. Ser operacional: Por conta de saber fazer e acreditar que somente sabe fazer “direito”, sai do papel de líder gestor e vira executor; 3. Ausência de Comportamento e postura de líder: Comportar-se como líder não quer dizer “saber mandar”, significa dar informação, orientar, treinar e cobrar que seja feito. Com relação à postura de líder é dar limites deixando claro que as regras são para todos; 4. Descontinuidade nas melhorias: Implanta mudanças, porém não faz com que tenham uma


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continuidade analisando os resultados e melhorando aquilo que ainda pode ser melhorado; 5. Falta de Gestão do Tempo: Não faz um Gestão do Tempo eficaz com planejamento seguindo o planejamento, ou seja, tudo vira urgente e prioridade; 6. Ausência de organização, controle e monitoramento: Cada coisa em seu lugar, e as pessoas sabendo onde elas estão e como devem ficar; 7. Apego emocional: Pelo fato de que o empresário teve um papel principal e importante no início tem dificuldade em deixar que alguém capacitado o faça; 8. Falta de alinhamento das informações: As pessoas (colaboradores) recebendo as informações necessárias para que desempenhem o seu melhor de acordo com o que se esperam delas. E as mesmas entendendo a importância do que fazem para o resultado final; 9. Falta de comunicação eficaz: Ter uma rotina de diálogo sistemático analisando e validando a vivência e as ocorrências com os colaboradores com objetivo de todos saberem o que fazem, como fazem, por que fazem e para quem fazem; 10. Insegurança para delegar: Em decorrência do apego emocional por determinado setor ou ainda o perfeccionismo (detalhismo) não conseguem ter segurança em “deixar que façam”; 11. Tomada de decisão com base em resultados descontinuados: Como existem falhas de alocação e responsabilização pelas informações há uma dificuldade em tomar decisões ou entender os erros cometidos ao decidir; 12. Gestão em partes (setorizadas): Sem entender a importância do organograma e a prática do mesmo atuam de forma diferenciada e pontual em cada local, deixando de criar uma Cultura de Pensamento Sistêmico onde exis-

te a corresponsabilidade de todos da empresa no resultado final; 13. Gestão do efeito sem analisar a causa: Por uma questão de falta de gestão do tempo, planejamento, organização e falhas na comunicação o problema ocorre e a solução tem que ser imediata. Às vezes procurando o(s) culpado(s), deixando de se fazer a prevenção e não oportunizando possíveis soluções; 14. Imediatismo: O problema existe e persiste por anos, e o gestor quer a resolução para ontem, “custe o que custar e doa a quem doer”. Porém na prática não se mudam comportamentos de um dia para o outro, mudam-se estratégias e leva-se um tempo para que as pessoas se adaptem e entendam o que se espera delas no atual momento; 15. Identificar assertivamente quais informações são necessárias para avaliar o desempenho da empresa em amplo aspecto: Nem todas as informações devem serem passadas. Nem todas as pessoas precisam de determinadas informações para realizarem os seus trabalhos; 16. Orientações e informações informais sendo somente verbalizadas: Toda forma de “fazer/ executar” devem estar escritas em um local para que na dúvida sejam utilizadas e otimizem o tempo; 17. Ausência de Padrão, procedimentos verbalizados: “Saber o que se deve fazer e como fazer” devem estar descritos em lugares determinados para que todos o sigam; 18. Indicação de cargos de responsabilidade sem análise de competência e de perfil: Uma das dificuldades mais observadas e críticas com relação ao que se esperam das pessoas escolhidas. Todos estes pontos citados influenciarão diretamente a sustentabilidade, ampliação e expansão da organização, e determinarão

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ou não, o alcance da visão pelas estratégias por meio das metas monitoradas e direcionadas pelos indicadores. Contudo é possível de se fazer as mudanças e as melhorias desde que os Líderes e Gestores entendam o momento da sua empresa, e o papel que eles devem exercer na direção. Segue algumas sugestões que na pratica darão resultados literalmente nos números e com as pessoas. São elas: • Fazer uma gestão formalizada, ou seja, documentada diferente de ser burocrática. • Informações devem estar disponíveis àqueles que realmente a utilizarão. • Deve existir comunicação sistemática por meio de metodologias eficazes. • Deve ter alinhamento e entendimento de todos os envolvidos nos processo. • Disseminar a Cultura do Pensamento Sistêmico, ou seja, a inter-relação dos setores com um único objetivo: a satisfação do cliente. • Cultura da Excelência, melhoria contínua. • Gerenciar números, indicadores, desempenho, produtividade, eficiência e eficácia dos processos. • Manter e ser organizado. • Ter um planejamento que direcione às pessoas dando segurança aos envolvidos.

Cleufe Almeida, Diretora Técnica das Empresas Ser Ativo e Seressencial - Soluções Empresariais.


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OT-8836-GP Com as novas tecnologias avançando rapidamente e o grande desenvolvimento da massa, a necessidade de se conectar com as pessoas está cada vez maior! Por conta disso cada vez mais necessitamos de velocidade e qualidade no sinal. O que por sua vez, exige que os provedores de internet façam investimentos em melhores equipamentos, com qualidade, durabilidade e que supram a necessidade de seus clientes. Porém sabemos que fazer grandes investimentos nem sempre é fácil! E foi pensando nisso que a Overtek

trouxe mais um produto para o mercado, a OLT GPON 4 Portas Overtek OT-8836-GP! Um equipamento robusto, que não deixa a desejar em nada, com um preço acessível a todos os tipos de provedores! A nova OLT GPON OT-8836-GP é um equipamento de fácil instalação e alto desempenho, podendo ser usada para aplicativos Triple Paly, Câmera, Enterprise LAN e OiT. É um equipamento GPON para redes FTTH/FTTx que utiliza tecnologia passiva para trans-

ferência de dados podendo atingir distâncias de até 20Km da ONU. Ela conta com um chipset Realtek, 4 Portas GPON SFP, 4 portas GE TX, 4 portas SFP+, 1 porta console, 1 porta Ethernet 100m para gerenciamento de rede. Suas portas GPON, porta SFP e porta SFP+, possuem indicadores LINK/ACT, e suas portas elétricas (UTP RJ45) contém uma taxa de 1000M, além de auto identificação MDI/MDIX e indicadores LINK/ACT. A OLT GPON 4 Portas OT-8836-GP, conta também com os seguintes


protocolos padrões: ITU-T G.984/G.988, IEEE 802.1D, Spanning Tree, IEE 802.1Q, VLAN, IEE 802.1W, RSTP, IEE 802.3X Flow control, IEE 802.3ad link físico estático/agregação dinâmica (LACP), Ethernet – II. E por ela possuir 4 portas, o seu tamanho e peso também são bem reduzidos, sendo suas medidas de largura: 44,4cm, comprimento: 31cm, altura:

4,6cm e seu peso apenas 5,100kg. Ela vem acompanhada com 4 unidades de Módulo SFP GPON - 20Km, suportando 512 ONUs sobre a proporção 1:128. Mas caso você seja um provedor que precisa de um número maior de portas, pode contar com OLT GPON de 8 Portas Overtek OT-8835-GP! Um equipamento com as mesmas características

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COLUNA ABRINT MULHER

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CÂMARA ABRINT MULHER

A Câmara ABRINT Mulher é um movimento associativo empresarial, organizado por mulheres, com o objetivo de estimular as melhores práticas de gestão e fortalecer a participação das mulheres no setor de Telecomunicações.

O CORAÇÃO DA CONVERGÊNCIA E O PAPEL DA REGULAÇÃO

A

Anatel encerrou o ano de 2020 com uma das mais amplas e relevantes consultas públicas de Tomada de Subsídio – CP 65/2020 – buscando um verdadeiro exercício de reflexão sobre a simplificação regulatória diretamente associada à convergência de uso das redes para oferta de serviços. Para iniciar nossa avaliação, pode-se afirmar que todo o contexto regulatório embasado na Lei Geral das Telecomunicações (LGT) é, hoje, fortemente marcado pela separação entre os serviços, separação essa que atinge os tipos de autorizações e outorgas, a forma de licenciamento de estações, a atribuição de espectro, a avaliação de poder de mercado relevante, a apresentação das ofertas públicas de referência, entre outras questões. Ocorre que essa formatação parece não ser a mais adequada para endereçar redes convergentes, serviços OTTs, novos modelos de negócios em IoT, redes privadas, redes abertas, ofertas de atacado neutras, tanto para redes fixas, quanto para móveis, entre outras questões atuais. E esse é o desafio: emprestar ou não conceitos? Manter ou não outorgas? Como ir além para aquilo que ainda parece ser desconhecido do ponto de vista da regulação? Como reflexão principiológica, o desenvolvimento de políticas de convergência por meio de órgãos regulatórios pode se dar sob diferentes formatações sendo, uma delas, a modificação da regulação para antecipar a convergência ou favorecer novas tecnologias. O caso emblemático que pode ser ci-

“De qualquer forma, a convergência sempre altera a relação entre os atores privados e o Estado, bem como do comportamento desses mesmos atores com a própria sociedade.”

tado nesse sentido foi a modificação do tratamento do serviço voip pelo regulador australiano – ACIF – que culminou na plenitude do serviço tal como os demais serviços de voz fixos. De qualquer forma, a convergência sempre altera a relação entre os atores privados e o Estado, bem como do comportamento desses mesmos atores com a própria sociedade. Um outro tipo de formatação seria a alteração regulatória a fim de enquadrar uma nova realidade tecnológica já patente. Como exemplo, nesse segundo caso, pode-se citar as

mudanças regulatórias promovidas na Espanha que anteciparam a abordagem das relações entre operadoras, especialmente quanto a regras de interconexão, em face da convergência IP das redes, simplificando e otimizando as topologias. Quase um sonho quando se pensa no Brasil, nas suas raras interconexões em SIP-I ou no plano de numeração ainda distante para o SCM. No final das contas, o que se percebe é que a regulação se baseia em escolhas e essas escolhas, ao mesmo tempo em que alteram o rumo do desenvolvimento tecnológico do país, promovem ônus e níveis de conformidade e eficácia distintos. O ajuste dessas escolhas passa, inevitavelmente, pela avaliação atual da composição do nosso mercado e da antecipação de rearranjos entre as operadoras presentes. Alguns ensinamentos são muito bons para se avaliar a convergência em face das políticas regulatórias. Bar e Sandvig já abordavam duas perguntas clássicas: (i) a escassez dos meios e recursos empregados e (ii) o fenômeno da substituição entre os serviços. Esses dois critérios, por muitas vezes, justificam a continuidade de “ilhas” políticas e regulatórias e, em outras situações, permitem a simplificação e a convergência entre os serviços. O exemplo clássico de “ilha” seria a diferenciação entre radiodifusão e telecomunicações. O ano de 2021 será desafiador, nesse ponto, para a Anatel e eventual consolidação de competências. No caso brasileiro, não se pode deixar de lado a conformação da


COLUNA ABRINT MULHER

atual LGT, no sentido de se evitar uma flexibilidade forçosa não prevista na Lei. Essa conformação que deve ser respeita é justamente a composição do ecossistema sob a forma de camadas que buscam extrairem do modelo da internet a sua filosofia de funcionamento. Para Marcus e Sicker, as camadas contemplam a distinção entre transmissão, aplicação e conteúdo. A abordagem desses autores caminha no sentido de que o regulador deve atuar em prol da competição. Esse ensinamento é perfeito com relação à camada de transmissão, em que o recurso limitado e que impacta negativamente a concorrência é o espectro. A convergência caminharia no sentido da regulação de flexibilizar formas de acesso a esse recurso, convergindo a prestação dos serviços, nas suas diversas modalidades, com o acesso a esse recurso caro e escasso. Exemplificando: não faz sentido que a outorga do uso de radiofrequência licenciada se resuma às operadoras SMP e não às operadoras SCM. Outra consideração para a camada de transmissão é a substituição dos serviços e a convergência das ofertas. A existência de redes dedicadas não se mostra mais essencial à prestação dos serviços. Sob a óptica das redes, é indiferente qual serviço foi utilizado pelo cliente para transmitir sua informação. Não há dúvidas de que a convergência e a simplificação regulatória devem caminhar no sentido de constatar que a estrutura verticalizada de redes cedeu espaço à horizontalidade, ou seja, a lógica de que diferentes redes estão igualmente aptas a prestar uma gama de diferentes serviços. A própria evolução da comutação por circuito para comutação por pacotes já inaugurou uma reestruturação da otimização das redes e, nesse momento, seus debates se estendem à substituição dos serviços, sob o ponto de vista do consumidor final (e não mais apenas sob o aspecto da operadora de telecomunicações). No Brasil, para apimentar mais essa questão, a substituição entre os serviços está intimamente associada à capacidade financeira desse mesmo consumidor. Talvez, um caso clássico em que a demanda atropela a realidade da

ISP Mais regulação. Cumpre ressaltar que as discussões anteriores à CP 65/2020 no âmbito da Anatel limitaram-se às considerações de uma outorga única para prestação de serviços de interesse coletivo, permanecendo a existência de mais de um serviço de telecomunicações. O passo, agora, é ir além, em direção à efetiva convergência dos serviços. Esse “ir além” demanda a avaliação das outras duas camadas em face da LGT, como se esclarece na sequência.

“A existência de redes dedicadas não se mostra mais essencial à prestação dos serviços. Sob a óptica das redes, é indiferente qual serviço foi utilizado pelo cliente para transmitir sua informação.”

Para a camada da aplicação, a LGT traz duas questões bastante relevantes para a consideração das convergências: tanto para fomentar a competição, quanto para promover metas sociais importantes existe a assimetria jurídica com relação aos serviços prestados (regimes público e regime privado nos Título II e Título III da LGT) e separação de serviços que dão suporte a uma rede de telecomunicações (serviços de valor adicionado, art.61). Nesses dois aspectos, eventual flexibilização da LGT traria impactos significativos sobre o ecossistema do mercado, sem que haja contrapartida evidente do ponto de vista de eficiência da medida ou mesmo desen-

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volvimento de novas tecnologias. Indo além, no caso dos serviços de valor adicionado, dentre eles o serviço de conexão à internet, qualquer mudança no status atual repercutiria negativamente, e de forma avassaladora, sobre a inclusão digital promovida pelos provedores regionais Brasil afora. Mais complexo é a avaliação da camada de aplicação, cuja avaliação do regulador deve ser precedida da análise global do quanto uma mudança representaria na estrutura atual da competição. Essa análise global contempla questões tributárias, inclusive, sob pena de associar à convergência à um desastre completo na oferta dos próprios serviços. Como paralelo, cumpre destacar a convergência entre o mercado de TV por assinatura e o mercado de oferta linear de canais de TV por meio de streaming. Aqui, muito embora haja necessidade prévia de alteração legal, a convergência parecer ser natural. Já com relação à diferença entre a oferta de serviços de telecomunicações e a oferta de conexão à internet, conforme já dito acima, deve essa ser preservada, sob pena de impactar a segurança jurídica de diversos mercados e serviços, na medida em que um faz uso da rede do outro. Também, no mesmo sentido, não é legítima a incidência de regulação estatal sobre a internet, tendo em vista que para muitos um elevado grau de liberdade de expressão e ausência de regras quanto a conteúdos veiculados são elementos centrais para sua caracterização como espaço democrático de discussão pública. A não regulação não implica, necessariamente, em prejuízos a direitos fundamentais. E assim caminha a discussão da regulação e da convergência. Um universo de debates quase infinito, que demanda clareza e exige atitude responsável por parte do regulador. BAR, François; SANDVIG, Christian. (2009). Política de comunicações dos Estados Unidos pós-convergência. In: Revista de Direito, Estado e Telecomunicações. Marcus, J. Scott; Sicker, Douglas C (2005). Layers Revisited. Presented at TPRC.


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COLUNA DEPENDE...

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RONALDO COUTO

C

CÓDIGO DE CORES DE CORDÕES E ADAPTADORES MULTIMODO

om redes de acesso FTTH a cada dia mais robustas, observamos provedores de todo o Brasil realizando importantes investimentos em seus datacenters. Nestes datacenters, é comum vermos roteadores e switches equipamentos equipados com portas 40 GbE e até mesmo equipamentos com portas 100 GbE têm se tornando bastante utilizados. Na interligação destes equipamentos, como estamos falando de algumas dezenas de metros, as fibras multimodo são amplamente utilizadas em função do custo de seus transceivers e, com certeza, a melhor opção. No entanto, há de se observar que as fibras multimodo possuem diferentes padrões que foram desenvolvidos ao longo dos anos para adequar-se as constantes exigências de mercado quanto a maiores velocidades e distâncias máximas de transmissão. TABELA 1

ENGENHEIRO ELETRICISTA, COM ÊNFASE EM TELECOMUNICAÇÕES. ESPECIALISTA EM REDES DE FIBRA ÓPTICA. FUNDADOR DA PRIMORI TECNOLOGIA.


COLUNA DEPENDE...

A Tabela 1 resume os tipos de fibras multimodo encontradas atualmente e relaciona a máxima distância de transmissão de acordo com o padrão Ethernet utilizado. Como podemos observar, se estamos falando de fibras multimodo para uso em datacenter, não faz sentido o uso de fibras OM1 ou OM2, sendo adequado ao menos o uso de fibras OM#. No entanto, em minhas andanças Brasil afora visitando os ISPs, vejo ainda muito cordão óptico e adaptadores comprados de forma equivocada. Parte pelos compradores que TABELA 1

ISP Mais não sabem especificar corretamente o produto desejado, parte pelo desconhecimento dos vendedores quanto aos padrões utilizados pela indústria. Para facilitar nossa vida, a Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA) definiu o padrão TIA-598-C que define as cores a serem utilizadas nos cordões e adaptadores. Trata-se de uma norma Americana, mas que é amplamente utilizada por fabricantes do mundo todo. A Tabela 2 abaixo resume as cores utilizadas. Atenção, no Brasil a ABNT de-

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finiu a cor do cordão com fibra OM2 como amarelo. Assim sendo, se for comprar cordões OM2 de fabricantes nacionais, tenha atenção a este detalhe. Já para as fibras OM3, OM4 e OM5 o mesmo padrão americano é utilizado por aqui. Muito bem amigos, tenho certeza de que agora sua próxima compra de cordões e adaptadores de fibras multimodo não vai ter erro! Um grande abraço e bons projetos!


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COLUNA COM LICENÇA

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PAULO VITOR

É

ADVOGADO E CONSULTOR JURÍDICO. SÓCIO-FUNDADOR DA SILVA VITOR, FARIA & RIBEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS

OS CUIDADOS JURÍDICOS NA CONTRATAÇÃO POR TELEFONE

muito usual no segmento de telecomunicações e internet, as interações entre prestadora e assinante através das diversas formas de atendimento remoto, como via internet e telefone. É também usual que as prestadoras se utilizem das formas de atendimento remoto para celebrar com o assinante a contratação do serviço de telecomunicações ou internet. E no ordenamento jurídico atual, não restam dúvidas quanto a validade da contratação via internet ou telefone. Afinal, o importante é se atestar que o assinante manifestou expressamente sua vontade de contratar, seja esta manifestação por escrito (contratação presencial), seja esta manifestação remota (contratação via internet, telefone, dentre outras formas de atendimento remoto).

“Estes cuidados jurídicos, na contratação remota (via telefone), são imprescindíveis para trazer segurança jurídica a esta forma de contratação.”

O Código Civil, em seu Artigo 107, é claro no sentido de reconhecer que “A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”. E mais, o Código Civil, em seu Artigo 112, esclarece expressamente que “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem”. Tais dispositivos, de fácil percepção, corroboram a validade jurídica da contratação celebrada remotamente, seja via internet, seja via telefone, eis que o importante é aferir a manifestação de vontade do assinante em contratar o serviço. Mas atendo-se ao objeto do presente artigo, qual seja, a contratação via telefone, é fundamental que a prestadora se atente a determinados requisitos estabeleci-


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dos na regulamentação da ANATEL, ao aperfeiçoar a contratação neste formato. E mais, é fundamental que a prestadora elabore um script minucioso a ser observado pelos atendentes, ao “formalizar” a contratação via telefone. Quanto ao Script (perguntas a serem dirigidas ao cliente), a empresa deve observar o seguinte passo a passo: (i) Confirmar os dados do cliente (inclusive e-mail) e do endereço de instalação; (ii) Confirmar com o cliente as informações do plano de serviço contratado, incluindo a velocidade, garantia de banda, valor de instalação a pagar e valor da mensalidade a pagar (detalhando quanto, do total cobrado, corresponde ao serviço de comunicação multimídia – SCM, e quanto corresponde a cada um dos serviços de valor de adicionado (SVA). E perguntar se o cliente concorda com a contratação. (iii) Informar ao cliente o prazo de ativação/instalação. (iv) Informar ao cliente os descontos que foram concedi-

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“Tais dispositivos, como de fácil percepção, corroboram a validade jurídica da contratação celebrada remotamente, seja via internet, seja via telefone, eis que o importante é aferir a manifestação de vontade do assinante em contratar o serviço.”

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dos na contratação, bem como informar ao cliente o prazo de fidelidade que o mesmo deve observar. Informar ainda que, em caso de rescisão antecipada, o cliente deverá pagar uma multa proporcional ao valor dos benefícios concedidos e ao tempo restante de contrato. E perguntar se o mesmo concorda com a contratação sob a condição de fidelização. (v) Informar ao cliente que foi enviado ao mesmo (via e-mail) uma cópia do contrato de prestação de serviços registrado em cartório, bem como uma cópia do plano de serviço contratado (termo de contratação). E questionar se o mesmo concorda com as cláusulas do referido contrato, e se concorda com o plano de serviço contratado. E informar ao cliente que foi enviado ao mesmo (via e-mail) uma cópia do contrato de permanência. E questionar se o mesmo concorda com a fidelidade por prazo determinado, e se concorda com as condições previstas no contrato de permanência (inclusive com a multa em caso de rescisão antecipada).


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(vi) Por fim, questionar se o cliente concorda com a contratação de acordo com as condições informadas. Ultrapassados estes questionamentos, imprescindível ainda que a prestadora encaminhe ao assinante uma cópia do plano de serviço (termo de contratação), bem como uma cópia do contrato de permanência (em caso de contratação sob regime de fidelidade), e dos contratos registrados em cartório. Este encaminhamento é exigido pelo Artigo 51, §1.º, do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado pela Resolução ANATEL n.º 632/2014, senão vejamos: “Art. 51. Na contratação, a Prestadora deve entregar ao Consu-

midor o contrato de prestação do serviço e o Plano de Serviço contratado, bem como demais instrumentos relativos à oferta, juntamente com login e senha necessários a acesso ao espaço reservado ao Consumidor na página da Prestadora na internet, quando for o caso. § 1º Caso a contratação de algum serviço de telecomunicações se dê por meio do Atendimento Remoto, a Prestadora deve enviar ao Consumidor, por mensagem eletrônica ou outra forma com ele acordada, os documentos mencionados no caput.” Outro ponto a se alertar é que, nas contratações remotas (fora do estabelecimento comercial), o assinante tem o direito de arrependimento (que deve ser exerci-

do em até 07 dias da contratação). Este é um direito irrenunciável. E há situações em que a prestadora demanda vários custos e investimentos de abordagem/infraestrutura até a residência/sede do assinante, e no ato da instalação, o assinante informa que deseja se arrepender da contratação (eis que está dentro do prazo legal de 07 dias). Neste exemplo, a empresa suportou custos e investimentos, mas não poderá realizar nenhuma cobrança do assinante, haja vista que o direito de arrependimento foi exercido no prazo legal. Para evitar ou minimizar situações de prejuízo como esta, nas contratações realizadas via atendimento remoto (como via internet ou telefone), e cujo custo ou


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investimento de instalação seja elevado, fundamental que a instalação seja postergada para período após 07 (sete) dias. Ou alternativamente, caso o assinante tenha urgência na instalação, solicitar ao mesmo que compareça pessoalmente na sede da prestadora, para formalizar presencialmente a contratação. Por fim, é importante destacar que o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado pela Resolução ANATEL n.º 632/2014, estabelece um prazo mínimo de gravação das chamadas realizadas pelo centro de atendimento telefônico. Sendo que o prazo mínimo para as gravações, aplicável às prestadoras de pequeno porte, é de 90 (noventa)

dias, conforme dispositivo abaixo: “Art. 26. É obrigatória a gravação das interações entre Prestadora e Consumidor realizadas por meio do Centro de Atendimento Telefônico, independentemente do originador da interação. § 1º A gravação deve ser mantida em curso até o atendimento ser finalizado, independentemente de transferência entre atendentes. § 2º É obrigatória a manutenção da gravação pelo prazo mínimo de 6 (seis) meses da data de sua realização, durante o qual o Consumidor poderá requerer cópia do seu conteúdo. § 3º A Prestadora de Pequeno Porte deve manter a gravação a que se refere o caput pelo prazo mínimo de 90 (noventa) dias, du-

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rante o qual o Consumidor poderá requerer cópia do seu conteúdo.” Todavia, no caso da contratação ocorrer via telefone, recomendamos que a gravação seja mantida durante todo o período que o cliente permanecer ativo como cliente, pois a gravação poderá ser necessária para demonstrar futuramente o plano contratado, valores acordados, o prazo de fidelidade aceito pelo assinante, dentre outros aspectos contratuais. Estes cuidados jurídicos, na contratação remota (via telefone), são imprescindíveis para trazer segurança jurídica a esta forma de contratação.


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COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE

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JOSÉ MAURÍCIO DOS SANTOS PINHEIRO

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SÓCIO DIRETOR DA RATIO CONSULTORIA E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO WWW.PROJETODEREDES.COM.BR

REDES DE ACESSO TOTALMENTE ÓPTICAS, UM NOVO PARADIGMA final do século XX e início do século XXI foram períodos caracterizados pelos avanços da microeletrônica, com a construção dos semicondu-

tores e microprocessadores mais eficientes, novas técnicas digitais, com novos sistemas de transmissão de dados e as redes inteligentes tomaram o lugar das antigas redes de telefonia analógica. Fato é que o avanço tecnológico experimentado pela sociedade atual deu origem a uma demanda que tem exigido dos provedores de serviços a capacidade de atender aos constantes aumentos das taxas de transmissão para os diversos sistemas de informação. Nesse quadro, as redes ópticas se apresentam como a alternativa tecnológica mais viável para a infraestrutura de telecomunicações e assim, as fibras ópticas vêm se sobrepondo gradativamente os cabos metálicos e os enlaces de rádio, aumentando potencialmente a capacidade e a confiabilidade dos sistemas existentes. As Redes Ópticas Avançam Os avanços tecnológicos das últimas décadas impulsionaram o

FIGURA 2: Princípio do WDM

FIGURA 1: Perdas nas fibras ópticas

mundo das redes ópticas: a fibra dopada a Érbio (dos anos 1990), a fibra monomodo e a fibra de dispersão não-zero deslocada foram alguns dos desenvolvimentos que se seguiram à fibra multimodo. Depois, foi eliminada a hidroxila (OH-) no âmbito da janela de 1.400nm na fibra monomodo e as fibras modernas passaram a ser construídas visando minimizar a dispersão dos pulsos de luz, operando na faixa de 1.200nm a 1.600nm com melhor desempenho. A Figura 1, apresenta algu-

mas dessas perdas nas fibras ópticas. Outro grande avanço nas comunicações ópticas foi o aperfeiçoamento e a introdução da multiplexação por comprimentos de onda, em que vários feixes de luz, com comprimentos distintos, percorrem a mesma fibra e multiplicam tremendamente a capacidade de transmissão da rede. Destacam-se o WDM (Wavelength Division Multiplexing), mostrado na Figura 2, e suas variações (DWDM - Dense Wavelength Division Multiplexing - onde os canais são menos espaçados, exigindo fontes ópticas mais precisas e filtros lineares e o CWDM - Coarse Wavelenght Division Multiplexing - que admite maior espaçamento entre canais, resultando em menor capacidade, porém, mais barato). O futuro próximo aponta para novos sistemas num único chip, sofisticados pacotes ópticos, banda por demanda, dispositivos heterogêneos, aplicações móveis, sistemas abertos, redes baseadas


COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE

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FIGURA 3: Exemplo da rede legada

em software e conexão em banda ultra larga em qualquer lugar e a qualquer momento. Redes Legadas A crescente demanda por serviços de banda larga, seja em residências, em pequenas, médias ou grandes empresas, exige uma infraestrutura de rede capaz de suportar as exigências dos diferentes tipos de usuários, com interesses diversos e de diferentes áreas, que transitam pelas redes de computadores executando aplicações em variadas plataformas (Figura 3). Tudo isso obriga ao desenvolvimento de soluções de comunicação destinadas a aliviar os gargalos de capacidade nas redes de acesso existentes, principalmente aquelas baseadas em cobre. No mesmo caminho, os custos decrescentes de equipamentos eletrônicos, cabos de fibra óptica e dos demais itens de infraestrutura são positivos para superar esse obstáculo de capacidade com a construção de redes usando fibras ópticas. É preciso lembrar que a infraestrutura da rede legada de acesso demanda um tempo maior para substituição do que qualquer outra infraestrutura de comunicação. Isso é verdade devido à imensa quantidade de cabos envolvida e a mão de obra necessária na substituição dessas redes. Dado que a grande base de rede de acesso legada se encontra espalhada por grandes áreas, e que muito do custo da implantação das redes de fibra é determinado pela instalação de cabos, uma estratégia bem planejada de migração se torna necessária nesse pri-

meiro momento. Posteriormente, uma decisão para passar da rede de acesso metálica, ou via rádio, para uma rede de fibra óptica, envolverá inevitavelmente custos com a retirada da rede antiga e a instalação da nova rede. É importante observar que os custos associados por essa migração podem ser mitigados pela adoção de um processo racional visando o menor impacto possível, tanto economicamente, quanto tecnicamente. Por exemplo, redes metálicas podem ser atualizadas num primeiro momento usando uma solução híbrida, em que a fibra é levada próximo aos usuários finais, e as conexões até clientes individuais permanecem ativas com cabo metálico nesse primeiro momento. Para um ISP, a alternativa FTTC é mais econômica em relação ao FTTH ou FTTD, porém, como utiliza lances de cabeamento metálico, o projeto fica limitado aos comprimentos estipulados pelas normas e padrões de cabeamento estruturado. Lembrando também que as redes utilizando par metálico estão limitadas pelos padrões de cabeamento a um alcance de cerca de 100 metros. Já com a fibra óptica em toda a extensão da rede é possível chegar a distâncias bem superiores e, dessa forma, interligar um número maior de equipamentos, eliminam-se gastos com pontos de conexão intermediários (mais espaço físico), gastos com energia (não há equipamentos ativos), o que é essencial para projetos de redes de grande confiabilidade e eficiência. Logicamente, considerações técnicas e comerciais devem determinar o quão longe um pro-

vedor de serviços levará a instalação de fibra, mas quando a demanda torna viável, o objetivo final de ter uma rede de acesso totalmente óptica, poderá ser alcançado (Figura 4).. Como em todas as estratégias de migração eficazes, os principais fatores que devem ser considerados são benefícios, custos e recursos. Para que um projeto seja viável (e econômico), ele deve prover benefícios que excedam os seus custos e não deve vincular custos que excedam os recursos disponíveis. Portanto, é importante equilibrar os investimentos em novos equipamentos sejam ativos e passivos, bem como pessoal e outros recursos e considerar as capacidades existentes na infraestrutura, buscando ficar um passo à frente da demanda do mercado e construir uma base sólida para gerar receitas futuras. Conversão de Domínios A grande maioria das redes de comunicação atuais ainda utiliza mecanismos de conversão eletro-óptica que possibilitam o roteamento dos sinais ao nível eletrônico, mas que também são responsáveis por adicionar atrasos, além de encarecer os equipamentos de comunicação. O processamento dos sinais ao nível do transmissor e do receptor óptico é, em geral, feito eletricamente. Dessa forma, os esquemas de comutação utilizados nessas redes são baseados em circuitos eletrônicos que não são capazes de prover a velocidade necessária exigida pela demanda atual. A limitação desses sistemas ópticos se acentua nas redes de acesso onde se faz necessária uma nova conversão dos impulsos de luz em


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FIGURA 4: Rede de acesso óptica

impulsos elétricos no usuário, ou seja, a informação chega em forma de luz e, em seguida, é convertida para sinais elétricos, processados no usuário e convertidos novamente como luz no sentido de retorno à rede. A tarefa de conversão entre os domínios óptico e elétrico gera retardos o que limita a taxa de transmissão de todo o sistema. Para resolver esse problema, novas tecnologias para as redes de acesso são capazes de realizar o roteamento ao nível óptico eliminando o overhead da conversão optoeletrônica. Nessas redes totalmente ópticas, os equipamentos do núcleo da rede dispensam a conversão eletrônica (pelo menos para tratamento dos dados), executando a comutação da informação por meios puramente ópticos até o acesso. A tecnologia de comutação totalmente óptica tornou-se importante para o futuro das redes de alta velocidade e a alocação e reutilização de comprimentos de onda por WDM têm sido apresentada como uma técnica promissora para tornar as redes ópticas de acesso mais flexíveis e eficientes. A Figura 5, mostra um exemplo de rede TWDM-PON, que representa um novo paradigma para redes ópticas para o futuro. Conexões de fibra são uma forma cada vez mais popular de entregar serviços de banda larga para diferentes grupos de usuários, por exemplo, em parques empresariais e blocos de apartamentos. A fibra tem a vantagem de oferecer uma capacidade quase ilimitada de banda, restrita apenas à tecnologia de rede ópti-

ca usada. Redes de Acesso Totalmente Ópticas Uma rede totalmente óptica é vista como um novo paradigma e solução ideal para obtenção de altas taxas de transmissão. Entretanto, um fato importante se apresenta: historicamente, sempre foi muito caro construir e manter uma rede física e os custos para substituir uma rede de comunicação já em operação não ficam atrás. Frequentemente, esse alto custo ainda se torna mais exacerbado pela falta de planejamento de longo prazo, planejamento que poderia contribuir para mitigar os custos operacionais de curto prazo. As arquiteturas atuais para redes de acesso de ISP’s permitem a otimização de recursos de rede (equipamentos, cabos ópticos, energia, etc.), possibilitando um projeto de rede flexível e escalável, de forma a atender aos usuários finais de acordo com a demanda

FIGURA 5: Arquitetura TWDM-PON

requerida. A economia nos custos de implantação e de operação da rede, permitem a aplicação dos recursos disponíveis de acordo com a demanda dos usuários, minimizando também os custos de manutenção e maximizando as receitas por meio da redução do tempo de retorno do investimento. Embora a fibra óptica ofereça um ótimo potencial como meio de transmissão nas redes de acesso, deve ser enfatizado que todas as atuais tecnologias em banda larga (HFC, xDSL, rádio etc.) têm papéis importantes a desempenhar, especialmente durante o processo de migração das redes legadas para as redes totalmente ópticas. A força combinada dessas tecnologias ainda representa a salvaguarda contra o total colapso nos serviços de banda larga atuais. Considerando que as redes de comunicação atuais são fortemente baseadas na arquitetura IP, que é um dos fatores que impulsionam a integração das diferentes mídias de comunicação (dados, vídeo e voz), todos os serviços, sejam quais forem seus requisitos de largura de banda, são realizados por redes baseadas em IP. Portanto, a infraestrutura de qualquer rede, não somente no acesso, deve ser otimizada para atender essa demanda, que tende sempre ao crescimento do tráfego, bem como ao desenvolvimento de novos serviços e a adição constante de novos usuários. A Figura 6, apresenta a evolução das tecnologias de acesso utilizando redes ópticas. Do ponto de vista da rede de acesso, é necessária uma infraestrutura que esteja disponível para


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FIGURA 5: Evolução das arquiteturas PON

todos os usuários, onde quer que eles estejam. A rede deve ser tecnicamente e competitivamente estruturada e aberta a todas as tecnologias existentes e futuras. O objetivo é dar ao usuário o acesso a alta tecnologia e capacidade, porém com baixo custo. Um princípio norteador é que a infraestrutura deve ser planejada como uma rede de uso geral e não como uma rede especializada baseada em soluções técnicas rígidas ou construída para atender um universo limitado de tecnolo-

ISP Mais gias. Com as soluções atualmente disponíveis, o projeto das redes ópticas de acesso deve escolher tecnologias flexíveis para a infraestrutura que possibilitem uma frequente renovação de equipamentos com taxa atual em torno de 5 a 10% dos pontos ativos. O acesso totalmente óptico permite a entrega de serviços avançados que resolvem problemas no acesso dos usuários, como tratamento de tráfego prioritário, segurança de LAN e provisionamento de circuitos, uma vez que temos uma infraestrutura de rede flexível e multifuncional. Conclusão As redes de acesso totalmente ópticas estão começando a materializar-se diante de nossos olhos. Depois de décadas de estudos de viabilidade, testes de laboratório e testes de campo, as redes de acesso usando fibras ópticas acabaram por encontrar seu caminho para aumentar o portfólios de produtos dos provedores de serviços, tornando sua implantação algo que ocorre em larga escala. Redes de backbone totalmente

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óptico também contribuem para esse crescimento contínuo, provando a viabilidade técnica e o potencial comercial das tecnologias ópticas, e fornecendo inovações que levam a oferta de novos serviços, criando novas demandas e introduzindo um novo paradigma nas redes de telecomunicações. Com a expansão da capacidade das redes de acesso de fibra óptica, todos os usuários podem se beneficiar dos novos serviços, como e-business, e-commerce, hospedagem na Web, serviços em nuvem, streaming de vídeo, entre outros. Considerando que a capacidade no backbone de uma rede óptica bem planejada é virtualmente ilimitada graças à ampla penetração da tecnologia WDM e suas variantes, somente os gargalos de transmissão na primeira milha podem dificultar a o atendimento dessa demanda de serviços. Até o próximo artigo!


PROTOCOLOS de internet Os Protocolos de Internet ou Protocolos de Rede são um conjunto de normas que permitem que qualquer máquina conectada à internet possa se comunicar com outra que também já está conectada. Como se fosse uma língua que todos os computadores usam para se comunicar entre si. Porém, para que esta comunicação funcione, é necessário que estas máquinas estejam configuradas seguindo os mesmos padrões de comunicação. E como a rede é dividida em camadas com função específica para cada uma, cada camada tem seu devido protocolo para funcionar determinado serviço

Camada de Estrutura Física Ethernet, Modem, PPP, FDDi. Essa camada envia e recebe arquivos na internet.

Camada de Transporte

Camada de Rede IP (IPv4 e IPv6), Ipsec, ICMP. Anexa o IP da máquina aos arquivos empacotados na camada de transporte e faz o envio/recebimento destes dados através da camada de estrutura física.

TCP, UDP, RTP, DCCP, SCTP. Usada para transporte de arquivos recebidos da camada de Aplicação. Arrumando eles e os tornando pacotes menores para serem enviados/recebidos.

Camada de Aplicação WWW, HTTP, SMTP, Telnet, FTP, SSH, NNTP, RDP, IRC, SNMP, POP3, IMAP, SIP, DNS, PING. Envia e recebe dados de outros programas pela vastidão da internet.


CONHEÇA ALGUNS DESTES PROTOCOLOS

ICMP IP Este nome vem do termo em inglês Internet Protocol, ele permite a criação e trânsito de dados empacotados. Nos quais determina o destino dos pacotes de dados através de uma série de campos de dados existentes em cada máquina.

Sigla para Internet Control Message Protocol (Protocolo de Mensagens de Controle da Internet). Esse protocolo autoriza a criação de mensagens relativas ao IP, mensagens de erro e pacotes de teste. Ele permite gerenciar as informações relativas a erros nas máquinas conectadas. O protocolo IP não corrige esses erros, mas os mostra para os protocolos das camadas vizinhas. Por isso, o protocolo ICMP é usado pelos roteadores para assinalar um erro, chamado de Delivery Problem (Problema de Entrega).

TCP/IP

Trata-se do acrônimo de dois protocolos combinados. São eles o TCP (Transmission Control Protocol — Protocolo de Controle de Transmissão) e IP (Internet Protocol — Protocolo de Internet). Eles formam a base de todo o envio e recebimento de dados por toda a internet. Um conjunto de protocolos que comunicam duas máquinas ligadas na rede.

HTTP/HTTPS

O protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol — Protocolo de Transferência de Hipertexto) é usado para navegação em sites da internet, funcionando como uma ponte entre o cliente e o servidor. Ou seja, entre o navegador e o site. Já o HTTPS (Hyper Text Transfer Secure — Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro) funciona da mesma forma do HTTP, contudo, existe uma parte de proteção a mais. Dando mais credibilidade aos sites ao fornecer segurança no acesso através de uma certificação digital, criando uma criptografia para impedir ataques e invasões a comunicação feita através do site. Muito útil para sistemas bancários pela internet, por exemplo.

SMTP

Protocolo para transferência de e-mail simples (Simple Mail Transfer Protocol) é comumente utilizado para transferir e-mails de um servidor para outro, em conexão ponto a ponto. As mensagens são capturadas e enviadas ao protocolo SMTP, que as encaminha aos destinatários finais em um processo automatizado e quase instantâneo. O usuário não tem autorização para realizar o download das mensagens no servidor.

POP3 Acrônimo para Post Office Protocol 3 (Protocolo de Correios 3). É um protocolo utilizado para troca de mensagens eletrônicas. Funciona da seguinte forma: um servidor de email recebe e armazena mensagens. O cliente se autentica ao servidor da caixa postal para poder acessar e ler as mensagens. Assim, as mensagens armazenadas no servidor são transferidas em sequência para o computador do cliente. Quando, a conexão é encerrada as mensagens ainda são acessadas no modo offline.

Fontes: https://www.weblink.com.br/blog/tecnologia/conheca-os-principais-protocolos-de-internet/ https://www.opservices.com.br/protocolos-de-rede/



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