JAN / FEV / MAR 2017
Distribuição gratuita e selecionada. Venda proibida.
FICHA TÉCNICA Colaboradores: Alan Silva, Andre Luis Martins Ribeiro, Claudio Oliveira Lopes, Eloi Piana, Ignacio Daniel Arias, José Mauricio Pinheiro, Lacier Dias, Lucas Almeida, Lucas Sillas, Mercelo Siena, Marco Andrade, Marcos Scocco, Nowtech, Paulo Vitor, Reinaldo Vignoli, Rogério Couto, Ronaldo Couto, Thiago Buenaño, Visãonet Telecom *Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da revista.
Foto de Capa Nowtech Diagramação Lucas Sillas Diretor de Atendimento Ayron Oliveira Revisão Vinícius Aragão e Mônica Geska Fernandes Fotos Shutterstock.com, Freepik.com, Cemitério Jardim da Ressureição, Reinaldo Vignoli, Photton.com, Solintel, Nowtech e ISP Shop. Tirinha André Farias: www.vidadesuporte.com.br
Impressão e Acabamento Gráfica Paraná Publicidade marketing@ispmais.com.br ispmais.com.br : ispmais.com.br/comercial ANO III. EDIÇÃO 08: ABRIL / MAIO / JUNHO 2017
SUMÁRIO 05 06
EDITORIAL ARTIGOS • Indicadores de desempenho • Vai continuar fazendo mais ou menos? • Execução da “sentença arbitral” proferida pela comissão de resolução de conflito • Como a arquitetura de rede influencia na continuidade do seu negócio • Troubleshooting de redes PON • Fui trocado, e agora?
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PROVEDOR EM DESTAQUE • Nowtech: da escola de informática ao provedor
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ARTIGOS • 10 pontos importantes das caixas de terminação óptica • Sistemas a serem implantados utilizando as frequências adquiridas no leilão da Anatel • Indicadores de desempenho/Business Inteligence • Não é fibra, muito menos wireless, relacionamento é o diferencial para os próximos anos • Infraestrutura aplicada às telecomunicações • Excelência na gestão das empresas de telecomunicações - Parte 4: “A procura pelas ferramentas corretas” • A regulamentação da profissão de TI poderá sair em breve!
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CONHECENDO O PRODUTO • A ONU multifuncional que traz ao seu provedor economia de tempo e dinheiro
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COLUNAS • As empresas de telecomunicações e as alterações do simples nacional • Participação dos ISP’s nos processos de inclusão digital • Como identificar macrocurvaturas
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HUMOR VC NA REVISTA CALENDÁRIO
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EDITORIAL “Enquanto os grandes choram, os pequenos crescem e aparecem”, disse Aníbal Diniz, conselheiro da Anatel, durante sua participação em recente Encontro de Provedores Regionais. Os números mostram que os provedores regionais cresceram mais de 100% entre os anos de 2013 a 2016, ocupando o segundo lugar na classificação da Anatel entre os grupos que mais cresceram no serviço de banda larga fixa do país. Se compararmos o ano de 2016, em que os provedores regionais foram responsáveis por 40% dos novos acessos, com janeiro de 2017, em que foram responsáveis por 80% dos novos acessos, vemos nitidamente este crescimento. É fácil entender como os provedores regionais chegaram a estes números, lendo a bela história da Nowtech, do empresário Marcelo Couto, que conseguiu colocar o computador no meio dos bois, na pequena Santa Rita de Caldas - MG. “Temos um ótimo serviço porque somos especialistas e apaixonados pela internet, está em nosso DNA”, diz Marcelo, afirmando que na Nowtech não há espaço para o amadorismo. Falando em números, temos os colunistas Marcelo Siena e André Ribeiro, que discorrem sobre o tema indicadores de desempenho do setor, explicando que por meio desta ferramenta é possível mensurar os números de sua empresa, e compara-los com os números de mercado. O colunista Ignácio Arias, continua com sua série “Excelência na Gestão das empresas de telecomunicações”, agora na 4ª parte, com o artigo “Procurando pelas ferramentas corretas”. Os artigos desta edição abordam os temas sobre gestão, marketing, planejamento, desempenho e me remetem ao termo Provedor 2.0 ou 3.0, onde são discutidas práticas de gestão que devem ser adotadas para se conquistar um crescimento sólido e sustentável.
Boa leitura!
Tiko Kamide Diretor Geral
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INDICADORES DE DESEMPENHO
O ritmo acelerado e constante em que os provedores regionais vêm crescendo, demonstram sobretudo a capacidade e vocação empreendedora de profissionais que, apesar das dificuldades, crises e limitações, tem encontrado alternativas inteligentes para continuarem a principalmente interiorizar Brasil afora o desenvolvimento do acesso à Internet, o que torna a tarefa ainda mais árdua se adicionarmos aos desafios o excesso de regulação e a carga tributária descomunal. Os provedores a muito tempo deixaram o papel marginal de atuação apenas onde os grandes não têm interesse, e passarem a exercer papel estratégico na economia nacional. Parabéns aos Bandeirantes da Internet! Mas atenção, a palavra de ordem continua sendo “evolução”, mas agora nem tanto nos aspectos técnicos de um passado recente, porém na gestão, e neste contexto ter um bom sistema de métricas, o qual chamamos de indicadores de desempenho, é fundamental, é preciso ir muito além dos links, trá-
fegos e conexões. E porque isto é tão importante? Respondo resgatando uma frase do célebre mestre da administração Peter Drucker: “Se você não pode medir, você não pode gerenciar” Mas o que principalmente devo medir e acompanhar? Seleciono a seguir alguns indicadores que classificamos como essenciais, e que tem ajudado muitos Provedores de Internet a melhorem seus resultados, racionalizando custos e otimizando recursos: Área Financeira – Se não sabe por onde começar, comece por aqui, dominar o fluxo financeiro do negócio é essencial. Muitas boas empresas travam sua evolução por falta de recursos financeiros, sentem que quanto mais vendem menos dinheiro disponível tem, e muitas vezes isto é verdade, assim como também é comum um bom serviço prestado não ser recebido. Cuide atentamente pelo menos dos seguintes:
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1) Cobráveis por faixa – Saiba em cada faixa de tempo de atraso (30, 60, 90 e 180 dias) quem são e quanto representam estes documentos. Quanto mais rápido e mais eficiente for seu departamento de cobrança, maiores as chances de receber. Não permita que um inadimplente não esteja incluído no SCPC ou SERASA. Se o total em aberto for maior que 3% do seu faturamento no período é sinal de alerta, talvez seja necessário rever seu processo de venda e concessão de crédito. De nada adianta vender e não receber; 2) Incobráveis – Para os documentos vencidos a mais de 180 dias suas chances de recebimento são mínimas, portanto, seja rápido na etapa anterior para evitar prejuízos. A melhor maneira de avaliar este indicador é considera-lo como dinheiro que foi jogado no lixo, pois vendemos (há investimentos para isto), instalamos (provavelmente pagamos comissões aqui) e não recebemos. Se o total em aberto for maior que 2,5% você tem um sócio oculto drenando seus recursos; 3) Performance da cobrança – Meça como anda o trabalho do seu departamento de cobrança, especialmente se todos os inadimplentes estão devidamente bloqueados e inscritos no SCPC ou SERASA, e se realmente estão sendo feitos contatos de cobrança na frequência necessária (por instinto pagamos quem mais incomoda); 4) Fluxo financeiro – Produza relatórios que demonstrem de forma diária o que ira acontecer com suas finanças cruzando pagamentos e recebimentos. Muitas vezes uma simples mudança de dia de vencimento com clientes e fornecedores pode eliminar transtornos e desgastes. Quanto antes você souber de um problema, maiores as chances de você contorna-lo; Carteira de Contratos – Conhecer o perfil dos contratos dos seus assinantes te ajudará e entender se as estratégias adotadas tem surtido efeito, ou se é necessária alguma correção, pois afinal o objetivo é crescer e de forma saudável. Fique atento aos seguintes: 1) Ticket médio – Embora seja simples apurar o valor médio pago por cliente, muitos não o observam. Nosso esforço deve ser em a cada tempo melhorar este indicador, pois nossos custos crescem (inflação). Centavos sistematicamente melhorados aqui, irão impactar positivamente seu faturamento;
2) Idade média – Saber em meses como esta a idade média dos seus clientes te ajudará a entender se você tem mantido (fidelizado) seus clientes ou se a rotatividade (clientes saintes X clientes entrantes) tem sido constante. Lembre-se que é mais barato manter um cliente do que conquistar outro; 3) Taxa de crescimento – Seu crescimento tem acompanhado o mercado? Se você nem ao menos tem acompanhado a taxa de crescimento apontada pelo setor (Anatel e pesquisas setoriais), não esta surfando na onda do mercado; 4) Taxa de renovação da carteira – Este índice é obtido dividindo-se o total de clientes ativos do mês anterior pelo numero de novos clientes obtidos no mês, e indica principalmente a performance da sua equipe comercial. Se sua taxa for inferior a 4%, provavelmente sua empresa é vendedora passiva (o cliente é quem compra) e há um mercado potencial a ser explorado; 5) Churn – Dividindo-se o total de clientes cancelados no mês pelo total de clientes ativos no mês anterior, apura-se este índice, que em ultima instância representa nossa incompetência em atender e manter o cliente. Taxas maiores que 1,5% indicam problemas; 6) Índice de reclamação – Obtido pela divisão do número de chamados de reclamação dos clientes pelo total de clientes ativos naquele mês. A Anatel estabelece a meta de 2% para os operadores com mais de 50mil assinantes. Obviamente existem muitos outros indicadores importantes na gestão de um Provedor de Internet que não foram abordados aqui, nosso intuito foi elencar o que entendemos ser o essencial, portanto, assuma o controle e boa gestão.
Claudio Marcelo Siena é Administrador de Empresas, Pós-Graduado em Planejamento e Controle Financeiro. Fundador e Presidente da REDETELESUL de 2007 a 2014. Consolidou-se como empresário do setor de telecomunicações e internet dirigindo empresas como a iSUPER Telecomunicações e RouterBox Company.
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VAI CONTINUAR FAZENDO MAIS OU MENOS? O ano de 2016 foi um ano bem complicado, não foi? O cenário político, socioeconômico, desemprego, recessão.... De fato, a crise deu tanto desânimo ao brasileiro que a motivação para fazer algo melhor e diferente foi cedendo espaço a vontade de fazer as coisas de qualquer jeito, e do jeito que dava, ou seja, “mais ou menos”! Ouvi um religioso falando exatamente sobre isso: “mais ou menos daqui é colher mais ou menos ali”. Automaticamente, refleti o que nossos provedores regionais têm feito, e não é que a resposta que veio à mente foi: “mais ou menos”. Claro que temos um grupo de empresários e colaboradores empenhados em manter suas operações 24 horas por dia, mas vemos também que as maiores dificuldades estão aparecendo para gerenciar o negócio com todas as suas particularidades que não está só na entrega da conexão. Quando conversamos sobre planejamento, padronização, qualidade de atendimento, qualidade de vendas, gestão de recursos e por aí vai... (diga-se de passagem, que esse questionamento não afasta o principal de um provedor, que é o técnico-operacional) é que são feitos “mais ou menos”, em outras são “mais para menos” e, por fim, outras são “bem para menos”. Agora, pense comigo! Quando temos um planejamento mais para menos, com uma equipe de vendas mais ou menos (ou não), com técnicos bons que se relacionam com o cliente mais ou menos... Compramos de nossos fornecedores com valores mais ou menos,
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pagamos mais ou menos... e assim vai! Ora com essa quantidade de “mais ou menos” ao nosso redor, só seremos desafiados quando tivermos que ser competentes para cuidar de nossos clientes. Competência é uma derivação da palavra em latim que significa competere que quer dizer aptidão para cumprir uma tarefa ou função. Por sua vez, até pela realidade de muito de nossos provedores que foram crescendo com a velocidade da demanda, fomos colocando pessoas, mais ou menos, para atender, instalar, cobrar, programar... E quantas vezes o caminho do ENTENDER fica na esfera das opiniões, ou seja, mais ou menos assim: _ “veja lá com alguém que “manja” e que resolva o problema o mais rápido possível”. É ou não é assim? Resolver um problema aqui ou outro ali não significa que tenha adquirido a competência sobre o que se faz ou foi feito, porque não atinge à raiz do entendimento que é o SABER ou CONHECIMENTO. Precisamos avaliar e inverter a ordem das coisas, começando a migrar imediatamente esse “mais ou menos” para o “mais e melhor”. Então, faça a mesma reflexão que eu fiz: Dá para fazer mais com o pensamento, a atitude, as pessoas agindo “mais ou menos”? Pois bem, estimados amigos leitores, a mudança que estamos acompanhando no setor de provedores regionais de internet já está batendo à porta exigindo que as ações sejam planejadas, organizadas, implementadas e medidas com frequência. Executa-
da por profissionais dispostos a realizarem com motivação, entusiasmo, alegria e definitivamente, competência os seus serviços. Claro que não temos a pretensão de que a realidade mude assim, num piscar de olhos! Precisamos investir tempo e recursos com capacitação, recrutamento e programa de melhoria contínua. Sobretudo, acho que um pouco mais que a nossa reflexão, podemos reunir as pessoas que estão conosco nesta missão e lançar o desafio de acabar com o “mais ou menos”.
Aceitam o desafio?
Vamos deixar o “mais ou menos” para os preguiçosos. Forte abraço. Rogério Couto possui sólida experiência com mais de 20 anos em áreas comerciais e estratégicas de empresas de médio e grande porte, nacionais e multinacionais no mercado de telecomunicações, segurança eletrônica e Indústrias eletrônicas. Atuou no mercado de varejo de serviços com foco na gestão de pessoas, abastecimentos e gestão de performances de canais diretos e indiretos de vendas. Foi executivo da VIVO na gerência de vendas de Canais Indiretos, da ADT Security do grupo Tyco Internacional, da ABSYS Tecnologia e Oneti Tecnologia. Formado em Direito e MBA de Gestão Empresarial pela UNITAU e Filosofia pelo IAE. É fundador da RL2m - Consultoria e Treinamento, Consultor e Instrutor para Desenvolvimento Comercial e Qualidade do Atendimento. Instrutor na Primori e na Voz e Dados Cursos.
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EXECUÇÃO DA “SENTENÇA ARBITRAL” PROFERIDA PELA COMISSÃO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Como noticiado, várias empresas Prestadoras dos Serviços de Telecomunicações (PST) ingressaram com ações perante a Comissão Conjunta de Resolução de Conflitos (formada pela ANP, ANEEL e ANATEL) contra as Concessionárias de Energia Elétrica, no intuito de obter o preço de referência (R$ 3,19) por ponto de fixação previsto na Resolução Conjunta nº 004/2014. Vale dizer que a Comissão Conjunta já proferiu diversas decisões favoráveis as PST (aplicação do preço de referência - R$3,19 - atualizado desde dezembro de 2014). Porém, as Concessionárias de Energia Elétrica insistem em não cumprir as decisões proferidas pela Comissão Conjunta. Diante do não cumprimento espontâneo pelas Concessionárias de Energia Elétrica as Prestadoras dos Serviços de Telecomunicações (PST), que já obtiveram decisão favorável perante a Comissão Conjunta, poderão tomar as seguintes medidas: (a) solicitar a aplicação de penalidades na ANEEL pelo descumprimento de decisão proferida pela Comissão Conjunta; e/ou (b) executar perante a Justiça Comum a decisão arbitral proferida pela Comissão Conjunta; Conforme alínea “a” acima a Prestadora dos Serviços de Telecomunicações (PST) deverá entrar uma ação autônoma na ANEEL e solicitar a aplicação de sanções administrativas previstas na Resolução
Conjunta nº 002/2001. Conforme alínea “b” acima, a Prestadora dos Serviços de Telecomunicações (PST) também poderá executar a decisão arbitral na justiça comum. Isto porque, o procedimento no âmbito da Comissão Conjunta de Resolução de Conflitos possui natureza de procedimento arbitral. Corroborando com o entendimento de que as decisões proferidas pela Comissão Conjunta de Resolução de Conflitos são decisões arbitrais, vale dizer que a Resolução Conjunta nº 002 de 2001, que criou o procedimento de resolução de conflitos, alterou a Resolução nº 001 de 1999 justamente inserindo nesta resolução que versa sobre o compartilhamento um capítulo denominado de “arbitragem”. Além disso, a própria Resolução Conjunta nº 001 de 1999 já apontava em seu texto a espera pela criação de um procedimento arbitral para dirimir conflitos oriundos do compartilhamento, o que foi criado com o advento da Resolução Conjunta nº 002/2001. E nesta esteira, á época da criação da Resolução Conjunta nº 002 de 2001, a ANEEL noticiou em vários veículos de informação que a referida resolução criaria um procedimento arbitral para dirimir os conflitos existentes entre as PST (Prestadoras dos Serviços de Telecomunicações) e as Concessionárias de Energia Elétrica, decorrentes do compartilhamen-
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to de infraestrutura. Sendo assim, a decisão proferida pela Comissão Conjunta tem status de sentença arbitral. E de acordo com o Novo Código de Processo Civil Brasileiro, art. 515, as sentenças arbitrais são equivalentes às sentenças judiciais. Ou seja, a decisão arbitral proferida pela Comissão Conjunta de Resolução de Conflitos poderá ser executada (forçar o cumprimento) diretamente perante um Juiz de Direito. Vale dizer que o procedimento de execução da decisão arbitral será idêntico a um cumprimento de sentença judicial. Com efeito, pela via da execução da sentença arbitral, além de exigir judicialmente a aplicação imediata do preço de referência, a Prestadora dos Serviços de Telecomunicações (PST) também poderá exigir o acerto dos valores pagos a maior durante o período acobertado pela decisão que aplicou o preço de referência. Não resta a menor sombra de dúvidas de que o procedimento instaurado no âmbito da Comissão Conjunta de Resolução de Conflitos é um procedimento arbitral, e, portanto, as decisões proferidas pela Comissão são sentenças arbitrais, e como tal podem ser executadas no Poder Judiciário. Diante desta conclusão tornam-se ainda mais evidentes as vantagens de um processo perante a co-
missão de resolução de conflitos, principalmente se comparado com uma ação judicial. Exemplificando: (a) uma ação judicial para comprovar direito demora em média 05 (cinco) anos de tramitação na primeira instância; (b) a matéria questionada é técnica e certamente demandará perícia para determinação do preço por ponto de fixação (custo dispendioso); (c) a ação judicial possuí custos e recursos para outras instâncias; Já uma ação de resolução de conflitos tramita em média por 18 (dezoito) meses, a ação é julgada pelos técnicos das Agências, o pedido principal limita-se a aplicação do preço de referência previsto na Res. Conjunta nº 004 de 2014, não há custos para a adoção do procedimento, não há recursos (apenas reconsideração para a própria comissão) e ao final a decisão arbitral pode ser executada como se fosse uma sentença judicial!
Dr. Alan Silva Faria é Advogado, Sócio da Silva Vitor, Faria & Ribeiro Advogados Associados, bacharel em Direito pela FESBH, com MBA em Direito Empresarial pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. Consultor Jurídico. Atuação em direito das tecnologias, com ênfase em telecomunicações e internet. Atuação em direito regulatório.
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COMO A ARQUITETURA DE REDE INFLUENCIA NA CONTINUIDADE DO SEU NEGÓCIO É possível aumentar a disponibilidade da rede sem ter altos custos com equipamentos? A arquitetura de rede é a resposta para os dilemas do seu provedor.
Com a internet fazendo parte indispensável da vida das pessoas e empresas, e a internet das coisas cada vez mais presente, a necessidade de banda tem aumentado significativamente. Contudo, a quantidade de banda entregue ao cliente não é mais o item de maior relevância, mas sim quão disponível o provedor é para atender as diversas demandas dos clientes, cada vez mais dependentes de conexão. O grande diferencial agora é qual provedor é mais disponível para quando eu precisar acessar minhas câmeras, para trabalhar de casa, para acessar meus arquivos e dispositivos online, tendo a certeza de quando eu precisar o link vai estar disponível. Não basta entregar links grandes, agora é necessário se manter disponível 99,99% do tempo. Sabemos que vários fatores precisam ser levados em consideração para alcançar a disponibilidade demandada pelos clientes – sejam eles usuários domésticos, corporativos, governo ou outro provedor, todos querem estar online o tempo todo. Para atender a esta demanda, os provedores de internet de todos os portes precisam atualizar suas redes. Esta atualização não consiste em compra
de equipamentos mais potentes – isso seria empurrar a poeira para debaixo do tapete por algum tempo, e ainda fazer altos investimentos no lugar errado. Muitos técnicos cometem este erro por desconhecerem as opções disponíveis para melhorar sua rede, outros pelas dificuldades que têm em defender a ideia de mudança com a diretoria, por não saberem ao certo os custos e processos. E ainda há aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, têm conhecimento e capacidade para efetuar as melhorias, mas por serem técnicas com as quais ainda não têm familiaridade, preferem permanecer com a rede da forma como eles conhecem e que funciona há tanto tempo. Por conta disto, vemos funcionando diversas arquiteturas de rede que foram muito úteis no passado e ainda se arrastam até hoje na crença de vários consultores e administradores de rede. Contudo, quando estas arquiteturas legadas foram projetadas, as necessidades eram outras. Manter este modelo de rede defasado, atendendo as necessidades atuais, custa muito caro e não atende as futuras demandas, pois não foram projetadas para isto.
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Mudar este modelo mental é necessário e um enorme desafio para os provedores regionais, pois trata-se de entender que arquitetura de rede não é um desenho da rede, e sim ter bem definido as tecnologias físicas e lógicas que vão garantir os próximos 10 anos de empresa, traçar quais os objetivos e propósitos e ter clareza se o modelo hierárquico de rede está alinhado com a continuidade do negócio. Investir em uma arquitetura de rede alinhada com as demandas atuais e futuras é pensar em promover alta disponibilidade, escalabilidade, resiliência, continuidade do negócio e ser independente de fabricante. Assim se constrói um caminho seguro e escalável para sair das enormes redes em bridge ou falsas redes roteadas – ainda mais nocivas que as bridge, pois passam a falsa sensação de estarem corretas, porém sem os recursos devidamente configurados, pois ainda estão pensando na forma antiga, simplista e com baixíssima escalabilidade. Com os fabricantes atuais, muitos provedores possuem grande parte ou até mesmo todos os equipamentos necessários para o pleno funcionamento da rede, sem a necessidade de usar recursos proprie-
tários e gastar valores absurdos em equipamentos novos, porém, a falta de uma boa arquitetura de rede não permite que se obtenha melhor proveito deles. Pensando nisso, vamos ver que os recursos estão mais próximos do que os provedores imaginam. No atual contexto, vemos as redes das operadoras baseadas em BGP/MPLS descrita na RFC 4364, como solução de arquitetura de rede para backbone com alta disponibilidade, lembrando que a mesma tecnologia pode ser aplicada em outros ambientes e a configuração é totalmente diferente da configuração na nuvem da operadora (ISP). Diferente de outras tecnologias, como redes em bridge, vlans, túneis ou roteamento simples, uma rede com MPLS e roteamento baseado em rótulos é projetada para aliar a versatilidade e performance do MPLS com a robustez do BGP, fazendo com que o backbone da operadora ou nuvem, como costumamos desenhar, seja capaz de em uma mesma arquitetura de rede, conviver de maneira segura, rápida, escalável e transparente, serviços como: Internet, Voz, TV, Lan to Lan, LTE, Transporte e muitos outros. Esta tecnologia empregada pela arquitetura,
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traz a capacidade do mesmo investimento em equipamentos, suportar Circuitos de Camada 3 e Circuitos de Camada 2, garantindo escalabilidade e atendendo as necessidades de qualquer projeto. A rede passa a ter novos elementos: Customer Premises Equipment (CPE) é o equipamento que vai na casa do cliente como rádio, ONU e modens ADSL; Custormer Edge (CE) é o equipamento instalado em clientes corporativos, outros provedores ou equipamento de borda como concentradores PPPoE, eBGP, DMZ, dente outros; Provider Edge (PE) são roteadores que ligam os CEs ao backbone, ou seja, CPEs, são conectados aos CEs, que são conectados a PEs; o elemento P (Provider) são os demais roteadores distribuídos pela nuvem MPLS que representa a infraestrutura de rede da operadora. Esta hierarquia não apenas organiza a rede, ela facilita na hora de isolar e resolver os poucos problemas que uma rede nesta arquitetura possa ter. Com a estrutura IP/MPLS implantada, segmentamos a rede em circuitos de camadas 2 e 3 – os da camada 3 ficam totalmente blindados dentro de uma Virtual Routing Forwarding – VRF dedicada. Em termos práticos, VRF é uma Address Family do BGP, compatível com diversos fabricantes, permitindo que vários serviços utilizem a mesma rede física, sem um serviço interferir no outro, ou saber que a gerência da rede existe no mesmo dispositivo.
Isso ocorre porque o iBGP sincroniza um roteador PE do backbone, com outro remoto para viabilizar na prática um túnel virtual que só existe nas bordas da rede MPLS, já que os roteadores que fazem o trânsito entre estes pontos não precisam conhecer as várias VRFs encapsuladas pelo MPLS, deixando assim a rede segura e a configuração mais simples. Nesta arquitetura, é possível executar várias redes lógicas IPv4 e/ou IPv6 e diversos serviços inteiramente separados, sem ter que comprar equipamentos de rede adicionais. Desta forma, se garante segurança, flexibilidade e escalabilidade para a estrutura – assegurando o aproveitamento do que foi investido – e para a gerência da rede – que fica isolada
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dos clientes em um ambiente inatacável e altamente disponível. Sabemos que existem diversas demandas para os circuitos de camada 2, como transportes e interconexão aos PTTs. Para esta demanda, temos nesta arquitetura as Pseudowire (PWE3), que funcionam como fio virtual, “trancando” o tráfego em um circuito de camada 2, criando uma conexão fim a fim entre duas ou mais pontas, encima de toda a inteligência de um backbone roteado. A vantagem é disponibilidade e total transparência do “tubo virtual” formado entre as pontas, permitindo que qualquer protocolo (e não apenas IP) possa atravessá-lo. Ter uma rede baseada na RFC 4364 e suas
vertentes é o primeiro passo para atender de forma escalonada e segura os requisitos das grandes contas, como interligação de matriz e filiais, atender a requisitos em licitações, ter alta disponibilidade na rede, poder usar MPLS-TE (Engenharia de trafego), ter capacidade de ofertar serviços roteados e transporte na mesma arquitetura e ter 100% de aproveitamento do investimento feito. Não podemos ficar na mão de administradores que estão apegados a modelos antigos, sem flexibilidade e pouco escaláveis, se podemos ter uma arquitetura robusta, como das grandes operadoras, investindo menos do que imaginamos – hoje temos fabricantes que não restringem seus equipamentos com licenças caríssimas, nos permitindo ter todos estes recursos a mão. Basta saber usá-los! Precisamos evoluir para atender as novas demandas e ajudar a garantir a continuidade dos provedores regionais.
Lacier Dias é Professor da Escola VLSM, diretor técnico e acadêmico da Solintel e consultor de rede para provedores de acesso, redes corporativas e operadoras. Com 12 anos de experiência em telecom, é especializado em: VxLAN, eVPN, BGP, OSPF, MPLS, VRF, VSI, ASN, VRRP, LLB, Pseudo Wire, IPv6 e Alta disponibilidade para backbones.
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TROUBLESHOOTING DE REDES PON
No mundo ideal, uma rede de telecomunicações deve operar continuamente, sem nenhum tipo de falha, porém, no mundo real, sabemos que isso não é verdade. Durante o tempo de operação da rede sempre será necessário identificar e isolar a causa de um problema de mal funcionamento e resolver esse problema dentro de um tempo determinado. Para tanto, faz-se necessário um controle de manutenção da rede, bem como as medidas para a solução de pro-
blemas (troubleshooting). A manutenção de Redes Ópticas Passivas (Passive Optic Network - PON) requer cuidados especiais. É necessário um plano de manutenção que, como o próprio nome diz, tem como objetivo manter os sistemas, verificar e substituir algum elemento da rede que, eventualmente, poderia ocasionar determinado tipo de problema, causando uma parada ou mal funcionamento (Fig. 1).
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dades físico-químicas. Fibras ópticas podem suportar temperaturas elevadas antes de apresentarem algum tipo de problema. Por exemplo, temperaturas na ordem de 800°C não afetam o vidro, porém o plástico que reveste o cabo pode derreter, e aumentar a atenuação. Se um cabo óptico sofre um acidente ou necessita ser cortado por causa de mudanças na topologia da rede, manobra conhecida como “corte de cabo”, devem ser realizadas novas emendas ou novos conectores devem ser adicionados ao sistema. Essas operações exigem tempo e habilidade, além de profissionais devidamente treinados.
Figura 1 - Ciclo de manutenção de rede PON
Basicamente, a manutenção da rede PON pode ser executada a partir da verificação visual da rota do cabo óptico e do hardware de rede que apresenta as maiores probabilidades de defeito ou falha. Em geral, esse hardware faz parte do grupo de equipamentos que estão sujeitos a constantes manobras, como caixas de emenda, conectores, cordões e extensões ópticas, além do distribuidor óptico. No caso dos conectores, deve ser verificado se não se encontram gastos e se os ferrolhos não estão arranhados ou sujos. Na rede PON, as margens calculadas para as perdas de potência ao longo da rede óptica são suficientes para que as conexões funcionem perfeitamente. Entretanto, na medida em que a rede óptica necessita lidar com taxas de transmissão crescentes, as margens ficam cada vez mais estreitas e, por este motivo, é importante que todas as fontes de perdas sejam reduzidas ao mínimo. Quanto aos cabos ópticos, estes normalmente não sofrem manobras constantes, contudo, vale à pena verificar com periodicidade os pontos em que estão mais expostos. Embora a corrosão provocada pela água e outros agentes químicos seja menos severa para a fibra do que para o cobre, a água, com o tempo, pode penetrar no vidro e afetar suas proprie-
Em alguns casos, os problemas na rede PON não se manifestam de forma imediata, mas no decorrer do tempo. Algumas possíveis fontes de problemas na rede são: • Realizar as fusões/emendas de fibras sem seguir o projeto. Isto acarreta, no momento de uma nova instalação ou manutenção, que não se tenha um diagrama correto de todas as fusões/emendas; • Ancoragens instaladas de maneira incorreta, que podem ocasionar o estrangulamento dos cabos ópticos, ao longo do tempo; • Não fechar corretamente as caixas ou armários contendo os dispositivos ativos e/ou passivos, o que pode gerar a rápida depreciação pela exposição à umidade/calor do ambiente; • Mudanças não autorizadas nos tipos de splitters, que irão alterar o valor das perdas na rede diferentes das calculadas, afetando o funcionamento de equipamentos já em operação. No caso da ocorrência de uma falha, a localização do defeito e a restauração do sistema podem ser feitas mediante um plano de localização de defeitos, observando alguns passos básicos: • Nível de sinal – Medir o nível do sinal recebido e comparar com as especificações de projeto. Se o sinal apresenta um nível aceitável, testar o receptor; caso contrário, testar o cordão do painel de manobras; • Hardware – Verificar o nível de potência do transmissor ou a sensibilidade do receptor nos equipamentos ativos. Os resultados podem mostrar algum problema com o transmissor ou com receptor. Caso a potência de saída esteja em níveis aceitáveis, a perda de sinal pode estar relacionada com a instalação do
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cabeamento; neste caso, usar o OTDR para inspecionar a rede; • Cordões ópticos – Testar os cordões ópticos dos painéis de manobras com medidor de potência e um cordão de teste. Se a leitura de potência apresentar alguma variação significativa entre ambos, substituir o cordão do painel. Por exemplo, quando uma falha ocorre no serviço do assinante, se outros assinantes que compartilham o mesmo OLT não estão enfrentando a mesma falha, então o problema está no cabo de derivação entre o ponto concentrador de distribuição de fibra e a ONU/ONT, na própria ONU/ONT ou na rede interna do assinante. A Figura 2 apresenta alguns problemas, com as possíveis causas e os passos recomendados para solução.
Figura 2 - Resolução de problemas em redes PON
No livro Redes Ópticas de Acesso em Telecomunicações, apresento maiores detalhes e informações a respeito da operação e manutenção de redes PON.
José Maurício dos Santos Pinheiro é Gerente de Engenharia e Operações na BRIP Multimídia, Profissional da área de tecnologia, professor universitário e palestrante. Possui mais de 20 anos de experiência profissional e carreira estruturada em gestão, operação e manutenção de redes de telecomunicações, teleprocessamento e automação, com ênfase em projetos de infraestrutura. É autor dos livros e artigos técnicos publicados em congressos e revistas especializadas.
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FUI TROCADO, E AGORA?
À primeira vista parece um dilema amoroso, ou nome de uma música sertaneja...mas não, é mais um provedor perdendo um cliente para a concorrência. Triste, né? Pois é, e o pior é que nessa hora não adianta mais chorar, implorar, nem mesmo oferecer desconto. Geralmente, quando o cliente solicita o cancelamento do serviço de internet, o equipamento da concorrência já está instalado em sua casa. Então o que nos resta? Chorar enquanto bebe um whisky ao som de Amado Batista? Claro que não! Temos que agir antes que nossos clientes pensem em nos trocar, temos que fidelizá-los, temos que ser mais do que uma simples prestadora de serviços para ele. Este é o sonho (ou pelo menos deveria ser) de todo empresário: Tornar sua marca uma love brand!
Se você está se perguntando o que é love brand, fique calmo, vou explicar. Já reparou no ânimo de algumas pessoas ao falar de marcas como Apple, Nutella ou Netflix? Estas pessoas não são simples consumidoras, são fãs! Isto acontece porque estas marcas são exemplos de love brands, trabalharam suas marcas de maneira diferente, conquistaram o público e são amados muitas vezes até por quem ainda não é consumidor. Já imaginou ter clientes compartilhando suas postagens, se declarando para seu provedor de internet, dizendo a todos os amigos que “a internet do fulanonet é vida”, e tudo isso por livre e espontânea vontade!? Pois é, isto é possível e perfeitamente alcançável.
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Muita gente pensa que tornar sua empresa uma love brand é impossível, pois seu segmento não te dá esta oportunidade, mas convenhamos, não passa de uma desculpa covarde para não tentar. Quem imaginaria até algum tempo atrás que as pessoas poderiam amar uma plataforma online que as faz pagar para assistir os filmes que até então elas baixavam gratuitamente (e ilegalmente), não é mesmo? Pois é, o que um serviço bem prestado e uma comunicação bem planejada e executada não fazem né. Quer um exemplo que beira ainda mais o absurdo? Recentemente uma empresa de Teresina viralizou e fez sucesso na internet, sua página no Facebook já tem quase 70 mil curtidas e suas publicações são compartilhadas por pessoas de todo o Brasil. Até aí nada demais, mas e se eu te disser que esta empresa é um cemitério? Isso mesmo, um cemitério (ou cemi, como gosta de ser chamado em sua fanpage). A página do Cemitério Jardim da Ressurreição viralizou em 2016, com uma maneira muito divertida de abordar este assunto tão delicado que é a morte. O sucesso é tamanho que pessoas de diversas partes do Brasil comentam suas postagens dizendo “Meu sonho é ser enterrado no Cemi”. Confira algumas das postagens que fizeram do “Cemi” um dos cases de sucesso nas mídias sociais em 2016.
E então chegamos ao ponto que queríamos, se um cemitério pode alcançar o sucesso e se tornar uma love brand, acha mesmo que um provedor de internet não pode? Pare um pouco e reflita, existe mesmo razão para que as pessoas fiquem tão animadas e se sintam especiais (a ponto de postarem fotos nas redes sociais) por estarem consumindo um pote de creme de avelã? A resposta é simples, basta perceber que pessoas não postam fotos com creme de avelã, a não ser que no rótulo esteja escrito Nutella. E o que dizer de todo o glamour, amizade, felicidade e união representada por “dividir uma Coca-Cola com seus amigos/família”? A verdade é que pessoas compram marcas, sem elas, seria apenas xarope de milho e frutose. Pense a respeito, entenda o quão grande pode ser o valor de uma marca, e comece a investir de verdade em marketing. Você vai se surpreender.
Lucas Sillas é Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Paranaense. Tem como especialidade trabalhos com marketing digital e planejamento de campanhas publicitárias, e compõe a equipe de Marketing da ISP Shop.
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PROVEDOR EM DESTAQUE
NOWTECH: DA ESCOLA DE INFORMÁTICA AO PROVEDOR 27 ANOS PRIORIZANDO A EXCELÊNCIA
O INÍCIO Em 1991 não havia demanda por serviços de informática na região e ainda assim, o diretor da empresa, Marcelo Couto, um apaixonado por tecnologia e na época estudante do curso de computação da PUC-SP, acreditou que seria possível melhorar a qualidade de vida das pessoas na pequena Santa Rita de Caldas, no Sul de Minas, com menos de 10 mil habitantes. Marcelo lembra que em toda a região, composta por quatro pequenas cidades, havia apenas um computador, um CP-500 da Prológica, instalado em uma fábrica de doces de propriedade de seu profes-
sor de matemática no Ensino Médio. “As pessoas aqui só falavam em boi, café, leite e batata. Como seria possível construir uma empresa de informática em um cenário desanimador assim? Ao contrário da maioria que desanimaria, eu preferi ver com otimismo um mercado inteiro a minha disposição. Bastava apenas gerar a demanda...”, comenta Marcelo lembrando os momentos de crise financeira de sua família que o obrigou a abandonar o sonho da faculdade. Foi então que ele começou a fazer palestras educativas nas escolas locais mostrando o computador aos alunos e posteriormente, começou a vender
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os primeiros PC XT e 286. Alguns meses depois, com cinco primeiros PCs vendidos, seus clientes começaram a necessitar de cursos para utilizar os computadores. As primeiras aulas foram ministradas na garagem de um cliente, e assim nasceu a Nowtech Informática, que não parou mais de crescer. A empresa investiu em cursos, vendas e assistência técnica local e dois anos depois, contratava seus primeiros colaboradores escolhidos entre seus alunos. Um deles, Leandro Carvalho, cresceu com o ensino da empresa, se formou em Mecatrônica e hoje trabalha como engenheiro no grupo Fiat. Com o sonho realizado do Leandro, o papel social da empresa começou a apresentar seus primeiros resultados, hoje emprega 36 pessoas e já educou mais de 10 mil alunos.
CONSTRUÇÃO DA BASE Para Marcelo Couto o propósito de um empreendedor sério não pode ser apenas lucrar para si, isso muda a sua condição pessoal, mas não transforma a sociedade à sua volta. “Não podemos ser colecionadores de dinheiro, mas usar dele para semear esperança e ser modelo de motivação para nossos jovens. Hoje eles chegam ao mercado, despreparados e sem perspectivas e todos temos que contribuir. Temos um papel importante na luta contra a desigualdade social, somos todos responsáveis”. A Rede Nowtech foi construída sobre uma base de conceitos familiares, de amizades e princípios religiosos onde cada cliente é respeitado, independe de sua condição social ou credo.
Ainda segundo Marcelo, na empresa não existe espaço para amadorismo. Educação e Internet são coisas de primeira necessidade. As pessoas já perceberam isso e por isso a demanda sempre aumenta. EVOLUÇÃO - O PROVEDOR DE INTERNET Com as demandas por novos serviços, o empresário decidiu investir em um antigo sonho, a Internet, que viu nascer nas primeiras transmissões feitas na PUC-SP, em 1991, ao lado do professor Demi Getschko, pessoa que inspirou Marcelo e com quem mantem contato até os dias de hoje, se encontrando em vários congressos como da Abrint, Lacnic, ICAMM e outros. Com apenas 29 clientes, a primeira conexão chegou em 1999 ainda com acesso discado, de 33.6 Kbps e link de 64 Kbps. Outro desafio a frente, comenta Marcelo, foram os quase dois anos no vermelho investindo todas as economias na internet. Como em muitas empresas do setor, os problemas chegaram rápido com a falta de linhas telefônicas e link da antiga Telemar, única operadora da região. Depois veio o IG e o golpe da UOL, mas a empresa resistiu a todos, e em 2001, começou a investir em tecnologia Wireless 2.4 GHz e posteriormente em 5.8 GHz. Novamente o fantasma da falta de banda e o monopólio das operadoras começaram a ser um fator ameaçador para os negócios, obrigando a Nowtech a buscar novas parcerias com preços mais acessíveis. VISÃO DE NEGÓCIO - DO DISCADO AO GPON Em 2010, a empresa se uniu em parceria com a Hardonline, de Ouro Fino, que também passava pelo mesmo problema de falta de banda. Juntas, aumentaram seu poder de compra e de investimento e construíram um backbone de alta capacidade com 130 km para chegar até Campinas - SP. O crescimento foi inevitável e empresa partiu para construção de redes FTTH criando outro desafio, fechar a conta numa cidade tão pequena. EPON, GPON ou PACPON, eis a questão. Para Marcelo o mercado está claro. As demandas por maiores bandas e a vida cada vez mais online é irreversível. O mercado necessita de tecnologias mais robustas como FTTH e se é para investir, que seja no melhor, pois o custo para trocar a tecnologia de uma rede é
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PROVEDOR EM DESTAQUE
alto e os clientes estão cada vez mais intolerantes a falhas, por isso, a empresa optou por redes GPON. MELHORIA DO NETWORK Em 2007, Marcelo Couto iniciou sua trajetória de lutas em benefício do setor se juntando a vários empresários com a mesma visão, de que é preciso se unir para crescer.
Ao lado de vários amigos, ajudou a fundar a Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) uma entidade sem fins lucrativos que tem como foco a representatividade do setor perante o Governo. Começa aí uma agenda de viagens e inúmeras reuniões, todas custeadas por cada membro do grupo em busca de melhores con-
dições para o mercado dos ISP’s. Os resultados estão aí, vistos por todos os associados da Abrint e o reconhecimento por parte do Governo foi inevitável. Esse trabalho de equipe transformou o mercado de Provedores, e a Abrint se tornou a associação de maior expressão do setor perante o Governo e promotora do maior congresso com feira de negócios da América Latina, recebendo Ministros e autoridades do governo com três dias de palestras regulatórias, técnicas e tributárias. “Tenho imenso orgulho desse trabalho que faço com carinho por todos os ISP’s há 10 anos, fico feliz em ver empresas crescendo com minha ajuda e de muitos colegas que hoje integram o conselho da Abrint, como Tiko Kamide da ISP Shop. Quem não entende esse trabalho, não entende nosso mercado”, comenta Marcelo. Neste cenário, os ISP’s têm a oportunidade de melhorar sua network com os grandes fabricantes e distribuidores de soluções, que ajudaram a Nowtech se tornar líder no mercado, onde atua oferecendo tecnologia de ponta e alto nível de qualidade aos seus clientes. A participação em congressos de internet na Colômbia, Argentina e no Brasil, além de inúmeras palestras pela Abrint no país, incluindo no Consulado da Coréia do Sul, em São Paulo, palestras gratuitas nas escolas de sua região, permitiram a empresa construir uma grande rede contatos em um cenário amigável e confiável para seus clientes.
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VISÃO DA EMPRESA “Temos um ótimo serviço porque somos especialistas e apaixonados pela internet, está em nosso DNA” comenta Marcelo. “Somos inovadores, organizados, sérios e focados em fazer melhor todos os dias. Valorizamos cada cliente de maneira muito especial, investindo em tecnologias inovadoras como a fibra óptica e o novo Data Center com grande capacidade de crescimento, para que todos tenham uma vida melhor. Não basta ter fibra óptica, é preciso conhecê-la a fundo, além de uma estrutura de Data Center muito maior que ofereça suporte. A falta de todo esse know-how faz com que diversas empresas vendam fibra, porém, sem funcionar corretamente, pois se paga um preço caro por escolhas erradas. Internet não é tudo igual, precisamos ser mais empresários do que técnicos”, finaliza ele referindo-se ao cuidado que se deve ter quando se gosta muito da tecnologia e se esquece a gestão da empresa. INOVAÇÃO Para Marcelo Couto, a inovação é o oxigênio das empresas e não é uma tarefa simples. A Nowtech
buscou soluções inovadoras visitando distribuidores e fábricas na China e no Brasil. Novos parceiros permitiram à empresa instalar em seus clientes a mesma tecnologia que países como Japão, EUA e China têm em suas casas. O investimento de anos da empresa em cursos de capacitação para clientes e funcionários aliados à rede de internet, criou um cenário de produtos úteis às pessoas e empresas, porque trazem benefícios reais que transformam suas vidas para melhor e mais ainda, ajudam a diminuir as distâncias sociais. O reconhecimento veio a nível nacional em revistas, jornais, sites como Pequenas Empresas Grandes Negócios e até prêmios como o Anuário Telesíntese de Inovação, entregue pelas mãos do ex-presidente da Anatel, João Rezende, em São Paulo. Em 2017, a empresa virou pauta para o programa “Rota da Inovação” que vai ao ar em abril de 2017, pela TV Cultura, apresentado por Clodoaldo Araújo, vencedor do 5º Aprendiz, com Roberto Justus. Este reconhecimento é a certeza de que a empresa está contribuindo para a construção de um mundo melhor.
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10 PONTOS IMPORTANTES DAS CAIXAS DE TERMINAÇÃO ÓPTICA As Caixa de Terminação Óptica, conhecidas no Brasil pelo acrônimo CTO, é um dos mais importantes componentes da conectividade óptica passiva para o sucesso no projeto, implantação, operação e manutenção das redes ópticas FTTx/FTTH. Uma escolha errada deste componente motivada, por exemplo, somente pelo menor preço, que sem dúvida representa um menor investimento inicial (CapEx), pode representar um significativo aumento nos custos operacionais e de manutenção (OpEx), que poderão facilmente superar em pouco tempo os benefícios iniciais auferidos. Existe atualmente no mercado nacional e mundial, uma enorme quantidade de fornecedores de CTOs, com diversas configurações, filosofia, desenhos, etc. Com isto, é comum ocorrerem dúvidas por parte das Operadoras/Provedores na hora de decidir pela solução a ser adotada na sua rede de acesso FTTx/ FTTH. A CTO é o ponto da rede de acesso onde ocorre a conexão das fibras ópticas dos cabos Drop às fibras da rede de distribuição. Ela pode ser utilizada tanto na rede externa como interna. Normalmente as CTOs são instaladas durante a execução da rede óptica de alimentação e distribuição, deixando este local pronto para acessar os clientes ao seu redor. O número de acessos possíveis definidos nesta etapa constitui o chamado Home Passed ou HP. È também muito comum se colocar um ou mais divisores ópticos (splitters) na CTO para se aumentar o número de HPs para o mesmo cabo de distribuição. No momento em que ocorre uma solicitação de acesso ao serviço de Banda Larga por algum cliente, a Operadora/Provedor deverá realizar a conexão de um cabo Drop na CTO e levá-lo até o ponto de uso, onde estará localizado o equipamento ativo, no interior da residência, apartamento, empresa, etc. Nes-
te momento da alta do cliente define-se o chamado Home Connected ou HC. O tipo de CTO a ser adotada no projeto da rede é consequencia da filosofia escolhida e a ser implantada pela Operadora/Provedor. Existem atualmente diversas alternativas ou filosofias para se preparar o Home Passed, a qual definirá a forma que ocorrerá o Home Connected. É importante lembrar que para se realizar a alta de um cliente é extremamente importante uma baixa complexidade e facilidade da operação, que resultará em menor tempo de serviço e, consequentemente, menor custo operacional. É neste ponto que entra em jogo a filosofia da rede e as soluções adotadas. Existem basicamente três alternativas possíveis para se emendar a(s) fibra(s) óptica(s) do cabo de distribuição às fibras dos cabos Drop ou à fibra de entrada do splitter óptico, bem como a fibra de cada cabo Drop a uma das fibras de saída do splitter óptico.
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Em relação ao conector óptico, existem duas alternativas de CTO, as que possuem os adaptadores alocados no interior da CTO e as que utilizam adaptadores especiais alocados na parte externa da caixa. Cada uma destas alternativas possui vantagens e desvantagens, conforme veremos mais adiante. A seguir são apresentados dez pontos que considero importantes a serem observados na hora da definição e escolha do tipo e filosofia de CTO a ser adotada. 1. Emendas por Fusão Emendas das fibras ópticas por fusão é uma das melhores formas de se garantir estabilidade e baixíssimas perdas ópticas, tipicamente inferiores a 0,05 dB. Na prática, utilizando-se boas máquinas de fusão, cabos e fibras ópticas de primeira linha e qualidade, é possível ficarem abaixo de 0,01 dB. No ambiente das redes FTTx/FTTH é muito comum adotar-se as emendas por fusão na rede de alimentação e distribuição, para se garantir uma baixa perda óptica no enlace. Entretanto, para a conexão dos cabos drop na CTO, no momento da realização da alta do cliente, as emendas por fusão apresentam algumas desvantagens a serem consideradas. a- Os técnicos da equipe de alta dos clientes devem possuir maior qualificação técnica, exigida para a realização de emendas por fusão com qualidade e rapidez. Normalmente, esta atividade deveria ficar restrita às equipes de implantação da rede de alimentação e distribuição. b- CTOs colocadas em paredes, postes ou cordoalhas, exigem que as emendas por fusão sejam realizadas no alto devido à complexidade, e muitas vezes a impossibilidade pela grande quantidade de cabos drop, de se baixar a CTO para o nível da rua. c- Maior dificuldade para remanejamento da conexão de clientes. d- Maior dificuldade para a manutenção da rede, quando necessária a realização de medições ópticas de potência, continuidade óptica, etc. na CTO.
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2. Emendas com Conector Óptico As emendas de fibras com conectores ópticos apresentam tipicamente perdas ópticas abaixo de 0,5 dB. Na prática, utilizando-se conectores, adaptadores e fibras ópticas de primeira linha, as perdas podem ficar abaixo de 0,3 – 0,2 dB. Apesar de apresentarem perdas superiores às emendas por fusão, as emendas com conectores apresentam vantagens em diversas situações para o ambiente da CTO. a- A equipe de alta do cliente não precisa levar uma máquina de emendas por fusão para campo. b- Os técnicos que realizam a alta dos clientes não necessitam possuir grande qualificação técnica, requerida para emendas por fusão. c- A conexão pode ser realizada com facilidade e rapidez na CTO, tanto nas redes aéreas como subterrâneas, sem necessidade de movimentá-la. d- Facilidade para a realização de medições ópticas de potência, OTDR, etc., bastando apenas desconectar o cabo drop e conectar o cordão óptico do equipamento de medida. 3. A conectorização dos cabos drop A conectorização dos cabos Drop pode ser realizada pelo próprio fabricante, fornecendo os cabos já pré-conectorizados, ou em campo, pelos técnicos da Operador/Provedor, utilizando os conectores de montagem rápida em campo. A conectorização feita em fábrica apresenta normalmente melhores características que a conectorização feita em campo, pois é realizada em um ambiente controlado, com diversos procedimentos e medições da qualidade, apresentando maior estabilidade e durabilidade. Entretanto, o significativo avanço tecnológico que vem ocorrendo com os conectores de montagem em campo, as diferenças de qualidade, desempenho e durabilidade estão se reduzindo drasticamente. Com isto, as vantagens da conectorização em campo, tais como menores perdas de comprimento dos cabos drop, maior flexibilidade logística, menor complexi-
dade na gestão de estoques dos cabos, etc., passam a ser significativas, principalmente no ambiente das redes FTTx/FTTH. 4. Adaptador Óptico Interno e Externo Conforme já comentado, existem duas filosofias de CTO com relação à posição dos adaptadores ópticos na caixa, isto é, interna ou externa. As CTOs nas quais os adaptadores ficam alocados em um painel interno, normalmente utilizam os conectores de padrão internacional, como por exemplo, do tipo SC/ APC. Para a conexão do cabo drop conectorizado, é necessário a abertura da CTO e introdução do cabo com conector no seu interior a alcançar a painel dos adaptadores. Esta filosofia é amplamente utilizada pela maioria dos fabricantes de CTO e apresentam uma grande variedade de alternativas. As CTOs nas quais os adaptadores ficam alocados na parte externa da caixa, normalmente utilizam conectores especiais e proprietários. Esta característica é conseqüência da maior complexidade requerida para o adaptador/conector, pois o mesmo fica exposto ao ambiente externo, onde estão presentes agentes ambientais, tais como umidade, UV, agentes químicos, esforços mecânicos, etc. A grande vantagem destas CTOs é a facilidade e rapidez de conexão, exigindo porem a utilização de cabos Drop pré-conectorizados em fábrica. Está solução é oferecida por alguns fabricantes mundiais e utilizada em vários países, principalmente onde as características da planta externa são mais uniformes.
A relação custo-benefício de cada solução deve ser bem avaliada para cada situação/cenário, de modo a fornecer os elementos corretos para a tomada de decisão na escolha do tipo de CTO.
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5. Quantidade de Cabos Drop por CTO Um tema polêmico nos projetos das redes FTTx/FTTH diz respeito a quantidade de cabos Drop a serem considerados em uma CTO. As quantidades normalmente utilizadas por diversas empresas em diversos países são em multiplos de 8 drops, isto é: 8, 16, 32 drops, seguindo o padrão dos splitters. As CTOs são normalmente oferecidas com a possibilidade de se utilizar até 8 ou até 16 drops. A quantidade de cabos Drop por CTO vai, obviamente, definir a topologia da rede e a quantidade de materiais utilizados e, no final das contas, o investimento total da implantação. Existe uma idéia que quanto maior for o número de cabos Drop por CTO, menor será a quantidade de caixas e, consequentemente, menor será o investimento inicial. Na prática, entretanto, normalmente ocorre o contrário, isto é, verifica-se ser mais vantajoso implantar um número maior de CTOs e ainda assim reduzir o investimento global. Realizando-se uma análise quantitativa, verifica-se que o menor investimento global (CTO + cabos drop) é obtido adotando-se uma CTO com até 8 cabos Drop. Utilizar a CTO com 16 cabos Drop, o investimento total pode aumentar de 10 a 20%. Além desta redução do investimento total, a adoção de no máximo 8 cabos Drop por CTO apresenta ainda outros benefícios, entre eles: • Maior facilidade de instalação e manutenção da CTO. • Menor quantidade de cabos Drop na CTO. • Menor impacto visual, deixando a rede aérea mais limpa e despoluída. • Menor comprimento dos cabos Drop, o que atende as melhores práticas da engenharia de redes. 6. Permitir instalar cabo de distribuição em passagem Na maioria das situações na planta externa, o cabo de distribuição que chega a uma CTO deve continuar seguindo na rede para atender outras CTOs em cascata. Portanto, é fundamental que a CTO permita a instalação do cabo em passagem, isto é, que o cabo entre e saia sem ser cortado. Com isto, pode-se “sangrar” a(s) fibra(s) desejada(s) e as demais continuarem intactas, sem necessidade de realizar emendas por
fusões em todas as fibras. Isto representa economia de tempo e dinheiro. Em algumas aplicações na rede interna, como por exemplo, no interior de um edifício, pode não ser requerida esta funcionalidade. 7. Flexibilidade quanto aos tipos de cabos Drop A CTO com adaptador interno deve possuir flexibilidade quanto ao tipo de cabo Drop a ser utilizado, possuindo as proteções e vedações compatíveis com a escolha. No Brasil os cabos Drop mais utilizados são os cabos Drop Fig 8-Metálico, Drop Flat Externo Metálico e Drop Circular. Os dois primeiros tem sido os mais utilizados atualmente na rede externa.
8. Grau de Proteção Um ponto importante da CTO diz respeito ao seu grau de proteção contra as intempéries e agentes químicos, físicos e biológicos. Esta proteção é importante para preservar a integridade das fibras ópticas, emendas, conectores, splitters, etc. Do ponto de vista da penetração de sólidos e líquidos, a CTO deve possuir um sistema de proteção para atender os requisitos dos padrões internacionais IP (Ingress Protection). Normalmente utilizam-se os padrões IP65 (proteção contra entrada de poeira e jatos de água) e IP67 (proteção contra entrada de poeira e estanqueidade quando submersa em água até um metro de profundidade). O grau IP65 atende ao uso na rede aérea enquanto que para o uso subterrâneo deve atender no mínimo o grau IP67. Com estes graus de proteção, espera-se que a CTO impeça também a entrada de insetos, tais como formigas e cupins, que são particularmente atraídos por ambientes fechados e quentes. Existem relatos de entrada de formigas em caixas de emendas e CTOs, que não possuíam uma vedação adequada ou que não foram montadas e utilizadas corretamente. Nota-se que as formigas, uma vez no interior da caixa, re-
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movem o revestimento de acrilato das fibras expondo o vidro, o qual se fragiliza e resulta em rupturas. Alguns fabricantes já disponibilizam CTOs com proteção IP67 que podem ser utilizadas tanto na rede aérea como subterrânea. Estas caixas normalmente adotam um desenho similar às caixas de emendas que possuem uma base e uma tampa tipo domo removível. Este conceito facilita a obtenção do grau de proteção igual ou superiror a IP67.
bientais que poderá ser submetida e permitem também verificar como será o desempenho do produto ao longo do seu tempo de vida. Obviamente, a certificação Anatel sozinha não garante que o produto tenha condições adequadas as necessidades específicas da Operadora/Provedor. As características funcionais devem estar coerentes com a filosofia e estratégia da implantação da rede adotada.
9. Gerenciamento dos cabos e das fibras A CTO deve possuir facilidade de entrada dos cabos de distribuição e Drop, quer seja para fusão, quer seja pre-conectorizados. Deve garantir as proteções e curvaturas adequadas para não introduzir aumentos de atenuação e deformação mecânica excessiva. É comum o relato de problemas de ruptura de fibras em caixas de emendas e CTO, principalmente devido a não observância dos procedimentos de montagem. É importante também que a CTO possua duas áreas, uma para a realização do Home Passed e outro para o momento do Home Connected. É desejável que a área de conexão e derivação do cabo de alimentação não seja facilmente acessível, de forma a permitir o acesso a área de fusão somente aos técnicos especializados. A alta do cliente poderá ser realizada por técnicos menos qualificados, evitando criar problemas a rede de distribuição.
Conclusão Estudar e conhecer melhor as alternativas existentes, selecionando os fornecedores sérios e comprometidos com a qualidade e desempenho do produto, é uma prática altamente recomendada a todos os técnicos e decisores das Operadoras e Provedores. A escolha acertada da CTO em termos de qualidade, operabilidade, desempenho, confiabilidade, etc., permitirá obter o melhor resultado do projeto da rede FTTx/FTTH, uma redução do custo operacional, um menor tempo de retorno do investimento e a certeza de uma decisão a prova de futuro.
10. Certificação Anatel Por último, mas não menos importante, chamo à atenção para a certificação Anatel das CTOs. A certificação Anatel, obtida através da realização de todos os ensaios estabelecido em seus Requisitos Técnicos Categoria III, é uma comprovação que a CTO foi submetida a uma ampla gama de ensaios ópticos, físicos, químicos e mecânicos e apresentou conformidade. Estes ensaios a qualifica para um adequado desempenho em campo, frente as mais variadas condições e intempéries am-
Marco Antonio Scocco possui mais de 30 anos de experiência no segmento de cabos e sistemas para telecomunicações, trabalhou para empresas multinacionais no Brasil, Itália e Inglaterra. Participou pioneiramente do desenvolvimento e implantação das fibras e cabos ópticos no Brasil desde o início da década de 80. Atualmente atua como Consultor para o Planejamento e Desenvolvimento de Novos Negócios, Desenvolvimento de Mercado, Suporte Técnico a Vendas e Treinamentos. É graduado em Física pelo Instituto de Física da USP, com Mestrado em Engenharia de Sistemas Eletrônicos pela Escola Politécnica da USP e Intensivo em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. É o Fundador e Editor do CCT Photton.
O Centro de Competencias Tecnológicas Photton nasceu com o principal objetivo de agregar valor aos Profissionais e Empresas das áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação, das Telecomunicações e Tecnologias Ópticas na forma de Inteligência Competitiva e Tecnológica. www.photton.com.br
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SISTEMAS A SEREM IMPLANTADOS UTILIZANDO AS FREQUÊNCIAS ADQUIRIDAS NO LEILÃO DA ANATEL As faixas de frequências apresentadas no quadro abaixo foram licitadas pela ANATEL para serem utilizadas por provedores de internet nas localidades liberadas. Porém, algumas informações precisam ser esclarecidas e comparadas.
Como podemos ver pelo quadro acima temos algumas informações a esclarecer e comparar. O serviço prestado pelas operadoras de telefonia celular se utiliza da tecnologia FDD, ou seja, temos simultaneamente uma frequência de subida e outra de descida ativadas durante as comunicações ou troca de dados, o serviço outorgado pela ANATEL chamado de SMP permite a mobilidade por parte dos usuários. Na quarta geração de evolução tecnológica dos serviços, estamos no LTE (Long Term Evolution). Os provedores de internet com licença SCM não se utilizam da mobilidade, estão fixos. A ANATEL destinou faixas de frequência para serem usadas com o método TDD, que nada mais é do que utilizar a mesma frequência para transmitir e receber informações chaveadas no tempo. Esta tecnologia além de ser mais barata em termos de equipamentos (por se utilizar de um único dispositivo de RX e TX e não dois, como acontece no FDD) apresenta outras vantagens preciosas e sistêmicas para o serviço SCM. A tecnologia que utilizaremos também pode ser a LTE só que adaptada ao esquema TDD. Outro ponto interessante é a largura de banda (BW) de cada faixa (5 Mhz, 15 Mhz e 35 Mhz). Cada BW permite uma taxa máxima de dados, sendo a menor taxa de 5 Mhz (F e G) e a maior taxa de 35 Mhz (I). Mas, em que isto nos afeta? Quanto maior for a
taxa, mais clientes poderão ser atendidos pela estação (E-NODEB). No entanto, é implícito que o Circuito de dados que alimenta o sistema tenha que suportar a taxa também, por exemplo, uma E-NODEB pode fornecer uma taxa máxima de 100 Mbps, contudo, tem que ter chegando a ela um circuito com uma taxa de pelo menos 100Mbps para prover de maneira Wireless a mesma taxa, além disto, esta taxa é dividida pelos diversos usuários, seguindo quase o mesmo modelo hoje praticado para os acessos de rádio e de fibra na utilização do circuito alugado da concessionária. O Fator de multiplicação que define o quantitativo de clientes a ser comercializado é calculado quase da mesma forma também. O sistema a ser projetado possui: • Rede de acesso - Constituída pelo equipamento do cliente (user equipamento) e a estação (E-NODEB). • Core de Rede - São os elementos que controlam a rede como um todo e fazem sua interface com o mundo externo e o controle da rede por parte do próprio provedor. • Rede de transporte - É a rede que interliga os equipamentos ao core e o core ao mundo. • Rede de sincronismo - Dependendo do tamanho do projeto temos a necessidade de uma rede de sincronismo para propiciar o funcionamento adequado ao TDD. • Sistema OSS - Sistema de supervisão e operação de todo o sistema, ele propicia o monitoramento, resolução de falhas, comissionamento de clientes, configurações da rede, etc. Em termos de custo, o core normalmente é o mais caro de todos os sistemas. Devido a peculiaridade dos projetos, seria interessante considerar que
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pequenos provedores se unam para utilizar de um mesmo core de rede e rateiem seus custos de operação e manutenção. Na figura abaixo é apresentado uma visão geral do sistema fornecido pelo CPQD em uma apresentação pública, o EPC equivale ao Core e o EPS ao Acesso.
Está pensando em iniciar os estudos para o projeto, então sugiro que siga os passos descritos a seguir, vale ressaltar que estas considerações são baseadas única e exclusivamente em experiência de anos de trabalho na área de sistemas Wireless e não tem o intuito de ser o fim, também não temos convênio ou acordo de nenhuma espécie com fornecedores de sistemas e equipamentos. 1. Pré-projeto - Efetuar um projeto básico inicial enfatizando na cobertura e no quantitativo dos clientes que se pretende atingir. Plotar aproximadamente o local onde os mesmos estarão localizados. 2. Identificar fornecedores - Identificar possíveis fornecedores dos equipamentos. 3. RFI - Lançar uma requisição de informações (RFI) com o pré-projeto e enviar para os fornecedores. Neste ponto é interessante que o maior número de ISP’s possíveis lancem uma única RFP em conjunto. 4. Análise das RFI’s - Análise das propostas recebidas dos fornecedores e a equalização das mesmas. 5. Definição de proposta - Definir a proposta conjunta de fornecimento de serviços e equipamentos, bem como a estratégia de contratar diretamente, para alguns trabalhos, pequenos fornecedores de serviços e equipamentos e elaborar estrutura do projeto no MS-PROJECT ou software similar. 6. RFP - Lançar uma requisição de propostas com o projeto definido para cotação de todos os fornecedores possíveis. 7. Análise das propostas – Receber as propostas e analisar, bem como negociar valores. 8. E por fim contratar o projeto.
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Segue abaixo alguns dados coletados sobre o leilão:
As implantações destes sistemas requerem uma série de peculiaridades e devem ser bem planejadas, assim como, a operação e a manutenção devem ter seu foco em treinamento e sobressalentes de maneira efetiva. Este projeto pode ser muito efetivo e econômico se feito por diversos provedores ao mesmo tempo e os serviços como montagem, se bem gerenciados, podem ser contratados diretamente, evitando assim, os custos do fornecedor de serviço. Outro ponto peculiar é a questão de torres ou estruturas verticais, é muito importante se atentar para o carregamento das mesmas evitando possíveis danos futuros aos circundantes da estrutura. Não menos importante, temos que licenciar cada nova estrutura nos órgãos municipais. Claudio Oliveira Lopes é Engenheiro em telecomunicações com mais de 22 anos de experiencia em sistemas de telefonia celular, atuando tanto em projeto, implantação e Operação e manutenção de redes de acesso, transporte e core de rede. Passou por diversas empresas como TELEPAR CELULAR, CTBC CELULAR, ENGESET, SCALAR e OI.”
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INDICADORES DE DESEMPENHO / BUSINESS INTELLIGENCE
Não se gerencia o que não se mede... Não se mede o que não se define... Não se define o que não se conhece... Não há sucesso no que não se gerencia. W. Edwards Deming (célebre consultor americano) Não há sucesso no que não se gerencia. Se você não acompanha os números da sua empresa, é provável que o sucesso esteja um pouco mais distante de você do que daquele que tem a empresa na palma da mão. De posse de números confiáveis, estatísticos e temporais, a sua capacidade de tomar ação dentro da sua empresa se torna muito mais fácil e realista. Não se define o que não se conhece. Conhecimento é a base de tudo. E aqui talvez seja o principal
ponto de falha dos provedores de internet. Conhece-se bastante da parte técnica e muito pouco dos números relevantes para a gestão da empresa. Você já se perguntou, qual é o meu lucro? Qual a taxa de retorno do meu investimento? Está realmente compensando investir neste segmento? Capex ou Opex, qual a melhor alternativa para a minha empresa? Creio que muitas vezes, você mesmo tenha ficado sem resposta alguma. Até hoje, em alguns anos de consultoria, foram poucas as empresas que cheguei e que tinha algum número relacionado a gestão. Como não se conhece esses números, fica extremamente difícil dimensionar e estabelecer metas e objetivos para a empresa. Não se mede o que não se define. Se eu não conheço, não posso definir. Se não tenho definido o
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que eu preciso medir, como posso estabelecer alguma meta? Como vou traçar objetivos para alcançar estas metas? O melhor dos mundos seria conseguir implantar dentro de nossas empresas um sistema de inteligência de negócio, mais conhecido como BI (Business Intelligence). Mas o que é BI? BI é o processo de transformar dados em informação através da descoberta de transformar informação em conhecimento. Motivos para se querer um aplicativo com Business Intelligence: • Melhoria contínua do negócio; • Decisões de negócio mais precisas e mais ágeis; • Pró-atividade; • Responder a perguntas como: “para onde vamos? ” • Integrar e compartilhar as informações para melhorar a qualidade e produtividade dos serviços prestados ou produtos ofertados. Sistemas tradicionais chamam de B.I. os geradores de relatórios ou dashboards estáticos e momentâneos. Não podemos nos esquecer que B.I. é temporal e justamente isso faz dele uma ferramenta com informações tão assertivas e confiáveis. Os dashboards momentâneos não dão suporte real a tomada de decisão ágil. Com B.I. é possível: • Entender os indicadores chave de performance do negócio; • Identificar tendências e problemas; • Identificar comportamentos que precisam ser previstos; No mercado de telecom temos diversos indicadores estratégicos que podem significar uma grande diferença para o provedor: • Crescimento real ao longo do tempo; • Taxa de rejeição por região, por plano, por tecnologia; • Margem de lucro por plano; • Tempo médio de atendimento; • Tempo de indisponibilidade por região, por
plano, por tecnologia; • Taxa de conversão em campanhas de marketing; • Taxa de conversão em campanhas de cobrança; • Taxa de produtividade por equipe; • Taxa de consumo de gasolina por equipe; • Taxa de penetração de planos, por bairros, por região; • Taxa da inadimplência por bairro, por região. Enfim, são tantas as variáveis que são possíveis seus cruzamentos, e através destas conseguimos conhecer e gerenciar melhor a nossa empresa. Principais diferenças entre aplicativos tradicionais e aplicativos de B.I.:
Mas vá com calma. É interessante e importante pensar neste assunto, pois somente assim você conseguirá crescer com sua empresa. Mas um sistema de BI não é algo simples e nem tão fácil de se implementar. Busque no mercado profissionais que realmente tenham know-how no assunto para você poder trazer para dentro da sua empresa. Pois, se não for um projeto bem pensado e bem elaborado, ao invés de ser uma solução, será mais um problema que você terá que gerenciar daqui a alguns meses. André Ribeiro é Engenheiro de Telecomunicações e atua como Consultor a 8 anos no mercado de Provedores de Internet. Sua atuação é focada na Gestão, Estratégia e Modelamento de Negócios de provimento de internet e redes de telecom.
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NÃO É FIBRA, MUITO MENOS WIRELESS,
RELACIONAMENTO É O DIFERENCIAL PARA OS PRÓXIMOS ANOS
A evolução que vem acontecendo nos últimos anos no segmento de Provedores de Internet, tem aberto novas possibilidades e oportunidades, não apenas para o mercado com o avanço da internet banda larga em lugares onde as grandes operadoras ainda não chegam, mas também para o avanço tecnológico devido ao crescimento e demanda. Com isso costumamos nos basear ainda nos resultados e no gerenciamento das grandes operadoras e isso influencia no atendimento, na área técnica, processos, na área comercial, mas quando chega na área de Marketing não flui como deveria, pois ainda temos a visão do Marketing Tradicional que as grandes operadoras utilizam no dia a dia. E a “desculpa” é: Não conseguimos concorrer com as grandes operadoras, elas tem muito investimento na área de Marketing, estão na TV, nos Jornais, nos Outdoors e impressa nos panfletos utilizados pelo time de vendas. Na 6º edição da Revista ISPMAIS falamos que o mercado já não é o mesmo, muita coisa já mudou inclusive os hábitos do consumidor e como se relacionar com ele. Quando eu pergunto para quem o Provedor vai vender o seu serviço ou qual o público alvo, a grande maioria só sabe dizer que é cliente empresarial e cliente residencial. Compreender o
comprador é fundamental para o desenvolvimento de produtos, mas também para produção de conteúdo que orientará a entrada de novos clientes e o relacionamento com a base de clientes já existente. Para iniciar um estudo básico aqui precisamos entender conceito e a diferença de público alvo e persona para não confundir. Qual é a diferença de público-alvo e persona? Na definição do público-alvo da sua empresa, você deve considerar as características demográficas e socioeconômicas dessa parcela da população, bem como seus comportamentos e hábitos de consumo. Veja este exemplo prático, imagine que você esteja fazendo um estudo na região que pretende vender internet, seu público-alvo seria composto de homens, com a faixa etária de idade entre 18 e 50 anos, moradores do Rio de Janeiro, com faixa salarial entre 1 e 5 salários-mínimos que utilizam internet para acessar redes sociais. A definição de público-alvo serve para que você identifique um nicho de mercado e desenvolva produtos e serviços adequados para esse nicho, a fim de aumentar as vendas. Ela representa a preparação que você precisa para ingressar em determinado mer-
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cado. Mas afinal, o que é Persona? Persona é uma representação do seu cliente ideal, de modo que a partir de uma rápida análise você possa identificar características comuns entre os seus potenciais clientes e assim personalizar sua comunicação com eles. Por menor que seja a operação, existe uma base de clientes e esse será o ponta pé inicial para as investigações, uma dica muito boa é focar não só apenas nos clientes satisfeitos, mas focar também nos clientes insatisfeitos, orientando-se pelos os feedbacks que vão servir de orientação, para saber quais os desafios que os clientes enfrentam ao adquirir o seu produto. Definir as personas do seu provedor requer um trabalho mais detalhado de pesquisas para que você entenda não só os dados demográficos e socioeconômicos, mas também as características subjetivas dos seus clientes, como por exemplo as dificuldades que enfrenta no dia a dia, seus sonhos e desejos, como se relaciona com a família, amigos e colegas de trabalho, etc. Voltando para o nosso exemplo do homem
que reside no Rio de Janeiro e gosta de acessar redes sociais, devemos imaginar que existem pessoas que acessam a internet para passar o tempo, mas também existem muitas pessoas que não sabem que as mídias digitais podem alavancar os seus negócios ou que ela possa começar um negócio da sua residência, mesmo vendendo bijuterias, através de uma loja online. Precisamos ter uma abordagem mais personalizada com nossos prospectos (oportunidades), para assim, poder atrair e conquistar a atenção necessária para que esses possam virar clientes fidelizados, além do mais, o atendimento passa ser mais humanizado, você deixa de tratar o cliente por “cliente” e começa a tratar por Maria, José, Antônio, criando conexão emocional que vai além de vender o acesso à internet ou uma simples transação comercial.
Thiago Buenaño, Empreendedor na área de Telecomunicações, Técnico em Telecomunicações pela Fucapi, Sócio Diretor na empresa Projeta Telecom, Gerente de Projetos na empresa Nova Soluções em Tecnologia. Possui conhecimentos nas áreas técnicas e Marketing para Provedores Regionais.
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INFRAESTRUTURA APLICADA ÀS TELECOMUNICAÇÕES
Você sabia que de acordo com os dados cerca de 60% a 70% dos problemas de rede de telecomunicações resultam da infraestrutura física? Sim, é verdade! A infraestrutura é, muitas vezes, negligenciada por projetistas e instaladores. Esta parte da solução é tão importante quanto os equipamentos e softwares, na verdade, uma solução completa depende de cada item de qualquer sistema, uma depende da outra! Quando falamos em infraestrutura física estamos nos referindo a: • Salas ou ambientes técnicos; • Posteamentos; • Redes de dutos; • Bandejamentos e tubulações diversas; • Todos os tipos de caminhos que conduzem cabos de comunicação ou energia.
Os ambientes internos, como as salas de telecomunicações ou de equipamentos e data centers, ganham notoriedade quando têm a sua importância entendida e apoiada pelos responsáveis sendo bem projetadas, o que resulta em uma instalação limpa, organizada, bem dimensionada, que se preocupada com a manutenção, sustentabilidade, eficiência energética, garantia de um ambiente que permita o bom funcionamento dos equipamentos lá instalados e tendo a sua concepção baseada em normas. Para estes espaços podemos listar algumas disciplinas que devem ser observadas ao serem projetadas e, que por consequência, devem ter atenção técnica específica: • Sistema de controle de acesso; • Sistema de monitoramento; • Sistema de detecção, alarme e combate a in-
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cêndio; • Sistema de ar condicionado; • Sistema elétrico; • Sistema de aterramento; • Iluminação; • Infraestrutura de cabos; • Racks; • Piso elevado e/ou forro; • Espaço físico; • Sistema de backbone; • Distribuidor de pavimento para o cabeamento horizontal; • Aspectos de limpeza, infiltrações e inconformidades em geral. Quantos de nós já vimos salas como estas abaixo (ou piores)?
Figura 1
Figura 2
Figura 5
Figura 4
Figura 1 – Sala sem organização, cheia de entulhos e com sistema de combate a incêndio do tipo Sprinkler (não recomendado para estes ambientes). Figura 2 – Racks sem espaço adequado e com aparelho de ar condicionado instalado exatamente acima dos mesmos. Figura 3 – Registro de vazamento de água na sala em função da condensação do ar condicionado. Figura 4 – Desorganização completa atrás do rack. Figura 5 – Evidências de água em cima de equipamento dentro de rack. Tanto nos ambientes internos quanto nos ambientes externos, garantir que cabos sejam bem acomodados ou instalados é fundamental. No ambiente externo os cabos ficam expostos a chuva, vento, poeira, calor, vegetação, animais, vândalos, acidentes, etc., fazendo com que estas instalações sejam críticas. E o que tem a ver a rede externa com a interna? Tudo! Qualquer contratação de serviço passa pela rede outdoor via postes ou em instalações subterrâneas. É neste momento que os problemas começam a surgir, vejamos alguns exemplos: POSTES
Figura 3
É comum vermos postes sobrecarregados com cabos de diversas empresas e até mesmos com cabos de serviços clandestinos ou/e inoperantes que seus proprietários não recolhem. Isso faz com que a carga de tração no posteamento se altere provocando o desequilíbrio das forças onde postes e cabos muitas vezes são afetados. O impacto visual que estes cabos trazem para o meio urbano é crítico e já passa por discussões e ações entre órgãos municipais e concessionárias (vide minhas matérias das duas últimas edições da ISPMAIS a respeito deste assunto).
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manutenção, passagem e derivação igualmente lotadas de cabos de disciplinas variadas de diferentes empresas e, muitas das vezes, inundadas de água já que os drenos não atuam como esperado. Não raro, encontramos caixas cheias de terra e tubulações sem vedação facilitando a entrada de detritos e animais. Também não encontramos cabos corretamente dimensionados como blindagem contra ruídos ou contra ação de roedores. Figura 6
Figura 9 Figura 7
Figura 10 Figura 8
Figura 6 – Cabos entre a vegetação densa. Figura 7 – Após falta de sustentação do cabo entre postes em função do excesso de vegetação, o “recurso técnico”. Figura 8 – Excesso de cabos no poste com diversos circuitos e “reservas técnicas”. INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS Redes de dutos abarrotadas de cabos onde não há mais espaço para nenhum circuito. Caixas de
Figura 11
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Figura 9 – Caixa subterrânea com excesso de cabos (“reserva técnica”). Figura 10 – Dimensionamento inadequado para acomodação da caixa de derivação. Figura 11 – Caixa com água e cabos submersos. BANDEJAMENTOS E TUBULAÇÕES Nas instalações internas, devemos nos preocupar com os bandejamentos, tubulações e dutos de todos os tipos sejam estes sob pisos elevados, sejam rebaixados, acima de forros ou aparentes. Muitos não dão à devida atenção a este aspecto, trazendo ao longo do tempo, situações que podem facilmente provocar problemas sérios numa rede como a interrupção da comunicação. Cabos passam a “sobreviver” sobre outros cabos (dados misturados com elétrica, por exemplo); sobre tubulações; sobre restos de obra, caixas, bobinas, tomadas de força, tubulações. O ambiente chega a ser impenetrável dificultando ou impossibilitando manutenções, o que gera novas instalações e consequentemente, prejuízos que poderiam ser evitados com gestão e organização.
O assunto é vasto e requer muita dedicação dos projetistas e instaladores. As empresas que demandam estes serviços como os ISP´s, data centers e empresas de todos os tipos de negócio precisam participar desta responsabilidade. Desta forma, permitirá que a infraestrutura faça o seu papel que é garantir a integridade dos sistemas com seus hardwares e softwares traduzindo em resultados que as empresas tanto desejam e precisam.
Figura 12
Figura 13
Figura 12 – Cabos sob piso elevado onde bandejamento e tubulações nem aparecem devido ao volume de cabos. Figura 13 – Cabos e tubulações sobre bandejamento.
Reinaldo Vignoli é Engenheiro Eletricista, formado pela PUC/MG, possui MBA em Gerenciamento de Projetos, especialista em Projetos de Infraestrutura Física de Redes e Professor Universitário. Vignoli também atua como consultor e projetista, ministra treinamentos técnicos de cabeamento estruturado e redes ópticas e é colaborador da norma de cabeamento ABNT NBR 14565:2013, além de produtor de conteúdo sobre cabeamento em mídias sociais. Site: www.rvconsultoria.com.br
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EXCELÊNCIA NA GESTÃO DAS EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES PARTE 4: “A PROCURA PELAS FERRAMENTAS CORRETAS”
Prezado Leitor, Saudações! Conforme vêm acompanhando estas 3 últimas edições da revista, compartilho com você, caro leitor, um pouco das minhas experiências e estudos que venho adquirindo ao longo de minha vida profissional. Para esta edição, abordaremos mais um tópico que é de suma importância: “A Procura pelas Ferramentas Corretas” (Software e Hardware, Ativos de Rede, Topologias e Protocolos). Acredito que todos tenham a consciência da importância de se trabalhar com as ferramentas adequadas, cada qual de acordo com seu modelo de negócios, tanto em componentes de software, como nos ativos de rede. Existem componentes de software que podem ser úteis no momento em que você está iniciando seu negócio. Neste ponto, vale ressaltar a importância do Planejamento Estratégico: definição
de metas e objetivos, estratégias e plano de ação. Quando se trata de controle, modelos de negócios e planejamento, eles acabam sendo um controle de clientes (CRM) e gerador de faturamento (Billing). Procure componentes de software que tenham também orientação a ERP, que possam entregar maior quantidade de informações financeiras, afinal de contas, a sua empresa existe para gerar recursos financeiros. Frequentemente participo de workshops, cursos, palestras, chats e também grupos de conversas com alguns consultores e profissionais da área e muito se fala da quantidade de empresários que controlam seus recursos financeiros simplesmente através do seu extrato bancário, se “tem saldo ou não na conta”. Não que esteja errado, mas existem muito mais controles, que podem ser de extrema eficiência para se obter uma visão macro do seu negócio e que
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fazem toda a diferença para as tomadas de decisões. Sabe-se também que quanto mais esses recursos forem flexíveis (humanos), maiores serão as chances de erro (intencionais ou não). É importante que estas informações fiquem armazenadas em local que não se permitam simples alterações, sem log, sem detalhes. O melhor amigo da sua empresa tem que ser o seu sistema de gestão, 100% confiável. O que quero dizer é que a empresa que investe em ferramentas adequadas a sua gestão, oferece melhores condições de trabalho aos seus colaboradores, o que reflete em:
Sabemos também que o segmento das telecomunicações vem expandindo significativamente, por conta disso, na compra de equipamentos, para se ter a condição de uma administração eficiente é fundamental analisar se os mesmos permitem uma expansão sem complexidades, além de certificar-se se tecnicamente lhe convém e se está dentro de seu orçamento.
Mais qualidade de mão de obra, satisfação e ambiente prazeroso de trabalho, e tudo isso gera resultados positivos para todos. Se desejamos ter uma empresa sustentável em todos os aspectos, os processos e ferramentas bem implementados podem ajudar muito nesse sentido.
Para falar sobre esse assunto farei uma reflexão metafórica: a vida de uma “pessoa jurídica” tem fases similares à vida de uma pessoa física, ou seja, em ambas situações passamos por diferentes etapas de amadurecimento: a “infância”, a “adolescência” e a “vida adulta”. Na “infância”, usamos as ferramentas que temos à mão, ou o que podemos adquirir, e toda con-
1) A importância das Ferramentas Corretas (Software):
REDES ÓPTICAS DE ACESSO EM TELECOMUNICAÇÕES
Uma referência no mercado de rede de telecomunicações
Autor José Maurício dos Santos Pinheiro
Disponível em todas livrarias do Brasil
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quista é uma grande conquista. É realmente um momento importante, pois é o nascimento de um empreendimento, o início de tudo, a base do negócio. Na “adolescência”, já vislumbramos ferramentas melhores, sabemos que existem muitas opções interessantes, pois já somos um pouco mais conhecedores do mercado. É quando desperta o desejo de alcançar a “Excelência em Gestão”. Na vida “adulta”, com toda essa “bagagem” nas mãos, não nos permitimos errar, buscamos traçar o caminho certo para alcançar nossos objetivos, com as melhores tomadas de decisões possíveis. Existem muitas ferramentas disponíveis no mercado, algumas oferecem recursos mínimos, como cadastro de clientes, suspensão de clientes, cancelamentos e billing simples de mensalidades. De início essas soluções geralmente atendem, mas na medida em que a empresa cresce, é necessário que se implemente outros modelos de negócios, novas regras mais complexas, controles cruzados e é muito importante frisar que sistemas considerados “abertos” podem não ser confiáveis. Segue uma lista que sugiro levar em conta ao adquirir um Software de Gestão: a) Regras bem definidas em banco de dados, que permitem aos vendedores ofertarem e implantarem planos com várias modalidades (pós, pré, com franquia, sem franquia, com telefone, TV, cobrança de adicionais, etc.); b) Permissão para gerar cobrança discriminada por tipo de
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serviço (e modelo de Nota Fiscal) e vinculando cada tipo de serviço a um CNPJ diferente; c)
Plano de cliente completo e integrado;
d) Atendimento a todos os exercícios de gestão contábil e financeira que a nossa legislação de Telecom permita: SVA/SCM/STFC/SEAC; e) Escalabilidade com o seu software. Verificar se é possível instalar mais servidores para ajudar nos serviços que o servidor do software executa, assim como tarefas programadas, ou envio de e- mails, ou atendimento ao cliente final na central do assinante. Obs.: A escalabilidade de um sistema é muito importante, se hoje o sistema trava com 5 assinantes, imagine o que poderá ocorrer quando tiver 20 mil ou 30 mil; f) Módulo Financeiro: “previsionamento”, controle das vendas e ativos de rede, (planilhas manuais são muito flexíveis e podem gerar muitas falhas humanas). Importante frisar que o envolvimento da gestão da empresa na implantação de todos os módulos existentes na sua ferramenta de gestão é fundamental. 2) A importância das Ferramentas Corretas (Hardware, Ativos de Rede, Topologias e Protocolos): Neste tópico temos que ter a mesma linha de raciocínio para “Software”. O que usamos na infância e no início da adolescência, não podemos usar na vida adulta da nossa empresa. Existem tecnologias e marcas que não nos permitem ser escaláveis, que não existe uma versão maior que nos permita atender maior quantidade de clientes usando a mesma tecnologia. Fique atento! Fuja das soluções mágicas, elas não existem, com o tempo podem travar, bloquear a rede e criar mais problemas do que soluções. Por outro lado, temos empresas e marcas sérias atuando no mercado, tanto com tecnologia, hardware, como em consultoria que fornecerão uma solução na medida certa para dar o salto qualitativo na sua rede, fazendo dos seus serviços referência na sua região, sem precisar “reinventar a roda” ou ficar dependente de
configurações mágicas que não ficam em pé por mais de 10 dias contínuos. Existem limitações técnicas de protocolos e de hardware que limitam o atendimento de clientes. É por esse motivo que existem equipamentos que atendem sem “gargalo”, 500 clientes e que custa X, e equipamentos que atendem 5 mil assinantes, que custam 10 vezes mais o valor de X. A matemática é bem simples e fácil de entender, o equipamento de 500 assinantes não foi feito para atender 5 mil. Não existe mágica na tecnologia. Realize um estudo de mercado minucioso e criterioso, levando em conta a amplitude das ferramentas, dos componentes de software e ativos de rede que vai utilizar ao longo da evolução da sua empresa. Analise o custo benefício dos seus investimentos, consulte provedores que são referência em sua região. Acima de tudo, valorize empresas certificadas, este diferencial sugere “COMPROMETIMENTO”. Investir nas ferramentas corretas resulta em crescimento sólido e com certeza será diferencial na qualidade de serviços prestados, você sentirá a diferença no seu dia a dia. Bem, caro leitor, sabemos que empreender não é tão simples. O importante é saber que com as ferramentas corretas, pode se tornar uma missão muito mais fácil. Finalizando esta edição, deixo uma frase de Dan Brown, para reflexão: “O conhecimento é uma ferramenta, e como todas as ferramentas, o seu impacto está nas mãos de quem o usa.” Um abraço a você leitor da revista ISPMAIS, é sempre um prazer dividir alguns conhecimentos. Até a próxima edição, onde abordaremos o tema nº 4 – “ O Crescimento de Forma Organizada “ Até mais!
Ignacio Daniel Arias é natural de Córdoba, Argentina, onde também obteve formação em Sistemas de Informação. Teve participação em empreendimentos nas áreas de informática, TI, comunicação e marketing, todos eles no Brasil. Experiência de 10 anos em Software e Administração de Empresas na Argentina. (2004 – 2016) CEO da EliteSoft – Empresa de Desenvolvimento de Software e Consultoria para Empresas de Telecomunicações (Fundador e Sócio Proprietário).
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A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE TI PODERÁ SAIR EM BREVE!
A Regulamentação da Profissão de TI poderá sair em breve! Se você trabalha na área de TI com certeza será afetado por essa nova lei. Talvez você não saiba, mas a Profissão de TI não é regulamentada no Brasil apesar de ser popular, e através de uma iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo, essa lei poderá Regulamentar a Profissão de Informática (TI). O Presidente Antônio Fernandes, do órgão (Sindpd-SP), enviou uma carta para o Presidente Michel Temer com as reivindicações do setor de TI. No encontro com o Presidente foi firmado o acordo que o projeto de Lei da Regulamentação da Profissão de TI será enviada para debate no Congresso Nacional. Eu como Profissional de TI há mais de 10 anos, tenho a opinião de que essa Lei de Regulamentação da Profissão de Informática (TI), aprovada ou não, mostra que a área de TI pede mudanças urgen-
tes. Acredito que já passou da hora do Profissional de TI ser realmente valorizado. Regulamentação da Profissão de TI – Benefícios A Regulamentação da Profissão de TI em tese garante mais direitos para os Profissionais de TI e para as empresas, pois somente os Profissionais registrados poderiam trabalhar no setor. Um exemplo clássico que muitos Profissionais de TI já sentiram na pele seria o seguinte: “Uma empresa solicita um orçamento de uma rede. Você com todo o seu conhecimento e formação vai até o local, analisa a infraestrutura de TI e entrega o orçamento para o empresário no valor de R$ 3.000,00. O empresário analisa e diz que fará outros orçamentos. Passa algum tempo e o empresário não te liga, e depois você descobre que o filho do amigo do empresário, curioso na área de TI fez um orçamen-
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to da mesma rede por R$ 300,00”. Existem médicos, advogados, engenheiros e contadores que no mínimo são especializados ao exercerem suas profissões, com direitos, pisos etc! E o Profissional de TI, tem o quê? Posso dizer? Várias exigências e qualificações sem nenhum controle. Com certeza muitos serão contra à Regulamentação da Profissão de Informática (TI), por não terem formação superior ou qualquer Certificação em TI, como MCSA, CCNA, ITIL, e que se auto intitulam Profissionais de TI por dominarem uma ou outra ferramenta. Aí eu te pergunto: A Profissão de TI precisa ser Regulamentada ou não? Se você responder que não, você teria alguma outra solução para realmente o Profissional de TI ser beneficiado na área, com um salário digno e com uma credencial que comprova sua capacidade e uma autorização para exercer a Profissão?
Eu acredito que esta lei seria uma evolução na área de TI, pois além de valorizar o profissional, irá permitir que somente pessoas com alguma formação possam exercer a profissão, tal como os Engenheiros, Advogados, Químicos, e por que não a TI? E você Profissional de TI, o que achou da ideia da Regulamentação da Profissão? Marco Andrade, Profissional TI há mais de 10 anos formado em Gestão da Tecnologia da Informação, Certificado Microsoft, ITIL e ISO 27002. Atualmente possui um blog que trata assuntos sobre Tecnologia da Informação, com foco em Certificação Profissional e um canal no Youtube com Cursos para Profissionais de TI. Seu maior objetivo é capacitar e guiar principalmente os Profissionais de TI iniciantes, de modo que possam ser Certificados pelas maiores empresas de Tecnologia do mundo como Microsoft e Cisco, alcançando assim o sucesso Profissional. Blog- http://www.marcoandrade.com.br
A cada edição desta revista, você conhece mais sobre um produto da Overtek. Nesta edição, saiba mais sobre:
ONU / ONT OT-4020VW
CONHECENDO O PRODUTO
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A ONU MULTIFUNCIONAL QUE TRAZ AO SEU PROVEDOR ECONOMIA DE TEMPO E DINHEIRO Todo Provedor de Internet tem o conhecimento que para permanecer competitivo no mercado de tecnologia, cedo ou tarde, irá necessitar das vantagens de possuir uma rede por fibra óptica. Uma rede óptica, além de muito mais segura e eficaz que uma rede UTP, é o melhor investimento em termos de custo-benefício à longo prazo. Quem possui um provedor de internet e já se aventurou em converter sua rede UTP para rede óptica, sabe bem que no início são gastos horas de estudos para que a rede chegue até a casa do cliente com um bom sinal, sem desperdiçar dinheiro, o que na verdade é bem difícil. Os aparelhos usados na conversão da antiga para a nova rede não eram nada baratos e exigiam um grande cuidado na instalação. Mas graças ao avanço da tecnologia, hoje em dia realizar a ativação de um cliente é muito mais rápido e também muito mais prático. Como exemplo, antigamente, uma ONU não possuía as funções que possui hoje, eram necessários dois ou mais equipamentos para atender um cliente com um cenário específico. A marca Overtek possui uma ONU que conta com algumas funções muito interessantes. O modelo dessa ONU é a OT-4020VW, este equipamento é muito versátil, pois além de possuir as funções de uma ONU, possui também as funções de um roteador, unificando os dois aparelhos, simplificando a instalação na casa do cliente. A ONU possui duas portas FXS, permitindo ao provedor entregar serviço de telefonia para o cliente. Ela também possui quatro portas LAN e uma porta PON, por meio da qual recebe o sinal de luz e a conexão WAN. Outro ponto interessante deste equipamento, é a capacidade de configurar mais de quatro conexões simultâneas. Esta é uma vantagem que permite
colocar quatro conexões diferentes em cada porta LAN e ainda fazer o mesmo nos sinais Wi-Fi, sendo possível ser configurado até quatro SSIDs diferentes. Outra função desta ONU da Overtek que merece ser destacada é o provisionamento. Esta função faz com que a ONU busque em um servidor os backups de configuração da ONU, tornando o serviço autônomo e completo, além de mais prático. Assim você economiza tempo, já que o técnico não precisa ir até a casa do cliente. O provedor VisãoNet, do interior do Paraná, utiliza este provisionamento em todos seus clientes e esta função tem facilitado o processo de configuração. Além de todas as vantagens já citadas acima, o modelo OT-4020VW ainda oferece segurança com as funções de QoS, Firewall e NAT sendo possível alterar a porta de acesso do equipamento e ainda definir por qual interface o equipamento poderá ser acessado, tudo isso pensando na segurança de seus equipamentos e também no seu provedor. Eu recomendo a ONU, modelo OT-4020VW da Overtek para você provedor de internet que tem como objetivo oferecer um serviço completo com cobertura Wi-Fi para seu cliente, pois é um equipamento de qualidade, com performance de processamento excelente e não costuma apresentar defeitos de uso contínuo.
Lucas Almeida é estudante de Análise de Sistemas e atua como Consultor Técnico da ISPShop há dois anos. Como Consultor, ele busca estudar as necessidades de todos os provedores da atualidade e oferecer a melhor solução de custo-benefício para os clientes da empresa.
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COLUNISTA COLUNA
COM LICENÇA
PAULO VITOR ADVOGADO E CONSULTOR JURÍDICO SÓCIO DA SILVA VITOR, FARIA & RIBEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS
AS EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES E AS ALTERAÇÕES DO SIMPLES NACIONAL Como já destacado em artigo anteriormente publicado, devido as alíquotas atrativas do Simples Nacional, as empresas de telecomunicações prolongam o máximo possível suas permanências neste regime “simplificado”. Até mesmo porque, a saída do Simples Nacional pode representar um salto extraordinário na carga tributária, posto que, apenas se considerarmos o ICMS, a alíquota é majorada de 3,95% para 25% a 37% (dependendo do Estado onde está sediada a empresa prestadora dos serviços de telecomunicações). Sendo este cenário ainda mais prejudicial nos Estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, que adotam atualmente um sublimite, no Simples Nacional, de R$ 1.800.000,00 para efeitos de recolhimento do ICMS e nos Estados de Maranhão, Pará e Tocantins, que adotam atualmente um sublimite, no Simples Nacional, de R$ 2.520.000,00 para efeitos de recolhimento do ICMS. Diante dos benefícios relacionados ao Simples Nacional, as empresas de telecomunicações têm obviamente uma grande preocupação: não ultrapassar o limite do Simples Nacional (R$ 3.600.000,00) ou o sublimite (instituído por alguns Estados). E considerando que a última atualização do limite do Simples Nacional (aumento de R$ 2.400.000,00 para R$ 3.600.000,00) ocorreu apenas em 01 de janeiro de 2012 (por força da Lei Complementar nº 139/2011), existia uma grande pressão e expectativa por parte das empresas para que o limite do Simples Nacional fosse enfim elevado, refletindo até mesmo a inflação acumulada destes 05 (cinco) anos sem qualquer atualização de limite. E foi exatamente com esta expectativa que surgiu o Projeto de Lei Complementar nº 448/14, com a previsão de majoração do limite do Simples Nacional de R$ 3.600.000,00 anuais para R$ 14.400.000,00
anuais. Todavia, tal como tudo o que acontece no Brasil, o interesse da minoria sobressaiu em detrimento do interesse da maioria. E com completa alteração do Projeto de Lei Complementar inicialmente idealizado, foi promulgada a Lei Complementar nº 155/2016, com vigência da grande maioria dos dispositivos prevista para 01 de janeiro de 2018. Ressalte-se que esta Lei Complementar nº 155/2016 alterou o limite do Simples Nacional previsto na Lei Complementar nº 123/2006, majorando-o para R$ 4.800.000,00 anuais. Ou seja, um aumento irrisório se comparado aos R$ 14.400.000,00 anuais inicialmente previstos no Projeto de Lei Complementar. Mas pode-se concluir, com total convicção, que a alteração do Simples Nacional realizada pela Lei Complementar nº 155/2016 em nada beneficiou as empresas de telecomunicações, pois, apesar de majorado o limite do Simples Nacional para R$ 4.800.000,00 anuais, as empresas que faturam a partir de R$ 3.600.000,00 anuais devem recolher separadamente o ICMS e o ISSQN (fora do Simples Nacional). Ou seja, a partir de R$ 3.600.000,00 de faturamento acumulado (últimos 12 meses), o ICMS e o ISSQN não estarão incluídos na alíquota unificada do Simples Nacional, razão pela qual devem ser recolhidos separadamente, segundo as alíquotas normais previstos na legislação de cada Estado ou Município. Com isso, uma empresa de telecomunicações com um faturamento acumulado (últimos 12 meses) acima de R$ 3.600.000,00, apesar de ser mantida no Simples Nacional (até o limite de R$ 4.800.000,00), será obrigada a recolher as elevadas alíquotas de ICMS previstas na legislação estadual, isto é, alíquo-
COLUNISTA tas que variam de 25% a 37% (dependendo do Estado onde está sediada a empresa prestadora dos serviços de telecomunicações). Tudo isso demonstra, portanto, que uma empresa de telecomunicações, quando ultrapassar o faturamento acumulado de R$ 3.600.000,00, continuará a sofrer um aumento extraordinário em sua carga tributária e demonstra ainda, que a alteração do Simples Nacional realizada pela Lei Complementar nº 155/2016 manteve estagnada a situação tributária das empresas de telecomunicações, especialmente no que diz respeito ao ICMS. É importante ainda dizer que, além da alteração do limite do Simples Nacional (que nada beneficiou as empresas de telecomunicações), ocorreram ainda outras alterações significativas. São elas, a título de exemplificação: (I) Redução de faixas de tributação do Simples Nacional: Até 31 de dezembro de 2017, os contribuintes continuarão submetidos a 20 (vinte) faixas crescentes de receita bruta, até o limite de R$ 3.600.000,00. Neste formato, a superação de uma faixa de receita bruta não representa um aumento elevado da alíquota incidente. Já a partir de 01 de janeiro de 2018, os contribuintes ficarão agora sujeitos a apenas 06 (seis) faixas crescentes de receita bruta. Neste novo formato, a superação de uma faixa de receita bruta representará um aumento elevado da alíquota incidente. (II) Majoração das alíquotas incidentes: além da alteração relacionada às faixas de receita bruta, houve nitidamente a majoração das alíquotas aplicáveis em cada faixa de receita bruta. (III) Redução do número de Anexos (tabelas): Até 31 de dezembro de 2017, os contribuintes continuarão submetidos a 06 (seis) anexos (tabelas) do Simples Nacional, aplicáveis de acordo com cada tipo de atividade. Já a partir de 01 de janeiro de 2018, os contribuintes ficarão sujeitos a 05 (cinco) anexos (tabelas) do Simples Nacional, aplicáveis de acordo com cada tipo de atividade e também considerando, em alguns casos, a relação entre receita bruta e folha de pagamento. (IV) Alteração da forma de cálculo do Simples Nacional a recolher: Até 31 de dezembro de 2017, o Simples Nacional a recolher continuará sendo calculado segundo a multiplicação simples da alíquota prevista
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em cada anexo (e de acordo com a faixa de receita bruta), versus a receita bruta auferida no mês de apuração. Já a partir de 01 de janeiro de 2018, deverá ser adotada a seguinte fórmula para apuração do Simples Nacional a recolher:
RBT12 x Alíquota - PD RBT12
Onde: - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração; - Aliquota: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; - PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar.
Portanto, diante das alterações do Simples Nacional e considerando, sobretudo, que algumas alterações foram prejudiciais às empresas de telecomunicações, é fundamental que cada empresa realize, desde já, simulações da carga tributária que sofrerá a partir de 2018, para que possa se planejar tributariamente da melhor maneira possível.
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COLUNISTA COLUNA
FAZENDO PLANOS
ELOI PIANA ENGENHEIRO ELETRICISTA FORMADO PELA UNIOESTE DIRETOR DA EMPRESA INSTELPA ENGENHARIA ELÉTRICA PROFISSIONAL CERTIFICADO EM PROJETO E EXECUÇÃO DE REDES ÓPTICAS
PARTICIPAÇÃO DOS ISP’S NOS PROCESSOS DE INCLUSÃO DIGITAL Hoje em dia podemos dizer que estamos presenciando o início de uma nova era, na qual as pessoas se conectam umas às outras por meio de computadores. A internet é um sistema global de redes de computadores que utiliza protocolos de comunicação com o objetivo de servir usuários do mundo inteiro. A internet traz uma extensa gama de recursos de informação e serviços disponíveis a qualquer usuário que possua um acesso. Inclusão digital é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir o acesso de todos na sociedade da informação. A inclusão digital simplifica a rotina diária, maximiza o tempo e aumenta as potencialidades para que seja possível a melhora das condições de vida. Para existir a inclusão digital das pessoas, é necessário a junção de três fatores: Dispositivo para conexão, acesso à Rede e domínio das Ferramentas de Navegação. Trocando em miúdos, além de possuir um dispositivo para conexão e dominar as ferramentas para navegação, todas as pessoas deveriam ter um acesso à rede. Aí que entra a participação dos ISP’s, pois muitas vezes temos a missão de chegar sempre em locais “onde ninguém está” ou chegou ainda. Sabemos que as grandes operadoras muitas vezes não têm interesse em atender usuários das localidades remotas, seja aquele distrito do seu município ou vilarejo, onde não pega celular nem telefone fixo. Devemos ter em mente que a mesma infraestrutura que construímos para atender os nossos clientes, pode ser utilizada para o bem-estar dos habitantes do local, devolvendo assim, um pouco do que se recebe com o trabalho suado. Desta forma, pode-se unir o útil ao agradável, melhorar a imagem da sua
empresa junto à comunidade local e também colher frutos, disseminando um tipo de marketing institucional. Uma forma interessante de realizar implantações em locais remotos é através da cessão de infraestrutura em troca de benefícios, seja pelo uso de uma infraestrutura (instalação de Pontos de Acesso em caixa d’água de escola, por exemplo), ou em troca de uma conexão de rede para os alunos. Pode-se também buscar acordos com associações comunitárias em troca de propagandas em eventos, como almoços e jantares beneficentes ou simplesmente pela cessão de local para instalação de placa com propaganda da empresa. As ideias aqui citadas são realidade em alguns locais, onde o empresário veste a camisa da comunidade, conhece as necessidades dos habitantes e participa da vida social do local. Desta forma, podemos afirmar que temos a oportunidade de melhorar a vida das pessoas por meio do acesso à informação, que na minha humilde opinião, é o bem mais valioso que podemos possuir.
A coluna “Fazendo Planos” é dedicada a repassar informações sobre o dia a dia das atividades relacionadas ao projeto e construção de redes de telecomunicações. Buscamos aqui, encurtar a distância entre o empreendedor de telecomunicações e a concessionária de energia, levando informações sempre em primeira mão. Caso você queira fazer alguma crítica, dar uma sugestão ou simplesmente deixar um comentário, entre em contato pelo e-mail: eloi@instelpaengenharia.com.br
Nós, da Instelpa Engenharia Elétrica, agradecemos aos amigos e clientes por nos proporcionar a oportunidade de participar da construção de mais de 2.500 quilômetros de Redes em Fibra Óptica em 2016, espalhadas por todo o país. Para nós o mais importante é estarmos evoluindo junto com você, atendendo às demandas e contando com sua confiança, apoio e parceria. Sabemos da importância do nosso trabalho e fazemos o possível para que você possa entregar a melhor internet aos seus clientes!
Venha para a Instelpa, o nosso forte é compartilhar! Av. Parigot de Souza, 715 - Toledo - PR - 45 3053 1066 www.instelpaengenharia.com.br - facebook.com/instelpaengenharia contato@instelpaengenharia.com.br
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COLUNISTA COLUNA
DEPENDE...
RONALDO COUTO
ENGENHEIRO ELETRICISTA, COM ÊNFASE EM TELECOMUNICAÇÕES. ESPECIALISTA EM REDES DE FIBRA ÓPTICA. FUNDADOR DA PRIMORI TECNOLOGIA.
COMO IDENTIFICAR MACROCURVATURAS Um dos fatores de perda mais comuns em redes FTTx são problemas com macrocurvaturas. Isto ocorre quando dobras excessivas no cabo chegam a danificar os tubos loose e curvar excessivamente as fibras, ou quando a acomodação das emendas em DIOs e em bandejas de caixas de emendas são realizadas sem o devido cuidado. Nestes casos, as perdas no enlace aumentam e, consequentemente, diminuem (e muito) a potência recebida numa CTO ou mesmo por uma ONU. Mas como localizar com um OTDR estes possíveis problemas? localização de macro-curvaturas num OTDR é relativamente simples, vamos a um exemplo! Tomando como base a figura abaixo com um traço de OTDR mostrando em evento não reflexivo, você diria que se trata de um uma emenda com alta perda ou de uma macrocurvatura?
nm do que em 1310 nm. Desta forma, se obtivermos no OTDR um traço como o da figura 2, trata-se de um problema de macrocurvatura uma vez que o evento teve perda alta em 1550 nm e perda baixa em 1310 nm. Se isto acontecer, revise a acomodação da fibra na bandeja ou identifique dobras acentuadas no cabo. Já no resultado for o da figura 3, temos perdas altas nos dois comprimentos de onda. Neste caso, trata-se de um problema da fusão da emenda e não de macrocurvatura. Se isto acontecer, revise os procedimentos de fusão adotados, sua máquina de fusão e/ou clivador podem estar precisando de uma manutenção. Já se o resultado for igual o da figura 3, temos perdas altas nos dois comprimentos de onda. Neste caso, trata-se de um problema da fusão da emenda e não de macrocurvatura. Se isto acontecer, revise os procedimentos de fusão adotados, sua máquina de fusão e/ou clivador podem estar precisando de uma manutenção.
Fig.1 – Não é possível afirmar se o problema é de macrocurvatura ou fusão.
Na verdade, fazendo a análise apenas desta figura não podemos ter uma boa conclusão! Para uma análise correta, precisamos realizar a medida da fibra usando dois comprimentos de onda do OTDR, 1310 nm e 1550 nm. Isto porque as perdas por macrocurvaturas nas fibras são mais acentuadas para comprimentos de onda maiores. Ou seja, a perda é um problema que ocorre devido à macrocurvatura e é maior em 1550
Fig.2 – Problema com macro-curvatura
Fig.3- Problema com fusão
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VIDA DE SUPORTE
Por André Farias: www.vidadesuporte.com.br NÓS SABEMOS QUE DURANTE O CAMINHO MUITAS COISAS ACONTECEM. E, PRINCIPALMENTE, QUE MUITAS COISAS NÃO DEVERIAM ACONTECER. VOCÊ SE IDENTIFICA COM ESTA VIDA DE SUPORTE?
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NA REVISTA
Este espaço é dedicado a todos os Provedores de Internet do Brasil! Envie uma foto para marketing@ispmais.com.br, ela pode estar aqui na próxima edição!
Marcos Murbach e André Ricardo Muchelin, da AM Turbo Net Acompanhados por Rafaela Meireles e Alexandre Garcia em sua visita a ISP Shop.
Gilberto Leandro Peron, da Central do Computador Recebendo o gerente comercial Ayron Oliveira em sua empresa, na cidade de Peabiru/PR
Lucas Rapacci e Pedro P. Lopes, da PPLinkNet Vieram de Manaus para o Paraná e fizeram uma visita ao CDL da ISP Shop.
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Equipe da RouteWay Provedor de Internet que atende em quatro cidades do interior de São Paulo.
Ezequiel Vieira, juntamente com a equipe da Starnet Telecomunicações Treinamento em seu provedor, em Atibaia/SP.
iel
Dan
Willian
Emanuel e Ubiraci da Nova Opição Distribuidora Na edição passada da ISPMAIS, nossos amigos Daniel e Willian saíram aqui no VC na Revista com esta foto, porém, com os nomes Emanuel e Ubiraci.
Quase acertamos heim, Foi por pouco...
Pedimos desculpas mais uma vez, e agradecemos por levarem na brincadeira rsrs.
CALENDÁRIO2017
ABRIL
• Evento: Congresso RTI - Provedores de Internet • Dia: 5 e 6 • Organizador: RTI / Aranda Eventos • Local: Fortaleza/Ceará
MAIO • Evento: Future ISP • Dia: 10, 11, 12 e 13 • Local: Olinda/Pernambuco • Evento: 9º ISP • Dia: 31 • Organizador: Abrint • Local: São Paulo/São Paulo
JUNHO • Evento: 9º ISP [continuação] • Dia: 1 e 2 • Organizador: Abrint • Local: São Paulo/São Paulo
AGOSTO • Evento: NETCOM 2017 • Dia: 15, 16 e 17 • Organizador: Aranda Eventos • Local: São Paulo/São Paulo
SETEMBRO • Evento: 6º Encontros de Gestores de Telecom • Dia: 14 e 15 • Organizador: Solintel • Local: Guarulhos/São Paulo
OUTUBRO • Evento: Futurecom 2017 • Dia: 2, 3, 4 e 5 • Organizador: BTS Informa • Local: Santo Amaro/São Paulo