Palco do Setor de TI

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REVISTA

Dezembro de 2016

Paula Bellizia, Microsoft

Cristina Palmaka, SAP

Marcelo Porto, IBM

Luis Gonçalves, Dell EMC

Luiz Meisler, Oracle

Luciano Corsini, HPE

Luis Banhara, Citrix

Eduardo Kondo, Aché

Claudio Raupp, HP Inc.

Fabio Costa, VMware

José Formoso, Embratel

Gil Torquato, UOLDiveo

Alexandre Baulé, Embraer

Roberto Marucco, Avon

Marcelo Koji, Magazine Luiza

Wanderley Baccalá, Banco Original

Revista IT Forum – Dezembro de 2016

Palco do Setor de TI

O QUE O DIA DE AMANHÃ RESERVA PARA A TI NO BRASIL?

Célio Bozola, Prodesp

Loic Hamon, GE

Alessandra Bomura, Telefônica Vivo

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A competitividade de uma empresa, e até mesmo de um país, está em grande parte associada ao emprego adequado da tecnologia para suportar seus negócios. O uso otimizado da tecnologia depende do conhecimento profundo e isento das inúmeras plataformas disponíveis, da combinação do melhor que cada uma pode oferecer para as necessidades específicas de cada demanda, da integração eficiente entre todas elas e da escala que garante o menor preço para cada componente. O UOLDIVEO sabe muito bem como fazer isso e a nossa solução MULTICLOUD é a melhor forma de ajudar nossos clientes a dizer: Eu Sou Competitivo!

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edição

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ALÉM DA TECNOLOGIA

Índice

CEOs da indústria de TI discutiram no encontro seus papéis para ajudar negócios a se transformarem e ainda levar educação para profissionais e o mercado

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ARTE DE SER CIO

IT FORUM EXPO

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Baseado em coisas, transformação e gente, IT Forum Expo instigou setor a entender, discutir e se preparar para as mudanças da TI hoje e amanhã

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80. 100+ INOVADORAS NO USO DE TI

Saiba quem são as empresas que mais inovam no País

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158. GPTW

Conheça as cem companhias reconhecidas por suas práticas de excelência de recursos humanos

Líderes da TI são desafiados por um mundo em constante evolução. Em painel, eles contaram como estão se adaptando à nova realidade

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MUDANÇAS A CAMINHO

Internet das coisas, big data e cloud são algumas das tecnologias diruptivas que estão impactando o setor, de fabricantes a consultorias

158 194. CONTRA O TEMPO

Transformação acelerada gera incertezas. Como se adaptar e enfrentar esse novo tempo?

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Modernize para economizar Os benefícios relacionados à economia e à performance resultantes da atualização regular de seus servidores superam em muito o tempo, os custos e os esforços de fazê-lo. Você pode mudar o foco da TI de apenas oferecer suporte à tecnologia para conceber as inovações que transformam seus negócios em um data center moderno. Conheça mais detalhadamente o novo portfólio Dell EMC de servidores PowerEdge e comece a atualização da TI ainda hoje.

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br PRESIDENTE LATAM MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br DIRETORES DIRETOR DE VENDAS E MARKETING André Cavalli • acavalli@itmidia.com.br DIRETOR DE PRODUTO E CONTEÚDO Vitor Cavalcanti • vcavalcanti@itmidia.com.br

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COMERCIAL comercialti@itmidia.com.br Tel.: (11) 3823.6600 REPRESENTANTES RIO DE JANEIRO: Sidney Lobato • sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648 MARKETING GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Gabriela Vicari • gvicari@itmidia.com.br COMO RECEBER A REVISTA IT FORUM: www.itforum365.com.br TRABALHE CONOSCO: rh@itmidia.com.br

EDITORIAL EDITORA Déborah Oliveira • deborah.oliveira@itmidia.com.br REPÓRTER Guilherme Borini • guilherme.borini@itmidia.com.br ANALISTA DE MERCADO Marco Silva • msilva@itmidia.com.br OPERAÇÕES GERENTE DE OPERAÇÕES Patrícia Freund • patricia.freund@itmidia.com.br GRC ANALISTA DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES Camila Moretti • camila.moretti@itmidia.com.br PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO YUCA • Estúdio Criativo

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REVISTA IT FORUM

A Revista IT Forum é uma publicação da IT Mídia S.A. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia.

IT MÍDIA S/A Pça Prof José Lanes, 40 • Edifício Berrini 500 • 17º andar • 04571-100 • São Paulo • SP Fone: 55 11 3823.6600 | Fax: 55 11 3823.6690 www.itmidia.com.br

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Editorial PERGUNTAS SEM

respostas Esse tema foi amplamente discutido no IT Forum Expo, encontro da IT Mídia, realizado recentemente. O objetivo da agenda foi instigar o setor a entender, discutir e se preparar para todas as mudanças que acontecem e acontecerão em TI e por TI, impactando pessoas e processos. O resultado do debate está nas páginas a seguir. Além de abordar os temas expostos no IT Forum Expo, também trazemos nesta edição reportagens especiais com os vencedores do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. Para os 20 premiados, a inovação já faz parte do dia a dia e por isso elas foram reconhecidas pela IT Mídia. Falamos ainda com as vencedoras do prêmio As 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, estudo realizado pelo GPTW e divulgado pela IT Mídia pelo quarto ano consecutivo. As práticas de gestão de pessoas dessas companhias e o que os demais negócios podem aprender com elas são temas das reportagens do especial. Com o final do ano chegando, vale uma reflexão do que você espera em suas vidas pessoal e profissional para 2017. Lembre-se de que, certamente, você não encontrará as respostas para tudo, mas, antes de mais nada, busque um direcionamento dentro de você para suas metas pessoais e escute seu cliente para saber qual caminho seguir nos próximos meses. Boa sorte e boa leitura!

D éborah Oliveira EDITORA DEBORAH.OLIVEIRA@ITMIDIA.COM.BR

FOTO: RICARDO BENICHIO

Na semana do Black Friday no Brasil, fiz algumas compras pela internet e, em duas delas, não obtive sucesso. Enfrentei problemas na hora de efetuar o pagamento e também quando tentei, sem sucesso, encaminhar o produto para o carrinho. A minha experiência como usuária foi frustrante, então, desisti de finalizar o processo. Esse foi mais um exemplo clássico de como as empresas ainda precisam evoluir em suas estratégias digitais. Mais frustrante ainda é saber que um universo imenso de clientes, assim como eu, não efetiva suas compras – isso para citar apenas uma das frentes da onda da transformação. E a experiência do cliente? A preparação para um momento de pico de vendas? Onde estão? O que quero dizer é que, claramente, não temos, nós e as empresas, respostas para tudo. Mas é essencial ouvir o cliente. Você já parou para pensar o que, verdadeiramente, faz sentido em sua estratégia? A transformação, como diz Silvio Meira, que fez a abertura do IT Forum Expo, soa moderna, mas sua empresa está preparada para ela? Meira costuma dizer que se as companhias fizessem um painel grande com ‘transformação digital’, a palavra TRANSFORMAÇÃO ficaria exatamente dessa forma – em letras maiúsculas - e a digital, pequena. “Esse é um processo de mudança de mentalidade, de posicionamento, de execução”, observa. Fato é que as organizações sentiram o choque do digital e estão agora tentando juntar os cacos. O desafio, sem dúvida, é grande, mas manter a inércia será passaporte para o fracasso. Mudar significa esquecer os processos e as fórmulas de sucesso do passado. Companhias altamente hierarquizadas, com milhões de processos de aprovações, certamente não se encaixam nesse cenário dinâmico de que o digital precisa.

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IT FORUM+ 2016 | R E S U M O

NOVA FORMA DE FAZER O

futuro DA POLÍTICA À TECNOLOGIA, IT FORUM+ CONTOU COM DISCUSSÕES QUE CONVIDARAM OS EXECUTIVOS A SAÍREM DO SENSO COMUM E A DESAFIAREM O STATUS QUO DAS COISAS

Fazer diferente é o que todos buscam, principalmente aqueles que trabalham com inovação ou que passam por algum desafio mais complexo e se deparam com seu principal concorrente ganhando mercado ou mesmo um novo entrante atraindo um público que há anos você tenta conquistar e não consegue. Essa máxima

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Por REDAÇÃO

é assim no trabalho e na vida pessoal; e ela não é nada simples. Durante o IT Forum+ 2016, realizado em agosto na Praia do Forte (BA), a IT Mídia levou como tema central “Inércia Ativa: olhando para o futuro sem recorrer às respostas do passado”. Na verdade, mais do que um tema, foi uma provocação para o mercado de tecnologia, que vive um dos seus momentos de maior transformação, e também para cada executivo como cidadão, dado o momento do País. Da política, com o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Fernando Abrucio, passando por liderança, à tecnologia, o encontro contou com diversas discussões que serviram para convidar

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FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

participantes a sair, ainda que por um momento, da zona de conforto e tentar vislumbrar um futuro com ações diferentes. Sim, é complicado. O ser humano é habituado a repetir seus comportamentos constantemente, principalmente os que deram certo. Mas o mundo está mudando rapidamente e pedindo uma execução diferente. O professor, ao avaliar o momento do Brasil, falou sobre pacto político, modelos, necessidade de mudança e sobre liderar pelo exemplo. “A política tem a ver com exemplos passados pelas lideranças de todos os setores da sociedade. Lideranças sociais produzem melhores políticos. Temos de treiná-las para a democracia”, ensina, acrescentando que educação é também peça-chave para mudar profundamente a política em um exercício de décadas. Agora, será que estamos dispostos a alterar profundamente a sociedade brasileira?, provocou Abrucio. “Estamos dispostos a nos livrar do passado e a pensar mais em nossos filhos e netos? Se não respondermos a essas perguntas, não vamos mudar profundamente a política.” Tal constatação pode ser levada também ao mundo corporativo. Liderar pelo exemplo é discutido há tempos e alterar práticas corporativas visando um futuro mais promissor é o que mais se pede na atualidade. O momento é sim, desafiador, mas também cheio de oportunidades para quem souber enxergar.

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FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

IT FORUM+ 2016 | R E S U M O

Se tem algo bastante discutido nas rodas de TI, além da tão falada transformação digital, é a experiência do cliente. Os executivos de TI estão cada vez mais envolvidos com o time, já que a transformação na maneira de as empresas interagirem com seus clientes tem sido propiciada pelas tecnologias emergentes. No adidas Group, Alexandre Nascimento, IT senior business solutions manager, liderou, ao longo de 2015, um projeto chamado de Endless Aisle, que nasceu de uma provocação conjunta das áreas de negócio para buscar uma solução para aumentar vendas, experiência nas lojas e fidelização dos clientes. “Se um consumidor chega na loja com um produto em mente, mas não encontra a cor ou o tamanho desejados, vendedores equipados com iPads fazem o pedido em nosso e-commerce, o cliente paga na loja e recebe em casa, de forma gratuita e com conforto”, detalha. Estudos mostram que ferramentas como a Endless Aisle podem impulsionar as vendas. Isso porque, quando os clientes vão até a loja e não encontra o produto, 17% deles realizam compras no site do concorrente, 37% adquirem o item de um varejista on-line quando chegam em casa e 35% seguem para um estabelecimento diferente para comprá-lo.

EXPERIÊNCIA DO CLIENTE

FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

AUTOR: DÉBORAH OLIVEIRA

Quem pensa que governança está fora de moda por conta do digital está completamente enganado. No caso da FQM - Farmoquímica, a CIO, Karla Fonseca, lançou mão exatamente desse conceito para gerar uma aproximação maior com as áreas de negócios. Obviamente, não foi apenas com regras de governança que a executiva atingiu seus objetivos. O projeto era algo muito maior e buscava transformar a TI em um centro de serviços compartilhados, migrando inclusive custos para os demais departamentos. Usando uma mistura de governança e design thinking, o trabalho foi iniciado. "Pegamos tudo no help desk, levamos para a área de negócios e passamos a entender o que era entrega em suas semanas [entre outros pontos]", conta Karla. A reestruturação aplicou cuidado especial na identificação e no conhecimento dos talentos que a empresa tinha disponível, algo essencial na execução de projetos. Com a iniciativa, a estrutura saiu de 19 colaboradores, cinco consultores volantes e 700 chamados mensais para 14 funcionários, cinco consultores e 300 chamados mensais, entre incidentes e projetos. Os resultados foram bem aceitos e já existe previsão de outros departamentos replicarem o modelo.

GOVERNANÇA COMO FATOR-CHAVE

FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

AUTOR: TISSIANE VICENTIN

Flexibilidade e liberdade soam como palavras mágicas em um momento que une necessidade de transformação, instabilidade econômica e cobranças por mais eficiência nas empresas. O amadurecimento do modelo de computação em nuvem (pública e privada), nesse caso, contribui para o trabalho dos CIOs, que conseguem, em diversos casos, se liberar de tarefas que consomem tempo para investir mais em estratégia e inovação. Com isso em mente, José Pires, CIO do Ecad, encontrou na cloud a liberdade de que precisava. Com um trabalho intenso de monitoração e gravação de programas de rádio e TV, além de grandes eventos, apenas um ambiente escalável garantiria que nada seria perdido, ponto fundamental para o processo de fiscalização da reprodução de músicas. Mas além de utilizar a nuvem para a solução de fiscalização, Pires aproveitou o ambiente para implantar uma plataforma de telepresença, o que também garantiu agilidade e redução de custos.

LIBERDADE DA NUVEM AUTOR: TISSIANE VICENTIN

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FOTO: PHOTOGAMA

Apesar de todos os desafios impostos aos executivos de TI, quando questionados sobre o futuro na carreira, 34,4% dos CIOs do grupo das 501 a mil maiores empresas do País afirmaram querer permanecer no cargo, enquanto 34,1% buscam ganhar mais influência na corporação. Para as duas situações acontecerem, algo terá de mudar. A forma de trabalhar precisará ser diferente e os atuais CIOs deverão lançar um novo olhar sobre a maneira como gerenciam tecnologia, interagem com áreas de negócios, oferecem serviços aos colaboradores e até como impactam o cliente final, sim, aquele do outro lado do balcão. A complexa missão foi um dos tópicos debatidos durante o IT Forum+, nas sessões que discutiram os resultados do estudo Antes da TI, a Estratégia, e tem total relação com o tema central do encontro, que provocou os participantes a pensarem de maneira diferente e a encontrarem saídas para o futuro sem repetir as fórmulas passadas. Acostumados às ondas da TI, os CIOs se encontram novamente diante de um ambiente transformador que pedirá não uma, mas diversas alternativas para romper com a situação atual. ITF

INSIGHTS ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA AUTOR: DÉBORAH OLIVEIRA

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IT FORUM + 2016 | M E L H O R E S M O M E N T O S

RELEMBRAR

FOTOS: YUCA - ESTÚDIO CRIATIVO

é viver

A 8ª EDIÇÃO DO IT FORUM+, REALIZADA EM AGOSTO PELA IT MÍDIA NA PRAIA DO FORTE (BA), REUNIU CIOS DAS 501 ÀS 1 MIL MAIORES EMPRESAS DO BRASIL E, ESTE ANO, CONTOU COM A ABERTURA DO PROFESSOR E PESQUISADOR DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS DE SÃO PAULO (FGV-SP), FERNANDO ABRUCIO, QUE INSTIGOU CONVIDADOS A PENSAREM SOBRE O TEMA INÉRCIA ATIVA, DO PONTO DE VISTA DE DOIS PILARES: SOCIAL E POLÍTICO. SE VOCÊ PERDEU O ENCONTRO, OU QUER RELEMBRAR TUDO O QUE ROLOU POR LÁ, NÃO DEIXE DE CONFERIR AS FOTOS A SEGUIR.

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IT FORUM EXPO | A B E R T U R A

Por DÉBORAH OLIVEIRA

PAUTADO EM COISAS, TRANSFORMAÇÃO E GENTE, ABERTURA DO IT FORUM EXPO INSTIGOU O SETOR A ENTENDER, DISCUTIR E SE PREPARAR PARA TODAS AS MUDANÇAS EM TI AGORA E NOS PRÓXIMOS ANOS

O DIA DEPOIS DE

amanhã Você já deve ter ouvido que nunca houve na história da TI um ponto de inflexão tão grande quanto o atual. E é verdade. Companhias estão em pleno processo de transformação. Seus modelos de negócios são impactados pelo digital, pela internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e pela força de trabalho em evolução. O futuro é incerto, mas é preciso preparar-se para os desafios que vêm por aí. Levantar essa discussão foi um dos objetivos da abertura do IT Forum Expo, realizado nos dias 8 e 9 de novembro, no WTC Golden Hall, em São Paulo. Com base nos pilares Coisas, Transformação e Gente, o encontro instigou o debate e o preparo para todas as mudanças em TI agora e o que está por acontecer nos próximos anos. O resultado está abaixo e nas páginas que seguem.

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INOVAR É PRECISO

CARLOS ARRUDA

O Índice de Competitividade Mundial 2016 (World Competitiveness Yearbook – WCY), do International Institute for Management Development (IMD) e da Fundação Dom Cabral (FDC), apontou que o Brasil perde, gradativamente, competividade no cenário internacional. O País, que registra sua sexta queda consecutiva, ocupa agora a 57ª colocação no ranking geral, perdendo uma posição em relação a 2015. A lista conta com 138 países e avalia cerca de 300 variáveis. Neste ano, o Brasil está à frente apenas da Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela. O que falta para o País voltar a crescer no ranking e chegar ao topo? Carlos Arruda, professor da FDC e responsável pelo capítulo nacional do estudo, afirmou que o primeiro passo não é ensinar conteúdos nas escolas. Afinal, com a internet, eles estão por toda parte. O que é preciso, agora, é ensinar atitude. “Se não tiver capacidade de análise, não vamos ter como aproveitar nosso potencial. Precisamos colocar nossa agenda no século 21, criar no País não somente adoção tecnológica, mas transformação tecnológica”, sugeriu. Segundo ele, dos pilares avaliados, o Brasil está muito atrás em quesitos como regulamentação, cenário macroeconômico e questões tributárias. O ponto forte do Brasil, no entanto, apontou, está na grande capacidade de investimento e na sua dimensão. O cenário nacional é ainda pior se incorporado o digital, garantiu. O tema é uma ameaça no momento, acredita, visto que o Brasil está comprometido com o passado. Outro item que interfere no índice de competitividade é a capacidade de inovar, que, hoje, considerou Arruda, é limitada. “Um país mais competitivo suporta capacitação de pessoas, gera inovação e transforma boa parte desse conhecimento em inovação de negócios, gerando valor para a sociedade”, afirmou.

“Vamos pensar, colocar preocupação. Vamos passar a ser um setor organizado, fazendo nosso papel nos negócios e na esfera pública”, incentivou Sérgio Gallindo, presidente-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Para ele, embora o Brasil ocupe a quinta posição em investimento em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), há espaço para ampliar os números, gerando competitividade e inovação. “O setor precisa assumir responsabilidades de políticas públicas que interfiram na dinâmica do segmento”, alertou Gallindo. Ele lembrou, ainda, que até 2025 um dos pilares da transformação, a IoT, movimentará US$ 19 trilhões, conectando 500 bilhões de dispositivos. “Estimamos que o Brasil consiga abocanhar pelo menos US$ 350 bilhões desse total. Por isso, precisamos de políticas públicas para IoT, que afetarão todos os setores.”

SERGIO GALLINDO

MAXIMILIANO MARTINHÃO

O governo tem feito sua parte nessa jornada, garantiu o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Maximiliano Martinhão. Ele listou pontos de atenção da pasta para fazer com que o Brasil avance no quesito competitividade. Para acelerar mudanças no segmento, Martinhão apontou que a pasta trabalha em uma série de propostas. A primeira delas é a reformulação da secretaria, que passou a contar com três departamentos. Um deles, explicou, voltado somente à política cibernética e que cuida da elaboração de uma agenda digital no País. Outro tem foco no cuidado com o ecossistema digital, como fomento a negócios e ao empreendedorismo. O terceiro está voltado para fomentar e cuidar da Lei de Informática, que gera no Brasil investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da ordem de R$ 1,5 bilhão. No curto prazo, o MCTIC trabalha para estabelecer a Lei de Proteção de Dados Pessoais, além de retomar discussões sobre o Marco Civil da Internet. Outro tema que está saindo do forno, garante o secretário, é o Plano Nacional para Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), que, segundo ele, deverá ser lançado em 2017. Ele não forneceu detalhes, uma vez que o plano ainda está sendo desenhado em parceria com o BNDES. ITFORUM365.COM.BR

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COMO SERÁ O AMANHÃ?

SILVIO MEIRA

THORAN RODRIGUES

CEZAR TAURION

EDUARDO RABBONI

SANDRA TURCHI

Chips com alta capacidade de processamento e pequenos tamanhos, drones, impressão 3D e até 4D, casas conectadas, robôs inteligentes, internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), Application Programming Interface (APIs) e código reescrevendo o mundo. Esses são apenas alguns exemplos citados por Silvio Meira, pesquisador da área de software, para ilustrar que o futuro é agora. Na abertura do IT Forum Expo, Meira alertou que todas essas novidades já são, na verdade, parte do dia a dia das empresas, ou, pelo menos, começam a aparecer em suas estratégias, mudando a forma como as pessoas vivem e trabalham. Um dos destaques é a IoT. “Estamos falando da internet de tudo, que é uma orquestração de agentes que compartilham dados e ações, usando protocolos-padrão articulados por pessoas e algoritmo. Não há como fazer isso sem APIs”, observou.

Para falar sobre o tema, Meira convidou ao palco Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp, empresa especializada em soluções de Big Data. “A sensorização nos permite ganhar produtividade. À medida que automatizamos as coisas, a criatividade surge”, ressaltou, acrescentando que estamos saindo da era técnica, do profissional expert que tinha de executar uma série de comandos para programar, para outra na qual não vamos precisar de conhecimentos profundos de tecnologia, usando a criatividade como chave da estratégia.

Discorrendo sobre novas tecnologias, Cezar Taurion, consultor de mercado, apontou que muitas plataformas ainda têm, hoje, seu potencial pouco explorado, como o blockchain. Mas esse quadro está com os dias contados. “O blockchain não pode ser visto como curiosidade. Ele não é simplesmente a infraestrutura por trás do bitcon. Há muito para ser explorado, como direito autoral, propriedades, certificados de imóveis, certidão de casamento e registros de obras de arte”, alertou.

De fato, assinalou Meira, é possível ser mais inovador no uso de tecnologias. Concordou com ele Eduardo Rabboni, Chief Digital Officer (CDO) da Algar Telecom. Ele lembrou que a forma de fazer negócios mudou completamente e as empresas precisam se adaptar a essa nova realidade. “Como transformar uma indústria que nasceu preocupada em propriedade, produtos e máquina para uma que se preocupa com valores? Essa é a discussão da transformação”, refletiu.

Sobre o uso massivo da tecnologia, Meira enfatizou que ela será responsável pelo desaparecimento de profissões, como a de operador de call center, que poderá ser completamente substituído por máquinas dotadas de inteligência artificial. “Temos de formar e garantir a manutenção de equipes de alta performance na era digital”, ensinou Sandra Turchi, sócia-diretora da Digitalents, para quem o objetivo é conectar empresas e talentos digitais. Ela apontou que é preciso, ainda, manter-se sempre atualizado sobre novas tecnologias e tendências.

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ENTÃO É DIGITAL

FREDERICO TRAJANO

Transformar negócios tradicionais em digitais virou questão de sobrevivência. E é necessário começar logo, antes que a concorrência saia à frente. O Magazine Luiza conhece bem esse desafio. Fundada em 1957, em Franca (SP), quando o casal Pelegrino José Donato e Luiza Trajano Donato comprou uma pequena loja de presentes, chamada na época de A Cristaleira, a varejista conta, hoje, com 19 mil funcionários, mais de 740 lojas, nove centros de distribuição e três escritórios, espalhados por 16 estados brasileiros. A transformação digital, depois de quase 60 anos de existência, mostrou-se fundamental. “Para cada R$ 4 vendidos, R$ 1 vem do e-commerce, que teve início em 2000. Além disso, para cada R$ 5 do e-commerce, R$ 1 é fruto do mobile e a cada R$ 5, R$ 1 vem de algoritmo de recomendação”, revelou Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. Ele, no entanto, reconheceu que o Magazine Luiza ainda é uma empresa tradicional de varejo no digital e a companhia trabalha para mudar o quadro. “Nossa visão para transformação é nos tornarmos uma empresa digital com pontos físicos.” Para promover essa virada, a organização criou, há cinco anos, o Luiza Labs, laboratório de inovação que olha, constantemente, para novas tecnologias. “Isso nos faz, mesmo sendo um negócio tradicional, caminhar na velocidade das startups, que são nossa principal ameaça”, comentou. Segundo ele, a equipe do Labs está em linha com a TI e, juntos, eles tocam 25 projetos de transformação. “Empresas são lentas em função da organização e falta coragem, porque na startup se não inova, não avança. São noções que estamos tentando minar.” O CEO da CI&T, Cesar Gon, lembra que sempre se fala da necessidade de revisão da TI tradicional e do papel da área na empresa. Mas agora, o passo é mais rápido em função do medo do desaparecimento. “Estamos diante de uma oportunidade de remodelar o papel criativo do profissional de TI e das empresas criarem espaço para que essa força seja inovadora”, ensinou o executivo, que tem em sua companhia uma garagem digital com protótipos e usos criativos da tecnologia para auxiliar clientes na transformação digital de negócios.

CESAR GON A demanda por mudança, avaliou Teco Sodré, CEO e cofundador da Ikewai, holding de investimentos de empresas, é latente porque consumidores não têm mais paciência de esperar. A dica aqui é sair da empresa e ver o que o mercado quer. “O problema do seu mercado já foi resolvido por alguém. Agora, para descobrir problemas novos, é preciso sair da empresa. O segundo ponto é ter paciência, porque se for entrar no mercado digital brasileiro sem entender suas regras, vai tropeçar e errar”, avisou.

TECO SODRÉ

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Bem-vindo à Era dos Estoques Cognitivos.

Assim que uma nova coleção chega ao mercado, como é possível saber quais serão os estilos, cores e tamanhos mais procurados? Com a ajuda de tecnologia cognitiva, grandes varejistas combinam relatórios de vendas com comentários em redes sociais e notícias. Desta forma, fazem uma melhor previsão de suas demandas e reduzem perdas nas vendas. Quando o Watson pensa com os varejistas, o varejo repensa os limites de suas previsões de vendas.

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IBM and its logo and ibm.com are trademarks of International Business Machines Corp., registered in many jurisdictions worldwide. See current list at ibm.com/trademark. Other product and service names might be trademarks of IBM or other companies. ©International Business Machines Corp. 2015.

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MUITO ALÉM DA

tecnologia CEOS DA INDÚSTRIA DE TI DISCUTIRAM EM PAINEL NO IT FORUM EXPO SEUS PAPÉIS COMO AGENTES NO CENÁRIO DE EDUCAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E ACONSELHARAM CIOS SOBRE COMO SE POSICIONAR DE FORMA ESTRATÉGICA NOS NEGÓCIOS PARA NÃO PERDER RELEVÂNCIA NOS PRÓXIMOS ANOS Por DÉBORAH OLIVEIRA

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A indústria de tecnologia da informação (TI) é desafiada a todo o momento com modernos conceitos e é preciso adaptar-se a essa realidade, não só para continuar sendo relevante para as empresas compradoras, como para fomentar novos negócios. Como ficar em linha com esse cenário, promovendo, ainda, capacitação dos talentos e garantindo a tão sonhada transformação digital? Para responder a essa pergunta, o IT Forum Expo reuniu, no dia 8 de novembro, em São Paulo, 11 CEOs da indústria, que compartilharam suas visões sobre o momento atual e como esse mercado pretende passar por essa fase e ajudar clientes nesse ambiente complexo. O resultado da discussão você vê a seguir.

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EDUCAÇÃO Os CEOs presentes foram unânimes ao dizer que suas empresas têm papel crucial no desenvolvimento de talentos. A preocupação faz todo o sentido quando se colocam na mesa números sobre o déficit de profissionais nos próximos anos. O Brasil pode chegar em 2020 com falta de até 408 mil profissionais de TI, segundo dados da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). A única forma de aparar essa aresta é incentivar a inserção de talentos na área e apostar em educação contínua. A indústria tem feito sua parte, inclusive estabelecendo parcerias com a academia e o governo para promover capacitação e especialização para o pessoal de TI. A presidente da SAP Brasil, Cristiana Palmaka, ressaltou que a fabricante olha para a educação sob vários ângulos. Um deles, destacou, é a preparação da mão de obra para o mercado, integrando parceiros e ecossistema. “O Young Professional é voltado para recém-formados desempregados. Começamos com o tema cloud e estamos partindo agora para big data e analytics. Na primeira fase, 50 pessoas se formaram e saíram empregadas”, ressaltou. Internamente, ela apontou que vários temas são endereçados, como tecnologias emergentes como blockchain, por meio de capacitação. Ela lembrou ainda a parceria com o Instituto IT Mídia, da IT Mídia, que concede bolsas de estudos. Claudio Raupp, presidente da HP Inc no Brasil, relatou que a companhia trabalha forte com capacitação interna, por meio de uma plataforma de treinamento, que é um mix do formato on-line e presencial. Com um modelo de negócios voltado a canais, a fabricante atua para levar especialização ao seu ecossistema. O presidente da Dell EMC Brasil, Luis Gonçalves, lembrou que o déficit de talentos já assombra o setor há alguns anos e a companhia tem feito trabalho sólido há algum tempo para minimizar o quadro. A fabricante tem parceria, por exemplo, com a PUC do Rio Grande do Sul para formação de talentos. “Temos de fomentar o tema como indústria e ajudar aqueles que vão desenvolver negócios baseados em tecnologia voltada para tecnologia, que será transversal”, destacou o executivo. Na Citrix, a temática tem sido amplamente discutida. A empresa aposta em jovens talentos, estagiários ou recém-saídos da universidade, e isso tem mexido com os processos tradicionais da empresa. “Participei recentemente de uma dinâmica de estagiários e fui entrevistado por alguns deles. Eles queriam saber onde iriam trabalhar e ficaram satisfeitos em poder usar tecnologia, trabalhar em qualquer lugar, dispositivo ou ambiente”, sintetizou, reforçando o fato de a tecnologia ser pervasiva.

Marcelo Porto, presidente da IBM Brasil, lembrou que o perfil do profissional será radicalmente diferente daqui para frente e, diante desse quadro, as companhias terão um problema ainda maior. “Essa questão é ainda mais desafiadora do que revolução industrial depois do vapor”, comparou, citando reportagem recente com o MIT sobre o tema. Segundo ele, não há como olhar para esse quadro sem sair da empresa. “Nós miramos universidades e contratamos profissionais que estão saindo da academia. Também estamos muito próximos de startups para olhar para o mercado de forma holística.” Assim como a Dell EMC, a HPE também mantém parceria com a PUC do Rio Grande do Sul para fomentar a especialização logo no início da carreira. “Temos de buscar fora, romper fronteiras, buscar gente jovem, com ideias diruptivas”, declarou Luciano Corsini, presidente da HPE, completando que a empresa também aposta na formação de mulheres em TI. Falando sobre ideias, Paula Bellizia, presidente da Microsofr Brasil, destacou que a Microsoft está muito próxima de startups, entregando mais valor para os clientes a partir da inovação. “Existe grande valor para as empresas se aproximarem dos negócios nascentes”, constatou. Para Fabio Costa, presidente da VMWare no Brasil, a deficiência de formação começa com a falta de interesse pelo curso de tecnologia. Citando dados do Censo, ele contou que Direito é o curso mais procurado e TI não aparece nem mesmo entre os dez primeiros lugares. “Outro tema é a formação profissional, dentro de casa. Nosso talento está sempre buscando se atualizar”, garantiu. A transformação digital tem demandado novo tipo de profissional e, consequentemente, educação, assinalou José Formoso, presidente da Embratel. “Essa nova temporada exige novo profissional e até mesmo nossa postura como empresa. A educação para o mundo digital tende a ser mais rápida”, disse. O presidente do UOLDiveo, Gil Torquato, alertou para o fato de que o Brasil, que antes costumava a ter um delay no uso tecnológico, agora já não está mais para trás. “hoje, de fato, o desafio é a mão de obra.” Na Oracle, vários programas permeiam a estratégia da empresa no Brasil. O desafio de contratação, no entanto, é buscar pessoas que estejam felizes com seus trabalhos para desenvolver clientes encantados. "Contratamos pessoas 'felizes', buscamos os melhores talentos para atingir o objetivo de melhor atender ao cliente", finalizou Luiz Meisler, vice-presidente executivo da Oracle América Latina e presidente Brasil, que contou que a fabricante contratou mais de 2 mil pessoas nos últimos anos.

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FUTURO DO CIO Com toda a transformação digital acontecendo, a discussão sobre o futuro do CIO vem à tona. Ele será o líder conector, que atuará, sobretudo, como um broker? Ele deixará de ter a função?

SAP

CRISTINA PALMAKA PARA A PRESIDENTE DA SAP BRASIL, O LÍDER DA TI DEVE, DE FATO, SE REINVENTAR. “ELE DEIXA DE SER O HELP DESK E ASSUME A CADEIRA DA INOVAÇÃO, DE AGENTE DA MUDANÇA”, ACREDITA, COMPLETANDO QUE PODE ATÉ SER QUE A NOMENCLATURA DE SEU CARGO MUDE, MAS O SEGREDO PARA ACOMPANHAR AS TRANSFORMAÇÕES NA PRÓPRIA CARREIRA É IR ALÉM, ESTAR ANTENADO E LEVAR INOVAÇÃO PARA A EMPRESA.

EMBRATEL

JOSÉ FORMOSO O PRESIDENTE DA EMBRATEL CONCORDA COM COSTA, DA VMWARE, “É VITAL GERAR INOVAÇÃO E ENTENDER OS NEGÓCIOS PARA PODER GERAR VALOR PARA TODOS OS DEPARTAMENTOS E, POR FIM, PARA O CLIENTE”, ASSINALOU. MAIS DO QUE ANTES, SEGUNDO ELE, É PRECISO ESTABELECER UMA DINÂMICA ENTRE AS ÁREAS PARA QUE EXISTA SEMPRE UM ALINHAMENTO.

ORACLE

LUIZ MEISLER O PRESIDENTE DA ORACLE BRASIL E VICE-PRESIDENTE-EXECUTIVO DA ORACLE AMÉRICA LATINA, OBSERVOU QUE O PASSADO JÁ NÃO É MAIS REALIDADE PARA OS CIOS, AINDA QUE A CONEXÃO COM O ONTEM POSSA DEFINIR O FUTURO. “APRENDEMOS QUE NÃO SABEMOS NADA. JOVENS ESTÃO TRAZENDO PARA MESA EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS NUNCA ANTES PASSADAS. PENSAR NO NEGÓCIO É O FUTURO E COMO AGREGAR VALOR. ESSA É A GARANTIA DA CADEIRA DO CIO”, REFLETIU.

VMWARE

MICROSOFT

PAULA BELLIZIA PAULA BELLIZIA, PRESIDENTE DA MICROSOFT BRASIL, ALERTA QUE UMA DAS CAPACIDADES CRÍTICAS PARA O CIO DAQUI PARA FRENTE É ENTENDER A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E SEUS BENEFÍCIOS PARA OS NEGÓCIOS. ISSO PORQUE, LEMBROU, O TEMA TORNOU-SE RELEVANTE PARA O CEO, GANHANDO MAIS PESO NA ESTRATÉGIA CORPORATIVA. “ESSES DIAS, ESTIVE EM UMA REUNIÃO COM UM PRESIDENTE DE UMA EMPRESA E ELE LIGOU PARA SEU CIO QUESTIONANDO O VALOR DIRECIONADO PARA O DIGITAL. EU NÃO OUVI O QUE ELE DISSE, MAS O CEO DISSE EM VOZ ALTA ‘SÓ ISSO?’”, AFIRMOU.

FABIO COSTA O CIO, SEM DÚVIDA, SERÁ O PONTO FOCAL DA INOVAÇÃO, OPINOU FABIO COSTA, PRESIDENTE DA VMWARE NO BRASIL. “JÁ TEMOS, INCLUSIVE, EXEMPLOS POR AQUI, COMO ITALO FLAMMIA, DA PORTO SEGURO, QUE ESTÁ ABRAÇANDO O TEMA COM A ACELERADORA OXIGÊNIO”, OBSERVOU. ENTRE OS PROFISSIONAIS QUE AINDA NÃO CHEGARAM AO TOPO, SEGUNDO ELE, A JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO É AINDA MAIS COMPLEXA. “O DESTINO PARA ESSES TALENTOS É SERVIÇOS. ELE TEM DE SER O BROKER DA TI.”

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IBM

MARCELO PORTO “SE NÃO HOUVER REINVENÇÃO, NEM MESMO NÓS ESTAREMOS AQUI NOS PRÓXIMOS TRÊS A QUATRO ANOS”, SENTENCIOU MARCELO PORTO, PRESIDENTE DA IBM BRASIL. EM SUA VISÃO, A PROBLEMÁTICA TOCA TODAS AS ÁREAS, EM TODOS OS NÍVEIS.

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HPE

LUCIANO CORSINI O FATO DE INOVAR, NÃO EXCLUI A QUESTÃO DE MANTER AS LUZES ACESSAS, REFLETIU LUCIANO CORSINI, PRESIDENTE DA HPE BRASIL. “CONTUDO, AINDA QUE O OPERACIONAL SEJA IMPORTANTE, ISSO NÃO GARANTE UMA POSIÇÃO PARA O CIO. QUEM CONSEGUIR JUNTAR AS PEÇAS É QUE VAI SER UM SUPERCIO.”

HP

CLAUDIO RAUPP CLAUDIO RAUPP, PRESIDENTE DA HP BRASIL, ALERTOU QUE O CIO QUE SE ESPECIALIZA PARA LEVAR VALOR PARA FORA DA EMPRESA VAI SE DESTACAR. SOMENTE DESSA FORMA, DISSE, SERÁ POSSÍVEL MANTER-SE RELEVANTE PARA OS NEGÓCIOS.

UOL DIVEO

GIL TORQUATO LEMBRANDO O FATO DE QUE, HÁ TEMPOS, A INDÚSTRIA DE MÍDIA ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO, COM A MAIORIA DESAPARECENDO, O PRESIDENTE DO UOLDIVEO, GIL TORQUATO, APONTOU QUE A OPORTUNIDADE PARA O CIO HOJE É ÍMPAR. “SE O CEO NÃO DER MUNIÇÃO PARA O CIO PARTICIPAR DESSA TRANSFORMAÇÃO, A EMPRESA NÃO VAI CHEGAR LÁ.”

CITRIX

LUIS BANHARA LUIS BANHARA, PRESIDENTE DA CITRIX, DEIXOU UMA MENSAGEM CLARA SOBRE A DISCUSSÃO: “DESAPEGA, CIO”. SEGUNDO ELE, O LÍDER DA TI TEM DE DEIXAR PARA TRÁS A OBSESSÃO POR TER TUDO DEBAIXO DO BRAÇO, PARA COMEÇAR A INVESTIR EM SERVIÇOS, NUVEM E TER MAIS TEMPO PARA PENSAR EM INOVAÇÕES.

DELL

LUIS GONÇALVES PARA O PRESIDENTE DA DELL EMC NO BRASIL, LUIS GONÇALVES, O MERCADO, DE FATO, CAMINHA PARA UMA MUDANÇA NO PAPEL DO CIO E A INDÚSTRIA, POR SUA VEZ, TEM COMO MISSÃO ALIVIAR OS OMBROS DO LÍDER DA TI EM TAREFAS ROTINEIRAS PARA QUE ELE TENHA MAIS TEMPO PARA INOVAR.

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MUDANÇAS A CAMINHO TAMBÉM PARA A INDÚSTRIA SE POR UM LADO O CIO TEM DE SE ADAPTAR AO NOVO CONTEXTO, A INDÚSTRIA DE TI TAMBÉM. ESSA MOVIMENTAÇÃO JÁ ESTÁ EM CURSO, IMPACTANDO DIRETAMENTE NA FORMA COMO AS FABRICANTES FAZEM NEGÓCIOS. A DELL, POR EXEMPLO, NO ANO PASSADO VIU-SE DIANTE DE UMA MEGAFUSÃO COM A EMC. HÁ AINDA MUITO TRABALHO PELA FRENTE PARA UNIR FORÇA, MAS A FILOSOFIA DA DELL NÃO MUDA, GARANTE LUIS GONÇALVES, PRESIDENTE DA COMPANHIA NO BRASIL. “TEMOS POSTURA AGNÓSTICA. TANTO QUE TEMOS PARCEIRA COM IBM, SAP, ORACLE E MUITAS OUTRAS”, LEMBROU. FABIO COSTA, PRESIDENTE DA VMWARE, QUE TAMBÉM FOI ADQUIRIDA PELA DELL NO PROCESSO, MAS SE MANTERÁ COMO COMPANHIA INDEPENDENTE E DE CAPITAL ABERTO, REFORÇOU A FALA DE GONÇALVES DIZENDO QUE A SINERGIA DELL E VMWARE É MUITO IMPORTANTE E PERMITIRÁ QUE COMPANHIAS TENHAM ACESSOS A TECNOLOGIAS DE PONTA A PONTA. “ESSE CASAMENTO NÃO EXCLUI OUTRAS ALIANÇAS.” DEPOIS DE TER PASSANDO POR UMA TRANSIÇÃO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS DE UMA EMPRESA ON PREMISE PARA CLOUD, A SAP ESTÁ AGORA CONSOLIDANDO SUA JORNADA TRANSFORMACIONAL. OS ESFORÇOS DA FABRICANTE ALEMÃ ATUALMENTE É LEVAR TECNOLOGIAS DIRUPTIVAS PARA O MERCADO. “CONSUMIMOS BASTANTE TEMPO OLHANDO TENDÊNCIAS, COMO BLOCKCHAIN, MACHINE LEARNING, E ATÉ MESMO USAMOS DESING THINKING EM NOSSOS PROCESSOS”, OBSERVOU. A IBM, POR SUA VEZ, MIRA O AVANÇO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COM O WATSON. “APRENDIZADO DE MÁQUINA VAI TRANSFORMAR NEGÓCIOS E MUDAR A FORMA COMO TRABALHAMOS. NÃO É QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI SUBSTITUIR OS HUMANOS, MAS, SIM, SERÃO ALAVANCAS PARA AUMENTAR A INTELIGÊNCIA DO TRABALHO”, PONTUOU. COMO EXEMPLO, ELE CITOU O FATO DE UM MÉDICO NÃO CONSEGUE LER TODOS OS MATERIAIS CIENTÍFICOS PUBLICADOS, MAS UMA PLATAFORMA COGNITIVA, SIM, PODENDO AUXILIAR NA BUSCA DE INFORMAÇÕES E AJUDAR PROFISSIONAIS DA SAÚDE EM DIAGNÓSTICOS. NO CASO DA MICROSOFT, DESTACOU PAULA BELLIZIA, PRESIDENTE DA EMPRESA NO BRASIL, HOUVE TAMBÉM FORTE MUDANÇA DE PRODUTO PARA SERVIÇOS E AS AMBIÇÕES AGORA GIRAM EM TORNO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. “HOJE, SOMOS UMA EMPRESA QUE VISLUMBRA VISÃO DE MERCADO”, FINALIZOU.

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FOTOS: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

A INCRÍVEL ARTE

de ser CIO Por DÉBORAH OLIVEIRA E LAURA MARTINS, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM 365

EM TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, LÍDER DA TI E SEU TIME SÃO DESAFIADOS POR UM MUNDO EM CONSTANTE EVOLUÇÃO. EM PAINEL NO IT FORUM EXPO, OITO EXECUTIVOS DE DIFERENTES INDÚSTRIAS CONTARAM COMO ESTÃO SE ADAPTANDO A ESSA NOVA REALIDADE

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O CIO e seu time vivem dias difíceis. Além de manter a casa em ordem e funcionando, eles têm de investir em projetos de transformação, pressionados por um mercado em evolução e pelas áreas de negócios. Dos líderes de TI convidados para participar de painel sobre o tema no IT Forum Expo, a conclusão é a de que é preciso criar alianças internas. Afinal, a nova era digital atinge todas as esferas empresariais, impactando todos os departamentos.

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ACHÉ

MAGAZINE LUIZA

EDUARDO KONDO

MARCELO KOJI

ATENTA AO CENÁRIO DE MUDANÇAS ESTÁ A EMPRESA DO SETOR FARMACÊUTICO ACHÉ LABORATÓRIOS. SEU CIO, EDUARDO KONDO, APONTOU QUE O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR MUDOU E É PRECISO SE ADAPTAR. PARA ACOMPANHAR AS EVOLUÇÕES, A EMPRESA DESENHOU UMA ESTRATÉGIA TOTALMENTE VOLTADA PARA O DIGITAL. “DIRECIONAMOS R$ 30 MIL EM TI PARA A TRANSFORMAÇÃO”, AFIRMOU O EXECUTIVO, RESSALTANDO QUE NUNCA SE VIU TANTOS MOVIMENTOS TRANSFORMACIONAIS NA INDÚSTRIA DA SAÚDE.

CADA EMPRESA TEM SUA MANEIRA DE ENTENDER E FAZER A DESCONSTRUÇÃO DE UM MODELO DE NEGÓCIOS TRADICIONAL. A MAGAZINE LUIZA DECIDIU CRIAR UMA ÁREA CHAMADA ‘LUIZA LABS’, QUE COMEÇOU COM TRÊS PESSOAS E, TRÊS ANOS DEPOIS, JÁ TEM MAIS DE CEM. NELA, DIZ MARCELO KOJI, CIO DA COMPANHIA, HÁ A DISCUSSÃO E A CRIAÇÃO DE UMA CULTURA DIGITAL, DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS, ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS, EQUIPES COLABORATIVAS, ENTRE OUTROS.

TELEFÔNICA VIVO

GENERAL ELETRIC

ALESSANDRA BOMURA

LOIC HAMON

NA TELEFÔNICA VIVO, O TEMA TAMBÉM GANHOU RELEVÂNCIA NOS ÚLTIMOS TEMPOS. ALESSANDRA BOMURA, CIO DA OPERADORA, EXPLICA QUE A INDÚSTRIA DE TELECOM OBSERVA RECEITAS TRADICIONAIS, BASEADAS EM VOZ, CAINDO. O CENÁRIO EXIGE NOVA POSTURA. POR ISSO, MAIS DA METADE DOS INVESTIMENTOS DA ÁREA DE TI ESTÁ EM INOVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO. “PARA DIMINUIR OS CICLOS DE MUDANÇAS, ENGLOBAMOS TODAS AS ÁREAS. A CONSTRUÇÃO DESSE FUTURO SE TORNA MAIS ASSERTIVA DESSA FORMA. MAIS DO QUE BLINDAR RECURSOS, É IMPORTANTE SABER ESSA NOVA MANEIRA DE TRABALHAR”, AFIRMOU.

A GENERAL ELETRIC, DE ACORDO COM SEU CIO, LOIC HAMON, ENTENDEU MACROTENDÊNCIAS QUE FAZEM COM QUE O DNA DA COMPANHIA MUDE E ADAPTOU SUA ESTRATÉGIA COM BASE EM DUAS FRENTES. A PRIMEIRA, PAUTADA NA CRIAÇÃO DE UMA ECONOMIA DE PLATAFORMAS E ECOSSISTEMAS E, A SEGUNDA, SENSORIZAÇÃO DO MUNDO INDUSTRIAL. “TOMAMOS A DECISÃO AGRESSIVA DE SERMOS 100% DIGITAL. NOSSO PRODUTO, HOJE, VEM COM UMA CAMADA DE SOFTWARE EMBUTIDA E CONECTADA EM NUVEM EM UMA PLATAFORMA”, FRISOU. NATURALMENTE, DISSE, O LEGADO NÃO ACABARÁ E CONTINUA SENDO RELEVANTE, MAS O FOCO AGORA É OUTRO.

AVON

BANCO ORIGINAL

ROBERTO MARUCCO

WANDERLEY BACCALÁ

A AVON SEGUE CAMINHO PARECIDO AO DA TELEFÔNICA VIVO E DIRECIONA 50% DE SEUS INVESTIMENTOS DE TI PARA PROJETOS DE RUPTURA. “ESSE MONTANTE INCLUI O DIGITAL E AS MUDANÇAS EM METODOLOGIAS CLÁSSICAS JÁ USADAS”, CONTOU. ESSE CONTEXTO, DISSE, TAMBÉM INCLUI NOVOS FORMAS DE ESTABELECER CONTRATOS COM FABRICANTES DE TI.

PARA O CIO DO BANCO ORIGINAL, WANDERLEY BACCALÁ, QUE JÁ NASCEU NO UNIVERSO DIGITAL, A TRANSFORMAÇÃO TEM A VER COM A CULTURA. “E, PARA ISSO, É CRÍTICO OFERECER CONTEXTO PARA AS PESSOAS. MOSTRAR PARA ELAS A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO E, ACIMA DE TUDO, INCENTIVAR A EXPERIMENTAÇÃO”, ENSINOU.

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PRODESP

EMBRAER

CÉLIO BOZOLA

ALEXANDRE BAULÉ

TODAS AS ESFERAS ESTÃO COMPLETAMENTE IMERSAS NA REVOLUÇÃO DIGITAL E O GOVERNO NÃO PODERIA FICAR DE FORA. “MAPEAMOS, NÃO FAZ MUITO TEMPO, UM CONJUNTO DE INICIATIVAS QUE CHAMAMOS DE PROJETOS ESTRUTURANTE E ESTAMOS PENSANDO NISSO COM O OBJETIVO DE FAZER ALGUMAS TRANSFORMAÇÕES IMPORTANTES. SÃO CERCA DE 15 PROJETOS COM FOCO PARA 2018. DE UM LADO, ELES VÃO POSSIBILITAR GANHOS IMPORTANTES DE PRODUTIVIDADE AOS ÓRGÃOS USUÁRIOS (COMO A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA). POR OUTRO LADO, VAMOS ATENDER MELHOR AO CIDADÃO”, REVELOU CÉLIO BOZOLA, CIO DA PRODESP.

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NÃO ACONTECE, NO ENTANTO, SOMENTE EM PROCESSOS E POR MEIO DA TECNOLOGIA. É PRECISO ENGAJAR AS PESSOAS. PARA ALEXANDRE BAULÉ, CIO DA EMBRAER, DIANTE DESSE CONTEXTO É NECESSÁRIO CRIAR UM SENSO DE PROPÓSITO NA EQUIPE. “SE VOCÊ CONSEGUE ENGAJÁ-LOS NO NEGÓCIO E FAZÊ-LOS SE SENTIR PARTE DA EMPRESA, ELES SE SENTIRÃO MOTIVADOS”, DISSE.

DILEMAS DO MUNDO MODERNO Manter a estrutura rodando ou inovar? Esse não tem mais de ser um dilema dos CIOs. Para isso, eles contam com o forte apoio da equipe, com fornecedores tecnológicos que atuam como parceiros e com a aliança inquebrável com as áreas de negócios. “Precisamos de equipes de TI que sejam fortes o suficiente para segurar os projetos. Especialmente para empresas digitais, que não têm TI liderando esse movimento”, opinou Koji, do Magazine Luiza. Concorda com ele Alessandra, da Telefônica Vivo. “Além do time, temos de implementar ou forma de medir entrega. Não se trata mais do prazo, mas de metas compartilhadas com outras áreas e até mesmo clientes”, disse. Segundo ela, a tele disponibilizou protótipos para o cliente final testar. “É um exemplo de como aceleramos esse processo de trabalhar todos juntos, tirando o chapéu de especialista da TI.” Para Alessandra, a colaboração ganhou status de fundamental e para

isso é crucial contar com pessoas com diferentes perfis em uma mesma equipe. Na Avon, destacou Marucco, TI e negócios trabalham como um único time. “Aquele hiato que sempre existiu está acabando”, assegurou. Bozola, CIO da Prodesp, assentiu e acrescentou, ainda, que é preciso aplicar energia à transformação, caso contrário acaba-se falhando. O Magazine Luiza também aposta no mix dos times. Koji relatou que a empresa conta com células colaborativas para a entrega dos trabalhos. Para ele, polivalência é o caminho e a nova geração já vem com essas características. Kondo, do Aché, comentou que na companhia a TI faz um trabalho consistente de informar o que a área está fazendo, em digital e outros temas. Além disso, o departamento seleciona estagiários e treinees de outras unidades da organização para explicar sobre TI e mostrar a importância em seu dia a dia.

COMO FICA A SEGURANÇA? O trabalho colaborativo entre áreas levanta a discussão sobre a segurança. “Esse é um dos pontos-chave em inovação. Se estimulamos todos os colaboradores e áreas, como fica a proteção de dados etc?”, questionou Koji. Baccalá ressaltou a importância da segurança nos projetos. De acordo com o executivo, segurança deve ser discutida no início e não no final do projeto. Colocar o tema em evidência não é importante não somente para deixar a empresa segura, mas o cliente também.

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Marruco, contou, alertou para o fato de que é necessário criar uma arquitetura de segurança que vai garantir flexibilidade, mas que também não vai tirar a agilidade. Koji finalizou com uma analogia sobre a relação entre inovação e segurança. “As companhias devem lidar com um carro de corrida, que não pode ficar na média para não ficar para trás. Deve frear com sabedoria para ganhar corrida, mas sem bater no guardrail.” ITF

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IT FORUM EXPO | P A I N E L C O N S U LT O R I A S

EU MUDO, TU MUDAS,

ele muda Por DÉBORAH OLIVEIRA E LAURA MARTINS, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM 365

JORNADA TRANSFORMACIONAL, PAUTADA POR TECNOLOGIAS DIRUPTIVAS, COMO INTERNET DAS COISAS, BIG DATA E CLOUD, IMPACTA TODO O ECOSSISTEMA DE TI: DE CIOS, PASSANDO POR FABRICANTES, CHEGANDO ÀS CONSULTORIAS

FOTOS: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

Quais as promessas e os desafios que a transformação digital vai gerar para empresas dos mais variados setores? Para responder a esses questionamentos, a IT Mídia reuniu seis das maiores consultorias no IT Forum Expo, que aconteceu nos dias 8 e 9 de novembro, em São Paulo. Uma das unanimidades da conversa foi que o mundo está mais rápido e conectado e as empresas têm de buscar transformações para alcançar novos patamares internos e externos. Nesse contexto, ‘mudar’ é palavra-chave, não só para o CIO, como também para as próprias consultorias e as fabricantes de tecnologia. Confira abaixo a visão dos sócios sobre os temas debatidos.

FRANK MEYLAN

CARLOS RIVELLI

NA PRÁTICA No estudo da IT Mídia Antes da TI, a Estratégia, 60% dos CIOs disseram que precisam desenvolver mais conhecimentos em big data, 51,3% em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e 39% em cloud computing. Os números mostram que o desafio de levar a transformação digital para a prática é gigantesco. O que pensam os consultores? Frank Meylan, sócio da KPMG, indicou que o primeiro passo para superar essa barreira é conhecer as possibilidades tecnológicas e entender o estágio que a empresa se encontra. Outro entrave a ser deixado para trás está nos processos. “Nem sempre os dados estão organizados ou disponíveis para que sejam aproveitados”, revelou. “O grande desafio do CIO é conhecer as ofertas disponíveis, além de conseguir correlacionar os dados internos com os externos”, completou. Para Elisabete Waller, sócia da EY, é necessário transmitir todo o conhecimento sobre a transformação digital para diversas áreas do negócio, não somente para a TI. “Esse é um gargalo não só no Brasil, como no mundo”, frisou. Ter objetivo claro de onde se quer chegar. É esse o segredo do sucesso de estratégias digitais, na opinião de Renata Serra, sênior expert da McKinsey. Contudo, nesse contexto, torna-se fundamental capacitar as pessoas. “Não acredito que há uma solução suficiente para solucionar os problemas da empresa. Serão várias e tudo começa com um passo pequeno”, apontou. Já na visão de Carlos Rivelli, líder de Consultoria Empresarial da Deloitte, é necessário que os executivos entendam que a mudança é muito mais estratégica do que tecnológica, apesar de a tecnologia permitir novos modelos de negócios. “O principal desafio do CIO é compreender esses novos modelos de negócios mais do que buscar soluções tecnológicas”, afirmou.

ELISABETE WALLER,

RENATA SERRA

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ALEXANDRE SIMÕES

RODOLFO ESCHENBACH

O CIO deve estar integrado com todas as áreas da empresa e ter claro qual o objetivo a ser atingido. Esse é o ponto de vista de Sergio Alexandre Simões, sócio de digital da PwC. Segundo ele, o executivo deve deixar de lado algumas amarras, hábitos do passado e estabelecer, sobretudo, uma mudança de comportamento. Concorda com Simões, Rodolfo Eschenbach, líder da Accenture Digital para América Latina. Segundo ele, o CIO deve deixar de ser o controlador para ser o conector. “O papel do líder da TI é de democratizador de dados”, opinou.

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FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

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POR ONDE COMEÇAR? Para algumas empresas, começar uma jornada transformacional é doloroso. Diversas dúvidas e medos surgem nesse momento. Mas uma coisa é certa: não fazer nada significa abrir espaço para a concorrência. Qual, então, o conselho que as consultorias oferecem para empresas quando elas buscam digitalizar seus negócios, mas não sabem por onde começar? Renata, da McKinsey, lembrou que, antes de mais nada, existe um legado tecnológico para se levar em consideração. Em função desse cenário, é preciso estar aberto para a mudança. “Acredito que o mercado, da mesma forma que os CIOs, ainda está olhando tudo que está acontecendo”, pontuou. A transformação é global, atinge empresas, consultorias, provedores, todo o mercado, ponderou Meylan, da KPMG. Por isso, todo o ecossistema está em plena jornada de mudança. Ele arriscou a dizer, inclusive, que a mudança está começando pelas próprias consultorias. “Nós também temos de nos reinventar.” Na opinião de Eschenbach, da Accenture, não se pode mudar se o mercado ainda pensa em soluções. Algumas fabricantes também não estão totalmente preparadas para entregar um novo modelo de negócios para as companhias que querem se reestruturar, ressaltou. “É algo que acontece de fora para dentro, atendendo a uma expectativa do cliente”, acrescentou. Simões, da PwC, acredita que o mercado não está preparado ainda para essa onda. “Há dificuldade de entendimento”, contou,

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deixando claro que há fortes evidências de que os modelos de negócios, das consultorias inclusive, mudarão radicalmente na próxima década. Segundo ele, nem sempre as consultorias têm expertise especializada dentro de casa e por isso elas têm apostado em alianças estratégicas, algumas com startup, para avançar no tema. Outra estratégia colocada em prática é a aquisição de outras consultorias com competências que faltam ao negócio. Paradigmas tradicionais para a mudança que as companhias enfrentam em um primeiro momento vão caindo conforme as discussões e a maioria das restrições deixa de existir. “Para manter-se competitivo é preciso se reinventar sempre”, sentenciou Elisabete, da EY. Contudo, ela alertou que a estratégia de uma empresa precisa estar alinhada à transformação digital, porque o que é necessário para uma organização pode não ser para outra. “Fazendo as perguntas corretas, consegue-se as melhores respostas.” Rivelli, da Delloite, lembrou o fato de que, com a transformação digital, provedores de serviços também se veem obrigados a mudar seus modelos de negócios. A era dos grandes projetos, com anos e anos de parceria, acabou e os contratos tradicionais de preço fixo baseados em estimativas de nível de esforço criam conflitos de interesses. “Os clientes querem o maior valor pelo menor preço. Assim, é vital controlar o esforço para garantir margens adequadas”, finalizou.

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Os próximos passos da indústria automobilística, os desafios das fintechs, como entrar na economia da recorrência, a inovação das startups e até o ‘hackeamento do bem’ no mundo foram os temas que guiaram as discussões

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acelerador

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A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, AS FINTECHS E A INOVAÇÃO DAS STARTUPS FAZEM COM QUE EMPRESAS TIREM DA MANGA ESTRATÉGIAS PARA ACOMPANHAR A CONCORRÊNCIA. TEMAS FORAM DISCUTIDOS NO PALCO TRANSFORMAÇÃO, NO IT FORUM EXPO

no Palco Transformação do IT Forum Expo. O espaço foi utilizado para abordar as mudanças rápidas que acontecem na tecnologia no cenário brasileiro. Acompanhe a seguir as principais discussões.

REVOLUÇÃO AUTOMOBILÍSTICA As rápidas transformações podem ser vistas nas grandes empresas, como revelou André Nishimura, gerente de operações da GM do OnStar para a América do Sul, ao dizer que a montadora deve começar em 2017 testes de rua com o sistema de carro compartilhado Maven no Brasil. Ao todo, 17 carros foram disponibilizados nas plantas para os funcionários para testes nas fábricas de Gravataí, São José dos Campos e São Caetano do Sul, segundo Nishimura.

O executivo contou, ainda, que um dos serviços trazidos recentemente pela empresa para o Brasil foi o OnStar, sistema de apoio ao motorista que vem embarcado nos modelos mais recentes dos carros Ônix, Cruze, Prisma e Spin. O serviço possui funções de concierge, segurança, emergência, navegação e aplicativo que podem ser acessados pelo condutor por meio de celular, PC ou botão de emergência no painel. Ele já possui mais de 45 mil usuários ativos no Brasil e diariamente entre 1 mil e 1,2 mil carros são ativados. O líder de TI para OnStar da GM na América do Sul, Fernando Rostock, apontou que o sistema é totalmente seguro. “A GM é uma empresa multinacional, temos protocolos seguros e equipe de cibersegurança muito forte no mundo todo. Antes de lançar qualquer serviço para o público, cada ponto de entrada passa por exaustivas análises em diversas equipes de vários países”, frisou o especialista.

INOVAÇÃO HACKER O mundo está sendo hackeado, mas é uma quebra de código para o bem e tem como foco a inovação. É o que acredita o fundador e sócio da startup Pague com uma Foto, João Ramos. O executivo, que tem sua formação em marketing e criou uma startup que funciona com os usuários pagando a conta de restaurantes e bares tirando foto, afirmou que todos os segmentos estão sendo inovados, “hackeados” de alguma maneira. Ele citou exemplos mais notórios como Uber e Wikipédia como empresas que hackearam os segmentos de transportes e enciclopédias, mas também a tradicional companhia de brinquedos Mattel, que criou uma impressora 3D avaliada em US$ 300 para consumidores criarem seus brinquedos.

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STARTUPS ENCONTRAM PEDRAS NO CAMINHO As startups avançam no Brasil, mas ainda têm muitos desafios para desbravar. Para o professor da Fiap e especialista em economia colaborativa, Marcelo Nakagawa, as novas entrantes têm como desafios conseguir investidores corajosos e avançar sem esbarrar em problemas, como a legislação. Felipe Brasileiro, CMO da startup de serviços domésticos Parafuzo, acredita que o grande entrave para novos negócios é

colocar-se em pé para depois pensar em disrupção. E, só depois de formalizado produto ou serviço, que a mudança surge. O CEO da Parafuzo, Eduardo Campos, frisou que parte do sucesso dessa nova geração de startups deve-se à coragem e também pelo fato de eles serem “mais jovens” e terem levado poucos baques da vida. No entanto, ele acredita que as startups devem tomar cuidado e criar seus limites. “O que as startups ensinam às empresas mais tradicionais é que a forma de fazer negócios está mudando rapidamente. Elas testam, se dá certo continuam. Caso contrário, param”, ressaltou Renato Valente, gerente-geral da Telefónica Open Future e diretor da Wayra. Uma das empresas que apostaram na integração de seu ecossistema com startups foi a Porto Seguro, com a criação da Aceleradora Oxigênio. “Empresas têm ineficiência pelo tamanho, áreas, processos e incentivos. Para mim, só o fato de trazer uma startup para dentro da organização já contamina para o bem, para mudanças positivas”, contou Italo Flammia, CIO da Porto Seguro e diretor da Oxigênio. A Nexoos, startup que atua como ecossistema para pessoas financiarem empresas, passou por processo recente de aceleração na Oxigênio. De acordo com seu CTO e sócio, Murilo Bássora, a experiência ao lado de uma grande empresa trouxe a mudança necessária para seu negócio crescer, com algumas provocações durante o processo. O discurso de Flammia foi enfatizado pelo fundador da AgendaPet, André Fossa, que teve experiência como gestor em empresas de telecomunicações antes de formar sua startup de marketplace para pets. Para ele, as companhias se acomodaram e é hora de se mexer. Frederico Rizzo, fundador da plataforma de financiamento coletivo Brotta, relatou que há espaço para adaptação de ideias, como no sistema financeiro. “Ainda existe muita inovação para fazer modelos de negócios funcionarem no Brasil”, disse. Contudo, ele criticou negócios ‘Copycats’, que copiam por completo uma ideia.

DE OLHO NAS FINTECHS Fintechs começam a crescer no Brasil, mas os novos entrantes acreditam que apenas com apoio financeiro dos grandes bancos e de iniciativas governamentais vão chegar a um patamar superior. “Quem tem dinheiro neste País é banco. Quem tem dinheiro para comprar é banco. Eles vão fazer esse movimento de adquirir uma empresa de cada segmento”, pontuou Rodrigo Dantas, CEO da Vindi, fintech que realiza integração de adquirentes em único sistema para companhias de serviços. A ideia de Dantas foi defendida por Alan Chusid, sócio do Banco Neon. Ele citou movimentos de aquisições que acontece-

ram fora do País, com o banco espanhol BBVA comprando as fintechs Single Bank e Atom Bank. Clelson Diniz, COO da fintech Concil, que realiza conciliação de contas contábeis e gerenciamento de vendas por cartão de crédito e débito, frisou que as fintechs surgiram para preencher uma lacuna que as grandes instituições financeiras, e que isso abre espaço para parcerias e até mesmo aquisições. Será que vem uma onda de fusões por aí?

BEM-VINDO À ERA DA VENDA POR MENSALIDADE Negócios como Netflix, Spotify e Microsoft que disponibilizam seus produtos e serviços por um sistema de assinatura estão mudando a forma não apenas como o mercado recolhe sua receita, mas como se relaciona com o cliente. Essa transformação requer novo pensamento das empresas na forma de relacionar-se com seus consumidores e também em suas atuações. “O que acaba acontecendo com essa transformação na indústria é: não é só vender mensalidade, isso as organizações já fazem. É ter postura”, disse Maurício Kigiela, fundador e CEO da Smartbill, que atua no seguimento de pagamentos por recorrência. O executivo defende que empresas precisam estar aptas para fazer essa mudança, desde o caixa até os funcionários. Ele citou exemplo da Adobe e da Totvs, que encararam problemas com recuo em suas ações na Bolsa de Valores após a mudança para economia recorrente.

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IT FORUM EXPO | P A L C O G E N T E

Por GUILHERME BORINI

QUEM VAI LIDERAR A

transformação digital? NO PALCO GENTE DO IT FORUM EXPO, ESPECIALISTAS DEBATERAM OS PRINCIPAIS IMPACTOS DO PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE TI EM MEIO À REVOLUÇÃO IMPOSTA PELA CHEGADA DE NOVAS TECNOLOGIAS E MODELOS DE NEGÓCIOS

As discussões do Palco Gente mostraram os modelos ideais para que os profissionais sejam realmente o coração do setor de TI. Em meio à implementação de novas tecnologias e a pressão para a chamada transformação digital, como as pessoas, sobretudo os líderes, devem se preparar para conduzir com sucesso a revolução dentro das companhias? Além de dicas e cenários sobre o papel dos profissionais que trabalham com tecnologia, os amplos debates também trouxeram percepções sobre o impacto da TI no público geral. Confira tudo o que foi discutido no Palco Gente durante os dois dias de evento.

EVOLUÇÃO DO MODELO “AS A SERVICE” Andreas Lüeth e Martin Hackett, diretores da consultoria ISG, apresentaram um estudo global sobre terceirização e outsourcing de serviços de TI, que mostra o mercado em alta - o crescimento foi de 11% no terceiro trimestre de 2016 em comparação ao mesmo período do último ano. O tipo de serviço com maior ascensão é a categoria "as a service", que inclui tanto software quanto infraestrutura, com avanço de 20% comparado com o ano passado. Com essa projeção, o mercado deve fechar com índice recorde em 2016. O valor de contratos anuais desse tipo de serviço chega a US$ 3,7 bilhões. "O crescimento do as a service ultrapassa a casa dos 30% enquanto os serviços tradicionais ficam em cerca de 5%", disse Lüeth.

IMPACTOS NA CARREIRA Em meio à transformação digital, empresas têm buscado adaptar-se a novos modelos de negócios para acompanhar evoluções e inovações que o mercado apresenta. No entanto, a preocupação não deve ser apenas com o que vem de fora, mas também no capital humano interno e no preparo das lideranças. Para Ana Claudia Reis, sócia da Caldwell Partners, a digitalização pode gerar efeitos adversos, como o aumento da insegurança e da confiança dos funcionários, o declínio de funções mais transacionais, além do surgimento de uma nova geração com expectavas diferentes para suas carreiras. "A grande questão é que faltam líderes para essa transformação. As empresas precisam repensar formas de preparar pessoas. É preciso entender seus inibidores, como ego e medo, entender que a organização mais ágil será capaz de atender a demanda de seus clientes e funcionários", afirmou.

VALOR DOS TALENTOS NA ERA DIGITAL Sobre formação de pessoas e o que o futuro reserva para a nova geração, Guilherme Maciel, sócio da 2Get, questionou as maneiras como os modelos de educação estão sendo conduzidos. "O que os jovens precisam aprender hoje? As escolas ensinam apenas disciplina em vez do lado motivacional, participativo e criativo”, observou. Para Maciel, o lado lúdico deve ser mais explorado, com ações voltadas à criatividade, como obras artísticas, música, cultura. "Todas as outras técnicas vamos desenvolver vivendo, não em faculdades, escola ou coaching", finalizou.

CENSO DO SETOR DE TI Empresas de tecnologia da América Latina, especialmente do Brasil, precisam aumentar o nível de internacionalização por meio de exportação de produtos. A afirmação é de Roberto Mayer, vice-presidente de relações públicas da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional). Mayer apresentou os resultados do Censo do Setor de TI e, de acordo com o estudo, apenas 40% das companhias na região exportam. No Brasil, o número mostra um cenário ainda mais desafiador, já que somente 20% das empresas realizam esse tipo de processo. "O pais tem um enorme desafio de conseguir se internacionalizar, pelo menos no mesmo nível de outros países e regiões", declarou Mayer.

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TALENTOS PARA A REVOLUÇÃO DIGITAL Maria Alice Mendes e Bernardo Tinoco, senior associates, da Korn Ferry, destacaram o conceito de VUCA - volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity), que traz alguns impactos no capital humano. O choque de gerações é um dos principais desafios. Enquanto os baby boomers estão se aposentando, a geração X assume a liderança. Por outro lado, a geração Y será 75% da força de trabalho em 2025. As visões de mundo diferentes de cada uma das gerações criam barreiras. A adaptação aos novos modelos de negócios se faz cada vez mais necessária. Maria Alice e Tinoco mostraram os principais pilares para conduzir esse processo: líderes agentes de mudança, modeladores de demanda e que encabecem a inovação em soluções e serviços, gerando novas oportunidades.

DESAFIOS DA TI PARA IMPACTAR CLIENTES FINAIS Paulo Esperandio, diretor de marketing e estratégia do Terra Networks, apontou que predizer a natureza humana é uma tarefa árdua e o segredo é reconhecer as limitações das soluções que as equipes de TI entregarão. Precisamos reconhecer a TI como engrenagem corporativa e não ilha isolada de outras funções", declarou. Nesse quesito, a TI pode atuar como verdadeira parceira de empresas, provendo tecnologias como big data e analytics. "A experiência do cliente passa muito por big data. O segredo é como utilizar essa tecnologia dentro da empresa", indagou Reinaldo Roveri, consultor da Stratica. Um exemplo de impactos da TI tanto nos clientes internos quanto externos é o setor de agricultura. Eduardo Oliveira, CIO da Nidera Sementes, acompanha as mudanças que as novas tecnologias têm trazido ao tipo de negócio em que atua. "Hoje, os produtores consumem muito TI, diferentemente de anos atrás. O crescimento tem sido constante. Não pode haver erro no plantio, é preciso saber as quantidades exatas.”

INOVAÇÃO E SETOR PÚBLICO: SEGREDO É ENVOLVER OS CIDADÃOS Para Luis Felipe Schneider, CIO do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), os objetivos de governos são diferentes dos que a iniciativa privada busca e, por isso, a realização da chamada transformação digital exige um passo atrás. "Os governos precisam se preocupar primeiramente com a gestão, pois não estão tão avançadas quanto a iniciativa privada. A TI está sendo exigida demais, mas muitas vezes não se dá estrutura para elas", declarou. Alexandre Pacheco, CIO do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRF), ressaltou a pressão que o setor de TI vem sofrendo da sociedade, que demanda que o MP produza mais tecnologias para atuação em suas diversas frentes. Já Roberto Agune, coordenador do I-gov/SP, acredita que nenhum governo conseguiu avançar nas fases de integração e participação do mundo digital, desde a chegada da internet no Brasil. A sociedade exige que governo inove, que mude seu jeito de relacionar com a sociedade", afirmou.

TECNOLOGIA DÁ CONTA DE TUDO? Maria Aparecida Araújo, consultora de comportamento profissional da Etiqueta Empresarial, acredita que a tecnologia mudou o cotidiano, mas o cérebro dos seres humanos ainda é o mesmo desde a antiguidade. "Vai chegar um momento em que as pessoas vão sentir a falta do carinho, da aproximação. Isso (tecnologia) é um momento inicial. O homem vai sempre buscar alguém para tomar conta dele. A tecnologia não dá conta de tudo, dessa necessidade de estar com alguém, de ser amado e ser querido, por exemplo", comentou.

COMO CONSTRUIR A IDENTIDADE DO CLIENTE Atingir expectativas e objetivos de negócios e criar identidade com os clientes são alguns dos objetivos das empresas. E ambos andam lado a lado. É o que explicou John Lima, empreendedor e CEO da Coffee Bean Technology. O executivo ressaltou também que, à medida que companhias passam a conhecer melhor os clientes, começam a engajar e desenvolver soluções mais efetivas. Lima listou seis passos para construir a identidade do cliente: Autenticação e cadastro de clientes; Coleta de dados sobre o cliente; Enriquecer dados; Manter os dados atualizados e sincronizados com redes sociais, CRM, EROP e SAC; Processar dados e criar insights sobre clientes; Usar a identidade do cliente para extrair valores e resultados.

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IDEIAS E COISAS EM

evolução Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

NO PALCO COISAS, NO IT FORUM EXPO, OS DESTAQUES FICARAM PARA O AVANÇO DA INTERNET DAS COISAS, A INOVAÇÃO, QUE EXTRAPOLOU OS MUROS DAS EMPRESAS, E O CAMINHO QUE DEVERÁ SER TRILHADO PARA A INDÚSTRIA 4.0

Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), um dos conceitos mais revolucionários do momento, foi a protagonista do Palco Coisas durante a edição 2016 do IT Forum Expo, realizado nos dias 8 e 9 de novembro, em São Paulo. O tema foi debatido por executivos e especialistas em painéis e apresentações que reiteraram a preocupação com o seu avanço no Brasil. A inovação também esteve presente nesse cenário, trazendo à tona a colaboração como habilitadora de projetos inéditos. Não menos interessante, os caminhos para a transformação dos negócios estiveram na pauta na esteira de recursos de IoT, que não chegaram por aqui e estão revolucionando o setor de construção civil em outros países, mais alinhados à Indústria 4.0. E ainda pelo uso de soluções analíticas, que podem otimizar a repaginação de processos, elevando os negócios a uma outra dimensão. A seguir, veja tudo o que foi discutido em torno do tema.

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COLABORAÇÃO IMPULSIONA INOVAÇÃO Otávio Dias, presidente da agência de publicidade Repense, e Pedro Venturini, coordenador do Open Innovation, defenderam que colaboração é fundamental para garantir inovação. Segundo eles, a dica para quem quer chegar lá é começar a mudança dentro de casa. Por essa razão, o processo que leva à inovação é um exercício coletivo, apontou Dias. Para ele, construir um ecossistema com colaboradores internos e externos pode aprimorar projetos e trazê-los para outra dimensão. “Um exemplo é o Think & Love, portal que tem conceito transformador, por reunir atores importantes da sociedade como ongs, e outras organizações sociais, que trazem em sua essência a defesa de causas”, ressaltou Dias, para quem o projeto é uma iniciativa de inovação aberta, com colaboração, que une marketing e causas, em harmonia com o desenvolvimento social.

APIS: NOVO CONECTOR DO MUNDO As Application Programing Interfaces (APIs) ou interfaces de programação de aplicativos, em português, que ficaram famosas por meio das mãos de gigantes como Facebook e Google, estimulam a integração de parceiros no ecossistema de negócios, promovendo o desenho de novos modelos, criando o que podemos chamar de “inovação aberta”. É o que afirmou Kleber Bacili, CEO da Sensedia, no painel “APIs como facilitadoras da Internet das Coisas (IoT)”. Alexandre Putini, superintendente para Inovação e Canais Digitais da SulAmérica Seguros, concordou e acrescentou que as APIs representam grande alavanca para os negócios com parceiros digitais. “Além disso, abre a possibilidade de expor nossos serviços para que eles passem para seus clientes”, argumentou. “Cerca de 95% dos ATMs externas dos bancos no Brasil são da TecBan”, afirmou Rogério Nakano, gerente de Arquitetura Corporativa e Novas Tecnologias da empresa. “E o acesso a cada dispositivo está embarcado em API, implementada no ATM”, disse Nakano. Pesquisador da Samsung e especialista em segurança para IoT, Pedro Minatel, destacou que vários fabricantes estão integrando seus dispositivos em soluções da empresa, como sensores, por exemplo. “Mas para segurança, existem camadas de autenticação para autorizar o acesso à rede de APIs. E nessa integração é permitido consumir nossos dados e também fornecer. Isso amplia a criação de novos produtos e serviços.”

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IOT, E AGORA? Cultura, modernização da infraestrutura de telecomunicações e custos altos são alguns dos desafios para evolução da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Esta foi uma das conclusões do painel “IoT, da teoria à prática”. Para Luciano Santos, diretor da Divisão de TI no Brasil da Schneider Eletric, ainda há um longo caminho a ser percorrido na questão cultural. Segundo ele, empresas precisam acreditar na transformação que IoT pode levar para seus negócios. “É indiscutível o aumento na produtividade e a redução de custos que proporciona”, disse. Benedito Luis Fayan, diretor-geral da Solvian, um dos participantes do debate, destaca que a indústria nacional já está desfrutando dos benefícios da tecnologia 4.0, em especial nas aplicações de chão de fábrica. “Sensores em máquinas são capazes, por exemplo, de realizar avaliações sobre o seu funcionamento e emitir informações preditivas, com alertas sobre uma parada que poderá acontecer. Isso possibilita evitar o problema e não interromper a produção”, relatou. De acordo com Camilo Rodegher, CEO da DEV Tecnologia, hoje o custo dos sensores ainda é muito alto e por esse motivo fica difícil fechar a conta no momento de vender a ideia do projeto. “É necessário mostrar que o investimento trará retorno para a empresa. Mas também é importante saber que toda revolução quebra paradigmas e então teremos novos modelos de negócio e, portanto, retornos tangíveis e intangíveis.” IoT também serviu como pano de fundo para a discussão “Oportunidades e desafios da internet das coisas (IoT)”, mediado por Gabriel Marão, ex-CEO da Itautec e atual coordenador do Comitê Gestor IoT, que reiterou a preocupação que se estende no mercado de que é necessária a revisão de variadas questões para que esse avanço ganhe esteira. A segurança é fundamental em IoT e por essa razão é também motivo de preocupação para a Intel, destacou Max Leite, diretor de Inovação da empresa. “Coisas e Internet estarão conectadas para que variadas aplicações sejam realizadas. Essa ponte que as interliga (gateway) é o ponto mais vulnerável e alvo potencial de ataque”, disse o executivo. A segurança dessas transações e de todas as outras que são realizadas no segmento de e-commerce é o que cuida a Braspag, acenou Gastão Mattos, CEO da empresa no debate. “O que pode mudar no e-commerce com a IoT? Certamente é um processo evolutivo de valor que todas as lojas do segmento no Brasil irão experimentar”, ressaltou o executivo. Outro motivo de preocupação para o avanço da IoT no Brasil é a capacitação profissional. Osvaldo Gogliano Sobrinho, professor da USP e diretor técnico da Abili Tecnologia da Informação, disse que a evolução tecnológica é interessante, mas cria desafios e alertou para a formação profissional com habilidades para esse novo mundo.

INTELIGÊNCIA QUE VEM DOS DADOS A Alelo, companhia brasileira de cartões-benefício para empresas, precisa conhecer melhor seus consumidores para realizar ações mais assertivas de relacionamento. Assim, para colher mais informações sobre seus consumidores, a empresa decidiu ingressar na era digital, criando uma plataforma por meio de um aplicativo (app). “O uso do aplicativo reduziu o acesso à nossa central, reduzindo custos”, contou André Turquetto, diretor de Marketing e Produtos da Alelo. Depois de um ano e meio da criação do Meu Alelo, o canal já conta com 4,3 milhões de usuários cadastrados e ativos. “É uma plataforma que capta todos os dados cadastrais para a formação do perfil do nosso usuário. Esse app é moderno, fácil de usar, está disponível para smartwatch e já contabiliza 5,6 milhões de downloads”, destacou.

INDÚSTRIA 4.0 EVOLUI LENTAMENTE A Indústria 4.0 promove uma série de benefícios, como redução de custos, aumento da segurança no trabalho, sustentabilidade energética e ambiental e salto na produtividade e qualidade de serviços. Contudo, o cenário nacional atual é de longa jornada para obter essas vantagens. “O Brasil precisa queimar etapas nesse desenho para não ficar para trás no cenário mundial. Ao mesmo tempo em que se apresenta como solo fértil para adoção de tecnologias revolucionárias”, acredita Uirá Falseti, diretor da UpSoul, ao falar em apresentação sobre o tema.

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IT FORUM EXPO | W O R K S H O P S

GAMES E ANALYTICS

na prática Por DÉBORAH OLIVEIRA*

WORKSHOPS REALIZADOS PELA ESPM, FIA E FIAP NO IT FORUM EXPO ABORDARAM TEMAS ATUAIS PARA PROFISSIONAIS QUE BUSCAM CONSTANTE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA

Depois do boom do jogo Pokémon GO, os holofotes se voltaram para o mercado de games. De acordo com dados da consultoria Newzoo, especialista no assunto, o faturamento global desse segmento passa de US$ 99 bilhões anuais. No mesmo relatório, divulgado em junho de 2016, o Brasil em posição de destaque no tema. Outro tópico em ascensão é o uso de analytics para aprimorar as tomadas de decisão e apoiar no crescimento dos negócios. Os assuntos foram abordados em três workshops durante o IT Forum Expo, realizado nos dias 8 e 9 de novembro, em São Paulo. O professor e supervisor da área de games do curso de Sistemas de Informação em Comunicação e Gestão da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Vince Vader, abordou o tema “Modelos de negócios para games no cenário brasileiro”. Já a professora Alessandra Montini, da FIA, falou sobre “Como utilizar modelos para tomadas de decisão em linha com a demanda dos tempos modernos”. E o acadêmico da FIAP, Diógenes Justos, da FIAP, deu uma aula sobre “Big Data Science”. Confira abaixo um resumo dos tópicos abordados.

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*COLABOROU MARCO SILVA

APERTE O PLAY!

O PROFESSOR E SUPERVISOR DA ÁREA DE GAMES DO CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING (ESPM), VINCE VADER, CONTOU QUE MERCADO PASSA POR CRESCIMENTO NO USO DE GAMES E EMPRESAS TÊM ADOTADO O MODELO PARA ENGAJAR CLIENTES. A MODA AGORA, ENFATIZOU, É O GAME DESIGN, PROCESSO QUE CRIA OBJETIVOS FAZENDO COM QUE JOGADORES SE SINTAM MOTIVADOS PARA ALCANÇAR METAS COMO SE ESTIVESSEM TOMANDO DECISÕES SIGNIFICATIVAS NA VIDA REAL. “A FANTA, POR EXEMPLO, LANÇOU UM APP PARA INTERAÇÃO COM OS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NAS LOJAS. SE UM PRODUTO TEM UM CÓDIGO DE BARRAS ESPECIAL, O CONSUMIDOR PODE LOGAR NO JOGO E TER ACESSO A UM BÔNUS ESPECIAL”, EXPLICOU.

UMA PITADA DE INTELIGÊNCIA

DIVERSOS SETORES PODEM SE BENEFICIAR DO USO DE INTELIGÊNCIA POR MEIO DE ANALYTICS, REVELOU A PROFESSORA ALESSANDRA MONTINI, DA FIA. EM SUA APRESENTAÇÃO, A ESPECIALISTA, COORDENADORA DOS CURSOS DE BIG DATA E ANALYTCIS DA FIA, AFIRMA SER FUNDAMENTAL GARANTIR A BUSCA CONSTANTE POR MODELOS PARA TOMADAS DE DECISÃO QUE CONSIDEREM A DEMANDA DOS TEMPOS MODERNOS, QUE CONSISTE EM "FAZER MAIS COM MENOS”. “TER INFORMAÇÃO É DECISIVO PARA TOMADAS DE DECISÃO”, ENSINOU. ALÉM DO USO DE TECNOLOGIAS, ALESSANDRA DESTACOU A NECESSIDADE DE CONTAR COM UM TALENTO PARA TRANSFORMAR DADOS EM OURO. “UM PROFISSIONAL DE ANALYTICS FAZ A DIFERENÇA NA ORGANIZAÇÃO. POR ISSO, VALE A PENA O INVESTIMENTO”, SENTENCIOU. ELA LEMBROU, NO ENTANTO, A DIFICULDADE DE LOCALIZAR UM TALENTO PRONTO PARA A MISSÃO. “AS EMPRESAS PROCURAM UM PROFISSIONAL COM MUITAS HABILIDADES, MAS É COMO TENTAR LOCALIZAR UM UNICÓRNIO BRANCO”, COMENTOU, ACRESCENTANDO QUE O IDEAL É BUSCAR UMA CAPACIDADECHAVE E DESENVOLVER AS DEMAIS DENTRO DE CASA. NA MESMA ESTEIRA DE COMPETÊNCIAS QUE DEVEM SER AGREGADAS PARA QUE SE TENHA UM TIME VENCEDOR DE ANALYTICS, DIOGENES JUSTO, CONSULTOR EM DATA SCIENCE E PROFESSOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E GRADUAÇÃO NAS ÁREAS DE BUSINESS INTELLIGENCE, BIG DATA E DATA SCIENCE DA FIAP, RELEVOU NO WORKSHOP “BIG DATA SCIENCE” QUE O TALENTO TEM DE SER CAPAZ DE ANALISAR UMA MONTANHA DE DADOS E FAZER PREVISÕES COM BASE NELES.

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NO CORAÇÃO DA

estratégia Por EQUIPE PWC

PARTICIPANTES DE AS 100+ INOVADORAS NO USO DA TI JÁ CONTAM COM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO QUE SUPORTA AÇÕES DE INOVAÇÃO

A inovação é uma necessidade competitiva de toda empresa e, em sua essência, produz crescimento acelerado da receita. Companhias campeãs no tema tratam a atividade como qualquer outro processo empresarial ou administrativo passível de ser disciplinado e implementado em maior escala e buscam aumentar a proporção de inovações revolucionárias e radicais, sobretudo envolvendo produtos, serviços, tecnologias e modelos de negócios. No entanto, o que acontece, geralmente, é que a inovação é vista como um processo complexo. Entre os participantes de As 100+Inovadoras no uso de TI, estudo realizado pela IT Mídia em parceria com a PwC, 43% dizem que uma das maiores barreiras é exatamente a falta de um processo de gestão formal para a inovação. Apesar de esse ser um ponto de atenção nas empresas, o tema ganha fôlego e importância. A pesquisa aponta que 95% das companhias relataram possuir um planejamento estratégico de TI que suportam ações de inovação – aumento significativo em relação ao estudo do ano anterior, quando o índice era de 60%. Para mais de 30% dos participantes, a falta de times propriamente capacitados é a maior barreira para implementar iniciativas de inovação com sucesso. E uma parcela significativa dos executivos de TI (43%) afirmou que o maior impacto nos próximos três anos em seus negócios são as rupturas tecnológicas que estão por vir. É interessante notar que um grande número das empresas (95%) que participou da pesquisa já tem um plano estratégico de TI com ações voltadas para a inovação e 40% possuem ferramentas de monito-

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ramento para auxiliar/alavancar o negócio no atingimento da estratégia da organização. Não é de se estranhar. A cada ano, o tema é mais abordado nas rodas de conversas de executivos. E deve ter forte apoio do CEO com os líderes digitais, além do engajamento do restante dos executivos. CEOs normalmente definem o tom e a visão digital, porém os responsáveis pela operacionalização, os CIOs, são essenciais na definição da estratégia do negócio. Para fomentar o codesenvolvimento da estratégia é cada vez mais comum a criação de novas estruturas organizacionais, nas quais CIOs e outros executivos de negócio definem em conjunto a execução e a estratégia de inovação, criando um ambiente colaborativo e multifuncional, construído pela TI junto às áreas de negócio e alinhadas às estratégias da empresa. Um estudo realizado pela PwC, intitulado Global Digital IQ Survey, reforça a questão mostrando que as relações produtivas entre a equipe executiva são essenciais para maximizar o valor dos investimentos. Contudo, mesmo com as crescentes necessidades de avanço desse cenário, ainda notamos que 43% dos executivos de TI não preveem valores de inovação em suas áreas, além de 49% não possuírem time dedicado nesse tema, retratando um possível receio ou falta de apoio à iniciativa. Além disso, a TI ainda é vista como incubadora e precisa intermediar as iniciativas de inovação em 22% das empresas participantes da pesquisa. Mas há uma inquietação nesse cenário. Em relação às ameaças ao crescimento do negócio das organizações, para 80% dos participantes, o que mais

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preocupa é a velocidade das mudanças tecnológicas, seguido pela inabilidade de adotar e se adaptar à essas mudanças que preocupam mais de 68% dos executivos de TI. Adicionalmente, 72% disseram estar inseguros sobre a deficiência de coletar, entender e agir em cima dos dados de seus clientes e produtos. E para 62%, o que mais preocupa é a falta de proteção destes dados e da propriedade intelectual da organização. A verdade é que ainda falta muito para alcançarmos níveis globais na inclusão da inovação no contexto dos negócios, pois muitas das empresas encaram a temática como um assunto exclusivo da TI. Em comparação com o ano anterior percebe-se pouca mudança em quesitos práticos no uso da inovação, porém a inclusão do tema no planejamento teve um significativo aumento já que quase todas as empresas têm como pauta em suas reuniões executivas. Nos próximos anos, pode-se esperar benefícios tangíveis para clientes, fornecedores e executivos, tudo por conta das rupturas e avanços tecnológicos que, por meio das análises dos cases, observamos que muitas empresas estão investindo nas plataformas de internet das coisas e, uso da inteligência digital para prover rápido acesso às informações com o objetivo maior de oferecer experiência diferenciada ao usuário.

METODOLOGIA A 16ª EDIÇÃO DO PRÊMIO AS 100+ INOVADORAS NO USO DE TI, REALIZADO PELA IT MÍDIA EM PARCERIA COM A PWC, AVALIOU O MERCADO BRASILEIRO QUANTO À INOVAÇÃO APLICADA AOS NEGÓCIOS, POR MEIO DO ENTENDIMENTO DAS INICIATIVAS, PRIORIDADES E EXPECTATIVAS DOS CIOS PARTICIPANTES DA PESQUISA. NA ANÁLISE, FORAM CONSIDERADOS CASES DE SUCESSO OU QUALQUER INICIATIVA QUE APOIOU A EMPRESA EM ALGUM PROCESSO E QUE TENHA CONTRIBUÍDO COM RESULTADO DIRETO OU INDIRETO NA COMPANHIA. APÓS O PERÍODO DE COLETA, OS CASES DE SUCESSO PASSARAM POR ANÁLISE DO COMITÊ JULGADOR, FORMADO POR PWC, IT MÍDIA E ESPECIALISTAS EM DIVERSOS TEMAS DE TECNOLOGIA E DE SEGMENTOS DE MERCADO. OS RESULTADOS FORAM AVALIADOS E O RANKING FOI COM AS 100 EMPRESAS QUE CONSEGUIRAM MOSTRAR A MELHOR COMBINAÇÃO ENTRE IDEIA INOVADORA E SUA UTILIZAÇÃO PRÁTICA NO CONTEXTO DO NEGÓCIO. PARTICIPARAM DA EDIÇÃO 2016 DA PESQUISA 218 EMPRESAS, DISTRIBUÍDAS EM 20 INDÚSTRIAS DE ATUAÇÃO. FORAM ENVIADOS 185 CASES DE INOVAÇÃO. A MAIORIA DOS RESPONDENTES FOI DA REGIÃO SUDESTE (71%), SEGUIDA PELAS REGIÕES SUL, COM 15%, E CENTROOESTE, COM 7%. DOS ENTREVISTADOS, 90% APRESENTAM FATURAMENTO SUPERIOR A R$ 100 MILHÕES E 57% FATURAM MAIS DE R$ 1 BILHÃO – O QUE DEMONSTRA A FORÇA DO UNIVERSO DAS EMPRESAS PARTICIPANTES DA PESQUISA. ALÉM DISSO, 18% DOS ENTREVISTADOS DISSERAM POSSUIR ORÇAMENTOS ANUAIS DE TI SUPERIORES A R$ 100 MILHÕES – O QUE REPRESENTA UMA FAIXA ENTRE 1% A 2% DO FATURAMENTO ANUAL.

COMO AS 100+ INOVADORAS ENXERGAM O TEMA? A PREOCUPAÇÃO COM O PLANEJAMENTO E A EXECUÇÃO DE INICIATIVAS DE INOVAÇÃO EVOLUÍRAM SIGNIFICATIVAMENTE EM COMPARAÇÃO COM A PESQUISA ANTERIOR, MAS HÁ AINDA ITENS PARA SEREM MELHORADOS:

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2015

2016

PARTICIPANTES QUE AFIRMARAM QUE A TI ATUA DE FORMA INTENSA NOS PROJETOS DE INOVAÇÃO

57%

63%

EMPRESAS QUE INFORMARAM NÃO POSSUÍREM UM PLANO ESTRATÉGICO DE TI QUE SUPORTE AÇÕES DE INOVAÇÃO

40%

5%

EMPRESAS QUE INFORMARAM NÃO POSSUIR MECANISMO FORMAL PARA QUE AS OUTRAS ÁREAS DA EMPRESA PARTICIPEM DO TEMA DE INOVAÇÃO

20%

17%

EXECUTIVOS DE TI QUE COMPARTILHAM A OPINIÃO DE QUE O SUCESSO DA INOVAÇÃO É MEDIDO PELO VALOR EXPLÍCITO AGREGADO AO NEGÓCIO

68%

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Como a organização enxerga a inovação

35,3%

A orgAnizAção entende A inovAção como pArte importAnte no desenvolvimento dos negócios, porém não existe um processo formAl pArA suA continuidAde

29,3%

A orgAnizAção entende A inovAção como pArte importAnte no desenvolvimento dos negócios. existem plAnos consistentes pArA seu trAtAmento Assim como incentivos pArA que todos os funcionários trAgAm novAs ideiAs de produtos, serviços, processos, entre outros

27,6%

A orgAnizAção entende A inovAção como pArte importAnte no desenvolvimento dos negócios. existem plAnos consistentes pArA seu trAtAmento e ferrAmentAs que gerenciAm o processo de documentAção de novAs ideiAs enviAdAs pelos funcionários (produtos, serviços)

6,50%

Alguns gestores entendem que A inovAção é importAnte pArA o negócio, mAs pouco é feito pArA A gestão desse processo

1,3%

A orgAnizAção não entende que A inovAção é importAnte pArA o negócio

3,9% 0,4% perCentual do investimento em ti destinado para inovação

15,9% não temos vAlores de investimento pArA inovAção definido

44%

o vAlor destinAdo pArA inovAção é Até 25% do orçAmento de ti o vAlor destinAdo pArA inovAção é entre 26% A 50% do orçAmento de ti o vAlor destinAdo pArA inovAção é entre 51% A 75% do orçAmento de ti o vAlor destinAdo pArA inovAção é entre 76% A 100% do orçAmento de ti

35,8%

3,06% partiCipação da ti nos proCessos de inovação

21,40%

12,66%

ti não se envolve nos projetos de inovAção, sendo ApenAs AvisAdA quAndo dA necessidAde de AvAliAr As questões de tecnologiA ti envolve-se informAl e indiretAmente com os projetos de inovAção ti AtuA de formA intensA nos projetos de inovAção ti é incubAdorA de projetos de inovAção

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PLANO ESTRATÉGICO DE TI ALINHADO COM A ÁREA DE NEGÓCIOS

37,1%

O PLANO ESTRATÉGICO DE NEGÓCIOS (PEN) E O PLANO ESTRATÉGICO DE TI (PETI) SÃO ATUALIZADOS E ALINHADOS PERIODICAMENTE E O CIO ATUA COMO VERDADEIRO PARCEIRO DE NEGÓCIO, ENTENDE A NECESSIDADE DE NEGÓCIOS, IMPULSIONA MUDANÇAS EMPRESARIAIS POR MEIO DE AÇÕES DE TECNOLOGIA E DE INOVAÇÃO

33,2%

OS OBJETIVOS DE LONGO PRAZO SÃO DIFERENCIADOS DOS OBJETIVOS TÁTICOS E OS SERVIÇOS DA TI SÃO PRIORIZADOS COM ANÁLISE DE CUSTO E BENEFÍCIO. TI DEMONSTRA QUANTO INVESTE EM CADA AÇÃO CONSIDERANDO AS TENDÊNCIAS DE MERCADO E DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DA EMPRESA

14%

HÁ UM PLANO QUE ESTABELECE AS FUTURAS ATIVIDADES DA TI E QUE ABRANGE AS PRINCIPAIS UNIDADES ORGANIZACIONAIS, PORÉM TI ESTÁ FRAGMENTADA NOS PLANOS DE CADA UMA DESTAS UNIDADES DE NEGÓCIO

9,2%

A EMPRESA RECONHECE A NECESSIDADE DE UMA ABORDAGEM MAIS EFICAZ E FORMAL PARA A TI E REALIZA EXERCÍCIOS PERIÓDICOS/ AD-HOC PARA REVER AS DIRETRIZES

6,6%

NÃO HÁ ESTRATÉGIA DEFINIDA OU PEN NÃO ESTÁ ALINHADO COM O PLANO DE TI (PDTI) OU O PLANEJAMENTO DE TI ESTÁ COM BASE EM AÇÕES DE CURTO PRAZO

PROCESSO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO

9,3%

A INOVAÇÃO É INCENTIVADA, PORÉM FICA A CARGO DE CADA UNIDADE DE NEGÓCIO A PESQUISA, ENTENDIMENTO E JUSTIFICATIVA DO PROJETO EXISTE UM PROCESSO ESTRUTURADO, IMPLEMENTADO E FORMALIZADO PARA INICIATIVAS DE INOVAÇÃO, INTEGRADO À EMPRESA. ESSE PROCESSO É MONITORADO E JÁ APRESENTA REAIS BENEFÍCIOS À EMPRESA

33,9%

16,7%

EXISTE UM PROCESSO FORMALIZADO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO, PORÉM SE RESTRINGE SOMENTE AO NÍVEL EXECUTIVO O PROCESSO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO É MADURO, COM PROCESSOS ESTRUTURADOS E AMPLAMENTE DIFUNDIDO NA ORGANIZAÇÃO

18,5% 21,6%

OS PROCESSOS DE GESTÃO DE INOVAÇÃO NÃO SÃO DOCUMENTADOS E AS INICIATIVAS NÃO SÃO ESTRUTURADAS

DECISÕES DE INVESTIMENTOS EM PROJETOS DE INOVAÇÃO

4,4%

EXISTE PROCESSO FORMAL, PADRONIZADO E OTIMIZADO NA EMPRESA PARA TOMADA DE DECISÃO, COM ESTUDO DE VIABILIDADE E ANÁLISE DE RISCOS A EMPRESA EXIGE FORMALIZAÇÃO PARA AS TOMADAS DE DECISÃO INTEGRADA COM ÁREA DE NEGÓCIO A TOMADA DE DECISÃO ESTÁ SUPORTADA POR UM PROCESSO FORMAL, PADRONIZADO E OTIMIZADO COM INDICADORES DE QUALIDADE E FOCO NA ÁREA DE NEGÓCIO. TI É ALAVANCADORA DA INOVAÇÃO NA COMPANHIA E OS RESULTADOS SÃO FACILMENTE MENSURADOS / MONITORADOS A INFORMAÇÃO PARA TOMADAS DE DECISÃO É FORNECIDA DE DESESTRUTURADA ATRAVÉS SEM CRITÉRIOS FORMAIS DEFINIDOS

11,9% 33,9% 21,1%

28,6%

NENHUMA INFORMAÇÃO É FORNECIDA PARA APOIAR AS DECISÕES DA ALTA ADMINISTRAÇÃO RELACIONADAS A PROJETOS DE INOVAÇÃO. AS DECISÕES DE INVESTIMENTO SÃO TOMADAS COM BASE EM NECESSIDADES PONTUAIS

078

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impacto das megatendências nas organições nos próximos três anos 46% % 8,8% 8%

%

6,6

3,5

1,8%

Sem impacto

% 20,4

% % 6,4 18,6 15,5% 9,7% 1

impacto mínimo

%

54,9

% 43,4 30,1%37,2%

% % % % 29,6% 29,6 37,6 43,4

26,5

0%

impacto moderado

impacto máximo

1,8% 1,3% 4%

% ,4% ,4% 1,8% ,4% 0 0 0 0,4

1,8%

não Sei

não aplicável

Mudanças deMográficas (cresciMento explosivo da população e populações envelhecidas) Mudanças no poder econôMico (Mudança no poder e coMpetição associada coM países desenvolvidos e eMergentes) urbanização acelerada (fenôMeno global de alto cresciMento da população que se Move de áreas rurais para grandes centros urbanos) Mudanças cliMáticas / escassez de recursos (auMento de cliMas extreMos, auMento nos níveis MarítiMos e escassez de coMida, coMbustíveis e outros recursos naturais) rupturas tecnológicas (indústrias e negócios inteiros se forMando coMo resultado da internet, Mobilidade, coMputação eM nuveM, robótica, etc)

relação de ameaças do mercado com o crescimento do negócio % 59,7 %

% 9,7% 5,8% 6,2%

3,5

Sem preocupação

% 26,5 15,9

% ,3% 20,8 24

% ,1% % 49,6 49

40,7

% ,1% 23% % 19,9 20,8 22 0%

não muito preocupado

preocupado

extremamente preocupado

% ,9% ,4% 0 0,9 0

não Sei

velocidade da Mudança tecnológica inabilidade de proteger propriedade intelectual / dados dos clientes inabilidade de coletar, entender e agir eM ciMa de todos os dados sobre os seus clientes produtos, coMpanhia e colaboradores inabilidade de entender e adotar rapidaMente novas tecnologias para ser coMpetitivo

concordância no ambiente de ti % ,9% % % 49,3 39,1% 47,6 49,3 52 % ,7% ,1% ,2% % 10 17,3 19 20,4 22

concordo completamente

% % % 22,7% 22,2 29,8 % 20,9

19,1

concordo

nem concordo nem diScordo

% ,7% ,1% % % 11 10,7 14 9,8 8,9

diScordo

% ,9% % 0 0 0,4

% 0,9 0%

diScordo completamente

nosso aMbiente integra perfeitaMente novas tecnologias regularMente construíMos protótipos para explorar tecnologias eMergentes pró-ativaMente avaliaMos o plano de riscos eM segurança e privacidade eM projetos de inovação entregaMos nossos projetos de inovação dentro do prazo, orçaMento e de acordo coM o escopo utilizaMos efetivaMente os dados que capturaMos para direcionar o negócio

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079

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1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | R A N K I N G

2016 2015 2014

Empresa

Categoria

CIO

12

50

SABESP

UTILITIES

OSVALDO PAZIANOTTO

*

*

BANCO ORIGINAL

BANCOS

WANDERLEY BACCALA

10

10

BANCO BRADESCO

BANCOS

MAURÍCIO MINAS

32

57

RECEITA FEDERAL

SETOR PÚBLICO

CLAUDIA ANDRADE

7

*

GM

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, AUTOPEÇAS E MECÂNICA

FERNANDO ROSTOCK

87

*

KROTON EDUCACIONAL

EDUCAÇÃO

AILTON BRANDÃO

35

29

PROCERGS

SETOR PÚBLICO

ANTONIO RAMOS GOMES

21

19

CPFL ENERGIA

UTILITIES

MARCELO CARRERAS

5

*

CI&T

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) DANIEL JEROZOLIMSKI

10ª

*

*

UNIÃO FARMACÊUTICA

FARMACÊUTICA

JOSÉ SIMÕES

11ª

11

21

UNILEVER

BENS DE CONSUMO, ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

EDDY SALINAS

12ª

28

26

ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS

FARMACÊUTICA

EDUARDO KONDO

13ª

89

6

CENIBRA

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

RONALDO RIBEIRO

14ª

*

*

VIVO

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) ALESSANDRA BOMURA

15ª

*

*

EDENRED

SERVIÇOS FINANCEIROS

LUIZ AFONSO

16ª

91

20

CAESB

UTILITIES

MÁRCIA SABINO DUARTE

17ª

*

*

ASTRAZENECA

FARMACÊUTICA

ALEXSANDRO VILAROUCA

18ª

*

*

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

SETOR PÚBLICO

FERNANDO SIQUEIRA

19ª

79

72

FIBRIA CELULOSE

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

WILSON LOPES

20ª

*

*

RAIZEN

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

FABIO MOTA

21ª

39

*

AMIL ASSISTENCIA MÉDICA

SAÚDE

LEONARDO FERREIRA DE ALMEIDA

22ª

14

5

BANCO DO BRASIL

BANCOS

GERALDO DEZENA

23ª

*

49

CHEVRON TEXACO

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

MARCELO COUTO FERRAZ

24ª

*

*

NIDERA SEMENTES

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

EDUARDO OLIVEIRA

25ª

27

45

PIF PAF ALIMENTOS

BENS DE CONSUMO, ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

AUGUSTO CARELLI

26ª

*

*

BIOSEV

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

RICARDO ROMANELLI

27ª

57

12

COCAMAR

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

PAULA REBELO

28ª

83

*

RODOBENS

SERVIÇOS FINANCEIROS

MARCOS ADAM

29ª

52

*

UNIMED BELO HORIZONTE

SAÚDE

ALEXANDRE FLORES

30ª

71

*

LAR

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

ADEMIR PEREIRA DA SILVA

31ª

29

33

DSM - TORTUGA

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

VALDEMIR RAYMUNDO

32ª

*

*

LIVRARIA CULTURA

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

JESUS GARCIA

33ª

23

*

GÁS NATURAL FENOSA - CEG

UTILITIES

FLAVIO CAMPOS

34ª

24

43

ALGAR TELECOM

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) MELISSA KFOURI

35ª

*

55

MINERACAO TABOCA

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

AILTON TEIXEIRA

36ª

40

4

GRUPO CCR

HOLDING

CRISTIANE GOMES

37ª

26

53

VOTORANTIM

HOLDING

JOÃO DONIZETI

38ª

55

88

ECAD

SERVIÇOS

JOSÉ PIRES

39ª

*

*

UNIVERSIDADE FEEVALE

EDUCAÇÃO

CARLOS SCHWARTZHAUPT

40ª

*

*

JALLES MACHADO

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

EDER JUNQUEIRA

41ª

53

*

KINROSS GOLD

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

EDUARDO MAGALHAES

42ª

2

70

PORTO SEGURO

SEGURADORAS

ITALO FLAMMIA

43ª

*

*

TERMOMECANICA

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

WALTER SANCHES

44ª

66

*

ALGAR EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

HOLDING

DIOGO MARTINS

45ª

*

*

SANTA HELENA SAÚDE

SAÚDE

ADRIANO GLIORSI

46ª

*

*

GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

PAULO PALAIA

47ª

77

*

AUTOGLASS

SERVIÇOS

FABRICIO FERRI

48ª

45

*

TEKSID

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

WELLINGTON EUSTAQUIO

49ª

*

23

TCP - TERMINAL DE CONTÊINERES DE PARANAGUÁ

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

DIEGO NEUFERT

50ª

*

*

SUPERGASBRAS

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

MARCUS MOREIRA

080 R E V I S T A I T F O R U M | 0 2 . 2 0 1 6

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2016 2015 2014

Empresa

Categoria

CIO

51ª

*

94

ANGLO GOLD ASHANTI

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

PEDRO AUGUSTO OLIVEIRA

52ª

*

*

BAYER

FARMACÊUTICA

EMILIO BURLAMAQUI

53ª

8

*

ODONTOPREV

SAÚDE

MARCELO GALVÃO

54ª

75

*

MRV ENGENHARIA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

REINALDO SIMA

55ª

18

67

SERASA EXPERIAN

SERVIÇOS FINANCEIROS

LISIAS LAURETTI

56ª

*

*

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)

SAÚDE

VALTER SILVA

57ª

86

*

NUFARM

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

MARCOS BUENO

58ª

85

2

AES ELETROPAULO

UTILITIES

ANTONIO NARVAEZ

59ª

*

*

SANOFI

FARMACÊUTICA

MAURICIO VIEIRA

60ª

51

48

DELL

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) ROBERTO PETRY

61ª

9

65

CCEE

UTILITIES

DARIO ALMEIDA

62ª

82

73

DUKE ENERGY

UTILITIES

LEANDRO WAINGURT

63ª

37

56

EATON

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, AUTOPEÇAS E MECÂNICA

CARLOS LANFREDI

64ª

*

*

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO (SES-SP)

SAÚDE

MARCIO BICZYK

65ª

67

44

FMC QUÍMICA DO BRASIL

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

VANDERLEI ANDRADE

66ª

22

18

ENERGISA

UTILITIES

MIURA SCHERER

67ª

*

*

ADIDAS DO BRASIL

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

ALEXANDRE NASCIMENTO

68ª

*

*

NATURALLE AGRO

AGRONEGÓCIO E SERVIÇOS RELACIONADOS

FERNANDO RICCIARDI

69ª

*

*

SER EDUCACIONAL

EDUCAÇÃO

JOALDO DINIZ

70ª

*

*

TAKEDA

FARMACÊUTICA

SONIA MARIA CASTRAL

71ª

42

63

TECBAN

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) ROBERT BAUMGARTNER

72ª

76

34

UNIMED PORTO ALEGRE

SAÚDE

ANTONIO PIRES

73ª

*

*

SAEB

SETOR PÚBLICO

MURILO SERAFIM DA COSTA

74ª

68

*

DEMAREST ADVOGADOS

SERVIÇOS

NILSON BUSTO

75ª

19

*

OURO E PRATA

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

CESAR PERRENOUD

76ª

13

*

ASSAÍ ATACADISTA

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

ANDRE CAMPOS

77ª

100

*

GRUPO SADA

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

REGINALDO ASSIS

78ª

*

*

CAPGEMINI

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) CHRISTIAN GUT

79ª

*

*

ARTESP

SETOR PÚBLICO

ANDRE LUIS PINA

80ª

*

*

SULAMÉRICA SEGUROS

SEGURADORAS

CRISTIANO BARBIERI

81ª

43

9

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BANCOS

ROBERTO ZAMBON

82ª

56

*

GLOBOSAT PROGRAMADORA

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) ALEXANDRE DOS SANTOS

83ª

81

*

COELHO DA FONSECA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

ANDRE TELLES

84ª

*

*

SOROCA REFRESCOS

BENS DE CONSUMO, ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

GERSON AGOSTINHO

85ª

*

41

J.MACÊDO

BENS DE CONSUMO, ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

LUCIANO BORTOLUZZI

86ª

*

*

MITSUBISHI MOTORS

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, AUTOPEÇAS E MECÂNICA

EDUARDO ZALAMENA

87ª

*

*

ADAMI MADEIRAS

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

LUCIANO ROSSETE

88ª

36

*

ALELO

SERVIÇOS FINANCEIROS

DANILO ZIMMERMANN

89ª

73

*

RENAULT

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, AUTOPEÇAS E MECÂNICA

ANGELO FIGARO

90ª

61

*

LIBERTY SEGUROS

SEGURADORAS

ANA LUCIA D 'AMARAL

91ª

49

11

VALE

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

ALEXANDRE PEREIRA

92ª

*

*

BONASA

BENS DE CONSUMO, ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

EDSON SOUZA

93ª

33

*

SUPERMERCADOS ABC

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

UBIRAJARA SANTOS

94ª

46

87

CYRELA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

ROBERTO NAKAMOTO

95ª

15

*

WEG

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

WANDAIR GARCIA

96ª

*

*

SPC BRASIL

SERVIÇOS FINANCEIROS

RICARDO ALMEIDA

97ª

*

*

RUMO ALL

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

ROBSON SCHMIDT

98ª

*

7

CPQD

INDÚSTRIA DIGITAL (TI, TELECOM E MÍDIAS DIGITAIS) ROBERTA GALLI

99ª

94

66

CSN

SIDERURGIA, METALURGIA E MINERAÇÃO

FABIO FARIA

100ª

90

*

MANGELS INDUSTRIAL

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, AUTOPEÇAS E MECÂNICA

FABIANA MARQUES

* Não ranqueado I T F O R U M 3 6 5 . C O M . B R 081

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1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | U T I L I T I E S 1º LUGAR NO RANKING GERAL

INTELIGÊNCIA QUE VEM

da água Por DÉBORAH OLIVEIRA

COM INTERNET DAS COISAS, SABESP PASSA A SUPERVISIONAR, CONTROLAR, MEDIR E OBTER DADOS A DISTÂNCIA DE MANANCIAIS QUE ABASTECEM 365 MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

para aumentar o volume de água reservada, ampliar a capacidade de tratamento e interligar áreas de abastecimento. Essa movimentação permitiu que bairros que eram atendidos antes da crise pelo Cantareira, principal sistema até então, passassem a ser abastecidos por outros sistemas. Por enquanto, as obras mais importantes já concluídas são a ligação Rio Grande – Alto Tietê, as unidades de membranas nas estações de tratamento de água do Guarapiranga e do Rio Grande e a captação do Guaió.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em 2014, São Paulo viveu uma das piores crises hídricas da sua história. As chuvas esperadas para o período não aconteceram e os reservatórios secaram. Foram dias difíceis para os quase 30 milhões de habitantes da metrópole que são abastecidos pela Sabesp, empresa de economia mista responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 365 municípios do Estado de São Paulo. Entre as ações contra a crise, foram realizadas cerca de 500 obras de pequeno, médio e grande portes

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Contudo, um elemento foi chave para que uma operação desse porte fosse colocada em prática o mais rápido possível e o Estado pudesse respirar aliviado: a TI. Osvaldo Pazianotto, superintendente de TI da Sabesp, e seu time tiveram de agir rapidamente, em função da criticidade da situação, lembra o executivo. “Esse foi um grande desafio. Montamos um plano de ação para mudar a situação por meio da tecnologia”, conta. O trabalho foi vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Utilities e primeiro lugar no ranking geral. O esforço girou em torno de prover uma plataforma em linha com o conceito de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), visando aprimorar o processo de automação, com telemetria e telecomando, para medir o nível da água nos reservatórios. Tudo isso com segurança e menor custo. “A tecnologia nos permitiu a supervisão, o controle, a medição e a obtenção de dados a distância”, detalha. A solução possibilitou, ainda, medição do consumo de água em tempo real, identificação de potenciais vazamentos por desvio do padrão de consumo ou divergência entre o volume de água disponibilizado e consumido na região. Além do apoio aos serviços de campo com tecnologia móvel, monitorando o tempo de atendimento aos chamados e otimização de rotas dos técnicos em campo. Segundo o executivo, sensores geograficamente distribuídos nos reservatórios efetuam a coleta de informações e, em seguida, realizam a transmissão dos dados para uma central de controle, que tem a função de receber, acompanhar e realizar a análise e a gestão das informações. Para suportar o novo ambiente, a Sabesp teve de investir em nova infraestrutura de data center, armazenamento, cloud computing, telecom, mobilidade, RFID, segurança da informação e modernização dos sistemas corporativos. “Remodelamos o centro de dados principal e construímos um site de contingência Tier III. Assim, garantimos a estabilidade do coração da estratégia”, relata. Pronta Para o que vem Por aí Pazianotto destaca que o novo contexto faz da Sabesp pronta para o futuro. “O crescimento populacional desordenado, o elevado índice de perda de água em sua distribuição (31,2%), as ameaças ecológicas, os desastres naturais e as alterações climáticas, tornaram imperativo uma gestão 'inteligente' da água”, justifica, completando que o contexto demanda tecnologia de informação e saneamento caminhando juntos. Por meio de sensores inteligentes nas tubulações de água e analytics, a Sabesp será capaz de atingir a meta de redução de perda do recurso natural na próxima década, além de adotar uma abordagem pró-ativa para o controle de enchentes e o aproveitamento de águas pluviais, bem como a identificação de pontos de risco ou bloqueios nas redes de água, antes que grandes danos ocorram. “Além disso, a redução de perdas e a gestão inteligente da água têm impacto direto no controle ambiental, otimização da

captação de água dos mananciais, redução de custos no tratamento e distribuição de água”, comenta. Segundo o executivo, a empresa trabalha agora no ajuste de seu Plano Diretor e alguns cenários já foram projetados. Um dos exemplos é o Sistema Produtor de Água São Lourenço. O sistema em construção embaixo da rodovia Raposo Tavares será responsável por transportar água tratada e, quando estiver pronto, o empreendimento atenderá até 2 milhões de moradores da Região Metropolitana de São Paulo. Para estimar como funcionará essa operação, a Sabesp usou analytics e já projetou uma série de cenários possíveis até 2045. De Ponta a Ponta Por mapear toda a rede de distribuição, a Sabesp tem, agora visibilidade de tudo o que acontece e ajudar na prevenção de problemas maiores. “Nas Penitenciárias, por exemplo, com base no aumento repentino no consumo de água, podemos sinalizar uma potencial rebelião dos presos, uma vez que as torneiras são quebradas em ações dessa natureza”, explica. Pazianotto destaca, ainda, que a mudança gerou redução significativa de perdas no decorrer dos últimos anos em função de ações de combate a fraudes, caça vazamentos e redução da pressão de vazão em virtude da crise hídrica. Somente em 2015, a queda foi de 28%. No mesmo ano, a empresa teve retorno financeiro de mais de R$ 32 milhões ao controlar perdas e combater fraudes. Nos próximos dias, a Sabesp pretende, ainda, tornar o processo de controle de perdas ainda mais colaborativo, com melhorias importantes em seu aplicativo Sabesp_App. Em junho, a empresa lançou o app que permite que seus clientes informem sobre vazamentos de água ou esgoto em vias públicas e/ou residências da Região Metropolitana de São Paulo e Região Bragantina. Oferecido gratuitamente, o “Sabesp_App” pode ser utilizado em aparelhos com sistema operacional Android e iOS, incluindo smartphones e tablets e ele ganhará recursos mais robustos para tornar o processo de registro de problemas mais rápido e fácil. “É a TI fazendo seu papel de contribuir para o negócio e, nesse caso, para o cidadão”, finaliza. itf

Finalistas da categoria 1º SabeSp - OSvaldO pazianOttO 2º CPFL - MarCeLo Carreras 3º CaesB - MárCia saBino

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1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | A G R O N E G Ó C I O E S E R V I Ç O S R E L A C I O N A D O S

RAÍZEN CRIA CENTRO DE CONTROLE INTELIGENTE E AMPLIA EFICIÊNCIA DA OPERAÇÃO DE 19 USINAS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM REGIÕES AGRÍCOLAS

PENTÁGONO DA

tecnologia Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

A Raízen é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do País, ocupando a primeira posição no ranking nacional, e a maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional. Produz 4,1 bilhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e 2,1 bilhões de litros de etanol anualmente, considerado o “biocombustível do futuro”, por ser produzido a partir da fermentação da cana-de-açúcar. A grandiosidade dessa indústria sucroalcooleira gerou o desafio de tornar ainda mais eficiente a operação de 19 de suas 24 usinas de cana-de-açúcar, que possuem áreas agrícolas, com base no controle unificado do seu funcionamento e logística. Foi então que em janeiro de 2016 começou a ser desenhado o projeto batizado de Pentágono, que arrebatou este ano o prêmio de As 100+ Inovadoras no Uso da TI, na categoria Agronegócio e Serviços Relacionados. “O nome foi inspirado no Pentágono, referência da sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que serve ao exército norte-americano com sua inteligência”, diz o diretor de TI da Raízen, Fabio Mota, acrescentando que para a concepção da iniciativa, foram envolvidos profissionais do time de TI e de variadas áreas estratégicas da empresa, reunidos em grupos multidisciplinares. A complexidade do negócio tornou ainda mais desafiante a proposta de centralização do controle. Isso porque abriga operações agrícolas, que envolvem cerca de 2 mil equipamentos entre colhedoras, tratores, caminhões e frotas de apoio, além de 7 mil pessoas. Nesse ambiente, cada uma das 19 usinas tinha um modelo de gestão próprio, que estava gerando bons resultados, contudo poderiam ser ainda melhores com a atuação do Pentágono. Uma premissa ousada, considerando mexer em operações vencedoras, mas que, segundo Mota, foi apoiada em inúmeras pesquisas realizadas não somente no Brasil como no exterior. O Pentágono iniciou com uma manobra de mestre, tomando como pilar o estudo dos processos praticados

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em cada uma das usinas. “Dessa forma, conseguimos elaborar um modelo padronizado, aproveitando as melhores práticas de todas elas”, destaca, descrevendo que foi como montar um grande “Lego” de soluções. CENTRO DE INTELIGÊNCIA O Pentágono entrou em operação em março deste ano e concluiu sua extensão em novembro, com a inclusão da usina Andradina. Ele foi montado no Polo Piracicaba da Raízen, no interior paulista, que abriga as usinas Santa Helena, São Francisco, Costa Pinto e Rafard. É nesse centro que são controlados o funcionamento e a logística de todas as usinas. Para que a centralização das operações fosse possível, novas tecnologias e conceitos foram usados como internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), dispositivos móveis e aplicativos desenvolvidos internamente, comunicação de rádio via satélite, analytics, comunicação entre equipamentos e computadores de bordo. Mota diz que cada componente da solução foi testado por meio de provas de conceito com vários fornecedores e parceiros do projeto. Em regime 24x7, trabalham 60 operadores, monitorando toda a movimentação nas usinas a partir de telas, onde é possível gerenciar informações críticas por meio de imagens e indicadores que permitem análise e tomadas de decisão em tempo real. “Contamos também com alertas emitidos para smartphones de profissionais que estão nos campos, em fazendas de cana-de-açúcar. As ações podem ser tomadas de imediato. Com esse controle, nos tornamos muito mais eficientes. Em nenhum momento, um maquinário fica parado, caminhões não ficam ociosos e não formam fila de espera”, diz o diretor de TI, para quem o Pentágono está cumprindo com seus objetivos. A gestão centralizada também já proporcionou, segundo Mota, ganhos significativos como identificar o uso desnecessário de um determinado número de equipamentos e caminhões, enxugando as gorduras e

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tornando a operação mais sustentável financeiramente, permitindo novos investimentos. BARREIRAS VENCIDAS Na trilha de evolução do Pentágono, o time de TI da Raízen teve de superar variadas barreiras. Uma delas foi a da comunicação. A operação da indústria acontece em regiões agrícolas completamente diferentes e distantes umas das outras, muitas em lugares ermos. Elas totalizam cerca de 800 mil hectares, o equivalente a 800 mil campos de futebol, e tinham se apresentado como pedra no sapato do desenvolvimento do Pentágono. Sem contar que, segundo Mota, existem lugares que não possuem nenhum sinal para realizar ligações celulares ou acesso à internet. “Precisávamos juntar os mundos campo e urbano.” E revela a lição de casa: “Entre outras pesquisas, fomos saber o que o exército norte-americano usa para se comunicar em regiões ermas, o que a China usa nas mesmas condições, tudo para aprender como interagir com nossas terras distantes para unificar o controle”. Em lugares que não havia sinal para a comunicação, foram usadas “antenas itinerantes”, transportadas em pick-ups, com o objetivo de replicar sinais. Dessa forma, ele prossegue, mais uma barreira foi derrubada para a transmissão de dados. Os caminhões equipados com computadores de bordo para dados, via GPS, assim como todo o maquinário agrícola, abrigando tecnologias para coleta de informações e recursos de comunicação, nem sempre trafegam por regiões que possuem sinais. A solução encontrada foi o uso da tecnologia Mesh, que permite comunicação entre máquinas, formando uma única rede entre elas. A primeira que consegue um sinal no percurso, transmite para a central os dados das outras. Mas ainda havia outra questão crítica: a comunicação por meio de voz entre Pentágono e usinas. Para os lugares com esse

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impedimento, o Polo Piracicaba recebe o sinal de rádio, o converte em IP, que é enviado por link para as usinas, que o converte em voz. “Descrevendo, parece que é algo demorado, mas isso acontece em alta velocidade, caracterizando uma comunicação por voz normal. Levamos voz a toda a região”, garante Mota. A flexibilidade de comunicação no campo para troca de dados e estar em linha com o Pentágono acontece por meio de smartphones concedidos aos profissionais, que também recebem alertas do sistema de monitoramento sobre algum incidente nas usinas. Outro recurso importante é o aplicativo desenvolvido internamente, que aproximou mais a central do time que trabalha no campo. Os profissionais autorizados podem baixá-lo pela intranet da empresa e assim agilizam a comunicação e ampliam a eficiência. O Pentágono é considerado por Mota, que está há cinco anos à frente da TI da Raízen, um dos projetos mais interessantes da empresa. Ele não esconde o prazer de trabalhar em uma campeã da indústria sucroalcooleira, gerando a energia do futuro, apostando na inovação e na eficiência sustentável por meio da tecnologia da informação. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º RAÍZEN - FABIO MOTA 2º NIDERA SEMENTES - EDUARDO OLIVEIRA 3º BIOSEV - RICARDO ROMANELLI

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digital Até pouco tempo, para abrir uma conta em um banco era preciso ir até uma agência, levar uma série de documentos, aguardar alguns dias até que a efetivação do processo e mais outros para receber os cartões em casa. Uma operação complexa, que consumia bastante tempo do cliente. O Banco Original, no entanto, quebrou esse modelo tradicional e levou o procedimento 100% para o digital. Em 2013, o Original iniciou investimentos na construção de uma plataforma digital, um aplicativo, com proposta inovadora de abrir conta corrente totalmente pelo celular. Em março de 2016, o projeto ganhou vida. “A abertura de conta on-line se mistura com a história do Original de criar um banco com visão diferente, na qual é possível atender ao cliente em qualquer lugar com a conveniência de que precisa, na forma que deseja se relacionar com o banco e no formato da sua preferência, tudo por meio do dispositivo móvel”, explica Wanderley Baccalá, CIO do Banco Original, que levou para casa o prêmio de As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Bancos. O processo de abertura de contas é simples, consumindo de sete e a dez minutos para ser finalizado, mas demandou uma série de tecnologias por trás para assegurar que todos os requerimentos de conformidade

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Por DÉBORAH OLIVEIRA

EM BUSCA DE NOVOS MÉTODOS DE ABERTURA DE CONTAS, O BANCO ORIGINAL PROMOVEU VERDADEIRA DISRUPÇÃO NO MERCADO FINANCEIRO AO LEVAR O PROCESSO PARA O APLICATIVO SEJA ORIGINAL

legal e regulatória fossem atendidos, bem como todas as medidas internas de mitigação de riscos contempladas na solução. Baccalá explica que, como a abertura é feita a distância, o banco teve de criar mecanismos para garantir que o dono da conta era quem dizia ser. Assim, depois que ele insere no aplicativo informações básicas, precisa tirar uma selfie e fazer um vídeo. Nesse processo, não é possível pegar fotos da galeria de imagens do celular, levando acuracidade para a abertura de contas. É, ainda, preciso enviar fotos dos documentos, como comprovante de residência e carteira de identidade. “Cruzamos os dados enviados com informações públicas sobre o contato e fazemos uma série de checagens sobre o comportamento do cliente no universo digital. Feito isso, temos um processo rigoroso interno, como análise de renda, tudo em linha com o Banco Central”, esclarece o executivo. De um a, no máximo, três dias, o cliente recebe a confirmação da abertura. Depois que o cliente já tem relacionamento com o banco, o Original passa a analisar o comportamento dele e sugere serviços para que ele faça melhor gestão da vida financeira e tenha seu dia a dia facilitado. PARA O ALTO O executivo explica que a ideia de criar um aplicativo de abertura de contas on-line surgiu em um brainstorming interno que buscava um modelo diferenciado de aquisição de clientes e que pudesse fazer com que o banco crescesse de forma rápida. A iniciativa contou com a participação ativa das equipes de inovação do Original e diversas áreas como Canais, TI, Operações e Comercial. A TI foi vital no processo. Segundo ele, todas as soluções desenvolvidas foram projetadas de forma a proporcionar rapidez e flexibilidade para auxiliar os gestores de negócio no objetivo de traçar estratégias de aumento de receitas e redução de custos. Segundo ele, no começo de 2015, as ideias foram postas a prova em um protótipo real para materializar tanto a experiência do usuário, quanto o alinhamento com as regras impostas pelo Banco Central. Após a validação junto ao regulador, o projeto teve início e envolveu toda a organização. Vencida essa etapa, nos bastidores havia, ainda, o desafio de integrar diversas partes sistêmicas em uma única solução, realizar testes integrados com todas as funções e coordenar as diversas

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equipes de forma a cobrir todas as situações para garantir qualidade. Um arsenal tecnológico foi adotado. Para o app utilizado pelo futuro cliente foi utilizado um conjunto de soluções para captura de imagens e vídeos, além da plataforma de desenvolvimento de aplicações móveis. Um motor de inteligência totalmente assíncrono e automático monitora o processo de abertura e se integra à solução de analytics. Além disso, diversos bureaus para consulta de informações externas de forma automática fazem parte da cadeia. Desde seu lançamento, o formato tem registrado sucesso absoluto, garante o CIO. O 'Seja Original', como foi batizado o aplicativo, registra a abertura de mil contas por dia. “Do ponto de vista de inovação e real alinhamento aos paradigmas do digital banking, não há nada similar no mercado. Trata-se de um pioneirismo bem-sucedido no Brasil e nossa atuação certamente transformará o posicionamento de todas as instituições financeiras existentes no mercado”, assegura. A inovação é, aliás, chave na história do banco, afirma o executivo. Além de contar com uma diretoria de inovação, a busca de ideias para os negócios também inclui fontes externas. Tanto é que o Original tem um escritório no Vale do Silício, no celeiro das ideias nos Estados Unidos, para captar ideias. “Nossa capacidade de inovar é alta, sempre posicionando o cliente no centro dessa estratégia”, garante. A meta de alcançar 100 mil clientes até março de 2017, diz Baccalá, já foi superada ainda em 2016 e o banco prepara-se para outros desafios que vêm por aí. Agora, destaca, o foco está em aumentar o portfólio de produtos, fazendo com que os serviços sejam pervasivos para os clientes e estejam presentes no dia a dia deles de maneira natural. Recentemente, por exemplo, o Original passou a permitir que correntistas consultem saldo e extrato pelo Messenger do Facebook. Com o lançamento do projeto, o Original abriu suas Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs, na sigla em inglês) para que desenvolvedores e empresas de qualquer setor da economia criem soluções que proporcionem experiências inéditas aos clientes. “Nossa estrutura flexível, que já nasceu no digital, nos dá grande facilidade de levar novas experiências para os consumidores”, finaliza. itf

Finalistas da categoria 1º Banco original – Wanderley Baccalá 2º Banco Bradesco - Mauricio Minas 3º Banco do Brasil - geraldo dezena

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EXPERIÊNCIA

imersiva Por DÉBORAH OLIVEIRA

UNILEVER USA EYE TRACKING E NEUROCIÊNCIA PARA VERIFICAR COMO CONSUMIDOR INTERAGE COM UM DOS PRODUTOS DA MARCA. COMO RESULTADO, EMPRESA MUDA EMBALAGEM E AUMENTA AS VENDAS

Dados da empresa de pesquisa de mercado Nielsen mostram que cerca de 70% das decisões de compra são tomadas na frente das gôndolas. Considerando que um supermercado de grande porte conta, em média, com 6 mil itens, entre alimentos e bens não alimentícios, chamar a atenção do cliente é quase missão impossível. Não para a Unilever, que encontrou na tecnologia aliada importante nessa tarefa. Dona de marcas tradicionais e já conhecidas no mercado, como OMO, Dove, Maizena e Ades, a Unilever iniciou no Brasil o Projeto Darwin, que teve como objetivo verificar se a embalagem de um dos sorvetes da bandeira Kibon estava sendo efetiva e chamando a atenção do shopper, pessoa que realiza uma compra, sendo ela consumidora ou não. O trabalho foi vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, na categoria Bens de Consumo, Alimentos, Bebidas e Fumos.

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O projeto, que teve origem na TI, foi executado em 2016 e, ao final, buscava o aumento da comercialização do sorvete. Considerando que os consumidores fazem escolhas com base na situação econômica, a Unilever buscava um diferencial. “Nesse caso, queríamos ouvir o consumidor final e não o varejista, para quem vendemos nossos produtos”, explica Eddy Salinas, diretora de TI da Unilever. Para isso, foi realizado um estudo com um grupo de consumidores utilizando uma tecnologia de Eye Tracking e neurociência. “Conseguimos avaliar quais eram as áreas quentes da embalagem, onde o consumidor olhava e prestava mais atenção e como ele interagia com o produto”, detalha. O estudo verificou que o cliente reparava, logo de cara, em uma característica X, não revelada pela empresa. “Com esses insights, pudemos adaptar a embalagem e aumentar a presença da característica Y que estávamos tentando ressaltar no sorvete”, completa. A mudança aconteceu no segundo semestre e a executiva aponta que a companhia registrou aumento nas vendas, embora não tenha revelado números. Eddy conta que se sente orgulhosa do resultado. “Em nosso mercado, não basta a embalagem ser bonita, o produto tem de ser gostoso. Além de chamar a atenção, consumidores apontaram o sorvete como saboroso”, comenta. De acordo com ela, no estudo Top of Mind 2016, mais uma vez, a Kibon foi reconhecida por não sair da cabeça dos brasileiros. Por 25 anos seguidos, a marca foi uma das respostas mais proferidas pelos entrevistados todas as vezes em que o Datafolha foi às ruas perguntar "Que marca lhe vem à cabeça?”. CASAMENTO PERFEITO Segundo Eddy, a relação da Unilever com a inovação é de longa data e faz parte da estratégia global da companhia. “O Brasil é um mercado importante para nós, sendo o segundo maior

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em crescimento e responsável por 50% dos negócios na América Latina. Por isso trabalhamos com muitas inovações locais”, justifica a executiva. Diversas novidades saem daqui, como foi o caso do Projeto Darwin, 100% nacional. Em solo nacional e em outras localidades, a empresa conta com o Customer Insight and Innovation Center (CiiC), que tem o papel de antecipar ao varejo experiências antes só vividas na loja como exposição de produtos em gôndolas virtuais com visualização de novas embalagens em 3D. É o que a empresa chama de “Loja Perfeita”. O CiiC no Brasil conta com cerca de nove espaços que simulam exatamente o ambiente da loja. No início de 2016, por exemplo, a Unilever lançou uma linha para cabelos e reproduziu nesse centro a experiência de um salão de cabelereiros, convidando parceiros para testar a novidade em um ambiente praticamente real. Próximos Passos Eddy conta que a inovação nunca tem fim na Unilever. Com base na experiência com Eye Tracking, a empresa quer agora levar a tecnologia para outras linhas de produtos. “A ferramenta passa, então, a fazer parte de nossa rotina de exploração”, assinala. Segundo ela, como algumas marcas são específicas para o público brasileiro, como o OMO, o interessante é testar como o consumidor local entende a sua embalagem. A companhia, quer, ainda, explorar nesses estudos sentidos, como aromas e sabores para verificar como o shopper reage à novidade. “A maionese Hellmann's, por exemplo, embora seja global, tem sabores específicos no Brasil e ferramentas como essas nos permitem validar nosso portfólio”, conta. A executiva relata que como o projeto foi totalmente nacional, ele passa, agora, a ser referência para outros países e será levado para os demais CiiCs. Segundo Eddy, os estagiários têm

sido vitais nas experimentações dos centros. “Eles trazem renovação mais rápida de novas ideias. A combinação de um time jovem com um mais experiente é positiva para nós”, observa. itf

Finalistas da categoria 1º Unilever - eddy SalinaS 2º Pif Paf alimentos - augusto Carelli 3º soroCa refresCos – gerson agostinho

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TI TAMBÉM É

cultura Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

LIVRARIA CULTURA INVESTE EM TECNOLOGIA DE BUSCA INTELIGENTE, AUMENTA VENDAS E AMPLIA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

Quem ao menos uma vez não esteve à procura de um livro, que sequer sabia o título, ou mesmo o nome do autor. Na memória, somente a cor da capa? Essa é uma situação rotineira com a qual se deparam os vendedores das lojas físicas da Livraria Cultura, pioneira na venda de livros pela internet no Brasil, com um catálogo perto de 9 milhões de títulos. As experiências vividas nas lojas, que também recebem consumidores que desejam ser orientados sobre qual produto comprar, despertaram a área de TI para o desenvolvimento de uma solução que facilitasse a vida do cliente. Em outubro de 2015, nascia o projeto Busca Inteligente, voltado para vendas on-line e integrado aos sistemas que rodam nas 18 lojas pelo Brasil, em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Ribeirão Preto, Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Mas até chegar ao desenvolvimento desse projeto – que pelo pioneirismo e solução inovadora ganhou o prêmio de As 100+ Inovadoras no uso da TI, na categoria Comércio Atacadista e Varejista – foi necessário percorrer uma trilha em meio ao processo de modernização do ambiente de TI da Livraria, que teve início com a chegada do novo CIO.

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Jesus Garcia aportou na Livraria Cultura em abril de 2015 para comandar a TI. Sua primeira preocupação foi avaliar todo o cenário da área. “Tive o cuidado inicial de organizar os contratos do setor, licenças de software e tudo relacionado à infraestrutura. O segundo passo foi colocar TI em linha com a estratégia ideal para o negócio”, lembra. O desafio motivou o executivo, que trouxe na bagagem toda a experiência adquirida nas áreas de varejo e e-commerce, com atuação de 12 anos no Grupo Pão de Açúcar e três como diretor de TI na Netshoes, que opera exclusivamente com vendas on-line. “Precisávamos aprimorar a experiência do usuário no site e então iniciamos um trabalho integrado com o conhecimento adquirido nas lojas físicas. Um fator importante nesse processo foi o total apoio do CEO, que sempre nos concede liberdade e é um incentivador de inovação ”, relata o executivo, que abraçou a missão de implementar melhorias de performance no site. O CIO colocou em prática frentes de ação vitais como aprimorar experiência do usuário, garantir disponibilidade do site [por meio da atualização de equipamentos e da modernização da arquitetura tecnológica] e aumentar a velocidade do tempo de resposta. “Afinal, estudos atestam que a cada um segundo de piora no tempo de resposta no site, perde-se, em média, 7% da conversão da compra. Era, portanto, uma transformação imediata e necessária”, cita Garcia. O desenho do projeto foi apoiado em entrevistas realizadas com líderes das áreas de negócio (Marketing, Financeiro e Comercial) e vendedores, e ainda contou com recursos de Mapa de Calor (no site) e de análise de comportamento de pesquisa. O objetivo foi identificar quais eram as dificuldades do cliente e como o sistema poderia ser mais "amigável” em sua busca. “A conclusão mostrou que o resultado não era o melhor para vendas”, revela o executivo. Ele conta que um cliente quando chega em uma loja da rede, normalmente aborda o vendedor sabendo exatamente o que procura ou não tem muita precisão na descrição da obra. “Ele per-

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gunta ao vendedor: ‘Estou buscando um livro que um amigo recomendou. Ele tem capa azul e vermelha e fala sobre um ‘menino bruxo’. Você consegue me ajudar a achar que livro é esse?’”, explica o CIO. O sistema de busca de títulos da Livraria, segundo Garcia, já conseguia operar de maneira inteligente, por meio de palavra-chave ou do nome do autor, entre outros parâmetros. Mas pela cor da capa era um desafio a vencer. “Especialmente porque tínhamos o agravante de ter em nosso catálogo 8,5 milhões de títulos ativos. Tínhamos de acrescentar mais esse atributo.” Contudo, a dificuldade, prossegue Garcia, foi encontrar as tecnologias para ler as cores predominantes das capas. “Investimos muito tempo em buscar soluções de mercado prontas, mas concluímos que não havia essa opção disponível com a assertividade mínima de 90% na busca de livros em um catálogo do nosso porte, com muita variedade de tipos e formatos de capas de livros.”

A saída foi desenvolver internamente uma ferramenta para fazer a leitura das cores predominantes de cada capa, de cada um dos livros catalogados, e seus respectivos percentuais de incidência como mais um parâmetro de busca. “Dessa forma, ficou simples a implementação de uma busca, em que são combinadas cores predominantes na capa e palavra-chave.” Outra demanda também solucionada foi para o cliente que solicita a ajuda do vendedor para recomendar um título na mesma linha dos livros que já leu. A equipe de TI catalogou títulos associados entre si. Baseado em histórico de compras na rede e características Título/Autor, criou-se um algoritmo de recomendação associado à busca. “A equipe se empenhou bastante para obter uma boa ‘calibração’ da busca e alcançamos 95% de assertividade. É um projeto interessante e inovador. Somos pioneiros nesse mercado a realizar busca com parâmetros para identificação de cor. A infraestrutura inicial para indexação dos títulos contou com o uso de quatro servidores, rodando em paralelo, durante 25 dias”, destaca o CIO, que exibe entre os resultados positivos, além de clientes muito mais satisfeitos, o aumento de utilização da ferramenta de busca em 25% e o crescimento das vendas em 10%. O projeto Busca Inteligente, entregue em novembro de 2015, está longe de ser concluído, na avaliação de Garcia. Para ele, a evolução do sistema é constante, com atualizações contínuas, acrescentando novos atributos para tornar cada vez melhor a experiência do usuário. itf

Finalistas da categoria 1º Livraria CuLtura - Jesus GarCia 2º AdidAs do BrAsil - AlexAndre nAscimento 3º AssAí AtAcAdistA - André cAmpos

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COMUNICAÇÃO Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

KROTON MODERNIZA FORMA DE INTERAGIR COM ALUNOS, TORNANDO COMUNICAÇÃO MAIS ÁGIL, INTUITIVA E EM LINHA COM TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A educação, considerada pedra fundamental para o desenvolvimento de um país, é justo a matéria-prima da Kroton. Com 50 anos de tradição, o grupo atende a vários segmentos de ensino em solo nacional, somando somente no básico mais de 220 mil alunos em 669 escolas parceiras. No ensino superior, chega a totalizar perto de 1 milhão de alunos nas 113 unidades e nos mais de 900 polos de educação a distância das instituições Anhanguera, Fama, Pitágoras, Unic, Uniderp, Unime e Unopar. No final de 2015, a empresa percebeu que, diante desse significativo contingente de estudantes, e do mundo imerso na era digital, necessitava renovar a comunicação com alunos, promovendo melhor experiência do usuário em seus variados canais – site, versão responsiva para dispositivos móveis e aplicativo (app). “Precisávamos tornar a interação com a instituição mais ágil e fácil, para que pudéssemos atender às necessidades prementes dos alunos por informações, por meio de novas tecnologias digitais”, diz o CIO da Kroton, Ailton Brandão. O executivo lembra que essas discussões para repensar e desenhar os novos caminhos dos canais digitais da empresa tiveram início em comitês de inovação com a alta gerência. “Além disso, conversamos com variadas áreas do Grupo”, acrescenta, destacando que toda essa movimentação esteve apoiada em conceitos como design thinking, para reformulação do Ambiente Virtual do Aluno (AVA), análises de mercado e pesquisas com alunos. Mas havia o desafio de transformar toda a estrutura sem parar o funcionamento do sistema de Matrículas, que abriga todas as informações dos estudantes, altamente crítico para a Kroton. A solução encontrada foi o Método Agile (do inglês Agile Software Development)

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ou Método Ágil, que é, na verdade, um conjunto de metodologias de desenvolvimento de software de maneira mais simplificada e rápida. Ele viabilizou a construção do projeto, batizado de Portal Digital do Aluno (PDA), e também revolucionou processos internos, criando esteira para melhorias futuras. O PDA, segundo Brandão, provocou toda uma revisão de arquitetura de sistemas e garantiu novos métodos de trabalho mais ágeis e eficientes. Por todo esse feito, a Kroton conquistou a primeira colocação no ranking de As 100+ Inovadoras no Uso de TI, na categoria Educação. O interessante desse método, segundo o CIO, é que ele permite minimizar riscos por meio do desenvolvimento de recursos em curtos períodos, proporcionando entregas menores e mais rápidas, facilitando, assim, a avaliação das funcionalidades e seus ajustes com rapidez e mais assertividade. “No Agile, as evoluções são contínuas, garantindo a satisfação de maneira mais abrangente”, destaca e diz que outro fator positivo do conceito é a cooperação diária entre profissionais de variadas áreas, não somente da TI, e de unidades diferentes do Grupo. PORTAL DA NOVA ERA O projeto PDA teve início em janeiro deste ano. A data de entrega final está marcada para dezembro. Desde agosto deste ano, ele proporciona benefícios a alunos do ensino superior [presencial] do Grupo, que hoje totalizam 380 mil. Em 2017, serão incluídos os de ensino a distância, somando 430 mil. Um grande reforço para garantir o desenvolvimento de soluções inovadoras para a iniciativa veio por meio da compra de uma startup, revela. “Ela nos trouxe inovações em computação cognitiva, mobili-

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dade, analytics, big data e habilidade para construção de soluções para o PDA.” Outro avanço obtido foi a personalização, que agilizou o atendimento das necessidades mais prementes dos estudantes. “No início do ano, por exemplo, o aluno quer saber sobre sua grade de disciplinas e informações sobre elas. Já no final do ano letivo, a busca é por notas, aprovações, entre outros dados. Então, na nova arquitetura, tudo foi facilitado para um simples e rápido acesso”, diz. Brandão criou grupos multidisciplinares, envolvendo profissionais de áreas como TI, Operações, Financeiro, Marketing, Administrativo e Recursos Humanos (RH). Dessa forma, pôde fortalecer o Método Ágil, levantando uma série de necessidades de TI, acadêmicas e profissionais. Bons frutos nasceram dessa integração como estratégias de comunicação com avisos importantes sobre renovação de matrícula, pagamentos de boletos, notificações de conteúdo, entre outras informações de interesse para os alunos, contudo com um grande valor agregado para instituição e estudantes: de maneira segmentada. A comunicação agora é categorizada e direcionada apenas a grupos-alvo. “Com isso, ganhamos muito em agilidade. A comunicação é rápida e qualificada”, garante. De acordo com o CIO, a comunicação ficou tão simplificada, que gerou a positiva necessidade de explicar e treinar as áreas para usarem os recursos com moderação para não “estressar” os alunos, hoje, munidos de toda a sorte de informação. Flexibilidade e evolução O PDA envolve várias frentes de ação. A Arquitetura Orientada a Domínios e Microsserviços é uma delas e está focada na construção de uma camada de serviços que possibilita mais flexibilidade de evolução, redução de custos e desenvolvimento de novas aplicações digitais. O importante nesse desenho é o desenvolvimento do serviço de autenticação única. Agora, para acessar diferentes conteúdos, o aluno não mais precisa usar variadas senhas, o acesso

tornou-se integrado e fácil em todos os ambientes digitais da empresa. Outra é a Extensão Móvel, para assegurar o acesso móvel das soluções digitais. Brandão diz que ela deve ocorrer tanto a partir de um aplicativo quanto de páginas responsivas. A área de inovação também trabalha com sprints de desenvolvimento que testam funcionalidades disruptivas para o celular, como detecção de presença do estudante pela tecnologia Beacon e bluetooths de baixa energia (BLE) e avaliação das aulas em tempo real. Para Brandão, que traz na bagagem dez anos como CIO nas áreas de varejo e e-commerce, e quatro na de Educação, pelas mãos da Kroton, esse é um momento histórico em sua trajetória profissional. “O projeto PDA possibilitou colocar nosso time de TI, que hoje totaliza 300 profissionais em nossas três unidades, em um patamar altamente estratégico, na linha de frente, onde está nosso cliente final, que são os alunos. A TI saiu dos bastidores.” Ele acredita que por meio da tecnologia é possível, sim, transformar a vida do aluno, torná-la mais interessante e amigável para a educação, melhorando, certamente, o seu projeto de vida. itf

Finalistas da categoria 1º Kroton - Ailton BrAndão 2º Universidade Feevale - Carlos sChwartzhaUpt 3º ser edUCaCional - Joaldo diniz

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NOVA ERA NA

produção Por GUILHERME BORINI

UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA AUTOMATIZA PROCESSOS E AUMENTA CAPACIDADE PRODUTIVA EM 20% COM TECNOLOGIAS DA INDÚSTRIA 4.0

Quanto vale cada minuto em uma produção industrial? Em um equipamento que produz cem unidades por minuto, a cada 60 segundos perdidos, pelo menos cem itens deixam de ser produzidos. Impacta direto a produção e, portanto, o faturamento da empresa. Se levar em conta um minuto de cada turno em uma operação de três períodos, por cinco dias da semana, a conta sobe para 6 mil unidades por mês. No ano, 72 mil, por linha de produção. Diante da importância de buscar eficiência operacional, a União Química Farmacêutica desenvolveu o projeto Storm, que busca entender todo o processo de produção da companhia, para mensurar as operações produtivas em tempo real, indicando perdas e oportunidades de desempenho, performance e qualidade em toda a cadeia de manufatura. Os primeiros resultados incluíram aumento de 20% da capacidade produtiva, com 8% de redução de despesas em relação ao último ano. Vencedor da categoria Farmacêutica entre As 100+ Inovadoras no Uso de TI, o projeto foi implementando nas operações fabris em Brasília e Taboão da Serra (SP) e já está sendo levado para Embu Guaçu (SP) e, até janeiro, estará também na unidade em Pouso Alegre (MG). O total é de 68 linhas produtivas. José Luiz Simões, diretor de TI da União Química Farmacêutica, destaca que o projeto traz, sobretudo, importantes ganhos em competitividade de mercado. “A busca por excelência operacional resulta em redução de custos, ganho de qualidade, performance e capital humano. Com isso, é possível praticar preços competitivos no mercado”, explica Simões. Em meio a um cenário desafiador da economia, a empresa buscou otimizar processos internos e, dessa forma, deu início ao Storm. “Olhamos para dentro de

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casa e começamos a analisar os grandes orçamentos que tínhamos. Os maiores em uma indústria, claro, estão nos processos industriais”, pontua. INDÚSTRIA 4.0 O Storm tem como base o conceito de Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, que contempla tecnologias de automação industrial com base em recursos de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), big data e computação em nuvem. Geralmente, em um processo de produção com diversas fases até chegar ao encaixotamento do produto, há perdas de diversos tipos. Um processo que dura dez horas, por exemplo, pode ser feito em três ou quatro. É preciso entender como é a eficiência da configuração da máquina e também o momento de parar um equipamento para manutenções preventivas. “Em que momento uma máquina para? Qual sua eficiência? Como prever ações preventivas? Como saber o que vai quebrar? São questões que sempre existiram para a indústria em geral e, com o projeto baseado em IoT, big data, computação em nuvem e EPM Enterprise Performance Management (EPM), conseguimos encontrar as respostas”, diz Simões. A empresa instalou sensores em todo o processo de produção, desde o momento em que os produtos saem do almoxarifado até a finalização do ciclo. A base é a IoT. Esses sensores coletam dados e os mandam para um sistema de big data, que, por sua vez, compila as informações em uma plataforma EPM, armazenando os dados na nuvem. A partir disso, é possível ter todas as informações com o diagnóstico da produção. “Começamos a enxergar toda a linha produção, tudo que acontece nela.” Simões destaca também que, em um mercado di-

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nâmico, que pode mudar drasticamente a demanda mês a mês, a reprogramação de uma fábrica fica inviável e causa enormes prejuízos. “Precisamos buscar muito mais eficiência nas operações para reagir no cenário adverso, em vez de acertar previsão de vendas. Trabalhamos com metodologias para reduzir o número de setups absurdamente. Hoje, conseguimos mudar produtos no processo de fabricação”, explica. NOVA REALIDADE A nova era da União Química Farmacêutica permite o entendimento preciso de todos os gargalos da programação dos equipamentos nas plantas industriais, além dos ciclos de cada máquina. “Antigamente, não conseguíamos calcular quando uma máquina iria parar de funcionar. Agora, conseguimos enxergar a curva de desgaste do equipamento. Somos mais assertivos ao parar uma máquina para manutenção em vez de apenas prever que ela vai quebrar em um determinado momento.” Em um caso prático, a empresa detectou que uma máquina tinha maior eficiência em um turno em relação a outro. Com a ferramenta, foi possível detectar deficiências em relação à manutenção. Ou seja, uma equipe era menos especializada do que a outra, o que causava o desequilíbrio. “A grande chave é que, se ganharmos dez minutos por dia em três turnos, já contabilizamos meia hora por dia. Em 30 dias, é possível aumentar drasticamente a produção.” INTEGRAÇÃO HOMEM E MÁQUINAS Um dos segredos da Indústria 4.0 é a interação entre homem e máquinas. Simões explica que, com as tecnologias implementadas, sensores capturam muitas informações, algo que um ser humano não teria capacidade de processar. No entanto, big data apenas processa e aponta um diagnóstico. Nesse momento, o profissional precisa de capacitação para decidir qual atitude será tomada. “O operador olha em tempo real e tem o diagnóstico. Com isso, precisa remediar e tomar a decisão. É como um médico em

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uma análise laboratorial. Ele pede o exame, o laudo chega e ele precisa usar seu conhecimento para remediar o paciente”, compara. Para capacitar os profissionais, Simões conta que foram realizados treinamentos com mais de 3 mil pessoas, desde operadores a supervisores de produção. “Hoje, um integrante consegue falar tudo que está acontecendo na sua linha”, garante. Nesse sentido, com a capacitação, há uma reunião em cada liberação de linha para analisar os processos. Ou seja, os coordenadores vão até a linha de produção, reúnem todo o conteúdo, repassam as falhas e os ganhos que aconteceram na operação anterior. Em seguida, realizam um treinamento com as pessoas envolvidas e, então, a operação é liberada. Tudo por meio das informações geradas pela tecnologia, que são visualizadas em tablets. “Há esse processo em todo o momento de liberação de linha. Como foi a última produção? Onde alcançamos excelência na operação? Onde tivemos perda? São perguntas que temos as respostas. Com isso, vamos garantir que não perderemos eficiência. Calibramos a linha toda em relação ao entendimento de todos os operadores antes de liberar", finaliza. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA - JOSÉ SIMÕES 2º ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS - EDUARDO KONDO 3º ASTRAZENECA - ALEXSANDRO VILAROUCA

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BR-163 Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

IOT TRAFEGA NA

GRUPO CCR, CONCESSIONÁRIA DA RODOVIA, USA INTERNET DAS COISAS PARA MONITORAR MAIS DE 800 QUILÔMETROS DE ESTRADA DE NORTE A SUL DO MATO GROSSO

Segurança nas estradas é preocupação em todo o território nacional. Especialmente naquelas que cortam regiões distantes de qualquer traço do mundo urbano. Acidentes ou qualquer outro incidente podem ser fatais pela impossibilidade de um socorro imediato. Essa tarefa faz parte das obrigações estabelecidas em contrato entre governo e concessionárias, que administram as rodovias. E, por isso, integra as rotinas de atenção do Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, responsável pela gestão de 3.284 quilômetros de rodovias da malha concedida nacional, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2014, o Grupo deu início ao projeto “Rodovias mais inteligentes com IoT”, com o objetivo de tornar mais segura e eficiente a BR-163, rodovia que liga Mato Grosso do Sul, de Norte a Sul. É um projeto robusto, considerando que ela possui 847,5 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, incluindo a capital do Estado, Campo Grande. Mais de 1,3 milhão de habitantes são diretamente servidos pela rodovia, constituindo

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papel importante na logística de transporte da agroindústria, do comércio e do turismo. A inclusão do conceito de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) tornou a iniciativa inovadora, indo muito além da tradicional estratégia de monitoramento por meio de câmeras. Trouxe recursos inteligentes, próprios da nova era da transformação digital, proporcionando atuação preventiva e proativa, com foco na excelência de atendimento aos clientes da rodovia. A inovação conquistou o primeiro lugar no ranking de As 100+ Inovadoras no Uso da TI, na categoria Holding. De acordo com Cristiane Gomes, CIO do Grupo CCR, para a concepção do projeto foram envolvidos times multidisciplinares da companhia, com participação de profissionais de TI, Engenharia Elétrica, Eletrônica e de Automação. Todo o desenvolvimento foi elaborado e conduzido pela CCR EngelogTec, centro de Tecnologia do Grupo CCR, responsável por definir e operacionalizar, juntamente com as unidades de negócio, as estratégias e a implementação dos processos de tecnologia da informação (TI), automação, energia e manutenção eletroeletrônica. DESAFIOS VENCIDOS Foram vários os desafios encontrados ao longo do projeto, em curso, que tem data de finalização marcada para fevereiro de 2017. Logo de início, a CIO se deparou com a dificuldade de encontrar fornecedores no Brasil que, de fato, pudessem atender a todas as expectativas relacionadas aos recursos de IoT. “Tivemos de buscar tecnologia fora do País. Para customizar as soluções, contamos com desenvolvimento interno de recursos complementares. Na verdade, montamos um grande quebra-cabeça tecnológico para chegar à solução ideal”, lembra Cristiane.

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CENTRAL INTELIGENTE O Centro de Controle Integrado (CCI), onde bate forte o coração do projeto, realiza todo o monitoramento em tempo real das imagens de variados trechos da BR-163, realizado por um software, que também faz Detecção Automática de Incidentes (DAI). São cerca de 12 operadores que trabalham em regime 24x7, atentos ao videowall, composto por 30 monitores de 55 polegadas, distribuídos em três linhas de dez, com dimensões de 2,04m x 12,10m. Além disso, o CCI conta com sistema que integra as localidades por meio de recursos GPS e tecnologias de radiocomunicação. A falta de rede elétrica disponível em algumas localidades ao longo da via foi mais uma agrura enfrentada e ao mesmo tempo uma oportunidade para inovar. Algumas câmeras tiveram de ser abastecidas com painéis solares, o que garante a utilização plena de energia limpa, ganhando pontos com a sustentabilidade do planeta. “Não havia essa funcionalidade e então o time de TI desenvolveu um sistema complementar para se integrar às câmeras”, pontua Cristiane. O uso de recursos de IoT, após instalação, operacionalização e integração com o centro de controle integrado da empresa, gerou ganhos que tornaram a rodovia mais inteligente, de acordo com Cristiane. Ela diz que já houve elevação significativa na detec-

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Outro foi o processo de instalação das câmeras para monitoramento, a cada dois quilômetros, ao longo de toda a rodovia, para neutralizar os chamados “pontos cegos”. “Existem diferentes tipos de solo nos mais de 800 quilômetros da rodovia. Para instalarmos os postes com os recursos e fixá-los com segurança, em vários locais tivemos de construir uma estrutura de concreto para sustentá-los, envolvendo engenheiros civis”, relata Cristiane, que também é presidente da CCR EngelogTec. Esses postes, espalhados pela BR-163, abrigam variados recursos como câmeras, componentes elétricos, detectores automáticos de incidentes e sensores. A inovação acontece justo por meio dos sensores, que são capazes de identificar situações que fogem da normalidade do comportamento da rodovia como carros parados, pessoas ou objetos na via e veículos na contramão. “Toda vez que sensores captam uma anormalidade, imagens são captadas, o zoom é realizado de maneira automática. Imediatamente, o sistema aciona as centrais do corpo de bombeiros ou de polícia mais próximos, sem intervenção humana. E as câmeras oferecem imagem 360 graus”, explica a CIO.

ção de eventos na BR-163, em comparação aos monitoramentos tradicionais realizados por equipes de inspeção e sistemas convencionais de Circuito Fechado de TV (CFTV). Cristiane, mestre em Engenheira de Produção, há 20 anos no Grupo CCR, e há quatro responsável pela TI, relata que esse é um dos projetos mais trabalhosos, justo pelo pioneirismo e associação de tecnologias emergentes, ainda muito inovadoras no Brasil. Mas garante que seu orgulho maior e de toda a sua equipe é justo saber que o projeto está contribuindo para aumentar a segurança dos usuários da BR-163 e a expectativa de vida de cada um deles. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º GRUPO CCR - CRISTIANE GOMES 2º VOTORANTIM - JOÃO DONIZETI 3º ALGAR EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES - DIOGO MARTINS

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conectados Por GUILHERME BORINI

GM IMPLEMENTA PLATAFORMA ONSTAR EM TODOS OS VEÍCULOS CHEVROLET PRODUZIDOS NO BRASIL E OFERECE NOVAS EXPERIÊNCIAS CONECTADAS AOS CLIENTES

A conectividade tornou-se diferencial competitivo para diversas áreas. No setor automotivo não é diferente. Globalmente, montadoras estão intensificando o desenvolvimento de sistemas do tipo. Afinal, se o mundo digital já faz parte do dia a dia, por que os veículos, como principal forma de locomoção, ficariam de fora? O futuro caminha para esse contexto. Segundo estudo do instituto de pesquisas Gartner, são esperados 250 milhões de automóveis conectados à internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) até 2020. Para levar conectividade a 100% dos veículos produzidos no Brasil, a GM implementou a plataforma Connected by OnStar, que oferece novos serviços para clientes por meio da introdução em ampla escala de uma estratégia corporativa de serviços de telemática. Essa não é a primeira experiência da empresa nesse sentido, que já havia trazido em 2012 o sistema multimídia MyLink. Atualmente, oito modelos vendidos no Brasil estão equipados com o OnStar - Onix, Prisma, Cobalt, Spin, Cruze, Cruze Sport6, S10 e Trailblazer – e o projeto faz parte do investimento de R$ 13 bilhões da companhia no Brasil, no período entre 2014 e 2019. A tecnologia proporciona novos serviços aos clientes da Chevrolet, que passam a se beneficiar de recursos de telemática diferenciados, como localização, rastreamento, bloqueio/recuperação de veículos, monitoramento de rota e até mesmo serviços de concierge individualizados - todos oferecidos por meio de um call center exclusivo. Outra oferta são serviços de proteção e de segurança, conectando os clientes aos serviços públicos de emergência. O mais recente recurso foi lançado durante o Salão do Automóvel, em novembro de 2016. Trata-se do Diagnóstico Avançado, que permite ao usuário fazer um check-up dos principais sistemas do veículo pelo aplicativo no smartphone ou pelo portal na internet. Fernando Rostock, líder de TI da GM no Brasil, comenta que um dos principais motivadores do projeto é o fato de o consumidor brasileiro ser apaixonado por carros e valorizar muito tecnologias que facilitem a

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sua vida como motorista. “Observamos que o OnStar agrega valor aos veículos Chevrolet e contribuiu para o aumento da fidelização à marca. Essas tecnologias redefinem o significado de estar conectado com o carro”, diz o executivo, que recebeu o troféu de 1º colocado na categoria Indústria automotiva, autopeças e mecânica entre As 100+ Inovadoras no Uso de TI. O OnStar vem sendo utilizado há 20 anos nos EUA, o que, de acordo com Rostock, dá uma larga experiência à companhia neste segmento. No entanto, cada país tem hábitos de consumo, legislação e infraestrutura muito particulares, o que exige customização da tecnologia. “Um aspecto importante é o da telefonia, que no Brasil está muito aquém de mercados mais desenvolvidos em que o 4G/ LTE já é padrão”, explica Rostock. PROJETO O programa no Brasil partiu de um direcionamento estratégico da alta liderança da empresa, suportado por dados de uma série de pesquisas mercadológicas que mostram um consumidor mais tecnológico, curioso, conectado e que usa a tecnologia para se conectar ao seu mundo. “Esse nosso novo cliente quer “Paz de Espírito” (Peace of Mind), coloca sua família antes de tudo e procura por um carro que proporcione proteção e segurança. A partir destes pontos, a empresa definiu uma estratégia de telemática abrangente e inovadora, baseada nos pilares de tecnologia, segurança e tranquilidade, pela qual mudaremos para sempre a relação das pessoas com seus carros”, comenta. Diante da complexidade e revolução que a tecnologia traria para a empresa, diversas áreas foram envolvidas no desenvolvimento do programa, desde planejamento de produtos, passando por engenharia, TI, compras, manufatura, jurídico, entre outras. “Foi necessário adequar todo nosso portfólio de produtos à nova tecnologia, integrando os recursos já disponíveis em nossos veículos a plataforma de serviços conectados.”

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Rostock conta que, diante do objetivo de promover outro salto em conectividade com a telemática, e como os prazos estipulados pela companhia para a implantação da tecnologia eram bastante ousados, o plano de ação precisaria ser certeiro. “Primeiro, mapeamos quais as ações necessárias e então criamos então um time multidisciplinar de especialistas. Cada qual com seu papel. Enquanto um grupo ficou com a missão de operacionalizar o sistema, outro desenvolvia a cadeia de fornecedores. Também era necessário capacitar atendentes para o call center, por exemplo. Tarefas que caminharam paralelamente”, afirma. TELEMÁTICA E NOVOS NEGÓCIOS O módulo de telemática instalado no veículo está integrado, do ponto de vista de engenharia, com demais eletrônicos já existentes, e captura dados do automóvel em tempo real. O sistema tem também um SIM card, conectado via rede celular à central de serviços OnStar, por onde os serviços são prestados. Os clientes também podem se conectar ao veículo por meio de aplicações móveis (App). O projeto contempla diversos conceitos e tecnologias, como big data/analytics, cloud computing, internet das coisas (IoT), mobilidade (com aplicações móveis/apps próprios ara iOS e Android) e segurança da informação. “A implementação de telemática é considerada estratégica no nosso mercado, uma vez que será um diferencial para nossos produtos, aumentando também a retenção de clientes. Ela vai ajudar a melhorar a reputação da marca nos quesitos tecnologia avançada e foco no consumidor. Esperamos criar uma relação de longo prazo com o cliente e gerar negócios secundários que vão trazer receitas adicionais para a empresa”, projeta Rostock. Alguns dos novos negócios que poderão gerar receitas adicionais para a companhia e serviços agregados aos clientes são parce-

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rias com seguradoras e financeiras e estacionamentos, ou até mesmo pós-vendas. Outro diferencial apontado por Rostock, que visa melhorar a reputação com os clientes, é a utilização do Customer Relationship Management (CRM) para entender melhor o comportamento dos consumidores e criar novas oportunidades. “Os dados poderão ser utilizados pela nossa área de CRM também para oferecer serviços diferenciados aos clientes Chevrolet, isso quando autorizados por eles”, conclui. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º GENERAL MOTORS - FERNANDO ROSTOCK 2º EATON - CARLOS LANFREDI 3º MITSUBISHI MOTORS - EDUARDO ZALAMENA

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NA PALMA

da mão Por GUILHERME BORINI

MRV ENGENHARIA AUTOMATIZA PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO DE TERRENOS E DESENVOLVE APP BASEADO NO GOOGLE MAPS PARA OTIMIZAR TRABALHO DE CAMPO

A MRV Engenharia desenhou um projeto voltado para a sua área de desenvolvimento imobiliário ao integrar ferramentas de automação de processos e negócios a novas tecnologias, como geolocalização. A ideia era apoiar atividades de compras e gestão de corretores envolvidos em aquisição e legalização de terrenos. O trabalho foi dividido em duas fases. A primeira, já concluída, teve como objetivo estruturar e automatizar processos de execução, controle e gestão de atividades da área de desenvolvimento imobiliário – desde a compra do terreno até a emissão do Habite-se, documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo as exigências estabelecidas pela Prefeitura. Também permitiu a digitalização e a gestão eletrônica de todos os documentos envolvidos, garantindo velocidade para acesso e economia com armazenamento físico. A segunda etapa, que está em andamento e será concluída em janeiro de 2017, consiste no desenvolvimento de um aplicativo que organiza o procedimento de compra de terrenos. O app realiza o cadastro de terrenos com integração direta ao sistema de geolocalização do Google Maps, para automatizar e monitorar a simulação e a viabilidade de compras. Tudo isso por meio de um aplicativo para dispositivos móveis, garantindo informação na palma da mão. A primeira fase do projeto contou com a tecnologia de Business Process Management (BPM), da Oracle, pacote para automação de processos de negócios. O sistema foi integrado a outra suíte do mesmo fornecedor, o gestor eletrônico de documentos UCS, que, por sua vez, está ligado ao Customer Relationship Management (CRM) da Microsoft, que faz o registro do empreendimento e a integração com a geolocalização do Google por meio de APIs. “Na primeira fase, implementamos o BPM e o ambiente de desenvolvimento cloud. Foi nossa pri-

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meira experiência com o modelo de plataforma como serviço e tivemos de superar novos desafios de implementação e integração com os sistemas tradicionais. Na segunda etapa, estamos adotando uma estratégia de desenvolvimento multiplataforma (Android, iOS e Windows Phone) baseada na utilização de recursos cloud (Azure)”, detalha Reinaldo Simas, diretor de TI da MRV e líder do projeto vencedor da categoria Indústria da Construção no prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. Segundo ele, o trabalho não foi somente da TI, mas da empresa como um todo. “É a TI fazendo realmente parte do negócio, com um projeto totalmente inovador no setor e que vai trazer um enorme potencial competitivo”, declara. A MRV está presente em mais de 140 cidades e a ferramenta tornou-se peça-chave para apoiar a estruturação dos processos, desde o momento em que surge a necessidade de compra do terreno, com a prospecção para definir em qual localidade será adquirido, até a realização da legalização com entidades envolvidas. ENORMES GANHOS Como a integração entre as áreas era vital para o sucesso do projeto, Rafael Albuquerque, diretor do setor de desenvolvimento imobiliário da MRV, participou ativamente do trabalho com a equipe de TI. O executivo explica que cerca de 50 pessoas rodavam diariamente nas cidades em busca de terrenos para novos empreendimentos. Não havia até então uma definição exata de localização, cidades e sistema para cadastro de terrenos. “Quando a nova plataforma entrou no ar, começamos a ter controle on-line sobre a localização que o comprador cadastra como terrenos negociados. Na sede, conseguimos acessar esse relatório e visu-

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RAFAEL ALBUQUERQUE, DIRETOR DO SETOR DE DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO

alizar o que foi incluído no sistema com assertividade. Com isso, é possível analisar se realmente é aquele local de que estamos precisando e podemos direcionar o comprador em tempo real”, conta Albuquerque. Outro ganho importante foi a possibilidade de saber quanto tempo houve de negociação de contrato e de legalização do terreno. Além de medir a quantidade de cadastros realizados, o que permite a comparação de volume cadastrado versus volume adquirido e tempo de cadastro versus tempo de aquisição. Albuquerque projeta um aumento de 20% a 30% de produtividade da equipe em campo no curto prazo. “A informação deixa de ser somente da pessoa e volta para a empresa. Também ganhamos muito com praticidade, já que todo o processo é realizado via aplicativo. O usuário anda pela cidade com um tablet, consegue abrir o mapa e ver os terrenos. A visualização é por meio de cores e conta com uma interface intuitiva”, destaca. O processo completo de construção do empreendimento dura em média cinco anos. São cerca de dois anos para a legalização, outros dois para a construção, mais seis meses para a conclusão do Habite-se. Com toda a legalização automaticamente realizada pelo sistema, o ganho de tempo com a automatização do processo pode ser de até quatro meses. “Estamos falando em negócios de milhões. Se multiplicarmos esses meses para todos os empreendimentos, o ganho financeiro nas operações é enorme”, assinala Albuquerque. AGILIDADE Os principais benefícios listados pela empresa, até o momento, são agilidade, maior qualidade no processo de tomadas de decisão sobre compras de terrenos, maior velocidade para lança-

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REINALDO SIMA, DIRETOR DE TI

mento dos empreendimentos, eliminação de retrabalhos e redução de custos. Também há maior controle e transparência do processo, segurança e continuidade das informações, padronização e automação das atividades na ponta. “Várias áreas participam desse projeto – Engenharia, Instalações, Arquitetura, Desenvolvimento Imobiliário, entre outras. Todas interagindo em torno de um objetivo. Todo mundo trabalha na mesma plataforma. O gestor olha a base central e o corretor, ou responsável pela compra, atualiza informações. Nada mais fica na máquina do usuário”, comemora Simas. O executivo destaca ainda que, com a conclusão do projeto, é possível a MRV saber a etapa de cada projeto e o tempo que os departamentos consomem em cada fase. “Passamos a ter controle dinâmico das etapas de evolução dos projetos. Isso muda a forma como fazemos desenvolvimento imobiliário. Saímos de um processo artesanal para um sistema automatizado.” ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º MRV ENGENHARIA - REINALDO SIMA 2º COELHO DA FONSECA - ANDRE TELLES 3º CYRELA - ROBERTO NAKAMOTO

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INOVAÇÃO DE DENTRO

para fora Por DÉBORAH OLIVEIRA

COM SMART OFFICE, CI&T DESENVOLVE PROJETOS COM BASE EM INTERNET DAS COISAS E, DE QUEBRA, LEVA INOVAÇÃO PARA SEUS CLIENTES

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Quantas vezes você foi vítima da seguinte situação: você tinha uma reunião agendada na empresa, mas não conseguiu uma sala disponível e logo depois descobriu que o colega não a usou. A explicação é simples. Reunião é um

mal necessário e, portanto, a oferta e a procura são grandes, tornando árdua a tarefa de localizar um espaço vago. Essa foi uma das problemáticas que a CI&T resolveu com o projeto Smart Office, que conta com sete subprojetos, vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, na categoria Indústria Digital (TI, Telecom e Mídias Digitais) e fruto do seu antecessor Garagem, laboratório de inovação para Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) que reúne profissionais voluntários da empresa com sede em Campinas. Este também levou em 2015 o prêmio de As 100+ Inovadoras no Uso de TI. “No ano passado, iniciamos a frente de IoT na CI&T com o projeto Garagem, onde os colaboradores podem criar usando uma série de tecnologias modernas. Quando começamos, não sabíamos onde chegaríamos. Ele cresceu sobremaneira e novos trabalhos passaram a ser desenvolvidos com base em IoT”, conta Daniel Jerozolimski, CIO da CI&T. Ele lembra que o ambiente corporativo sempre foi deixado de lado no quesito inovação, pois as empresas acabam mirando novidades para seus clientes. E era justamente essa a proposta do Smart Office. “Esse é o diferencial: levar disrupção para um ambiente que sempre foi muito tradicional.” Uma das ideias geradas foi o Free Room, que integra sensores de presença em salas de reunião ao calendário do e-mail e mostra, em um dashboard, salas ocupadas, reservadas, mas vazias, e livres. Usando machine learning, o

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Free Room oferece agendamento nas salas vazias e sem reserva e prevê quando as ocupadas serão liberadas. Com o Free Room, o índice de no show caiu 20%. “Assim como acontece em muitas empresas, as salas de reuniões eram muito disputadas e tínhamos muito no show. Assim, um dos colaboradores sugeriu integrar um sensor de presença à nuvem para informar a disponibilidade do local”, detalha o executivo. O resultado foi tão positivo que a oferta foi empacotada e começou a ser oferecida externamente. Outro projeto criado internamente tendo como base a IoT foi o Cool Temp, sistema que integra sensores para monitorar a temperatura nos seis prédios da empresa em Campinas em uma área de 360 mil metros quadrados. O serviço de manutenção economiza tempo e recursos evitando deslocamentos desnecessários. Agora, funcionários podem checar a temperatura das suas salas por meio da intranet. Antes, explica o CIO, colaboradores tinham de andar nos prédios com sensores na mão para checar a temperatura do ar-condicionado. No cenário atual, o sistema automatizado avisa o time de facilities quando a temperatura sai do padrão. “Conseguimos agregar inteligência a problemas comuns”, revela. O Controle de Frota é outro exemplo citado pelo executivo. Ele facilita o uso da frota de carros da empresa. Um tablet acoplado ao claviculário ajuda o colaborador a encontrar o automóvel no estacionamento ao retirar as chaves e, na devolução, o obriga a marcar no mapa sua localização para facilitar a identificação para o próximo condutor. “Nosso condomínio é grande e compartilhado com outras empresas. Quando um funcionário chegava, parava em uma vaga aleatória e o motorista seguinte tinha de adivinhar onde estava o veículo. Isso consumia um certo tempo e gerava perda de produtividade”, lembra, acrescentado que a ideia também surgiu de um profissional de facilities. Mais um destaque do Smart Office é o Berry Box, plataforma que usa Raspberry Pi para fazer casting de conteúdo corporativo de forma dinâmica. O conteúdo é configurado na nuvem e replicado para todas as TVs conectadas, substituindo os PCs. Por dispensar o uso diretor de computadores para a visualização de conteúdo nos monitores, o sistema economiza 98% de energia ao se desligar sozinho ao final do expediente. Há, ainda, o Device Control, que automatiza o empréstimo de celulares e tablets, por meio de um aplicativo de gestão na nuvem. Com ele, os colaboradores podem planejar melhor o tempo de execução de testes em tablets e celulares e conquistar mais produtividade. O mais interessante, diz Jerozolimski, é que todos os projetos nasceram de forma orgânica e, assim como a cultura de startups, alguns não deram certo e foram descartados. “Na Garagem, oferecemos espaço e equipamentos para o colaborador aprender e usar a tecnologia de forma experimental. O engajamento é fantástico”, conta, acrescentando que alguns profissionais passam seus horários livres no espaço. “O almoço é o momento mais disputado. Oferecemos a refeição para que eles desenvolvam coisas incríveis nesse tempo”, completa. INOVAR, SEMPRE A cultura da inovação na CI&T não seria a mesma se seu CEO, Cesar Gon, não fosse entusiasta do tema, garante Jerozolimski. “Ele nos apoiou desde o início, mesmo não sabendo onde

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chegaríamos, e isso é fundamental”, assinala. Ele lembra que a Garagem é quase uma empresa dentro de outra, com o diferencial de criar um espaço para experimentação. “A maioria das criações não vai para frente, mas o que dá certo é muito diferente do tradicional. Hoje, conseguimos validar ideias com baixo custo.” Toda contribuição que chega à Garagem é bem-vinda. Um comitê de profissionais que trabalha no espaço analisa as propostas. A única exigência, no entanto, é que eles não apenas submetam a ideia, mas estejam dispostos a investir tempo nela. “As ideias mais promissoras, patrocinamos até o fim”, comenta o executivo. Contudo, o formato colaborativo gera um desafio para os projetos. “Como são trabalhos voluntários, a pessoa se inscreve e se, eventualmente, ela está atuando em um cliente, tem dificuldade de conseguir espaço na agenda para tocar o trabalho”, pontua. O executivo ressalta que a boa notícia é que esse não chega a ser um grande entrave para a inovação. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º CI&T - DANIEL JEROZOLIMSKI 2º TELEFÔNICA VIVO - ALESSANDRA BOMURA 3º ALGAR TELECOM - MELISSA KFOURI

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DO PETRÓLEO,

os dados Por GUILHERME BORINI

CHEVRON TEXACO IMPLEMENTA ANALYTICS PARA CAPTURAR INFORMAÇÕES DE SENSORES LIGADOS A DEZ POÇOS PRODUTORES DE PETRÓLEO

O petróleo é a principal fonte energética no Brasil e no mundo. Atuante desse segmento, a Chevron Texaco desenvolveu um projeto de automação para capturar informações de sensores ligados a dez poços produtores de FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading – navio plataforma). Em média, 25 mil barris de petróleo são produzidos diariamente pela plataforma, que conta com cerca de 150 mil tags e geram uma quantidade massiva de dados coletados ao longo de todas as etapas de operação da companhia. Em meio a um ambiente desafiador por conta dos baixos preços do petróleo e a constante necessidade de ser mais eficiente com menos recursos, a equipe de TI, juntamente com o time de Operações, integrou uma série de tecnologias para permitir que o controle de processos críticos de produção não mais dependesse das pessoas. A ideia era deixar para trás apenas a visualização de dados em tempo real por parte dos operadores, evoluindo para um cenário de análise complexa sem necessidade de supervisão humana. Marcelo Ferraz, gerente de TI da Chevron Texaco, explica que, no quadro anterior, os engenheiros visualizavam as informações separadamente em um monitor e, com o objetivo de dar mais agilidade para esses profissionais tomarem decisão, foram integradas todas as informações. “As tags da plataforma geram informações importantes, como pressão, vazão e temperatura. Conseguimos modelar as informações e aplicar padrões matemáticos para ter uma qualidade melhor desses dados e poder tomar a decisão adequada. Isso dá muita confiança para o engenheiro de petróleo, que consegue aumentar a produtividade com as informações certas em mãos. Além de garantir mais seguran-

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ça e não ter imprevistos durante a produção”, declara o executivo, que se consagrou vencedor da categoria Indústria Química, Petroquímica, Óleo e Gás do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. As novas informações para os engenheiros são essencialmente visualizadas em dashboards e gráficos, com informações em tempo real tanto para quem está na plataforma quanto para o time em terra. “O sucesso do projeto aconteceu em função da parceria da equipe de TI com o departamento de engenharia e de desenvolvimento do campo de petróleo. Essas alianças foram fundamentais, pois tivemos de aprender o vocabulário deles e ir mais a fundo para entender melhor o modelo ideal”, pontua. PRIMEIROS PASSOS Entre as cerca de 150 mil tags, 10 mil contemplaram o projeto atual, que utilizou a solução Spotfire para fazer a parte de analytics – foram aplicadas técnicas para buscar modelos preditivos. Ferraz explica que essas tags selecionadas contam com informações críticas e sensíveis para a operação, por isso foram as primeiras. “Estamos montando equipes de projetos para definirmos outras informações importantes que poderíamos aplicar e conseguir automatizar mais e melhorar a produção. Queremos evoluir e o próximo passo é aumentar o escopo dessas tags que capturamos. Hoje, não pegamos nem 10% do total. Dependendo da evolução, podemos chegar às 150 mil.” Ferraz diz que, atualmente, os recursos são limitados, mas que, para esse tipo de aplicação, os esforços necessários serão feitos para continuidade do projeto. “Estamos acabando essa entrega agora e é provável que no ano que vem começaremos a segunda fase para mapear outras “, adianta.

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Benefícios As equipes de TI e Operações já mensuraram diversos ganhos com a implementação do projeto, que está em funcionamento desde abril de 2016. Uma delas foi a otimização de injeção de produtos químicos, que gerou redução de 5% nos gastos. “Com as informações corretas de gestão de químicos, geramos economia, além de mais segurança para toda a operação.” A redução de interrupção de fechamento de válvulas para manutenção, que reflete diretamente na produção, também é destacada por Ferraz. “Não precisamos fechar todas as válvulas – apenas as que têm mais desgaste para manutenção preventiva. Com isso, conseguimos manter a produção de petróleo operando.” Diversas análises foram implementadas no sistema, incluindo detecção de problemas em bombas centrífugas submersas cujo valor é estimado em mais de US$ 1 milhão cada uma, passando por otimização de análises de válvulas de shutdown de emergência - críticas para a garantia da integridade e da confiabilidade do ativo. Neste caso, foi possível detectar quais válvulas apresentavam necessidade de revisão, permitindo que a equipe responsável se concentrasse em solucionar os problemas em vez de gastar tempo testando e procurando defeitos em dezenas de válvulas. nova função para os engenheiros Com o novo sistema, o papel dos profissionais tornou-se mais estratégico. Hoje, os engenheiros têm mais tempo para executar tarefas nobres. “Antigamente, o engenheiro tinha de

trabalhar em planilhas Excel carregando dados de várias fontes e sendo exposto a possíveis erros. Ele aplicava um modelo próprio. Agora, temos um único para todos – eles podem simular e alterar, mas é muito básico. Essas informações são compartilhadas em ambiente web e qualquer engenheiro pode aplicar e fazer a mudança e prever o resultado”, explica. Eventos complexos predefinidos são modelados no sistema e automaticamente identificados, gerando, em caso de problemas, uma notificação para a equipe responsável. Ao visualizar o evento, o operador já encontra todos os dados preparados para uma análise mais profunda. Além disso, o projeto permitiu que todas as telas de monitoramento fossem implementadas com tecnologia web de fácil acesso para melhor comunicação entre as equipes. itf

Finalistas da categoria 1º Chevron TexaCo - MarCelo Ferraz 2º SupergaSBraS - MarcuS Moreira 3º NufarM - MarcoS BueNo

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MAIS AUTOMAÇÃO,

menos custos Preenchimento manual de processos de requisição, impressão, entrega de materiais e novamente lançamentos das baixas. Essa era a rotina dos processos do almoxarifado central da produtora de celulose Cenibra. Implementar uma solução para automatizar toda essa operação e quebrar os paradigmas dos usuários, que há tempos trabalhavam com o modelo tradicional, eram os principais desafios e objetivos da equipe de TI da companhia, em busca de um projeto de redução de custos e otimização de processos. Com cerca de 1,5 mil pessoas trabalhando no almoxarifado central, o diagnóstico da empresa foi de que o cenário não era eficiente na execução do serviço. “Todas as retiradas e as chegadas de peças eram cadastradas manualmente. O controle dependia muito das pessoas e as chances de erros eram grandes. Se uma peça está cadastrada errada, ou não foi dada entrada, o quadro fica muito difícil e prejudica a gestão dos itens do almoxarifado”, conta Ronaldo Ribeiro, gerente de TI e Telecom da Cenibra. O projeto constitui na configuração e implementação de soluções de hardware e software para automação e controle do almoxarifado, com a aplicação de recursos de mobilidade e tecnologia de códigos de barras bidimencional (QR Code) alinhados às funções da plataforma do sistema de gestão corporativa - ERP. O novo sistema foi integrado aos módulos de materiais, gestão de depósitos e de módulo de qualidade nos processos de controles. Os resultados atingidos até o momento vão ao encontro do objetivo inicial de otimização dos processos, o que reflete a importância do projeto e o levou a conquistar o prêmio de As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Plástico, Borracha, Papel e Celulose.

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Por GUILHERME BORINI

CENIBRA AUTOMATIZA GESTÃO DE PRODUTOS DO ALMOXARIFADO PARA APLICATIVO COM QR CODE

A empresa calcula que houve redução de aproximadamente 35 mil no número de impressões no ano, além de 340 operações diárias de entrada, saída, inventário e separação de itens de almoxarifado. Outras atividades que registraram otimização foram o controle de inventário (saídas), que teve redução de 50% no tempo gasto - possibilitando diminuição de custos fixos com equipe; os processos de armazenamento de itens, com queda de 45% no tempo; e, por fim, a inspeção técnica de novos itens, que teve recuo de 45% no tempo gasto para inspeção técnica de novos itens. Outro número calculado pela Cenibra foi a eliminação de cerca de 30% no tempo consumido pelos profissionais do almoxarifado em atividades operacionais e repetitivas, garantindo maior tempo para realização de atividades analíticas. “Apesar dos problemas vividos pelo cenário macroeconômico brasileiro, a Cenibra manteve seu nível de investimentos em TI. A empresa entende que a tecnologia e a inovação contribuem sobremaneira para melhorias nos processos e para redução dos custos de produção”, pontua. Segundo o executivo, esse é um dos motivos que mantêm a equipe motivada e dedicada às novas soluções. “O projeto de automação do almoxarifado central foi uma soma de conhecimentos e desafios, para gerar um sistema, utilizando das tendências atuais, com o intuito de melhorar os resultados da empresa“, completa. INTEGRAÇÃO COM ERP O projeto foi desenvolvido em parceria com a Sigga Mobile Technologies, desenvolvedora de aplicativos de mobilidade empresarial, que apoiou a Cenibra na im-

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plementação e na utilização de tecnologias. Foi realizada a integração do software da Sigga com o próprio ERP que a Cenibra já contava. “Com as opções de mercado que nos foram apresentadas, a ideia era identificar um sistema que conseguisse melhor integrar com nosso sistema e aprimorar processos”, explica Ribeiro. Com a integração do software ao ERP, o aplicativo cria um QR Code para cada código de barras e reconhece facilmente o cadastro no estoque. Quando há alguma requisição, é preciso apenas escanear o QR Code e já é dada baixa, não é preciso uma pessoa inserir os dados no sistema”, comenta. Uma das preocupações do projeto foi integrar a nova solução com o ERP da corporação, sem alterar a estrutura dos padrões do módulo de gerenciamento de materiais (MM) e também manter a integridade de dados entre o Sistema ERP e a nova solução.

O produto foi inovador nos processos de inspeção de materiais, armazenamento, inventário e expedição. Foi também inserido no sistema a possibilidade de assinaturas eletrônicas, eliminando impressões em grande quantidade. Ribeiro conta ainda que, a partir desse projeto, a nova tecnologia já é referência para a empresa parceira. “Essa foi a primeira integração da Sigga com o tipo de ERP que utilizamos. Toda a aplicação com mobilidade é nova, foi uma inovação. Todo o processo manual com planilhas Excel está no sistema. Basta usar o QR code e já dá baixa contábil. Nova rotiNa Antes de implementar a nova solução, a primeira missão da equipe foi “quebrar" os paradigmas dos funcionários que estavam habituados com o processo antigo. Para completo entendimento da nova tecnologia pelos usuários finais, a companhia investiu em treinamentos para toda a equipe, que hoje atua com os recursos de mobilidade. Os processos são todos controlados por tablets, que podem ser conectados em todo o almoxarifado, já que a infraestrutura foi preparada para ter pontos de acesso que atingissem 100% do espaço. “Buscamos os pontos mais adequados para instalarmos as antenas. Hoje, em qualquer ponto que o usuário vai com o tablet, consegue acessar e ler rapidamente por meio do QR Code”, garante Ribeiro. Outra preocupação foi em relação ao acesso por meio dos tablets, de forma que os usuários acessem somente a plataforma. “A equipe de segurança pensou em formas para garantir acesso somente ao sistema e não a outras aplicações do tablet. Temos grandes preocupações com uso de dispositivos móveis no local por conta de riscos de acidentes - são distrações a mais para os funcionários. Por isso, o trabalho para desenvolvermos uma interface rápida e de fácil uso”, conclui. itf

Finalistas da categoria 1º Cenibra - ronaldo ribeiro 2º Fibria Celulose - Wilson lopes 3º adami madeiras - luCiano rossete

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CIDADE MÉDICA

inteligente Por SOLANGE CALVO, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

UNITEDHEALTHCARE BRAZIL CRIA COMPLEXO-HOSPITALAR DE 72 MIL METROS QUADRADOS COM ALTAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, ROBÓTICA E MÉDICA

O Americas Medical City é um projeto grandioso e ousado. Ele ocupa uma área de 72 mil metros quadrados, na capital carioca, uma verdadeira cidade da saúde, projetada para atender a todas as necessidades de pacientes e médicos em um único lugar, que funciona em regime de 24x7. Entre as estimativas de potencial de atendimento mensal estão 2 mil cirurgias, 4 mil internações, 20 mil emergências e mais de 180 mil consultas. É o maior complexo-hospitalar do Rio de Janeiro, localizado na Barra da Tijuca, e referência para o Brasil e a América Latina. Depois de ultrapassar a fase de planejamento, o projeto teve início em janeiro de 2008 e foi finalizado em outubro de 2014. Um período de comprometimento de profissionais de variados setores. Mas o ponto nevrálgico de toda a operação, em sintonia com os objetivos da iniciativa, é os recursos de última geração, envolvendo tecnologia da informação (TI) e de comunicação, robótica, além dos mais avançados equipamentos médicos. O comandante de toda a TI é Leonardo Almeida, CIO da UnitedHealthcare Brazil – grupo que engloba a Amil e o Americas Serviços Médicos, que integra o Americas Medical City. “A TI participou do projeto desde o início e tínhamos o compromisso de trazer para o complexo o ‘estado da arte’ em tecnologias médicas e de TI”, lembra o executivo. Para armazenar e gerenciar dados com segurança e garantir disponibilidade de acesso a informações críticas como prontuários eletrônicos, imagens laboratoriais, laudos de exames, dados clínicos, assistenciais e administrativos, o Americas Medical City tem seu próprio data center. Almeida destaca que o centro de dados segue todas as normas de segurança validadas por certificações e conta com ou-

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tra unidade externa para redundância, com plano de Disaster Recovery. O executivo diz que o projeto foi tão bem planejado que também inclui áreas para que os profissionais consigam relaxar depois de um dia pesado de trabalho, ou mesmo para se energizarem antes de iniciá-lo. “Foram construídas salas de reunião, quadras de tênis, sauna, salas de massagens terapêuticas, entre outros espaços para proporcionar o bem-estar.” INOVAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE O CIO afirma que a proposta é muito inovadora e possibilitou a customização de processos e tecnologias para que tudo ficasse alinhado às premissas do complexo. “Precisávamos centralizar as informações e assim unificar a gestão, em razão do grande volume de dados que é gerado na cidade médica. As informações tinham de estar integradas”, diz, acrescentando que a TI começa a contribuir desde o atendimento, em sistemas que direcionam o paciente para recepção, triagem e consultório, por meio de senhas e de avisos em telas espalhadas pela unidade. A complexidade dessa integração procede, considerando que o projeto abriga ainda o Hospital Samaritano e o Hospital Vitória. Eles geram informações de 494 leitos, 16 salas cirúrgicas e 11 leitos Day Hospital. E também dos mais de 250 consultórios e clínicas que compõem o Centro Médico, além do Centro de Diagnóstico e do Centro de Oncologia. “E trabalhamos muito para que não haja gargalos na rede em nenhum momento. A informação tem de estar disponível.” Os centros de Cirurgia Robótica e de Treinamento estão entre os destaques, como excelência em inovação, comparados aos mais reconhecidos no mundo. Recente parceria firmada entre o Americas Medical

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City e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), fundado na França, e uma das mais importantes instituições de educação e pesquisa na área, possibilita capacitação de médicos brasileiros e estrangeiros em diversas especialidades cirúrgicas. Mas nada acontece sem vencer desafios. “Alguns deles foram construir uma infraestrutura de alta performance, com disponibilidade e segurança; otimizar processos, para alinhá-los às demandas; e incorporar novas tecnologias e conceitos, não somente de TI, mas médicas também”, diz o CIO, que esteve todo o tempo preocupado em atender às metas estabelecidas pela iniciativa e às expectativas dos profissionais. Almeida lembra que o fato de o projeto ter começado do “zero” foi desafiante, porque tudo tinha de ser construído. Mas, ao mesmo tempo, deu a oportunidade de padronizar processos, e de alinhar as tecnologias adequadas para o funcionamento da cidade médica, de acordo com o desenho proposto. “Para isso, contamos com a contribuição de grupos multidisciplinares, para identificarmos e entendermos as necessidades de todos os centros do complexo”, afirma. Dever cumpriDo Para ter a certeza de que tudo iria funcionar como imaginavam, todo o complexo permaneceu em “produção assistida” por seis meses. “Nesse período, claro, observamos inadequações em vários pontos, que foram prontamente ajustados. Procuramos monitorar e avaliar a experiência do usuário, pois é o ponto mais crítico para o sucesso do projeto. Tudo deve estar funcionando,

mas deve ser simples de operar. E os recursos altamente explorados”, lembra Almeida. Tecnologias como big data, analytics, cloud, videoconferência, entre outras, sustentam o fluxo gigantesco de dados no Americas Medical City e geram informações valiosas para a saúde dos pacientes. E outras inovadoras que também integram conceitos emergentes como Indústria 4.0 e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), especialmente nos espaços dedicados à capacitação de profissionais. Exemplo disso são quatro grandes salas que simulam um centro cirúrgico para proporcionar treinamento prático em cirurgias robótica, laparoscópica e hemodinâmica em robôs que, de forma precisa, reproduzem as reações do ser humano. “É a tecnologia do futuro”, diz o CIO, que há 23 anos ingressou na Amil e hoje tem orgulho e certeza de que, ele e a equipe de TI, por meio da tecnologia, contribuem para oferecer à sociedade excelência em atendimento e expectativa de vida acima dos padrões. itf

Finalistas da categoria 1º Leonardo aLmeida, da UnitedHeaLtHcare BraziL 2º AlexAndre Flores, dA Unimed Belo Horizonte 3º AdriAno Gliorsi, dA sAntA HelenA sAúde

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ABERTO AO

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PORTO SEGURO DESENVOLVE PROGRAMA DE OPEN INNOVATION E ESTIMULA PROJETOS EMPREENDEDORES PARA AGREGAR SERVIÇOS INOVADORES AOS SEUS SERVIÇOS

Por GUILHERME BORINI

“Trabalhávamos na busca constante de inovação, mas de forma fechada, dentro de casa. Era preciso ampliar esse canal e encontrar novas formas”, conta Italo Flammia, CIO da empresa, que explica também que, para o projeto, foi desenvolvida uma área de pesquisa & desenvolvimento (P&D) com suporte para todo tipo de ideia, ligadas a tecnologias como computação cognitiva, big data, cloud, internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), impressões 3D e mobilidade. Flammia descreve o laboratório montado pela empresa como “playground da tecnologia”. “Tem de tudo. As pessoas podem frequentar a qualquer hora para se inspirar e fazer projetos – tanto startups, quanto nossos funcionários. E não exclusivamente pessoas da área de TI. Colaboradores de ouFOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

Portas abertas à inovação. Com esse raciocínio em mente, a Porto Seguro desenvolveu seu projeto de Open Innovation, que criou estrutura tecnológica para suportar e capturar nova ideias para agregar aos serviços da empresa, além de promover aproximação com os ecossistemas de inovações - startups, aceleradoras e centros de pesquisa. Formado por diversas iniciativas que estão gerando resultados de inovação para a empresa, o programa conquistou o prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Seguradoras.

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tros departamentos também acabam indo para conhecer e se inspirar”, diz Flammia. O projeto contemplou frentes voltadas ao desenvolvimento por meio de recursos de fora e também internos. A primeira delas, para atrair startups do mercado, foi a criação da Aceleradora Oxigênio. Também para o mercado externo, a Porto Seguro ampliou o diálogo e as parcerias com Universidades, entre elas Stanford e Poli-USP, e centros de pesquisa, como o CpQD e o C.E.S.A.R. Já as ações internas buscam fomentar o empreendedorismo nos próprios funcionários. Hackathons foram ampliados para o público interno e, além disso, criado um programa que - após seleção das ideias - possibilita funcionários experimentarem o empreendedorismo ao tirarem licença não remunerada para desenvolver seu projeto. Ao final, o participante tem a opção de seguir com seu negócio, em parceria com a Porto Seguro, ou retornar ao seu posto normal de trabalho. “São projetos mais baratos, mas, principalmente, mais rápidos. Não enfrentamos paradigmas corporativos que geralmente são lentos. A startup é empreendera e se dedica àquela tecnologia específica e têm um poder de inovação muito mais rápido. Esses empreendedores pensam de forma disruptiva, que é o grande segredo para projetos rápidos e muito inovadores", observa. EmprEEndEdorismo dEntro dE casa As ações voltadas ao público interno, de acordo com Flammia, são o maior diferencial do programa. Um dos projetos é o “Ninjas”, que permite inscrições de integrantes da equipe de TI para determinado desenvolvimento. A empresa seleciona uma equipe multidisciplinar e os funcionários dividem o tempo da rotina diária com esses projetos dos sonhos. Outro programa contemplado que se tem destacado é o incentivo à criação de startups internas. O programa é voltado para aquele funcionário que tem uma ideia inovadora, mas esbarra em condições financeiras ou de tempo. Se aprovado, o acordo inclui três meses de licença não remunerada, quando é realizado o período de pré-aceleração, com toda a bateria de cursos, eventos e validação da ideia. Ao final desse período, com a ideia refinada e validada, o inscrito tem a opção de continuar com o projeto empreendedor, em parceria com a Porto Seguro, pedindo demissão, ou, então, pode desistir da aventura e voltar para sua área de origem. “Temos 15 mil funcionários e, entre eles, muitos empreendedores com ideias inovadoras. O programa é uma forma de o funcionário testar seu perfil empreendedor sem nenhum risco. Se não der certo, ele volta. É um projeto muito inovador e, inclusive, não encontramos nenhuma referência semelhante no Brasil.” Flammia listou as principais vantagens do programa para a empresa: funcionários especialistas na área e próximos da Porto Seguro (viram sócios) e, por fim, o surgimento de uma onda positiva, com incentivo para o empreende-

dorismo. “É uma motivação para eles pensarem fora da caixa", pontua. No primeiro ciclo interno, três projetos se inscreveram e dois deles avançaram. O primeiro é um marketplace de serviços que permite às prestadoras de serviços visualizarem os problemas do cliente e, a partir disso, iniciar negociação de melhores custos, prazos e fornecedores. O serviço permite interação via chat, foto e outros recursos. O segundo é um projeto baseado em inteligência cognitiva para otimizar o atendimento via telefone, que tem previsão de disponibilidade no início de 2017. acElEradora A parte tradicional do projeto contemplou o fomento a startups de fora com a aceleradora Oxigênio. “O diferencial da Oxigênio é que ela tem cunho corporativo. Nossa missão é trazer inovação para produtos da empresa e não investir em uma empresa que tem crescimento exponencial”, explica. No primeiro ciclo de aceleração, foram 1 mil inscritos e apenas cinco selecionados. Flammia conta que foram desenvolvidos 17 projetos. Já no segundo ciclo, foram 1,4 mil inscrições e sete selecionadas. O número de projetos subiu para 25. A empresa atualmente está no terceiro ciclo, em que serão selecionados dez. Todas as selecionadas têm acesso ao laboratório da Porto Seguro e suporte da empresa. “A grande vantagem diante das outras aceleradoras é que as startups viram nossas sócias. Oferecemos US$ 50 mil em dinheiro e US$ 100 mil em smartmoney, aplicados em investimentos indiretos, em forma de benefícios e recursos para os empreendedores. Além disso, eles têm acesso aos nossos clientes, produtos e conhecimento”. No caso das startups internas, os mesmos valores são recebidos apenas se avançarem para a fase de aceleração. Para concorrer à oportunidade, é necessário que a startup já possua um MVP ou seja, um produto constituído e/ou protótipo, estejam em um estágio intermediário de desenvolvimento e tenham sinergia com um dos mercados nos quais a Porto Seguro atua. Um dos projetos, já disponível para clientes, é um dispositivo de internet das coisas que faz o rastreamento de malas durante viagens - localização e violação. A vantagem é voltada para os serviços de seguro viagem da empresa. itf

Finalistas da categoria 1º Porto Seguro - Italo FlammIa 2º Sulamérica SeguroS - criStiano BarBieri 3º liBerty SeguroS - ana lucia D'amaral

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DESAFIO

digital Por GUILHERME BORINI

internet e aplicativos para smartphones em uma velocidade impressionante. São serviços de streaming de músicas, como Spotify, Apple Music e Rdio, que, de acordo com relatório da RIAA, associação norte-americana da indústria fonográfica, ultrapassaram o mercado de downloads em rendimento, pela primeira vez, em 2016. Diante desse cenário, o Ecad se deparou com o desafio de viabilizar uma forma de realizar a cobrança e o processamento das execuções via plataformas de streaming de música, os chamados serviços digitais. O departamento de TI assumiu a tarefa e desenvolveu um sistema informatizado para realizar o serviço. O projeto é o vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, na categoria Serviços. “Começamos a mapear e a conversar com essas plataformas e percebemos que o volume de utilização pelas pessoas era gigantesco. Enquanto que em emissoras de rádio as execuções durante o ano totalizam cerca de 1 milhão, nas plataformas digitais eram de 15 vezes a 20 vezes maior”, destaca José Pires, CIO do Ecad.

FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

A atuação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), como sugere o nome, é centralizar a arrecadação e a distribuição dos direitos autorais de execução pública musical no Brasil. Ou seja, em qualquer local com frequência coletiva que toque uma música, a instituição tem legitimidade para arrecadar dinheiro e distribuir o valor para os artistas autores das canções. TVs, rádios, shows, restaurantes e academias são ambientes que já fazem parte do radar do Ecad. No entanto, um novo desafio bateu à porta da instituição. E chegou via

ECAD DESENVOLVE PLATAFORMA PARA ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS DE MÚSICAS REPRODUZIDAS EM STREAMINGS

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Pires explica que a contagem nos serviços digitais é feita por número de execução, ou seja, cada clique é contabilizado - o que impulsiona o volume. Portanto, a distribuição precisa ser totalmente automatizada pelo sistema para que não haja nenhuma tarefa de responsabilidade da área operacional da empresa e deve suportar os altíssimos volumes de informações gerados por esse segmento. “Esse tipo de serviço é o futuro. Não há como voltar atrás. Todo o entretenimento vai caminhar por essas plataformas. O Ecad precisa estar preparado para acompanhar essa evolução e esse projeto faz parte dessa estratégia”, diz Pires. Números “Imagina a quantidade de assinantes dando cliques em um repertório gigantesco de músicas”, comenta. Pois bem, o número, de acordo com os cálculos do Ecad, chega a aproximadamente 2,7 bilhões em um período de um ano e meio, em apenas uma plataforma. “Tomamos um susto”, confessa Pires. O grande desafio era receber esse alto volume de execuções e identificar cada uma delas. “Tínhamos primeiro de consolidar todos os cliques na mesma música. Dos 2,7 bilhões, chegamos a cerca de 15 milhões de músicas.” A primeira distribuição dos valores arrecadados das plataformas de streaming foi realizada em junho de 2016. A distribuição foi efetuada de forma direta, com base na lista das músicas executadas encaminhada por cada plataforma por meio de arquivos eletrônicos, e contemplou somente os titulares de direitos de autor. A verba distribuída foi proveniente das mensalidades pagas pelas plataformas adimplentes - Apple Music, Beats 1, Kboing, Spotify e Vevo. Os valores foram divididos por plataforma e agrupados de acordo com o plano oferecido (como as versões free, premium e similares). O Ecad analisou quase 10 bilhões de execuções musicais para poder realizar a distribuição da rubrica de streaming no mês. O valor total distribuído foi de R$ 2.381.715,57, dividido entre mais de 115 mil titulares. TecNologia A plataforma identifica a quantidade de obras e os autores para depois dividir a porcentagem de cada um deles. “Em seguida, chegamos ao valor do pagamento da porcentagem de cada autor”, detalha. Os dados são todos arquivados em uma infraestrutura interna, mas, diante da grande quantidade, o próximo passo estudado é migrar para a nuvem, em busca de maior capacidade de armazenamento e escalabilidade. Para esse projeto, a equipe não tinha ideia do volume que iria trabalhar. A quantidade assustou. “Não conseguiremos manter a complexidade de uma plataforma digital se não formos para a nuvem. Tenho de deixar armazenado o pagamento do autor por até cinco anos. Se continuarmos nesse ritmo de crescimento, nossa infraestrutura de armazenamento não vai suportar. Precisa de um investimento muito grande para processar, enquanto que a nuvem tem custo mais competitivo e mais qualidade”, diz. Pires explica que o Ecad conta com alguns serviços em nuvem, mas não sistemas. Uma aplicação de processamento

e serviços digitais na cloud já está sendo estudada. acordo O Ecad tem buscado estabelecer contratos com as plataformas de streaming. Com o acordo, as empresas passam a compartilhar um mínimo de informações, como nome das obras e quantidade de execuções. Com esses dados básicos, o Ecad realiza um match com os metadados de banco de obras e titulares e identifica o autor. “Sabendo quem são os autores, identificamos os percentuais e fazemos o rateio do dinheiro.” Para atingir seu objetivo, o sistema deve executar, de forma automática, as seguintes tarefas: recepcionar os relatórios de execução musical enviados pelos players de streaming; importar as informações enviadas; identificar automaticamente por meio de metadados as músicas e seus artistas na base de dados cadastral da empresa; processar a distribuição dos direitos autorais para os titulares de direitos (artistas); além de gerar os relatórios e os arquivos finais de pagamento. crescimeNTo Os chamados serviços digitais ainda têm um valor pequeno no mercado do Ecad. Segundo Pires, o motivo é por ser um serviço ainda novo, mas a projeção é otimista. “O valor pago ainda não pode ser comparado ao praticado por grandes usuários de músicas, como emissoras de rádio e TV. Esperamos um crescimento grande nesse serviço nos próximos anos”, projeta. Outro fator que explica a baixa representatividade em arrecadação é que a maioria das plataformas ainda não entrou em acordo com o Ecad. Esse tem sido outro desafio da entidade - conseguir fechar acordo com todas as empresas que fornecem esse tipo de serviço. itf

Finalistas da categoria 1º Ecad - José PirEs 2º AutoglAss - FAbricio Ferri 3º DemArest ADvogADos - NilsoN busto

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OLÁ, SOU A

O grupo Edenred, que opera a marca Ticket no Brasil, adotou tecnologias baseadas em inteligência artificial para impulsionar resultados de negócios. A empresa desenvolveu a assistente virtual Edenred Virtual Assistant (EVA) e otimizou o atendimento digital aos clientes do site da companhia. Atualmente, são mais de 5 milhões de usuários nos diversos serviços da organização, que vão desde benefícios ao trabalhador, com o Ticket Alimentação e o Transporte, à gestão de despesas, com o Ticket Log. Vencedor da categoria Serviços Financeiros entre As 100+ Inovadoras no Uso de TI, o projeto faz parte da estratégia de desenvolvimento de soluções de usabilidade da Ticket para os stakeholders empresas, clientes, estabelecimentos e usuários. Os objetivos foram reduzir custos com centrais de atendimento por meio do entendimento de perguntas frequentes para incluir respostas diretamente on-line e, em paralelo, reduzir o tempo de atendimento. Em busca de inovação, a solução recaiu sobre inteligência artificial. A tecnologia, tendência do mercado, oferece uma série de vantagens aos clientes. É o que explica Cyrille Verdier, diretor de estratégia e desenvolvimento da Edenred Brasil. “A necessidade principal é a de oferecer diversos serviços e conseguir atender a alta gama de clientes corporativos e usuários finais da forma mais eficiente possível. O caminho é

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COM FOCO EM PLATAFORMAS MULTICANAIS, EDENRED DESENVOLVE ASSISTENTE VIRTUAL PARA ATENDIMENTO ON-LINE A CLIENTES TICKET

cada vez mais por recursos de autosserviço, que reúnem as virtudes de dar autonomia aos usuários, que valorizam muito isso, além de ser bom para a empresa para reduzir custos e agilizar o atendimento”, comenta Verdier. Um dos maiores desafios do projeto foi analisar a demanda do call center para entender as grandes necessidades e perguntas dos usuários para implantá-las na EVA. Além disso, conseguir adotar ações de autosserviço com um fluxo simples e rápido, mas respondendo às regras de segurança interna. Os resultados foram imediatos. Menos de seis meses após a implantação da EVA, a empresa registrou mais de 600 mil perguntas realizadas e uma taxa de 82% de respostas corretas que atenderam à necessidade dos clientes. Outro fator positivo destacado pela companhia foi a redução de cerca de 60% das remissões de cartões realizadas pelo call center e aproximadamente 20% dos contatos relativos a dúvidas dos produtos. Indiretamente, a solução também ajudou a navegação do usuário no site e permitiu o aumento do tráfego nos serviços disponíveis no portal. FOTO: DIVULGAÇÃO

eva

Por GUILHERME BORINI

CYRILLE VERDIER, DIRETOR DE ESTRATÉGIA E DESENVOLVIMENTO DA ENDERED

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ENSINANDO A EVA Após o mapeamento das perguntas frequentes e que tipo de informação cada usuário buscava no atendimento, o passo seguinte foi passar todas essas informações para o sistema, em um processo de ensinamento à máquina. Ao acessar o sistema, o usuário é direcionado para os serviços específicos, de acordo com a conversa com a EVA, por meio do chat automatizado. Ou seja, o processo que antes era realizado via call center, com interação humana, foi todo automatizado e é realizado em curto espaço de tempo, por meio de uma conversa com o computador. O foco da EVA é resolver demandas operacionais, como saldo, emissão de cartões, troca de senhas, busca por estabelecimentos específicos (postos, mercados, oficinas, restaurantes etc). São cerca de 20 perguntas que o recurso consegue responder. “A EVA evolui e aprende junto com as principais perguntas. O próprio uso reforça o escopo e a capacidade de solucionar para o usuário à medida que as perguntas vão surgindo.”

Enquanto as demandas operacionais ficam a cargo da EVA, a interação humana é acionada em alguns casos com perguntas específicas, sobretudo para atendimentos corporativos, que exigem demandas mais complexas. Verdier afirma que ainda há uma quantidade considerável de ligações para o call center, mas que o objetivo é incentivar cada vez mais o atendimento virtual, por meio da estratégia de abordagem multicanal, que inclui o portal de serviços e o aplicativo para smartphones com informações úteis aos usuários. “Queremos ter a maioria dos atendimentos por meio de algum canal automático, seja ele um uma URA (via voz), mobile ou web”, afirma. Mesmo com os call centers ainda fazendo parte do ecossistema do atendimento dos serviços Ticket, seus dias estão praticamente contados. Verdier não acredita no fim dos call centers com operadores, mas, sim, em uma redução considerável do trabalho operacional. “Estamos falando de uma queda de 90% a 95%. Os call centers ficarão em uma proporção muito pequena comparada ao início desse tipo de serviço. Mesmo que não desapareçam, será quase isso”, prevê. EVOLUÇÕES E TENDÊNCIAS Verdier classifica a EVA como evolução do chat, que, por sua vez, foi uma grande revolução para o setor de atendimento. “A EVA é a automação digital de atendimento.” Outra evolução foi a URA, recurso de reconhecimento por voz. Para o executivo, o próximo passo para atendimento são os chatboxs, que serão realizados diretamente em aplicativos de mensagens abertos, como o WhatsApp e o Messenger. Ou seja, não haverá a necessidade de desenvolvimento de uma plataforma para o chat - apenas, por meio de APIs abertas desenvolver soluções em conjunto. “Já não precisávamos mais escrever e agora não precisamos mais falar também. É o que as novas gerações demandam.” O perfil da nova geração é uma das principais bases para o atendimento multicanal. “Precisamos nos adaptar aos hábitos dos usuários e oferecer a maior quantidade possível de canais. Ninguém mais quer pegar filas para atendimento e a tendência do mundo é digital. As novas gerações não querem falar com ninguém, mas, sim, resolver tudo em seus dispositivos.” ITF

EVA, ASSISTENTE PESSOAL DA EDENRED

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º EDENRED - LUIZ AFONSO 2º RODOBENS - MARCOS ADAM 3º SERASA EXPERIAN - LISIAS LAURETTI

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FISCALIZAÇÃO

moderna

tornar o processo mais assertivo com base na tecnologia, resultando no projeto vencedor da categoria Setor Público do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. A premissa era a identificação inequívoca dos passageiros sob condição de risco aduaneiro, o que culminou na adoção de soluções que utilizam recursos de biometria. Por meio de um moderno sistema de reconhecimento facial, os passageiros de voos internacionais, que saem e chegam aos aeroportos brasileiros, são identificados a partir de máquinas que realizam o mapeamento das características faciais exclusivas de cada indivíduo. Além de facilitar a vida dos passageiros, a novidade otimiza o trabalho do Fisco. Segundo Claudia Andrade, CIO da Receita Federal, o sistema garante mais agilidade no atendimento ao viajante, na medida em que a atuação da Receita Federal recai, FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

A Receita Federal já é bastante conhecida por sua moderna plataforma de Imposto de Renda e Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Mas havia uma área que precisava de atualização tecnológica: a de partidas e chegadas de viajantes brasileiros oriundos de voos internacionais. Até então, todo o controle de declaração de bens era manual, feito por meio de um papel, que tinha de ser entregue assim que o viajante chegasse ao seu destino. Se ele trazia consigo bens indevidos ou ilícitos não declarados, o controle do servidor da Receita Federal era baseado no ‘feeling’, especialmente em função do comportamento da pessoa, e não em dados. Foi então que surgiu a ideia de o órgão

Por DÉBORAH OLIVEIRA

INTEGRADA A FERRAMENTAS DE CONTROLE FISCAL E DE PASSAGEIROS, BIOMETRIA FACIAL IMPLEMENTADA PELA RECEITA FEDERAL EM 14 AEROPORTOS BRASILEIROS GARANTE AGILIDADE E MAIOR SEGURANÇA NA IDENTIFICAÇÃO DE VIAJANTES DE RISCO

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preferencialmente, sobre passageiros que apresentem risco potencial de praticar irregularidades aduaneiras e outras infrações. A tecnologia já está em pleno funcionamento em 14 aeroportos internacionais no Brasil: Brasília, Confins (Belo Horizonte), Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Galeão (Rio de Janeiro), Guarulhos, Manaus, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Gonçalo do Amarante (Natal) e Viracopos (Campinas). Guarulhos e Brasília foram os primeiros a receber o sistema em formato piloto. Depois de bem-sucedida, a iniciativa espalhou-se para as demais localidades. Agora, viajantes habituais, por exemplo, são reconhecidos automaticamente, o que permite sua seleção para uma fiscalização mais aprofundada, sem interferir no fluxo de passagem dos demais passageiros. “Nossa primeira preocupação era contar com um processo menos burocrático, mais virtual, elucidativo e eficiente”, conta a executiva. De acordo com ela, o trabalho de identificação começa logo no check-in. Após a decolagem da aeronave, acontece a transmissão de informações do passageiro para a Receita Federal, que faz o cruzamento com uma série de bases de dados, do próprio órgão, para identificar renda declarada, ocupação, frequência de viagens e natureza das viagens realizadas, e de companhias aéreas. Feito isso, é realizada uma análise de risco por perfis e padrões. Ao desembarcar no Brasil, e passar pelo reconhecimento facial, que tem tempo de resposta de um segundo, o sistema determina o passageiro de risco. “Não tinha parâmetros e precisávamos definir o tempo de identificação. Depois de muitos testes, chegamos a dois segundos e depois um segundo. Foi um projeto todo pautado pelo ineditismo”, comenta. Após a identificação, o passageiro de risco é direcionado para verificação aduaneira da Receita Federal. No caminho entre a biometria e o servidor da Receita Federal, câmeras de segurança inibem qualquer ação de fuga. “Tudo o que criamos foi com o intuito de simplificar, desburocratizar e tornar mais eficiente o trabalho do servidor da Receita”, conta a executiva. Além disso, a ideia do órgão era garantir a proteção da indústria e do emprego nacional, combatendo a entrada de mercadorias com destinação comercial, o contrabando, o tráfico internacional de drogas e de armas. INEDITISMO O projeto, que demandou investimento, por meio de processo licitatório, da ordem de R$ 7,5 milhões, foi grandioso e envolveu uma série de áreas, aponta Claudia. Nas fases de planejamento, contratação e implementação da solução, foram envolvidas três áreas, a aduaneira, a de TI e a de programação e logística, além da participação indireta das equipes dos aeroportos que receberam a solução. O planejamento englobou diversas frentes de soluções, como realização de convênios com órgãos externos para incrementar o banco de dados da Receita, o cruzamento de informações, a prospecção e a aquisição de ferramenta de mercado, a adaptação e a construção da aplicação Declaração Eletrônica de Bens do Viajante (e-DBV) integrada com a ferramenta de mercado e a implantação de arquitetura e infraestrutura tecnológica para suportar a solução e o plano de contingência.

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Diversas soluções tecnológicas foram usadas, incluindo uma ferramenta de mercado para reconhecimento biométrico facial, o cruzamento de dados oriundos de diversas instituições, a aplicação disponibilizada pela Receita para os viajantes – a Declaração Eletrônica de Bens do Viajante, e-DBV - e a mudança de arquitetura de infraestrutura do ambiente informatizado com características híbridas (equipamentos-servidores descentralizados nos aeroportos integrados a tablets e ao banco de dados armazenado em um data center centralizado). O trabalho envolveu, ainda, a criação de um aplicativo, batizado de Viajantes, que serve como mecanismo de esclarecimento do processo junto ao cidadão. Nele, é possível ter acesso à Declaração Eletrônica de Bens do Viajante e um teste que aponta o que pode ou não entrar no País. “O app desburocratiza o processo e reúne informações relevantes para o viajante, ajudando-o a entender o que ele pode trazer para o País”, esclarece a executiva, completando que ele possibilita, o preenchimento e a transmissão da declaração de bens ainda no exterior e o pagamento antecipado do imposto por home banking. Claudia conta que a Receita é a única no mundo que fornece essa comodidade. “Um ganho notável quando comparado, pelos próprios usuários, aos procedimentos de entrada na União Europeia ou nos Estados Unidos.” NOVAS FRENTES Com o sucesso da iniciativa para residentes brasileiros, a ideia da Receita Federal, agora, é estender a inovação para viajantes de outras nacionalidades e levar o sistema a outros lugares críticos, que demandam monitoramento constante, como a Ponte da Amizade, por onde todos os dias passam mais de 40 mil veículos e 20 mil pedestres. “Como muitos viajantes não usam passaporte para atravessar a Ponte, vamos mapear, por exemplo, quantas vezes aquela pessoa faz a travessia por lá para compor os requisitos de risco”, antecipa Claudia, que se diz satisfeita com o resultado. “Somos, inclusive, referência para projetos internacionais”, finaliza. ITF

FINALISTAS DA CATEGORIA 1º RECEITA FEDERAL - CLAUDIA ANDRADE 2º PROCERGS - ANTONIO GOMES 3º MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO - FERNANDO SIQUEIRA

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AMAZÔNIA

on-line Por GUILHERME BORINI

MINERAÇÃO TABOCA LEVA INTERNET À VILA DE PITINGA, NA FLORESTA AMAZÔNICA, E CONECTA COMUNIDADE DE 3,5 MIL PESSOAS LIGADAS À MINERAÇÃO DA EMPRESA NA REGIÃO

ção e metalurgia de estanho e minerais industriais, faz extração de estanho, tântalo e nióbio. Povoado do município de Presidente Figueiredo (AM), a comunidade conta com cerca de 3,5 mil moradores, a maioria deles envolvido direta ou indiretamente com a Mineração Taboca. São mais de 25 empresas alocadas na região que prestam serviços locais. Mas faltava um detalhe para complementar toda a infraestrutura: conexão via internet. Para superar com desafio, a equipe de TI mineradora desenvolveu um projeto que levou comunicação e mobilidade aos funcionários e familiares, além de empresas estabelecidas na área até então remota e isolada do mundo conectado. O trabalho foi vencedor de As FOTO: YUCA • ESTÚDIO CRIATIVO

Levar conexão de internet a todos os pontos de um País com dimensões continentais como o Brasil é um dos maiores desafios do setor de tecnologia e telecomunicações. Na Vila do Pitinga (AM), comunidade indígena localizada a 350 km da capital Manaus, no coração da Floresta Amazônica, não é diferente. É nesse local isolado que se encontra a mina de Pitinga, descoberta nos anos 80 e uma das mais ricas do mundo, com longevidade estimada em cem anos. É lá que a Mineração Taboca, que atua na minera-

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100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Siderurgia, Metalurgia e Mineração. “Desde o final de 2013 a principal missão da nossa área de TI era propiciar uma solução de comunicação na região. Era algo que todos os executivos pediam e não podíamos mais nos dias de hoje ficar sem comunicação em uma região remota”, conta Ailton Teixeira, CIO da empresa. O caminho de 2013 até fevereiro de 2016, quando os serviços passaram a funcionar na região, foi árduo. TenTaTivas iniciais Algumas diretrizes para o projeto foram alteradas ao longo do processo. Teixeira conta que a ideia inicial era desenvolver uma internet via fibra, em parceria com uma operadora de telecomunicações. No entanto, a solução foi barrada por órgãos e concessionárias. As respostas para as tratativas eram sempre de que não havia viabilidades técnica e econômica para disponibilizar internet banda larga na região, pois não existia capilaridade e a construção não seria viável financeiramente. Seriam aproximadamente 80 km de fibra, de acordo com cálculos da empresa. As visitas a Brasília contaram com reuniões com diversos órgãos. Com o Ministério da Saúde, por questões ligadas à saúde para uma construção dessas considerando riscos de doenças tropicais. No Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a discussão foi a necessidade de licenciamento ambiental para atravessar a reserva. E, por fim, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) também precisou ser acionada, e ela, por sua vez, também relatou diversos empecilhos - um deles foi de que, por estar fazendo uso da reserva, a empresa precisaria apresentar uma contrapartida em dinheiro para os índios. “Diante desse cenário, buscamos uma solução diferente, pois com a convencional não estávamos conseguindo”, comenta Teixeira. Mudança de ruMo A nova ideia foi um projeto com uma solução de internet via rádio de uma empresa israelense, com alta capacidade de transmissão para longa distância. Para viabilizar o projeto, foram construídas duas torres com 90 metros de altura cada - uma dentro da própria planta da Mineração Taboca e outra a cerca de 50 quilômetros de distância, em um terreno que a empresa adquiriu, às margens da BR-174. “Teve apelo muito interessante, porque não tivemos de fazer nenhum desmatamento, nada que afetasse o meio ambiente da floresta. E, claro, um respeito muito grande com a comunidade.” A única solicitação de órgãos reguladores veio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que pediu apenas para iluminar a torre por conta de segurança no espaço aéreo, mas informou que a antena não está localizada em rota de avião.

No momento da entrega, surgiu mais um desafio não previsto inicialmente. Teixeira explica que a equipe considerou que haveria eletricidade da concessionária de energia local na base da torre nas proximidades da rodovia federal BR-174, sendo assim, foi considerada uma fonte secundária de energia solar. Como a concessionária não oferecia energia confiável, foi preciso realizar novos investimentos não planejados e desenvolver uma matriz de energia fotovoltaica sustentável, tornando-se a fonte primária para alimentação dos equipamentos instalados na torre construída. “Para nossa surpresa, naquela localidade era fim de linha, a pior qualidade de energia que existe. Existia flutuação de energia muito grande, com paradas de até 30 horas.” coMunidade conecTada A comunicação que antes era feita por link via satélite ou conexão VPN a partir das outras sedes da empresa, hoje é toda via internet. Os custos também diminuíram consideravelmente. O fato é que, hoje, Pitinga vive nova era. Além dos benefícios para os negócios da empresa, Teixeira faz questão de destacar a melhora na satisfação dos trabalhadores e moradores, que passaram a ter acesso a todos os recursos disponíveis no mundo digital. “A internet deixou de ser necessidade corporativa e passou a ser usada como forma de desenvolvimento social. Muitas pessoas que vivem na comunidade iniciaram cursos on-line, como MBA. Também estamos disponibilizando diversos treinamentos via internet, fato que contribui para redução de custos, já que antes precisávamos levar profissionais para treinamentos in loco ou deslocávamos as pessoas para Manaus.” Atualmente, a companhia está desenvolvendo o projeto Pitinga Digital, que leva conexão para diversos pontos da vila, por meio de 115 pontos de acesso. Foram criadas também espécies de lan house com estrutura para pessoas que não contam com computadores pessoais. No âmbito do entretenimento, Teixeira cita também o programa “Cinema na Floresta”. “Graças ao advento da internet, conseguimos comprar filme e passamos no nosso clube para pessoas da operação e visitantes”, finaliza Texeira. itf

Finalistas da categoria 1º Mineração Taboca - ailTon Teixeira 2º Kinross Gold - Eduardo MaGalhãEs 3º TErMoMEcânica - WalTEr sanchEs

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VOOS MAIS ALTOS COM...

beacons Por GUILHERME BORINI

GOL INTEGRA DISPOSITIVOS DE LOCALIZAÇÃO AO APLICATIVO PARA IMPULSIONAR VENDA DE SERVIÇOS AGREGADOS

“Aparentemente você não vai conseguir chegar em tempo para embarcar. Deseja adiar seu voo?”. Essa é uma das frases que chegam aos smartphones de usuários do aplicativo da Gol, caso estejam atrasados para uma viagem programada. A inteligência por trás dessa e de outras mensagens faz parte do projeto de integração de beacons ao aplicativo da companhia área, projeto vencedor da categoria Transporte e Logística entre As 100+ Inovadoras no Uso de TI. Em fevereiro de 2015, a companhia aérea lançou um recurso que consegue identificar a localização do cliente, qual aeroporto embarcará e se chegará em tempo. Por meio da integração com o sistema do Waze, o app calcula o trânsito e avisa o horário para iniciar o deslocamento, ou, em casos graves, manda a mensagem acima, alertando que o passageiro não chegará em tempo e perderá o voo. Para quem chega com antecedência de, pelo menos seis horas, a companhia envia mensagem sugerindo que antecipe o voo. Para isso, basta o cliente ter o app com GPS e conexão com internet, além de concordar com os termos de uso para ser “monitorado”. Com o aplicativo consolidado, a companhia decidiu dar o próximo passo do projeto, que foi a evolução para a microgeolocalização, por meio de beacons, para identificar onde exatamente o cliente está dentro do aeroporto. “Até então, sabíamos que o passageiro havia chegado ao aeroporto, mas não sabíamos em qual local ele estava sala de embarque ou saguão central, por exemplo. Não tínhamos essa visibilidade”, conta Paulo Palaia, CIO da Gol, destacando que já são mais de 1,2 milhão de downloads e quase 1 milhão de clientes que não perderam voos graças aos avisos por meio do app. O objetivo de utilizar os beacons é oferecer serviços agregados e tornar o aplicativo um novo canal de

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vendas de receita adicional para a companhia, uma vez que, de acordo com Palaia, nesse setor, se diferenciam aqueles que oferecem os melhores serviços, com os melhores preços, no momento oportuno - por isso, a utilização de tecnologias móveis e geolocalizáveis. Algumas das opções de serviços são venda de assentos especiais, acesso à sala VIP, acesso ao Wi-Fi a bordo, além de pedido antecipado de alimentação a bordo. INSTALAÇÃO Antes do início da operação, o primeiro desafio foi instalar os dispositivos beacons nos aeroportos, já que a maioria não conta com a tecnologia. Após reuniões com os administradores de cada um deles, a Gol obteve autorização para fazer a instalação. “Todos os aeroportos permitiram instalarmos a tecnologia com a condição de que, se um dia eles tiverem beacons, vamos comprar os serviço deles. Exceto o Galeão, que já possui a tecnologia instalada e estamos comprando os seus serviços”, explica. Foram instalados 29 beacons em Congonhas (São Paulo), 25 no Santos Dumont (Rio de Janeiro) e 44 no Aeroporto Internacional de Guarulhos (São Paulo). Palaia afirma que foram investidos US$ 50 em cada um dos equipamentos. “Cada um deles tem de 30 metros a 150 metros de raio, um alcance muito grande”, conta. RECURSOS O início da operação foi em agosto de 2016 e, atualmente, são quatro tipos de recursos disponíveis, identificados por meio de beacons. O primeiro deles é a oferta de upgrade para o Assento + Conforto para clientes Gol, assim que o usuário entra no aeroporto. Basta estar com o app instalado e o bluetooth ligado

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Próximos Passos Os planos da Gol para o futuro próximo são acoplar outros serviços que possam gerar renda extra. Um deles é auxiliar passageiros em conexão entre voos. A empresa identificou que muitos clientes têm dificuldades nesse sentido, sobretudo em aeroportos maiores. Segundo Palaia, o app identificará clientes em conexão e enviará mensagens com direcionamento para auxiliá-lo. A empresa planeja também oferecer serviços com empresas parceiras. Por exemplo, um serviço de transporte, como táxi ou aluguel de carro, quando o cliente estiver passando pelo desembarque. Com o aval do passageiro, o app dispara uma mensagem para a empresa parceira, que fornece o serviço. Além disso, a Gol está de olho em outros tipos de campanha de marketing e também na expansão da tecnologia para outros aeroportos, sobretudo nas capitais do Brasil. “São muitas possibilidades de aplicações com beacons, uma infinidade de funções. Nosso objetivo é aumentar a receita e melhorar os serviços aos consumidores”, conclui Palaia. itf

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para ser impactado assim que chega. Caso um usuário tenha o app, mas não vá viajar com a Gol, também recebe uma mensagem promocional destacando as ofertas da empresa, para, quem sabe, convencer o usuário de ir de Gol na próxima oportunidade. Outro recurso é voltado a clientes da categoria Smiles Diamante, direcionado a clientes primes. Quando um integrante dessa categoria está na área de segurança - identificado nesse setor graças aos beacons -, após o raio x, a empresa oferece gratuitamente o Assento + Conforto, se há disponibilidade no voo. Caso ele aceite, automaticamente o check-in é cancelado e um novo cartão de embarque é emitido. “A aceitação dos clientes Diamante foi fantástica. Os voos decolarem com esses assentos vazios significa uma enorme receita que deixamos de ganhar. Por isso, a importância do projeto.” Já os clientes não Diamante que aceitam a oferta recebem uma notificação com o valor do serviço - cerca de R$ 35 - e, para o pagamento, é preciso enviar uma foto do cartão de crédito, digitar o código de segurança e o valor será debitado. Tudo de forma segura, garante Palaia. Por fim, também quando o app detecta usuários na área de embarque, mas o passageiro não está voando com a Gol, a empresa é mais ousada. Envia uma mensagem dizendo que “sentiu falta do passageiro nesta viagem” e, automaticamente, o usuário vai para uma base de clientes para a equipe de marketing que fará um ativo. “Sabemos que ele viajou para algum lugar, mas não sabemos onde e com quem. Entramos em contato para saber o que fez com que ele procurasse outra companhia que não a nossa. Descobrimos os motivos e isso permite melhorarmos a qualidade dos novos serviços”, explica Palaia.

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Finalistas da categoria 1º Gol linhas aéreas inteliGentes - Paulo Palaia 2º TCP – Terminal de ConTêineres de Paranaguá - diego neuferT 3º ouro e PraTa - Cesar Perrenoud

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01 – Convidados chegam para noite de premiação • 02 – Equipe IT Mídia recebe premiados • 03- Andrea França, da PwC • 04 – Antes da premiação, executivos são recebidos com música ao vivo • 05 – Troféu recebido pelos premiados • 06- Vittorio Danesi, da Simpress • 07- Miguel Petrilli, presidente da IT Mídia Latam • 08, 09, 10, 11, 12 e 13 – CIOs comemoram recebimento do prêmio

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13- Eder Fantini, da Jalles Machado • 14- Michel Veloso, da DSM Tortuga • 15- Ricardo Romanelli, da Biosev • 16- Eduardo Olveira, da Nidera • 17- Fabio Mota, da Raízen • 18- Edson Souza, da Bonasa • 19- Gerson Agostinho, Sorocaba Refrescos • 20- Augusto Carelli, da Pif Paf Alimentos • 21-Eddy Salinas, da Unilever • 22- Andre Campos, da Assaí Atacadista • 23- Ubirajara Santos, da Supermercado ABC • 24- Alexandre Nascimento, da Adidas • 25-Jesus Garcia, da Livraria Cultura • 26- José Roberto, do Grupo Ser Educacional • 27-Ailton Brandão, Kroton Educacional • 28- Sonia Castral, da Takeda

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29- Emilio Burlamaqui, da Bayer • 30- Alexsandro Vilarouca, da Astrazeneca • 31- Eduardo Kondo, Aché Laboratórios • 32- José Simões, da União Farmacêutica • 33- João Donizetti, da Votorantim • 34- Diogo Martins, da Algar • 35- Cristiane Gomes, do Grupo CCR • 36- Fabiana Marques, da Mangels • 37- Frederico Ferrarini, da Renault • 38- Fernando Rostock, da GM • 39- Roberto Nakamoto, da Cyrela • 40- Andre Telles, da Coelho da Fonseca • 41- Rafael Albuquerque, da MRV Engenharia • 42- Roberta Galli, do CPQD • 43- Alexandre Santos, Globosat Programadora • 44- Adriana Oestreich, da Capgemini

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46- Alessandra Bomura, da Vivo • 47- Mario Ferreira, da Dell • 48- Melissa Kfouri, da Algar Telecom • 49- Daniel Jerozolimski, da CI&T • 50- Vanderlei Andrade, da FMC

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52- Marcus Falcão, da Supergasbras • 53- Marcelo Couto, da Chevron Texaco • 54- Luciano Rossete, da Adami • 55- Paulo Omarini, da Fibria • 56Ronaldo Ribeiro, da Cenibra • 57- Marcelo Galvão, da Odontoprev • 58- Adriano Gliorsi, da Santa Helena Saúde • 59- Carlos Katayama, da Unimed BH • 60- Leonardo Almeida, da Amil • 61- Nilson Busto, da Demarest Advogados • 62- Fabricio Zorzanelli, da Autoglass • 63- José Ribeiro, da ECAD • 64- Matheus Odemar, da SAEB • 65- Andre Luis Pina, da Artesp • 66- Cesar Bomfim, do Ministério do Planejamento e Gestão • 67- Deborah Villela, da Procergs

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69- Walter Sanches, da Termomecânica • 70- Wellington Eustaquio, da Teksid • 71- Eduardo Magalhães, da Kinross Gold • 72- Ailton Teixeira, da Mineração Taboca • 73- Robson Schmidt, da Rumo All • 74- Reginaldo Assis, do Grupo Sada

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75- Cesar Perrenound, da Viação Ouro e Prata • 76- Danielle de Jesus, da TCP – Terminal de Conteinêres de Paranaguá • 77- Paulo Palaia, da GOL Linhas Aéreas Inteligentes • 78- Paulo Vaz, do Banco do Brasil • 79- Marcelo Frontini, do Banco Bradesco • 80- Wanderley Baccala, do Banco Original • 81- Umberto Reis, da SulAmérica Seguros • 82- Italo Flammia, da Porto Seguro • 83- Ricardo Almeida, SPC Brasil • 84- Danilo Zimmermann, da Alelo • 85- Ézio Carrion, da Serasa Experian

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MARIO SERGIO CORTELLA FILÓSOFO, ESCRITOR, PROFESSOR E EDUCADOR

Se existe alguma certeza no mundo atual é que vivemos em um ambiente de grandes incertezas. E incertezas pedem adaptações, seja na vida pessoal, no convívio em sociedade ou na liderança corporativa. Já não se pode viver com dogmas antigos, tampouco com as certezas que permeavam todas as decisões empresariais. Ainda que o mundo corporativo seja avesso ao risco, diante de tantas transformações (tecnológicas e sociológicas), ele é iminente e constante. TODA MUDANÇA CAUSA UMA REAÇÃO, QUE É SEGUIDA DE UM MEDO E, POR CONSEQUÊNCIA, PEDE UMA ATITUDE.

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Como são escolhidas Por REDAÇÃO

as melhores ENTENDA A METODOLOGIA DO GREAT PLACE TO WORK PARA ELEGER AS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR EM TI E TELECOM

O ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em TI no Brasil chega à sua décima primeira edição. Elaborado pelo Great Place To Work (GTPW), e divulgado pelo terceiro ano consecutivo pela IT Mídia, a pesquisa neste ano contou com a participação de 274 companhias, representando mais de 175 mil funcionários. No ranking de 2015, 251 empresas se inscreveram. Do total, cem companhias foram escolhidas como as que reúnem as melhores práticas de gestão de pessoas no Brasil. Todas as informações demográficas obtidas na lista Great Place to Work são referentes ao ano de anterior à data da aplicação da pesquisa com os funcionários. Assim, no estudo divulgado em 2016, as informações demográficas são relativas ao ano de 2015. Para eleger as melhores, a pesquisa quantitativa com os funcionários é a primeira etapa e tem maior peso na nota final, de 56%. É necessário que a empresa tenha a amostra mínima de funcionários estipulada e que obtenha uma nota igual ou superior a 70%. Atingindo essas condições, passa-se para a segunda etapa, a avaliação dos comentários dos funcionários, com peso de 11%, e das práticas das empresas, com peso de 33%. A soma das três avaliações forma a nota final. Podem participar da pesquisa negócios com mais de 50 funcionários. Neste ano, seguindo diretriz global do GPTW, as organizações da lista foram selecionadas com base em três cortes: pequenas (de 50 a 99 funcionários), médias (de 100 a 999) e grandes empresas (acima de 1 mil). Segundo o instituto, ao dividir os negócios entre pequenos, médios e grandes, proporciona-se às companhias uma comparação mais fiel à um benchmark que seja mais compatível com a sua realidade. Acompanhe nas próximas páginas os principais resultados colhidos pelo GPTW com as 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom.

HISTÓRIA DO GPTW

O GREAT PLACE TO WORK É UMA EMPRESA GLOBAL DE PESQUISA, CONSULTORIA E TREINAMENTO QUE ESTIMULA AS ORGANIZAÇÕES A IDENTIFICAR, CRIAR E MANTER EXCELENTES AMBIENTES DE TRABALHO POR MEIO DO DESENVOLVIMENTO DE CULTURAS DE ALTA CONFIANÇA – DANDO ÊNFASE AO MODELO DIFERENCIADO E ABRANGENTE NAS EVIDÊNCIAS E PERCEPÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS DAS ORGANIZAÇÕES. COM METODOLOGIA PRÓPRIA, A PESQUISA ANUAL É BASEADA NA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONFIANÇA DOS FUNCIONÁRIOS EM CINCO DIMENSÕES: CREDIBILIDADE, RESPEITO, IMPARCIALIDADE, ORGULH OE CAMARADAGEM. NA PESQUISA COM OS FUNCIONÁRIOS, TAMBÉM MEDE-SE O NÍVEL DE CONFIANÇA COM RELAÇÃO ÀS NOVE PRÁTICAS CULTURAIS EM GESTÃO DE PESSOAS CONSIDERADAS ESSENCIAIS PARA GERAR EXCELENTES AMBIENTES DE TRABALHO. ESSAS PRÁTICAS TAMBÉM SÃO AVALIADAS POR MEIO DOS DOCUMENTOS PREENCHIDO PELAS EMPRESAS. CONHEÇA O PERFIL DAS 100 MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAREM TI E TELECOM. BASTA ESCANEAR O QR CODE PARA TER ACESSO ÀS INFORMAÇÕES

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PERFIL DAS MELHORES AS PREMIADAS POSSUEM, EM MÉDIA,

ESCOLARIDADE

19 ANOS DE EXISTÊNCIA

10 TÊM CAPITAL ABERTO 62 SÃO NACIONAIS 16% PASSARAM POR AQUISIÇÃO OU FUSÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES + DE 22 MIL CURRÍCULOS RECEBIDOS EM 2015 44 CANDIDATOS PARA CADA VAGA ABERTA POR ESSAS COMPANHIAS

4%

21%

PÓSENSINO GRADUAÇÃO SUPERIOR COMPLETA COMPLETO

75%

ENSINO MÉDIO COMPLETO OU MENOS

QUEM SÃO OS FUNCIONÁRIOS? DISTRIBUIÇÃO POR GÊNEROS *

GERAL

GESTORES

39% 61%

55% 45%

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA

ATÉ 25 ANOS

37%

26 A 34 ANOS

36%

35 A 44 ANOS

18%

ACIMA DOS 45

7%

MAIS DE 55 ANOS

2%

O QUE OS COLABORADORES VALORIZAM?

Entre as premiadas vemos que, oportunidade de crescimento e alinhamento de valores representam os funcionários com os mais altos índices de confiança,

MÉDIA GERAL DA PESQUISA COM OS FUNCIONÁRIOS:

86

% DE RESPONDENTES

ÍNDICE DE CONFIANÇA

44%

OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO

90

27%

QUALIDADE DE VIDA

86

14%

ALINHAMENTO DE VALORES

90

11%

REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

70

3%

ESTABILIDADE

59

* 1% NÃO RESPONDEU À PERGUNTA

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CEOS E LÍDERES DE RH DAS PREMIADAS

CEOS:

DIRETORES DE RH:

46 ANOS 5 DOS 100 SÃO MULHERES

40 ANOS 68 DOS 100 SÃO MULHERES

5,5 ANOS NO BRASIL

50% FIZERAM CARREIRA

IDADE MÉDIA:

IDADE MÉDIA:

NA EMPRESA, LEVANDO UMA MÉDIA DE

14 ANOS NAS

6 ANOS PARA ALCANÇAR A POSIÇÃO

EMPRESAS PREMIADAS

DESENVOLVIMENTO DOS TALENTOS PROMOÇÕES REALIZADAS EM 2015 EQUIVALEM A

14% DO TOTAL DE FUNCIONÁRIOS

37% INVESTEM, EM MÉDIA, MAIS DE 100 HORAS DE TREINAMENTO POR ANO POR FUNCIONÁRIO 74% DAS EMPRESAS OFERECEM VERBA PARA FUNCIONÁRIOS UTILIZAREM NO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO QUE DESEJAR 40% POSSUEM UNIVERSIDADES INTERNAS PARA QUALIFICAR SEUS FUNCIONÁRIOS COM MAIS FOCO 72% DAS EMPRESAS OFERECEM PROGRAMAS DE COACHING E 71% DE MENTORING QUALIDADE DE VIDA

63%

32%

7%

POSSUI HORÁRIO FLEXÍVEL PARA MAIS DE 75% DOS FUNCIONÁRIOS

POSSUEM REGIME DE HOME OFFICE PARA MAIS DA METADE DOS COLABORADORES

POSSUEM ACADEMIA INTERNA E 42% PAGAM MENSALIDADES DE ACADEMIA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS

FEEDBACKS QUANTIDADE DE REUNIÕES DE FEEDBACK NO ANO

A comunicação entre líderes e colaboradores é de suma importância: quanto maior o número de feedbacks dados aos funcionários, maior é o índice de confiança. 47% dos funcionários das empresas premiadas receberam mais de 3 feedbacks no ano.

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GPTW | R A N K I N G 1 0 0 M E L H O R E S E M P R E S A S POSIÇÃO 2016

EMPRESA

CIDADE

ESTADO

1

INVOLVES TECNOLOGIA

FLORIANÓPOLIS

SC

2

SABRE

SÃO PAULO

SP

3

TECNOSPEED TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MARINGÁ

PR

4

SAMBA TECH

BELO HORIZONTE

MG

5

SYDLE

BELO HORIZONTE

MG

6

CIANET

FLORIANÓPOLIS

SC

7

LIFERAY LATIN AMERICA LTDA

RECIFE

PE

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DP6

SÃO PAULO

SP

9

2S INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS

SÃO PAULO

SP

10

VOXAGE SERVIÇOS INTERATIVOS

SÃO PAULO

SP

11

TECNICON

HORIZONTINA

RS

12

AGILIZA PROCESSAMENTO DE DADOS

SÃO PAULO

SP

13

CLOUD2B

SÃO PAULO

SP

14

ZOOM

RIO DE JANEIRO

RJ

15

BLUESOFT CONSULTORIA EM INFORMATICA LTDA

SÃO PAULO

SP

16

DIRECT TALK

SÃO PAULO

SP

17

ARCTOUCH - MOBILE & CONNECTED EXPERIENCES

FLORIANÓPOLIS

SC

18

SETADIGITAL

CASCAVEL

PR

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REDEHOST

GRAVATAÍ

RS

20

ACCERA

SÃO LEOPOLDO

RS

POSIÇÃO 2016

EMPRESA

CIDADE

ESTADO

1

GOOGLE

SÃO PAULO

SP

2

MICROSOFT

SÃO PAULO

SP

3

RADIX

RIO DE JANEIRO

RJ

4

SAP LABS LATIN AMERICA

SÃO LEOPOLDO

RS

5

VMWARE BRASIL

SÃO PAULO

SP

6

DEXTRA

CAMPINAS

SP

7

FS

SÃO PAULO

SP

8

VISAGIO

RIO DE JANEIRO

RJ SP

9

ACESSO

SÃO PAULO

10

EMC

BARUERI

SP

11

RESULTADOS DIGITAIS

FLORIANÓPOLIS

SC

12

SYMANTEC BRASIL

SÃO PAULO

SP

13

PROMONLOGICALIS

SÃO PAULO

SP SP

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CISCO DO BRASIL

SÃO PAULO

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CONQUEST ONE

SÃO PAULO

SP

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MICROCITY

NOVA LIMA

MG SP

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MATERA SYSTEMS

CAMPINAS

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MOVILE

CAMPINAS

SP

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THOUGHTWORKS BRASIL

PORTO ALEGRE

RS

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AGPR5 - ABIRUSH AUTOMAÇÃO E SISTEMAS LTDA

CRICIUMA

SC

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VIASOFT SOFTWARES EMPRESARIAIS

PATO BRANCO

PR

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CASA MAGALHÃES

FORTALEZA

CE

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BEMOBI

RIO DE JANEIRO

RJ

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DAITAN GROUP

CAMPINAS

SP

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ELOGROUP

RIO DE JANEIRO

RJ

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INSTITUTO DE PESQUISAS ELDORADO

CAMPINAS

SP

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CLEARSALE

SÃO PAULO

SP

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ILEGRA

PORTO ALEGRE

RS

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DB1 GLOBAL SOFTWARE

MARINGÁ

PR

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CIGAM

NOVO HAMBURGO

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Metadados

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Rs

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CaXIas do sUL

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RJ

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beLo hoRIZoNte

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FLoRIaNÓPoLIs

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PoRto aLeGRe

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RePReseNta as GRaNdes eMPResas (aCIMa de 1000 FUNCIoNáRIos)

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Diversidade

em pauta Por DÉBORAH OLIVEIRA

EM ENTREVISTA À REVISTA IT FORUM, RUY SHIOZAWA, PRESIDENTE DO GREAT PLACE TO WORK BRASIL, APONTA TEMAS E AÇÕES EM DESTAQUE ENTRE AS MELHORES. UMA DAS PREOCUPAÇÕES É COM LIDERANÇA FEMININA E DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS

A diversidade ganhou destaque nos últimos tempos no universo corporativo, passando a ser tema prioritário para as organizações. Entre as Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, o assunto é discutido amplamente e inserido na estratégia das companhias que buscam nas diferenças incrementos sociais e econômicos. Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work Brasil, aponta que diversidade é item altamente valorizado pelas organizações da lista. Tanto é que, das ranqueadas, 97% afirmaram que pessoas na organização são bem tratadas independentemente de idade, cor e etnia, sexo ou orientação sexual. “Liderança feminina está em evidência”, sintetiza, acrescentando que entre as premiadas, 61% da força de trabalho é feminina. Embora o número seja positivo, Shiozawa ressalta que, em posições de gestão, elas são 45%. Além disso, dos cem presidentes, apenas cinco são mulheres. Já no posto máximo de RH, o número sobe para 68. Claramente, avalia, elas estão cada vez mais presentes em TI e avançando na gestão, mas ainda há um gargalo. Segundo ele, as mulheres acabam enfrentando obstáculos no mercado de trabalho, alguns deles velados, como a maternidade. A boa notícia, contudo, é que as organizações estão evoluindo e mudando o cenário. Em entrevista à Revista IT Forum, Shiozawa fala sobre o tema, além de apontar quais são os diferenciais das empresas que têm o selo de Melhores Para Trabalhar. Confira a íntegra da conversa ao lado:

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FOTO: divulgaçãO

Revista it FoRum - Quais FoRam os destaQues do Ranking 2016 das melhoRes empResas paRa tRabalhaR em ti e telecom?

Ruy Shiozawa – A diversidade está em evidência, especialmente a liderança feminina. Nas empresas premiadas, no total, 61% da força de trabalho é formada por mulheres. Mas na gestão o percentual é de 45%. Esse é um retrato da sociedade. Em outros setores a liderança feminina é ainda menor. Observamos que mulheres estão cada vez mais presentes no universo corporativo, e em TI já é mais da metade do quadro de colaboradores, avançando na gestão, mas ainda não é diretamente proporcional. Há um gap, existem barreiras e obstáculos maiores que a mulher tem de enfrentar, como a maternidade. Revista itF – além da diveRsidade, Quais diFeRenciais são obseRvados nas empResas RanQueadas, toRnando-as melhoRes empResas paRa tRabalhaR?

Shiozawa – Constatamos que melhores ambientes de trabalho geram melhores resultados. Ter um bom ambiente de trabalho não é mais ação que tem de ser tomada. Quanto melhor desenvolve o ambiente, mais fácil atinge os resultados. Observamos, ainda, que esse fator acaba tendo como resultado o tempo que o CEO fica à frente das empresas. No mercado brasileiro, a média do CEO na gestão é de 2,5 anos. Nas de TI, 5,5 anos, mas nas premiadas o número é 14 vezes maior. Como resultado desse tempo de casa, há mais consistência na gestão. O CEO que tem foco em pessoas e mira melhores resultados, fica mais tempo nas companhias. Revista itF – Falando sobRe bom ambiente de tRabalho, a pesQuisa do gptW mostRou Que 32% das companhias da lista de ti e telecom apostam em Regime de home oFFice paRa mais da metade dos FuncionáRios. isso tem sido FatoR de satisFação, ceRto?

Shiozawa – No segmento de TI, flexibilidade de horário é fundamental. Entre as 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, 63% possuem horário flexível para mais de 75% dos funcionários. É um percentual grande de empresas que aposta em modelos flexíveis para acomodar demandas pessoais e profissionais. Isso acontece porque há uma forte tendência de a pessoa querer ser dona de seus projetos, de ter autonomia. Assim, o chefe ou a empresa não precisa ficar de babá do profissional. Ele tem de entregar resultados. Revista itF – obseRva-se Que na maioRia das empResas da lista, desenvolvimento é o item mais citado pelos colaboRadoRes. as companhias conseguiRam seguiR com suas estRatégias de desenvolvimento mesmo em um ano de atenção?

Shiozawa – Sim, e isso é uma ótima notícia. Foi um ano complicado, pela segunda vez consecutiva, mas as em-

presas premiadas têm consistência em suas estratégias e o cenário para elas não mudou. Elas estão buscando manter seus programas apesar de tudo. O grande ponto das melhores é a consistência. Não adianta ter sala de jogos e pronto. Algumas companhias, por exemplo, optaram por treinamentos ministrados pelas próprias equipes. Isso é interessante, porque o profissional se sente reconhecido, e a empresa, por outro lado, viabiliza o treinamento. O índice de satisfação das pessoas que reconhecem o desenvolvimento interno é muito alto, com confiança de 90%. Revista itF – e o desenvolvimento de gestoRes?

Shiozawa – As empresas precisam desenvolver gestores que têm habilidade de cuidar de pessoas. O lado técnico há várias maneiras de fomentar, mas o de gestão de pessoas, se não tiver esse foco, não acontece. Até pouco tempo, havia pouca preocupação no desenvolvimento de soft skills, ainda há um gargalo nas universidades, mas as melhores estão fazendo sua parte. E se essas empresas estão conseguindo bons resultados é porque têm desenvolvimento de líderes. TI tem até se posicionado como referência para benchmark para outros setores. A Movile, por exemplo, tornou-se uma multinacional brasileira, e já nasceu com foco grande em pessoas. Ainda há muita empresa que acha que tem de esperar crescer para depois cuidar das pessoas. Esse é um erro. É preciso encarrar o fator gente como prioridade e muitas já nascem com isso no DNA. Visitei a Movile recentemente e achei interessante que eles têm na parede da companhia o sonho de seus funcionários, não importa qual. O bacana é que quando a organização provoca as pessoas a pensar em seus sonhos as ajuda a se organizarem para isso. Ao estimular funcionários a pensar no sonho pessoal, se aproxima do objetivo da empresa. Outra que me chamou a atenção foi o SAP Labs. Eles têm feito um trabalho fantástico baseado em metodologias ágeis e participativas, incentivando que seus funcionários colaborem o tempo todo. Revista itF – Qual conselho daRia paRa Que uma empResa, seja ela peQuena ou gRande, toRne-se uma boa companhia paRa seus FuncionáRios?

Shiozawa – Para ser uma das Melhores Empresas para Trabalhar não tem nenhum tipo de restrição de tamanho, qualquer uma pode chegar lá. Todo negócio tem seu problema, depende de ter uma gestão que tem esse foco, senão não vai acontecer nada. O próprio ranking mostra isso. itf

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“Involvidos” com tecnologia GPTW | P E Q U E N A S – 1 º L U G A R – I N V O LV E S

Por GUILHERME BORINI

e rock and roll

SEIS AMIGOS DEIXAM PARA TRÁS O SONHO DA CARREIRA MUSICAL E DESENVOLVEM FERRAMENTA DE TRADE MARKETING, HOJE COM 20 MIL USUÁRIOS. EMBALADA PELA MÚSICA, EMPRESA É LÍDER DO RANKING GPTW ENTRE AS PEQUENAS

Envolvidos pela música e no ritmo do rock and roll. Foi nessa sintonia que seis amigos de Florianópolis (SC) se reuniram e tornaram realidade o sonho de criar um negócio com a cara deles. André Krummenauer, Flávio Rodrigo Lamin, Gabriel Menezes, Leonardo Coelho, Pedro Galoppini e Guilherme Hobold - todos hoje com idades entre 29 e 31 anos -, deixaram seus empregos, em 2008, e decidiram iniciar uma nova empreitada em tecnologia, rumo ao desenvolvimento de software. Oito anos depois, em sua primeira participação no ranking da GPTW, a Involves é líder do ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom na categoria Pequenas. “Florianópolis perdeu duas bandas de rock, mas ganhou uma empresa de tecnologia“, brinca Rodrigo Lamin, um dos fundadores e hoje diretor comercial. Em 2008, a única certeza que tinham era que queriam fazer algo diferente das companhias para as quais trabalhavam, mesmo que isso custasse o fim dos grupos musicais. Mas a essência das bandas nunca foi deixada de lado. “A música direcionou nossos valores. Nela, você precisa aprender a respeitar o grupo, entender o que cada um pode entregar melhor e fazer algo em conjunto", explica Lamin. Assim, a música não poderia estar de fora dos valores da companhia ao longo desses oito anos. A ideia inicial era clara: criar um negócio de desenvolvimento de software e, acima de tudo, ter satisfação pela rotina profissional. No entanto, não havia no início um projeto específico de aplicação, o que era um entrave. Dessa forma, os dois primeiros anos foram mais difíceis do que nunca - uma software house que fazia trabalhos sob demanda. Sobrava coragem e determinação, mas faltava o grande produto. “Foi um momento difícil e de muita incerteza. Não tínhamos clientes fixos e, consequentemente, não havia renda”, conta Lamin.

A história virou em meados de 2010, em meio a mais uma das demandas que chegavam à software house. Mas aquela, vinda de uma agência que terceirizava mão de obra de promotores, seria o início daquilo que os seis amigos tanto buscavam. Surgia uma ferramenta de trade marketing. Nos primeiros dois anos, mais de dez produtos foram desenvolvidos em versões alfa e apenas um deles avançou: o Agile Promoter. Desde então, o foco foi aprimorar a ferramenta de gestão do trade marketing e monitoramento de equipes de campo. “Moldamos um produto para várias outras empresas.” EVOLUÇÃO Inicialmente, a empresa era formada apenas pelos seus seis sócios-fundadores, permanecendo assim de 2008 até 2012, quando iniciaram as contratações. Hoje, já são 83 funcionários e cerca de 210 clientes no Brasil, América Latina e até na África. Além disso, o aplicativo conta com, aproximadamente, 20 mil usuários. A partir de 2010 o crescimento tem atingido pelo menos 100% ao ano. Em 2014 e 2015, por exemplo, o avanço foi de 150%. Além do Agile Promoter, a companhia oferece ao mercado o Clube do Trade, canal voltado à disseminação de conteúdo e boas práticas, e o Agile Experience, evento que reúne profissionais do setor. Outra estratégia é a recente chegada a São Paulo, com um escritório hoje com quatro funcionários. A cidade, aliás, conta com 80% da base

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invloves conta, hoje, com 83 funcionários e cerca de 210 clientes

de clientes. Mas os sócios permanecem em Floripa. No entanto, para a companhia, os números não são o mais importante. O que move a empresa são os sonhos de cada um dos “Involvidos”, como são chamados os colaboradores da Involves. “A energia positiva do time é inacreditável”, disse Lamin. Ambiente Ser um “Great Place to Work” sempre foi uma das metas da Involves. Diversas ações foram implementadas, mas o principal para a empresa foi passar os valores de amizade e companheirismo dos seis sócios para os funcionários. A estratégia funcionou. Logo no primeiro ano participando da avaliação, a companhia é a primeira colocada na categoria Pequenas. Se a música foi um dos fatores que uniu os seis sócios, por que não adotar a estratégia para a empresa e torna-lá uma ferramenta do dia a dia dos funcionários? Toda sexta-feira, a Involves realiza a “Canja dos Mitos”, roda de violão em que todos os “Involvidos” são convidados a participar e a interagir por meio da música. Os violões e guitarras estão espalhados também pela sede da empresa em Floripa, e o momento de estresse com alguma atividade do dia a dia

Processo seletivo Um dos maiores desafios da empresa foi encontrar uma forma de garantir a manutenção da cultura e dos valores implementados pelos sócios com o crescimento acelerado. As dificuldades aumentaram à medida que mais funcionários começaram a ser contratados para suportar a demanda de crescimento da companhia. Era preciso pensar em uma estratégia para manter o controle dos recursos humanos e, para isso, a Involves apostou em um processo seletivo customizado. Após as fases iniciais de seleção e análise de currículos, cerca de cinco candidatos são convocados para o que a Involves chama de “sabatina”. Apesar de o nome soar assustador, é um processo que a organização considera tranquilo para o candidato e essencial para a companhia. “Convidamos um profissional de cada setor, preferencialmente de áreas diferentes, nos reunimos e batemos papo com o candidato para entender se essa pessoa tem sinergia com a cultura da empresa", detalha Lamin. A empresa destaca outras ações internas que contribuíram para a boa avaliação dos funcionários, como treinamentos, reconhecimentos, ações no dia do aniversário, ambiente de trabalho integrado (sem paredes), massagem, academia, yoga, kart, rafiting, além de reuniões trimestrais com a diretoria para apresentação de resultados. “Sempre tratamos todos os funcionários da mesma forma, da maneira como gostaríamos de ser tratados no mercado de trabalho. Esse é o segredo. Com o tempo, entendemos a necessidade e fomos aprendendo com nossos erros”, conclui Lamin. itf

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pode ser aliviado com um som. “Às vezes a cabeça não funciona e esse é o momento em que todos podem pegar o violão, tocar uma música e refrescar um pouco a cabeça".

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Acima de tudo

celebrar Por GUILHERME BORINI

NA BASE DA CONFIANÇA, SABRE UNE FORÇAS DA EQUIPE PARA ATRAVESSAR MOMENTO DIFÍCIL NO BRASIL E MANTÉM COLOCAÇÃO ENTRE OS LÍDERES

Na Sabre, diante de resultados positivos, sejam eles aumento de participação de mercado ou conquista de clientes, a ordem é sempre celebrar. Cada conquista ou momento é comemorado, ganhando o peso do envolvimento dos funcionários. “Eles são parte dessas vitórias”, declara Luiz Ambar, vice-presidente internacional da companhia e líder das atividades no Brasil. Nesse ritmo, a empresa garante mais um ano entre as líderes do ranking GPTW - 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, agora como segunda colocada na categoria Pequenas. Em 2015, a base da companhia foi a confiança com os funcionários - uma via de mão dupla. Essa conquista foi essencial para atravessar um cenário econômico conturbado no Brasil. A confiança entre empresa, colaboradores e matriz foi o pilar e é o combustível para a organização manter o engajamento e apostar em um futuro ainda mais positivo. “Foi muito bom ter a confiança de todos nesse período. Estamos satisfeitos que agora o mercado começa a mostrar sinais de melhora e podemos vislumbrar resultados mais positivos”, afirma, acrescentando que essa foi consequência direta da confiança conquistada do diálogo com a matriz e da política de portas abertas. “Isso refletiu nos resultados da nossa pesquisa interna com os funcionários.” Ambar destaca também a segurança e a positividade da Sabre para passar tranquilidade aos funcionários, sobretudo em meio a um período desafiador. “Somos uma empresa que busca sempre entender e reconhecer a qualidade dos funcionários e que, mesmo em momentos turbulentos, procuramos manter a esperança, apresentando tranqui-

lidade. Isso reflete no clima da companhia. Tratamos tudo com ares muito positivos”, adiciona Ambar, que garante também que não houve redução da força de trabalho neste ano, o que auxilia a manter esse clima. Os ares positivos incluem, ainda, planos de reorganização da empresa na América Latina. “A Sabre tem ótimos planos para a região, que passa por uma transição. Dias melhores virão muito em breve. Teremos muitos investimentos por aqui”, assegura. CELEBRAÇÕES Dentre as comemorações que fazem parte do dia a dia da Sabre, há datas tradicionais que contam com ações para tornar o ambiente especial e agradável. Os principais são celebrações como dia dos pais, dia das mães e Natal, além de eventos semanais, como massagem, spa e confraternizações mensais. “São ações que quebram o ritmo de trabalho e geram um ambiente de camaradagem. Buscamos esse ambiente amigável para a que integração entre as áreas seja constante. Gostamos de alegria. Isso contribui muito para o clima ser leve”, destaca Taisa Chedid, gerente de RH da companhia. No Natal, por exemplo, a empresa contrata um Papai Noel, que faz a alegria dos filhos dos funcionários, que passam o dia na companhia ao lado dos pais. “Nosso Papai Noel chega e distribui presente para todo mundo. Todos adoram e fazemos questão de manter essa prática todo ano. São ações mantidas e que são essenciais para mantermos um bom clima na companhia”, complementa Taisa. FLEXIBILIDADE A flexibilidade também está na pauta da Sabre. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa conta com nove funcionários trabalhando permanentemente no modelo home office, com todo tipo de suporte, desde notebook à linhas telefônicas. É uma estratégia para oferecer mais comodidade aos colaboradores e dinamismo

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Nulluptatem que idellatiur rereicimolor si cupicil maximiNum errorecte molo

às tarefas diárias em meio à rotina. “Temos uma política flexível na qual todos os funcionários contam com ferramentas destinadas ao trabalho a distância. Não temos controle de ponto e a flexibilidade é muito grande com nossos funcionários. Cada um sabe da sua responsabilidade e os resultados que precisamos entregar. Se ele resolve estar de manhã no escritório e trabalhar em casa à tarde, pode funcionar. Não temos obrigatoriedade de cumprimento de horário”, detalha Ambar. O executivo cita flexibilidade recorrente sobretudo com rotinas ligadas a filhos. Compromissos como reuniões escolares e consultas médicas são tratadas com prioridade para a empresa. Ele relata que é tudo muito natural. “Não temos uma politica que diz você pode sair ou entrar em determinado horário. As pessoas têm seus objetivos, responsabilidades e têm de cumprir. Se tem alguma flexibilidade no seu horário e resolve ir ao médico, reunião na escola e compensar o trabalho mais tarde, ninguém fica olhando. Faz parte da nossa cultura.” ConeCtividade Outro quesito tratado com extrema importância pela Sabre é a comunicação da diretoria com os funcionários. Para otimizar

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FOTOs: Maurice Kisner

essa ferramenta, nada melhor do que aproveitar o advento de novas tecnologias. A reunião trimestral anteriormente realizada por telefone com o CEO, que fica baseado em Dallas (EUA), agora é feita via vídeo. “Além de escutar, conseguimos assistir on-line e acompanhar a apresentação de slides que está sendo feita. É uma forma de fazer com que a pessoa que está ouvindo preste mais atenção. Ela fica mais ligada ao assunto, o que antigamente era mais difícil apenas com a conference call. Temos maior engajamento das pessoas”, garante. São novas ferramentas utilizadas de acordo com cada momento. Os comunicados por e-mail também cumprem seu papel com mensagens mais diretas. Já a transmissão on-line permite maior interação, até mesmo com a possibilidade de perguntas para a diretoria. “Cada ferramenta tem seu momento e uso adequado. O importante é manter a comunicação e o canal aberto.” A conectividade gera outros benefícios aos funcionários da Sabre. A intranet integra diversas ferramentas que vão desde planejamentos até avaliação de performance, informe de remuneração e materiais para treinamentos e cursos on-line. Além disso, a companhia disponibiliza uma biblioteca virtual também acessível a qualquer momento por meio da intranet. “Hoje, temos todas as ferramentas unificadas na intranet. É uma plataforma amigável e fácil de navegar. Não há necessidade de acessar sites diferentes. É tudo unificado e acessível para todos na empresa”, concluiu Ambar. itf

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Foco nos

“aspiras” Por GUILHERME BORINI

TECNOSPEED SUPERA DESAFIO DE RETENÇÃO DE TALENTOS COM ESTRATÉGIA FOCADA EM JOVENS TALENTOS

O primeiro objetivo de uma empresa recém-criada obviamente é a consolidação no mercado e, consequentemente, o crescimento. Se for em um curto espaço de tempo, melhor ainda. No entanto, companhias que emplacam um modelo de negócio de sucesso e que conseguem atingir metas de crescimento se deparam com mais um desafio: a gestão de pessoas. Não foi diferente com a Tecnospeed, terceira colocada do ranking GPTW – 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, na categoria Pequenas.

RODRIGO PALHANO, DIRETOR DA TECNOSPEED

Nascida em 2006, em Maringá (PR), a companhia é voltada a auxiliar outros negócios de desenvolvimento de software. O número de colaboradores, que somava quatro sócios-fundadores, saltou para 12 em dois anos. Em ritmo acelerado de expansão, chegou aos 54 funcionários hoje com estratégia focada na retenção de jovens talentos e desenvolvimento dos profissionais. Criada com o objetivo de reduzir o esforço de desenvolvimento de software, oferecendo soluções ”componentizadas”, o primeiro foco da empresa foi o desenvolvimento da ferramenta SpeedCase para fornecimento de documentação para o projeto-piloto da NF-e (Nota Fiscal Eletrônica). A partir de 2008, começou a trabalhar integralmente no desenvolvimento do componente de software para NF-e. Desde então, acompanhou todas as alterações no universo fiscal, criando ferramentas para cada nova obrigatoriedade que surgia. O diretor da Tecnospeed, Rodrigo Palhano foi um dos fundadores da empresa e vivenciou o processo de posicionamento de mercado e também de desenvolvimento interno da gestão de pessoas. No início, as contratações eram basicamente realizadas por competências técnicas. Como fornecedor para desenvolvedores, a companhia entendia que precisava de qualidade técnica. No entanto, esse posicionamento não se mostrou eficaz, visto que a dificuldade de manter os talentos era grande. “A região de Maringá traz um cenário desafiador nesse sentido. São mais de 120 empresas desenvolvedoras de software, por isso a disputa por mão de obra qualificada é grande. Era preciso oferecer altos salários e a folha salarial ficava pesada. Mesmo assim, muitos receberam propostas melhores e saíram. Em 2011, por exemplo, perdemos seis funcionários para empresas de Florianópolis”, pontua Palhano. Diante desse cenário, a Tecnospeed entendeu que o modelo até então adotado não era adequado e era preciso uma mudança para manter os talentos na companhia. FOCO NOS “ASPIRAS” O diagnóstico foi que os funcionários não criavam identidade com a companhia e propostas salariais melhores os seduziam a assumirem outros desafios em concorrentes. Como o poder de fogo não era dos maiores, a estratégia foi apostar nos jovens talentos e criar uma relação desde o princípio da trajetória profissional. Os calouros da empresa, muito vezes ainda estudantes de graduação ou recém-formados, foram carinhosamente chamados de “aspiras”.

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“Adotamos uma estratégia de RH mais competitiva e que mantivesse as pessoas aqui. Mudamos a política de contratação, para que fosse mais alinhada aos valores e à cultura da empresa. Queríamos ser melhores para o mercado e em especial para nossos colaboradores. Começamos a recrutar novatos, que já tinham alinhamento com nosso valores e cultura. É um processo de transparência para eles entenderem onde queremos ir e se querem ir adiante conosco”, diz Palhano. O foco passou a ser uma “empresa formadora”. Tanto é que entre os 54 funcionários da Tecnospeed, reltados na pesquisa do GPTW, 24 possuem 25 anos ou menos e 26 deles estão na faixa entre 26 e 34 anos de idade. A força jovem predomina na Tecnospeed. Para formar talentos, no entanto, a empresa se deparou com outro problema. Não é uma mão de obra “pronta” para desempenhar algumas funções. Surge a necessidade, então, de desenvolvê-los constantemente e focar em treinamentos. Para isso, foi criado uma espécie de universidade interna, o “Aspira Way”, iniciada em 2012 com a mudança da política de contratação. “O Aspira Way ajudou a captar talentos com potencial. Esse tipo de funcionário é mais fiel. A empresa consegue capacitar, orientar e criar maior identificação com a empresa no futuro. Dessa forma é mais difícil a evasão”, declara Palhano. Em paralelo ao foco de ser uma empresa formadora, valorizar novos talentos era preciso. E isso inclui cargos e salários. A companhia extinguiu níveis de cargos (júnior, pleno, sênior etc) com requisitos predefinidos. O sistema de meritocracia, segundo o executivo, funciona de acordo com o desempenho, não importa idade, nível de graduação ou tempo de empresa. “Uma pilha de diplomas não tem impacto no salário. O que importa é atitude, produtividade e qualidade do trabalho entregue. Reduzimos o sentimento de injustiça.” Na prática, é possível um novato entrar e ganhar mais do que um programador que está há mais de um ano na companhia. A avaliação do modelo de meritocracia foi feita pelos próprios funcionários, por meio e um comitê formado pelos colaboradores que elegeram os requisitos que achavam justos. HOME OFFICE Falar em jovens e não acompanhar a nova dinâmica do mercado e os anseios dessa geração é sucumbir ao fracasso. Por isso, a Tecnospeed avaliou os principais itens que essa geração pedia.

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EM UMA DAS AÇÕES DE RECONHECIMENTO DA EMPRESA, FUNCIONÁRIOS E FAMILIARES FORAM PARA FOZ DO IGUAÇU

Um deles é a possibilidade de home office e horários flexíveis. A estratégia ajudou a atrair talentos de cidades próximas de Maringá, por exemplo - funcionários que precisavam percorrer até 60 km para ir até o trabalho, hoje conseguem fazer home office e desfrutam de melhor qualidade de vida. Atualmente, 40% da força de trabalho da empresa trabalha no modelo home office e o foco é chegar a 50% nos próximos seis meses. Palhano destaca que o processo conta com entrevista com psicólogos para avaliar o perfil de cada funcionário e, quando o sistema é adotado, há um acompanhamento para avaliar vantagens ou não da mudança para determinada pessoa. “O processo de trabalhar de casa é voluntário. Não forçamos ninguém a isso. Alguns gostaram e outros não se adaptaram e até pediram para voltar.” Além do home office, outras ações voltadas a esse público foram implementadas, como premiações com viagens a eventos do setor, entes eles Comic Con Experience e Campus Party, em São Paulo. Mas, claro, as iniciativas também buscam atender a todos os funcionários, de qualquer idade. “Recentemente, para comemorar nossos dez anos, promovemos uma viagem para Foz do Iguaçu. Todos levaram as famílias. É mais uma maneira de reconhecer o esforço deles”, completa Palhano. Além da satisfação, demonstrada no resultado das pesquisas com os funcionários, as ações diminuíram o turnover da empresa, que chegou a ser de 60% e hoje é de menos de 10%. ITF

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Cultura

MONICA SANTOS, DIRETORA DE RH DO GOOGLE PARA AMÉRICA LATINA

inabalável Por DÉBORAH OLIVEIRA

HÁ OITO ANOS EM PRIMEIRO LUGAR NO RANKING DE AS 100 MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR EM TI E TELECOM, AGORA NA CATEGORIA MÉDIAS, GOOGLE DESTACA-SE POR MANTER SEUS VALORES E DIRECIONAMENTOS INTACTOS

Quem entra na sede da Google no Brasil, localizada em São Paulo, depara-se com um ambiente irreverente. Logo na entrada, o robô verde, que representa o Android, recebe os convidados. Ao passar pela porta, um corredor leva a locais que são reproduções criativas de bairros conhecidos da capital paulista, como Baixo Augusta, Bixiga e Liberdade. Espaços de descanso dividem lugar com geladeiras repletas de guloseimas e mesas para jogos. Apesar das paredes coloridas e o ambiente descontraído, a diversão fica em segundo plano. “Durante um tempo, criou-se a imagem de que a Google era fun, mas não é só isso. Aqui, contratamos pessoas realizadoras. É claro que é ótimo ter um escritório diferente para trabalhar, mas se o profissional não realiza, se perde”, garante Mônica Duarte Santos, diretora de RH do Google para a América Latina. A adoção de uma gestão de recursos humanos diferenciada foi inspirada na proposta dos seus fundadores Larry Page e Sergey Brin, que desde o início da companhia, há 17 anos, procuraram quebrar padrões. Mas mesmo contando com um ambiente para trabalhar bem longe do tradicional, não é isso que faz dos googlers, como são chamados os colaboradores, felizes e realizados.

“É uma combinação de elementos, tudo isso apoiado na consistência da nossa cultura. O que mantém as pessoas satisfeitas aqui tem a ver com a forma como elas se relacionam, com a abertura que têm para contribuir e crescer”, lista a executiva, acrescentando que o alinhamento de valores da empresa e de seus colaboradores é fundamental, mantido em solo nacional desde quando o Google desembarcou por aqui, há dez anos. Um desses valores, diz, é o desejo de transformar o mundo, o que, segundo ela, promove forte senso de orgulho nos funcionários. São aspectos como esses que deram à Google o título inédito, pelo oitavo ano consecutivo, de a Melhor Empresa para Trabalhar em TI e Telecom na categoria Médias, prêmio concedido pelo Great Place to Work (GPTW), em parceria com a IT Mídia. DESENVOLVIMENTO A Google oferece uma série de benefícios aos funcionários, como idiomas, valor anual para educação, seja com cursos de graduação, pós-graduação ou de curta duração, coaching e mentoring, mas a oportunidade de crescimento é o item mais valorizado pelos googlers na pesquisa do GPTW, citado por 40% deles. Contudo, esse crescimento, conta a executiva, tem de partir do próprio colaborador. “Na escola, o estudante é promovido para o próximo nível e se depara com um caminho predefinido. Na hora

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Espaços no GooGlE facilitam comunicação E intEração EntrE os GooGlErs

que se forma, existe a expectativa de que alguém vai cuidar da sua carreira. Mas nós não acreditamos nisso. Precisamos emponderar pessoas para que cada uma escolha seu caminho”, explica a executiva. Para isso, além de treinamentos, a companhia abre oportunidades internas em todas as áreas para os colaboradores. Um exemplo dessa movimentação veio da própria área de RH. Monica relata que uma das gerentes decidiu ir para outro departamento e mais tarde voltou como Business Partner do RH. “Foi ótimo, pois agora ela tem amplo conhecimento dos negócios e ajuda, inclusive, a unidade de recrutamento com o que aprendeu. Isso promove a quebra de silos.” O desenvolvimento de habilidades fora do escopo de trabalho também é incentivado. A informalidade é quase sobrenome da Google, e é natural que esse modelo se estenda para o modelo de gestão de pessoas. Assim, todos os talentos são estimulados a realizar projetos de inovação, no melhor estilo startup: ter a ideia, executar rapidamente e, em caso de erros, arrumar imediatamente. “Treinamento não é a resposta para tudo”, reforça. Longe de padrões Na Google, a quebra de paradigmas na contratação vem com a escolha de talentos totalmente diferentes uns dos outros. “Não procuramos pessoas iguais”, revela Mônica, adicionando que a mescla de perfis é vital para a empresa. “Queremos diversidade, especialmente de ideias”, completa. Uma característica crucial, contudo, que a gigante de internet não abre mão, é a habilidade de trabalhar bem em equipe e ser colaborativo. A cultura do “eu” é abominada pela empresa. Segundo

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muito mais do quE um Espaço fun, GooGlE quEr pEssoas quE rEalizam

ela, aqueles que não reúnem essas características são, naturalmente, expelidos. Outro item fundamental é a atitude. “No início da jornada do colaborador, oferecemos mais orientações, mas depois ele tem de andar com as próprias pernas. Ter a ideia e ir atrás. Tem de ter iniciativa”, ensina. poLe position Mônica relata que sente orgulho de manter-se na pole position por tanto tempo. Ela, no entanto, afirma que a Google não é receita de sucesso e alerta empresas que querem seguir a mesma fórmula da gigante. “Fazemos regularmente sessões de benchmark com empresas em busca de troca. Há um lado de reconhecer o que outras companhias, como a Google, fazem. Mas elas precisam fazer um exercício de entender o que funcionam em suas culturas e espaços.” Ela relata, que, conforme a Google cresce, há um trabalho diário de cuidar. É como uma planta, compara, que se deixar de regar, vai secar. O mesmo acontece com a cultura da empresa. A cada passo, é preciso fazer com que os funcionários, novos e atuais, a mantenham intacta. “Não me sinto pressionada em lançar coisas novas. Sinto-me responsável por olhar o que acontece e ir para o caminho que queremos”, ensina. Se a Google vai se manter soberana na lista, Mônica diz acreditar que não será para sempre e que espera que outras companhias façam trabalhos excepcionais com seus colaboradores ao ponto de tirar o reinado da gigante de tecnologia. “É justo e esperado e para nós não é problema. Quanto mais, melhor”, garante. Para ela, o que não muda é o fato de cuidar do ambiente. O resto é consequência. itf

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O colaborador

no centro COM UMA ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE SEUS TALENTOS, MICROSOFT DESATACA-SE TAMBÉM POR CULTIVAR DIVERSIDADE E PRATICAR O EMPODERAMENTO

Depois da chegada do indiano Satya Nadella à liderança da Microsoft, em 2014, a empresa iniciou um grandioso processo de transformação. Com uma estratégia voltada há anos para produtos, a companhia de Redmond, nos Estados Unidos, direcionou seus esforços para serviços, impactando na forma de operar de toda a organização. Esse movimento veio acompanhado de mudanças em sua cultura organizacional, convidando seus colaboradores para uma atitude ainda maior de abertura ao novo e ao profundo aprendizado. Em 2015, a Microsoft iniciou, então, o que chamou de “Growth Mindset” (Mentalidade de Crescimento) chamando a todos a assumir uma postura de aprendiz. Daniela Sicoli, gerente de RH, conta que esse contexto tem gerado resultados extremamente positivos para a empresa, que levou para a casa o segundo lugar entre as 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom na categoria Médias. “Vivemos um momento especial de transformação global, na qual nos voltamos para nossa missão de pessoas, de aprendizado e abertura. Isso traz engajamento e desafio, além de maior empoderamento dos funcionários”,

Por DÉBORAH OLIVEIRA

sintetiza, acrescentando que as pessoas estão no centro da idealização dos projetos da fabricante. Em função desse olhar direcionado para gente, a Microsoft observa em pesquisas internas e do próprio Great Place to Work (GPTW) que seus funcionários valorizam sobremaneira a capacidade que a companhia tem de desenvolver talentos e sua forma flexível de trabalhar. “Quando perguntamos aos colaboradores como eles se sentem na Microsoft, as palavras citadas são orgulho, desafio, satisfação e realização, nessa ordem. Isso diz muito o que vivemos aqui. Na lista do que eles mais gostam estão: ambiente, pessoas, flexibilidade e carreira, confirmando nossos pilares”, orgulha-se Daniela, completando que esse quadro demonstra que a nova cultura da empresa está no caminho correto. DIVERSIDADE O ano de 2015 foi de grandes mudanças também na operação nacional. A empresa ganhou nova líder, Paula Bellizia. Sua chegada contribuiu para reforçar a Mentalidade de Crescimento, fomentar diversidade e inclusão, além de incentivar melhorias de processos internos. Em conversa recente ao IT Forum 365, Paula relatou que direcionou atenção especial à diversidade.

DANIELA SICOLI, GERENTE DE RH DA MICROSOFT

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Segundo Daniela, o tema permeia todas as esferas da companhia. “Não queremos mais um funcionário que sabe tudo, que tem todas as respostas. Queremos o learner, o que aprende, o que está aberto aos riscos”, destaca. Tanto é que no processo de contratação, a busca é por talentos que pensem diferente, que tenham abertura para o novo. “Nossa diversidade é grande, de gênero, de raça, de sexo, mas também inclui culturas”, pontua. A executiva reforça que isso gera um efeito positivo dentro e fora da empresa. Ela reconhece, no entanto, que o mercado de tecnologia da informação é, em grande parte, composto por homens e ainda uma longa jornada para equilibrar a conta. “Estamos sempre aprendendo, inclusive com outras companhias para afinar nossas práticas”, comenta. Funcionário é protagonista A Microsoft acredita que o funcionário é protagonista de sua carreira e ele deve ser o corresponsável por buscar seu contínuo desenvolvimento. Para a organização, o desenvolvimento da carreira é uma parceria de três vias entre o funcionário (definindo o caminho que quer seguir), o gestor (preparando as pessoas para evoluir) e a empresa (apoiando com recursos e processos). Com o objetivo de apoiar esse posicionamento, a Microsoft oferece um ambiente que fomenta o desenvolvimento profissional a todo o momento, encorajando os profissionais a seguirem um modelo de aprendizagem baseado em três perspectivas: aprendendo no trabalho, aprendendo com os outros e aprendendo com treinamentos.

FOTOs: DivulgaçãO

A Microsoft AcreditA que o funcionário é protAgonistA de suA cArreirA e ele deve ser o corresponsável por buscAr seu contínuo desenvolviMento.

“O desenvolvimento possibilitado por nós abre muitas oportunidades, inclusive para que o funcionário trabalhe em nossos escritórios fora do Brasil. Somos uma empresa de oportunidades”, ressalta Daniela. Além disso, o ambiente flexível, que valoriza a individualidade de cada um, promove constante evoluções, garante a executiva. “Apontamos no lema: Traga seu melhor e seja você mesmo. Assim, temos um ambiente positivo, que promove senso de orgulho e satisfação.” Um dos pontos positivos do ambiente flexível, revela Daniela, é o fato de que o funcionário atua com foco em resultados. Se ele trabalha de casa, do escritório, de um café ou durante uma viagem profissional, não importa, a busca é sempre por resultados positivos, usando diferentes artifícios para resolver problemas. As pessoas com essa competência sempre entregam aquilo que se compromete, procuram atividades desafiadoras e sabem assumir e delegar responsabilidades, decisões e objetivos. O novo contexto da Microsoft fez com que a empresa mudasse seu modelo de avaliação de performance e desenvolvimento. “Nós não alteramos o nosso programa de gestão de desempenho, mas aposentamos a gestão de desempenho tradicional. Removemos classificações e curvas como uma pequena parte de uma mudança ainda maior à frente”, explica. Olhar o retrovisor não faz mais parte do dia a dia da companhia, que mira agora realizações futuras. De acordo com Daniela, adotou-se, então, uma abordagem de desempenho e desenvolvimento que se concentra na aprendizagem contínua e crescimento, na qual a reflexão é um catalisador para o aprendizado, em vez de um julgamento. Isso faz com que a busca por resultados seja colaborativa e não mais focada no indivíduo. “Não julgamos pelo erro e pela quantidade de atividades, mas pelo impacto das iniciativas.” Todas essas iniciativas fazem com que a Microsoft seja altamente cobiçada por profissionais. Tanto é que pesquisas do GPTW mostram que 91% dos funcionários acreditam que os objetivos de carreira deles podem ser atingidos na companhia comandada no Brasil por Paula. Mas, afinal, qual talento pode conquistar uma oportunidade na companhia? Daniela conta que aqueles que têm energia, paixão e atitude são os mais desejados. “Estamos menos interessados em quantos idiomas o candidato fala. Queremos entender o propósito de aprender, o sonho, o que itf move essa pessoa”, ensina.

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Herança

preciosa Por DÉBORAH OLIVEIRA

DEPOIS DE COMANDAR UM NEGÓCIO DE SUCESSO QUE RECEBEU O SELO GPTW, SÓCIOS DA RADIX CRIARAM GESTÃO QUE INCENTIVA DESENVOLVIMENTO E COMUNICAÇÃO ABERTA. O RESULTADO É MAIS UM TROFÉU ENTRE AS 100 MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR EM TI E TELECOM

Luiz Rubião acumula histórias de sucesso na criação e na gestão de negócios. Em 1989, ele e dois colegas fundaram a Chemtech, vendida em 2008 para a Siemens, e escolhida por duas vezes como a Melhor Empresa Para se Trabalhar no Brasil e também conquistou o título de a Melhor Empresa Para se Trabalhar na América Latina, pelo GPTW. Seis profissionais da Chemtech decidiram, então, começar do zero e criar, em 2010, a Radix, consultoria de tecnologia inicialmente focada no setor de Óleo e Gás. “Queríamos ter a liberdade de uma gestão nacional, com controle dos sócios e nossa cara. Então, tiramos a Radix do papel”, lembra Rubião. A ambição dos sócios era fazer a empresa decolar rapidamente, mas a crise naquele ano tirou os pés dos executivos do acelerador. “Tínhamos de ser ainda mais criativos, adaptáveis, conseguir ler o que a situação exigia e mudamos para um perfil eclético”, completa. Hoje, a companhia conta com um portfólio de serviços mais amplo e mais interessante, como definiu o executivo. E, de acordo com ele, esse é ingrediente essencial que molda a satisfação dos funcionários e faz da Radix a terceira Melhor Empresa para Trabalhar em TI e Telecom na categoria Médias. Não há receita para fazer parte da lista. É uma herança da gestão Chemtech, aponta Rubião. “Lá, já tínhamos a proposta de ser uma empresa especial para as pessoas trabalharem, de ter atenção com o

funcionário. Na Radix, queríamos repetir a dose, com características mais interessantes e desafiadoras. Foi algo que nasceu no DNA da empresa”, garante. VIA DE MÃO DUPLA Com seis anos de atuação, a Radix possui hoje cinco escritórios espalhados pelo Brasil, além de um nos Estados Unidos, na cidade de Houston, no Texas, e seus valores incluem Relação de Longo Prazo, Agilidade, Ética, Desafio, Inovação, Foco no Ser Humano e Comprometimento. Comprometimento é um dos itens destacados pelo executivo. Mas, segundo ele, essa é uma via de mão dupla. “Temos um trabalho conjunto e todos atuam para fazer com que dê certo. As pessoas aqui sabem que não vamos demiti-los de uma hora para outra. A empresa promove um ambiente de tranquilidade nesse sentido, garantindo a participação efetiva de cada colaborador para que todos cresçam”, assinala o executivo. Ele aponta que os programas de recursos humanos são importantes, mas não são eles que fazem a diferença na companhia. “Esse é só o tempero”, revela, completando que o funcionário busca um espaço propício para seu crescimento. “Nossos projetos exigem uma dose de criação e inovação. Fizemos uma pesquisa interna e esse item foi bastante valorizado por nossos colaboradores, porque aqui eles têm a chance de fazer diferente, de crescer”, conta. Não por acaso, a oportunidade de salto e

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desenvolvimento é o que os funcionários mais valorizam na companhia, de acordo com o estudo do GPTW, citado por 39% deles. O CEO diz que o mercado de TI vive um momento de efervescência com conceitos e tecnologias surgindo e que a Radix quer ser parte ativa dessa transformação. “Oferecemos a oportunidade dos nossos colaboradores estarem na crista da onda dessas novidades. Isso é valorizado por eles”, observa. Tanto é que para conquistar uma oportunidade na Radix, o talento precisa ter desejo genuíno por desenvolvimento. Ele tem de se sentir bem na companhia e manter boa relação não só com seus pares, como também com clientes e parceiros. Foi justamente essa motivação que fez a diferença na crise, garante Rubião. Uma das apostas para estimular seus colaboradores a manter crescimento pessoal e profissional são os treinamentos oferecidos por meio da Universidade Radix, além de capacitações realizadas por parceiros da companhia, como SAP e Microsoft. “Contamos, ainda, com bom relacionamento com universidades e patrocinamos projetos acadêmicos para fomentar inovações desde cedo, na academia. Um dos funcionários pode ser mentor do projeto de estudantes e assim o aprendizado é mútuo.” GESTÃO PARTICIPATIVA Rubião revela que ele e seus sócios são adeptos da gestão participativa. A área de Recursos Humanos cumpre seu papel formal de definições de políticas e recrutamento, mas o fato de os líderes da empresa estarem muito próximos de seus colaboradores faz a diferença no dia a dia, garante. “Hoje, já não é mais possível ter um CEO que não participa. Invisto tempo

considerável no relacionamento com os funcionários e com a academia, porque conforme a empresa cresce, queremos ser atraentes para jovens talentos”, comenta. O executivo não é do tipo que se tranca em uma sala e fica sentado o dia todo. De tempos em tempos, ele passa pelas baias, conversa pessoalmente com os colaboradores e os incentiva também por e-mail a realizarem feedbacks sobre seus trabalhos e sugerirem melhorias na empresa. Com escritórios espalhados pelo Brasil e um nos Estados Unidos, Rubião reconhece que o desafio de aproximar o time é ainda maior. Certa vez, ficou seis meses na unidade dos Estados Unidos, e os funcionários sentiram sua falta. “O contato diário é fundamental e reconheço muito isso.” O contato pessoal é uma tarefa que Rubião faz questão de realizar. “As pessoas gostam de falar e de perguntar. Por isso, estar presente facilita essa interação, que não cabe formalidades. Especialmente na nossa area". O líder da Radix revela que estar bem posicionado na lista das Melhores Empresas Para Trabalhar é desejo constante da companhia. Mais do que isso. A organização espera sempre que seus valores e aspirações sejam mantidos para garantir que isso aconteça naturalmente, garantindo a constante satisfação dos funcionários. ITF

FOTO: DIVULGAÇÃO

LUIZ RUBIÃO, CEO DA RADIX

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Transformar, mas sem mudar a

essência Por DÉBORAH OLIVEIRA

MESMO DIANTE DE UM PROCESSO GRANDIOSO DE INTEGRAÇÃO, DELL EMC CONSEGUIU MANTER ÓTIMO AMBIENTE DE TRABALHO COM POLÍTICA DE PORTAS ABERTAS E DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS

FOTOS: DIVULGAÇÃO

LUIZ GONÇALVES, PRESIDENTE DA DELL EMC BRASIL

Há quase três décadas, Michael Dell, então com 19 anos, fundou a PC's Limited com US$ 1 mil e uma visão inovadora para o setor de tecnologia, sendo pioneira na criação do modelo direto de vendas de computadores. Pouco tempo depois, a empresa foi rebatizada para Dell. De lá pra cá, a fabricante cresceu sobremaneira e recentemente foi responsável pela compra da EMC, a maior aquisição da história da indústria de tecnologia, concluída por US$ 67 bilhões. Essa integração, inclusive, foi um dos destaques da companhia nos últimos meses. Mesmo com essa movimentação grandiosa, complexa e que muitas vezes gera incertezas nos funcionários, a Dell conseguiu fazer a manutenção de um ótimo lugar para trabalhar, levando o prêmio máximo entre as 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom na categoria Grandes. “Neste ano, investimos uma grande energia para suportar a fusão entre a Dell e a EMC, que criou a maior companhia de TI de capital privado do mundo. O foco do RH – globalmente e no Brasil – foi na construção da Dell Technologies, criada a partir da união da Dell e EMC, contribuindo com a harmonização de processos, sistemas, projetos e políticas. Foi importante também apoiar o processo de gestão da mudança, fundamental em uma fusão dessa dimensão”, conta Fernanda Kessler, líder de Recursos Humanos na Dell EMC Brasil. Nesse contexto, segundo ela, entender a estratégia do negócio, as suas prioridades e conectar as ações e os projetos para suportá-lo, foi vital. “Existiu, ainda, a importante missão de fazer as pessoas

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se sentirem acolhidas, reforçando ainda mais nossa cultura de inclusão e valorização dos colaboradores”, comenta a executiva. No processo de mudança, a transparência na comunicação foi chave, garante Luis Gonçalves, presidente da Dell EMC Brasil. “Ao manter o diálogo aberto e transparente, reduzimos inseguranças e, principalmente, mostramos como as sinergias entre Dell e EMC criam não só a maior empresa de TI privada do mundo, mas a companhia mais bem preparada para responder às demandas dos clientes relacionadas à transformação digital.” Gonçalves relata que, na prática, os colaboradores entenderam que a criação da Dell EMC traz uma oportunidade profissional sem precedentes para os times das duas empresas, ao reunir, segundo ele, competências e portfólios complementares e que garantem o sucesso da companhia e de sua equipe nos curto, médio e longo prazos. Portas abertas O presidente da Dell EMC e Fernanda assinalam que muitos são os motivos que fazem da companhia uma das Melhores para Trabalhar. Para Gonçalves, a cultura de valorização e respeito às pessoas faz parte do DNA da organizalção e isso se reflete em suas práticas. De acordo com ele, desde sua fundação, a companhia entende que os profissionais são seu maior diferencial e conta com políticas voltadas a promover o respeito, a confiança e a motivação das equipes, em um ambiente pautado pela ética nas relações, respeito à diversidade, meritocracia, abertura na comunicação e equilíbrio de vida. Já Fernanda aponta que a política de portas abertas é ouro na companhia. Os líderes estimulam a comunicação clara e verdadeira entre seus talentos, permitindo que os colaboradores tenham a oportunidade de serem ouvidos e de prover ideias que contribuam com o futuro dos negócios. “Além disso, a prática da liderança pelo exemplo é igualmente fundamental, prezando sempre pela ética em todas as ações. Somado a isso, temos uma grande valorização à inclusão e à diversidade”, reforça. A diversidade, destaca, aumenta a criatividade e a inovação. “Todas essas práticas somadas proporcionam um excelente ambiente de trabalho, resultando em um bom clima entre os colaboradores.” A liderança, é, inclusive, protagonista na manutenção da cultura da organização, revela Fernanda. Segundo ela, os lideres são os responsáveis por desenvolver equipes de alta performance, na qual todos são incentivados a contribuir, sentindo-se apoiados e valorizados. “Como resultado, temos um alto nível de engajamento e colaboradores com orgulho de fazer parte da Dell”, reforça. Tanto é que a Dell EMC tem como um dos pilares estratégicos de gestão de pessoas o desenvolvimento de líderes inspiradores. Fernanda pontua que o foco é desenvolver esses líderes para que façam a gestão adequada de seus talentos. “Associado a isso, acreditamos também que cada colaborador é dono de sua carreira e é incentivado a falar abertamente sobre as suas expectativas”, observa, completando que os profissionais possuem também a liberdade de buscar desenvolvimento na companhia, seja por meio de treinamento a partir do Career Resource Center, aconselhamento, coaching ou mentoring.

Fernanda Kessler, líder de recursos humanos da dell emc Brasil

aPoio à diversidade Com foco na valorização e respeito às pessoas, o trabalho da Dell de criar um ambiente de confiança e motivação é incansável. O apoio à diversidade e à inclusão é uma das frentes dessa missão. Assim, a companhia conta com uma série de grupos, que são como evangelizadores, promovendo conscientização. Entre eles estão o P.R.I.D.E., formado com o objetivo de incentivar o ambiente de tolerância e respeito a diversidade de orientação sexual na Dell. Além de divulgar interna e externamente os valores de respeito existentes na empresa. Outro exemplo é o True Ability, grupo que luta pela inclusão das pessoas com deficiência. Fernanda destaca, ainda, ações para suportar o desenvolvimento das mulheres no ambiente de trabalho, com a promoção de eventos como o Advancing Your Career, encabeçado pelo Wise, grupo de diversidade da Dell voltado a estimular ações para recrutamento, retenção e desenvolvimento de mulheres, e o Women in Tech, que busca fortalecer a importância do papel da mulher no mercado de tecnologia. itf

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Liderança Por GUILHERME BORINI

preparada ALGAR TELECOM INVESTE EM “LÍDERES MULTIPLICADORES” PARA LEVAR VALORES DA EMPRESA ÀS UNIDADES ESPALHADAS PELO BRASIL

Em meio ao desafio de levar políticas eficazes de recursos humanos para mais de 20 escritórios e 3,7 mil funcionários espalhados por sete estados do Brasil, a Algar Telecom tem apostado na capacitação das lideranças para engajar todos os colaboradores e enraizar os valores da empresa no dia a dia de cada um deles. Presente nas principais regiões do Brasil com 31 mil quilômetros de fibra óptica e atendendo a 1,3 milhão de clientes, a companhia é a segunda colocada da categoria Grandes do ranking GPTW - 100 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom. Nos últimos anos, a organização tem adotado um modelo de gestão participativo e portas abertas, que busca aproximação dos colaboradores com as lideranças. Para Maria Aparecida Garcia, diretora de Recursos Humanos da Algar Telecom, ou Cida, como é conhecida internamente, somente líderes preparados conseguem gerar resultados para a companhia - mas não basta estarem aptos apenas para atividades técnicas e de negócios. É preciso ir além. “Precisamos de líderes prontos para lidar com pessoas e entender o ser humano”, diz Cida, que soma 25 anos no grupo Algar. Para a empresa, portanto, o segredo é contar com lideranças capacitadas para conduzir processos de todos os níveis - profissionais de qualquer área que exercem algum tipo de coordenação, desde líderes das atividades diárias, passando por supervisores, chegando à diretoria. Cida destaca que o processo de formação contempla não só entendimento da cultura e valores da empresa, mas também formas de lidar com pessoas. “Líderes têm de multiplicar. Não adianta eu pensar que, mesmo viajando bastante para todas as localidades, consigo gerenciar tudo daqui. Não podemos estar em todos os lugares. Por isso, ficamos seguros com lideranças capacitadas em todas as regiões”, destaca.

INVESTIMENTOS EM FORMAÇÃO Para processos de desenvolvimento de pessoas, foram investidos mais de R$ 5,4 milhões em 2016 e a previsão para o próximo ano é de que o número chegue a R$ 6 milhões. Desse total, cerca de R$ 1,5 milhão é voltado à formação especificamente de líderes. Entre os investimentos estão cursos como academia para desenvolvimento de call center e formação de profissionais, de acordo com cada área que atua; acompanhamento de performance; avaliações direcionadas; preparação para lidar com demandas de cada setor; além de uma gama de ações voltadas a práticas de liderança. “Destinamos investimento considerável em desenvolvimento de pessoas e temos obtido retorno com essa estratégia.” As ações voltadas à formação também contemplam programa de apoio a cursos de graduação em universidades. A Algar Telecom oferece convênio para auxiliar funcionários a pagar a mensalidade do curso, com valor máximo de R$ 400 mensais. “Eles escolhem o curso, instituição, fazem o requerimento e a empresa aprova mediante avaliação. O auxílio é válido por semestre ou ano e é possível a renovação à medida que avança no curso”, explica. Atualmente, são 145 funcionários matriculados em cursos superiores ou em pós-graduação. BENEFÍCIOS E CANAL ABERTO Outros itens aparecem na lista de Cida como preponderantes para uma boa avaliação por parte dos funcionários. O primeiro de-

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política de portas abertas inclui canais de comunicação por meio da internet

maria aparecida garcia, diretora de rh da algar telecom

les envolve a parte financeira. Nesse quesito, a executiva cita um consolidado programa de premiação, com pagamentos semestrais baseados em desempenho. Em outubro de 2016, por exemplo, a empresa pagou de um a dois salários para os colaboradores, de acordo com as metas atingidas. “É um conjunto de ações que faz com que a companhia seja reconhecida. Temos políticas agressivas de participação de mercado e no quesito financeiro, mas também nos preocupamos muito com o ambiente de trabalho, com prédios bem equipados, por exemplo”, acrescenta. Outra ação consolidada é o programa “Fale com o presidente”, realizado anualmente para reunir executivos da empresa em cada localidade para um bate-papo com os colaboradores. “Medimos a qualidade do clima organizacional uma vez por ano. No ano passado, por exemplo, o índice de líderes satisfeitos foi acima de 90%”, detalha. A política de portas abertas inclui canais de comunicação por meio da internet. Para críticas, dúvidas e sugestões, a empresa conta com canais oficiais para atender, mas Cida diz que é preciso ampliar o leque de opções e até canais pessoais, como Facebook e e-mail, podem ser alternativas para os funcionários. “Fazemos ações para abrirmos cada vez mais as discussões de problemas do dia a dia. Toda vez que chega algo para nós, por diversos canais, seja alguma sugestão, ou até mesmo crítica de uma gestão inadequada, não deixamos

sem análise e solução. Recebemos mensagens no e-mail pessoal, corporativo, e até pelo Facebook. Tudo é considerado e resolvido seriamente.” Cida aponta que essa flexibilidade de canais é essencial para uma empresa como a Algar Telecom, extensa geograficamente e com muitas lideranças em formação em diversas localidades. “Quando as pessoas têm liberdade fica tudo mais fácil de resolver”, garante. Futuro Flexível e moderno Flexibilidade de jornada é um dos principais focos da diretoria de Recursos Humanos para os próximos anos. Cida destaca que, atualmente, a maioria dos funcionários tem jornada flexível - exceto o call center, que cumpre jornada tradicional, e técnicos que precisam atender a clientes nas residências, bem como montar equipamentos. O objetivo é o crescimento do público que trabalha de casa. “A flexibilidade, termo que o mercado fala como novidade para publico jovem, é algo que trabalhamos há mais de dez anos. Não temos cartão de ponto, por exemplo. Buscamos cada vez mais manter essa flexibilidade”, aponta a executiva, acrescentando que o trabalho remoto é investimento que a companhia quer fortalecer ainda mais nos próximos anos. Além disso, a modernização do ambiente de trabalho também está nos planos. “Queremos ter ambientes ainda mais modernos. Temos percebido que hoje o modelo de gestão, principalmente para o público mais jovem e colaborativo, requer espaços sem salas, com espaços coletivos para troca de ideias. Buscamos cada vez mais essa adaptação para esse mundo novo”, finaliza. itf

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Das 2 milhões de empresas que marcaram presença no ranking GPTW – Melhores Empresas para Trabalhar desde que ela existe no Brasil, em 1997, apenas 20 apareceram com mais frequência na lista. E uma delas é a Oracle. A conquista é motivo de orgulho para a companhia, que acredita que sua fortaleza está na união de pessoas, tecnologias que desenvolve e inovações que propõe ao mercado. “Temos produtos e soluções diferenciados. Noto que empresas do setor que têm tecnologias com esse perfil fazem com que as pessoas tenham orgulho. Nossos números mostram isso, já que nosso nível de saída de talentos é um dos menores do mercado”, garante Alberto Brisola, diretor sênior de RH da Oracle Brasil, que há 16 anos comanda a área na fabricante norte-americana. Muito da característica inovadora da empresa vem do seu líder global, Larry Ellison, que, junto com outros dois colegas, fundou a Software Development Laboratories (SDL), em 1977, mais tarde rebatizada de Oracle. A ideia do trio era criar um sistema de gerenciamento de bancos de dados, baseado em um estudo feito por um funcionário da IBM, que acabou rejeitando o projeto. Ironicamente, logo depois, a Big Blue tornou-se o principal cliente da primeira solução da companhia. “Somos uma empresa visionária, em renovação constante. Ellison se cerca de pessoas brilhantes

ORACLE APOSTA NO DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS E RESPEITO À DIVERSIDADE PARA SE DIFERENCIAR NA GESTÃO DE PESSOAS

e é essa a essência que temos em nossos escritórios em todo o mundo. Ellison fez da Oracle um time de elite com profissionais, contratados ou absorvidos de organizações adquiridas, equivalentes a Neymar, Lionel Messi e Luis Alberto Suárez, para citar apenas alguns”, brinca. Outro ponto positivo da gestão da companhia destacado por ele é o desenvolvimento de talentos, não só para retê-los, como também para ajudá-los na manutenção de suas carreiras. A oportunidade de crescimento e desenvolvimento, inclusive, foi item citado por 42% dos colaboradores como o mais valorizado na pesquisa GPTW – Melhores Empresas Para Trabalhar em TI e Telecom, da qual a Oracle levou o terceiro lugar na categoria Grandes. Entre as 100 Melhores Empresas Para Trabalhar em TI e Telecom, a média de colaboradores que aponta o desenvolvimento como o mais valorizado foi parecida: 44% Nesse quesito, Brisola ressaltou o fato de os colaboradores terem a oportunidade de, migrarem de área para lidar com novos desafios e enfrentar diferentes realidades. “Além disso, treinamentos são muito importantes. Aqui é raro ter uma pessoa com menos de 80 horas a 120 horas de formação técnica ou comportamental. Quem estuda menos de quatro horas por semana fica para trás”, revela. Para se ter uma ideia, das 100 Melhores Empresas Para Trabalhar em TI e Telecom, 37% investem, em média, mais de cem horas de treinamento por ano por funcionário.

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lentos. “A quantidade de pessoas que querem trabalhar aqui é significativa. Tenho orgulho de falar que convivo com pessoas brilhantes.” PARA O ALTO A cada ano que passa, o trabalho de manutenção da área de Recursos Humanos aumenta, reconhece Brisola. Mas o resultado tem sido positivo, diz. “Chama a atenção que temos crescido no ranking constantemente. Isso mostra que estamos no caminho correto”, observa o executivo. Ele destaca que neste ano, a empresa obteve seu melhor resultado na pesquisa GPTW nacional, mesmo em meio à crise. “Momentos de instabilidade, geralmente, geram pessimismo. Não foi o que aconteceu. Afinal, além de contratar, continuamos com nosso plano de investimento em talentos.” O trabalho de melhoria nunca para e é por isso que a companhia faz questão de atuar com líderes para garantir um ambiente de trabalho sadio e, ao mesmo tempo, de estímulo à performance. “No fim do dia, os líderes que fazem a gestão das pessoas e se eles não conduzem um trabalho alinhado à nossa cultura, cedo ou tarde, nossos talentos não permanecem”, observa. O executivo destaca, ainda, que a Oracle é adepta da política de portas abertas e o RH se posiciona como parceira de todos os funcionários, sempre escutando e tomando as ações necessárias para nortear um ambiente saudável. Com os gestores, as conversas do time são um misto de formal e informal. Uma por hora por semana, eles são incentivados a se reunir com a equipe, individualmente, não só para falar de trabalho, como também de outros assuntos. “Perguntar como a pessoa está faz parte desse processo”, diz Brisola. O desafio atual, reconhece ele, é atrair e reter os melhores ta-

DIVERSIDADE EM PAUTA Um dos temas levados a sério pela Oracle é a diversidade. Tanto que, em breve, a empresa vai iniciar, em toda a América Latina, treinamentos com gestores para mostrar a importância do tema em seus negócios e fomentar a igualdade. Na prática, contudo, a política já acontece. Para se ter uma ideia, a companhia conta com mais de 490 líderes mulheres. A empresa também apoia casais homossexuais, ao trabalhar com plano de saúde e odontológico para a família, seja ela formada por homens ou mulheres. Em 2005, inclusive, Brisola teve de brigar pessoalmente com o plano de saúde da companhia para garantir que a mulher de uma funcionária tivesse acesso aos seus direitos. Recentemente, a Oracle apoiou dois profissionais em suas decisões por mudança de sexo. “Temos aqui um ambiente forte de respeito, seja sexual ou religioso”, sintetiza o executivo, completando que um deles contou que buscou trabalhar na empresa em razão da sua orientação para a diversidade. A companhia também contrata pessoas com deficiência física (PCD) desde 2007, formando, hoje, 5% da sua força de trabalho. Mais do que isso, dá a elas a oportunidade de desempenhar trabalhos relevantes, sendo incentivadas a se superarem e a gerar resultados significativos. ITF

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EQUIPE ORACLE RECEBE PRÊMIO AO LADO DE ALBERTO BRISOLA, DIRETOR SÊNIOR DE RH DA ORACLE (DE GRAVATA AZUL)

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Contra o tempo

Ame a incerteza incorre em sofrer internamente porque o mundo não se adaptará ao seu simples aceitar. É preciso se habituar com a incerteza, porque, na verdade, toda a certeza que tivemos ao longo dos últimos anos foi muito mais fruto de uma fantasia que criamos para nos sentirmos mais cômodos diante de uma realidade dura e complexa. Toda a ansiedade corporativa que se cria em torno do saber que vivemos tempos de incertezas e que teremos que nos adaptar a isso, pede que demos um passo atrás para refletirmos sobre nossas ações. No capitalismo contemporâneo, o foco é sempre no resultado, mas nem sempre o atingimento do resultado por si só nos leva ou nos levou aos melhores caminhos. Temos que reaprender a viver o tempo certo das coisas. O mundo contemporâneo é totalmente efêmero, não podemos achar que iremos nos perpetuar em um cargo ou mesmo pensar em poder pelo poder. Valorizar o que se tem e não se vê deveria ser um propósito das organizações. Olhando à frente e trazendo esse assunto de sociedade totalmente para o ambiente corporativo, recorro à algumas dicas passadas pelo professor da FDC de como seria esse líder “curador” (sim, o paralelo é com um curador de arte): lidar com contradições. reinventar-se todo o tempo, produzir usinas de sonho, amarrar conceitos dispersos, visão sistêmica e holística, aceitar o vazio.

Vit or C avalc ant i D i r e t o r D e C o n t e ú D o e p l ata f o r m a D i g i ta l Da i t m í D i a v C a va l C a n t i @ i t m i D i a . C o m . b r

FOTO: ricardO benichiO

Como disse o antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin, “vamos amar a incerteza, porque ela não vai mais embora”. A reflexão feita por ele se encaixa perfeitamente no momento de mundo que vivemos. Nunca tivemos um ambiente de tantas transformações na sociedade como o que experimentamos atualmente. Para todos os lados que olhamos, nada é certo. Temos um fluxo migratório que suscita diversos conflitos, o advento do nacionalismo, uma negação da globalização e seus efeitos, os próprios avanços tecnológicos que desaparecem com empregos e criam funções antes impensáveis e por aí vai. Mas o fato é que se antes pensávamos que vivíamos num mundo de certezas com ilhas de incertezas, essa máxima está totalmente invertida: vivemos num mundo de incertezas com pequenas ilhas de certezas. E o pior: não temos como fugir. A reflexão que trago nesta coluna é fruto de uma conversa que tive com o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) Ricardo Carvalho, que organizou uma visita guiada à 32ª Bienal de Arte de São Paulo, que tem como tema Incerteza Viva. Como ressaltou Carvalho, nos habituamos a olhar as coisas revestidas e não o visceral, olhamos apenas a roupa, o superficial, mas a verdade está embaixo. E como enfrentar esse novo tempo? Uma opção é aderir ao ditado não muito educado: aceita que dói menos. Mas isso

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