IT Forum Expo 2015

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REVISTA

Dezembro de 2015

Revista IT Forum – Dezembro de 2015 | Janeiro 2016

IT FORUM EXPO2015 TERCEIRA EDIÇÃO DO EVENTO REÚNE EM PAINEL LÍDERES DA INDÚSTRIA DE TI PARA DISCUTIR O MERCADO DE TECNOLOGIA E AS PERSPECTIVAS PARA 2016

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Dell prepara empresas para a evolução na forma de trabalho. Estudo indica que, no Brasil, 55% dos profissionais já usam tecnologias pessoais no trabalho, mas 42% admitem que a TI não tem consciência dessa prática.

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A Dell tem sido pioneira no desenvolvimento e na oferta de soluções tecnológicas voltadas a ajudar as empresas, de todos os tamanhos e perfis, a acompanhar uma profunda transformação na forma de trabalho, que já está em andamento. Ao entender que, cada vez mais, os colaboradores querem acessar a rede corporativa de qualquer equipamento, hora e local, a Dell criou um portfólio de computadores, tablets, acessórios e serviços que associa design, mobilidade e versatilidade para o usuário, ao mesmo tempo em que oferece facilidade de gerenciamento e segurança para os departamentos de TI. O resultado é uma combinação que permite a migração dos tradicionais ambientes de trabalho para formatos mais modernos (home office, escritórios virtuais, acesso a distância, entre outros), com aumento da produtividade e da satisfação dos funcionários, mas com redução dos riscos e dos custos para as organizações.

56% brasileiros que atuam em médias e grandes corporações já trabalham, em algum momento, de casa. O índice fica abaixo da média para os países emergentes – que é de 68% -, mas acima dos 31% identificados em mercados desenvolvidos.

Na prática, a Dell acredita que não existe uma única abordagem da TI que atenda às grandes mudanças na forma de trabalho, mas cada organização precisa repensar seus ambientes, com base nas demandas, atuais e futuras, de acesso e colaboração dos funcionários. As organizações, no entanto, não podem virar reféns dessa transformação e precisam, rapidamente, adaptar-se a ela. O levantamento global Evolving Workforce (Força de Trabalho em Evolução), patrocinado pela Dell e Intel, aponta que

No entanto, 42% dos brasileiros consultados no Evolving Workforce afirmam que os departamentos de TI de suas empresas não estão cientes do uso dos equipamentos pessoais no trabalho, o que aumenta o risco a que as organizações estão expostas.

O estudo mostra também que o Brasil está na frente de outros países do mundo em relação à tendência de BYOD (Bring Your Own Device, em inglês) – na qual as pessoas levam equipamentos pessoais para o trabalho. No país, 55% dos profissionais admitem usar tecnologias pessoais para o trabalho, contra uma média de 29% em mercados desenvolvidos e 54% nos emergentes.

Quer saber mais? Procure a Dell (www.dell.com.br/mobilidade) e entenda como se preparar para essa transformação nas formas de trabalho que afeta diretamente a TI.

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Índice

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Transformação digital além da zona de conforto CIOs quebram o status quo e lideram mudanças em busca da aceleração do digital. Tema foi debatido por Marc Gasperino, líder da prática digital da Korn Ferry, no IT Forum Expo 2015, que aconteceu em novembro, em São Paulo

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Inovação: peça-chave para o sucesso No atual cenário de constante transformação digital, inovar virou sinônimo de sobrevivência. E a melhor maneira de mudar é causar a disrupção, de acordo com Robert Pearlstein, diretor-executivo da SRI International. O especialista debateu o tema durante o IT Forum Expo

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Quando TI é o negócio Para líderes de TI, o discurso de que é preciso haver alinhamento entre TI e negócios ficou no passado. Com tanta evolução nas empresas e a TI assumindo papel vital na transformação corporativa, a área passou a ser, de fato, o negócio

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Construindo o futuro Os principais desafios enfrentados pela TI e as oportunidades para 2016 foram discutidos por líderes da indústria de empresas de peso no IT Forum Expo 2015

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Revolução móvel Agenor Leão, CIO da Natura, vencedor máximo de As 100+ Inovadoras no Uso de TI transformou os negócios da empresa por meio da mobilidade, levando para outro nível o relacionamento entre mais de 1,3 milhão de consultoras e suas cliente

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Um dever de todos Saiba tudo o que aconteceu na primeira edição do Leadership Academy, que reuniu no final de outubro os líderes da indústria para debater sustentabilidade nos negócios em uma perspectiva global

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br VICE-PRESIDENTE-EXECUTIVO MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br DIRETORES DIRETOR DE VENDAS E MARKETING André Cavalli • acavalli@itmidia.com.br DIRETORA DE OPERAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO Emanuela Araújo • earaujo@itmidia.com.br

itforum365.com.br COMERCIAL GERENTE COMERCIAL Lyvia Abrahão • labrahao@itmidia.com.br

EDITORIAL EDITOR DE TI Vitor Cavalcanti • vcavalcanti@itmidia.com.br

EXECUTIVO DE CONTAS Luiz Guerreiro • luiz.guerreiro@itmidia.com.br

EDITORA-ADJUNTA DE TI Déborah Oliveira • deborah.oliveira@itmidia.com.br

REPRESENTANTES RIO DE JANEIRO: Sidney Lobato • sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648

REPÓRTER Tissiane Vicentin • tissiane.vicentin@itmidia.com.br

USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast | Tel.: (1-212) 2683344 East Coast • ralph@husonusa.com MARKETING GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Gabriela Vicari – gvicari@itmidia.com.br COMO RECEBER A REVISTA IT FORUM: www.itforum365.com.br COMO ANUNCIAR: comercialti@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6600 TRABALHE CONOSCO: rh@itmidia.com.br

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Editorial

Criar, cortar e escolher zindo ideias tão boas que é preciso haver um bom processo de escolha e priorização do investimento. Significa também que sua equipe está empenhada em te ajudar em seus desafios, sejam eles de inovar, transformar ou de reduzir custos e melhorar eficiência operacional. Nas páginas a seguir, você, leitor, encontrará uma série de histórias inspiradoras em inovação, transformação digital, sustentabilidade e mercado. Até porque, como falado em um dos painéis que tive o prazer de mediar no IT Forum Expo 2015, nunca antes da história deste País, um painel formado por uma empresa de mídia reuniu tantos presidentes de empresas de tecnologia – concorrentes e parceiras – para discutir estratégias e perspectivas de mercado. Sem saber qual será a tônica de 2016, o nosso desejo é que seja um ano de muito criar, escolher e bastante inteligência no cortar. Até a próxima!

Vit or C avalc ant i EDITOR V C AVA L C A N T I @ I T M I D I A . C O M . B R

FOTO: RICARDO BENICHIO

Essas três palavras não estão no título deste editorial por acaso. Além de terem sido extraídas das conclusões do painel realizado com CIOs durante o IT Forum Expo, elas traduzem a realidade vivida por muitos executivos, sejam eles gestores de TI ou líderes da indústria de tecnologia. Esses profissionais são cada vez mais cobrados por criar, transformar, inovar, ao mesmo tempo em que precisam reduzir seus custos, aumentar eficiência operacional, de preferência sem paradas no sistema, ou, utilizando o linguajar do setor, transparente para o usuário. Mas o tripé criar, cortar e escolher pode, também, ser encarado de uma maneira positiva. O cortar sempre vai existir. Que levante a mão quem trabalha em uma empresa que nunca mencionou a fadada expressão redução de custos. Eu, pelo menos, desconheço. Por outro lado, criar e escolher é parte de uma rotina, seja ela com orçamentos robustos ou apertados. Criar e escolher é um dos melhores exercícios da gestão, isso porque significa que seus liderados estão produ-

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Transformação digital:

além da zona de conforto Por DÉBORAH OLIVEIRA

CIOS ESTÃO QUEBRANDO O STATUS QUO DE SUAS PROFISSÕES E LIDERANDO MUDANÇAS EM BUSCA DA ACELERAÇÃO DO DIGITAL. NESSE CENÁRIO, ENTRAM EM CENA O CMO E O CDO, FIGURAS COMPLEMENTARES NA BUSCA DO NOVO

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Posicionar o cliente no centro da estratégia: todos querem, mas poucos conseguem. É o que acredita Marc Gasperino, líder da prática digital da Korn Ferry, que falou na abertura do IT Forum Expo, realizado nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo. Esse objetivo que deveria ser natural, ainda é almejado por muitas empresas que não encontraram o caminho adequado para sair da zona de conforto, aprimorar o atendimento ao consumidor e serem bem-sucedidas. Para o especialista, isso acontece por falta de entendimento dos impactos das mudanças ou por resistência dos profissionais que lideram a iniciativa. E esse desafio foi acentuado com a transformação digital, apontou o executivo. “Ela aconteceu tão rapidamente, assim como a bolha da internet, em 2000. A diferença é que agora o consumidor está conduzindo a mudança. Ele está no controle e quando companhias descobriram isso, o jogo mudou”, afirmou. Nesse novo cenário, o CIO tem chances, de acordo com Gasperino, de assumir as rédeas da transformação digital. Contudo, essa estratégia pode fracassar caso o líder da TI não esteja familiarizado com o digital ou mesmo abrace o novo. Em entrevista exclusiva à Revista IT Forum, o executivo comentou sobre o papel do CIO na transformação e como o alinhamento com o Chief Marketing Officer (CMO) pode contribuir para o sucesso da iniciativa. Confira a seguir.

Em sua apresentação no IT Forum Expo, Marc Gasperino, líder da prática digital da Korn Ferry, listou dez impulsionadores da mudança do posicionamento das empresas que agora precisam se voltar para o cliente, uma demanda criada claramente em razão do avanço do digital. Confira abaixo. 1. Propósito da marca 2. Personalização impulsionada por dados 3. Consistência nos pontos de contato 4. Obsessão pelo cliente 5. Foco na liderança 6. Colaboração 7. Experimentação 8. Fazer conexões com dados 9. Dar protagonismo ao papel de analytics e insights 10. Senso crítico de negócio e storytelling

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REVISTA IT FORUM - QUAL FOI O PONTO DE INFLEXÃO DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E COMO OS CIOS ESTÃO LINDANDO COM ESSA MUDANÇA?

REVISTA ITF – OS CIOS ESTÃO PRONTOS PARA ASSUMIR A FUNÇÃO E CDO? O QUE ELES PRECISAM PARA CHEGAR LÁ?

Marc Gasperino - Quando dispositivos móveis se tornaram populares, todo cliente passou a ter acesso a informações de maneira muito fácil. Isso acelerou o processo e a sofisticação da transformação. Clientes esperam melhores experiências o tempo todo. O iPhone é um grande exemplo. Quando ele foi lançado, todos sabiam mexer nele, por ser fácil e ao mesmo tempo sofisticado. Negócios estão assim hoje. Todos esperam transações mais simples. Assim, acredito que para os CIOs que não estão preparados para aprender e se adaptar ao novo contexto vai ser uma estrada de pedras.

Gasperino – A participação em eventos é fundamental para agregar conhecimento e saber o que está acontecendo lá fora. Estabelecer parceria com executivos envolvidos com estratégias digitais também é fundamental para entender o que eles estão fazendo hoje e como eles pensam o futuro da área. É preciso fazer algo mais pró-ativo, conversar com essas pessoas e até entender como estão se posicionando empresas totalmente digitais, como Facebook e Twitter.

REVISTA ITF – MAS VOCÊ ACREDITA QUE NO MÉDIO PRAZO A FIGURA DO CIO VAI DESAPARECER EM RAZÃO DESSE CONTEXTO?

REVISTA ITF – RECENTEMENTE, O GARTNER AFIRMOU QUE O CARGO DE CDO VAI DESAPARECER NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. VOCÊ TAMBÉM ACREDITA NESSA PREVISÃO?

Gasperino – Eles vão continuar a existir, mas suas funções vão mudar. Há uma oportunidade para ampliar as atividades deles. Hoje são vistos como grandes geradores de receita. Assim, se eles estiveram envolvidos no digital e associados com marketing e com visão de negócios, as oportunidades serão ilimitadas. Em nossas pesquisas, entre 40% a 50% dos Chief Digital Officers (CDOs) são hoje pessoas que originalmente eram CIOs.

Gasperino – Acredito que em alguns casos, sim, tende a desaparecer. Por exemplo, no setor de mídia, que hoje vive um processo intenso de migração para o digital. Quando a mudança estiver completamente concluída nesse negócio não há muito mais que o CDO possa fazer. Em negócios mais tradicionais, nos quais o trabalho é digitalizar os negócios em dois anos, o profissional vai migrar para outro posto em seguida.

ESTRUTURAS DIGITAIS SEGUNDO MARC GASPERINO, LÍDER DA PRÁTICA DIGITAL DA KORN FERRY, HÁ, HOJE, TRÊS OPÇÕES DE ESTRUTURAS DIGITAIS, QUE ESTÃO SENDO ELEGIDAS PELAS EMPRESAS PARA DAR INÍCIO À TRANSFORMAÇÃO. SÃO ELAS: 1. DIGITAL GM REPORTA-SE DIRETAMENTE AO CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO). É RESPONSÁVEL POR IMPULSIONAR A RECEITA SIGNIFICATIVAMENTE E DIRECIONAR RESPONSABILIDADES PARA OS TALENTOS DE MARKETING E ENGENHARIA. TIPICAMENTE, TEM MAIS DE 300 PROFISSIONAIS SE REPORTANDO A ELE E SUA MISSÃO PRINCIPAL É TRANSFORMAR OS MODELOS DE NEGÓCIOS. 2. DISTRIBUIDOR DIGITAL REPORTA-SE AO VICE-PRESIDENTE-EXECUTIVO OU EQUIVALENTE (COO, CMO OU CIO). GERENCIA UM TIME DE 70 A 200 PESSOAS E ESTÁ À FRENTE DE PRODUTOS DIGITAIS E INOVAÇÃO EM SERVIÇOS, ALÉM DA TRANSFORMAÇÃO CUTURAL. 3. EVANGELISTA DIGITAL REPONDE DIRETAMENTE PARA O VICE-PRESIDENTE SÊNIOR OU VICE-PRESIDENTE, MAS TEM GRANDE VISIBILIDADE NO NÍVEL EXECUTIVO. LIDERA UM PEQUENO TIPO DE TRÊS A DEZ FUNCIONÁRIOS DIRETOS. ESTÁ À CARGO DO CRESCIMENTO DO QI DIGITAL NA ORGANIZAÇÃO.

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REVISTA ITF - COM BASE NA EXPERIÊNCIA QUE TEM DE ACOMPANHAR O RELACIONAMENTO ENTRE CMO E CIO, VOCÊ ACREDITA QUE EXISTE UM GAP ENTRE ESSES PROFISSIONAIS NO BRASIL?

CMO E CIO: AMIGOS E NÃO INIMIGOS ESPECIALISTAS DO MERCADO SENTENCIAM QUE CIOS E CMOS DEVEM ESTABELECER LAÇOS EM PROL DOS NEGÓCIOS. MARC GASPERINO, LÍDER DA PRÁTICA DIGITAL DA KORN FERRY, EXPLICA QUE CMOS ESTÃO TRANSFORMANDO TUDO NO MARKETING COM BASE NO DIGITAL. CDOS E CMOS TRABALHAM AGORA JUNTOS PARA DESENHAR UM MODELO DE OMNI-CHANNEL PARA ENCANTAR CLIENTES, ALINHAR ESTRATÉGIAS DE MARKETING E PROMOVER A ADOÇÃO DE FERRAMENTAS E CANAIS DIGITAIS. GASPERINO OBSERVA QUE CDOS ESTÃO CONECTANDO INFRAESTRUTURA LEGADA COM TECNOLOGIAS COMO SOCIAL, MOBILE E INTERNET DAS COISAS (IOT, NA SIGLA EM INGLÊS). “ASSIM, CDOS PRECISAM DE UMA LIDERANÇA DE TI PARA ABRAÇAR OS ESFORÇOS DE LIGAR O MUNDO VELHO E O NOVO. PARA O CIO, O CDO PODE OFERECER UMA OPORTUNIDADE DE EXPLORAR IDEIAS INOVADORAS QUE ATÉ ENTÃO NÃO ERAM POSSÍVEIS.”

Gasperino – Sim, e isso não me surpreende, porque nos Estados Unidos há cerca de três anos havia um claro gap entre esses talentos. Quando o assunto é transformação, o Brasil está três anos atrás em comparação com os Estados Unidos, então, eu já esperava isso. Acredito que no Brasil, há muitos bons CIOs, mas alguns, infelizmente, são muito tradicionais e esses são os que têm mais resistência à transformação. REVISTA ITF – QUAIS OS BENEFÍCIOS, ENTÃO, DE APROXIMAÇÃO ENTRE CMO, CIO E AGORA CDO?

Gasperino – Minha área de foco na Korn Ferry é a prática digital, que está exatamente no meio de TI e marketing e somos muito alinhados, porque o ecossistema digital realmente envolve tecnologia e marketing, sendo o digital a ponte entre os dois. Se a função do marketing é angariar clientes, criar consciência de marca, levando a mensagem correta por meio da plataforma adequada, a TI está ali para contribuir, para impulsionar produtos, para ser inovadora e focada no cliente. Vejo que TI e marketing estão cada vez mais unidos em prol dos negócios e estão até fazendo intercâmbio de equipes. REVISTA ITF – COMO VOCÊ ENXERGA O FUTURO DO CIO NESSE NOVO CONTEXTO DE OPORTUNIDADES TRAZIDAS PELA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL?

Gasperino – CIOs têm oportunidade de quebrar o papel atual deles. Se pensarmos nisso, o líder de TI pode levar muito mais para os negócios. Há CIOs se tornando CEOs, não é tão comum, mas está já acontecendo. CIOs não podem se preocupar mais com que acontece nas salas escuras, quem conseguir tirar insights e levar isso para o board, de forma visionária, vai ganhar visibilidade e agregará mais responsabilidades. Ele pode ser o braço direito do CEO. ITF

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Questão de

sobrevivência Por TISSIANE VICENTIN

ROBERT PEARLSTEIN, DIRETOR-EXECUTIVO DA SRI INTERNATIONAL, CONTA PORQUE A INOVAÇÃO SE TORNOU UM PONTO CRÍTICO PARA EMPRESAS

Inovação parece ser o buzz do momento e não à toa. Há uma mudança no ecossistema mundial, não somente no quesito crescimento populacional, mas também na evolução tecnológica que permite às empresas criar cada vez mais coisas que antes pareciam impossíveis – e, consequentemente, serem mais competitivas. Para se ter sucesso nesse novo cenário, no entanto, é preciso arriscar. “As empresas não podem ter medo da inovação disruptiva”, ou seja, aquela que realmente irá causar uma revolução. Isso é o que afirmou o diretor-executivo e de novos negócios da SRI International, Robert Pearlstein, durante o IT Forum Expo, que aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro em São Paulo. “Muitas empresas possuem

a inovação de implementação, que consiste em dar pequenos passos. Em geral, ela é muito difícil de seguir em frente e alcançar a disrupção”, completou. Na opinião de Pearlstein, inovar é uma questão de sobrevivência. “Antigamente, se você era uma grande companhia você poderia presumir que estaria ativo por 60 anos. Hoje em dia, a empresa tem sorte se durar 20 anos”, observou. “Se você não inova, se torna um dinossauro.” O executivo usou como exemplo a Kodak, que ficou presa ao seu processo tradicional e acabou per-

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As empresas não podem ter

Fotos: bruno cavini

medo da inovação disruptiva

dendo o melhor momento para mudar. “A empresa possuía 90% do mercado das câmeras. Eles, de fato, inventaram a câmera digital e eram donos de quase 20 mil patentes, mas declararam falência em 2012”, afirmou o executivo. Na vanguarda da inovação Pearlstein é parte do time da SRI International, antigo braço de pesquisa da Universidade de Stanford e que se desvencilhou da organização em 1970 - apesar de manter laços para parcerias. De lá para cá, a empresa se tornou oficialmente, uma instituição de pesquisa sem fins lucrativos e cuja especialidade é fazer ideias concre-

tas se tornarem vendáveis - especialmente as que não passaram no teste de aprovação inicial do mercado e, principalmente, que possam ser úteis à sociedade. “Nossa missão é criar soluções que possam manter as pessoas seguras, saudáveis e mais produtivas”, afirma. Como exemplo desse trabalho, Pearlstein apresentou uma tecnologia que o instituto estava trabalhando chamada de eletroadesão - basicamente uma atração por meio da eletroestática. Inicialmente ela foi apresentada como uma forma de concurso, no qual os participantes teriam que apresentar um protótipo de um robô que escalava paredes. A ideia era que no futuro, a tecnologia pudesse ser usada por humanos, no melhor estilo Missão Impossível. “O que aconteceu depois é que não ganhamos o concurso”, conta o especialista. Mas a equipe que estava trabalhando no robô viu ali uma oportunidade de investimento. E se aquelas ventosas modernas pudessem servir para outra coisa e ser comercializada? Foi assim que eles acabaram criando uma vassoura que funciona como se fosse um aspirador. Outro modelo de criações da SRI na área de vestíveis apresentado por Pearlstein durante a palestra foi uma roupa tecnológica que permitia trazer mais força e agilidade ao usuário por meio da estimulação de músculos. De acordo com o especialista, essa peça em especial está sendo usada em diferentes segmentos, como para ajudar crianças com distrofia, na melhor locomoção de idosos e para dar mais resistência e força a atletas. Apesar dos grandes feitos, a empresa é comumente reconhecida por conta da Siri, a assistente pessoal da Apple. A SRI International (que até lembra o nome da assistente, mas na verdade é um lembrete de sua origem: Stanford Research Institute) foi responsável por desenvolver toda a parte de inteligência da tecnologia. Na primeira geração, a Siri podia pesquisar coisas e mostrar informações. “Agora estamos implementando a segunda geração, em que a Siri será agnóstica”, e poderá fazer coisas mais inteligentes e de forma mais natural, conta. A companhia possui projetos e parcerias no mundo todo, incluindo na América Latina, onde já atua no México, Chile e Colômbia. Há seis meses, o executivo teve a oportunidade de conversar com a presidente Dilma Rousseff para abrir portas para parcerias também no Brasil. “Estamos explorando colaborações no País e buscamos estreitar relações”, afirmou.

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ENTREVISTA Em um bate-papo concedido durante o IT Forum Expo, Robert Pearlstein conta um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido na SRI International e sobre o futuro da tecnologia.

REVISTA IT FORUM - QUAL É EXATAMENTE O TRABALHO QUE VOCÊS DESENVOLVEM NA SRI INTERNATIONAL?

Robert Pearlstein - Nós somos a maior organização de pesquisa e desenvolvimento independente dos Estados Unidos. Possuímos cerca de 30 laboratórios e trabalhamos com as mais diversas vertentes da tecnologia, incluindo inteligência artificial, biotecnologia. Atualmente os assuntos mais quentes estão focados em robótica, cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia de visão e de discurso, que também são bem populares. REVISTA IT FORUM - E VOCÊS FORAM RESPONSÁVEIS PELA CRIAÇÃO DA SIRI, DA APPLE?

Pearlstein - Sim. A Siri foi lançada oficialmente em 2010 mas, de fato, começamos a trabalhar nela bem antes. Ela começou com um projeto para o governo chamado CALO, que é uma abreviação para Cognitive Assistant that Learns and Organizes (assistente cognitiva que aprende e organiza, em tradução livre). Depois ficamos com a propriedade intelectual do projeto e posteriormente criamos a Siri. Uma porção de projetos que trabalhamos, na verdade, têm início dessa maneira e temos que arranjar uma forma de transformá-los em algo que cause impacto no mundo. A Siri atualmente é uma ótima ferramenta, mas ela funciona hoje mais como uma assistente de perguntas e respostas. O que estamos trabalhando é em algo maior do que isso. No futuro, assistentes virtuais como a da Apple serão mais como mento-

res, que farão tarefas mais complexas e nos ensinarão o que devemos fazer. E esse tipo de trabalho envolve inteligência artificial e tecnologias de visão e discurso. REVISTA IT FORUM - NA SUA OPINIÃO, QUAL O CENÁRIO DA INOVAÇÃO ATUAL?

Pearlstein - Acredito que agora é provavelmente o melhor momento para inovar, porque o mundo está se expandindo e a tecnologia também está se ampliando e novas coisas estão acontecendo. As grandes inovações acontecem quando há grandes desafios. E o que são esses desafios atualmente? A população passar de 7 bilhões para 10 bilhões de pessoas - sendo 3 bilhões de novos consumidores da classe média. A expectativa de vida aumentou e, em diversas regiões do planeta, as pessoas estão ficando mais velhas, então iremos precisar de tecnologias para ajudar idosos, bem como teremos uma porção de jovens, então precisaremos de inovações voltadas para educação e criação de empregos. REVISTA IT FORUM - O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER PARA INOVAR MAIS?

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Pearlstein - A inovação é mais sobre ter uma definição. É um processo que pode ser aprendido, não é uma coisa que simplesmente acontece. Essa é a chave e é o que nos faz ter sucesso. Algumas das coisas que criamos, o mouse para o computador, a Siri, cirurgias por meio de robôs, temos uma porção de exemplos, que seguiram essa linha. Mas o que descobrimos nesse tempo é: se você tem um processo, tem uma definição para a inovação, é isso que o levará para o caminho certo. REVISTA IT FORUM - VOCÊ ACREDITA QUE A INTERNET DAS COISAS IRÁ REPRESENTAR MAIS UM DESAFIO PARA EMPRESAS?

Pearlstein - IoT é uma área bastante interessante. Estamos chegando a um ponto onde tudo é inteligente e tudo está conectado. Há algum tempo o número de tablets e smartphones ultrapassaram o montante de computadores de mesa e, agora, por conta que todos os novos dispositivos inteligentes esse cenário irá crescer 10 vezes mais e surgirão oportunidades incríveis. Mas quais serão os desafios? Entre hoje e 2018 terão 10 bilhões de novos dispositivos conectados e serão inteligentes. E, mais do que isso, eles não terão telas, mouses ou teclados, então como faremos para interagir com eles? Seremos capazes de usar gestos ou sensores de olhos, por exemplo. Será uma época ótima para inovação. REVISTA IT FORUM - VOCÊ ACREDITA QUE EM ALGUM PONTO NO FUTURO PODEREMOS CONTROLAR COISAS COM O PODER DA MENTE?

Pearlstein - Com certeza. Não será algo que estará pronto para amanhã, claro, mas já estamos trabalhando nisso com uma porção de empresas no mundo. Agora o que vemos é mais focado no como usar rastreamento do globo ocular, como usar a fala para verificação de segurança, como usar movimentos do corpo para abrir coisas que você jamais havia pensado antes, como carros. ITF

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Quando TI

é o negócio Na carreira recente do CIO, não há um que nunca tenha sido abordado com a frase “TI tem de estar alinhada ao negócio”. Contudo, esse mantra, repetido diversas vezes por muitos anos, caiu em desuso. E o motivo é simples: para os participantes do painel “Os Desafios do CIO”, realizado no segundo dia de IT Fórum Expo, em São Paulo, TI é o negócio. “A história de TI alinhada ao negócio é coisa do passado. Isso, de fato, acabou. Somos constantemente demandados por nossos pares para fazer a diferença nos negócios. Temos de trabalhar juntos e eliminar o complexo de ‘patinho feio’”, afirmou Julio Baião, CIO da Via Varejo. Fábio Faria, CIO da CSN, concordou e acrescentou que TI sem negócio e vice-versa é antagônico. "Um precisa do outro. Não há como ter uma estratégia descolada”, reforçou. Segundo ele, a ausência de parceria entre as áreas e a falta de responsabilidade compartilhada, resulta em mais um trabalho de TI e não da empresa. “Temos muito a evoluir”, refletiu, lembrando que o tema envolve mais uma questão cultural, principalmente porque as áreas usuárias não têm tradição de participar dos projetos. Essa mudança passa por uma transformação na forma de pensar e atuar da TI, reconheceu João Leoncini, CIO da GE. Para ele, o desafio de entendimento do negócio não é somente do CIO,

Por DÉBORAH OLIVEIRA

mas também das equipes, que ainda são muito técnicas e precisam mergulhar nos negócios. "Isso torna a colaboração muito mais efetiva”, observou. Para Walkiria Marchetti, diretora do banco Bradesco, há uma necessidade latente de abrir a caixa preta da TI. Nesse sentido, o CIO assume o papel de estabelecer comunicação com sua equipe e outras lideranças para iniciar um trabalho conjunto. “Buscamos modificar a abordagem das equipes, incentivando que elas falem a linguagem dos negócios”, relatou a executiva, que citou outra mudança no banco para fomentar essa transformação. Nos cargos dos executivos da empresa, não há diretoria por área. “São todos diretores. Assim, todos se sentem donos na empresa”, comentou. Com o desafio de atender a uma série de empresas do Grupo Camargo Corrêa, o CIO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), Ricardo Castro, lembrou que a TI existe para gerar valor para todos os negócios do grupo e isso permeia cada uma das ações da área. “Somos grandes parceiros dos negócios”, sintetizou.

FOTOS: BRUNO CAVINI

PARA CIOS, O DISCURSO DE QUE É PRECISO HAVER ALINHAMENTO ENTRE TI E NEGÓCIOS FICOU NO PASSADO. COM TANTA EVOLUÇÃO NAS EMPRESAS E A TI ASSUMINDO PAPEL VITAL NA TRANSFORMAÇÃO CORPORATIVA, A ÁREA PASSOU A SER, DE FATO, O NEGÓCIO

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Empresas que necessitam de uma infraestrutura robusta contam com a Locaweb Soluções Corporativas.

WALKIRIA MARCHETTI, DO BRADESCO

CHRISTIANE EDINGTON, DA VIVO

NO PAINEL, OS CIOS TAMBÉM DISCUTIRAM A PROXIMIDADE COM AS STARTUPS, ALGO QUE AS EMPRESAS TÊM FEITO PARA ACELERAR NEGÓCIOS E SAIR À FRENTE DA CONCORRÊNCIA. WALKIRIA, RELATOU QUE UM DOS PILARES DO BRADESCO É A INOVAÇÃO. POR MUITO TEMPO, A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA SEGUIU O MODELO FECHADO DE INOVAÇÃO, INCENTIVANDO OS COLABORADORES A SEGUIR COM IDEIAS E PROJETOS. “ESSE PROCESSO TEM SIDO EXITOSO, ESTABELECEMOS NÚCLEOS QUE ALAVANCAM A INOVAÇÃO, A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E A EVOLUÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS”, COMENTOU. EM 2014, A EXECUTIVA RELATOU QUE O BANCO PARTIU PARA A INOVAÇÃO ABERTA E INICIOU O PROGRAMA INOVABRA, QUE CONVIDA STARTUPS A APRESENTAR IDEIAS E PROJETOS. NA PRIMEIRA EDIÇÃO, FORAM MAIS DE 500 INSCRITOS E NESTE ANO, NA SEGUNDA ETAPA, A EXPECTATIVA É ALCANÇAR A MARCA DE 1 MIL INSCRITOS. SEGUNDO ELA, O MODELO DE CONVIDAR NOVOS NEGÓCIOS PARA COMPARTILHAR E COLABORAR IDEIAS É INTERESSANTE. “PODEMOS VER INSIGHTS E SOMAMOS COM O CONHECIMENTO DE UMA EMPRESA TRADICIONAL. ALÉM DISSO, TRAZ REJUVENESCIMENTO DE IDEIAS”, SINTETIZOU, COMPLEMENTANDO QUE FOMENTAR A INOVAÇÃO ABERTA É UMA ALTERNATIVA IMPORTANTE PARA QUALQUER INDÚSTRIA. NA TELEFÔNICA VIVO, A INOVAÇÃO TAMBÉM É INCENTIVADA, GARANTE A CIO DA OPERADORA, CHRISTIANE EDINGTON. ALÉM DE TER UMA ACELERADORA GLOBAL DE STARTUPS DO GRUPO TELEFÔNICA, A WAYRA, A EMPRESA ESTIMULA SEUS COLABORADORES A INVESTIR EM PROJETOS INOVADORES. “PROVEMOS CAPACITAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E DISPONIBILIZAMOS DEZ DIAS DE TRABALHO PARA QUE ELES SE DEDIQUEM AOS PROJETOS”, APONTOU A EXECUTIVA.

Foi o caso do iG, um dos maiores veículos de comunicação digital do país, com 15 anos de atuação e mais de 35,3 milhões* de visitantes únicos por mês. Com as soluções corporativas da Locaweb, o iG migrou 2,7 milhões de clientes para uma nova estrutura de e-mail, ganhando maior autonomia na gestão do serviço.

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AO LADO DAS STARTUPS

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FABIO FARIA, DA CSN

EM LINHA COM A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL UMA DAS TEMÁTICAS MAIS DISCUTIDAS EM 2015 PELA INDÚSTRIA E PELOS CIOS, A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É A NOVA VEDETE DO MERCADO. ENQUANTO ALGUMAS EMPRESAS JÁ ENCONTRARAM O CAMINHO PARA A MUDANÇA, OUTRAS, NO ENTANTO, DARÃO SEUS PRIMEIROS PASSOS AGORA. ESSE NÃO É O CASO DOS CIOS PARTICIPANTES DO PAINEL SOBRE “DESAFIOS DO CIO”, REALIZADO NO IT FORUM EXPO, QUE JÁ ESTÃO BASTANTE AVANÇADOS NO QUESITO. JOÃO LEONCINI, CIO DA GE, RELATOU QUE POR A EMPRESA ATUAR EM UM SEGMENTO INDUSTRIAL, TODOS OS EQUIPAMENTOS PRODUZIDOS SÃO TURBINADOS COM MUITA TECNOLOGIA. MAS O PERFIL DOS PRODUTOS ESTÁ MUDANDO, RECONHECEU O EXECUTIVO. “A TRANSFORMAÇÃO NÃO VAI SER APENAS NO EQUIPAMENTO, MAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOLUÇÃO QUE VAI EXIGIR MUITO SOFTWARE E ANÁLISE”, INDICOU. SEGUNDO O EXECUTIVO, A GE CRIOU UMA ÁREA, A GE DIGITAL, QUE SERÁ RESPONSÁVEL PELA OFERTA FIM A FIM DA EMPRESA, INCLUINDO SOLUÇÕES DE SOFTWARE, COM FORTE BASE EM ANALYTICS. ALÉM DE INVESTIR NO QUESITO INOVAÇÃO, A TELEFÔNICA VIVO, CONTOU A CIO DA OPERADORA, CHRISTIANE EDINGTON, APOSTA MUITAS FICHAS NO MUNDO DIGITAL. “DIGITAL É UMA GRANDE OPORTUNIDADE PARA NÓS”, SINTETIZOU A EXECUTIVA, QUE CITOU COMO EXEMPLO A GRANDE NOVIDADE DA EMPRESA NA ÁREA: O VIVO EASY, DESENHADO PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DO CLIENTE DIGITAL, QUE QUER TER O CONTROLE DE SEU PLANO DE CELULAR NA PALMA DA MÃO. COM O VIVO EASY, O CLIENTE FAZ A ADESÃO E A GESTÃO DE SEU PLANO DE TELEFONIA MÓVEL POR MEIO DE UM APLICATIVO. NO BRADESCO, O DIGITAL JÁ ESTÁ TOTALMENTE NO DNA DOS NEGÓCIOS, GARANTIU WALKIRIA MARCHETTI, DIRETORA DO BANCO. “COMEÇAMOS LÁ ATRÁS COM A AUTOMAÇÃO BANCÁRIA E DEPOIS MIGRAMOS PARA O DIGITAL. AGORA, TEMOS DE PENSAR NESSA ECONOMIA E ESSE É O DESAFIO DO CIO: SE POSICIONAR NESSA NOVA ERA”, OBSERVOU. DE ACORDO COM ELA, SE A TI NÃO TOMAR CONSCIÊNCIA DE QUE HÁ UMA ECONOMIA DIGITAL EM EBULIÇÃO É UMA AMEAÇA PARA A ÁREA. AINDA QUE O DIGITAL JÁ ESTEJA BATENDO À PORTA, FABIO FARIA, CIO DA CSN, LEMBROU QUE O NOVO É IMPORTANTE, MAS O LÍDER DE TI TAMBÉM DEVE LEMBRAR DE MANTER AS LUZES ACESSAS. “INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER COISA, A OPERAÇÃO TEM DE CONTINUAR, PORQUE ISSO É A BASE.” ELE ALERTOU QUE É PRECISO LEMBRAR QUE SEMPRE VAI EXISTIR MUNDO DA OPERAÇÃO E O DIGITAL E NENHUM DOS DOIS PODE SER ESQUECIDO.

RICARDO CASTRO, DO CSC CAMARGO CORRÊA

JOÃO LENCIONI, DA GE

JULIO BAIÃO, DA VIA VAREJO

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Poder da inovação Falando sobre o papel da inovação nos negócios, os CIOs relataram, ainda, que esse tem sido um imperativo. “Inovação tem de ser prioridade da companhia e nessa hora temos de escolher, ver onde de fato vamos investir. Não se pode, em momentos de dificuldade, direcionar esforços nas mesmas coisas, e, nesse cenário, digital surge como oportunidade”, observou a CIO da Telefônica Vivo, Christiane Edington. nesse ambiente de inovação, totalmente voltado à experimentação, é preciso ter tolerância aos erros, lembrou Walkiria Marchetti, diretora do Bradesco. Ainda que falhas aconteçam, disse, é preciso ser rápido, voltar, reescrever e colocar no mercado. “Por isso, é importante trabalhar com metodologia ágil e sprint rápidos”, apontou. Para Julio Baião, CIO da Via Varejo, no processo de inovação erros são aceitáveis, desde que não sejam fatais, ou seja, provoquem prejuízos de imagem ou financeiros. "Costumo dizer que erros podem ser evitados quando há compartilhamento de risco. No mundo de hoje, de alta colaboração, isso tem de ser praticado”, pontuou o executivo.

Com que roupa os CIOs vão em 2016? Depois de um ano pautado por incertezas, 2016 tende a ser de cautela, segundo especialistas. Projetos e ações de melhorias na TI, contudo, permanecem, conforme relataram os CIOs presentes no painel intitulado “Os desafios dos CIOs”, no IT Forum Expo, realizado nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo. O CIO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), Ricardo Castro, assinalou que os planos para 2016 incluem garantir excelência operacional, fazer mais com menos e manter a parceria com as unidades de negócios para conquistar bons resultados. “Nossas áreas vão ter muitos projetos que vão precisar de tecnologia. Destaque para o investimento em soluções digitais”, adiantou.

Governança, melhores práticas e consolidação e padronização da infraestrutura serão ações-chave para Fabio Faria, CIO da CSN, em 2016. Segundo ele, um grande projeto para os próximos meses é o do SAP Hana, com desenho diferenciado. “Estamos fazendo a transação totalmente voltada para IBM Power, e isso é inédito no mercado”, afirmou.

Na GE, o cenário será muito parecido, pontuou João Leoncini, CIO da empresa. “Esperamos continuidade da busca de produtividade de forma agressiva da parte tradicional da TI, teremos de trabalhar mais isso, além de agregar mais competências para a transformação digital, não só localmente, como globalmente, investindo em recursos humanos e capacidades para habilitar a mudança.”

Este ano a Telefônica Vivo apostou forte em transformação digital, segundo a CIO da operadora, Christiane Edington, beneficiada pela sinergia com a GVT, adquirida em 2014. “Em 2016, seguimos com a transformação digital, trabalhando em algumas camadas do backoffice para tornar os processos digitais, além de investir em big data, para decisões em tempo real, e omni-channel”, listou a executiva.

As palavras de ordem para Júlio Baião, CIO da Via Varejo, serão trabalhar com soluções mais simples e mais rápidas. “Temos alguns desafios de sinergia entre Brasil e América Latina e para 2016 vamos colocar muitas atividades em prática.”

Walkiria Marchetti, diretora do banco Bradesco, afirmou que os investimentos em TI seguem firmes e fortes para propiciar qualidade, autonomia e simplicidade para o cliente. “Estamos apostando em computação cognitiva e a ideia é manter o ritmo”, finalizou a executiva.

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FOTOS: BRUNO CAVINI

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Construindo o

futuro Por TISSIANE VICENTIN

OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA TI E AS OPORTUNIDADES PARA 2016 FORAM TEMAS DISCUTIDOS POR LÍDERES DA INDÚSTRIA NO IT FORUM EXPO 2015

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A transformação é imperativo da era digital. Para isso, muitas companhias apostam na adoção de novas ferramentas como mobilidade, cloud, redes sociais e big data - a chamada terceira plataforma. Nesse cenário, faz-se necessário investir em infraestrutura, física ou em nuvem, para suportar essa massa tecnológica e, nos bastidores, há as empresas responsáveis por garantir o suporte necessário para outros players no mercado, ávidos por crescimento, agilidade e melhor oferta de serviços para atrair o maior número de clientes. Nessa equação, é preciso garantir que a balança do ecossistema fique equilibrada e identificar desafios e oportunidades para a TI. O que esperar da indústria para o próximo ano? Esse foi um dos focos do painel "Qual a agenda da TI no Brasil?", que reuniu dez dos principais líderes da indústria e foi apresentado durante o IT Forum Expo 2015, que aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo.

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AUREO FITTIPALDI, DA SAMSUNG

Um dos principais pontos ressaltados na agenda para o próximo ano é que a transformação digital permanecerá parte de todos os negócios, independentemente do segmento da empresa. “Nosso objetivo é ajudar empresas e o País a passarem por essa mudança”, apontou Cyro Diehl, presidente da Oracle Brasil. Complementando esse pensamento, Laércio Cosentino, CEO da Totvs, conta que a indústria de TI foi pioneira em outros tempos em termos de digitalizar uma porção de coisas. “Agora, as organizações estão tendo de se digitalizar”, acrescentou. O executivo usou como exemplo a própria empresa, que surgiu com a missão de TI, foi além e se tornou uma companhia de solução para negócios. Cosentino afirma ainda que o grande foco no futuro deverá ser mirar a experiência do usuário. Na opinião de Luis Gonçalves, presidente da Dell Brasil, a primeira aposta deve partir da TI. “Não podemos esperar setores da economia para dar a primeira estilingada. É nosso dever capitanear isso e colocar o País no lugar onde deveria”, observa. Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil, concordou e completou que o CIO tem papel fundamental nas companhias e não mais é visto como suporte. "Ele passa a ser ponto-chave da estratégia", diz. CÉU ABERTO As oportunidades estão apenas aguardando para serem aproveitadas - e elas são muitas no Brasil, de acordo com os executivos. O grande entrave, no entanto, será passar pelos obstáculos que a instabilidade econômica atual do País pode representar para as empresas. Gil Torquato, CEO do UOL Diveo, observa que as organizações, por conta dessa demanda por digitalização, estão sendo fortemente desafiadas. Cabe a cada uma enfrentar as barreiras, como a alta do dólar e o aumento de gastos com recursos básicos como

CYRO DIEHE, DA ORACLE

GIL TORQUATO, DA UOL DIVEO

energia. “O desafio será passar pela turbulência - que certamente vai passar. Nos engajar nesse novo mundo digital é uma grande oportunidade e, como parte da indústria, temos a obrigação de ajudar na evolução de empresas que querem buscar esse caminho”, assinalou. “Temos de colaborar para que esse novo mundo digital chegue o quanto antes.” Luciano Corsini, CEO da Hewlett-Packard Enterprise, defende a urgência de continuar chamando investimentos para o País, com o intuito de contribuir diretamente com seu crescimento. “Temos a missão de continuar acreditando no País”, afirmou. O executivo também destaca que aqueles que entenderem o que é a transformação digital e mudarem junto conseguirão melhores resultados.

LAÉRCIO COSENTINO, DA TOTVS

LUCIANO CORSINI, DA HEWLETT-PACKARD ENTERPRISE

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luis liguori, da ibm

luis gonçales, da dell

paula bellizia, da microsoft

cristina palmalla, da sap

alex salgado, da tim

A TI do bem Cosentino ressaltou durante o bate-papo o poder que a tecnologia tem para ser útil e tornar o mundo sem fronteiras, "mais igual e mais tolerante", disse. Para o executivo, a TI possui responsabilidade enorme nesse sentido, e deve ser usada para o bem. "Estamos mudando a vida das pessoas e precisamos trabalhar para que elas sejam inseridas num mundo melhor", afirmou. A educação, por exemplo, é um dos fatores que a TI de diversas empresas tem investido nos últimos tempos. Aureo Fittipaldi, diretor da Samsung, destaca o papel que as soluções devem ter na inclusão digital e social. "A tecnologia tem de atingir todos os níveis", observou. Com o intuito de fomentar a educação e o empreendedorismo, Paula Bellizia, CEO da Microsoft Brasil, ressalta que as empresas precisam pensar no papel da indústria como suporte a esses dois pilares. Também é necessário investir no crescimento do País como um todo, "construindo data centers nacionais, desenvolvendo parceria com aceleradoras e investindo em universidades", exemplos usados por ela para fazer a tecnologia prosperar. "A TI é o motor do desenvolvimento econômico e social", resumiu. Cristina afirma que a indústria tem um papel importante na capacitação de talentos. “Como indústria é imprescindível investir em educação, dando oportunidades para mão de obra jovem, que de outra forma não conseguiria entrar no mercado sozinha”, afirma. “Estamos aqui para colaborar.” E o futuro? Para Fittipaldi, a porta para as possibilidades será aberta ao olhar para novas tecnologias, como a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). “O mundo conectado abre possibilidades de explorar o conceito da melhor forma possível. E isso para nós significa atuar desde a concepção de uma solução e desenvolvimento da cadeia para trazer oportunidade para todos”, comentou, completando que investir na capacidade de crescimento do futuro é algo que está no DNA da empresa. Já Alex Salgado, head de soluções corporativas da TIM e presidente da Intelig, destacou que entre as oportunidades para o próximo ano está a mobilidade, já que esse tipo de abordagem, no Brasil em especial, ainda há muito o que se investir principalmente na parte de suporte à operação. O futuro de Luis Liguori, CTO da IBM, respira cognição. Além disso, é preciso promover o engajamento e a interação espontânea. “Quem quer se tornar digital tem de pensar em diversos pontos, como social, internet das coisas, mobilidade e aí vemos um meio de engajamento, para que as pessoas queiram compartilhar seus dados conosco e para interação", afirma. “Imagine que o mundo está sendo reescrito em software. O valor disso está em conhecer o cliente e não mais tratá-los como massa de indivíduo." Tudo isso sem esquecer de colocar o cliente no centro. De acordo com Diehl, é preciso pensar em como irei suportar o usuário e trazer a melhor experiência. "Antigamente 95% era o índice máximo de satisfação que uma empresa conseguia atingir, porque os outros 5% era algo extremamente caro. Hoje isso não cabe mais. Se a companhia tiver 100 mil clientes e deixar 5 mil frustrados, o impacto em mídias, por exemplo, pode destruir a empresa", observa. Além disso, a tecnologia deve ser usada em favor de auxiliar processos, de acordo com Paula. “Temos de entender as necessidades do cliente, o core do seu negócio para ajudá-lo a mudar o status para empresa tecnológica”, diz. itf

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Nuvens

claras Por DÉBORAH OLIVEIRA

MELHOR ENTENDIMENTO, GESTÃO DE CONTRATOS E BENEFÍCIOS DA CLOUD FORAM ALGUNS DOS TEMAS DEBATIDOS NAS PALESTRAS SOBRE O MODELO

Nas discussões realizadas no IT Forum Expo, que aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo, um consenso ficou evidente: todos querem ir para a nuvem. A diferença é que para alguns o tema ainda é nebuloso, enquanto para outros é a aposta mais certa. E a tendência é, de fato, de crescimento na adoção do modelo. Estudo recente da Cisco indica que o tráfego de dados na nuvem deverá quadruplicar até 2019, alcançando a marca de 8,6 zettabytes, o equivalente a 1 bilhão de HDs

de 1 terabyte repleto de dados. O cenário de salto no uso, no entanto, traz para os CIOs e suas equipes preocupações como segurança e até mesmo questões legais na confecção de contratos, muitas vezes padronizados e não customizados para as necessidades do negócio. Mas há quem saiba aproveitar o contexto, como a startup Collact e a Saint Paul Escola de Negócios, que também se apresentaram no encontro e relataram como estão aproveitando a janela de oportunidades possibilitadas pelo modelo.

FOTOS: BRUNO CAVINI

GUSTAVO ARTESE, DA HMO ADVOGADOS

1. DISPONIBILIDADE DOS SERVIÇOS 2. NÍVEIS DE SERVIÇO

ARMADILHAS DA NUVEM

Gustavo Artese, advogado e sócio do escritório de advocacia HMO Advogados, alertou para um fato pouco citado no universo de cloud: a gestão dos contratos. “Eles vêm como um template e as companhias não estão olhando para a gravidade disso. Nos próximos três anos, veremos ações judiciais em torno de cloud, porque o problema ainda não foi sentido amplamente pelo mercado”, acredita Artese, completando que a má negociação de contratos pode causar prejuízos irreparáveis para a companhia. Segundo ele, contratos são instrumentos úteis de gestão de riscos e participar ativamente de sua negociação previne problemas futuros. A recomendação do especialista para revisar contratos e alinhá-los aos objetivos da empresa é usar um checklist composto por nove itens, que ele batizou de "Laundry List”, enumerados ao lado.

3. SEGURANÇA E PROPRIEDADE DOS DADOS 4. SEGURO 5. INDENIZAÇÃO 6. PROPRIEDADE INTELECTUAL 7. LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE 8. IMPLEMENTAÇÃO 9. PREÇOS, PRAZOS E SERVIÇO

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HERMENEGILDO CAVALCANTI, DA MICROSOFT

REINALDO ROVERI, DA STRATICA

5 RECOMENDAÇÕES PARA TER SUCESSO EM PROJETOS DE CLOUD

Durante o painel “Expectativa x Realidade: os desafios atuais e emergentes na adoção de cloud no Brasil”, Reinaldo Roveri, sócio da consultoria Stratica, e Hermenegildo Cavalcanti, Business Engagement Manager da Microsoft, repassaram dicas vitais para evitar falhas em projetos de nuvem. Cavalcanti lembra que todos os itens convergem para um ponto: conhecer o negócio e entender profundamente a empresa. “Cloud é grande oportunidade para a área de TI porque reúne uma série de características buscada pelas empresas. Atualize-se para conhecer seu negócio, porque você sairá à frente no setor de atuação”, finaliza.

1.

EDUQUE-SE FINANCEIRAMENTE SEGUNDO ROVERI, É PRECISO APRENDER A JUSTIFICAR E CRIAR MÉTRICAS DE NEGÓCIOS PARA OS PROJETOS DE CLOUD QUE SERÃO DESENVOLVIDOS. ALÉM DISSO, É ACONSELHÁVEL ADOTAR A PREMISSA “CLOUD FIRST” PARA NOVOS SISTEMAS, FACILITANDO IMPLEMENTAÇÕES. “CONSIDERE, AINDA, OS RISCOS DE NÃO INVESTIMENTO, TORNANDO ÁREAS DE NEGÓCIOS CORRESPONSÁVEIS PELO FUTURO DA TI DA EMPRESA”, COMPLETA.

2.

CRIE UM PLANO, OU ROADMAP, DETALHADO DA EVOLUÇÃO DE TI PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS. A TECNOLOGIA CAMINHA RAPIDAMENTE E É QUASE IMPOSSÍVEL PREVER O QUE VAI ACONTECER NO PRÓXIMO ANOS, MAS, DE QUALQUER FORMA, É PRECISO PENSAR NO QUE VEM POR AÍ. ASSIM, ROVERI ACONSELHA QUE EMPRESAS CONSIDEREM A MIGRAÇÃO SOBRE OS ASPECTOS DE TECNOLOGIA, PROCESSOS, CULTURA E FINANÇAS. OUTRO CONSELHO: MONTE UM PLANO DETALHADO, QUE FORÇARÁ AS PESSOAS E A EQUIPE A SE EDUCAREM. “PEÇA A AJUDA DE FORNECEDORES.”

3.

PRESTE ATENÇÃO AOS RISCOS QUE VOCÊ TALVEZ NEM SAIBA QUE JÁ TEM MAIS DO QUE TECNOLOGIA, CLOUD É UM CONCEITO QUE POTENCIALIZOU A SHADOW IT. AINDA ASSIM, BLOQUEAR NÃO É A SOLUÇÃO, APONTA ROVERI. A MELHOR DEFESA É O ATAQUE. POR ISSO, OFEREÇA ALTERNATIVAS ANTES QUE O USUÁRIO AS ENCONTRE SOZINHO.

4.

ENTENDA BEM O QUE VOCÊ ESTÁ COMPRANDO CUIDADO COM PLANOS DE ENTRADA COM PREÇOS AGRESSIVOS E UPGRADES CAROS. SIMULE AINDA ALGUNS CENÁRIOS DE CRESCIMENTO E EXPANSÃO E COMPARE OS VALORES. “CERTIFIQUE-SE SOBRE AS POLÍTICAS DE SEGURANÇA E GOVERNANÇA DE DADOS.”

5.

BUSQUE CONHECIMENTO E ATUALIZE-SE CLOUD NÃO É APENAS A TROCA DE TECNOLOGIA. MUITAS VEZES ESSA CONFUSÃO ACONTECE PORQUE O CONCEITO NÃO É COMPREENDIDO EM SUA TOTALIDADE POR TODOS. COMPETÊNCIAS SÃO NECESSÁRIAS NESSE CONTEXTO. APROVEITE O PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO PARA AUMENTAR A INFLUÊNCIA E O IMPACTO QUE TI PODE TER SOBRE OS NEGÓCIOS.

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FÁBIO XAVIER, DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

CAMILA SECURATO, DA SAINT PAUL ESCOLA DE NEGÓCIOS

BERNARDO BRUGNARA, DA COLLACT

AFINAL, VALE A PENA MIGRAR PARA O MODELO? Trata-se de uma pergunta difícil de responder, reconheceu Fabio Xavier, diretor técnico de Sistemas no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e coordenador-geral da Faculdade IBTA, uma vez que cada negócio tem uma necessidade específica. Mas ao observar benefícios e oportunidades do modelo, a nuvem torna-se atraente. Foi o que aconteceu com a Saint Paul Escola de Negócios, que apostou no modelo inicialmente com o Google Apps for Work e em seguida com o CRM da Salesforce, totalmente na cloud. Com o Salesforce, Camila relatou que foi possível não só fazer um acompanhamento mais efetivo das ações de marketing, como também unificar contatos de prospects e alunos e todo o relacionamento realizado com eles em um ferramenta on-line.

Quem também observou os benefícios da nuvem, associada à mobilidade, foi a Collact, representada por Bernardo Brugnara, confundador da empresa. A startup tem a proposta de ser o programa de fidelidade de pequenos estabelecimentos como salões de beleza, petshops e restaurantes, com o objetivo de aumentar a frequência dos clientes no lugar, a fidelização e ampliar o tiquete médio. Seu funcionamento é simples. Ao entrar em um estabelecimento, ao lado do caixa, o consumidor observa um tablet Positivo equipado com o sistema Collact. Basta o consumidor inserir seu CPF no sistema e acumular pontos que podem ser trocados por produtos no estabelecimento, substituindo o antigo papel com selos e levando mais inteligência ao processo.

POR ONDE INICIAR A MIGRAÇÃO?

ALEX COQUEIRO, DA FIAP

Para Alex Coqueiro, coordenador de pós-graduação da FIAP e arquiteto de soluções da Amazon Web Services (AWS), a pergunta inicial não deveria ser por onde começar e, sim, onde se quer chegar. “A tecnologia não é barreira, basta ver exemplos como Dropbox e Easy taxi que usam a nuvem todos os dias para prover experiências diferenciadas”, constatou. Segundo ele, não há uma fórmula mágica para migrar para o modelo, mas o primeiro passo é, de fato, construir um caso de migração, ensina o especialista. A Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, seguiu esse caminho e construiu um senso coletivo de mudança que beneficiou sobremaneira o trabalho. “A estratégia deles foi desligar o data center e ligar a nuvem. Isso, no entanto, não quer dizer que todas devem ou seguirão a mesma estratégia, mas funcionou para eles, que têm a meta de ter 80% dos sistemas migrados para a nuvem até o final de 2017”, assinalou. ITF

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IT FORUM EXPO | A N A LY T I C S

Desafio

constante Por REDAÇÃO

SEJA DE ENTENDIMENTO, EQUIPE ESPECIALIZADA, TECNOLOGIA OU MESMO DE PATROCÍNIO DA ALTA GESTÃO, AS BARREIRAS PARA PROJETOS DE BIG DATA PERSISTEM, AINDA QUE BENEFÍCIOS DE INICIATIVAS DO TIPO SEJAM ELEVADOS

Gerar receita, produto ou melhorar tomada de decisões por meio da informação virou um mantra perseguido pelas empresas. O advento do termo big data lançou pressão ainda maior sobre a TI e outros executivos, como CMOs, para melhor trabalhar o dado, sobretudo, o do cliente para, assim, entendê-lo e atendê-lo melhor. Mas o que na teoria parece funcionar, no dia a dia os desafios seguem. Embora existam muitas tentativas, de maneira geral as corporações falham por motivos variados, como falta de pessoal especializado, baixo investimento nas tecnologias necessárias, falta de entendimento de como o projeto em si pode ser

aplicado para gerar benefício ao negócio e mesmo o não patrocínio da alta gestão. Durante o IT Forum Expo, o assunto foi amplamente discutido por meio de apresentações com acadêmicos, executivos de mercado e interações entre consultores e CIOs que já aplicam esse tipo de conhecimento e tecnologia em suas empresas com benefícios ao negócio. A seguir, você terá algumas pílulas do que foi debatido nos dois dias do encontro.

BIG DATA NA PRÁTICA FOTOS: BRUNO CAVINI

Cezar Taurion, da Litteris Consulting - Como fazer acontecer as iniciativas de big data na companhia? Quais dificuldades/ barreiras encontradas? Regina Pistelli, CIO do Grupo ABC - Big data tem tudo a ver com o grupo e sou apaixonada pelo tema. A empresa é antenada em inovação e, de olho no futuro, criamos a Mindigitall, para trabalhar inteligência de dados dentro das áreas de publicidade e comunicação. A equipe é formada por engenheiros, matemáticos, estatísticos e economistas. Ela foi criada para agregar valor aos clientes na inteligência de dados – uma ação pequena na área digital. Trabalhar mídia tradicional e agregar a inteligência de dados na publicidade digital traz retorno duplicado. Mas ainda se vê muita campanha com pouco uso de dados. Uma pesquisa feita pelo instituto Global Center Bussiness digital transformation (com CIOs de 13 países), mostra que 45% já ouviram falar ou trabalham com big data/data science. Desses 45% não são todos que têm esse tipo de iniciativa. Hoje o mundo mudou muito na relação entre consumidor e formadores de opinião. Não dependemos mais de uma grande mídia para achar o que queremos. Me interesso pelo que você se interessa – isso é social, comunidade. Mas menos de 50% das empresas usam. Eles tam-

bém falam da gravidade da situação, em menos de cinco anos, quatro em cada 10 empresas desaparecerão. Não é teoria: as primeiras que vão desaparecer são as de serviços e produtos. O relacionamento mudou e as empresas não estão acompanhando. Dentro da empresa, enquanto CIO, eu tenho cultura de empreender, mas, fora, sou esse mesmo consumidor que se posiciona de forma diferente.

Cezar Taurion - Como começou o processo de big data na Serasa Experian? Lisias Lauretti, CIO da Serasa Experian - A empresa já tinha a área, que iniciou com base em informação de crédito, bureau, default de pagamento e, gradativamente, fomos migrando para indústria financeira, utilities, telecom, serviços, etc. Hoje são 70 pessoas trabalhando com isso. E o perfil é de cientistas de dados, ou seja, um profissional que conhece

modelo de matemática estatística, produto e codifica. Além de todo conhecimento, ele trabalha codificando para testar modelos. Com o passar do tempo, amadurecemos e entramos no mundo não só dos dados estruturados, mas também dos não-estruturados. Para que tudo aconteça, existe uma grande parceria com a área de TI.

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Vários desses profissionais desenvolvemos internamente, conforme ganhamos maturidade. Temos um programa com a Universidade de São Carlos, contamos com 10 estagiários que já ajudam e estão sendo formados. Hoje é muito difícil ter um profissional desse e movimentar. É caro e raro. Tem muita disputa para conseguirmos pegar esse profissional. É muito investimento interno.

Fernando Cardoso, líder de analytics da Litteris Consulting - Qual seu maior desafio em big data? Rodolfo Araújo, gerente de DBM na Kroton Educacional - Tem sido pensar em big data, sem ter dois DNAs específicos, uma tecnologia voltada à TI e infraestrutura, porém, sem as ferramentas. Para mim, essa é uma questão de olhar se os dados são maiores do que a habilidade da equipe, qualquer planilha que a pessoa olhe e se assuste já passa a ter DNA de big data. O maior desafio é aprender a conversar com dados, dar relevância à informação e ter sponsor na empresa. A cada degrau só aumenta o nível de complexidade para a qualidade da entrega.

Cezar Taurion - Falamos sobre ter informações e conseguir fazer análises. Se eu quiser uma análise mais sofisticada saio dos sistemas transacionais para uma análise preditiva. Como vocês conseguem captar no mercado o cientista de dados e montar uma equipe? Alessandra Bomura, vice-presidente de integração e convergência fixa na Telefônica-Vivo - Priorizamos no perfil a capacidade matemática de algoritmo e programação. É super jovem, de formação diferente, é também a geração da impaciência, angústia de que tudo tem que ser rápido. Mas eles têm que saber lidar com a escalabilidade e o operacional, segurança. Eles vão nos ensinar muito. Não achamos que tenham visão de negocio ainda, são mais técnicos e estão juntos com pessoas de negócio.

Está claro também que a área de tecnologia tem velocidade diferente, mas se fizermos apenas o tradicional seremos gargalo e não queremos ser. Dedicar pessoas específicas para experimentação é uma saída. Descobri nisso uma forma de trabalhar. O desafio de infraestrutura é grande, visto a quantidade de dados que teremos e, até por isso, buscamos parceria com fornecedores novos, pois os atuais não têm essa velocidade. Temos iniciativas com startups e estamos trabalhando muito em fóruns, convidamos algumas pessoas e empresas para apresentação e discussão de casos.

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IT FORUM EXPO | A N A LY T I C S

OS 6 VS DO BIG DATA

TRANSFORMANDO PELA INFORMAÇÃO

MUITO SE FALA EM GERAR INTELIGÊNCIA A PARTIR DOS DADOS, MAS QUASE NINGUÉM DISCUTE OS FUNDAMENTOS NECESSÁRIOS PARA QUE ISSO DE FATO ACONTEÇA. A PROFESSORA DA FIA ALESSANDRA MONTINI, AO FALAR DURANTE O IT FORUM EXPO, PROPÔS, ENTRE OUTRAS COISAS, OBSERVAR O CONCEITO DE BIG DATA A PARTIR DE 6 VS: VOLUME, VARIEDADE, VELOCIDADE, VALOR, VERACIDADE E VULNERABILIDADE. A ESPECIALISTA DEFENDEU AINDA QUE O PROJETO PRECISA SER ENCARADO COMO INVESTIMENTO E NÃO GASTO, UMA VEZ QUE ELE VAI PROVER INTELIGÊNCIA E AGREGAR VALOR NA PONTA. EM RELAÇÃO AO SEXTO V, ELA FOI ENFÁTICA EM DEFENDER O PILAR DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO QUE MUITOS TÊM DEIXADO PARA DEPOIS, NÃO APENAS EM INICIATIVAS DE BIG DATA, COMO TAMBÉM EM INTERNET DAS COISAS (IOT). "ALGUÉM PODE INVADIR O SISTEMA E DESTRUIR A INFORMAÇÃO, NÃO BASTA TER EQUIPE E NÃO TOMAR CONTA DA SEGURANÇA DOS DADOS. UM PROJETO DE BIG DATA PODE TER MUITA VULNERABILIDADE”, RESSALTOU. AO LONGO DE SUA APRESENTAÇÃO, A ESPECIALISTA LEMBROU DO BARATEAMENTO, DO ARMAZENAMENTO E DO AUMENTO EXPONENCIAL DO PODER DE PROCESSAMENTO E DA DISPONIBILIDADE DE INFORMAÇÕES ESTRUTURADAS E NÃO-ESTRUTURADAS. MAS O QUE CHAMA A ATENÇÃO E FAZ TODO SENTIDO NESSE MOMENTO É A EVOLUÇÃO DA ESTATÍSTICA, QUE SAI DE ANÁLISE DESCRITIVA PARA DIAGNÓSTICA. "ANTES TINHA MUITA INTERFERÊNCIA HUMANA. NO BIG DATA, OBSERVAMOS AS SEGUINTES FASES DE ANÁLISES: DIAGNÓSTICA, PREDITIVA E PRESCRITIVA. O QUE VAMOS FAZER PARA NOS ANTECIPAR COM A NECESSIDADE DO CLIENTE? ONDE VAMOS AUTOMATIZAR A DECISÃO E PARTIR PARA A AÇÃO DE BIG DATA?”, QUESTIONOU. PARA NÃO FRACASSAR COM SUAS INICIATIVAS DE BIG DATA, RECOMENDA A PROFESSORA, AS EMPRESAS PRECISAM, ANTES DE TUDO, AVALIAR A VIABILIDADE DO PROJETO, SE JÁ TEM MATURIDADE PARA ISSO, PARA NÃO ACHAR, DEPOIS DE TRÊS MESES, QUE BIG DATA É LENDA. ALÉM DISSO, ENSINA, O PLANEJAMENTO DEVE SER MINUCIOSO E SEGUIDO À RISCA, COM METAS E ENTREGAS FASEADAS. POR FIM, A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, JÁ QUE MÃO DE OBRA PRONTA E ESPECIALIZADA É RARA E CARA. ALESSANDRA LEMBROU QUE, PARA REALMENTE ENCANTAR O CLIENTE POR MEIO DO BIG DATA OU MESMO MELHORAR A TOMADA DE DECISÕES CORPORATIVAS, É PRECISO TER PESSOAS CAPACITADAS E BEM TREINADAS PARA ESSE FIM. "VAMOS ERRAR? SIM, MAS O MÍNIMO POSSÍVEL O ERRO DE UM PROJETO É O APRIMORAMENTO DO DIA DE AMANHÔ.

EMPRESAS COM NEGÓCIOS RELACIONADOS AO MUNDO FINANCEIRO COSTUMAM SER BASTANTE AVANÇADAS NO USO DOS DADOS PARA TOMADA DE DECISÕES E ATÉ PARA CRIAÇÃO DE PRODUTOS. NA ALELO, EMPRESA ADMINISTRADORA DE BENEFÍCIOS E CONTROLADA PELO BANCO DO BRASIL E PELO BRADESCO, ISSO NÃO PODERIA SER DIFERENTE. A EMPRESA, QUE ATÉ DEZ ANOS ATRÁS FORNECIA TICKETS EM PAPEL PARA SEUS CLIENTES, INOVOU NO PASSADO AO IMPLANTAR O CARTÃO COM TARJA E MAIS RECENTEMENTE COM CHIP. AGORA, AFIRMA O DIRETOR DE MARKETING E INOVAÇÃO ANDRÉ TURQUETTO, ELES VIVEM A ONDA DA TRANSFORMAÇÃO PELA INFORMAÇÃO. O EXECUTIVO CONTA QUE PASSOU SEIS MESES NUM GRUPO DE LIDERANÇA INTERNO DISCUTINDO OS PAPÉIS DO CIO E DO CMO NA EMPRESA. O QUE CADA EXECUTIVO FAZIA E A FORMA COMO CADA UM ENCARAVA A INDÚSTRIA DIFERIA. E, DE ALGUMA MANEIRA, AS EXPECTATIVAS PRECISAVAM SE ENCONTRAR. “QUANDO VOCÊ OLHA PRA TECNOLOGIA, ENXERGA DE DOIS MODOS – COMO ESTADO FIM E COMO HABILITADOR – O PROPICIAR AS OUTRAS DISCIPLINAS A ATINGIREM SEUS OBJETIVOS, E NA PSICOLOGIA DO CONSUMIDOR OU BIOLOGIA DO CONSUMIDOR, O PAPEL NÃO FAZ TANTA DIFERENÇA, AS PESSOAS TÊM DE ENXERGAR PARA ONDE A COMPANHIA VAI E COMO SE TRANSFORMAR USANDO TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO PARA ISSO.” O NEGÓCIO DA ALELO É CADA VEZ MAIS BASEADO EM INFORMAÇÃO E O EXECUTIVO TEM CONSCIÊNCIA DISSO. ALIÁS, ELE RESSALTA QUE SE NÃO UTILIZAR OS DADOS PARA TRANSFORMAR A INDÚSTRIA ESTARÁ, NA VERDADE, PRESTANDO UM DESSERVIÇO À COMUNIDADE. PARA TURQUETTO, É PRECISO REINVENTAR A INDÚSTRIA PELA ÓTICA DO CONSUMIDOR. A FORNECEDORA VEM TRABALHANDO PARA ISSO EM DIVERSAS FRENTES. ELES FORAM PIONEIROS, POR EXEMPLO, EM OFERECER COMPRA DE BENEFÍCIOS NO MODELO E-COMMERCE E TRABALHA O CELULAR COMO UMA GRANDE PLATAFORMA. “PARTICIPAMOS DA VIDA DE MAIS DE SEIS MILHÕES DE PESSOAS DIRETAMENTE. INDIRETAMENTE, ESTAMOS FALANDO DE 15 A 20 MILHÕES DE PESSOAS QUE DEPENDEM DAS CONEXÕES DOS NOSSOS BENEFÍCIOS. É UMA RELAÇÃO MAIS ÍNTIMA QUE O CARTÃO DE CRÉDITO, POIS É DE TODO DIA, O ATO DE FAZER COMPRAS É COMPORTAMENTAL – O ALMOÇO É COMO SE RELACIONAR, COMO ENGAJO SOCIALMENTE – TUDO ATO DE COMPARTILHAMENTO E ATO SOCIAL”, ENSINOU. POR MEIO DA ANÁLISE DO DADO, ELES CONSEGUIRAM ENTENDER QUE, QUANTO MENOR A RENDA, MAIS CEDO A PESSOA DECIDE ONDE COMER E ABASTECER. JÁ QUANTO MAIOR A RENDA, MAIS PRÓXIMO DA HORA DO ALMOÇO VIRÁ A DECISÃO. "NOSSOS CLIENTES ATÉ O DIA 15 ESTÃO BEM, DEPOIS NÃO. O QUE ISSO DIZ? QUE SE DERMOS 20% DE DESCONTO, SALVAREMOS ESSE CARA. EU TENHO QUE ENTENDER PARA FAZER UM BOM SERVIÇO, O QUE ME INTERESSA É COMO ESTOU GERANDO VALOR PARA A PESSOA. TRATA-SE DE UM UNIVERSO MAIS SOCIAL QUE ECONÔMICO. É MAIS ANALÍTICO QUE FILOSÓFICO E ECONÔMICO."

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Mobilidade

da

no foco

estratégia

A MOBILIDADE PODE FACILITAR PROCESSOS, AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DAS EQUIPES E ESTREITAR O RELACIONAMENTO COM O CLIENTE

Por TISSIANE VICENTIN

Há algum tempo, o tema mobilidade figura o topo da lista de principais investimentos realizados por líderes na indústria da tecnologia da informação por conta do potencial de alavancar negócios, bem como fazer com que o relacionamento cliente-empresa fique mais estreito e, consequentemente, serviços e produtos fiquem mais assertivos. Algumas empresas que gostariam de fazer esse tipo de investimento, no entanto, não sabem por onde começar. Por isso, algumas empresas que tiveram sucesso em sua empreitada na mobilidade foram convidadas a contar um pouco sobre a sua tragetória durante o IT Forum Expo. O resultado dessas apresentações você confere a seguir. MOBILIDADE NO CENTRO DOS PROCESSOS Uma das consequências mais requisitadas pelas empresas é o aumento da produtividade. Se bem aplicada, a tecnologia pode trazer mais do que apenas bons resultados para os negócios em termos de lucro financeiro. Ela possibilita também agilidade às tarefas dos funcionários. Essa ação foi implementada com maestria na Via Varejo. Júlio Baião, CIO da empresa, conta que o estopim para inserir o tópico mobilidade nos processos da empresa foi o aumento da produtividade da sua equipe de montagem de móveis - o segmento que representava o maior número de vendas para a empresa, sendo 700 mil as entregas mensais nessa categoria. Para isso, era necessário ganhar tempo. Primeiro Baião substituiu as idas das equipes aos centros de distribuição por dispositivos móveis e as ordens de serviço, registradas em papel, por listas virtuais. De três a quatro montagens feitas diariamente, o número saltou para entre sete e oito atendimentos. Com o sucesso da iniciativa, outras implementações foram traçadas para incrementar outras partes do mesmo trabalho, como as

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JÚLIO BAIÃO, CIO DA VIA VAREJO

equipes de assistência técnica, que ganham mais agilidade para realizar os retrabalhos que aconteciam por conta de pequenos imprevistos detectados apenas no dia das montagens, como reposição de peças ou avarias. Além disso, houve também modernização da roteirização, que também garantiu mais tempo às equipes por gerenciar melhor a logística das entregas; o que Baião chamou de cockpit de vendas, ou seja, que permite aos funcionários saber em qual situação está uma determinada venda; e, por fim, a melhora na venda assistida, ou seja, a modernização dos terminais nas lojas físicas. Com isso, a controladora das Casas Bahia e Ponto Frio ganhou aumento na produtividade e, consequentemente, melhores serviços prestados ao consumidor, que esperam menos para serem atendidos. Baião ressaltou, no entanto, que o principal não foi a escolha da mobilidade em si, mas analisar o problema. “Olhamos oportunidades e focamos na ideia do que era necessário ser feito para melhorar a produtividade e a satisfação no cliente e não na tecnologia que poderíamos usar em si - o que acabou sendo uma resposta natural chegar à mobilidade.” CLIENTE NO CENTRO Cativar o cliente nem sempre é fácil, é verdade. Mas a mobilidade fez com que empresas como a PayPal e a Multiplus ganhassem mercado depois de ouvir seu público e endereçar suas principais necessidades.

ALEXANDRE MOSHE, DIRETOR EXECUTIVO DE MARKETING DA MULTIPLUS

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PAULA PASCHOAL, DIRETORA DE VENDAS DA PAYPAL

Na Multiplus, por exemplo, a personalização de campanhas é um dos pontos fortemente trabalhados. “O objetivo é melhorar a experiência do usuário”, explica Alexandre Moshe, diretor-executivo de marketing da companhia. Com a fidelização no core do negócio, a Multiplus criou uma abordagem diferenciada para seu aplicativo móvel: um marketplace que permite estreitar esse relacionamento com o usuário. Dentre as possibilidades que a ferramenta móvel trouxe aos negócios foi a personalização de campanhas para tornar as vendas mais assertivas. “Conseguimos ofertar produtos segmentados, inclusive com relação aos pontos que o usuário tem acumulados. Essa abordagem consequentemente aumenta o número de resgates”, disse. Já na PayPal, além da customização da oferta de pedidos, a diretora de vendas e desenvolvimento de negócios da empresa no Brasil, Paula Paschoal, trouxe - e continua trazendo - meios para tornar não só fácil, mas mais cômodo aos clientes a realização de pagamentos por meio do seu aplicativo móvel. A tendência que a empresa trabalha atualmente é o pagamento automático de serviços e produtos. Na prática, isso significa que você poderá sair de casa, pedir um café para viagem no meio do caminho, passar no lugar para retirá-lo e simplesmente ir embora, sem passar no caixa.“Isso já é realidade e pode ser feito, por exemplo, no Café Suplicy, uma das primeiras parcerias que a PayPal fechou quando chegou ao Brasil”, conta Paula. Apesar de conveniente, muitas pessoas ainda se sentem desconfortáveis com o fato de não ter algum tipo de confirmação da compra. “As pessoas ainda têm medo de que sejam cobradas indevidamente”, afirma a executiva. Mais uma vez a PayPal ouviu seus clientes e inseriu um passo extra no processo: ao finalizar a compra, é necessário digitar os três primeiros dígitos do CPF da pessoa para que o pagamento seja efetuado. “Isso não é medida de segurança”, conta a executiva. “[o processo] Foi tão disruptivo que, para deixar a situação mais confortável para o usuário, acrescentamos esse passo.”

NO MUNDO DOS APPS Trazer a mobilidade em forma de aplicativo é estratégia de muitas empresas, mas o que André Silva, líder do time de desenvolvimento mobile da VivaReal conta é que criar uma solução do zero, sem contar com terceiros, pode trazer benefícios e muitos resultados. E nada melhor do que o próprio usuário para ajudar a tornar o serviço mais funcional possível. “Muitas vezes construir aplicativos do zero é complicado e nada melhor do que o próprio usuário que vai usá-lo para ajudar a desenvolver”, afirma. Silva e seu time adotam um modelo de desenvolvimento que o executivo comparou ao do Google: dividir os usuários em beta testers para testar os recursos e, então, lançar a ferramenta para a base completa. Outros pontos de destaque no desenvolvimento junto ao cliente é o contato direto - literalmente - com o usuário, por meio de ferramentas de chat, por exemplo, da própria loja virtual, como a Google Play. Além disso, monitoramento e métrica também são ferramentas essenciais ao trabalho do desenvolvedor. “É assim que sabemos o que está dando certo, os recursos que as pessoas estão realmente usando, o que elas precisam”, conta Silva. O executivo também aponta que é possível rastrear por onde o usuário chegou até o aplicativo, se foi por Facebook, e-mail marketing, publicidade. “Sabemos a origem e o que ele buscou dentro do aplicativo. Isso é realmente importante, para oferecer a melhor experiência e atender a expectativa do usuário com relação ao app. Dessa forma conseguimos fazer com que ele se sinta familiar e confortável”, completa. ITF

ANDRÉ SILVA, LÍDER DE DESENVOLVIMENTO MÓVEL DA VIVAREAL

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IT FORUM EXPO | N E G Ó C I O S D I G I T A I S

Aprendizado

digiltal Por DÉBORAH OLIVEIRA

EXECUTIVOS E EMPREENDEDORES APONTAM CAMINHOS PARA CONQUISTAR CLIENTES NO MUNDO DIGITAL E DE QUE FORMA É POSSÍVEL DESTACAR-SE NO MERCADO COM A CRIAÇÃO DE EMPRESAS FOCADAS NO SETOR

A digitalização dos negócios trouxe aprendizados importantes para as empresas, tanto na TI quanto na área de marketing, que tem abraçado iniciativas digitais, muitas vezes em conjunto com a tecnologia da informação. No IT Forum Expo, realizado pela IT Mídia nos dias 17 e 18 de novembro,

em São Paulo, especialistas no tema relataram como as companhias estão tirando proveito da transformação. As principais conclusões das discussões, você encontra a seguir. FOTOS: BRUNO CAVINI

NOVO CONSUMIDOR O consumidor atual é bombardeado nos mundos on-line e off-line com ofertas diversas. E, naturalmente, conquistar a atenção desse cliente não é tão simples quanto antes, fazendo com que ele seja totalmente infiel à marca. Mas, nesse cenário, o mundo digital traz oportunidades. “O marketing digital na sua concepção é um conjunto de ações de comunicação estruturadas via meios digitais para divulgar, comercializar e fidelizar clientes novos ou existentes”, definiu Robson del Fiol, CEO da ESV Digital, empresa de marketing digital, e membro da Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi). O executivo lembrou que a jornada, ou pontos de contato, do consumidor em tempos digitais é diferente da tradicional. Tudo começa com uma pergunta no Google. Cada clique gera um rastro e um caminhão de informações, criando uma identidade virtual de cada cliente. “Isso contribui para que as empresas possam trabalhar de maneira mais segmentada”, completou. Nesse contexto também surgem as ferramentas de análise, que ajudam sobremaneira no processo de conhecimento de consumidor e balizam decisões mais assertivas. E é nesse cenário que surge a mídia programática, maneira programada de comprar e vender mídia a partir de uma ferramenta, relatou o executivo. Com ela, é possível consumir dias em vez de semanas para construir um planejamento de mídia, além disso, há muitas informações sobre a audiência o que ajuda a melhor analisar a performance.

ATENDIMENTO PERSONALIZADO As mídias sociais facilitaram a troca de informações, mas também trouxeram desafios para as empresas, que agora têm milhares de pessoas na web falando bem ou mal de suas marcas. O consumidor tem agora voz. Ele ganha audiência em relação a sua satisfação ou insatisfação e sua opinião é replicada pela internet em questão de segundos. “O consumidor agora é 3.0, porque une contato tradicional com digital”, assinalou Eduardo Prange, Chief Business Officer (CBO) da Seekr e presidente do Comitê de Mídias Sociais da Abradi. Em razão da avalanche de informações, as companhias precisam agregar o que de mais importante elas têm de seus clientes para aprimorar o relacionamento com eles, criando atendimento personalizado. “O futuro da organização depende da experiência do cliente. O valor da empresa está na reputação da marca pela agilidade como as informações circulam no meio digital”, reforçou, completando que a tecnologia chega para ampliar as possibilidades de interação com o cliente. Segundo ele, no entanto, a tecnologia é um meio e precisa ser usada de maneira planejada, não pensar apenas em redução de custo e, sim, na experiência que o consumidor terá.

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Inovação digital As startups estão se destacando atualmente no contexto de inovação digital. Basta olhar exemplos como o Uber e o Airbnb. E, graças a investidores-anjo e aceleradoras, esses novos negócios estão ampliando os horizontes e incrementando suas operações. Em painel, intitulado “Cenário de Investimentos em Inovação Digital no Brasil”, Carlos Kokron, diretor-geral da Qualcomm Ventures, e João Kepler, investidor-anjo, discutiram a evolução do segmento. Kepler lembrou que o dia a dia do investidor-anjo é olhar para novos projetos, identificar aqueles que se destacam, e apresentar para um grupo de investidores. Os “anjos” investem 50 mil ou um pouco mais para impulsionar startups. “Mas nem sempre tudo o que é investido terá retorno, e é preciso pulverizar o risco, investir em duas ou três como forma de equilibrar as possibilidades”, relatou. Na visão de Kokron, investidores-anjo são muito importantes para o desenvolvimento e a aceleração dessas empresas. “O segundo passo na vida de uma statups é conseguir um investidor que acreditou em seu sonho”, afirmou, dizendo que a Qualcomm Ventures, braço de investimentos da empresa que faz aportes em startups do mundo inteiro, aposta em novos negócios e agora mais especialmente naquelas que miram mobilidade e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Para investir nessas empresas, de forma geral, os especialistas dizem que alguns pontos são observados como conhecimento do empreendedor, sua dedicação com o negócio, capacidade de execução e planejamento financeiro. Geraldo Santos, diretor-geral da Demo Brasil, que tem como objetivo identificar as melhores inovações no mercado brasileiro de startups em fase de tração, lembra que é preciso ainda que os empreendedores saibam vender, planejar e controlar.

A vez do empreendedorismo Há uma série de exemplos bem-sucedidos no mercado nacional de empreendedorismo. No palco do IT Forum Expo, Wilson Poit, empreendedor e ex-presidente da SP Negócios, empresa da Prefeitura de São Paulo que promove negócios e investimentos na capital paulista, e Adelson de Sousa, fundador e presidente da IT Mídia, falaram sobre suas experiências como empreendedores. Poit contou que desde cedo começou a empreender, sendo responsável por vários negócios, como lojas e empresas de aluguel de equipamentos. Hoje, busca motivar jovens a irem atrás de seus objetivos. Já o presidente da IT Mídia lembrou que empreender é sonhar e realizar. Ele contou, no entanto, que sua trajetória de empreendedor não foi planejada, mas ele soube aproveitar a oportunidade e acreditar nos sonhos. “Minha primeira iniciativa nesse sentido foi o desejo de comprar a linha para minha pipa e para isso fui catar ferro velho.” Aproveitar oportunidades foi, aliás, uma característica que Poit apontou como fundamental no empreendedor. “Algo que faz muita diferença é perder a vergonha e encarar o mercado. O ‘não’ já está garantido, o que precisa buscar é o ‘sim’”, aconselhou. itf

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além da TI UM DOS ASSUNTOS MAIS DISCUTIDOS DA ATUALIDADE, SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO DEIXOU DE SER PREOCUPAÇÃO APENAS DA ÁREA DE TECNOLOGIA. COM SALTO DAS AMEAÇAS, TODOS PRECISAM CUIDAR DAS FRONTEIRAS CORPORATIVAS

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No mundo digital, a única certeza que se pode ter é de que empresas sofrerão ataques virtuais. Lidar com esse cenário, no entanto, ainda é desafio dos negócios que são regidos pela falta de recursos para investir em segurança da informação e, muitas vezes, pela ausência de conscientização de funcionários sobre privacidade ou ainda desconhecimento sobre como reagir em casos de sequestros virtuais. Especialistas discutiram pontos importantes em torno da temática no IT Forum Expo, que aconteceu de 17 a 18 de novembro, em São Paulo, e as principais constatações, você encontra a seguir. ITF

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FOTOS: BRUNO CAVINI

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CAROLINA BOZZA, EXECUTIVA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO DA CYBERARK

CONSCIENTIZAÇÃO É A CHAVE EMPRESAS DEVEM INVESTIR NA EDUCAÇÃO E NA CONSCIENTIZAÇÃO DE SEUS FUNCIONÁRIOS COMO PARTE DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CONTRA ATAQUES ÀS REDES CORPORATIVAS. A RECOMENDAÇÃO É DE ESPECIALISTAS EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO QUE PARTICIPARAM DO PAINEL DE SEGURANÇA SOBRE “REDE SOCIAL = EFICÁCIA E SPEAR PHISHING”. A PESQUISADORA DE AMEAÇAS NA INSIGHT PARTNERS, ALINE BUENO, CONSTATOU QUE, ÀS VEZES, AS PESSOAS USAM NO FACEBOOK A MESMA SENHA UTILIZADA NA EMPRESA. ALÉM DISSO, ELAS PUBLICAM NAS PÁGINAS PESSOAIS DADOS QUE SÃO UTILIZADOS PELOS CIBERCRIMINOSOS PARA ATINGIR AS REDES CORPORATIVAS. PARA LANÇAR ESSES ATAQUES, OS INVASORES ESTÃO ADOTANDO A TÉCNICA DE SPEAR PHISHING COMO ISCA PARA COLETAR INFORMAÇÕES E EFETUAR INVASÕES DIRECIONADAS. NA AVALIAÇÃO DE CAROLINA BOZZA, EXECUTIVA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO DA CYBERARK, AS PESSOAS COLOCAM INFORMAÇÕES SENSÍVEIS NA INTERNET QUE NÃO DIVULGARIAM NO MUNDO FÍSICO. ASSIM SE TORNAM ALVO DOS HACKERS.

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O QUE FAZER EM CASOS DE SEQUESTRO VIRTUAL? O TÃO FALADO RANSOMWARE, MALWARE QUE SEQUESTRA DADOS CORPORATIVOS E SÓ OS LIBERA MEDIANTE PAGAMENTO DE RESGATE, JÁ ESTÁ SENDO COLOCADO EM PRÁTICA NO BRASIL E TEM PREOCUPADO EMPRESAS ADRIANO MENDES, ADVOGADO DE TODOS OS PORTES. ESPECIALISTA EM DIRETO DIGITAL E DURANTE O PAINEL DE SÓCIO DO ESCRITÓRIO ASSIS E MENDES SEGURANÇA SOBRE O TEMA “CRIMES ELETRÔNICOS E FRAUDES”, ADRIANO MENDES, ADVOGADO ESPECIALISTA EM DIRETO DIGITAL E SÓCIO DO ESCRITÓRIO ASSIS E MENDES, CHAMOU A ATENÇÃO DAS EMPRESAS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE REFORÇAR A PROTEÇÃO DE DADOS SIGILOSOS EM TODA A CADEIA CONTRA ATAQUES. ELE DIZ QUE AS AMEAÇAS COM A TÉCNICA DE RANSOMWARE TENDEM A AUMENTAR EM 2016. O ADVOGADO EXPLICA QUE EXISTEM DOIS TIPOS DE SEQUESTRADORES VIRTUAIS. UM DELES É O HACKER INEXPERIENTE, ESPÉCIE DE LADRÃO DE CARTEIRA QUE SAI DE CENA QUANDO SABE QUE SERÁ DENUNCIADO E QUE HÁ UM ADVOGADO CUIDANDO DO CASO. O OUTRO É O PROFISSIONAL QUE FAZ PARTE DO CRIME ORGANIZADO. COM ESSE, NÃO HÁ MUITO QUE FAZER, DISSE MENDES. NOS DOIS CASOS, O ADVOGADO ACONSELHA A EMPRESA A AVALIAR O RISCO DA PERDA DOS DADOS. “SE O VALOR PEDIDO PELO CRIMINOSO FOR BAIXO, ÀS VEZES VALE MAIS A PENA PAGAR QUE PROCESSAR O CRIMINOSO E FICAR AGUARDANDO AS INVESTIGAÇÕES”, AFIRMOU.

FALTAM RECURSOS APESAR DO AUMENTO DAS AMEAÇAS CIBERNÉTICAS, A ÁREA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO AINDA TEM DIFICULDADE PARA APROVAR PROJETOS QUE VISAM A PROTEÇÃO DE DADOS SIGILOSOS. FALTAM PESSOAS E RECURSOS, QUEIXAM-SE EXECUTIVOS DESSA ÁREA. “É DIFÍCIL HOJE CONSEGUIR LEANDRO BENNATON, APROVAÇÃO DE RECURSOS GERENTE DE SEGURANÇA DA PARA PROJETOS NA NOSSA INFORMAÇÃO DO TERRA ÁREA”, DESABAFA LEANDRO BENNATON, GERENTE DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO DO TERRA. ELE FOI UM DOS PARTICIPANTES DO PAINEL “SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: PASSOU A HORA DE O NEGÓCIO DISCUTIR?”, REALIZADO DURANTE O IT FORUM EXPO. O EXECUTIVO ACREDITA QUE A FALTA DE RECURSOS HUMANOS PARA A ÁREA SÃO EM RAZÃO DE OS PROFISSIONAIS AINDA TEREM DIFICULDADE PARA FALAR A LINGUAGEM DOS NEGÓCIOS. ELE CONSTATA QUE MUITOS CHIEF SECURITY OFFICERS (CSO) TENTAM VENDER OS PROJETOS COM ABORDAGEM TÉCNICA E NÃO CONSEGUEM SER COMPREENDIDOS PELOS EXECUTIVOS DE NEGÓCIOS. O COORDENADOR DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO DO GRUPO SERVENG, DOUGLAS COUTINHO, CONCORDA QUE NÃO É TAREFA SIMPLES PARA OS CSOS JUSTIFICAREM INVESTIMENTOS NA ÁREA. ENTRETANTO, DIZ QUE ESSES PROFISSIONAIS PRECISAM CONHECER MUITO BEM OS NEGÓCIOS NA HORA DE PROPOR QUALQUER PROJETO.

DESAFIOS IMPOSTOS PELA IOT CARROS AUTÔNOMOS, CASAS CONECTADAS E CIDADES INTELIGENTES. TUDO ISSO SERÁ POSSÍVEL GRAÇAS À INTERNET DAS COISAS (IOT, NA SIGLA EM INGLÊS). A QUESTÃO QUE SURGE NESSE CONTEXTO É COMO ASSEGURAR PROTEÇÃO. O QUESTIONAMENTO FOI LEVANTADO POR ESPECIALISTAS NO PAINEL “DESAFIOS DA SEGURANÇA COM A IOT”. “TEREMOS DE PENSAR EM TUDO NOVO EM TERMO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO PARA IOT. O QUE EXISTE HOJE NÃO VAI FUNCIONAR”, ACREDITA WILLIAN CAPRINO, CONSULTOR EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. ELE DESTACOU QUE OS ANTIVÍRUS E FIREWALLS PODEM NÃO TER ESPAÇO NA NOVA REDE. PAULO ESPANHA, VICE-PRESIDENTE DE EDUCAÇÃO DA ASEGI, CONSIDERA QUE AS QUESTÕES DE PROTEÇÃO ESTÃO FORA DA PAUTA DA IOT. ELE MENCIONA O CARRO CONECTADO QUE FAZ RECALL PARA DEFEITOS DE PEÇAS, MAS QUE NÃO CHAMA OS CONSUMIDORES PARA CORRIGIR FALHA DE SOFTWARE EMBARCADO. JÁ JORGE MAIA, CONSULTOR EM SEGURANÇA DA DEV4US, ACREDITA QUE A SEGURANÇA ESTÁ SENDO NEGLIGENCIADA. ELE OBSERVA QUE AS EMPRESAS ESTÃO PREOCUPADAS MAIS COM O HARDWARE. PARA O EXECUTIVO, A DESPREOCUPAÇÃO É PORQUE AS EMPRESAS ACHAM QUE NINGUÉM VAI INVADIR SISTEMAS COMO OS DE UMA GELADEIRA.

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IT FORUM EXPO | M O M E N T O S

O melhor do

IT Forum Expo

EM SUA TERCEIRA EDIÇÃO, O IT FORUM EXPO REGISTROU SUCESSO ABSOLUTO DE CONTEÚDO, PARTICIPANTES E DISCUSSÕES SOBRE TEMAS DO MOMENTO COMO CLOUD, MOBILIDADE, TRANSFORMAÇÕES DIGITAL, SEGURANÇA E OS RUMOS DO MERCADO EM 2016. VEJA O QUE ROLOU POR LÁ NOS DOIS DIAS DO ENCONTRO.

FOTOS: BRUNO CAVINI

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Inovação chega ao

DNA das empresas Por EQUIPE PWC

O estudo as 100+ Inovadoras no Uso de TI chega em 2015 em seu 15ª ano com a participação cada vez maior de empresas por todo o Brasil, superando o número da 14ª edição e atingindo 239 empresas com 214 casos de inovação avaliados. O número de companhias que se inscreveram nesta edição foi recorde, o que confirma a importância do tema inovação para as empresas brasileiras, mesmo em tempos de redução de orçamento e de incertezas políticas e econômicas no Brasil.

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Na edição de 2015, houve importantes melhorias na metodologia de avaliação dos cases enviados pelas empresas ao estudo realizado pela IT Mídia em parceria com a PwC. A avaliação envolveu um número ainda maior de profissionais de mercado, o que conferiu ao processo mais agilidade nas votações. Além disso, esse ano a IT Mídia também inovou lançando um sistema de avaliação via internet para os profissionais envolvidos no julgamento dos cases. De posse de todas as informações – e sem conhecer a empresa participante – os avaliadores puderam aplicar suas notas on-line, o que permitiu a visualização dos resultados dos ganhadores quase que em tempo real. Alguns números sobre o estudo chamam a atenção, como o fato de mais de 45% das empresas participantes serem de fora dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o que representa crescente preocupação das companhias de fora do eixo Rio-São Paulo sobre como alavancar seus negócios por meio da inovação em produtos e serviços. Outro dado de destaque foi a participação das organizações do segmento de Comércio Atacadista e Varejista que esse ano chegou a 10%, numa sinalização da preocupação desse setor com a competividade e a entrega de produtos e serviços baseados em tecnologia a seus clientes. Com o projeto chamado “Você conect@”, a Natura, do segmento de Bens de Consumo, ganhou o prêmio máximo,

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levando para casa o selo de TI mais inovadora entre as empresas avaliadas. O trabalho desenvolvido pela Natura foi concebido internamente com o propósito de oferecer uma plataforma móvel para inclusão digital de cerca de 1,3 milhão de consultoras no processo de venda direta, o que permitiu à companhia alavancar relacionamento com seus clientes, facilitar suas operações de negócio e gerar maior produtividade e renda. Tecnologicamente, o projeto foi suportado por pacotes de acesso de telefonia com tarifas competitivas e acesso ilimitado a dados e transações nos sistemas Natura, um aplicativo mobile para atividades de rotina e uma solução de pagamento móvel (mobile payment) para recebimento de pagamentos com cartão de crédito e débito de seus clientes. O projeto foi grandioso e contou com a ajuda das áreas de Supply Chain, Operações, Jurídico, Financeiro, Fiscal e Impostos, Marketing, Comercial além da Tecnologia da Informação que juntas colaboraram no desenho, execução e entrega do projeto. A participação em conjunto de diversas áreas de Negócios e TI no “Você conect@” está em sintonia com a tendência identificada nessa edição do estudo, o alinhamento entre as unidades: 26% das empresas informaram que as áreas de negócios atuam de forma integrada e em 56% das empresas a TI atua de forma intensa e estratégica no processo de inovação. Outro aspecto interessante a ser observado é o alinhamento de inovação do “Você conect@” ao planejamento estratégico da Natura, uma vez que o projeto teve como principais motivadores a alavancagem dos atuais produtos do portfólio e o aumento da eficiência da operação da empresa. O tema das megatendências, ou seja, de eventos que podem ocorrer e ter impacto nos negócios das empresas nos médio e longo prazos também foi avaliado nessa edição das 100+ Inovadoras no

Mais de 45% das empresas são de fora dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o que representa crescente preocupação fora do eixo sobre como alavancar negócios com inovação Uso de TI, indicando diversas preocupações dos executivos. Entre os temas avaliados junto aos CIOs estavam desafios que megatendências como mudanças demográficas, climáticas, no poder econômico, urbanização acelerada e tecnologias disruptivas, trazem aos negócios. Nessa edição, a inquietação mais compartilhada entre os executivos foi com possíveis mudanças demográficas no Brasil, ou seja, com o crescimento explosivo e com o envelhecimento da população, compartilhada por 48% dos executivos das empresas participantes. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, ficaram mudanças no poder econômico (47%) e urbanização acelerada (46%). Quando analisadas as respostas dos executivos das empresas com relação às megatendências que poderiam ter o maior impacto sobre suas organizações, o estudo revela que 32% dos executivos compartilham a opinião de que a megatendência de mudanças no poder econômico pode ter esse potencial. Em análise realizada pelas 100+ Inovadoras no Uso de TI, os custos dos projetos de inovação - somente para os dez primeiros colocados no ranking desse ano -, totalizaram cerca de R$ 10 milhões reforçando a visão da importância cada vez maior do tema para os diversos setores da economia. Por meio dos variados projetos participantes desse ano, podemos entender o quanto o investimento em inovação pode se tornar diferencial competitivo. 100+

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SÃO PAULO DIAS 17 E 18 DE NOVEMBRO DE 2015 WTC GOLDEN HALL - SP

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CIOS DAS 1.000 MAIORES 93 PALESTRANTES 02 KEYNOTE SPEAKERS INTERNACIONAIS

25 PATROCINADORES 2.572 VISITANTES 76 RELEASES E NOTAS ESPONTÂNEAS NA MÍDIA

08 E 09 DE NOVEMBRO DE 2016

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1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | M E T O D O L O G I A E G R Á F I C O S

100+?

Como são escolhidas as Por REDAÇÃO

Em sua 15ª edição, o estudo As 100+ Inovadoras no Uso de TI avalia, a partir de metodologia que envolve questionário quantitativo e inscrição de case, como as 1 mil maiores empresas instaladas no Brasil têm inovado por meio do uso da tecnologia da informação. Participaram do estudo empresas que tiverem algum case de inovação – seja no uso de novas tecnologias, diferentes usos para tecnologias existentes ou mesmo inovação em processo - iniciado e concluído entre agosto de 2014 e agosto de 2015. Neste ano, 239 empresas se inscreveram totalizando 214 cases válidos. Após o período de coleta das informações no formato on-line, os questionários foram analisados e avaliados por um comitê formado pela IT Mídia,

PwC, parceira da IT Mídia na iniciativa, e os consultores de mercado Sergio Lozinsky, da SLozinsky, Reinaldo Roveri, da Stratica, Cezar Taurion, da Litteris Consulting, e os professores Tereza Cristina Carvalho, da USP, e Nivaldo Marcusso, da FIA-USP. As cem empresas que mais se destacaram com a combinação de processo x prática na utilização da tecnologia em benefício da inovação empresarial formaram o ranking As 100+ Inovadoras no Uso de TI 2015. Veja abaixo alguns dos destaques observados pelos respondentes do estudo, entre eles o QI Digital das empresas, que tem gerado desafios e oportunidades para os líderes de TI e já se faz presente de forma considerável em 44,1% dos negócios, segundo o levantamento.

PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO NORTE

1% NORDESTE

8%

CENTRO-OESTE

8% SUDESTE

67% SUL

15%

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Participação por setor Agropecuária e serviços relacionados

5,9%

Bancos

2,1%

Bens de consumo e Farmacêutica

4,6%

Comércio atacadista e varejista

10%

Construção e material de construção

5,9%

Educação

5,4%

Holding

2,5%

Indústria automotiva e autopeças

4,2%

Indústria de alimentos, bebidas e fumos

3,8%

Indústria química, petroquímica, óleo e gás

6,7%

Plásticos, borracha, papel e celulose

2,1%

Saúde

9,6%

Seguradoras e serviços financeiros

3,3%

Serviços diversos (turismo, call center, comunicação, consultorias, BPO etc)

5,4%

Serviços públicos Siderurgia, metalurgia, mineração e mecânica TIC (Tecnologia, Mídia e Telecom)

7,1% 5,4% 7,1%

Transporte e logística

2,9%

Utilities

5,9%

Participação por orçamento de TI Até R$ 2 milhões

8,8%

De R$ 2,1 milhões a R$ 8 milhões

29,7%

De R$ 8,1 milhões a R$ 15 milhões

13,4%

De R$ 15,1 milhões a R$ 30 milhões

11,7%

De R$ 30,1 milhões a R$ 50 milhões

7,9%

De R$ 50,1 milhões a R$ 100 milhões

8,4%

Mais de R$ 100 milhões

12,1%

Não informa

7,9%

inovação: Percentual do investimento em TI destinado para inovação Não temos valores de investimento para inovação definido O valor destinado em inovação é até 25% do orçamento de TI O valor destinado em inovação é entre 26% e 50% do orçamento de TI

52,9% 29,8% 13%

O valor destinado em inovação é entre 51% e 75% do orçamento de TI

4,2%

O valor destinado em inovação é entre 76% e 100% do orçamento de TI

0%

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PARTICIPAÇÃO DA TI NOS PROCESSOS DE INOVAÇÃO DA EMPRESA TI ATUA DE FORMA INTENSA NOS PROJETOS DE INOVAÇÃO TI ENVOLVE-SE INFORMAL E INDIRETAMENTE COM OS PROJETOS DE INOVAÇÃO

56,7%

TI É INCUBADORA DE PROJETOS DE INOVAÇÃO

21,8%

TI NÃO SE ENVOLVE NOS PROJETOS DE INOVAÇÃO, SENDO APENAS AVISADA

17,6%

DA NECESSIDADE DE AVALIAR AS QUESTÕES DE TECNOLOGIA

3,8%

A EMPRESA INCENTIVA OUTRAS ÁREAS A PARTICIPAREM DO TEMA INOVAÇÃO? NÃO EXISTE NENHUM MECANISMO FORMAL PARA QUE AS OUTRAS ÁREAS PARTICIPEM DO TEMA INOVAÇÃO, ALÉM DE CONTATOS INFORMAIS COM NÍVEIS SUPERIORES E INFERIORES

19,2%

A NECESSIDADE DE INCENTIVO DE OUTRAS ÁREAS A PARTICIPAREM DO TEMA INOVAÇÃO É RECONHECIDA. ALGUNS GERENTES UTILIZAM MECANISMO INFORMAL, COMO UM ESQUEMA DE SUGESTÃO, PARA ESTIMULAR A COMUNICAÇÃO DE OUTRAS ÁREAS

20,1%

TODAS AS ÁREAS PARTICIPAM EM GERAL INFORMALMENTE, UTILIZANDO DOCUMENTOS ESCRITOS E ATRIBUÍVEL AOS GESTORES, PRETENDENDO LEVANTAR QUESTÕES E SUGESTÕES PARA NÍVEIS ALTOS DE GESTÃO E DE RESPOSTAS A SEREM PASSADOS PARA OUTROS NÍVEIS

26,8%

EXISTE COMUNICAÇÃO DE FORMA EFICAZ EFETUADA POR UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO FORMAL, INCLUINDO A REVISÃO - FEEDBACK AOS PARTICIPANTES E USUÁRIOS. OUTRAS ÁREAS SÃO INCLUÍDAS NESSE PROCESSO PARA DIFUNDIR O TEMA PELA EMPRESA

18,8%

EXISTE INCENTIVO EFICAZ PARA QUE AS DEMAIS ÁREAS DA EMPRESA PARTICIPEM DO TEMA INOVAÇÃO. TODAS AS ÁREAS SÃO INCENTIVADAS POR MEIO DE MÚLTIPLAS ABORDAGENS, INCLUINDO AS ESTRUTURAS DE EQUIPE, PROCESSO FORMAL DE AVALIAÇÃO, MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO E-MAIL

15,1%

COMO O SUCESSO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA É MEDIDO NAS EMPRESAS PELO NÚMERO DE IDEIAS GERADAS

25,10%

PELO NÚMERO DE IDEIAS QUE FORAM PARA O MERCADO OU FORAM IMPLEMENTADAS INTERNAMENTE

38,90%

PELO VALOR EXPLÍCITO AGREGADO AO NEGÓCIO

61,50%

SE OS GASTOS COM INOVAÇÃO CONSTAM NO ORÇAMENTO

10,50%

NÚMERO DE PATENTES REGISTRADAS

8,40%

NÚMERO DE IDEIAS COMERCIALIZADAS EXPLICITAMENTE PARA AGREGAR VALOR AO NEGÓCIO

16,70%

INOVAÇÃO NÃO É EXPLICITAMENTE MEDIDA NA NOSSA EMPRESA

25,50%

OUTROS

2,50%

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Muito fraco

Fraco

Mediano

Forte

Muito forte

1,3%

9,7%

27,7%

44,1%

17,2%

QI Digital das empresas: qual o valor da tecnologia e como ela é injetada no DNA das organizações

Impacto das megatendências nas organizações nos próximos três anos 48,1% 47,3% 46,4% 39,7% 36,8% 10,9%

10,9% 5% 7,9% 4,6%

Sem impacto

18% 14,2% 15,1%

20,1% 20,9%

Impacto mínimo

32,2% 31,4% 31,4% 25,5% 20,9%

Impacto moderado

0,4% 0,4% 1,3% 2,1% 2,1%

1,7% 1,3% 0,8% 1,7% 0,8%

Não sei

Não aplicável

Impacto máximo

Mudanças demográficas

(crescimento explosivo da população e populações envelhecidas)

Mudanças no poder econômico (poder e competição associada com países desenvolvidos e emergentes)

Urbanização acelerada

(fenômeno global de alto crescimento da população que se move de áreas rurais para grandes centros urbanos)

Disrupturas tecnológicas

(indústrias e negócios inteiros se formando como resultado da internet, mobilidade, computação em nuvem, robótica etc)

Mudanças climáticas/escassez de recursos

(aumento de climas extremos, aumento nos níveis marítimos e escassez de comida, combustíveis e outros recursos naturais)

Relação de ameaças do mercado com o crescimento do negócio 7,5% 11,7% 5,9% 3,8%

Sem preocupação

58,6% 55,2% 51,9% 41,4%

30,1% 25,9% 23,4% 18,4%

13,8% 16,7% 16,3% 18,4% 0%

Não muito preocupado

Preocupado

0% 0,8% 0%

Não sei

Extremamente preocupado

Velocidade da mudança tecnológica Inabilidade de proteger propriedade intelectual/dados dos clientes Inabilidade de coletar, entender e agir em cima de todos os dados sobre os seus clientes produtos, companhia e colaboradores Inabilidade de entender e adotar rapidamente novas tecnologias para ser competitivo

Muito fraca

Bem fraca

Indiferente

Bem forte

Muito forte

Não sei

36 %

2, 1% 3, 3% 18 % 28 ,5 % 2, 1%

0, 4% 0, 4% 0, 4% 0, 8% 0, 8% 1,3 %

43 ,5 % 25 ,5 %

30 ,1 30 % ,1%

51 % 52 ,3 %

36 % 35 ,6 % 33 ,9 % 33 ,1% 46 % 29 ,7 %

6, 7% 14 ,2 % 4, 6% 7,2 % 5, 4%

5%

5, 4% 1,7 % 2, 5% 2, 9% 0, 4% 1,7 %

0, 4%

0%

0, 8% 0%

0%

0%

Relacionamento ou colaboração entre CIO e demais papéis na empresa

Não se aplica

Entre o Chief Information Officer (CIO), o líder de informação mais sênior e o Chief Executive Officer (CEO) Entre o CIO e o Chief Financial Officer (CFO) ou o líder financeiro mais sênior Entre o CIO e o Chief Marketing Officer (CMO) ou o líder de marketing mais sênior Entre o CIO e o Chief Strategy Officer (CSO) ou o líder de estratégia mais sênior Entre o CIO e os líderes das unidades de negócio Entre o CIO e o Chief Risk Officer (CRO) ou o líder de riscos mais sênior

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1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | R A N K I N G

2015

2014

2013

Empresa

Categoria

Executivo

39ª

*

NATURA

BENS DE CONSUMO E FARMACÊUTICA

AGENOR LEÃO

70ª

*

PORTO SEGURO

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

ITALO FLAMMIA

*

*

ARCELOR MITTAL

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

LUIZ CLAUDIO MAGALDI

*

*

CNH INDUSTRIAL

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E AUTOPEÇAS

IGNAZIO MARCHESE

*

*

CI&T

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

DANIEL JEROZOLIMSKI

*

*

SISTEMA DE ENSINO POLIEDRO

EDUCAÇÃO

LUIS COIMBRA

*

71ª

GENERAL MOTORS

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E AUTOPEÇAS

FERNANDO L. ROSTOCK

*

*

ODONTOPREV

SAÚDE

MARCELO GALVÃO

65ª

*

CCEE

UTILITIES

DARIO ALMEIDA

10ª

10ª

BANCO BRADESCO

BANCOS

MAURICIO MINAS

11ª

21ª

14ª

UNILEVER

BENS DE CONSUMO E FARMACÊUTICA

EDDY SALINAS

12ª

50ª

*

SABESP

UTILITIES

OSVALDO PAZIANOTTO

13ª

*

38ª

ASSAÍ ATACADISTA

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

ANDRE CAMPOS

14ª

*

BANCO DO BRASIL

BANCOS

GERALDO DEZENA

15ª

*

*

WEG

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

WANDAIR GARCIA

16ª

47ª

74ª

HOSPITAL SÍIRIO LIBANÊS

SAÚDE

MARGARETH ORTIZ DE CAMARGO

17ª

*

65ª

EDP ENERGIAS DO BRASIL

UTILITIES

VANDERLEI FERREIRA

18ª

67ª

SERASA EXPERIAN

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

LISIAS LAURETTI

19ª

*

*

VIAÇÃO OURO E PRATA

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

CESAR PERRENOUD

20ª

*

*

SASAZAKI

CONSTRUÇÃO E MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

LEANDRO MICHEL BOCALON **

21ª

19ª

CPFL ENERGIA

UTILITIES

MARCELO CARRERAS

22ª

18ª

63ª

ENERGISA

UTILITIES

MIURA SCHERER

23ª

*

*

GÁS NATURAL FENOSA - CEG

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

FLAVIO CAMPOS

24ª

43ª

56ª

ALGAR TELECOM

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

EDUARDO RABBONI

25ª

64ª

*

MONDELEZ INTERNATIONAL

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

LUIS FERNANDO BERTI

26ª

53ª

*

VOTORANTIM INDUSTRIAL

HOLDING

JOÃO DONIZETI

27ª

45ª

94ª

PIF PAF ALIMENTOS

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

AUGUSTO ANTONIO CARELLI

28ª

26ª

22ª

ACHÉ LABORATÓRIOS

BENS DE CONSUMO E FARMACÊUTICA

EDUARDO KONDO

29ª

33ª

12ª

DSM

AGROPECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS

VALDEMIR RAYMUNDO

30ª

*

UNIMED VOLTA REDONDA

SAÚDE

LUIZ GUIMARÃES

31ª

13ª

*

IBM

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

RODOLFO LINHARES

32ª

57ª

77ª

RECEITA FEDERAL

SERVIÇOS PÚBLICOS

CLAUDIA MARIA DE ANDRADE

33ª

*

*

SUPERMERCADOS ABC

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

UBIRAJARA SANTOS

34ª

*

*

ITAIPU BINACIONAL

UTILITIES

WASHINGTON MEDEIROS

35ª

29ª

13ª

PROCERGS

SERVIÇOS PÚBLICOS

ANTONIO RAMOS GOMES

36ª

*

*

ALELO

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

DANILO ZIMMERMANN

37ª

56ª

*

EATON

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E AUTOPEÇAS

CARLOS LANFREDI

38ª

*

*

SEBRAE/RS

SERVIÇOS PÚBLICOS

ROBERTO WOLTMANN

39ª

*

*

AMIL - SP

SAÚDE

LEONARDO ALMEIDA

40ª

82ª

GRUPO CCR

HOLDING

CRISTIANE GOMES

41ª

*

*

SANKHYA GESTÃO DE NEGÓCIOS

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

FELIPE CALIXTO

42ª

63ª

TECBAN

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

ROBERT BAUMGARTNER

43ª

21ª

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BANCOS

ROBERTO ZAMBON

44ª

14ª

*

CASAS PERNAMBUCANAS

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

JOÃO MARCELO

45ª

*

55ª

TEKSID

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

WELLINGTON COELHO

46ª

87ª

*

CYRELA

CONSTRUÇÃO E MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

ROBERTO NAKAMOTO

47ª

76ª

44ª

VIA VAREJO

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

JULIO BAIAO

48ª

*

*

EMAE

UTILITIES

JOSÉ BRAZ DE ARAUJO

49ª

11ª

72ª

VALE

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

ALEXANDRE PEREIRA

50ª

*

*

AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA

SERVIÇOS PÚBLICOS

ROMUALDO ALVES

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2015

2014

2014

Empresa

Categoria

Executivo

51ª

48ª

78ª

DELL

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

ROBERTO PETRY

52ª

*

61ª

UNIMED-BH

SAÚDE

ALEXANDRE FLORES DE ALMEIDA

53ª

*

*

KINROSS GOLD

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

EDUARDO MAGALHAES

54ª

*

*

SEBRAE MG

SERVIÇOS PÚBLICOS

CLAUDIO MELLO

55ª

88ª

*

ECAD

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

JOSÉ PIRES

56ª

*

*

GLOBOSAT

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

ALEXANDRE SANTOS

57ª

12ª

*

COCAMAR

AGROPECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS

PAULA REBELO

58ª

88ª

CNOVA

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

REGIS BORGHI

59ª

*

*

DAG J SLEIMAN

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

RODRIGO BARRETO

60ª

*

*

MASTER BLENDERS

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOS

ALEXANDRE CARVALHO

61ª

*

*

LIBERTY SEGUROS

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

ANA LUCIA D AMARAL

62ª

84ª

*

PETROBRAS

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

ALVARO MARTINS

63ª

*

*

UNIMED SEGUROS

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

OTAVIO OLIVEIRA

64ª

40ª

92ª

CENTRAL NACIONAL UNIMED

SAÚDE

WALTER SHIMABUKURO

65ª

54ª

*

CASA DO ADUBO

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

RAPHAEL COVRE

66ª

*

*

ALGAR

HOLDING

DIOGO MARTINS

67ª

44ª

79ª

FMC QUIMICA

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

VANDERLEI ANDRADE

68ª

*

*

DEMAREST ADVOGADOS

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

NILSON BUSTO

69ª

68ª

*

GRUPO AÇO CEARENSE - SINOBRAS

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

VINÍCIUS AMANAJÁS

70ª

*

*

SCOPUS SOLUÇÕES EM TI

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

CRISTINA PINNA

71ª

*

*

COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL LAR

AGROPECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS

ADEMIR PEREIRA DA SILVA

72ª

16ª

20ª

GVT

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

ALESSANDRA BOMURA

73ª

*

*

RENAULT

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E AUTOPEÇAS

ANGELO EGIDIO

74ª

*

*

TECNICON

TIC (TECNOLOGIA, MÍDIA E TELECOM)

JOICE BUTZKE REX

75ª

*

33ª

MRV ENGENHARIA

CONSTRUÇÃO E MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

REINALDO SIMA

76ª

34ª

42ª

UNIMED PORTO ALEGRE

SAÚDE

ANTONIO PIRES

77ª

*

*

AUTOGLASS

COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA

FABRICIO FERRI

78ª

*

*

GRUPO COMPORTE

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

CARLOS ANDRADE

79ª

72ª

31ª

FIBRIA CELULOSE

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

WILSON LOPES

80ª

27ª

*

BANCO BONSUCESSO CONSIGNADO

BANCOS

RODRIGO CANTELLI

81ª

*

*

COELHO DA FONSECA

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

ANDRÉ TELLES

82ª

73ª

29ª

DUKE ENERGY

UTILITIES

LEANDRO WAINGURT

83ª

*

*

RODOBENS

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

MARCOS ADAM

84ª

*

*

INTESICARE

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

FILIPECARMO

85ª

*

AES ELETROPAULO

UTILITIES

ANTONIO NARVAEZ

86ª

*

*

NUFARM

INDÚSTRIA QUÍMICA, PETROQUÍMICA, ÓLEO E GÁS

MARCOS BUENO

87ª

*

*

KROTON EDUCACIONAL

EDUCAÇÃO

AILTON BRANDAO

88ª

*

*

CREDEAL

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

MAURO PIVA JUNIOR

89ª

95ª

CENIBRA

PLÁSTICOS, BORRACHA, PAPEL E CELULOSE

RONALDO RIBEIRO

90ª

*

*

MANGELS

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E AUTOPEÇAS

ELIO SILVA

91ª

20ª

*

CAESB

UTILITIES

MARCIA SABINO

92ª

*

*

EMBRAER

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

ALEXANDRE BAULE

93ª

100ª

19ª

VOTORANTIM CIMENTOS

CONSTRUÇÃO E MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

RENATO BLANCO

94ª

66ª

*

CSN - COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL

SIDERURGIA, METALURGIA, MINERAÇÃO E MECÂNICA

FABIO FARIA

95ª

*

68ª

SODEXO DO BRASIL

SERVIÇOS DIVERSOS (TURISMO, CALL CENTER, COMUNICAÇÃO, CONSULTORIAS, BPO ETC)

ROBERTO CARNEIRO

96ª

22ª

59ª

HOSPITAL NOVE DE JULHO

SAÚDE

CARLOS YAMASHITA

97ª

*

*

HOSPITAL SÃO CAMILO

SAÚDE

KLAITON SIMAO

98ª

*

*

VALE CARD

SEGURADORAS E SERVIÇOS FINANCEIROS

SEBASTIÃO MIGUEL

99ª

*

*

UNIUBE - UNIVERSIDADE DE UBERABA EDUCAÇÃO

LUCIANO LOPES PEREIRA

100ª

*

*

SADA

REGINALDO ASSIS

TRANSPORTE E LOGÍSTICA

* não classificada ** deixou a empresa em agosto de 2015 ITFORUM365.COM.BR

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FOTOS: BRUNO CAVINI

1 0 0 + I N OVA D O R A S N O U S O D E T I | B E N S D E C O N S U M O E F A R M A C Ê U T I C A • 1 º L U G A R D O R A N K I N G

Revolução

móvel

AGENOR LEÃO, CIO DA NATURA, PROMOVEU VERDADEIRA TRANSFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS, LEVANDO PARA OUTRO NÍVEL O RELACIONAMENTO ENTRE MAIS DE 1,3 MILHÃO DE CONSULTORAS E SUAS CLIENTES, TUDO POR MEIO DA MOBILIDADE

Por TISSIANE VICENTIN

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A Natura é movida por duas grandes paixões: pelos cosméticos e pelo valor à qualidade de vida, desde a comunidade extrativista onde a matéria-prima é produzida, até o usuário final. Por isso o slogan Bem estar Bem. O relacionamento, portanto, é parte vital para os negócios da empresa, que baseia seu modelo na entrega de produtos por meio de suas mais de 1,3 milhão de consultoras no Brasil, que realizam a venda direta para clientes. Visando otimizar esse processo e alavancar as vendas, a área de tecnologia da informação investiu na mobilidade, fator fundamental para estreitar ainda mais o contato entre cliente e consultora e, consequentemente, atingir o objetivo traçado. “O grande fator da estratégia móvel é aproximação e interação. Com essa tecnologia, estamos presentes de maneira irrevogável na vida das consultoras, de forma que não conseguiríamos com outras plataformas digitais”, comenta o CIO da empresa, Agenor Leão, que implementou o projeto Você Conect@, rendendo ao executivo o prêmio máximo de As 100+ Inovadoras no Uso da TI 2015, além do primeiro lugar na categoria Bens de Consumo e Farmacêutica. O projeto contou com o desenvolvimento de um aplicativo por meio do qual seriam solucionados três pontos para implementar o processo de venda: o acesso da consultora à internet, a modernização do meio de pagamento e a variedade de recursos para ampliar o contato com clientes e com a própria Natura. “As consultoras são grandes influenciadoras em termos de consumo e essa influência tem, nos últimos tempos, migrado do boca a boca para o digital. Precisávamos criar um modelo de negócio baseado no digital que fosse tão eficiente quanto o tradicional”, afirma Leão. Idealizado pela equipe interna de tecnologia da empresa, com a participação de parceiros para tornar a construção do novo ecossistema possível, o Você Conect@ contou com testes de usabilidade com pequenos grupos antes de ser oficialmente lançado em agosto de 2015. O piloto rodou durante cerca de quatros meses e, com o feedback das usuárias, os recursos do aplicativo foram refinados. A dedicação e o cuidado com o desenvolvimento das soluções trouxeram resultados positivos. “Tivemos um investimento muito grande na experiência do usuário, para que fosse algo fácil de usar. A maioria das consultoras usa sistema operacional Android e conseguir o ranking de avaliação de 4,5 em 5 na Google Play foi o indício de que elas de fato gostaram. Essa foi a melhor métrica que poderíamos ter”, comemora Leão.

Acreditamos que a grande mudança na fronteira da venda direta vem por meio da mobilidade e, de fato, estamos investindo pesado para construir cada vez mais recursos para elas, junto com elas

Tríade do sucesso O primeiro ponto endereçado pelo projeto foi o acesso limitado à internet. “Boa parte das consultoras já possuía smartphone, cerca de 60%. Mas o pacote de dados delas não era o suficiente para durar o mês inteiro”, conta o CIO. Para solucionar o problema, a Natura fez uma parceria com a Claro para desenvolver um plano de dados especialmente para esse processo. “Com R$ 15 mensais elas conseguem ter acesso à internet e não são cobradas quando precisarem acessar recursos da Natura”, assinala. Mais um grande desafio foi criar um conjunto de recursos dentro do aplicativo, com os quais as consultoras poderiam operar seus negócios, seja com a Natura ou com o cliente, por meio do mobile. Dessa forma, as consultoras podem realizar pedidos de produtos, consultar a situação da entrega e fazer a venda para a cliente. Para as gerentes também foi uma revolução. “A cada 21 dias, elas tinham de reunir sua rede de consultoras para contar sobre novos produtos, conhecê-las melhor e isso se tornou inviável. Com o dispositivo na mão, é possível saber quem esteve presente nos encontros, quem faz aniversário e quem entregou as compras para esse ciclo. Ela possui uma visão 360 graus da con-

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sultora e pode, inclusive, inserir observações que as ajudam no processo de relacionamento”, explica o CIO, relatando o aprimoramento nas tarefas rotineiras de gestão. Outra dificuldade na hora da compra era o modo de pagamento. Sem a máquina, as transações tinham de ser apenas por meio de dinheiro físico e esse foi o foco de outra implementação que o Você Conect@ agregou ao processo. Dessa forma, a consultora pode receber o pagamento por crédito ou débito sem qualquer problema e com taxa diferenciada. “Isso teve uma importância enorme para nós, porque dessa forma colocamos a consultora no mesmo patamar que o varejo”, observa Leão. Essa parceria foi feita com a PagSeguro e amarrou toda a estrutura necessária para facilitar pedidos e transações por meio do celular. Uma das maiores conquistas com o projeto foi a inclusão digital que ele proporcionou às consultoras da empresa. “Temos muitas pessoas da classe C, D e E usando, senhoras de idade, pessoas que não tinham ideia da diferença entre Android e iOS”, conta Leão, afirmando que uma parte delas, inclusive, teve sua primeira experiência on-line por conta do relacionamento com a Natura. “Acreditamos que a grande mudança na fronteira da venda direta vem por meio da mobilidade e, de fato, estamos investindo pesado para construir cada vez mais recursos para elas, junto com elas”, encerra. 100+

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Inovação orientada Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA REVISTA IT FORUM

ao negócio SOLUÇÃO CRIADA PELA DSM APÓS FUSÃO COM TORTUGA, REDUZIU DE 90 DIAS PARA UM MÊS O TEMPO DE ANÁLISE DA PERFORMANCE DOS 2 MIL EMPREGADOS NA AMÉRICA LATINA PARA DIVISÃO LUCROS E RESULTADOS

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A decisão da multinacional holandesa DSM do setor químico de ampliar os negócios na América Latina trouxe novos desafios para a indústria de produtos para nutrição animal e humana após a aquisição da Tortuga, fabricante brasileira de suplemento alimentar para gado. Um deles foi a integração das equipes, o que demandou da TI novas soluções para atender à área de Recursos Humanos. Foi dessa necessidade que nasceu o projeto SalaryRound, aplicação que reduziu de 90 dias para um mês o tempo de avaliação de desempenho dos colaboradores para participação nos lucros e resultados (PLR). A ferramenta desenvolvida no Brasil será adotada como padrão global pela matriz e o projeto rendeu à empresa o selo de mais inovadora na categoria Agropecuária e Serviços Relacionados, como parte do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. Atualmente, a DSM conta com cerca de 2 mil funcionários distribuídos em dez países da América Latina onde a companhia marca presença, que são Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Desse total, 700 são contratados pela filial brasileira. A área de RH da companhia utiliza uma metodologia complexa para avaliar anualmente o desempenho de cada indivíduo e fazer a divisão dos lucros de forma mais justa. O processo envolve cálculos do orçamento anual aprovado para cada subsidiária, remuneração atual do colaborador e média salarial do mercado. Esse trabalho era 100% manual, realizado com planilhas e cálculos em cima de um grande volume de informações. “A necessidade de um sistema que aperfeiçoasse esse processo era essencial e assim surgiu o SalaryRound”, conta Valdemir Raymundo, diretor de TI da DSM para América Latina. Geralmente no mês de janeiro, os gestores da DSM criam o plano de metas de suas equipes com objetivos a serem cumpridos. Esse programa passa por revisão no meio do ano e em dezembro as chefias verificam como estão as metas de cada funcionário. Raymundo avalia que esse trabalho ficou bastante complexo depois que a companhia holandesa comprou em 2012 a brasileira Tortuga para ampliar sua atuação na América Latina. “Há três anos, a DSM era uma operação de R$ 300 milhões na região e atuava somente com produtos para nutrição humana. Com a compra da Tortuga, o faturamento do grupo multiplicou para R$ 1,2 bilhão na região”, lembra Raymundo. No Brasil, por exemplo, o grupo mais que triplicou sua força de trabalho, saindo de 200 colaboradores para 700, sendo que 500 vieram da companhia adquirida. Como não havia nenhuma solução que atendesse aos requisitos da empresa, a SalaryRound foi desenvolvida internamente. “Começamos avaliando as necessidades da área de RH, tempo e custos consumidos no processo, segurança das informações, organização dos dados e controle dos gestores”, relata o executivo. A segunda etapa envolveu a automatização das tarefas manuais e o treinamento dos gestores para o uso da ferramenta. “O resultado foi a redução do tempo para realizar a avaliação de desempenho dos funcionários de 90 dias para um mês, trazendo corte de gastos, além da possibilidade de reduzir erros”, analisa o CIO. As informações foram criptografadas e a aprovação dos gestores foi simplificada. Hoje, a área administrativa controla o

status de aprovação da análise de desempenho dos funcionários de todos os países da América Latina com relatórios concisos. “Criamos uma ferramenta inovadora que automatizou tarefas e trouxe mais transparência para o processo de divisão dos bônus. Agora, temos todas as informações para explicar aos funcionários como sua avaliação foi realizada”, assinala Raymundo. Essa clareza, segundo ele, gera mais tranquilidade para os empregados, principalmente os que vieram da Tortuga. Expansão do projeto A aplicação SalaryRound começou a ser implementada em 2014 e entrou em produção em janeiro de 2015 no Brasil e em nove países da América Latina. A próxima etapa prevê expansão para operação global da companhia holandesa, que emprega 21 mil funcionários ao redor do mundo e movimentou no ano passado 9,8 bilhões de euros. O CIO, que veio da Tortuga para comandar a TI da DSM na América Latina, acredita que o projeto do Brasil despertou interesse da matriz pela inovação orientada ao negócio. “Temos de pensar em soluções que atendam as operações locais, mas que tenham visão global”, diz ele que já se prepara para implementar a solução RH Transformation, ferramenta adotada pela corporação e desembarcará na região. A iniciativa padroniza a comunicação do RH com os funcionários no mercado mundial. O sistema oferece atendimento self-service aos colaboradores. Pela aplicação, eles poderão consultar via web informações como as relacionadas às férias, conduta no trabalho, treinamento e cursos. O novo sistema vai acompanhar o desenvolvimento de cada empregado e recomendar programas de treinamento para o progresso do profissional. O projeto RH Transformation começará a ser implementado na América Latina em janeiro de 2016. 100+

Finalista da categoria 1º Valdemir Raymundo, da DSM 2º Paula Rebelo, da Cocamar 3º Ademir Silva, da Lar

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FOTO: DIVULGAÇÃO

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Máquina Por DÉBORAH OLIVEIRA

inteligente BANCO BRADESCO MERGULHA NA ERA DA COMPUTAÇÃO COGNITIVA PARA APRIMORAR ATENDIMENTO DE AGÊNCIAS E LEVAR BENEFÍCIO PARA SEUS CLIENTES

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Desde sua fundação, em 1943, o Bradesco tem a inovação como premissa. Essa característica permeia todas as ações da instituição financeira e exemplos disso não faltam. O banco foi o primeiro a posicionar os gerentes das agências perto da porta de entrada para manter proximidade com os clientes, também foi pioneiro ao contar com o primeiro computador na América Latina e ao lançar o primeiro cartão de crédito no País nos anos 60. Agora, o banco deu um passo importante para fortalecer sua posição diferenciada no segmento com um projeto que vai fazer uso do Watson, sistema de computação cognitiva da IBM capaz de realizar pesquisas dentro de um vasto repositório de informações e extrair análises e retornar respostas em segundos. “Inovação é parte integrante da nossa estratégia de sustentabilidade dos negócios”, destaca Mauricio Minas, vice-presidente de tecnologia da informação do Bradesco. Em razão desse perfil, a IBM convidou o banco para a realização de um piloto com o uso do Watson, levando a computação cognitiva para o call center que executa o atendimento de funcionários de agências e posteriormente para clientes. A premissa, segundo Minas, é aumentar a eficiência operacional e conquistar incremento na receita. O projeto rendeu ao Bradesco o primeiro lugar no ranking de As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Bancos. O pioneirismo da iniciativa resultou em, diversos desafios surgiram. “É quase uma experimentação”, assinala. Um deles era ensinar o Watson, que tem o inglês como idioma nativo, a falar português. “O sistema precisava não apenas aprender palavras, mas entender ideias, contexto e vocabulário específico do banco”, explica o executivo. No mundo financeiro, por exemplo, são comuns expressões como “segurar o carro” e “realizar o prejuízo”, que se levadas ao pé da letra podem não fazer o menor sentido para o sistema e gerar respostas sem nexo. Nessa fase, que teve início em maio de 2015 e foi finalizada em outubro de 2015 do mesmo ano, mais de 20 colaboradores fizeram o papel de pais do Watson, ensinando o que pode ou não ser dito e corrigindo o sistema, se necessário fosse. Agora, o Watson, assim como uma criança, já foi alfabetizado e estuda para aprender o vocabulário específico do banco. “Um time faz a curadoria do que vai para ele. Até o final do ano essa etapa será concluída e então iniciaremos o atendimento às agências”, explica Minas. Quando entrar em operação, o Watson vai atender a todas as agências do banco, que somam 4.650 e envolvem 65 mil funcionários. Como vai funcionar? Minas detalha que todas as agências contam com um portal interno que reúne diversas aplicações, uma delas a de suporte à agência em caso de dúvidas sobre o dia a dia do pessoal que trabalha nas unidades. Hoje, o atendimento é feito via chat por um operador. Quando o Watson entrar em cena, as perguntas serão respondidas pelo sistema e não mais por uma pessoa. Mesmo que o sistema registre centenas de atendimentos ao mesmo tempo, ele foi desenhado para suportar milhares de demandas simultâneas. “É preciso apenas adicionar capacidade de processamento. O modelo é escalado muito rapidamente”, pontua o vice-presidente de tecnologia da informação do banco. Além disso, mesmo que o Watson não saiba responder à uma pergunta, ele rapidamente aprenderá e poderá aplicar a resposta em outras questões iguais ou semelhantes. Ainda assim, o grau

de assertividade no retorno é altíssimo em todos os casos, garante o executivo, que se mostra animado com o poder da computação cognitiva nos negócios do banco. Depois que entrar em operação nas agências, a ideia do Bradesco é ampliar o atendimento também para os clientes, via chat, e Minas não descarta a possibilidade de a evolução seguinte da tecnologia agregar perguntas e respostas por voz. Disrupção O fato de a máquina se comunicar de forma análoga é algo completamente novo no mercado, constata Minas. “Essa é uma característica inovadora do projeto”, completa. Segundo ele, quando se fala de analytics e big data ainda não há uma interface humanizada. Com o Watson, diz, é possível promover interação por meio da linguagem humana e não artificial. As expectativas de Minas com o projeto são altas. “Ainda estamos nas primeiras fases, mas a expectativa é muito grande”, comenta. O vice-presidente de TI do banco conta que surpreendeu até o momento a capacidade de aprendizado do Watson. Os ensinamentos do idioma terminaram antes do que o esperado e com ótima assertividade. Quando o sistema passar para o efetivo uso, a instituição financeira vai poder medir ganhos de produtividade, número de respostas por dia, tempo consumido para responder e tempo economizado. Minas lembra que a trilha de inovação do banco nunca para e que a computação cognitiva leva mais sofisticação tecnológica ao banco. “Na medida que temos tecnologias e inovações, ideias vão surgir e tornar possíveis coisas que antes não eram. É a continuidade de nosso processo de sempre buscar o novo”, finaliza o executivo. 100+

Finalista da categoria 1º Mauricio Minas, do Banco Bradesco 2º Geraldo Dezena, do Banco do Brasil 3º Roberto Zambon, da Caixa Econômica Federal

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FOTO: BRUNO CAVINI

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o preciso

Do empírico para Por TISSIANE VICENTIN

ASSAÍ ATACADISTA COMPROVA QUE COM UMA FERRAMENTA SIMPLES É POSSÍVEL SEGMENTAR DADOS PARA AJUDAR NA EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS E FIDELIZAR CLIENTES

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Em operação desde 1974, a rede Assaí Atacadista possui hoje 91 lojas em 13 estados brasileiros. Para operar em todos esses locais, foi preciso muito planejamento e um trabalho interno extenso. Não só isso, demandou muitas ações de relacionamento com o cliente para cativá-lo. Afinal, construir um canal de fidelidade com a marca requer entender qual o melhor negócio para cada um de seus consumidores e direcionar a comunicação. Acertar a mão nesse processo significa cruzar informações de diferentes bancos de dados e traçar um perfil para cada campanha lançada a fim de conquistar o mercado pretendido. Até pouco tempo, esse processo era feito manualmente e demandava tempo precioso de cada colaborador envolvido com a atividade, de acordo com o CIO do Assaí Atacadista, André Campos. “É desafiador consolidar as informações, porque elas provêm de diferentes fontes, além de ter de fazer a segregação de dados específicos”, observa. Partindo desse ponto, Campos criou o ToT, ferramenta de segmentação que contribuiu para o trabalho de mapeamento de clientes existentes e potenciais realizado pelas áreas de marketing, vendas e expansão de unidades. “Todo o processo era feito de forma empírica. O que fizemos foi entender a necessidade de várias áreas e traduzir em uma ferramenta fácil de usar”, conta. Foi esse projeto que o consagrou com o primeiro lugar na categoria Comércio Atacadista e Varejista em as 100+ Inovadoras do Uso de TI 2015. Por meio da ToT, é possível não somente saber o nome e o ramo da empresa que o Assaí quer incluir em sua base de clientes, como também o local e outros dados importantes usados nas ações. “Imagine que acabamos de abrir uma unidade e queremos nos aproximar de clientes locais, como restaurantes e hotéis. Com a ferramenta, conseguimos segmentar essas informações e, inclusive, encontrar por geolocalização onde eles estão ao meu redor em um raio de 50 quilômetros, por exemplo”, explica Campos. Para converter o processo tradicionalmente manual em algo prático, foi necessário colocar na base de dados do ToT informações relacionadas a 18 milhões de empresas, disponíveis publicamente em fontes fidedignas como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), da Receita Federal. Esse processo foi um dos desafios do projeto, de acordo com Campos. Depois, uma vez na base, essas informações precisam ser verificadas e normalizadas. Colhendo os frutos Uma das preocupações de Campos foi tornar a ferramenta amigável aos usuários. “A solução deveria ser simples para não ter restrições. Se apresentássemos muitas manobras, não estaríamos fornecendo nada de diferente para eles”, conta. Segundo ele, o simples sempre culmina no aumento da produtividade. Por conta disso, um dos principais benefícios obtidos com a implantação da solução, segundo o CIO, foi a diminuição do tempo de cruzamento de dados, que pode ser concluído em até quatro cliques. “Em vez de consumir tempo para gerar massa de clientes, nossos funcionários agora efetivamente gastam com relacionamento que é o foco central do trabalho”, afirma.

um dos principais benefícios obtidos com a implantação da solução, segundo o CIO, foi a diminuição do tempo de cruzamento de dados, que pode ser concluído em três ou quatro cliques

As áreas comercial e de operações também se beneficiam da ToT porque podem mensurar o potencial de clientes em uma nova unidade e, dessa forma, dimensionar adequadamente uma loja, gerar vendas e compras, afirma o executivo. Além disso, a ferramenta também permite criar um perfil de cada um dos clientes para que futuras campanhas conquistem ainda mais assertividade na apresentação de produtos e na busca por melhores preços. “A abordagem feita com hotéis não é a mesma com um bar, por exemplo. São relacionamentos diferentes”, observa, completando que a intenção é conduzir um atendimento personalizado. Para os próximos passos, já está previsto um novo recurso para o sistema que vai registrar feedback de malas diretas enviadas aos clientes para incrementar ainda mais o perfil deles e continuar a suportar a fidelização e à expansão da rede, que já conta com cinco unidades em construção para serem inauguradas nos próximos meses. 100+

Finalista da categoria 1º André Campos, do Assaí Atacadista 2º Ubirajara Santos, do Supermercados ABC 3º João Marcelo, das Casas Pernambucanas

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Produção Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

afiada CENTRO FABRIL DA SASAZAKI, LOCALIZADO EM MARÍLIA, PASSOU POR REVITALIZAÇÃO E HOJE CONTROLA A MANUFATURA DE PORTAS E JANELAS EM TEMPO REAL PARA LEVAR MAIS DINAMISMO AOS NEGÓCIOS

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Com o lema de que “A vida é feita de janelas”, a empresa brasileira Sasazaki Indústria e Comércio, precisava dar um salto em inovação para abrir novas oportunidades no mercado e incrementar seus negócios. A solução encontrada para trilhar esse caminho foi levar inteligência ao chão de fábrica da companhia, localizada na cidade de Marília, no interior de São Paulo, entregando aos operários de máquinas ferramentas de mobilidade e aplicações que geram informações da produção em tempo real. Com 73 anos de operação no mercado, a Sasazaki é uma indústria 100% nacional, que fabrica portas e janelas de aço e alumínio. Seu centro fabril emprega 1,2 mil pessoas e produz por ano aproximadamente 3,5 mil itens diferentes, que geram negócios da ordem de R$ 300 milhões (em 2014). Antes de entrar nesse ramo, a empresa atuava no setor agrícola, fornecendo equipamentos motorizados para agronegócio. Em 2013, a Sasazaki foi auditada pela PwC, que constatou algumas rupturas na empresa e recomendou a automatização do chão de fábrica para aprimorar a gestão da produção e ganhar mais eficiência operacional. A fabricante percebeu que havia uma janela de oportunidade para revigorar o centro fabril e decidiu investir em novas tecnologias. A empresa já era usuária do sistema de gestão empresarial (ERP) da Totvs e seguiu a sugestão da PwC em busca de ferramentas para digitalizar a fábrica. Juntamente às áreas de negócios, o departamento de TI desenhou um projeto bastante ambicioso chamado Manufatura Integrada que contemplava três ações divididas em etapas de implementação: automação dos apontamentos do chão de fábrica, implementação do módulo de Planejamento Avançado de Produção (APS) da Totvs e reestruturação do supply chain. O projeto começou com digitalização do chão de fábrica. Rafael Tofaneli, analista de negócios do departamento de Tecnologia da Informação e gerente que acompanhou a iniciativa, relata que o centro fabril fazia o apontamento de produção, mostrando todas as etapas de fabricação manualmente. “Os controles eram feitos em papel de pão. O pessoal só ficava sabendo o que havia sido produzido um dia depois”, conta o executivo. Diante desse cenário, o desafio inicial do projeto Manufatura Integrada era gerar um mapa completo da produção no computador e entregar as informações sem erros para os gestores tomarem decisões mais acertadas. Com a iniciativa, a Sasazaki passou a acompanhar em tempo real a fabricação dos produtos fazendo apontamento de início e término da operação. Com a automação, cada linha de montagem ganhou um perfil com informações coletadas e armazenadas no momento da fabricação. Alexandre Neves Amorim, analista de sistema, responsável pela parte técnica do Manufatura Integrada, informa que agora é possível saber o que é sendo produzido nas duas fábricas da Sasazaki. Uma delas é para corte de aço e outra faz portas e janelas. Operário conectado A automação da fábrica exigiu revisão dos sistemas de engenharia e implementação de computadores, além de recursos que dessem mobilidade aos operários e que fossem fáceis de serem utilizados, já que muitos não têm habilidade com tecnologia.

Para transmitir informações de manufatura, a Sasasaki equipou operadores de máquina com coletores com QR Code, que fazem leitura dos códigos de barra dos produtos e reportam o que saiu das linhas de montagem. O centro fabril ganhou também uma impressora sem fio e um telão pelo qual os gestores podem visualizar dados da produção. Todos esses equipamentos se comunicam por uma rede Wi-Fi. O projeto de automação do chão de fábrica na Sasazaki começou em agosto de 2013 e foi concluído em maio de 2015. Já o APS com módulo da Totvs está na reta final. “Em dezembro estará 100% finalizado. Faltam apenas algumas adaptações de planejamento pela área de negócios”, informa Tofaneli. O projeto Manufatura Integrada promoveu um revolução na Sasazaki com impacto nos negócios. Para Amorim, a iniciativa traz inovação para indústria que passa uma produção mais inteligente, com informações em tempo real de tudo o que está fabricado. A geração de dados on-line, que segundo Amorim, ajuda a companhia a trabalhar com estoques menores, planejar melhor as entregas aos clientes e ser mais assertiva nas decisões. “Agora, não corremos mais o risco de errar nos reportes de produção”, informa o especialista. A próxima etapa do Manufatura Integrada será a revitalização da cadeia de suprimento. Entretanto, Tofaneli afirma que os cronogramas foram alterados e devem ser implementados com apoio de uma consultoria externa para alinhamento com as novas estratégias da companhia. A Sasazaki é uma empresa familiar, controlada por imigrantes japoneses e em outubro último contratou um novo presidente, Francisco Carlos Veza, que chega à empresa com a missão de profissionalizar sua gestão. 100+

Finalista da categoria 1º Leandro Bocalon, da sasazaki 2º Roberto Nakamoto, da Cyrela 3º Reinaldo Sima, MRV Engenharia

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Cérebro

Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA REVISTA IT FORUM

eletrônico PLATAFORMA EM NUVEM DO POLIEDRO ANALISA CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES E TRAÇA AGENDA PERSONALIZADA DE CONTEÚDOS QUE DEVEM BUSCAR PARA MELHORAR DESEMPENHO NAS PROVAS

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A preparação para a maratona de provas como do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vestibular, simulados e testes aplicados em sala de aula exige dos estudantes bastante paciência e organização para que eles sejam mais produtivos em seus objetivos. O Sistema de Ensino Poliedro (SEP), grupo educacional que conta uma rede de 130 escolas parceiras e vem há mais de 20 anos ajudando alunos a entrarem nas melhoras universidades do Brasil, criou uma ferramenta para apoiar nessa árdua tarefa. É a plataforma P+Bringing Education Together, que se propõe a entregar uma agenda personalizada de estudos de acordo com a necessidade de cada estudante. Concebida para funcionar como uma espécie de cérebro eletrônico, que se encarrega de alertar aos alunos que devem estudar para reforçar o aprendizado, a plataforma P+Bringing Education Together é baseada em um conjunto de aplicativos em nuvem. A solução pode ser acessada pelos usuários em qualquer lugar e horário por smartphones, que hoje são praticamente amigos inseparáveis dos jovens. “A proposta da ferramenta é fazer com que os estudantes aprendam mais rapidamente as matérias de que precisam para melhorar suas notas nas provas”, explica Luís Roberto Macedo Coimbra, diretor de Tecnologia e Inovação do Sistema de Ensino Poliedro. Com base em simulados realizados pelo aluno, a plataforma cria um banco de dados com erros e utiliza ferramentas analíticas de big data para traçar um plano de estudo para ele, indicando materiais que devem ser buscados para preencher lacunas de conhecimento. Ao perceber que determinado aluno apresenta dificuldades em aritmética, por exemplo, a solução faz uma lista de leituras, vídeos no canal YouTube e outros conteúdos que podem ser consultados na internet de forma ética ou fora da web para resolver deficiências. A tecnologia recomenda também o tempo que deve ser dedicado ao aprendizado de cada área do conhecimento com metas para estudar aulas ministradas durante a semana, no dia, ou para passar no vestibular. Os alunos podem editar itens da sua agenda e acrescentar algum estudo de preferência. Essas recomendações são enviadas aos estudantes por meio de apps após cada simulado do SEP. Coimbra destaca como exemplo disso a preparação para o Enem 2015, realizado pelo Ministério de Educação (MEC) no final deste ano. “No simulado final, 30 mil alunos do SEP fizeram as provas e receberam apps com agendas do que deveriam estudar para resolver dúvidas que tinham”, afirma. São planos de estudo orientados e assistidos para que os alunos foquem em alcançar seus objetivos com mais produtividade. A ferramenta P+Bringing Education Together chegou na instituição para enriquecer os estudos também ministrados em sala. O CIO do SEP observa que hoje o processo de educação é contínuo, o que faz com que os alunos se apoiem bastante no celular em classe para pesquisar e checar informações passadas pelos professores. Os educadores deixaram de ser os detentores do conhecimento e estão assumindo mais o papel de gestores de conteúdo. Para acompanhar essa mudança, a nova plataforma do SEP funciona integrada ao pacote da Microsoft Office 365 para edu-

cação, hospedado na nuvem para permitir que professores e alunos compartilhem pastas das matérias na sala de aula. “Num primeiro momento, os educadores ficaram preocupados pela dificuldade de lidar com as novas tecnologias, mas logo perceberam que a atual geração já domina muitas das ferramentas que estão sendo apresentadas e que será mais fácil preparar as aulas", comenta o CIO. Internet das coisas A P+Bringing Education Together foi lançada em 2014 e já conta com 90 mil usuários entre estudantes, professores e pais. A segunda etapa do projeto prevê integração da tecnologia com a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), com intuito de unir os mundos físicos e digital, permitindo aos alunos acesso a cadernos e livros em papel por meio de etiquetas eletrônicas pela cloud onde quer que eles estejam. “Acreditamos que no futuro será possível oferecer ensino personalizado em larga escala por meio de aplicativos e internet das coisas”, profetiza o CIO, que faz questão de ressaltar que as novas ferramentas não vêm para substituir o professor ou a escola, mas para serem assistentes pessoais que vão conectar agentes da educação. Ao analisar o processo de inovação da nova plataforma, o CIO destaca um dos diferenciais do projeto, desenhado para mobilidade. Ele observa que às vezes empresas pegarem aplicações web e levarem para as telas pequenas pode prejudicar a experiência do usuário. Outro recurso que ele considera importante é a possibilidade de o aluno acessar o app off-line, sem ficar dependente da conexão banda larga. 100+

Finalista da categoria 1º Luis Coimbra, Sistema de Ensino Poliedro 2º Ailton Brandão, Kroton Educacional 3º Luciano Lopes Pereira, Universidade de Uberaba

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Um novo

ciclo Por VITOR CAVALCANTI

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VOTORANTIM INDUSTRIAL RENOVA INFRAESTRUTURA COM VISTAS A PREPARAR A EMPRESA PARA O FUTURO DIGITAL

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Projetos batizados de estruturantes em grandes grupos sempre vêm acompanhados de desafios e um pouco de emoção. E pra ser bem objetivo, o grande desafio é um só: implantar. Pode parecer clichê ou simplista, mas pense em uma empresa com diversos ramos de negócio, atuação nacional e internacional, níveis de governança bastante elevados e usuários satisfeitos. Nesse tipo de situação, o novo representa um risco, que pode vir vestido de paradas inesperadas ou cronogramas que saem do controle. Assim, o projeto precisa estar bem embasado e equipe e parceiros muito bem alinhados para que tudo ocorra como o planejado. O descritivo acima bate um pouco com o case apresentado por João Donizete dos Santos, CIO da Votorantim Industrial e vencedor de As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Holding. Por lá, Santos liderou um projeto batizado de Novo Ciclo, que consistiu em renovar toda a infraestrutura da companhia, preparando o grupo para o futuro digital e visando também mais eficiência operacional e redução de custos, dois itens perseguidos com muito esforço pelos conglomerados industriais no Brasil. Como explicou o executivo, a iniciativa atualizou praticamente 100% de toda a infraestrutura de data center, trazendo equipamentos atuais e com muito mais capacidade do que os que estavam em operação. Em suma, o projeto modernizou a arquitetura de TI e remodelou os serviços de suporte e service desk das empresas que compõe o grupo, com foco em escalabilidade, desempenho, alta disponibilidade em data centers fisicamente distintos e melhoria dos níveis de serviço (SLA). “Como mexia no coração do ambiente, foi uma gestão de projeto bastante complexa. Eram mais de 20 iniciativas, com um cronograma desafiado pelas janelas, disponibilidade. Foi necessário conciliar tudo o que precisava ser implantado, mas mantendo a empresa em funcionamento”, relembra Santos. A amplitude do projeto exigiu a formação de um grupo multidisciplinar para estudar serviços, necessidades e até SLA's desejados. Assim, foi necessário não só gerir toda a expectativa das áreas envolvidas, como também o trabalho dos parceiros. Por ser um projeto com diversas iniciativas, o CIO explicou que é difícil destacar uma delas como sendo o pilar de inovação do projeto. A infraestrutura de rede, que pode parecer algo passado, por exemplo, foi totalmente atualizada e é parte fundamental do Novo Ciclo, já que propiciou um salto em capacidade, dando sustentação ao futuro imaginado por ele, melhorando também a comunicação entre os data centers utilizados pelo grupo. “Ela permite também internet muito mais rápida e quando se fala em cloud, preciso de acesso externo robusto. Toda essa preparação dá flexibilidade para contratar nuvem. Para isso, trabalhamos fortemente a segurança, com monitoramento total do ambiente.” Falando especificamente de transformação digital, Santos frisou que essa atualização tem sim a pretensão de deixar os fun-

Projeto novo ciclo renovou toda a infraestrutura e prepara o grupo para futuro digital

damentos prontos para esse futuro e lembrou que tal movimento atinge a todos os conglomerados, sejam eles de qualquer segmento econômico. No caso da Votorantim Industrial, foi montado um grupo interno, chamado de GT Digital, que tem como objetivo olhar o que está acontecendo e entender em que e quando faz sentido investir. “Estamos definindo uma estratégia digital para o grupo e entendemos que afetará a todos.” Entre os desafios previstos pela frente, talentos não poderia ficar de fora. Mesmo quando se fala em tecnologias mais disseminadas como big data, o CIO afirma ter dificuldades para encontrar os perfis necessários. Assim, para o mundo digital, Santos busca auxílio de consultorias para desenvolvimento da estratégia, além de estar sempre com o olhar voltado para fora. 100+

Finalista da categoria 1º João Donizeti, da Votorantim Industrial 2º Cristiane Gomes, do Grupo CCR 3º Diogo Martins, Algar

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Interatividade virtual, Por DÉBORAH OLIVEIRA

benefícios reais CNH INDUSTRIAL USA GOOGLE GLASS NA LINHA DE PRODUÇÃO, AUMENTA PRODUTIVIDADE DOS COLABORADORES E DIMINUI CHANCES DE ERROS NA FABRICAÇÃO

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Detentora de marcas centenárias, como a Iveco, a italiana CNH Industrial tem forte compromisso com seus clientes e colaboradores nos países nos quais mantém presença. Seu setor de atuação, o industrial e automotivo, no entanto, é desafiado pela alta rotatividade de funcionários, gerando perda de conhecimento e altos investimentos em treinamento. Quando as áreas de Manufatura e TI da empresa no Brasil se viram diante desse cenário e ainda de constantes mudanças nas regras das plantas de produção, que têm quatro diferentes níveis de fabricação de produtos, elas buscaram na tecnologia uma forma de minimizar os impactos para os negócios. As unidades, então, encontraram uma saída inusitada: a realidade aumentada. “Aplicamos a tecnologia em nossa linha de produção a partir do uso do Google Glass”, resume Ignazio Marchese, CIO da CNH Industrial, vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Indústria Automotiva e Autopeças. “Equipamos nossos colaboradores com a tecnologia para passar instruções de trabalho em tempo real, minimizando o tempo consumido com consultas a manuais e/ou instruções de trabalho”, explica. A planta de Sete Lagoas, perto de Belo Horizonte, foi a primeira a contar com a tecnologia. São quase 50 óculos inteligentes do Google usados por cerca de cem profissionais, que ajudam no processo de fabricação de diferentes produtos. O projeto começou com um piloto no final de 2014 e em três meses já estava a todo vapor. O executivo relata que o projeto é parte do esforço da empresa de diariamente aprimorar seu processo de produção, focando na melhoria do ambiente de trabalho, velocidade sem perda de qualidade e rastreabilidade dos processos e produtos. Além disso, todo o conhecimento adquirido na linha de produção não fica somente na cabeça do colaborador, conferindo mais agilidade e acuracidade ao trabalho. Como funciona? Ao lado da linha de produção, há sempre um Google Glass que traz uma biblioteca de vídeos que mostram a forma correta de montar um produto, do primeiro passo, até a última etapa. “Desde o primeiro momento, tivemos muito sucesso na iniciativa, porque conseguimos observar um benefício imediato. Se tínhamos de mover um operador de linha e ele não conhecia o produto, não tinha problema, porque com o Google Glass ele podia ter acesso a todas as informações de produção”, comemora o executivo. Trabalho conjunto Ao longo do desenvolvimento do trabalho, naturalmente, desafios surgiram como a integração da plataforma com o legado e o alinhamento com os rigorosos protocolos de segurança da empresa. Além disso, o uso do Google Glass implicaria na utilização de uma solução ainda pouco estudada em uma linha de produção. Em razão do alto nível de inovação, a empresa também teve dificuldades para encontrar parceiros tecnológicos que detivessem o conhecimento necessário. E, por fim, foi preciso vencer os obstáculos culturais, a forma de os funcionários trabalharem que era igual havia anos.

Em todas as etapas, no entanto, TI, negócios e parceiros tecnológicos arregaçaram as mangas e fizeram um trabalho a seis mãos, o que eliminou barreiras e desafios encontrados para elaboração e execução das atividades. A condução conjunta fez com que a empresa colocasse em cena uma inovação disruptiva, aplicando, então, a realidade aumentada na manufatura. Marchese afirma que indicadores apontam que o número de erros diminuiu, aumentando, assim, a qualidade dos produtos. “Dessa forma, conseguimos fazer investimentos mais assertivos na planta e até evitar erros”, comenta o executivo, acrescentando que a CNH Industrial se mantém aberta para o novo e em razão desse perfil é sempre possível sugerir inovações. O próximo passo do projeto, relata Marchese, é conectar o Google Glass ao sistema de gestão de peças e abastecimento da linha para fazer baixa e movimentos via comando de voz. Além disso, a ideia é permitir que o operador, por meio do recurso de voz, solicite suporte aos óculos, em caso de dúvidas. Assim, o sistema exibirá um vídeo demostrando como executar o processo, garantindo o recebimento de instrução do trabalho, e ao mesmo tempo manter as mãos do profissional livres para realizá-lo. A próxima planta a contar com a tecnologia, segundo o executivo, será a de Curitiba, maior da empresa na produção de tratores. “A inovação foi muito bem aceita até o momento e o mais interessante é que estão surgindo outras ideias de uso, como no gerenciamento do almoxarifado”, conclui. 100+

Finalista da categoria 1º Ignazio Marchese, da CNH Industrial 2º Fernando Rostock, da GM 3º Carlos Lanfredi, da Eaton

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A todo Por VITOR CAVALCANTI

VAPOR COM PROJETO TREM BALA, MONDELEZ LEVA INTELIGÊNCIA DE VENDAS PARA MAIS DE 350 MIL PONTOS COMERCIAIS NO PAÍS

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Num país de dimensões continentais como o Brasil, não é só de desafios logísticos que vive uma empresa. Mesmo o controle e o estabelecimento de padrões para coleta e análise de informações são encarados como obstáculo para muitos projetos. Isso não significa, no entanto, que seja impossível executar algumas ideias. No caso da Mondelez, o projeto Trem Bala possibilitou à companhia um salto em termos de conhecimento de suas vendas e também no monitoramento e na padronização do ponto de venda, mesmo quando o relacionamento é feito por meio da rede de distribuidores. Na edição anterior do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, a fabricante havia apresentado o projeto Loja Perfeita que, de certa maneira, foi o embrião para o Trem Bala. O anterior, consistia em utilizar toda a informação de venda de maneira inteligente para mostrar ao varejista com quem a Mondelez mantém relacionamento direto a melhor maneira de posicionar os produtos na loja e até o mix de produtos mais adequado. Com resultados mensurados, a ambição foi levar o benefício espalhado por 20 mil lojas para um total de 350 mil pontos de venda, mesclando atendimento direto e por distribuidor. Para tanto, o CIO da companhia no Brasil, Luis Fernando Berti, comentou que alguns desafios precisaram ser superados. Um deles esteve em engajar o distribuidor nessa empreitada, convencendo-o de que esse trabalho não consistiria apenas em levar dados para produção de relatórios interessantes apenas à Mondelez, mas que o modelo traria reais possibilidades de elevar o faturamento de toda a cadeia. “Mostramos para os cem distribuidores que melhorava execução no ponto de venda e também ampliava a rentabilidade. Para o projeto dar certo, era preciso que eles entendessem o valor agregado”, pontuou Berti, que, com a iniciativa, garantiu o primeiro lugar da Mondelez na categoria Indústria de Alimentos, Bebidas e Fumos no prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI. O objetivo era complexo, mas totalmente possível: levar a excelência de gestão atingida nos principais varejistas para qualquer ponto de venda. A tarefa incluiu, por exemplo, um trabalho forte da área de Recursos Humanos para ajudar em “change management”. Houve ainda inclusão de KPI’s no programa de incentivo dos distribuidores para premiar aqueles com melhor desempenho. Por conta da variedade de pontos de venda, Berti acredita que o Trem Bala conseguiu ir além do Loja Perfeita, já que foi preciso desenhar modelos que se adaptassem aos mais diversos comércios, como padaria, lojas de conveniência e mercados de bairro. “Estamos capacitando 8 mil vendedores para ter essa visão, além de todo trabalho realizado com os cem distribuidores.” Do ponto de vista tecnológico, era preciso encontrar uma forma de coletar informações num formato simples e que não onerasse o distribuidor. Para isso, eles recorreram à Neogrid para criar um modelo de integração para os cem distribuidores e que funcionasse independente do sistema de gestão ou coleta de dados utilizado por eles. Esse template, reconhece Berti, foi um diferencial e ajudou muito a convencer a rede de distribuição a se engajar no projeto.

o projeto Trem Bala possibilitou à companhia um salto em termos de conhecimento de suas vendas e também no monitoramento e na padronização do ponto de venda No início, eles consideraram criar uma solução de gestão padrão para todos eles, mas houve resistência. Assim, em vez de impor um pacote de tecnologia, a empresa preferiu deixá-los livres para escolher o sistema e usou o template para coletar as informações necessárias e manuseá-las no BI corporativo. Um dos grandes ganhos nesse sentido foi integrar todos esses dados com os da Loja Perfeita tendo uma visão global do desempenho de vendas da companhia. Ainda como benefício ao distribuidor, está disponível um portal onde eles podem visualizar individualmente seus desempenhos, com design similar ao que a própria Mondelez tem em seu BI. O CIO comemora o resultado, frisando que criou-se na empresa um organismo vivo e sustentável. Se sai ou entra um distribuidor novo, é muito simples adicionar ou retirar do sistema. “O Trem Bala faz parte do plano estratégico e do planejamento de vendas. Houve uma parceria muito forte entre os times de negócio e a TI, havia um foco em trazer resultados. Esse trabalho conjunto foi a chave do sucesso. Não é um projeto que fica no mundo da TI e ninguém usa.” 100+ *Luis Fernando Berti deixou a Mondelez em 30 de novembro.

Finalista da categoria 1º Luis Fernando Berti, da mondelez 2º alexandre carvalho, da master blenders 3º augusto carelli, da pif paf alimentos

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A mágica

FISCALIZAÇÃO DE ÓRGÃO REGULADOR EM EMPRESAS DO GRUPO GÁS NATURAL FENOSA ABRE ESPAÇO PARA BI E CRIA OPORTUNIDADE PARA ATRAIR NOVOS CLIENTES

dos dados Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

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Os negócios da Gás Natural Fenosa no Brasil, empresa espanhola que opera a Companhia Distribuidoras de Gás (CEG) e CEG Rio, no Rio de Janeiro, ganharam novo impulso com a implementação de um projeto de Business Intelligence (BI). A iniciativa teve como objetivo melhorar os indicadores dos serviços prestados ao consumidor. Com a solução, o grupo passou a se apoiar em dados estratégicos para conduzir a operação com maior eficiência e assertividade na tomada de decisão. Com mais de 900 mil consumidores no estado fluminense, o grupo Gás Natural Fenosa tomou a decisão de investir em BI após uma fiscalização pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa). O órgão estabelece metas para companhias do setor, como atendimento dos serviços de emergência em até quatro horas, religação de gás em 24 horas e emissão da segunda via de faturas em um prazo máximo de dois dias. A Agenersa constatou que os níveis de serviço (SLAs) não vinham sendo alcançados e passou a exigir mensalmente comprovação dos índices de atendimento ao consumidor prestados pela distribuidora de gás no Estado do Rio de Janeiro. "Os relatórios mostravam que em 99% dos casos os indicadores não eram cumpridos, o que era um grande desafio", lembra Flávio Campos, CIO da Gás Natura Fenosa. Esse cenário mobilizou a companhia a buscar soluções para melhorar as estatísticas na entrega dos serviços. O projeto de BI se apresentou como saída para levantamento de dados de valor para perseguir as metas impostas pelo órgão regulador e evitar punições. A iniciativa começou em 2014 com um projeto chamado Dashboard Mágico - Controle de Prazos Regulados para distribuição de Gás no Estado do Rio de Janeiro, envolvendo áreas como financeiro, comercial, atendimento ao cliente e operações. Todos se uniram para investigar as razões para a queda dos indicadores na prestação dos serviços. Com a massa de informações coletada das várias unidades, a organização passou a perceber que a pressão da Agenersa para arrumar a casa era algo positivo. "Percebemos oportunidades para os negócios, que antes não conseguíamos enxergar", afirma o CIO da Gás Natura Fenosa. As ferramentas de BI apontaram, por exemplo, regiões com potencial para conquista de novos clientes, pouco explorada até então. A constatação incentivou a equipe comercial a traçar estratégias para redistribuir melhor seus times de vendas. Foi percebido também áreas que não necessitavam de grande concentração de esforços, promovendo a migração das equipes para locais com maior demanda pelos serviços. "Constatamos que podíamos mobilizar os times de vendas pelo painel de controle com apenas três cliques", conta Campos entusiasmado com as mágicas do BI. O levantamento dos dados ajudou as equipes a identificarem regiões com problemas de atraso nas entregas das

finalistas da categoria 1º Flavio Campos, da Gás Natural Fenosa (CEG) 2º Alvaro Martins, da Petrobrás Rio de Janeiro 3º Vanderlei Andrade, da FMC Química do Brasil

contas, o que contribuía para os pedidos da segunda via das faturas. "As equipes de negócios ficaram felizes porque a CEG estava fraca em relatórios e o trabalho com BI sinalizou locais onde há oportunidades", afirma o executivo de TI da companhia de gás. Resultado das medidas As análises de BI constataram também que algumas áreas utilizavam software diferente para levantamento de dados da operação. Algumas informações estavam em planilhas Excel, dificultando a extração dos dados por falta de padrão. Com o Dashboard Mágico, todos passam a ter visibilidade única de dados dos negócios. A avaliação apontou a necessidade de revisão dos processos manuais com a implementação de novos sistemas para aumentar eficiência operacional e reduzir custos. Foi realizado também um mapeamento com novos serviços para melhorar o atendimento ao cliente. Um deles, a criação de uma agência virtual para prestar serviços pelo smartphone. A proposta do app é aliviar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). O projeto de BI concluiu a primeira fase em maio de 2015. Campos avalia ganhos apontando um aumento histórico nas adições de clientes no terceiro trimestre de 2015, com a chegada de 21 mil novos usuários dos serviços de gás da companhia. Em termos de receita, os cálculos do executivo estimam acréscimo de R$ 1,7 milhão ao faturamento com esses clientes entre julho e setembro. O CIO frisa que esses resultados são em decorrência de uma série de fatores e não apenas por causa da implementação do Dashboard Mágico, que em sua visão é uma aplicação que traz inovação para Gás Natura Fenosa e incremento dos negócios. Agora, os relatórios apresentam informações que agregam valor. Com base nos dados, as várias áreas podem criar ações como campanhas para melhorar vendas, identificar novas demandas e desenvolver serviços para atrair os consumidores. 100+

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O valor dos Por TISSIANE VICENTIN

dados CIO DA FIBRIA USA ANÁLISE PREDITIVA PARA INCREMENTAR A PRODUÇÃO DE EUCALIPTOS E LEVAR MELHORES RESULTADOS AOS NEGÓCIOS

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Iniciar uma plantação de eucaliptos é algo que requer paciência. Uma semente plantada hoje leva sete anos para estar no ponto de colheita. Imagine, então, consumir esse tempo e, ao final do ciclo, a safra não sair da maneira programada? Para driblar possíveis falhas, é preciso analisar itens como solo da região e clima. E por que não usar a tecnologia para ajudar nesse trabalho? É exatamente nesse ponto que investiu Wilson Lopes, gerente-geral de TI da Fibria, empresa especializada na produção de celulose branqueada de eucalipto. A aposta garantiu não somente melhores resultados nas plantações, como também o primeiro lugar na categoria Plástico, Borracha, Papel e Celulose no prêmio as 100+ Inovadoras no Uso de TI 2015. O projeto foi idealizado com o objetivo de tornar as operações mais eficientes para garantir uma melhor safra na produção. “Na área de commodities, é comum que uma tecnologia chegue ao seu limite em determinado momento, quando é feito o máximo dentro do possível no processo e não há mais espaço para crescer”, afirma Lopes. A tecnologia adotada anteriormente pela Fibria já havia chegado nesse limite. O aumento da eficiência operacional, portanto, só poderia ser conseguido por meio de um novo aporte tecnológico, como explicou o executivo. Foi, então, que a área de tecnologia da empresa viu uma oportunidade de mudar. Todos os anos, a Fibria promove um encontro para discutir os planos para os 12 meses seguintes. Ao final de 2014, a tendência apontava para big data e analytics e foi a partir daí que Lopes iniciou o trabalho de confecção de uma ferramenta que permitisse transformar dados históricos em oportunidades e, dentro de uma ferramenta simples, obter insights que dessem suporte às tomadas de decisão. Foi criado, então, o Programa de Projetos Analytics e Big Data. Um dos principais desafios da Fibria na produção do eucalipto é identificar fenômenos que podem causar distúrbios. É necessário, assim, analisar diversas variáveis e desenvolver um trabalho que demanda tempo e a resposta para isso foi uma análise preditiva obtida por meio da nova ferramenta baseada em SAP Hana e no software Infinite Insight. “Quando você observa o passado, consegue prever um futuro período de seca, por exemplo. Com a ferramenta, é possível fazer essa análise”, afirma. Na prática, isso significa que, se a cada dez anos há problemas em determinada região que resultará em uma madeira ruim, pode-se assumir que isso é algo recorrente e preparar-se para compensar esse distúrbio resultando em menor impacto naquela safra. Com o projeto pôde-se prever cenários como esses e evitar gastos desnecessários. Lopes preparou uma prova de conceito com dados de 14 anos (dois ciclos de floresta) e passou a trabalhar para entender os efeitos biológico e buscar fenômenos específicos na produção de metros cúbicos de madeira de uma determinada porção de terreno - também conhecido como talhão. “Dessa forma, conseguiríamos responder às principais perguntas da Fibria e provar o valor da ferramenta ao negócio”, conta. Além disso, a ferramenta também traz agilidade para as tomadas de decisão, já que os resultados de uma análise são obtidos quase que em tempo real, além do consequente aumento na produtividade e mais precisão nos resultados.

Quando você observa o passado, consegue prever um futuro período de seca, por exemplo. Com a ferramenta, é possível fazer essa análise

A necessidade de padronizar dados de anos, que passaram por vários sistemas, também foi um dos caminhos críticos pontuados por Lopes. “A qualidade dos dados tem de ser precisa para garantir assertividade na decisão”, relata. O trabalho contou com a colaboração de 40 pessoas, envolvendo outras áreas além da tecnologia, como a equipe de operação florestal e de pesquisa e desenvolvimento. O executivo assinala que essa força conjunta foi essencial para o sucesso da ferramenta. “O perfil da TI muda e passamos a entender como matemáticos e PHDs, por exemplo, trabalham”, constata. De acordo com Lopes, a fase atual do projeto conta com a implementação de um modelo de governança que dará continuidade à melhoria do programa, que se tornou case de sucesso por ser pioneiro no agrobusiness, sendo inclusive apresentado em conferências no exterior. A intenção prossegue o executivo, é fortalecer ainda mais a ferramenta de acordo com o plano traçado incialmente, agregando simuladores que possibilitam que especialistas possam, na própria ferramenta, fazer simulações para averiguar o resultado de decisões com base nas variáveis estipuladas. 100+

Finalista da categoria 1º Wilson Lopes, da Fibria Celulose 2º Mauro Piva Junior, da Credeal 3º Ronaldo Ribeiro, da Cebibra

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Por TISSIANE VICENTIN

Na ponta

dos dedos PARA FACILITAR PROCESSO DE REEMBOLSO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS, ODONTOPREV APOSTOU NO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO MÓVEL, SUCESSO DE ADESÃO NA EMPRESA

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Com a missão de oferecer soluções para assistência odontológica, há 20 anos surgiu a OdontoPrev. Atualmente, a companhia possui 80 mil empresas-clientes e 25 mil cirurgiões-dentistas credenciados que realizam o atendimento de diversos beneficiários em 2,2 mil municípios brasileiros. Antigamente, para receber o pagamento por cada atendimento, os profissionais da rede tinham de enviar à OdontoPrev evidências do tratamento realizado, como radiografias e fotos. O processo era completamente manual, sendo necessário dirigir-se até uma agência para fazer um malote que, posteriormente, era despachado para avaliação. O material passava ainda por um processo de digitalização antes de ser enviado ao sistema, com o objetivo de melhorar a qualidade da imagem para só então passar por uma auditoria e liberar o pagamento, como explica o CIO da empresa, Marcelo Galvão. Há cerca de três anos, o executivo e sua equipe desenvolveram um portal on-line para facilitar o envio de imagens e acelerar esse processo. Apesar de ter obtido a aceitação de 25% da base profissionais credenciados, o site ainda exigia que as imagens fossem tiradas por meio de um dispositivo, como um scanner. Geralmente, esse trabalho também significava ter no local de atendimento uma infraestrutura básica como acesso à internet, um computador e a ajuda de terceiros, como a secretária. Contudo, apesar de ter facilitado sobremaneira o processo para alguns dentistas, alguns profissionais continuavam a enviar informações por meio de malotes. "Para os associados, era mais fácil mandar tudo pelo meio físico", afirma Galvão. Isso significou que o processo ainda poderia ser simplificado. A partir disso, a equipe de TI da empresa passou a trabalhar na reestruturação da forma de envio do material. "Começamos a pensar em soluções possíveis e chegamos na questão da mobilidade, que torna tudo mais prático na captura e no envio dos dados”, afirma Carlos Montefusco, gerente de canais digitais da OdontoPrev, complementando que a questão ambiental também entrou na balança. Afinal, à medida que mais profissionais ingressam no universo móvel, menos gastos são registrados com papel e, consequentemente, com logística. Como lembra Galvão, a OdontoPrev atende 6,4 milhões de beneficiários em planos de saúde e dental no Brasil. "Por mês, são enviados 180 mil tratamentos com imagem. O volume de papel gerado é muito grande”, completa. Surgiu então o App Rede UNNA, projeto responsável por garantir à Galvão o primeiro lugar nas 100+ Inovadoras no Uso de TI 2015 na categoria Saúde. Praticidade O CIO conta que a partir daí a velocidade da adesão à solução foi exponencial, e isso se explica exatamente pelo ponto que a equipe de TI teve o cuidado de se preocupar: a experiência do usuário ou, no caso, desenvolver uma ferramenta que realmente atendesse ao modo que os cirurgiões-dentistas iriam usá-la no dia a dia. Galvão destaca que, desde o primeiro momento, o trabalho foi realizado em conjunto com os cirurgiões e desenvolveu-se um protótipo simples para ser refinado com

finalistas da categoria 1º Marcelo Galvão, da OdontoPrev 2º Margareth Camargo, do Hospital Sírio Libanês 3º Luiz Guimarães, da Unimed Volta Redonda

o feedback dos usuários. Três meses depois, quando a solução foi lançada, o resultado foi bem diferente do planejado inicialmente - e bem mais amigável. "O que demoramos um ano para obter em termos de adesão no portal, conseguimos em três meses no mobile”, observa. E a curva continua subindo. “A mobilidade trouxe mais adesão, porque o dentista não precisa de um assistente para enviar os documentos para ele, por exemplo, muito menos de internet na clínica, já que o aplicativo armazena os dados sem rede e depois os transmite quando a conexão volta”, conta. Hoje, o aplicativo responde por 8% dos envios de imagens. O Rede UNNA foi liberado de forma gratuita para Android, iOS e Windows Phone. Os especialistas contam que a primeira versão, para o sistema operacional da Microsoft, foi feita pela equipe interna e, posteriormente, usada de base por uma empresa terceira para as demais plataformas. Tornar o aplicativo disponível em diferentes sistemas foi um dos primeiros desafios destacados por Galvão. Além disso, a sincronização on-line e off-line também rendeu um trabalho extra à equipe. "Tudo teve de ser bem construído para funcionar corretamente e isso deu trabalho", assinala Montefusco. A solução também traz recursos como a visualização do prontuário do paciente juntamente com as imagens enviadas ao sistema. "Como o profissional pode acessar tudo por meio do celular, é como se tivesse um banco de dados nas mãos", afirma Galvão. Além disso, o Rede UNNA também notifica o profissional caso tenha ocorrido algum problema durante a transmissão e solicita o reenvio das informações. A ideia é integrar cada vez mais recursos que possam facilitar o processo. 100+

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Guincho Por DÉBORAH OLIVEIRA

inteligente COM PROJETO GUINCHO CONECTADO, PORTO SEGURO INOVA AO LEVAR PARA SEUS VEÍCULOS SENSORES E CONEXÃO WI-FI, NO MELHOR ESTILO INTERNET DAS COISAS, COM O OBJETIVO DE APRIMORAR TOMADA DE DECISÃO E LEVAR MAIS SATISFAÇÃO AO CLIENTE

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Nos últimos anos, a Porto Seguro passou a se posicionar como mais do que uma seguradora e, hoje, é vista como uma prestadora de serviços. No coração dessa estratégia está o atendimento primoroso ao cliente. Com base nessa premissa, a companhia buscou novas formas de encantar o consumidor e encontrou na inovação o caminho para conquistar esse objetivo. Embora seja uma empresa tradicional, fundada em 1945, a Porto Seguro conseguiu injetar o novo em seu DNA e hoje é referência no tema. Tanto é que a empresa foi escolhida a mais inovadora no uso de TI na categoria Seguradoras e Serviços Financeiros. “Somos inovadores”, define Italo Flammia, diretor-executivo de Tecnologia da Informação da Porto Seguro, completando que a percepção é generalizada e todos na empresa reconhecem o perfil em diversas partes dos negócios. “Somos rápidos para decidir, adotar ou descartar uma tecnologia. Nos encantamos muito rápido com as ideias e as coisas fluem. Nosso lema é fazer, errar e corrigir logo”, brinca, lembrando que a mentalidade é muito parecida com a de startups. Foi com esse pensamento que a empresa inaugurou em 2014 a área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de TI que tem conduzido uma série de projetos inovadores. Um deles foi pioneiro no segmento, o Guincho Conectado, que usa o modelo de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) para levar mais informações para o guincheiro de carros de segurados da Porto Seguro Auto, Itaú e Azul Seguros. Flammia explica que os guinchos da Porto Seguro, atualmente, já contam com sensores inteligentes para verificar o caminhão mais próximo do cliente para atendimento imediato. A novidade com o Guincho Conectado foi equipar os caminhões com Wi-Fi que usam a operadora da Porto Seguro, a Conecta. “Com a instalação de roteadores veiculares de alta performance, oferecemos para nossos clientes e prestadores cobertura Wi-Fi remota. Assim, aumentamos a eficiência da operação dos guinchos, o grau de satisfação no atendimento e propiciamos novas opções de conectividade IoT na operação logística”, detalha o executivo. Outra facilidade possibilitada pelo projeto foi a capacidade de monitorar, por meio de sensores, que tipo de equipamento de reparo o guincho tem em seu interior. “Se, por exemplo, um deles está perto de uma ocorrência e foi solicitado um atendimento de carregamento de moto, mas o equipamento do caminhão não está carregado, não adianta enviarmos este. Teremos de enviar outro”, explica. O Guincho Conectado está, hoje, em fase piloto em oito caminhões, mas a ideia é ampliar para toda a frota de 1,2 mil guinchos. O desafio de expansão, no entanto, esbarra em uma questão técnica que resultou em custos elevados. “Tivemos de fazer adaptações nos roteadores para que eles atendessem à nossa demanda e suportassem as condições adversas de temperatura”, afirma. A evolução do projeto, conta Flammia, vai possibilitar uma série de oportunidades de novos negócios. Com os sensores conectados à internet, será possível, por exemplo, identificar velocidade do caminhão e comportamento de direção do guincheiro. “Com base nessas informações, podemos criar um gamefication para gerar um ranking dos que seguem as melhores práticas e até aplicar treinamentos”, conta. Outra possibilidade de serviço está relacionada à identificação de veículos roubados. Como os guinchos são equipados com câmeras dentro e fora, tanto na parte dianteira quanto na traseira,

o equipamento poderá identificar placas de veículos roubados. “Os dados são enviados prontamente para a Porto Seguro que inicia o processo de recuperação”, relata o executivo. Até o momento, já foi possível observar diversas melhorias com o projeto, aponta Flammia, como alta satisfação do cliente, do prestador de serviço que tem acesso a mais informações e consegue prestar um melhor serviço ao cliente, além de redução no custo com telecom e melhor eficiência operacional. Mudança de status O diretor-executivo de Tecnologia da Informação da Porto Seguro comenta que toda a inovação que permeia a empresa hoje só foi possível porque a TI conseguiu deixar para trás o status de busca constante por estabilidade, correr para apagar incêndios e preocupação com o dia a dia, para o de maturidade. “Estamos conjugando agora novos verbos como inovar e agilizar”, conta, acrescentando que, como CIO, seu papel é olhar para o futuro e entender como a tecnologia pode ser aplicada aos negócios. O segredo de Flammia, revela, é nunca considerar o trabalho concluído e buscar sempre novidades. “Há sempre algo para melhorar”, sentencia. Além disso, é preciso aliar paixão à inovação. “Precisa de faísca e assumir riscos”, completa. É até por isso que recentemente ele encabeçou uma iniciativa ousada na Porto Seguro que culminou na criação da Oxigênio Aceleradora, que tem a missão de deixar o grupo mais próximo das inovações que acontecem no mercado e ter acesso às diversas soluções, criando, assim, um diferencial maior aos seus produtos. A Oxigênio tem dado tão certo que a expectativa de receber 250 inscrições foi superada e bateu a casa de 1 mil projetos. “Com a TI madura, conseguimos passar para outro nível”, finaliza. 100+

Finalistas da categoria 1º italo Flammia, da Porto Seguro 2º Danilo Zimmermann, da Alelo 3º Ana Lúcia do Amaral, da Liberty Seguros

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Muito além do Por VITOR CAVALCANTI

big data SERASA AVANÇA EM UTILIZAÇÃO DE DADOS AO DESENVOLVER ESTRATÉGIA QUE PERMITE DESENHO DE CENÁRIOS E ACELERA TOMADA DE DECISÃO

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Colocar na mesma frase uso de dados, analytics ou mesmo big data e Serasa Experian soa até repetitivo. A empresa respira informação e tem sido uma constante o trabalho obstinado para utilizar a gama de dados disponível da melhor maneira possível. E isso significa gerar valor, que, por sua vez, pode ser traduzido por acelerar tomada de decisão, melhorar os serviços aos clientes ou mesmo influenciar a criação de produtos. No final das contas, tudo isso trará o que toda corporação almeja: mais receita. Dando seguimento à estratégia, a companhia implementou recentemente o que eles chamam de DataLab. Pelos detalhes compartilhados por Lisias Lauretti, CIO América Latina da Serasa Experian, trata-se um avanço aos projetos de big data iniciados no passado e que, agora, apresentam nova roupagem e resultados importantes. “Esse projeto estabelece condições para criar algoritmo, detectar coisas antes mesmo de elas terem acontecido. Pegue como exemplo o sistema financeiro. A partir do DataLab, conseguimos acompanhar o comportamento de uma conta bancária, por meio da sequência de débitos, locais e prever se próximo lançamento tem sentido ou não. Esse é o nível de granulidade que colocamos no negócio”, comenta. Toda a inteligência do DataLab utiliza conceitos de machine learning e mesmo do Watson, da IBM, ou seja, inteligência artificial, com o objetivo de que a máquina aprenda com o comportamento do usuário, seja para qual finalidade for aplicada. Em termos de dados utilizados para os projetos iniciais – um em finanças e outro em telecom -, Lauretti explica que todo e qualquer tipo de informação disponível, passando por dados estruturados, não estruturados, na web ou de comportamento social, é aproveitado. “Estamos chegando num ponto que se houver alguma região que, por conta de comportamentos detectados, precisar de análise por parte da prefeitura ou da polícia, saberemos detectar”, projeta, para completar: “Caminhamos para criar condições para novos modelos de negócios, tratar dimensões que ainda não tratamos. Trata-se de uma onda de inteligência em cima do fenômeno de big data.” Para o executivo, as inovações propiciadas pelo big data foram muitas, mas um grande volume de dados por si só, ainda que bem armazenado, não resolve problemas das empresas nem gera novos negócios. No passado, relembra, storage era um obstáculo quando se falava em guardar informações pelo alto custo, mas essa barreira foi superada. Até armazenamento em flash ficou factível. Esse barateamento fez com que as empresas buscassem armazenar tudo o que era possível. Na própria Serasa Experian isso acontece. Por lá, eles transformam voz em dados, o que para call center é ótimo. Indo mais além, os próprios chamados softwares de big data baratearam. “O que mais diferencia esse projeto é a capacidade de criar conexões entre as informações, subentendendo que trabalhamos com informações úteis. Estamos aproveitando machine learning até em TI, a partir dos dados de monitoramento de nossa infraestrutura para saber probabilidade de incidentes.”

TI ágil Além da inovação do DataLab, que garantiu à Serasa Experian a liderança na categoria Serviços Diversos de As 100+ Inovadoras no Uso de TI, algo interessante do projeto está no fato de ter sido conduzido em modelo lean startup, o que tem sido cada vez mais comum na TI de grandes empresas. O objetivo, neste caso, é garantir mais agilidade e dinamismo. No modelo da companhia, essa proximidade com negócios nascentes tem sido valorizada, mesmo para busca e uso das tecnologias criadas por elas. Para Lauretti, existem dois cuidados a serem tomados nesse tipo de relação: a empresa tradicional não sufocar o modelo lean e, do lado da startup, aceitar que muitas vezes falta maturidade. Alinhadas as expectativas, acredita o executivo, existe um casamento perfeito; basta cada um estar consciente de que precisará ceder algo e construir uma relação transparente. Falando sobre desafios do projeto, não poderia faltar a mão de obra especializada. Ainda que a companhia tenha uma área de analytics forte e com muitos estatísticos e cientistas de dados, não foi possível seguir com o projeto apenas aproveitando talentos internos. Houve uma busca no mercado, mas a dificuldade foi grande. Os profissionais com formação e experiência desejadas são raros e altamente valorizados. Para finalizar, sempre vale citar algumas curiosidades. A Experian, nos Estados Unidos, já tem trabalhado com o DataLab e isso tem ajudado a equipe brasileira; a troca de experiência é sempre importante. Olhando para soluções especificamente, é difícil dizer o que não foi usado. Entre as tecnologias aplicadas estão: infraestrutura cloud e ferramentas open source em ambiente Big Data (Cloudera Hadoop, HDFS, Streaming, Hive, HBase, Pig, Impala, Sqoop, Spark), ambiente de desenvolvimento com linguagens Python 2, Python 3 e bibliotecas Numpy, Scipy, Scikit-learn, Padas, Seaborn, NLTK, Theano, Jira, além de Scala, R e Matlab. Está bom para você? 100+

Finalistas da categoria 1º Lisias Lauretti, da Serasa Experian 2º José Pires, do Ecad 3º Nilson Busto, do Demarest Advogados

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Nuvem no

coração da estratégia Por DÉBORAH OLIVEIRA

COM CLOUD COMPUTING, RECEITA FEDERAL INTEGRA DIVERSOS SERVIÇOS PARA SIMPLIFICAR E FACILITAR O CUMPRIMENTO DO CIDADÃO COM AS OBRIGAÇÕES DO FISCO

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Na Receita Federal, a premissa da área de Tecnologia da Informação é investir constantemente em inovações para simplificar a vida do cidadão que tem de cumprir com obrigações do Fisco. Prova disso é a evolução do sistema de Declaração do Imposto de Renda, que passou do papel para o disquete e há alguns anos totalmente para o digital. Mas a TI queria mais e lançou o aplicativo móvel da Declaração, para Android e iOS, a Declaração Pré-Preenchida e o Rascunho, que permite que o contribuinte inicie o preenchimento dos dados referentes ao Imposto de Renda Pessoa Física em qualquer dispositivo à medida que os fatos acontecem e assim facilitar o envio das informações para o órgão. O que faltava até esse ponto, no entanto, era algo que pudesse integrar todos esses serviços e a solução veio com a nuvem, dando origem ao projeto Arquitetura da Declaração Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Serviços Públicos. Cláudia Andrade, CIO da Receita Federal, explica que o desenvolvimento do modelo de arquitetura da DIRPF pautou-se na criação de uma solução de TI que possibilitasse ao contribuinte agilidade no preenchimento e na transmissão da Declaração por meio da utilização de computação em nuvem privada do Serpro - provedor e integrador de soluções de TI do governo federal - e do desenvolvimento de aplicativos conectados como Declaração Pré-Preenchida, Rascunho da Declaração, Aplicativo Carnê-Leão e Aplicativo IRPF. “Quando o aplicativo móvel do Imposto foi lançado, iniciamos o uso de cloud de forma contida. Com o surgimento de diversas arquiteturas, pensamos em uma forma de integrar tudo isso, conectando as pontas”, conta a executiva. Ela assinala que a condução de projetos com soluções de vanguarda, como é o caso da cloud, gera um risco de não aceitação por parte da alta administração, especialmente quando está em jogo uma plataforma madura e conceituada, como é o caso do Programa Gerador de Declaração do Imposto de Renda (PGD), usado por 26 milhões de cidadãos no Brasil. “Contudo, quebrar paradigmas em prol da inovação é um desafio que a TI da Receita Federal tomou para si, buscando evoluir no atendimento a um novo público que exige disponibilidade permanente, agilidade e segurança em todo o processo que permeia a prestação de informações”, observa. Claudia e seu time, conseguiram provar às áreas de negócios os diferenciais em termos de usabilidade e navegação da nova arquitetura, deixando para trás problemas que pudessem impactar no planejamento ou na implementação da solução. “Sem a nuvem não teríamos registrado sucesso na integração”, relata. Como benefício da iniciativa, Claudia cita a melhoria no relacionamento da Receita Federal e do cidadão, por oferecer serviços que facilitem e acelerem o processo de cumprimento das obrigações com a fiscalização. Com a facilidade, a executiva conta que o orgão está agora atingindo em cheio um novo público, ávido por mobilidade e tecnologia.

Quebrar paradigmas em prol da inovação é um desafio que a TI da Receita Federal tomou para si

Além da tecnologia Para Claudia, o maior diferencial do projeto foi o empenho do time. “A equipe estava afinada e tecnologicamente preparada para a integração entre as diversas tecnologias, que permitem mobilidade para os contribuintes”, diz. Ela conta ainda que esse empenho tem sido reconhecido pelo mercado, com a conquista de prêmios, como foi o caso do Executivo de TI do Ano, promovido pela IT Mídia, e mais recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que afirmou em Acórdão ser inquestionável o conhecimento da área. Com a bandeira de possibilitar simplicidade, Claudia reforça que o papel da TI da Receita Federal é posicionar-se como inovadora. E a ideia é usar a nuvem para evoluir o processo de Declaração. “Na medida que colocamos mais funcionalidades no programa, temos a oportunidade de incrementar o processo”, afirma, explicando que será possível, por exemplo, aumentar o nível de validações automáticas, cruzando informações dos bancos de dados. Assim, uma vez que o cidadão inicia o processo de preenchimento da Declaração já virão preenchidas as informações sobre os pagamentos efetuados pelo empregador, entre outros dados resgatados dos bancos de dados da Receita. “Vamos fortalecer a solução, torná-la ainda mais completa e com a possibilidade de reduzir erros e diminuir a quantidade de pessoas na Malha Fina”, conclui. 100+

Finalistas da categoria 1º Cláudia Andrade, da Receita Federal 2º Antônio Ramos Gomes, da PROCERGS 3º Roberto Woltmann, do Sebrae/RS

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Venda de aço on-line? Por TISSIANE VICENTIN

Sim, é possível LUIZ CLÁUDIO MAGALDI MOSTRA COMO O SEGMENTO SIDERÚRGICO PODE TIRAR PROVEITO DE UMA PLATAFORMA DE E-COMMERCE

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A cada dia, o número de usuários na internet brasileira cresce. Este ano foram registrados cerca de 95,4 milhões de internaturas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de novembro de 2015. É fato que o acesso à rede diminuiu fronteiras e abriu um mundo de possibilidades e, por conta disso, não é de se estranhar que diversas empresas hoje apostam em uma estratégia móvel e on-line para cativar o público, estreitar relacionamento, ganhar mercado e alavancar negócios. Investir em um e-commerce, portanto, surge como uma ferramenta propícia para atingir tais objetivos e foi essa a aposta da Arcelor Mittal. A empresa desenvolveu um marketplace virtual para venda de produtos com foco no cliente final. De acordo com o CIO da companhia, Luiz Cláudio Magaldi, o projeto é pioneiro no ramo de siderurgia pelo fato de ainda não existir uma loja on-line voltada para o B2C nesse segmento. A solução posicionou o executivo em primeiro lugar na categoria Siderurgia, Metalurgia, Mineração e Mecânica nas 100+ Inovadoras no Uso de TI 2015. O desenvolvimento do projeto foi pautado na mudança do perfil de clientes, que querem cada vez mais comodidade, bem como no futuro cenário das compras, que tende a ser cada dia mais virtual. “Os clientes de hoje não serão os mesmos de amanhã. As gerações mudam e, cada vez mais, pessoas compram por meio da internet”, observa o executivo, completando que o número de clientes que se dispõem a ir a um centro de distribuição atualmente é menor do que aqueles que preferem adquirir produtos on-line. “Hoje, queremos facilidade e a possibilidade de realizar compras de forma personalizada - tudo isso sem que seja necessário atendimento com um intermediário”, afirma. O e-commerce demorou nove meses para ser desenvolvido e está ativo desde junho deste ano para todos os consumidores do estado de São Paulo, com planos de ser ampliado para todo Brasil em 2016. O arquiteto de negócio, Daniel Spínola, explica que o portal é totalmente self-service e automatizado com soluções que englobam compra, pagamento e entrega. Magaldi ressalta, ainda, que o cliente também tem a possibilidade de pagar por meio de cartão de crédito - o que foi uma conquista, visto que, no geral, as transações nesse segmento são realizadas por meio de cheques - e também há a possibilidade de efetuar a compra por meio de outros dispositivos móveis, já que o portal é responsivo. Fora isso, a empresa conta com 120 centros de distribuição espalhados pelo Brasil. A logística para o e-commerce, portanto, não seria problema. Pelo contrário, ter toda essa infraestrutura cumpriria com um dos principais diferenciais da solução: rapidez na entrega somada ao menor custo no frete. “Já tínhamos a rede de distribuição para o apoio logístico, então entrar com mais essa modalidade por meio da plataforma on-line foi importante. Onde quer que o cliente efetue a compra, direcionamos o local mais próximo dele por meio da plataforma”, afirma Magaldi. “Tempo é dinheiro, então a solução veio para oferecer a entrega na medida e no tempo que o cliente precisa”, completa.

Sem dor de cabeça Entre os desafios citados pelo executivo durante o desenvolvimento do projeto foi criar uma solução que fosse de fácil utilização e, especialmente, que pudesse ser usada pelo maior número de clientes - dos especializados aos leigos. “Queríamos algo interativo, amigável. Isso porque uma coisa é a pessoa ir até uma loja e ter o apoio visual para escolher o produto mais adequado, outra completamente diferente é ela ir comprar on-line um aço com todas as suas especificidades”, explica. Partindo desse princípio, a equipe da Arcelor Mittal criou uma tecnologia inteligente que consegue analisar itens a fim de tornar a compra mais fácil e assertiva. Além disso, conta Magaldi, o sistema fornece até mesmo sugestões para os usuários, do tipo: “Vai concretar? Que tal levar pregos para fazer a moldagem?”. Essa ajuda virtual foi necessária e de extrema importância, segundo o CIO, uma vez que não há um profissional especializado por trás da venda, como acontece nas lojas físicas - embora haja a possibilidade de solicitar que um engenheiro da empresa entre em contato com o cliente, caso queira. Todos esses pequenos detalhes já trouxeram bons frutos, de acordo com o CIO. “Com a plataforma conseguimos um resultado expressivo de vendas”, conta o executivo, porém, sem citar números. O objetivo agora? Continuar crescendo, sempre primando pela experiência do usuário. “Temos planos de incorporar tecnologia analytics para atrair aqueles clientes que só realizaram o orçamento, mas não finalizaram a compra com o intuito de entender o porquê da desistência”, comenta Magaldi. “A ideia é melhorar cada vez mais para incrementar a taxa de conversão e modernizar para que o pós-venda ofereça uma experiência tão boa quando a venda em si.” 100+

Finalistas da categoria 1. Luiz Cláudio Magaldi, da Arcelor Mittal 2. Wandair Garcia, da Weg 3. Wellington Coelho, da Teksid

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FOTO: DIVULGAÇÃO

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ESPAÇO DE INOVAÇÃO CRIADO PELA CI&T REVELA TALENTOS CRIATIVOS E TRANSFORMA IDEIAS EM SOLUÇÕES DE BAIXO CUSTO PARA RESOLVER PROBLEMAS

Garagem de

ideias Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA A REVISTA IT FORUM

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Na CI&T, a criatividade brota e em poucas horas de brincadeira com componentes, ideias se materializam e surge uma inovação. Um dos exemplos é um sensor de temperadora que monitora o ar-condicionado por meio da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), informando à equipe de manutenção quando a sala fica desconfortável para que o técnico tome providências sem precisar percorrer os andares do prédio para obter essa informação. O laboratório vivo para esses inventos é a Garagem, espaço criado pela brasileira CI&T, que combina cultura digital com entusiasmo de “fazedores” (makers) de tecnologias emergentes. Por enquanto, tudo é apenas uma diversão, mas um desses protótipos pode se tornar produto comercial com fabricação em larga escala. Instalada na sede da CI&T, em Campinas (SP), a Garagem foi inaugurada em maio de 2014 para funcionar como uma espécie de laboratório para IoT para os funcionários criativos. Especialistas em tecnologia é o que não falta. Dos 2 mil empregados da companhia, 80% trabalham com engenharia de software, o que torna o local um rico ecossistema para inovação e transformação digital. A ideia para criação da Garagem, segundo Daniel Jerozolimski, diretor de TI e Operações da CI&T, veio depois que empresa descobriu que colaboradores que gostam de novas tecnologias estavam desenvolvendo protótipos em casa como impressoras 3D e drones. "Resolvemos comprar equipamentos e o espaço começou a despertar interesse de funcionários que passaram a desenvolver projetos de baixo custo", explica o executivo. O local passou a ser frequentado no horário do almoço e após o expediente. Além do sensor de temperatura fabricado no laboratório, foram montadas impressoras 3D e outros dispositivos inteligentes como o Free Room que monitora digitalmente salas de reunião da CI&T, mostrando quais espaços estão ociosos para melhor uso desses ambientes na empresa. De acordo com Jerozolimski, um cliente está usando essa solução e há uma grande companhia do ramo de seguros avaliando a tecnologia. "Investimos entre R$ 100 mil e R$ 200 mil na instalação da Garagem, o que foi um dos melhores aportes. Esse projeto mostra o potencial dos nossos colaboradores para desenvolver soluções inovadoras para nossos clientes", diz Jerozolimski. O executivo obseva que as inovações em IoT são baseadas na colaboração, o que faz com que funcionários aprendam juntos. Hoje, cem colaboradoras da CI&T estão dedicados às atividades da Garagem. Elas promovem encontros para capacitação de "makers" e aos poucos aumentaram o número de evangelizadores, que difundem conhecimentos para outros. "A Garagem se tornou o espaço da CI&T mais frequentado", anima-se o diretor de TI da companhia. O local atrai não apenas engenheiros e desenvolvedores de software. Colaboradores que não são especialistas em tecnologia também se interessam pelo laboratório. Recentemente, um grupo de funcionárias do departamento de RH juntou-se ao time do laboratório com o desafio de construir uma impressora 3D. O espaço é rústico e as pessoas podem trabalhar em mesa de rodinha, usar solda, furadeira, diversos materiais para inventar seus projetos. "Quando falamos de software, a ideia é

de algo virtual, mas quando pedimos aos funcionários para que pensem em como resolver problemas do dia a dia, as soluções aparecem", conta Jerozolimski. Exemplo disso é o sensor temperatura projetado para atender uma necessidade da CI&T. O departamento de infraestrutura recebia cerca de 20 chamados diários de colaboradores reclamando sobre o desconforto térmico (locais muito ou quentes). Antes da implantação da solução de monitoramento, apenas metade dos chamados era atendido pela equipe de manutenção. Hoje, o time de infraestrutura consegue acompanhar as informações transmitidas pela web e tomar decisões, reduzindo as reclamações. Potencial de negócios Ao perceber a importância do novo espaço, a CI&T destinou um orçamento mensal para atender às necessidades da Garagem. Faz parte dos planos ampliar a área para desenvolver projetos para IoT que possam unir o mundo físico com o digital. Jerozolimski prevê que a nova internet vai culminar em soluções em escala e o pequeno laboratório tende a se transformar em um braço forte para a companhia. "Lá na frente, a Garagem será uma unidade de negócios com potencial para resolver problemas do mundo real com soluções de baixo custo. Descobrimos que tínhamos talentos escondidos na empresa. Agora sabemos que temos muita criatividade em casa", empolga-se o executivo. A Garagem da CI&T foi montada com plataformas de prototipação eletrônica como Arduinos, Raspberry Pis e soluções mais robustas como chipsets Texas Instruments. O espaço utiliza equipamentos de fabricação digital como impressoras 3D baseada em Open Source e torno CNC (X-Carve). Os projetos desenvolvidos no local adotam a metodologia de Coding Dojo's, reunindo grupos para resolver desafio e codificar em conjunto utilizando a abordagem colaborativa. Todas as iniciativas seguem os princípios Ágeis e de Lean IT. 100+

finalistas da categoria 1º Daniel Jerozolimski, da CI&T 2º Eduardo Rabboni, da Algar Telecom 3º Rodolfo Linhares, da IBM Brasil

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FOTO: BRUNO CAVINI

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Rota da

mobilidade Por EDILEUZA SOARES, ESPECIAL PARA REVISTA IT FORUM

SOLUÇÃO MÓVEL DE PAGAMENTO E EMISSÃO DE PASSAGEM DE ÔNIBUS É INOVAÇÃO APRESENTADA PELA VIAÇÃO OURO E PRATA PARA OFERECER CONVENIÊNCIA AOS PASSAGEIROS

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O uso de smartphones para emissão de bilhetes e pagamento eletrônico é uma inovação que começou a ser transportada para os ônibus da Viação Ouro e Prata, empresa de transporte rodoviário, com sede em Porto Alegre (RS). A companhia pegou carona no avanço da mobilidade no Brasil para vai substituir o velho talão em papel, usado pelos motoristas para venda de passagens. O projeto tem o objetivo de melhorar o atendimento aos passageiros e permitir ao grupo o acompanhamento da movimentação financeira dos ônibus em tempo real, conectados pelas redes de banda larga 3G e 4G. Batizada de Modo Embarcado, a aplicação para venda e emissão dos bilhetes de passagem via dispositivo móvel pela companhia de transporte gaúcha começou a ser implementada em 2014. Inicialmente, o projeto foi criado para atender as linhas intermunicipais que fazem o chamado trajeto "pinga-pinga", ou seja, as que registram embarques em estradas que cortam cidades do estado do Rio Grande do Sul. O novo sistema está operação em 20 ônibus do grupo e será ampliado no próximo ano. "A próxima etapa é levar a tecnologia para a Tracisa, empresa do grupo. Até o final do primeiro semestre de 2016, mais 30 ônibus vão contar com o Modo Embarcado", informa Cesar Perrenoud, gerente de tecnologia da informação da Viação Ouro e Prata, vencedor do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI 2015, na categoria Transporte e Logística. A solução adotada pela companhia contempla um smartphone com leitor de cartão crédito e débito, além de uma impressora fiscal móvel, carregada pelo motorista na cintura, que se comunica com o celular via Bluetooth. Quando o passageiro entra no ônibus, o motorista processa o pagamento e emite o bilhete eletrônico. Para facilitar o trabalho do motorista, a Viação Ouro e Prata optou por uma impressora de tamanho reduzido (de aproximadamente 10x10 centímetros de largura e dois centímetros de altura), que não emite documento fiscal. Para utilizar esse tipo de dispositivo, a companhia entrou com pedido na Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS), solicitando autorização para enquadrar a solução em regime especial, que adota um layout fiscal diferenciado. "Nossa aplicação é semelhante à utilizada pelas empresas de energia elétrica, operadoras de telefonia e de TV paga", explica o CIO. Na avaliação do executivo, chegar a essa configuração foi o maior desafio para implementação do Modo Embarcado. Alguns ônibus da Ouro e Prata já operam com impressoras portáteis que emitem cupom fiscal, mas ele explica que o dispositivo é maior, mais difícil para o motorista carregar e custa mais caro. Os estudos iniciais apontaram para investimento de R$ 4 mil para cada kit do projeto, incluindo o custo do smartphone e da impressora. Com o sinal verde da Sefaz-RS para utilização de uma solução em regime especial, Perrenoud revela que esse valor caiu para R$ 1,2 mil, incluindo a compra do celular das fabricantes Samsung e LG, com sistema operacional Android, bem como a impressora móvel da Leopard. "Somos pioneiros na adoção de uma aplicação que emite e vende de passagens em ônibus de viagem com transação em

tempo real, usando smartphone com impressora móvel acoplada de baixo custo. Desconheço outra empresa de transporte do ramo que tenha solução similar", assegura o CIO da Viação Ouro e Prata. Ganhos com aplicação Para Perrenoud, o Modo Embarcado gera impacto positivo para os negócios da companhia. Um dos benefícios é a melhoria do controle financeiro e operacional durante as viagens, reduzindo divisas de dinheiro. Além disso, a substituição dos blocos de papel, que os motoristas usavam para a venda dos bilhetes das passagens, elimina gastos com impressão e armazenamento. Pelo sistema, a empresa também aprimora a gestão das vendas em trânsito, podendo acompanhar em tempo real o faturamento gerado pelos ônibus, com dados das transações transmitidas para a rede corporativa pela banda larga móvel 3G ou 4G. A aplicação facilita ainda a prestação de contas pelo motorista, que antes precisava aguardar a conferência dos bilhetes em papel. Agora, ele só precisa entregar o dinheiro recebido dos passageiros porque a Viação Ouro e Prata já sabe quanto foi seu faturamento. A tecnologia também amplia a satisfação dos passageiros com a eliminação dos bilhetes em papel, acredita o CIO. Eles passam ter a conveniência de pagar sua passagem com cartão de crédito ou débito. Para efetuar o pagamento eletrônico a Viação Ouro e Prata fechou acordo inicialmente com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). "O Modo Embarcado não é apenas um projeto apoiado em inovação, mas sim uma iniciativa alinhada com as necessidades dos negócios", ressalta do CIO, argumentado que a TI tem vem investindo na busca de soluções que atendam às estratégias da empresa de transporte e tragam vantagem para os clientes. Como exemplo desse esforço, o CIO menciona que o orçamento do departamento de tecnologia da informação gira em torno de 3,5% do faturamento total do grupo. Desse montante, 15% são dedicados à inovação que ajudam a transformar negócios da Ouro e Prata. Essa visão tem contribuído para aumentar o valor da sua visibilidade. 100+

finalistas da categoria 1º Cesar Perrenoud, da Ouro e Prata 2º Carlos Andrade, da Glarus Serviços, Tecnologia e Participações S.A. 3º Reginaldo Assis, da Sada

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FOTO: SOLANGE MACEDO

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Repaginada Por TISSIANE VICENTIN

total RESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DA CCEE CONFERIU ESCALABILIDADE E EFICIÊNCIA AO PROCESSO DE GESTÃO DE ELETRICIDADE NO BRASIL

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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi instituída com a missão de gerenciar o mercado de eletricidade no Brasil. O órgão é responsável por toda a operação de compra e venda de energia no País, que consiste em dois ambientes distintos: o de contratação regulada e o livre. O primeiro está associado aos consumidores cativos, que têm contrato de adesão com uma empresa de distribuição. Já no ecossistema livre, grandes empresas podem negociar contratos de energia e escolher fornecedores. Nesse segundo cenário, todo e qualquer contrato entre as partes deve ser registrado na CCEE. Atualmente, o órgão possui em sua base 3,2 mil empresas, que englobam distribuidores, geradores de energia - tanto para o mercado livre quanto para o regulado -, comercializadores e consumidores livres, que saíram do mercado cativo e querem negociar a compra direta. O papel da CCEE, então, é monitorar as transações. Processo esse chamado de contabilização e liquidação. “Avaliamos contratos de compra e venda para o mês e verificamos o que foi comprado e o que efetivamente foi consumido. Dessa forma, se há diferença, a empresa precisa estabelecer o quanto será pago ao mercado”, explica o gerente-executivo de arquitetura de sistemas da CCEE, Dario Almeida. O executivo conta que, para isso, um dos principais procedimentos é a coleta de dados de mais de 18 mil medidores de energia eletrônicos instalados por 9,8 mil pontos de medição - procedimento realizado todos os dias. Para ajudar na coleta dessas informações foi criado o SCDE 2.0, sistema de gestão de dados de consumo de energia elétrica de empresas associadas à CCEE. Tudo novo Com o objetivo de levar escalabilidade e eficiência ao processo, foi preciso reformular toda a infraestrutura, começando pela troca do sistema legado que a CCEE mantinha anteriormente. “O mercado de energia cresceu muito. Há dez anos, existiam 2,6 mil medidores instalados e esse número cresceu 370% de lá para cá. A plataforma que tínhamos não conseguia mais atender às crescentes demandas”, explica Almeida, complementando que a energia livre representa atualmente 25% do total do mercado e previsão de crescimento 46%, de acordo com especialistas do mercado. Era necessária uma arquitetura mais moderna e flexível para garantir escalabilidade e, então, em 2013, a equipe de TI da CCEE começou o processo, que consumiria dois anos para ser concluído. “Realizamos testes e verificamos que o sistema não conseguiria escalar de forma segura, fora a questão comercial que tínhamos de adquirir mais licenças a cada atualização. Então, radicalizamos e fizemos um sistema do zero”, lembra. Nesse procedimento também foi necessário padronizar protocolos para que todas as empresas clientes do órgão não tivessem problemas com a medição de energia. “Isso foi desafiador, porque cada companhia de energia no Brasil pode ter um padrão, mas nós temos de atender a todo o mercado. Então, precisamos desenvolver um protocolo de comunicação para falar com todos os medidores”, explica Almeida. Excelência Entre os principais benefícios citados pelo especialista com a implementação do sistema foi a escalabilidade, que viabiliza o

crescimento do mercado de forma sustentável, e o aumento da produtividade das equipes. “Com a implementação, eliminamos 100% das ferramentas acessórias, ou seja, tudo é feito de forma integrada no sistema, afirma Almeida. “A entrega dos diagnósticos e falhas também é muito mais rica agora”, completa. Já que não há a intervenção de um agente em campo para a coleta direta, o procedimento também aumentou a eficiência do armazenamento de dados em 5% em quatro meses de funcionamento da solução. Fora isso, a instalação de pontos de medição também foi facilitada com recursos que garantam autonomia para o agente. “Para instalar um novo ponto, ele tem de disponilbilizar um canal com CCEE. Antigamente, para habilitar esse canal era preciso ligar na central e solicitar um teste de conectividade para verificar seu funcionamento”, conta Almeida, completando que o processo demandaria dois dias e, hoje, com a plataforma, a conexão é feita pela aplicação e estabelecida em pouco tempo. Isso resultou na redução de chamados em mais de 80%. Na parte de infraestrutura, ter a propriedade do código do sistema proporcionou à CCEE ganho de custo com licenças e independência na evolução da plataforma. Hoje, temos toda propriedade de código, então qualquer adaptação tenho liberdade para isso”, explica Almeida. “Isso também significou redução de risco operacional. Afinal, o sistema é de uma operação crítica e o mercado não pode parar.” Os próximos passos já foram iniciados. O foco agora é modernizar toda a camada de interação com os usuários para apresentar uma experiência melhor e mais amigável. Além disso, o sistema ganhará um design responsivo, para que possa ser acessado de qualquer dispositivo. Também há uma audiência pública prevista para simplificar o sistema de medição e facilitar a entrada de agentes para o mercado livre, já que o objetivo é eliminar a necessidade do medidor de retaguarda e, consequentemente, diminuir o custo de entrada, explica. “Se essa nova regulamentação sair, o sistema estará pronto para dar o suporte necessário”, encerra. 100+

Finalista da categoria 1º Daria Almeida, da CCEE 2º Osvaldo Pazianotto, da Sabesp 3º Vanderlei Ferreira, da EDP

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As 100 mais

inovadoras

OS VENCEDORES DE AS 100+ INOVADORAS NO USO DE TI 2015 FORAM CONHECIDOS EM NOVEMBRO E TIVERAM SUAS IDEIAS E CASES RECONHECIDOS EM CERIMÔNIA REALIZADA EM SÃO PAULO. CONFIRA OS MELHORES MOMENTOS DA NOITE DE PREMIAÇÃO

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1. Agenor Leão - Natura • 2. Luis Berti - Mondelez Internacional • 3. Wilson Lopes - Fibria Celulose • 4. Antonio Celso Cortes - Votorantim Industrial • 5. Cesar Perrenoud - Viação Ouro e Prata • 6. Luis Coimbra - Sistema de Ensino Poliedro • 7. Michell Nascimento - DSM • 8. Flávio Campos - Gás Natual Fenosa • 9. Leandro Bocalon - Sasazaki • 10. Marcelo Câmara - Bradesco • 11. Claudia Andrade - Receita Federal • 12. Ignazio Marchese CNH Industrial • 13. Lisias Lauretti - Serasa • 14. Marcos Sirelli - Porto Seguro • 15. Luiz Claudio Magaldi - Arcelo Mittal • 16. Andre Campos - Assaí Atacadista • 17. Marcelo Galvão - Odontoprev • 18. Dario Almeida - CCEE • 19. Daniel Jerozolimski - CI&T

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20. Claudiomiro Fernando Rex - Tecnicon • 21. Alessandra Bomura - GVT • 22. Alexandre Santos - Globosat • 23. Marcelo Medeiros - Dell • 24. Umberto Barcelos - Algar Telecom • 25. Hermann Bergqvist - Sankhya • 26. Rodolfo Linhares - IBM • 27. Leandro Waingurt - Duke Energy • 28. Antonio Narvaez - AES Eletropaulo • 29. Eduardo Fernandes - ITAIPU • 30. Calos Andrade - EDP • 31. Osvaldo Pazianotto - Sabesp • 32. Carlos Yamashita - Hosp 9 de Julho • 33. Walter Shimabukuro - Central Nacional Unimed • 34. Luiz Guimaraes - Unimed Volta Redonda • 35. Fabricio Ferri - Autoglass • 36. Silvio Ventura Abreu Casa do Adubo • 37. Regis Borghi - Cnova • 38. Sergio Lopes - Casas Pernambucanas • 39. Alexandre Baule - EMBRAER

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40. Wellington Eustáquio Coelho - Teksid • 41. Nilton Alencar de Medeiros - WEG • 42. Marcos Adam - Rodobens • 43. Otavio Borges - Seguros Unimed • 44. Danilo Zimmermann - Alelo • 45. Rodrigo Aquino - Intensicare • 46. José Pires - ECAD • 47. André Telles - Coelho da Fonseca • 48. Nilson Busto - Demarest Advogados

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49. Saulo Satel - Mangels • 50. Alex Bertrand - Renault • 51. Fernando Rostock - GM • 52. Carlos Eduardo De Castro Lanfredi - EATON • 53. Romualdo Alves Pereira - Agência Espacial Brasileira • 54. Maria Cristine da Silva - PROCERGS • 55. Roberto Woltmann - SEBRAE RS • 56. Claudio Mello - SEBRAE MG • 57. Roberto Zambon - Caixa Econômica Federal • 58. Renato Blanco - Votorantim Cimento • 59. Roberto Nakamoto - CYRELA • 60. Vanderlei Andrade - FMC Quimica • 61. Alvaro Martins - Petrobras • 62. Marcos Bueno - Nufarm • 63. Ademir Pereira Da Silva - Lar Agroindustrial • 64. Claudia Carvalho - Cocamar • 65. Ailton Brandão - Kroton Educacional • 66. Daniel Augusto - Algar • 67. Cristiane Gomes - Grupo CCR

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68. Alexandre Carvalho - Master Blenders • 69. Augusto Carelli - Pif Paf Alimentos • 70. Amarildo Oliveira - Cenibra • 71. Mauro Piva - Credeal • 72. Carlos Sergio Andrade - Grupo Comporte • 73. Reginaldo Assis - Sada • 74. Leandro Roldão - Aché • 75. Eddy Salinas - Unilever

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FOTOS: ANDRÉ CAVALLI

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para crescer Internacionalizar Por DÉBORAH OLIVEIRA E VITOR CAVALCANTI

LANÇAMENTO DA EDIÇÃO EM ESPANHOL DO IT FORUM REUNIU CIOS DA ARGENTINA, CHILE, COLÔMBIA, MÉXICO E PERU PARA FALAR SOBRE LIDERANÇA CRIATIVA E MUDANÇA NO PAPEL DA LIDERANÇA

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Depois de 18 anos de experiência na realização de encontros para líderes de TI no Brasil, a IT Mídia ampliou os horizontes e passou a organizar o IT Forum para executivos hispânicos. A concretização desse sonho aconteceu de 18 a 21 de outubro em Miami, nos Estados Unidos, com o IT Forum Latam. “Estou muito orgulhoso por transformar um sonho em realidade: promover conteúdo, relacionamento e negócios entre as lideranças de TI da América Latina, a partir de um modelo de sucesso que conquistamos no Brasil”, disse Adelson de Sousa, presidente-executivo da IT Mídia. Conectar pessoas e encantar clientes foram metas alcançadas durante o encontro que reuniu 35 CIOs da Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. Veja a seguir um resumo do foi discutido nos quatro dias de encontro. itf latam

Criatividade: conquiste-a ou fique para trás Sociólogo Domenico De Masi indica que empresas devem criar equipes com profissionais voltados para fantasia e concretude Criatividade é palavra de ordem para empresas que querem se destacar no mercado, ganhando status de combustível do novo século. Matéria-prima da sociedade pós-industrial, ela é uma das competências mais desejadas quando organizações buscam novas lideranças. Mas como é possível conquistar esse bem tão valioso? Não há fórmula mágica, mas, segundo o sociólogo Domenico De Masi, que falou na abertura do IT Forum Latam, que aconteceu em Miami de 18 a 21 de outubro, para ser criativo é preciso reduzir resistências à mudança, além de envolver todos os colaboradores na missão e incentivar o espírito criativo. “Profissionais criativos desejam liberdade, mas nem toda companhia está pronta para isso”, alertou. Uma equipe criativa é aquela que tem um mix de fantasia e concretude, segundo o sociólogo. Isso porque, disse, a fantasia, embora positiva, gera ideias, mas é preciso realizá-las e por isso o lado da concretude torna-se fundamental. “Fantasia sem concretude é loucura, concretude sem fantasia é burocracia”, completou, dizendo que se a pessoa é muita fantasiosa e bastante concreta, é um gênio. “Esses são poucos.”

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TI COMO AGENTE ESTRATÉGICO DIRETOR DO GRUPO AVAL, JOHN EDUARDO RODRIGUEZ, DA COLÔMBIA, GARANTIU ALINHAMENTO DA TI E DO CONSELHO POSICIONAR A TI COMO AGENTE ESTRATÉGICO E NÃO COMO SUPORTE. ESSA META FOI ALCANÇADA PELA TI DO GRUPO AVAL, UM DOS MAIORES CONGLOMERADOS FINANCEIROS DA COLÔMBIA, QUE DOMINA 45% DO MERCADO LOCAL. AGORA, TI CAMINHA AO LADO DO CONSELHO, INFLUENCIANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. JOHN EDUARDO RODRIGUEZ, DIRETOR DE TI DO GRUPO AVAL, RELATOU DURANTE O IT FORUM LATAM, QUE PARA CHEGAR AO NÍVEL ATUAL, O DEPARTAMENTO PERCORREU E AINDA PERCORRE UM CAMINHO DE MUITO TRABALHO. PARTE DAS ATIVIDADES ENVOLVEU A CRIAÇÃO DE UM FRAMEWORK PARA LIDAR COM GOVERNANÇA E ESTRATÉGIA CORPORATIVA, GERANDO UMA MATRIZ QUE COBRE AQUILO QUE É ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL, DIVIDIDO EM GESTÃO DE DEMANDA, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, EXECUÇÃO/DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO/OPERAÇÃO. SEGUNDO O EXECUTIVO, AGORA A ÁREA É VISTA COMO UM CENTRO DE RESULTADOS, EFICIÊNCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS. “QUANDO TENHO REUNIÃO DO BUSINESS DOS BANCOS É DURO, PORQUE TEMOS DE PROVER SERVIÇOS, MAS NOS PERGUNTAM QUANDO VAI CUSTAR E QUANTO VAI RETORNAR. UM BOM GANCHO É SEMPRE A ATRATIVIDADE DE CLIENTES, E A PARTIR DISSO BUSCAMOS ELEMENTOS E MOTIVAÇÕES PARA QUE ELES ENTENDAM E, SEMPRE, USANDO A LINGUAGEM DELES, OU SEJA, DE NEGÓCIOS”, ENSINOU.

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QUAIS CARACTERÍSTICAS O CIO DO AMANHÃ PRECISA TER? LÍDER DE TI E SEGURANÇA DO GRUPO SIGMA ALIMENTOS, DO MÉXICO, LISTA SETE MANEIRAS DE SE PREPARAR PARA O QUE VEM POR AÍ O QUE É PRECISO FAZER E QUAIS COMPETÊNCIAS SÃO NECESSÁRIAS ADQUIRIR PARA ENFRENTAR AS MUDANÇAS PELAS QUAIS PASSA A INDÚSTRIA DE TI, FORTEMENTE PAUTADA PELO DIGITAL E PELAS RÁPIDAS REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS? FOI COM ESSA PERGUNTA QUE VERÓNICA ELIZONDO, CIO E CISO DO GRUPO SIGMA ALIMENTOS DO MÉXICO, INICIOU SUA APRESENTAÇÃO NO IT FORUM LATAM. E A QUESTÃO SURGE EM UM MOMENTO DE INFLEXÃO NA VIDA DO CIO, QUE DIANTE DA EBULIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS, NÃO SABE O QUE VIRÁ POR AÍ E AINDA ASSIM TEM DE ESTAR PRONTO. É COMO ANDAR NO ESCURO. PARA AJUDAR LÍDERES DE TI A SE PREPARAR PARA O AMANHÃ, ELA LISTOU SETE ENSINAMOS QUE VALEM A PENA SER SEGUIDOS: 1. SEJA FLEXÍVEL 2. CERQUE-SE DE BONS TALENTOS 3. APRENDA COM OS ERROS 4. ESCUTE 5. FINJA, MAS SEJA AUTÊNTICO 6. FORTALEÇA SUAS PERCEPÇÕES 7. ENCARE A VULNERABILIDADE COMO UMA FORÇA

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Digital permeia serviços do Governo do México CIO da presidência do país compartilhou estratégia do governo local para acelerar inciativas digitais com vistas ao cidadão Com o objetivo de melhorar a prestação de serviços à população e levar mais eficiência ao governo, o Governo do México ingressou na era digital. Hoje, a estratégia influencia processos de compra, interação com fornecedores e um amplo esforço de interoperabilidade entre sistemas e serviços das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). O CIO da presidência do México, Victor Lagunes, compartilhou a estratégia do país em relação ao digital e relatou que ela passa por cinco pilares: transformação digital, economia digital, transformação por meio da educação, saúde universal e inovação. Um dos projetos colocados em prática foi a plataforma gov.mx, que, segundo Lagunes, é a primeira interação da nuvem privada do governo federal e também da plataforma de serviços compartilhados, agregando 6,5 mil serviços. “Concentramos 6,5 mil serviços em uma plataforma e 8 mil sites em um site, relatou. A plataforma já está em produção, embora ainda não tenha sido feito um lançamento oficial por parte do governo mexicano. Ainda assim, Lagunes diz que pelos acessos, é facilmente percebido o apetite dos cidadãos por esse tipo de facilidade.

Habilidades necessárias Professor da Universidade de Santa Clara, na Califórnia (eua), Pete Delisi reconhece avanço de CIOs, mas prega que algumas habilidades ainda carecem de atenção Transformação digital, migração de budget para outras áreas, nuvem, big data. São diversos os termos que desafiam os CIOs atualmente e todos estão cansados de saber. Mais ainda, os executivos de TI sabem da necessidade de desenvolver habilidades muito além da TI para conquistar a confiança do CEO e do conselho para liderar a cruzada transformacional pela qual passa a TI e as corporações. Como fazer isso? A sugestão de Pete Delisi, professor da Universidade de Santa Clara e líder do programa IT Leadership Program da instituição, é se aprofundar no desenvolvimento de habilidades não tão comuns aos profissionais de tecnologia. Quais seriam essas habilidades? Senso estratégico, comunicação, liderança, relacionamento e gestão de forma mais global. Sim, você já deve ter ouvido isso diversas vezes, mas é preciso reforçar. Uma boa comunicação, por exemplo, ajuda na projeção interna e também a melhor vender projetos e ideias. “Quando falamos de ser estratégico, significa ajudar a empresa a cumprir metas.

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FOTOS: ANDRÉ CAVALLI

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1. SOCIÓLOGO DOMENICO DE MASI ABRE PRIMEIRO DIA DE CONTEÚDO DO IT FORUM LATAM 2. VITOR CAVALCANTI, EDITOR DE CONTEÚDO DA IT MÍDIA, DÁ AS BOAS-VINDAS AOS CONVIDADOS 3. MARVIN NAHMIAS, CIO TECHNOLOGY INNOVATION DA COCA-COLA FEMSA, FALA SOBRE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL 4. EXECUTIVOS DA COCA-COLA FEMSA CONTAM DESAFIOS DA JORNADA DIGITAL 5. CIOS PARTICIPAM DE DINÂMICA DE STORYTELLING DURANTE O ENCONTRO 6. HOTEL W SOUTH BEACH, EM MIAMI, RECEBE PRIMEIRA EDIÇÃO DO IT FORUM LATAM 7. PETE DELISI, DA UNIVERSIDADE DE SANTA CLARA, COMENTA DESAFIOS DO CIO DIANTE DAS TRANSFORMAÇÕES 8. SERGIO LOZINSKY APRESENTA RESULTADOS DO ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA VERSÃO AMÉRICA LATINA 9. INFOR, UM DOS PATROCINADORES DO ENCONTRO, FALA SOBRE OS DESAFIOS NA REGIÃO

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10. JOHN EDUARDO RODRIGUEZ, DIRETOR DE TI DO GRUPO AVAL, COMPARTILHA ESTRATÉGIA TRAÇADA PELA ÁREA 11. VERÓNICA ELIZONDO, CIO E CISO DO GRUPO SIGMA ALIMENTOS, INDICA CAMINHOS PARA LÍDER DE TI FICAR PRONTO PARA AS MUDANÇAS DA ÁREA 12. HORA DO STORYTELLING COM FERNANDO PALACIOS, PROFESSOR DA ESPM E FUNDADOR DA STORYTELLERS 13. CIO DA PRESIDÊNCIA DO MÉXICO, VICTOR LAGUNES TAMBÉM INGRESSA NO DIGITAL

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14. EXECUTIVOS DA MICRO FOCUS RECEBEM CIOS EM SUA BUSINESS SUÍTES 15. ACECO TI REÚNE-SE COM LÍDERES DE TI EM SEU ESPAÇO NO IT FORUM LATAM 16. CA ENCONTRA CIOS PARA REUNIÕES DE NEGÓCIOS

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17. BUSINESS SUÍTES 18. EMC FECHA NEGÓCIO NO IT FORUM LATAM

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19. HUGO GALLARDO, DA SENER INGENIERIA Y SISTEMAS ARGENTINA S.A. 20. DIDIER MORALES, DA AVIATUR 21. RICARDO ORDUZ GOMEZ, DA BDO AUDIT S.A. 22. ALVARO MARTINEZ, DA BARRERA MARTINEZ 23. JOSE LUIS URBANO, DO CENTRO MÉDICO IMBANACO 24. JAVIER SANABRIA, DA ACCO BRANDS LATAM 25. ROGELIO SÁNCHEZ CORONA, DO GRUPO TRES MARIAS 26. JÉSUS COETO SOLIS, DA COCA-COLA FEMSA 27. JOSÉ MANUEL ZELADA, DA SENTINEL PERÚ S.A. 28. MARVIN NAHMIAS, DA COCA-COLA FEMSA 29. FLAVIO VARENNES, DA USUARIA 30. CLAUDIO A. VIVIAN GUTIÉRREZ, DA ICA 31. CARLOS GUARÍN, DA CATASTRO BOGOTÁ 32. JULIO MONTOYA, DA PERFECT CHOICE 33. RICARDO ARIZOLA, DA REDONDOS S.A. 34. ENRIQUE LOPEZ, DA DOW QUÍMICA MÉXICO 35. ANDREA CASTELLI, DA AMERICAN TOWER MÉXICO 36. MIGUEL ANGEL TRIANA CASTEÑEDA, DA PARMALAT COLÔMBIA 37. MIGUEL AVILA, SONEPAR MÉXICO 38. EDGAR GÓMEZ RODRÍGUEZ, DO GRUPO AVE

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Um dever

de todos Por VITOR CAVALCANTI

Falar em sustentabilidade talvez nunca tenha sido tão importante e não apenas por questões como mudanças climáticas, desmatamento de florestas, poluição de rios e outros desastres causados pelo ser humano. O tema, quando avaliado dentro de uma perspectiva mais ampla, passa por estratégia de ne-

PRIMEIRA EDIÇÃO DO ENCONTRO ORGANIZADO PARA LÍDERES DA INDÚSTRIA DE TI DEBATEU A SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS E TAMBÉM DENTRO DE UMA PERSPECTIVA GLOBAL, TUDO ISSO INTERCALANDO COM UMA EXPERIÊNCIA NO ECOSSISTEMA AMAZÔNICO

gócios e pela maneira como estamos nos organizando como sociedade. E esse olhar mais completo foi a proposta levada pela IT Mídia para a primeira edição da Leadership Academy by IT Forum, realizada em novembro, em meio ao ecossistema amazônico, a partir de um roteiro que percorreu parte do Rio Negro, partindo do porto de Manaus (AM). Com o tema central Sustentabilidade nos Negócios, líderes de 40 empresas da indústria de TI participaram de uma agenda que mesclou conte-

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FOTOS: RICHARD ANDERSON

údo com experiências que incluíam observação de botos cor de rosa, visita às comunidades ribeirinhas, caminhadas em meio a floresta, entre outras interações. Em conteúdo, os executivos foram convidados a refletir em três grandes momentos sobre seus papéis como empresários e cidadãos para contribuir com um mundo mais sustentável. A primeira parte contou com uma apresentação da ex-senadora, ex-candidata à Presidência e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, intitulada de Os Desafios da Sustentabilidade no Brasil. Referência em meio ambiente no País até por sua história de vida, Marina falou sobre encarar o mundo de maneira diferente e da necessidade de reconstruir a política

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brasileira, já que, de outra maneira, dificilmente alcançaremos as mudanças desejadas. Mas mais que isso, a especialista ressaltou que a sustentabilidade é um dever de todos e precisa ser perseguida em todas nossas ações, seja na política, economia, em encarar os problemas sociais de frente e, obviamente, no consumo e produção sustentáveis. O complemento à aula de Marina veio em formato de workshop proposto pelo professor da Fundação Dom Cabral (FDC), Cláudio Boechat. Ele dividiu o grupo presente entre executivos e seus acompanhantes, os provocou a fazerem uma leitura de diversos temas ligadas à sustentabilidade - como preservação ambiental, combate à pobreza, falta d’água, entre outros - e associá-los ao negócio, no caso dos líderes da indústria, e à atuação como cidadão, para os acompanhantes. Ao final, eles se reuniram e viram o quão diferente eram as

FEA-USP Luiz Aulicino, que trouxe um pouco do trabalho reali-

prioridades de sustentabilidade de grupos, naque-

zado pela academia e exemplos práticos de como trabalhar o tema

le caso, bastante próximos.

sem comprometer lucros, e por Silvano Andrade, presidente da

A agenda de conteúdo foi finalizada pelo

mineradora MRN. Ele teve a missão de mostrar como a compa-

painel Sustentabilidade Estratégica mediado por

nhia encontrou um modelo de explorar minérios dentro de uma

Ronaldo Ramos, da CEOlab, e que contou com

floresta federal, mas com um amplo plano de sustentabilidade que

apresentações realizadas pelo professor doutor da

envolve um forte trabalho com a comunidade local.

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