Apresentação da Meta

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Sistematização das Informações Relativas ao Meio Ambiente Marinho e Áreas Adjacentes

Apresentação O Plano de Gestão Costeira para a Baía de Guanabara tem entre seus objetivos mais importantes a proposição de estratégias e de ações prioritárias de intervenção e monitoramento ambientais da baía de Guanabara, incluindo a definição das metas de uso, ocupação e padrões de qualidade dos recursos estratégicos na região.

ambientais. Para tanto, torna-se fundamental que se tenham disponíveis as informações bióticas e abióticas, que deverão balizar o zoneamento sócioambiental e a produção de indicadores de sustentabilidade, além de contribuir para o refinamento de planos de emergência e contingência.

Nesse contexto, o zoneamento ambiental deverá fornecer a "referência espacial", para o estabelecimento de metas e a proposição de ações integradas de controle ambientais e de desenvolvimento urbano, com base na efetiva "capacidade de suporte" de cada uma das unidades

Essas informações devem estar disponíveis aos usuários, no caso, os diversos atores envolvidos na concepção do plano de gestão, de forma estruturada e acesso simplificado, a partir de consultas à base de dados georeferenciada. O presente trabalho não visa, portanto, produzir mais uma visão

abrangente da baía, organizada na forma de relatórios, onde dados de síntese são interpretados, com vistas à sua qualificação ambiental. Como se tratam de informações de subsídio ao zoneamento e à gestão, os dados compilados na literatura técnica recente, referentes às diversas áreas temáticas, são apresentadas na forma de tabelas e gráficos, integrados a um Sistema de Informações Geográficas. Dessa forma, além de favorecer a consulta dinâmica, o Sistema permite atualizações, decorrentes da incorporação à base de dados de novos estudos e resultados disponíveis para a baía.

A Sistematização Sistematização de Informações relativas ao Meio Ambiente Marinho e Áreas Adjacentes da Baía de Guanabara, no âmbito do projeto "Plano de Gestão Costeira para a Baía de Guanabara" atendeu às seguintes áreas de conhecimento:

2.1 Sistematização de parâmetros ambientais, bióticos e abióticos; 1. Identificação dos habitats litorâneos, na região em estudo, com demarcação dos limites de abrangência, considerando os sistemas de estuários, lagoas/outras áreas úmidas costeiras, manguezais, costões rochosos e praias; 2. Identificação de metais pesados presentes nos sedimentos (manguezais e outras áreas úmidas costeiras); 3. Batimetria;

4. Assoreamento; 5. Padrões de circulação; 6. Consolidação das informações disponíveis para a qualidade do sedimento, nos diversos pontos da baía; 7. Consolidação das informações disponíveis para a qualidade da água e suas variações sazonais, nos diversos pontos da baía, incluindo os seguintes parâmetros - físicos (temperatura), químicos (salinidade, pH, oxigênio dissolvido, DBO, nutrientes, metais, hidrocarbonetos) e biológicos (clorofila, feofitina, coliformes); 8. Identificação dos principais recursos biológicos e de suas sazonalidades, quando disponíveis, organizados de acordo com os seguintes grupos principais - Aves, Mamíferos, Peixes, Moluscos, Crustáceos, Bentos (fundos consolidados, não consolidados e manguezais), e Plâncton (ictio, zoo e fitoplâncton).

Dois relatórios recentes oferecem um quadro bastante amplo da situação da baía de Guanabara - "Baía de Guanabara, Dossiê Sócio-Ambiental". Coord. D. Zee, Centro Internacional de Desenvolvimento Sustentável, Escola Brasileira de Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas, 2000; e "REDUC - Relatório final de avaliação das condições presentes de funcionamento do complexo industrial REDUC/DTSE sob o ponto de vista de suas implicações ambientais". Consórcio de Universidades, REDUC/DTSE, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, 2000.


2.2 Definição dos principais ativos ambientais envolvidos e sua inter-relação com as atividades econômicas predominantes (extração, coleta, pesca); 1. Identificação e mapeamento dos locais de extração de recursos naturais - pesca artesanal ou industrial e pontos de desembarque;

2.3 Sistematização das informações relativas à circulação na baía e previsão da deriva de eventuais manchas de óleo.

A Metodologia 3.1 Sistematização de parâmetros ambientais, bióticos e abióticos

Ambiente e dos Recursos naturais Renováveis IBAMA.

Foram visitadas as principais universidades e instituições de pesquisa, no Rio de Janeiro, para a identificação das referências bibliográficas, bancos de dados e demais fontes de informação necessárias para a composição de tabelas e textos constituintes do Sistema de Informações Geográficas. Por se tratar de um trabalho de sistematização de dados, textos explicativos somente são transcritos, em relação a temas, para os quais a abordagem metodológica exige descrições pormenorizadas (como por exemplo, HPAs, metais pesados, classificação de sedimentos, etc.). Preferencialmente, foram consideradas apenas as informações coletadas a partir de 1990.

Estão disponíveis informações sobre capturas por espécie e ponto de desembarque; áreas de captura; número de pescadores e embarcações; e locais de extração de mexilhões e coleta de caranguejos.

Sempre que pertinente, mapas, tabelas e gráficos foram georeferenciados, utilizando-se o software "ArcView", e base cartográfica na escala 1:50 mil. Para a visualização da distribuição de parâmetros físico-químicos foram utilizados gráficos compatíveis com o padrão adotado em FEEMA (1998). Para as variáveis bióticas, desde que se dispusessem de avaliações quantitativas, foram adotados procedimentos similares.

3.2 Identificação e mapeamento dos locais de extração de recursos naturais - pesca artesanal ou industrial e pontos de desembarque As informações relativas aos recursos pesqueiros foram obtidas a partir da sistematização dos dados originais do projeto "Monitoramento da atividade pesqueira na baía de Guanabara como subsídio para a avaliação de impactos ambientais e a gestão da pesca", em desenvolvimento pela Fundação de Estudos do Mar - FEMAR / Instituto Brasileiro do Meio

3.3 Sistematização das informações relativas à circulação na baía e previsão da deriva de eventuais manchas de óleo Adaptação do código 3D do modelo POM (Princeton Ocean Model) à região de estudo, considerando-se a topografia de fundo local (batimetria). Foram executados experimentos destinados ao ajuste do código e calibração das diversas constantes paramétricas, tais como os coeficientes de difusão turbulenta, coeficientes de rugosidade, etc. Para essas calibrações, foram utilizados dados de correntes e de marés, passando-se então às simulações de correntes geradas por ciclos de maré, durante o período de sizígia. As condições de contorno e iniciais foram obtidas de informações climatológicas de ventos e de dados de correntes, marés e batimétricos. Para a simulação da deriva de óleo, aplicou-se modelo de advecção, espalhamento, evaporação, e “entrainment” de óleo na coluna de água, utilizandose os resultados gerados pelo módulo hidrodinâmico desenvolvido na etapa anterior. São apresentados alguns cenários de simulação de deriva superficial de manchas de óleo oriundas de derrames acidentais, a partir de pontos críticos definidos pela FEEMA, e características e vazão do óleo mais prováveis para cada local, conforme informação da PETROBRAS.


Resultados 4.1 Dados Bióticos e Abióticos Ambientes costeiros (praias, costões rochosos, manguezais e áreas úmidas); Distribuição granulométrica dos sedimentos de fundo; Classificação dos sedimentos de fundo; Sedimentos (metais disponíveis e totais; análises físico-químicas); Batimetria; Assoreamento; Qualidade da água para a baía de Guanabara; Temperatura e salinidade sazonais; Fitoplâncton; Ictioplâncton; Zooplâncton; Nécton; Bentos de fundos consolidados; Bentos de fundos não consolidados; Bentos de manguezal; HPA na água e no sedimento; Mercúrio no sedimento da baía de Guanabara; Metais pesados no sedimento de manguezais; Metais pesados no sedimento da baía de Guanabara (coletas "Greenpeace", 2000); Densidade vegetal e manguezais; Aves Mamíferos marinhos.

4.2 Pesca e atividades extrativas Pontos de desembarque (produção e frota); Áreas de captura; Áreas de extração de mexilhão.

4.3 Circulação e dispersão Circulação; Modelagem de dispersão de manchas a partir de pontos críticos predefinidos.

Equipe Coordenação - Silvio Jablonski (Departamento de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ) Coleta e sistematização de dados - Daniela Duarte da Costa Monteiro e Mônica de Souza Dias Corrêa (Departamento de Oceanografia da UERJ) Modelagem de Circulação e Dispersão - Audálio Rebelo Torres Junior, Mauricio da Rocha Fragoso, Luiz Paulo de Freitas Assad, Leonardo Maturo Marques da Cruz, Nicole Mehdi, Elizabeth Thorp Kusel (Laboratório de Modelagem de Processos Marinhos e Atmosféricos - LAMMA / Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) Cartografia e Sistema de Informação Geográfica - Ubiratan Porto dos Santos, Luiz Heitor Drehmer e Bruno da Rocha Mendes (Laboratório de Cartografia Automatizada e Geoinformação - CARTOGEO/UFRJ)


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