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Agrupamento Vertical de S. Lourenço – Ermesinde PNEP – 2009/2010 GUIA DE PREPARAÇÃO DO ENCONTRO PÓS-OBSERVAÇÃO
Nome da Formanda: Isabel Maria de Rezende Pinto dos Santos Alves Escola: EB1/JI do Carvalhal
Turma: 3º B
Data da aula observada: 09/11/2009
1. Faça uma apreciação global à sua aula (aspectos positivos/negativos/sentimentos…).
A 1ª sessão tutorial decorreu, em geral, de forma positiva, tendo conseguido relativamente à primeira aula melhorar a planificação.
Gostaria de realçar como aspectos positivos: - O aproveitamento pedagógico das intervenções dos alunos e do seu conhecimento prévio de palavras onomatopaicas e onomatopeias. Aliás a aula iniciouse pela explicação de um aluno aos colegas/ professora dos conceitos a abordar, expondo o seu conhecimento antecipado sobre esta temática; - A adaptação da planificação em função do feedback dos alunos e do tempo de aula. Omiti alguns diapositivos do PowerPoint, para uma melhor gestão do tempo e cumprimento de toda a planificação, no sentido em que estes eram apenas a repetição de conteúdos já abordados em slides anteriores; - A apresentação do PowerPoint conter exercícios passíveis de serem explorados oralmente, o que despoletou a descoberta das onomatopeias e das palavras onomatopaicas enquanto se iam reforçando simultaneamente as noções teóricas; - A criação de um ambiente de aprendizagem motivador e lúdico, com a apresentação da caixa “à descoberta de sons…”, para a audição de diferentes sons e associação às suas respectivas onomatopeias (cfr. fotografia 1);
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Formadora: Neuza Pinto
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Fotografia 1: Caixa “à descoberta de sons…”.
- A utilização de metodologias e recursos diversificados (nomeadamente, a manipulação de vários objectos passíveis de emitirem diferentes sons); - A utilização das TIC no ensino da Língua Portuguesa (através da utilização do projector multimédia e do computador); - A explicitação da diferença semântica entre emitir e imitar demonstrou ser benéfica para a compreensão do conceito de onomatopeia; - A leitura dinâmica do texto foi profícua. Alternou-se a leitura individual de cada aluno (uma estrofe) com a leitura conjunta realizada por uma fila de alunos (das onomatopeias que iam surgindo no decorrer do mesmo); - A selecção de conteúdos da aula, agrupados num resumo para os alunos poderem consultar e estudar posteriormente; - A criação de um ambiente de trabalho que favoreceu, em meu parecer, a aprendizagem, tendo-se estabelecido com os alunos uma relação de respeito mútuo; - O incentivo à participação de todos os alunos, de forma organizada (de modo a fazer cumprir as regras de funcionamento da aula), promovendo a interacção professor/aluno e aluno/aluno. A aula terminou de forma assaz positiva com a reflexão crítica dos alunos sobre a aula (aspectos positivos e negativos), bem como, o que estes terão aprendido com as actividades desenvolvidas. PNEP 2009/2010
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Já depois da formadora se retirar da sala, e de terminado o tempo de observação de aula, os alunos puderam entoar com música do famoso filme “Música do Coração” letrada pela professora para a reprodução de algumas onomatopeias. O texto estava escrito na parte posterior da caixinha “à descoberta de sons…” e foi outra surpresa que os alunos aprovaram (cfr. fotografia 2).
Fotografia 2: Letra da música “à descoberta de sons…”.
Como aspectos negativos gostaria de realçar: - A disposição dos alunos na sala de aula (a pares), o que impediu a visualização correcta do PowerPoint e a observação da caixinha “à descoberta dos sons…”: Aliás os alunos expressaram verbalmente esta dificuldade - “não conseguimos ver a caixa” – disseram quando foi apresentada a actividade que utilizou a caixinha supracitada, demonstrando assim o seu descontentamento. Apesar de ter sentido o desconforto do momento e as inquietações dos alunos preferi dar continuidade à aula referindo que a “caixa não era para ser vista, mas apenas para esconder os colegas que emitiam os sons com os objectos, e que teriam oportunidade de a observar/ explorar no final da aula”. Obviamente que repensando o sucedido, e se pudesse reformular esta parte da aula, teria reequacionando a disposição das mesas na sala, optando por uma disposição em U. - As dificuldades técnicas na apresentação do CD-ROM da Escola Virtual – 3º PNEP 2009/2010
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__ ano da Porto Editora. Embora já tivesse utilizado inúmeras vezes este CD, em outras aulas, para a exploração de conteúdos distintos, nesta sessão a ligação do PC ao projector não funcionou, e por isso, não pude realizar esta actividade. Também a audição da gravação da leitura dos alunos, pelo programa Audacity, não foi a mais eficaz na medida em que o som máximo do PC foi inaudível na sala de aula. Quando experimentei o programa fi-lo em casa e não me apercebi que o espaço/ barulho da sala de aula seriam necessariamente diferentes e, nessa medida, necessitaria de duas colunas para amplificar o som. Já me tinha deparado com este problema no ano lectivo transacto, não obstante caí novamente no erro… É curioso que utilizo com frequência as TIC para a prossecução da minha actividade lectiva e que experimento sempre as tecnologias antes de as utilizar, no entanto, não raras vezes, me deparo com algumas destas dificuldades. É certo que quanto mais as utilizo, maior é a minha competência tecnológica… - A leitura do texto deveria ter sido realizada primeiramente pela professora, para servir de modelo à posterior leitura dos alunos. - Detive-me com dificuldades em escrever algumas onomatopeias (contratempo esse já sentido enquanto planeava a aula, que tentei colmatar consultando o maior número de referências bibliográficas que consegui e recorrendo à internet).
2. A planificação foi cumprida/houve necessidade de alterar?
A planificação não foi totalmente cumprida, na medida em que não consegui projectar as actividades propostas no CD-ROM da Escola Virtual - 3º ano Porto Editora. Prossegui então com a restante planificação. Relativamente à ficha de avaliação formativa apenas forneci aos alunos uma folha da mesma e não as duas (4 páginas) que tinha executado. No momento da planificação já me tinha ocorrido fornecer aos alunos apenas parte da ficha por a considerar muito extensa. Ainda assim, senti constrangimentos quanto à gestão do tempo no cumprimento da planificação. Desta forma incorri nalguns erros pedagógicos, nomeadamente, seleccionei a aluna para a gravação da leitura não deixando lugar à reflexão/ apreciação da turma e optei por ser eu a escrever a correcção das fichas no quadro e PNEP 2009/2010
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__ não os alunos por ser mais legível e mais célere.
3. Relação entre o que foi ensinado e o que aprenderam os alunos.
Julgo que os alunos conseguiram apreender e compreender os conceitos que foram propostos para esta aula – onomatopeias e palavras onomatopaicas. Penso
que
alguns
sentiram
dificuldades
em
escrever
algumas
das
onomatopeias, transformando a linguagem oral na forma escrita. Dos indicadores de aprendizagens apresentados na planificação, considero que a identificação de onomatopeias em diferentes tipos de texto não foi conseguida uma vez que apenas apresentei aos alunos dois tipos de texto e não os consegui explorar convenientemente.
4. Que dificuldades encontrou? Como foram resolvidas?
O principal obstáculo encontrado fixou-se na dificuldade em fazer a tradução fonema/ grafema/ palavra dos sons/ onomatopeias. Fui reflectindo com os alunos quais as onomatopeias que mais se assemelhavam ao sons ouvidos e consultei bibliografia alusiva a estes conteúdos. Senti ainda constrangimentos relativos à utilização das TIC e à gestão do tempo de aula/ cumprimento de toda a planificação, a que já aludi em outro ponto desta reflexão.
5. Que pensa fazer relativamente a acções futuras (aspectos a alterar)?
Um dos aspectos que julgo ser necessário alterar em acções futuras será certamente a disposição das mesas dos alunos na sala, para a prossecução de actividades que envolvam nomeadamente, o visionamento de vídeos e a projecção de imagens/ encenações. Evitarei a audição de gravações áudio sem o uso de colunas (“À primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer…”) e preparar-me-ei melhor para a utilização das TIC em contexto de sala de aula. PNEP 2009/2010
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6. Em que medida a planificação ajudou a concretização da aula?
Concretizar uma aula sem planificação é como marear em alto mar sem instrumentos de navegação. A planificação ajudou, em primeira análise a estruturar as actividades a realizar para o ensino/ aprendizagem dos conteúdos objectivados para esta aula e em segunda análise a equacionar possíveis dificuldades sentidas pelos alunos. No decorrer da aula a planificação serviu de orientação para a prossecução das actividades em função do tempo de aula/ feedback dos alunos. Revista a planificação, teria em consideração uma maior descrição do percurso da aula e eliminaria o indicador de aprendizagem referido no ponto 3. Quanto ao alinhamento horizontal das actividades com os seus conteúdos e indicadores de aprendizagem seria mais cuidadosa.
7. Sugestões para futuras observações.
Sinto que o PNEP seria mais frutífero se eu fosse professora titular de turma. Visto que tal não é possível neste ano lectivo procurarei conhecer e explorar as capacidades dos alunos do 3º B, turma tão gentilmente cedida pela professora Efigénia Diegues.
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