JACKPOT Magazine Nº12

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JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

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COMO ESTÁ AÍ O VERÃO, APESAR DE MAL SE TER DADO PELA PRIMAVERA, É CASO PARA O JACKPOT DESTACAR ALGUNS OBJECTOS RELACIONADOS COM O VERÃO. PENSAMOS que ESTES vos poderão ser uteis:

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OS LIVROS DA ANITA

2ªs Feiras com ANA DUARTE

Chamava-se Pincelado e era tal e qual o da capa. Era o gato adorado do pai da Anita, nos tempos longínquos dos anos 70, quando ainda vivia na casa da avó. Foi simultaneamente uma das maiores alegrias e vergonhas na vida da Anita. A Anita era, na altura, a filha mais nova de três irmãos, sendo os rapazes 5 e 6 anos mais velhos. As brincadeiras dos irmãos, normalmente, não incluíam a Anita, primeiro porque era “bebé” e depois porque era rapariga, e as raparigas não percebiam nada das brincadeiras dos rapazes. Apesar disso, a Anita com 4 anos, fazia metade da rua clube dos Caçadores só numa roda da sua bicicleta, tal qual uma nativa do circo, e os irmãos mesmo desdenhando, até compravam. Mas nas brincadeiras da Anita também não havia lugar para os irmãos. Brincar às casinhas, tratar da Luisinha, a sua boneca favorita, à qual fez um buraco no pipi e outro na boca, para a ver fazer xixi, lavar-lhe o cabelo encaracolado, que com tanta lavagem ficou a parecer uma mopa, etc. Nestas brincadeiras, o seu companheiro era o Pincelado. A família era composta pela Anita que era a mãe, a Luisinha que era a filha e o Pincelado que era o pai. O Pincelado, talvez atraído pelo jeito calmo e sossegado da Anita, andava sempre atrás dela, e a Anita, na inocência dos seus 4, 5 anos, pensava que era por querer brincar. Um dia, no jardim de cima da casa da avó, a Anita improvisou uma mesa, com pratinhos, talherzinhos e copinhos e chamou a família toda para a mesa. Até certa altura, o “pai” Pincelado ainda ficou quieto no seu lugar, mas quando www.facebook.com/jackpot.portugal 3


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se apercebeu que a Anita queria à viva força enfiar-lhe “caldo verde” (couve galega infantilmente migada misturada com água) pela goela abaixo, começou a ficar inquieto e a querer dar de frosques. A Anita, pacientemente, ia buscá-lo e voltava a sentá-lo no seu lugar, e como qualquer boa esposa, incentivava-o a comer aquela mistela. À quarta ou quinta fuga, a Anita, também como qualquer boa esposa, começou a perder a paciência e ameaçou-o “Pincelado, se não comes, mando-te da varanda abaixo!”. E meu dito, meu feito! As crianças são inocentemente terríveis e desprovidas de qualquer sentimento de misericórdia quando não conseguem o seu objectivo. A Anita ainda se recorda, hoje com imensa pena e remorso, do último olhar aterrorizado do Pincelado que, ainda por cima, quando se viu nas mãos da Anita, a 4 metros do chão, num último esforço para se salvar, decidiu esbracejar e arranhá-la. Ao sentir a dor da garra do pobre animal cravada no seu braço, a Anita largouo e lá foi ele… a voar. A Anita ouviu um “Minhéuuuu!”, espreitou e ainda o viu a correr para o quintal da vizinha. Não lhe passou pela cabecita o que se passaria depois. E ainda proferiu mentalmente um “é para aprenderes!” No dia seguinte, acordou com o pai a chamá-lo “Pincelado, bsxxxx, bsxxxx, bsxxxx…! Pincelado!” Mas o Pincelado não apareceu. Mais tarde, o pai da Anita acabou por o encontrar morto, debaixo de um arbusto do quintal da vizinha, com as 4 patas partidas. Era Inverno, a noite tinha estado terrivelmente fria, e o pobre tinha morrido de frio, impossibilitado de andar para se abrigar. A Anita ainda se lembra da expressão do pai, ao enterrá-lo. Triste, mas enraivecido, sem conseguir imaginar quem teria partido as patas ao bicho e porquê, e a prometer vingança. Só há meia dúzia de anos atrás, o pai da Anita soube o que se passou. A Anita tinha que confessar este crime, e ter o perdão do pai, para não se sentir tão culpada. O pai perdoo-a, mas a culpa permanece. Apesar disso, a Anita continua a admirar-se com a sua resposta infantil aos contratempos. É certo que tirar a vida a um animal é condenável e imperdoável, mas ainda assim em muitos casos, que bom seria para algumas mulheres poderem atirar os maridos da varanda abaixo, sem sofrer consequências. Com sorte, os piores partiriam as 5 patas…

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PLAY

2ªs Feiras com PAULO TERRÃO "Sons sem palavras ou as que lá couberem"

Se a memória não me atraiçoa penso que tenho escrito sempre "palavras sobre PALAVRAS", ou mais simplesmente, tenho escolhido cantores ou temas e interpreto ambos. Mas não tinha ainda escrito sobre sons apenas...e é curioso porque no meu dia a dia é precisamente isso que ouço na maior parte das vezes. Será que os sons têm palavras camufladas? Claro que sim. Será que as palavras têm sons escondidos? Muitas vezes... Se o normal é escutar nas rádios temas cantados, se o normal é comprar um bilhete para um concerto de alguém que gostamos e cantarolamos, o fora do comum é assistir a um concerto sem palavras, o fora do normal é "cantarolar" sons! Mas quando o artista "fora do normal" é aquele que se expressa apenas no som, ele apenas nos está a dar a maior prenda de todas...permite que sejamos nós a "pensar" palavras enquanto o ouvimos. E aí dependemos de nós. Apenas de nós, consoante o momento ou a situação frágil ou aventureira que passamos, consoante os amores ou desamores que vivemos, consoante a luz ou a falta dela que o dia ou a noite proporciona. Poderia referir tantos casos...lembrei-me agora de um nome (não é dele o artigo)...Hans Zimmer...alguém conhece? Pois...é um dos maiores compositores de bandas sonoras dos melhores filmes de Hollywood, e com os seus temas orquestrados de maneira sublime, interpretamos uma simples cena do modo que queremos...porque os sons abrem caminhos "interpretativos"... www.facebook.com/jackpot.portugal 5


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Não querendo parecer um "psicanalista", prefiro escolher este tema de um dos artistas a que me refiro, um artista do mundo, Astor Piazzolla. O nome é conhecido por mil pessoas, mas quantas dessas mil pessoas já o ouviram com atenção? Não é por mal, será apenas a nossa vertente de procurar o mais fácil, e preferir as canções que já dizem tudo, porque alguém escreveu nelas...e aí ouvimos as palavras, com uma ou outra interpretação individual, mas ouvimos o que o autor escreveu...Um "anel de rubi" é um ANEL DE RUBI mesmo...não dá que pensar... Um som de Astor Piazzolla são mil sons, com mil palavras que cada um escolhe...porque mesmo sem cantarolar, pensamos, e ao pensar simplesmente falamos MUITO para nós! Tornem-se autores das palavras que quiserem, porque o tema que escolhi solta qualquer tipo de palavras...mas não as digam em voz alta....pensem-nas! E se forem um pouco mais minuciosos, escutem o tema uma segunda e terceira vez, e vão reparar como a partir dos 32 segundos tudo aquilo em que pensavam ganha outra perspectiva, porque o autor assim o pensou...bastou juntar-lhe uma cadência diferente e outros detalhes... Na musica sem palavras como na vida sem palavras...pensar com cadências diferentes e reparar nos detalhes...porque muitas vezes não precisamos falar alto para que sejamos entendidos... Astor Piazzolla fez exactamente isso neste que considero o seu tema mais bonito...e pensou certamente em mil palavras ao compor....mas não as disse...ficaram para ele, e deixou ao critério de quem ouve pensar outras mil palavras! E ficou bonito... Agora sigam o meu conselho, ouçam este "Romance del Diablo", e se o Diabo aqui teve um romance (já estou a interpretar alguma coisa!)...qualquer um pode ter...nem que seja imaginário...apenas com palavras que nós ouvimos e não dizemos.... E sabe bem ter pensamentos apenas nossos....desde que bons. Deliciem-se! E pensem em mil coisas...

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HÁ IMAGENS QUE FICAM... E FICAM PARA SEMPRE!

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QUINQUILHARIA

2ªs Feiras com EDUARDO CARVALHO

O S.João está a chegar Um artigo vou trazer Têm uma semana para descansar Porque no sábado vai aquecer. Caro(as) Amigo(as) durante esta semana não se esforcem muito fisicamente porque vem aí noitada da grande e nada melhor do que preparamos a aparelhagem e uns cd´s bem populares porque a data assim o exige. Se por acaso aí por casa tiverem uma aparelhagem da AIWA também estão bem servidos! Esta é daquelas marcas que muita gente desconhece mas acompanhou durante muito tempo a evolução dos formatos. Não queria chamar-lhe linha branca da Sony porque estaria a menosprezar esta companhia criada em 1951. Já eram nascidos? Foi uma marca que durante largos anos competiu com outras tendo a vantagem de ser uma ótima compra preço\qualidade. Eles fabricavam um pouco de tudo. Áudio, vídeo, mini hi-fi, mini disc etc… Nos inícios sofreram algumas quebras no mercado até que levou a administração a realizar um plano de sobrevivência e lançar-se de novo no mercado em 1964 com a produção de um gravador! www.facebook.com/jackpot.portugal 8


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Nunca tive nada desta marca. Quando ia para comprar olhava para o preço, agradava-me mas faltava-me confiança para adquirir. Acabava sempre por ir para a Sony. Nos anos noventa esta marca aparecia muito nos expositores de variadas lojas de especialidade. Tinham pinta, robustos mas como referi anteriormente faltava-me coragem de gastar Escudos na Aiwa. Fiquei mais atento a esta marca quando no ano de 1997 entro numa loja, salvo erro era a Natura e eles tinham sempre uns cd´s para vender tipo pan pipes e etc…a sonoridade era interessante e o som potente e definido. Curioso como sou nestas coisas olho para o tecto e vejo duas colunas Aiwa, procurei o que faltava ou seja a aparelhagem e lá estava num cantinho do balcão cheia de luzes como eu gosto, leitor de 5 cd´s, equalizador desta e outras bandas do além Fiquei maravilhado. Adorava mini hi-fi´s. Encaixava em qualquer cantinho Mais tarde soube que um conhecido meu também tinha um sistema mini hi-fi idêntico e que fazia gato sapato dele e sempre a trabalhar como um Bentley. Conclusão da história. Podes fiar nos Japoneses, mesmo barato o produto não deixa de ser bom (neste caso vá)..risos

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COM QUEM ELAS SONHAVAM NAMORAR... BRYAN FERRY

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NAIF

3ªs Feiras com DIAMANTINO LEITE "Fim-de-Semana em Vigo"

Estamos nos anos 90, numa tarde de sexta-feira, o tempo começa agora a aquecer. Junho está quase no fim e as temperaturas começam a obrigar a reduzir a roupa, o que torna agradável um passeio à beira-mar. E quem diz beira-mar diz Calle do Areal! A saída para Vigo esta combinada para as seis da tarde, para dar tempo de passar no Hostal e ainda ir jantar umas tapas. O encontro foi marcado para a Praça Velasquez. Depois de tomar café, e já com as malas no carro, partimos os quatro em direcção a Espanha. Os amigos convocados eram quase sempre os mesmos. A ideia era passar um fim-de-semana barato mas, repleto de intercâmbio cultural. Podem não acreditar mas Vigo era um excelente ponto de encontro entre Espanhóis e Portugueses nos anos 90. Primeiro porque estávamos em Espanha, o local mais fácil de encontrar Espanhóis, ou Espanholas neste caso, e depois porque nós eramos Portugueses, com uma excelente capacidade de comunicação e, uma vontade muito grande de fazer novos amigos/as. A viagem, feita quase todos os meses, era acompanhada por musica gravada em K7 piratas. Alguns dos êxitos do momento, gravados directamente da radio ou de discos de vinil, na aparelhagem lá de casa. A chegada ao Hostal servia apenas para deixar os sacos e, tomar o banho www.facebook.com/jackpot.portugal 12


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na casa de banho que existia ao fundo do corredor. O conforto do hotel não era uma das nossas prioridades. As pesetas eram mais bem gastas em whiskey ou cerveja. A noite começava então com o jantar. Qualquer local servia. Desde que fosse bem localizado e servisse tapas. A ideia era encontrar perto da Praça da Constituição, no centro histórico, um bar bem frequentado, onde pudéssemos começar a conviver. O percurso seguinte era feito a pé. De bar em bar, sem cartões de consumo obrigatório, apenas com o objectivo de tentar beber o maior número de cervejas e conhecer o maior número de Espanholas. No final da noite, tínhamos que pegar no carro, o que nem sempre era uma tarefa fácil. A escolha do condutor era feita criteriosamente. Ou pelos menos assim pensávamos nós. Pelos critérios actuais teríamos de ir de táxi… O carro era obrigatório porque o próximo local ficava fora da cidade. A Discoteca Public Samil, perto da Calle do Areal, na zona de praia de Vigo. Nessa altura, em Portugal, ainda não era vulgar as discotecas terem bailarinas. Mas as bailarinas da Public, em cima das colunas, eram um dos motivos para ir a Vigo. E eram elas que criavam um ambiente de festa. Eu continuo a pensar que uma discoteca é um local de diversão. Onde se dança e onde devemos realmente divertir-nos. Nessa discoteca, a ideia era mesmo essa. Acho que nunca mais voltei a dançar com na Public. Ninguém ia para a Public para ficar encostado ao balcão. A não ser que já não conseguisse estar em pé pelos seus próprios meios. Foram fins de noite inesquecíveis. O nascer do Sol em Samil era fantástico a oito. Dificil foi tirar o jeep da areia...

Jorge, Paulo e Miguel, sexta-feira no Velasquez? Já não precisam de trazer pesetas. Eles agoram aceitam Euros. Eu estou lá às seis da tarde, www.facebook.com/jackpot.portugal 13


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NA SÉRIE ONDE FUI FELIZ

3ªs Feiras com SOFIA CRUZ

"Dueto Improvável" O "Chefe Mas Pouco" era mais uma sitcom típica da nossa infância e adolescência, com uma temática diferente para focar o espectador: desta vez não eram extraterrestres mas... Empregados domésticos. O Tony Danza (!!) faz o papel de... Tony, um reformado atleta que, necessitando de se sustentar com a sua filha adolescente Samantha - a gata da Alyssa Milano ( falo com respeito: a pequena é gata agora, não na altura da série, coitada, uma pequenota que soube envelhecer bem), aceita um emprego como empregado doméstico na casa de Angela, uma executiva obcecada pela carreira. Dessa ausência em casa, sobrevive "lá para o meio" o seu filho pequeno Jonathan, um tímido miúdo que Tony passará a tratar como filho. No meio lá aparece a miss Mona, mãe de Angela, tarada por homens - sobretudo jovens e bemparecidos, claro. E aqui começava a minha dúvida. Era criança quando esta www.facebook.com/jackpot.portugal 14


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série começou. Embora nunca tenha gostado de "Barbie´s", a realidade é que, naquele tempo, ainda via a beleza exterior como algo que fosse marcante para fixar a minha atenção. Portanto, no decorrer da série, começa-se a sentir uma "fricção" romântica entre as personagens Angela e Tony que sempre me intrigou... Como é que o Tony Danza - que, na altura, era "O" Tony Danza (suspiro) - poderia ter interessa naquela Angela que de bonita não tinha nada e (mais!) até tinha uma mãe bem mais gira e interessante que ela?! Sim, porque Angela era a executiva neurótica e mandona, um pouco simpática vá, sendo Tony uma lufada de ar fresco, um "dono-de-casa" de t-shirt e jeans que lhe ficavam a matar!... Nunca acreditei naquela casal, embora os produtores assim tentassem. Nunca cheguei a ver um beijo fatal... E ainda bem. Quero manter a imagem de Tony com a bola de basquete e corpo de desportista - mesmo de avental limpa e feliz na minha imagem de infância. Porque, na altura, como já referi aqui algumas vezes, havia poucos ídolos teen. Deixem-me manter a imagem do senhor empregado doméstico feliz nas órbitas da minha memória!

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DIAS de NAMORO

3ªs, 5ªs e Sábados com KIKO "Renault 5" - Parte 2

Como certamente todos saberão, e sem necessidade de fazer desenhos, as experiências num primeiro automóvel - "milhares de quilómetros", no caso são inúmeras, pelo que, com mais ou menos "bolinhas" no canto superior direito do vosso monitor, obrigo-me a (só!) dar títulos, deixando os subtítulos e eventuais desenvolvimentos ao sabor da imaginação de cada um, e por cada um, não por mim. Percebido?! Não especulem nem inventem. (não direi NADA por muito que pareça dizer) Para que se entenda, e bem, os pontos que se seguem referem-se e experiências num "Renault 5" antigo, um dos primeiros modelos, vivenciadas entre finais da década de 80 e meados da década de 90. > Furar um pneu e ir arranjá-lo era um bico de obra, mas funcionava como "portefólio". Mudá-lo, na altura, era muito mais simples do que hoje (por causa das chaves de rodas e parafusos especiais que o presente dita). > Ficar sem gasolina "super" era algo comum, já que se abastecia mais vezes com moedas do que com notas, e o ponteiro da reserva, convenhamos, era tecnologicamente "lento". Já agora, e por falar em dinheiro para abastecer, cartões, convenhamos, nem de pontos, quanto mais de débito ou de crédito. > Lavar o carro, mesmo com máquinas que já o faziam, era tarefa de homem, www.facebook.com/jackpot.portugal 16


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principalmente com o peito ao léu, de chinelos e com a rua por nossa conta, durante umas duas horas. (consta-se que já era proibido) > Baixar os bancos (com aquelas "rodelas" sempre perras) era tarefa complicada, principalmente quando havia urgência em não deixar fugir o "clima", o tal do: "- Vamos ficar mais à vontade?!". > Uma toalha de praia na mala do carro, mesmo no inverno, era sempre útil, por causa do frio e, já agora, para reduzir significativamente o ângulo de observação dos mirones (cuscos ou aprendizes, nunca entendi!). > Uma garrafa de água era "recado" sugerido que os mais velhos nos davam, para o caso de o radiador começar a verter, coisa normal nas viaturas de então. (esta era uma das mais complicadas anomalias, pelo menos nas contas dos mecânicos, os "sabichões-mor" de então) > Ficar-se atolado na areia, nas viagens (inúmeras) à praia mais próxima (ou distante, dependendo da "ladainha" de cada um), por vezes, era merecedor de esforço conjunto, graças à solidariedade de outros condutores (homens, sempre), daqueles que também apreciavam o "ar fechado" à beira mar. > Ter vidros completamente embaciados, na verdade, era um excelente sinal, mesmo que, na hora de levantar os bancos e pôr a viatura a caminho, gerassem imenso trabalho, por causa de uma "chauffage" que, convenhamos, não se comparava ao ar condicionado na arte de (já) permitir visibilidade. (Santos lenços de papel, por serem bem melhores do que aqueles panos corde-laranja que sujavam mais do que limpavam.) > Chegar aos locais de "ver o mar e as estrelas", para um condutor simpático e experiente na matéria, era feito com os faróis em mínimos, de maneira a não incomodar quem já estava estacionado. E muito, muito mais... Mas, com o avolumar de sílabas a gladiarem-se com o espaço desta crónica, é melhor ficar-me por aqui, não vá derrapar por pormenores que, sendo comuns a muitos, possam gerar vontade de (muitos dos muitos) voltarem a querer ter o primeiro automóvel das suas vidas, quanto mais não seja para mudarem o óleo... à memória. Kiko www.facebook.com/jackpot.portugal 17


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A MÚSICA PORTUGUESA TAMBÉM FAZ PARTE DA HISTÓRIA... NO JACKPOT

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O GRUPO JACKPOT NÃO PÁRA DE CRESCER. E ISSO, EM GRANDE PARTE, DEVE-SE À FORMA SIMPÁTICA E EMPENHADA COM QUE MUITOS DOS QUE NOS LÊEM PASSAM A PALAVRA. MUITO OBRIGADO!

AO RECOMENDAREM O JACKPOT AOS VOSSOS AMIGOS, POR FAVOR, NÃO SE ESQUEÇAM DE LHES SUGERIR QUE FAÇAM "GOSTO" NA NOSSA PÁGINA, PORQUE SÓ ASSIM TERÃO ACESSO A TODAS AS PUBLICAÇÕES QUE FAZEMOS DIARIAMENTE.

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CRAVO & CANELA

4ºs Feiras com MARIA DUARTE

Toda a vida ouvi os meus pais falarem de uma telenovela que deu muito antes de eu nascer (nasci em 79, quando dava "O Astro" recentemente refilmado pela TV Globo, remake esse a estrear muito em breve, na Sic). A minha mãe elogiava a beleza da actriz Sandra Barsotti (como eu adorava aquele nome cantante!) e o meu pai recordava um tal de Atílio, que remexia estrume na banheira, na esperança de que se transformasse em ouro (até hoje, fala disso, ao passo que a minha mãe lamenta que os anos não tenham favorecido La Barsoti). Sempre ouvi os mais velhos falarem, também, sobre ter sido a primeira telenovela brasileira a contar com um actor português no elenco e sobre o facto de intercalar várias épocas, entre o presente e flashbacks. "O Casarão" foi a segunda telenovela a passar em Portugal, logo a seguir a "Gabriela" (actualmente, também a merecer um remake da Globo), daí, talvez, o motivo do seu grande sucesso... Ou pelas histórias que atravessavam várias gerações e pelas cenas insólitas de Atílio (interpretado pelo já falecido actor e poeta Mario Lago). Pesquisando sobre a novela, descobri que, no Brasil, foi deveras www.facebook.com/jackpot.portugal 20


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afectada pela censura, principalmente em relação a Lina, (interpretada pela grande actriz Renata), que traía o marido, Estêvão (interpretado pelo saudoso Armando Bógus), com Jarbas (personagem do talentosissimo Paulo José). Tanto o adultério feminino como a alusão à pílula anticoncecional foram fortemente censuradas (lembremo-nos que a censura, no Brasil, era extremamente forte, naquela época - "Roque Santeiro", por exemplo, tivera uma versão inicial, 10 anos antes da nossa conhecida, retirada do ar, pela censura, após um mês de exibição). No entanto, estou em crer que grande parte do sucesso de "O Casarão" se devia a uma grande história de amor: daquelas que a mim, pessoalmente, mais me comovem: capaz de resistir aos desencontros, erros, desentendimentos e muito tempo de separação (neste caso específico, foram 4 décadas!!): Carolina (interpretada pela referida Sandra Barsotti, quando jovem, e por Yara Cortes) e João Maciel (Gracindo Júnior e Paulo Gracindo – pai e filho na vida real). No final, numa cena repleta de emoção, o casal encontra-se numa confeitaria e ela, que chegara um pouco depois da hora marcada, pergunta se o fez esperar muito, ao que ele replica, simplesmente, com um sorriso: "Só 40 anos".

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COM QUEM SONHÁVAMOS NAMORAR... KIM WILDE

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LUSITANA PAIXÃO

4ªs Feiras com HÉLDER FERRÃO

“Diz-me quem tu ouves, e eu digo-te…” Pode-se dizer muito acerca de uma pessoa tendo apenas como única informação da mesma o estilo de música que ouve. Este princípio funciona quase como quele velho ditado “diz-me com quem andas, e eu digo-te quem tu és”. Claro que segundo o meu raciocínio ficaria algo como “diz-me quem tu ouves, e eu digo-te quem tu és”; Uma afirmação com tornos preconceituosos? Talvez. Se isto é uma ciência exata? Não, longe disso. Certo é que esta é a verdade de muita gente, e talvez seja a de muitos de vocês. É que, se pensarmos bem, na realidade, pode-se dizer muito sobre uma pessoa que adora música clássica, não concordam? E o que dizer daqueles que elegem apenas o fado? E os que veem o Rap como a melhor forma de expressão musical? E que tal daqueles que ouvem “pimba” de manhã á noite? O que dizer sobre esses? Estarei a mentir quando digo que um “perfil psicológico em traços gerais” foi traçado por vós para cada um destes “personagens”? Reparem que não estou aqui a fazer juízos de valor sobre essas pessoas, longe disso. Cada qual é quem é, independentemente daquilo que ouve, (ponto). Constato apenas que a personalidade de um indiviuo e a forma como se relaciona com o mundo se molda muito pela forma que olha e aprecia determinado estilo musical; O mesmo acontece não apenas com o “estilo” que aprecia, mas também com as bandas ou artistas que elege em particular. Por exemplo: Se me disseres que idolatras “Bon Jovi”, www.facebook.com/jackpot.portugal 24


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entre outras coisas, saberei dizer, isto para começar, que o teu gosto musical é no mínimo duvidoso e que um “cotonete” talvez resolvesse o assunto (…) Sem ofensa, claro! Pois bem, chegamos então ao centro da questão desta crónica. Pergunto: Quem é que aqui gosta de “Tarântula”? Para começar, eu. Eu, que não sou fã de heavy metal, gosto muito de uma banda que foi pioneira no estilo heavy metal em Portugal. Nem a minha mulher desconfia que a música “desses cabelos cumpridos que incentivavam o moche nos seus concertos” passa pelos ouvidos “cuidados” de “Beto” que trago na cabeça. Ah se a minha mãe nessa altura da minha adolescência desconfiasse que eu fazia parte “daqueles desordeiros que só se metiam em problemas á custa daquela música maluca”, nem para ir às aulas sairia de casa enquanto o “vírus” não passasse! É, estes moços do Porto fizeram parte da minha juventude, e tirando o facto de me vestir maioritariamente de preto, o cabelo nunca me chegou aos ombros e as caveiras em anéis nunca se me figuraram nos dedos como “mandava” e ainda hoje “manda” a tradição dos metaleiros. Mas, pensando melhor, talvez essa tradição nunca tenha realmente existido. Talvez existissem mais “rótulos” que uns optavam por “vestir” completamente e outros nem por isso… Mesmo sem se fazerem ver e ouvir, os Tarântula têm hoje 30 anos de carreira, e ainda andam aí com força a levar o raro heavy metal português (escrito e cantado em Inglês) por esse mundo fora. Antes de vos dizer “Até prá Semana”, lembrem-se… Daquilo que Somos faz parte também aquilo que ouvimos: Mas isso não é tudo, pois de longe o gosto musical de alguém nos dá um retrato fiel do Todo para que estamos olhar. Mas que ajuda muito a compreender algumas “faces”, lá isso….

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ESTÁ CADA VEZ MAIS COMPLETA A NOSSA COLECÇÃO... "AMAR É..."

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as nossas máquinas fotográficas com rolo de 36 fotografias continuam a apresentar o antes e o depois de inúmeros famosos

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À BORLA COM...

PINK FLOYD!

Independentemente da geração a que se pertença, e seja-se mais ou menos apreciador do género em questão, o nome PINK FLOYD, quando se fala de grandes criadores e intérpretes musicais, é incontornável. Ou mesmo, para muitos, o NOME, a marca. "Pulse", desta feita em 1994, mesmo 18 anos depois, parece demasiado avançado, demasiado inovador, demasiado inspirador. E foi-o, ou melhor, ainda o é. (ponto) Sem Roger Waters, que continua a fazer algo "parecido" e sob a capa do nome que também ele ergueu, estes Pink Floyd merecem ser ouvidos com dedicação, sem pressa, ao pormenor. O concerto que hoje vos trazemos, mais do que um simples espectáculo, é um bailado de emoções, onde a relação entre os instrumentos e as palavras originam momentos de puro êxtase, musical, claro. Seriam necessárias páginas e mais páginas para aflorar ao de leve o compêndio que os Pink Floyd compilaram ao longo das décadas em que nos acompanham, mas, e melhor do que escrevê-lo ou descrevê-lo, recomendamos senti-lo, sentir o efeito que essência da sua música proporciona, lá no alto de todo o seu esplendor. Bom Concerto e... Divirtam-se!

Francisco Moreira www.facebook.com/jackpot.portugal 28


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OS NOSSOS SARRABISCOS ...DIARIAMENTE

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A COR DOS TROCOS

5ªs Feiras com MAURÍCIO PINHEIRO “Noite de São João”

Primeiro Acto – Introdução Não sei hoje o que se passa Assaltou-me o nervosismo Não sei se isto vai ter graça Ou se vou dar ao abismo Segundo Acto – Acção Deve ser da excitação Da noite que se avizinha Vou gozar o São João Até ser de manhãzinha Quarenta ou cinquenta escudos Os trocos que há para gastar Hão-de dar pra toda a noite Há que brincar e… poupar www.facebook.com/jackpot.portugal 30


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Para começar o gozo Vamos até às Campinas Aproveitar o bailoso E dançar com umas garinas Depois é seguir em frente E caminhar com pujança No meio de tanta gente Ainda a noite é uma criança Com boa disposição E ao cheiro das sardinhas Com o martelo na mão Lá vamos prás Fontainhas Ai que bonita a cascata É um regalo prá vista Mas não há tempo a perder Temos que ir prá Boavista Jogar uma matrecada Que a folia ainda dura Pelo meio, uma escapada Pra comer uma fartura Com o sol quase a raiar Aconteceu tantas vezes Ir dar um mergulho ao mar Na Praia dos Ingleses Terceiro Acto – Conclusão Vou parar de versejar Que isto foi rimar a rodos Quero apenas desejar Um bom São João a todos www.facebook.com/jackpot.portugal 31


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LACA & BRILHANTINA

5ªs Feiras com SUSANA LAPA "Adam Levine"

Epá, eu hoje faço anos, portanto deixem-me lá largar a laca e a brilhantina por uns tempos (que isso faz uma gaja sentir-se velha) e deixar os meus pensamentos fluir por um senhor que me tira do sério e que seria uma prenda perfeita para comemorar os meus recém chegados 40 anos! Estou a falar de um tenrinho, com ar de menino muito maroto, e que dá vontade de trincar a cada movimento que faz. Adam Levine era capaz de me fazer perder a cabeça, mas tinha que ficar calado ou então cantar. É que depois de o ouvir a falar, no concerto do Rock in Rio, fiquei um bocado desiludida e com dúvidas se aquela vozinha não acompanharia alguém que pega de empurrão..... mas, nada como experimentar para tirar as dúvidas! E até sei quem me ajudaria, não é Liliana Amaral? Prontes, tens voz de bicha a falar mas voz de Anjo a cantar, corpo de Deus, a dançar... puffff nem consigo descrever, e cara de FDP (se por acaso algum criança ler isto, FDP significa que é filho de um padre, ok?) o cocktail perfeito para uma noite bem passada... ou não!!!! Meninas, babem com este vídeo onde, além da música ser uma ganda moka, ele nos presenteia com um tronco nu de comer e chorar por mais!!!

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imagens que nos levam ao passado...

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DIAS de NAMORO

3ªs, 5ªs e Sábados com KIKO

"Fotografia de Domingo" Já todos fomos putos. E, quando se era puto, lá para 1974/75, entre tantas outras coisas - talvez uns 5% das que existem hoje, tirar fotografias era um momento solene, principalmente numa altura em que ter-se uma máquina fotográfica era quase como ter-se carro na década seguinte, ou seja, coisa rara, raríssima. Mas, pronto, fosse no senhor das fotografias em Coimbrões, onde, além das "tipo-passe", também se tiravam as outras, com ou sem "fundo" por detrás, ou nos principais jardins do Porto, sempre com o cavalo de madeira como "assento", lá se ficava para a posteridade, bem ou mal, penteado ou despenteado, e, claro, a preto e branco, mas com papel de qualidade - vendiam-nos, a troco de uns escudos, muitos para a época, em função da pobreza vigente. Perdão, em função do ser-se "arremediado", como fazia sempre questão de dizer a www.facebook.com/jackpot.portugal 34


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minha mãe. Interessante era vestirmo-nos "à Domingo", talvez por ser Domingo, imaginava eu. E interessante era também mostrar-se os melhores sapatos, as melhores calças - todos de Domingo e fazer-se a melhor figura possível, nem que para isso se tivesse que ouvir alguns berros ou ameaças em nome de um qualquer senhor polícia, do qual ficávamos com medo, mesmo sem perceber muito bem porquê. As fotografias, poucas, ou anuais, quase, ficavam religiosamente guardadas nos álbuns grossos do "para sempre", junto de todas as outras, as fotografias que contavam os anos ou décadas da família e amigos chegados, inclusive dos antepassados, aqueles que tiverem hipótese de serem fotografados, claro. Era giro. Era quase como aparecer no Jornal de Notícias (ao Domingo), embora com leitura reduzida aos familiares ou aos vizinhos, e sem legendas nem datas (isso veio na década seguinte). Era interessante olharmo-nos, principalmente sem nos apercebermos que, mais de 3 décadas depois, os nossos (mesmos) olhos veriam muito melhor e muito mais do que o conjunto daquelas tantas vezes em que éramos "obrigados" a ver as mesmas fotografias. Sim, éramos nós. Sim, somos nós. Mas, mais do que nunca, a cores, mesmo que as fotografias pareçam estar a preto e branco. * A fotografia tem em primeiro plano a minha Mãe, a Dª Ilda, a minha tia Fernanda (ambas já partiram) e, como não poderia deixar de ser, "moi". (sorrisos saudosos) www.facebook.com/jackpot.portugal 35


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PLATINA

5ªs Feiras com JOSÉ GONÇALVES

Recuemos de novo a 1994, o ano que marca de forma indelével o continente africano, em primeiro – e quase diria que pelas más notícias do costume... – pelo infame começo do genocídio no Ruanda, mas também – e aqui com um sinal da mais genuína esperança no futuro – pelo fim do ‘apartheid’, com a realização das primeiras eleições multirraciais na África do Sul e a chegada de MANDELA à presidência. Noutros quadrantes, geográficos e não só, foi o ano do primeiro dos sete títulos de “Schumi” e em que desapareceu o “Grande Líder”, não sem – ao que parece... – conseguir “eternizar” dinasticamente o seu regime de opressão; eternizadas também, mas no melhor dos sentidos, ficariam, mau-grado o seu desaparecimento neste ano, a música de TOM JOBIM e a fotografia de ROBERT DOISNEAU, “autor” de um dos mais famosos beijos de todos os tempos. Também para mim 1994 tem uma marca perene, já que foi o ano do mais extraordinário concerto que vi até hoje... o dos PINK FLOYD, claro! Ainda hoje me causa impressão que o BARBOSA pudesse ter vendido o bilhete cá fora, já à porta do estádio (mesmo que por 20 contos), mas o disco que hoje vos trago talvez ajude (?) a redimi-lo de tal “sacrilégio”, já que foi o mesmo JB a emprestar-me “Unplugged in New York”, dos NIRVANA. Não sou um fã do “som de Seattle” e a distorcida sonoridade que o caracteriza fica um tanto distante das minhas preferências... talvez por isso, teve que ser um álbum acústico a convencer-me dos méritos de COBAIN, e conseguiu-o, quiçá por não se limitar à ortodoxia do ‘grunge’ e www.facebook.com/jackpot.portugal 36


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por deixar entrever, nas palavras da crítica, até onde poderiam ter chegado a banda e o seu malogrado vocalista, que neste disco póstumo assina uma impressionante “mensagem do além”. Nem no alinhamento “Unplugged” é convencional, e menos ainda quando se pensa no género em que se costumam catalogar os NIRVANA: arranca em tons de ‘pop’, com “About a Girl” e traz um único ‘hit’ (aquando do lançamento, já que alguns dos seus temas em tanto se converteram), no som “aquático” dos inconfundíveis acordes de “Come as You Are”. Seguese-lhe a primeira de seis ‘covers’ (outra inconvencionalidade...), em que a ironia, mais triste em “Jesus Don’t Want me for a Sunbeam”, se torna mais cínica em “Plateau”, “Oh, Me” e “Lake of Fire”, as três canções que tornariam bem mais conhecidos os MEAT PUPPETS, na verdade os autores, que aqui fizeram companhia ao trio de COBAIN. São bem mais “grunge”, pelo menos na abordagem temática, o lamento depressivo de “Pennyroyal Tea” e a (ainda irónica/cínica) espécie de auto-comiseração de “Dumb”; e, se “Polly” é a mais genuinamente acústica das canções da banda, “On a Plain” e a angustiada vocalização de “Where Did You Sleep Last Night?” reflectem bem a alternância das dinâmicas que caracterizam o seu som, “apaziguada” pelo violoncelo de “Something in the Way”, que torna a marcar presença na emoção resignada de “All Apologies”, que – embora dedicada por COBAIN à mulher e à filha –, acabaria por antecipar as suas “famous last words”. Termino com a menção à última ‘cover’ incluída em “Unplugged”, a memorável recriação de “The Man Who Sold the World”, na expectativa de que, não podendo vender-vos o mundo, vos haja conseguido “vender” a audição da banda que mudou o estatuto da música dita “alternativa”, antes de o seu líder deliberadamente se libertar das suas angústias, quem sabe em direcção ao... Nirvana.

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MAIORES de 18

6ªs Feiras com LILIANA AMARAL

Benfica, Porto, Sporting, Braga, Guimarães, Boavista (saudoso), etc... Clubes... Por quem torcemos todos os anos, todas as semanas, por vezes e quando corre bem, mais que uma vez por semana... Mas a Selecção não é um Clube... Podemos torcer tanto como pelo nosso Clube, mas tem outra magia, outro poder, outra beleza! E hoje o Clube de todos nós, deu-nos mais uma Alegria, mais um motivo de orgulho e mais dias para sonhar! Clube de Combate – Fight Club (1999) Este filme é soberbo, na minha opinião... mais um! O Narrador é um homem que trabalha para um fabricante de carros e não consegue dormir. Não tendo nenhuma patologia, decide começar a frequentar grupos de apoio como meio de exteriorizar as suas emoções, de forma a ajudar que consiga dormir. Mas o uso destes grupos de apoio é arruinado quando ele conhece uma jovem mulher chamada Marla Singer, que também vai a todas estas reuniões de grupo de apoio. Sabendo que ela também não sofre de qualquer um dos males dos grupos existentes, a sua presença tem diminuído o impacto das histórias que ouve. A sua vida muda quando ele conhece um fabricante de sabão chamado Tyler Durden, que viria a ser de muitas maneiras, a antítese da insónia. Devido a várias circunstâncias, o Narrador (sim, a personagem não tem nome), vai morar com Tyler, que vive numa grande casa em ruínas, numa parte abandonada da cidade. Depois de uma luta www.facebook.com/jackpot.portugal 38


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espontanea com Tyler no estacionamento de um bar, isto torna-se num ritual entre os dois, e que o começa a ajudar a lidar com outros aspectos mais difíceis da sua vida. Apercebendo-se que há outros homens como ele, o Narrador e Tyler iniciam-se num clube de luta secreto. Entretanto o Clube de Luta cresce e começa a ganhar dimensões que ninguém esperaria. Realizado pelo génio David Fincher, conta com nomes de luxo no cartaz! Brad Pitt (olha o ouriço!!!), o fantástico, genial e extraordinário Edward Norton, Helena Bonham Carter (esposa de Tim Burton), e Meat Loaf e Arrebatou o Óscar de Melhores Efeitos de Som, entre outros prémios. Edward Norton, numa entrevista teve a seguinte declaração: "Decidimos bem cedo que eu começaria a passar fome à medida que o filme corria, enquanto que Brad Pitt levantaria pesos e iria fazer sessões de solário. Dessa forma ele tornar-se-ia cada vez mais “duro” enquanto eu me desmoronaria." Há que fazer sacrifícios, digo eu! Para terminar, deixo-vos as 8 Regras do Clube da Luta 1.Não falar sobre o Clube da Luta; 2.Não falar sobre o Clube da Luta; 3.Quando alguém gritar "pára!", fizer um sinal ou desmaiar, a luta acaba; 4.Somente duas pessoas por luta; 5.Uma luta de cada vez; 6.Sem camisa, sem sapatos; 7.As lutas duram o tempo que for necessário; 8.Se for a sua primeira noite no Fight Club, tem que lutar! Interessados?! :) Nota: Quarta Feira nova luta! Lá estaremos, os do costume! Confesso que preferia “limpar” os Franceses, dava-me cá um gozo... mas se vierem “Nuestros Hermanos”, a Padeira cá estará para fazer farinha deles! Mas lindo, lindo, era amanhã/hoje, os Gregos arrumarem os Alemães, com a Dona Merkel a ver! Isso é que era! :) www.facebook.com/jackpot.portugal 39


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BOLA de ESPELHOS

6ªs Feiras com DJ NUNO COSTA "Bellini"

Sem duvida um grande êxito, e para comemorar a entrada do Verão nada melhor que irmos até 1997 e relembrar “Samba de Janeiro”. Bellini é um grupo Euro-dance da Alemanha, cujo single de estreia, "Samba de Janeiro," foi um sucesso hino de verão em 1997 e foi seguido por numerosos estilos semelhantes a canções menos populares nos últimos anos. Composto principalmente de pelos produtores Ramon Zenker e Engels Gottfried (aka Irmãos Bellini), o grupo teve esse nome em homenagem ao jogador de futebol Brasileiro Hilderaldo Bellini onde vão buscar muita da sua inspiração musical do Brasil. Bellini fez sua primeira gravação em 1997 com o single "Samba de Janeiro" no rótulo Ritmo Latino. A canção tornou-se um sucesso hino de verão, hit na Alemanha, alcançando o número dois nas tabelas de singles e ficou no Top Ten durante 13 semanas. Posteriormente lançou outros singles com Ritmo Latino ("Carnaval", de 1997; "Me Gusta la Vida", de 1998; "Brasil", 2001) mas não conseguiram atingir com o sucesso de "Samba de Janeiro", na verdade, nenhum atingiu o pico mais alto do que o número 71, relativo às tabelas de singles Alemãs. Um outro par de singles foi lançado, ("Saturday Night", de 1999; "Arriba Allez", 2000) foram igualmente mal sucedidos. Em Portugal também só me lembro do sucesso “Sambe de Janeiro” e que também foi um grande hit de Verão. Remember, No Music, No Life! www.facebook.com/jackpot.portugal 40


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OS LP'S DA NOSSA VIDA CONTINUAM A TOCAR MAIS ALTO NO JACKPOT

OS MELHORES E MAIS MARCANTES TELEDISCOS DAS DÉCADAS DE 70, 80 E 90 TOCAM DIARIAMENTE NO JACKPOT... PORQUE HÁ QUE RELEMBRAR, HÁ QUE VOLTAR A CURTI-LOS... E COM O SOM MAIS ALTO, ALÉM DE, PREFERENCIALMENTE, EM ECRÃ "CHEIO". www.facebook.com/jackpot.portugal 41


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A MINHA CONDIÇÃO 4ªs Feiras com MANUELA CERQUEIRA “I Have A Dream” Há muito que o caso Rodney King se tinha apagado da minha memória, confesso, mas no domingo passado, “cruzei-me” com a notícia da sua morte e decidi então recuperar a história deste negro norte-americano… As décadas de 50 e 60 do século XX testemunharam a luta, dura e intensa, da comunidade afroamericana contra a discriminação e o racismo, a luta pelo reconhecimento dos seus direitos civis. Em Março de 1991, quando muitos considerariam distante, no tempo e na memória, esses tempos difíceis, Rodney King, um taxista negro, foi brutalmente agredido por agentes da polícia de Los Angeles, alegadamente por motivos racistas. O incidente, que fora filmado por transeunte, rapidamente foi transmitido pelas principais cadeias de televisão, originando, de imediato, uma onda de indignação. No ano seguinte, os quatro agentes envolvidos nas agressões foram julgados e absolvidos por um júri maioritariamente constituído por brancos. A onda de indignação agigantou-se, dando origem a violentos confrontos raciais na cidade de Los Angeles. Cerca de meia centena de pessoas terão morrido nesses motins e os prejuízos www.facebook.com/jackpot.portugal 42


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ascenderam aos mil milhões de dólares. E os norte-americanos tiveram de confrontar-se, de novo, com os seus “fantasmas”… A América, a nação “onde [os homens] não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter”, a América sonhada por Martin Luther King parecia uma quimera. O caso Rodney King voltava a abrir uma ferida que, afinal, não estava verdadeiramente cicatrizada… O julgamento foi repetido. Dois dos agentes foram dados como culpados de violação dos direitos civis e condenados a penas de prisão efectiva, enquanto os outros dois foram novamente ilibados. Rodney King recebeu uma indemnização e os ânimos apaziguaramse. Anos mais tarde, numa entrevista, King afirmou ter perdoado os seus agressores “Porque os EUA me perdoaram inúmeras coisas e me deram numerosas oportunidades. Deve haver sempre lugar para uma segunda oportunidade e eu tive-a”. Em 2008, também a América, aparentemente, protagonizou sua “segunda oportunidade” com a eleição de Barack Obama, o primeiro presidente negro da sua História. Percebendo o profundo impacto e significado político e social da sua possível eleição, o então candidato à presidência dos EUA procurou unir a nação, lembrando o sonho de Martin Luther King e afirmando: “Não há uma América negra e uma América branca e uma América latina e uma América asiática. Há os Estados Unidos da América.”

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CONTINUAMOS A ACREDITAR QUE A NOSSA SELECÇÃO FARÁ BONS EUROPEUS ENTRE 1970 E 1998... (risos)

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…LEMBRAM-SE, OU NEM POR ISSO!? Sábados com JORGE SILVEIRA

Por seu acaso, os meus amigos conhecem o Colo de Pito? São em geral desconhecidos aqueles que lhe deram os nomes, mas por certo foram pessoas com um sentido de humor altamente apurado. Depois o Latim, de extrema influência na nossa língua, tem também destas substâncias e quando traduzido à letra, ou através da derivação da sua designação primitiva, originam nomes interessantes e curiosos. De tal forma foi a influência romana na Península Ibérica que o baptismo das terras que colonizavam era feito de acordo com a envolvência da zona, ou mesmo mediante aquilo que mais ao sentimento lhes tocava. Continuando a viagem que iniciei há umas semanas, trago-vos hoje mais uma interessante e curiosa toponímia da nossa cultura, do nosso povo e do nosso País. De tal forma ela é curiosa, que teve as honras de ser eternizada por um grupo de rock Português, e então a partir dessa altura, os Trabalhadores do Comércio deram outro ar de conhecimento do conhecimento ao mundo, do Colo de Pito. Colo de Pito derivou para o seu nome actual exactamente a partir do latim, aliás como a maioria das palavras do nosso idioma. Colum Pictum, digo Colina Pintada, digo Colo de Pito, foi assim chamada pelos romanos www.facebook.com/jackpot.portugal 45


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que invadiram esta zona por a acharem de uma beleza imparável e um lugar bastante aprazível. Colo de Pito é uma terra da Beira Alta situada a 900 metros de altitude, junto à Serra de Montemuro, pertencente à freguesia de Monteiras, Concelho de Castro Daire e Distrito de Viseu. Situa-se a 10 quilómetros de Castro Daire e a 20 de Lamego e não fosse o pagamento de portagens na A24, uma daquelas que deveria ser SCUD para sempre e que já não o é, e estariam neste momento estas localidades bem mais próximas umas das outras e por consequência ao exterior mais aberto, o Colo de Pito. Os seus 146 habitantes segundo censos de 2006, festejam no terceiro domingo de cada mês de Julho as festas de Nossa Senhora da Saúde, junto da Capela com o mesmo nome. E sendo um núcleo com tão poucos habitantes, tem uma associação bastante activista no que concerne à divulgação da aldeia. A Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Colo de Pito possui uma equipe de futebol que veste actualmente a cor verde e vermelho da nossa selecção, tem um sítio na internet com o mesmo nome da aldeia (http://www.colodepito.net/) que, pessoalmente, recomendo visitar.

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SER PORTUGUÊS... É MUITO MAIS DO QUE UM ESTADO DE ESPÍRITO PROVOCADO POR UM RESULTADO DE FUTEBOL.

SER PORTUGUÊS... É SÊ-LO SEMPRE, POR TUDO, POR NADA, POR TODOS, POR NÓS.

VIVA PORTUGAL! www.facebook.com/jackpot.portugal 47


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HEIDI

Sábados com ALEXANDRA BORGES “S. João… S. João dá cá um balão”

Após algumas semanas de ausência (coisas da vida), a Heidi está de volta, para recordar aqueles desenhos animados que infelizmente muito raramente passam na TV e como hoje temos a noitada de S. João não poderia deixar de relembrar…

S. António Já se acabou O S. Pedro está se a acabar S. João… S. João Dá cá um balão para eu brincar… E como eu brincava com e sem balão, desde que me lembro como gente que o S. João faz parte de mim, tive a sorte de os meus avós serem das fontainhas, onde (para quem se recorda) foi durante muitos anos (pelo menos na minha infância) risos o coração da festa deste Santo Popular. Tinha lugar VIP para o fogo-de-artifício quando este era na ponte D. Luis, e que maravilha que era, tanta martelada, tanto alho-porro ao fim de todos estes anos. E lá se fazíamos o peditório para o S. João que depois era gasto nos carrinhos de choque e nas cestas, também havia os matrecos mas eu e aqueles bonecos presos que dizem ser jogadores de futebol não somos lá muito compatíveis (risos), apesar de gostar de rodar aquilo e ser uma péssima jogadora (risos). É no meio destas recordações que eu me lembro que o tempo passa rápido (risos), seria eu a única que muito desejava chegar aos 18 aninhos e nunca mais lá chegava e depois desse aniversário os seguintes passaram num piscar www.facebook.com/jackpot.portugal 48


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de olhos? Foi na minha pesquisa de desenhos animados ainda sem saber o que trazer hoje que relembrei este e no meio destas pesquisas que tenho feito tenho vindo a descobrir que muitos dos desenhos animados que gostávamos quando éramos pequenos foram criados muito antes de imaginarmos vir a este mundo ou dos nossos pais começarem a trabalhar para isso (risos). Por exemplo o tão conhecido BIP BIP que eu adorava a sua rapidez e a forma incrível como se safava sempre do coiote que o via como uma excelente refeição foi criado em 1949 por Chuck Jones para os estúdios da Warner Bross, e se virem o filme que anexo é um desenho animado quase mudo (gargalhadas) porque o único som que houve é “BIP BIP”, brummmm, musica e pouco mais (risos) mas eu lembro me bem de me divertir com estas peripécias. Como é possível que em 1949, sem ¼ das tecnologias que temos hoje fizessem desenhos animados tão simples mas que realmente nos divertiam e muitos deles ainda hoje nos divertem? Eu sei que a ideia é fornecer alguma informação sobre os desenhos animados, mas eu em relação a este que trago hoje não faço a mínima ideia de quando estreou em Portugal, por isso tenho de ir ao baú da minhas memórias (que não é assim tão bom) risos e dizer que via isto quase de certeza ao fim de semana, o mais certo ou era ao sábado da parte da tarde ou ao domingo de manhã e quase de certeza que era a versão original já que não precisava de tradução (gargalhadas). Sim é verdade as minhas memórias são péssimas para datas e dias mas de uma coisa eu tenho a certeza que me divertia muito e que ainda hoje me divirto. Espero que alem deste vídeo vos divertir que se divirtam muito este fim-desemana, votos de um excelente S. João para os do Porto e Arredores e onde o S. João se celebrar e para os outros um excelente fim-de-semana. Não se esqueçam de ser felizes porque mesmo que a partir dos 18 os anos passem rápido o importante é que sejam muito bem vividos e com muitos momentos bons para recordar.

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DIAS de NAMORO

3ªs, 5ªs e Sábados com KIKO

"Um chapéu aos quadradinhos" O S. João da década de 80, comigo a "teenager", era um momento único. Não pelas sardinhas (nunca me chamaram!) nem pelo caldoverde, mas sim pela envolvência. Envolvência essa que reunia um grupo gigante, misturando amigos de "rua" com amigos de escola e - mais interessante ainda - com amigas de amigos nossos, gerando aquele "frenesim" de: " - Ei, viste aquela?! Ainda vou dar uns beijos com ela na Foz!". É, o S. João sempre foi muito mais do que carroceis, "um chapéu aos quadradinhos" ou cervejas quentes (molhadas por fora). A concentração acontecia junto à Câmara de Gaia (uns 4 quilómetros a pé, desde a minha casa da altura). Depois, já com uns 40 ou 50 elementos, lá íamos Avenida da República abaixo até à Ponte D. Luís I, para sentir o tabuleiro inferior a tremer, geralmente depois do fogo de artifício. Depois, geralmente, lá se ia às Fontainhas (fazia parte), para os apertos e mais apertos, sempre com paragens para recontar os elementos da equipa, entre os incessantes " - A minha é a maior!" e, claro, mais umas "Super Bock" vindas directamente das bacias com água e gelo que preenchiam os passeios do nosso destino. www.facebook.com/jackpot.portugal 50


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A rotunda da Boavista (quando ainda funcionava, com carroceis e tudo) também tinha passagem obrigatória, tal como Miragaia e o seu (ainda) famoso baile. Por fim, claro, a ida à praia, lá para os lados da Foz, já com desistentes a ficarem pelo caminho, entrelaçados ou desgastados. Naquela altura, do alto dos meus 16 anos, com as férias grandes a entrarem em cena, o S. João, por si só, era a festa que, por excelência, poderia gerar inúmeros sentires: saudade, alegria, euforia e cansaço. Saudade, claro, dos bons momentos passados no ano lectivo que chegava ao fim, principalmente quando se sabia que se mudaria de escola ou que se "perderiam" muitos dos ex-colegas de turma. Alegria, claro, pelo que se iria viver - pensava-se, desejava-se e sonhava-se - naquela noite de S. João, uma noite que, a correr mesmo bem, terminaria com uns valentes "beijos" lá para os lados da foz, num recanto de areal. Euforia, claro, porque havia sempre uma ou outra potencial conquista feminina que, em sinais (sonhados, constatáveis ou inventados), davam azo a que se imaginasse um resto de noite realmente "apaixonante". Cansaço, claro, porque quilómetros e mais quilómetros depois (dezenas), era penoso, mesmo muito penoso ir a pé da Foz, já com luz do dia, até à Madalena. Enfim! O S. João já não é o que era. E apetece-me sublinhar que era, era mesmo.

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EM ANTECIPAÇÃO EXCLUSIVA, E SEM QUE O PRÓPRIO AUTOR IMAGINE OU SAIBA, PODEMOS ADIANTAR DESDE JÁ QUE A PRIMEIRA CRÓNICA DA SEMANA QUE ESTÁ QUASE, QUASE, A ARRANCAR SERÁ ESTA:

É, o JACKPOT, entre muitas outras qualidades, tem poderes divinatórios de ponta! (risos) Verifiquem na 2ª Feira se acertamos ou não.

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