JACKPOT Magazine - 32, 17 Fev 2013

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“CARNAVAL” Com o avançar das idades, a nossa e a dos novos tempos, presumo, o Carnaval - e tantas outras coisas., vai perdendo o encantamento vivido noutras décadas, no caso a década de 70, para onde hoje nos tento transportar. Por volta de 1976/77, sem a existência das lojas que hoje fornecem tudo e mais alguma coisa, para que se possa brilhar mais no Carnaval, e principalmente porque não haviam (no caso da grande maioria) condições económicas que permitissem “ir às compras”, recorria-se à imaginação das nossas mães para vestirmos um personagem diferente ao dos restantes dias do ano. Do vulgar lençol para a mais do que conhecida versão fantasma às roupas femininas para a não menos “tradicional” mudança de sexo, lá nos íamos divertindo com os “remendos” que os guarda-vestidos nos permitiam, mas sempre com empenho, vontade e gosto. Obviamente que os quase instantâneos desfiles Carnavalescos (na freguesia) limitavam-se a uma espécie de circular de fotocópias, já que, com todos a recorrerem à mesma táctica, era normal haver um “dress-code” semelhante. Com o decorrer dos anos, claro, as coisas mudaram-se, havendo a compra de caretas (o adereço!) para nos proporcionar um melhor desempenho, mesmo que a variedade ficasse “muito a desejar”. Por isso, para se tentar dar nas vistas, quanto mais não fosse para se dizer e sentir que se tinha Carnaval, além das máscaras, divertíamo-nos com pormenores (ainda vivos, mas em estado moribundo) que ajudavam a assinalar melhor o entrudo. www.facebook.com/jackpot.portugal

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Refiro-me em concrecto, e sob a forma de perguntas, a exemplos que, estou em crer, mexeram com cada um de nós: - Quem não vibrava com as serpentinas a ficarem presas nas antenas dos carros que passavam na rua? - Quem não tentou assustar as colegas de escola com os famosos “estalinhos”? - Quem não corou por ter soltado bombinhas de (mau) cheiro numa sala de aula? - Quem não andou a “faiscar” as paredes da rua com aquelas tiras de papel com “micro-pólvora” cor-de-rosa/castanha. (sim, não me estou a lembrar do nome, novamente – risos) - Quem não apanhou confétis do chão para os voltar a atirar para a cabeça de alguém? - Quem não pegou em serpentinas usadas para fazer “rolinhos”, de maneira a reutilizá-las? Ou seja, e em resumo, todos, todos já vivemos o Carnaval de forma intensa, ou melhor, de forma muito mais intensa. E isso aconteceu naquela tal altura em que se “aguçava o engenho”, porque mais importante do que ter, na verdade, era acontecer. E nós, crianças remediadas, poderíamos não ter muito, ou mesmo não ter nada, mas acontecíamos, julgo eu (e perdoem se exagero!), de uma maneira muito mais Carnavalesca.

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SINÉAD O’CONNOR Bom dia, bom dia!! Ai que isto hoje não me apetece nada... A Senhora que se segue não precisa de Laca nem de Brilhantina, uma vez que a sua notória falta de cabelo só é comparável à farta cabeleira do Francisco Moreira. Mas, não podia deixar de vir um dia marcar presença neste nosso cantinho das quartas-feiras, com uma música que (e não adianta dizerem que não) um dia nos arrancou pelo menos uma lágrima teimosa. Nothing Compares to You é daquelas musicas que nos levam para um mundo que não é o nosso, ou talvez seja!, dos desgostos de amor e das paixões incompreendidas. Para mim, uma das mais belas canções de sempre e com ela vou baptizar uma das minhas "netas" de quatro patas. O sonho de qualquer mulher é que um dia alguém lhe dedique esta música.... Já não a ouvia há uns tempos, o raio da música é mesmo linda e a maldita lágrima lá começa a querer saltar. Vou mazé trabalhar antes que inunde o teclado.... Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho....

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“RAPIDINHA” Nem quero imaginar o que passou pelas vossas cabecinhas pensadoras com este título, mas há apenas um único motivo para ele, hoje vai ser uma crónica e uma memória rapidinha. Eu sei que podia fazer uma única crónica sobre todos os personagens da Walt Disney, mas não consigo, há personagens que merecem algum destaque tal como o que eu trago hoje, o Pateta. O Pateta ficou conhecido pela sua forma trapalhona e quem é que já não teve um momento trapalhão, quem é que nunca esteve tão distraído que tropeçou e deu um grande trambolhão, eu já. A situação um pouco mais “pateta” que tive foi na escola, não sei se era eu que estava “Goofy” ou se o mundo estava contra mim, mas lembro me de alem de ter levado com uma grande bolada na cabeça (mais um motivo para ser como sou, já não bastava ter caído de um andar quando tinha 4 anos por causa da curiosidade e rachar a cabeça ainda tive de aos 13/14 levar com uma bolada na cabeça, sempre disse que há uma razão para tudo é por isso que eu não sou normal) nesse dia andava eu toda catita de mini saia e lembro-me de ter dado um grande trambolhão e alem de me ter “partido” toda, dei cabo da saia (fora a vergonha de ter a escola toda a rir se de mim, momentos fantásticos que nos ficam na memoria). Sempre ouvi dizer que o que não nos mata torna-nos mais fortes, ou será o que não nos mata engorda? Agora fiquei com serias dúvidas. Esta personagem acho que não precisa de muitas apresentações ou descrições quem não conhece o Pateta? www.facebook.com/jackpot.portugal

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No entanto aqui vai, o Pateta é uma personagem de animação dos estúdios da Walt Disney e foi criado em 1392, a sua personagem é um cão antropomórfico (só usei esta palavra porque pareceu me gira) de raça Bloodhound, e tornou-se o melhor amigo do Mickey. Admito que o Pateta sempre me divertiu com as suas patetices e era um dos desenhos animados que eu adorava desenhar. E como a ginástica é muito importante para a nossa saúde partilho o Pateta e a sua ginástica, dublado em brasileiro, espero que seja uma ajuda para começarem a praticar desporto, caso contrário que seja uma boa ajuda para darem umas gargalhadas. Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora). Beijinhos

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“...EM 1988” Pois é! Infelizmente, tenho de voltar a falar-vos de tragédias. Logo hoje que, ao que dizem (eu só ouvi um grande barulho…) a terra tremeu por estas bandas, recordo o sismo que, em Julho de 1988, abalou os Açores, particularmente as ilhas do Faial, do Pico e de São Jorge. Para além de grande destruição, causou a morte de 8 pessoas e deixou outras 1700 desalojadas. Quando a Natureza mostra o seu poder… Mas as tragédias não se ficaram por aqui. Na madrugada de 25 de Agosto, um incêndio deflagrou num dos mais emblemáticos edifícios do Chiado, em Lisboa. O fogo atingiu enormes proporções, atingindo outros 17 edifícios e deixando toda a zona em ruinas. A reconstrução durou cerca de 10 anos. Afinal, estamos em Portugal… Mas em Portugal há também gente muito especial. Que dizer de Rosa Mota que, nos Jogos Olímpicos de Seul, venceu categoricamente a maratona? Inesquecível, sem dúvida. Como alguém disse na altura, ela é a Rosinha do nosso contentamento. Ainda no desporto, destaque para o primeiro Campeonato de Fórmula 1 vencido por Ayrton Senna, grande piloto brasileiro. Outros dois se seguiriam antes de, uns anos mais tarde, um terrível acidente lhe ter ceifado a vida. Um assunto a que voltaremos, certamente. Por agora, sempre vos digo que, a 25 de Março, foi criada a Freguesia de Bicos, em Odemira. Poderia o mundo sobreviver sem Bicos? Poder podia. Mas não era a mesma coisa, digo eu… www.facebook.com/jackpot.portugal

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Outro facto importante aconteceu a 23 de Maio: a tailandesa Porntip Nakhirunkanok foi eleita Miss Universo. Tendo em conta o início do seu nome, poderíamos pensar tratar-se de alguma estrela dos filmes para adultos. Mas não! Foi Miss, bem bonita por sinal. E, ao que consta, é admirada no seu País - onde a chamavam "Cinderela Tailandesa" - pelo seu trabalho solidário, especialmente durante o tsunami de 2004 na Ásia, onde ajudou a construir escolas, barcos e novas casas para as vítimas da tragédia. Ainda dizem que as Misses são todas umas fúteis a cabeças ocas. Está provado que há excepções. E das boas! Boas notícias recebemos nós, na minha família, com a segunda gravidez e o anúncio de que íamos ter um segundo filho. Que, por acaso, viria a ser uma segunda filha… Mas disso falaremos para o ano. Beijos e abraços e até para a semana.

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“DIA DOS NAMORADOS” Penso que terá sido já depois de completar 16 anos (1986) que notei a existência de uma realidade (comercial, ou também) com o interessante e cativante título de “Dia dos Namorados”. E era uma ideia gira, especialmente gira para quem tinha namorada, embora, principalmente naquela “minha” altura, fosse exageradamente repetitiva… É que, neste dia, todos os rapazes e homens rumavam exclusivamente às floristas, fazendo fila de horas e, pior ainda, ao estilo de quem ia “comprar preservativos”, já que o corar dos rostos, principalmente nos mais novos, era notório… E porquê? Porque numa era ainda mais machista do que a de hoje (muito mais!), as floristas não eram locais de visita para homens e muito menos para rapazes. Ok. Talvez fossem, mas, eventualmente, apenas e tão só na compra de “ramos” para funerais, as únicas flores que - pelo contrário. - não nos envergonhavam ao serem transportadas pela rua fora. (vá, “encalhados” e “encalhadas”, nada de fazer associações menos positivas entre namoros e funerais, já que existem diferenças. – risos) Andar com ramos de flores nas ruas ou nos autocarros, assumamos, era algo demasiado embaraçoso, razão pela qual a ala masculina não apreciava (esta parte d)o Dia dos Namorados, tentando avidamente trocá-la pelo momento da entrega e, já agora, o da pós-entrega. (sorrisos) Claro que existiam alternativas às flores! Chamava-se “ourivesaria em prata”, fossem pingentes, anéis, brincos ou outra ornamentação qualquer (digna de

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chacota masculina à posteriori, se se constasse). É, apesar do custo absurdo das rosas, sempre saiam mais baratas (se se esquecer o tal corar e as duas horas de espera) do que entrar numa ourivesaria (local também propício a corar-se, pelo gesto e, claro, pelo fundo de bolso não compatível com o que se desejaria poder comprar). Quem estiver a ler, poderá ser induzido em erro e achar que eu só oferecia rosas. Nada disso! Apesar de também as ter oferecido. (sorrisos) Sempre gostei de acoplar alguma originalidade aos gestos mais banais, e o calendário sempre mereceu a minha especial atenção, com ou sem datas a assinalar. E quem me conhece, acredito, poderá atestar (sem ter que o fazer, logicamente) que raramente me ficava (ou fico) pelo trivial. Gosto de encenações e de surpreender, e confesso-o com todas as letras. E foi este lado inventivo e romanticamente interventivo que me levou a saborear de especial maneira (quase) todos os “Dias dos Namorados”, principalmente entre os meus 16 e os 28 anos de idade (décadas de 80 e 90), cometendo algumas pequenas loucuras, inclusive monetárias. Sabia-me bem e queria que soubesse especialmente bem à outra parte. (ponto) Claro que os “Dias dos Namorados” dariam pano para mangas, mas, por falta de espaço (para não dizer: não entrar em caminhos mais “privados”), concluo esta crónica com uma canção que, sem que, ainda hoje, entenda porquê, acompanhoume em alguns períodos da minha vida. Uma canção que me sabe especialmente bem ouvir, e sem que haja qualquer tipo de interferência da letra (quando a ouço, nem reparo nisso, limito-me a permitir que me embale, sem laço, claro!). Por isso, hoje, e em plena hora de ponta nas portas dos restaurantes, permitam que dedique esta canção a todos os amantes. Não àqueles que se obrigam a registar a data, para não ficarem “menos bem”, ou melhor, para poderem ser exemplo no dia seguinte, mas sim a quem ama, a quem sente, a quem cria, recria e acredita no amor, um dos “bens” mais desejados pelo ser humano, um ser que, geralmente e infelizmente, só o valoriza substancialmente em dois momentos: quando o recebe e quando o perde. Amem o mais que puderem, inclusive a 15 de Fevereiro.

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Embarquemos numa “crono-supersónica” viagem, um tanto à imagem do Concorde, que então teve a sua estreia comercial... e já chegámos! Chegámos a 1976, ano da formação da Apple e do registo oficial da Microsoft (já então andavam no rasto uma da outra, ao que parece) e também a Marte, embora não ainda a bordo do vaivém Enterprise, cujo protótipo sairia do hangar um pouco mais tarde nesse ano. O ano em que a IBM estreou uma impressora laser (e eu a julgar que isto era uma coisa moderna...) foi, por cá, o da entrada em vigor da actual Constituição da República, que – bem antes de o meterem na gaveta ou, entretanto, o sepultarem em fúnebre gavetão – apontava o socialismo como meta do país que pouco depois acrescentava duas medalhas ao seu currículo olímpico. Que mais? Nada, ou melhor, NADIA COMANECI, já que a franzina romena terá sido a figura do ano – até eu, não particularmente adepto da ginástica, me lembro de a ver fazer história nessas Olimpíadas! Como talvez calculem, não foi no ano do seu lançamento que o descobri – seria bem mais tarde que uma das suas músicas ficou para sempre no meu ouvido, como no de muitos –, mas foi precisamente em 1976 que saiu o quase mítico disco de que escolhi falar-vos hoje: “Hotel California”, dos EAGLES. Na verdade, o tema de abertura daria para uma crónica inteira, já que o monumental “Hotel California” contribui decisivamente para o cariz épico do álbum com que uma das mais bem sucedidas bandas norte-americanas de sempre atingiu o seu zénite – seja na letra, magnífica alegoria à voragem da indústria musical e crítica do hiper-materialismo em que o “sonho americano” se traduzia na América “pós-hippy”, seja na carismática voz de DON HENLEY, ou numa instrumentação à www.facebook.com/jackpot.portugal

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beira da perfeição absoluta, com óbvio mas inevitável destaque para o solo de guitarra final; não deixa de ser curioso que uma música tão inesquecível (49º lugar, na lista das 500 melhores da “Rolling Stone”) apenas tenha passado uma semana no 1º lugar do Top... Mas, mau-grado a sombra com que o tema-título encobre um pouco todos os outros, há lugar para mais no 37º álbum da lista dos melhores de sempre da conceituada revista: ainda a versar a experiência (e a vertigem) dos EAGLES no meio musical de Los Angeles, o ‘rock’ afirma-se em “Life in The Fast Lane”, indelevelmente marcado pelas “unhas” de JOE WALSH, o recém-chegado guitarrista que mudou o som da banda e que assume também a “despesa” vocal em “Pretty Maids All in a Row”, outra pérola do disco, um ‘slow’ que me traz ecos de BOWIE e, mais duradouramente, de McCARTNEY; e é também ‘slow’ o andamento de “Wasted Time”, que se converte em música clássica na sua sofisticada (e instrumental) ‘reprise’. O ‘rock’ torna a “pesar” em “Victim of Love”, onde uma percussão bem marcada me traz à lembrança o estilo dos AC/DC, contrabalançando o tom mais ‘soft’ que volta a caracterizar “Try And Love Again”, uma balada com laivos de ‘country’, com a vocalização principal a cargo de um terceiro protagonista, RANDY MEISNER, que viria a abandonar o grupo pouco mais tarde; ainda tranquila é a elegante sonoridade de “The Last Resort”, que – regressando à crítica, desta feita sobre o modo como a humanidade destrói a natureza (“paradise, kiss it goodbye” recordame a triste verdade contida nas palavras do agente Smith em “Matrix”) – denota preocupações ambientalistas que diria bem à frente do tempo em que o disco foi publicado. Deixei para o fim os doces acordes ‘country’ doutro grande sucesso, o tema cuja voz principal – numa curiosa e invulgar “divisão de responsabilidades” – é, desta vez, a de GLENN FREY: “New Kid in Town”, que foi o que me senti quando, há exactamente um ano, aqui escrevi a primeira “PLATINA”, cujo “ano dois” começa, pois... ... p’rá semana!

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“FAVORES EM CADEIA” Alguma vez ouviram falar de Leon Leyson? Não, aposto que não! Confesso que nem eu até ao dia da sua morte, no passado dia 14 de Janeiro. Leon Leyson era, nem mais nem menos, o mais jovem dos mais de mil e cem judeus que Oskar Schindler resgatou à barbárie nazi. Leon Leyson nasceu na Polónia e tinha apenas 10 anos quando o seu país foi invadido pelas tropas alemãs, acontecimento que, como sabem, deu início à II Guerra Mundial. A sua história e a de muitos outros judeus cruza-se, três anos mais tarde, com a do empresário alemão Oskar Schindler que, ao recrutar mão-de-obra judia para a sua fábrica que produzia panelas para o exército alemão, viria a salválo de um destino que vitimou mais de 6 milhões de judeus em toda a Europa… Esta emocionante história, todos se lembram, foi relatada num dos filmes da minha vida – A Lista de Schindler - realizado por Steven Spielberg (também ele judeu), em 1993, um filme que contou com a interpretação de nomes grandes do cinema: Liam Neeson, como Oskar Schindler; Ben Kingsley, como Itzhak Stern e Ralph Fiennes, como Amon Göth. É um filme que nos retrata, a preto e branco, o horror vivido naqueles seis longos anos de guerra, marcados pelo Holocausto, mas que nos mostra também que, até no meio do horror, somos capazes de fazer a diferença. Um filme que nos mostra que mesmo entre duas pessoas que, à partida pareciam estar em lados opostos da barricada, é possível nascer uma amizade, que cresceu e se consolidou com a luta por um mesmo objectivo: salvar vidas, salvar o maior número de vidas possível… A Lista de Schindler é uma lição para todos nós. Ensina-nos que há valores que www.facebook.com/jackpot.portugal

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ultrapassam a barreira da crença e da ideologia porque mais alto se alevantam, o valor absoluto da vida. Ensina-nos que não devemos nunca perder a esperança, porque o amigo pode até estar entre aqueles que julgamos inimigos. Ensina-nos que até na noite mais escura, os nossos corações são capazes de ver… Oskar Schindler conseguiu salvar mais de mil e cem judeus e com isso salvou mais de mil e cem mundos. Homens e mulheres e crianças (Leon Leyson tinha apenas 13 anos quando foi contratado) que sobreviveram ao genocídio, que casaram, que formaram as suas próprias famílias, homens, mulheres e crianças que se tornaram testemunho do que de melhor há no ser humano, o amor incondicional ao próximo. Não posso, não devo, esquecer o nosso Aristides de Sousa Mendes, cônsul em Bordéus, que, à revelia de Salazar, emitiu vistos que permitiram a milhares de pessoas, incluindo cerca de dez mil judeus, abandonar a França ocupada. Também ele, num gesto de absoluta generosidade, salvou milhares de mundos. Salazar não lhe perdoou e demitiu-o. Aristides de Sousa Mendes acabou por morrer na miséria. Mas nós não o esquecemos, não o podemos esquecer…

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“KARAOKE” Foi em meados da década de 90 que fui apresentado ao Karaoke, uma variante do espectáculo, na altura inovadora em Portugal e um pouco por todo o mundo. Tendo sido convidado na qualidade de apresentador – já que já tinha uns anos de locutor de rádio, e apesar de o Karaoke traduzir-se em cantar e não em apresentar, aceitei o convite. E aceitei-o sem nunca imaginar que tal actividade viria a representar uma página importante na vida que se seguiu, a minha e a de tantos… E não só, mas também, no Vice Versa Bar, o espaço de onde parti para tantos e tantos palcos, sem nunca ousar esquecer o ponto de partida, já que tantas outras vezes também foi ponto de chegada. Recordo-me do dia em que comecei, tímido, nervoso e sem nunca ter cantado. Foi a uma 5ª Feira. A minha voz radiofónica (colocada) parecia estar mais intimidada do que eu, mesmo perante um público composto por apenas 5 ou 7 pessoas, se não me falha a memória, sendo que a quase totalidade de percentagem desse público tinha sido convidada “à força” por mim. E é precisamente a memória que me leva directamente para a primeira canção que interpretei, já lá vão quase 20 anos: “Can’t help falling in love”, na versão de Elvis Presley, aquela que, da vasta lista, me pareceu ser a que melhor se enquadraria com o meu timbre de voz. Julgo que não correu mal. Pelo menos fiquei convencido disso, ao ponto de ter aceitado partir para outras canções, sem nunca esquecer aquela, a primeira. E como em tudo, o que custa é começar. Depois, com mais ou menos treino, a “coisa” ajeita-se, permitindo que as lacunas sejam disfarçadas principalmente quando existe um simultâneo com a natural evolução no “metier”, ou seja, quando nos empenhamos a fundo, por apreciarmos o que fazemos, o que proporcionamos. www.facebook.com/jackpot.portugal

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Em pouco tempo, aquelas noites de Karaoke transformaram-se em salas cheias de gente, anexando às 5ªs feiras, as 6ªs e os Sábados, sem esquecer as vésperas de feriado. (pelos vistos, eu tinha jeito para a apresentação, ou então a simpatia de quem me/nos visitava era algo que se multiplicava, como os “pães”) O Karaoke entrou-me nas veias, levando-me a inventar concursos e demais acontecimentos, com maior e menor escala (inclusive nacional), transformando aquilo que era visto como um “espectáculo deprimente” num entretenimento profissional, levado ao pormenor, pelo menos nos “meus” palcos. Quem subia a esses palcos, principalmente ao “Santuário” Vice Versa, sabia que teria o seu momento, por mais que ele demorasse, tamanha sempre foi a lista de cantores. Todos mereciam o seu espaço, o seu foco de luz, o seu instante, independentemente da qualidade das suas interpretações. Todos eram cantores. (ponto) Nunca fiz contas, mas “baptizei” uns largos melhores de pessoas na actividade do canto amador, sendo que alguns ficaram profissionais. E estou grato a todos, sem excepção, pelo contributo que deram, a mim e ao público, especialíssimo, interventivo e atento. Nunca fiz um “CV” desta minha etapa “Karaokiana”, mas guardo na memória o tanto que foi concretizado, incluindo as amizades, as experiências, as saudades… Sim, ficou dessa vida uma banda sonora brilhante, mesmo! O espectáculo que conduzi ao longo de quase duas décadas foi sempre especial, sempre único, irrepetível, intenso, incomparável (por mais que o tentassem copiar, e tentaram, e tentam… e fazem bem!). E isso, assumo, aconteceu porque, além de mim, fui acompanhado por pessoas que sentiram aquelas horas, dias, meses e anos como verdadeiramente especiais, verdadeiramente gratificantes. (apetece-me enumerar algumas dessas pessoas, mas receio cometer o erro de me esquecer de alguém, e isso seria muito injusto) Por isso, e porque esta crónica já vai longa, e principalmente porque as minhas histórias sobre o “meu” Karaoke dariam quase uma enciclopédia, permitam que, ironicamente, neste dia 16 de Fevereiro de 2013, dedique o “Can’t help falling in love” a todos aqueles com quem cruzei a voz, o olhar e o sentir ao longo de quase duas décadas completamente e incomparavelmente afinadas. Obrigado por Tanto!

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SHOPPING BRASÍLIA Brasília faz parte da minha vida, era ponto de encontro na minha adolescência, é sem dúvida um dos principais locais do Porto que me transportam à infância. “A primeira escada rolante da cidade”, Lembro-me do deslumbramento das pessoas que vinham experimentar as escadas rolantes, as escadas rolantes eram de facto a maior atração, ver aquelas pessoas que nunca tinham visto uma coisa assim, cheias de medo de se porem lá em cima. Todo o Shopping naquela altura era fascinante, não havia nada igual no Porto. A canção do Rui Veloso (A rapariguinha do Shopping) diz tudo ! Muitas tardes de quartas-feiras passadas no Griffon’s, algumas noites no Glassy, alguns filmes no Cinema Charlot com a familia, era de facto algo muito importante para mim e que deixa saudades. Inesquecíveis também são as diversões de moeda, principalmente a Abelha Maia e o helicóptero que subia e descia, colocadas ao lado das escadas forradas a alcatifa, das quais tinha medo de subir, por se ver através delas. Os mini-hovercraft do lago apareceram muito mais tarde, já na parte nova, também apareceram mais tarde as máquinas onde se pescavam peluches. Os seus tempos áureos já lá vão, mas ele mantém-se imponente e único na cidade do Porto, caraterístico como poucos já o são. É conhecido como o "mais antigo" shopping da Península Ibérica. Em termos de movimento já é muito reduzido mas mantém-se lá uma série de lojas e serviços e está bem localizado no Porto. O shopping, que já conheceu momentos de esplendor e de prosperidade, espero que se encontrem soluções que voltem a introduzir este espaço da cidade do Porto, com a importância que lhe é devida.

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