JACKPOT Magazine - 58, 02 Dez 2013

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Ele é a voz! E sim, esta frase tem duplo sentido. Por um lado porque Gordon Matthew Thomas Sumner, mais conhecido como Sting, é o famoso detentor da voz rouca que nos embalou a todos na adolescência, enquanto vocalista dos The Police e mais tarde a solo, mas também porque, quando se fala neste senhor, vem-me logo à memória “Every Breath you Take”, uma música cuja letra mais parece encomendada para um genérico da “Casa dos Segredos”, tal é a obsessão do autor pela visada e a sua intenção de a vigiar em tudo o que faz, diz, mexe… Curiosamente, não sei bem porquê, para mim e para o meu companheiro de vida, ficou rotulada como a “nossa música”. Talvez porque na altura o que interessava mesmo era o embalo que nos dava e até onde nos levava nas festas de garagem, e o inglês, sendo uma língua que calhava bem nas músicas, passava-nos ao lado, bastando-nos cantarolá-lo através de vocábulos mais ou menos inteligíveis. Gordon, filho de um vendedor de leite e de uma cabeleireira, abandonou uma promissora carreira de atleta para se dedicar à música, para a qual mostrou desde cedo um talento natural, após ter recebido uma velha guitarra do seu tio. Os apreciadores de banda desenhada talvez não saibam, mas as suas feições foram utilizadas por Alan Moore, escritor inglês que vivia na mesma cidade que Sting, na personagem de HQ, John Constantine. Enquanto membro dos The Police, formados em 1977, e além da música já mencionada, gravou outras que todos recordamos como “Roxanne”, “Message in a Bottle” e “Don’t Stand So Close to Me”. Êxitos que lhes valeram 6 prémios Grammy. A banda separa-se em 1983, tendo havido algumas tentativas mal sucedidas de reunião, até que em 2007 se juntam para uma tournée comemorativa dos 30 anos. Mas na sua carreira a solo Sting tem igualmente sucesso. Quem não se lembra de “Russians” , “ Englishman in New York” ou “Fragile”?

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Guitarrista, cantor, letrista e ator, é também conhecido como filantropo ativo, dedicando-se a causas que vão desde os direitos humanos ao ambiente. Toca guitarra, baixo (que baptizou de Brian), mandolim, piano, harmónica, saxofone e flauta. É casado com a realizadora de cinema Trudy Styler de quem tem quatro filhos, sendo pai de mais dois do seu casamento anterior com a atriz Francês Tomelty. Foi ele que, juntamente com a sua mulher, apresentou Madonna ao seu segundo marido, Guy Ritchie. Sting é proprietário de um castelo jacobino a que chama “Casa do Lago” e onde grava os seus álbuns, de um apartamento em Londres, outro em Nova Iorque, uma casa de praia em Malibu, Califórnia, e de uma vila florentina construída na era da Renascença, na Toscânia, em Itália, onde foi acusado de pretensão e arrogância intelectual por se ter instalado numa localidade calma e habitualmente a salvo de “pop-stars”. Terá sido no seu castelo jacobino que diz ter visto o fantasma de uma mulher com uma criança no seu quarto, e que julgava ser a mulher e um dos seus filhos quando se apercebeu que afinal ela estava a seu lado na cama. Trudy afirma ter visto também o fantasma. Caso para dizer, fosse lá o que fosse que estavam a fumar os dois, está provado que os efeitos não se manifestam apenas no sexo tântrico. E hoje, porque escrevi sobre Sting em português e porque está um frio de rachar, deixo-vos com esta que ele gravou em português APENAS E SÓ para os leitores do Jackpot. Oiçam e digam comigo (e com ele): NADA COMO O SOL!

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ZZ TOP Em 1969, no Texas, nasce uma banda de blues-rock, formada por Billy Gibbons, guitarra e voz, Dusty Hill, baixista e voz e por Frank Beard na bateria. São os ZZ Top. Inconfundíveis não só pela sua música, mas também pela imagem que projetam. (barba e roupas de couro, escuras). Sem perceber, Hill e Gibbons deixaram crescer tanto as suas barbas que isso acabou por se tornar uma das imagens caracteristicas da banda e ironicamente o único elemento que não deixou a barba crescer foi Frank Beard!!(beard em português significa...barba) Em janeiro de 1971, lançam o seu 1º álbum, ZZ Top’s First Album, que teve como tema principal o single (Somebody Else Been) Shaking Your Tree, mas o 1º grande hit da banda surge um ano depois, em 1972, com “Francine”; e em julho de 1973 o trio conquista o seu 1º disco de platina com o álbum “Tres Hombres”, onde constam músicas como: “La Grange”, “Beer Drinkers”, “Hell Raisers” e “Jesus Just Left Chicago”. Neste ano, abrem três concertos para os Rolling Stones. É sem dúvida um ano marcante para a banda. Os ZZ Top dão a conhecer o seu som e as suas músicas à Europa, em abril do ano de 1980. Um ano depois, o grupo lança “ El Loco” e demarca-se do som dos blues, com um som diferente usando sintetizadores e a tecnologia, que se torna, então, característica da banda. Logo depois, em Março de 1983, é lançado o álbum mais bem sucedido do trio: “Eliminator”. Este vende mais de 11 milhões de cópias só no EUA e é também com este álbum que surge o ícone visual da banda. Um Hot Rod Ford Coupé, usado nos videoclipes dos seus hits. Entre novos álbuns, tournées, mudanças de gravadora e lançamento de coletâneas, a banda chega a 2009 conforme a formação inicial e comemora 40 anos de existência aparecendo no www.facebook.com/jackpot.portugal

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VH1 Storytellers. São, sem dúvida, uma banda sólida e que se tem mantido no mercado com hits mais ou menos vendidos mas sempre reconhecidos. Em 11 de Outubro de 2011, é lançado “A Tribute From Friends”. O tributo contou com a participação de músicos dos mais diversos estilos musicais e foi sem dúvida muito apreciado. Billy Gibbons deixa a expectativa de um novo álbum para os próximos tempos. Assim o esperamos. Curiosidades: - Sabia que, em 1984, a Gillette ofereceu-lhes 1 milhão de dólares para que eles aparecessem, sem barba, num anúncio publicitário. E eles...recusaram, alegando que ficavam muito feios sem elas? - Sabia que os ZZ Top são a única banda com mais de 40 anos com os mesmos elementos integrantes desde o seu início até hoje? - Sabia que o Eliminator, o famoso Hot Rod, encontra-se exposto no Rock and Roll Hall of Fame? - Sabia que uma das imagens de marca dos ZZ Top, para além do Eliminator e da barba, são também as suas guitarras giratórias?

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“BOLAS E BOLINHOS”

Com a entrada no ciclo preparatório (1980), entre muitas outras expressões, aprendia-se rapidamente e necessariamente o significado e a importância da palavra “buféte” (assim, para que se leia como se pronunciava). Numa ainda tenra idade em que o mais próximo de “buféte” que eu conhecia era o “Café Imperador” (ou Embaixador? – ajuda-me Paulo Oliveira!), junto à Praça General Humberto Delgado, no centro do Porto, nos repetidos lanches de Domingo à tarde, convenhamos que, nos primeiros dias, as idas ao “buféte” eram feitas com uma “desconfiança” bizarra. A (grande) nota de 20$00 na carteira (sim, já se tinha carteira!), pronta a proteger-nos de qualquer imprevisto, era a garantia de se poder comer um ou outro lanche aquecido com Sumol laranja a acompanhar. E lanche, na realidade, para a grande maioria, até então, era um alimento de outro planeta (não sabia a grande coisa, mas era diferente do pão com Planta). O verdadeiro “buféte”, para que se conste, só chegaria com a entrada no secundário, fosse pelo tamanho do espaço (maior) ou pela variedade de ofertas… Quais lanches, quais quê!? (mesmo mantendo-se na “front-page” do nosso menu) Na secundária, queríamos era empanturrarmo-nos com “Bolas de Berlim”, razão pela qual a nossa carteira, mesmo com moedas de 25$00, já se dava ao luxo de, numa ou noutra altura, ter acesso a transportar a tão desejada nota de 50$00. Que luxo! O “buféte”, além das guloseimas alimentares, convenhamos, também era fonte de inspiração para o olhar, ou melhor, para os “olhinhos”, para as parvoíces dos empurrões contra (a) quem queríamos chegar mais perto, e para tantos outros acontecimentos… (um dia destes, reportoos, ou nem por isso! – risos) Em resumo, o “buféte”, que, supostamente, pode passar ao lado do roteiro juvenil de cada um, era mais importante do que se imaginava ou se imagina. E para o comprovar, basta referir que o “buféte” era o ponto de partida e de chegada para o tanto que fazíamos, faríamos ou ficaríamos por fazer, ou seja; tal como as “Bolas de Berlim”, umas vezes com mais e outras com www.facebook.com/jackpot.portugal

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menos… creme, claro! Ah! Eu era e ainda sou daquele grupo de pessoas que abre as “Bolas de Berlim” ao meio, rodando as suas metades, para que fiquem com creme em ambos os lados. Há quem se solidarize comigo? (sorrisos)

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Poirot na minha vida... Em muito pequena já tinha tendência para o mistério... Fui sempre muito curiosa e procurava desvendar algo que achava interessante e eis que entra Poirot na minha vida! Foi das séries mais apaixonantes e misteriosas de sempre... Já me imaginava em Paris, Londres, Bélgica à descoberta de desvendar crimes! Poirot sempre misterioso, metódico e imensamente reservado mas fascinante, era este detective. Adorava aquele seu bigodinho que lhe dava um ar muito francês, já para nao falar da sua bengala! Foi sempre um detective que me deixava a pensar... Eu ficava agarrada a cada crime seu e normalmente já muito próximo de acabar o episódio é que eu descobria o possível assassino. Era um homem de muito poucas palavras e de bastante inteligência mas acima de tudo muito profissional. O facto de mostrar poucas emoções mantinha a série bem mais interessante! Poirot será sempre inesquecível pelo menos para mim e com esta série me despeço até à próxima Terça!

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"LEGO" O brinquedo surgiu numa pequena empresa familiar na década de 1930. Obteve sucesso na década de 1960, expandindo-se nas décadas seguintes. O criador fundiu duas palavras em dinamarquês para obter o nome "LEGO": leg godt. que significa "brincar bem". Inicialmente construiu brinquedos de madeira, no entanto após o período do pós-guerra, este artefato ficou escasso, por isso a mudança para outro material de base: plástico injetado (denominado Acrilonitrila butadieno estireno). É um brinquedo formado por diversos módulos de tamanhos diferentes, os quais se encaixam perfeitamente, originando diversas combinações, e desde o final do ano de 1950, tornou-se popular em todo o mundo. Mesmo depois do advento dos computadores e toda tecnologia, a LEGO continua no topo das vendas de brinquedos, sempre atenta às tendências e desenvolvendo conjuntos dos mais variados e recentes temas. O que começou como uma brincadeira impressiona com os dados atuais: são fabricadas mais de 30 biliões de peças, provindas das 4 fábricas, sendo que a sua sede está localizada na cidade de Billund, Dinamarca.

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Bee Gees Bom dia, bom dia!!! Ainda na onda das trilogias, trios e outras coisas que tal, trago-vos hoje não um, mas três pedaços do melhor mau caminho que há!!! Ora imaginem lá, três manos, lindos de morrer (isto claro, se não existissem videos!!) com umas vozes de eunucos mas que até cantavam umas coisas bem giras. E quem nunca dançou ou sonhou ao som deles, que lance a primeira pedra.. Eu dancei, muito! E também cantei, alguma coisa! E, imaginem!, até sonhei, e bastante! Não me lembro quando foi a primeira vez que esbarrei neles, mas provavelmente foi no Staying Alive, que é uma coisa que todos devemos tentar fazer da melhor maneira possível. Os três manos brindaram-nos com músicas de excepção, que nos ficaram gravadas na memória e algumas no coração. É o caso de How can you mend a broken heart, More than a woman, To love somebody, I started a Joke ou ainda Run to me, que nos fizeram (fazem) dançar agarradinhos nem que seja a sonhos ou memórias..... São tantas e tão lindas. E para dançar afastados tínhamos o Staying Alive, You should be dancing, Tragedy, You win again e mais umas quantas. Mas, como é de danças apertadas que gosto, não vos podia deixar hoje sem uma balada para dançar agarradinhos à pessoa que mais vos toca o coração (e o resto!) porque... we're living in a world of fools. Apreciem-na tanto como eu!! Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho, mais ou menos próprias, a quem de direito,

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NÃO HÁ COMO A PRIMEIRA! Sim, foi a minha primeira. E ainda hoje me lembro, apesar de mais tarde ter vindo a desiludirme, talvez devido às expectativas criadas. Mas, mesmo assim, pouco. E as boas memórias permanecem. Confesso que me apaixonei logo de início e, à medida que ia penetrando e descobrindo o que para mim era uma novidade, deixei-me prender. E quis mais e fui até ao fim. E satisfez-me mesmo muito aquela primeira obra que li de Mia Couto. Também para o biólogo moçambicano foi a primeira vez que se aventurou pelos romances. E, segundo os entendidos, também ele não voltou a ter vez como a primeira. Honra lhe seja feita, “Terra Sonâmbula” é algo incomparável e essa deve ser a razão por que, quando leio outro romance do mesmo autor, fico com a sensação de faltar algo… É que “Terra Sonâmbula” (publicado em 1992 e considerado um dos 12 melhores livros africanos do séc. XX) é, antes de mais, um deleite para quem gosta dos neologismos característicos de Mia, não por serem neologismos mas porque expressam exatamente aquilo que ele quer dizer: são mesmo as palavras que faltam! Beneficiando da experiência do exjornalista e da caneta do autor várias vezes premiado, este romance transporta-nos “literalmente” para Moçambique dos anos 90 e faz-nos entrar na mente dos personagens: uma criança e um idoso, ambos perdidos pela guerra que vitimou um milhão de pessoas, mas que se encontram um no outro e se adotam mutuamente como companheiros de uma busca inconsciente, sem meta mas constante e quase automática, sonâmbula. “Se dizia daquela terra que era sonâmbula. Porque enquanto os homens dormiam, a terra se movia espaços e tempos afora. Quando despertavam, os habitantes olhavam o novo rosto da paisagem e sabiam que, naquela noite, eles tinham sido visitados pela fantasia do sonho crença dos habitantes de Matimati.” Além dos neologismos e da escrita doce de Mia Couto, o livro tem como anexo um glossário de termos locais que nos ajuda a “entrar” e “viver” os personagens, procurando com eles o tal objetivo indefinido e intangível (Mia já foi chamado “o moçambicano que diz Moçambique em português”). A cultura daquele fabuloso país, a história e a crueza das lutas armadas casam-se www.facebook.com/jackpot.portugal

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com a mitologia, o folclore e as religiosidades para nos dar, ao mesmo tempo, o retrato da guerra e a poesia que existe na mente de cada ser, fruto dos seus sonhos. “O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro.” E, apesar do drama, “Terra Sonâmbula” faz crescer aquele chamamento da Mãe-África que não tem explicação. (mesmo ficando aquém do livro, aqui fica um bocadinho da versão cinematográfica: http:// is.gd/A4vbRy )

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“HERMAN JOSÉ” Herman José Krippahl, humorista e entertainer português, nasceu a 19 de Março de 1954 em Lisboa, filho de pai alemão e espanhol, Herman Krippahl, e de mãe portuguesa, Maria Odette Valadas. Com quatro anos de idade protagonizava os filmes do pai, cineasta amador. Aos cinco anos entrou para o Kindergarten, na Deutsche Schule Lissabon (Escola Alemã de Lisboa). Teve um comportamento e resultados pouco lineares, à medida que foi tendo primeiros contactos com o teatro e a música. Estudava ainda quando comprou a sua primeira viola-baixo e através da música conheceu a vida artística. Por volta dos dezoito anos de idade tem as primeiras aparições na televisão, numa altura em que participava no In-Clave, banda residente do programas de televisão "No Tempo Em Que Você Nasceu", dirigida pelo maestro Pedro Osório. Na mesma altura, a PIDE faz-lhe um ultimato - ou se naturaliza português e cumpre o serviço militar, ou terá que ir para a Alemanha, como alemão. Herman José opta pela nacionalidade alemã e prepara-se para ingressar num curso superior, em Munique. Com o 25 de Abril de 1974, acaba por permanecer em Portugal e, em Outubro desse ano, estreia-se como actor no Teatro ABC, com a peça Uma no Cravo, Outro na Ditadura. Empresariada por Sérgio Azevedo, a peça era escrita por José Carlos Ary dos Santos, César de Oliveira e Rogério Bracinha, e integrava no seu elenco actores como Ivone Silva, José de Castro e João Lagarto. Descoberto por Nicolau Breyner, é levado por este a estrear-se como actor na televisão, em 1975. As suas participações na rábula Sr. Feliz e Sr. Contente levam os críticos a dizer, pouco depois, que Herman "metera o veterano ao bolso". Não abandona a música e em 1977 lança Saca o Saca-Rolhas, cujas vendas alcançam o Disco de Ouro. Durante cinco anos percorre o país em espectáculos de província onde debita anedotas, canta, inventa personagens e improvisa. Em 1980, Herman lança o single A Canção do Beijinho que é novamente galardão de Ouro. Nesse mesmo ano é convidado para o programa Passeio dos Alegres, emitido nas tardes de domingo da RTP, com Júlio Isidro. A mais famosa criação deste programa é o personagem Tony Silva («O "creador" de toda a música Ró», latino-romântico de brilhantina e lantejoulas, que retratava a sociedade nas suas canções) conquista o grande público.

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JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE! Em 1983, tem o seu programa de humor com O Tal Canal que permite a unanimização à volta do seu humor, num dos seus mais profícuos trabalhos. No mesmo ano, leva ao Festival RTP da Canção o tema A Cor do Teu Batom que fica em segundo lugar. A sua equipa regressa em Hermanias (1984), consolidando algumas das suas personagens mais marcantes, como o cronista de futebol José Estebes ou a rústica Maximiana. O seu programa seguinte, Humor de Perdição (1987), torna-se polémico após a suspensão por parte do Conselho de Administração da RTP, precisamente quando estava para ser transmitida a entrevista histórica (uma rubrica do programa) à Rainha Santa Isabel. Nesse mesmo ano, Herman estreia-se no cinema em O Querido Lilás, de Artur Semedo. Paralelamente à televisão, Herman desenvolveu na década de 1980 uma intensa actividade de humor radiofónico, primeiro na Rádio Comercial, depois na TSF e, por fim, como autor da Hermandifusão Portuguesa na Antena 1, em duas edições diárias num simultâneo com a RDP Internacional, RDP África, Madeira e Açores. Só regressa à televisão em 1990, com Casino Royal, uma mistura de noite de teatro com programa de variedades. Ainda no íncio da década de 1990 entrega-se à apresentação de concursos como Com a Verdade M´Enganas e Roda da Sorte, para, logo de seguida, apresentar Parabéns (1993), onde inaugura um espaço talk-show, ponde passam figuras díspares como Mário Soares, Amália Rodrigues, Roger Moore e Cher. Herman foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito a 10 de Junho de 1992. Em 1996 deixa o Parabéns, após a censura da rubrica Última Ceia, que juntou cem mil assinaturas num abaixo-assinado a reclamar da proibição daquela rábula. Regressa com Herman Enciclopédia (1997), com duas séries de sucesso de um Humor culto e vernacular. Sobressaem novas personagens, como Diácono Remédios ou Melga e Mike (este último interpretado por José Pedro Gomes), satirizando a publicidade das televendas. Para 1998, altura em que Lisboa recebeu a Exposição Mundial (já caricaturada nas rábulas da EXPO 97, no Porto), lança Herman 98 e depois Herman 99. Em 2000, Herman José chega à SIC, apresentando aos domingos o talk-show Herman SIC. O programa contava com uma equipa de actores constituída por Maria Rueff, Joaquim Monchique, Ana Bola, Maria Vieira, Manuel Marques, Vítor de Sousa e, durante algum tempo, Nuno Lopes. Em 2003 apresenta o reality show Masterplan - O Grande Mestre e em 2005 volta a esse tipo de formatos com Senhora Dona Lady. Herman José torna-se proprietário do teatro Tivoli, situado em Lisboa, em 2005. Em 2007, estreia Hora H e, no mesmo ano, o humorista posiciona-se em 70º lugar na lista dos 100 maiores portugueses de sempre e recebe o 12º Globo de Ouro, desta vez sob a Ordem de Mérito e Excelência. Outro dos prémios que recebeu foi o Prémio Personalidade Masculina Portuguesa do Canal Biography Channel em 2008. Em Maio deste mesmo ano, o também apresentador lançou a versão portuguesa de Chamar a Música e em Setembro voltou a apresentar o concurso Roda da Sorte. Em 2009, Herman muda-se para a TVI, onde apresentou o programa Nasci P´ra Cantar durante os meses de verão e lança também o álbum Adeus, Vou Ali Já Venho. Em Abril de 2010 regressa à casa RTP, de onde partiu dez anos antes. Apresentou Herman 2010, programa com apontamentos humorísticos e talk-show que ainda se mantém, adoptando as designações de Herman 2011, Herman 2012 e, actualmente Herman 2013...

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“COMPANHEIRA” Há coisas a que nem sempre damos o devido valor, apesar de todos os bons momentos que nos proporcionam. E hoje, ao pensar no que devia ir “buscar ao sótão” para partilhar convosco, lembrei-me exactamente de uma dessas coisas. Trata-se de uma companheira quase inseparável de tantos e tantos anos. Com ela partilhei ideias, pensamentos, projectos, arremedos poéticos… Momentos alegres, momentos tristes, fúrias, anseios, utopias, nostalgias, eu sei lá… Muito eu lhe bati… Mas ela ali estava, sempre pronta a transcrever fielmente o que eu lhe “ditava”. Ah, ainda não vos disse. Estou a falar-vos da minha pequena máquina de escrever. Pois é, os computadores são uma coisa recente, para um cinquentão como eu. Daí a importância que, durante tanto tempo, teve esta companheira na minha vida. E como era fácil de transportar na sua caixinha, posso dizer que foi como o meu primeiro portátil, pois era comum acompanhar-me, em férias e não só. Ainda a tenho, arrumada a um canto. Há muito que não a uso, ofuscada que foi pelas tecnologias. A bem da verdade, hoje os meus dedos queixam-se muito menos da força necessária para “bater” nas teclas. Mas as memórias, essas, estão intactas e bem guardadas, no papel e no coração. Com o contributo da minha pequena e, hoje antiquada, máquina de escrever… Beijos e abraços e até para a semana.

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Estou atrasada, eu sei... desculpem... Mas entre Palácio de Buckingham, Tower Bridge, Picadilly e tudo o mais que Londres tem para oferecer, perdi-me nas horas... do Big Ben! :) Como tal esta semana falemos British... “O PACIENTE INGLÊS” – 1996 No final da Segunda Guerra Mundial, um desconhecido, com queimaduras generalizadas em virtude do seu avião ter sido abatido, fica conhecido apenas como o paciente inglês e acaba por receber os cuidados de uma enfermeira canadiana. Aos poucos, ele começa a contar o grande envolvimento que teve com a mulher de um colega e de como este amor foi fortemente correspondido. Mas da mesma forma que determinadas lembranças lhe surgem na mente, outros detalhes parecem não vir à memória. Como se ele quisesse que tais factos, continuassem enterrados e esquecidos. Com Ralph Fiennes, Juliette Binoche, Willem Dafoe e Colin Firth nos principais papéis, foi realizado por Anthony Minghella. Curiosidades... Sean Connery e Bruce Willis foram considerados para o papel de Caravaggio. Este último foi aconselhado pelo seu agente a não aceitar o papel. Mais tarde, numa entrevista, assume o seu arrependimento. As queimaduras de Ralph Fiennes demoravam 5 horas a fazer e eram feitas todos os dias, uma vez que o Actor, mesmo só tendo cenas em que aparecia a cabeça, queria todo o corpo caracterizado! Nomeado para 12 Óscares da Academia, ganhou 9! Melhor Filme, Melhor Actriz Secundária, Melhor Realizador, entre outros. Para terminar fiquem a saber que em 2005, o Óscar de Juliette, teve que ir para reparação, depois do seu filho de 3 anos ter “brincado” com ele! Ela acrescentou que é muito bom o facto da Academia arranjar os Óscares de borla! Coitadinha... Let´s look at a trailer

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CINEMA BATALHA "Vai no Batalha" é uma típica expressão portuense, que revela falta de crença no que se acabou de ouvir. Semelhante a dizer que é mentira, numa clara alusão a que a história "passaria" no "Batalha", uma conhecida e antiga casa de cinema da cidade Invicta, localizada na praça com o mesmo nome. O Cinema Batalha é uma sala de espetáculo localizada na Praça da Batalha, na cidade do Porto, em Portugal. Neste local funcionou anteriormente, e desde 1908, a sala de projeção de cinema Salão High Life. Em 1947 foi transformada pelo arquiteto Artur Andrade no Cinema Batalha Atualmente o edifício é propriedade da empresa Neves & Pascaud. Depois de seis anos fechado, voltou a abrir ao público em Maio de 2006, por arrendamento ao Comércio Vivo a uma parceria da Câmara do Porto e Associação de Comerciantes com diversas valências: bar, restaurante, sala de espetáculos com 935 lugares, e Sala Bebé com pouco mais de 100 cadeiras.

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