JACKPOT Magazine - 66, 03 Fev 2014

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THE MISSION Os The Mission, também conhecidos como The Mission UK, são uma banda de rock gótico formada em 1986 em Inglaterra - Reino Unido, por Wayne Hussey e Craig Adams, logo após terem deixado os The Sisters Of Mercy por divergências musicais com o então líder da banda Andrew Eldritch. Sem perder muito tempo, convidam Mick Brown e Simon Hinkler para fazerem parte de um novo projecto chamado The Sisterhood. Com esta designação, chegam a entrar em digressão europeia com os The Cult, mas problemas judiciais obrigam-nos a mudar de nome nascendo assim os The Mission. O acréscimo no nome (UK), deveu-se ao facto de existir uma banda americana de R&B também chamada Mission. Hussey, que nos Sister era guitarrista, acabou por assumir os vocais na nova banda, pois Craig não queria de forma alguma ser vocalista e preferiu continuar no baixo. Simon Hinkler é o guitarrista e Mick Brown o baterista. Fazem a sua primeira apresentação como The Mission no Electric Ballroom, em Londres. Os dois primeiros singles apresentam, desde logo, a identidade musical da banda. “Stay With Me” e “Severina” possuíam a força e a melodia de um rock gótico a que não estávamos habituados e mostravam o lirismo pungente das letras de Wayne Hussey. Severina conta com a voz angelical de Julianne Regan (All About Eve) nos coros, e é graças ao sucesso deste single que os The Mission conseguem a sua primeira atuação no mítico Top Of The Pops, da BBC. Em setembro de 1986, lançam o “God’s Own Medicine”; este primeiro álbum traz os clássicos “Stay With Me”, “Wasteland” e “Severina”. O disco, produzido por Tim Palmer, tem um pé no hard e heavy metal e outro no pop-rock gótico tradicional dos anos oitenta. O nome literalmente significa “Remédio Concedido por Deus”, e era um termo usado por alguns médicos para se referir à morfina, quando ela começou a ser usada. No entanto, a crítica musical saudou este primeiro álbum dos The Mission com declarações amargas, classificando-o de “enfadonho e tedioso, um misto de Led Zeppelin e Yes”. Mas apesar dos ataques da crítica, “God’s Own Medicine” atingiu logo após o seu lançamento a 14ª posição na tabela britânica e foi disco de ouro em Inglaterra.

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Em Junho de 1987 segue-se “The First Chapter”, um álbum que reúne todos os sons das anteriores bandas, antes da assinatura de contrato com a Phonogram. Deste disco fazem parte “Like A Hurricane” (um original de Neil Young), “The Crystal Ocean” e “Dancing Barefoot” (um original de Patti Smith). Em 1988 é lançado “Children”, o famoso álbum que contou com a produção de ninguém menos que John Paul Jones (Led Zeppelin). O single “Tower Of Strength” torna-se um sucesso mundial, atingindo pela primeira vez as tabelas americanas. No ano de 1989 tocam em vários festivais da Europa e são, pela segunda vez, convidados para participar do festival de Reading como atração principal. Os concertos da banda começam a tornar-se objeto de culto em todo o mundo. Em finais da década de 80, o mundo rende-se aos The Mission. As votações dos leitores das revistas Sounds e Melody Maker dão-lhes a vitória em quase todas as categorias, incluindo Melhor Banda, Melhor Álbum, Melhor Single e Melhor Banda Ao Vivo, ultrapassando mesmo os U2 e o seu “Rattle And Hum”. Em 1990 sai o álbum “Carved In Sand”. Para este álbum foram gravadas ao todo vinte faixas, e dessas apenas 10 foram escolhidas para fazerem parte do álbum. O lançamento é acompanhado de uma tournée mundial iniciada na Grã-bretanha, seguindo depois pelo resto da Europa, e são lançados mais dois singles: “Deliverance” e “Into The Blue”. Em abril deste mesmo ano, no início da tournée Americana, o guitarrista Simon Hinkler sai da banda, o que quase provoca o fim dos Mission. Os motivos seriam a intensa pressão emocional e a dependência e abuso de drogas. O álbum “Masque”, de 1992, viria a marcar uma significativa mudança de estilo da banda. O disco traz um som bem diferente dos The Mission original, com influências eletrónicas e de dance music, o que cansou estranheza e desapontamento nos fãs. Em setembro, é a vez de Craig Adam deixar os The Mission, despedido por Wayne devido a divergências que surgiram com o lançamento de “Masque”, cujo fracasso provocou, sem dúvida, atritos na banda. Craig Adam passou a fazer parte dos Cult. O grupo agora resumia-se a Wayne e Mick. Os dois resolveram pôr um anúncio no jornal à procura de um novo baixista e dois novos guitarristas. Para preencher estas vagas, entram Rik Carter (teclados e guitarra), Mark Gemini Thwaite (guitarras) e Andy Cousin (baixo). Com a presença dos novos integrantes, os The Mission começam a trabalhar na gravação do seu próximo álbum, chamado “Dog Lover”. As faixas gravadas incluiam “Daddy’s Going To Heaven Now”, “Raising Cain”, “Valentine”, “Gung Ho”, “Cold As Ice”, “Rush”, “Neverland” e “Cry Like A Baby”. Em 1996 iniciam a gravação do álbum “Blue”. Ao contrário da demora do disco antecessor, este trabalho foi finalizado em apenas oito semanas, sendo lançado no dia 3 de junho. Foi divulgado que este disco seria o último dos The Mission, pois a banda iria separar-se. Assim, logo após o lançamento do álbum Blue os Mission começaram o que seria uma tournée de despedida por Inglaterra e Alemanha. Andy Cousins e Rick Carter passaram a fazer parte dos All About Eve, Mick começou a trabalhar com os Oasis, Mark Gemini-Thwaite participou na banda All About Eve durante algum tempo, mas depois começou um projeto com Tricky (exwww.facebook.com/jackpot.portugal

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Wild Bunch e membro dos Massive Attack), e atualmente faz parte da banda New Disease. E assim permaneceram os The Mission, cerca de 3 anos. O ano de 1999 é marcado pelo retorno de várias bandas clássicas do “rock gótico” como Bauhaus, Fields of the Nephilim e Garden of Delight. Inspirados por tantos retornos, Wayne Hussey e Craig resolvem juntar e reativar a antiga banda. Convidam Scott Garrett para a bateria e fazem uma tournée mundial para marcar a sua volta. A tournée, batizada adequadamente de “Ressurrection” contou com a participação das bandas Gene Loves Jezebel, Mike Peters e All About Eve. Em novembro de 1999 é lançado o disco “Resurrection”, uma coletânea de hits da banda. Entretanto, aconteceria durante a tournée sul-americana um terrível contratempo. O baixista Craig Adam resolveu simplesmente “abandonar” os The Mission bem a meio da tournée, alegadamente devido a problemas pessoais. Os The Mission praticamente desintegraram-se com a saída de Craig durante a tournée de 2002, e hoje apenas existe Wayne Hussey e músicos convidados; mesmo assim deixam-nos um vasto leque de álbums de estúdio, nomeadamente, “God's Own Medicine” (1986), “First Chapter” (1987), “Children” (1988), “Carved In Sand” (1990), “Grains of Sand” (1990), “Masque” (1992), “Neverland” (1995), “Blue” (1996), “AurA” (2001), “Aural Delight” (2002), “God Is A Bullet” (2007), “Dum-Dum Bullet” (2010). O total de vendas de álbuns em todo o mundo até à data já ultrapassou os 3 milhões de copias. Sabia que: - A música “God Is A Bullet”, é uma homenagem ao Liverpool Football Club? - Os The Mission têm uma série de seguidores fanéticos que os seguem constantemente, o que de certa forma ajudou a que os The Mission tivessem sete concertos esgotados consecutivos? - Durante uma tournée, Andrew Eldritch, que tinha saído por divergências, foi visto na plateia a assistir ao concerto e, segundo declarações de Hussey, ele inclusive chegou a procurar os excolegas depois da apresentação, e elogiado o espetáculo sem ressentimentos? - A tournée de 1987 foi tão desgastante, e foram tantas as apresentações que Craig Adam acabou por sofrer um colapso nervoso em Los Angeles, e acabou por voltar mais cedo para casa? E que, entretanto, a tournée prosseguiu mesmo assim? - A gravadora Phonogram decidiu “segurar” o lançamento do álbum “Carved In Sand”, para não atrapalhar o lançamento e as vendas de uma outra banda da casa, os Tears For Fears? - Numa tournée na Nova Zelândia, durante um intervalo nas apresentações, os membros dos The Mission jogaram futebol contra uma equipa de futebol do campeonato local, ganharam a partida e, ainda por cima, Wayne fez um belo “chapéu” e um golaço à profissional da bola? - Pouco tempo depois de terem trocado o nome de The Sisterhood para The Mission, ainda antes de serem conhecidos, os The Mission estiveram cá em Portugal a atuar num conhecido bar típico da ribeira do Porto, o Mercedes? www.facebook.com/jackpot.portugal

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Nº 1 Em termos musicais, naqueles fantásticos anos 80, muito se ouvia falar das bandas “rock” dos anos 60 e das “sex and drugs” dos anos 70, aquela década em que tínhamos “vindo de gaivota” de Paris de França. E consta-se que, ainda hoje, a “gaivota” continua a ter banda sonora, já que, muito provavelmente, todos teremos sido “iniciados” num slow de uma pista de dança de um salão dos bombeiros, de uma festa “prapular” ou noutras circunstâncias quaisquer. (não, não vou falar de vidros embaciados! – risos) E por mais que nos dissessem que era “piroso”, naquela década de 80, nós queríamos era ouvir o que a revista “Bravo” alemã trazia da capa. Aquela revista que se comprava na papelaria em frente à pastelaria das famosas bolas de Berlim, perto da estação de Valadares, em Gaia. Relativamente ao conteúdo traduzido mentalmente – apenas., falarei na próxima semana, já quem, hoje, permitam, quero debruçar-me exclusivamente em exemplos de bandas e artistas que, por mais “pimbas” que fossem (o termo ainda não existia, note-se!), acabaram por nos fazer ouvi-los vezes sem conta, e não apenas nos discos pedidos, já que tínhamos cassetes com estas canções, mesmo que alegando que serviam para agradar às “garinas”. (desculpas!) Modern Talking, Bros, Sandra, Tarzan Boy, Opus, Milli Vanilli, Kajagoogoo, FR David, Culture Club, Samantha Fox, Wham, A-Ha e Spandau Ballett são apenas alguns dos exemplos que, convenhamos, hoje e, eventualmente na altura, faziam concorrência aos Cure, Smiths, Bauhaus, U2, Clash, Essence (alguém conheceu?!) e, mais à frente, em termos de decibéis: Iron Maiden, Metallica, Accept, etc. e tal. Não fui ao “Google” verificar os enquadramentos no calendário das décadas em questão, e sei que faltam inúmeros artistas possivelmente mais famosos do que os que citei, mas, com estes exemplos, na verdade, apenas quero destacar a banda que, para mim, mesmo não a apreciando (porque “ficava mal” aos “gaijos”, apreciarem-na), foi a banda Nº1 na década de 80. Sim, essa! Os Duran Duran, assumam o que assumirem. (risos)

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UM VERÃO ATRIBULADO... Com um inverno tão chuvoso e muito ventoso decidi dar um pouco de sol nas vidas de quem me acompanha. Recordo-me desta série e com uma alegria imensa! Quando tinha a idade da maior parte dos intervenientes deste elenco, chegava ao verão e estava sempre ansiosa pelas ferias, ou eram passadas com os meus amigos de porta com porta ou quando ia com os meus pais para fora conhecia sempre gente nova. Esta série fazia-me lembrar esse tempo, tempo em que inventávamos aventuras e de certa forma as vivíamos, fazendo uma recriação da nossa imaginação e no Verão Azul acontecia algo muito parecido! Lembro-me perfeitamente de Chanquete e aquele barco maravilhoso onde tudo começou, a Julia, que além de pintora era uma amiga muito presente neste grupo onde por vezes fazia quase um papel de mãe, Tito, o mais novito mas muito resmungão e de certa forma super engraçado, o Javi, que comandava o grupo e ordenava sempre as tarefas acompanhado do seu grande amigo Quique, o Pancho, tímido mas rebelde, o famoso Piraña, que só queria comer, reclamava sempre de ter que andar muito e estava sempre cheio de medo, e por último mas não menos importantes, a Desi e a Bea, que andavam sempre atrás dos miúdos, mas eram amigas inseparáveis. Todos os episódios desta série eram alegres, quase conseguíamos sentir a brisa do verão e cheios de aventuras e até alguns mistérios desvendados. Nunca uma série espanhola tinha tido na altura tanto sucesso como o Verão Azul. Espero que ao lembrar do verão tenha nestes poucos minutos de leitura levado as vossas imaginações a uma estacão que todos nós tanto ansiamos, Volta na próxima Terça mas despeço-me já ansiosa que chegue rápido a próxima crónica! Até para a semana, www.facebook.com/jackpot.portugal

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ZX SPECTRUM 48K

O Sinclair ZX Spectrum foi um dos mais influentes microcomputadores europeus de 8 bits durante a década de 1980. Foi lançado em Inglaterra em 1982 pela companhia Sinclair Research. Em Portugal, a sua distribuição começou a ser feita pela Triudus e logo a seguir pela Landry (que foram os primeiros a fornecer manuais em português). Com o nome original de ZX82 a máquina foi rebaptizada ZX Spectrum por Sir Clive Sinclair de modo a realçar o facto deste computador produzir imagens a cores em vez do tradicional preto e branco, como acontecia com os computadores anteriores da Sinclair, o ZX80 e o ZX81. Apesar de hoje nos parecer algo rudimentar, a imagem do Spectrum era praticamente perfeita para ser ligado a uma TV portátil.

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Bom dia, bom dia!! Vamos falar do maior fiasco musical do século passado?? Fiasco não é bem o termo, mas fugiram-me as letras dos dedos e não consigo encontrar o termo correcto. Lembram-se daqueles miúdos giros, um mais que outro, de olhos verdes e que cantavam umas músicas lindas, lindas? Quer dizer, cantar não é bem o termo! Eles abriam e fechavam a boca e o som vinha de outro sitio qualquer! Pareciam peixes, portanto!!! Mas, o que é certo, é que até ao seu segredinho ser descoberto, os moços faziam furor por essas pistas de dança, e não só! Até ao dia em que, azar dos azares!, a fita encrava, e os moços ficam com cara de tacho em palco!! E nunca antes, nem nunca depois, será tão acertado cantar It's a tragedy for me to see the dream is over! Pois é, meus meninos, lá se foi o sonho.... e com ele o sucesso, e as gajas (ou seriam gajos?). E não é que os rapazinhos até ganharam um Grammy? É preciso um grande galo! Maldita cassete encravada... Eu admito, gostava bem de certas músicas, estou aqui a cantarolar na minha voz de galinha depenada, o Girl I'm Gonna Miss You, e a relembrar o Girl You Know It's True e o Baby Don't Forget My Number. E também confesso que não me lembro de mais nenhuma e o que gostava mesmo era de ver os lindos olhos verdes e a boca carnuda do Rob Pilatus!! Sabem que mais? Que se f........opps......... lixe!!! Quero lá saber quem está a dar voz aos movimentos da boca e do corpo destes dois jeitosos!! Há c'anos não ouvia o Girl I'm gonna miss you e acabei de arrancar um sorriso aos meus lábios. Espero que vos faça o mesmo e vos traga boas recordações! Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho, mais ou menos próprias, a quem de direito, www.facebook.com/jackpot.portugal

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G’ANDA SENA Ia titular algo como “Sexo e religião” ou “Orgias medievais”. Era atenção garantida, certo? Mas há escritores que merecem, exigem, só podem ter direito a outro tratamento. E hoje trago um que – diz-se – só não terá ganho o Nobel por falta de publicidade e, desde logo, por ter respondido à censura e à ditadura do Estado Novo com um voltar de costas e o auto-exílio. Aliás, acho até que, para fazer justiça, deveria ser atribuído um Sena ao Nobel! Pois é: Jorge de Sena. Foi o poeta, ensaísta, dramaturgo, ficcionista e, não menos importante, professor que escolhi para o Calhamaços desta semana. Da variada, rica e interessante obra de um dos maiores autores de língua portuguesa, sugiro uma que me impressionou particularmente e que parece ter sido escrita ontem: “O Físico Prodigioso”. Trata-se de uma novela onde se denuncia a hipócrita inquisição e se satiriza a moralidade e o preconceito sociais. Aí se fala de imortalidade, de um pacto com o Diabo, de sexo imoral, mas também amoral, assim como de religião, preconceito, amor, paixão, do sonho, do nosso eu interior e da linha que separa (?) o bem do mal. Mas, ao contrário do que se possa pensar, não é uma obra pesada no sentido negativo do termo. A sua escrita em jeito de aventura faz dele isso mesmo: um livro de aventuras, que defende a liberdade e o amor e em que, obviamente, nos identificamos com o herói. Baseado no “Orto do Esposo”, um livro moralístico-religioso dos inícios de 1400, “O Físico Prodigioso” foi publicado inicialmente na coletânea “Novas Andanças do Demónio”, em 1966, e seria alvo de publicação individual apenas em 1977, ano anterior à morte de Jorge de Sena. E não é fácil selecionar uma obra do autor, mas este livro é emblemático: “pouco do que eu alguma vez escrevi é tão autobiográfico como esta mais fantástica das minhas criações totalmente imaginadas”, disse Jorge de Sena. Não por acaso, “Jorge de Sena - O Escritor Prodigioso” foi o título do documentário que a RTP apresentou em 2005 (realização de Joana Pontes e participação da viúva do autor, Mécia de Sena, e de José Saramago, José Augusto França, Eduardo Lourenço e outros). Não encontrei esse, mas deixo-vos este de 1997, assinado pela Diana Andringa: http://is.gd/LJWtTl www.facebook.com/jackpot.portugal

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SOCAS Isto de ser católico praticante, quando se é jovem, às vezes leva-nos a fazer maluqueiras que não lembram ao diabo. Cruzes!... Conto-vos hoje a história de quatro amigos, todos com bigode. Um deles, infelizmente, já não está entre nós mas, não tenho dúvidas, vai hoje soltar uma bela gargalhada lá no céu. Durante alguns anos, todos os Sábados esses quatro amigos de bigode se levantavam bem cedo, para ir à Missa. Que começava às sete horas da madrugada… Se isto já era bastante para os considerar uns verdadeiros tolinhos, juntem-lhe agora o facto de todos calçarem… socas. Sim, socas, de madeira e tudo. Nunca ouvimos nenhum vizinho a queixar-se, mas alguns devem ter acordado a pensar que ia a passar a cavalaria. Toc, toc, pela rua fora, até apanhar o eléctrico ou o autocarro. Toc, toc pela igreja dentro para cumprir a devoção. - “Irra que cristãozinhos tão barulhentos”, pensariam os fiéis que assistiam à nossa entrada triunfante. Mas lá íamos nós à Missinha, semana após semana, que os compromissos são para se levar a sério. É claro que tamanho “sacrifício” tinha de ser compensado de alguma maneira. Isto de um jovem se levantar a meio da noite e arrastar calçado tão pesado, além de sono, dá fome. Vai daí, por volta das oito horas, quase sempre o nosso pequeno-almoço era uma bela duma francesinha. Ah pois, não fazíamos por menos. Hoje, ainda e sempre com bigode, a gente continua a ir à Missa. Mas a horas mais “decentes”. E com calçado “de gente”. www.facebook.com/jackpot.portugal

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As socas, essas, estão bem guardadas no “sótão” das memórias. Beijos e abraços e até para a semana.

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TORRE DOS CLÉRIGOS A Torre dos Clérigos é uma torre sineira que faz parte da Igreja dos Clérigos e está situada na cidade do Porto, Portugal. A torre, se bem que mais considerada pelos habitantes do Porto, foi a última construção do conjunto dos Clérigos, dos quais fazem parte a igreja e uma enfermaria. Foi iniciada em 1732, tendo em conta o aproveito do terreno que sobrara para a instalação da enfermaria dos Clérigos. O projeto inicial de Nasoni previa a construção de duas torres, e não apenas de uma. A torre é decorada segundo o estilo barroco, com esculturas de santos, fogaréus, cornijas bem acentuadas e balaustradas. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 240 degraus. Era, na altura da sua construção, o edifício mais alto de Portugal. No primeiro andar apresenta uma porta encimada pela imagem de São Paulo, tendo por debaixo, inserido num medalhão, um texto de São Paulo, na Carta aos Romanos. A espessura das paredes do primeiro andar, em granito, chega a atingir os dois metros. Destacam-se as janelas abalaustradas do último andar, mais comprimido e decorado, e os quatro mostradores de relógio. Os materiais utilizados na construção da Torre dos Clérigos foram, principalmente, o granito e o mármore. Ir ao Porto e não ir à Torre dos Clérigos é como ir a Roma e não ver o papa. Ícone da cidade, a torre tem uma história que merece ser conhecida por todos que a visitam. Com o seu granito carregado e manchado, é verdadeiramente um símbolo da cidade do Porto. Tive a www.facebook.com/jackpot.portugal

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oportunidade de subir até aos sinos há alguns anos. A vista que se alcança do cimo desta velha e grandiosa torre é fantástica em 360 graus. Vale a pena visitar, homenageando assim a cidade. É uma obra notável para o seu tempo, a visitar também a igreja com o mesmo nome. A torre dos Clérigos, permite uma vista sobre a parte histórica do Porto, como poucos outros espaços no Porto o permitem! Em 2013, um dos símbolos da cidade do Porto fez 250 anos, a Torre dos Clérigos. Está em boa idade para ir até lá. A subida na torre é para quem tem tempo sobrando, pois a escadaria é bastante estreita e cansativa. Recomendável só para quem tem uma preparação física aceitável e não ter receio de subir por zonas muito estreitas (risos)... Vale pelas vistas! A Irmandade dos Clérigos aproveitou a comemoração dos 250 anos deste monumento, um dos símbolos da Invicta, para internacionalizar cada vez mais esta marca importante da cidade e, ao mesmo tempo, aproximar os portugueses e os portuenses, em particular, da sua história.

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