JACKPOT Magazine - 67, 10 Fev 2014

Page 1

JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

O MELHOR DOS ANOS 70, 80 E 90... PARTILHADO POR QUEM OS VIVEU!

PARTILHE TAMBÉM O JACKPOT!

VAMOS CRESCER AINDA (E SEMPRE) MAIS! www.facebook.com/jackpot.portugal

2


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

BLUR A história dos Blur começa em 1980, quando Damon Albarn e Graham Coxon se conheceram na Stanway Comprehensive School, na pacata cidade de Colchester. Eles eram predestinados à música. Este quarteto formou uma bizarra banda de art-punk chamada Seymour - Damon nos vocais (e teclados ocasionais), Graham na guitarra, Alex no baixo e Dave na bateria. Depois de fazerem cerca de 12 shows em Londres, a banda assinou contrato com a gravadora Food Records e mudou de nome para Blur. Os Blur lideraram uma verdadeira renovação do rock no Reino Unido, o chamado britpop, firmando-se como uma das mais importantes bandas da década de 90, que abriu caminho para o sucesso de muitas outras bandas como Elastica, Pulp, Supergrass e até Oasis. O primeiro álbum, intitulado "Leisure" foi lançado em 1991, com o hit “There's No Other Way”. Mesmo sem grande repercussão entre o público, a banda parte para o seu segundo álbum, "Modern Life Is Rubbish", lançado em 1993. Apesar das ótimas críticas e de ser considerado o marco inicial do Britpop, o álbum foi um fracasso de vendas. Desse álbum surgiram os singles "For Tomorrow", "Chemical World" e "Popscene". A grande viragem da banda veio com o quarto álbum, "Parklife"; lançado em 1994, superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas em Inglaterra. Com os hits “Girls & Boys”, “End of a Century” e “Parklife”, o álbum espalhou a popularidade do Britpop, que atingiu o seu auge com o lançamento do quinto álbum "The Great Escape" lançado um ano depois. Em 1995, Blur e Oasis travam-se numa disputa para ver quem era a maior banda britânica através da contagem de vendas dos singles "Country House" (dos Blur) e "Roll With It" (dos Oasis). Apesar de "Country House" ter superado em vendas, os Oasis acabaram por se tornar uma banda maior e mais famosa naquele período. O quinto álbum intitulado, "Blur", lançado em 1997, representou uma grande mudança no www.facebook.com/jackpot.portugal

3


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

estilo da banda, com um som mais experimental. Os hits “Beetlebum”, “On Your Own” e, principalmente, “Song 2”, garantiram boas vendas ao álbum. Em 1999, a banda lança o sexto álbum, "13", que traz muitas influências do fim do relacionamento de Damon com Justine Frischmann dos “Elástica”. Nesse álbum estavam presentes os hits “Tender” e “Coffee & TV”, sendo que este último rendeu um premiado videoclip duma caixinha de leite. Nesse mesmo período, os integrantes da banda iniciaram outros projetos paralelos: Graham lançou o seu segundo álbum a solo em 2000; Alex era parte do grupo Fat Les, juntamente com Keith Allen e Damien Hirst; e, finalmente, o próprio Damon criou junto com outros artistas a banda de desenhos animados “Gorillaz”. Durante esse intervalo, chegou ao mercado a coletânea "The Best Of Blur", que contava com os 17 temas mais famosos e um inédito, “Music is my Radar”. Foi em 2002, durante a gravação do sétimo álbum, que Graham Coxon se desentendeu com os outros integrantes da banda e acabou por ser demitido. O despedimento deu-se quando o empresário dos Blur lhe telefonou e pediu para que saísse da banda por razões ligadas às suas atitudes problemáticas, e principalmente devido a problemas relacionados com o vício do álcool. Para o lugar de Coxon, foi recrutado Simon Tong, ex-guitarrista dos The Verve, e o álbum, "Think Tank", acaba mesmo por ser lançado em 2003. "Think Tank" recebeu muito mais críticas negativas do que positivas, e também muitos fãs torceram o nariz a este novo disco. Essa reação é em parte reflexo da saída de Coxon, pois ele era muito querido pelos fãs. Depois disso, a banda fez uma pausa. Para 2007, anunciam um novo álbum dos Blur, que poderá ter Graham Coxon de volta às guitarras. Contudo, a banda nega a realização de futuras tournées, alegando que todos integrantes têm filhos e isso seria incompatível com elas. Mas o que aconteceu foi que, em 2009, os Blur anunciam oficialmente a sua volta com a formação original. Coxon volta à banda e eles voltam a fazer shows, o que resulta no DVD "No Distance Left to Run". No mesmo ano, a banda também lança um álbum duplo ao vivo, “All the People: Blur Live at Hyde Park”. Neste ano aconteceu um dos principais shows da banda, no festival de Glastonbury, que a colocou novamente em evidência no Reino Unido. Em 2013, surpreendentemente, os Blur anunciaram o seu retorno aos shows. Inicialmente foram anunciados somente festivais, incluindo o famoso Coachella nos Estados Unidos, e outros festivais na Europa e um no México. A extensa lista de shows deu margem a especulações de um novo álbum, porém esta hipótese ainda não foi confirmada. Sabia que: - Alex James se tornou fazendeiro e produtor de queijos e Dave Rowntree acabou por realizar o sonho de ser advogado? - Durante a pausa da banda, Damon viajou para o Mali e lançou um CD com músicas regionais africanas? - Damon estudou piano e teatro? www.facebook.com/jackpot.portugal

4


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

- Graham foi encorajado a estudar saxofone, um instrumento que só iria tocar 15 anos depois, como membro dos Blur, em "Jubilee"? - Dave Rowntree era filho de um engenheiro de som da BBC e de uma pianista de orquestra e começou a tocar muito cedo, formando-se em bateria não muito tempo depois? - Um dos empresários da banda, deu sumiço a 40 mil libras, além de deixar outras 60 mil em dívidas? - Damon Albarn disse numa entrevista à Q magazine, “A única coisa que nós temos em comum com os Oasis é que ambos estamos a fazer merda nos Estados Unidos”? - A música “1992” tem este nome porque, na verdade, foi gravada em 1992, mas a sua gravação original foi perdida por Damon, e só foi encontrada em 1998? - 'Yuko & Hiro é sobre a relação entre Damon e Justine, devido a só terem estado juntos 3 vezes num ano? - A Força Aérea dos EUA tentou obter os direitos para usar a música "Song 2" no lançamento de um novo bombardeiro, mas a banda recusou, já que Damon Albarn é um ativista antiguerra? - Várias letras do álbum “13” refletem as emoções de Damon Albarn, após a sua separação da artista Justine Frischmann? - Alex James, para além de baixista da banda também é crítico culinário no "Sun"? E sabia qu ele foi desafiado a comer salsicha humana? Ei... calma... não é o que estão a pensar... não é exatamente carne humana, nem muito menos o que já vai aí nessas ideias... mas é feita para parecer carne humana, na aparência, no gosto e na textura. Criada em Edimburgo (Escócia), a "salsicha humana" é o mais próximo que pode ficar de saber como é o gosto da carne humana, sem na verdade comer carne humana", disse Emma Thomas, diretora do projeto. Alex James, foi desafiado a provar e avaliar esta “iguaria”, mas diz que não ficou fã, o paladar e o próprio cheiro é horrivel...

www.facebook.com/jackpot.portugal

5


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

6


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

UM CARRO MUITO À FRENTE... Quem não se lembra desta série já muito futurista!?!? Uma série cheia de emoções, aventuras e não esquecendo que o romance estava sempre incluído em todos os episódios... Quantas vezes depois de tirar a carta não pensei em ter um Kitt... Kitt, vamos para ali, e agora para acolá, dava cá um jeito... O actor desta série dava uma grande energia e emoção a cada episódio, ele tinha carisma para o papel que representava, ai aqueles olhos grandes e expressivos azuis do mar, dava logo para um grande suspiro. Quando esta série estreou, a empresa Salvador Caetano em Portugal, passados uns anos fabricou um Toyota Celica que a minha irmã teve logo a sorte de o meu rico pai lhe oferecer, o que eu adorava aquele carro, aqueles faróis quando levantavam era cá um estilo... Adorei imenso relembrar este Kitt, que até conseguiu transmitir que era um carro com coração e aí foi onde me deparei com a minha primeira paixão, carros!!! Como sempre, para mim as terças feiras passaram a ser o meu dia de eleição, fazem-me recuar no tempo, tempo esse onde fui muito feliz! Obrigada mais uma vez por aqui estar e ter o prazer de escrever sobre épocas tão especiais como os anos 70, 80 e 90. Até para a semana

www.facebook.com/jackpot.portugal

7


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

8


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

BRAVO Numa década de 80 em que, se bem me lembro, os jornais eram quase todos a duas cores (o mais colorido era “A Bola”, com as letras vermelhas), destacava-se a Revista “Bravo”, aquele aglomerado de páginas arco-íris em papel acetinado que nos fazia entrar automaticamente em dois patamares “teenager” distintos: ser-se fixe, por se usar uma revista estrangeira sobre música de “lá de fora”, e ser-se ainda mais fixe, por se fornecer gratuitamente a terceiros parte das imagens das páginas da publicação, para encadernarem as suas capas escolares. Na altura, mesmo não o dizendo (mas pensando), a parte mais “xunga” era querer perceber-se o que lá estava escrito e não haver acesso a uma espécie de “Google Translator”. Ficávamos podres! Principalmente por, investidos em tradutores de 14ª categoria, ter que se inventar para impressionar as “garinas”. A “Bravo” era um espectáculo. Além de nos dar vários ângulos das “fuças” dos artistas que ouvíamos no rádio, mantinham-nos à tona do conhecimento musical: se lá vinha “x” artista, é porque era bem melhor do que o artista “y”, ponto. Fezada, fezada, acontecia quando a revista nos brindava com autocolantes! Mesmo que não apreciássemos um ou quase todos, tratávamos imediatamente de os colar nos locais mais “óbvios”, como por exemplo no frigorífico lá de casa, na bicla genealógica ou no espelho do nosso quarto. Importante era colar… e mostrar, mesmo que, depois, fosse um “terror” retirálos. A “Bravo” era mesmo um espectáculo, ao ponto de se entrar diversas vezes nos quiosques e papelarias para, simplesmente, perguntar se já tinha chegado… a daquele mês. (e elas aglomeravam-se lá no quarto, embora já às “postas”) E no pós adquiri-la, muito se “rezava” para que o poster fosse da Samantha Fox, já que, na altura, em termos de “modernices”, fixes eram os Culture Club, e não o Boy George. (sorrisos) • Bravo à “Bravo” daqueles tempos, também por me ter feito ler mais em Alemão do que no Francês que fazia que estudava. www.facebook.com/jackpot.portugal

9


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

10


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

MASTERMIND O jogo vendeu mais de 50 milhões de tabuleiros em 80 países, tornando-se o mais bem sucedido novo jogo da década de 1970. Um jogo de Mastermind tem pinos de seis cores diferentes, aleatórias, exceto preto e branco. Os pinos pretos e brancos são menores. Há quatro buracos grandes em cada fileira, em 10 fileiras, uma abaixo da outra. E ao lado delas, um quadrado menor, com quatro buracos menores, dois em cima de dois. Uma fileira, que seria a décima primeira, tem uma placa que esconde os seus buracos. O desafiador faz uma combinação com quatro pinos coloridos, sem repetir as cores de cada pino, e põe-nas na décima primeira fileira e levanta a placa, esco nde ndo a combinação. Então, o desafiado tenta adivinhar a senha, pondo quatro pinos que ele acha que são a combinação na primeira fileira, e o desafiador põe os pinos pretos e brancos no quadrado menor ao lado. As regras dos pinos pretos e brancos são: o branco significa que há uma cor certa mas no lugar errado, o preto significa que há uma cor certa no lugar certo, e nenhum pino significa que uma das cores não está contida na combinação. O desafiado vai tentando adivinhar, guiado pelos pinos pretos e brancos. Se o desafiado não acertar até a 10ª fileira, o desafiador baixa a placa e revela a combinação, mas se adivinhar, o desafiador põe quatro pinos pretos, revelando-a também.

www.facebook.com/jackpot.portugal

11


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

12


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

Bom dia, bom dia!! Inspirada na minha visita relâmpago a terras de nuestros hermanos, este fim de semana, e também porque esta é uma das minhas músicas preferidas e meu toque oficial de telemóvel, hoje trago-vos nada mais, nada menos, que um Lobisomem em Paris! Ai Paris, havia tanto para dizer sobre isto, mas.... não temos tempo! Já sobre esta música, havia ainda mais, mas..... não posso!!! Corria o ano de 1984 e os La Union resolveram dar à luz esta fantástica música. E, para quem como eu, pensava que de Espanha não vinha nada de jeito, serviu para eu mudar um bocadinho de opinião. É um facto que só anos mais tarde (muitos mais) este lobisomem veio a ter significado para mim e ainda hoje, quando estou triste ou em baixo, ele me arranca um sorriso. Ai a lua cheia, e as recordações, e os sorrisos que isto me arranca.... Vou até ali sonhar, e recordar, e tornar a sonhar mais um pouco! Fiquem com a versão ao vivo, a favorita das favoritas!! Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho, mais ou menos próprias, a quem de direito.

www.facebook.com/jackpot.portugal

13


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

14


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

SÓ CUSTA DE INÍCIO A proposta que vos trago hoje - a uma hora já pouco honesta - é assim como a água tónica: primeiro estranha-se mas depois entranha-se. É que não parece muito interessante a viagem de um mordomo britânico pelo campo, em automóvel, e afiguram-se pouco dados a grande enredo os pensamentos em que possa embrenhar-se. Além disso, a escrita, em jeito de diário, segue o formalismo da atitude do verdadeiro mordomo britânico que quase chateia, mas sem o qual ele não seria o verdadeiro mordomo britânico. E aí reside parte do segredo do livro ao estabelecer justamente a relação antagónica entre tal formalismo e o alcance da mente de um mordomo, os seus pensamentos e sentimentos. A pouco e pouco, vamos ganhando mais vontade para folhear e descobrir o que nos vai trazendo este “Os despojos do dia”, sendo inevitável lembrarmo-nos da famosa série televisiva “A família Bellamy/Upstairs Downstairs” (que a RTP Memória se tem encarregado de recordar), ainda que esta se passe uns 20 anos mais tarde do que a história do livro. Com efeito, publicado em 1989, “Os despojos do dia” acontece no pós II Guerra Mundial, mais ou menos na altura do nascimento do autor, Kazuo Ishiguro, em Nagasaki (uma década após o lançamento da bomba atómica). Este é mesmo um livro indicado para iniciar o conhecimento da obra literária de Ishiguro, que passa por diversas geografias (incluindo a própria Nagasaki) mas que nos dá aqui um belíssimo retrato da Inglaterra campestre e senhorial, de modo a suscitar apetite para mais... Vale a pena! De resto, fica ainda mais apetecível se tivermos em conta que o livro deu origem a uma coprodução cinematográfica GB/EUA, em 1993, com um excelente Anthony Hopkins como protagonista. E o elenco contou ainda com Emma Thompson, Christopher Super Homem Reeve, Peter Vaughn, James Fox e Hugh Grant, entre vários outros. Só por isso, já vale a pena espreitar http://is.gd/d527Ao e confirmar a vontade de ler o original. www.facebook.com/jackpot.portugal

15


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

16


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

GRAFITI Isto hoje vai ser bonito! É que nem sequer sei se o título está bem escrito... Será grafiti, graffiti, ou grafitti? Pronto, vai mesmo assim e seja o que Deus quiser. Do que eu quero mesmo falar é de desenhos e pinturas nas paredes. Ainda antes do 25 de Abril, era eu menino, de vez em quando apareciam umas pinturas com frases do tipo "Não à vida cara", ou "Abaixo a guerra colonial". Eram os comunistas, diziam... Mas, depois da revolução, foi um fartote de grafitis por todo o lado. Em qualquer muro ou parede deste país se viam desenhos com frases do tipo "O Povo está com o MFA", "Viva o 25 de Abril", "Viva o 1º de Maio", "Reforma Agrária, já!"... Enfim, um não findar de motivos para se dar largas à imaginação e ao fervor revolucionário. Muitos deles, de tão bem feitos, eram autêntica Arte. Disso não tenho dúvidas. Já tenho muitas dúvidas se, para dar largas aos dotes artísticos, se deveriam usar os muros e as paredes DOS OUTROS. Mas isso é outra história... Agora, no Porto, até já há "paredes legais", onde os nossos amigos amantes da arte urbana podem pintar "livremente". E alguns são bem bonitos. Mas há um grafiti de que nunca me esquecerei. Durante muitos anos, esteve no muro de uma vivenda em plena Av. Montevideu, na zona chique da Foz, o símbolo anarquista com a frase "amanhã vai chover". E não é que vai mesmo? PS: A imagem junta não é a original. Não a encontrei na net. Mas, se alguém se recorda de ter visto, era mais ou menos assim. Beijos e abraços e até para a semana. www.facebook.com/jackpot.portugal

17


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

www.facebook.com/jackpot.portugal

18


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

UMA VISITA À CASA-OFICINA ANTÓNIO CARNEIRO A casa-oficina António Carneiro foi construída por volta de 1920, para albergar o atelier dos artistas António Carneiro e seu filho, Carlos Carneiro, figuras marcantes da arte Portuguesa, nos contextos simbolista e modernista. Aqui viveu, também, o outro filho de António Carneiro, o distinto compositor Cláudio Carneyro. António Carneiro nasceu em Amarante em 1872 e com sete anos foi internado no Asilo do Barão de Nova Sintra, devido à morte da mãe e ao seu pai viver no Brasil, só se encontrou com ele 16 anos depois. Cedo descobriu em si a vocação para as Belas–Artes e os seus estudos foram dirigidos nesse sentido. Depois de concluído o Curso da Academia Portuense de BelasArtes, recebeu uma bolsa para estudar em Paris e a seguir fez uma viagem de estudo a Itália. Fez várias exposições e começou a envolver-se nos meios culturais, dirigindo a revista, Geração Nova. Numa visita a Amarante conheceu o poeta Teixeira de Pascoaes. Em 1900 participou na Exposição Universal de Paris, onde obteve uma medalha e quatro anos depois participou na Exposição Universal de St. Louis, onde ganhou a medalha de prata. Fez frequentes exposições e o Estado adquiriu obras suas, que se encontram no Museu do Chiado. Elaborou também pinturas para o tecto do Gabinete de Leitura do Palácio da Bolsa e para o interior de igrejas portuenses: S. Francisco, Catedral e São Bento da Vitória.

www.facebook.com/jackpot.portugal

19


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

Em 1893 tinha casado com Rosa Atília Queiroz. Tiveram três filhos, Cláudio Carneyro que seguiu música e foi um compositor de mérito reconhecido, Maria Josefina, que morreu nova, vítima de tuberculose e Carlos que seguiu pintura, tornando-se também no panorama da Pintura um pintor de prestígio. António Carneiro fez duas viagens ao Brasil, na primeira com a duração de um ano, pintou uma série de aguarelas paisagísticas, destacando-se as marinhas de grande diluição formal. Morreu no Porto em 1930, um ano antes tinha sido nomeado director da Academia Portuense de Belas-Artes, cargo que nunca exerceu.

www.facebook.com/jackpot.portugal

20


JACKPOT MAGAZINE O melhor do passado... HOJE!

É PARA NÓS UM GRATO PRAZER TRAZERTRAZER-LHE AS MELHORES MEMÓRIAS DOS ANOS 70, 80 E 90 — POR ISSO AGRADECEMOS A QUEM NOS LÊ, COMENTA, PARTILHA... E FAZ PARTE DE NÓS! SE APRECIA O RESULTADO DAS (MUITAS) HORAS QUE DEDICAMOS A ESTE

SEU

ESPAÇO, AJUDEAJUDE-NOS A CHEGAR A

MAIS GENTE E A ALARGAR A “FAMÍLIA” DO JACKPOT.

CONVIDE OS SEUS AMIGOS A FAZEREM “GOSTO” NO JACKPOT!

Para tal, BASTA estar NA PÁGINA JACKPOT do FACEBOOK, ir a CRIAR PÚBLICO (em cima, lado direito, abrir a lista dos Amigos) e CONVIDAR quem acharem que gostaria de fazer parte desta nova FAMÍLIA que todos os dias, com empenho e carinho, tenta dar ainda mais sabor ao PASSADO.

Muito Obrigado... MESMO! www.facebook.com/jackpot.portugal

21


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.