Matéria sobre pesque-pague

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[ pesque-pague ]

Para

começar bem

Creditar o resultado de uma pescaria ao fator sorte é coisa do passado, ao menos para aqueles pescadores que aprenderam a trocar experiências e que usam equipamentos adequados às suas pretensões. Nesta matéria nosso colaborador Geraldo Petersen ensina algumas técnicas para maior sucesso na pesca de Pacus, Tambacus, Patingas e Tambaquis — comumente conhecidos em pesqueiros como “redondos”, uma das espécies mais esportivas encontradas em pesque-pagues

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POR: GERALDO PETERSEN E JANAÍNA QUITÉRIO FOTOS: WILSON FEITOSA l ARTE: ARI CARLOS

P

egar um bom peixe — seja pela satisfação que a captura pode proporcionar ou pelo prazer de degustá-lo com os familiares — é o objetivo da maioria dos frequentadores de pesqueiros. E, quando esse objetivo é almejado por um pescador iniciante, isso se torna ainda mais importante. Isso porque, caso saia frustrado em sua primeira experiência, as chances de que se proponha a tentar novamente são muito remotas. Por todos esses fatores, os denominados “redondos” — Pacu, Tambaqui, Pirapitinga e seus híbridos — indiscutivelmente se tornam a melhor opção para essas situações, já que, além de ser encontrados em grandes quantidades nos lagos, também são peixes de hábitos alimentares diversificados, o que permite que sejam capturados com diversos tipos de equipamentos e iscas. Em função dessas características, é muito comum, ao longo de uma pescaria em que foram escolhidos como alvo, aparecerem outras espécies, sobretudo as de couro e as Tilápias. No entanto, adequar o equipamento e absorver as técnicas mais indicadas para essas espécies diminuem substancialmente a dependência do acaso ou da sorte. Assim, preparamos um minimanual para que você amplie suas chances de ficar plenamente realizado quando se propuser a pescar os “redondos”.

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Pesca de fundo: modalidade indicada para dias com ventos fortes ou quando a água está fria. De um modo geral, recomendada quando o peixe não está subindo.

•Com chumbo solto Justificativa: o grande diferencial é que a linha passa livre pelo orifício do chumbo e, por mais sutil que seja a batida do peixe, é possível percebê-la e não perder a oportunidade da fisgada. Montagem: coloque um chumbo formato oliva ou bola de 20 gramas solto na linha; instale o stop (regulador de altura do chumbo) a aproximadamente dez centímetros antes do final da linha. Na ponta, amarre o chuveirinho ou anzol encastoado tipo maruseigo 16 a 20.

Chuveirinho

Técnica: arremessar em direção ao meio do lago, esperar o chumbo se acomodar no fundo, colocar a vara no suporte e recolher lentamente até que a linha fique esticada e a ponta da vara levemente pressionada.

•Com chumbo preso Justificativa: Indicado para lagos que têm muita lama no fundo, pois evita que a isca fique escondida. Montagem: amarrar um chicote de mais ou menos um metro e duas ou três pernadas com anzóis maruseigo tamanho 16 a 20. Prender um chumbo oliva ou pirâmide com peso acima de 20 gramas no final do chicote. Técnica: arremessar em direção ao meio do lago, esperar o chumbo se acomodar no fundo, colocar a vara no suporte e recolher lentamente até que a linha fique esticada e a ponta da vara levemente pressionada. Varas com tamanho acima de 1,80 metro são mais indicadas. Isso porque, ao serem colocadas no suporte em posição perto de 90 graus, mantêm as iscas mais distantes do fundo. Equipamentos: carretilha ou molinete em varas de 1,70 a 2,70 metros.

Encastoado ideal para massa

Encastoado simples

•Com chuveirinho: o diferencial nesse estilo é que sua montagem lembra um cacho de coquinhos e, embora os peixes não estejam na natureza, seu instinto selvagem os faz se interessarem pela silhueta desse tipo de isca.

Chumbos oliva

** vale lembrar que alguns pesqueiros não permitem a utilização de chuveirinho. PESCAVENTURA l 34

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Pesca com boia: indicada para os dias sem vento ou quando o peixe está ativo na superfície. Esse estilo ainda tem como diferencial proporcionar ao pescador a oportunidade de observar o interesse do peixe por meio do contato visual com a boia.

•Torpedinho ou “ joão bobo” com girador Justificativa: a boia provida de girador evita a torção da linha ao acompanhar a ação do peixe fisgado — que roda na tentativa de se livrar do anzol. Boias coloridas melhoram a visualização na superfície do lago. Montagem: amarrar a linha do equipamento no mesmo elo do girador que prende a boia e uma pernada com aproximadamente 20 centímetros com um anzol encastoado do outro lado. Técnica: arremesse a boia com a isca onde seja visível a movimentação dos peixes e fique atento para qualquer agitação dela. Quando inclinar ou afundar, promova a fisgada.

João-bobo

Equipamento: carretilha ou molinete em vara com comprimento entre 1,50 a 2,70 metros e um anzol encastoado maruseigo entre 16 e 20, ou de haste longa modelo 4330, tamanho entre número 2 e 3/0.

•Cevadeira: indicada para juntar os peixes em uma área específica perto da superfície. Justificativa: a ração flutuante carregada por ela, após liberada, promove uma ceva ao redor da boia, o que, consequentemente, acaba atraindo o peixe para o anzol. Montagem: amarrar a linha do equipamento no mesmo elo do girador que prende a boia e uma pernada de aproximadamente 20 centímetros com um anzol encastoado do outro lado. É fundamental abastecer o copinho com ração flutuante. Técnica: arremesse a boia para determinado ponto do lago e aguarde que seu trabalho atraia os peixes. Fique atento para qualquer movimentação e, quando ela inclinar ou afundar, promova a fisgada.

Cevadeira

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Ração EVA

Equipamento e acessórios: Varas de ação média, molinete ou carretilha com linha de boa qualidade entre 0,28 e 0,37 milímetro (monofilamento) ou monofilamento com resistência ao redor de 50 libras (23 quilos); Chicotes de aço flexível com duas ou três pernadas de aço rígido; Stop (artefato normalmente em borracha com a função de deixar o chumbo solto e proteger o nó, o qual regula a altura do chumbo).

Massa

Ração EVA

Iscas: naturais — massas, queijo, salsicha, minhoca ou minhocuçu, filé de peixe, goiaba, acerola etc. Ao pescar com boias também é possível capturar essas espécies com iscas artificiais feitas com miçangas — imitação de ração artificial confeccionadas em EVA — ou cortiça.

Miçanga

Stop

O Tambacu figura entre os tipos de “redondos” mais comuns nos pesqueiros por ter grande resistência e atingir os maiores tamanhos PESCAVENTURA l 36

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serviços Agradecemos o apoio do Feroz Pesqueiro & Restaurante para a realização desta matéria. Rua Madagascar, 200 Recanto Maravilha III - Santana de Parnaíba-SP. Altura da Rodovia Castelo Branco, Km 44 (11) 4155-1217 ferozpesqueiro@ferozpesqueiro.com.br

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