saúde
não ‘se ferre’ com o
ferrão No mar ou na água doce, várias espécies de peixes apresentam mecanismos de defesa, como dentes afiados, espinhos, escamas, choques e o desgostoso ferrão — tema deste artigo. Acompanhe DA REDAÇÃO l FOTOS: Arquivo Ecoaventura l ARTE: Marcelo Kilhian
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alvez você já tenha ouvido falar que um bom remédio para amenizar a dor causada pela ferroada de um peixe é lavar o local afetado com a própria urina. Se não der certo, talvez a fé resolva: é só cortar em cruz o ferimento e espremê-lo bastante para o veneno sair junto com o sangue. Porém, a alternativa mais eficaz ensina que o mal passará se você arrancar os olhos do espécime ‘agressor’ para esfregá-los onde o ferrão penetrou. No caso dos olhos dos Mandis, não se trata de lenda: pesquisadores da Área de Fisiologia da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) comprovaram cientificamente que seus olhos possuem uma proteína no humor vítreo
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(líquido do olho), capaz realmente de ajudar na cicatrização e no alívio da dor. Já as lendas populares certamente são efeitos da tentativa desesperada de livrar as vítimas de uma experiência bastante dolorosa, causada por um descuido na hora de segurar ou armazenar algumas espécies cujo mecanismo de defesa é um pontiagudo ferrão. Integram essa lista tanto espécies de escamas — como a maioria dos Bagres — quanto os chamados peixes de couro ou lisos. Saber lidar com eles é essencial para evitar um desconforto intenso e duradouro, contra o qual é muito difícil encontrar um antídoto para um alívio efetivo.
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