Sumário • INTRODUÇÃO: A MAIS SIGNIFICATIVA OBRA DE CRISTO NA TERRA FOI FAZER DISCÍPULOS
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• DISCÍPULO/DISCIPULADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO Exemplo de Discípulo/Discipulado no A.T. - Moisés e Josué Discípulo no Novo Testamento Exemplo: O Processo de Discipulado do Apóstolo Paulo
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• O QUE O DISCIPULADO NÃO É?
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• CARACTERÍSTICAS DO DISCÍPULO/DISCIPULADO Características do Discipulado de João
......28 ......31
• O PROCESSO DISCIPULADOR DE JESUS CRISTO Oito passos de Jesus para capacitar Discípulos Cinco princípios do discipulado de Jesus Cristo em João 4:1-30 Reflexão para administradores
......34 ......36 ......38 ......43
• DISCIPULADO NA PRÁTICA O que torna as igrejas eficazes no processo de fazer discípulos Proposta simples e prática de discipulado Resultados do Discipulado
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• BIBLIOGRAFIA
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de Sua obra sacrificial na cruz, a coisa mais significativa que nosso Senhor fez na Terra foi fazer discípulos. Nosso Senhor não escreveu livros; não estabeleceu uma organização; não foram deixadas estruturas físicas ou monumentos para homenageá-Lo. Ele colocou o futuro de sua obra na Terra inteiramente nas mãos de Seus discípulos. Caso eles falhassem em sua tarefa, humanamente falando, a igreja de Jesus Cristo não existiria hoje.1
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Em lugar de escrever um livro ou deixar uma marca física da Sua passagem pela Terra, Jesus Cristo preferiu escolher e formar pessoas. O que isso me diz sobre as Suas prioridades e métodos? O que isso indica a respeito de minhas prioridades? O que isso me ensina sobre os métodos que tenho usado para discipular?
Para muitos de nós, o mundo de Jesus parece muito distante do nosso. A sofisticação tecnológica, a mudança na visão mundial, o arrazoamento filosófico, a compreensão científica e a análise psicológica se combinam para fazer com que o mundo de Jesus pareça estranho ou arcaico para as pessoas modernas. Porém, paradoxalmente, Jesus e Seus discípulos seguem fascinando as pessoas contemporâneas. A visão de Jesus chamando e equipando discípulos para irem e fazerem a diferença no mundo oferece muito mais esperança e significado para homens e mulheres modernos do que para as pessoas do primeiro século.2 O ensino bíblico do discipulado oferece a ponte para o mundo de Jesus e o nosso.3
1.. “Discipleship: Its Definitions and Dangers,” https://bible.org/seriespage/15-discipleship-its-definitions-and-dangers-matthew-231-12. 2.. Michael J. Wilkins, Following the Master – a Biblical Theology of Discipleship, (Grand Rapids, Michigan: Zondervan, 1992)., p. 4. Versão Kindle, posição 127.
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3.. Ibid.
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Jesus Cristo é incrivelmente atual, a ponto de causar profundo impacto em nossos dias. E qual a razão de tanto impacto? Jesus equipou Seus discípulos para fazerem a diferença. Em minha area de atuação, como posso fazer a diferença na vida das pessoas? Como posso construir pontes entre elas e Deus?
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equivalente hebraico para “discípulo” (talmid, “estudante”, “aluno”, derivado do verbo lamad, “aprender”) ocorre somente uma vez no Antigo Testamento (1Cr 25:8, referente a um estudante entre os músicos do templo), com seu particípio substantivo “aquele que é ensinado” (limmud) aparecendo dessa forma, no melhor, apenas um punhado de vezes (Is 8:16; provavelmente também em Is 50:4, 54:13).4 Na versão grega do Antigo Testamento, se acha a palavra “mathetes” (discípulo) apenas nas leituras alternativas de Jr 13:21; 20:11; 26:9, e, portanto, tem fraca atestação. Mesmo o substantivo hebraico que corresponde ao verbo lamad (aprender), talmid (aluno), que desempenha um papel tão importante no uso rabínico posterior, apenas se acha em 1 Cr 25 :8. A falta de qualquer vocabulário do AT para “aprendiz”, tal como se descreve no relacionamento mestre-aluno, se vincula com a consciência de Israel quanto a ser ele um povo eleito. O que o israelita individual tem que aprender a respeito da vontade de Deus não o transforma em “aluno” diante do seu “mestre”, Deus. Isto porque mesmo como aprendiz, o indivíduo sempre permanece uma parte do povo escolhido, entre o qual cada indivíduo descobre na Palavra divina a autoridade dAquele que o elegeu. Dessa forma exclui qualquer possibilidade de um relacionamento discípulo-mestre entre os homens, pois até o sacerdote e o profeta não ensinam com sua própria autoridade. Uma amostra disso, por exemplo, estar no fato de que todos aqueles que atendiam a Moisés e aos profetas não são chamados “alunos”, mas, sim, “servos” (meíarèt). Josué é o servo de Moisés (Êx 24:12; Nm 11 ;28); Eliseu é o servo de Elias (1 Rs 19:19 e segs.); Geazi é o servo de Eliseu (2 Rs 4:12); Baruque é o servo de Jeremias (Jr 32:12-13). “Não há lugar para o estabelecimento de um relacionamento entre o mestre e o discípulo, nem há a possibilidade de se estabelecer a palavra humana lado a lado com a Palavra de Deus que é proclamada, nem de procurar garantir a força da Palavra divina ao baseá-la na autoridade de uma grande personalidade”.5 As raízes do discipulado bíblico vão fundo no fértil solo do chamado de Deus. Esse chamado é manifesto no padrão da iniciativa divina e na resposta humana que constitui o âmago do conceito bíblico de pacto, e é manifestado na promessa recorrente: “E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus” (ex.: Êx 6:7).6
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No AT, o discípulo não é aprendiz ou aluno, e sim um servo. E não é aluno porque, em última instância, o mestre não ensina; só Deus ensina. No AT, o discípulo é um servo, e, como servo, acompanha alguém para executar o que se lhe exigir. Qual a relação entre o discípulo e o servo? E entre o discipulado e o serviço?
4.. Richard N. Longenecker, Patterns of Discipleship in the New Testament (Grand Rapids, Michigan; U.K.: William B. Eerdmans Publishing Company, 1996)., p. 2 5.. Lothar Coenen e Colin Brown, Dicionário Internacional De Teologia Do Novo Testamento, trans. Gordon Chown, 2a ed., 2 vols., vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 582, 583.
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6.. Wilkins., p. 38. Versão Kindle, posição 782.
Exemplo de Discípulo/Discipulado no Antigo Testamento
Moises e Josue
A primeira relação de discipulado na história de Israel foi a de Moisés e Josué. Sua relação foi a mais longa, e seu contexto é rico em aplicações. Nota-se que manifesta cinco características do que o ser humano necessita para crescer e se desenvolver.7
1. Relacione-se para nutrir. Moisés precisava de muito incentivo, visto que enfrentava grandes e exigentes tarefas. Com a ajuda de seu imperfeito irmão, Arão, e seu eficiente sogro, Jetro, Moisés obedeceu a Deus e resgatou Seu povo da tirania egípcia. 2. Aprender para ser eficiente. Desde o tempo da visita de Deus através de muitas crises pessoais e organizacionais, Josué observou e aprendeu como dirigir pessoas difíceis em circunstâncias desafiadoras, mesmo com um líder cheio de inseguranças. Ele viu Moisés lançar as tábuas no chão; o viu cometer erros, como golpear a rocha para extrair água ao invés de só falar com fé. Ao mesmo tempo, escutou seu mestre, Moisés, suplicando a Deus misericórdia por Seu povo. 3. Prestação de contas para cumprir tarefas. A tarefa de Moisés parecia simples: conduzir o povo à terra prometida. No entanto, foi intimidadora. Ao participar na administração, e em grande parte do trabalho, Josué aprendeu a pesada tarefa diária de lidar com dois milhões de pessoas. 4. Sujeição para a formação. Josué permaneceu fiel a Deus e a Moisés, mesmo quando confrontado pela pressão das pessoas a sua volta, que causaram muitos desentendimentos, como por exemplo: Quando os irmãos de Moisés, Miriam e Arão, se rebelaram; na ocasião em que o povo exigiu carne ao invés de maná; no conflito sobre a nova esposa de Moisés; ou no momento em que, dos doze espias, dez relataram que entrar na terra prometida seria muito perigoso. A sujeição de Josué a Deus e ao Seu servo, Moisés, o fez crescer forte na fé e no caráter. 5. Sabedoria para tomar decisões. Deus escolheu Josué para substituir Moisés porque ele estava pronto. Deus o escolheu, treinou, então o ungiu (Deut. 1:38; 31:1-30). Moisés disse a Josué: “Esforça-te e anima-te; porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra que lhes jurei; e eu serei contigo” (Deut. 31:23). Ele então passou o Jordão e tomou a cidade de Jericó, conquistou os cinco reis da região, seguiu adiante e conquistou toda terra de Canaã, renovou a aliança, dividiu a terra entre as doze tribos e serviu fielmente até que o Senhor deu a Israel descanso de seus inimigos. Ele permaneceu fiel até o fim de sua vida. Instruiu os líderes de Israel com a sabedoria aprendida com Moisés e Deus: “E vós já tendes visto tudo quanto o Senhor vosso Deus fez a todas estas nações por causa de vós; porque o Senhor vosso Deus é que tem pelejado por vós” (Js. 23:3). Podemos ver a influência que Moisés teve sobre Josué, e sua influência sobre os outros no epílogo do livro que leva seu nome: “Israel serviu ao Senhor durante toda a vida de Josué e dos líderes que sobreviveram depois dele e que sabiam de tudo o que o Senhor fizera em favor de Israel” (Js. 24:31).
7.. Bill Hull, El Libro Más Completo Del Discipulado – Para Ser Y Hacer Seguidores De Cristo (Dallas, Texas: Obrero Fiel, 2010)., p. 27, 28.
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Aplicando o exemplo de Moisés e Josué à minha vida de discipulador: O que posso fazer para impactar a vida dos meus discípulos? 1. Relacione-se para nutrir.
2. Aprender para ser eficiente.
3. Prestação de contas para cumprir tarefas.
4. Sujeição para a formação.
5. Sabedoria para tomar decisões.
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Discípulo/Discipulado no Novo Testamento
Pelo que vimos até aqui, podemos definir discípulo como um “seguidor comprometido de um grande mestre”. O sentido do termo tem duas aplicações comuns: (1) Era usado para distinguir o discípulo do mestre (Mt 10:24–25; Lc 6:40). (2) Era também usado para designar os seguidores de um grande líder ou movimento. Desta forma, encontramos discípulos de Moisés (Jo 9:28), discípulos dos fariseus (Mt 22:16; Mc 2:18; Lc 5:33), discípulos de João Batista (Mt 9:14; Mc 2:18; Lc 5:33; Jo 1:35; 3:25), e discípulos de Jesus.
No sentido específico, o discípulo é alguém que foi a Jesus em busca da vida eterna; que O tem reivindicado como seu Salvador e Deus; e que escolheu seguir Seus passos. O discípulo é o principal termo usado nos Evangelhos para se referir aos seguidores de Cristo e é uma referência comum aos conhecidos, na igreja primitiva, como seguidores, cristãos, irmãos/irmãs, os seguidores do Caminho, ou santos, embora cada termo foque em aspectos diferentes do relacionamento individual com Jesus e com os demais na fé. O termo era usado mais frequentemente nesse sentido específico; pelo menos, 230 vezes nos evangelhos (ex.: Jo 6:66-71) e 28 vezes em Atos (ex.: Atos 9:1, 10, 19-20).8 Discípulo é alguém que segue outra pessoa ou outra forma de vida e que se submete à disciplina (ensino) desse líder ou caminho.9
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O discípulo (1) busca a vida eterna em Jesus, (2) O reivindica como seu Salvador e Deus, (3) embarca totalmente na vida de seguir Jesus Cristo como seu modo de vida (4) e se submete à disciplina e ensino de Cristo. Quatro aspectos envolvem o discipulado: Compromisso de seguir a Jesus, aprendizado, salvação e vida eterna. Como eu posso buscar e encontrar isso? Como eu posso ensinar meus discípulos a buscar isso?
8.. Wilkins., p. 25. Versão Kindle, posição 497. 9.. Elwell, W. A., & Beitzel, B. J. (1988). In Baker encyclopedia of the Bible (p. 629). Grand Rapids, MI: Baker Book House.
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A designação mais comum em nossos evangelhos canônicos e no livro de Atos para alguém comprometido com Jesus, ou seja, para aquele que aceitou Seus ensinos e que buscou ser identificado com Ele, é “discípulo” (do grego mathetés “estudante”,“aluno”, oriundo do verbo manthanein (aprender).10 O verbo “seguir” (akolouthein) e o particípio adjetivo “aquele que segue” (hoi akolouthountes) aparece regularmente nos evangelhos para identificar as multidões que se aglomeravam ao redor de Jesus. Mas eles também são usados nos evangelhos para identificar os “discípulos” como aqueles que estão comprometidos com Jesus (cf. ainda seu uso associado aos “144.000” de Ap 14:4 e “os exércitos que há no céu” de Ap 19:14).11 Nos Evangelhos, os seguidores de Jesus são frequentemente mencionados como Seus “discípulos” (mathētai)—67 ou 68 vezes em Mateus, 44 vezes em Marcos, 34 vezes em Lucas e 73 vezes em João. Ainda, há referências aos “discípulos” de João Batista (Mt 9:14; 11:2; 14:12; Mc 2:18; Lc 5:33; 7:18–19; 11:1; Jo 1:35, 37; 3:25; 4:1), aos “discípulos” dos fariseus (Mt 22:16; Mc 2:18), aos “discípulos” de Moisés (Jo 9:28), e ao relacionamento entre os discípulos e os mestres de forma geral (Mt 10:24-25/Lc 6:40). Em Atos, a palavra “discípulo” aparece no gênero masculino aproximadamente 28 vezes, quase sempre de forma ampla e inclusiva para se referir aos crentes em Jesus, homens e mulheres, em algum determinado lugar (ex.: 6:1-2, 7; 9:1, 19, 25, 26, 38), embora também três vezes com referência a um determinado crente (9:10: Ananias de Damasco; 16:1: Timóteo de Listra; 21:16: Mnasom de Chipre). Somente em Atos 9:36 ocorre a forma feminina de “discípulo” (mathētria) para Tabita de Jope, a quem Pedro ressuscitou. O verbo “ser/tornar-se discípulo” (mathēteuein) ocorre três vezes em Mateus (13:52; 27:57; 28:19) e uma vez em Atos (14:21).12
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Discípulo é alguém que (1) segue a Jesus, (2) aceita Seus ensinos (3), procura se identificar com Ele, e (4) vive em compromisso com Ele. Podemos resumir isso em quatro palavas: seguir, ensinos, identidade e compromisso. Se fôssemos pensar numa frase com essas quatro palavras, poderia ser esta: “Discípulo é a pessoa que segue a Jesus e, ao segui-Lo, recebe e vive Seus ensinos; ao viver Seus ensinos, cria-se identidade entre ele e Cristo; o resultado é uma vida de total compromisso com o Senhor”. Agora é sua vez: Crie sua frase a partir dessas quatro palavras:
10.. Longenecker., p. 2. 11.. Ibid. 12.. Ibid., p. 4.
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Na Bíblia, o termo “discípulo” é encontrado quase que exclusivamente nos evangelhos e no livro de Atos, sendo as únicas exceções Isaías 8:16 e menos diretamente Isaías 50:4 e 54:13, onde a mesma palavra hebraica é traduzida como “saiba” e “ensinados”, respectivamente. No entanto, claramente onde há um professor e aqueles que são ensinados, a ideia de discipulado está presente.13 O discipulado cristão do NT está firmemente enraizado no AT, conforme a ideia de formar e de chamar Israel das nações para ser o tesouro peculiar de Deus (Êx 19:5) e de dar testemunho de seu nome entre as nações (Dt 4:6-8). O chamado ficou esquecido no exclusivismo judaico até o advento do Desejado de todas as nações (Ag 2:7) e a comissão de pregar o evangelho no mundo todo (Mt 28:19). O NT é também enfático, visto da perspectiva da história da redenção, a disciplina israelita sob o AT era imatura e preparatória (Gl 3:19-4:7).14 As 233 das 261 ocorrências no NT da palavra “discípulo” ocorrem nos evangelhos, as outras 28 estão em Atos. Normalmente, a palavra se refere aos discípulos de Jesus, mas também há referências aos discípulos dos fariseus (Mt 22:16; Mc 2:18), aos discípulos de João Batista (Mc 2:18; Lc 11:1; Jo 1:35) e até mesmo aos discípulos de Moisés (Jo 9:28).15 No Novo Testamento, a palavra grega mathētēs, que significa “discípulo”, se encontra exclusivamente nos evangelhos e no livro de Atos. Embora Paulo nunca use o termo, muitas vezes ele descreve aqueles que tinham as características de serem discípulos. Os seguidores imediatos de Jesus são chamados de “discípulos”, isso incluem não somente os doze em seu círculo interior, como também os outros setenta e dois.16 Por ocasião de Sua ascensão, Cristo comissionou os primeiros discípulos para fazerem “discípulos de todas as nações” (Mt 28:19); assim sendo, o termo discípulo é também usado no livro de Atos para descrever os crentes. Embora Cristo não tenha diretamente chamado crentes, nós somos chamados pelo Espírito de Cristo através da mensagem apresentada pelos primeiros discípulos. Nós também devemos fazer “discípulos de todas as nações”, propagando o evangelho a fim de que ninguém possa dizer que “nunca ouviu falar de Jesus”.17
13.. Elwell, W. A., & Beitzel, B. J. (1988). In Baker Encyclopedia of the Bible, p. 629. 14.. Ibid., p. 630. 15.. Sloan, R. B., Jr. (2003). Disciple. In C. Brand, C. Draper, A. England, S. Bond, E. R. Clendenen, & T. C. Butler (Orgs.), Holman Illustrated Bible Dictionary (p. 425). Nashville, TN: Holman Bible Publishers. 16.. Carpenter, E. E., & Comfort, P. W. (2000). In Holman Treasury of Key Bible Words: 200 Greek and 200 Hebrew words defined and explained (p. 267). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers. 17.. Ibid., p. 267.
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Discípulo é um aprendiz que tem a responsabilidade de aceitar o chamado de seu mestre. Assim, onde há alunos, há professor; e onde há professor, deveríamos ter alunos, discípulos que seguem seus ensinos. O impacto do mestre é tão grande, de modo que o discípulo aprende o que o mestre lhe ensina, reproduz suas ações, e isso determina seu estilo de vida. Aprender e reproduzir. Considerando minha missão e responsabilidades, o que meus discípulos precisam aprender e reproduzir em seu estilo de vida? (Pense em pelo menos duas coisas ou aspectos para cada um desses verbos). Meus discípulos precisam aprender isto: 1
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Meus discípulos precisam reproduzir isto em sua vida: 1
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A visita do apóstolo Paulo a Tessalônica foi breve. Ele e Silas estiveram lá por quase três semanas (At 17: 2). Mas nessas três semanas levantaram um grupo de crentes para lançar uma igreja e também confiaram a liderança às pessoas Exemplo: O Processo locais, pois tiveram que sair precipitadamente para Beréia devido à perseguição. de Discipulado do Muitas vezes as pessoas perguntam quanto tempo leva para começar uma igreja Apóstolo ou um grupo pioneiro em um novo lugar. Aqui neste exemplo o apóstolo Paulo poderia fazê-lo em três semanas; inacreditável! Mas isso é o que diz o texto. Quando ganhamos as pessoas para Cristo em um novo lugar e identificamos os líderes e os equipamos e capacitamos, confiando que eles vão assumir o controle e nós nos ausentamos em pouco tempo, isso é o que acontece: nós temos uma nova comunidade de crentes. Mas o apóstolo Paulo não os deixou sozinhos, a descobrirem, por conta própria, o difícil processo do crescimento cristão; ele escreve duas cartas para fortalecer e encorajar os crentes a continuar e crescer.
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É na sua primeira carta a Tessalonicenses que você encontra o apóstolo Paulo compartilhando seu coração de um criador de discípulos e, às vezes, enquanto lê, você se pergunta: ele fez tudo isso em tão curto espaço de tempo?! Aqui estão oito princípios identificados no processo realizado por Paulo18.
1. Orar por aqueles que estamos discipulando. 1 Ts 1: 2 O apóstolo Paulo diz: “Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações”. Orar por seus discípulos era algo regular na vida dele. Ele os considera parte integrante de sua vida e leva tempo para lembrá-los em sua oração diária. Ele não está fazendo isso como uma declaração casual para ser tomada de qualquer jeito, embora na maioria das vezes nós apenas olhemos para aqueles versos de uma maneira casual. De fato, isso é algo que o apóstolo Paulo repete na maioria de suas cartas às diferentes igrejas. Tomamos tempo para realmente agradecer a Deus pelo povo que Ele está confiando em nossas mãos no discipulado? Nós oramos por eles nominalmente? Conhecemos suas necessidades e lutas pessoais? Se não, estamos perdendo tudo, porque orar por eles é um princípio tão crucial a ser seriamente considerado se quisermos fazer discípulos que realmente se tornarão semelhantes a Cristo. 2. Manifestar apreciação. 1Ts 1:3 O apóstolo Paulo aprecia os crentes em Tessalônica por sua fé, amor e esperança (1:3). Ele os aprecia por sua perseverança e grande alegria em meio à severa perseguição e sofrimento (1:6). Ele também aplaude seu trabalho em espalhar o evangelho para outros lugares (1:8). Paulo não era mesquinho em sua apreciação; na verdade, ele era pródigo em seu louvor pelos crentes nas coisas que ele os via crescendo e se destacando. Você
18.. “The Art of Making Disciples - 8 simple principles from Apostle Paul’s life in Thessalonica”. Disponível em http://joemoneva.blogspot.com.br/2016/08/the-art-of-making-disciples-8-simple.html. Acesso em 29 de janeiro de 2017.
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vê esse traço claramente em suas cartas individuais para seu discípulo mais querido, Timóteo. Apreciação é o ambiente em que o crescimento máximo acontece; é uma das formas mais poderosas para encorajar pessoas, visto que elas gostam de ouvir comentários sobre o que estão, realmente, fazendo bem. Não é tentar lisonjear ou agradar nossos discípulos, mas genuinamente incentivá-los para as coisas positivas e o progresso que você observa neles. Apenas algumas palavras de apreciação podem encorajar e motivar um novo crente a continuar e seguir em frente com grande entusiasmo em sua jornada. 3. Compartilhar o Evangelho com ousadia no poder do Espírito Santo. 1 Ts 1:5 O apóstolo Paulo diz que a “boa nova” que eles compartilhavam não era apenas com palavras, mas com poder e com o Espírito Santo (1:5). Novamente, em 1 Ts 2:2, diz que antes de chegarem a Tessalônica eles enfrentaram severas perseguições e sofrimentos em Filipos, mas Deus lhes permitiu ser corajosos e dizer as boas novas em Tessalônica. Sem semear, não podemos colher; mas precisamos semear corajosamente as sementes do evangelho para fazermos discípulos. Esteja pronto para usar todas as oportunidades para compartilhar sobre Jesus e Seu amor. 4. Ser claro sobre o por quê? 1Ts 2:4 Por que estamos fazendo discípulos? Qual é o nosso motivo e o que nos impulsiona? O apóstolo Paulo enfaticamente diz no capítulo 2: 4, “falamos não para agradarmos a homens, e sim a Deus”. É o amor de Cristo que nos obriga a amar as pessoas ao nosso redor. O fim último de fazer discípulos é glorificar a Deus. Estamos sendo claros em nossos motivos de estar envolvidos no processo de fazer discípulos? 5. Ser gentil e amoroso como uma mãe que cuida de seu bebezinho. 1 Ts 1:7-8
Esta é uma bela imagem de um discípulo e do fazedor de discípulos, a imagem de uma mãe que cuida de seu filho; o apóstolo Paulo diz que é assim que devemos cuidar dos crentes. A razão é o amor para com eles. Ele diz que estava feliz por verem compartilhar não só as boas novas, mas até mesmo suas próprias vidas (v. 8). Os discípulos não são coisas para serem usadas como dados em nossas agendas e depois jogados fora; eles não estão lá para executar nossos programas ou organizar nossos eventos, e eles não são meros números a serem marcados ou informados em nossos relatórios. Nossos irmãos são pessoas criadas à imagem de Deus. Eles são preciosos aos olhos de Deus; Jesus deu Sua vida por eles na cruz. Será que realmente cuidamos bem de cada um deles? Será que realmente os amamos tanto que estamos dispostos a compartilhar alegremente nossa própria vida com eles? Em 1 Ts 2:20, o apóstolo Paulo declara: “Vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!” Esta é uma perspectiva incrível sobre o como fazer discípulos.
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6. Ser um modelo digno de imitação. 1Ts 2:9-10 O apóstolo Paulo estava muito confiante ao dizer que eles viviam entre os tessalonicenses como pessoas santas, justas e irrepreensíveis. Eles trabalhavam duro e nunca se tornaram um fardo para qualquer um deles. Para um novo crente de outra fé, o único modelo que ele ou ela vai ver é outro cristão, e nós, como formadores de discípulos, devemos ser muito cuidadosos em nos apresentarmos como bons modelos de Cristo para eles imitarem. O apóstolo Paulo poderia corajosamente fazer esta: “Sejam meus imitadores, como eu o sou de Cristo”(1Co 11:1). Podemos também afirmar isso com confiança? Claro, não somos pessoas perfeitas, mas certamente estamos crescendo e podemos sempre nos esforçarmos para sermos um bom modelo para que os nossos discípulos possam imitar. 7. Equipar e incentivar os discípulos a se multiplicarem. 1 Ts 1:7-9. Os crentes de Tessalônica tornaram-se exemplos para os outros na Macedônia, no sul da Grécia e outros lugares distantes. Sua história de transformação tornou-se o assunto da conversa em outros lugares. É necessário que nossos discípulos sejam equipados e capacitados para compartilharem sua história de mudança de vida e as boas novas para os outros; eles precisam se multiplicar na vida de muitos outros ao seu redor. O ensinamento do Mestre precisa sair deles e tocar e transformar vidas ao seu redor! 8. Ser um pai amoroso! 1 Ts 2:11-12 O apóstolo Paulo diz que tratou cada um como um pai lida com seus próprios filhos, encorajando, confortando e exortando-os a viver vidas dignas de Deus. Como formadores de discípulos, um dos nossos principais papeis é incentivar e confortar, motivando nossos discípulos a viverem vidas santas. As pessoas enfrentam altos e baixos em sua jornada espiritual; por isso precisamos ir ao lado e ajudá-los a atravessar os desafios vitoriosamente. Na verdade, o apóstolo Paulo diz mais tarde que ele está ansioso para vê-los; queria visitá-los. Que imagem poderosa de um criador de discípulos: como um pai amoroso que lida com seus próprios filhos, não é fácil esquecer de nenhum!
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O modelo usado pelo apóstolo Paulo baseia-se em oito palavras: oração, apreciação, compartilhamento, clareza, amor, modelo, incentivo, paternidade. Este processo funciona em nossos dias? Como?
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O DISCIPULADO NÃO É UM PROGRAMA O erro mais comum dos líderes bem-intencionados [...] é que eles transformaram o discipulado em um plano de estudos que o crente sincero precisa passar para poder se formar. Em vez de manter um processo contínuo, o programa é focado em um determinado material, adquirir informações e desenvolver certas habilidades, tais como dar seu testemunho ou administrar métodos diferentes de estudo bíblico. Mas como o discipulado é fundamentalmente a decisão de seguir Jesus, é um estilo de vida que dura por toda existência. Sim, muitos bons programas provém informação e o desenvolvimento de novas habilidades, mas são só ferramentas no processo de crescimento, não são, em si mesmo, o discipulado. Quando alguém diz: “eu terminei dois anos de estudo; eu já fui discipulado”, ele está dizendo, na verdade, que não necessita continuar esse processo. O discipulado baseado em programas divide a comunidade de crentes entre dois grupos: aqueles que terminaram “o programa” e aqueles que não. O resultado mais prejudicial que pode acontecer é as congregações enxergarem o discipulado como sendo um ofício da igreja, em vez de vê-lo como o núcleo de seu ministério. Quando o discipulado é considerado um programa mais da liderança, do evangelismo, da pregação, da adoração, do aconselhamento, de apoio a outros programas, ele deixa de ser o que deveria ser: o cerne do que significa ser cristão.19
O DISCIPULADO NÃO É UMA LINHA DE PRODUÇÃO Algumas pessoas transformam o discipulado em uma linha de produção, baseado na multiplicação para alcançar o mundo. Sem dúvida, esse conceito é bastante atrativo. Mas Na vida real, Deus não tem uma linha de produção; Ele nos usa para alcançar outros de forma largamente variada. Seu glorioso método não é previsível nem passivo ou harmônico. Surge com tremores de energia inoportunos e ziguezagueia pelo planeta em padrões desorganizados, impelidos pela paixão dos discípulos fiéis. A grande comissão conhece pessoas como John Wesley, que pregava para milhares de pessoas e depois os colocavam em grupos e classes para ser alimentados e ensinados. Ou como aconteceu com Billy Graham, pregador de cruzadas [...] Deus usa alguns discípulos para abrir novos caminhos que outros discípulos fiéis, com seus próprios dons e oportunidades, podem aproveitar. Em outras palavras, só Deus dirige o chamado para ser e fazer discípulos, e o fazer discípulos deve ser levado a cabo pelos eventos e condições que compõem nossa vida. Certamente, os discípulos devem ser encorajados a ensinar outros e se reproduzir neles, mas o discipulado fala mais a cerca da profundidade do caráter e da paixão espiritual de cada discípulo, é algo muito maior do que apenas um plano para o crescimento numérico da igreja.20
19.. Hull., p. 12. 20.. Ibid., p. 12, 13.
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O DISCIPULADO NÃO É APENAS PARA INICIANTES Sim, os novos discípulos precisam de treinamento, mas é um erro grave pensar que podemos aprender o básica, ser integrado à sociedade em geral e viver daquele treinamento, simplesmente. As igrejas do mundo inteiro estão cheias de pessoas que adquiriram informações minímas acerca de como ser seguidores de Jesus, mas que eles não estudam a Bíblia, não a memorizam nem desenvolvem a oração como disciplina diária. Seria como se um jogador de basquete tivesse aprendido os fundamentos de driblar, passar, lançar e saltar, mas que deixou de praticá-los. Não conheço nenhum jogador verdadeiramente bom que age dessa forma. Isso porque é impossível continuar jogando em um nível competitivo, sem dominar os conceitos básicos além de manter uma condição de jogo boa. Entretanto, muitos cristãos já não praticam o básico e estão espiritualmente fora de forma. A causa de Cristo pagou um terrível preço pelo conceito equivocado que proclama que o discipulado é só para novatos.21
O DISCIPULADO NÃO É APENAS PARA LÍDERES Durante muito tempo na história da cristianismo, só os líderes (bispos, anciãos, pastores, padres e monges) da igreja recebiam instrução espiritual. Certamente, isto mudou como resultado da Reforma, que permitiu que os leigos dessem, gradualmente, um passo para os centros pedagógicos. Porém, certa disparidade ainda existe entre o clérigo e o leigo quando falamos de quantidade e nível de qualificação disponível. Todavia alguns pastores mantêm uma aura espiritual que faz com que a maioria das pessoas se sintam desqualificados. É verdade que este elitismo não é intencional. Muitos leigos se sentem espiritualmente inferiores diante dos “verdadeiros” discípulos, esses que escolheram servir a igreja de tempo integral por vocação ou profissão. Claro que, sobre assuntos religiosos, os pastores sabem mais que a maioria dos leigos, mas isto não significa que eles são mais espirituais. Qualquer ideia de elitismo espiritual é superada com os seguintes princípios básicos do discipulado: • Todos os cristãos são discípulos, porque nasceram de novo para uma vida espiritual ao escolher seguir Jesus. • Na formação espiritual, tanto o ponto de partida como o de chegada, são parte integrante da transformação para a imagem de Cristo. • O discipulado e a formação espiritual proveem a perspectiva do Novo Testamento completa do processo de crescimento cristão. •
A formação espiritual e o discipulado devem ser bíblicos e teologicamente bem fundamentada.22
21.. Ibid., p. 13. 22.. Ibid., p. 13, 14
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Reflita e escreva: Qual o problema em considerar o discipulado meramente um programa?
Qual o problema em achar que o discipulado pode ser feito numa espécie de linha de produção?
Qual o problema em pensar que o discipulado é apenas para iniciantes?
Qual o problema em achar que o discipulado é exclusivamente para líderes?
26
Podemos afirmar que “o discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo de Cristo e Seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é capaz de treinar outros para que ensinem outros”.23 No parágrafo acima temos um elemento importante: relacionamento que objetiva a reprodução. Isso quer dizer que o discípulo se relaciona de modo tão próximo com seu discipulador, que acaba reproduzindo em sua própria vida os princípios de seu mestre. E o resultado desse processo aparece em forma de mais discípulos: o discípulo se torna um discipulador. Podemos afirmar, então, que o “discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu mestre com a finalidade de ensinar outros”.24
Ele não chamava pessoas meramente para que O seguissem; Ele exigia que Seus seguidores renunciassem a tudo. E mais do que apenas seguir, o discipulado envolve questões de vida e morte, porquanto o alvo é a vida eterna.25 Como afirma o teólogo John Piper, “há um jugo e um fardo à nossa espera quando nos aproximamos de Jesus (se não fosse assim, não haveria nenhum mandamento), mas o jugo é suave e o fardo é leve”.26 Pessoas reunidas se confraternizando, sorrindo, cantando e lendo a Bíblia é algo muito bom, mas é necessário que se faça muito mais: com uma vida disciplinada, o discípulo precisa se tornar um discipulador. Fazer menos do que isso é descaracterizar “a religião que foi fundada por Jesus”.27 Todavia, a grande tragédia é que “é possível a existência de uma sociedade religiosa na qual as pessoas se reúnam e desfrutem da companhia umas das outras, e até mesmo cumpram algumas boas obras, sem reter a natureza de um verdadeiro discipulado”.28
O DISCÍPULO
É ALGUÉM QUE SE “REPRODUZ”
Obviamente esse não é um processo rápido e fácil, razão pela qual a palavra discípulo está relacionada à ideia de “disciplina”. Isso é muito instrutivo, porque espera-se que os verdadeiros discípulos possuam disciplina, tão necessária para a vida desafiadora que um discípulo pode viver. Evidenciamos esse aspecto no ministério de Jesus:
23.. Keith Phillips. A Formação de um Discípulo, p. 20. 24.. Ibidem, p. 19. 25.. Russel Norman Champlin. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, volume 2, p. 180. 26.. John Piper. O que Jesus Espera de Seus Seguidores: Mandamentos de Jesus ao Mundo. São Paulo: Vida, 2008, p. 47. 27.. Idem.
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28.. Idem.
CARACTERÍSTICAS DO DISCÍPULO NO EVANGELHO DE
joao
O Evangelho de João se destaca, entre outras coisas, por registrar algumas conversas muito próximas entre Jesus e algumas pessoas. É o caso, por exemplo, do diálogo de Jesus com Nicodemos (Jo 3) e com a Mulher Samaritana (Jo 4). Essa linguagem direta e familiar nos faz pensar sobre a importância de compreender o tema do discipulado em João; e esse tema é de fato importante neste evangelho, especialmente no capítulo 15, o qual, na Bíblia Almeida Revista e Atualizada, é intitulado “A Videira e os Ramos”. Seguindo as ideias esclarecedoras do escritor Bill Hull, vamos extrair desse capítulo as seis dimensões das características de um autêntico discípulo de Cristo.29
1. Um discípulo permanece em Cristo (15:7) A palavra permanecer é uma tradução do vocábulo grego “mena”, o qual significa “permanecer ou manter contato por um tempo contínuo”.30 O que essa palavra sugere, então, é que os discípulos devem manter com Cristo um relacionamento orgânico, de total dependência dEle. Além disso, a palavra “permanecer” é precedida pelo condicional “se”; isso implica em uma responsabilidade por parte do discípulo, a fim de que – obedecida a condição de permanecer – a promessa seja cumprida. Partindo desse pressuposto, como podemos permanecer em Cristo? a. Compromisso com Sua Palavra Basicamente há duas maneiras fundamentais de permanecer em Cristo. A primeira é apresentada em João 8:31: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos”. Se quisermos permanecer em Cristo, precisamos estar estreitamente relacionados com a Sua Palavra, as Sagradas Escrituras. Podemos fazer isso estudando-a com diligência e esforço, a ponto de sermos pessoas que a manejam com destreza e habilidade (2 Tm 2:15). Também podemos fazer isso usando-a como a nossa proteção diante das tentações e desafios que confrontam nossas filosofias, valores e práticas; a Palavra é a única arma poderosa o suficiente para enfrentarmos os dardos inflamados do inimigo (2 Co 10:3-5); obviamente, a Bíblia só pode ser uma arma eficaz em nossas mãos se a conhecermos profundamente. Além disso, a Escritura é importante para a defesa de nossa fé, haja visto que cada discípulo precisa estar preparado para argumentar sobre as razões de sua crença (1 Pe 3:15). b. Compromisso com a Oração João 15:7, na segunda parte, diz: “[Vocês] pedirão o que quiserem, e lhes será concedido”. Este versículo não autoriza o cristão a pedir o que uma pessoa ímpia pediria; o que ensina, de fato, é a efetividade de uma oração que resulta de um coração comprometido com a Palavra. Ou seja, se o discípulo aprendeu na Palavra que ele
29.. Bill Hull, The Disciple-Making Pastor - Leading Others on the Journey of Faith (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 2007). p. 79 a 96. 30.. Ibid., p. 79.
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deve viver de acordo com a vontade de Deus, obviamente não fará pedidos ou orações em favor de coisas ou situações que desobedeçam tal princípio. Uma boa oração deveria ser resultado de um coração e mente que, em constante relacionamento com Deus, deseja compreender os “por quê” da vida; assim, as orações serão melhores, e a pessoa entenderá por que Deus responde do jeito que Ele o faz. 2. Um discípulo é obediente (15:9-10) A obediência da qual João fala não é meramente a subserviência a um código de conduta ou a um conjunto de doutrinas; o apóstolo está falando de responsabilidade. Ou seja, inspirado pelo Espírito Santo, o escritor nos insta a entender e aceitar que a responsabilidade é essencial para uma vida de fidelidade a Cristo. Afinal, é possível observar as leis ou normas de modo errado, entretanto, agir dessa maneira demonstra uma obediência irresponsável. O aspecto marcante na obediência é que Jesus a conecta ao amor: “Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor (15:10). Anteriormente essa ideia já fora expressa assim: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (14:15), também repetida em Jo 14:21: “Quem tem os meus mandamentos e lhe obedece, esse é o que me ama”. Por que tanta insistência na obediência e no amor? O recado divino é que Jesus requer obediência amorosa de Seus discípulos. E qual a diferença entre a obediência amorosa e a obediência que não é amorosa? É grande e notável! Quem não obedece por amor, impõe condições para obedecer. Mas quem obedece por amor, agi independente das circunstâncias, sentimentos, pressões, lucros ou conveniências que possam surgir em sua vida. Em outras palavras: a obediência amorosa demonstra-se plenamente responsável com as exigências divinas. A pessoa que obedece amorosamente e com responsabilidade vive pela fé, e sua comunhão com Deus se nutre nas boas e nas más circunstâncias, pois aprendeu a viver além das aparências: aprendeu a viver sob a orientação de Deus. 3. Um discípulo produz frutos (18:8, 16) Havendo permanecido em Cristo, em uma vida de obediência amorosa, responsável – a pessoa precisa demonstrar isso na prática, dando evidências de que é de fato um discípulo. Jesus expressa assim esse ideal: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (15:8). Essa temática nos leva à percepção paulina: cristianismo saudável e completo precisa produzir o fruto do Espírito: “Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5: 22-23). Deve-se notar que o apóstolo João enfatiza a atividade do fruto, e não sua passividade. Afinal, como Deus poderá ser glorificado se as pessoas não enxergam o fruto nos discípulos? Dar fruto é necessário para efetivar o evangelismo, pois o discípulo tem a missão de discipular. Obviamente, o discurso torna-se verdadeiramente poderoso e eficaz quando acompanhado da prática. Dessa maneira, será mais convincente ensinarmos paciência, fidelidade ou mansidão quando possuirmos esses atributos. Seja no evangelismo pessoal ou público, as pessoas notarão nossos frutos, os quais serão decisivos e persuasivos na comunicação do Evangelho. 32
4. Um discípulo glorifica a Deus (15:8) É verdade que dar fruto é necessário para efetivar o evangelismo, pois a missão do discípulo é discipular. Entretanto, produzir bons frutos é uma maneira de glorificar a Deus, pois as pessoas percebem o poder da mensagem do Evangelho observando a transformação que acontece na vida de pessoas, como por exemplo: Alguém que tinha uma vida desregrada e comandada pelo vício, agora vive em harmonia com as leis humanas e divinas ou que era infiel ao cônjuge e à família, agora vive em cumprimento dos votos matrimoniais e familiares. Tudo isso só é possível pela operação do Espírito Santo, que nos permite produzir frutos, com os quais glorificamos a Deus, provando que Ele é quem opera essa transformação. 5. Um discípulo tem alegria (15:11) O apóstolo João diz: “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (15:11). Alegria não é a mesma coisa que felicidade; a felicidade vem e vai conforme as condições de vida, possibilitando que qualquer pessoa experimente felicidade, independente de Deus. A alegria, por sua vez, é o bem-estar que resulta da percepção de saber que estamos fazendo a vontade de Deus; portanto, a alegria é de cunho sobrenatural. Dessa maneira, a felicidade só é possível quando se experimenta bons momentos, enquanto que, a alegria pode ser vivenciada até quando se carrega uma cruz, estando na prisão ou sofrendo perseguição. Por isso, as pessoas podem tirar nossa felicidade, mas jamais nossa alegria. 6. Um discípulo ama como Cristo ama (15:12-14, 17) Finalmente, o discípulo ama da mesma maneira que Cristo ama. E como é Seu amor? É desinteressado, demonstra cuidado e responsabilidade. Obviamente, jamais poderemos amar exatamente como Cristo ama; Todavia, devemos buscar ser Seus imitadores. Imagine o poder da vida de um discípulo que demonstra em si mesmo as características acima mencionadas. As pessoas observarão esse discípulo e certamente serão poderosamente influenciadas pela sua postura. Afinal, o exemplo é muito mais impactante e eficaz que as palavras.
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Com base nas ideias apresentadas na seção 6, “Características do Discípulo/ Discipulado”, apresente as 5 características essenciais do discípulo. 1. 2. 3. 4. 5.
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8 passos que Jesus Cristo utilizou para fazer e preparar discípulos.
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Selecionar
1.
Seu método era as pessoas. Jesus acreditava que elas deveriam alcançadas por outras. Ele poderia ter feito isso com o uso exclusivo de milagres ou poderia ter feito com que a história desse mundo terminasse enquanto Ele ainda estava aqui. Mas ele escolheu homens e mulheres comuns, como nós, para alcançar ao mundo. Isto não só demonstra Seu amor, mas também a confiança que tem em nós. 2.
Associar
Ele permaneceu com eles. Com os primeiros discípulos, a essência de qualificação de Jesus consistiu simplesmente em deixar que eles O seguissem. Ele os atraia a Si mesmo, convertendo-Se em Sua própria escola e programa de estudos. 3.
Consagrar
Ele requeria obediência. Jesus esperava que Seus discípulos O obedecessem. Ele não pedia para que fossem inteligentes, mas que fossem fiéis, até o ponto que a obediência se tornasse a marca distintiva pela qual seriam reconhecidos. Mais tarde, eles foram reconhecidos como “cristãos” (At 11:26), e cumpriram com a descrição de ser seguidores obedientes que adotaram o caráter de seu líder. 4.
Compartilhar
Ele Se entregou. Jesus deu aos Seus discípulos tudo aquilo que o Pai lhe tinha dado (Jo 15:5): Sua paz (Jo 16:33); Sua alegria (Jo 15:11); as chaves de Seu Reino (Mt 16:19) e Sua própria glória (Jo 17:22,24). Ele não poupou coisa alguma nem mesmo Sua própria vida. 5.
Demonstrar
Ele demonstrou como deveriam viver. Jesus ensinou Seus discípulos a orar, estudar e ser relacionar com o próximo. Os evangelhos mencionam mais de vinte vezes a prática de oração de Jesus. Também, ensinou Seus discípulos concernente ao uso das Escrituras, por meio do uso frequente de palavras do Antigo Testamento. Mostrou aos discípulos por meio de Suas conversas com Nicodemos, com a mulher junto ao poço, com o jovem rico e com muitos outros, como deveriam falar e tratar o próximo.
31.. El Libro Más Completo Del Discipulado – Para Ser Y Hacer Seguidores De Cristo., p. 115-177. Estes passos são originalmente apresentados em Robert Coleman. The Master Plan of Evangelism.
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6. Delegar Ele lhes designou tarefas. Desde o primeiro dia, Jesus preparou Seus discípulos para se encarregarem da missão. Gradualmente delegou responsabilidades, enviando os setenta (Mt 10:1-42) e dando ordens extensas aos doze (Lc 10:1-20). Disse aos discípulos que seguiam Seus métodos que deveriam sair de dois em dois, visto que surgiriam muitas dificuldades. Após Sua ressurreição, encarregou Seus discípulos da responsabilidade de levar o Evangelho ao mundo inteiro (Mt 28:18-20; At 1:8). 7.
Supervisionar
Ele sempre estava os supervisionando. Quando Jesus encarregou Seus discípulos de diversas tarefas, lhes observava. Escutava seus relatórios e os orientava. Quando estava com Seus discípulos, passava tempo ajudando-os a entenderem os motivos de Suas ações afim de prepará-los para uma nova experiência. 8. Reproduzir Ele esperava que reproduzissem. Jesus disse aos Seus discípulos que orassem por mais obreiros (Mt 9:3638), e lhes rogava que ensinassem outros a obedecer Seus ensinos (Mt 28:20). Ele exigia valiosos elementos, que hoje conhecemos como parte do desenvolvimento de liderança e reprodução, e desejava que Seus discípulos se multiplicassem, formando outros discípulos que também O seguissem.
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Aplicando os oito passos em nossa prática. OS PASSOS DE JESUS CRISTO
COMO FUNCIONA HOJE
1. Selecionar: Seu método era as pessoas 2. Associar: Permanecia com eles 3. Consagrar: Ele requeria obediência 4. Partilhar: Ele se deu 5. Demonstrar: Mostrou como deveriam viver 6. Delegar: Ele lhes designou tarefas 7. Supervisionar: Sempre os supervisionava 8. Reproduzir: Ele esperava que reproduzissem
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5
PRINCÍPIOS
DO DISCIPULADO DE JESUS CRISTO EM
joao 4.1-30
Primeiro princípio:
Programemos alguns “desvios” no caminho - Jo. 4: 4
Havia um propósito especial que fez ser necessário Jesus passar por Samaria; uma necessidade divina impeliu a Cristo de ir à Galileia por Samaria. E não era a necessidade de encurtar o caminho. Era uma razão ligada à Sua missão. Jesus sentia necessidade de passar por Samaria porque sabia que ali esperava por Ele uma pessoa triste, rejeitada e infeliz. Como um bom judeu, a atitude mais natural da parte de Cristo seria evitar qualquer contato com os samaritanos. O Rabi Eliezer afirmava que “aquele que come o pão oferecido pelos samaritanos é semelhante ao que come carne de porco”. Outros ditos rabínicos afirmavam que “um samaritano transmite imundícia pelo que usa para dormir, se sentar, para cavalgar e por sua saliva e urina. E que suas filhas eram imundas desde o berço, igual aos pagãos.” Jesus conhecia todos os prenúncios que separavam judeus e samaritanos. Mas também sabia que a vida não tinha mais sentido para essa pobre mulher samaritana. Para Ele, era necessário passar por Samaria a fim de libertar da escravidão essa alma, e fazê-la cidadã do Seu reino. Não foi o azar que O levou até Samaria. Foi sim o grito silencioso de alguém precioso aos olhos de Deus. Por causa da missão, foi necessário passar por Samaria.
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Seguindo o exemplo de Jesus, permitam-me algumas sugestões: • Quando estamos viajando de carro, podemos desviar do caminho para visitar um interessado ou um pastor. Pode ser suficientes para levantar o ânimo, fortalecer ou ajudar alguém a tomar alguma decisão, passar dez minutos, meia hora ou um pouco mais. • Quando estamos fazendo uma conexão aérea prolongada, podemos conversar com um discípulo que está por perto ou podemos encontrar um interessado entre os muitos viajantes. A doação de livros é um excelente método para fazer o ponto de contato. • Em meio a um concílio, podemos chegar meia hora antes ou sair uma hora mais tarde para o hotel, a fim de termos uma conversa ou fazer um lanche com um discípulo em potencial. • Entre as intensas atividades do dia, poderá dedicar alguns minutos para uma ação discipuladora a um membro ou líder da igreja local, fazendo uma visita; dando estudo bíblico ou com uma ligação telefônica, etc. O que aprendemos com isto? Aprendemos que quando a missão está no coração, “desvios” do caminho precisam ser praticados para oferecer orientação e salvação. Segundo princípio:
Busquemos as pessoas nos lugares apropriados - Jo4:6
“E estava ali no poço de Jacó”. Aqui, o detalhe não é o poço, mas a fonte, um manancial de águas (a palavra original para fonte “pegé” significa literalmente manancial). No entanto, nos versículos 11 e 12, o que era fonte (pegé) torna-se poço “phréar” ( buraco, cisterna). Ou seja, a fonte de Jacó é agora chamada poço de Jacó. Fonte aparece novamente no versículo 14, em referência à fonte cuja água salta para a vida eterna. Qual é a diferença entre poço e fonte? Fonte é um dom de Deus. Poço é uma obra humana. Deus deu e dá a fonte. Jacó cavou o poço. E por que o poço é chamado primeiramente de fonte, para depois ser chamado pelo nome de poço? Primeiramente, o diálogo entre Jesus e a mulher samaritana é sobre água natural e neste caso o poço de Jacó é uma verdadeira fonte com água fresca, que flui naturalmente. Mas quando a conversa vai para o lado espiritual, com o tema da água viva, Jesus é a fonte, e Jacó é apenas um poço. Existe apenas uma fonte, e essa fonte é Jesus. Isto tem um profundo significado teológico e espiritual: Aquilo que até o começo da era messiânica era uma fonte (estou falando do judaísmo, a religião do povo de Israel), com o surgimento de Cristo passou a ser um poço de conquistas humanas. Perdeu o sentido, porque finalmente havia surgido a verdadeira fonte, de “água pura e salutar”, como diz o hino. É terrivelmente perigoso pensar presunçosamente, assim como a mulher samaritana, que estamos vivenciando uma autêntica religião e adoração, quando na verdade estamos simplesmente desfrutando de um poço. Tudo o que Deus faz é fonte; tudo o que nós fazemos é poço. Diante de tudo isto, eu penso o seguinte: é nossa missão ir aos poços, para convidar as pessoas à fonte. Aqui, os poços representam, metaforicamente, os lugares onde as pessoas se concentram, ora por necessidade imperiosa ora por fuga. Estes lugares oferecem coisas, mas não oferecem o essencial. 39
Mas as pessoas estão lá. As pessoas estão no poço, achando que o poço é fonte. Nossa missão é ir a esses poços para trazê-las à fonte. •
Um lar onde falta Deus é um poço. Vamos visitar as pessoas nas casas para levá-las à fonte.
• Um condomínio fechado, onde falta Deus, é um poço. Vamos dar um jeito de visitar as pessoas nos condomínios, nos prédios, para levá-las à fonte. • Um escritório onde falta Deus, é um poço. Vamos dar um jeito de visitar as pessoas nos escritórios, para levá-las à fonte. • Um shopping center pode ser um poço. Vamos dar um jeito de entregar livros lá para conduzir as pessoas à fonte. • Uma sala de aula cheia de alunos não-cristãos é um poço. Vamos falar de Deus nas salas de aulas com alunos não-adventistas, para levá-los à fonte. Provavelmente muitas pessoas não irão à fonte por vontade própria, a menos que nós as busquemos nos poços. Nós temos que ir aos poços! Terceiro princípio:
Tomemos a iniciativa - Jo 4:7
Jesus Cristo pede um favor. Ao pedir um favor, Se coloca em posição de necessitado e ao assumir essa postura, Ele surpreende a mulher. Ellen G. White diz que “nenhum oriental negaria tal favor”. Ela continua: “mas o Salvador estava buscando a chave de seu coração, e com um tato de amor divino, não ofereceu um favor, mas fez um pedido. A oferta de um favor poderia ter sido rejeitada; mas, confiança gera confiança. O Rei do Céu se apresentou a essa parte da sociedade, pedindo um favor de suas mãos”. Que tremenda psicologia de Jesus Cristo! Com o propósito de ganhar a confiança, Ele pede um favor. Com o propósito de abrir o coração da desconhecida, Ele toma a iniciativa. Reflitamos nisto: • Algumas pessoas enxergam os adventistas como “superiores” e “abastados”. Para quebrar essa barreira, precisamos tomar a iniciativa e mostrar que estamos no nível delas. Devemos nos fragilizar e admitir que também somos necessitados. Eu tenho pensado que temos oferecido muitas coisas às pessoas: livros, revistas, folhetos, CDs, DVDs, alimentos, etc. E fazemos bem em oferecer. Mas... Que tal pedir? Na psicologia de Jesus, o ato de pedir gera confiança, porque quando pedimos, dizemos que nós confiamos. Em vez de só dar, podemos pedir: pedir um favor, pedir participação, pedir presença, pedir colaboração, pedir contribuição.
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Quarto princípio:
Aproveitemos os intervalos de tempo - Jo 4:8
Enquanto os discípulos foram comprar comida, Jesus estava discipulando. Temos aqui uma lição simples e eficaz do Mestre: Em algumas circunstâncias não precisamos ter muito tempo para discipular; só precisamos tirar proveito dos intervalos de tempo. Acho que isto é essencial: saber aproveitar o tempo para criar circunstâncias especiais. cinco, dez, quinze minutos bem aproveitados podem ser decisivos para o discipulado. Cinco minutos? Dez minutos? Sim. Qualquer tempo disponível pode ser decisivo. Sobre o valor do tempo, alguém escreveu: •
Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que repetiu de ano.
•
Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte para uma mãe que teve o seu bebê prematuramente.
•
Para você perceber o valor de UMA SEMANA, pergunte a um editor de um jornal semanal.
• Para você perceber o valor de UMA HORA, pergunte aos namorados que estão esperando para se encontrar.
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•
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu um avião.
•
Para você perceber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um aciden-
• Para você perceber o valor de UM MILÉSIMO DE SEGUNDO, pergunte a alguém que ganhou a medalha de prata no atletismo em uma Olimpíada. Amigos, em algumas circunstâncias não precisamos ter muito tempo para atitudes discipuladoras; apenas precisamos aproveitar os intervalos de tempo. Quinto princípio:
Dialoguemos com profundidade e eficácia - Jo 4:10-26
O diálogo de Jesus Cristo com a mulher samaritana é uma verdadeira aula de comunicação eficaz, uma verdadeira aula de conversa crucial. Eu descobri oito componentes numa conversa eficaz, de acordo com Jesus, nos versículos 10 a 26: 1.
Versículo 10: Uma conversa profunda e eficaz desperta o interesse por algo melhor;
2.
Versículo 13: Uma conversa profunda e eficaz mantém o foco;
3.
Versículo 16: Uma conversa profunda e eficaz é direta, incisiva;
4.
Versículo 17: Uma conversa profunda e eficaz valoriza a sinceridade;
5.
Versículo 18: Uma conversa profunda e eficaz não fica na superficialidade;
6. Versículo 22: Uma conversa profunda e eficaz evita generalidades para apenas agradar; em lugar disso, conduz à verdade para impactar; 41
7.
Versículo 23-24: Uma conversa profunda e eficaz oferece teologia profunda;
8. Versículo 26: Uma conversa profunda e eficaz não busca apenas uma teologia filosófica, ela presenta a Jesus. Saber dialogar é essencial no processo do discipulado. Nesta história, João registra apenas 182 palavras de Jesus Cristo, que foram suficientes para impactar e transformar a mulher. A pergunta inicial foi: Como discipular? A resposta é muito simples:
Programar alguns “desvios” no caminho;
Buscar as pessoas nos lugares apropriados;
Tomar a iniciativa;
Aproveitar os intervalos de tempo;
Dialogar com profundidade e eficácia.
Assustadoramente simples, mas como sabemos funcionou! Comentando esta história, Ellen G. White escreveu que “os fariseus desprezaram a simplicidade de Jesus”. Eles queriam coisas espetaculares, sinais, milagres que comprovassem a Sua divindade. Por sua vez, os samaritanos não pediram nada extraordinário. E Deus os alcançou. Nossa época está hipnotizada pelo paradigma do show. Pressionados pelo novo e pela novidade, a menos que busquemos fazer coisas diferentes, criativas, inovadoras: novo foco, intenções, métodos, idiomas. Queremos ser inovadores, sair da rotina, apresentar novas estratégias, sugerir novos cenários, criar empreendimento atuais...Tudo bem se queremos ser inovadores e desfrutar de coisas espetaculares. Mas Jesus Cristo discipulando a mulher samaritana mostra pelo menos sete características do discipulado bíblico: 1.
O discipulado pode ser algo simples e comum, mas com resultados espetaculares;
2. Também mostra que Deus está em busca de pessoas, e não de métodos; por isso, empenhemos o melhor de nosso tempo, recursos e energias em pessoas e não em processos espetaculares; 3. Mostra que podemos discipular olhando nos olhos, com simplicidade, sem a necessidade de grandes recursos ou estruturas complexas. 4. O discipulado pode ser um processo longo e demorado (como no caso de Nicodemos), ou pode ser um evento rápido, tanto no desenvolvimento quanto nos resultados (como no caso da mulher samaritana). 5.
O discipulado eficaz não ocorre na multidão, mas na individualidade.
6. O discipulado autêntico não requer invenção de atividades artificiais, mas viver de modo natural, pois é um estilo de vida. Porque se ele requer atividades artificiais, então passa a ser algo apenas promocional. Mas sendo um modo de viver diário, então devemos viver da maneira que Jesus Cristo viveu. E Ele não foi um promotor; Ele foi um discipulador. 7. Finalmente, mostra que discipular é tarefa de todos, mas principalmente dos líderes; discipular não é apenas para manter alguém na igreja, e sim para trazer gente à igreja. Simplicidade, naturalidade, praticidade e eficácia: marcas do discipulado de Cristo em João 4:1-30! 42
PONDERAMENTO AOS LÍDERES 1. Discipulado não é ajustar uma coisa ou outra. Discipulado é uma mudança de paradigma. E isso implica várias mudanças que dependem do presidente e departamental da igreja, desde a Divisão, passando pela União e pela Associação. Se o presidente ou departamental ou o diretor da instituição não compreende a importância do discipulado, não avançaremos como poderíamos. E que mudanças são essas? Algumas delas: •
Mudança no foco pastoral
•
Mudança na avaliação pastoral
•
Mudança na perspectiva como vemos o membro da igreja
•
Mudança no tipo de material que preparamos
•
Mudança no foco dos projetos da igreja
•
O ponto que nos leva a preparar um produto
•
O eixo que nos leva a produzir um livro ou revista
•
O cerne que nos leva a gravar um vídeo, uma entrevista, um clipe musical
Se o presidente, departamental ou o diretor da instituição não estiver convencido destas mudanças e não encabeçar estas conversões, as coisas não avançarão como deveriam. Então, presidentes, departamentais e diretores de instituições: vocês precisam liderar este processo de transformação. Vocês são os discipuladores por excelência. Necessitam ter coração e mente de discípulo e discipulador. O discipulado não ocorrerá como deveria, se você líder de instituição não tomar a dianteira. Precisam liderar o discipulado com o discurso, mas principalmente com o exemplo. Devem sempre estar discipulando alguém. Não estou falando apenas de acompanhar pastores. Falo de discipular para preparar novos conversos, trazendo gente nova para o Reino de Deus: dando estudos bíblicos, visitando, pregando, ensinando na Escola Sabatina, recoltando, entregando livros no Impacto Esperança, etc. O discurso é importante, mas a prática é muito mais importante. Pois enquanto que o discurso influencia a mente, o exemplo prático mexe com a vontade. Assim, devemos dar o exemplo!
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O QUE TORNA AS IGREJAS EFICAZES NO PROCESSO DE FAZER DISCÍPULOS32 A pesquisa de George Barna mostrou que “uma igreja comprometida em um discipulado efetivo é uma igreja que crescerá firme e solidamente”. Adicionalmente, a investigação demonstrou como elas podem corrigir os nove erros prévios. Cada igreja que trabalha bem, realiza alguns dos nove aspectos seguintes corretamente: 1.
Os líderes tinham paixão por fazer discípulos.
2. Profundidade: O crescimento pessoal e a reprodução espiritual se dão ao mesmo tempo. 3. Maturidade: A meta final era que uma pessoa alcançasse o potencial terrestre mais alto em Cristo. 4.
Prática: A ação repetida várias vezes cria hábitos e então, caráter.
5. Processo: O discipulado não é um destino, e sim uma jornada. O processo dura uma vida inteira, por isso a pessoa deve ser paciente. 6. Interativo: O discipulado é feito em comunidade, não em isolamento. 7.
Diversificado: O processo envolve uma variedade de atividades voltada à nossa edificação em Cristo.
8. Doar-se: Diariamente durante toda vida. Não pensar no programa, confiar no processo. 9. Semelhante a Cristo: O objetivo é ser semelhante a Jesus, de outro modo, é uma perda de tempo e esforço. PROPOSTA SIMPLES E PRÁTICA DE DISCIPULADO33 Por tudo o que foi exposto até aqui, podemos afirmar que o discipulado ocorre em três níveis diferentes e complementares, conforme apresentado no gráfico a seguir:
EM GRUPO
Y
Mt 11:1; Mr 10:32
INDIVIDUAL
CORPORATIVO Jo 18:20; Mt 26:55
discipulado
W
W
Mt 17:1; Jo 21:15
32.. Hull, El Libro Más Completo Del Discipulado – Para Ser Y Hacer Seguidores De Cristo., p. 230. O livro citado é Growing True Disciples, p. 107. 33.. Esta seção foi adaptada a partir do material produzido pelo Pr. Everon Donato, Diretor do Ministério Pessoal da Divisão Sul-Americana da IASD.
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No nível individual, o discípulo desenvolve e fortalece sua fé pessoal mediante uma vida de comunhão com Deus. Em grupo, o discípulo se envolve com amigos e irmãos com a finalidade de cultivar relacionamentos sólidos. E no nível corporativo, o discípulo se reúne com os irmãos com o intuito de fortalecer sua fé em meio à comunidade, e assim, efetivamente, estar preparado para cumprir a missão de pregar o Evangelho. A partir desses três níveis descritos acima, podemos destacar três palavras que expressam as dimensões autênticas da vida de um discípulo:
R
ELACIONAMENTO
O
OMUNHAO
O
C
M
issao
•
Comunhão – implica começar o dia com Deus, desde a primeira hora;
•
Relacionamento – envolve a participação em um ambiente de comunidade;
•
Missão – leva ao compromisso de testemunhar para alguém e usar os dons espirituais.
CICLO DO DISCIPULADO Na Divisão Sul-Americana, os planos e estratégias são alinhados para contemplar essas três dimensões do processo discipulador, visando crescimento espiritual de cada membro e seu compromisso como um representante de Cristo. Os novos conversos – aqueles que estão se preparando para serem autênticos discipuladores – devem receber esta mesma compreensão, e terão uma atenção especial através do ciclo do discipulado, o qual é uma iniciativa que ajudará o recém converso a trilhar uma rota de crescimento. Neste ciclo, eles deverão passar por três fases a fim de se tornarem maduros e reprodutivos. Estas fases não são estanques, mas ocorrem à medida que o processo se desenvolve. São elas: 1. Conversão – ocorre quando pessoas aceitam Jesus Cristo como seu Salvador, levando-a à experiência do novo nascimento. Isso acontece por meio do evangelismo público e pessoal; 2. Confirmação – neste estágio os novos conversos são ajudados a desenvolver o caráter e disciplinas espirituais. São ensinados a crescer em obediência a Deus; 3. Capacitação – nesta fase os discípulos são conscientizados e descobrem que têm uma missão e um ministério a seguir, são equipados e enviados para ir e fazer outros discípulos.
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Todo ser humano é integral, ou seja, somos seres relacionais/sociais, intelectuais e espirituais. Neste contexto, o funcionamento do ciclo precisa ocorrer de modo simples, direto e prático, a fim de alcançar as pessoas em sua totalidade: • No aspecto relacional/social: O discipulador, que é a pessoa que leva alguém a Cristo, deve continuar acompanhando o novo discípulo e conduzi-lo a um Pequeno Grupo, uma comunidade de pessoas que se reúne para partilhar a vida cristã e relacionar-se de maneira autêntica. Ali, este novo crente fará novos amigos, será pastoreado e, com outros irmãos, crescerá na experiência cristã. Este convívio capacitará o novo converso (fase 2 do ciclo) e confirmará sua fé (fase 3). • No aspecto cognitivo/intelectual: A Escola Sabatina deve estabelecer uma classe especial para o desenvolvimento do discípulo na fase 2 (confirmação) e fase 3 (capacitação), a fim de instruir os novos conversos em seu crescimento e preparação para o serviço do Senhor. Somente depois que o novo membro passar pelas fases 2 e 3 do ciclo, deverá ser encaminhado para uma classe regular da Escola Sabatina. • No aspecto espiritual: Tanto o Pequeno Grupo quanto a Escola Sabatina contribuem com a formação espiritual do discípulo e do discipulador. Ambientes espirituais onde todos os membros da igreja precisam frequentar ativamente.
q uestao
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O que eu estou fazendo ou posso fazer para desenvolver a comunhão, relacionamento e missão em minha vida? Comunhão
Relacionamento
Missão
RESULTADOS DO DISCIPULADO •
O DISCIPULADO ENVOLVE APRENDIZAGEM34
•
Aprender de Deus. Jo 6:45; Is 54:13; Lv 11:44-45; 19:2; 20:7; Ef 5:1-2; 1Pe 1:15-16.
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34.. Manser, M. H. (2009). Dictionary of Bible Themes: The Accessible and Comprehensive Tool for Topical Studies. London: Martin Manser.
•
Aprender de Jesus Cristo. Mt 11:29 Ver também Jo 13:15; Ef 4:20-21; Fp 2:5; 1Pe 2:21; 1Jo 2:6
•
Aprender do Espírito Santo. Jo 14:26; Lc 12:12; Jo 16:13; 1Co 2:13; Ef 1:17; 3:16-19; 1Pe 1:12.
• Aprender de outra pessoa. Fp 4:9; Dt 4:10; 5:1; 31:12; 1Co 4:6 e 16; 11:1; Fp 3:17; 2Ts 3:7 e 9; 1Tm 2:11; 5:4; 2Tm 3:14. •
Aprender do que é bom. Tt 3:14; Sl 34:14; 37:27; Is 1:17; 26:9; 3Jo 11.
•
AS CONSEQUÊNCIAS DO DISCIPULADO35
•
Seguir a Jesus Cristo. Mt 10:38; Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; Lc 14:27; Jo 10:27; 12:26; Ap 14:4.
•
Servir a Jesus Cristo. Cl 3:24; Mt 20:25-28; Mc 10:42-45; Rm 12:11; 1Ts 1:9.
•
Obedecer a Jesus Cristo. Jo 8:31; Jo 14:21 e 23-24; 15:10 e 14; 1Jo 2:3; 3:22 e 24; 5:3.
•
Responder imediatamente às ordens de Cristo. Mt 8:21-22; Mt 4:20; Mc 1:18; Mt 4:22; Mc 1:20; Lc 5:11.
•
Viver para Jesus Cristo e não para si mesmo. 2Co 5:15; Rm 14:7-8; 1Pe 4:2.
•
Amar os outros. Jo 13:12-17; Jo 15:9-14; 1Jo 4:7-21.
•
BÊNÇÃOS RESULTANTES DO DISCIPULADO OBEDIENTE36
• Alegria decorrente do discipulado. Jo 15:10-11. Ver também Sl 119:14; At 13:52; 16:3; Rm 14:17; 15:13; Gl 5:22; Fp 1:25; 1Ts 1:6; Hb 10:34; 1Pe 1:6,8; Jd 24. • Paz decorrente do discipulado. Jo 14:27. Ver também Nm 6:26; Sl 4:8; 29:11; 37:11; Is 26:3; Mt 11:28-29; Lc 2:14; 24:36; Jo 20:19; Jo 16:33; 20:21,26; Rm 2:10; 5:1; Fp 4:7; Cl 3:15. •
A felicidade flui de fazer a vontade de Deus. Sl 1:1; 119:1-2. Ver também Sl 94:12; 112:1; 128:1; Pv 29:18.
•
Os discípulos são verdadeiramente felizes. Mt 5:3-12; Lc 6:20-23; Ap 1:3; 22:14
• Os discípulos são abundantemente recompensados em sua vida. Mc 10:29-30; Mt 19:29; Lc 18:29-30; Pv 15:16; 16:8; Mt 7:7-11; Lc 11:9-13; Jo 8:12; 10:27; 12:26; Rm 8:31-39; 1Tm 6:6. • Os discípulos são abençoados ao se unirem a Jesus Cristo na família de Deus. Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21. Ver também Gl 6:10; Ef 2:19; 3:15. • Os discípulos serão abençoados com a vida eterna. Mt 19:29; Mc 10:30; Lc 18:30; Mt 25:46; Rm 2:7; Gl 6:8; 1Jo 1:2; 5:11, 13 e 20. • Os discípulos têm a esperança de serem semelhantes a Jesus Cristo e de estarem com Ele no Céu. 1Jo 3:2; Jo 12:26; 14:3; Rm 8:29; 1Co 15:49; 2Pe 1:4.
35.. Ibid. 36.. Ibid.
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ANOTAÇÕES
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53
54
Bibliografia • Bill Hull. El Libro más Completo del Discipulado – Para Ser y Hacer Seguidores de Cristo. Dallas, Texas: Obrero Fiel, 2010. • Bill Hull. The Disciple-Making Pastor: Leading Others on the Journey of Faith. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2007. • Brown, Colin & Coenen, Lothar. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. 2 edição. São Paulo: Vida Nova, 2000. • Carpenter, E. E., & Comfort, P. W. (2000). In Holman treasury of key Bible words: 200 Greek and 200 Hebrew words defined and explained. Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers.
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•
Discipleship: Its Definitions and Dangers. Disponível em https://bible.org/seriespage/15-discipleship-its-definitions-and-dangers-mat-
thew-231-12. Acesso em 13 de janeiro de 2017
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• Brown, Lothar Coenen e Colin. Dicionário Internacional De Teologia Do Novo Testamento. Translated by Gordon Chown. 2a ed. 2 vols. Vol. 1, São Paulo: Vida Nova, 2000.
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